Bi4all inteligência nos negócios microsoft magazine

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24 25 concretizar na prática estas novas abordagens de boa gestão e de bom governo das empresas. O conceito de Business Intelligence é um conceito lato e generalista, hoje relacionado com uma deter- minada categoria de processos de negócio, aplica- ções de soſtware e tecnologias específicas. As suas metas fundamentais são, genericamente, recolher dados, transformar esses dados em informação através da descoberta de padrões e tendências e, sequencialmente, informação em conhecimento útil e oportuno para a tomada de decisão. De uma forma eficaz, através do diagnóstico, análise, acessibilidade, partilha e reporting de da- dos, é possível aos gestores perceber o que é es- sencial no seu negócio e transformar os enormes mananciais de informação em conhecimento útil, oportuno e fiável. E, como é natural, transformar este conhecimento em resultados, para que as em- presas possam passar da eficiência operacional à eficácia corporativa. A existência de sistemas de BI é justificada pela sua adequação às várias realidades da vida das em- presas e de outras organizações. Existe hoje um con- junto de processos de negócio e actividades críticas no modelo de cada empresa e na sua respectiva ca- deia de valor em que a obtenção de conhecimento específico é essencial nos processos de decisão. Os sistemas de Business Intelligence têm em co- mum um conjunto de objectivos críticos: • Acesso a dados fiáveis – A fiabilidade dos dados, a sua fácil integração e compreensão inter-áreas é essencial para um exercício consciente da gestão; Aumento da transparência e compreensão do negócio – a disponibilização de conhecimento em tempo real (o quê, o quanto, o quando, o onde, o como) permite aos gestores e decisores uma visão das áreas que devem controlar com total trans- parência e o aumento da sua capacidade de com- preensão (o porquê); A NTES DO ADVENTO DA AUTOMA- TIZAÇÃO E INFORMATIZAÇÃO DO PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO, esta era tratada de forma avulsa e não estruturada, pelo que as decisões tomadas a ju- sante tinham sempre uma elevada componente de intuição. Com os mainframes dos anos 60 iniciaram-se as primeiras tarefas ao nível de automatização e do armazenamento. Contudo, além das naturais baixas velocidades de processamento, havia pro- blemas notórios ao nível da falta de infra-estrutu- ras de conexão para troca de dados ou da incom- patibilidade entre sistemas. Simples reportings ba- seados nesses dados poderiam demorar semanas ou mesmo meses a serem elaborados. No entanto, os desafios colocados às empresas nos últimos anos elevaram a fasquia no que con- cerne aos sistemas e competências de gestão. Vá- rias tendências têm sido evidentes: • A intensidade concorrencial da maior parte dos mercados; • A exigência de padrões de qualidade cada vez mais superiores dos produtos/serviços de cada ofer- ta; • A necessidade de conhecer mercados e clientes cada vez mais segmentados e específicos; • A necessidade de racionalizar processos inter- Os sistemas de Business Intelligence permitem entregar a informação certa, à pessoa certa, no tempo certo, potenciando as melhores decisões com a melhor relação custo-benefício. Por José Oliveira, Director-geral da BIALL BI4All Inteligência nos negócios nos e reduzir custos operacionais; • O imperativo de avaliar, em tempo real, a per- formance das organizações de forma a ter capaci- dade de decisão em tempo útil; • A necessidade de conhecer, controlar e minorar os riscos de negócio associados a cada actividade. A exigência e a complexidade tecnológica acom- panharam estas novas tendências e imperativos. A informação produzida e as bases de dados do ne- gócio/actividade estão a crescer exponencialmente; sistemas ERP ( Enterprise Resource Planning), CRM • Suporte para a tomada de decisão — Só uma compreensão oportuna da realidade pode permitir tomadas de decisão eficazes; como tal, o conheci- mento produzido pelos sistemas de BI, potenciados pelas tecnologias de comunicação actuais, deve suportar e justificar as medidas tomadas pelos vários intervenientes no processo de gestão. Um sistema de Business Intelligence, encarado na perspectiva da sua vertente tecnológica, deve ser enquadrado na infra-estrutura global dos sistemas de informação da organização. Por um lado, devemos ter sempre em mente que um sistema de BI não subsiste por si próprio — está ligado, de forma umbilical, às fontes de dados subja- centes, sejam elas os sistemas transaccionais, fichei- ros de suporte, enfim, tudo o que se possa considerar um repositório “primário” de informação resultante dos processos de negócio da organização. A jusante, é necessário perceber a interacção entre o conhecimento produzido e os seus destinatários (utilizadores finais) que, através dos vários interfaces e ferramentas de visualização, tiram partido do que foi produzido, filtrado e sintetizado. Implementar um projecto de Business Intelligence constitui, para a organização que o promove, um investimento consubstanciado em fortes vantagens competitivas, diferenciadoras na forma de gerir a informação de base e o conhecimento. Estas vantagens devem ser objecto de uma visão incrementalista: devem ser aprimoradas gradualmente com vista a conferir aos decisores novas capacidades de análise e um valor crescente em termos da obtenção de “matéria-prima” de suporte à decisão. Em síntese, cumprir a promessa essencial das implementações de Business Intelligence: entre- gar a informação certa, à pessoa certa, no tempo certo – potenciando as melhores decisões com a melhor relação custo-benefício. VERTICAL A tecnologia Microsoft P ara cada um dos componentes de um sis- tema de Business Intelligence , a Micro- soft disponibiliza diversas ferramentas. Toda a fase de ETL e armazenamento relacional ( Staging Area ) é baseada na tec- nologia SQL Server ( Database Management e Integration Services ) e na tecnologia BizTalk Server; a fase de criação do Data Warehou- se/Datamarts é suportada pela tecnologia SQL Server (Analysis Services ); para a fase de Front-end, a Microsoft disponibiliza uma oferta muito alargada, na qual se desta- ca mais uma vez o SQL Server ( Reporting Services ), o Office (em especial o Excel), o Sharepoint Portal Server e o Business Sco- recard Manager. Na fase de Front-end, podemos ainda fazer uma distinção entre aplicações criadoras e aplicações disponibilizadoras de informação. O Business Scorecard Manager, o SQL Ser- ver Reporting Services e o Excel são bons exemplos de ferramentas produtoras, visto que produzem informação que terá de ser disponibilizada. Já o Sharepoint Portal Server é sobretu- do uma ferramenta disponibilizadora, cuja principal função é disponibilizar informação que foi produzida pelas outras ferramentas directamente ao utilizador final. Em paralelo a estas fases e ferramentas, a Microsoft disponibiliza toda a interacção mais técnica com cada uma das ferramentas através do Visual Studio, que permite a cus- tomização e o controlo do processo. LIGAÇÕES ÚTEIS • BI4All: www.bi4all.pt • Microsoft Business Intelligence: www.microsoft.com/bi/default.mspx • Microsoft Application Platform: http://msdn.microsoft.com/applicationplatform/bi/default.aspx • Soluções BI baseadas em Office: www.microsoft.com/office/bi/default.mspx • Soluções BI baseadas em SQL Server: www.microsoft.com/sql/solutions/bi/default.mspx ( Customer Relationship Management ) e SCM ( Su- pply Chain Management ), Data Warehouses e In- ternet estão constantemente a depositar informa- ção junto dos gestores; é necessário transformar dados em conhecimento. Por último, é hoje patente que as empresas se tor- naram mais horizontais; as tendências de downsi- zing e a maior autonomia de decisão nos níveis ope- racionais pressupõem a disseminação da informa- ção crítica junto de mais colaboradores/decisores. Todas estas contingências obrigam a uma aten- ção redobrada ao processo de controlo interno, de gestão do desempenho (de preferência, em tem- po real) e aos sistemas de informação para su- porte à decisão; em síntese, torna-se fundamen- tal aprimorar a ligação da estratégia à execução, facilitando assim o ciclo de gestão (planear – di- rigir — monitorizar — avaliar — reportar) atra- vés do alinhamento da organização na prossecu- ção dos seus objectivos e de uma maior transpa- rência dos seus processos de negócio. CATALISADORES DA MUDANÇA Os sistemas de Business Intelligence são, na actuali- dade, os catalisadores desta mudança, permitindo BUSINESS INTELLIGENCE. Nas modernas organizações é crucial transformar dados em conhecimento Business Intelligence BUSINESS INTELLIGENCE é um concei- to que engloba um vasto conjunto de aplicações de suporte à decisão que possibilita um acesso rápido, partilhado e interactivo aos dados informacionais, bem como a sua análise e manipulação. Através destas ferramentas, os utilizado- res poderão descobrir relações, tendên- cias e transformar grandes quantidades de informação em conhecimento útil. © KATIV

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Conceito de Business Intelligence. Devido ao mercado concorrencial, surgiu a necessidade de racionalizar processos internos e reduzir custos operacionais, conhecer o negócio e os clientes. Os sistemas de Business Intelligence são os catalizadores desta mudança e permitem: acesso a dados fiáveis, transparência e compreensão do negócio e suporte para a tomada de decisão.

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concretizar na prática estas novas abordagens de

boa gestão e de bom governo das empresas.

O conceito de Business Intelligence é um conceito

lato e generalista, hoje relacionado com uma deter-

minada categoria de processos de negócio, aplica-

ções de so&ware e tecnologias especí(cas. As suas

metas fundamentais são, genericamente, recolher

dados, transformar esses dados em informação

através da descoberta de padrões e tendências e,

sequencialmente, informação em conhecimento

útil e oportuno para a tomada de decisão.

De uma forma e(caz, através do diagnóstico,

análise, acessibilidade, partilha e reporting de da-

dos, é possível aos gestores perceber o que é es-

sencial no seu negócio e transformar os enormes

mananciais de informação em conhecimento útil,

oportuno e (ável. E, como é natural, transformar

este conhecimento em resultados, para que as em-

presas possam passar da e(ciência operacional à

e(cácia corporativa.

A existência de sistemas de BI é justi(cada pela

sua adequação às várias realidades da vida das em-

presas e de outras organizações. Existe hoje um con-

junto de processos de negócio e actividades críticas

no modelo de cada empresa e na sua respectiva ca-

deia de valor em que a obtenção de conhecimento

especí(co é essencial nos processos de decisão.

Os sistemas de Business Intelligence têm em co-

mum um conjunto de objectivos críticos:

• Acesso a dados �áveis – A (abilidade dos dados,

a sua fácil integração e compreensão inter-áreas é

essencial para um exercício consciente da gestão;

Aumento da transparência e compreensão do

negócio – a disponibilização de conhecimento em

tempo real (o quê, o quanto, o quando, o onde, o

como) permite aos gestores e decisores uma visão

das áreas que devem controlar com total trans-

parência e o aumento da sua capacidade de com-

preensão (o porquê);

ANTES DO ADVENTO DA AUTOMA-TIZAÇÃO E INFORMATIZAÇÃO DO PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO, esta era tratada de forma avulsa e não

estruturada, pelo que as decisões tomadas a ju-

sante tinham sempre uma elevada componente

de intuição.

Com os mainframes dos anos 60 iniciaram-se

as primeiras tarefas ao nível de automatização e

do armazenamento. Contudo, além das naturais

baixas velocidades de processamento, havia pro-

blemas notórios ao nível da falta de infra-estrutu-

ras de conexão para troca de dados ou da incom-

patibilidade entre sistemas. Simples reportings ba-

seados nesses dados poderiam demorar semanas

ou mesmo meses a serem elaborados.

No entanto, os desa(os colocados às empresas

nos últimos anos elevaram a fasquia no que con-

cerne aos sistemas e competências de gestão. Vá-

rias tendências têm sido evidentes:

• A intensidade concorrencial da maior parte

dos mercados;

• A exigência de padrões de qualidade cada vez

mais superiores dos produtos/serviços de cada ofer-

ta;

• A necessidade de conhecer mercados e clientes

cada vez mais segmentados e especí(cos;

• A necessidade de racionalizar processos inter-

Os sistemas de Business Intelligence permitem

entregar a informação certa, à pessoa certa,

no tempo certo, potenciando as melhores decisões

com a melhor relação custo-benefício.

Por José Oliveira, Director-geral da BIALL

BI4AllInteligência nos negócios

nos e reduzir custos operacionais;

• O imperativo de avaliar, em tempo real, a per-

formance das organizações de forma a ter capaci-

dade de decisão em tempo útil;

• A necessidade de conhecer, controlar e minorar

os riscos de negócio associados a cada actividade.

A exigência e a complexidade tecnológica acom-

panharam estas novas tendências e imperativos. A

informação produzida e as bases de dados do ne-

gócio/actividade estão a crescer exponencialmente;

sistemas ERP (Enterprise Resource Planning), CRM

• Suporte para a tomada de decisão — Só uma

compreensão oportuna da realidade pode permitir

tomadas de decisão e(cazes; como tal, o conheci-

mento produzido pelos sistemas de BI, potenciados

pelas tecnologias de comunicação actuais, deve

suportar e justi(car as medidas tomadas pelos vários

intervenientes no processo de gestão.

Um sistema de Business Intelligence, encarado

na perspectiva da sua vertente tecnológica, deve ser

enquadrado na infra-estrutura global dos sistemas

de informação da organização.

Por um lado, devemos ter sempre em mente que

um sistema de BI não subsiste por si próprio — está

ligado, de forma umbilical, às fontes de dados subja-

centes, sejam elas os sistemas transaccionais, (chei-

ros de suporte, en(m, tudo o que se possa considerar

um repositório “primário” de informação resultante

dos processos de negócio da organização.

A jusante, é necessário perceber a interacção entre

o conhecimento produzido e os seus destinatários

(utilizadores (nais) que, através dos vários interfaces

e ferramentas de visualização, tiram partido do que

foi produzido, (ltrado e sintetizado.

Implementar um projecto de Business Intelligence

constitui, para a organização que o promove, um

investimento consubstanciado em fortes vantagens

competitivas, diferenciadoras na forma de gerir a

informação de base e o conhecimento.

Estas vantagens devem ser objecto de uma

visão incrementalista: devem ser aprimoradas

gradualmente com vista a conferir aos decisores

novas capacidades de análise e um valor crescente

em termos da obtenção de “matéria-prima” de

suporte à decisão.

Em síntese, cumprir a promessa essencial das

implementações de Business Intelligence: entre-

gar a informação certa, à pessoa certa, no tempo

certo – potenciando as melhores decisões com a

melhor relação custo-benefício. ¦

V E R T I C A L

A tecnologia MicrosoftPara cada um dos componentes de um sis-

tema de Business Intelligence, a Micro-soft disponibiliza diversas ferramentas.

Toda a fase de ETL e armazenamento relacional (Staging Area) é baseada na tec-nologia SQL Server (Database Management e Integration Services) e na tecnologia BizTalk Server; a fase de criação do Data Warehou-se/Datamarts é suportada pela tecnologia SQL Server (Analysis Services); para a fase

de Front-end, a Microsoft disponibiliza uma oferta muito alargada, na qual se desta-ca mais uma vez o SQL Server (Reporting Services), o Office (em especial o Excel), o

Sharepoint Portal Server e o Business Sco-recard Manager.

Na fase de Front-end, podemos ainda fazer uma distinção entre aplicações criadoras e aplicações disponibilizadoras de informação. O Business Scorecard Manager, o SQL Ser-ver Reporting Services e o Excel são bons

exemplos de ferramentas produtoras, visto

que produzem informação que terá de ser disponibilizada.

Já o Sharepoint Portal Server é sobretu-do uma ferramenta disponibilizadora, cuja principal função é disponibilizar informação que foi produzida pelas outras ferramentas directamente ao utilizador final.

Em paralelo a estas fases e ferramentas, a Microsoft disponibiliza toda a interacção mais técnica com cada uma das ferramentas através do Visual Studio, que permite a cus-tomização e o controlo do processo.

LIGAÇÕES ÚTEIS• BI4All: www.bi4all.pt

• Microsoft Business Intelligence: www.microsoft.com/bi/default.mspx

• Microsoft Application Platform: http://msdn.microsoft.com/applicationplatform/bi/default.aspx

• Soluções BI baseadas em Office: www.microsoft.com/office/bi/default.mspx

• Soluções BI baseadas em SQL Server: www.microsoft.com/sql/solutions/bi/default.mspx

(Customer Relationship Management) e SCM (Su-

pply Chain Management), Data Warehouses e In-

ternet estão constantemente a depositar informa-

ção junto dos gestores; é necessário transformar

dados em conhecimento.

Por último, é hoje patente que as empresas se tor-

naram mais horizontais; as tendências de downsi-

zing e a maior autonomia de decisão nos níveis ope-

racionais pressupõem a disseminação da informa-

ção crítica junto de mais colaboradores/decisores.

Todas estas contingências obrigam a uma aten-

ção redobrada ao processo de controlo interno, de

gestão do desempenho (de preferência, em tem-

po real) e aos sistemas de informação para su-

porte à decisão; em síntese, torna-se fundamen-

tal aprimorar a ligação da estratégia à execução,

facilitando assim o ciclo de gestão (planear – di-

rigir — monitorizar — avaliar — reportar) atra-

vés do alinhamento da organização na prossecu-

ção dos seus objectivos e de uma maior transpa-

rência dos seus processos de negócio.

CATALISADORES DA MUDANÇAOs sistemas de Business Intelligence são, na actuali-

dade, os catalisadores desta mudança, permitindo

BUSINESS INTELLIGENCE. Nas modernas organizações é crucial transformar dados em conhecimento

Business IntelligenceBUSINESS INTELLIGENCE é um concei-to que engloba um vasto conjunto de aplicações de suporte à decisão que possibilita um acesso rápido, partilhado e interactivo aos dados informacionais, bem como a sua análise e manipulação. Através destas ferramentas, os utilizado-res poderão descobrir relações, tendên-cias e transformar grandes quantidades de informação em conhecimento útil.

© K

AT

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