Biblioteca de José Joaquim Pereira de Lima

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Prefácio

Conheço desde os anos noventa o Eng. Rui de Brito e Cunha Leite de Castro quando preparava a minha tese de doutoramento sobre a “Ferreirinha”1. Através de membros da sua família, entrei em contacto com a memória viva e escrita de vários dos directores da Companhia Agrícola e Comercial dos Vinhos do Porto. José Joaquim Pereira de Lima – de quem o Eng. Leite de Castro era sobrinho-neto – foi um deles. Sucedeu a seu pai, Francisco Ferreira de Lima na direção desta sociedade anónima. Por sua vez este, genro do advogado José Barbosa de Castro sucedeu a seu pai, o Conselheiro Wenceslau de Lima, mentor dos Estatutos da referida Companhia e seu primeiro director desde 1898 (até 1909), dois anos após o falecimento de D. Antónia Adelaide Ferreira, avó de sua mulher.Centrava então, a minha investigação, na evidenciação dos critérios de escolha dos sucessivos sucessores para a direcção de uma empresa familiar e na sua adequada e atempada formação ad hoc. Ora, o catálogo de uma biblioteca que por cada um deles foi sendo acrescentada com novos títulos e que a todos pertenceu, pode ser justamente revelador das necessidades de formação de todos e de cada um, enquanto promitentes sucessores. Vários tempos estão assim nela plasmados: tempo de for-mação de um sucessor, tempos de sucessão, tempo de sustentabilidade de uma empresa familiar, tempos de construção e de perenidade de uma biblioteca…Neste sentido, o que em primeiro lugar chama a atenção nesta biblio-teca é a sua propriedade e transmissão: José Joaquim Pereira de Lima deixou manifesta a sua vontade de transmitir intacta a sua memória às futuras gerações. Compreende-se assim que o seu herdeiro, Eng. Rui Leite de Castro, actual proprietário desta biblioteca, tenha querido dar o seu nome a este catálogo. Médico malareologista, monárquico e genealogista com obra publicada, é certamente possível reportar a José Lima o significativo núcleo de genealogia e heráldica deste acervo.Significativa também é a obra “S.M. El Rei D. Carlos I e a sua Obra Artística e Scientífica”, da autoria de Ramalho Ortigão e de Albert Girard e com dedicatória deste ao Conselheiro Wenceslau de Lima. Na verdade, entre o Rei D. Carlos e o Conselheiro havia uma amizade a que a formação científica de ambos não era certamente alheia. Como igualmente significativa é a obra sobre a Academia Politécnica do Porto “Genealogia de uma Escola” de Eduardo Lopes com dedicatória a Wen-ceslau de Lima seu “Lente Proprietário”. Foi também nesta Academia

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que nasceu uma estima e consideração mútuas pelo seu colega Bento Carqueja. A dedicatória no exemplar de “O Futuro de Portugal” que integra esta biblioteca, é testemunho dessa estima e consideração pelo cientista e pelo político que Wenceslau de Lima também (e so-bretudo) foi.Na verdade, o Conselheiro Wenceslau de Lima não revelou apenas o seu carisma nas provas que deu ao enfrentar com sucesso o difícil problema da sucessão empresarial e familiar de D. Antónia Adelaide Ferreira, à frente dos destinos da Casa Ferreira. Como membro do par-tido regenerador deu igualmente provas nos sucessivos cargos políticos que exerceu, o que lhe valeu a nomeação como Par do Reino e para Ministro dos Negócios Estrangeiros tendo sido, por fim, após o Re-gicídio, nomeado como membro do Conselho Real e um dos últimos Primeiro-Ministro da Monarquia Constitucional Portuguesa. É neste contexto que os “Documentos Políticos Encontrados nos Palácios Reais depois da Revolução Republicana de 5 de Outubro de 1910”, insertos neste catálogo, contêm entre outras, cartas de resposta do Conselheiro Wenceslau de Lima a membros da Família Real que na precipitação da fuga, ficaram a salvo. No declinar da sua vida e de um regime a que sempre se tinha mantido fiel, o seu carisma era posto à mais difícil das provas: a de enfrentar o (quase) impossível problema de assegurar a sucessão nacional e dinástica de um rei e do seu filho sucessor, ambos vítimas de regicídio, por um herdeiro não formado para vir assumir-se como seu sucessor. Mas as relações de pertença específica parece esbaterem-se a partir daqui. Na verdade, os outros núcleos referenciados neste catálogo — o de lite-ratura clássica, o de literatura portuguesa, o da revolução francesa e consequentes invasões napoleónicas e o das lutas liberais — indiciam a existência de uma biblioteca com início por volta de 1820 e que espelha as necessidades de formação humanista, liberal e monárquica consti-tucionalista, de directores de empresa cosmopolitas profundamente ligados por interesses económicos, financeiros e políticos ao Porto, ao Douro e ao seu País.

Henrique Luís Gomes de Araújo 2

1 A Casa Ferreira. A Construção Antropológica do Sucessor (tese de doutoramento em Antropologia Económica / I.S.C.T.E.-IUL), Lisboa: Quetzal Editores (prefácio de António Barreto).2 Professor Convidado da Universidade Católica Portuguesa. Investigador do Centro de Estudos de Desenvolvimento Humano (CEDH).

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15 a 19 de Abrildas 15h00 às 18h00

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CONDIÇÕES DO LEILÃO

— Os clientes interessados em licitar, devem, no dia do do leilão e antes do seu início, proceder à sua inscrição, no sentido de fornecer a sua identificação e obter assim o número de arrematante;

— Os lotes serão vendidos pela maior oferta, no estado e local em que se encontram, não se aceitando reclamações após a sua arrematação;

— Em caso de dúvida ou empate referente a qualquer lote vendido, poderá o mesmo ser posto de novo em praça, aceitando-se apenas a participação dos dois últimos licitantes;

— Os compradores deverão entregar um sinal, sempre que este lhe seja exigido, no valor mínimo de 30% da importância da arrematação;

— Sobre o valor da arrematação incide a comissão da leiloeira (10%) e sobre esta, a taxa de IVA em vigor;

— Os lotes adquiridos deverão ser liquidados e retirados até às 18 horas do dia 23 de Abril;

— Os lotes não levantados até esta data serão enviados à cobrança, com acréscimo dos respectivos portes.

IMPORTANTE

— Por razões técnicas as reproduções dos frontispícios e das capas da brochura podem não corresponder às dimensões ou ao estado de conservação dos exemplares anunciados.

PEDIDOS DE LICITAÇÃO

A recepção dos pedidos só é considerada até às 18 horas de cada dia do leilão.

Contactos: Rua Dr. Alves da Veiga, 89 - 4000-073 Porto Tlf. 351-22 536 32 37 - Tlm. 91 053 26 69 Fax 351-22 536 44 06 Email: [email protected] www.livrariaferreira.pt

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1 — ABREU (José Manuel Pereira de Azambuja e).- NOTICIA HISTORICA DA CAPELLA DA BEMPOSTA. Publicação do manuscrito de Manuel José Pereira d’Azambuja e Abreu, datado de 9 de Janeiro de 1834, com prefácio e notas por José Mendes da Cunha Saraiva. Lisboa. 1943. In-8.º gr. de 34-I págs. B.Manuscrito inédito publicado pelo Arquivo Histórico do Ministério das Finanças. No Palácio da Bem-posta, onde assenta a Capela da Bemposta, “que foi morada de alguns infantes, esteve a Côrte de D. João VI, e ali se desenrolaram os factos políticos mais importantes da época do soberano, até à sua morte [...]”.Dedicatória do autor.

2 — ABREU (Leonidio de).- A VILA DE PRADO. Braga. 1955. In-8.º gr. de 190-II págs. B.Invulgar monografia ilustrada com várias estampas nas páginas de texto.

3 — ACCIAIOLI DE SÁ NOGUEIRA (Henrique) & SÃO PAYO (Conde de).- FAMÍLIAS DO ALENTEJO. Caldeiras Castel-Branco de Portalegre e Alter do Chão. Lisboa - 1943. In-4.º peq. de 107-II págs. B.Trabalho de investigação genealógica de escrupulosa realização, publicado numa muito reduzida tira-gem cujos exemplares cremos não terem entrado no mercado.Com manchas de acidez.

4 — ACTAS DAS SESSÕES DAS CORTES GERAIS EXTRAORDINARIAS, E CONSTI-TUINTES DA NAÇÃO PORTUGUEZA, CONGREGADAS NO ANNO DE 1821. TOMO I [a TOMO V]. Lisboa: Na Imprensa Nacional. Anno de 1821 [a 1822]. 5 vols. In-8.º gr. de 351-I; 426-II; 357-I; 351-I e 353-III págs. E.Fonte documental de grande importância para a história das Cortes Constituintes, cuja tarefa primor-dial foi a de elaborar o primeiro texto constitucional português.A este conjunto juntamos:

——— ACTAS DAS SESSÕES PUBLICAS NA PRIMEIRA SESSÃO ANNUAL EXTRAOR-DINARIA DA PRIMEIRA LEGISLATURA. Lisboa: Na Imprensa Regia — 1826. In-8.º gr. de II-158 págs. E.

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——— ACTAS DAS SESSÕES DA CAMARA DOS SENHORES DEPUTADOS DA NAÇÃO PORTUGUEZA NA SESSÃO ORDINARIA DE 1827. Lisboa: Na Impressão Regia. — 1827. In-8.º gr. de 221-I págs. E.Encadernações de pele inteira, da época. (ver gravura na pág. 2)

5 — ADAM (Madame).- LA PATRIE PORTUGAISE. Souvenirs personnels. Deuxième Édi-tion. Paris. 1896. In-8.º de VIII-398-II págs. E.Obra interessante com referência às cidades de Lisboa, Coimbra e Porto, à história de Portugal, às suas relações com Inglaterra, aos Reis, ao Marquês de Pombal, a Camões, à Literatura, Poetas e Escritores, Mulheres, Monarquia, Colónias, Imprensa, Teatro, Costumes da Província, Monumentos, etc.Encadernação modesta.

6 — AFONSO (Domingos de Araújo).- ÁRVORE DE COSTADOS DE S. A. R. O PRÍNCIPE DA BEIRA. Braga. 1957. [Oficinas Gráficas da Livraria Cruz]. In-4.º gr. de 114-II págs. E.Edição luxuosa, ilustrada com retratos e brasões d’armas a cores e metais, impressa em muito bom papel e numa limitada tiragem de 200 exemplares numerados e rubricados, hoje bastante raros.Encadernação com a lombada e cantos de pele. Exemplar valorizado com dedicatória do autor e com as capas da brochura preservadas.

7 — AFONSO (Domingos de Araújo).- NOTÍCIA GENEALÓGICA DA FAMILIA FERREIRA PINTO BASTO E SUAS ALIANÇAS. Edição da Livraria Cruz. Braga. MCMXLVI. In-4.º gr. de 355-II págs. E.Trabalho genealógico justamente estimado, numa cuidada edição impressa em papel de escolhida qualidade e ilustrado com um brasão d’armas impresso à parte a cores e metais e numerosos retratos disseminados pelas páginas de texto.Encadernação com lombada de pele gravada a seco e com um rótulo negro gravado a ouro. Com as capas da brochura conservadas. Exemplar n.º 10, destinado e com dedicatória a José de Lima.

8 — AFONSO (Domingos de Araújo) & VALDEZ (Rui Dyque Travassos).- LIVRO DE OIRO DA NOBREZA. Apostilas à RESENHA DAS FAMÍLIAS TITULARES DE PORTUGAL de João Carlos Fêo Cardoso. Castelo Branco e Tôrres e Manoel de Castro Pereira de Mes-quita... Prefácio do Dr. José de Sousa Machado. Na Tipografia da “Pax”. Braga. MCMXXXII [a MCMXXXIX]. 3 vols. In-4.º de 569-I, 542-I e 997-I págs. E.Deste trabalho, de reconhecida autoridade e interesse, disse o Dr. José de Sousa Machado: “Este livro, que em boa hora aparece, enobrecendo a bibliografia genealógica, é indispensável na biblioteca dos genealogistas e no arquivo das mais ilustres famílias portuguesas”. Constou a edição de apenas 300 exemplares numerados e rubricados, hoje muito procurados e bastante valiosos.Boas encadernações de pele inteira à côr natural, com rótulos negros gravados a ouro, nervuras e ferros gravados a seco nas lombadas e pastas. Só ligeiramente aparados à cabeça e com as capas de brochura preservadas.

9 — ALBUQUERQUE (J. Mousinho de).- MOÇAMBIQUE. 1896 — 1898. Lisboa. Manoel Gomes, Editor. 1899. In-4.º de XVI-365-XLIX-III págs. E.Obra de capital importância para a história da presença dos Portugueses em Moçambique e da acção de Mouzinho de Albuquerque neste território, desde a captura de Gungunhana em 1895, ao subsequente domínio colonial, até 1898, ano em que o autor resignou o cargo de Governador-Geral de Moçambique.

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10 — ALBUQUERQUE (Luís da Silva Mousinho de).- GEORGICAS PORTUGUEZAS. Paris, Na Officina de Bobée... 1820. In-8.º peq. de VIII-211-I págs. E.Cuidada edição, impressa em bom papel, dizendo Inocêncio que deste poema “fala com grande elogio Garrett no seu Bosquejo Historico, á frente do tomo I do Parnaso Lusitano”.Encadernação inteira de pele, da época, com bonitos ferros dourados na lombada e com as pastas também circundadas a ouro.Com um corte de traça que ocasionalmente ofende o topo do volume e uma mancha no canto superior direito das primeiras folhas provocado pela tentativa de eliminação de uma dedicatória manuscrita na folha de guarda.

11 — ALBUQUERQUE (Luis da Silva Mousinho de).- RUY O ESCUDEIRO. Conto por... Lisboa: 1844. In-4.º gr. de 112 págs. E.Muito cuidada e invulgar edição da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis, que “empe-nhou os recursos artisticos, de que podia dispor, para que a edição fosse primorosa, e provasse o adiantamento da gravura em madeira e da typographia em Portugal nestes ultimos annos”.Bonita encadernação com a lombada de pele decorada com nervuras e ouro gravado com ferros em casas fechadas.

12 — ALFIERI (Vittorio).- O TRATADO DA TIRANIA DE ALFIERI, Traduzido do Italiano em Portuguez por UM AMIGO DA LIBERDADE. Paris, Théophile Barrois Fils, Libraire, Rue Richelieu, nº 14. — 1832. In-8.º peq. de IV-IV-165-III págs. E.O autor, de naturalidade italiana, viveu em Paris durante a Revolução Francesa, tendo desde muito cedo viajado pela Europa.“Emfim este pequeno livro (qualquer que seja o seu merito) por mim concebido antes de nenhuma outra obra minha, e composto na minha mocidade, não duvido na idade já madura (rectificando-o um pouco) publica-lo como ultimo. Que se hoje talvez não encontrára em mim a coragem, ou, por melhor dizer, o furor necessario para o conceber, resta-me comtudo ainda um animo livre para o approvar, e para com elle pôr fim para sempre a toda qualquer literaria producção minha.”De tradução encoberta pela utilização de pseudónimo, detectamos a existência de outra publicação onde o mesmo é utilizado: A REACÇÃO E O CONVENTO D’AVEIRO. Por Um Amigo da Liberdade. Lisboa. Dezembro, 1869. [Imprensa de Sousa Neves].Encadernação inteira de pele, da época.

13 — ALGUNS RETÁBULOS E PAINÉIS DE IGREJAS E CAPELAS DO PORTO. Publica-ções da Câmara Municipal do Porto. [1963]. In-4.º de 320-IV págs. e LX de estampas. B.O volume, profusamente ilustrado em folhas à parte, é um dos mais importantes e estimados da colecção «Documentos e Memórias para a História do Porto» e apresenta dois excelentes estudos respectiva-mente assinados por D. Domingos de Pinho Brandão e Robert Smith. «Apresentação» assinada por J. A. Pinto Ferreira.

14 — ALJUBARROTA. Trabalhos em execução de arqueologia militar. Lisboa. Julho de 1958. In-4.º de II-50-IV págs. B.Trabalho importante para o estudo de um dos grandes acontecimentos da história militar portuguesa.Com Palavras Preliminares, por A. B. da Costa Veiga; Estudos dos textos, por Gastão de Mello de Mattos e Escavações de carácter histórico no campo de batalha, por Afonso do Paço. Plantas e foto-grafias das fortificações descobertas, tudo impresso em folhas desdobráveis.Tiragem limitada a 500 exemplares.

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15 — L´ALKORAN. (Le Livre par excellence). Traduction textuelle de l´Arabe faite par Fatma--Zaida. Djarié-Odalyk-Doul den Bénïamïn-Aly. Effendi-Agha. Lisbonne. Imprimerie de la Société Typographique Franco-Portugaise... 1861. In-8.º de 483-VIII págs. E.Bastante invulgar edição impressa em Lisboa e traduzida para francês do Livro sagrado do Islão.Com um corte no canto inferior direito da folha de frontispício. Encadernação da época com lombada de pele.

16 — ALLEN (Alfredo Aires de Gouveia).- APONTAMENTOS SOBRE A FAMÍLIA DE JOÃO ALLEN. Porto - MCMLIX. [Empresa Industrial Gráfica do Porto]. In-8.º gr. de 243 págs. E. Cuidada edição, ilustrada em folhas de papel couché e dada a lume em limitada separata do «Boletim Cultural» da Câmara Municipal do Porto.Boa encadernação com a lombada e cantos de pele, à amador. Só ligeiramente aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.Dedicatória do autor a José de Lima.

17 — [ALLEN (Eduardo Augusto)].- NOTICIA E DESCRIPÇÃO DE UM SARCOPHAGO ROMANO descoberto ha annos no Alemtejo e recentemente comprado pela Cidade do Porto para o seu Museu Municipal, pelo Director do mesmo Museu. Porto. Typographia do Commer-cio do Porto. 1867. In-8.º gr. de 31-I págs. B.Interessante e rara notícia arqueológica, de muito raro aparecimento no mercado, cujo autor não consta do frontispício.Exemplar ofertado pelo autor.

18 — [ALLEN (Eduardo Augusto)].- NOTICIA E DESCRIPÇÃO DE UMA MOEDA INE-DITA CUNHADA PELOS WISIGODOS NA CIDADE DO PORTO, em fins do VIº Seculo; e ultimamente descoberta pelo Illmº Snr.Francisco José do Amaral. Acompanhadas de alguns apontamentos historicos e critico-numismaticos pelo Director do Museu do Porto. Porto: Typo-graphia de D. Antonio Moldes. 1862. In-8.º de IV-14-II págs. B.Opúsculo bastante invulgar, publicado sem o nome do autor. Com dedicatória do autor.

19 — ALMANACH BUROCRATICO GERAL, DISTRICTAL E CONCELHIO PARA 1876, por Aristides Abranches. 2.º Anno. Lisboa. Empreza Editora — Carvalho & C.ª. 1875. In-8.º de 587-I págs. E.“Este livro (...) destina-se exclusivamente a indicar os nomes (e moradas, só com relação a Lisboa e Porto) da grande maioria das pessoas que, nos 21 districtos administrativos do continente do reino e ilhas, exercem funcções publicas, quer de ordem elevada, quer de humilde categoria, ou profissões particulares de reconhecida importancia”. [Transcrição do almanaque para o ano de 1875].“Como se reconhecerá confrontando, concelho por concelho, o almach de 1875 com o de 1876, acha-se o novo livro muito mais desenvolvido que o do anno anterior.”Encadernação antiga, com defeitos na lombada.

20 — ALMANAK COMMERCIAL, FABRIL, JUDICIAL, ADMINISTRATIVO, ECCLE-SIASTICO E MILITAR DO PORTO E SEU DISTRICTO, PARA 1857. Publicado por José Lourenço de Sousa, — Terceiro Anno da sua Punlicação. Porto-Typ. de J. L. de Sousa, 1856. In-8.º E. no mesmo volume.——— SUPPLEMENTO AO ALMANAK COMMERCIAL (...) para 1857. N.º 1. Tabella dos Emolumentos Judiciaes (Annotada). Porto-Typ. de J. L. de Sousa, 1856. In-8.ºRaro almanaque portuense, com informações comuns a todas as publicações do género. Com interesse para a história da Administração Pública e Militar, Genealogia, Artes, Ciências e Indústrias, Assistência, Comércio, Correios, Higiene, Igreja, etc.Encadernação antiga.

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21 — ALMANAK DA CIDADE DO PORTO E VILLA NOVA DE GAYA PARA O ANNO DE 1848. Porto: Na Typographia de S. J. Ferreira. 1847. In-8.º de 191-I págs. B.Curioso almanaque principalmente informativo, com elementos que interessam ao conhecimento da actividade da cidade do Porto e de Vila Nova de Gaia em meados do século XX. Além das informa-ções oficiais dá notícia das fábricas, estabelecimentos bancários e de seguros, nomes e moradas de advogados, museus, estabelecimentos assistenciais, colégios, liceus e outros estabelecimentos de ensino, médicos e cirurgiões, “algebristas (vulgo Endireitas)”, “Mestres de Capella”, “Retratistas”, escultores, gravadores, abridores, litografias e tipografias, periódicos, livreiros e encadernadores, agentes consulares, construtores de navios, “mestres de vellas para navios”, fornecedores de navios, cambistas, ourives, “negociantes”, etc. (ver gravura na pág. 6)

22 — ALMANAK DA CIDADE DO PORTO E VILLA NOVA DE GAYA PARA O ANNO DE 1848. Porto, Na Typographia de S. J. Pereira, 1847. In-8.º de 191-I págs. B.Capa da brochura rasgada.

23 — ALMANAK DA CIDADE DO PORTO E VILLA NOVA DE GAYA PARA O ANNO DE 1850. Porto: Na Typographia de Faria Guimarães. 1849. In-8.º de 208 págs. B.Capa da brochura imperfeita.

24 — ALMANAK DA CIDADE DO PORTO E VILLA NOVA DE GAYA PARA O ANNO DE 1852. Porto: Na Typographia de Faria Guimarães. 1852. In-8.º de 220 págs. B.Com falta da capa da brochura posterior.

25 — ALMANAK DA CIDADE DO PORTO E VILLA NOVA DE GAYA PARA O ANNO DE 1853. Porto: Na Typographia de Faria Guimarães. 1854. In-8.º de 220 págs. B.Com falta da capa da brochura.

26 — ALMANAK DA CIDADE DO PORTO E VILLA NOVA DE GAYA PARA O ANNO DE 1858. Porto: Na Typographia de F. P. d’Azevedo, 1857. In-8.º de 240 págs. B.Desconjuntado.

27 — ALMANAQUE DE GOTHA. Annuaire Diplomatique et Statistique pour l’Année 1851. [a 1866]. Gotha. Chez Justus Perthes. 16 vols. In-8.º peq. E.Almanaque do maior interesse para todos quantos se dedicam ao estudo da genealogia, hoje conside-rado verdadeiro directório da Alta Nobreza e fonte de grande fiabilidade para o estudo das identidades e parentescos da alta aristocracia na Europa. Este Almanaque foi publicado sem qualquer interrupção entre 1763 e 1944.Publicação ilustrada com retratos de Principes, Imperadores, Presidentes, Condes, etc., primorosa-mente abertos a buril em chapa de aço.Encadernações editoriais, em percalina.

28 — ALMANAQUE DE GOTHA. Annuaire Généalogique, Diplomatique et Statistique. 1902 [a 1910]. Gotha. Justus Perthes. 9 vols. In-8.º E.Continuação do Almanaque anteriormente anunciado, correspondendo estes aos publicados entre os conturbados anos de 1902 e 1910.Encadernações editoriais, em percalina. Com a lombada do volume relativo a 1909, descolada.

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29 — ALMANACH DE PORTUGAL PARA 1856. Lisboa. Imprensa Nacional. 1856. In-8.º gr. de CLXXVI-720 págs. E.Diz Luiz Travassos Valdez na abertura a este interessante almanaque, que ele contém a “relação das Feiras e Mercados”, a “relação das pessoas que compõe a Familia Real”, “a lista dos Titulares, com as datas da creação de cada um dos Titulos”, “as dos Prelados, Grão Cruzes das Ordens Militares, e Damas da Ordem de S. Isabel”, etc. Raro.Encadernação modesta, antiga. (ver gravura na pág. 8)

30 — ALMANAK DO PORTO E SEU DISTRICTO PARA 1876 (21º anno da sua publicação). Publicado por Mattos Carvalho & Vieira Paiva (Successores de José Lourenço de Sousa). Porto. Imprensa Popular de Mattos Carvalho & Vieira Paiva. 1875. In-8.º gr. de 424 págs. E.Interessante para o conhecimento da actividade comercial, industrial, profissional e serviços públicos. Útil para os historiadores da cidade e das profissões nele exercidas.Encadernação da época com lombada de pele.

31 — ALMANACH PORTUENSE PARA O ANNO DE 1864 (4.º Anno) por António Augusto de Oliveira. Porto: Typographia de Antonio José da Silva Teixeira, 1863. In-8.º gr. de 272 págs. B.Capa da brochura com rasgões marginais.

32 — ALMANACH PORTUENSE PARA 1874 (14.º Anno) por António Augusto de Oliveira. Porto. Typographia Lusitana. 1873. In-8.º gr. de 419-I págs. E.Almanaque essencialmente informativo, com elementos com importância para o conhecimento das profissões, comércio, indústria, teatros, serviços exercidos na cidade há mais de um século passado.Encadernação da época com lombada de pele. (ver gravura na pág. 9)

33 — ALMANACH PORTUENSE PARA 1877 (1.º depois do bissexto) (17.º Anno da sua Publica-ção) por António Augusto de Oliveira. Porto. Typographia Lusitana. 1876. In-8.º gr. de 502 págs. E.Cartonagem original com sujidade.

34 — ALMEIDA (António de).- EXPOSIÇÃO JUSTIFICATIVA. PERANTE SUA ALTEZA REAL O PRINCIPE REGENTE NOSSO SENHOR. Londres: Impresso por H. Bryer, Bridge Street, Blackfriars. 1813. In-8.º de 108 págs. Desenc..Innocêncio faz registo do autor dizendo que foi “Comm. da Ord. de Christo, Cirurgião da Real Camara, Lente de operações no Hospital Real de S. José, Membro do Real Collegio dos Cirurgiões de Londres, etc.”, acrescentando a propósito desta Exposição Justificativa que o autor “produz reflexões e documentos concernentes a mostrar a injustiça com que a Regencia de Portugal se houvera para com elle, incluindo-o no numero dos que, a titulo de medida preventiva ou policial, fez sahir forçadamente do reino em 1810, por suspeitos d’adhesão ao partido dos francezes.” Opúsculo baste raro e curioso, também com interesse para a história da medicina em Portugal.

35 — ALMEIDA (Ferreira de).- THERMAS DE S. PEDRO DO SUL (Caldas de Lafões). AL-BUM REGIONAL e Summario em francez e inglez. 1930. Tipo-Lito Gonçalves & Nogueira, Lda. Porto. In-8.º gr. de 74-XXX-IV págs. B.As águas de Lafões já eram conhecidas de árabes e romanos. Monografia ilustrada com várias fotogravuras nas páginas do texto e em folhas à parte. Tem, em separado, um «Mapa das Estancias Hydroterapeuticas de Portugal». Muito invulgar. Com dedicatória do autor.

36 — ALMEIDA (Fortunato de).- HISTORIA DAS INSTITUIÇÕES EM PORTUGAL. Coimbra. Imprensa Academica. 1900. In-8.º gr. de 220-II págs. E.Primeira edição. Encadernação da época com lombada de pele.

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37 — ALMEIDA (Francisco José de).- INTRODUCÇÃO À CONVOCAÇÃO DAS CORTES DE-BAIXO DAS CONDIÇÕES DO JURAMENTO PRESTADO PELA NAÇÃO. (...) Offerecida ao Go-verno no dia 25 de Outubro de 1820. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1820. In-8.º peq. de 56 págs. B.Sobre o autor aconselha Innocêncio outras fontes biográficas como a «Resenha das famílias titulares de Portugal» ou a «Revolução de Setembro de 13 de Dezembro de 1844». Diz também que “Este médico, conhecido geralmente em Lisboa pelo diminutivo de Almeidinha, em razão da sua exígua estatura, pois era tão pequeno de corpo como grande na sciencia, foi durante muitos annos havido por maçon, e José Agostinho de Macedo o inculca como tal em varios logares das suas satyras manuscriptas. Cumpre porém dizer que tal accusação era falsa, porque elle só veiu a iniciar-se n’aquella ordem aos 65 annos de edade, isto é, no de 1821 (...)”.Invulgar e muito interessante publicação. No final vem o «Hymno à Constituição. Na entrada dos nossos Irmãos Portuenses no Lugar de Sacavem.»Bonita capa de papel antigo, marmoreado.

38 — ALMEIDA (João de).- VISÃO DO CRENTE. Porto. Companhia Portugueza Editora. 1918. In-8.º de 218-II págs. B.«A guerra e os objectivos nacionaes», «Portugal em presença da guerra», «A alliança anglo-lusa», «A entente luso-espanhola», «As relações franco-portuguezas», «A solidarização luso-brazileira», «Portugal perante a sua crise interna».

39 — ALMEIDA (José António de).- TEMPOS ANTIGOS E TEMPOS MEDIEVAIS DA VILA DE SOZA. 1949. Livraria Fernando Machado. Porto. In-8.º de 48-IV págs. B.“Soza está situada numa colina sobranceira ao Canal do Boco, concelho de Vagos, freguesia daquele nome”. Monografia ilustrada com estampas em separado, entre as quais o brasão de armas dos Duques de Lafões.

40 — ALMEIDA (José Maria Eugénio de).- DISSERTAÇÃO ACADEMICA A’CERCA DO ARTIGO 183 DA CONSTITUIÇÃO POLITICA DE 1822. 1837. [Copimbra, na Imprensa da Universidade e na Tipografia Comercial Portuense]. In-4.º peq. de 40 págs. B.Muito invulgar e curioso opúsculo da autoria de Eugénio de Almeida, “estudante do terceiro ano da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra”, mandado publicar pelo Lente de Direito Público Basílio Alberto de Sousa Pinto.O final da publicação é constituída por uma curiosa «Lista dos subscriptores», onde se revelam muitos dos docentes e alunos daquela faculdade.

41 — ALMEIDA (Manuel da Costa Gaio Tavares de).- SELO, BRASÃO, BANDEIRA E PE-DRAS D’ARMAS DA VILA DE GRÂNDOLA. Breve Estudo Heráldico-Genealógico. Subsídio para a Monografia do Concelho por... 1957. [Lisboa]. In-8.º gr. de 153-II págs. B.Bom estudo heráldico-genealógico, profusamente ilustrado nas páginas do texto e em separado. Prefácio de Mário de Albuquerque. Tiragem bastante limitada.

42 — ALMEIDA (D. Frei Manuel Nicolau de).- RESPOSTA DO BISPO D’ANGRA, ELEITO DE BRAGANÇA, A ALGUNS REPAROS, QUE SE FIZERAÕ A RESPEITO DO OPUSCULO ANONIMO, PUBLICADO PELO MESMO BISPO, E QUE TEM POR TITULO: CARTAS DE HUM AMIGO A OUTRO, SOBRE AS INDULGENCIAS. Lisboa: Na Typogr. de Antonio Rodri-gues Galhardo. 1823. In-8.º de XX-168 (aliás 153] -IV págs. B.Com este livro, procurou o autor responder às dúvidas suscitadas pelo aparecimento das «Cartas de um amigo a outro sobre as indulgencias» publicadas sob anonimato em 1822, mas confirmadamente da autoria de D. Frei Nicolau de Almeida, Bispo de Angra. Eleito Bispo de Bragança em 1823, nunca esta eleição foi confirmada pela Sé Apostólica, pelas dúvidas suscitadas pela publicação daquelas contro-versas Cartas. Innocêncio refere a publicação, assim como alguns nomes que alimentaram a polémica.Brochura em papel marmoreado, da época. Com manchas de humidade.

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43 — [ALMEIDA (Miguel Calmon du Pin e)].- AMERICUS. Cartas Politicas. [do anter-rosto: Extrahidas do Padre Amaro]. Londres: Impresso por R. Greenlaw, 36. High Holborn. — 1825-1826. In-8.º peq. de IV-IX-I-265-I e II-241-I págs. E.Publicação bastante rara, atribuída a Miguel Calmon du Pin, Marquês de Abrantes, nobre, político e notável diplomata brasileiro.Borba de Moraes na «Bibliographia Brasiliana» faz registo da edição, dizendo: “They were written in London and first printed in a Portuguese periodical published in London, the Padre Amaro. (...)“The Cartas Politicas concern the political and administrative organizations which the author believes are best for the new Empire of Brazil. They are a valuable historical document, quoted frequently by modern historians.”Encadernação da época com lombada de pele. (ver gravura na pág. 12)

44 — ALMEIDA (Nicolau Tolentino de).- OBRAS COMPLETAS DE NICOLAU TOLEN-TINO DE ALMEIDA. Com alguns inéditos e um ensaio biographico-critico por José Torres. 1861. Editores - Castro, Irmão & Cª. Lisboa. In-4.º de 388-II-LXXXVI-X págs. E.Muito cuidada edição das obras de um dos mais notáveis poetas satíricos portugueses, enriquecida com excelentes e numerosas ilustrações caricaturais abertas em madeira por Nogueira da Silva. Primeira das duas edições com as referidas ilustrações, a segunda das quais feita há algumas dezenas de anos e publicada na colecção “Ronda”.Encadernação antiga com lombada e pequenos cantos de pele.

45 — ALMEIDA (Nicolau Tolentino de).- OBRAS POETICAS DE NICOLAO TOLENTINO DE ALMEIDA. Nova edição. Lisboa, 1828. Na Typographia Rollandiana. 3 vols. In-12.º B.Invulgar publicação cujo terceiro volume comporta as «Obras Posthumas» do grande poeta satírico que foi Nicolau Tolentino de Almeida.Capas em papel da época, não impresso.

46 — ALMEIDA (Pedro Norberto Correia Pinto de).- PHILOSOPHIA SPECULATIVA. Ensaio d’explicação Universal. Por P. Norberto. Coimbra: Na Imprensa da Universidade. — 1836. In-8.º de 111-I págs. Desenc.De grande raridade como confirma Innocêncio no seu monumental Diccionário, este opúsculo nunca chegou a ser visto pelo bibliógrafo, que o descreveu segundo imprecisas informações.Do Índice: Historia Natural: Zoologia, Fitologia, Mineralogia, Geologia; Física Universal: Fenó-menos da luz, do calor, da electricidade, das afinidades, do magnetismo, fisiológicos; Teoria da Lei Universal: Da Física, Da Química, da Fisiologia.Desencadernado.

47 — ALMEIDA (Teodoro de).- LISBOA DESTRUIDA. Poema, (...) Lisboa. Na Off. de Antonio Rodrigues Galhardo. M.DCCC.III. In-8.º de XV-I-280 págs. E.“(...) he para admirar, que sendo já passados quarenta e sinco annos, naõ tenha ainda apparecido historia algu-ma individual deste acontecimento: tendo elle sido taõ famoso, como sensivel nas quatro partes do Mundo; porque além da Europa, onde fez o maior estrago, tambem chegou a Marrocos na Africa, á Circacia e Terra Santa na Asia, e ás Antilhas na America. Algumas Memorias se tem publicado, mas taõ succintas, taõ confusas, e em muita parte taõ falsas, que mais servem de offuscar, que de aclarar a relaçaõ di sucesso.“Portanto tendo eu sido testemunha ocular, e presente a muita parte dos sucessos deste horroroso Terre-moto, e ouvido no mesmo tempo de outras testimunhas illustres e fidedignas parte dos sucessos, que naõ presenciei pela differença dos lugares; cuidei logo depois do terrivel fenomeno em ordenar este Poema, a fim de que a minha recente memoria sem confusaõ nem dúvida me fornecesse as circunstancias mais

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memoraveis. (...)” Primeira e única edição até hoje publicada. Com 7 interessantes e bem executadas gravuras alegóricas disseminadas pelo volume que dão início a cada um dos seis Cantos do Poema; a págs. 119, a última faz a abertura das «Notas e Ilustrações ao Poema Lisboa Destruida, pelo P. A. N. C. O. [Padre António das Neves, da Congregação do Oratório].Encadernação da época em inteira de pele.

48 — ALMOÇO DADO POR BONAPARTE Á JOSEFINA SUA MULHER. DIALOGO, QUE SERVE DE PROLOGO Á HISTORIA DO SEU DIVORCIO. Lisboa Na Impressão Regia. Anno 1810. In-8.º de 8 págs. B.Texto satírico em forma de diálogo, publicado sem o nome do autor.

49 — ALORNA (Marquesa de).- OBRAS POETICAS DE D. LEONOR D´ALMEIDA PORTU-GAL LORENA E LENCASTRE, Marqueza d´Alorna, Condessa d´Assumar, e d´Oeynhausen, conhecida entre os poetas portuguezes pelo nome de ALCIPE. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1844. 6 vols. In-8.º gr. E. em 3.O primeiro volume vem adornado de uma litografia que representa a célebre Marquesa d´Alorna, grande figura da poesia e da cultura portuguesa do seu tempo. São muito invulgares os exemplares completos desta excelente edição.Bonitas encadernações com as lombadas de pele decoradas na lombada com ferros românticos. Com a lombada do último volume rasgada junto à charneira.

50 — ALTAMIRANO (Candido).- EXPOSIÇÃO GENUINA DA CONSTITUIÇÃO PORTUGUE-ZA DE 1826, na qual pelo seu mesmo texto se justificão, e desfazem as apparentes contradicções, e barbarismos, que nella se contém. Impressa na lingua hespanhola, na cidade de Palencia em 1826, e traduzida por F. P. F. C. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1828. In-8.º de 32 págs. B.Opúsculo traduzido e publicado por Francisco de Paula Ferreira da Costa, anti-maçónico e dedicado miguelista.

51 — ALVARES DO ORIENTE (Fernão).- LVSITANIA // TRANSFORMADA // COMPOSTA // POR // FERNÃO D’ALVARES DO ORIENTE, // DIRIGIDA // AO ILLVSTRISSIMO // E MVI EXCELLENTE SENHOR // D. MIGVEL DE MENEZES, // Marquez de Villa Real, Conde de Alcou-tim // e de Valença, Senhor de Almeida, Capi- // tão Mór e Governador de Ceita. // ... // LISBOA // NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. // Anno M.DCC.LXXXI. In-8.º de XVI-555-I págs. E.A primeira edição foi “impressa em Lisboa por Luiz Estupiñan, anno de 1607 e agora reimpressa, e revista com hum indice da sua lingoagem por hum Socio da Academia Real das Sciencias de Lisboa”. Reim-pressão estimada e pouco frequente e, excluída a importância bibliográfica, preferível à primeira. Tem, entre as págs. 180 e 181, uma folha desdobrável, em verso, intitulada «LABERINTO».“Aos que se interessam pela ideologia da novela, a Lusitânia Transformada oferece um documento muito eloquente da resposta de um escritor a uma série de problemas sociais, políticos, religiosos e culturais que parecem ter caracterizado um dos períodos mais trágicos da história de Portugal (...)”.Com um insignificante corte de traça na folha de anterrosto.Encadernação contemporânea de pele inteira, com nervuras e ferros dourados na lombada.

52 — ALVARES (Francisco).- VERDADEIRA INFORMAÇÃO DAS TERRAS DO PRESTE JOÃO DAS INDIAS, pelo Padre... Nova edição (conforme a de 1540, illustrada de diversos fac-similes). Lisboa. Imprensa Nacional. 1889. In-4.º de II-207-I págs. B.Reedição muito esmeradamente executada, ilustrada com nove perfeitíssimas reproduções do rosto da edição original portuguesa, a duas cores, o “Prologo a el Rey...”, a marca do impressor e os frontispí-cios de várias traduções quinhentistas. Em bom papel. Estimada e bastante invulgar.Encadernação com a lombada e cantos de pele, superficialmente ratada no canto inferior direito da pasta frontal. Só ligeiramente aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.(ver gravura na pág. 15)

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53 — ÁLVAREZ MARTINEZ (Ursicino).- HISTORIA GENERAL CIVIL Y ECLESIÁSTICA DE LA PROVINCIA DE ZAMORA. Zamora. 1889. Estab. Tip. de «La Seña Bermeja». In-4.º de VI-457-III págs. E.Boa encadernação com lombada e cantos de pele.

54 — ALVES (Artur da Mota).- O MORGADO DE FONTELAS - VASCONCELOS DE AMA-RANTE. Estudo-Genealógico. Livraria Coelho. Lisboa. 1937. In-8.º gr. de 88-II págs. B.Muito cuidada edição impressa a duas cores, ilustrada com brasões d’armas, fac-símiles de assina-turas, reproduções de inscrições tumulares e uma fotogravura reproduzindo o Solar de Fontelas, em Amarante. Em folha desdobrável tem uma “Árvore de geração do primeiro Morgado de Fontelas”. Edição de limitadíssima tiragem.

55 — ALVES (Pe. Francisco Manuel) [ABADE DE BAÇAL].- GUIA EPIGRÁFICO DO MUSEU REGIONAL DE BRAGANÇA.Porto. Tipografia Emprêsa Guedes, Lda. 1933. In-8.º gr. de 92 págs. B.Trabalho do Abade de Baçal ilustrado com desenhos, publicado em reduzida separata das suas «Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança».

56 — ALVES (Pe. Francisco Manuel) [ABADE DE BAÇAL].- MEMORIAS ARQUEOLO-GICO-HISTORICAS DO DISTRICTO DE BRAGANÇA ou Repositorio amplo de noticias chorographicas, hydro-orographicas, geologicas, mineralogicas, hydrologicas, bio-bibliogra-phicas, heraldicas, etymologicas, industriaes e estatisticas interessantes tanto à historia profana como ecclesiastica do Districto de Bragança. Porto. 1909-1948. 11 tomos. In-8.º gr. E. em 10 vols.Trata-se da mais importante obra referente à região brigantina, verdadeiramente monumental e fun-damental para o seu estudo, mas também uma das mais notáveis de quantas no seu género têm sido publicadas em Portugal.A partir do 5º volume a obra apresenta os seguintes subtítulos: «Os Judeus no Districto de Bragança»; «Os Fidalgos»; «Os Notaveis»; «No Arquivo de Simancas»; «Arqueologia, Etnografia e Arte» [2 volumes].Primeira edição, muito valiosa e rara.Encadernações com lombadas e cantos de pele com alguns defeitos. O 2.º volume tem dedicatória do autor a José Augusto Ferreira.

57 — [AMARAL (João José Miguel Ferreira da Silva)].- DISCURSO RELIGIOSO-POLITICO NO QUAL SE MOSTRA NÃO SÓ PELOS FUNDAMENTOS DA RELIGIÃO, MAS TAMBEM PELOS ARGUMENTOS TIRADOS DO DIREITO PUBLICO, E LEI NATURAL TANTO A AUTHORIDADE DA IGREJA COMO A LEGITIMA PROPRIEDADE DOS SEUS BENS. Por Hun Verdadeiro Portuguez. —— Lisboa: Typographia Patriotica. 1823. In-8.º de IV-30-II págs. B.Publicado sob pseudónimo e segundo Innocêncio, este opúsculo foi redigido por João M. Ferreira da Silva Amaral, bacharel em Leis pela Universidade de Coimbra e Presidente da Câmara de Vila Franca de Xira.

58 — [AMARAL (Luís José Correia de França e)].- OBRAS DE MELIZEU CYLENIO, ARCADE DE LISBOA. Lisboa: Na Officina de Joam Antonio da Costa, Impressor do Serenissimo Senhor Infante D. Pedro e da Sagrada Religiam de Malta — MDCCLXIV. In-12.º de 203-I págs. E.Edição cuidadosamente impressa em papel de boa qualidade. Obra publicada sob pseudónimo e cons-tituída por Eglogas, Reflexões, Odes e Cartas. [Carta I. Ao Senhor Manoel Carvalho sobre a utilidade da Poezia; Carta II. Ao mesmo sobre a inconstancia da fortuna; Carta III. Ao Senhor Jozé de S. Bernar-dino Botelho, sobre o bom uzo que se deve fazer da sciencia; Carta IV. Ao mesmo sobre a Poezia; Carta V. Em resposta a outra que dom mesmo recebeo; Carta VI. ao Senhor Nicolao Tolentino; Carta VII. Ao M. R. P. Francisco Xavier Figueira de Araujo, sobre os abuzos, que os Omens fazem da fortuna.]Bonita encadernação de pele inteira, gravada a ouro na lombada e seixas e a seco nas pastas com uma singela cercadura.

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59 — AMORIM (Francisco Gomes de). - GARRETT. MEMÓRIAS BIOGRAPHICAS. Lisboa. Imprensa Nacional. 1881-1884. 3 vols. In-8.º gr. de VI-598-II, XXXII-723-I e VIII-717-III págs. B.Obra de referência e a mais completa de quantas se têm publicado sobre Almeida Garrett. No primeiro volume vem um bom retrato de Garrett e no último, em folhas desdobráveis, 5 fac-símiles de autógrafos do mesmo autor. Camiliana.Com a capa da brochura do II Tomo manchada.

60 — AMZALAK (Moses Bensabat).- PRIMEIRA EMBAIXADA ENVIADA PELO REI D. JOÃO IV À DINAMARCA E À SUÉCIA. Notas e Documentos. Lisboa. 1930. In-8.º gr. de 70-II págs. B.Achega de apreciável importância para a história das relações diplomáticas portuguesas após a Inde-pendência de 1640. Tiragem restrita.Com dedicatória do autor.

61 — ANACRÉON, SAPHO, BION ET MOSCHUS, Traduction nouvelle en Prose, SUIVIE DE LA VEILÉE DES FÉTES DE VÉNUS, Et d’un choix de Pieces de différents Auteurs. PAR M. M*** C**. A PARIS, Chez Henti Hoyois, Imprimeur & Libraire. M. DCC. LXXV. In-8.º peq. de IV-VI-299-I-XXIII-I-96 págs. E.O último grupo de páginas, com frontispício próprio, integra a Obra: HERO ET LÉANDRE. Poëme de Musée, publicada na mesma Casa impressora e ano.Encadernação da época inteira de pele.

62 — ANALYSE AO TRATADO DE COMMERCIO E NAVEGAÇÃO DE 3 DE JULHO DE 1842 ENTRE PORTUGAL E A GRAM BRETANHA: Negociações sobre a reducção de direitos em virtude do artigo 7.º; e Males que ella devia causar a Portugal se fosse levada a efeito. por UM EX-DEPUTADO ÁS CÔRTES, Amigo da Industria do seu Paíz. — Lisboa, Na Typogra-phia de José Baptista Morando. 1844. In-8.º gr. de II-124 págs. B.De grande interesse para o estudo das relações comerciais luso-britânicas.“Estando profundamente convencido de que só o exercicio da industria em todos os seus ramos é que póde tirar a Nação do estado de abatimento em que se acha, (...)“(...) a publicação deste Opusculo, no qual principio por uma analyse ao Tratado de Commercio e Na-vegação de 3 de Julho de 1842, para mostrar com mais um documento, que havemos de ser sempre ludibriados pela Gram Bretanha em quaesquer contratos que com ella fizermos, (...)”.

63 — ANDRADE (António Mateus Freire de).- OS FRANCESES NO PÔRTO EM 1809. (Tes-temunho de...). Apontamentos coligidos pelo Conde de Campo Bello (D.Henrique). [Porto. 1945]. In-4.º de 140-IV págs. B.Edição ilustrada em folhas à parte, integrada na colecção «Documentos e Memórias para a História do Porto». Invulgar.

64 — ANDRADE (Gomes Freire de).- ENSAIO SOBRE O METHODO DE ORGANISAR EM PORTUGAL O EXERCITO RELATIVO Á POPULAÇÃO, AGRICULTURA, E DEFEZA DO PAIZ. Por... Lisboa. Na Nova Officina de João Rodrigues Neves. Anno de 1806. In-8.º de XII-407-I págs. e VIII quadros em folha desdobrável. B.“Ainda hoje é tido em grande apreço este Ensaio, podendo talvez avançar-se sem sermos taxados de exagerados, que de todas as organizações do exercito publicadas, planos e projectos apresentados, etc., é este talvez o trabalho mais completo que temos visto. Gomes Freire no seu plano, modelado pelo systema da organização militar suissa, combinou e harmonizou os principios da sciencia com a natureza do terreno e sua defeza; attendeu ás necessidades da agricultura, sem prejudicar a causa publica sustentada por uma força dentro dos limites da população (...)”. [in Diccionário Bibliographico Militar Portuguez, de F. A. Martins de Carvalho].Com uma mancha de água que ofende as primeiras folhas do volume e outros pequenos defeitos.

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65 — ANDRADE (Joaquim Navarro).- ORATIO IN EXEQUIIS AUGUSTISSIMAE, AC FIDELISSIMAE UNITI REGNI EX PORTUGALLIA, ET BRASILIA, ALGARBIIQUE RE-GINAE, MARIAE PRIMAE, HABITA III. NONAS DECEMBRIS 1816. CONIMBRICAE IN REGALI UNIVERSITATIS SACELLO. A JOACHIMO NAVARRO ANDRADIO IN GYM-NASIO ACADEMICO FACULTATIS MEDICAE PROFESSORE P. O. APHORISMORUM INTERPRETE, REGIAE CURIAE PRO DIRIGENDIS PORTUG. ET ALGARBIOR. STUDIIS SEX-VIRO, CHRISTI ORDINIS EQUITE. In-4.º gr. de 27-III págs. Desenc.O autor, natural de Guimarães, doutorou-se na Universidade de Coimbra, foi director literário da Aca-demia de Marinha e Commercio do Porto. Deputado eleito às Côrtes constituintes de 1821 — cargo que renegou — e Correspondente da Academia Real das Ciências.Edição bastante invulgar, impressa sobre papel de escolhida qualidade.

66 — ANDRADE (José Inácio de).- CARTAS ESCRIPTAS DA INDIA E DA CHINA NOS AN-NOS DE 1815 A 1835. Por... a sua mulher D. Maria Gertrudes de Andrade. Segunda edição. Lisboa. Imprensa Nacional. MDCCCXLVII. 2 vols. In-4º de XXIV-283-III e X-269-XXI págs. E.De uma carta de D. Frei Francisco de S. Luís ao autor: “V. Sª levantou um monumento perenne á sua propria gloria, e ao credito da Litteratura Portugueza, dando-nos a conhecer os costumes, as leis, o genio, e o singular caracter do grande Imperio da China, fazendo justiça ao espirito e valor dos antigos Portuguezes, rebatendo opportunamente a affectada e invejosa ignorancia dos estrangeiros, derramando por toda a sua obra os principios de huma philosophia franca e generosa, e as maximas de uma moral amiga dos homens e das sociedades”.Sobre o autor, segundo se diz, nasceu na Ilha de Santa Maria, nos Açores em 1784. “Desde tenra edade dedicado á vida commercial e maritima, emprehendeu largas navegações, e fez algumas viagens á India e á China, em navios que elle proprio commandava.” São palavras de Innocêncio que recolhemos no Diccionário Bibliográfico sobre a vida do autor, sobre a obra diz o mesmo bibliógrafo que a “primeira edição, notavel por sua primorosa elegancia, foi toda distribuida pelo auctor entre amigos e pessoas a quem quiz obsequiar, sem que d’ella se expuzessem á venda alguns exemplares. Posteriormente, com permissão d’elle, se fez na mesma imprensa segunda edição, que em nada cede á primeira no tocante á execução typographica, e lhe sobreleva em correcção e additamentos da penna do proprio auctor. (...)Edição ilustrada com XII retratos de personagens de relevo no Oriente e na Metrópole, entre os quais os de José Inácio de Andrade e sua mulher Maria Gertrudes de Andrade, Domingos Sequeira e Rodrigo Ferreira da Costa, retratos que têm a assinatura do litógrafo Dias da Costa.Bonitas encadernações da época, com pequenos cantos de pele e as lombadas decoradas com ferros e dizeres a ouro. (ver gravura na pág. 18)

67 — [ANDRADE (José Maria Dantas Pereira de)].- MEMORIAS PARA A HISTORIA DA REGENERAÇÃO PORTUGUEZA EM 1820. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1823. In-8.º peq. de 151-I págs. B.Publicado sem o nome do autor, este opúsculo apresenta no final o pseudónimo Lusitano Filantropo. Nos «Subsídios para um Diccionário de Pseudonymos», Martinho da Fonseca revela José Maria Dantas Pereira de Andrade, natural de Alenquer como verdadeiro nome que utilizou o pseudónimo. Inno-cêncio desenvolveu extensa rubrica sobre Pereira de Andrade, Comendador da Ordem de Christo, Conselheiro de Estado durante o regimen constitucional de 1820 a 1823, entre outros cargos politico--militares que desempenhou em Portugal ou no Brasil.Revestido de capa da brochura em papel marmoreado.

68 — ANDRADE (Pedro Baltazar de).- HERÁLDICA - CIÊNCIA Y ARTE DE LOS BLASONES. Editorial Blasones. Barcelona. [1954]. In-8.º de 164 págs. E. Com numerosas ilustrações nas páginas de texto.Encadernação editorial com sobrecapa de papel editorial.

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69 — ANSELMO (António Joaquim).- BIBLIOGRAFIA DAS OBRAS IMPRESSAS EM PORTUGAL NO SÉCULO XVI. Lisboa. Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional. 1926. In-4.º de X-367-I págs. E.Primeira e muito invulgar edição deste excelente trabalho bibliográfico, indispensável ao estudo da tipografia portuguesa, onde são descritas mais de 1300 espécies quinhentistas. Com numerosas repro-duções de frontispícios, algumas das quais tiradas a negro e vermelho.Boa encadernação com a lombada de pele, só ligeiramente aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.

70 — ANTAS (Miguel d’).- LES FAUX DON SÉBASTIEN. Étude sur l’Histoire de Portugal. Paris. Chez Auguste Durand, Libraire. 1866. In-8.º gr. de IV-V-I-476-I págs. E.Valioso e invulgar estudo sobre o nosso infortunado rei D.Sebastião, o seu reinado e as relações histó-ricas com vários países da Europa e povos do norte de África.Encadernação da época com lombada de pele. (ver gravura na pág. 20)

71 — A ANTI-CATASTROPHE. Historia d’ElRei D. Affonso 6º de Portugal. Publicada por Camillo Aureliano da Silva e Souza. Porto: Typographia da Rua Formosa, nº 243. 1845. In-8.º gr. de XXVI-713-I págs. E.A obra, importante para a história de D. Afonso VI, foi “escripta em lingoa hespanhola por um Official das Tropas de Portugal, que o acompanhou na sua fortuna e na sua desgraça”. Tem no princípio um texto do editor em que — transcrevemo-lo de Inocêncio — “se contém algumas reflexões geraes e judiciosas sobre os nossos antigos historiadores e chronistas, com a exposição dos motivos que o leva-ram a emprehender a publicação d’este inedito; investigações ácerca do seu desconhecido auctor, e das rasões que excluem a possibilidade de ter sido escripto por aquelles a quem até agora se attribuia, etc.”Encadernação da época, com um pequeno rasgão na dobra do encaixe. Dedicatória de Camilo Aureliano da Silva e Souza a J. J. Rodrigues de Castro, do Conselho de S. Magestade.

72 — ANTI-SEBASTIANISMO OU ANTIDOTO CONTRA VARIOS ABUSOS. Lisboa, Na Impressão Regia. Anno 1809. In-8.º de 38 págs. Desenc.Interessante opúsculo a juntar às colecções Sebastianistas, mas também com interesse por coligir algumas das profecias que alimentaram o mito.A propósito do Exame critico sobre o papel intitulado «Anti-sebastianismo» de Frei Manuel de S. Joaquim Maia, Innocêncio faz alguns comentários críticos e refere que esta edição constou apenas de 500 exemplares.

73 — APPENDIX // ÁS // REFLEXÕES // DO PORTUGUEZ // Sobre o Memorial do Padre Geral dos // Jesuitas, // Apresentado à Santidade // DE CLEMENTE XIII. // OU SEJA // RES-POSTA // Do Amigo de Roma ao de Lisboa; // Impressa em Genova, e traduzida em Portu- // tuguez. [sic] // — // MDCCLIX. In-8.º peq. de IV-419-I págs. E.Obra bastante invulgar, publicada sem o nome do autor e de manifesto interesse para a história da per-seguição feita por Pombal contra a Companhia de Jesus. Publicada no ano em que se deu início ao sequestro dos bens desta Companhia e em que foi publicado o decreto da sua expulsão. Entre os inte-ressantes capítulos que constituem a Obra destacamos: Diversa fortuna, que experimentou em Roma o livro Reflexões &c.; Fortuna contraria, que achou em Roma o livro intitulado Resumo da Sentença &c.; Calumnias contra ElRey, o Cardeal, e o Ministro.; Santidade do Padre Malagrida.; Modo com que foy recebido em Roma o Papel intitulado Erros impios, e sediciosos &c.; Ritos da China, e Malabar.Encadernação da época em inteira de carneira, com ferros gravados a ouro na lombada. Com vestígios de bicho junto à lombada, que não afectam o volume.

74 — APONTE (Vasco de).- RELACIÓN DE ALGUNAS CASAS Y LINAJES DEL REINO DE GALICIA. Camino de Santiago. Editorial Nova. Buenos Aires. In-8.º de 155-V págs. E.Redigida entre 1510 e 1516, esta crónica revela-se de grande importância para a história medieval da Galiza. “Este libro constituye una de las primeras genealogias gallegas y tiene para Galicia la im-

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portancia extraordinaria de que él aparecen consignados importantíssimos detalles de la guerra de los hirmandinos, así como la participación de la nobleza gallega en las luchas peninsulares.Edição acompanhada de uma “Notícia” [Para que sirva de introducción a la lectura...], por Benito Vicetto e por um texto intitulado «La ojiva y la espada», [de págs. 11 a 21], por Ramón Otero Pedrayo.Encadernação editorial com sobrecapa policromada.

75 — ARAGÃO (A. C. Teixeira de).- DESCRIPÇÃO GERAL E HISTORICA DAS MOEDAS CUNHADAS EM NOME DOS REIS, REGENTES E GOVERNADORES DE PORTUGAL. Tomo I (a III). Lisboa. Imprensa Nacional. 1874-1880. 3 vols. In-8.º gr. de 462-I, XV-I-476-I e VIII-643-I págs. EObra verdadeiramente importante para o estudo da numismática portuguesa, enriquecida com 77 gra-vuras impressas em folhas à parte, reproduzindo o verso e anverso de centenas de moedas, gravuras estas distribuídas e colocadas no final de cada um dos volumes. Além destas, numerosas reproduções de moedas vêm intercaladas no texto de toda a obra e o 3.º volume tem, impressas em folhas à parte, mais seis gravuras, representando: Uma alegoria às comemorações do Centenário de Camões; Uma reprodução, em folha desdobrável, da “Ilha e Cidade de Goa...”; A reprodução de uma gravura representando “O Leilão que se faz cada dia pola menhã na Rua Direita na Cidade de Goa...”; Em folha desdobrável uma “Planta da Cidade de Goa em 1831” a “Porta da Cidade ou Arco dos Vice--Reis em Goa” e por último, o “Monumento a Affonso d’Albuquerque Inaugurado em Pangim...”.Encadernações com lombadas de pele, singelamente gravadas a ouro. O 3.º volume apresenta uma encadernação semelhante às anteriores, por ter sido posteriormente executada. (ver gravura na pág. 22)

76 — ARAGÃO (Fernão Ximenes de).- TRIUNFO // DA // RELIGIAÕ // CATHOLICA // CONTRA A PERTINACIA DI JUDAISMO, // OU COMPENDIO // DA // VERDADEIRA FÉ, // COMPOSTO PELO ARCEDIAGO // (...) // (emblema do Santo Oficio) // LISBOA: // Na Of. dos Herd. de ANTONIO PEDROZO GALRAM. // — // M. DCC.LII. // Com todas as licenças necessarias. In-8.º de VIII-523-I págs. E.Como se depreende no frontispício, pretendeu o autor fazer prova de que “os Judeos andaõ cégos, errados, e obstinados. e que a Religiaõ Catholica he boa, e Santa, e que só nella póde haver salvaçaõ...”Conforme explica Innocêncio, trata-se da terceira edição da obra, a mais ampliada. Pela primeira vez publicada em 1625, conheceu diferentes títulos em cada uma das edições.“É livro doutissimo (por tal o qualifica Antonio Ribeiro dos Sanctos) em que o sabio auctor abrangeu os dous methodos de combater os erros judaicos, isto é, já por meio dos logares da Escriptura Sancta, combinados com os factos da historia christã, já servindo-se dos argumentos tirados dos proprios thalmudistas e rabbinos. — Em geral, todas as obras de Ximenes, são, na opinião d’aquelle respeitavel academico, abonadas testemunhas do saber e virtude do seu auctor, e tão cheias de profunda sabedoria, como de unção e piedade.”Encadernação da época, em pele, com falta de um pedaço no pé da lombada e com outros pequenos defeitos. Com manchas de água e um pequeno corte de traça na margem direita das últimas folhas. Frontispício manuscrito a tinta e com data de 1761.

77 — ARANHA (Pedro Venceslau de Brito).- O BOM-SENSO E O BOM-GOSTO. Humilde parecer de Brito Aranha. Com uma carta de A. F. de Castilho. Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira. 1866. In-8.º gr. de 15-I págs. B.Da polémica literária «Bom-Senso e Bom-Gosto», suscitada pelo aparecimento do «Poema da Moci-dade», de Pinheiro Chagas.

78 — ARANTES (Francisco de).- REFUTAÇÃO DA VOZ DA RAZÃO do Doutor José Anas-tasio da Cunha, Lente de Mathematicas da Universidade de Coimbra: OU VERDADEIRA VOZ DA RAZÃO, por... Lente de Theologia da mesma Universidade. Coimbra, Na Real Imprensa da Universidade. 1824. In-8.º peq. de 79-I págs. Desenc.Inocêncio diz que “São quasi as proprias quadras do opusculo refutado, parodiadas em sentido contrario,

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e convertidas em exposição e confirmação dos dogmas e da moral do christianismo.”O Autor, brasileiro natural de Pernambuco, foi Doutor e antigo Lente da faculdade de Teologia de Universidade de Coimbra, Cónego magistral da Sé da mesma cidade, nomeado Deão em 14 de Maio de 1864 e governador do Bispado.Sacramento Blake, «Diccionario Bibliographico Brazileiro», vol. 3. p. 5-6.

79 — ARANTES (Hemetério).- D. THERESA RIO-MAIOR. 1916. Livraria Ferreira. [Lisboa]. In-4.º peq. de 44-IV págs. B.Com dois retratos em folhas à parte. Dedicatória do autor.

80 — ARAÚJO (José Maria Xavier de).- REVELAÇÕES, E MEMORIAS PARA A HISTORIA DA REVOLUÇÃO DE 24 DE AGOSTO DE 1820, e de 15 de Setembro do mesmo anno por... Lisboa, Na Typographia Rollandiana. 1846. In-8.º de VII-I-232 págs. E.O autor, minhoto natural de Arcos de Val de Vez, teve acentuada participação na vida política do seu tempo, tendo sido companheiro de Manuel Fernandes Tomás no Sinédrio. Acerca deste seu trabalho, Inocêncio diz que “Apezar de mui succinto (...) offerece particularidades curiosas sobre o assumpto, e dá as feições characteristicas de algumas das principaes personagens que figuraram n’aquelles nota-bilissimos acontecimentos”. Muito invulgar.Encadernação com lombada de pele, gravada a ouro e com nervuras; com defeitos na lombada.

81 — ARAÚJO (Veloso d’).- CAMILLO EM SAN=MIGUEL=DE=SEIDE. 2º milhar. Braga. Livraria Cruz - Editora. 1925. In-8.º de 319-I págs. B.Os documentos de que o autor se serviu para a construção deste interessante livro “estão directamente ligados, pelos assuntos, ao vulto gigantesco do romancista de San-Miguel-de-Seide, estrêla de pri-meira grandeza na brilhante constelação dos literatos portugueses, cujo nome se sublimou e guindou às altitudes da Glória, envolto numa dor persistente e num suicídio, que êle julgou redentor”. Com estampas e fac-símiles de cartas, algumas impressas em folhas desdobráveis.

82 — ARMENGOL Y DE PEREYRA (Alejandro de).- HERÁLDICA. Editorial Labor, S.A.: Barcelona - Buenos Aires. In-8.º peq. de 207-III-XVI págs. E.Volume ilustrado “Com 57 figuras en el texto, 16 láminas en negro conteniendo 323 figuras, y una lámina en color.” Integrado na «Colección Labor».

83 — ARNAUT (Salvador Dias).- A CRISE NACIONAL DOS FINS DO SÉCULO XIV. I. A Sucessão de D. Fernando. Coimbra. 1960. In-4.º de 598-II págs. E.Importante e bem documentado trabalho de investigação histórica, publicado em separata da revista «Biblos» e de que julgamos ter sido publicado apenas este volume sobre a sucessão de D. Fernando.Boa encadernação com a lombada e cantos de pele, decorada com ferros a ouro, nervos e rótulos. Com as capas da brochura conservadas e só ligeiramente aparado à cabeça.

84 — ARNOSO (Conde de) - [Bernardo Pinheiro Pindela].- JORNADAS PELO MUNDO. I - Em caminho de Pekin, II - Em Pekin. Porto. Magalhães & Moniz, Editores. M DCCC XCV. In-4.º de II-440-IV págs. B.Edição ilustrada com um retrato gravado a seco, à parte e em cartão.Desconjuntado.

85 — ARNOSO (Conde de)-[Bernardo Pinheiro Pindela].- VILLA VIÇOSA. Porto. Typ. de A. J. da Silva Teixeira, Herd. 1904. In-fólio de XX págs. inums. B.Monografia publicada em restrita separata de «A Arte e a Natureza em Portugal», ilustrada com seis excelentes fototipias de Emílio Biel impressas em separado.Com dedicatória do autor a Wenceslau de Lima. Capa da brochura com pequenas imperfeições.

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86 — ARCHIVO DO CONSELHO NOBILIARCHICO DE PORTUGAL. Centro Tipografico Colonial. Lisboa. 1925-1928. 3 vols. In-4.º gr. de 129-I, 120 e 282-IV págs. E. em 2.Valiosa e importante publicação dirigida por Affonso de Dornellas e outros e colaborada por Frazão de Vasconcellos, Marquês de Sampaio, Albuquerque de Bettencourt, D. José de Meneses Alarcão, António Ferreira de Serpa, etc.Com numerosas árvores genealógicas e um grande número de estampas impressas em separado repro-duzindo retratos, brasões d’armas, monumentos, etc.Muito estimada e já bastante difícil de obter, porquanto a sua tiragem foi limitada a 260 exemplares numerados e assinados. Bonitas encadernações com as lombadas e cantos de pele, decoradas com dourados e nervuras. (ver gravura na pág. 25)

87 — ARRAIS (Fr. Amador).- DIALOGOS // DE // DOM FREY // AMADOR ARRAIZ, // Bispo de Portalegre: // REVISTOS, E ACRESCENTADOS // pelo mesmo Autor nesta segunda impressão. // (gravura com brasão da Ordem do Carmo impressa a negro e verme-lho) // EM COIMBRA. // Na Officina de DIOGO GOMEZ LOVREYRO Impressor // da Viniuersidade. // Com licença do Sancto Officio, & Ordinario, // & Priuilegio Real. // Anno do Senhor de M.DCIIII. In-4.º gr. de XXII ff. prels. inums. e 346 (aliás 339, por salto de num. de 22 para 29 e erro por existirem duas 234 e duas 236, saltando erradamente para 237) nums. pela frente. E.José dos Santos faz pormenorizada descrição desta edição no importante Catálogo dos Condes de Azevedo e de Samodães, onde considera esta segunda e raríssima edição, “a mais completa e por isso a mais estimada.”Também Pinto de Matos no Manual Bibliográfico Portuguez regista a mesma edição fazendo menção de valores atingidos no mercado relativamente às edições de 1589, 1604 e 1846 e verificando a grande estima que esta edição merece.Innocêncio refere: “Tanto a primeira como a segunda edição foram sempre procuradas, e tidas na conta de raras, desde muitos annos, mórmente a segunda, que era e é ainda a preferida.”Encadernação antiga com a lombada de pele. Manchas de água dispersas pelo volume e vestígios de traça que não ofendem a mancha tipográfica. Com um rasgão na folha 82 que atinge parcialmente o texto, apresentando um grosseiro restauro. O canto inferior externo da folha 147, apresenta também um pequeno restauro sem ofensa da impressão. (ver gravura na pág. 26)

88 — ARRAIS (D. José António Pinto de Mendonça).- GENEALOGIA DOS COSTAS. Escrita por... Bispo de Pinhel e da Guarda. Com um posfácio de António Machado de Faria... Archivo de Docvmentos Historicos. Lisboa. MCMXXXIV. In-8.º gr. de 91-I págs. B.Um dos valiosos trabalhos genealógicos integrados no «Arquivo de Documentos Históricos», de que foi director A. de Gusmão Navarro e que, invariavelmente, contaram com edições de limitadas tiragens.

89 — ARROIO (António).- SINGULARIDADES DA MINHA TERRA. (na Arte e na Mistica). Edição da «Renascença Portuguesa». Porto. [1917]. In-8.º gr. de 347-III págs. B.Com interessantes considerações sobre o Bussaco, Águas Santas [Porto], o Teatro S. Carlos, a IX Sinfonia de Beethoven e um capítulo intitulado «O meu encontro com Camilo Castelo Branco», acompanhado de uma caricatura do romancista por Rafael Bordalo Pinheiro.Capa da brochura acidificada. Dedicatória do autor.

90 — ARROYO (António).- A VIAGEM DE ANTERO DE QUENTAL À AMÉRICA DO NORTE. Edição da “Renascença Portuguesa”. Porto. [1916]. In-8.º de 71-VI págs. B.Livrinho curioso, com várias referências a Eça de Queiroz, João de Deus, etc.Primeira edição, de restrito número de exemplares, há longos anos esgotada.Dedicatória do autor.

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91 — ASSECA (Visconde de).- NOTICIA HISTORICA ACÊRCA DE SALVADOR CORRÊA DE SÁ E BENEVIDES, lida na Sessão Solemne da Sociedade de Geographia de Lisboa em 14 de Janeiro de 1907 pelo socio Visconde d’Asseca (Salvador). Lisboa. Livraria Ferin. [S.d.] In-fólio de 49-III págs. B.Trabalho de investigação histórico-biográfica de Salvador Correia de Sá e Benevides, nascido no Rio de Janeiro e grande figura de militar, de cujo rol de feitos notáveis se destaca o de ter sido o restaurador de Angola. O autor deste trabalho foi seu directo descendente. Edição cuidada, em bom papel de linho.Dedicatória do autor. Com um pequeno rasgão na capa da brochura, junto à lombada.

92 — [ASSUNÇÃO (Fr. José da)]. [Requeixo, Aveiro ? - 1841].- O DEFENSOR DA RELI-GIÃO Em Disputas com Incredulos. 1836 [e 1837]. Lisboa. [Em diferentes tipografias]. 3 partes ou tomos. In-8.º de 234-I; 234; 238; 244; 256 e 295 págs. E. em 3 vols.Publicado sob anonimato, este periódico foi por Innocêncio atribuído a Fr. José d’Assunção, natural do Requeixo, no bispado de Aveiro. “Missionário Apostólico, do Seminário do Varatojo; nomeado Bispo de Lamego pelo sr. D. Miguel (...). Impedido de exercer as funcções episcopaes á face do novo governo, teve de abandonar o bispado, e vindo para Lisboa viveu aqui durante alguns annos retirado, e quasi incognito, occupando-se na composição de varias obras doutrinaes e polemicas, que fez publicar sem o seu nome”.Periódico bastante invulgar, impresso em Lisboa, nas seguintes oficinas: Na Typografia de A. I. S. de Bulhões, Calçada de Santa Anna N.º 110; Na Typografia da Viuva Silva e Filhos, Calçada de Santa Anna N.º 74; Na Typografia de A. I. S. de Bulhões. Rua do Socorro de Cima. N.º 39. 1.º andar; Na Tipographia do P. B. L. C. da Cunha, Travessa Nova do Desterro N.º 23.Para mais cuidada e desenvolvida informação acerca do autor e desta publicação, consultar «O Defensor da religião: contra o ideário da revolução francesa», de Pedro Vilas Boas Tavares, In «Actas do Colóquio — A Recepção da Revolução Francesa em Portugal e no Brasil. Universidade do Porto, 1992.Encadernações da época, com defeitos que não comprometem a solidez dos volumes. Assinatura antiga e carimbo de posse nos frontispícios.

93 — ATIENZA (Julio de).- NOBILIARIO ESPAÑOL. Diccionario Heraldico de apellidos españo-les y de titulos nobiliarios. M. Aguilar - Editor. Madrid. 1948. In-8.º de XIV-II-1778-VI págs. E.Ainda hoje obra de referência na especialidade, está dividida em três secções. A primeira, “formada por unas Nociones de Arte Heráldica, indispensables para la perfecta lectura de los blasones descritos, seguidas de un imprescindible Vocabilario Heráldico.”; a segunda, trata do Dicionário Heraldico de apelidos, sendo a terceira e ultima parte dedicada ao Dicionário de Títulos Nobiliários. Edição cuidada, documentada com 164 ilustrações.Encadernação editorial gravada a seco e ouro na lombada e na pasta da frente.

94 — ATIENZA (Julio de).- TITULOS NOBILIARIOS HISPANOAMERICANOS. M. Aguilar - Editor. Madrid, 1947. In-12.º de 665-I págs. E.Edição muito cuidada impressa sobre papel muito fino e de grande qualidade. “Con prólogo del autor y 20 reproducciones de escudos de armas”. Encadernação dos editores.

95 — AUTOPSIA DOS PARTIDOS POLITICOS, E GUARDA-QUEDAS DOS GOVERNOS: ou Ensaio sobre as continuas Revoluções de Portugal. Lisboa. Na Typographia da Gazeta dos Tribunaes. 1847. In-8.º gr. de 80 págs. B.O autor aponta as seguintes razões para a crise de Portugal: “As sociedades secretas; Os abusos da liberdade de imprensa; Os excessos da tribuna nas camaras legislativas; As eleições e suas funestis-simas consequencias; As promessas dos empregos, e de outras mercês, sobretudo á classe militar; e as ameaças de destituições; Os erros do proprio govêrno, maiormente em fazenda, e na escolha dos funccionarios; e os excessos, e parcialidades a que o govêrno é arrastado, ora por opposição, ora pelo partido a que elle mesmo pertence”. Publicado sob anonimato.

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96 — AVELAR (Filipe Neri Soares de).- A LEGITIMIDADE DA EXALTAÇÃO DO MUITO ALTO, E MUITO PODEROSO REI, O SENHOR D. MIGUEL I.º, AO THRONO DE PORTU-GAL, DEMONSTRADA POR PRINCIPIOS DE DIREITO NATURAL E DAS GENTES. 2.ª Edicção. Lisboa: Typographia de Eugenio Augusto. 1829. In-8.º de IV-43-I págs. Desenc.Invulgar espécime bibliográfico a juntar às colecções das Lutas Liberais. Nesta edição foram publi-cadas duas cartas de José Agostinho de Macedo, sendo a primeira dirigida a J. J. P. L. [Joaquim José Pedro Lopes, que mereceu desenvolvido artigo no Dicionário Histórico de Esteves Pereira], onde “desenvolve em favor da Sagrada Causa da Religião, do Throno, e da mesma Patria” e declara o “seu Parecer relativamente á Censura do nosso opusculo”. A segunda carta, trata do Parecer dirigido ao Vigario Geral para a Licença da Impressão do mesmo Opusculo”.

97 — AVELAR (Filipe Neri Soares de).- QUE RELAÇÃO HA ENTRE A LEGITIMIDADE DE HUM GOVERNO, E O SEU RECONHECIMENTO PELAS POTENCIAS ESTRANGEI-RAS? Questão que resolveo, e aos bons Portuguezes O... Lisboa, Na Impressão Regia. 1832. In-8.º gr. de 24 págs. Desenc.Com um parecer laudatório “sobre o presente escripto”, do P. José Agostinho de Macedo, onde este defende a legitimidade de D. Miguel.Com a seguinte anotação da época, manuscrita no frontispício: “Véja a obra castelhana intitulª El Jacobinismo por D. Joze Gomes Hermosilla - Madrid impr. de D. Leon Amarita - em 8.º no tomo 3.º impresso em 1824 desde pag. 121 até 129.”

98 — AZAGRA Y AGUIRRE (Antonio Pérez de).- TÍTULOS DE CASTILLA E INDIAS CONCEDIDOS POR NUESTROS REYES A NAVARROS O DESCENDIENTES DE ELLOS Y TODAS SUS DESCENDENCIAS. Editorial Pujol. Vitoria. 1949. In-8.º gr. de 400 págs. B.Edição de escasso aparecimento no mercado mas de grande valia para o estudo da genealogia da região basca.

99 — AZAGRA Y AGUIRRE (Antonio Pérez de).- TITULOS DE CASTILLA E INDIAS Y ESTRANJEROS CONCEDIDOS POR NUESTROS REYES A VASCONGADOS, LOS QUE ENTRONCARAM CON VASCOS Y SE DIERON A SUS DESCENDIENTES Y LAS DES-CENDENCIAS DE TODOS ELLOS. Editorial Pujol. Vitoria. 1945. In-8.º gr. de 400 págs. B.Entre outras obras o autor publicou também as «Noticias genealógicas sobre los Primo de Rivera y las Salcedos...» e «Reseña genealógica sobre la casa de Butrón Mújica...»

100 — AZEREDO (Francisco de).- O PAÇO DOS CONDES-DUQUES DE BARCELOS. Pro-jecto de restauro. Porto. 1954. In-4.º gr. de 51-V págs. B.Trabalho ilustrado com numerosas fotogravuras e várias plantas e alçados do projecto apresentado. Edição confinada apenas a 250 exemplares.COM DEDICATÓRIA DO AUTOR.

101 — AZEVEDO (Álvaro de).- «CASAS» DE BAIÃO. Tipografia Pôrto Médico, Lda. Pôrto. [1938]. In-4.º de 224-II págs. E.Muito estimada obra de investigação genealógica sobre as mais importantes «casas» do concelho de Baião, ilustrada nas páginas do texto. Tiragem confinada apenas a 200 exemplares, pelo que são raríssimos os exemplares que aparecem à venda.Boa encadernação inteira de pele, gravada a ouro na lombada e a seco nas pastas. Aparado só à cabeça e com as capas da brochura um pouco manchadas.

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102 — AZEVEDO (António Emílio de Almeida).- AS COMUNIDADES DE GOA. Historia das Instituições Antigas. Lisboa. 1890. In-8.º de IV-196-II págs. B.Obra de grande merecimento para todos quantos se dedicam ao conhecimento da cultura Goesa, à influen-cia dos portugueses naqueles domínios, suas raças, língua, história, cultos e superstições, família e casamentos, regimen da terra, organização política, etc. Muito interessante e raro.Com dedicatória do autor a Wenceslau de Lima. Com falta a capa da brochura posterior.

103 — AZEVEDO (Carlos de).- SOLARES PORTUGUESES. Introdução ao Estudo da Casa Nobre. Livros Horizonte. Lisboa. [Oficinas Gráficas da Editorial Minerva. 1971]. In-4.º gr. de 207-I págs. E.Valiosa contribuição para um dos interessantes aspectos do património arquitectónico português, servida por uma excelente realização editorial, em bom papel e de cuidada impressão, com numerosos dese-nhos intercalados, a que no fim se junta um vasto conjunto de excelentes fotografias de casas nobres, “uma entidade pouco conhecida na nossa arquitectura que, ameaçada como está - tal como a casa urbana - pelo camartelo da destruição, importa dá-la a conhecer”.Encadernação editorial inteira de pele, gravada a seco e ouro.

104 — AZEVEDO (Francisco de Simas Alves de).- UMA INTERPRETAÇÃO HISTÓRICO--CULTURAL DO LIVRO DO ARMEIRO-MOR. Fastos significativos da historia reflectidos num Armorial Português do Séc. XVI. Lisboa. 1966. In-4.º peq. B.“Com gran erudicion y, sobre todo, aguda vision historica, el Sr. Simas Alves de Azevedo ha logrado um trabalho excepcional en el ámbito de los estudios heráldicos y desde luego fundamental para el conocimiento de las relaciones historicas de la armeria portuguesa.” [F. Menéndez Pidal].

105 — AZEVEDO (João Antonio Monteiro de); SANTOS (Manuel Rodrigues dos).- DES-CRIPÇÃO TOPOGRAPHICA DE VILLA NOVA DE GAYA e da Solemnissima Festividade que em acção de Graças pela Gloriosa restauração de Portugal se celebrou na Igreja Matriz da mesma Villa no dia 11 de Dezembro de 1808. 3.ª Edição. Offerecida a S. A. Real O Principe Regente N. S. por João Antonio Monteiro d’Azevedo, Cidadão da Cidade do Porto, e Cavalleiro da Ordem de S. Thiago. E agora grandemente accrescentada com extensos additamentos, que conteem Noticias de muito interesse sobre a Historia desta Villa. O que foi até o anno do 1832, e o que he actualmente por Manoel Rodrigues dos Santos, Natural da mesma Villa. Porto — 1861. Typographia Commercial. In-8.º gr. de 406-XVI-II págs. E.Cuidada e bastante invulgar edição, a terceira segundo declaração registada no frontispício. Cons-tatamos no entanto que a edição de 1881, posterior, se anuncia como a segunda, sendo que a edição original, foi publicada em 1813. O exemplar apresenta uma planta topográfica manuscrita e em folha desdobrável, à escala 1/1000, intitulada «Copia do troço da planta da avenida esquerda do taboleiro superior da ponte Luiz 1.º com-preendido entre a ponte e a rua de Camões».Boa encadernação com lombada e cantos de pele, decorada com nervuras e ferros dourados. (ver gravura na pág. 30)

106 — AZEVEDO (Joaquim José de) [VISCONDE DE RIO SECO].- BREVE EXPOSIÇÃO DO COMPORTAMENTO PUBLICO DO VISCONDE DO RIO SECCO. Lisboa: Na Imprensa Nacional. Anno 1821. In-8.º de 20 págs. B.O autor, Visconde e Barão do Rio Seco, Comendador das Ordens de Christo, Torre e Espada e Concei-ção, acompanhou a Corte portuguesa quando esta partiu para o Brasil em 1807, onde exerceu impor-tantes cargos na Casa Real. Partidário da Independência do Brasil, foi-lhe outorgado pelo Imperador os títulos de Visconde do Rio Seco e Marquês de Jundiahy. Innocêncio faz ainda referência à sua obra «Exposição analytica e justificativa ...» por a considerar “interessante pelas particularidades que encerra no tocante á transferência da côrte de Portugal para o Brasil (...)”.

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107 — [AZEVEDO (Luis Inocêncio de Pontes Athaíde e) (Trad.)] — DESOTEUX DE COMAR-TIN (Pierre Marie Felicite).- A ADMINISTRAÇÃO DE SEBASTIÃO JOZE DE CARVALHO E MELLO, CONDE DE OEIRAS, MARQUEZ DE POMBAL, Secretario d’Estado, e Primeiro Ministro de S. M. F. o Senhor D. Joze I. Rei de Portugal. Traduzida do francez por Luis Innocencio de Pontes Athaide e Azevedo. Lisboa: Typ. de L. C. da Cunha. 1842-1843. 4 vols. In-8.º E. em 2.Lê-se no «Dictionnaire des Ouvrages Anonymes», de Barbier, que Dezoteux de Comartin, enviado de França na côrte portuguesa, foi o autor desta obra apologética, publicada em França pela primeira vez em 1786. Diz Inocêncio que a obra vem acompanhada de “peças ou documentos justificativos, entre os quaes se acham alguns importantes para a história do tempo”.Primeira edição portuguesa, ilustrada com os retratos do Marquês de Pombal, de D. José e de D. Maria I, além de cinco outras estampas também litográficas representando o suplício dos Távoras e de António Álvares Ferreira e José Policarpo de Azevedo.Encadernações da época, de pele inteira.

108 — AZEVEDO (Pedro de).- O PROCESSO DOS TAVORAS. Prefaciado e anotado por... Lisboa. Tip. da Biblioteca Nacional. 1921. In-4.º de XXXVIII-226-I págs. B.“A publicação do processo vulgarmente chamado dos Távoras não vem esclarecer o mistério da noite de 3 de Setembro de 1758 e a respectiva conjuração, esclarece apenas a sentença de 12 de Janeiro de 1759 nos pontos mais ou menos criticáveis e obscuros que nela se continham. É possível no entanto que com um trabalho persistente de critica e com o emprego de novos subsídios se desvendem alguns dos factores do drama, que influi desfavoravelmente na apreciação do trabalho administrativo de Pombal, apreciações que todavia devem ficar independentes de qualquer sentimento”. Com estampas impressas em separado. Volume inaugural da colecção de «Inéditos» da Biblioteca Nacional.

109 — AZEVEDO (Rogério de).- «A CASA DO INFANTE». (Elementos para o estudo de sua reconstituição). Porto. MCMLX. (Edições Marânus). In-4.º peq. de 31-I págs. B.Estudo ilustrado com muitas fotogravuras e, em folhas desdobráveis, plantas e alçados do histórico monumento portuense. Separata do «Boletim Cultural» da Câmara Municipal do Porto.

110 — AZEVEDO (Rogério de).- O PORTO DESDE A PROTO-HISTÓRIA Á ÉPOCA DO INFANTE D. HENRIQUE. Porto. 1960. In-8.º gr. de 47 págs. B.Com estampas impressas em separado, além de um mapa de grandes dimensões. Separata de «Stvdi-vm Generale».

111 — AZEVEDO (Visconde de).- DISTRACÇÕES METRICAS DO VISCONDE DE AZEVE-DO. Por elle dedicadas ao seu particular amigo o Snr. José Gomes Monteiro. Porto. Typographia Particular do Visconde de Azevedo. 1868. In-8.º gr. de VII-I-276 págs. E.Reduzidíssima edição que, como no frontispício se diz, foi feita na tipografia particular do autor.Valorizado com dedicatória do autor. Cartonagem da época.

112 — AZURRAGUE DE PATIFES // OU // DIALOGO // Entre um Portuguez honrado, e um Sevandija // Peralvilho: no dia 5 de Junho de 1823. // (...) // I. PARTE. [PARTE II] // Na Imprensa Christãa da Rua dos Coutinhos // — // 1823. 2 vols. In-8.º peq. de 52-62 págs. E.Publicado sem o nome do autor. O frontispício da 2.ª Parte regista a cidade de Coimbra como local de impressão. O verso do frontispício da 1.ª parte apresenta quatro trovas de Bandarra, onde as figuras de D. João VI e de Leal Silveira são utilizadas para interpretação das profecias. O Diálogo decorre a 4 de Junho de 1823, em Coimbra, sendo o Peralvilho a figura do pedreiro-livre.Muito invulgar publicação de apoio e defesa ao golpe de estado — Vilafrancada — que pôs fim à primeira tentativa de implantação de um regime liberal em Portugal.Encadernação da época de pele inteira.

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113 — BACHELIN-DEFLORENNE (M.).- LA SCIENCE DES ARMOIRIES. Avec gravures dans le texte. Paris. Librairie des Bibliophiles. M DCCC LXXX. In-8.º de IV-VII-I-294-II págs. E.Edição ilustrada nas páginas de texto e com uma gravura de dupla página intitulada «Le Roi d’Armes Montjoye Saint-Denis».Revestido de encadernação antiga, um pouco cansada e com uma pequena mancha de água, marginal, no pé de página.

114 — BAENA (Visconde de Sanches de).- FAMILIAS NOBRES DO ALGARVE. Lisboa. A Liberal - Officina Typographica. 1900. [Typographia do Annuario Commercial. 1906]. 2 vols. In-8.º de 186-II e 125-I págs. E.Importante trabalho de investigação genealógica em edição de restrita tiragem. Particularmente rara quando completa.Encadernação com a lombada e cantos de pele, gravada a seco e com rótulos na lombada.

115 — BAENA (Visconde de Sanches de).- RESUMO HISTORICO E GENEALOGICO DA FAMILIA DO GRANDE AFFONSO DE ALBUQUERQUE, para servir de complemento á Monographia publicada em 1860 no Archivo Pittoresco sobre a Casa dos Bicos pelo... Lisboa. Typographia Editora de Mattos Morera & C.ª. 1881. In-8.º gr. de 47-III págs. B.Edição decerto muito reduzida.

116 — BAIÃO (António).- HISTÓRIA QUINHENTISTA (INÉDITA) DO SEGUNDO CÊR-CO DE DIO. Ilustrada com a correspondência original, também inédita, de D. João de Castro, D. João de Mascarenhas e outros. Publicada e largamente prefaciada por... Coimbra. Imprensa da Universidade. 1925. In-8.º gr. de LXIII-354 págs. B.Primeira edição de um manuscrito atribuído a Leonardo Nunes, de capital importância para a “história da nossa conquista e domínio na Índia, no govêrno do grande D. João de Castro”. Bastante invulgar.

117 — BALBI (Adrien).- ESSAI STATISTIQUE // SUR // LE ROYAUME DE PORTUGAL // ET D´ALGARVE, // COMPARÉ AUX AUTRES ÉTATS DE L’EUROPE, // ET SUIVI // D’UN COUP D’ŒIL SUR L’ÉTAT ACTUEL DES SCIENCES, DES // LETTRES ET DES BEAUX--ARTS PARMI LES PORTUGAIS DES // DEUX HÉMISPHÈRES. // DÉDIÉ // A SA MAJESTÉ TRÈS-FIDÈLE, // (...) // PARIS, // CHEZ REY ET GRAVIER, LIBRAIRES, // QUAI DES AUGUSTINS, Nº 55. // — // 1822. 2 vols. In-8.º de LII-480 e IV-272-CCCLXVIII págs. E.Célebre obra de Adrian Balbi, autor de valiosa bibliografia geográfica e estatística. Em 1820 visitou Portugal onde recolheu vastíssima informação que veio a utilizar no «Essai statistique sur le royaume de Portugal et d’Algarve» e nas «Variétés politiques et statistiques de la monarchie portugaise», edi-ções publicadas em 1822, ano da Independência do Brasil.De capital importância para o conhecimento da realidade portuguesa nos seus mais variados aspectos, o Essai statistique... é hoje fonte inesgotável para o estudo da geografia, do clima e da população, do seu governo, organização militar, industrias de manufactura, comércio, exportação, transportes, organização eclesiástica, assim como das suas relações com a Europa, a África, o Brasil, a Índia, Ásia, Açores e Madeira.As CCCLXVIII págs. finais constituem um «Appendix a la Géographie Littéraire», onde o autor for-nece preciosas informações acerca da Literatura, da Arquitectura, Belas-Artes, Música, Teatro, Dança, Esgrima, Equitação, Tipografia, etc.Neste muito extenso Appendix, o autor incluiu ainda biografias das mais destacados autores portugueses e brasileiros, assim como de uma lista de obras publicadas em Portugal entre os anos de 1801 a 1819.Encadernação da época, em carneira, a necessitar restauro. (ver gravura na pág. 34)

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118 — BALBI (Adrien).- VARIETÉS POLITICO STATISTIQUES SUR LA MONARCHIE PORTUGAISE; Dédiées a M. Alexandre de Humboldt... (vinheta). Paris, Rey et Gravier, Librai-res... 1822. In-8.º de XV-232 págs. e 13 mapas estatísticos em 7 folhas desdobráveis. E.“En travaillant à notre Essai statistique sur le royaume de Portugal et d’Algarve, nous avons eu sous les yeux une foule de mémoires et de documens sur différens sujets plus intéressans les uns que les autres, et tous entièrement nouveaux. Quelques-uns n’étant pas susceptibles d’entrer dans cet ouvrage sans altérer le plan d’après lequel nous le travaillons, et sans lui ôter cet ensemble et cette proportion entre ses diffé-rens chapitres qui sont indispensables dans tout ouvrage scientifique, nous nous sommes déterminé à en publier quelques-uns sous le titre Variétés politico-statistiques sur la monarchie portugaise.Entre os principais assuntos abordados destacamos a Geografia histórica e física de Portugal, reino mineral, suas águas, minas e salinas. Reino vegetal, vegetação das diferentes províncias, estado da agricultura, Companhia dos vinhos do Alto-Douro. Reino animal, animais domésticos, Pescas e a Companhia do Algarve. Geografia política e administrativa, população de Portugal nas diferentes épocas, governo antigo e actual, justiça, secção eclesiástica, inquisição de Lisboa, Coimbra e Évora. Finanças, Casa da Moeda, Alfandegas, Real junta do comércio, agricultura, fábricas e navegação, Banca nacional, Junta do Tabaco, Companhia Geral de Agricultura das vinhas do Alto Douro, Junta da Companhia das Reais Pescas do Algarve, Junta da extracção do sal de Setúbal, Junta de adminis-tração dos fundos da extinta Companhia do Pará e Maranhão, Meza do Bem Comum dos Mercadores, Direcção da Real Fábrica das Sedas e Obras das Águas Livres, Real Junta da Fazenda da Marinha. Exército. Saúde pública. Tribunais, Tribunal especial da protecção da liberdade de imprensa, Inten-dência geral da polícia. Obras públicas. Correio de Portugal e reinos estrangeiros, Câmaras das cidades e vilas. Direito português. Finanças. Comércio interno e externo, Comércio de Portugal com a Ásia, a África, o Brasil, os Açores e a Madeira, Espanha, Inglaterra, França, Holanda, Hamburgo, Rússia, Suécia, Dinamarca, Prússia, Itália, Áustria, Estados Unidos, etc. Navegações históricas dos portugueses. Fábricas e manufacturas de Portugal, Moeda, Pesos e Medidas, estradas e formas de viajar em Portugal. Religião dominante, Tribunal da Inquisição, Ordens religiosas, Instrução pública, Universidade e Colégio Real das Artes em Coimbra, Escolas, Dicionários, gramáticas, poesia, jornais políticos e literários, Belas-Artes, Arquitectura, pintura e desenho, escultura, gravura, música, artes dramáticas, caligrafia, dança, esgrima e equitação. Topografia. Países que constituem a monarquia portuguesa, considerações políticas sobre a monarquia portuguesa.Encadernação da época, com a lombada em pele.

119 — BALTAR (Gaspar).- NO MEU SOFÁ. Porto. Livraria Chardron. 1918. In-8.º de 208-IV págs. B.Eis alguns dos capítulos que constituem este interessante livro: O «snob», Wagner, Bourget e Combe, Um dia em Gibraltar, O «Salon» no Pôrto, O carnaval, Marquês de Soveral, etc.Com dedicatória do autor “Ao conselheiro Wenceslau de Lima”.120 — [BAPTISTA (Frei João)].- OS FRADES JULGADOS NO TRIBUNAL DA RAZÃO. Obra posthuma de Fr.***. Doutor Conimbricense. Lisboa: Na Impressaõ Regia. Anno 1814. In-8.º gr. de 149-III págs. E.Publicada sob anonimato mas atribuída ao autor acima referido. Diz Francisco Freire de Carvalho que, “achando-se hoje extinctas as ordens religiosas do sexo masculino em Portugal, este livro é todavia util como documento da sua existencia preterita, e como indicação dos proveitos que dellas teria podido tirar um governo illustrado”. Invulgar edição impressa em papel de escolhida qualidade.Encadernação inteira de pele, da época, ornada na lombada de bonitos ferros gravados a ouro.

121 — BARÃO DE FORRESTER. Exposição comemorativa do centenário da sua morte. 1861 - 1961. Instituto do Vinho do Porto. [Tipografia Rocha. Vila Nova de Gaia. 1961]. In-8.º gr. de LVI págs. inums. B.Exposição de homenagem ao Barão de Forrester, “homem excepcional, inglês de origem, apaixonado pela terra portuguesa, paladino do Douro, defensor da qualidade do vinho do Porto e entusiasta da sua expansão (...)” e autor dos admiráveis e célebres mapas do Rio Douro e do País Vinhateiro, “que ele levantou [e que] são, talvez, a expressão mais evidente do seu esforço”, como afirma João de Brito e Cunha no texto de introdução a este catálogo.

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122 — BARATA (António Francisco).- A BATALHA DE TORO Por... Barcellos. Typographia da Aurora do Cavado. Editor — R. V. 1896. In-8.º peq. de 22-II págs. E.De limitadíssima tiragem, a edição constou apenas de 20 exemplares impressos em papel de linho e 80 em papel de algodão.EXEMPLAR NUMERADO E IMPRESSO EM PAPEL DE LINHO.Modestamente encadernado e sem capas da brochura.

123 — BARBOSA (António do Carmo Velho de).- EXAME CRITICO DAS CORTES DE LA-MEGO. Porto. Typographia de D. Antonio Móldes. 1845. In-8.º de II-142-I págs. B.São raros os exemplares desta monografia histórica de António do Carmo Velho de Barbosa, natural de Barcelos, “Tezoureiro Mór, Parocho da Matriz de Santa Maria de Leça do Balio, Pregador Regio da Real Capella de Villa Viçosa, e Cavalleiro da Ordem de Christo, &c. &c. &c.”. Inocêncio refere--se-lhe circunstanciadamente, dando conta de alguns passos da sua vida, nem sempre própria da vida monacal, um dos quais foi o de, “sendo collegial no mosteiro de Renduffe, tomou armas com todos os seus companheiros para juntamente com o povo e tropa se opporem á invasão do exercito francez do commando do general Soult”.

124 — BARBOSA (António do Carmo Velho de).- MEMORIA HISTORICA DA ANTIGUI-DADE DO MOSTEIRO DE LEÇA, CHAMADO DO BALIO; Da Ordem a que pertenceu, das differentes alterações, que teve, e dos primitivos povos, que por estes sitios habitaram. Porto: Em Casa de Ignacio Corrêa, Editor e Livreiro. 1852. In-4.º de VI-III-I-91-III págs. E.Muito estimada e valiosa monografia histórica do venerando monumento milenário de Leça do Balio, nos arredores do Porto. Ilustrado com cinco gravuras que faltam em muitos exemplares. Raro.Encadernação antiga com lombada de pele um pouco cansada.

125 — BARBOSA (Francisco Ferreira).- ELUCIDARIO DO VIAJANTE NO PORTO. Coim-bra. Imprensa da Universidade. 1864. In-8.º de 159-I págs. B.Livro muito curioso e invulgar, com notícias sobre os monumentos, a instrucção e outras curiosidades, das quais destacamos a Capela de Carlos Alberto, os hospitais, os cemitérios, os conventos e mos-teiros, colégios, hospícios, asilos, a roda dos expostos, a Câmara Municipal, a alfandega, a cadeia, os quartéis, os teatros, palácios, academias, escolas, os programas das materias de ensino, o Ateneu Portuense, o Museu portuense e a Biblioteca Comercial, os palacetes, fábricas, bancos, companhias de seguros, hotéis, casas de bebidas, estabelecimentos de banhos, banhos no rio Douro, alamedas, passeios e quintas, procissões, a Companhia Viação Portuense, alquilarias onde se alugavam trens, cavalos, etc, caleches, estafetes, a Companhia de navegação a vapor, águas, a linha férrea, etc.126 — BARBOSA JÚNIOR (J.).- AGUAS DE S. VICENTE E SEUS ELEMENTOS DE CURA. Porto. Empresa Gráfica «A Universal». 1913. In-8.º de 152 págs. B.Monografia termal ilustrada nas páginas de texto.Desconjuntado.

127 — BARREIRA (João).- GOUACHES. Estudos e Phantasias. Porto. 1892. In-8.º peq. de IV-136-II págs. B.Interessante livro em prosa impresso em bom papel de linho e um dos mais raros do autor.

128 — BARREIRA (D. Oliva Sabuco de Nantes).- NOVA // FILOZOFIA // DA // NATUREZA DO HOMEM, // NAÕ CONHECIDA, NEM ALCANC,ADA [sic] // dos grandes Filozofos an-tigos, a qual melhora // a vida, e saude humana. // Com as addições da segunda impressaõ, e nesta expurgada. // COMPOSTA POR // D. OLIVA SABUCO // DE NANTES BARREYRA, // Vizinha, e natural da Cidade de Alcaràs, // Traduzida de Castelhano em Portuguez, // E OFFE-

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RECIDA AO SENHOR CAPITAM // JOAÕ LOURENÇO VELOZO, // Cavalleyro professo da Ordem de Christo, Familiar do Santo Officio // do numero, Capitaõ do Forte Barbalho na Cidade do Salvador, // Bahia de todos os Santos, por S. Mag. que Deos guarde, &c. // POR // MANOEL GOMES ALVERES. // [vinheta] // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina de MANOEL FER-NANDES DA COSTA, // Impressor do Santo Officio. // —— // Anno de M. DCCXXXIV. // Com todas as licenças necessarias. In-8.º de XXIV-519 págs. E.A edição inclui a interessantíssima Carta Dedicatória a El Rey D. Filippe de Castela onde a autora refere a sua difícil condição como mulher, pedindo que “receba Vossa Magestade este serviço de huma mulher, que cuydo he o mayor em qualidade, do que quantos haõ feyto os homens vassallos, ou senhores, que tem dezejado servir a Vossa Magestade.“Taõ estranho, e novo he o livro, quanto he o Autor. Trata do conhecimento de si mesmo, e dà dou-trina para conhecerse, e entenderse o homem a si mesmo, e a sua natureza, e para saber as causas naturaes, porque vive, e porque morre, ou adoece. (...)“Deste Colloquio do conhecimento de si mesmo, e natureza do homem resultou o Dialogo da verdadeyra Medicina, que alli se vio nacida, não me lembrando eu de Medicina, porque nunca a estudey; porèm resulta muy clara, e evidentemente, como resulta a luz do Sol, estar errada a Medicina antiga (...)A Obra conta com as seguintes partes ou assuntos: «COLLOQUIO DO CONHECIMENTO DE SI MESMO...»; «PRATICA EM QUE SE TRATA A COMPUSTURA do Mundo como està»; «PRATICA DAS COUSAS, QUE MELHORARAÕ este Mundo, e suas Respublicas»; «PRATICA DE AUXI-LIOS, OU REMEDIOS DA verdadeyra Medicina, com os quaes o homem poderà entender, reger, e conservar sua saude»; VERDADEYRA MEDICINA, E VERDADEYRA FILOZOFIA, Occulta aos Antigos em dous Dialogos (...)»; «DICTA BREVIA CIRCA HOMINIS NATURAM Medicinæ fundamentum»; Olivia Sabuco, hoje considerada pioneira da medicina psicossomática, nasceu em 1562, tendo publicado pela primeira vez esta Obra, em Madrid, no ano de 1587.Sobre Manoel Gomes Álvares, tradutor desta Obra, diz Palmira Morais de Almeida no «Dicionário de Autores no Brasil Colonial» que “Foi Mercador de livros em Lisboa e tradutor. Dominava com perfeição o idioma castelhano, tendo aproveitado esse conhecimento para a realização de traduções para a língua portuguesa (...)”.“Miguel Sabuco y Alvarez, bacharel de Farmácia e boticário, pai de Oliva Sabuco de Nantes Barrera [Alcaraz, Albacete, Espanha, 1562 - ?], veio a reivindicar a autoria da obra, não existindo, contudo, provas da tardia declaração, que, segundo alguns analistas, se deveu apenas ao desejo de obter os proveitos económicos da comercialização da obra.”Encadernação inteira de carneira, contemporânea. Com vestígios de humidade que afectam as últi-mas folhas (ver gravura na pág. 37)

129 — [MONTUFAR BARREIROS (Eduardo)].- CAÇA. Lisboa. A Liberal - Officina typogra-phica. 1900. In-8.º gr. de VIII-312-II págs. B.Livro sobre caça publicado sem o nome do autor, com interessantíssimos capítulos, de que se tiraram apenas 1000 exemplares: Uma caçada ás cabras no Gerez, O ultimo veado do Farrobo, Caçadas em Calhariz, Batida na Povoa das Meadas, Aos gamos em Pancas, Caçadas reaes, Caçadas na Serra da Estrella, etc.Desconjuntado e com a capa da brochura manchada. Com dedicatória do autor.

130 — BARREIROS (Guilherme Bonfim).- ASPECTOS ARQUEOLÓGICOS E ARTÍSTICOS DA CIDADE DO PORTO. Documentário fotográfico do Engº... . Apresentação de J.A.Pinto Ferrei-ra. Publicações da Câmara Municipal do Porto. [1949]. In-4.º de 35-II págs. e CXXX estampas. B.Excelente volume dos «Documentos e Memórias para a História do Porto», ilustrado com 130 foto-grafias de alguns dos mais interessantes aspectos desta cidade.

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131 — BARREIROS (Cónego Manuel de Aguiar).- A CAPELA DOS “COIMBRAS”, Dedicada a Nossa Senhora da Conceição da Guia em Braga. Marques Abreu. Porto. 1922. In-4.º de 15-I págs. B.Monografia ilustrada com estampas em separado feitas a partir de excelentes fotografias de Marques Abreu e desenhos aguarelados de José Villaça nas páginas do texto, mostrando aspectos daquele belo monumento quinhentista bracarense.

132 — BARREIROS (Cónego Manuel de Aguiar).- A CATHEDRAL DE SANTA MARIA DE BRAGA. Estudos críticos Archeologico-artísticos. Porto. 1922. In-4.º peq. de 69-I págs. B.Monografia estimada, numa das muito esmeradas edições de Marques Abreu, ilustrada com excelen-tes fotogravuras impressas em folhas à parte.“Por não ser assumpto de todo alheio ao estudo aqui versado regista-se tambem, em Appendice, uma MEMORIA SOBRE O RITO BRACHARENSE, lida pelo auctor na sessão inaugural do Congresso Archidiocesano das Obras Catholicas, no dia 8 de Dezembro do anno de 1920.”

133 — BARREIROS (Cónego Manuel de Aguiar).- A IGREJA DE S. PEDRO DE LOUROSA. Pôrto. 1934. In-8.º gr. de II-57-VII págs. B.Muito cuidada edição executada a duas cores, em excelente papel e adornada de numerosos desenhos nas páginas do texto e de 60 magníficas fotogravuras impressas em papel couché, todas do grande fotógrafo Marques Abreu, autor também dos retratos que apresenta de Leite de Vasconcelos, D. José Pessanha, Alfredo de Magalhães, Henrique Gomes da Silva e Manuel de Aguiar Barreiros.

134 — BARREIROS (Cónego Manuel de Aguiar).- S. PEDRO DE VARAIS. Uma capela ro-mânica do Concelho de Caminha. 1950. Marques Abreu - Editor. Porto. In-4.º de 28-IV págs. B.Apreciada monografia, ilustrada com 12 magníficas fotogravuras de Marques Abreu.

135 — BARROS (Padre André de).- VIDA // DO // APOSTOLICO PADRE // ANTONIO VIEYRA // Da Companhia de JESUS, // CHAMADO POR ANTONOMASIA // O GRANDE: // ACCLAMADO NO MUNDO // Por Principe dos Oradores Evangelicos, Prégador Incompa-ravel // DOS AUGUSTISSIMOS // REYS DE PORTUGAL, // Varaõ esclarecido em Virtudes, e Letras Divinas, e Humanas; // Restaurador das Missões do Maranhaõ, e Pará. // DEDICADA // AO SENHOR INFANTE // D. ANTONIO // PELO // P. ANDRÉ DE BARROS // Da Compa-nhia de JESUS. // (gravura alegórica) // LISBOA: // Na nova Officina SYLVIANA // M.D.CC.XLVI. In-fólio de XIII ff. prels. inums. e 686 págs. E.Obra clássica, estimada e invulgar. Primeira edição, impressa sobre papel de linho e de apurada exe-cução gráfica. Frontispício impresso a negro e vermelho.Composição adornada com 6 belas vinhetas e letras capitais gravadas em cobre, sendo de assi-nalar a que encabeça a primeira das págs. numeradas, por representar a actual Praça do Comércio, em Lisboa, antes do Terramoto de 1755, vendo-se em primeiro plano várias embarcações fundeadas. A vinheta impressa a págs. 367, que dá início ao capítulo «Vida do apostólico Padre...» representa, também no estado em que se encontravam na época, as Torres de S. Julião da Barra e de S. Lourenço do Bugio, com embarcações nas imediações.Com um belo retrato impresso à parte de António Vieira catequizando os indígenas do Brasil, numa primorosa gravura em cobre ass. Carolus Grandi Sculp. Rome Scup. Perm. Encadernação da época inteira de pele, com dizeres e ferros a ouro na lombada. Pequenos cortes de traça que apenas afectam, junto à lombada, as folhas preliminares. (ver gravura na pág. 39)

136 — BARROS (João de) [1496-1570].- CHRONICA // DO EMPERADOR // CLARIMUNDO, // DONDE OS REIS DE PORTUGAL // descendem, // TIRADA DA LINGUAGEM UNGARA // EM A NOSSA PORTUGUEZA, // DIRIGIDA AO ESCLARECIDO PRINCIPE // D. JOAÕ, // FILHO DO MUI PODEROSO REI // D. MANOEL, // PRIMEIRO DESTE NOME // POR //

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JOAÕ DE BARROS // SEU CRIADO, // E agora novamente accrescentada com // a vida deste Escritor, // LISBOA: // Na Officina de JOAÕ ANTONIO DA SILVA // Impressor de Sua Mages-tade. 1791. 3 vols. In-8.º peq. de XVI-LXXV-I-342-IV, 491-VII e 291-VII págs. B.“Quinta impressaõ, fielmente impressa sem mudança da sua antiga linguagem”Inocêncio: “Esta novella de cavallaria foi escripta pelo auctor quando contava pouco mais de vinte annos, com o fim de exercitar seu ingenho para argumentos mais graves. É conhecida ficção a circuns-tancia de se dar como traduzida da lingua ungara, não restando a menor duvida de que fora composta na portugueza. A estimação de que sempre gosou assas se demonstra pelo numero de reimpressões que d’ella se fizeram”. Muito invulgar.Capas da brochuras em papel pintado. Com um rasgão na brochura do segundo tomo.

137 — BARRUEL (Abbé).- HISTOIRE // DU CLERGÉ // PENDANT LA RÉVOLUTION // FRANCOISE; // Ouvrage dédié à la // NATION ANGLOISE. // Par L’Abbé BARRUEL, // Aumo-nier de Son Altesse Sérénissime // La Princesse de CONTI. // (Gravura allegórica) // LONDRES: // De l’imprimerie de J. P. Coghlan (...) // — // M,DCC,XCIII. In-8.º gr. de II-IX-I-601-III págs. E.Primeira edição muito rara, de grande rigor gráfico e assente sobre papel de boa qualidade.Refugiado em Inglaterra pouco antes dos massacres de Septembre em 1792, o Abade Barruel tornou-se Capelão da princesa de Conti, Maria Fortunata de Modena, onde redigiu esta obra sobre os recentes e terríveis acontecimentos em França.“Cette histoire est divisée en trois parties. La première comprend ce qui s’est passé de plus remarquable relativement à la religion, sous l’assemblée appelée nationale constituante; c’est à dire depuis le mois de Mai 1789 jusqu’à la fin de Septembre 1791. La seconde se termine au dix Août 1792. Mon object n’a pas été de tout dire quant à ces deux époques, mais seulement d’en dire assez pour faire voir comment elles avoient l’une & l’autre, préparé & ammené la troisième, celle des massacres & de la déportation du clegé.”Encadernação antiga com a lombada de pele.

138 — BARRUEL (Augustin de).- QUESTÃO NACIONAL SOBRE A AUTHORIDADE, E DIREI-TOS DO POVO EM O GOVERNO: OU EXPOSIÇÃO, E DEMONSTRAÇÃO DOS VERDADEI-ROS PRINCIPIOS ÁCERCA DA SOBERANIA. Publicada em Paris em 1791 por seu digno author o Abbade Barruel. Traduzida do Francez em 1821 por Luiz Gaspar Alves Martins, Author do Liberalismo desenvolvido, Abbade de Villar, pregador do Rei; a quem o mesmo traductor respeituosamente a offere-ce, e dedica em 1823. Lisboa: Na Impressão Regia. In-8.º gr. de CXXVIII-IV-157-I págs. E.Encadernação contemporânea decorada com largas nervuras, bonitos ferros e dizeres gravados a ouro.

139 — BASANTA DE LA RIVA (Alfredo).- NOBILIARIO DOCUMENTAL DE GUIPÚZ-COA. Jefe del Archivo de la Chancilleria de Valladolid, académico correspondiente de la Real Academia de la Historia, de la Academia Nacional de la Historia de Venezuela, de la Academia Americana de la Historia de Buenos Aires y de la Academia Chilena de la Historia, Caballero de la Orden Civil de Alfonso X, el Sabio, etc. En Valladolid. MCMXLIV. Gráficas Perdiguero. [MCMXLIV]. In-8.º gr. de XIV-312-XVI págs. E.Importante nobiliário viscaíno, ainda hoje da maior relevância para o estudo da genealogia daquela re-gião. Cuidada edição, documentada com mapas genealógicos impressos à parte em folhas desdobráveis.Boa encadernação com lombada e cantos de pele, gravada a seco, com nervuras e rótulo na lombada. Só aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.

140 — BASANTA DE LA RIVA (Alfredo).- NOBLEZA ALAVESA. Nobiliário compvesto con docvumentos inéditos de la Real Chancilleria de Valladolid. En Valladolid MCMXXX. Imprenta Castellana. In-8.º gr. de VIII-439-I-LX págs. E.“Nutre sus páginas una serie de genealogias y pruebas de nobleza basadas en la más seria y autén-tica documentación y referentes a familias y linajes, bien originarios de la ilustre tierra alavesa, tan

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abundante en solares hidalgos, que ennoblecen sus valles, o bien oriundas de otras comarcas que, al establecerse en Alava, hubieron de hacer pruebas para figurar en los padrones de los hidalgos y aun para obtener la vecindad simplemente, como era requisito indispensable, a semejança de Vizcaya, en algunas de sus regiones.”Edição cuidada, em bom papel e ilustrada com mapas genealógicos impressos em folhas desdobráveis.Boa encadernação com lombada e cantos de pele, gravada a seco, com nervuras e rótulo na lombada. Só aparado à cabeça, conserva as capas da brochura.

141 — BASTO (A. de Magalhães).- APONTAMENTOS PARA UM DICIONÁRIO DE AR-TISTAS E ARTÍFICES QUE TRABALHARAM NO PORTO DO SÉCULO XV AO SÉCULO XVIII. Publicações da Câmara Municipal do Porto. Gabinete de História da Cidade. [Porto. 1964]. In-4.º de 593-I págs. B. “Ficam por este modo postos desde já à disposição dos estudiosos numerosos dados documentais sobre Arquitectos, Mestres de Pedraria e Carpintaria, Pintores, Douradores, Entalhadores, Ensambla-dores, Escultores, Imaginários, Ourives, Mestres Latoeiros, Ferreiros, Sineiros, Rebocadores, Oleiros, etc., e, especialmente, sobre algumas das obras que os mesmos executaram no Porto ou arredores, desde o século XV até ao fim do século XVIII”. Publicado na prestigiada colecção «Documentos e Memórias para a História do Porto».

142 — BASTO (A. de Magalhães).- LIVRO ANTIGO DE CARTAS E PROVISÕES DOS SE-NHORES REIS D. AFONSO V, D. JOÃO II E D. MANUEL I do Arquivo Municipal do Porto. Prefácio e Notas de ... [Porto. 1940]. In-4.º de VIII-275-III págs. B.Volume integrado na importante colecção «Documentos e Memórias para a História do Porto». Bastante invulgar.Capa da brochura com vestígios de acidez.

143 — BASTO (A. de Magalhães).- MEMÓRIA HISTÓRICA DA ACADEMIA POLITÉCNI-CA DO PÔRTO. Precedida da «Memória» sôbre a Academia Real da Marinha e Comércio, pelo Conselheiro Adriano de Abreu Cardoso Machado. Por Ordem da Universidade do Pôrto no 1º Centenário da Fundação da Academia Politécnica. [Enciclopédia Portuguesa, Limitada. Porto. MCMXXXVII]. In-4.º gr. de XII-515-I págs. B.Vasto e erudito trabalho sobre a história da Academia Politécnica do Porto, marca inconfundível de quantos e tantos trabalhos assinados pelo erudito historiador que foi Artur de Magalhães Basto, que termina a introdutória «Explicação Necessária» com o seguinte parágrafo: “Tal como nos foi possível realizá-lo [este trabalho] demonstrará ao menos (...) que a Academia Politécnica do Pôrto, vítima, durante longuíssimos anos, de perseguições e invejas, e do mais descaroável abandôno, desleixo ou indiferença dos Poderes públicos, pôde tudo vencer e, sempre levantando mais alto o seu prestígio, conquistar a respeitosa admiração de todos os meios cultos nacionais e estranjeiros.“Isto o conseguiu a Academia Politécnica do Pôrto mercê da inabalável fé, do inigualável zêlo e inul-trapassável dedicação de quantos a serviram, mercê, igualmente, dos resultados que produziu e do alto valor mental e profissional dos membros do seu corpo docente, em que se contaram alguns dos nomes que mais honra e brilho deram à cátedra e ciência portuguesas.”Com numerosos retratos, estampas e facsímiles de documentos em folhas à parte e nas páginas do texto.Com dedicatória do autor.

144 — BASTO (A. de Magalhães).- POEIRA DOS ARQUIVOS. Porto. 1935. Editora - Livraria Escolar Progredior. In-8.º de 300-IV págs. E.Assuntos de que se ocupa: A Misericórdia do Porto; Cavalarias dos Doze de Inglaterra, Descobrimen-tos, Colonização e Conquistas, Inquisição, O Porto e os Jesuitas, Marquês de Pombal, Nos Felizes tempos dos Conventos. Camiliano. Primeira edição.Encadernação com lombada e cantos de pele.

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145 — BASTOS (Francisco António Martins).- BREVE RESUMO DOS PRIVILEGIOS DA NOBREZA: 1º dos Professores Publicos: 2º dos Mestres dos Principes: 3º dos Ayos dos Mes-mos Senhores. Lisboa. Na Imprensa Silviana. 1854. In-8.º gr. de VIII-V-I-256-II págs. E.O livro, muito curioso e invulgar, vem ainda “com huma noticia dos que tem servido estes cargos e oitros importantes” e foi dedicado a D. Pedro V.Encadernação contemporânea com lombada de pele.

146 — BASTOS (José Joaquim Rodrigues de).- MEDITAÇÕES OU DISCURSOS RELIGIO-SOS. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1843. In-8.º de 304-II págs. E.Segunda edição, conforme a primeira — impressa no ano anterior — publicada sem o nome do autor.“Muitos individuos, de diversas idades e condições, pensam que para se ser liberal é preciso ser irre-ligioso; e com esta falsa persuasão, e com um procedimento correspondente, vão minando a raiz de uma arvore, tenra ainda e mimosa, a risco de a fazerem seccar.”Sobre o autor, diz Innocêncio que “O Commercio do Porto noticiou que a biblioteca do finado Rodrigues de Bastos era composta de 1:034 obras com 2:627 volumes, muitos d’elles ricamente encadernados”.Natural de Valongo e nascido em 1777, faleceu em 1862. Foi “Deputado ás Côrtes constituintes de 1821, e às ordinarias que a estas succederam: e em 1827 Intendente geral da Polícia da côrte e reino (...).” Por ocasião do restabelecimento do governo constitucional, dedicou-se desde então à cultura das letras.Encadernação com lombada de pele decorada com bonitos ferros gravados a ouro.

147 — [BASTOS (Silva) (Trad.)] — STEPHENS (H. Morse) .- HISTORIA DE PORTUGAL. Traduzida por Silva Bastos do original inglez de Stephens, corrigido e prefaciado por Oliveira Martins. M. Gomes - Editor. 1893. In-8.º de XXXVIII-397-I págs. E.Com uma larga e importante «Introducção» de Oliveira Martins onde se lê que esta História “É uma narrativa summaria dos acontecimentos, mais esmiuçada quando o author poude encostar-se a textos nacionaes fidedignos, mais rapida quando os não encontrou; mas, de principio a fim, esta condensação historica obedece em geral a idéas exactas, e baseia-se em alicerces seguros. Já isto é favor que deve-mos agradecer a um extranho; mais subido obsequio é, porém, o tom de sympathia e equanimidade com que o livro foi composto.” Edição ilustrada em folhas à parte, muito invulgar.Encadernação dos editores, gravada a negro e ouro, ilustrada com um desenho alegórico.

148 — [BATALHA DE TORO]——— BARATA (António Francisco).- A BATALHA DE TORO. Evora. Minerva Eborense. 1896. In-8.º de 18-I págs. E. no mesmo volume:

——— VITERBO (F. M. de Sousa).- A BATALHA DE TOURO. Alguns dados e documentos para a sua monographia historica. Lisboa. Typographia Universal. 1900. In-8º gr. de 132 págs. Importantes subsídios para a história da batalha de Toro travada em 1476 entre as tropas portuguesas de D. Afonso V e as de Castela e Aragão de D. Fernando, batalha que impediu a união Ibérica, sob a autoridade do Rei de Portugal.Boa encadernação com lombada e cantos de pele.

149 — BATTAGLIA (O. Forst de).- TRAITE DE GENEALOGIE. Avec 7 Tables Généalogi-ques en dépliants Hors-Texte. Éditions SPES Lausanne. 1949. In-4.º de 140-IV págs. E.Edição ilustrada com VII tábuas genealógicas e uma árvore esquemática, impressas em folhas desdobráveis.Encadernação inteira de pele de cuidada execução, decorada a ouro na lombada, pastas e seixas. Conserva as capas da brochura e mantém as margens por aparar.

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150 — BAVOUX (Evariste).- A. B. DA COSTA CABRAL. Comte de Thomar. Notes Histori-ques sur sa carrière politique et son Ministère. Extrait de l´ouvrage publié a Lisbonne sous le titre: APONTAMENTOS HISTORICOS, par... Paris. Amyot, Libraire, 6, Rue de la Paix. — 1846. In-8.º gr. de XVI-275-I págs. B.Tradução parcial dos «Apontamentos Históricos» de Costa Cabral, figura controversa da política de consolidação constitucional do reinado de D. Maria II, de grande talento reformador, mas por muitos acusado de corrupção. Edição invulgar.

151 — BEAUCHAMP (Alphonse de).- HISTOIRE DU BRESIL, Depuis sa Découverte en 1500 jusqu’en 1810, contenant L’origine de la monarchie portugaise; le tableau du règne de ses rois, et des conquêtes des Portugais dans l’Afrique et dans l’Inde; la découverte et la description du Brésil; le dénombrement, la position et les moeurs des peuplades Brasiliennes; l’origine et les progrès des établissements portugais; le tableau des guerres successives, soit entre les naturels et les Portugais, soit entre ces derniers et les différentes nations de l’Europe qui ont cherché à s’établir au Brésil; enfin, l’histoire civile, politique et commerciale, les révolutions et l’état actuel de cette vaste contrée. Paris, a la Librairie d’Éducation et de Jurisprudence d’Alexis Eymery. 1815. 3 vols. In-8.º gr. de 388, IV-500 e IV-516-I págs. E.O primeiro volume apresenta uma gravura representando a chegada ao Brasil de D. Tomé de Sousa, “premier Gouverneur général”; o segundo ostenta uma outra com a legenda “L’Océan est le seul tom-beau digne d’un Amiral Batave” e o terceiro contém um mapa do Brasil em grande folha desdobrável, tudo em boas gravuras abertas em chapa de metal.São muito invulgares os exemplares desta apreciada História do Brasil do literato e historiador francês Alphonse de Beauchamp, natural do Mónaco. BIBLIOGRAFIA: Rodrigues, 365; Borba de Moraes, Bibliographia Brasiliana, 1º v., p.92, com ampla descrição da obra.Encadernações em carneira, da época, a necessitar restauro. Com vestígios de acidez, próprios da qualidade do papel. (ver gravuras na pág. 44)

152 — BEÇA (Humberto).- ERMEZINDE. Monografia Historico-Rural. Porto. Companhia Portugueza Editora. 1921. In-8.º gr. de 96 págs. B.Monografia de Ermezinde, “de ignorada etimologia”, vila de antiquíssima existência, vizinha da cidade do Porto. Com numerosas fotogravuras nas páginas de texto e em folhas à parte.

153 — BEIRÃO (Caetano).- D. MARIA I. 1772 - 1792. Subsídios para a revisão da História do seu Reinado. Lisboa. Emprêsa Nacional de Publicidade. 1934. In-4.º de XII-474-II págs. B.Depois de lamentar que um dos períodos da História de Portugal menos estudados seja o do reinado de D. Maria, o autor, que durante quatro anos recolheu documentação para o seu trabalho, afirma: “Puzemos de parte toda e qualquer ideia preconcebida; desprezámos quasi por completo tudo quanto historiógrafos mais ou menos suspeitos escreveram sobre aquela época; fomos directamente às fontes que nos permitissem reconstituir, tanto quanto possivel de harmonia com a realidade, a personalidade da Rainha reinante, o seu tempo, as principais figuras que a rodearam, os actos do seu govêrno, o sentido, enfim, do seu reinado.” Com boas ilustrações em folha à parte.

154 — BEIRÃO (Caetano).- EL-REI DOM MIGUEL I E A SUA DESCENDÊNCIA. Resenha Genealógica e Biográfica. Portugália Editora. 1943. In-4.º de XV-239-I págs. E.“Espíritos superiores, primorosa educação, consciência das suas responsabilidades, culto do dever, heroísmo, - saúde moral a par da saúde física - tal é o alto nível impecàvelmente mantido pela pro-genitura miguelina, desmentido vivo à teoria aleivosa da degenerescência das Famílias Reais, demonstração irrefragável da leviandade com que Thiers se referiu à decrepitude em que se consumia a descendência dos Reis de Portugal...”Edição cuidada e invulgar, impressa em bom papel e ilustrada com numerosos retratos em separado.Boa encadernação com lombada e cantos de pele, decorada com nervuras, títulos e ferros a ouro fino. Com as capas da brochura preservadas e só ligeiramente aparado à cabeça.

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155 — [BEJA (José Pedro Cardoso)].- EXAME DA CONSTITUIÇÃO DE D. PEDRO E DOS DIREITOS DE D. MIGUEL, dedicado aos Fieis Portuguezes. Traducção do francez por J. P. C. B. F. Lisboa: Na Impressão Regia. 1829. In-8.º gr. de VIII-166 págs. Desenc.Peça importante para a história da revolução de 1820 e do final da monarquia em Portugal.Segunda edição, novamente traduzida e acrescentada, sendo a edição original constituída por apenas 32 páginas.Nesta nova edição o tradutor é referido no frontispício apenas pelas letras inicias de José Pinto Cardo-so Beja, bacharel formado em Coimbra, natural da vila de Gouveia.Ilustrado com um retrato litográfico de D. Miguel intitulado «Servator Legum, Michael dat pignora Pacis» que muitas vezes falta nos exemplares.

156 — BELL (Aubrey F. G.).- GASPAR CORRÊA. Oxford University Press. Humphrey Mil-ford. 1924. In-8.º peq. de VII-I-93-III págs. E.Volume integrado na colecção «Hispanic notes & monographs. Essays, studies, and brief biographies issued by the Hispanic Society of America. Portuguese Series».

157 — BELTRAO (Joao Duarte).- BREVE TRATADO DA ACTUAL DISCIPLINA DA IGREJA LUSITANA sobre a alternativa dos Beneficios Ecclesiasticos. Lisboa: Na Impressão Regia. 1817. In-8.º de 50-II págs. Desenc.Inocêncio diz que “Além de outros documentos, traz na sua integra a concordata feita com a Sancta Sé a 20 de Julho de 1778, para regular o provimento dos beneficios, em que entra a alternativa”. Raro.

158 — BELTRÃO (João Duarte).- COLECÇÃO DAS LEIS DOS HEREGES PEDREIROS LIVRES, CONTRA OS VERDADEIROS CHRISTÃOS. Dividida em duas Partes... Com hum Appendice de varias e interessantes materias pertencentes ao mesmo objecto. D. E. O. A S. R. M. O Senhor D. João VI. por... Bacharel formado em Canones, e Beneficiado em Coimbra. Parte I. e TOM. I. Coimbra: Na Imprensa da Rua dos Coutinho. [sic] 1823. In-8.º gr. de 32-II págs. Desenc.Obra “Precedida das Noções precisas para a verdadeira intelligencia dellas, e de uma Breve Analyse a cada um Artigo, em que se mostra a irreligião de taes Hereges, e o modo como pertendião destronisar os Soberanos, levando os Póvos com falsas promessas ao maior auge de anarchia, e da sua desgraça”.A obra ficou incompleta, como suspeitava Inocêncio, porquanto este exemplar, que por certo perten-ceu ao autor, tem uma nota do seu punho, no fim, em que justifica este facto, afirmando, porém, que já a tinha concluído.

159 — BEM (D. Tomás Caetano de).- ILUSTRAÇÃO À HISTÓRIA GENEALÓGICA DOS REIS DE PORTUGAL, por... Clérigo Regular e Cronista da Real Casa de Bragança. Impressa, a primeira vez, em 1789... e agora novamente impressa com uma nota biográfica do autor. Lisboa. 1925. In-4.º de 24 págs. B.A “Nota biográfica” é da autoria de Frazão de Vasconcelos, que deste opúsculo fez uma tiragem única de 200 exemplares numerados. Edição cuidada.

160 — BENEVIDES (Francisco da Fonseca).- NO TEMPO DOS FRANCEZES. Romance historico. — Lisboa. Typographia do Jornal do Commercio. 1894. In-8.º de 331-I-IV págs. E.Cuidada edição de um celebrado romance inspirado pelas Invasões Francesas, ilustrado com estampas impressas em folhas à parte.Capa da brochura ilustrada a cores.Encadernação com lombada de pele, imperfeita.

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161 — [BERARDO (José de Oliveira)].- REVISTA HISTORICA DE PORTUGAL, desde a morte de D. João VI. até o fallecimento do Imperador D. Pedro. Segunda Edição mais correc-ta, e acrescentada com um Supplemento até á Restauração da Carta Constitucional. Editor R. J. O. Guimaraens. Porto. Typographia Commercial. 1846. In-8.º gr. de 268-II págs. E.Brito Aranha, continuador do utilíssimo Dicionário Bibliográfico de Inocêncio, dá uma longa lista de obras “A respeito de D. Pedro IV, como especimens indispensaveis para a sua biographia”, onde se encontra esta obra de Oliveira Berardo, com duas edições e publicada sob anonimato. Invulgar.Encadernação antiga, com a lombada de pele.

162 — BERNARDES (P. Manuel).- EXERCICIOS ESPIRITUAES // E // MEDITAÇÕES // DA VIA PURGATIVA; // SOBRE A MALICIA DO PECCADO, VAIDADE // do Mundo, mi-serias da vida humana, & quatro // Novissimos do Homem. // Com h~ua instrucçaõ breve do modo pratico, com que os principiantes // pódem exercitar a Oraçaõ mental, & resoluçaõ das principaes // duvidas, que nella occorrem. // Divididas em duas Partes. // ESCRITAS // Pelo P. MANOEL BERNARDEZ, // da Congregaçaõ do Oratorio de N. S. d’Assumpçaõ // da Cidade de Lisboa. // Accrescentadas nesta segunda impressaõ com hum Index // das cousas notaveis. // (...) // [vinheta com um M coroado] // LISBOA. // Na Officina de MANOEL, & JOSEPH LOPES FERREYRA. // —— // M. DCCVI. [e M. DCCVII] // Com todas as licenças necessarias, & Privi-legio Real. 2 vols. In-8.º gr. de XII-519-I e VIII-620 págs. E.Apenas o primeiro volume é da segunda edição, porquanto o segundo, publicado 20 anos depois da edição original do primeiro, necessitava de nova edição para completar a Obra.Edição estimada e invulgar, especialmente quando acompanhada do segundo volume.Encadernações antigas com lombadas de pele. Manchas de acidez no canto superior direito de algumas folhas e um corte de traça junto à lombada do primeiro volume que abrange as páginas 73 a 113. O segundo volume apresenta uma assinatura antiga no frontispício e um restauro na margem da terceira folha preliminar.

163 — BERNARDES (Manuel).- LUZ, E CALOR. // OBRA ESPIRITUAL // Para os que trataõ do exercicio de virtudes, & caminho // de perfeição, // DIVIDIDA EM DUAS PARTES. // Na Primeira se procura communicar ao entendimento LUZ de // muitas verdades importantes, por meyo de Doutrinas, Sen- // tenças, Industrias, & Dictames espirituaes. // Na Segunda se procura communicar á vontade CALOR do Amor // de Deos, por meyo de Exhortações, Exemplos, Meditações, // Colloquios, & Jaculatorias. // ESCRITA // Pelo P. MANOEL BERNARDEZ, // ... // [pequena vinheta] // LISBOA, // Na Officina de MIGUEL DESLANDES, // ... // Anno M.DC.XCVI. In-4.º de XX-584-II-XIV págs. E.Livro clássico importante, muito estimado e valorizado nesta sua primeira edição.Maria de Lourdes Belchior: «Neste tratado da vida espiritual, que significativamente intitulou de Luz e Calor, aborda Bernardes alguns pontos capitais da vida interior e ali insere considerações de teor vário, que abrangem os domínios da psicologia, da moral prática e da ascética».Innocêncio refere a existência de duas edições feitas pelo mesmo impressor e no mesmo ano, com diferente composição tipográfica, diferentes tipos de texto, letras capitais e vinhetas. Refere ainda a existência na Biblioteca da Ajuda de ambas as edições.O exemplar que aqui descrevemos apresenta um retrato do autor na folha de anterrosto, assinado Hieronymus Rossi Sculp que não vimos descrito na bibliografia consultada. [Barbosa Machado, Innocêncio, Samodães, Pinto de Matos ou Bibliografia Geral de Manoel dos Santos]. Segundo Ernesto Soares no Dicionário de Iconografia Portuguesa, este retrato aparece “ilustrando diversas obras do retratado”.Encadernação em pele, da época, danificada. Manchas de água antigas e secas.

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164 — BERNARDES (Padre Manuel). - NOVA // FLORESTA, // OU // SYLVA DE VARIOS APOPHTHEGMAS, E DITOS // sentenciosos espirituaes, & moraes; // COM REFLEXOENS, // Em que o util da doutrina se acompanha com o vario da // erudição assim divina como humana: // offerecida, & dedicada // A SOBERANA MÃE DA DIVINA GRAÇA // MARIA // Santissima Senhora Nossa // PELO PADRE MANOEL BERNARDEZ DA // Congregaçaõ do Oratorio de Lisboa. // ... // [gravura reproduzindo o emblema da Congregação do Oratório] // LISBOA. // ... // Na Officina de VALENTIM DA COSTA DESLANDES, Impressor de S. Mages-tade. // Com todas as licenças necessarias, & Privilegio Real. Anno M.DCCVI [a 1728]. 5 vols. In-8.º gr. de XVI-496, IV-412, IV-538, XII-550 e VIII-556 págs. E.Edição original de uma das obras fundamentais da nossa literatura e uma das mais apreciadas do grande clássico que é o Padre Manuel Bernardes.Os três primeiros volumes foram impressos nas oficinas Deslandes e os 2 últimos, póstumos, na ofi-cina de José António da Silva.Encadernações de pele, da época, que apresentam alguns defeitos nas lombadas e falta de algumas das folhas de guarda. Pouco importantes vestígios de traça ou água que não ofendem a mancha tipográfica à excepção do primeiro tomo, que apresenta no final uma mancha de água de maior gravidade.O quarto tomo tem um rasgão no frontispício e falta das páginas 517 a 524 e 529 em diante, todas correspondentes ao último caderno. (ver gravura na pág. 48)

165 — BERNARDES (Manuel).- PADRE MANUEL BERNARDES. Excerptos seguidos de uma noticia sobre sua Vida e Obras, um juizo critico, apreciações de bellezas e defeitos e es-tudos de lingua por António Feliciano de Castilho. Rio de Janeiro. Livraria de B. L. Garnier, Editor. 1865. [Paris. Typ. Portug. de Simão Raçon e Comp,]. 2 vols. In-8.º gr. de II-XII-296 e XI-I-307-I-32 págs. B.São muito invulgares os exemplares desta antologia do padre Manuel Bernardes preparada e comen-tada por Castilho e integrada na «Livraria Clássica» . Excerptos dos principaes Autores de boa nota», publicada sob os auspícios de D. Fernando II.

166 — BERNARDES (Manuel).- OS ULTIMOS FINS // DO // HOMEM, // SALVAÇAÕ, E CONDENAÇAÕ ETERNA. // TRATADO ESPIRITUAL, // Dividido em dous Livros. // NO PRIMEIRO SE TRATA DA SINGULAR PROVIDENCIA // de Deos na salvaçaõ das almas; no segundo das causas geraes da perdi- // çaõ das almas, ou estradas commuas do Reyno da morte. // ESCRITO, E DEDICADO Á SOBERANA // Rainha dos Anjos. // MARIA SANTISSIMA S. N. // PELO PADRE // MANOEL BERNARDES, // (...) // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina de JOSEPH ANTONIO DA SYLVA Antonio da Sylva. // MDCC.XXVIII. In-4.º de XII-467-I págs. E.Obra clássica e valiosa, especialmente nesta sua primeira edição, publicada 18 anos após a morte do autor.Na Advertência pode ler-se: “O Padre Manoel Bernardes (como se colhe de varios lugares desta obra) determinava accrescentarlhe mais algumas causas geraes da reprovaçaõ das almas; o que naõ chegou a fazer, impedido de outras occupaçoens.”Encadernação da época com a lombada danificada. Com um corte no ângulo superior da folha 133/134 que não ofende a mancha tipográfica.

167 — BERNARDICES VULGARIZADAS, ÁS PRINCIPAES CLASSES DA SOCIEDADE: Extrahidas das melhores collecções, e dispostas em ordem alfabetica por &. &c. &c. Que ama o riso, estima a graça; mas aborrece, e despreza o escarneo. Lisboa 1822: Na Typografia de Bu-lhões. Na Loja de Antonio José da Silva?. In-8.º peq. de 133-III págs. Desenc.Curiosa publicação de anedotas devidamente ordenadas pelos seguintes assuntos: Arcebispos e Bispos; Cavalleiros e Pessoas nobres; Clerigos; Companhias; Confessores; Cortezãos; Creados de servir e Officios; Deputados de Cortes; Estudantes; Fidalgos; Frades; Freiras; Ministros até Corregedores; Ministros Togados, ou Desembargadores; Mulheres; Prégadores; Secretarios particu-lares, e d’Estado.

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168 — [BEST (C. C.)].- RECOLLECTIONS OF THE PENINSULA. By the Author of SKE-TCHES OF INDIA. Third Edition. London: Printed for Longman Hurst... 1824. In-8.º gr. de IV-262-II págs. E.Livro valioso e raro, publicado sob anonimato, pela primeira vez impresso em 1823, cuja segunda edição, datada de 1824 vem declarada no catálogo da Livraria Duarte de Sousa. Cristovão Aires no «Dicionário Bibliográfico da Guerra Peninsular» refere também a obra com a mesma data sem, no entanto, fazer referência à edição. O exemplar que apresentamos é da terceira edição, impresso no mesmo ano da segunda.Encadernação antiga um pouco cansada. Com pequenas anotações antigas manuscritas a tinta.

169 — BETHENCOURT (Cardoso de).- CATALOGO DAS OBRAS REFERENTES Á GUERRA DA PENINSULA. Coordenado por... Lisboa. Por ordem e na Typographia da Academia. 1910. In-8.º gr. de VII-I-91-I págs. B.Bibliografia estimada, numa cuidada e restrita edição, impressa sobre papel de linho.

170 — BETTENCOURT (Jacinto de Andrade Albuquerque de ).- ESTUDOS HISTORICOS E GENEALOGICOS. I - Alguns trabalhos historiographicos e a genealogia da familia do Mar-quez de Faria. 1931. [Centro Tipográfico Colonial. Lisboa]. In-4.º de 26o-II págs. E.Estudos genealogicos valiosos, numa esmeradíssima edição executada sobre papel de magnífica qua-lidade e de que se fez uma limitadíssima tiragem de 200 exemplares numerados. Com numerosos retratos, gravuras diversas, brasões d´armas, etc., intercaladas no texto e em folhas à parte.Bela encadernação com lombada e cantos de pele, gravada a seco e ouro. Com as capas da brochura preservadas e só ligeiramente aparado à cabeça.

171 — BETTENCOURT (Jacinto de - Luis Filipe de).- SUBSIDIOS PARA A HISTORIA GENEALOGICA INSULANA. Lisboa. Livraria Ferin. MCMXI. In-4º gr. de 30-8 págs. B. As 30 páginas ocupam-se apenas dos “Andrades da Ilha de S. Miguel e as últimas oito, de menor formato, tratam exclusivamente dos «Tavares». Raríssima edição de 100 exemplares, tirados em separata do «Tombo Histórico Genealogico de Portugal».

172 — BEZERRA (Manuel Gomes de Lima).- OS ESTRANGEIROS // NO LIMA: // OU // CONVERSAÇOENS ERUDITAS // Sobre varios pontos de Historia Ecclesiastica, Civil, // Lit-teraria, Natural, Genealogica, Antiguidades, // Geographia, Agricultura, Commercio, Ar- // tes, e Sciencias. // COM // Huma Descripçaõ de todas as Villas, Freguezias, e Lugares notaveis da // Ribeira Lima, suas producçoens, industria, fabricas, edificios, familias // nobres, filhos illustres em virtudes, armas ou letras; e com a Nobili- // archia Portugueza de Villasboas illustrada com todos os escudos de // armas dos appellidos das Familias do Reino por ordem alfabetica, // e huma breve noticia das Casas, que ha no mesmo Reino, dos // ditos appellidos, sem serem Titulares. // OBRA ENRIQUECIDA COM ESTAMPAS, // E COMPOSTA POR // MANOEL GOMES DE LIMA BEZERRA, // Correspondente da Real Academia de // Lisboa... // ... // COIMBRA: // NA REAL OFFICINA DA UNIVERSIDADE, // Anno de M.DCCLXXXV [e MDCCLXXXXI]. 2 vols. In-4.º peq. de XII págs. prels. inums, 437 (aliás 439)-I e VIII págs. prels., 537-I págs. E.“Obra importante, abundantíssima de curiosas noticias ácêrca de factos e cousas da provincia do Mi-nho e muito estimada. Ambos os tomos são BASTANTE RAROS, porem o segundo muito mais que o primeiro”, como se lê sob o nº 1418 do opulento catálogo da Biblioteca de Azevedo-Samodães, que desta obra faz uma minuciosa descrição bibliográfica.Raríssima, bela e muito cuidada edição impressa em papel de linho, ilustrada com sete excelentes gravuras abertas a buril em chapa de cobre, a saber: 1º volume: gravura alegórica representando os cinco «Estrangeiros no Lima»; «Vista da Rua da lem da ponte e freguezia de S Marinha de Arcuzelo fronteira a ponte de Lima»; estampa com 36 brasões, intitulada «Nobiliarchia Portugueza Ilustrada»;

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2º volume: Retrato de D. José, «Vista da Freguezia de S. Comba do Lima termo de Ponte de Lima»; «Vista Meridional de Vianna. Fos de Lima» e «Nobiliarchia Portugueza Ilustrada. Est. 2», com 36 brasões. Cinco destas gravuras são desdobráveis.Encadernações inteiras de pele, antigas. Com uma pequena assinatura da época no frontispício do pri-meiro volume. Imperfeições marginais e algumas manchas de pouca importância na segunda gravura do primeiro volume. (ver gravura na pág. 51)

173 — O BICHO CONTA, EM DUELLO COM A BORBOLETA. OU DESTE MODO AZE-MEL DOS FRADES DO CARMO DESPICANDO SEUS AMOS. Impressão Liberal. Lisboa, Anno de 1821. In-8.º de 18-II págs. B.Publicado sob pseudónimo de Bicho Conta não nos foi possível identificar a verdadeira autoria deste invulgar opúsculo acerca de um “facto acontecido entre os Padres do Carmo no dia 14 de Outubro”, também divulgado num papel intitulado Borboleta, que “Anda, com muita magoa de todos os Chris-tãos, espalhado pela Cidade”.

174 — BIGNON (M.).- LES CABINETS ET LES PEUPLES, DEPUIS 1815 JUSQU’A LA FIN DE 1822; Deuxiéme Édition, revue et corrigée. A Paris, Chez Béchet Ainé, Libraire-Éditeur. A Rouen, Même Maison. Janvier 1823. In-8.º de IV-512 págs. E.Louis Pierre Edouard Bignon, historiador e distinto diplomata francês, participou na organização administrativa da Prussia, Austria e Polónia, foi deputado em França desde a chegada a Paris de Napoleão Bonaparte, até à sua abdicação, período também conhecido por Cent Jours de Napoléon.“Le période historique dont je me propose d’examiner le caractère et les actes, a été non seulement rempli, mais dominé par un fait capital qui l’a marqué de son empreinte. Ce fait et l’existence septen-naire d’un pacte formé à Paris, le 26 septembre 1815, par les cabinets de Pétersbourg, de Vienne et de Berlin, et fortifié ensuite par l’accession de divers autres États; pacte d’une nature toute nouvelle, que, par l’un de ses articles, les premiers signataires ont eux-mêmes qualifié du titre de Saint-Alliance. La conclusion de ce traité est mon point de départ: le terme de ma course sera le congrès de Verone.”Encadernação editorial mal cuidada.

175 — [BINGRE (Francisco Joaquim).]- CIDADAO LIBERAL RINDO COM A SUA SAN-FONA DOS CORCUNDAS PORTUGUESES. Pr. F. J. B. Porto: Na Imprensa do Gandra. 1822. In-8.º peq de 58 págs. B.Publicado apenas com as iniciais de F. Joaquim Bingre, um dos fundadores da Nova Arcádia, este muito invulgar opúsculo deu origem a outro de António Pimentel Soares, o Vate Conimbricense, intitulado «Pateadas ao Cidadão liberal rindo com a sua sanfona dos corcundas portuguezes: e con-tra-basso em resposta á sanfona». Segundo Innocêncio, “As Pateadas foram por seu auctor recheadas de notas historicas”, dando alguns exemplos para se avaliar a sua índole.

176 — BIOGRAPHIE DES MINISTRES FRANÇAIS, DEPUIS JUILLET 1789 JUSQU’A CE JOUR. Édition faite sur celle de Paris, corrigée et augmentée de 28 articles nouveaux et de notes, par plusieurs hommes de lettres, belges et étrangers. Bruxelles, H. Tarlier, Libraire-Éditeur. et Grignon, Libraire-Éditeur. 1826. In-4.º de IV-III-I-VIII-Encadernação mal cuidada, com a lombada perdida.

177 — BLAZE (Sebastião).- NAPOLEÃO NA PENINSULA IBERICA. Traducção de Rodri-gues Gomes. Casa Editorial Hispano-Americana. Paris. [S.d.]. In-8.º de 190-II págs. E.Volume profusamente ilustrado, integrado na «Série Historica Illustrada», publicada sob a direcção de D. José Muñoz Escámez.Encadernação da época com lombada e cantos de pele. Só aparado à cabeça, conserva a capa da bro-chura da frente, ilustrada a cores com motivos alegóricos.

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178 — BLUTEAU (Rafael).- PROSAS // PORTUGUEZAS, // RECITADAS EM DIFFEREN-TES // Congressos Academicos, // PELO PADRE // D. RAFAEL BLUTEAU, // Clerigo Regular, // DOUTOR NA SAGRADA THEOLOGIA... // ... // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina de JOSEPH ANTONIO DA SYLVA, // M.DCC.XXVIX [aliás 1728]. 2 vols. In-fólio de XX-XII-421-I e 383-I págs. E. em 1.Primeira e única edição desta excelente e muito rara obra de Bluteau, abordando diversos assuntos de Lógica, Física, Metafísica, Política, Cosmografia, Jurisconsultadoria, Teologia, Moral, Jocoseria, Prosas Patriarcais, Enigmaticas interpretativas, Gratulatórias, Censórias, Simbólicas, Luctuosas, Res-titutorias, Genetliacas, Apologéticas, Gramatonomica portuguesa, Eucaristicas e Económicas.A págs. 307 até ao final do volume a obra é composta da «INSTRUCÇAÕ SOBRE CULTURA DAS AMOREIRAS, E CRIAÇAÕ DOS BICHOS DA SEDA, DIRIGIDA Á CONSERVAÇAÕ, E AUG-MENTO DAS MANUFACTURAS DA SEDA...».Innocêncio faz minuciosa descrição do conteúdo desta obra, assim como da biografia do autor. Samo-dães, Palha e Ameal confirmam a raridade da edição.Boa edição em papel de linho, apresentando a composição em caracteres redondos e itálicos, a duas colunas, decorada com cabeções de enfeite, letras capitais de fantasia e florões de remate em gravuras talhadas em madeira. Com uma folha dupla, muito rara, relativa à simbólica das “Letras do pé e da garganta do Calix” e “Na garganta do Calix”.Com uma assinatura de posse, da época, “Do Dor. Antonio Pereira d’Almeida Silva Figueiredo”.Encadernação contemporânea, inteira de pele, com superficiais esfoladelas nas pastas.(ver gravura na pág. 53)

179 — BLUTEAU (Rafael). - VOCABULARIO // PORTUGUEZ, // E // LATINO, // AULICO, ANATOMICO, ARCHITECTONICO, BELLICO, BOTANICO, // Brasilico, Comico, Critico, Chimico, Dogmatico, Dialectico, Dendrologico, Ecclesiastico, // Etymologico, Economico, Florifero, Forense, Fructifero, Geographico, Geometrico, // Gnomonico, Hydrographico, Homonymico, Hierologico, Ichtyologico, Indico, // Isagogico, Laconico, Liturgico, Lithologico, Medico, Musico, Meteorologico, // Nautico, Numerico, Neoterico, Ortographico, Optico, Orni-thologico, Po- // etico, Philologico, Pharmaceutico, Quidditativo, Qualitativo, Quan- // titativo, Rethorico, Rustico, Romano; Symbolico, Synonimi- // co, Syllabico, Theologico, Terapeutico, Technologico, // Uranologico, Xenophonico, Zoologico, // AUTORIZADO COM EXEMPLOS // DOS MELHORES ESCRITORES PORTUGUEZES, E LATINOS; // E OFFERECIDO // A EL REY DE PORTUGAL, // D. JOÃO V // ... // COIMBRA // No Collegio das Artes da Companhia de JESU Ano de 1712 [os V primeiros volumes foram impressos na mesma cidade de Coimbra e Officina, tendo sido os restantes em Lisboa na Oficina de Pascoal da Sylva, à excepção do 10.º e último volume que foi impresso na Patriarcal Officina da Musica, Lisboa Occidental]. 10 vols. In-4.º gr. EObra impressa em papel de linho a duas colunas. Frontispícios estampados a negro e vermelho; letras ca-pitais de fantasia, cabeções decorativos e florões de remate em cuidadas gravuras esculpidas em madeira.Única edição de uma obra verdadeiramente monumental e em inúmeros aspectos ainda não superada, con-tinuando, por isso, como elemento indispensável de trabalho e consulta em bibliotecas públicas e privadas.Os dois últimos volumes são de «Supplemento», vindo no último grupo de páginas do segundo «Outros Dez Vocabularios pertencentes á Obra», vocabulários curiosos e que são os seguintes: «I. Vocabula-rio de nomes proprios, Masculinos, e femininos, Antigos, e naõ usados, Vulgares, e raros, e muito raros. II. Vocabulario de Synonimos, e Phrases Portuguezas. III. Vocabulario de termos proprios, e metaphoricos, em materias analogas, IV. Vocabulario de nomes, que ficáraõ de plantas, tomados do Latim, e do Grego, para evitar circunlocuçoens. V. Vocabulario de Cavallaria. VI. Vocabulario de ter-mos commummente ignorados, mas antigamente usados em Portugal, e outros do Brasil, ou da India introduzidos. VII. Vocabulario de palavras da Beira, Minho, &c. VIII. Vocabulario de Titulos Eccle-siasticos, e Seculares. IX. Vocabulario de professores de Artes nobres, e mecanicas. X. Vocabulario de Vocabularios. No fim destes Vocabularios acharà o Leitor a Apologia do Autor».RARA E MUITO VALIOSA.

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Todos os volumes foram assinados por António Pereira d’Almeida Silva e Sequeira, natural do Porto [1764/1828].Encadernações de pele inteira, da época.Ocasionais restauros, cortes de traça ou manchas de humidade, particularmente acentuadas nos vols. V; VI; VII e IX. O 1.º caderno do I volume encontra-se parcialmente destacado do volume.Excepto ao último volume a todos falta o anterrosto. (ver gravura na pág. 55)

180 — [BOCAGE (Manuel Maria Barbosa du) (Trad.)] — LA CROIX.- O CONSORCIO DAS FLORES, // EPISTOLA // DE LA CROIX // A SEU IRMAÕ, //, TRADUZIDA EM VERSO PORTUGUEZ // POR // (...) // LISBOA, // NA TYPOGRAPHIA CHALCOGRAPHICA, E LITTERARIA // DO ARCO DO CEGO. // —— // M.DCCCI. // Por Ordem Superior. In-8.º de II-VIII-61-I págs. (encadernado no mesmo volume)

—— BOCAGE (Manuel Maria Barbosa du).- OS JARDINS, // OU // A ARTE DE AFORMOSEAR AS PAIZAGENS, // POEMA // DE Mr. DELILLE, // DA ACADEMIA FRANCEZA, // TRA-DUZIDO EM VERSO // DE ORDEM // DE // S. ALTEZA REAL // O PRINCIPE REGENTE, // NOSSO SENHOR, // POR // (...) // LISBOA. // NA TYPOGRAPHIA CHALCOGRAPHICA, // E LITTERARIA DO ARCO DO CEGO. // ANNO M. DCCC. In-8.º de VII-I-157-I págs. E.Obras cuidadosamente impressas na Casa Literária do Arco do Cego, em edição bilingue com tra-dução de Bocage. Ambas as traduções são da edição original e foram posteriormente reimpressas no Brasil e em Portugal.O Consórcio das Flores apresenta duas vinhetas iguais que fazem a abertura do Poema e foram colocadas no início das versões latina e portuguesa. Para além destas muito belas vinhetas a edição foi ilustrada com duas gravuras, também abertas em chapa de cobre, de página inteira, assinadas ”Eloy Esculp. No Arco do Cego”. Estas gravuras provavelmente por serem muito belas, só muito raramente aparecem conservadas no volume.A edição de Os Jardins foi delicadamente ornamentada com oito vinhetas colocadas no início de cada um dos IV cantos do Poema, na versão original e na respectiva tradução.Encadernação inteira de pele, da época, com ferros a ouro gravados na lombada.

181 — BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du).- POESIAS DE MANUEL MARIA BAR-BOSA DU BOCAGE. Colligidas em nova e completa edição, dispostas e annotadas por I. F. da Silva: e precedidas de um estudo biographico e litterario sobre o Poeta por L. A. Rebello da Silva. Lisboa. Em Casa do Editor A. J. F. Lopes. MDCCCLIII. 6 vols. In-8.º gr. E.Muito invulgar e estimada primeira edição colectiva das poesias de Bocage, cujo retrato litográfico vem colocado ao abrir do primeiro volume. O estudo de Rebelo da Silva ocupa as 50 primeiras páginas do mesmo volume e o sexto encerra com um «Estudo Litterario para servir de complemento á biographia de M. M. de B. du Bocage inserta no tomo I. d’esta collecção».Encadernações antigas, um pouco cansadas.

182 — [BOCAGE (Manuel Maria de Barbosa du) (Trad.)] — CASTEL (Ricardo de).- AS PLANTAS // POEMA // DE // RICARDO DE CASTEL, // PROFESSOR DE LITTERATURA NO PRYTANEO // FRANCEZ; // TRADUZIDAS DA II. EDIÇAÕ, VERSO A VERSO, // DE-BAIXO DOS AUSPICIOS E ORDEM // DE // S. ALTEZA REAL // O PRINCIPE REGENTE // NOSSO SENHOR, // POR // (...) // LISBOA. // NA TYPOGRAPHIA CHALCOGRAPHICA, TYPOPLAS- // TICA, E LITTERARIA DO ARCO DO CEGO. // —— // M. DCCCI. In-8.º gr. de IV-XV-I-181-III págs. E.Primeira e muito invulgar edição desta estimada tradução de Bocage, apresentando o original francês nas págs. da esquerda e a tradução portuguesa nas da direita. Bela edição ilustrada com cinco primoro-sas gravuras abertas em chapa de metal em folhas à parte, sendo uma de frontispício e uma para cada um dos quatro Cantos do Poema. Encimando cada um dos Cantos a edição foi ainda ornamentada com vinhetas que se repetem no texto original e na respectiva tradução.Encadernação contemporânea inteira de pele, com bonitos ferros gravados a ouro.

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183 — BOCARRO (Manuel) [1588-1662].- ANACEPHALEOSES DA // MONARCHIA // LUZITANA. // PELLO DOCTOR MANOEL // Bocarro Frances, Medico, Philosopho, & // Ma-thematico Luzitano. // DIRIGIDOS AO SENHOR // della el Rey N. Senhor. // (Escudo das Armas de Portugal) Anno 1624. // Com todas as licenças necessarias // EM LISBOA. Por Antonio Alvarez. In-8.º peq. de 58 ff. nums. pela frente. E.Manuel Bocarro Francês, famoso médico, filósofo e matemático judeu nascido em Lisboa, publicou a sua primeira obra em 1619 (Tratado dos Cometas que apareceraõ em Novembro passado de 1618), seguindo-se a publicação de «Anacephaloses da Monarquia Luzitana» em 1624, o que lhe valeu, por conta deste livro e de suas práticas judaizantes a fuga de Portugal para Itália, onde viveu alguns anos. Mais tarde deslocou-se para Hamburgo, tendo adoptado o nome de Jacob Rosales.Das quatro partes originalmente projectadas para esta obra apenas ficou publicada a primeira (Stado Astrologico) que é composta por 131 estrofes, algumas dos quais dedicados à alquimia e que o fazem o primeiro texto português dedicado a este assunto. Todos os versos evocam o glorioso passado de Portugal e foram impressos em caracteres cursivos, à excepção dos numerados entre 37 a 56, que tratam da Pedra Filosofal.Apesar de não fazer referência directa a D. Sebastião, não é menos importante como texto sebastianista, porquanto foi utilizado pelo Padre António Vieira para justificar a profecia de D. João IV — O Encoberto; mais tarde serviu também aos sebastianistas do século XIX.Proibido por Edital da Real Mesa Censória, de 9 de Dezembro de 1774, este livro acabou, como diz Inno-cêncio, “queimado publicamente por mão do algoz, realizando-se o auto da fé na praça do Commercio.”Fernando Palha, Pinto de Matos e Innocêncio confirmam a raridade e estima que a edição merece.Com falta do frontispício e da primeira folha de «LICENC,A» que foram cuidadosamente reproduzi-das à mão com tinta sépia, (sendo esta reprodução muito antiga) e com restauros antigos, marginais e em algumas das folhas.Ao exemplar foi anexado o «EDITAL DA REAL MEZA CENSORIA» que considerou que este livro “era hum daquelles muitos maliciosos, e perniciosos Estratagemas, praticados neste Reino pelos Individuos da supprimida, abolida, e extincta Sociedade Jesuitica (...)”, datado de 9 de Dezembro de 1774, e que termina dizendo: “Executou-se a pena de fogo, a que foi condemnado o Livro intitulado: Anacephaloses da Monarquia Lusitana (...)”.Encadernação inteira de pele, não contemporânea. (ver gravura na pág. 57)

184 — BORDIGNÉ (Comte).- SERMENS DE DON MIGUEL. PARIS. DELAFOREST, LI-BRAIRIE, PLACE DE LA BOURSE. 1828 [Imprimerie Anthelme Boucher]. In-8.º de 20 págs. B.Opúsculo bastante invulgar, publicado sem o nome do autor, mas atribuído ao Conde Bordigné por William Walton na obra «Lettre a Sir James Mackintosh sur sa Motion relative aux affaires du Portu-gal», Paris, 1829, a págs. 43.

185 — BORGES (José Ferreira).- CARTILHA DO CIDADAÕ CONSTITUCIONAL DEDI-CADA A MOCIDADE PORTUGUEZA. London: Impresso T. C. Hansard, Pater-Noster Row. 1832. In-8.º peq. de VIII-36 págs. Desenc.Publicação muito invulgar, impressa em Londres durante o exílio do autor.

186 — [BORGES (José Ferreira)].- O CORREIO INTERCEPTADO. Londres. Na Imprensa de M. Calero. 1825. In-12.º de 297-I-VI-II págs. C.Conjunto de 63 cartas onde, segundo Inocêncio, “são examinados com crítica chistosa e severa diversos actos do governo daquelle tempo, e se tratam muitos assumptos de interesse para a historia contempo-ranea.” [Política Portuguesa, Europeia e Americana: Pedido do Governo ao Banco de Lisboa; Heresa do Patriarca de Lisboa; O Carrasco do Porto ao de Lisboa; Morte d’Alexandre 1º da Russia; Estado da Europa sobre a morte d’Alexandre; Reflexões sobre o Alvará de 19 de Novembro concedendo meios direitos na Exportação de vinhos em Navios Portugueses e Brasileiros; Papel Moeda; Condecorações Honoríficas; Morte do Patriarca de Lisboa; Carta Régia de 24 de Setembro de 1825 sobre os Expostos do Porto; Governo de Portugal para com as Ilhas dos Açores; Da Santa Aliança antes do Congresso de

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Verona; Causas, e epocas da decadência de Portugal; Censura de Livros em Portugal; Morte d’ El Rei D. João VI; Análise dos Boletins dos Médicos assistentes d’El Rei D. João VI; Estado da Fazenda e do Banco de Lisboa; Revisão da Constituição de 1822; Sobre a Carta Régia de 5 d’ Abril, que manda advertir severamente o Cabido de Braga; Exportação de cinco Jesuitas de França para Lisboa; Subsídio Literário; Obras sobre o ensino dos Surdos-mudos; Sobre a sabedoria aparente; Forçamento que se diz perpetrado por três Frades de Belém; De Cibo Eclesiástico; etc.].Livrinho muito raro, publicado sem o nome do autor, aquando da estadia de Ferreira Borges em Londres.Cartonagem antiga com a pasta da frente solta. Com anotações a tinta no frontispício.

187 — BORGES (José Ferreira).- [MISCELÂNEA].

——— AUTOPSIA DO MANIFESTO DO Infante D. Miguel, datado em 28 de Março de 1832. Por... Londres: Impresso por Bingham. 1832. In-8.º de II-37-I págs. E. no mesmo volume:

——— REVISTA CRITICA DA SEGUNDA EDICÇAÕ DO OPUSCULO: “Parecer de dous concelheiros da coroa constitucional sobre os meios de se restaurar o governo representativo em Portugal.” Por... Londres: Impresso por R. Greenlaw. 1832. In-8.º de II-39-III págs.

——— DISSERTAÇOENS JURIDICAS. — DISSERTAÇÃO PRIMEIRA ÁCERCA DO ARTI-GO 126 DA CARTA CONSTITUCIONAL DA MONACHIA PORTUGUEZA. Por... Londres: Impresso por L. Thompson. 1826. In-8.º de 36 págs.

——— DISSERTAÇOENS JURIDICAS. — DISSERTAÇÃO SEGUNDA ÁCERCA DO ARTI-GO 145. §. 17. DA CARTA CONSTITUCIONAL DA MONARCHIA PORTUGUEZA. Por... Londres: Impresso por L. Thompson. Na Officina Portugueza. 1826. In-8.º de 90 págs.

——— OPINIÃO JURIDICA SOBRE A QUESTÃO: “Quem deve ser o Regente de Portugal destruida a usurpação do Infante D. Miguel?” Por... Londres: Impresso por Bingham, 1832. In-8.º de 32 págs. ——— MEMORIA SOBRE O RECURSO DE REVISTA. [Defeza da legislação conteuda nos artigos 1115 e 1116 do Codigo do Processo Commercial Portuguez, ou Demonstração do que é hoje o recurso de revista segundo as cathegorias do Poder Judicial marcados na Carta Constitucional da Monarchia Portugueza. [S.l.n.d.]. In-8.º de II-14 págs.

——— EXAME CRITICO DO VALOR POLITICO DAS EXPRESSÕES SOBERANIA DO POVO, E SOBERANIA DAS CORTES: e outro sim das Bases da Organisação do poder legis-lativo no Systema Representativo e da Sancção do Rei. Por... Lisboa. Typografia Transmontana. 1837. In-8.º de 27-I págs.

——— MEMORIA EM REFUTAÇÃO DO RELATORIO E DECRETOS DO MINISTRO DAS JUSTIÇAS O Rev.º Antonio Manoel Lopes Vieira de Castro, na parte relativa à Admi-nistração Commercial pelo Author do Codigo. Lisboa. 1837. Typografia Transmontana. In-8.º de VIII-46-II págs.

——— EXAME CRITICO DO VALOR POLITICO DAS EXPRESSÕES SOBERANIA DO POVO, E SOBERANIA DAS CORTES: e outro sim das Bases da Organisação do poder legis-lativo no Systema Representativo e da Sancção do Rei. Por... Lisboa. Typografia Transmontana. 1837. In-8.º de 27-I págs.

——— DO BANCO DE LISBOA. Por... Lisboa: Na Typografia de Antonio Rodrigues Galhardo. 1827. In-8.º de 42 págs. Importante miscelânea composta por raríssimas publicações de José Ferreira Borges, muitas das quais

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impressas em Inglaterra durante o seu exílio em Londres.Fazem parte desta miscelânea dois exemplares do EXAME CRITICO DO VALOR POLÍTICO DAS EXPRESSÕES SOBERANIA DO POVO, E SOBERANIA DAS CORTES, impressos em papéis de diferente qualidade, pelo que supomos tratar-se de uma tiragem normal e outra em tiragem especial em melhor papel.José Ferreira Borges, jurisconsulto, economista e político de grande relevo, foi secretário da Companhia dos Vinhos do Alto Douro, membro da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, advogado no Porto e deputado às Cortes Constituintes. Foi o principal autor do Código Comercial Português e, com Fernandes Tomás e José da Silva Carvalho fundou a Associação secreta Sinédrio. Com o nome simbólico de Viriato pertenceu à loja 24 de Agosto, n.º 8, de Lisboa, de que foi Venerável.Encadernação com lombada de pele.

188 — BORJA Y ARAGÓN (Francisco de) [PRÍNCIPE DE ESQUILACHE].- NAPOLES // RECVPERADA // POR EL REY // DON ALONSO; // POEMA HEROICO // DE // DON FRANCISCO DE BORJA, // (...) // EN AMBERES, // EN LA EMPRENTA PLANTINIANA // DE BALTASAR MORETO. // M. DC. LVIII. In-8.º de XXIV-398 págs. E.Acerca do autor diz Samuel Gili Y Gaya nas «Poesías del principe de Esquilache referentes a Lérida»: “Ocupó cargos palatinos y políticos importantes; fue poeta notable, moralista y protector de las bellas letras. Desde 1615 a 1621 fue virrey del Perú; en Lima se conserva todavía el recuerdo de las institu-ciones docentes fundadas durante su gobierno.”Encadernação contemporânea de bonita composição, com ferros de roda gravados a seco nas pastas e a lom-bada com nervuras e dizeres gravados a ouro. Com atilhos de tecido de que apenas se conserva o par superior.Pequena assinatura no frontispício datada de 1839. Junto à lombada e entre as páginas 297 a 344 com pequenos cortes de traça que não ofendem a mancha tipográfica.

189 — BOSMANS (Jules).- TRAITÉ D’HÉRALDIQUE BELGE. Bruxelles. MDCCCXC. In-8.º gr. de IV-255-I págs. E.Cuidada edição ilustrada, impressa em papel de escolhida qualidade e elevada gramagem. Primeira edição.Encadernação com a lombada de chagrin vermelho com título a ouro e nervuras. Com as capas da brochura preservadas.

190 — BOTTADO (Duarte Gorjão da Cunha Coimbra).- MEMORIA SOBRE O PROCEDIMEN-TO HAVIDO COM SUA MAGESTADE A RAINHA. Analysado em frente da Constitução por D. G. C. C. B. Lisboa: Na Typografia Maigrense. 1823. In-8.º de 28 págs. Desenc.Acerca do autor diz Innocêncio não ter mais notícias que as dadas por ele próprio a pág. 75 e seguintes na obra «O Seculo 19 explicado á vista da Biblia», fazendo um pequeno resumo dessa informação biobibliográfica.

191 — BOTTADO (Duarte Gorjão da Cunha Coimbra).- O SECULO 19 À VISTA DA BIBLIA. Lisboa. Na Typografia Maygrense. Anno 1824. In-8.º de 98-I-8 págs. B.Curioso e invulgar opúsculo onde o autor, estabelecendo um paralelo com a Bíblia, defende a causa monarquica.

192 — BOTELLO DE MORAES Y VASCONCELOS (Francisco).- EL ALPHONSO, // O // LA FUNDACION DEL REYNO // DE PORTUGAL // ASSEGURADA Y PERFECTA EN LA CON-QUISTA // DE ELYSIA. // POEMA EPICO // DEL CAVALLERO FRANCISCO BOTELLO // de Moraes y Vasconcélos; // IMPRESSO AORA LA PRIMERA VEZ // con beneplacito de su Author. // INTRODUCELE EL MISMO A LA PRESENCIA // DE LA SERENISSIMA // DOÑA MARIA, // PRINCESA // DE ASTURIAS. // —— // En Salamanca: En la Imprenta de // ANTONIO JOSE-PH VILLARGORDO. // Año de M. DCC. XXXI. In-8.º de XVI-283-I-IV págs. E.

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Ilustre humanista dos séculos XVII e XVIII, o autor, transmontano natural de Moncorvo, viveu parte significativa da sua vida em Salamanca onde ainda hoje é recordado por ter o seu nome associado a uma praça pública, situada num bairro onde outros poetas e escritores são também homenageados com a atribuição dos seus nomes à toponímia local.Em 1702, D. João V concedeu-lhe o Hábito de Cristo e uma pensão por ter composto o Poema El Alphonso, poema épico dedicado a D. Afonso Henriques e à Fundação de Portugal. Desenvolveu significativa obra literária em castelhano o que lhe valeu a nomeação de membro da Real Academia Espanhola em 1738.Da última visita que fêz à sua terra natal, fundou em Moncorvo a Academia dos Unidos, inovadora associação cultural dedicada à prosa, poesia, manejo de cavalos, música, dança e teatro, associação que no seu tempo e de semelhantes objectivos apenas se conheciam 4 em Portugal. Em Lisboa, Porto, Coimbra e Évora.Frontispício circundado por cercadura composta de pequenas vinhetas tipográficas.As últimas duas ff. contêm uma «NOTICIA de la Patria, linage, y principales successos del Poeta. Escrita por Bernardino Pereira de Aròsa, Cavallero de la Orden de Christo, y natural, y morador de la Torre de Moncorvo.”Por confrontação confirmamos a existência de duas edições com diferente composição, publicadas no mesmo ano e impressas na mesma oficina. O frontispício, de semelhante apresentação gráfica, distingue-se, por exemplo, na palavra REYNO [3.ª linha] que na variante da que agora anunciamos foi escrito REINO. Outras variantes surgem entre as edições que não cabe aqui estudar.Encadernação da época em inteira de carneira, decorada a ouro e com quatro nervos na lombada. Com um pequeno corte de traça na margem exterior que afecta algumas das primeiras folhas. (ver gravura na pág. 61)

193 — BOUTELL (Charles).- A MANUAL OF HERALDRY, HISTORICAL AND POPULAR. With Seven Hundred Illustrations. London: Winsor and Newton. 1863. In-8.º gr. de IV-VI-425-V págs. E.Edição profusamente ilustrada a negro e a cores, nas páginas de texto e em separado.Encadernação editorial mal cuidada.

194 — BOUTELL (Charles) & SCOTT-GILES (C. W.).- BOUTELL’S HERALDRY. Revised by C. W. Scott-Giles M. A. (Cantab.) With 28 Plates in Colour and numerous text figures. Fre-derick Warne & Co. Ltd. London and New York. [1950]. In-8.º gr. de XII-316 págs. E.“Based mainly upon the works of the Rev. Charles Boutell, this book has been revised and extended with a view to furthering that popularity. Mr. C. W. Scott-Giles, who has made the revision, believes that in the uncertain age heraldry is “one of those silent influences which combine to link the centuries in the chain of tradition,” and that it has thus “a greater value than it possessed as the graceful attribute of a privileged class in a secure and ordered society.”Edição profusamente ilustrada a negro nas páginas de texto e a cores em folhas impressas à parte. No final a obra é documentada com um importante «Glossary and Index».

195 — BOXER (Charles Ralph). - FIDALGOS IN THE FAR EAST. 1550-1770. Fact and Fancy in the History of Macao. The Hague. Martinus Nijhoff. 1948. In-8.º gr. de XII-297-I págs. E.O autor, de nacionalidade britânica, foi notável investigador da história colonial portuguesa e holandesa.Edição original, de muito cuidada execução gráfica, ilustrada em folhas à parte.Encadernação original em tecido gravado a negro e vermelho.

196 — BOXER (Charles Ralph). - THE GREAT SHIP FROM AMACON. Annals of Macao and the Old Japan trade, 1555-1640. Centro de Estudos Históricos Ultramarinos. Lisboa, 1959. In-8.º gr. de XI-I-361-I págs. B.Segundo palavras de Carlos Monjardino,”Com a erudição que o caracteriza, com o rigor científico na procura das fontes e com o profundo conhecimento da realidade portuguesa do período da expansão, o Prof. Charles R. Boxer analisa as relações que se estabeleceram a partir de meados do século XVI

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e ao longo de um século, entre a comunidade de Macau e o Japão.“As viagens aqui estudadas, resultado do aproveitamento de uma conjuntura económica favorável, testemunham a transformação de Macau num importante centro de negócios de interesses próprios. O estabelecimento desta carreira regular com os portos japoneses permitiu afinal o desenvolvimento de uma teia de relações culturais e civilizacionais que ainda hoje se faz aprofundar.” Com um mapa em folha desdobrável representando «O Cristianismo No Japão. 1549 - 1650».Estudo ilustrado com um mapa desdobrável e algumas estampas em separado.

197 — BOXER (Charles Ralph).- SALVADOR DE SÁ AND THE STRUGGLE FOR BRAZIL AND ANGOLA. 1602-1686. University of London. The Athlone Press. 1952. In-8.º de XVI-444-VIII págs. E.Trabalho de inquestionável valor para o estudo de uma das mais notáveis figuras do Brasil colonial e de Angola do século XVII.Edição ilustrada em folhas à parte.Encadernação editorial.

198 — BOXER (Charles Ralph) & AZEVEDO (Carlos de).- FORT JESUS AND THE PORTUGUESE IN MOMBASA. 1593 - 1729. London. Hollis & Carter. [1960]. In-8.º gr. de 144 págs. E.Aprofundada monografia histórica e arqueológica daquela importante fortaleza portuguesa, ilustrada com numerosas fotografias e documentos iconográficos antigos impressos em folhas à parte.Encadernação editorial com sobrecapa de papel.

199 — BRAD (Jean Louis).- VENUS MAÇONNA, POEMA, PELO I...I...LUIZ BRADO, CAV...ESC..., MEMBRO DA R...L...DOS CORAÇÕES CONSTANTES, AO O...DE GRENOBLE; OFFERECIDO A TODOS OS MM...REG ...AO O...DE LISBOA PELO I...M ...J...B...E...L ...TRA-DUZIDA DO FRANCEZ POR *** [Gravura com os dizeres IMPRESSÃO LIBERAL] Lisboa. anno de 1822. In-8.º de 57-I págs. Desenc.Rara e muito interessante tradução do Poema de Jean-Louis Brad, adaptada a Portugal e com refe-rências à Maçonaria Portuguesa. Este Poema remonta aos primórdios da admissão de mulheres na Maçonaria, sendo no entanto a tradução portuguesa mais tardia e intimamente ligada à iniciação das feministas republicanas em Portugal. (ver gravura na pág. 63)200 — BRAGA (Alberto).- CONTOS ESCOLHIDOS. Illustrações de Casanova. Lisboa. M. Gomes, Livreiro Editor. 1892. In-8.º de 246-II págs. B.Primeira edição, muito cuidada, com belas ilustrações assinadas por Casanova. É, segundo alguns crí-ticos, a melhor obra de Alberto Braga, jornalista e escritor portuense de grande sucesso no seu tempo.

201 — BRAGA (António Alfredo de Santa Catarina).- ORAÇÃO RECITADA NA IGREJA DE SAO FRANCISCO DE PAULA DA CORTE DO RIO DE JANEIRO, por occasião do Solemne juramento dos subditos Portuguezes alli residentes Á Carta Constitucional da Monarquia Por-tugueza, em 30 de Outubro de 1826. Porto: Imprensa do Gandra. 1827. In-8.º de 20 págs. B.O autor, natural do Porto, professou a regra de S. Francisco no convento de Santo António de Val da Piedade. Segundo Innocêncio, “Em 1823 foi perseguido e deportado, em consequencia de haver-se mostrado affeiçoado ás doutrinas liberaes; e passando para o Brasil residiu alguns annos no Rio de Janeiro. Depois voltou para Portugal, e foi sucessivamente Abbade da freguezia de Avellada, Cónego da Sé metropolitana da Extremadura (...)”.Opúsculo bastante raro, registado por Innocêncio nos seguintes termos: “Encontrei finalmente na Bibl. Nac. um exemplar do Sermão (...)”. Edição graficamente cuidada, com todas as páginas rematadas por um cordão impresso que circunda a mancha tipográfica.

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202 — BRAGA (Teófilo).- FLORESTA DE VARIOS ROMANCES. Porto. Typ. da Livraria Nacional. 1868. In-8.º de LIII-I-217-I págs. E.Integrado no «Cancioneiro e Romanceiro Geral Portuguez». Do Índice: «Transformações do romance popular do seculo XVI a XVIII — Romances com fórma litteraria dos cultistas portuguezes — Ro-mances da História de Portugal, tirados das Collecções hespanholas».Encadernação modesta.

203 — BRAGA (Teófilo).- HISTORIA DO THEATRO PORTUGUEZ. Porto. Imprensa Portu-gueza - Editora. 1870-1871. 4 vol. In-8.º B. Colecção completa e bastante rara da «História do Theatro Portuguez», constituída pelos seguintes volumes: «Vida de Gil Vicente e sua Eschola. Seculo XVI»; «A Comedia Classica e as Tragicomedias. Seculos XVI e XVII»; «A Baixa Comedia e a Opera. Seculo XVIII»; «Garrett e os Dramas Roman-ticos. Seculo XIX».

204 — BRAGA (Teófilo).- HISTORIA DOS QUINHENTISTAS. Vida de Sá de Miranda e sua Eschola. Porto. Imprensa Portugueza - Editora. 1871. In-8.º de VIII-328 págs. B.Valioso subsídio para a história da Literatura Portuguesa antiga e um dos mais invulgares livros do autor.

205 — BRAGA (Teófilo).- O POVO PORTUGUEZ NOS SEUS COSTUMES, CRENÇAS E TRADIÇÕES. Volume I - Costumes e vida doméstica (Volume II - Crenças e festas publicas, tradições e saber popular). Lisboa. Livraria Ferreira - Editora. 1885. 2 vols. In-8.º de VIII-416 e 546 págs. E.Trabalho de notável importância para o estudo dos costumes, crenças e tradições do povo português. Obra muito merecidamente estimada e valiosa, hoje de difícil nesta sua edição original.Encadernações com lombada de pele. Com falta das capas da brochura e só ligeiramente aparados à cabeça.

206 — BRAGA (Teófilo).- QUESTÕES DE LITTERATURA E ARTE PORTUGUEZA. [Pe-quenos escriptos]. Lisboa. Editor - A. J. P. Lopes. [S.d. - 1881] In-4.º peq. de 408 págs. B.Um dos mais raros livros da extensa e importante bibliografia de Teófilo Braga, de cujo índice cons-tam as seguintes partes ou capítulos: «A Nacionalidade e a Litteratura»; «Velho lyrismo portuguez»; «Portugal e um Canto popular da Dinamarca»; «A influencia bretã na Litteratura portugueza»; «Sobre a origem portugueza do Amadis de Gaula»; «Primordios da Historia de Portugal»; «A Eschola hespa-nhola em Portugal»; «Arte portugueza na Renascença»; «O Cancioneiro de Evora»; «Reivindicação do Palmeirim de Inglaterra»; «As traducções inglezas dos Lusiadas»; «A Satyra da Perda da Naciona-lidade portugueza»; «O portuguez Sanches, precursor do Positivismo»; «Historiographia insulana»; «O Abbade Antonio da Costa»; «O Marquez de Pombal»; «O Hyssope, de Antonio Diniz da Cruz e Silva»; «Bocage»; «Joaquim Silvestre Serrão e a Musica sacra portugueza»; «Os iniciadores do Romantismo em Portugal».Capas da brochura com pequenas imperfeições marginais.

207 — BRANCO (A. R. O. Lopes).- MEMORIA DOS PRINCIPAES ACTOS E TRABALHOS DO MINISTRO E SECRETARIO D’ESTADO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA... durante o tempo da sua administração. Lisboa. Imprensa Nacional. 1851. In-8.º de IV-83-I-LXVI págs. E.“Tendo-me resolvido a escrever uma Memoria dos meus principaes actos, e trabalhos durante o tempo que servi de Ministro e Secretario d’Estado dos Negocios da Fazenda, muitas considerações me mo-veram a deixar de publica-la até aqui, tendo-a concluído em Novembro de 1849”. O último grupo de páginas constitui um importante núcleo de Documentação.Encadernação da época, revestida de papel marmoreado.Com dedicatória do autor ao Conselheiro José Joaquim Domingues de Bastos.

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208 — BRANCO (Manuel Bernardes).- HISTORIA DAS ORDENS MONASTICAS EM POR-TUGAL. Lisboa. Livraria Editora de Tavares Cardoso & Irmão. MDCCCLXXXVIII. 3 vols. In-8.º gr. de 263-I-313-I, 748 e 740 págs. B.Obra de referência para o estudo das ordens religiosas em Portugal, indissociável e fundamental para a compreensão de muitos aspectos da nossa história civil. Com a transcrição de valioso acervo docu-mental. Muito invulgar quando completa como a que se apresenta.Com as capas da brochura imperfeitas e manchas de acidez.

209 — BRANDÃO (Júlio).- MINIATURISTAS PORTUGUESES. Litografia Nacional. Porto. [S.d. 1933?] In-8.º gr. de 117-I págs. E.Excelente monografia de arte, ilustrada em folhas à parte, com diversas estampas que reproduzem alguns dos retratos em miniatura aqui estudados.Encadernação com cantos e lombada em pele. Com as margens intactas e as capas da brochura preser-vadas. Assinatura de posse de José de Lima na folha destinada à colocação de um Ex-libris.

210 — BRANDÃO (Frei Mateus da Assuncão).- ELOGIO NECROLOGICO DO MUITO ALTO E MUITO PODEROSO IMPERADOR E REI O SENHOR DOM JOÃO VI. (...) Pelo Doutor... Lisboa. Na Typografia da... Academia. 1828. In-8.º gr. de II-39-I págs. B.Edição impressa em encorpado papel de linho, onde o autor recorda e transmite “aos vindouros ideias exactas das acções e qualidades do grande Soberano”.Com sobrecapa da época em bonito papel pintado.

211 — BRANDÃO (Fr. Mateus da Assunção).- REFLEXÕES SOBRE A CONSPIRAÇÃO DESCUBERTA, E CASTIGADA EM LISBOA NO ANNO DE 1817. Por Hum Verdadeiro Amigo da Patria. Lisboa: Na Impressão Regia. 1818. In-8.º peq. de VI-153-I págs. E.O autor, defensor da causa Miguelista, nasceu em Valença do Minho; foi Monge Beneditino, doutor em Teologia pela Universidade de Coimbra, prégador régio, Deputado da Junta do exame e melhora-mento temporal das Ordens religiosas, Ministro do tribunal da Nunciatura Apostólica, Censor régio para exame e censura dos livros, etc., tendo emigrado de Portugal por motivos políticos em 1834, segundo informação colhida no Dicionário Bibliográfico de Inocêncio. O mesmo bibliógrafo escreve sobre este livro, publicado anónimo: “Este opusculo provocou as refutações e analyses dos redactores dos jornaes portuguezes, que por esse tempo se imprimiam em Londres. João Bernardo da Rocha no Portuguez, e José Liberato Freire de Carvalho no Investigador.Encadernação da época, com lombada de pele. Restauros no canto inferior direito das três primeiras folhas.

212 — BRANDÃO (Raul).- 1817 - A CONSPIRAÇÃO DE GOMES FREIRE. Quem matou Gomes Freire - Beresford, D. Miguel Forjaz, o principal Souza - Mathilde de Faria e Mello. 2ª edição. Edição da “Renascença Portuguesa”. Porto. [1917]. In-8.º de 319-V págs. E.Documento de considerável interesse para a história da vida de Gomes Freire de Andrade, Grão-Mestre da Maçonaria Portuguesa do Grande Oriente Lusitano Unido, acusado de conspirar contra Beresford, preso e enforcado no forte de S. Julião da Barra. Cuidada edição, ilustrada nas páginas de texto.Encadernação editorial.

213 — BRANDÃO (Zeferino).- PERO DA COVILHAN. (Episodio dramatico do seculo XV). An-tiga Casa Bertrand - José Bastos. Livreiro-editor. Lisboa. 1897. In-4.º peq. de XIX-I-248 págs. E.Com uma «Conversa Preliminar» de Fernandes Costa, de onde recortámos: “Essa figura (...) tem con-tornos bem definidos, e Pero da Covilhã é, na epopêa dos Gamas e dos Albuquerques, um intelligente, um sagaz, um inolvidavel predecessor.

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“Envolve-o o escriptor n’uma intriga romantica, apenas a indispensavel para o seu proposito; mas de tal forma se cinge ás linhas da realidade, que a figura se destaca viva, dente de nós, como realmente foi, e o leitor mal pode discernir onde começa e acaba a ficção, e onde prevalece o rigor historico”. Livro publicado por ocasião do Quarto Centenário do Descobrimento Marítimo da Índia.Encadernação com lombada e cantos de pele. Com pequenos restauros na capa da brochura.

214 — O BRAZ JÁ SEM CORCUNDA POR DIANTE, E POR DETRAZ, OU O VERDADEI-RO CONSTITUCIONAL. Lisboa, Na Typographia Rollandiana. 1821. In-8.º de 22-II págs. B.Publicado sem nome do autor, Innocêncio refere na entrada dedicada a Elesiário António de Sousa (vol. II, págs. 224) que “Parece que Fr. Claudio da Conceição se dava por auctor d’estes escriptos, ou de outros, que acaso sahiram com egual titulo, mas que até agora não encontrei.”

215 — BREDERODE (Martinho de).- SUL. Lisboa. Typographia Castro & Irmão. 1905. In-4.º de 174-IV págs. B.Segundo Seabra Pereira, este livro “situa-se no plano transicional de um novo impressionismo que tenta fundir os legados de Cesário Verde e de António Nobre: numa desenvolta discursividade, vinda de Cesário mas que assimila a magia evocativa do Só, o descritivo é instrumentalizado pela deambulação introspectiva e sofre, nos quadros de pitoresco lisboeta e meridional, as injunções do decadentismo e do neo-romantismo lusitanista.” Terceiro e último livro de poesia do autor, e porven-tura o mais raro.Muito cuidada edição em papel de linho, cuidadosamente ilustrada a cores na capa da brochura.Valorizado con dedicatória do autor.

216 — BRION (Marcel).- LES MAINS DANS LA PEINTURE. Texte de... Éditions Albin Michel. Paris. [1949]. In-4.º gr. de 208-X págs. E.Cuidada edição, profusamente ilustrada com a reprodução de centenas de pormenores de pinturas de artistas europeus desde os séculos XII a meados do século XIX.Boa encadernação com lombada e cantos de pele.

217 — BRISSON (Pierre Raymond de).- HISTORIA DO NAUFRAGIO, E CATIVEIRO DE MR. DE BRISSON, Official da Administração das Colonias Francezas; Com a descripção dos Desertos d’Africa desde o Senegal, até Marrocos: Escrita, e publicada por elle mesmo em 1789; mas agora traduzida em Portuguez, (...). Lisboa. M DCCC. Na Of. de Simão Thaddeo Ferreira. In-8.º de 265-I-III-I págs. E.Encadernação antiga com lombada de pele; um pouco cansada.

218 — BRITO (A. da Rocha).- HORAS COIMBRÃS. Coimbra. MCMXLIV. In-8.º gr. de VI-191-I págs. B.Sob o título genérico de «Horas Coimbrãs (Século XVI)», o autor evoca nesta extensa conferência interessantes e diversificados temas entre os os quais destacamos: «João III visita a Cidade pela primeira vez», «Oração aos Reis D.João III e Rainha Dona Caterina na Cidade de Coimbra que fez Francisco de Sá no Ano de 1527», «A vinda de D. João III em 1550», «A Vinda de D. Sebastião», «As Procissões», «Festas de Corpus-Cristi», «A Tourada», «A Choca», «O Jogo da Bola», «Festejos na Praça», «Luto na Universidade por Morte do Principe D. João», «As Cadeiras de Espaldar», «Visita a uma Sapataria Quinhentista», «Taixa dos Sapateiros», «Uma Greve de Sapateiros em... 1600», «Como e por quanto se vestiam os Conimbricenses no Século XVI», «As Estalagens de Coimbra», «O garfo», «O Guardanapo», «As Trombetas da Câmara», «O 1º Doutora-mento em Medicina», «O Relógio da Universidade», etc. Com ilustrações em separado.

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219 — BRITO (A. da Rocha).- O PRIMEIRO DIA D’AULA, a primeira casa, o primeiro lente, o primeiro livro, os primeiros alunos, as primeiras sebentas, o primeiro bacharel, o primeiro concurso, o primeiro licenciado, o primeiro doutor, o primeiro boticário, o primeiro sangrador, o primeiro bedel da Faculdade de Medicina, desde a última transferência da Universidade de Coimbra. Coimbra. 1935. In-8.º gr. de VIII-158 págs. B.Interessante subsídio para a história da medicina em Portugal e também elemento de importância para a bibliografia académica coimbrã. Com estampas impressas em folhas à parte. Edição da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.Assinado no anterrosto.

220 — BRITO (Frei Bernardo de).- ELOGIOS HISTORICOS DOS SENHORES REIS DE PORTUGAL, Escritos por... Chronista Geral, e Monge da Ordem de S. Bernardo, e moder-namente addicionados pelo Padre D. José Barbosa... Nova edição. Lisboa, Na Typographia Rollandiana. 1825. In-8.º peq. de 159-IX págs. E.Considerado o fundador da historiografia Alcobacense, Frei Bernardo de Brito publicou como cronista--geral da sua Ordem a «Primeira Parte da Crónica de Cister» e alargou os seus estudos à História de Portu-gal tendo dado à estampa a primeira parte da «Monarquia Lusitana» e os «Elogios dos Reis de Portugal».Encadernação da época, mal cuidada.

221 — BRITO (J. J. Gomes de).- AS TENÇAS TESTAMENTARIAS DA INFANTA D. MA-RIA. Lisboa. Of. Tip. - Calçada do Cabra, 1907. In-4.º gr. de 156 págs. B.Com a transcrição de numerosos documentes referentes ao célebre testamento que deu lugar a “prevari-cações e escandalos, entre os quaes não teve logar menos importante o roubo das joias da Serenissima Testadora, celebradas em toda Europa, grande parte das quaes, dizendo-se violentamente levadas pelo Prior do Crato, antes de entregue o reino a Philippe II, foram depois vistas em mãos de pessoas ás quaes o indicado responsavel de sua desaparição não poderia tel-as passado”.Excelente edição em papel de linho, limitada a 21 exemplares numerados, tirados em separata do “Archivo Historico Portuguez”.

222 — BURKE (Sir Bernard).- BURKE’S GENEALOGICAL AND HERALDING HISTORY OF THE LANDED GENTRY. Founded by the late Sir Bernard Burke, (...) 1937. Centenary (15th) Edi-tion. Edited by H. Pirie-Gordon. Shaw Publishing Co., Ltd. London. In-4.º de lxxv-2756 págs. E.Pela primeira vez publicada em 1826, esta obra, fruto do trabalho da família Burke, tem vindo a ser criteriosamente actualizada, expandida e reeditada ao longo de quase dois séculos.Trata-se por isso de um clássico de inestimável importancia para o estudo da genealogia das famílias britânicas e de outras figuras influentes.Encadernação original com um rasgão na charneira da pasta posterior.

223 — BURKE, C.B., LL.D. (Sir Bernard).- THE GENERAL ARMORY OF ENGLAND, SCO-TLAND, IRELAND AND WALES; Comprising a registry of armorial bearings from the earliest to the present time. London: Harrisson. 1884. In-8.º gr. de IV-lxxix-L-1185-I-XLII págs. E.

224 — BURKE (Edmund).- EXTRACTOS DAS OBRAS POLITICAS E ECONOMICAS DO GRANDE EDMUND BURKE por José da Silva Lisboa. Segunda edição mais correcta. Lisboa: Em a Nova Impressão da Viuva Neves e Filhos. Anno de 1822. In-8.º gr. de VIII-88 págs. B.Trata-se da primeira edição impressa em Portugal, tendo sido esta tradução primeiramente publicada em 1812, no Brasil.Acerca de José da Silva Lisboa, colaborador de D. Rodrigo de Sousa Coutinho, Innocêncio fez várias notas bio-bibliográficas onde transcreveu a opinião de Silvestre Pinheiro que o considerava o “homem

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mais versado nas theorias da economia política». Sacramento Blake desenvolveu também extensa nota bio-bibliográfica no seu precioso Dicionário, assim como Borba de Moraes faz referência ás edições brasileira e à portuguesa.Publicação de valor para a história da difusão das novas teorias económicas nos primórdios do liberalismo.

225 — BURKE’S HANDBOOK TO THE MOST EXCELLENT ORDER OF THE BRITISH EMPIRE. Containing biographies, a full list of persons appointed to the Order, showing their relative precedence, and coloured plates of the Insignia. Edited by A. Winton Thorpe. London. The Burke Publishing Co., Ltd. 1921. In.4.º de 703-I págs. E.“In compiling the HANDBOOK TO THE ORDER OF THE BRITISH EMPIRE the object of the Editor has been to extend and give permanency to the scattered records of those who have been admitted to the Order in recognition of “important services to the Empire” in the hour of its greatest need”.Encadernação editorial, gravada a ouro na lombada e pasta da frente.

226 — BURNAY (Eduardo).- ELOGIO HISTORICO DO CONDE DE FICALHO, lido na ses-são solemne da Academia Real das Sciencias de Lisboa em 25 de Março de 1906. Lisboa. Por Ordem e na Typographia da Academia. 1906. In-fólio de IV-18-II págs. B.Elogio Histórico de homenagem a Francisco Manuel de Melo Breyner (1837-1903), historiador da botânica em Portugal. Foi director do Instituto Agrícola e fomentou o desenvolvimento do Jardim Botânico de Lisboa. Como escritor, distinguiu-se com a obra «Uma Eleição Perdida», onde foram publicados uma novela e contos regionais alentejanos. Pertenceu ao grupo dos «Vencidos da Vida».

227 — [BUSK (M. M.)].- THE HISTORY OF SPAIN AND PORTUGAL. From B.C. 1000 to A.D. 1814. Published under the superintendence of the Society for the diffusion of useful knowledge. London: Baldwin and Cradock, Paternoster-Row. MDCCCXXXIII. In-4.º de IV-XVI-364 págs. E.Muito invulgar edição, ilustrada com uma tábua cronológica da Península Hispânica desde as primeiras colónias fenícias e Cartaginenses, até ao ano de 1831. De págs. 327 a 334 vem descrita a bibliografia consultada, e de 335 a 364 a edição vem acompanhada de um muito útil «Index» onomástico.Cartonagem editorial mal cuidada e destacada do volume. Com o papel acidificado, em particular nas folhas preliminares.

228 — [CABOT DE DAMPMARTIN (Anne Henri)].- LE PROVINCIAL A PARIS, A l’Époque de la Révolution de 1789. Avec des Notes Critiques. A Paris, Chez La Villette, Libraire, Hôtel des Bouthillers, rue des Poitevins. — 1790. In-8.º de IV-VIII-272 págs. E.Publicado sem o nome do autor mas atribuído a Anne Henri Cabot de Dampmartin, esta obra é de grande interesse para a história da vida e costumes sociais parisienses daquela conturbada e revolucionária época.Encadernação contemporânea inteira de pele um pouco cansada. Com um insignificante corte de traça que apenas afecta marginalmente o último caderno.

229 — CABRAL (António).- CARTAS DE EL-REI D. CARLOS A JOSÉ LUCIANO DE CASTRO. Um grande rei.- Um notavel estadista.- Memorias politicas. Lisboa. Portugal-Brasil. [S.d]. In-8.º de 299-V págs. B.“Trago hoje a publico, n’este livro despretencioso, documentos importantes e de valor para a historia da vida política de Portugal. São cartas d’El-Rei D. Carlos I, dirigidas ao mais notável de todos os esta-distas, que no seu reinado serviram a nação. Com retratos de José Luciano de Castro e António Cabral.

230 — CABRAL (António).- CARTAS D’EL-REI D. CARLOS AO SR. JOÃO FRANCO. Cartas d’El-Rei a José Luciano. A Dictadura. Os Adiantamentos. O Regicidio. Lisboa. Portugal--Brasil. [S.d]. In-8.º de 308-IV págs. B.Com os retratos de D. Carlos e do autor e os fac-símiles das cartas de D. Carlos.

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231 — CABRAL (António Machado de Faria de Pina).- CARTAS DE BRASÃO. coligidas e prefaciadas por... Miscelânea. Lisboa. 1932. In-4.º peq. de 130-I págs. E.Com vários brasões d’armas impressos em página inteira e uma estampa em papel couché reproduzindo parte de uma página de um códice. Reduzida tiragem de 350 exemplares.Encadernação com lombada e cantos de pele. Com as capas da brochura e só ligeiramente aparado à cabeça. Com uma pequena assinatura de José de Lima na folha de guarda.

232 — [CABRAL (Luís de Sequeira Oliva e Sousa)].- RESTAURAÇÃO DOS ALGARVES, ou Os Heroes de Faro e Olhão, Drama Historico em tres actos; escrito por L. S. O. Portuguez. Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1809. In-8.º gr. de IV-82 págs. B.São raros os exemplares desta curiosa produção teatral publicada apenas com as iniciais do autor, peça que tem a cidade de Faro como cenário e como personagens o General Maurin, “Governador intruso dos Algarves”, o “Capitão de Artilheria, Francez, Mr. Garriel”, um “Tenente Francez da Legião do Meio dia”, capitães de artilharia portugueses, o “Ministro de Faro”, habitantes de Faro, etc.Capa da brochura em papel antigo, pintado.

233 — CABRAL, S.J. (Luís Gonzaga).- VIEIRA-PRÉGADOR. Estudo philosophico da Elo-quencia Sagrada segundo a vida e as obras do Grande Orador Portuguez. Porto. Editor, José Fructuoso da Fonseca. 1901. 2 vols. In-4.º de XLII-434-IV e XVII-V-589-III págs. E.Obra clássica da bibliografia passiva do Padre António Vieira, ilustrada com um seu retrato impresso em separado, reproduzido de um crayon de José de Brito. São muito numerosas as referêncais a Camilo Castelo Branco.Encadernação modesta com a lombada de pele.

234 — CALÇAS PARDAS PELA CURIOSIDADE DE QUERER OUVIR DE PERTO NA SERRA DO PILAR OS GRITOS DAS ALMAS DO OUTRO MUNDO! [xilogravura com duas mãos em posição de figas] Porto: 1834. Imprensa de Gandra Filhos. In-8.º de 33 págs. Desenc.Curiosa e muito interessante paródia a juntar à temática das guerras entre liberais e miguelistas.“CALÇAS PARDAS Em que se vio o Bacharel J. M. C. Valente [João Maria Cerveira Valente] por se meter com as Almas do outro mundo, que vem de noute ao Convento da Serra. Por hum amigo do mesmo Bacharel.”

235 — CALDAS (Pereira).- NOTICIA TOPOGRAPHICA DAS CALDAS DAS TAIPAS; Situ-adas no Concelho de Guimarães, e legua e meia para noroeste da sua capital do mesmo nome, no importantissimo Districto de Braga. Braga: Typographia d’Antonio da Silva Santos. 1854. In-8.º gr. de 36 págs. E.O nome do autor, J. J. da S. Pereira Caldas, aparece na dedicatória “Aos Habitantes Taipenses”. Muito raro.Encadernação modesta.

236 — CALDEIRA (Carlos José).- APONTAMENTOS D’UMA VIAGEM DE LISBOA Á CHINA E DA CHINA A LISBOA. Lisboa. Na Typographia de G. M. Martins. 1852-1853. 2 vols. In-8.º gr. de 423-I e 335-XVII págs. E. em 1.Obra interessantíssima e rara que, di-lo Inocêncio, “mereceu a aceitação e acolhimento do publico.” Na nota de abertura «Aos Leitores», diz o autor: “Ainda que é muito pouco commum entre nós Por-tuguezes o gosto de viajar, eu desde a minha mocidade nutri o desejo de ver o mundo, de sahir da minha patria, e do estreito circulo da cidade e do paiz em que nasci. Tarde porém poude realisar o pen-samento constante da minha vida. Contando 40 annos parti de Lisboa em Julho de 1850, na carreira para a China dos vapores inglezes da Companhia Oriental e Peninsular, e dentro em 50 dias cheguei a Macao, tendo visitado Cadiz e Gibraltar; atravessado o Mediterraneo; visto Malta e Alexandria;

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subido o Nilo; atravessado o deserto do Egypto; embarcado em Suez, e descido pelo Mar-Vermelho; tocado em Adem na Arabia, e em Ceylão; navegado pelo estreito de Malaca; visto Pinão e Singapura; e finalmente aportado a Hong-kong, e retrocedido para Macao. Nesta cidade me demorei 16 mezes, durante os quaes visitei seus arredores, a cidade chineza de Cantão, e varios portos da costa da China até Shangai, na distancia d’umas 300 legoas para o norte de Macao. D’aqui regressei para o Reino na corveta D. João I. no fim do anno de 1851, e voltei por Singapura, e estreito de Malaca; desembarquei na cidade deste nome, tão celebre na historia da Asia portugueza; revi as costas da Taprobana; nave-guei ao longo das do Malabar; visitei Goa; segui para Moçambique; dobrei o Cabo da Boa-Esperança; aportei a Benguella, e a Loanda no reino d’Angola; vi no archipelago dos Açores o Fayal e S. Miguel, e particularmente nesta ultima ilha examinei varias das muitas cousas curiosas que contém, e final-mente em 18 d’Agosto de 1852 terminei esta longa e variada viagem, revendo a minha bella patria e cidade natal ao cabo de dois annos.“Resolvo-me a publicar os Apontamentos desta Viagem, por me parecer que serei n’isto util a alguns dos meus concidadãos, que desejarem saber das circumstancias della, e ter algum conhecimento actual dos logares que percorri. (...) Deter-me-hei particularmente sobre as nossas Possessões, ainda tão importantes, e sobre as quaes idéas bem inexactas, e mesmo absurdas, correm entre muita gente. Fallarei das cousas, e das pessoas, que são tudo no Ultramar, onde em grande parte as instituições e leis pouco ou nenhum vigor tem, onde quasi tudo é arbitrio, onde o espirito da maldade e da rapina muitas vezes campêa impune, dependendo geralmente do bom ou máo caracter das authoridades, e pessoas influentes”.Encadernação antiga, com defeitos superficiais na lombada.

237 — CALVO (Charles).- DICTIONNAIRE MANUEL DE DIPLOMATIE ET DE DROIT INTERNATIONAL PUBLIC ET PRIVÉ. Berlin. Puttkammer & Mühlbrecht, Editeurs, (...). 1885. In-4.º de VII-I-475-I págs. E.“Le Dictionnaire manuel de diplomatie embrasse, sous une forme aussi succinte que possible, le droit international sous ses diverses formes, dans chacune de ses branches, dans ses rapports directs ou indirects avec les autres sciences, avec les institutions intérieures des Etats ou des sociétés humaines, dans sa mise en pratique aussi bien en temps de paix que pendant la guerre: droit public, droit inter-national privé, droit naturel, droit positif, droit conventionel, droit diplomatique, droit maritime, droit coutumier, droit juridique etc., en un mot les principes et les règles qui régissent non seulement la conduite des nations ou des Etats à l’égard les uns des autres ou leurs relations mutuelles, mais aussi les rapports de leurs sujets respectifs avec les gouvernements ou les sujets des autres Etats.”Encadernação com lombada de pele.

238 — CAMINHA (Pedro de Andrade).- POEZIAS // DE // PEDRO DE ANDRADE // CAMI-NHA, // MANDADAS PUBLICAR // PELA // ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS // DE LISBOA. // ... // LISBOA // NA OFFICINA DA MESMA ACADEMIA. // MDCCXCI. In-8.º de XI-III-427-V págs. E.É a primeira edição das poesias de Andrade Caminha, poeta contemporâneo de Camões, nascido no primeiro quartel do século XVI. Impressão cuidada, assente sobre papel de linho. Muito invulgar.Bonita encadernação contemporânea em inteira de pele, decorada com nervuras e originais ferros a ouro na lombada.

239 — CAMÕES (Luís de).- THE // LUSIAD; // OR, // THE DISCOVERY OF INDIA. // AN // EPIC POEM. // TRANSLATED FROM // The Original Portuguese of LUIS DE CAMÖENS. // By WILLIAM JULIUS MICKLE. // ... // THE SECOND EDITION. // OXFORD, // PRINTED BY JACKSON AND LISTER; // ... // M.DCC.LXXVIII. In-4.º gr. de IV-CCXXXVI-496 págs. E.Segunda edição, conforme a primeira, cuidadosamente executada, acrescentada com uma estampa

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alegórica que antecede o frontispício, executada por J. Mortimer e um mapa em folha desdobrável intitulado «A Chart of the Voyage of Gama and of the Portuguese Discoveries», gravado por L. Lodge.Pina Martins no «Catálogo da Exposição Bibliográfica, Iconográfica e Medalhística de Camões», faz a seguinte crítica acerca desta tradução: “A trad. inglesa de Os Lusíadas, por William Julius Mickle, apesar da larga fortuna que teve na Inglaterra, e que bem é atestada pelas várias eds. que a divulgaram, é considerada como livre e mesmo às vezes libérrima. Esta ed. foi impressa em excelente papel e, não obstante limitar-se a uma tipografia austera, (...), pode considerar-se esplendorosa.”As páginas preliminares compreendem a dedicatória ao Duke of Buccleugh; uma Introduction que vai de págs. i a xxiii; The History of the Discovery od India até pags. lxviii; The History of the rise and fall of the Portuguese Empire in the East que termina a págs. clxxxvi; The Life of Luis de Camoens até págs. cxcix; terminando com uma Dissertation on the Lusiad, and observation upon Epic Poetry e um Appendix.Encadernação antiga com defeitos. Entre as págs. 257 a 264, o exemplar apresenta uma mancha na margem superior.

240 — CAMOES (Luis de).- OS // LVSIADAS // DO GRANDE // LVIS DE CAMOENS. // PRINCIPE DA POESIA HEROICA. // Commentados pelo Licenciado Manoel Correa, Exami-nador synodal // do Arcebispado de Lisboa, & Cura da Igreja de S, Sebastião da // Mouraria, natural da cidade de Elvas. // Dedicados ao Doctor D. Rodrigo d’Acunha, Inquisidor Apostolico // do Sancto Officio de Lisboa. // Per Domingos Fernandez seu Liureyro. // [brazão com as Ar-mas de Portugal] // Com licença do S. Officio, Ordinario, y Paço. // —— // EM LISBOA. // Por Pedro Crasbeeck. Anno 1613. // —— // Está taxado este liuro em 320 reis em papel. In-4.º de VI ff. inums.-308 ff. nums. pela frente. E.Estimada e muito rara edição, minuciosamente descrita no Catálogo da Biblioteca do Conde do Ame-al. Também Brito Aranha se refere com minudência a esta publicação em «A Obra Monumental de Luiz de Camões», onde transcreve a «Approvaçam» de Fr. António Saldanha que diz: “Vi este liuro do Poeta Luis de Camões, com razão tido em muyta conta dos que entendem poesia: & o cômento que sobre elle fez o Padre Manuel Correa, em o qual alem de se declarar o sentido verdadeyro do Poeta, se expoem tambem alg~us termos poeticos de que vsou o Camões pera mais elegancia dos versos, como è Fortuna, Fado, Deoses, & outras semelhantes, o que o commentador explica com muyta doctrina, erudição, & varia lição que teue (...)”.Edição estimada também pelo Proémio — Ao estudioso da liçao Poetica de Pedro de Mariz, por nele se falar pela primeira vez dos amores do Poeta no Paço da Rainha.Encadernação antiga em pergaminho duro.Exemplar com assinatura antiga, provavelmente da época, de Duarte de Az.do de Meneses, com interessantes anotações manuscritas nas margens. Mancha de água que atinge as primeiras folhas do volume e picos de traça marginais, ocasionalmente restaurados, que por vezes ofendem tangencial-mente a mancha tipográfica. (ver gravura na pág. 72)

241 — CAMÕES (Luís de).- LUSIADAS. Lisboa: Na Typografia Lacerdina: 1805. 2 vols. In-8.º peq. de IV-XXXXIII-I-228 e 290 págs. E.Cuidada e invulgar edição, adornada com um retrato do autor e 10 gravuras que antecedem cada um dos dez Cantos dos «Lusíadas».“Contem estes dous Volumes o Poema de Camoens; os Argumentos e Index de João Franco Barreto; hum Compendio da Vida do Poeta; hum Argumento historico da Lusiada [A Vida e Argumento extrahio-se da Edição de Ignacio Garcez Ferreira, no Apparato á Lusiada]; e as Estancias e Liçoens achadas por Manuel de Faria e Sousa em dous differentes Manuscritos. Acrescentamos-lhe algumas Liçoens mais, que achamos nas differentes Ediçoens, que consultamos para a correcção desta.”Bonitas encadernações inteiras de pele, da época, decoradas com finos ferros gravados a ouro na lom-bada, tendo as pastas decoradas com cercaduras.

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UMA DAS MAIS NOTÁVEIS EDIÇÕES DO GRANDE POEMA NACIONAL, SEM DÚVIDA A MAIS IMPORTANTE DAS MUITAS PUBLICADAS

NOS SÉCULOS XIX E XX

242 — CAMOES (Luis de).- OS // LUSIADAS, // POEMA EPICO // DE LUIS DE CAMÕES. // NOVA EDIÇÃO CORRECTA, E DADA Á LUZ, // Por Dom IOZE MARIA DE SOUZA--BOTELHO, // Morgado de Matteus, Socio da Academia Real das Sciencias de Lisboa. // PARIS, // NA OFFICINA TYPOGRAPHICA DE FIRMIN DIDOT, // IMPRESSOR DO REI, E DO INSTITUTO. // MDCCCXVII. In-4.º gr. de VIII-CXXX-II-413 págs. E.Edição de extrema raridade e das mais célebres de quantas até hoje se tem feito do grande Poema Na-cional, sem dúvida a mais importante das muitas que nos séculos XIX e XX foram publicadas, sendo por isso tida em grande estimação e das mais cobiçadas pelos coleccionadores.Acerca desta edição, mais conhecida por Edição do Morgado de Mateus, Brito Aranha diz no seu erudito trabalho A Obra Monumental de Luiz de Camões: “A impressão luxuosa e extraordinariamente nítida, com caracteres inteiramente novos, é um padrão da perfeição typographica usada na opulenta casa Didot, de que ella já dera a prova em honra do nosso egregio poeta na edição anterior, de menor formato.” Nítida e admiravelmente impressa sobre excelente papel, esta edição é adornada com dois retratos de Camões — o primeiro em busto de frente, circundado por um elaborado pórtico ornamental e o segundo, em corpo inteiro, na gruta de Macau — ; um retrato do Morgado de Mateus, promotor desta edição e dez estampas primorosamente abertas a buril em chapa de cobre, alusivas a passagens dos X cantos de Os Lusiadas.Ainda hoje tida como exemplo máximo da arte tipográfica, esta edição foi artisticamente dirigida por Gérard, que contou com a colaboração dos maiores desenhadores e gravadores do seu tempo.EDIÇÃO LIMITADA A 210 EXMPLARES, DOS QUAIS 182 DESTINADOS A OFERTA “a todas as Bibliothecas e personalidades celebres da Europa.” São extremamente raros os exemplares que apresentam as páginas 415 a 422, contendo o “Supple-mento da nota primeira da Advertência”, assim explicada por José do Canto: “Depois de publicada a esplendida edição fez imprimir o Morgado de Mateus uma nota comparativa da maior parte das differenças que se encontram nas duas edições com a data de 1572, que anda geralmente separada da obra principal”, dando a seguir o título acima referido. De salientar que o exemplar por nós apresentado, assim como o de José do Canto, não possui este Supplemento, estando o nosso no seu estado original (considerado RARÍSSIMO por A. Henriques de Oliveira no catálogo da biblioteca do Conde da Folgosa), ainda com as folhas 333 e 336, mais tarde reimpressas para corrigir erros tipográficos.Bela encadernação inteira de chagrin assinada Simon Relieur, datada de 1864, ricamente decorada a negro e ouro na lombada, seixas, pastas exteriores e interiores. A primeira e última folhas estão revestidas a seda azul, também gravadas a ouro. (ver gravuras na pág. 74)

243 — CAMOES (Luis de).- OS // LUSIADAS, // POEMA EPICO // DE LUIS DE CA-MÕES. // NOVA EDIÇÃO CORRECTA, E DADA Á LUZ, // // CONFORME Á DE 1817, In-4º, // Por Dom JOZE MARIA DE SOUZA-BOTELHO, // Morgado de Matteus, Socio da Academia Real das Sciencias de Lisboa. // PARIS, // NA OFFICINA TYPOGRAPHICA DE FIRMINO DIDOT, // IMPRESSOR DO REI, E DO INSTITUTO. // MDCCCXIX. In-8.º gr. de VIII-CX-II-420 págs. E.Edição mais correcta e aumentada, conforme justifica Firmin Didot no «Aviso ao Leitor»; “O nobre e sabio editor não somente me concedeo a faculdade por mim pedida; mas quiz tambem que ao seu precedente trabalho juntasse eu, n’esta edição, o que novamente fez este anno, depois de conferidas por elle as duas primeiras, e originaes edições de 1572, cujas variantes ficam sendo mais distinctamen-te conhecidas; bem como a certeza de primazia, entre huma e outra, pode ser agora mais exactamente

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determinada; reluzindo outro-sim, com a maior evidencia, a superioridade de ambas sobre todas as que depois d’ellas se tem, em diversas epocas, publicado até os nossos dias. Para dar maior realce á minha empreza, permittiu-me finalmente o mesmo Senhor de brindar o publico com a copia do retrato de Camões: assim os que amam Camões, e que se deleitam de litteratura portugueza, encontrarão n’esta minha edição o mais correcto texto, e a mais ampla prova do desvelo e curiosidade com que o incançavel editor se esmerou em dar ao Poema dos Lusiadas todo o esplendor que lhe he devido (...)”.Com um retrato de Camões gravado em aço, que é cópia quase fiel da edição original, por ter sido, conforme explica Brito Aranha em «A Obra Monumental de Luiz de Camões», obra do gravador Roger, quando o primeiro foi executado pelo próprio pintor Gerard.Encadernação contemporânea em pele inteira, mal cuidada. Com vestígios de acidez.

244 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS, Poema Edico de... Nova edição conforme á de Paris, de 1817, (...). Lisboa, Na Typographia Rollandiana. 1827. In-12.º de 397-III págs. B.Rara edição rolandiana, a primeira das muito numerosas edições em pequeno formato impressas nesta prestigiada oficina.Teófilo Braga na sua Bibliografia Camoniana refere: “Segundo Northon distinguem-se pela correcção do texto”.Com a última folha, branca, rasgada.

245 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS, Poema épico de Luis de Camões, restituido á sua primitiva linguagem, auctorisada com exemplos extrahidos dos escriptores contemporaneos a Camões; Augmentado com a Vida d’este Poeta, Uma noticia acerca de Vasco da Gama, As estancias e lições achadas por Manuel de Faria e Souza, as variantes colhidas nas melhores edi-ções, e muitas notas philologicas, historicas, geographicas e mythologicas; por José da Fonseca. Paris. Na Livraria Europea de Baudry... 1846. In-8.º gr. de XXXIV-585-I págs. E.Cuidada e invulgar edição, ilustrada com um belo retrato do Poeta, aberto em chapa de cobre por Roger, sobre um desenho de Gérard — o mesmo que serviu para as edições de 1819 e 1836; no final da «Notícia acerca de Vasco da Gama...», gravado em madeira por Geffroy, sob um desenho de Laisne e Hans, o busto de Vasco da Gama.Bonita encadernação francesa inteira em chagrin, da época, com belos ferros a ouro na lombada, pastas, seixas e o corte das folhas dourado.

246 — CAMÕES (Luis de).- OS LUSIADAS. Edição critica-commemorativa do Terceiro Centenário da Morte do Grande Poeta. Publicada no Porto por Emilio Biel. Typographia Giesecke & Devrient, estabelecimento graphico. Leipzig, MDCCCLXXX. In-fólio de IV-LVI-375-XXXII-XCII págs. E.Edição verdadeiramente monumental, por muitos bibliófilos considerada como a mais bela de quantas até hoje se imprimiram do grande Poema Nacional. O volume, impresso em papel de superior qualidade, ostenta belíssimos retratos de Camões e do Imperador do Brasil D. Pedro II, primorosas estampas cromolitográficas, admiráveis gravuras de página inteira e ainda dez artísticas letras capitais gravadas com motivos alegóricos ao Canto que iniciam.MUITO INVULGAR EXEMPLAR DA TIRAGEM LIMITADA A 100 EXEMPLARES IMPRES-SOS EM PAPEL ESPECIAL, NUMERADOS EM FOLHA PRÓPRIA DA RESPECTIVA TIRAGEM.Luxuosa encadernação editorial, decorada com um pórtico manuelino e figuras mitológicas gravadas a seco e a ouro na pasta da frente, decoração a ouro e a seco na lombada e o corte das folhas pintado e dourado. Com algumas manchas de acidez, comuns à maioria dos exemplares.

247 — CAMÕES (Luís de).- OS LUSIADAS. Poema epico de... Nova edição... Porto. Em Casa de A. R. da Cruz Coutinho, Editor. 1881. In-8.º peq. de CXI-I-480 págs. E.A edição, muito invulgar, além de «Os Lusíadas» contém: “Advertencia e Vida de Luiz de Camões, por A. R. da Cruz Coutinho; Elogio de Luiz de Camões, por F. Dias Gomes; Juizo ácerca dos Lusiadas,

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por Barreto Feio; Noticia da viagem de Vasco da Gama á India; Index explicativo de algumas palavras empregadas no poema; e um Diccionario dos nomes proprios que se contéem nos Lusiadas.”Bonita encadernação da época manchada pela acção da luz solar.Dedicatória manuscrita de A. R. da Cruz Coutinho.

248 — CAMÕES (Luís de).- LOS LUSÌADAS. Poema épico en diez Cantos. Traducido en verso castellano del portugués por Luis Gómez de Tapia. Nueva edición ilustrada. Barcelona. Montaner y Simón, Editores. 1913. In-8º gr. de 304-I págs. E.Dizem os editores que “LOS LUSÍADAS de Camoens son el más fuerte, el más patriótico, el más veraz y de menos artificio de todos los poemas épicos de la Edad Moderna”, editores que escolheram, para esta edição, a tradução em verso de Luis Gómez de Tapia, feita em 1580. Edição esmerada, adornada de belas gravuras impressas em folhas à parte e ainda com numerosas vinhetas disseminadas pelas páginas de texto. Rara.Encadernação editorial ilustrada, com a lombada em pergaminho.

249 — CAMÕES (Luis de).- I LUSIADI DI LUIGI CAMOENS. Traduzione di Antonio Nervi. Seconda Edizione illustrata con note di D. B. Volume unico. Napoli, Dalla Stamperia Francese. 1828. In-8.º de 351-I págs. E.Acerca desta edição diz Brito Aranha em «A Obra Monumental de Luiz de Camões»: “As notas são de David Bertoloti. Esta edição vem ser a quinta da versão de Nervi. Como não tenho presente nenhum exemplar, não posso averiguar porque o editor napolitano a indicou como segunda; porém, inclino-me á opinião dos que julgam que sendo esta copiada da de 1821, de Milão, foi por indvertencia typogra-phica, ou do editor, reproduzida essa indicação.”Encadernação da época com a lombada de pele, gravada a ouro com ferros de original composição.

250 — CAMÕES (Luís de).- OBRAS COMPLETAS DE LUIS DE CAMÕES. Correctas e emendadas pelo cuidado e diligencia de J. V. Barreto Feio e J. G. Monteiro. Hamburgo. Na Officina Typographica de Langhoff. 1834. 3 vols. In-8.º gr. de XLII-II-396-I, LXIX-II-420 e 516 págs. E.Nº 66 da «Colecção Camoniana» de José do Canto: “O tomo I contém Os Lusiadas, precedidos de um prologo, e seguidos de notas, justificativas das emendas. No prologo resumbra certa acrimonia contra o benemerito Morgado de Matteus, pelo seu apêgo em seguir á risca o texto da primeira edição de 1572, sem ter a necessaria auctoridade litteraria para poder preferir as melhores lições.“As emendas d’esta edição não foram em grande numero, nem produziram grandes alterações; mas melhoraram o texto, e a maior parte parecem justificadas.“No tomo II começam as Rimas, depois de uma bem elaborada Vida de Camões. N’ella são debatidos e elucidados com bom criterio varios pontos ou duvidosos, ou obscuros. Com o tomo III conclue a publicação das restantes poesias e prosas”.Edição executada na Alemanha, estimada e bastante rara.Encadernações contemporâneas com lombadas de pele, decoradas com bonitos ferros gravados a ouro.

251 — CAMÕES (Luis de).- OBRAS // DE // LVIS DE CAMO~ES. // PRINCEPE DOS POE-TAS // PORTUGUESES. // COM OS ARGUMENTOS DO // Lecenceado João Franco Barreto, & por elle em~e- // dadas em esta nova impressaõ, que comprehende // todas as Obras, que deste insigne Autor se achà- // raõ impressas, & manuscritas, com o Index // dos nomes proprios. // OFFERECIDAS // A D. FRANCISCO DE SOVSA // CAPITÃO DA GUARDA // DO PRIN-CEPE N. S. // POR ANTONIO CRAESBEECK D’ MELLO // Impressor da Casa Real. Anno 1669. // LISBOA. // Com as licenças necessarias // E Previlegio Real. In-8.º gr. de VIII-376-78 págs. E. no mesmo volume:

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——— RIMAS // DE // LVIS DE CAMO~ES // PRINCEPE DOS POETAS // PORTVGVESES. // PRIMEIRA, SEGVNDA, E // TERCEIRA PARTE, // NESTA NOVA IMPRESSAM // emmen-dadas, & acrescentadas, // PELLO LECENCIADO // JOAM FRANCO BARRETO // LISBOA. // Com as licenças necessarias. // Na Officina de Antonio Craesbeeck de Mello, // Impressor de Casa Real. Anno 1666. In-8.º gr. de II-368 págs.

——— RIMAS // DE // LVIS DE CAMÕES // PRINCEPE DOS POETAS // PORTVGVESES. // Segunda Parte. // Emendadas, & acrescentadas // pello Lecenceado Ioão Franco // Barreto. // LISBOA // Com as licenças necessarias // Por Antonio Craesbeeck de Mello Impressor da // Casa Real anno 1669. In-8.º gr. de IV-207-I págs.

——— TERCEIRA // PARTE // DAS RIMAS // DO PRINCEPE DOS POETAS // PORTVGVE-SES // LVIS DE CAMOENS, // TIRADAS DE VARIOS MANVSCRIPTOS // muitos da letra do mesmo Autor, // POR D. ANTONIO ALVAREZ // da Cunha // OFFERECIDAS A SOBERANA ALTEZA // DO PRINCEPE // DOM PEDRO. // Por Antonio Craesbeeck de Mello, Im- // pressor de S. ALTEZA, & à sua cu- // sta impressas. Anno 1668. In-8.º gr. de VIII-108-XXII págs. Rara e muito estimada edição, minuciosamente descrita e comentada por Brito Aranha na «Obra Mo-numental de Luis de Camões», vol I, págs. 76 a 78. Conforme diz Innocêncio. “É estimada, não só por ter sido dirigida por João Franco Barreto na parte em que o foi, mas porque serve de edição princeps no que diz respeito ás poesias conteúdas na terceira parte.”Conforme registado no Catalogue de la Bibliothéque de F. Palha [n.º 1639, págs. 195], “Le premier titre de 1669, déclare nettement que cette édition «comprehende todas as obras» dans un seul corps, et non seulement les Lusiadas (...)“Nous sommes portés à supposer que la date 1666, mise au titre de la première partie des Rimas, serait peut-être 1669, faute typographique très facile d’arriver, le chiffre des unités se trouvant renversé: il faut observer que ce chiffre est plus petit que les autres (...)”.Primeiro volume composto pelo Poema «Os Lusiadas», acompanhado do respectivo «INDEX DE TODOS OS NOMES proprios conteudos em este Poema, Recolhidos, & ordenados por Ioão Franco Barreto» que ocupa as últimas 78 páginas.Os frontispícios do primeiro e segundo volumes apresentam na sua composição uma cercadura feita com pequenas vinhetas tipográficas.Encadernação antiga em pergaminho duro. Manchas de água de pequena dimensão e intensidade em algumas das folhas, mais intensas nos cadernos E a H do segundo volume e nas últimas folhas do último.Frontispício do primeiro volume espelhado e outros pequenos defeitos marginais nas folhas preliminares; com falta das folhas A4 e A5 e com um restauro antigo na folha D7. Com um insignificante corte de traça no canto superior direito das folhas X1 a X4 do segundo volume. Riscos e manchas de tinta que atingem as folhas I7, I8, K1 e K2, da segunda parte das «Rimas», ou 3.º volume. (ver gravura na pág. 78)

252 — CAMÕES (Luís de).- OBRAS // DO GRANDE // LUIS DE CAMÕES, // PRINCIPE DOS POETAS HEROYCOS, // & Lyricos de Hespanha, // NOVAMENTE DADAS A LUZ COM OS SEUS LUSIADAS // COMMENTADOS PELO LECENCIADO // MANOEL COR-REA EXAMINADOR SINODAL // do Arcebispado de Lisboa, & Cura da Igreja de S. Sebastiaõ da Mouraria, // & natural da Cidade de Elvas, // COM OS ARGUMENTOS DO LECENCIADO // JOAM FRANCO BARRETO // E agora nesta ultima Impressaõ correcta, & accrescentada com a sua Vida escrita // Por MANOEL DE FARIA SEVERIM, // OFFERECIDA AO SENHOR // ANTONIO DE BASTO PEREYRA, // DO CONCELHO DE EL-REY NOSSO SENHOR, E DO DE SUA // Real Fazenda... // ... // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina de JOSEPH LOPES FERREYRA, Impressor da Serenissima // Raynha Nossa Senhora, & à sua custa. // M.DCC.XX. In-4.º gr. de XXX págs. prels. inums., 312 e 251 nums. e I inum. final. E.Frontispício impresso a vermelho e negro; composição a duas colunas por página.Segundo Pina Martins, “O interesse desta ed. provém não só da biogr. de Camões e dos comentários, cujo valor exegético se relaciona sobretudo com as fontes mitológicas de Os Lusíadas, mas principal-

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mente do retrato gravado. Nesse retrato vê-se o poeta de corpo inteiro, sentado, com o braço direito apoiado na cadeira e com a mão esquerda folheando as páginas de um livro.”Embora apresentando XXX págs. prels. (de texto) e não XXXII como indica José dos Santos no catálogo da Biblioteca do Conde do Ameal e Pina Martins no seu magnífico «Catálogo da Exposição Bibliográfica, Iconográfica e Medalhística de Camões» e conferido o nosso exemplar com a descrição destas páginas, cremos que este está completo, porquanto nestas XXX págs. não incluímos o retrato de Camões, o que possivelmente foi feito por estes bibliógrafos; o catálogo da «Colecção Camoniana» de José do Canto refere também e apenas XXX págs. prels.; também a minuciosa descrição de Brito Aranha nos seus estudos bibliográficos «A Obra Monumental de Luiz de Camões», regista XXX e não XXXII págs. prels.Esta edição das «Obras» de Camões, compreende, além da «Vida do Grande Luis de Camões», «Os Lusiadas» comentados por Manuel Correia e as «Rimas». Inocêncio diz que nesta edição aparecem mais sete sonetos inéditos.Edição estimada e muito rara, especialmente quando acompanhada do retrato, que o nosso exemplar apresenta.Encadernação contemporânea de pele inteira, com vestígios de traça e outros defeitos que não com-prometem a sua solidez. Embora com um restauro antigo, o frontispício apresenta um rasgão na sua margem direita que, embora tangencialmente, não ofende a mancha tipográfica. Também o retrato, que apresenta uma assinatura de posse provavelmente da época, foi restaurado no canto inferior direito. Com um corte de traça na margem superior esquerda, junto à lombada, entre as págs. 257 a 310 (tomo I). A folha 223/224 (tomo II) apresenta um rasgão que com simplicidade se restaura.

253 — CAMÕES (Luís de).- O PRIMEIRO CANTO DOS LUSIADAS em Inglez por James Edwin Hewitt. Lisboa. Imprensa Nacional. 1881. In-4.º gr. de VIII-40 págs. B.Muito cuidada edição impressa a duas cores e sobre excelente papel, publicada como «Recordação do Tricentenário de Camões».Com manchas de acidez.

254 — CAMPELO (António José Maria).- POEZIAS. [Lisboa. Typ. Universal. 1853]. In-4.º de 273-I págs. E.Publicação póstuma das poesias deste ilustre bracarense, advogado e político eminente, agraciado com altas condecorações e poeta divulgado em numerosas publicações periódicas da época.Encadernação antiga com lombada de pele.

255 — CAMPO BELO (Conde de).- HOMENS DE ATÃES. Porto. MCMLVII. [Empresa Industrial Gráfica do Porto, Limitada]. In-8.º gr. de 361-III págs. B.“(...) de entre as famílias portuenses notáveis, que mais inteiramente se votaram à obrigação cívica de velar pelo governo da cidade, avulta uma que merece atrair de modo particular a atenção dos estudio-sos de coisas dos tempos idos, por encarnar admiràvelmente o tipo perfeito de prolongada e contínua dedicação pelo Porto, visto que, pelo menos desde os fins do séc. XV até à segunda metade do séc. XVIII, todas as suas gerações desempenharam cargos na governança do município: é a dos Homens Carneiros de Vasconcelos, senhores da Quinta de Atães”. Importante estudo histórico-genealógico, ilustrado em folhas à parte. Rara separata do «Boletim Cultural» da Câmara Municipal do Porto.Dedicatória do autor.

256 — [CAMPOS (Benvenuto Antonio Caetano de)].- QUE HE O CLERO EM HUMA MO-NARCHIA CONSTITUCIONAL? Lisboa: Na Officina da Viuva de Lino da Silva Godinho. Anno de 1821. In-8.º de 177-III págs. E.A Advertencia está assinada Bemvindo A. C. C. Inocêncio regista outras obras deste autor, não referindo esta, provavelmente muito rara. Também Ernesto do Canto no «Ensaio Bibliographico» refere Obras do autor, não fazendo menção da que apresentamos.Encadernação antiga em pele inteira.

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257 — CANDIDO (Antonio).- EM AMARANTE. (Discursos). - Lisboa. 1909. In-4.º de VI-64 págs. B.Um dos discursos é comemorativo do centenário da defesa da ponte de Amarante durante a Guerra Peninsular. Edição em excelente papel e muito cuidada.Dedicatória do autor Ao Conselheiro Wenceslau de Lima.

258 — CANEDO (Fernando de Castro da Silva).- A DESCENDÊNCIA PORTUGUESA DE EL-REI D. JOÃO II. Lisboa. Edições Gama. MCMXLV-MCMXLVI. 3 vols. In-4.º E.Esta obra é, no seu género, “a mais completa que até ao presente se tem publicado e a única em que, geralmente, se citam as freguesias em que os acontecimentos se deram e por vezes até as ruas onde moravam as pessoas a quem os mesmos dizem respeito”.Trabalho de alta importância, muito justamente estimado.Encadernações em inteira de pele à cor natural, com rótulos negros gravados a ouro e ferros a seco nas lombadas e pastas. Só aparados à cabeça e com as capas da brochura preservadas. Ex-libris heráldico de José Joaquim Pereira de Lima.

259 — CANHA (Ambrósio).- CARTAS DE AMBROSIO CANHA, do lugar da Portella, a hum seu illustre compadre residente em Lisboa. Porto: Na Typ. de Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos. 1822. In-8.º de 64 págs. Desenc.Extracto de uma carta de Padre João Gonçalves Pires, compadre de Ambrosio Canha, datada de Porto 11 de Maio de 1822, acerca dos seus escritos: “(...) passei por certa loja de Livros aonde varias pessoas liaõ Diarios, (...) e logo huma alma boa me deo assento na cabeceira do banco; o que admirei muito, porque esta roupeta ecclesiastica naõ he aos olhos dos modernos a melhor carta de recomendaçaõ; (...) perguntei ao caixeiro (...) se havia alguma obra nova que merecesse a pena comprar-se? = Temos aqui huma, (...) a qual sahe periodicamente com acceitaçaõ de Liberaes e Carcundas; porque o seu Author, não offendendo o feliz systema actual, mas atacando os abusos que a todos escandalisaõ, tem sabido cativar as vontades de todos. (...)”.Invulgar opúsculo a juntar às muito interessantes e polémicas publicações geradas entre absolutistas e liberais.

260 — CARAPUCEIRO (João).- CARTA ANALYTICA DE JOÃO CARAPUCEIRO, COM-PADRE DE LISBOA, AO COMPADRE DE BELEM. Lisboa, Na Nova Impressão da Viuva Neves e Filhos. 1821. In-8.º de 16 págs. Desenc.Publicado sob pseudónimo que não conseguimos identificar, este opúsculo dá resposta ao Compa-dre de Belém, pseudónimo de Manuel Fernandes Tomás. Publicação muito invulgar, a juntar à bibliografia sobre a então muito polémica questão do regresso da Corte para Portugal e da possi-bilidade de Independência do Brasil.

261 — CARAPUCEIRO (João).- RESPOSTA DE JOÃO CARAPUCEIRO COMPADRE DE LISBOA ÁS CARTAS DO COMPADRE DE BELEM. DIRIGIDAS AO ASTRO DA LUSITA-NIA. Lisboa: Na Nova Impressão da Viuva Neves, e Filhos. Anno de 1821. In-8.º de 39-I págs. B.De autor não identificado, este opúsculo é a resposta de João Carapuceiro, compadre de Lisboa a Manuel Fernandes Tomás e às suas Cartas do compadre de Belém (...) também publicadas sob pseu-dónimo, mas registadas por Innocêncio no Vol. V, pág. 422.Com interesse para a história da polémica questão acerca do regresso da Corte para Portugal que antecedeu o processo de Independência do Brasil.

262 — CARDOSO (Aguiar).- TERRA DE SANTA MARIA. Civitas Sanctae Mariae. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1929. In-8.º gr. de 113-I págs. B.Acerca da localização territorial da Terra de Santa Maria, pois há autores “que, desde muito e ainda

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hoje, insistem em afirmar que a Terra de Santa Maria era muito mais vasta, prolongando-se aquém e além Douro, englobando por aí acima Guimarães e mesmo Braga, dizendo-se cabeça dessa vastíssima circunscrição territorial a cidade do Pôrto que era — êsses dizem — a própria civitas Sanctae Mariae”.Reduzida separata de «O Instituto».Dedicatória do autor.

263 — CARDOSO (José Francisco).- AO SERENISSIMO, PIISIMO, FELICISSIMO, PRIN-CIPE REGENTE DE PORTUGAL, D. JOÃO, Ornament. Prim., Esperança, e Estabilidade do Brasil, e Protector eximio das Letras, CANTO HEROICO SOBRE AS FAÇANH. DOS POR-TUGUEZES NA EXPEDIÇAÕ DE TRIPOLI. Em testemunho de vassalagem, profundo acata-mento, e gratidão, mui respeitosa, e humildemente D. O. C. por... Traduzido por Manoel Maria de Barbosa du Bocage. Lisboa, Na Offic. da Casa Litteraria do Arco do Cego. — Anno. M. DCCC. Por Ordem de S. A. R. In-8.º de 103 págs. E. no mesmo volume:

——— ELEGIA. Lisboa. M.DCCC. — Na Officina de Simão Thaddeo Ferreira. — Com Licença da Meza do Desembargo do Paço. In.8.º de 35 págs. Poema primitivamente publicado em Latim, sendo esta tradução feita por Bocage a primeira edição portu-guesa. Edição bilingue, com os textos dispostos em paralelo e impressa em papel avergoado azul.Borba de Moraes na sua Bibliografia Brasileira do Período Colonial, faz referência a esta edição e outras do autor, amigo de Bocage e “Professor Regio de Grammatica Latina na Cidade da Bahia, e della natural”.A «ELEGIA», encadernada no final do volume é também Obra do mesmo autor e tradutor e foi dedicada a D. Rodrigo de Sousa Coutinho. Innocêncio não regista a edição mas Borba de Moraes na Bibliographia Brasiliana regista a obra, considerando-a muito rara.Encadernação contemporânea em inteira de carneira, decorada a ouro na lombada.

264 — CAREL (Auguste).- PRÉCIS HISTORIQUE DE LA GUERRE D’ESPAGNE ET DE PORTUGAL, DE 1808 A 1814; Contenant la réfutation des ouvrages de MM. Sarrazin et Alphonse de Beauchamps, avec détails sur la bataille de Toulouse. Paris, Chez (...) [De L’Imprimerie de Madame Veuve Jeunhomme] — 1815. In-8.º de IV-241-III págs. E.Publicação bastante invulgar, com interesse para a História da Invasões Francesas na Península e da Batalha de Toulouse, onde as tropas de Soult enfrentaram a coligação militar anglo-hispano-portuguesa comandada pelo Duque de Wellington.Encadernação da época, cansada. Com um carimbo/assinatura no frontispício e uma mancha entre as páginas 12 a 16.

265 — CARLOS (D.).- CARTAS D’EL-REI D. CARLOS I A JOÃO FRANCO CASTELLO--BRANCO SEU ÚLTIMO PRESIDENTE DO CONSELHO. Livrarias Aillaud e Bertrand. 1924. In-8.º de 338 págs. B.Obra compilada por João Franco, antigo Presidente do Conselho do Governo de El-Rei D. Carlos. Publicada 15 anos após o regicídio, segundo informação recolhida num recorte de um jornal da época, “A impressão fez-se no maior segredo (...) Nos três primeiros dias, só Lisboa esgotou 10 mil exem-plares: cinco edições.” Com a reprodução facsimilada das cartas do Rei. Edição original.

266 — CARLOS DE BRAGANÇA (D.).- CATALOGO ILLUSTRADO DAS AVES DE POR-TUGAL. (Sedentarias, de arribação e accidentaes). Lisboa. Imprensa Nacional. 1903-1907. 2 vols. In-4.º gr. E.“Guardadas no recato da biblioteca reservada do Rei, a descoberta da existência dos desenhos agua-relados de Casanova e das notas manuscritas pelo Soberano, revestiu-se de tal emoção, que desde logo se traduziu no desejo de reproduzir este importante achado artístico e cultural, cujos cuidados

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na conservação tornam os seus originais inacessíveis à maioria do grande público. (...)” São palavras do director do Aquário Vasco da Gama, Oscar Santos Valente, por ocasião da edição, em 2002, deste importante documento científico, depositado naquela Instituição.Primeira edição de luxuosa e esmerada realização gráfica, impressa em papel de superior qualidade, ilustrada com 50 litografias primorosamente reproduzidas nas suas cores originais.Encadernação inteira de pele gravado a seco, com nervuras e rótulo na lombada. Conserva as capas da brochura e as margens intactas.

267 — CARNARVON (Earl of).- PORTUGAL AND GALICIA, WITH A REVIEW OF THE SOCIAL AND POLITICAL STATE OF THE BASQUE PROVINCES. London: John Murray, Albemarle street. 1848. In-8.º de XI-I-376 págs. E.“Several years have now elapsed since the narrative of my Journey through Portugal and Galicia appeared in print; (...) This narrative was originally meant to have been appended to a political treatise upon Portugal, published at a still later period; in that treatise I endeavoured to give my readers some insight into the laws of Portugal, the municipal and judicial system of that country, the tenures of pro-perty, the actual state of her trade, and the relative strenght and position of the political parties which then divided the kingdom. (...); but this narrative of my Journey through Portugal is of a lighter cast, containing some sketches of society, mixed up with personal adventures, and occasionally alluding to those peculiar habits, superstitions, and opinions upon wich the political changes of the last few years can have as yet produced no sensible impression. (...)“(...) the narrative of my Journey through Portugal and Galicia lay in a dusty drawer for more than nine years; and there it would probably have remained had not events in the North of Spain inspired me with the deepest interest and induced me to resume my pen. I then determined to combine my obser-vations on passing occurrences in the Peninsula with my old Portuguese manuscript. Stirring events indeed occurred in 1835; a struggle arose in the Basque Provinces, paralleled only by the contests of the heroic ages.”. Terceira edição.Encadernação antiga com cantos e lombada de pele, decorada com ferros a ouro, rótulos e nervuras.

268 — [CARNEIRO (Heliodoro Jacinto de Araújo)].- ALGUMAS PALAVRAS em resposta ao que certas pessoas tem ditto e avançado à cerca do Governo Portuguez, COM ALGUMAS OB-SERVAÇOES tanto a respeito DO ESTADO ACTUAL DE PORTUGAL E DA EUROPA como DA EXTRAVAGANTE E INEXPERADA CONDUCTA DO GOVERNO INGLEZ PARA COM PORTUGAL, &c. &c. &c. — Londres: Na Typographia de G. Schulze. 1831. In-8.º gr. de 80 págs. B.Este escrito foi também publicado em francês, no mesmo ano, tendo saído a segunda edição portugue-sa em 1832. Parece que Inocêncio não viu qualquer exemplar desta edição, até porque afirma que o folheto foi publicado com o nome do autor, o que neste não acontece. Raro.Encadernação da época com a lombada de pele.

269 — [CARNEIRO (Heliodoro Jacinto de Araújo)].- ALGUMAS PALAVRAS EM RESPOS-TA AO QUE CERTAS PESSOAS TEM DITTO E AVANÇADO À CERCA DO GOVERNO PORTUGUEZ, Com algumas observaçoes tanto a respeito do estado actual de Portugal e da Europa como da extravagante e inexperada conducta do Governo Inglez para com Portugal, Segunda edição corrigida e augmentada de hum appendice que contem observaçoes e factos relativos aos accontecimentos succedidos depois da primeira edição. —— Londres: Na Typo-grafia de G. Schulze, 13, Poland Street. 1832. In-8.º de 99-I págs. B.Segunda edição, conforme a primeira, publicada sem o nome do autor, o que contradiz a informa-ção de Innocêncio no vol. X do seu Dicionário. Esta edição, preferível à edição original e a primeira em português, foi acrescentada de “couzas que [o autor] julgou apropriadas aos accontecimentos, que se tem succedido depois, e interessantes a Portugal”. Ambas as edições foram proibidas em Portugal, publicadas pelo mesmo impressor em Londres, sendo que a primeira foi impressa em francês, um ano antes da segunda. Embora de tiragem provavelmente superior, a segunda edição é também bastante rara.

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270 — CARNEIRO (Heliodoro Jacinto de Araojo).- CARTAS DIRIGIDAS A S. M. EL-REY D. JOAO VI. Desde 1817. A cerca do estado de Portugal e Brazil, e outros mais documen-tos escritos. Londres: Na Impreçaô de Mess. Cox e Baylis, Great Queen Street, No. 75. [S.d. - 1821]. In-8.º peq. de IV-80 págs. B.Formado em Medicina pela Universidade de Coimbra, Heliodoro Carneiro viveu grande parte da sua vida no estrangeiro onde ocupou cargos em comissões científicas, diplomáticas ou particulares. D. Miguel agraciou-o com o título de visconde de Condeixa. Sobre o autor Innocêncio diz ainda que “Foi elle que mandou fazer a edição, que em 1826 sahiu em Paris do poema Os Burros, ou o reinado da Sandice, de José Agostinho de Macedo, o qual alterou consideravelmente (...)”.

271 — [CARNEIRO (Heliodoro Jacinto de Araújo)].- CONSPIRAÇÃO CONTRA O PRINCI-PE D. MIGUEL INFANTE DE PORTUGAL ou Introducção e Historia Secreta do Gabinete de Lisboa por Hum Leal Portuguez. Pariz. Impressão de Bethume. Rua Platina N.º 5. 1826. Tradu-ção de Janeiro de 1827 por J.P.M. [manuscrito de 58 págs. numeradas de 21x15 cm.]Cópia manuscrita de uma tradução feita a partir da edição impressa na cidade francesa de Bethume no ano de 1826, com o seguinte título «Du complot contre le prince D. Miguel enfant de Portugal...». Inocêncio refere a edição nos vols. VI, págs. 215 onde considera provável ser de Heliodoro Carneiro a autoria da obra. Acerca deste autor o mesmo bibliófilo dispersou abundantes informações no seu Dicionário, conforme facilmente se constata no respectivo índice.O exemplar que apresentamos respeita apenas à primeira parte da obra.

272 — CARNEIRO (Heliodoro Jacinto de Araújo).- PROVAS DOS TALENTOS DIPLOMA-TICOS QUE SE TEM DESENVOLVIDO NO PRIMEIRO ANNO DA REGENERAÇÃO SENDO MINISTRO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS SILVESTRE PINHEIRO FERREIRA. Lisboa: Na Impressão de João Nunes Esteves. Anno 1822. In-8.º de 40 págs. B.

273 — CARNEIRO (José Augusto).- MEMORIA GENEALOGICA E BIOGRAPHICA SOBRE MARINHOS FALCÕES. Porto. Typ. de A. F. Vasconcellos, Succ. 1904. In-4.º de 570-II págs. E.Importante e muito exaustivo estudo acerca das origens dos Marinhos de Lobera, da Galiza, linhagem que deu origem ao apelido Marinho em Portugal. Pelas inúmeras referências a Casas e Solares do Norte de Portugal, este estudo interessa também para a história de Barcelos, Braga, Caminha, Castelo de Paiva, Galiza, Guimarães, Lamego, Lousada, Marco de Canaveses, Monção, Paços de Ferreira, Ponte de Lima, Porto, S. João da Pesqueira, Viana, Vila Nova de Cerveira, etc. Edição impressa em bom e encorpado papel, de tiragem provavelmente muito limitada. Publicação ilustrada, com extra-textos impressos à parte e em folhas desdobráveis, documentada com a transcri-ção de Cartas de Brasão, de Título e de outras Mercês Régias.“Os feitos heroicos d’esses varões, prestimosos ao Estado, á Religião e á Pátria, distinguindo-se uns no campo das batalhas, e outros na litteratura, não se limitaram sómente em Portugal, estende-ram-se a muitas vastas regiões, sendo glorioso theatro de suas façanhas a Africa e a India, derramando a ultima gotta do seu sangue pelo amor e defeza da patria.”Boa encadernação inteira de pele mosqueada, com ferros a ouro e rótulos na lombada, assinada Fersil - Porto. As capas da brochura foram preservadas, estando restaurada a posterior.

274 — [CARNEIRO (Manuel Borges)].- DIALOGO SOBRE O FUTURO DESTINO DE POR-TUGAL ou Parabola VIII accrescentada ao Portugal Regenerado por D. C. N. Publícola. Lisboa: Na Imprensa Nacional. Anno 1821. In-8.º peq. de 42 págs. B.Parábola publicada sob pseudónimo, com interesse para a história da Independência do Brasil.

275 — CARQUEJA (Bento).- O FUTURO DE PORTUGAL. Questões economico-sociaes. Antiga Casa Bertrand. Lisboa. [S.d. - 1900?]. In-8.º de 353-I págs. B.O volume aborda os seguintes temas: A politica portugueza, A questão social, As finanças Portuguezas, Administração publica, O commercio, A industria, A agricultura, As colonias.Com dedicatória do autor a Wenceslau de Lima.

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276 — CARTA AO REDACTOR DO ASTRO DA LUSITANIA SOBRE OS REGULARES. Coimbra, na Real Imprensa da Universidade. 1821. In-4.º de 27-I págs. B.Carta em defesa do clero secular, assinada por Um Parocho Pobre, cujo nome desconhecemos. Rara.

277 — CARTA DO COMPADRE DE LISBOA EM RESPOSTA A OUTRA DO COMPADRE DE BELEM, ou Juizo Critico sobre a Opinião Publica, Dirigida pelo Astro da Lusitania. Lisboa: na Impressão de Alcobia. 1821. In-8.º gr. de 23-I págs. B.Carta publicada sob pseudónimo, a propósito de outras publicadas por Manuel Fernandes Tomás [pseudónimo: Compadre de Belém]. Rara.

278 — CARTA E RESPOSTA SOBRE O ODIO DOS INIMIGOS FRANCEZES E SOBRE O ORNATO DAS MULHERES, Occasionadas por hum Sermão, que se prégou na Igreja de S. Paulo da Cidade de Lisboa no primeiro de Janeiro de 1811, e publicadas por hum íntimo amigo do Prégador, Fr. José de S. Cyrillo Carneiro, Religioso da Ordem da Senhora do Carmo Calçado da Provincia de Portugal, Doutor pela Universidade de Coimbra, Censor Regio do Santo Officio, e Examinador das Tres Ordens Militares. Lisboa, Na Impressão Regia. 1811. In-8.º de 197-III págs. E.Livro muito curioso e raro, não registado por Inocêncio nem constante do livro de Martinho Augusto da Fonseca «Subsidios para um Diccionario de Pseudonymos»; Cristóvão Ayres incluiu-a no «Diccio-nario Bibliográfico da Guerra Peninsular», vol. I, pág. 194, sem indicação do nome do autor.Encadernação da época, com pequenos defeitos.

279 — CARTA ESCRITA POR L. P. A. P. A HUM SEU PATRICIO DA CIDADE DA BAHIA. [Lis-boa, Na Nova Officina de João Rodrigues Neves. Anno M. DCCC. VIII. In-8.º de 33-I págs. Desenc.Invulgar opúsculo com interesse para as bibliotecas dedicadas às Invasões Francesas.

280 — CARTAS PARA ILLUCIDAREM A CONDUCTA DO CONDE DE PALMELLA. [Paris ?]. In-8.º de IV-3-I-70 págs. B.“Não produziria ao Publico esta conrrespondencia [sic], senão fossem os acontecimentos extraordi-narios, que vêm de succeder em Portugal, e a impostora figura, que tem feito o Conde de Palmella”. [in Advertência do Autor].Edição bastante invulgar, com a transcrição de cartas datadas entre 1818 e 1820 e assinadas pelo Duque de Palmela, H. J. da Costa, Samuel Dobree e Filhos, R. da Cruz Guerreiro e por Heliodoro Jacinto de Araújo Carneiro, a quem Innocêncio dedicou extensa rubrica e onde diz que Araújo Carneiro, formado em Medicina, passou a maior parte da vida fóra de Portugal, em comissões científicas e diplomáticas. “Talvez publicaria mais alguns escriptos, não vindos até agora ao meu conhecimento. Foi elle que man-dou fazer a edição, que em 1826 sahiu em Paris do poema Os Burros ou o Reinado da Sandice (...)”.Com capa de papel pintado da época, mal cuidada.

281 — CARVALHO (A. M. Lopes de).- NOTICIA BIOGRAPHICA DE D. ANGELA TAMAG-NINI D’ABREU. Lisboa. Typ. da Empreza da Historia de Portugal. 1906. In-8.º gr. de 99-I págs. B.Com um retrato da biografada e a reprodução de um brasão de armas. Ana Tamagnini de Abreu, nascida em Itália, viveu em Tomar, onde teve lugar de grande relevância durante a ocupação francesa; deve-se-lhe também a introdução em Portugal da vacina contra a varíola, “mandando vir a respectiva substancia, que offereceu á Academia Real das Sciencias, e executou em Thomar, por suas próprias mãos, essa operação em todas as pessoas que de tão grande descoberta desejavam utilisar-se”.

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282 — CARVALHO (Alberto António de Morais).- APHORISMOS E PENSAMENTOS MO-RAES, RELIGIOSOS, POLITICOS, E PHILOSOPHICOS. Lisboa. Imprensa Nacional. 1850. In-8.º gr. de VIII-212 págs. E.O autor, natural de Vouzela, foi Comendador da Ordem de Cristo, formado em Cânones pela Uni-versidade de Coimbra, no biénio 1852-1853 foi Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, depois Governador Civil do distrito e, entre outros cargos, exerceu ainda o de Ministro dos Negócios Estran-geiros e de Justiça.Encadernação contemporânea inteira de pele com bonitos ferros a ouro na lombada.

283 — CARVALHO (Artur Humberto da Silva).- CATALOGO DAS OBRAS DO XV SECULO pertencentes á Bibliotheca Publica Municipal do Porto. Coordenado segundo a ordem alphabe-tica e seguido d’algumas notas bibliographicas pelo amanuense... Porto. Livraria Civilisação. 1897. In-4.º de 92-II págs. B.O catálogo regista e descreve o magnífico acervo incunabular de Biblioteca Municipal do Porto, que ao tempo contava já 165 raríssimas espécies.

284 — CARVALHO (Artur Humberto da Silva).- INCUNABULOS DA REAL BIBLIOTHECA PUBLICA MUNICIPAL DO PORT0. Nova edição. Porto. Imprensa Portugueza. 1904. In-4º de 142-II págs. B.O catálogo descreve mais de duas centenas de incunábulos ao tempo existentes naquela Biblioteca. Com 17 reproduções fac-similares.TIRAGEM DE 20 EXEMPLARES NUMERADOS, IMPRESSOS EM PAPEL ESPECIAL. Este com o n.º 10, pertencente ao Conselheiro Wenceslau de Lima.

285 — CARVALHO (Bernardo José de).- TRACTADO THEORICO E PRACTICO SOBRE OS TOMBOS, accomodado ao uso moderno do Foro; e modo de levantar as Plantas, ou Cartas Topograficas dos terrenos, sem maior apparato da Engenharia; com umas breves noções de Direito Emphyteutico. Coimbra, Na Real Imprensa da Universidade. 1827. In-8.º gr. de VIII-171-I págs. E.O autor, natural de Coimbra, foi vice-governador da respectiva Universidade e lente catedrático “com exercício na cadeira de Practica judicial”, foi Desembargador da Relação do Porto, além de ter exer-cido outros cargos. Inocêncio possuía apenas a primeira parte deste trabalho, que, tendo esgotado “e a obra continuasse a ser procurada”, foi reeditada em 1857.Encadernação inteira de pele, da época.

286 — CARVALHO (Custodio Rebello de).- BASES DE TODO O GOVERNO REPRESEN-TATIVO OU CONDIÇÕES ESSENCIAES PARA QUE A CARTA CONSTITUCIONAL DA MONARCHIA PORTUGUEZA SEJA HÛA REALIDADE. Londres: Impresso por Richard Taylor, Red Lion Court, Fleet Street. 1832. In-8.º de 48 págs. B.Do autor, foram por Innocêncio registados três opusculos publicados na emigração, a que em 1828 o levaram as suas convicções políticas, e muito pronunciada adhesão aos principios liberaes.”Rebello de Carvalho pertenceu ao Conselho de Sua Magestade, foi “Bacharel em Direito pela Univ. de Coimbra, Deputado ás Cortes Constituintes de 1837, e depois em varias legislaturas, n’algumas das quaes ha sido nomeado Presidente e Vice-Presidente; tendo egualmente exercido cargos de magistra-tura superior administrativa, etc.”

287 — CARVALHO (F. A. Martins de).- PORTAS E ARCOS DE COIMBRA. Coimbra. Edição da Biblioteca Municipal. 1942. In-4.º de XVIII-196 págs. B.Valiosa monografia coimbrã ilustrada nas páginas de texto e em folhas impressas à parte. Com um retrato do autor. Prefácio de José Pinto Loureiro.

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288 — CARVALHO (J. M. Teixeira de).- ARTE E ARQUEOLOGIA. Prefaciado pelo Dr. Aarão de Lacerda. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1925. In-8.º de XV-327-I págs. E.Importantes estudos do mais variado interesse, dos quais destacámos: A Música em Santa Cruz de Coimbra; O Côro do mosteiro de Santa Cruz; Habitação portuguesa; O Buçaco; Lendas de Arte; Do carácter da obra de arte; Coimbra; Coimbra no século XVII; A decoração da Sé Velha; etc, etc.Do autor disse Manoel de Sousa Pinto no prefácio a um dos seus livros: “Impedido de ser lente, resol-veu, como protesto, adoptar, pela vida fora, a atitude livre e folgazã dos estudantes.“Costumou-se, assim, a ser um escolar da história e da lenda, um estudioso alegre das figuras e dos monumentos, da cerâmica, da caricatura, e, principalmente, das velharias coimbrãs.“Porque êsse homem risonho, que nunca deixou de hostilizá-la, teve, afinal, um grande amor no cora-ção; um dêsses amores infelizes, que, recalcados mas invencíveis, formam todo um doloroso e orientador sub-consciente: a Universidade”.Esmerada encadernação com lombada e cantos de pele, só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura com alguma sujidade.

289 — CARVALHO (J. M. Teixeira de).- HOMENS DE OUTROS TEMPOS. Prefaciado pelo Dr. Ricardo Jorge. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1924. In-4.º de XI-I-237-III págs. E.Neste interessantíssimo volume o autor trata de Garcia de Orta, Pedro Nunes, João de Ruão e Francisco Guerrero. Ricardo Jorge acentua no seu prefácio que “GARCIA D’ORTA e PEDRO NUNES têm a primazia do volume. Estudos simplesmente admiráveis, como investigação e apresentação, ocupam--se dos dois melhores scientistas do grande século - na sua passagem pela Coimbra universitária”. Documentado com estampas impressas em separado.Boa encadernação com lombada de pele, gravada a ouro e com nervuras. Só aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

290 — CARVALHO (J. M. Teixeira de).- MOSTEIRO DE CELAS. Index da Fazenda. Manus-crito de Fr. Bernardo d’Assumpção, publicado pelo Dr... Imprensa da Universidade. Coimbra. 1921. In-4.º de VII-III-223-I págs. E.“Precioso repositório, da maior utilidade sob vários pontos de vista, e em especial para quem se con-sagre à história da arte portuguesa, na qual o Dr. Teixeira de Carvalho foi consumado mestre”. Volume integrado na prestimosa colecção «Subsídios para a História da Arte Portuguesa».Encadernação com a lombada de pele gravada a ouro e a seco. Só ligeiramente aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

291 — CARVALHO (J. M. Teixeira de).- O MOSTEIRO DE S. MARCOS segundo os ms. de Fr. Adriano Casimiro Pereira e Oliveira. Com introdução e notas por... prefaciado pelo Dr. Reynaldo dos Santos. Imprensa da Universidade. Coimbra. 1922. In-4.º de IV-XL-216 págs. E.O Dr. Teixeira de Carvalho escolheu e transcreveu os manuscritos de Frei Adriano Casimiro “com aque-le minucioso escrúpulo, que era uma das características do seu método (...) enriqueceu-os com uma introducão e notas, que são, não só a parte mais original do livro, mas constituem o comentário melhor informado que sôbre a história da arte do mosteiro se tem escrito.” Com estampas em folhas à parte.Encadernação com lombada de pele. Conserva as capas da brochura.

292 — CARVALHO (José Liberato Freire de).- ENSAIO HISTORICO-POLITICO SOBRE A CONSTITUIÇAÕ E GOVERNO DO REINO DE PORTUGAL; onde se mostra ser aquelle reino, desde a sua origem, uma monarquia representativa: e que o absolutismo, a superstiçaõ, e a influencia da Inglaterra saõ as causas da sua actual decadencia. Paris. Em casa de Hector Bossange. 1830. In-8.º gr. de II-IV-344 págs. E.

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O autor, cónego regrante de Santo Agostinho até 1808, influenciado pelas teses de Rousseau e Con-dorcet definiu-se como liberal radical, traduziu Condillac e foi membro da maçonaria, onde privou com Bocage. Refugiado em Inglaterra fundou o Investigador Português em Inglaterra e O Campeão Português ou o Amigo do Rei e do Povo. Regressado a Portugal em 1820 assume a defesa de uma federação liberal com a Espanha, criticando o facto de nos termos tornado uma colónia do Brasil. Deputado às constituintes, foi desterrado para Coimbra após a Vilafrancada. Com o Setembrismo foi nomeado administrador da Imprensa Nacional.Primeira e muito rara edição, publicada em Paris.Encadernação inteira em pele, da época,

293 — CARVALHO (José Liberato Freire de).- ESSAI HISTORICO-POLITIQUE SUR LA CONSTITUTION ET LE GOUVERNEMENT DU ROYAUME DE PORTUGAL ou l’on fait voir que ce royaume a été depuis son origine une monarchie représentative, et que l’absolutisme, la superstition et l’influence de l’Angleterre sont les causes de sa décadence actuelle. Traduit du portugais, avec des notes, des pièces additionnelles et des rectifications, par M. F. S. C. Paris. Charles Heideloff, Libraire. 1830. In-8.º de IV-VIII-371-I págs. E.Primeira edição em francês, publicada no mesmo ano que a primeira portuguesa e cuja tradução se deve a Francisco Solano Constâncio.Com ténues vestígios de humidade. Encadernação da época com lombada de pele.

294 — CARVALHO (José Liberato Freire de).- MEMORIAS COM O TITULO DE ANNAES, PARA A HISTORIA DO TEMPO QUE DUROU A USURPAÇÃO DE D. MIGUEL. Lisboa, Na Imprensa Nevesiana. 1841-1843. 4 vols. In-8.º de 116; 188; IV-272 e IV-346 págs. E. em 2 vols.“Eu vou fallar das cousas e dos homens que vi e conheci, por ter vivido no meio d’elles antes e durante a usurpação. Assim descreverei estas cousas taes e quaes se me tem figurado, sem a mais pequena idéa de as tornar ou mais brilhantes ou mais feias; e descreverei os homens taes quaes os tenho visto na sua publica capacidade. Por tanto, só direi a verdade, segundo ella sempre me pareceo, sem pertender ser panegyrista ou calumniador.”Conforme adverte o autor, estas Memórias, tiveram início em Londres em 1830 e foram terminadas em Lisboa em 1834.Freire de Carvalho é hoje considerado um dos mais influentes ideólogos do primeiro liberalismo portuguêsEncadernações da época com lombadas de pele. (ver gravura na pág. 88)

295 — CARVALHO (José Pinto Rebelo de).- A CARTA E AS CORTES DE 1826: Dissertaçam critico-politica, na qual esta Assembleia é julgada em presença da Constituiçam.. e se demonstra a maneira d’evitar para o futuro que os representantes da Naçam faltem a seus deveres, ou atrai-çoem novamente a Patria. Offerecida aos membros das Assembleias Eleitoraes, por... Bayonna, Na Typographia de Lamaignere. 1832. In-8.º de 55-I págs. B.O autor, bacharel em medicina pela Universidade de Coimbra e doutorado pela de Lovaina, Ex-Eleitor de Provincia pelo Distrito Paroquial da Villa de Barcos, “sua patria, a tres leguas de Lamego, na comarca de Taboaço”, segundo Innocencio nasceu em 1792, e emigrou “em razão das opiniões liberaes que professava”, entre 1828 e 1833. Faleceu “no estado da maior desgraça, na cidade de Campos, provin-cia de Rio de Janeiro”No final do folheto vem uma “Lista Geral dos Deputados da Naçam Portugueza: Anno 1826”, organi-zada segundo as províncias representadas.

296 — CARVALHO (Moraes).- DISCURSOS PARLAMENTARES. Lisboa. 1904. In-8.º gr. de 161-III págs. B.Importantes discursos políticos e financeiros e orações fúnebres. Edição esmeradamente executada, impressa em bom papel.Dedicatória do autor. Capa da brochura com pequenos defeitos.

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297 — A CASA DE BRAGANÇA. História e Polémica. Lisboa. Portugália Editora. 1940. In-8.º de 198-II págs. E.Nota dos Editores: “Reünem-se neste volume os documentos ha seis anos divulgados pela imprensa periódica, relativos à condição legal que se criou à Casa e Estado de Bragança, depois da morte de D. Manuel II.Publicando-se aqui integralmente, a nossa determinação corresponderá ao interesse verdadeiro de todos os Portugueses cultos, sejam monárquicos, republicanos ou simples estudiosos da história política nacional.”Boa encadernação com lombada e cantos de pele. Só ligeiramente aparado e com as capas da brochura preservadas.

298 — CASTANHEDA (Lopes de).- HISTORIA DO DESCOBRIMENTO E CONQUISTA DA INDIA PELOS PORTUGUESES. (1552-1561). Thirty-one chapters of the lost “Livro IX” re-discovered and now published for the first time by C. Wessels S.J. The Hague. Martinus Nijhoff. 1929. In-4.º de XII-76 págs. B.Muito esmerada edição em língua portuguesa, acompanhada de dois facsímiles do manuscrito de Castanheda.

299 — CASTELO BRANCO (A. B. F. A.).- BREVES REFLEXÕES PARA SERVIREM DE DISCURSO COMPROBATORIO E JUSTIFICATIVO DO PLANO DE REFÓRMA DA COM-PANHIA APPRESENTADO À COMMISSÃO INFORMANTE D’AGRICULTURA. Com um Projecto Addicional. Coimbra, Na Imprensa da Universidade. 1821. In-8.º de 23-I págs. B.Documento com particular interesse para a história da Companhia da Agricultura dos Vinhos do Alto Douro, fundada em 1756 pelo Marquês de Pombal. Muito invulgar.

300 — CASTELO BRANCO (Camilo).- COUSAS LEVES E PESADAS. Porto. Em Casa de Luiz José d’Oliveira - Editor. 1867. [Typographia de A. J. da Silva Teixeira]. In-8.º gr. de 235-I págs. B.Primeira edição colectiva dos escritos reunidos no volume, anteriormente saídos em várias publica-ções e agora coligidos em edição da «Biblioteca do Carroção». Além do prefácio do autor esta interessante miscelânea reúne os seguintes textos: «Dous corações guisados», «Estudantes portuguezes em Salamanca (1640)», «O primeiro baile de máscaras em Por-tugal», «Portugal há quatrocentos annos», «Saudade», «Folhetim científico», «Hidroterapia», «O académico ambicioso», «Uma glória nacional», «Almeida Garrett», «Um parente de cincoenta e três monarcas», «Goethe aos escritores», «Hospitais do Porto», «José Droz» e «Dezassete anos depois».Publicação bastante rara.Desconjuntado e com vestígios de humidade.

301 — CASTELO BRANCO (Camilo).- SEROENS DE S. MIGUEL DE SEIDE. Chronica Mensal de Litteratura Amena. Novellas, Polemica mansa, critica suave dos máos livros e dos máos costumes. Porto. Livraria Civilisação de Eduardo da Costa Santos - Editor. 1885. 6 tomos. In-8.º peq. B.É a primeira edição desta interessante obra do grande romancista, publicada em seis pequenos tomos. Colecção completa.

302 — CASTELO BRANCO (Camilo).- O VINHO DO PORTO. Processo de uma bestialidade ingleza. Exposição a Thomaz Ribeiro por... Porto - Livraria Civilização de Eduardo da Costa Santos - Editor. 1884. In-8.º gr. de 87-I págs. E.Livro dedicado pelo autor a Tomás Ribeiro: “Como sei que o teu amor às pérfidas tretas e ma-

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nhas de Inglaterra não é dos mais acrisolados, venho oferecer ao teu sorriso um SPECIMEN de bestialidade inglesa.” Alexandre Cabral: “A edição de O Vinho do Porto provocou uma querela entre Abel Botelho (assinava-se então Abel Acácio) e Fialho de Almeida, com o pseudónimo «Valentim Demónio»”.Primeira edição, de muito apurada execução gráfica.Encadernação antiga, com a lombada de pele. Aparado só à cabeça e com as capas da brochura pre-servadas. Com um carimbo de posse Angelo Loureiro no frontispício. Vestígios de acidez próprios da qualidade do papel utilizado.

303 — CASTELO BRANCO (Camilo) & PLÁCIDO (Ana).- CARTAS INÉDITAS DE CAMI-LO E DE D. ANA PLÁCIDO. 1º Milhar. Livraria Popular de Francisco Franco. Lisboa. [1933]. In-8.º de 157-VII págs. B.Volume organizado pelo Visconde do Marco, onde foram publicadas pela primeira vez 70 cartas de Camilo a diversos destinatários, 24 de Ana Plácido, 1 de Manuel Pinheiro Alves, primeiro marido de Ana Plácido e ainda uma carta de Alexandre Herculano. No final do volume, em «Apêndice», foram publicadas algumas cartas escritas a Camilo Castelo Branco. Ilustrado com a reprodução de uma fotografia de Camilo pelo fotógrafo portuense Horacio Aranha.

304 — CASTELO BRANCO (Camilo) & SARMENTO (Francisco Martins).- OBOLO ÁS CREANÇAS. Collaborado por Joaquim Ferreira Moutinho. [Porto. Tipografias diversas. 1887]. In-4.º de XX-LXXXV-IV-174-IV págs. E.Edição luxuosa e nítida, com algumas páginas decoradas com tarjas impressas a cores. O volume foi composto e impresso por algumas das melhores casas tipográficas do Porto. Ostenta, impressos em separado, os retratos de Camilo e de Martins Sarmento.Encadernação com lombada de pele vermelha, singelamente decorada com ferros dourados. Está só aparado à cabeça e preserva as capas da brochura.

305 — CASTELLO-BRANCO (João Maria Soares de).- ORAÇÃO CONGRATULATORIA PRONUNCIADA NA FESTIVIDADE, QUE FIZERÃO O PRESIDENTE, CONEGOS, E BE-NEFICIADOS DA BASILICA DE SANTA MARIA NO DIA 24 DE SETEMBRO EM ACÇÃO DE GRAÇAS AO ALTISSIMO PELA FELIZ RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL, (...) Lisboa, Na Impressão Regia. Anno 1808.In-8.º de VIII-67-I págs. Desenc.Acerca do autor, Cónego da Basílica de Santa Maria Maior de Lisboa, deputado às Côrtes consti-tuintes de 1821, “onde se distinguiu pela facundia dos seus discursos, e pela energia com que advogou e defendeu as doutrinas liberaes”, Innocêncio dá úteis indicações bibliográficas, dizendo acerca desta publicação que “Á vista da desmesurada extensão d’este discurso, podemos egualmente maravilhar--nos de que houvesse orador com força de pulmões sufficiente para leval-o ao fim, e ouvintes dotados de paciencia e resignação bastantes para escutal-o!”.

306 — [CASTELO BRANCO (José Barbosa Canaes de Figueiredo)].- COLLECÇÃO DE AR-VORES DE COSTADO. Caderno I. Lisboa. Typ. da Academia das Sciencias. 1855. In-4.º gr. de 32 págs. E.Único caderno publicado. Muito raro.Boa encadernação inteira de pele. Conserva as capas da brochura.

307 — CASTILHO (António Feliciano de).- FELICIDADE PELA AGRICULTURA. Por... Ponta Delgada. Typ. da Rua das Artes 68. 1849. In-8.º de 246-II págs. E.“Reuni para este Livrinho algumas das minhas utopias, já publicadas em um pequeno, mas bonissimo periodico mensal provinciano, O Agricultor Michaelense, a fim de que o outomno, que tão cedo vem

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ás folhas periodicas, não destruisse com ellas os meus pensamentos d’amor dos homens. A esses artigos alguns outros, ainda que poucos, ajunctei de identica natureza.”Primeira edição, impressa em Ponta Delgada, de muito invulgar aparecimento.Valorizado com dedicatória do autor.

308 — CASTILHO (António Feliciano de).- METODO CASTILHO PARA O ENSINO RAPIDO E APRASIVEL DO LER IMPRESSO, MANUSCRITO, E NUMERAÇÃO E DO ESCREVER. Obra tão propria para as Escólas como para uso das Familias. — Segunda Edição. Inteiramente refundida, aumentada, e ornada de um grande numero de vinhetas. Lisboa. Imprensa Nacional. M DCCC LIII. In-8.º de LIX-I-319-I págs. E.De grande importância para a História da alfabetização em Portugal durante o século XIX.Obra muito ilustrada nas páginas do texto, com um curioso mapa desdobrável, de grandes dimensões, mostrando o alfabeto latino com as letras desenhadas segundo o sistema de memorização apresentado.Muito curioso e revolucionário Método, sendo bastante raros os exemplares de qualquer das suas edições.Com dedicatória do autor. Encadernação em cartão revestido de papel azul, com alguns defeitos junto à lombada.

309 — CASTILHO (António Feliciano de).- TRATADO DE MNEMONICA ou Methodo facili-mo para decorar muito em pouco tempo. Lisboa. Imprensa Nacional. 1851. In-8.º de XIX-I-220 págs. E.É a primeira e rara edição deste curioso e inovador método de memorização, utilizado durante o século XIX com a intenção de facilitar e promover o alargamento da instrução ao maior número possível da população.Encadernação da época em cartão revestido de papel de côr.

310 — [CASTILHO (António Feliciano de) (Trad.) — MERCIER].- CARTA DE HELOIZA A ABEILLARD; Traduzida do francez de Mr. Mercier. Lisboa: Na Typografia Lacerdina. 1820. In-8.º de 23-I págs. B.Primeira e muito invulgar edição desta tradução de Castilho.

311 — [CASTILHO (António Feliciano de) (Trad.)] — OVÍDIO.- OS FASTOS DE PUBLIO OVIDIO NASÃO. Com Traducção em verso portuguez por Antonio Feliciano de Castilho, seguidos de copiosas annotações por quasi todos os escriptores portuguezes contemporaneos. Lisboa. Por ordem e na Imprensa da Academia Real das Sciencias. MDCCCLXII. 3 tomos em 6 vols. In-4.º gr. E.Muito estimada tradução de António Feliciano de Castilho. Com um vasto e muito bem organizado «Indice Alphabetico do contido na traducção dos Poemas dos Fastos e nas respectivas Notas». Muito invulgar.Bonitas encadernações com lombadas de pele decoradas a ouro e com nervuras.

312 — CASTILHO (Júlio de).- LISBOA ANTIGA. Bairros Orientais. 2ª edição. Revista e amplia-da pelo autor e com anotações do Engº Augusto Vieira da Silva. Lisboa. S. Industriais da C. M. L. 1934-1938. 12 vols. In-8.º gr. B.Trabalho “de fundamental interêsse para o estudo da cidade velha, — e que é não só a obra dum arqueólogo e dum erudito, profundo conhecedor de bibliotecas e arquivos, mas também a dum artista, sensível como poucos ao espírito do tempo que passou, dum poeta que em cada pedra antiga encontra motivos permanentes de evocação e beleza, — livro dum lisboeta puro para todos os lisboetas que amam sinceramente Lisboa no seu passado de grandezas, na sua tradição de pitoresco, na sua legenda de piedade e de fé”.Boa edição da Câmara Municipal de Lisboa, enriquecida com um avultado número de gravuras estam-padas nas páginas de texto e em separado.

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313 — CASTRO (André Meyrelles de Tavora do Canto e).- O MARQUEZ DE SÁ DA BAN-DEIRA. BIOGRAPHIA FIEL E MINUCIOSA DO ILLUSTRE FINADO redigida sobre Do-cumentos Officiaes e Parlamentares com o auxilio de valiosos apontamentos prestados por elle mesmo em 1873 e de outras informações fidedignas por... Lisboa. Empreza Editora, Carvalho & C.ª. Director, Castilho e Mello. [Imprensa nacional - 1876]. In-8.º gr. de 93-III págs. B.Edição ilustrada com um retrato do homenageado, figura de primeiro relêvo do tempo da Monarquia Constitucional.

314 — CASTRO (Augusto Mendes Simões de).- GUIA HISTORICO DO VIAJANTE EM COIMBRA E ARREDORES. Condeixa, Lorvão, Mealhada, Luso, Bussaco, Monte-Mor-o--Velho e Figueira. Coimbra. Imprensa da Universidade. [MDCCCLXVII]. In-8.º de VI-327-I págs. B.Um dos primeiros e bem desenvolvidos trabalhos que Coimbra, neste género, lhe viu consagrados, com a acrescida importância de apresentar um interessante conjunto de cinco gravuras impressas em folhas à parte. Invulgar.Com um pequeno rasgão no topo do volume que afecta a capa da brochura e as três primeiras folhas.

315 — CASTRO (Bernardes José de Abrantes e).- CARTA DO CONSELHEIRO ABRANTES, a Sir William A’Court, sobre a Regencia de Portugal, e a authoridade do Senhor Dom Pedro IVº como Rey de Portugal, e como pai da Senhora D. Maria IIª. — Londres: Impresso por Thomp-son e Gill. 1827. In-8º de 40 págs. Desenc.Opúsculo bastante invulgar, com interesse para a questão da Regência de Portugal e da autoridade de D. Pedro IV, como Rei de Portugal e Pai de D. Maria II.

316 — CASTRO (Bernardes José de Abrantes e).- MEMORIA SOBRE A CONDUCTA DO DR. BERNARDO JOZE D’ABRANTES E CASTRO, DESDE A RETIRADA DE SUA ALTEZA REAL O PRINCIPE REGENTE NOSSO SENHOR PARA A AMERICA. Londres: H. Bryer, Impressor, Bridge-Street. Blackfriars. 1810. In-8.º gr. de IV-364 págs. E.Médico, diplomata e jornalista, Abrantes e Castro, formado em Medicina na Universidade de Coimbra, foi médico da Real Câmara e Físico-mor do reino.Iniciado em 1793 na loja de Coimbra, foi acusado de jacobino e maçon e detido pela Inquisição em 1809. Exilado em Inglaterra, fundou, juntamente com José Liberato e Vicente Nolasco Pereira da Cunha, o Investigador Portuguez em Inglaterra.Obra publicada no seu primeiro ano de exílio, “com interessantes revelações sobre a Maçonaria portu-guesa do tempo”. Com dois mapas em folha de grandes dimensões, desdobráveis, intitulados: Mapa dos diversos generos que se gastárão no Hospital Militar da Praça de Lagos desde Outubro de 1803 até Ju-nho de 1806, preços porque forão carregados á Real Fazenda e preços correntes na dita Praça determi-nados pela Camara; Despeza mensal dos Hospitais Militares antes da reforma, que neles fiz, comparada com o que fizerão em 1807, primeiro depois da reforma, e diferença que houve a favor de Real Fazenda.Ernesto de Canto, no «Ensaio Bibliographico» refere do autor a «Carta do Conselheiro Abrantes a Sir W. A’Court, sobre a regencia de Portugal...», omitindo esta importante Memória.Cartonagem desconjuntada. Vestígios de acidez, própria da qualidade do papel utilizado.(ver gravura na pág. 93)

317 — [CASTRO (Bernardo José de Abrantes de) (Trad.)] — GOLDSMITH (Lewis).- HISTO-RIA SECRETA DO GABINETE DE NAPOLEÃO BONAPARTE. Traduzida em portuguez por ** Londres: M. Breyer, Impressor, Bridge Street, Blackfriars. 1811. In-8.º gr. de XVI-430 págs. E.O tradutor desta obra foi Bernardo José de Abrantes de Castro, natural da Guarda; esteve nos cárceres da Inquisição sob a acusação de jacobino e maçon, tendo sido posteriormente obrigado a residir no

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Algarve, para onde foi conduzido sob custódia; foi depois para Londres e ali fundou o jornal político--literário «O Investigador Portuguez», onde colaborou abundantemente. Muito invulgar.Encadernação da época em carneira. Com uma mancha de humidade junto à lombada que ofende as primeiras folhas, sem prejuízo da mancha tipográfica.

318 — CASTRO (Eugénio de).- HORAS. Coimbra. Livraria Portugueza e Estrangeira. 1891. In-4.º de VI-49-III págs. E.Foi com «Oaristos» e «Horas» que Eugénio de Castro introduziu o simbolismo em Portugal, obras que “provocaram escândalo literário” e cuja “discussão contribuiu para a difusão da nova estética”, segundo palavras de Urbano Tavares Rodrigues.Exemplar da edição original, que constou de 307 numerados, impressos em papel de excelente quali-dade. Valioso e muito estimado.Encadernação cartonada, dos editores. Com as margens integrais e valorizado com dedicatória do Poeta a Wenceslau de Lima. (ver gravura na pág. 95)

319 — CASTRO (Eugénio de).- OS MEUS VASCONCELOS. Coimbra Editora, Ldª. 1933. In-8.º gr. de 186 págs. E.Muito estimado trabalho de investigação genealógica, ilustrado com numerosos retratos e outras gra-vuras impressas em folhas destacadas do texto.Restrita edição, feita em separata da revista «Biblos».Encadernação com a lombada e cantos de pele, com ferros gravados a seco, nervuras e rótulo. Só aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.

320 — CASTRO (Eugénio de).- OARISTOS. Coimbra. Livraria Portugueza e Estrangeira. 1890. In-4.º de VIII-51-I págs. B.Diz J. do Prado Coelho: “(...) em 1890, Eugénio de Castro arvorava-se em corifeu do Simbolismo português: não só dava a lume a primeira colectânea de poemas ostensivamente simbolistas, Oaristos, mas ainda a fazia preceder dum prefácio que é o único texto programático do nosso Simbolismo, e como tal de reconhecida importância histórico-literária”.É a primeira edição deste importante livro, exaustivamente estudado por Hernani Cidade em “Ten-dências do Lirismo Contemporâneo. Do Oaristos às Encruzilhadas de Deus”. Tiragem total limitada a 300 exemplares numerados.Exemplar personalizado com dedicatória do autor a Wenceslau de Lima. (ver gravura na pág. 95)

321 — CASTRO (Eugénio de).- POESIAS ESCOLHIDAS. (1889-1900). Paris. Livraria Aillaud & Ciª. Paris - Lisboa. 1902. In-8.º de XXX-231 págs. B.Nas páginas preliminares vem um prefácio assinado por Manuel da Silva Gaio. Edição muito estimada, impressa sobre papel couché e ilustrada com um retrato do autor.Desconjuntado e com defeitos na capa da brochura. Valorizado com dedicatória do Poeta a Wenceslau de Lima.

322 — CASTRO (Gabriel Pereira de).- ULYSSEA, // OU // LISBOA // EDIFICADA. // PO-EMA HEROICO, // COMPOSTO PELO INSIGNE DOUTOR // GABRIEL PEREIRA // DE CASTRO, // ... // LISBOA. // Na Officina de MIGUEL RODRIGUES... // ... // M.DCC.XLV. In-8.º peq. de XLII-413-I págs. ETerceira edição, preferível à anterior por restituir o formato original à Obra publicada em 1636, entretanto muito adulterada na segunda edição, dada à luz da imprensa sem lugar, impressor ou data de publicação.Encadernação da época, em pele, um pouco danificada. Com alguns pouco significativos vestígios de traça nas últimas folhas.

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323 — CASTRO (Gabriel Pereira de).- ULYSSEA, OU LISBOA EDIFICADA. Poema heroico composto pelo insigne Doutor. Lisboa: Na Impressão Regia. 1827. In-12.º de II-419-I págs. E.Obra clássica da bibliografia olisiponense, numa cuidada e invulgar edição de muito pequeno formato.As primeira folhas reproduzem o «Discurso Poetico de Manoel de Galhegos».Encadernação da época de pele inteira, com título e bonitos ferros gravados a ouro na lombada, pastas e seixas. Com o corte das folhas lavrado e dourado.

324 — CASTRO (José Avelino de).- ORAÇAÕ que, no Faustissimo Dia 26 de Outubro de 1828, Anniversario de Sua Magestade O SENHOR D. MIGUEL PRIMEIRO, recitou, na Academia Real da Marinha e Commercio da Cidade do Porto, José Avelino de Castro Lente Cathedratico... da mesma Academia, e Socio Correspondente da Academia Real das Sciencias de Lisboa. Mandada publicar pela Illmª Junta da Administraçaõ da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, Inspectora da referida Real Academia da Cidade do Porto. Porto, 1829: Na Typ. de Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos. In-8.º gr. de 36 págs. Desenc.Interessante e invulgar espécie bibliográfica a juntar às colecções miguelistas.

325 — [CASTRO (José da Gama e)].- O NOVO PRÍNCIPE OU O ESPÍRITO DOS GOVER-NOS MONÁRCHICOS. Segunda edição, Revista e consideravelmente augmentada pelo Autor. Rio de Janeiro. Typ. Imp. e Const. de J. Villeneuve e Comp. 1841. In-8.º de 404 págs. E.Obra publicada sob anonimato, muito invulgar. Acerca da obra afirma Inocêncio: “Diz-se que a pri-meira edição, constando de menor numero de capitulos, se publicára em Lisboa. Nem a vi, nem d’ella pude achar até agora noticias mais precisas”. Brito Aranha, na continuação ao Dicionário de Inocêncio, volume XII, traz uma muito circunstanciada notícia acerca da vida de Gama e Castro.MUITO CURIOSO EXEMPLAR PELAS ANOTAÇÕES DA ÉPOCA MANUSCRITAS NA CAPA DA BROCHURA E NO FRONTISPÍCIO, QUE FAZEM SUPOR TRATAR-SE DE EDIÇÃO POR-TUGUESA PUBLICADA EM COIMBRA, SEM LICENÇA DO AUTOR. — Na capa da brochura e junto ao local de impressão (Rio de Janeiro), o exemplar apresenta manuscrito “Coimbra. Edição furtiva” (supostamento o seu real local de impressão).No frontispício e também manuscrito ficou identificada a autoria da obra como sendo de José da Gama e Castro, “Bacharel em Filosofia e Medicina, filho do Mordomo de D. Francisco de Lemos. Na Filosofia era Doutor”. Ainda no frontispício vêm manuscritas as seguintes notas: “Edição furtiva, e sem licença do Autor.”; ao local de impressão (Rio de Janeiro) é aposto “Aliás Coimbra”, junto e por cima do registo tipográ-fico “De Pedro do Rozario Ribeiro”.Capa da brochura da frente imperfeita e falta da capa posterior. (ver gravura na pág. 97)

326 — CASTRO (José Ferreira Borges de).- COLLECÇÃO DOS TRATADOS, CONVENÇÕES, CONTRATOS E ACTOS PÚBLICOS CELEBRADOS ENTRE A COROA DE PORTUGAL E AS MAIS POTÊNCIAS DESDE 1640 ATÉ AO PRESENTE, compilados, coordenados e annota-dos por José Ferreira Borges de Castro. Lisboa. Imprensa Nacional. 1856-1858. 8 vols. In-8.º gr. E.Obra fundamental para o estudo da diplomacia e história portuguesas, transcrevendo vasta documen-tação que na sua maior parte aqui aparece pela primeira vez reunida.Este é o conjunto dos volumes divulgados por Borges de Castro, tendo sido posteriormente publicados os volumes de suplementos de que se ocupou Júlio Firmino Judice Biker. Invulgar e muito importante.Encadernações da época cansadas, em particular a do primeiro volume a que falta parte da lombada.

327 — CASTRO (Manuel Tomás de Sousa Morim Pimenta de).- DOM LUÍS ANTÓNIO DE SOUSA E A SUA DESCENDÊNCIA. Prefácio e Notas de José Rosa de Araújo. Viana do Castelo. MCMLI. [Empresa de Publicidade do Norte. Porto]. In-8.º gr. de 117-III págs. B.execução gráfica e ilustrada com muitas estampas coladas nas páginas de texto, teve uma limitada tira-gem de 500 exemplares numerados. “Além de vir rectificar todas as obras genealógicas publicadas até o presente, no que se refere à descendência de Dom Luís António de Sousa (filho do 2º Marquês das Minas e 4º Conde do Prado), revela-nos interessantes episódios históricos passados no Alto-Minho por ocasião das Invasões Francesas”.

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328 — CASTRO - [ALVELLOS] (Miguel de Mello e).- PEDRAS-DE-ARMAS DE TOMAR. Edição de Álvaro Pinto. Lisboa. [1955]. In-4.º de 140-II págs. B.Interessante trabalho de investigação heráldica, enriquecido com 40 desenhos do autor disseminados pelas páginas do texto. Edição limitada.

329 — CASTRO (Oliveira).- A CURA DE CALDELLAS. Braga. Typ. de J. M. de Souza Cruz. 1899. In-8.º gr. de 52 págs. B.Tem no fim o testemunho de doentes beneficiados com o tratamento destas conhecidas águas termais. Ilustrado com a reprodução de uma fotografia do «Grande Hotel da Bella Vista — Caldellas».

330 — CATALOGO DA BIBLIOTHECA PUBLICA MUNICIPAL DO PORTO. Indice Prepa-ratorio do Catalogo dos Manuscriptos. Com repertorio alphabetico dos auctores, assumptos e principaes topicos n’elles contidos. 3º fasciculo — Mss. Nobiliarios. Porto. Imprensa Civili-sação. 1888. In-8.º gr. de VIII-174 págs. E.Este invulgar catálogo respeita aos «Nobiliarios Heraldicos e Genealogicos» conservados na Biblio-teca do Porto.Dedicatória autógrafa do “Compilador”, cujo nome não consta do volume. Encadernação com a lom-bada em pele. Capas da brochura conservadas.

331 — CATÁLOGO DAS JÓIAS E PRATAS DA COROA. [Palácio Nacional da Ajuda]. 1954. [Litografia Nacional. Porto]. In-4.º de 38 págs. de texto e 100 estampas. E.Catálogo magnífico, reproduzindo 100 das valiosas jóias da Corôa, três das quais aparecem reproduzidas a cores e de cujo conjunto fazem parte preciosas pratas douradas dos séculos XV a XVII. Prefácio de Reynaldo dos Santos e Introdução de José Rosas Júnior.Boa encadernação com lombada e cantos de pele. Aparado só à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

332 — CAUSA DE NULIDADE DE MATRIMÓNIO ENTRE A RAINHA DONA MARIA FRANCISCA ISABEL DE SABOYA E O REI D. AFONSO VI. Reedição aumenta-da de muitos depoimentos e pareceres ineditos conforme um manuscrito da Torre do Tombo. Revista e prefaciada por António Baião. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1925. In-8.º de XXIV-242 págs. B.“O caso patológico de D. Afonso VI é, na sua simplicidade, o de um infeliz, não dotado virilmente pela Natureza, que faz a infelicidade duma senhora. Mas a sua situação proeminente complicou o caso, avolumou-o e daí a celeuma levantada em tôrno dêste tálamo conjugal”. Inocêncio, em 1858, publicou uma das cópias deste processo, mas a que serviu para esta publicação “contém muitos depoimentos inéditos de personagens da mais alta categoria, bem como pareceres, e é, em todo o texto, incontestavelmente mais correcta”.No prefácio de António Baião encontram-se referências a Camilo Castelo Branco.

333 — CAUSA SOBRE NULLIDADE DE MATRIMONIO entre Partes, de uma, como autora, A serenissima rainha D. Maria Francisca Isabel de Saboya, Nossa Senhora, e da outra o procu-rador da Justiça Ecclesiastica, em falta de procurador de Sua Magestade El-Rei D. Affonso VI, Nosso Senhor. Lisboa: Na Fenix. 1843. In-8.º gr. de VI-136 págs. E.Início do texto preliminar: “A revolução de 1667 que tirou ao sr. rei D. Affonso VI a corôa e a mulher para tudo entregar a seu irmão o principe D. Pedro (ao depois rei, segundo daquelle nome,) é um facto pasmoso e ainda mal averiguado Pasmoso pela facilidade com que se dethronou um rei, e perseguiu um famoso ministro que tão felismente dirigia a guerra contra Castela; e porque se verificou, mesmo

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quando um exercito bem disciplinado e valente estava ganhando as mais assignaladas batalhas que jamais alcançáram as armas portuguesas sobre as de Castella. E mal averiguado porque a favor do vencido poucos levantaram a voz, e porque os documentos historicos donde uma edade imparcial poderia dedusir alguma luz sam ineditos e rarissimos. Entre estes documentos é muito importante o processo que contra o rei moveu sua propria mulher D. Maria Francisca Isabel de Saboya, francesa princesa de Nemours, para annular o matrimonio que haviam contrahido, pelo fundamento de que o rei era impotente para consummal-o. (...)”É a primeira das três edições registadas por Inocêncio, que sobre esta célebre obra diz o seguinte: “Parece que a curiosidade que despertou a publicação de tal documento, sem duvida de grande valia para a historia da epocha a que se refere, e até então de poucos conhecido, promoveu a venda dos exemplares de modo que a edição se exhauriu em pouco tempo. Ao menos assim se disse; e o facto é, que poucos tenho encontrado no mercado, e os que apparecem acham logo comprador.”Encadernação com lombada de pele.

334 — [CAVROÉ (Pedro Alexandre)].- RESPOSTA Á CARTA DO REVERENDO SENHOR JOSÉ AGOSTINHO DE MACEDO, Publicada na Segunda Feira da Semana Santa 16 de Abril de 1821. Lisboa, Na Imprensa Nacional. Anno 1821. In-8.º peq. de 15-I págs. B.Publicado sem o nome do autor, este opúsculo, de resposta ao texto de Agostinho de Macedo Exorcis-mos contra periodicos e outros maleficios foi por Innocêncio atribuído a Pedro A. Cavroé, incansavel cultor das artes mechanicas e muito affeiçoado ás bellas-letras e poesia (...) Tendo-se mostrado desde 1820 fervoroso sequaz e apologista das doutrinas liberaes, viu-se obrigado a emigrar em 1828, e pas-sou de Lisboa para o Rio de Janeiro, sendo ahi bem acolhido pelo imperador (...) Regressado do Brasil foi nomeado Demonstrador do Conservatorio de artes o officios (...).

335 — CAVROÉ (Pedro Alexandre).- RESPOSTA AO PAPEL INTITULADO EXORCISMOS CONTRA PERIODICOS, E OUTROS MALIFICIOS COM O RESPONSO DE SANTO ANTO-NIO CONTRA A DESCUBERTA DA MALIGNIDADE DOS ALEIJÕES SOLAPADOS. (...) Lisboa, Na Imprensa Nacional. Anno 1821. In-8.º de 16 págs. Desenc.Opúsculo de resposta ao polémico e célebre texto do Padre Agostinho de Macedo. Este opúsculo ori-ginou contra-resposta por parte de Agostinho de Macedo através da Carta primeira ao sr. P. A. Cavroé que por sua vez retorquiu com novo texto impresso, intitulado Resposta á Carta do reverendo sr. José Agostinho de Macedo, publicada na segunda feira da semana sancta, 16 de Abril de 1821.

336 — CENTENÁRIO DA PONTE PÊNSIL. Exposição comemorativa inaugurada no dia 17 de Fevereiro de 1943. Palestras e Catálogo. Publicações da Câmara Municipal do Porto. [Porto. S.d.]. In-4.º de X-II-63-I págs. e X estampas. B. Palestras de António Cruz, Pedro Vitorino e Magalhães Basto. Ilustrado em folhas à parte. Na palestra de Magalhães Basto vêm transcritas quatro interessantíssimas cartas de Camilo. XII volume dos «Docu-mentos e Memórias para a História do Porto»

337 — CENTENÁRIOS DE CEUTA E DE AFONSO DE ALBUQUERQUE. Academia das Sciências de Lisboa. [Coimbra]. 1916. In-4.º de 89-I págs. B.Sessão solene da Academia das Ciências de Lisboa, durante o IV Centenário da Morte de Afonso de Albuquerque. Colaboração de H. Lopes de Mendonça, António Baião, Braamcamp Freire, João de Almeida Lima e Baltazar Osório.

338 — CERIMÓNIAS (António José).- AZULEJOS DA EGREJA DA MISERICORDIA DE CHAVES. (Sua tradução e explicação). [Dresden. 1927?]. In-8.º oblongo de 39-I págs. B.Pequena monografia ilustrada, com um prefácio assinado por Manuel d’Aguiar Barreiros. Com a reprodu-ção fotográfica da fachada da Igreja e do Hospital da Misericórdia de Chaves colada na capa da brochura.

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339 — CEVALHOS (Pedro de).- EXPOSIÇÃO DOS FACTOS, E MAQUINAÇÕES, COM QUE SE PREPAROU A USURPAÇÃO DA COROA DE HESPANHA, e dos meios que o Im-perador dos Francezes tem posto em pratica para realiza-la. Escrita em Hespanhol por D. Pedro Cevallos, (...) Traduzida em Portuguez, E publicada para desengano da Nação, e conhecimento da detestavel Protecção Franceza. Lisboa, Na Nova Officina de João Rodrigues Neves. Anno M. DCCC.VIII. In-8.º de 103-I págs. B.Obra registada na «Bibliographia Brasiliana» de Borba de Moraes com o seguinte comentário: “Rele-vant documents are printed at the end of the book. The Portuguese government ordered it to be trans-lated and distributed widely, and several reprints appeared in the same year in Lisbon. It was reprinted once by the Impressão Regia in Rio de Janeiro.”Segundo suspeita Innocêncio, foi traduzida ou editada por Fr. Manuel de S. Joaquim Maia na edição de Lisboa, Imprensa Régia, esclarecendo o mesmo bibliógrafo que a edição que agora apresentamos, publicada na Oficina de João Rodrigues Neves, teve outra tradução.

340 — CHAGAS (João).- CARTAS POLITICAS. Lisboa. MCMVIII-MCMX. 5 séries ou volu-mes. In-8.º gr. de 320, 319-I, 320, 320 e 240 págs. B.Colecção das 95 cartas publicadas, cartas datadas entre 1 de Dezembro de 1908 e 20 de Junho de 1910, fundamentais, portanto, para os tempos que antecederam de pouco tempo a Implantação da República.Capa da brochura do primeiro fascículo com sujidade e com um pequeno rasgão na contracapa do último.

341 — CHAGAS (João).- DIÁRIO DE JOÃO CHAGAS. 1914-1921. Parceria Antonio Maria Pereira. Lisboa. 1929-1932. 4 vols. In-8.º B.Obra de capital interesse para a história dos acontecimentos políticos da época.Capas da brochura com vestígios de acidez.

342 — CHAGAS (Manuel Pinheiro).- HISTORIA DE PORTUGAL. (Edição popular e illustrada). Lisboa. Escriptorio da Empreza. [S.d.] 12 vols. In-8.º E.Edição com grande profusão de gravuras impressas em folhas à parte.Encadernação da época com a lombada de pele, decorada com ferros dourados, nervuras e rótulos.

343 — CHAS, DE NIMES (J.).- TABLEAU HISTORIQUE ET POLITIQUE DES OPÉRA-TIONS MILITAIRES ET CIVILES DE BONAPARTE, Premier Consul de La République Française; Orné de son portrait. Par J. Chas, de Nîmes. Ouvrage Dédié a Madame Bonaparte. A Paris, Chez Arthus Bertrand, Libraire (...) De L’imprimerie de Guilleminet. An X — 1801. In.8.º de VIII-290-VI págs. E.Edição ilustrada com um belo retrato de Bonaparte por J. F. Massard.Encadernação da época inteira de pele, decorada a ouro na lombada. Com um pequeno rasgão no retrato, junto à colagem.

344 — CLODE (Luis Peter).- REGISTO GENEALÓGICO DE FAMÍLIAS QUE PASSARAM À MADEIRA. 1952. Edição da “Tipografia Comercial”. Funchal. In-4.º peq. de 486-II págs. E.São raros os exemplares desta estimada obra genealógica, ilustrada com numerosos brasões d’armas impressos nas páginas de texto.Encadernação com lombada e cantos de pele. Ligeiramente aparado à cabeça, conserva as capas da brochura.

345 — COBBETT (Guilherme).- HISTORIA DA REFORMA PROTESTANTE, EM INGLA-TERRA E IRLANDA; Fazendo ver, que este acontecimento abateo e empobreceo a maior parte dos Habitantes destes Paizes; Em huma Collecção de Cartas, Dedicadas a todos os Inglezes justos e sensiveis. Por... Traduzida do Inglez. Segunda Ediçaõ. Lisboa. Na Typografia de Bulhões.

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Anno 1827. In-8.º gr. de 355-I págs. E. no mesmo volume:

——— CARTA PARA SUA SANTIDADE, O PAPA, MOSTRANDO O CARACTER, CON-DUCTA, OS FINS, DESIGNIOS, E INTENTOS DA ARISTOCRACIA, E LETRADOS CATHOLICOS DA INGLATERRA E IRLANDA, Por... Traduzida do Inglez. Lisboa. Na Typo-grafia de Bulhões. Anno de 1829. In-8.º gr. de 30 págs. E.Da Petição remetida ao Reverendo Padre Mestre José Agostinho de Macedo: “depois de o haver lido e examinado com toda a attençaõ e escrupulo que exige huma semelhante materia, vejo que he huma directa e vigorosa apologia da Religião Catholica Romana, e as próvas como saõ dadas por hum protestante, naõ saõ equivocas, nem suspeitas. Mostra o Author com evidencia qua a Reforma Protestante fôra origem e fonte de inumeraveis calamidades para aquelle Reino; pinta com energia os horrores da perseguição de Henrique Oitavo, e sendo muito o que diz, ainda naõ diz tanto como nos dizem.” As Censuras da Obra vêm a págs. 3, 127 e 201, todas feitas por Agostinho de Macedo.Segunda edição, publicada no ano de publicação da primeira.Encadernação da época inteira de pele.

346 — CÓDIGO DE POSTURAS DO MUNICÍPIO DO PORTO DE 1905. Actualização e Anotação de Armando Dias Gomes. [Porto. 1965]. In-4.º de 116-IV págs. B.Interessante para a história de numerosos aspectos dos hábitos e das leis que regiam os portuenses no princípio do século XX.Edição integrada na importante colecção «Documentos e Memórias para a História do Pôrto».

347 — COELHO (José Maria Latino).- LUIZ DE CAMÕES. David Corazzi - Editor. Lisboa. [1880]. In-8.º de VI-374 págs. B.Trabalho histórico-biográfico, primeiro dos três volumes que compõe a «Galeria de Varões Illustres de Portugal», todos da autoria de Latino Coelho. Com um retrato do Poeta gravado por Pedrozo.

348 — COIMBRA. Colectânea de estudos organizada pelo Instituto de Coimbra e dedicada á Memória do seu consócio honorário Dr. Augusto Mendes Simões de Castro. Gráfica de Coim-bra. 1943. In-4.º de VI-780 págs. E.Volume muito ilustrado, com excelente colaboração de Amorim Girão, António Baião, Agostinho de Campos, Campos de Figueiredo, Cardoso Marta, Luis Chaves, Vergílio Correia, Costa Lobo, António Cruz, Afonso de Dornelas, H. de C. Ferreira Lima, A. A. Gonçalves, Laranjo Coelho, J. Leite de Vasconcelos, A. de Magalhães Basto, J. de Magalhães Lima, Alberto de Oliveira, Alfredo Pimenta, J. Pinto Loureiro, Rocha Madahil, José Maria Rodrigues, M. da Silva Gaio, Pedro Vitorino, etc., etc.Boa encadernação com a lombada e cantos de pele, decorada com ferros gravados a ouro fino, rótulos e nervuras. Só aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

349 — [COLAÇO (F. N.) (Trad.)] — LORGUES (Roselly de).- JESUS CHRISTO PERANTE O SECULO, ou Novos Testemunhos das Sciencias em favor do Catholicismo, por... Obra traduzida por F. N. Colaço. Pernambuco: Typographia de Santos & Companhia. 1845. In-8.º de XIX-I-310-II págs. E.Obra de grande divulgação no seu tempo — traduzida em “quasi todas as lingoas da Europa, e mesmo em Paris, capital da culta França tem tido no curto espaço de 9 annos quatorze edições sucessivas (...)”. Caetano Lopes de Moura foi o primeiro tradutor para português da obra, sendo portanto a que apresen-tamos a segunda e a de Camilo Castelo Branco a terceira versão portuguesa. Muito invulgar.Encadernação da época, inteira de pele.

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350 — COLLECÇÃO // DAS LEYS // PROMULGADAS, // E // SENTENÇAS // PROFERI-DAS // NOS CASOS // DA INFAME PASTORAL // DO BISPO DE COIMBRA // D. MIGUEL DA ANNUNCIAÇÃO: // DAS SEITAS // DOS JACOBEOS, E SIGILLISTAS, // QUE POR OC-CASIÃO DELLA SE DESCUBRIRAM // NESTE REINO DE PORTUGAL: // E DE ALGUNS EDITAES // CONCERNENTES ÁS MESMAS PONDEROSAS MATERIAS. // [Gravura com as armas reais de Portugal] // LISBOA // NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA // ANNO MDCCLXIX. In-8.º de XIV-521-I págs. E.Uma das duas edições aparecidas no mesmo ano, sendo esta de menor formato. Esta questão dos sigilistas e jacobeus fez cair em desgraça o Bispo-Conde de Coimbra D. Miguel da Anunciação, considerado como “um dos jacobeus mais exaltados, sendo tido e havido como chefe e fautor d’esta seita e da dos sigillistas. Em 8 de novembro de 1768 atreveu-se a publicar uma pastoral subversiva, combatendo as ordens do papa Ganganelli, que tendo colhido provas certas de que o partido dominan-te em Roma induzira a seita jacobea a conspirar contra o governo de D. José, que expulsou os jesuitas, entregara os criminosos á justiça do governo do marquez de Pombal”, como se lê no magnífico Dicio-nário de Esteves Pereira e Guilherme Rodrigues. A pastoral foi declarada “falsa, sediciosa e infame” sendo rasgada e publicamente queimada com pregão na Praça do Comércio; “Até 23 de fevereiro de 1777 [Fr. Miguel da Anunciação] conservou-se preso e incommunicavel no forte de Pedrouços, onde recebia grosseiros tratamentos, e deveu a liberdade a D. José, que proximo a morrer (...) concedeu perdão a todos os presos do Estado.”Encadernação da época, em carneira, .

351 — COLLECÇÃO DAS PEÇAS LITTERARIAS, QUE SE REPETIRÃO NA SESSÃO EXTRAORDINARIA DE 13 DE MAIO: FEITA PELA ADMINISTRAÇÃO DO COFRE DO MONTE-PIO DOS PROFESSORES EM OBSEQUIO AOS ANNOS DE S. A. R. O PRINCIPE REGENTE DO REINO UNIDO PORTUGAL, BRAZIL, E ALGARVE. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1816. In-8.º de 57-III págs. B.Publicado pelo Montepio Literário, instituição fundada em 1813, por professores de primeiras letras, esta Colecção, entre outros textos ou documentos, apresenta um texto gratulatório intitulado Acção de Graças a S. A. R., o Principe Regente, assinada pelo P. Lucas Tavares, uma Ode de José Peixoto do Valle, e um Discurso de António Maria do Couto.Capa da brochura em papel pintado, da época.

352 — COLLECÇÃO DAS POESIAS, RECITADAS NA SALLA DOS ACTOS GRANDES DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA NAS NOITES DO DIA 21 E 22 DE NOVEMBRO EM PUBLICA DEMONSTRAÇÃO DE REGOSIJO PELO FELIZ RESULTADO DO DIA 17. — 1820 — Coimbra, Na Real Imprensa da Universidade. 1821. In-8.º de IV-59-I págs. Desenc.No entender de Innocêncio “Os exemplares d’este folheto são hoje difficeis de achar.” Colaboração dos ainda estudantes universitários Almeida Garrett, António Feliciano de Castilho, Augusto Frederico de Castilho, José Frederico Pereira Marrecos, Pedro Joaquim de Menezes, José Maria Grande, José Maria de Andrade, Padre Emygdio e de Fernando José Lopes de Andrade.

353 — COLLECÇAÕ DE CONSTITUIÇÕES, Antigas e modernas com o projecto d’outras, seguidas de hum exame comparativo de todas ellas. Por dois Bachareis. Lisboa. Na Typogra-phia Rollandiana. 1820-1823. XVI opúsculos In-8.º peq. 320 págs. B.Muito rara e interessante colectânea de Constituições anteriores a 1820. Esta publicação é testemunho da atenção dedicada pelos portugueses às experiências revolucionárias europeias e americanas.Publicadas sem o nome do compilador, estas publicações eram vendidas, entre outros lugares, na Loja de Cavroé ao Loureiro Pedro A. Cavroé foi por Innocêncio considerado incansavel cultor das artes mechanicas e muito affeiçoado ás bellas-letras e poesia (...) Tendo-se mostrado desde 1820 fervoroso

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sequaz e apologista das doutrinas liberaes, viu-se obrigado a emigrar em 1828, e passou de Lisboa para o Rio de Janeiro, sendo ahi bem acolhido pelo imperador (...) Regressado do Brasil foi nomeado Demonstrador do Conservatorio de artes o officios (...).I. Contém as Leis fundamentaes da Monarchia Portugueza, e parte da Constituição Franceza de 1789, 1790, e 1791; II. Contem o resto da constituiçaõ francesa de 1789, 1790, e 1791, e a carta delrei á assemblea constituinte, e o juramento que elle prestou, quando a aceitou; III. Contem parte da constituiçaõ de Hespanha com algumas notas illustrativas; IV. Contem o resto da cobstituiçaõ de Hespanha, e um additamento; V. Contém a constituiçaõ franceza de 1793, e parte da outra de 1795; VI. Contém o resto da constituiçaõ franceza de 1795, e parte da dos Paizes-Baixos; VII. Contém o resto da constituição dos Paizes-Baixos, e parte da franceza do anno 8.º da republica; VIII. Contém o resto da constituiçaõ franceza de 1799, e a de 1804, e a do senado conservador de 1814. &c; IX. Contém a carta constitucional da França de 1814, com as mudanças posteriores das leis das eleições de 1817, e 1820: o senatusconsulto organico de 1802: o acto addicional ás constituições do imperio francez de 1815, publicado por Napoleaõ depois da sua volta á França; X. Contém a constituiçaõ do principado de Lichtenstein de 1818: a constituiçaõ que Jozé Bonaparte deu a Hespanha em Julho de 1808: a cons-tituiçaõ federal dos estados unidos de Venezuela de 1811, precedida do acto de sua independencia; XI. Contém o resto da constituiçaõ Federal dos Estados Unidos de Venezuela de 1811; XII. Contém a constituição das Provincias Unidas na America do Sul de 1819: a Lei fundamental, ou as Bases da constituiçaõ de Colombia de 1819: a Constituiçaõ da Norwega de 1814; XIII. Contém a Constituiçaõ federal dos Estados Unidos da America do Norte, e parte das Constituições de cada hum dos Estados que se lhe tem unido desde 1775 até 1822; XIV. Contém a continuaçaõ das Constituições de cada um dos Estados Unidos da America do Norte, desde 1775 até 1822; XV. Contém a continuaçaõ das Cons-tituições de cada um dos Estados federados da America do Norte, desde 1775 até hoje; XVI. Contém a continuaçaõ das Constituições de cada um dos Estados federados da America do Norte desde 1775 até hoje. (ver gravura na pág. 103)

354 — COLLECÇAÕ DE PAPEIS OFFICIAES DA JUNTA PROVISIONAL DO GOVERNO SUPREMO, E DE VARIAS PASTORAES, E PROCLAMAÇOES, DESTA CIDADE DO PORTO, E DE OUTRAS PARTES DO REINO, E AINDA DOS ESTRANGEIROS. Porto: Na Typographia de Antonio Alvarez Ribeiro, Anno de 1808. In-fólio de 117 ff. E.Importante colecção de documentos oficiais relativos à Revolução do Porto de 1808, iniciada a 18 de Ju-nho, em consequência da primeira invasão Francesa e da saída das forças Espanholas da cidade Invicta.Volume constituído por XXXII ff. manuscritas e outra documentação impressa na Tipografia de Anto-nio Alvarez Ribeiro, de grande interesse para a História da governação e defeza da Cidade e do Norte de Portugal durante aquela revolta contra a presença francesa na Península Ibérica. Toda a documen-tação, organizada cronologicamente, se circunscreve entre o dia em que foi proposta a 18 de Junho de 1808 a criação da Junta Provisional do Governo, no Porto, e a sua cessação a 12 de Maio de 1809, com a retirada de Soult e chegada das tropas anglo-lusas a Vila Nova de Gaia.Encadernação inteira de pele, da época. (ver gravura na pág. 105)

355 — [COLECÇÃO DE PAPEIS OFFICIAES RELATIVOS Á ACCLAMAÇÃO DO SNR. DOM MIGUEL, E ÁS REBELIÕES CONTRA ELLE SUSCITADAS DURANTE O SEU GOVERNO.] In-4.º de 160 págs. B.Curiosa e muito importante colecção de documentos oficiais com interesse para a história do Absolu-tismo em Portugal e das Revoltas liberais operadas durante este período.DECRETO (...) Lisboa: Na Regia Typografia Silviana. Anno 1828; DISCURSO DE PROPOSIÇÃO. Recitado nas Córtes celebradas em 23 de Junho de 1828, na Cidade de Lisboa, pelo (...) Bispo de Vizeu D. Francisco Alexandre Lobo. [Na Impressão Régia]; ASSENTO DOS TRES ESTADOS DO REINO Juntos em Cortes na Cidade de Lisboa, feito a onze de Julho de Mil Oitocentos e Vinte e Oito.; Falla do Bispo de Vizeu no Auto do Juramento, que ElRei Nosso Senhor Dom Miguel I. pres-tou, e recebéo dos Tres Estados do Reino em a Cidade de Lisboa aos 7 dias de Julho de 1828. [Na Impressão Regia]; Manifesto de Sua Magestade Fidelissima, ElRei Nosso Senhor, o Senhor DOM

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MIGUEL PRIMEIRO. [Na Impressão Regia]; SENTENÇA PROFERIDA EM RELAÇÃO CONTRA OS ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA, QUE COMMETTERAÕ O HORRORO-SO ATTENTADO, DE ASSASSINAREM OS LENTES DA MESMA UNIVERSIDADE, PROXIMO A CONDEIXA. [Lisboa: Na Typographia Patriotica. 1828]; [Decreto relativo à participação do “enor-me crime de rebellião, sublevação, e motim, praticado” pelo Brigadeiro Graduado da Brigada Real da Marinha Alexandre Moreira e seus sócios, em Janeiro de 1829. Nesta rebelião, também conhecida como a «Revolta do Brigadeiro Moreira», estavam envolvidos o cardeal-patriarca, D. Patrício e José Ferreira Borges, entre outros que constam do processo. [Na Impressão Regia]; [ACORDÃO subscrito e assinado por João Antonio Moreira, escrivão nomeado para os Processos e dependencia da Regia Alçada, relativo à Sentença da Alçada, proferida no Porto no dia 21 de Agosto de 1829. Entre muitos outros réus constam deste acordão os nomes do Marquez de Palmella, D. Pedro de Souza e Hols-tein e de João Carlos de Saldanha Oliveira e Daun.] Com restauros marginais. [Porto, 1829: Na Typ. de Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos]; [Certidão do Acordão que condenou Antonio Maria das Neves Carneiro a pena ultima, em conformidade das Leis, avocando-se as Culpas que tinha no Juizo da Con-servatoria da Universidade de Coimbra, e no Fundão pelo Crime de Rebelião.[Lisboa: Na Impressão Regis. Anno 1830]; [Teor da Sentença contra os Réos Antonio Germano de Brito Corrêa e outros “que não podendo desenganar-se o espirito Revolucionario de alguns occultos malvados, (...), sem advertirem que ninguem, que não seja de seu detestável partido deixa já hoje de conhecer seus criminosos e abjectos fins concebêraõ desde o princípio de Janeiro, deste anno o horroroso projecto de fazerem huma Revolução nesta Capital”. Lisboa. Na Typografia de Bulhões. Anno 1831.]; SENTENÇA [e SEGUNDA e TERCEIRA] Do Conselho de Guerra, creado pelo Real Decreto de 24 de Agosto do corrente anno, pela qual forão julgados Réos Militares, que na mesma se declarão, como incursos no Crime de Rebelião, que praticárão em a noite do dia 21 de Agosto de 1831 [Lisboa, Na Impressão Regia. 1831]; Teor da Sentença relativa ao Processo verbal formado perante a Comissão creada pelo Real Direito de 9 de Fevereiro de 1831 aos Réos Francisco José Alves, Luiz do Valle e Lourenço Jorge. [Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1832]; SENTENÇA. Proferida pela Commissão Mixta contra o Réo Joaquim dos Santos Almeida. [Lisboa: Na Impressão Regia. 1832.; SENTENÇA. Proferida pela Comissão Mixta, estabelecida em Lisboa, contra o Réo Cezario Antonio Fortes. [Lisboa: Na Impressão Regia. S.d. (1832)].Documentos brochados em papel pintado, da época.

356 — COMPENDIO // DAS // OBRIGAÇÕES // DO // SOLDADO CATHOLICO // Tanto no silencio da Paz, como // no estrepito da Guerra; desde // Soldado razo até ao Posto de // General. // (vinheta) // LISBOA, Na Typografia Rollandiana. // 1813. // In-12.º de 71-I págs. E.Muito curiosa publicação com os preceitos militares cristãos.De págs. 55 em diante a edição integra um interessante Catálogo dos Livros impressos à custa de Francisco Rolland, impressor livreiro em Lisboa.Encadernação da época em inteira de pele.

357 — CONCEIÇÃO (Fr. Apolinário da).- DEMONSTRAC,AM // HISTORICA // DA PRI-MEIRA, E REAL PAROCHIA // de Lisboa de que he singular Patrona, e Titular // N. S. DOS MARTYRES. // DEVEDIDA EM DOUS TOMOS, // TOMO PRIMEIRO, // EM QUE SE TRATA DA SUA ORIGEM, // e antiguidade, e se mostra a sua Primasia, a respeito // das mais Paro-chias da mesma Cidade. // ... // LISBOA: // Na Officina de IGNACIO RODRIGUES. // —— // Anno de MDCCL. In-8.º gr. de XXXVI-531-I págs. E.Muito invulgar espécie bibliográfica olisiponense, de que apenas foi publicado este volume.Fr. Apolinário da Conceição, natural de Lisboa, foi franciscano da Província do Rio de Janeiro, Pro-curador Geral e Cronista da sua Província.Encadernação antiga com lombada de pele, imperfeita. (ver gravura na pág. 107)

358 — [COIMBRA]. CONCEIÇÃO (Augusto dos Santos).- CONDEIXA-A-NOVA. Coimbra. Gráfica de Coimbra. 1941. In-8.º de 286-II págs. E.Invulgar monografia da antiquíssima Condeixa, vizinha de Coimbra e da romana Conímbriga, ilustra-da com numerosas estampas em folhas à parte.Capa da brochura alegoricamente ilustrada por Manuel Filipe.

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359 — CONCEIÇÃO (Augusto dos Santos).- SOURE. A Terra abençoada da Pátria. Coimbra. Gráfica de Coimbra. 1942. In-8.º de 314-II págs. E. Invulgar monografia do concelho de Soure, no distrito de Coimbra, ilustrada com numerosas estampas impressas em folhas à parte.Capa da brochura e vinhetas de Carlos Marques de Figueiredo. Boa encadernação com lombada e cantos de pele. Só ligeiramente aparado e com as capas da brochura conservadas.

360 — CONCEIÇÃO (Augusto dos Santos).- TERRAS DE MONTEMOR-O-VELHO. Terras de lendas e bastas façanhas. Terras de beleza pela sua paisagem e seus monumentos. Coimbra. 1944. In-8.º de 380-II págs. E.Monografia ilustrada com várias gravuras impressas em separado deste antigo concelho, situado no distrito de Coimbra.Boa encadernação com lombada e cantos de pele. Só ligeiramente aparado e com as capas da brochura.

361 — CONCEIÇÃO (M. R.).- ANTIGUIDADES LUSITANAS OU O DESABAR DUM ÊRRO HISTÓRICO. (Origem e fundação da velha Igreja de Cedofeita e seu Mosteiro antiquís-simo). 1931. Oficinas de “O Comercio do Porto”. Porto. In-8.º de 98-II págs. B.Interessante documento acerca da origem e fundação do belo monumento românico portuense.“ (...) offerecem este modesto trabalho o Auctor e o «Grupo Claudivinista do Porto».

362 — CONSTÂNCIO (Francisco Solano).- HISTORIA DO BRASIL, desde o seu Desco-brimento por Pedro Alvares Cabral até á abdicação do Imperador D. Pedro I., por... Paris. Na Livraria Portugueza de J. P. Aillaud. 1839. 2 vols. In-4.º peq. de IV-II-506 e IV-483-I págs. E.Com um mapa do Brasil em folha desdobrável.Encadernações com lombada de pele verde, gravadas a ouro com bonitos ferros românticos.

363 — CONSTITUIÇAÕ // DO // PARAIZO TERRESTRE // PELA QUAL SE DESCOBREM MUITAS DESORDENS, // ABUZOS, E PREJUIZOS, QUE GRASSAÕ EM POR- // TUGAL; E SE APONTAÕ OS REMEDIOS QUE PARE- // CEM OS MAIS OPORTUNOS, NA EPOCA ACTUAL DA FELIZ REGENERAÇAÕ POLITICA QUE A DIVINA PRO- // VIDEN-CIA TANTO FACILITOU AOS PORTUGUEZES. // (...) // LISBOA. NA TYPOGRAPHIA ROLLANDIANA. // — // ANNO DE 1822. In-8.º de XII-226-II págs. E.“Hum Ecleziastico da Aldea, em 15 de Março do corrente anno de 1822, achou cazualmente na sua pobre estante, hum Manuscrito com o titulo de Constituiçaõ do Paraizo Terrestre, ignorando naõ só que o tinha, mas tambem por quem, e quando lá foi introduzido. Tendo lido este Manuscrito o julga muito proprio para excitar o justo sentimento dos males que atormentaõ a Naçaõ (...)”.Curiosa publicação, dada à luz sem nome declarado, cujo «Preambolo», redigido pelo Ecleziastico da Al-dea diz o seguinte: “Possuo huma Abadia extensa e rendoza: consegui-a por huma Aprezentação sabe Deos como: estudei em Braga pelo Larraga, e pelas Palestras de Moral Cazuistico que ha na mesma Cidade (...)”.De páginas 195 em diante a Obra continua com «Reflexões sobre a Regeneração Politica da Nação Portugue-za», onde autor refere “Os Illustres Regeneradores da Patria, no gloriozo dia de 24 de Agosto de 1820, (...) que no curto espaço de 37 dias foi recebida e aplaudida na capital da Naçaõ, e por todos os Portuguezes (...)”.

364 — CONSULTA DO SUPREMO CONSELHO DE CASTELLA SOBRE A TENTATIVA THEOLOGICA DO PADRE ANTONIO PEREIRA DE FIGUEIREDO; Traduzida em Portu-guez por Fr. J.D.N.S.D.C.R. Coimbra, Na Real Imprensa da Universidade. — 1832. Por Aviso Regio de 30 de Agosto de 1832. In-8.º de 171-I págs. E.Martinho da Fonseca nos Subsídios para um Diccionário de Pseudónimos atribui a José Inácio Ro-

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quete, natural de Alcabideche a autoria desta tradução.Innocêncio faz desenvolvida notícia acerca do autor, dizendo “(...) As demonstrações que dera no periodo decorrido de 1828 em diante de sincera affeição ao governo do sr. D. Miguel, do qual como outros (são palavras suas) confiava que faria a felicidade de Portugal, bem que nunca approvasse nem concorresse para os desacertos e tropelias que n’essa epocha se commetteram» chegaram todavia a concitar contra elle o odio de alguns, resultando-lhe ser preso tumultuariamente no dia 24 de Julho de 1833, e conduzido para o castello de S. Jorge, d’onde sahiu restituido á liberdade passados poucos dias, por se mostrar sem crime.”Para além da Consulta do Supremo Conselho... a obra é composta pela «Prefação do traductor» e por um «Appendix. Breve advertencia do traductor».Encadernação inteira de pele, contemporânea.

365 — CONTA DO COFRE DOS CONTRABANDOS E DESCAMINHOS, Estrahida pela Com-missão Fiscal do Porto, dos Autos de Tomadias processados no Juizo da Superintendencia d’Alfandega da mesma Cidade. Porto: Na Imprensa do Gandra: 1822. In-4.º gr. de XXVII ff. inms. Desenc.Documento de grande raridade e valor para o estudo do comércio do Porto no início do século XIX.

366 — O CONTRA-CENSOR PELA GALERIA: SEMANARIO PILILITO [SIC]. (...) Numero primeiro. Septembro de 1822. [a n.º 13. 13 de Dezembro de 1822]. Lisboa: Na Impressão de João Baptista Morando. Anno 1822. Rua da Barroca Num. 19, ao Bairro-Alto. In-8.º peq. de 362 págs. Desenc.Com o objectivo de se contrapôr aos ideais constitucionalistas, «O Contra-Censor», “Não designa o plano que tem adoptado, porque a marcha que deve seguir lhe ha de ser marcada pelo = Censor Lusitano =, que em tudo e por tudo o achará sempre em seu alcance”.De referir que o «Censor Lusitano ou o Mostrador dos Poderes Politicos e Contraste dos Periodicos» foi pela primeira vez publicado dois dias após a Proclamação da Independência do Brasil.Muito invulgar e de grande interesse para o estudo daquele conturbado momento da história portuguesa.Com ténues manchas de água que ofendem boa parte do volume.

367 — COPIA DA CARTA, // Que hum Amigo escreveu de Lisboa com algumas // Notas, em resposta a // OUTRA // Que lhe remetteu o Seu Amigo da Côrte do // Rio-de-Janeiro, copiada do Correio Braziliense, // Numero de Mayo de 1817. // — // Londres: // IMPRESSOR POR L. THOMPSON, // GREAT ST HELENS. // — // 1819. In-8.º de 8-263-III págs. E.“Recebi a Vossa carta que dessa Côrte me remettesteis, e com ella a cópia da que se imprimiu, e publicou em Londres, no Correio Braziliense (...) a respeito do Recurso, que no Juizo da Corôa desta Relaçaõ de Lisboa pôz o Mestre Eschola d’Elvas contra o seu Bispo [Dom José Joaquim da Cunha d’Azeredo Coutinho]: eu vos agradeço a dita copia, da qual eu talvez naõ saberia, nem outras muitas Pessoas, por ser o dito Correio prohibido neste Reyno.” O autor juntou a esta publicação vasta documentação de apoio ao esclarecimento desta polémica discórdia.Encadernação da época em carneira, decorada com bonitos ferros a ouro na lombada. (ver gravura na pág. 110)

368 — CORDEIRO (Luciano).- OS PRIMEIROS GAMAS. Com uma carta de Manuel Severim de Faria e outros documentos ineditos. Lisboa. 1898. In-8.º de 142 págs. B.Interessante estudo de investigação histórica acerca das origens familiares de Vasco da Gama.

369 — CORRÊA (A. A. Mendes).- AS ORIGENS DA CIDADE DO PORTO. (Cale, Portucale e Pôrto). 2ª edição. (Revista e ampliada). 1935. Fernando Machado & C.ª - Editores. Pôrto. In-4.º peq. de 77-I págs. B.Uma das mais estimadas obras da bibliografia portuense, em edição preferível à anterior. Ilustrada com estampas nas páginas do texto e em folhas à parte.

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370 — [CORREIA (Padre André António)].- DISSERTAÇÃO CRONOLOGICO-CRITICA SOBRE OS ANNOS DE CHRISTO, por Philotheoro Duriaccola. Porto: Na Imprensa do Gandra. 1822. In-8.º peq. de 136-II págs. Desenc.Curiosa publicação dada à luz sob pseudónimo. Innocêncio regista esta edição sendo no entanto bastante parco nas informações biográficas. Acerca da obra literária remete o leitor para o Ensaio Statistico de Balbi.

371 — CORREIA (António).- TOPONÍMIA COIMBRÃ. I. Zonas da Sé Velha e Arco de Alme-dina. [II. Zona da Universidade]. Coimbra. Edição da Biblioteca Municipal. 1945-1952. 2 vols. In-4.º de IV-110-II e IV-63-III págs. B.Trabalho publicado em separata do «Arquivo Coimbrão», ilustrado com dezenas de fotogravuras em folhas à parte.

372 — [CORREIA (P. José)].- SERIE CHRONOLOGICA DOS PRELADOS CONHECIDOS DA IGREJA DE BRAGA, desde a Fundação da mesma Igreja até o presente tempo. Precedida de uma breve Noticia de Braga Antiga, e seguida de um Catalogo dos Bispos Titulares, Coadju-tores do Arcebispado. Coimbra, na Real Imprensa da Universidade. 1830. In-8.º gr. de VII-120 págs. B.Inocêncio, que revela o nome do autor, pouco diz sobre esta obra publicada anónima, “por não ter tido meio de ver até hoje algum exemplar d’ella, tendo-a inutilmente procurado de venda em Lisboa.”Com insignificantes cortes de traça junto à costura.

373 — CORREIA (Marquês de Jacome).- HISTORIA DA DESCOBERTA DAS ILHAS. Coim-bra. Imprensa da Universidade. 1926. In-8.º gr. de 220-II págs. B.Com os seguintes capítulos: “Portugal e a organisação social feudataria no principio do seculo XV”; “Os Infantes”; “Portugal e a Politica Europeia”; “As Explorações Maritimas”; “A navegação portugueza antes e depois das descobertas”; “O conhecimento dos antigos do mundo habitado”; “O conhecimento que tinham os árabes, do Mundo”; “Os propagadores da sciencia antiga na Edade Media”; “A sciencia na Italia na Edade Media”; “A politica externa portugueza no reinado de D. Affonso IV”; “As Ilhas Atlanticas nas cartas da Edade Media”; “A Influencia Ingleza nas Descobertas Portuguezas”; “Colo-nisação das Ilhas”; “Frei Gonçalo Velho, o Descobridor dos Açôres”.Capa da brochura com manchas de acidez.

374 — CORREIA (Vergílio).- UM TÚMULO RENASCENÇA. A Sepultura de D. Luis da Sil-veira, em Góis. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1921. In-4.º de XXIII-37-III págs. B.As páginas preliminares inserem um prefácio do Dr. Teixeira de Carvalho.Primeiro volume da colecção «Subsídios para a História da Arte Portuguesa». Ilustrado nas páginas do texto e em folhas de papel couché.

375 — CORRESPONDENCIA ANTIJACOBINICA. CARTA PRIMEIRA [SEGUNDA E TERCEIRA]. Lisboa. Na Impressam Regia. 1809. In-8.º peq. de 42-VI; 30-II e 41-I págs. E.Publicação muito rara referida por Innocêncio a propósito das Dissertações anti-revolucionárias do P. José Morato, publicadas na Imp. Regia em 1810.“Estas Dissertações são em numero de tres. Pelo exame que fiz nos assentos da contadoria da Imprensa Nacional, achei que fôra editor d’este livro o beneficiado João da França Ribeiro, que tambem imprimira outro com o titulo Correspondencia anti-jacobinica, 1809. 8.º, do qual não sei mais noticia. O certo é porém, que pretendendo o mesmo, ou algum outro individuo, imprimir em 1813 a Disserta-ção quarta em continuação ás tres sobreditas, foi esta mandada censurar pelo já dito P. Lucas Tavares, cuja informação foi tal, que obstou á concessão da licença para a impressão. (...)”.Encadernação da época, inteira de pele. (ver gravura na pág. 112)

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376 — CORRESPONDENCIA AUTHENTICA E COMPLETA DOS MINISTROS DE SUA SANTIDADE COM OS AGENTES DO GOVERNO FRANCEZ E COMANDANTES DO SEU EXERCITO. Principiando Da Epoca da occupação, que o mesmo Exercito fez em Novembro de 1807 de Roma, e do Estado Pontificio até o dia 14 de Maio do corrente anno de 1809. Traduzido do Original Italiano. Lisboa. Na Impressão Regia. 1809. In-8.º gr. de II-278-II págs. E.Obra importante para a história da expansão militar de Napoleão na Europa, interessando, portanto, à história de Portugal no que a este assunto respeita. As últimas VI págs., “Do Traductor”, que desconhecemos quem fosse, referem-se a Portugal. O «Dicionário Bibliográfico da Guerra Peninsu-lar», de Cristovão Ayres de Magalhães Sepulveda, omite a edição que apresentamos, registando uma outra com a mesma data, com 159 páginas, em 2 números.Encadernação inteira de pele, da época.

377 — CÔRTE-REAL (Antonio Moniz Barreto).- BELLEZAS DE COIMBRA. Coimbra, Na Real Imprensa da Universidade. 1831. In-8.º de 203-I págs. B.É bastante raro este interessante volume da bibliografia coimbrã, com descrições dos seus monumentos e lugares mais notáveis. O segundo volume, prometidamente consagrado à História da Universidade, não chegou a ser publicado.

378 — CÔRTE-REAL (Jerónimo).- SVCCESSO // DO SEGVNDO // CERCO DE DIV. // ES-TANDO // DOM JOHAM MAZCARENHAS // POR CAPITAM DA FORTALEZA. // ANNO DE 1546. // Fielmente copiado da Ediçam de 1574. // POR // BENTO JOSE DE SOVSA FARI-NHA, // ... // LISBOA: // NA OFFIC. DE SIMAM THADDEO FERREIRA. // ANNO M.DCC.LXXXIIII. // In-8.º peq. de XVI-436 págs. E.Poema pela primeira vez impresso em Lisboa, por Antonio Gonçalvez em 1574. Segunda edição, invulgar e bastante estimada. Encadernação em pele, da época.

379 — CORTESÃO (Armando) & THOMAS (Henry).- CARTA DAS NOVAS QUE VIERAM A EL REI NOSSO SENHOR DO DESCOBRIMENTO DO PRESTE JOÃO (LISBOA, 1521). Texto original e estudo crítico com vários documentos inéditos. Lisboa, 1938. In-4.º de 175-III págs. E.Importante estudo histórico-bibliográfico acerca do único exemplar conhecido, da Carta das novas..., impresso em Lisboa em 1521.Para além da importante introdução e apêndices, a edição reproduz em facsimile esta importante Obra, cujo exemplar se encontra felizmente preservado no Museu Britânico.Edição limitada a 275 exemplares.Encadernação inteira de pele decorada a ouro e com nervuras. Conserva as capas da brochura e está ligeiramente aparado à cabeça.

380 — CORTESÃO (Jaime). - OS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES. Arcádia. [Com-posto e impresso por Scarpa, Limitada. Lisboa. S. d.]. 2 vols. In-fólio de 556 e 443-I págs. E.Publicação de incontestável valor para o estudo dos Descobrimentos Portugueses, esmeradamente impressa e ilustrada com numerosas reproduções de quadros, mapas, frontispícios, retratos etc., tudo impresso em folhas à parte.Encadernações originais de pele, com ferros a ouro nas lombadas e pastas, mal cuidadas.

381 — CORTEZ (Fernando Russell).- PANÓIAS, CIVIDADE DOS LAPITEAS. Subsídios para o estudo dos cultos orientais e da vida provincial romana na região do Douro. Porto. 1947. In-8.º gr. de 75-I págs. B.Estudo valioso, publicado em separata dos «Anais do Instituto do Vinho do Porto». Com 20 estampas em folhas à parte e gravuras intercaladas nas páginas de texto.

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382 — CORVO (João de Andrade).- UM ANNO NA CORTE. Segunda edição revista pelo auctor. Porto. Em Casa da Viuva Moré - Editora. 1863. 3 vols. In-8.º de 284-IV, 287-I e 284-IV págs. B.Natural de Torres Novas, Andrade Corvo distinguiu-se na política como deputado e Ministro. Desde 1879 dedica-se inteiramente à actividade literária, atingindo a sua maior expressão na novela e no drama com «Um Anno na Corte» e «Contos em Viagem». Colaborou em revistas da época como poeta («Revista Contemporânea», «Mosaico» e «Revista Universal Lisbonense»), publicou diversos estudos sobre agricultura e indústria.Muito interessante romance histórico, bastante invulgar nesta segunda edição.

383 — COSTA (A. Teixeira Félix da).- OS PELOURINHOS. Estudo historico. Elvas. Tipogra-fia Progresso, Lda. 1926. In-8.º gr. de 20 págs. B.Foi de 200 exemplares a tiragem deste opúsculo.

384 — COSTA (António Carvalho da).- COROGRAFIA PORTUGUEZA, e descripçam topografica do famoso Reyno de Portugal, com as noticias das fundações das Cidades, Villas & Lugarejos, que contem, Varões illustres, Genealogias das Familias nobres, fundações de Con-ventos, catalogos dos Bispos, antiguidades, maravilhas da natureza, edificios, & outras curiosas observaçoens. Segunda edição. Braga: Typographia de Domingos Gonçalves Gouvea. 1868--1869. 3 vols. In-4.º gr. E.A obra do P. Carvalho da Costa é ainda hoje considerada como uma das mais importantes e de provei-tosa consulta na sua especialidade, mormente no que respeita à corografia antiga portuguesa, sendo esta segunda edição preferível à primeira.Encadernações antigas com a lombada de pele. (ver gravura na pág. 115)

385 — COSTA (D. António da).- HISTORIA DO MARECHAL SALDANHA. Lisboa. Imprensa Nacional. 1879. In-8.º gr. de VI-556 págs. E.Com um retrato fotográfico original do Marechal Saldanha, figura de grande relevo da vida política portuguesa do século XIX. Primeiro e único volume publicado, bastante raro, com interesse para história política de época.Encadernação antiga com lombada de pele decorada com nervuras, rótulos pretos e gravações a ouro.

386 — COSTA (D. António da).- NO MINHO. Lisboa. Imprensa Nacional. 1874. In-8.º gr. de VI-310-IV págs. B.Capítulos consagrados a Vizela, Guimarães, Famalicão, Braga, Ponte de Lima, Viana, Caminha, etc. Primeira edição, invulgar.

387 — COSTA (Avelino de Jesus da).- FREGUESIA DE SANTA MARINHA DA NÓBREGA (Barral). Braga. 1960. [Ofic. Gráf. da Livraria Cruz]. In-8.º gr. de 63-I págs. B.O opúsculo, di-lo o seu autor, “é, mais que um trabalho de investigação histórica, um repertório de factos de interesse meramente local, que, por motivos especiais, tiveram de vir a público”.

388 — COSTA (Fernandes).- MEMORIAS DE UM AJUDANTE DE CAMPO. Chronica pitto-resca da Terceira Invasão Franceza. Lisboa. M. Gomes Editor. 1895. 2 vols. In-8.º gr. de 369-V e 383-V págs. E.“Mostra-se, n’estas paginas, a grande energia vital de um povo, que ao fim de sete seculos de historia, quasi incomparavel pela grandeza da sua missão e dos seus destinos, assegurou ainda gloriosamente, n’uma campanha tenaz contra as mais aguerridas legiões dos modernos tempos, os seus direitos de nação independente e livre”. Romance muito estimado, ilustrado com 14 retratos e 2 mapas. Primeira edição, bastante invulgar. Encadernações editoriais gravadas nas pastas a negro e ouro.

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389 — COSTA (D. Francisco da).- CANCIONEIRO CHAMADO DE D. MARIA HENRI-QUES. Introdução e notas de Domingos Maurício Gomes dos Santos S. I. Agência Geral do Ul-tramar. Divisão de Publicações e Biblioteca. Lisboa. MCMLVI. In-4.º gr. de CLX-673-I págs. B.“Com todas as suas imperfeições, um mérito, parece, nos será reconhecido: é o de termos assegurado, ao futuro, a salvaguarda de um documento único que, nestes nossos tempos atómicos, ou social-mente convulsivos, de um momento para o outro, podia sepultar, no olvido dos homens e da história da cultura, um curiosíssimo aspecto da nossa expansão ultramarina”. Edição luxuosa, impressa em excelente papel e ilustrada com dois brasões d’armas estampados a cores e metais, mapas e gravuras diversas. Muito estimado não só pela reprodução do «Cancioneiro chamado de D. Maria Henriques» - importantíssimo para a história da literatura portuguesa quinhentista - como pela extensa e valiosa introdução do P. Domingos Maurício Gomes dos Santos. Tiragem limitada, esgotada.

390 — COSTA (Francisco de Paula Ferreira da).- A RECEPÇÃO DE HUM MAÇON: Farça. Dada á luz por F. P. F. C. Lisboa: Na Impressão de Eugenio Augusto. Anno 1827. In-8.º de 28 págs. B.Farsa composta em Dezembro de 1823, cuja finalidade “he redicularizar em geral o systema Demago-gico, de que a Divina Providencia nos salvou...”. Opúsculo bastante invulgar.O autor, partidário do absolutismo, ocupou cargos públicos e acompanhou o exército de D. Miguel em 1833 até à convenção de Évora Monte em 1834. Innocêncio faz referência à importante biblioteca que possuía de “bom numero de livros portuguezes antigos, raros e estimaveis (...) a mais copiosa sem duvida que até agora conseguira reunir algum bibliophilo dado a esta especialidade”. Em particular refere a “amplissima collecção por elle formada, dos escriptos do P. José Agostinho de Macedo (com quem teve por longos annos tracto de intima amisade) (...)”.

391 — COSTA (João Severiano Maciel da).- [MISCELÂNEA].

——— APOLOGIA QUE DIRIGE Á NAÇÃO PORTUGUESA JOÃO SEVERIANO MACIEL DA COSTA, do Conselho de Sua Magestade e seu Desembargador do Paço no Rio de Janeiro, a fim de se justificar das imputaçõis que lhe fazem homens obscuros, as quais derão causa do Decreto de 3 de Junho e á Providencia comunicada no Aviso de 11 de Julho do corrente ano de 1821. Coimbra. Na Imprensa da Universidade. 1821. In-8.º gr. de 32 págs. E. no mesmo volume:

——— MEMORIA SOBRE A NECESSIDADE DE ABOLIR A INTRODUÇÃO DOS ESCRA-VOS AFRICANOS NO BRASIL; Sobre o modo e condiçõis com que esta abolição se deve fazer; e sobre os meios de remediar a falta de braços que ela pode ocasionar. Por... natural da Cidade Mariana em Minas Gerais. Offerecida aos Brasileiros seus compatriotas. Coimbra, Na Imprensa da Universidade. 1821. In-8º gr. de 90 págs. Muito interessante miscelânea constituída por duas obras de Maciel da Costa, brasileiro natural da cidade de Mariana, formado em Leis pela Universidade de Coimbra. Foi Desembargador do Paço no Rio de Janeiro e governador da Guiana enquanto ocupada pela administração portuguesa. Acér-rimo defensor da abolição da escravatura e introdutor de especiarias no Brasil, desempenhou cargos ministeriais, o de secretário de Estado e o de Senador. Foi Marquez de Queluz no Brasil, distinção outorgada pelo Imperador.Palmira Morais Rocha de Almeida no «Dicionário de Autores no Brasil Colonial» refere ainda e acerca da Apologia que o autor “Acusado de se opor aos princípios constitucionais e de fomentar a separação e a implantação da república no Brasil, resolveu protestar contra o que considerou serem calúnias. Na verdade, não veio a apoiar um regime republicano, mas aderiu incondicionalmente à independência do Brasil.”Relativamente à segunda obra descrita ou MEMORIA SOBRE A NECESSIDADE DE ABOLIR A IN-TRODUÇÃO DOS ESCRAVOS AFRICANOS NO BRASIL, referida por Innocêncio, constatamos da

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sua extrema raridade por não fazer parte de muitas das mais importantes bibliotecas publicas ou privadas que consultamos.Borba de Moraes faz referência às Obras incluídas nesta miscelânea referindo, acerca da Memória o papel determinante de Maciel da Costa “que durante todo o tempo da ocupação portugueza exerceu em Cayenne o governo supremo da colonia, a introdução em varias capitanias do Brasil da noz--moscada, do cravo, de diversas expeciarias finas, da arvore pão, e da canna conhecida posteriormente pelo nome de Cayenna, que melhorarão a agricultura nacional (...)“He was very well educated and widely read, and in his Memoria he quotes and criticises the books which were fashionable at their time: J. B. Say, Adam Smith, Humbolt, Malthus, etc. He presents viewpoints that are advanced for the day, such as the necessity of promoting industry in Brazil. He criticises the agricultural system which is detrimental and does not permit a fixed population, gives interesting information about the commerce and harvests in Minas, and proposes a plan for abo-lishing the slave trade. Maciel da Costa submits interesting statistics for the Brazilian population, wich were given to him by Francisco Pereira Santa Apolonia, chantre of the Cathedral of Marianna in Minas, (...)Apart from having great documental importance, the Memoria is very rare. It was already rare at the time of Rodrigues (1496) and Ramos Paz (p. 15 of the supplement, “very rare”).Também à APOLOGIA QUE DIRIGE Á NAÇÃO PORTUGUESA JOÃO SEVERIANO MACIEL DA COSTA se refere Borba de Moraes dizendo: “The Apologia is a very interesting document for the study of the ideas that were rampant in Brazil and Portugal before Independence. It is quoted by Varnhagen.“The pamphlet, the authorship of which in Portugal was ascribed to Maciel da Costa, is Le Roi et la Famille Royale de Bragance doivent-ils, dans les inconstances presents, retourner em Portugal, ou bien rester au Brésil? Rio, Imprensa REgia 1820. Maciel da Costa states that he knows very well who the author is, and affirms that he is a Frenchmen. The author is Mr. Caille and it was written by order of Thomas Antonio, Minister of João VI. (...)“The Apologia is very scarce today. Rodrigues 1495 already classified it as “rare”.Encadernação inteira de pele, antiga.

392 — COSTA (José Daniel Rodrigues da).- JOGO DOS DOTES PARA RECREIO DAS SO-CIEDADES, Em que se tirão lindas Sortes em verso; e outro Jogo de 40 perguntas, e 40 respostas, que se deve separar deste Livro, para se usar delle cortado, e pregado com massa nas costas de Cartas de Jogar, ou em cartão, &c. Composto por... Lisboa. M. DCCCII. Na Offic. de Simão Thaddeo Ferreira. In-8.º de XV-I-278 págs. E.Sobre o autor, natural de Leiria, fez Innocêncio alguma referência biográfica, assim como uma sucinta relação das muitas Obras que o autor publicou. Diz no seu Diccionário: “Era de maravilhar a ancia com que nos tempos antigos, pelo testemunho dos que o presencearam, se procuravam os seus escriptos (...)”.Com interesse para a história dos jogos de sociedade naquela época e também interessante por estarem as Sortes divididas entre Senhoras e Homens, revelando assim as naturais ansiedades e aspirações entre ambos os sexos.Encadernação da época inteira de pele. Com manchas de humidade que afectam, junto à lombada, algumas das primeiras folhas do volume e outros pequenos defeitos.

393 — COSTA (José Daniel Rodrigues da).- MEMORIA DO FOLHETO INTITULADO ME-MORIAS PARA AS CORTES DE 1821. Em que são desagravados A Religião, Os Religiosos, As Religiosas, e Os Magistrados. Lisboa. Na Imprensa nacional. Anno de 1821. In-8.º peq. de 31-I págs. E.Um dos curiosos e invulgares folhetos de José Daniel Rodrigues da Costa, autor de vasta bibliografia com interesse para a história dos acontecimentos e o retrato da sociedade portuguesa da sua época.Com vestígios de humidade.

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394 — COSTA (José Daniel Rodrigues da).- [MISCELÂNEA].

——— AO SERENISSIMO SENHOR INFANTE D. MIGUEL RECORRE JOSÉ DANIEL RO-DRIGUES DA COSTA, LEMBRANDO AO MESMO SENHOR O SEU REQUERIMENTO NO PRESENTE MEMORIAL. Lisboa: 1824. Na Impressão de João Nunes Esteves. In-8.º de 12 págs. E. no mesmo volume:

——— A MURMURAÇÃO Entre hum Doutor Velho - Hum Capitão - Hum Frade - Hum Poeta - E Hum Taful - Presenciada por... In-8.º de II-26 págs.

——— SEGUNDA PARTE DA MURMURAÇÃO NO PASSEIO PUBLICO EM QUE FAL-LÃO... Lisboa: Na Nova Typografia Silviana. Anno 1825. Travessa da Portaria Freiras de Santa Anna. N.2 In-8.º de VI-34 págs.

——— ESTE MALDITO JANEIRO. Obra que pode servir de divertimento, aos que tem sentido os rigorosos effeitos da PRESENTE ESTAÇÃO. [pequena vinheta alegórica]. Lisboa: 1825. Na Impressão de João Nunes Esteves. In-8.º de 11-I págs.

——— A VOZ DO CIDADÃO. [Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1826]. In-8.º de 8 págs.

——— JANTAR IMAGINADO COM SOBREMEZA, CAFÉ, E PALITOS, Dado em meza re-donda, na casa de pasto do Desejo, sendo cozinheiro o Pensamento, e Freguezes Gente de diver-sos paladares. A 160 cada Pessoa. Por... [vinheta decorativa]. Lisboa: 1826. Na Impressão de João Nunes Esteves. In.8.º de VIII-39-I págs.

——— O AVÔ DOS PERIODICOS. Por... [Brazão com as Armas Reais]. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1826. In-8.º de 15-I págs.

——— SEGUNDA PARTE DO AVÔ DOS PERIODICOS DIRIGIDA AO ESPELHO DOS JOR-NALISTAS. Por... In-8.º de 14-II págs.

——— TERCEIRA PARTE DO AVÔ DOS PERIODICOS. Por... Lisboa: Na Impressão Regia. 1826. In-8.º de 20 págs.

——— RONDA DO PATRIOTISMO. Por... Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1827. In-8.º de 24 págs.

——— [Gravura alegórica]. SENTENÇA DE Morte natural contra o Réo de leza barriga MA-GRISSIMO PALHARES BACALHA’O e prégaçaõ que lhe fez na forca o Executor de alta justiça. In-8.º de 8 págs. Miscelânea constituída por alguns dos muitos e invulgares opúsculos de Rodrigues da Costa, poeta e folhetinista que teve grande notoriedade no seu tempo.Encadernação em pele, contemporânea.

395 — COSTA (José Daniel Rodrigues da).- [MISCELÂNEA].

——— RODA DA FORTUNA, ONDE GIRA TODA A QUALIDADE DE GENTE BEM, OU MAL SEGURA. Obra critica, moral, e muito divertida. Lisboa: Na Impressão de J. F. M. de Campos. 1818 [e 1817]. VI folhetos In-8.º E. no mesmo volume:

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——— REVISTA DOS GENIOS DE AMBOS OS SEXOS, PASSADA EM VIRTUDE DA DE-NUNCIA, QUE DELLES SE DEO, OU A SEGUNDA PARTE DO TRIBUNAL DA RAZÃO. Lisboa: Na Officina de J. F. M. de Campos. Anno 1816. V folhetos.

——— A MURMURAÇÃO ENTRE HUM DOUTOR VELHO = HUM CAPITÃO = HUM FRADE = HUM POETA = E HUM TAFUL = SENTADOS NO PASSEIO PUBLICO. — Pre-senciada por... Lisboa: Na Typografia Silviana. Anno 1825.

——— MEMORIA DO DIA 5 DE JUNHO, EM QUE SUA REAL MAGESTADE O SE-NHOR D. JOÃO VI. VOLTOU DE VILLA FRANCA DA RESTAURAÇÃO, TRAZENDO A TRANQUILLIDADE, E A ALEGRIA AO SEU POVO. [no fim: Lisboa: Na Nova Typografia Silviana. Anno 1825].

——— SEGUNDA PARTE DA MURMURAÇÃO NO PASSEIO PUBLICO EM QUE FAL-LÃO (...) Ouvida por... Lisboa: Na Nova Typografia Silviana. Anno 1825.

——— NOVIDADES DE LISBOA, DADAS POR BENTO ANICETO, LAVRADOR, AO SEU COMPADRE, CURA DA SUA FREGUEZIA NA PROVINCIA DA BEIRA. Lisboa: Na Im-pressão de João Nunes Esteves. Anno de 1823.

——— ESTE MALDITO JANEIRO. OBRA QUE PODE SERVIR DE DIVERTIMENTO, AOS QUE TEM SENTIDO OS RIGOROSOS EFFEITOS DA PRESENTE ESTAÇAÕ. Lisboa: 1825. Na Impressão de João Nunes Esteves.

——— NOVO DIVERTIMENTO PARA MEIO QUARTO DE HORA. Lisboa: 1824. Na Im- NOVO DIVERTIMENTO PARA MEIO QUARTO DE HORA. Lisboa: 1824. Na Im-pressão de João Esteves.

——— O TEMPORAL DESFEITO OU OS IMPOSTORES NAUFRAGADOS. Esta Obra he dedicada ao Serenissimo Senhor D. Miguel, Infante de Portugal. Lisboa: 1323. Na Impressão de Victorino Rodrigues da Silva.

——— QUEIXAS À FORTUNA. Lisboa: Na Impressão de João Nunes Esteves. Anno de 1823.

——— A VOZ DA FORTUNA PARA DESENGANO DOS HOMENS, E SENHORAS, QUE SE QUEIXÃO DELLA: OU SONHO DE JOSÉ DANIEL RODRIGUES DA COSTA. Lisboa: Na Impressão de João Nunes Esteves. Anno de 1824.

——— ASSIM SE PASSA O SERAÕ. OBRA CRITICA, E INTERESSANTE A CURIOSIDA-DE DE MUITA GENTE, (...) Lisboa: 1825. Na Impressão de João Nunes Esteves.

——— ENTRADA QUE DEU NO INFERNO A ILLUSTRISSIMA, E EXCELENTISSIMA SENHORA DONA CONSTITUIÇÃO (...) Lisboa: 1823. Na Impressão de Victorino Rodrigues da Silva.

——— EPISTOLA, DEDICADA AO SERENISSIMO SENHOR INFANTE D. MIGUEL. (...) Lisboa: Na Impressão de João Nunes Esteves. Anno de 1823.

——— AO SERENISSIMO SENHOR INFANTE D. MIGUEL RECORRE JOSE DANIEL RO-DRIGUES DA COSTA, LEMBRANDO AO MESMO SENHOR O SEU REQUERIMENTO NO PRESENTE MEMORIAL. Lisboa: 1824. Na Impressão de João Nunes Esteves.

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——— CAMARA OPTICA, ONDE AS VISTAS ÁS AVESSAS MOSTRÃO O MUNDO ÀS DIREITAS. Lisboa: 1824. Na Officina de J. F. M. de Campos. XII folhetos.Interessante miscelânea com Obras de Daniel Rodrigues da Costa, natural de Leiria, prolífico escritor e frequentador das tertúlias da Arcádia Lusitana, onde adoptou o pseudónimo de Josino LeirienseEmpenhado em combater os ideias iluministas da Revolução Francesa, foi protegido por Pina Mani-que e popular escritor satírico onde não esconde a sua rivalidade com Bocage tantas vezes expressa na sua muito extensa obra literária.Acerca do autor, Innocêncio tece o seguinte comentário no seu monumental Dicionário: “Dotado de bom humor, e maneiras affaveis, era bem quisto de todos que o conheciam, e que applaudiam os seuschistes e ditos naturalmente engraçados, e satyricos. Viveu por muitos annos decentemente dos pro-ventos do seu emprego, e do producto dos muitos papeis que imprimia, e que eram bem acolhidos do publico. Sabendo amoldar-se ás circumstancias politicas do tempo, escreveu sucessivamente a favor das idéas liberaes e do governo absoluto.”Encadernação da época, desconjuntada.

396 — COSTA (José Daniel Rodrigues da).- A PENNA APARADA COM QUE SE ESCREVEM COSTUMES E VICIOS. Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1827. In-8.º gr. de 24 págs. B.Primeiro dos três folhetos publicados com o mesmo título.

397 — COSTA (José Daniel Rodrigues da).- TIZOURA DA CRITICA OU CARTA, QUE AO SEU AMIGO DA CIDADE DO PORTO O SENHOR JOZE LUIZ GUERNER ESCREVE JOSE DA-NIEL RODRIGUES DA COSTA. Lisboa: Na Typografia Lacerdina. 1821. In-8.º peq. de 47-I págs. B.José Daniel Rodrigues da Costa, poeta popular natural de Leiria que subscreveu um sem número de curiosas publicações seriadas e folhetos a propósito dos mais diversos acontecimentos ocorridos no seu tempo, sendo hoje bastante invulgares os exemplares dessas produções.

398 — COSTA (L. de Mendonça e).- MANUAL DO VIAJANTE EM PORTUGAL. Coorde-nado por... Com itinerarios da viagem em todo o paiz e para Madrid, Paris, Vigo, Sant’Iago, Salamanca, Badajoz e Sevilha, quatro mappas a côres e cinco plantas. (...) 1907. Typographia da «Gazeta dos Caminhos de Ferro», editora. Lisboa. In-8.º peq. de 32-XXVIII-264 págs. E.Edição recomendada pela «Propaganda de Portugal». Com os mapas de Portugal, Lisboa e arredores (2 mapas) e Porto, a cores e em folha desdobrável.Encadernação editorial.

399 — COSTA (Laurindo).- AS CONTRASTARIAS EM PORTUGAL. Com inéditos e 295 gravuras. Porto. Tipografia Fonseca. 1926. In-8.º gr. de 256 págs. E.Muito útil trabalho sobre ourivesaria portuguesa, ilustrado com numerosos retratos e reproduções de punções. Com os seguintes capítulos: «A Ourivesaria em Portugal», «As Confrarias dos Ourives (Sé-culos XV a XIX)», «Contrastes Municipais e símbolos das suas marcas», «A Fiscalização dos Metais Preciosos (Séculos XIII-XX)», «A Organização Oficial das Contrastarias do País», «Individualidades que mais se evidenciaram na organização das Contrastarias» e «As Contrastarias no Estrangeiro».Encadernação com lombada de pele. Assinado no anterrosto, só aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

400 — COSTA (Luís Moreira de Sá e).- DESCENDÊNCIA DOS 1ºs MARQUESES DE POM-BAL. Edição, composição e impressão da Tipografia Costa Carregal. Pôrto. 1937. In-4.º gr. de XXXII-462-II págs. E.Trabalho de investigação genealógica de alto merecimento, enriquecido com numerosos retratos im-pressos em folhas à parte. Prefácio de Eugénio de Castro. “Edição única, limitada a 700 exemplares numerados e rubricados pelo autor.”.Com as capas da brochura preservadas, só aparado à cabeça e revestido de boa encadernação com a lombada e cantos de pele, decorada com ferros dourados.

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401 — COSTA (Veríssimo António Ferreira da).- COLECÇÃO SYSTEMATICA DAS LEIS MILITARES DE PORTUGAL, Dedicada ao Principe Regente N. S. e publicada por ordem do mesmo Senhor por... Lisboa: Na Impressão Regia. Anno MDCCCXVI. 4 tomos. In-4.º peq. de XXXIX-I-446, XXI-I-261-I, XII-86 e VI-170 págs.

——— REGULAMENTO PARA A ORGANIZAÇÃO DO EXERCITO DE PORTUGAL. Publicado por ordem de Sua Alteza Real. Lisboa: Na Impressão Regia. — Anno 1816. In-4.º peq. de IV-61-III págs.

——— REGULAMENTO DE ORDENANÇAS PARA O REINO DE PORTUGAL. Publicado por ordem de Sua Alteza Real. Lisboa: Na Impressão Regia. — Anno 1816. In-4.º peq. de IV- 16 págs. E. em 3 vols.Edição cuidada, impressa sobre encorpado papel de linho.Os primeiro e segundo volumes respeitam às “Leis pertencentes á Tropa de Linha”; o terceiro às “Leis pertencentes aos Milicianos” e o quarto trata das “Leis pertencentes ás Ordenanças”.No «Dicionário Bibliográfico da Guerra Peninsular», de Cristovão Aires de Magalhães Sepúlveda, vem registada esta e duas outras obras do autor e acerca do qual se lê: “O autor declara-se como sendo o autor dos projectos da revolução para a expulsão de Junot e dos franceses. Ferreira da Costa, foi uma das victimas de Junot, contra o qual se pronuncia de uma forma violenta no seu livro «Analyse das ordens do dia...»Este Dicionário é omisso no que diz respeito aos dois Regulamentos incorporados no último volume.Bonitas encadernações inteiras de pele, contemporâneas, com ferros gravados a ouro nas lombadas, que necessitam restauro.

402 — COSTA (Vicente José Ferreira Cardoso da).- OS BONS DESEJOS DE HUM PORTUGUEZ, ou a sua Receita para se animar a circulaçaõ paralisada, acudindo-se aos males do papel-moeda, e á miseria publica: levando-se os generos ao seu preço natural; dando-se emprego aos que vivem dos seus jornaes, e desinfestando as estrada de ladrões: utilisando-se a todos sem causar prejuizo a pessoa alguma. Lisboa: Na Typogr. de Antonio Rodrigues Galhardo. 1822. In-8.º gr. de 33-III págs. Desenc.Raro e curioso folheto, a cujo autor, nascido na Bahia, diz Inocêncio, foi dedicado “um artigo assás desenvolvido na Gazeta dos Tribunaes (...) escripto pelo conselheiro Antonio de Oliveira Amaral Machado. (...) Foi um jurisconsulto notavel entre os do nosso paiz. Tinha talento, applicação assidua, e memoria feliz (...)”, tendo deixado publicada vasta bibliografia.

403 — COSTA (Vicente José Ferreira Cardoso da).- EXPLICAÇÃO DA ARVORE QUE RE-PRESENTA O PROSPECTO DO CODIGO CIVIL PORTUGUEZ, Offerecido ao Soberano Congresso Nacional pela maõ do seu Ill.mo Deputado O Sr. José Joaquim Rodrigues de Bastos. Lisboa: Ma Typogr. de Antonio Rodrigues Galhardo. 1822. In.8.º de V-I-26 págs. Desenc.Opúsculo bastante invulgar, ilustrado no final com uma gravura de grandes dimensões [54*39 cm] que representa uma árvore genealógica intitulada “Prospecto do Codigo Civil Portuguez para ser apresentado ao SOBERANO CONGRESSO NACIONAL pela Mão do seu Ill.mo Deputado o Sr. Joze Joaquim Rodrigues de Bastos.”

404 — COSTA (Vicente José Ferreira Cardoso da).- MEMORIA SOBRE A AVALIAÇÃO DOS BENS DE PRAZO. Lisboa. M.DCCCII. Na Regia Officina Typografica. In-8.º gr. de 137-I págs. Desenc.O autor, nascido na cidade da Bahia, “foi um jurisconsulto notavel entre os do nosso paiz (...) Possuia um conhecimento profundo da nossa antiga e moderna jurisprudência, e de todos os ramos da sciencia que lhe são subsidiarios”, como diz Inocêncio na longa notícia que lhe consagra. Com as armas de Portugal em fina chapa de metal impressa no frontispício.

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405 — COSTA (Vicente José Ferreira Cardoso da).- NOTAS CRITICAS DO DR. VICENTE JOSE FERREIRA CARDOSO DA COSTA A HUMA CARTA ATTRIBUIDA A S. EX.ª O SR. GENERAL STOCKLER PARA O IL.MO E EX.MO SR. CONDE DOS ARCOS, DATADA DE 2 DE JANEIRO DE 1821, AS QUAES FAZEM DUVIDAR O DITO DOUTOR QUE SEJA DE S. EX.A SEME-LHANTE ESCRITO. Lisboa: Na Typogr. de Antonio Rodrigues Galhardo. 1822. In-8.º de 52 págs. B.Com esta publicação pretendeu o autor defender Francisco de Borja Garção Stockler, 1.º Barão da Vila da Praia e Governador dos Açores, de uma suposta carta, datada de 2 de Janeiro de 1821, que fazia supor que o dito Governador “havia entrado no horrivel empenho de excitar a desconfiança, e indignação de S. Magestade para com os subditos de Portugal, e isto ainda em Janeiro de 1821 (...)”.Segue-se um extracto retirado da «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira» que nos pareceu interessante reproduzir: “Depois da revolução de 1820, governando os Açores, [Francisco Stockler] recusou-se a proclamar o novo estado político. Sobre esse assunto teve que fazer face à actuação de Garrett, que, ainda estudante de Coimbra, esteve em Angra, agitando os espíritos no sentido liberal, o que levou o governador a ameaçá-lo de prisão. No entanto, chegava às águas dos Açores a fragata Pérola, comandada por Marçal José da Cunha, que o intimou a reconhecer o governo liberal. Como Stocler se recusasse foi mandado preso para Lisboa e processado pelo governo.”

406 — COSTA (Vicente José Ferreira Cardoso da).- NOTAS DO DOUTOR VICENTE JOSÉ FERREIRA CARDOZO DA COSTA AO ACORDÃO Proferido no Juizo das Capellas da Coroa, na Casa da Supplicação de Lisboa aos 29 de Abril de 1820, na causa intentada pelos Senhores Procuradores Regios, o Doutor Antonio José Guião, como Procurador da Fazenda, e o Doutor Lucas da Silva de Azevedo Coutinho, como Ajudante do Procurador da Coroa, contra o Coronel Nicoláo Maria Rapozo da Ilha de S. Miguel. Lisboa. Em a Nova Impressão da Viuva Neves e Filhos. Anno de 1821. In-4.º de 64 págs. Desenc.O autor, filho de pai natural do Porto, foi Doutor na Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra, Desembargador da Relação do Porto, Correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa, tendo merecido de Inocêncio rubrica de invulgares dimensões onde são relatados os factos mais importantes da sua vida. Advertência no verso do frontispício: “Veja-se o fim da Nota 5.ª, e note-se em honra da Sabedoria desta Sentença do grande Orador Romano [Cícero, antes citado], que este Opúsculo se escreveo em S. Miguel, e foi remettido para Lisboa em Julho de 1820, tendo-se em vista os subsequentes successos politicos de Portugal, começados no fim d’Agosto seguinte.” Raro.

407 — [COUDRETTE (Christophe) & LE PAIGE (Louis-Adrien)].- HISTOIRE // GÉNÉRALE // DE LA // NAISSANCE, // DES PROGRÈS // ET DE LA DESTRUCTION // DE LA COM-PAGNIE // DE JESUS // EN FRANCE, // (...) // M. DCC. LXII. [M. DCC. LXIII]. 6 tomos. In-8.º E. em 4 volumes.Barbier, no célebre e muito útil «Dictionnaire des Ouvrages Anonymes», dá notícia que “La seconde partie, contenant l’analyse des constitutions de la société, est de Louis-Adrien Le Paige, bailli du Temple».O VI volume comporta ainda variada documentação impressa com interesse para a história do assunto tratado.Encadernações da época em cartão revestido de papel pintado.

408 — COUTANCE (A.).- L’OLIVIER. Histoire — Botanique — Régions — Culture — Produits — Usages — Commerce — Industrie, etc. Paris. J. Rothschild, Éditeur. 1877. In-4.º gr. de XVI-II-456 págs. E.Edição ilustrada nas páginas de texto.Encadernação com a lombada de pele, com defeitos nas pastas.

409 — COUTINHO (António Xavier da Gama Pereira).- A INICIATIVA DOS PORTUGUE-SES NA DEFESA DA BAÍA EM 1638. (Esbôço de nótula histórica sôbre documentos inéditos). Pôrto. 1937. In-8.º de 86-I págs. B.Deste trabalho imprimiram-se apenas 150 exemplares, todos numerados e assinados pelo autor.Dedicatória autógrafa de D. António Pereira Coutinho.

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410 — COUTINHO (B. Xavier).- A IGREJA E A IRMANDADE DOS CLÉRIGOS. Aponta-mentos para a sua História. [Porto. 1965]. In-8º gr. de XVI-674-II págs. B.Valioso estudo integrado na colecção dos «Documentos e Memórias para a História do Porto», numa esmerada edição impressa em bom papel, ilustrada com numerosas estampas reproduzindo docu-mentos, fotografias do templo e torre dos Clérigos, muitos retratos, etc.

411 — [COUTINHO (Domingos António de Sousa)].- A GUERRA DA PENINSULA DEBAIXO DO SEU VERDADEIRO PONTO DE VISTA, ou Carta ao Senhor Abbade F.*** A respeito da História da ultima Guerra. Italia MDCCCXVI. Traduzida do Italiano. Lisboa: Na Impressão Re-gia. Anno 1820. In-8.º de 116 págs. E.Publicada sem o nome do autor, esta obra, hoje fonte importante para a História política da Europa do século XIX, das Guerras Peninsulares e Napoleónicas é actualmente atribuída a D. Domingos A. de Sousa Coutinho, 1.º Conde e 1.º Marquez do Funchal, nascido “na villa e praça de Chaves, em Traz-os--Montes, e m. em Inglaterra em Dezembro de 1832, antes de ver terminada a guerra civil de Portugal, em que tomára o partido de D. Maria II (...)”. Innocêncio foi o autor das palavras que acabamos de transcrever, extraídas do II vol., a págs. 182, do seu monumental «Diccionário». A edição portuguesa que agora apresentamos, foi registada no Tomo III do mesmo «Dicionário», sob registo 751, onde se atribui a tradução do original italiano, ou a sua publicação a João Eleutério da Rocha Vieira.Encadernação da época em carneira, com rótulo e ferros a ouro na lombada.

412 — [COUTINHO (Domingos António de Sousa)].- LA GUERRE DE LA PÉNINSULE SOUS SON VÉRITABLE POINT DE VUE, Ou Lettre a Mr. L’Abbé F*** Sur L’Histoire de la dernière Guerre; Publiée dernièrement a Florence. Suivie d’un Appendix et d’une Table Chro-nologique des évènemens les plus mémorables depuis l’Année 1803 jusqu’a 1814; Traduite de l’Original Italien, imprimé en 1816. A Bruxelles, Chez Weissenbruch, Imprimeur du Roi et de la Ville == 1819. In-8.º de XC-II-308-IV págs. E.Texto publicado sem o nome do autor mas atribuído a Domingos António de Sousa Coutinho, de grande importância para a história das guerras Napoleónicas e da Política Europeia daquela época.No «Dicionário Bibliográfico da Guerra Peninsular» a tradução é atribuída a “Martins Pamplona, que morreu conde de Subserra” [Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real]. No final a edição é acompa-nhada de uma muito desenvolvida “TABLE CHRONOLOGIQUE Des principaux événemens militaires et politiques, depuis l’an 1803 jusqu’en 1814, ou dès la rupture de la paix d’Amiens, jusqu´à la conclu-sion de la paix générale en 1814.” que se desenvolve entre as páginas 110 a 308.Encadernação da época com lombada de pele. (ver gravura na pág. 124)

413 — [COUTINHO (Faustino José da Madre de Deus Sousa)].- O COMBATE DEDICADO AO SERENISSIMO SENHOR D. MIGUEL, INFANTE DE PORTUGAL, OU A DECLARAÇAÕ E PROTESTO DAS CORTES EXTRAORDINARIAS, combatido por... Lisboa: Na Typograf. de Antonio Rodrigues Galhardo. 1823. In-8.º gr. de XII-60 págs. E.Opúsculo anti-maçónico bastante raro, referido por Innocêncio de forma sumária e com erro de datação. [Vol. II, págs. 254 (9)].No final vem uma folha de Errata, anexa e de mais reduzidas dimensões.Bela encadernação contemporânea, com bonitos ferros gravados a ouro na lombada e pastas, tendo ao centro das mesmas as iniciais “A.E.N.”

414 — [COUTINHO (Faustino José da Madre de Deus Sousa)].- A CONSTITUIÇÃO DE 1822 COMMENTADA E DESENVOLVIDA NA PRATICA. Lisboa: Na Typografia Maigrense. 1823. In-8.º gr. de V-I-166 págs. B.Segundo Innocêncio, “Consta que fôra alumno do collegio de S. Lucas na Casa Pia, e ahi discipulo em mathemática do celebre professor José Anastacio da Cunha. (...) Tinha sido maçon em tempos, mas abandonou depois a sociedade, e escreveu contra ella.Com uma pequena assinatura antiga no frontispício.

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415 — [COUTINHO (Faustino José da Madre de Deus Sousa)].- A FACÇÃO E A CONTEM-PLAÇÃO. Por Faustino José da Madre de Deos. Lisboa: Em Setembro de 1828. Na Imprensa da Rua dos Fanqueiros Nº 129 B. In-8.º gr. de 20 págs. B.“Proponho-me neste escripto a mostrar, que he impossivel ter contemplação alguma com a facção maçonica, ou liberal, sem vir a ser victima de suas atraiçoadas machinações (...)”. Conforme Innocêncio escreve no seu proveitoso Dicionário Bibliográfico, consta que o autor, natural de Lisboa, foi discípulo de José Anastácio da Cunha, enquanto aluno do Colegio de S. Lucas na Casa Pia. (...) Tinha sido maçon em tempos antigos, mas abandonou depois a sociedade, e escreveu contra ella.” (...).Por ter tido dificuldade em vêr uma parte dos opúsculos que relaciona, fez a transcrição dos seus títulos “taes como os achei nos antigos catálogos do livreiro João Henriques, sem ficar por fiador da exactidão d’elles” (...). Diz ainda o mesmo bibliógrafo que o autor omitia os últimos apelidos, assi-nando apenas o nome de Faustino José da Madre de Deus e que colaborara no periódico «Trombeta Final», publicado em 1828.

416 — [COUTINHO (Faustino Jose da Madre de Deus Sousa)].- OS POVOS, E OS REIS. Opusculo offerecido aos Portuguezes, por Faustino José da Madre de Deos. [ gravura com as Armas de Portugal]. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1825. In-8.º gr. de 128 págs. Desenc.O autor, Faustino José da Madre de Deus de Sousa Coutinho, de Lisboa, foi discípulo do célebre professor José Anastácio da Cunha. Diz Inocêncio que “tinha sido maçon em tempos antigos, mas abandonou depois a sociedade, e escreveu contra ella”. O mesmo bibliógrafo diz não ter podido ver a maioria dos escritos do autor, “que hoje difficilmente se encontram (...)”.

417 — COUTINHO (J. A. de S. P.).- CONFUTAÇAÕ DO REQUERIMENTO QUE SE FEZ Á JUNTA SUPREMA DO GOVERNO DO REINO EM NOME DE JOAÕ MENDES DIAS, publicado pelo seu advogado Filippe Arnaut de Medeiros na nota do seu impresso, intitulado REFLEXÕES FEITAS AOS ACONTECIMENTOS Do Dia 11, e noite do dia 17 de Novembro de 1820. Offerecida ao Respeitavel Publico por J. A. de S. P. Coutinho, Morgado de Villar de Perdizes. Lisboa: Na Offic. de Antonio Rodrigues Galhardo, Impressor do Conselho de Guerra. 1821. In-4.º peq. de 31-I págs. Desenc..Inocêncio não regista este título, mas dá conta do que, sobre o mesmo assunto, escreveu e publicou Filipe Arnaut de Medeiros, advogado em Coimbra.

418 — [COUTINHO (D. João de Azevedo Sá)].- COSTA CABRAL EM RELEVO, ou Me-moria Biographica d’este Ministro para servir d’auxiliar á Historia do dia. 2ª edição. Coimbra: Typographia da Opposição Nacional. 1844. In-8.º de VI-68 págs. B.Livrinho publicado anónimo. Inocêncio desconheceu esta edição, porquanto, registando a primeira, também publicada em Lisboa em 1844, diz: Este mesmo pamphleto, supprimido o prologo, com varias alterações na phrase e um additamento no fim, sahiu novamente impresso na referida typogra-phia [de Manuel de Jesus Coelho] com o titulo: Biographia de Antonio Bernardo da Costa Cabral, traduzida do jornal hespanhol «Eco del Comercio», 1846, dizendo ignorar se o autor teve qualquer participação nesta edição.

419 — COUTINHO (José Joaquim da Cunha de Azeredo).- COLLECÇÃO DE ALGUNS MA-NUSCRIPTOS CURIOSOS DO Exmo. BISPO D’ELVAS, depois Inquisidor Geral, Dos quaes posto que já se ténham publicado alguns no Periodico denominado O Investigador Portuguez, Nos Nos. do mez de Fevereiro de 1812 pag. 554 até 557; e no de Setembro de 1815 pag. 313 até 322; outro no Periodico denominado Mnemozine Luzitana, Nos Nos. 13, 15, 16, 17, e 18; pag. 201, 241, 257, 273, e 289; com tudo fôram sem nome do Authôr; outros que ainda se conserva-vam manuscriptos se vão agora fazer publicos pelo meio da imprensa- Londres: Impressor por

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L. Thompson, 19, Great St. Helens. 1819. In-8.º de IX-I-126-II págs. E.Natural do Rio de Janeiro e filho de abastados agricultores, Azeredo Coutinho veio para Portugal onde se matriculou, em 1775, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Ocupou cargos de relevante responsabilidade quer no Brasil, quer em Portugal; foi Bispo de Pernambuco, Bispo de Elvas e Inquisi-dor-geral do Tribunal do Santo Ofício de Lisboa. Foi eleito deputado pelo Rio de Janeiro às Cortes Gerais e Constituintes da Nação Portuguesa, cargo que apenas ocupou na sessão inaugural por ter falecido dois dias depois da abertura dos trabalhos. Foi ainda membro da Academia Real das Ciências de Lisboa.Innocêncio faz registo da sua vida e actividade, assim como Palmira Morais Rocha de Almeida no «Dicionário de Autores no Brasil Colonial» lhe faz ampla referência dizendo que “ (...) as suas ideias e ação permitem enquadrá-lo no movimento iluminista. Deu um contributo importante para a evolução do ensino no nordeste brasileiro (...) Nos textos de natureza económica o seu pensamento aproxima-se da posição dos fisiocratas franceses, defensores do princípio da ordem natural.” A págs. 79, dá início a edição à «Memoria appresentada na Academia Real das Sciencias de Lisboa pelo seu Sócio (...) D. Joze Joaquim da Cunha de Azeredo Continho [sic] Bispo de Elvas, em outro tempo Bispo de Pernambuco.Encadernado no mesmo volume e do mesmo autor foi apenso: “Cópia da Proposta feita ao Bispo de Pernambuco, D. José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho, e da resposta que elle deo á dita Proposta, &c.” seguida da “Cópia da Carta, que escreveo o Bispo de Elvas aos Redactores do Investigador Portuguez, publicado no seu N.º 86 de Agosto de 1818 sobre limites do Brazil pela parte do Sul.”, “Copia da Carta XI. Lisboa 10 de Abril de 1777”; “Copia da carta XII. Lisboa 13 de Abril de 1777”; “Copia da Carta XIII. Lisboa 20 de Abril de 1777”; “Copia da Carta XIV. Lisboa 25 de Abril de 1777”.Esta documentação, anexada, teve edição própria [Lisboa, Impressão Régia, 1819]; conforme infor-mação dada por Palmira de Almeida, “Na primeira parte o autor responde a uma questão que lhe foi colocada sobre apresamento marítimo. A segunda parte contém a Cópia da Carta, que escreveo o Bispo de Elvas aos Redactores do Investigador Portuguez (...), na qual, depois de explanar as suas ideias sobre o direito de Portugal às regiões situadas na margem esquerda do Rio da Prata, reafirma ser esta importante via fluvial a fronteira natural do Brasil a sul”.Encadernação da época, em carneira, decorada com ferros a ouro na lombada.

420 — COUTINHO (Vasco Pinto de Sousa).- MEMORIAS SOBRE ALGUMAS ANTIGAS CORTES PORTUGUEZAS EXTRAIDAS FIELMENTE DE MANUSCRITOS AUTENTI-COS DA BIBLIOTECA REAL DE PARIS, ETC., ETC., Oferecidas aos Emigrados Portuguezes pelo seu companheiro d’exilio... Paris. 1832. In-4.º gr. de 36 págs. Desenc.Publicação muito rara, publicada em Paris durante a Regência de D. Pedro de Alcantara.Grosseiros restauros nas duas primeiras folhas.

421 — [COUTO (António Maria do)].- MANIFESTO CRITICO, ANALYTICO, E APOLO-GETICO: EM QUE SE DEFENDE O INSIGNE VATE LUIZ DE CAMÕS [sic], DA MOR-DACIDADE DO DISCURSO PRELIMINAR, QUE PRECEDE AO POEMA ORIENTE; E SE DEMONSTRÃO OS INFINITOS ERROS DO MESMO POEMA. Lisboa, Na Impressão de J. F. M. de Campos. 1815. In-8.º de IV-104-IV págs. B.Opúsculo publicado sem o nome do autor mas por Innocêncio atribuído a António Maria do Couto.Capa da brochura

422 — COUTO (António Maria do).- A MATERIALEIRA. Discurso em que o Professsor Re-gio Antonio Maria do Couto desfia hum dialogo com o grave titulo de MISERIA, que Macedo em hum acesso de frenetico delirio compuzera contra Couto. Offerecido ao Público para sua instrucção. Producção XXXVII. ultima sobre este Objecto por agora. Lisboa. Na Impressão de J. F. M. de Campos. 1815. In-8.º de VI-64 págs. B.

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Um dos muito curiosos e numerosos opúsculos de António Maria do Couto, onde é atacado Agostinho de Macedo, desta vez, pela publicação ao diálogo «Miséria», impresso em 1811. Conforme informa Innocêncio nas Memórias do Padre Agostinho de Macedo, esta obra “somente foi publicada em 1815 como desforra do livro que J. A. escrevera intitulado O Couto, impresso no dito ano. Esteve guardado até então”.

423 — [COUTO (António Maria do)].- PALMATORIA CONTRA PEDREIROS-LIVRES, REFUTAÇÃO Á HERETICA PRAVIDADE DE SEUS MODERNOS ESCRIPTOS, E Á IN-TRODUÇÃO DO MANIFESTO DO GRANDE ORIENTE LUSITANO. Por o Censor Profano. Lisboa: Na Impressão de Alcobia. 1821. In-8.º de 68 págs. B.Publicado sob pseudónimo, o opúsculo é atribuído segundo Innocêncio, por pessoas bem informadas, a António Maria do Couto. O autor, natural de Lisboa, vem referido no «Dicionário de Maçonaria Portuguesa» de Oliveira Marques, sendo no entanto bastante mais desenvolvida a informação forne-cida por Innocencio.

424 — [COYER (Gabriel François)].- LA // NOBLESSE // COMMERÇANTE. // [pequena gravura] // A LONDRES, // Chez FLETCHER GYLES, // dans Holborn. // —— // M. DOC. LVI. [sic]. In.8.º de 208 págs. E.Primeira e muito estimada edição. A obra, publicada sob anonimato, tem o nome do autor desvendado por Barbier no seu notável «Dictionnaire des Ouvrages Anonymes», dizendo ainda que ela foi “reim-primée avec le nom de l’auteur”, sem fazer menção da data de impressão. Gabriel François Coyer (1707-1782), clérigo jesuíta, estudou humanidades e Filosofia tendo-se afastado a ordem em 1736. «La Noblesse Commerçante» destaca-se da sua Obra pelo seu carácter de moder-nidade no pensamento económico da época, o que provocou acesa polémica acerca deste assunto.Encadernação da época inteira de pele. Com um monograma e uma assinatura de posse no frontispício.(ver gravura na pág. 129)

425 — CRESPO (Gonçalves).- NOCTURNOS. Adelino Fernandes Editor. Lisboa. 18, Rua Oriental do Passeio. 1882. [Lisboa. Imprensa Nacional]. In-8.º de IV-164-II págs. E.Primeira, cuidada e invulgar edição deste belo livro do poeta brasileiro Gonçalves Crespo, com poe-sias que tiveram grande popularidade, especialmente a que o autor intitulou de «A venda dos bois».Encadernação editorial, com título a ouro na lombada e na pasta anterior.

426 — CHRISTO (Homem).- MONARCHICOS E REPUBLICANOS. (Apontamentos para a história contemporânea). Livraria Escolar Progrédior. Porto. 1928. In-8.º de 411-I págs. B.“O que se vae ler é extrahido em grande parte do Banditismo Politico, publicado em 1912, em Hespa-nha, volume que não chegou a circular em Portugal.”Capa da brochura ilustrada a cores por Octávio Sérgio. Valorizado Com dedicatória do autor e subli-nhados a lápis.

427 — CHRONICA CONSTITUCIONAL DE LISBOA. Numero 1. Quinta feira 25 de Julho de 1833 (a Nº 135. Terça feira 31 de Dezembro. 1833). In-fólio de 750 págs. E.Folha oficial correspondente a um agitado período da vida política portuguesa, para cujo estudo é elemento de indispensável importância e hoje bastante raro.Encadernação da época.

428 — CRUZ (António).- CATÁLOGO DOS MANUSCRITOS. (Códices Nºs. 1225 a 1364). Elaborado por... Porto. MCMLII. In-4º peq. de XLIII-I-205-II págs. B.É a primeira parte do inventário do riquíssimo fundo de manuscritos conservado na Biblioteca Pública Municipal do Porto, elaborado pelo, então seu director, o Prof. Dr. António Cruz.

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429 — CRUZ (António).- AS PRATAS PORTUGUESAS NA AMÉRICA DO NORTE. Porto. MCMXLIX. [Imprensa Portuguesa]. In-4.º de 64-IV-XXXII págs. B.Com XVI estampas em folhas à parte reproduzindo belos exemplares de pratas portuguesas. Edição do Grémio dos Industriais de Ourivesaria do Norte de Portugal. Muito invulgar.

430 — [CRUZ (Manuel dos Santos)].- A EUROPA SEM VÉO, Ultimatum aos Gabinetes; ou Ne-nhuma Politica, senão as Garantias de facto; A Politica das Nacionalidades. Escrito para os Povos por Hum Amigo do Povo. Lisboa: 1834. Na Imprensa da Rua dos Fanqueiros. In-8.º de 100 págs. E.Obra publicada sob pseudónimo, atribuída a Manuel dos Santos Cruz, distinto médico, natural de San-tarém, “deputado ás Cortes constituintes em 1837, tornando-se notavel n’esta assembleia por sua idéas extremamente populares. (...) Homem de talento indisputavel, não menos que de rigidas convicções democraticas, nunca pediu nem acceitou titulos, postos, condecorações, ou cargos publicos, afóra o de Medico do Terreiro do Trigo”. Innocêncio, autor das palavras que acabamos de transcrever, faz referência a outras fontes biográficas acerca do autor.Encadernação da época com lombada de pele e papel marmoreado colado nas pastas.

431 — [CUNHA (A. Pereira da)].- DOM MIGUEL II. Lisboa. Typographia. 153 - Rua do Bemfor-moso. 1869. In-8.º de 30-II págs. B.Escrito apologético e esperançado na vinda de D. Miguel II, que “se acha em Metz, a cuidar dos seus estudos, [e que] tem agora dezeseis annos”. Primeira edição, publicada sob anonimato.

432 — CUNHA (A. Pereira da).- NÃO. RESPOSTA NACIONAL ÁS PRETENÇÕES IBERICAS. Porto: Typ. de Francisco Pereira d’Azevedo. Rua das Hortas n.º 105. 1857. In-8.º de VII-I-216-II págs. E.A propósito do livro «IBERIA» de Sinibaldo de Mas, onde se defende a tese da união ibérica, o autor resolveu refutar “a começar pelo prologo do editor portuguez, e a acabar pelas notas do author, pois se intendeu que isso tudo se consubstanciara á obra, a ponto de completal’a.”Encadernação da época com lombada de pele.

433 — CUNHA (José Anastácio da).- A VOZ DA RAZÃO. Por... Lente de Mathematica da Universidade de Coimbra. (...) Paris. Na Officina de A. Bobée. 1826. In-24.º de VI-42 págs. E.Depois de circularem cópias manuscritas, estas célebres epístolas foram pela primeira vez impressas em Coimbra, clandestinamente, em 1822. Segundo Innocêncio “em uma pequena imprensa, que para esse fim arranjára o então estudante da faculdade de medicina, e depois deputado ás cortes de 1834 e 1837.” Segundo o mesmo bibliófilo, ouve segunda edição, conforme a original, com o mesmo registo tipográfico suposto de Paris, na Offic. de A. Bobée. A primeira com data de 1822, a segunda de 1826, “edição conforme á de Coimbra no formato, mas que se distingue d’ella pelos typos, muito mais grosseiros, e que logo denunciam a contrafeição.” Segunda edição, conforme a primeira, bastante invulgar. Com uma nota «O EDITOR», no final assinada B. F. B. M.Bonita encadernação da época, inteira de pele. Com ferros a ouro na lombada e pastas.

434 — CUNHA (D. Luis da).- TESTAMENTO POLITICO, OU CARTA ESCRITA PELO GRANDE D. LUIZ DA CUNHA AO SENHOR REI D. JOSÉ I. ANTES DO SEU GOVERNO, O qual foi do Conselho dos Senhores D. Pedro II., e D. João V, e seu Embaixador ás Côrtes de Vienna, Haya, e de Paris, onde morreo em 1749. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1820. In-8.º de 66-II págs. B.Carta dirigida ao ainda príncipe D. José onde o autor, temendo a morte de D. João V, como “o mais antigo Ministro, que o Senhor Rei D. Pedro, heroico Avó de V. A. no anno de 1600 tirou da Casa da Suplicação para o servir no Ministerio Estrangeiro, e que nelle me conservou ElRei Nosso Senhor até

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agora (...)” propõe uma atenta e sábia análise acerca dos destinos e governação de Portugal, entre os quais a nomeação de Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, para secretário do Reino, “cujo genio paciente, especulativo, e ainda que sem vicio, hum pouco diffuso, se acorda com o da Nação”.Redigida em meados do século XVIII esta importante carta foi pela primeira vez publicada em 1815, em Londres, no Observador Português e por muitos foi considerada visão esclarecida e exemplar dos ideais que germinaram no Liberalismo.Frontispício com alguma sujidade.

435 — CUNHA (Victor).- MONOGRAFIA DE CABECEIRAS DE BASTO. História — Lendas — Curiosidades. Cabeceiras de Basto. 1958. In-8.º de 107-I págs. B.Invulgar monografia de Cabeceiras de Basto, vila portuguesa do distrito de Braga.

436 — D’IVERNOIS (Sir Francis).- NAPOLÉON ADMINISTRATEUR ET FINANCIER; Pour faire Suite au Tableau Historique et Politique des Pertes que la Révolution et la Guerre ont causées au Peuple Français, dans sa Population, son Agriculture, ses Colonies, ses Manu-factures et son Commerce.— Mars, 1799. A Londres, de L’Imprimerie de Schulze et Dean, 13, Poland-Street. Avril 1812. In-8.º gr. de XI-I-329-II págs. B.“Serait-ce une vaine curiosité que d’examiner si un peuple distingué par ses victoires est en même temps un peuple distingué par son bonheur? Cet examen, traité en grand, ouvrirait la plus belle car-rière à l’étude de l’économie politique: et si le résultat fournissait des preuves incontestables que la félicité de ce peuple est, dans tous ses rapports, sacrifiée à l’éclat de la puissance; quoiqu’on pût dire de l’habilité, ou du génie de ceux qui le gouvernent, la véritable politique leur serait méconnue, puis-que le but de la politique ne doit être que le bonheur des gouvernés. (...) Cette révolution inopinée est principalement due aux Portugais, qui, par les conseils et par les orders de Lord Wellington, ont détruit eux-mêmes leurs approvisionements et jusqu’aux propriétés mobiliaires qu’ils étaient hors d’état d’emporter ou de défendre, pour ne point les laisser devenir la proie de l’armée française. (...)”.Primeira edição, bastante rara, deste polémico e controverso trabalho acerca da política finan-ceira e fiscal adoptada durante a Revolução Francesa.Com falta das capas da brochura e pequenas imperfeições.

437 — D’OXFORD (Vaughan) & S. BOAVENTURA (Fortunato de).- RELAÇÃO DO PRI-MEIRO CERCO DE SARAGOÇA DESDE 14 DE JUNHO ATÉ 15 DE AGOSTO DE 1808. Escripta por... Testemunha ocular do mesmo Cerco; á qual se ajunta a relação do segundo Cerco, que principiou a 27 de Novembro de 1808, e se diz acabado a 21 de Fevereiro de 1809. Traduzi-da fielmente do Boletim 33.º do Exercito Francez; e refutada por... Coimbra: Na Real Imprensa da Universidade. 1809. In-8.º de 36 págs. Desenc.Opúsculo com interesse para a história das invasões francesas na península. A primeira relação des-creve sucintamente a cidade de Saragoça, capital do Reino de Aragão, seguindo-se a descrição da invasão verificada a 25 de Maio de 1808; o opúsculo segue com a relação do 2.º Cerco e a refutação de S. Boaventura do «Boletim» n.º 33 do Exército Francês que começa com as seguintes palavras: “O Duque de Dalmacia chegou a Tuy no dia 10 de Fevereiro. Toda a Provincia está subjugada. Elle reunia todos os meios de passar no dia seguinte o Rio Minho, que he de extremada largura neste sitio: devia chegar ao Porto desde 15 até 20, e a Lisboa de 20 até 28.”

438 — DACIANO (Bertino).- CINFÃES. (Subsídios para uma monografia do Concelho). Edição da Junta de Província do Douro-Litoral. Porto. 1954. In-8.º gr. de 268-II págs. B.Entre outros temas regionais são estudadas as casas nobres, casais e quintas de Cinfães, as feiras e romarias, as festas e os costumes, as lendas e tradições, a linguagem, etc. Profusamente ilustrado nas páginas de texto.

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439 — DACIANO (Bertino) & FREITAS (Eugénio de Andrea da Cunha e).- SUBSÍDIOS PARA UMA MONOGRAFIA DE VILA DO CONDE. Com um prefácio do Dr. Augusto César Pires de Lima. Porto. MCMLIII. In-4.º de XXIX-I-165-I págs. B.Valiosa monografia de Vila do Conde, “terra bem digna de estudo, aliás, não só pelo seu valor arqueológico, artístico e histórico, como também pelo seu interesse folclórico, etnográfico e, até, histórico-económico”. Único volume publicado, profusamente ilustrado nas páginas de texto e com uma “Carta Topográfica de Azurara, Vila do Conde e Caxinas” em folha desdobrável.Com dedicatória de Eugénio da Cunha e Freitas.

440 — DACIANO (Bertino) & FREITAS (Eugénio de Andrea da Cunha e) & NEVES (Serafim Gonçalves das).- AZURARA. (Concelho de Vila do Conde). Subsídios para a sua Monografia. Edição da Junta de Província do Douro-Litoral. Porto. 1948. In-4.º peq. de 338-II págs. E.Excelente monografia de uma freguesia que em tempos passados teve mais importância que a sua vizinha Vila do Conde, documentada com um avultado número de fotogravuras e desenhos.Boa encadernação com lombada e cantos de pele, decorada com ferros dourados e nervuras. Com as capas da brochura preservadas e com dedicatória de Eugénio da Cunha e Freitas.

441 — DAGUIN (A.).- ORDRES DE CHEVALERIE AUTORISÉS EN FRANCE. Notice sur ces Ordres. Législation les Concernant. Paris. Charles Mendel, Éditeur. 1894. In-4.º de XII-188-IV págs. E.Muito cuidada e invulgar edição, documentada com XIV folhas ilustradas a cores, impressas sobre papel bastante encorpado com a representação das fitas (ruban) de cada uma das Ordens autorizadas, entre as quais as de Portugal, Brasil e Espanha. Nas páginas de texto e a negro vêm as respectivas medalhas.No final, para além de uma folha de «Errata», a edição é composta por IV folhas em papel de diferente qualidade com o catálogo do editor. Encadernação com lombada e cantos de pele decorada a ouro e com nervuras. Só está ligeiramente aparado à cabeça e conserva as capas da brochura.

442 — DAUN (João Carlos de Saldanha Oliveira e) [DUQUE DE SALDANHA].- OBSERVA-ÇOES DO CONDE DE SALDANHA, sobre a carta, que os membros da Junta do Porto dirigiraô [sic] a S, M, o Imperador do Brazil, em 5 d’Agosto de 1828, e mandaraô publicar no Paquête de Portugal em Outubro de 1829. [Na Typografia de J. Tastu]. In-8.º de 43-I págs. Desenc,Da pág. 30, até ao final foram reproduzidas cartas que documentam a fracassada revolta da Junta Liberal do Porto, também conhecida por Belfestada.No «Ensaio Bibliográfico» de Ernesto do Canto, o bibliófilo diz que estas Observações “deram logar a grande polemica com Joaquim Antonio de Magalhães, Francisco da Gama Lobo Botelho, Coronel Pizarro e Albino Pimenta d’Aguiar.”, dando nota de uma outra edição, publicada no Rio de Janeiro, com dedicatória aos Emigrados Portuguezes.

443 — DAUN (João Carlos de Saldanha Oliveira e) [DUQUE DE SALDANHA].- OBSER-VATIONS OF COUNT DE SALDANHA TO A LETTER WHICH THE MEMBERS OF THE OPORTO JUNTA ADDRESSED TO HIS IMPERIAL MAJESTY THE EMPEROR OF BRA-ZIL. On the 5th of August, 1828, And ordered to be published in the Paquete de Portugal in Oct. 1829. Translated from the Portuguese. London: 1830. In-8.º de 41-I págs. Desenc.Muito rara tradução do original português publicado em 1829, não referenciada por Innocêncio, mas registada no «Ensaio Bibliográfico» de Ernesto do Canto.

444 — DAUN (José Sebastião de Saldanha Oliveira).- DIORAMA DE PORTUGAL NOS 33 MEZES CONSTITUCIONAES, ou Golpe de Vista sobre a Revolução de 1820 — a Consti-tuição de 1822 — a Restauração de 1823. E acontecimentos posteriores até ao fim de Outubro do mesmo anno. Por José Sebastião de Saldanha Oliveira Daun, Senhor de Pancas. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1823. In-4.º peq. de 244 págs. B.São raros os exemplares deste valioso repositório de notícias para a história política da época, a cujo autor, neto pela parte materna do Marquês de Pombal, foi conferido em 1854 o título de Conde de Alpedrinha.Com sujidade e pequenas anotações no frontispício.

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445 — DE LABORDE (Alexandre).- VOEU DE LA JUSTICE ET DE L’HUMANITÉ EN FAVEUR DE L’EXPÉDITION DE D. PEDRO. Paris. Bohaire, Libraire-Éditeur. A Lyin, Même Maison de Commerce, 1832. In-8.º de IV-VII-I-118-II págs. Desenc.Principalmente conhecido pela «Voyage pittoresque et historique en Espagne», o autor, de convicções liberais, defensor acérrimo da educaçaõ universal, publicou esta obra em defesa D. Pedro, Imperador do Brasil, confrontando os poderes sacerdotal e aristocrático com o direito natural e a dignidade do homem. Com interesse para a história política de Portugal, da usurpação de D. Miguel, Da Ilha Ter-ceira e de D. Maria, Açores, etc. Em Apendice: Déclaration des insurgés à Oporto; Proclamation des mêmes; Noms des personnes les plus remarcables du parti de dona Maria.

446 — DE PRADT (M.).- L’EUROPE ET L’AMÉRIQUE, DEPUIS LE CONGRÈS D’AIX--LA-CHAPELLE; A Paris, Chez Béchet aîgné, Libraire (...) 1821. Imprimerie de Denugon. 2 vols. In-8.º de IV-XXVI-II-255-III e IV-257-III págs. E.Com interesse para a história da Europa e das suas relações com a América no final das Guerras Napo-leónicas. Entre muitas outras e importantes matérias, foram neste Congresso abordados o domínio Espanhol nas colónias americanas, o combate ao tráfico esclavagista e à pirataria.Encadernações contemporâneas com as lombadas decoradas a ouro.

447 — DE PRADT (M.).- EXAMEN DU PLAN PRÉSENTÉ AUX CORTÈS POUR LA RE-CONNAISSANCE DE L’INDEPENDANCE DE L’AMERIQUE ESPAGNOLE. Paris, Chez Bechet Ainé, Librairie, Rouen, Chez Bechet. 1822. In-8.º gr. de IV-122.II págs. Desenc.Do Índice: Faits antérieurs aux plans des cortès; discussion des articles de ce plan; A quoi peut servir ce plan; Vœux pour l’Amérique et pour l’Europe; Reconnaissance de l’indépendance de Chili; Lettre officielle du général O’donoju, vice-roi du Mexique.Desconjuntado.

448 — DEBATES NO PARLAMENTO BRITANICO SÔBRE OS NEGOCIOS DE PORTUGAL, Em Sessão do 1.º de Junho na Camara dos Communs, e de 19 do mesmo mes na Camara dos Pares. Com a Historia e Annalyse d’esta discussão e das circunstancias que a motivaram. Londres: Impresso por R. Greenlaw, 39, Chichester Place. Gray’s Inn Road. 1829. In-8.º de 36 págs. Desenc.Raríssimo opúsculo impresso em Londres, importante subsídio para a história da tão debatida questão portuguesa, dos argumentos entre miguelistas e liberais, da incursão miguelista à Ilha Terceira e da respectiva proclamação aos habitantes das Ilhas dos Açores, feita pelo seu Governador e Capitão General, o Conde de Vila Flor.Desencadernado e com outros pequenos defeitos de conservação.

OBRA DE GRANDE IMPORTÂNCIA PARA A HISTÓRIA DA EXPULSÃO DA COMPANHIA DE JESUS EM PORTUGAL.

449 —DEDUCÇÃO // CHRONOLOGICA, E ANALYTICA. // PARTE PRIMEIRA, // NA QUAL // SE MANIFESTÃO PELA SUCCESSIVA SERIE DE CADA HUM // dos Reynados da Monarquia Portugueza, que decorrêrão desde o Go- // verno do Senhor Rey D. João III. até o presente, os horrorosos // estragos, que a Companhia denominada de Jesus fez em Portugal, e // todos seus Dominios, por hum Plano, e Systema por Ella inalte- // ravelmente seguido des-de que entrou neste Reyno, até que // foi delle proscripta, e expulsa pela justa, sabia e pro- // vidente Ley de 3. de Setembro de 1759. // DADA Á LUZ // PELO DOUTOR // JOZEPH SEABRA DA SYLVA // Desembargador da Casa da Supplicação, e Procurador da COROA // DE S. MAGESTADE, // PARA SERVIR DE INSTRUCÇÃO, E FAZER PARTE DO RECURSO, // que

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o mesmo Ministro interpoz, e se acha pendente na REAL PRESENÇA do dito // SENHOR, sobre a indispensavel necessidade, que insta pela urgente Reparação // de algumas das mais attendiveis entre as Ruinas, cuja existencia se acha de- // turpando a Authoridade, e opprimindo o Publico Socego. // LISBOA // ANNO DE MDCCLXVII. // NA OFFICINA DE MIGUEL MANESCAL DA COSTA // POR ORDEM DE SUA MAGESTADE. In-4.º gr. de VIII-VIII-566-II págs.——— DEDUCÇÃO // CHRONOLOGICA, E ANALYTICA. // PARTE SEGUNDA // NA QUAL // SE MANIFESTA O QUE SUCCESSIVAMENTE PASSOU // NAS DIFFERENTES EPOCAS DA IGREJA // SOBRE A CENSURA, PROHIBIÇÃO, // E IMPRESSÃO DOS LIVROS: // DEMONSTRANDO-SE OS INTOLERAVEIS PREJUIZOS, // QUE COM O ABUSO DELLAS DE SE TEM FEITO // Á MESMA IGREJA DE DEOS: // A TODAS AS MONARQUIAS: // A TODOS OS ESTADOS SOBERANOS // E AO SOCEGO PUBLICO DE TODO O UNIVERSO. // ibid. In-4.º gr. de IV-XVI-346-II págs.

——— COLLECÇÃO // DAS PROVAS // NA // PARTE PRIMEIRA, E SEGUNDA // DA // DEDUCÇÃO // CHRONOLOGICA, // E ANALYTICA, // E NAS DUAS // PETIÇÕES DE RECURSO // DO DOUTOR // JOSEPH SEABRA DA SYLVA. // ibid. // MDCCLXVIII. // Ibid. In-4.º gr. de XIV-312 págs. E.Frontispícios impressos a negro e vermelho. A partir da pág. 169 do segundo volume, com frontispício próprio também, a negro e vermelho, decorre a PETIÇÃO // DE RECURSO // APRESENTADA EM AUDIENCIA PUBLICA // Á MAGESTADE // DE // ELREY NOSSO SENHOR // [...] // SOBRE // AS RUINAS, QUE NESTE REYNO, E SEUS DOMINIOS FIZERÃO AS // CLANDESTINAS INTRODUCÇÕES DAS BULLAS DA CEA, E DOS // INDICES EXPURGATORIOS ROMANO--JESUITI- // COS, NOS TERMOS SUBSTANCIADOS NA PARTE SEGUNDA // DA DEDUCÇÃO CHRONOLOGICA, E ANALYTICA. // PARA SERVIR // DE SETIMA DEMONSTRAÇÃO // DA MESMA SEGUNDA PARTE.Publicação fundamental para a história da extinção e expulsão da Companhia de Jesus em Portugal, publicação que se constitui num acérrimo ataque àquela Companhia, devida, segundo julgam alguns autores, ao próprio Marquês de Pombal coadjuvado por José Seabra da Silva, A. Pereira de Figueire-dos e outros. De acentuar também a importância da obra na história de censura literária em Portugal.PRIMEIRA EDIÇÃO, A MAIS ESTIMADA E INVULGAR, IMPRESSA EM BOM PAPEL DE LINHO.Encadernações inteiras de carneira, da época, danificadas. O frontispício do primeiro volume apresenta um restauro antigo no verso da folha e outros pequenos defeitos; o terceiro, uma mancha de água no canto superior esquerdo das folhas preliminares. No geral, o papel do exemplar conserva-se bastante limpo. (ver gravura na pág. 134)

450 — [DEFAUCONPRET (A. J. B.)].- LONDRES ET SES HABITANS, ou Quinze jours a Londres a la fin de 1815, et six mois a Londres en 1816. Par M. *** Seconde Édition, Revue et Corrigée. Paris, A la Librairie d’Alexis Eymery, rue Mazarine, n.º 30. Delaunay, Librairie, Palais-Royal, galerie de bois. 1817. In-8.º de IV-216-I; IV-243-I págs. E.Obra interessante e bastante curiosa, publicada em duas partes com frontispícios independentes.O autor, de naturalidade francesa, faz detalhada descrição das suas viagens a Londres, fazendo comen-tário da sua vida politica, social e cultural.Do índice: L’hôtel impérial de St.-Pétersbourg; La Taverne; Le Café; Le Dimanche; L’Incendie; Les Sonnettes; Le Spectacle; Les Rues et les Maisons; Le Muséum Britannique; La Politesse; Les Spécu-lations; Le Dîner anglais; Les Shérifs; Les Boxeurs; La Promenade; Les Journaux; Les Caricatures; La Tour de Londres; Histoire d’un artiste français; Le Suicide; L’Opéra; Modes; Spectacle français à Londres; Établissemens de bienfaisance; Pension anglaise;Café Lloyd - Maison publiques; Un thé - Une assemblée de demoiselles; Femmes anglaises; Greenwich; Beaux-Arts; La langue anglaise; Bazars - Charlatanisme; Loterie d’Angleterre; Tribunaux; Chambre des Communes; Un mariage; Force militaire; Anecdotes théâtrales; Combats de coqs; Combats de taureaux, etc.Ambas as parte que constituem o volume apresentam assinaturas de autenticidade manuscritas pelo editor “A. Eymery”.Encadernação inteira de pele, contemporânea.

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451 — DEFFINIÇOENS, // & // ESTATUTOS // DOS // CAVALLEYROS, E FREYRES // da Ordem de Nosso Senhor // JESU CHRISTO, // COM A HISTORIA DA ORIGEM, // & principio della, // OFFERECIDOS // AO MUYTO ALTO, E PODEROSO REY // D. JOAÕ V. // NOSSO SENHOR. // ... // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina de PASCOAL DA SYLVA, // Im-pressor de Sua Magestade. // M.DCCXVII. In-fólio de LX págs. prels. inums. e 180 nums. E.Composição adornada de letras capitais de fantasia, cabeções de enfeite e florões de remate em boas gravuras abertas em madeira. Frontispício impresso em linhas alternadas a negro e vermelho.No início do volume, integradas nas págs. prels. inumeradas, vêm quatro estampas impressas a verme-lho com as várias cruzes da Ordem de Cristo. Edição setecentista, bastante invulgar. Terceira edição.Encadernação da época em inteira de pergaminho mole, com dizeres manuscritos na lombada.

452 — DEFINIÇÕES, // E // ESTATUTOS // DOS // CAVALLEIROS, E FREIRES // DA OR-DEM DE NOSSO SENHOR // JESUS CHRISTO, // COM A HISTORIA DA ORIGEM, E // principio della, // OFFERECIDOS // AO MUITO ALTO, E PODEROSO REY // D. JOÃO V. // NOSSO SENHOR. // ... // LISBOA, // NA OFFICINA DE MIGUEL MANESCAL DA COSTA, // Impressor do Santo Officio. // Anno M. DCC. XLVI. In-4.º gr. de LXVIII págs. inums. prels. e 194-II nums. E.Frontispício impresso a vermelho e negro. Tem, em quatro das folhas inumeradas impressas a verme-lho, as cruzes para a roupeta e capa dos noviços e dos professos. É, cremos, a quarta edição dos Estatutos dos Cavaleiros e Freires da Ordem de Cristo, pela primeira vez publicados em 1628.Encadernação da época, um pouco esfolada. Com curioso carimbo no frontispício, antigo, assinado Antonio Vicente de Manª (?) e Souza.

453 — [DEMOURIEZ (C. F.)].- ÉTAT PRÉSENT // DU ROYAUME // DE PORTUGAL. // Nou-velle édition, corrigée et considerablement augmentée. // Avec une Carte géographique du Portu-gal. // HAMBURG, // chez P. Chateauneuf, Libraire. 1797. In-4.º gr. de IV-XXVIII-278 págs. E.Obra registada por Barbier no «Dictionnaire des Ouvrages Anonymes» e atribuída a C.- F. Dumouriez. Segunda edição, preferível por ser corrigida e aumentada.O autor justifica esta nova edição no texto que intitulou «Avis au Lecteur», texto que ocupa as primei-ras XX páginas preliminares, dizendo: “Ayant passé l’année 1766 en Portugal, j’avais fait toutes les recherches, dont treize mois de séjour avaient pû me procurer les facilités, pour connaitre un peuple intéressant, qui relegué au bout occidental de l’Europe, circonscrit dans un territoire fort peu étendu, après avoir acquis tant de célébrité pendant un siècle & demi par ses découvertes & ses conquêtes, était retombé depuis dans l’état de langueur et dans l’oubli. Après avoir rassemblé mes notes, j’en avais faits un corps d’ouvrage sous le titre d’Etat présent du Portugal en 1766.(...) Un homme de lettres de mes amis, auquel j’avais fait présent de ce manuscrit, sous la condition expresse d’en corriger le style, l’avait vendu sans cette précaution à un libraire de Lauzanne, qui l’avait imprimé de même. (...)”.Obra dividida em quatro partes: «Géographie du Portugal», com um capítulo para cada uma das suas Províncias; «Les Colonies Portugaises», referentes à Ásia, África, América e “Islles de l’Océan appar-tenantes au Portugal”; «État Militaire» e «Caractère National et Gouvernement», com os seguintes capítulos: “Mœurs des Portugais, les fidalgos, les femmes, spectacles, danses, combats de taureaux”; “Université de Coimbre, Collège des Nobles, Littérature, Auteurs, Historiens, Poëtes, Arts”; “Gou-vernement, marine, commerce, agriculture, finances”; “La Cour”; “Précis de l’histoire du Portugal”; “Anecdotes. Jean V, Joseph I, tremblement de terre, conspiration, guerre de 1762, incendie de la douane, mort de Graveron, révolte du Bresil”; “Etat politique du Portugal”; “Le Comte d’Oeyras”.Com um mapa em folha desdobrável intitulado «Carte du Portugal».Encadernação da época em pele inteira, com dourados na lombada, filetes nas pastas também doura-dos, tendo ao centro da pasta frontal um monograma acompanhado do nome LINDENBERG.Encadernação com vestígios de traça e outros pequenos defeitos.(ver gravura na pág. 137)

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454 — DESCRIPÇÃO DA ESTATUA-EQUESTRE DE D. PEDRO 4º inaugurada na Praça de Dom Pedro da Cidade do Porto. Escripto enriquecido com uma estampa lithographada que representa aquelle magnifico monumento e com a collecção de todos os documentos que elucidam e põem em dia com tudo quanto diz respeito a este importante assumpto. Porto. Typographia de Antonio José da Silva Teixeira. 1866. In-4.º de 18-II págs. B.A obra de que trata é um dos mais notáveis exemplares da estatuária portuense, reproduzido em gra-vura na capa da brochura do folheto.“Segunda edição acrescentada com os discursos que por esta occasião se pronunciaram e as respostas de Sua Magestade”.

455 — DESCRIPCION // GENEALOGICA Y HISTORIAL // DE LA ILUSTRE CASA // DE SOUSA, // CON TODAS LAS REALES, // Y MUCHAS DE LAS GRANDES, // QUE DE ELLA PARTICIPAN, // CONTINUADA DESDE QUE FALTÓ LA VARONIA, // Y FUE SOBSTITUIDA POR LA REAL DE PORTUGAL // EN LOS SOUSAS DIONISES, // CUYA CABEZA Y PARIENTE MAYOR ES OY DON VASCO ALFONSO // de Sousa, Portugal, Fernandez de Cordova, Fernandez del Campo y Angúlo, Iñi- // guez de Carcamo, Hinestrosa, Ceron, Cardenas, Heraso, Rivera, Pacheco, Ruiz // de Leon, Manuel de Lando, Carrillo, Boca-negra, Quirós, Cabeza de Baca, Guz- // man, Argote, Mexia de Carasa y Infantas, Señor de las Villas del Rio, Aguila- // rejo, Alizné y la Torre de Guadiamar, Vizconde de dicha Torre, Mar-ques y Se- // ñor de Guadalcazar, Conde de Arenales, Marques de Hinojares, de Mejorada y de // la Breña, Patron perpetuo del Convento y Iglesia de Agustinos Recoletos de Ma- // drid, Alferez mayor de la Ciudad de Burgos y Real Valle de Mena, y Alguacil ma- // yor de su Santa Cruzada, y Señor de los Castillos de Fernan Iñiguez de Carcamo, // y de el de Bocanegra, Alcayde de el de la Villa de la Rambla, Alcayde mayor ho- // norifico perpetuo de la Ciudad de Sevilla, y Veinte y quatro // de la de Cordova. // COPILADA DE UN MANUSCRITO MUY ANTIGUO, Y CORREGIDA // y añadida hasta de presente. // [vinheta] // MADRID. // —— // En la Imprenta de Francisco Xavier Garcia, calle de los Capellanes, año 1770. In-4.º gr. de XVI-501-I págs. E.Obra de capital importância para a história genealógica e nobiliárquica das Casas Reais de Castela e de PortugalRaríssima, importante e valiosa edição, impressa sobre papel de linho de superior qualidade. Ilustrada com 3 brasões de armas abertos a buril em chapa de metal impressos em página inteira e ainda com 12 árvores genealógicas em folhas desdobráveis e de maiores dimensões.Palau regista a edição e dá nota da valorização que esta merece dizendo: “Este libro que en los catálo-gos antiguos españoles figura de 25 a 40 pts. se elevó a 125 pts. en 1914, y 300 pts. V. Vindel, 1929”.Encadernação da época em pergaminho mole, com dizeres manuscritos na lombada. Ocasionais man-chas de humidade dispersas pelo volume de relativa gravidade. (ver gravura na pág. 139)

456 — [DESJARDINS (C. L. G.)].- CAMPAGNES DES FRANÇAIS EN ITALIE, SOUS LES ORDRES DE BONAPARTE, jusqu’au traité de Campo-Formio, Seconde edition, augmentée d’un sixième volume Contenant les campagnes de ce général en Egypte, notamment sa dernière en Italie, et la bataille de Maringo, ainsi que les événemens les plus remarquables en France, tels que le 18 brumaire an 8, le 3 nivôse an 9, Jusqu’a La Paix définitive. A Paris, Chez Ponthieu, 1802 -- An X. [1801]. 6 vols. In-8.º de IV-XXIV-352; IV-383-I; IV-388; IV-310-II; IV-331-I e IV-288 págs. E.Segunda edição, preferível à edição original por ter sido acrescida de mais um volume, este consagrado às Campanhas de Bonaparte no Egito, conforme descrito no frontispício. Edição acompanhada de uma «Carte de L’Italie», desdobrável por ter grandes dimensões [30x43,5 cm].Obra muito invulgar e de grande importância para o estudo das Guerras Napoleónicas, também por ter sido uma das primeiras Histórias deste conflito político-militar.Belas encadernações inteiras de pele, francesas e da época. Com naturais vestígios de acidez disse-minados pelos volumes.

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457 — O DIABO COM BOTAS, E O BORBOLETA: O BORBOLETA ARRENEGADO CON-TRA O BICHO CONTA; e o Diabo com botas a consolal-o: ou dialogo entre dous amigos, o Borboleta, e o Diabo com Botas. Coimbra, Na Imprensa da Universidade. 1822. In-8.º gr. de 23-I págs. Desenc.Muito curioso e invulgar folheto anónimo, também publicado em 1822, na oficina lisboeta de João Nunes Esteves. Mais tarde no Porto foram feitas as edições de 1852 e 1861.

458 — DIARIO DO GOVERNO. [1821 a 1823]. 6 vols. In-4.º E.Importante repositório de notícias, diplomas legislativos, despachos, avisos, anúncios públicos e outra documentação oficial com interesse para a história da administração pública daquele importante período da história de Portugal.Colecção completa que com queda do regime constitucional em 1823 retomou a denominação de Gazeta de Lisboa.Encadernações da época com as lombadas muito deterioradas.

459 — DIAS (Augusto Malheiro).- CASTILHO E QUENTAL. Reflexões sobre a actual questão litteraria. Porto. Livraria e Typ. de Francisco Gomes da Fonseca, Editor. 1866. In-8.º gr. de 20 págs. B.Opúsculo muito invulgar, integrado na célebre polémica que ficou conhecida por «Questão Coimbrã» ou «Bom-Senso e Bom-Gosto».

460 — DIAS (Eduardo Rocha).- MONOGRAFIAS E OUTRAS OBRAS REFERENTES A VA-RIAS LOCALIDADES E MONUMENTOS DO CONTINENTE DE PORTUGAL. Breve indicação por... Lisboa. Typ. da Casa da Moeda e Papel Sellado. 1908. In-4.º de IV-82 págs. B.São muito invulgares os exemplares desta útil recolha bibliográfica, dada a público nas «Publicações da Associação dos Arqueólogos Portugueses».

461 — DIAS (Jaime Lopes).- A BEIRA BAIXA AO MICROFONE DA EMISSORA NACIO-NAL DE RADIODIFUSÃO. Torres & Cta. “Livraria Ferin”. Lisboa. [1936]. In-4.º de 109-III págs. B.Edição documentada com partituras, fotogravuras e desenhos nas páginas do texto. Muito invulgar.Dedicatória do autor.

462 — DIAS (Jaime Lopes).- PELOURINHOS E FORCAS DO DISTRITO DE CASTELO BRANCO. Lisboa. [Famalicão. 1935]. In-4.º de 93-I págs. B.Interessante inventário e descrição dos numerosos pelourinhos e forcas do Distrito de Castelo Branco, documentado com numerosas fotogravuras nas páginas do texto. Edição restrita.Dedicatória do autor.

463 — DIAS (Jaime Lopes).- IV CONGRESSO E EXPOSIÇÃO REGIONAL DAS BEIRAS. Relatório. Sessões. Teses. Exposição. Imprensa. 1931. Tipografia Minerva. Vila Nova de Fama-licão. In-4.º gr. de XLVIII-611-I págs. B.Volume de grande importância para o conhecimento da história e potencialidades da região, profu-samente ilustrado e com trabalhos assinados por Jaime Lopes Dias, Ernesto Navarro, J. Ferreira da Silva, J. A. Pestana de Vasconcelos, F. T. Ferreira de Almeida, José Cardoso, Hipólito Raposo, Pedro Veiga, Humberto Beça, Amorim Girão, José Coelho, Almeida Moreira, Ana de Castro Osório, Rolão Preto, Leite de Vasconcelos e muitos outros. Edição limitada a 1025 exemplares numerados e assina-dos, hoje muito invulgares no mercado.Desconjuntado.

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464 — DIAS (Jorge).- RIO DE ONOR - Comunitarismo agro-pastoril. Cancioneiro de Margot Dias. Desenhos de Fernando Galhano. Porto - 1953. In-4.º de 610-II págs. B.Monografia de grande amplitude, “estudo vivo, funcional e orgânico de uma comunidade e dos seus prolongamentos e relações com um mundo mais amplo, cujo conhecimento é indispensável, para a perfeita compreensão da vida desta pequena sociedade humana, de tão curiosas tradições”. Trabalho muito merecidamente estimado, documentado com numerosas fotogravuras impressas em separado e desenhos nas páginas de texto. Primeira edição.

465 — DIAS (Jorge) & OLIVEIRA (Ernesto Veiga de) & GALHANO (Fernando).- SISTEMAS PRIMITIVOS DE MOAGEM EM PORTUGAL. Moinhos, Azenhas e Atafonas. I. Moinhos de Água e Azenhas. [II. Moinhos de Vento]. Porto. 1959. In-4.º de 102-II e 94-II págs. B.“É (...) desnecessário insistir sobre o interesse do estudo de tão importante elemento, que na história da civilização aparece associado ao pão, e que, sujeito ao condicionalismo natural, étnico e cultural que rege a evolução das formas, se definiu, em épocas históricas, nos vários tipos em que ainda hoje nos aparece, conforme as diversas regiões”. Com numerosas fotogravuras em folhas à parte e dese-nhos nas páginas de texto.

466 — [DIAS (Miguel António)].- BIBLIOTHECA MAÇONNICA, ou Instrucção Completa do Franc-Maçon... Obra dedicada aos Orientes Lusitano e Brasiliense por um Cav ... Rosa-Cruz. Paris. Em Casa de J. P. Aillaud, 1840-1842. 6 vols. In-8.º peq. E.Nesta obra, publicada sob anonimato mas cujo autor é referido por Inocêncio ao registar as edições de 1834 e 1840, foi tratada unicamente a “exposição do rito chamado francez, ou moderno”.O autor, natural da Covilhã, foi liberal perseguido pela facção absolutista, tendo-se exilado em vários paízes da Europa. Pertenceu às lojas Emigração Regeneradora e Regeneração 20 de Abril. A. H. de Oliveira Marques, diz no «Dicionário de Maçonaria Portuguesa» que para além de vários artigos, publicou obras sobre Maçonaria, “todas elas bem documentadas e, ainda hoje, de consulta indispen-sável ao ritualista e ao historiador.” Colecção completa e muito rara.Encadernações editoriais em cartão, impressas com dizeres e imagens de simbologia maçónica.(ver gravura na pág. 142)

467 — DIAS (Pedro Augusto).- SUBSIDIOS PARA A HISTORIA POLITICA DO PORTO. (1823 - 1829). Porto. Typographia Central. 1896. In-8.º gr. de 173-I págs. B.“I - A Restauração do Absolutismo (1823); II - Liberalismo Portuense (1828); III - A Revolta de 16 de Maio (1828); IV - Annulação do Auto de 29 d’Abril (1828); V - A Quéda da Revolta (1828): VI - A Exoneração do Governador das Armas, General Franco (1828); VII - Os Estrangeiros (1828); VIII - A Alçada (1828-1829); IX - Ainda a Alçada (1829)”.Dedicatória do autor.

468 — DINIZ (D.).- CANCIONEIRO D’ELREI D. DINIZ, pela primeira vez impresso sobre o manuscripto da Vaticana, com algumas notas illustrativas, e uma prefação historico-litteraria pelo Dr. Caetano Lopes de Moura. Pariz. Em casa de J. P. Aillaud. 1847. In-4.º de XXXV-I-196-II págs. E.São bastante raros os exemplares deste valioso Cancioneiro de D. Dinis, importante para o estudo da língua e literatura portuguesas primitivas, nesta edição pela primeira vez trazido a público, com o fac-símile de uma página do códice original. Segundo Celso Ferreira da Cunha no «Dicionário de Literatura» dirigido por Jacinto do Prado Coelho, “Pelo novo alento que deu às línguas hispânicas numa época de decadência, pela importância da sua própria obra poética, o nome de D. Dinis deve ocupar lugar privilegiado na literatura medieval portuguesa”.Encadernação antiga com a lombada de pele decorada com finos ferros a ouro em casas fechadas, rótulo e nervuras.Com manchas de acidez generalizadas, próprias da qualidade do papel.

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469 — DINIS (Júlio).- OS FIDALGOS DA CASA MOURISCA. Chronica da aldeia. Segunda edição acrescentada com o ESBOÇO BIOGRAPHICO DO AUTHOR por Alberto Pimentel. Porto. Typographia do Jornal do Porto. 1872. 2 vols. In-8.º de XL-240 e 250 págs. E.São invulgares os exemplares desta segunda edição, particularmente estimada por trazer o «Esboço biographico do author» da pena de Alberto Pimentel.Encadernação com a lombada em pele, da época. Com as margens ligeiramente aparadas e falta das capas da brochura.

470 — DINIZ (Júlio).- POESIAS. Porto. Typographia do Jornal do Porto. 1874. In-8.º de 247-I págs. E.Um dos mais raros livros do consagrado autor de alguns dos mais populares romances da literatura portuguesa oitocentista. Primeira edição.Bonita encadernação com a lombada de pele decorada a ouro e com nervuras. Conforme foi usual na época, ligeiramente aparado e sem capas da brochura.

471 — DOCUMENTOS AUTHENTICOS ÁCERCA DOS DOMINIOS DO D. PRIOR E CABIDO DA INSIGNE E REAL COLLEGIADA DE S. MARTINHO DE CEDOFEITA DA CIDADE DO PORTO QUE PROVAM A SUA ORIGEM DE DOAÇÃO REGIA. Porto. Typo-graphia de Antonio José da Silva. In-8.º peq. de 163-I págs. B.Importante colectânea documental que interessa à questão de saber “se o D. Prior e Cabido da Colle-giada de S. Martinho de Cedofeita administram como donatarios da corôa os dominios directos das propriedades que lhes competem, sitas dentro dos limites das freguezias de Cedofeita e Massarellos” desta cidade do Porto. Primeira das duas edições que conhecemos, muito invulgar.

472 — DOCUMENTOS POLÍTICOS ENCONTRADOS NOS PALACIOS REAIS DEPOIS DA REVOLUÇÃO REPUBLICANA DE 5 DE OUTUBRO DE 1910. Edição ordenada pela Assemblea Nacional Constituinte em sessão de 13 de Julho de 1911. Imprensa Nacional de Lisboa. 1915. In-4.º gr. de VII-I-149-I págs. B.Divulgação de um importante acervo de documentos políticos, constituído por cartas assinadas por D. Manuel, João Franco, Ferreira do Amaral, José Luciano de Castro, Julio de Vilhena, Wenceslau de Lima, Teixeira de Sousa, José Maria de Alpoim, Aquiles Monteverde, etc., sendo algumas das cartas reais reproduzidas em fac-símile.

473 — DOCUMENTOS RELATIVOS AO JURAMENTO DA RAINHA. Lisboa: Na Imprensa Nacional. Anno de 1822. In-8.º de 16 págs. B.Muito invulgar edição publicada por “Ordem das Cortes: ficando prohibida a sua impressão por qual-quer particular.”Segundo Innocêncio, o opúsculo contém “todo o processo a que deu origem a recusa havida da parte da rainha D. Carlota Joaquina, não querendo prestar juramento á Constituição de 1822”.Com uma assinatura antiga de Luiz Pedro de Andrade e Brederode.

474 — DRAKE (José de Almeida).- ORAÇÃO FUNEBRE recitada nas Solemnes Exequias, que ao muito alto, muito poderoso Imperador, e Rei de Portugal o Senhor D. JOÃO VI. Man-dou fazer a Real Irmandade de SANTA CECILIA na Parroquial [sic] Igreja de N. Senhora dos Martyres de Lisboa em o dia 17 de Junho. Lisboa: Anno de 1826. Na Typografia de R. J. de Carvalho. Livreiro aos Paulistas N. 54 e 55. In-8.º de 23-IV págs. B.Segundo Innocêncio, Frei José de Almeida Drake, “Foi tido no conceito dos seus contemporaneos por um dos melhores oradores sagrados; para o que de certo concorria a sua bella disposição physica e agradavel presença, como ainda pódem depôr os que o ouviram (...)”.

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475 — [DU LAURENS].- O NOVO COMPADRE MATHEUS, OU AS EXTRAVAGANCIAS DO ESPIRITO HUMANO. Lisboa: Na Typografia Maigrense. [e Na Impressão Liberal]. Anno de 1822-1823. 3 vols. In-8.º de 205-I; 196-II e 200-II págs. E.Obra publicada sem o nome do autor, atribuída a De Laurens, segundo Innocêncio traduzida por Fr. António de Sancta Anna Osório [vol I, págs 216]. O mesmo bibliógrafo comenta esta tradução parcial dizendo que o “romance ficou sobradamente abastecido de materia para escandalizar as almas devotas; e é para lamentar que o nosso bom religioso não empregasse melhor o seu tempo, em harmonia com o estado que professava, dando-nos cousa de proveito, em vez de vulgarisar entre nós uma obra tão licenciosa”.No Prólogo, o editor adverte: “Não podemos negar, que nelle se encontrão algumas vezes invectivas amargas, sarcasmos picantes contra muitas classes de Pessoas; principalmente contra os Jesuitas, cuja hypocrisia e desmedida ambição o Autor parece de proposito se propoz ridicularizar (...)”.Com manchas de humidade e um carimbo nos frontispícios. Modestamente encadernado.

476 — DUARTE (Arnaldo).- O MOSTEIRO DE LEÇA DO BALIO. 1940. Imprensa Moderna, Lda. Pôrto. In-8.º de 32 págs. B.Interessante monografia ilustrada do vetusto e belíssimo monumento românico vizinho do Porto.

477 — DUARTE (D.).- LEAL CONSELHEIRO, // O QUAL FEZ DOM DUARTE, // Pela graça de Deos Rei de Portugal e do Algarve, e Senhor de Ceuta, // A requerimento da muito excellente Rainha Dona Leonor sua mulher; // SEGUIDO // DO LIVRO DA ENSINANÇA DE BEM CAVALGAR TODA SELLA, // Que fez o mesmo Rei, o qual começou em sendo Infante; // PRECEDIDO // D’UMA INTRODUCÇÃO, ILLUSTRADO COM VARIAS NOTAS, E PU-BLICADO DEBAIXO DOS AUSPICIOS // Do Excellentíssimo Senhor Visconde de Santarem, // ... // FIELMENTE TRASLADADO DO MANUSCRITO CONTEMPORANEO, // QUE SE CONSERVA NA BIBLIOTHECA REAL DE PARIZ, REVISTO, ADDICIONADO COM NOTAS PHILOLOGICAS E UM GLOSSARIO // DAS PALAVRAS E PHRASES ANTIQUADAS E OBSOLETAS QUE NELLE SE ENCONTRÃO, // E IMPRESSO À CUSTA // DE J. I. ROQUETE, // ... // PARIZ, // EM CASA DE J. P. AILLAUD, 11, QUAI VOLTAIRE; // E EM PORTUGAL, // EM CASA DE TODOS OS MERCADORES DE LIVROS // DE LISBOA, PORTO E COIMBRA. // MDCCCXLII. In-4.º gr. de XXVII-I-672 págs. E.É muito rara e valiosa esta primeira edição das célebres obras quatrocentistas de D. Duarte, cujo único manuscrito conhecido se encontra em Paris, manuscrito de que no volume se reproduz em fac-símile a primeira folha.O texto do «Leal Conselheiro» desenvolve-se de págs. 1 a 500, seguindo-se, de págs. 501 a 650, o texto do «Livro da ensinança de bem cavalgar toda sella», aparecendo a seguir a «Taboa dos Capitulos do Leal Conselheiro, e do livro da Ensinança de Bem Cavalgar toda Sella» e o «Glossario das Palavras e Phrases Antiquadas e Obsoletas...»Encadernação com lombada de pele gravada com ferros a ouro, em casas fechadas. Com vestígios de acidez, próprios da qualidade do papel.

478 — AS DUAS FIGAS. [n.º 1. - 28 de Outubro. 1826. Porto: Typ. á Praça de S. Tereza Nº 13]. In-8.º de IV ff. inums. Desenc. Periódico anti-liberal impresso no Porto em 1826 como reacção a outro jornal, também portuense mas de ideário liberal, intitulado «A FIGA». Raríssima publicação de que julgamos se ter publicado apenas este número.

479 — DULAC (António Maximino).- GENUINA EXPOSIÇÃO DO TREMENDO MARAS-MO POLITICO EM QUE CAHIU PORTUGAL, COM DESENGANADA INDICAÇÃO DOS UNICOS REMEDIOS APROPRIADOS Á SUA CURA RADICAL, (...) Lisboa: Na Imprensa Nacional. 1834. 2 vols. In-8.º de VIII-219-V e 206-VI págs. E. em 1.“Esta Obra que principiei quando principiou, em 1828 [Regresso de D. Miguel a Portugal e subse-

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quente golpe de Estado Absolutista], a declarar-se nesta Capital o Governo da Usurpação, que tantos males causou a este Reino, estava acabada quando, em Julho de 1833 [Desembarque de D. Pedro em Lisboa], se restaurou nella o da Legitimidade (...).Edição ilustrada com uma gravura alegórica com os seguintes dizeres: “Plantada, e cultivada pelo nosso Heróico Libertador, crescerá, fructificará, assombrará o Throno, immortalizará o reinado da sua Augusta Filha, tornará até em verdade a ficção do Phenix renascer das suas cinzas no altar da patria.”Encadernação da época.

480 — EL REI E O DUQUE DE SALDANHA, OU EXPOSIÇÃO D’ALGUNS FACTOS MAIS NOTAVEIS DA REVOLTA DO DUQUE DE SALDANHA, PARA SERVIREM D’AUXILIO Á HISTORIA CONTEMPORANEA. Por um Conimbricense — Coimbra, Na Imprensa da Uni-versidade. 1851. In-8.º de 28 págs. E.Publicado sob pseudónimo “Por um Conimbricense”, não nos foi possível identificar a verdadeira autoria deste opúsculo. Detectamos no entanto outro exemplar na Biblioteca da Assembleia da Re-pública, encadernado numa miscelânea política [n.º 18459] onde se encontram “Discursos do Senhor Conde de Thomar, [António B. da Costa Cabral] (...) pronunciados por ocasião da discussão do pro-jecto de resposta ao discurso da Coroa na sessão ordinária de 1850”.Encadernação da época com lombada de pele. As capas da brochura foram preservadas mas coladas nas folhas de guarda.

481 — EMENTAS DE HABILITAÇÕES DE ORDENS MILITARES NOS PRINCIPIOS DO SÉCULO XVII. Lisboa. Ano de MCMXXXI. In-8.º gr. de 90-75 págs. B.Como diz A. Botelho da Costa Veiga na “Advertência”, “Inútil é, decerto, realçar aqui a importância histórica das habilitações que seguem, tanto pela circunstância de dizerem respeito a personagens quási todos êles notáveis, como, ainda, pelo facto de elas substituirem originais não existentes na Tôrre do Tombo e que, infelizmente, podem considerar-se perdidos”. Restrita edição do “Arquivo de Documentos Históricos, colecção dirigida por Gusmão Navarro.

482 — ENSEÑAT (Juan B.).- NAPOLEÓN I ÍNTIMO. El Hombre, el Soldado, el Cónsul y el Emperador en su vida privada. Obra escrita por... á vista de documentos oficiales, correspon-dencias, biografías y memorias de la época. Edición ilustrada. Barcelona. Montaner y Simón, Editores. 1911. 2 vols. In-4.º peq. de 336 e 352 págs. E.A obra “No es una nueva historia de Napoleón, y menos de ésas en que el carácter humano de la figura desaparece bajo el prestigio del héroe. Es un minucioso estudio de la vida íntima de Bonaparte, en que se le ve de cerca en sus relaciones de amor y de amistad, en sus actos militares y politicos, en todo lo que puede dar exacta idea de sus sentimientos y opiniones, de sus buenas cualidades y defectos, de su temperamento y su caracter.“Si se le sigue en sus viajes y en sus campañas, no es para repetir la epopeya napoleónica, sino para iniciar al lector en intimidades que la historia desdeña, en los secretos de la vida privada del soldado y del emperador, tan interesantes en los campamentos como en la corte y el seno de la família. (...)”Obra de grande qualidade gráfica, em bom papel e com numerosas gravuras primorosamente abertas em madeira.Luxuosas encadernações editoriais com lombada e cantos em pergaminho, com um retrato de Napo-leão e outros motivos decorativos nas pastas.

483 — ENSEÑAT (Juan B.).- NAPOLEÓN II L’AIGLON Martirio de un Principe Obra escrita por... á vista de documentos oficiales, correspondencias, biografías y memorias de la época. Edición profusamente ilustrada. Barcelona. Montaner y Simón, Editores. 1912. In-4.º peq. de 299-III págs. E.“No hemos perdonado medio de investigación, apelando al testimonio de documentos oficiales, cor-

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respondencias, memorias y otros datos fidedignos, para poder iniciar al lector en la vida íntima del hijo de Napoleón, que parecía llamado a los más gloriosos destinos, y cuya historia se reduce, sin embargo, a un martirio lento y a una lastimosa muerte prematura.”Obra de grande qualidade gráfica, em bom papel e com numerosas gravuras primorosamente abertas em madeira.Luxuosa encadernação editorial com lombada e cantos em pergaminho, com um retrato de Napoleão II e outros motivos decorativos nas pastas.

484 — EPICOS BRASILEIROS. Nova edição. 1845. [Lisboa: Na Imprensa Ncional]. In-16.º gr. de 449-III págs. B.Esta Nova edição inclui os Poemas «O Uruguay», por José Basílio da Gama e «O Caramurú» por Fr. José de Santa Rita Durão, ambos pela quarta vez impressos; de págs. 387 em diante o editor apresenta duas importantes e eruditas notas biográficas dos autores por ele assinadas F. A. Varnhagem; segundo Innocêncio “menos inconvenientes pelas razões que elle offerece na sua apostilla final a págs. 446”. [“Foi a conveniencia, que julgámos da maior importancia, de fazer ouvir os altos sons da tuba heroica da conquista e pacificação do Uruguay, sem o acompanhamento fastidioso de um rouco maracá, sacu-dido, na epoca da guerra contra os jesuitas, por um seu alumno rebellado, e sem a desafinação contínua da cegarrega da lisonja para a família Pombal, cujo chefe nessa epoca, por assim dizer empunhava o sceptro. (...)”Edição bastante estimada e invulgar destes importantes clássicos da Poesia Brasileira.O anterrosto apresenta-se colado a uma capa de papel que substitui a capa da brochura original.

485 — ESAGUY (José de).- A VIDA DO INFANTE SANTO. Ilustrações de Martins Barata. Edições Europa. Lisboa. 1936. In-4.º de 213-III págs. B.“Seguiremos as pisadas do Infante em Marrocos, guiando-nos pela sua própria Fé ao tentarmos esbo-çar o perfil da sua vida, como os artistas das clássicas estátuas gregas. Procuraremos nas ruas de Fêz, ainda regadas pelo sangue do Mártir, tôda e qualquer minúcia do seu largo cativeiro, da sua abençoada desgraça, evitando, todavia, o exagêro que arraste os fanáticos ao mundo das sombras e das visões...”Bela edição, que comporta, além dos desenhos de Martins Barata, um avultado número de estampas em separado reproduzindo retratos antigos, reproduções de selos, pinturas e imagens, além de aspec-tos de monumentos e de cidades.Capa ilustrada a cores por Martins Barata, com a lombada imperfeita. Com dedicatória de oferta na folha de guarda.

486 — ESDAILE (Katherine A.).- ENGLISH CHURCH MONUMENTS 1510 TO 1840. With an Introduction by Sacheverell Sitwell. London. B. T. Batsford Ltd. [1946]. In.8.º gr. de VI-II-144 pags. E. Edição profusamente ilustrada nas páginas de texto e em separado.Encadernação e sobrecapa de papel dos editores.

487 — ESPERANÇA (Fr. Manuel da) & SOLEDADE (Fr. Fernando da).- HISTORIA // SERA-FICA // DA ORDEM DOS FRADES // MENORES DE S. FRANCISCO // NA PROVINCIA DE PORTUGAL. // PRIMEIRA PARTE, // QVE CONTEM SEV PRINCIPIO, // & augmentos no estado primeiro de Custodia. // (gravura aberta a buril assinada João Baptista, com o Escudo d’armas de Portugal, encimado por uma corôa com as iniciais da Companhia de Jesus: IHS) // POR FREI MANOEL DA ESPERANÇA, // natural da cidade do Porto, filho da mesma Prou-incia, // Leitor jubilado na Santa Theologia, & Exami- // nador das tres Ordens Militares. // EM LISBOA. (...) Na Officina CraesbeecKiana. [sic] Anno 1656. In-fólio de XVI págs. inums e 684 nums.——— HISTORIA // SERAFICA // DA ORDEM DOS FRADES MENORES // DE // S. FRAN-

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CISCO // NA PROVINCIA DE PORTUGAL. // SEGUNDA PARTE, // (a mesma gravura do I volume) // QVE CONTA OS SEVS PROGRESSOS NO // Estudo de tres Custodias, principio de Provincia, & Reforma Observante. // POR FR. MANOEL DA ESPERANÇA, // ... // LISBOA. // Na Officina de ANTONIO CRAESBEECK DE MELLO, Impressor // de SVA ALTEZA. Anno 1666. In-fólio de XVI págs. inums e 752 nums.——— HISTORIA // SERAFICA // CRONOLOGICA // DA ORDEM // DE S. FRANCISCO // NA PROVINCIA DE PORTUGAL. // TOMO III. REFERE OS SEUS PROGRESSOS EM // tempo de sincoenta & dous annos, do de // 1448. até o de 1500. // CONTA AS MISSOENS QUE FIZERAM OS RELI- // giosos della a varias partes do Mundo, & em particular à India Ori- // ental, aonde arvoràraõ o Estandarte da Fé, baptizàraõ muytos mi- // lhões de creaturas, aggre-gàraõ à Coroa de Portugal muytas // Coroas, como zelo da virtude, affecto da Patria, despesa // do sangue, & sacrificio das vidas. // COMPOSTA // POR FR. FERNANDO DA SOLEDADE, // Cronista, & Padre da mesma Provincia, // E POR ELLE CONSAGRADA // A SANTA ROSA // DE VITERBO. // VAI NO FIM HUM DISCURSO APOLOGETICO // em defensaõ do Quinto Livro desta Terceyra Parte. // (vinheta) // LISBOA. // Na Officina de MANOEL JOSEPH LO-PES FERREYRA. // ——— // M. D. CC. V. In-fólio de XXIV págs. inums e 690-II págs. ——— HISTORIA // SERAFICA // CRONOLOGICA // DA ORDEM // DE S. FRANCISCO // NA PROVINCIA DE PORTUGAL. // TOMO IV. // REFERE OS SEUS PROGRESSOS EM TEMPO DE SESSENTA // & oyto annos: do de mil & quinhentos & hum até o de mil & qui- // nhentos & sessenta & oyto. // CONTA AS ULTIMAS CONTROVERSIAS, QUE SE MOVERAM // entre o estado da Claustra, & Familia da Observancia: a divisaõ entre ambas: os aug- // mentos da seg~uda & diminuições da primeyra até a sua ultima extinção neste Reyno. // Relata os nacimentos de duas Provincias procedidas da de Portugal, a dos Al- // garves, & a de Santo Antonio. Descreve numerosas fundações de Con- // ventos, & Mosteyros, & as virtudes de h~ua grande copia de Servos // de Deos, & Esposas de Christo. // COMPOSTA // Por FR. FERNAN-DO DA SOLEDADE, Chronista, & Padre da mesma Provincia, // E POR ELLE CONSAGRADA // A SANTO ANTONIO DE LISBOA. // (vinheta) // LISBOA. // Na Officina de MANOEL, & JOSEPH LOPES FERREYRA. // (...) // M. DCC. IX. In-fólio de XII págs. inums e 826-II págs.——— HISTORIA // SERAFICA // CHRONOLOGICA // DA ORDEM // DE S. FRANCISCO // NA PROVINCIA DE PORTUGAL. // TOMO V. // REFERE OS SEUS PROGRESSOS EM TEMPO DE CENTO // & quarenta & seis annos, do de 1569, atè o de 1715. aos quaes // ajun-tou as memorias dos tres seguintes // SEU AUTHOR // Fr. FERNANDO DA SOLEDADE, // Chronista, & Padre da mesma Provincia, // QUE O DEDICA // Á sempre Augusta, & Soberana Emperatriz do Ceo, & da terra // MARIA SANTISSIMA // NO MYSTERIO DA SUA // SO-LEDADE, // E Subdedica // Á VENERAVEL ORDEM TERCEYRA DA PENITENCIA // do Convento de S. Francisco da Cidade de Lisboa. // LISBOA OCCIDENTAL, // NA OFFICINA DE ANTONIO PEDROZO GALRAM. // (...) // Anno M.DCC.XXI. // Mandada imprimir à custa da Veneravel Ordem Terceyra de Lisboa Occidental. In-fólio de XVIII-1235-I págs. E.Importante e muito estimada Crónica monástica minuciosamente descrita no Catálogo da Livraria dos Condes Azevedo-Samodães, sendo interessantes também as informações fornecidas por Pinto de Matos no seu muito útil Manual Bibliographico; Borba de Moraes registou a obra na «Bibliographia Brasilia-na» dizendo: “This cronicle of the Franciscans is rare, and the first volume is the rarest. It was begun by Friar Manoel da Esperança, who wrote the first two volumes (from the beginnings to the reign of Affonso V). It was continued, after the death of the author, by Friar Fernando da Soledade who brought it up to date. The account of the work of the Franciscans in Brazil appears in the third and fourth volumes.”Sobre Fr. Manuel da Esperança, natural do Porto e autor dos dois primeiros volumes, Barbosa Macha-do diz que “Mandou edificar o Convento da Villa de Thomar, o adro do Convento do Porto, e o Claustro do Convento de Telheiras em cujos marmores deixou gravada a memoria do seu nome sempre saudozo á Provincia de Portugal (...) discorreo no ano de 1642 por todos os Conventos examinando com incansavel disvelo os archivos onde estavaõ reclusos os materiaes para a fabrica do edificio que

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pertendia levantar, de cuja investigação se seguio publicar a Historia Serafica da sua Provincia escrita com igual verdade que elegancia”. Sobre Fr. Fernando da Soledade, continuador da Obra de seu conterrâneo e irmão, diz o mesmo bibliófilo que: “Conhecendo os Prelados o talento que tinha para escrever História, e a vasta notícia, que tinha alcançado dos sucessos memoraveis da Provincia (...) foy eleito Chronista substituindo em taõ laboriosa incumbencia ao Padre Fr. Manoel da Esperança seu patricio, assim na investigação das memorias, como na elegancia do estilo, em que competio, e excedeo a muitos Escritores. Provada a sua prudente capacidade nos lugares de Guardião do Convento de Guimaraens, e de Confessor das Religiosas do Real Convento de Santa Anna de Lisboa, duas vezes votou no Capitulo geral (...).Encadernações antigas de pele não contemporâneas, mal cuidadas, sem que no entanto tenham perdido a sua solidez. Com pequenos restauros e outros pequenos defeitos.Carimbos heráldico de António Bernardo Ferreira. (ver gravura na pág. 147)

488 — [ESTRADA (Fr. José Possidónio)].- SUPERSTIÇÕES DESCUBERTAS. VERDADES DECLARADAS, E DESENGANOS A TODA A GENTE. (...) Segunda Ediçaõ. (...) Lisboa: Na Typog. de Antonio Rodrigues Galhardo. 1822. In-8.º peq. de 244 [aliás 207] págs. E.Conforme noticia Martins de Carvalho no interessantíssimo livro «Algumas Horas na Minha Livra-ria», esta Obra, “assim como outras publicações”, foi proibida [sob pena de excomunhão maior] pelo Patriarca de Lisboa — D. Carlos da Cunha, após a restauração do absolutismo. Entre outras obras, proibidas na pastoral datada de 28 de Janeiro de 1824, inserta na Gazeta de Lisboa de 25 de Fevereiro, constam O Retrato de Venus de Almeida Garrett.Segunda edição, publicada no mesmo ano que a primeira e também sob anonimato, que para “Além de corrigida, he consideravelmente aumentada com hum Tractado interessantíssimo, que vai no fim.” Este Tractado, composto de 48 páginas, apresenta os seguintes dizeres no frontispício: ARTIGO ADDICIONAL. AJUSTE DE CONTAS COM A CORTE DE ROMA. (...) Lisboa: Na Typogr. de Antonio Rodrigues Galhardo. 1822.Encadernação da época com lombada de pele.

489 — EVE (G. W.).- DECORATIVE HERALDRY a Practical Handbook of its Artistic Tre-atment. London: George Bell & Sons, York Street, Covent Garden, & New York. Mdcccxcvii. In-8.º de xvi-281-I págs. E.Edição muito ilustrada em folhas à parte ou nas páginas de texto.Encadernação de origem mal cuidada.

490 — EXAMEN DE LA CONSTITUCION DE DOM PEDRO, Y DE LOS DERECHOS DEL INFANTE DOM MIGUEL.Dedicado a los Portugueses fieles. Paris. 1827. In-8.º de 195-I págs. B.Muito invulgar publicação redigida em castelhano, impressa em Paris e sem o nome do autor declarado.Bonita capa em papel pintado, da época. Com uma mancha de humidade que atinge parte significativa das últimas folhas.

491 — EXECUTORIA // DE HIDALGUIA // POR PATENTE, // INSERTAS LAS SENTEN-CIAS DE // la Real Corte, y Supremo Consejo de este // Reyno de Navarra. // OBTENIDA // POR DON XAVIER, Y DON JOSEF // Antonio Escolar, y Don Xavier Antonio // Camon, y consortes, en Causa // seguida // CONTRA // LOS SEÑORES FISCAL, Y PATRI- // monial de S. M. la Diputacion de este Rey- // no, y consortes. // EN PAMPLONA: // En la Imprenta de la Viuda de Ezquerro. Año 1798. In-4.º de IV-85-I págs. E. Carta Executória de Fidalguia por Patente dos Escolares y Camon de Navarra, passada por D. Carlos III, Rei de Espanha e Rei de Nápoles.Edição impressa sobre papel de linho, de apurado cuidado gráfico, com todas as páginas decoradas com uma bela gravura que circunda a mancha tipográfica. A documentar esta publicação vem impres-

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sa em folha desdobrável de grandes dimensões a respectiva carta genealógica. No final vem manus-crita a assinatura do escrivão Joaquin de Ochoa a que se segue “Letras Testimoniales por Patente, insertas Sentencias de la Real Corte, y Supremo Consejo de este Reyno, sobre Hidalguía y Nobleza à favor de D. Xavier, y Don Josef Antonio Escolar, y Don Xavier Antonio Camon, y consortes.”.Encadernação em pergaminho mole, da época.

492 — EXECUTORIAL // POR PATENTE // INSERTA SENTENCIA // DE LA REAL CORTE MAYOR // DE ESTE REYNO, // OBTENIDA // POR // FRANCISCO DE OSÉS, // Y CONSOR-TES, // EN EL PLEYTO QUE SOBRE DENUNCIACION // de Escudo de ARMAS han litigado // CONTRA // EL FISCAL REAL DE SU MAGESTAD, // y el Lugar de ARTAZU. // IMPRESO EN PAMPLONA: EN LA OFICINA DE MARTIN //JOSEPH DE RADA, // Impresor del Santo Hospital de // esta Ciudad. [no final: Pamplona, a 22 de septiembre de 1774]. In-4.º de IV-79-I págs. E. Executorial de Fidalguia por Patente obtida por Francisco de Osés de Navarra, passada por D. Carlos III, Rei de Espanha e Rei de Nápoles.Muito cuidada publicação impressa sobre papel de linho, adornada em todas as páginas de texto, com uma artística moldura, composta por 4 ferros que circundam a mancha tipográfica, sendo vários os modelos utilizados. No final vem manuscrita a assinatura do escrivão Manuel Fermin de Miura a que se segue “Letras Testimoniales por Patente sobre Hidalguìa, Á instancia de Francisco de Oses, y Consortes en la Causa seguida con en Señor Fiscal.”.Encadernação em pergaminho mole, da época.

493 — EXPLICAÇÃO DAS MANOBRAS MANDADAS ADOPTAR POR S. M. I. O SE-NHOR DUQUE DE BRAGANÇA, DE SAUDOSA MEMORIA, na organisação do Exercito Libertador nas Ilhas dos Açores, por todo o Exercito Portuguez. [xilogravura com um soldado trajado] Porro: — Typ. de Vasconcellos, Rua do Almada n.º 39. 1839. In-8.º de 26 págs. B.Documento com interesse para a história do exercito expedicionário dos Açores, também conhecido pela denominação das trinta e tres manobras ou do soldadinho. Martins de Carvalho fez o registo de três edições, a primeira em 1838, no Porto, a terceira, impressa em Goa na cidade de Pangim, no ano de 1840.

494 — THE EXPOSÉ; OR, NAPOLEONE BUONAPARTE UNMASKED IN A CONDENSED STATEMENT OF A CAREER AND ATROCITIES. ACCOMPANIED WITH NOTES, &c. London: Printed for W. Miller, Albemarle Street, by James Moyes, Shoe Lane. 1809. In-8.º peq. de 240 págs. E.Obra publicada sob anonimato, registada por Magalhães Sepúlveda no «Dicionário Bibliográfico da Guerra Peninsular».Encadernação modesta, da época.

495 — EXPOSIÇÃO DAS REFORMAS, E MELHORAMENTO QUE ADQUIRIO EM POR-TUGAL, ALGARVE, E ILHAS ADJACENTES A LAVOURA DE GENEROS CEREAES, desde 26 de Maio em 1820 até 14 de Fevereiro de 1824. Pariz. Na Typographia de Firmin Didot. 1824. In-8.º de 35-I págs. Desenc.Esta Exposição aparece assinada por J. B. Braamcamp d’Almeida Castel Branco, Francisco de Lemos Betancourt e Francisco Antonio dos Santos. Rara.

496 — EYSENBACH (G.).- HISTOIRE DU BLASON ET SCIENCE DES ARMOIRIES. Tours. Ad Mame et Cie, Imprimeurs-Librairies. M DCCC XLVIII. In-8.º de IV-396 págs. E.Edição ilustrada nas páginas de texto e ornada de uma litografia a cores com 12 brazões armoriados. Impressa sobre papel de escolhida qualidade e documentada com um muito útil capítulo intitulado «Bibliographie de L’Art Héraldique» e de um extenso «Dictionnaire Héraldique».

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497 — F. E. A. V..- MANIFESTAÇÃO DOS CRIMES, E ATTENTADOS COMMETIDOS PE-LOS JESUITAS, EM TODAS AS PARTES DO MUNDO, DESDE A SUA FUNDAÇAÕ, ATE’ A SUA EXTINÇAÕ. Publicado por F. E. A. V. TOMO PRIMEIRO [e TOMO SEGUNDO] Rio de Janeiro, Na Typographia de Gueffier e Cª., 1833. [e Na Tipographia de Miranda & Carneiro]. 2 vols. In-8.º de XVI-213-III págs e IV-179-I págs. B.Publicação anti-jesuítica bastante invulgar, dada à luz da imprensa no Rio de Janeiro no ano de 1833, com frontispícios de semelhante apresentação e diferentes oficinas tipográficas. Publicado apenas com as iniciais do autor, não nos foi possível identificar a sua identidade.Com um corte de traça na margem inferior do último caderno do segundo volume que não ofende a mancha tipográfica.

498 — FACA (Zacharias Alves).- ACADEMIA DAS MULHERES, OU O LIBERALISMO DO SECULO COMBATIDO ATÉ PELA FRAQUEZA DESTE SEXO. Obra critica, historica, Religiosa e Juridica, em que principalmente se refuta como nulla, iniqua e impia a Constituição Portugueza, publicada em Cortes a 23 de Setembro do anno de 1822; mostrando-se com as provas mais evidentes, que ella he o resultado de uma criminosa Conspiração dos Pedreiros-Livres, para conduzirem (segundo seus perigosos e na realidade diabolicos fins) a Nação à desgraça pela quéda do Throno e da Religião Christãa. Dada á Luz pelo Bacharel... Dedicada a S. M. A Senhora D. Carlota Joaquina, Rainha dos Reinos-Unidos, Portugal, Algarves e Brasil, etc. Coimbra, Na Real Imprensa da Universidade. 1823. In-8.º de 122-II págs. E.Opúsculo documentado com duas Plantas desdobráveis: a primeira, de grandes dimensões, com a «Arvore Genealogica da Dynastia Reinante de Portugal, e a da Casa de Bragança, em que se acha entroncado o direito desta Coroa»; a segunda, com a «Planta das Cortes de Portugal, segundo os antigos costumes da Naçaõ».Encadernação da época com lombada de pele.

499 — FALCÃO (Cristovão).- OBRAS DE CHRISTOVAM FALCÃO, contendo: A ecloga de Crisfal, a Carta, Cantigas, Esparsas e Sextinas. Com um estudo sobre a sua vida, poesias e época por Theophilo Braga. Porto. Imprensa Portugueza - Editora. 1871. In-8.º gr. de 40 págs. B.“Edição critica reproduzida da edição de Colonia de 1559, com a segunda parte apocripha de 1721”. É bastante extenso o estudo de Teófilo Braga.

500 — FALSIDADES DO MANIFESTO DOS REVOLUCIONARIOS DO PORTO OU RE-FUTAÇAO ANALYTICA DE TODAS AS FALSIDADES, ERROS, E EMBUSTES, QUE SE CONTÉM NO MESMO MANIFESTO. Lisboa. Na Impressão Regia. 1828. In-8.º de 28 págs. B.Refutação ao Manifesto dos Revolucionários do Porto [Junta do Porto], pela primeira vez publicado na Gazeta Official daquela cidade. Segundo o autor da «Advertencia», esta Refutação foi publicada com o único fim de “tirar a muita gente a pena de o não ter ainda lido, e para acabar de convencer a outros do nenhum prestimo, e des-prezo que tal produção merece.”

501 — FARIA (António de Portugal de).- NOTAS PARA A GENEALOGIA DA FAMILIA POSSOLLO (de origem genovesa). Leorne. Typographia Raphael Giusti. 1906. In-8.º gr. de IX-I-120 págs. B.Colectânea de importantes apontamentos genealógicos referentes a esta célebre família, numa muito cuidada edição ilustrada com os retratos do Visconde de Faria e António de Faria, autor do volume.Edição limitada apenas a 100 exemplares, hoje muito raros.

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502 — FARIA (António Machado de).- O MESTRE DE CAMPO JOÃO FERNANDES VIEI-RA, herói da Restauração de Pernambuco. Agência Geral do Ultramar. Lisboa. MCMLV. In-4.º de XXXV-I-293-I págs. B.“É o Castrioto Lusitano, figura maior, ainda que discutida, do movimento da libertação pernambucana (...). Personagem absolutamente portuguesa pelo nascimento, foi-o, também, brasileira pelo coração, que muito amou a terra para onde se transplantou e que regou com o seu sangue”. Elemento impor-tante para a história da ocupação e expulsão dos holandeses em Pernambuco. Edição cuidada, de reduzida tiragem.Com dedicatória do autor.

503 — FARIA (António Machado de).- UM CUNHO ESFRAGÍSTICO. Lisboa. 1933. In-4º de 22-II págs. B.Com a reprodução do sêlo estudado. Edição de 100 exemplares numerados e assinados pelo autor, em separata do «Arquivo Histórico de Portugal».Desconjuntado e com defeitos na capa da brochura.Valorizado com dedicatória do Poeta a Wenceslau de Lima.

504 — FAWCETT (P. H.).- EXPLORATION FAWCETT. Arranged from his manuscripts, let-ters, log-books, and records by Brian Fawcett. Hutchinson. London. [1953]. In-8.º gr. de XV-I-312 págs. E.Primeira edição do relato da lendária expedição de Fawcett na Bolívia e no Brasil, ilustrada com desenhos de Brian Fawcette fotogravuras em folhas à parte.Encadernação original, com um rasgão na lombada.

505 — FEDRO.- . PHÆDRI, AUG // LIBERTI // FABULARUM // ÆSOPIARUM // LIBRI V. // NOTIS ILLUSTRAVIT IN USUM // SERENISSIMI PRINCIPIS // NASSAVII // DAVID HOOGSTRATANUS. // Accedunt ejusdem opera duo Indices, quorum prior est omnium // verborum, multo quam antehac locupletior, posterior // eorum, quæ observatu digna in notis occurrunt. // [gravura] // AMSTELÆDAMI, // —— // EX TYPOGRAPHIA FRANCISCI HALMÆ. // CI I CCI. In-4.º de XXX-160-LXXXIV págs. E.Com uma belíssima portada alegórica e um admirável retrato de Joannes Gulielmus Friso impresso em folha desdobrável, gravuras que são primorosamente abertas a buril em chapa de metal. Tem ainda grandes e lindíssimas letras capitais de fantasia, cabeções de enfeite e florões de remate, tudo ilustrado com figuras, além de 18 gravuras impressas em separado de grande beleza e rigor técnico.Brunet: “Édition fort soignée sous le rapport de la métrique, et contenant un bon choix de notes; mais ce qui la recommande particulièrement, ce sont les belles gravures, au nombre de 18 (nom compris le frontispice et le portrait), dont elle est ornée”.Bela encadernação da época, em pergaminho. Com um rasgão no retrato junto à colagem, comum em muitas folhas desdobráveis e de grandes dimensões. Com anotações manuscritas, antigas, nas folhas de guarda. (ver gravura na pág. 153)

506 — FEIJÓ (João de Morais Madureira).- ORTHOGRAPHIA, // OU // ARTE DE ESCREVER, // E pronunciar com acerto // A LINGUA PORTUGUEZA // PARA USO // DO EXCELLEN-TISSIMO // DUQUE // DE LAFOENS. // PELO SEU MESTRE // ... // Da Nobilissima Casa dos Morgados de Parada, Solar dos Madu- // reyras Feyjos deste Reyno... // ... // COIMBRA: // Na Officina de LUIS SECCO FERREIRA, Anno de 1739. In-8º gr. de VIII-548 ]com erros de paginação]-III págs. E.Segunda das muitas edições que da obra foram publicadas ao longo de mais de um século. Disse Inocêncio que “O P. Madureira tem sido sempre reputado por um dos mais conspicuos expositores

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do methodo gramatical do jesuita Manuel Alvares, porque em seu tempo se ensinava nas escholas de todo o reino”.A primeira e segunda parte, dedicada ao estudo da ortografia vai do início a págs. 130, sendo a terceira parte — a mais extensa — dedicada à pronunciação das palavras.Encadernação inteira de carneira, da época. Com um corte de traça junto à lombada que não ofende o texto e algumas das folhas acidificadas.

507 — [FEIO (José Vitorino Barreto)].- DOM MIGUEL, SES AVENTURES SCAN-DALEUSES, SES CRIMES ET SON USURPATION; Par un Portugais de distinction. Traduit par J. B. Mesnard. Deuxième Édition. Paris, Ménard, Libraire... 1833. In-8.º gr. de XV-I-312 págs. E.Obra atribuída ao autor indicado, embora, diz Inocêncio, “o sr. Barão de Fozcoa, consultado a este res-peito, duvida da veracidade da affirmativa, porque Barreto Feio [seu particular amigo] nunca lhe falára de tal obra”. Edição ilustrada com um belo retrato de Dom Miguel, assinado Giraldon-Bovinet direx.Encadernação da época com lombada de pele.

508 — [FEIO (Jose Vitorino Barreto) (Trad.)] — ALFIERI (Vittorio).- O TRATADO DO PRIN-CIPE E DAS LETRAS DE ALFIERI. Traduzido em Portuguez. Paris, Théophile Barrois Fils, Librairie, Rue Richelieu, Nº 14. 1832. In-8.º de IV-IV-231-I págs. E.Muito invulgar publicação, impressa em Paris por ordem do Barão de Fozcôa e traduzida, conforme Innocêncio declara, por José Victorino Barreto Feio, “Deputado às Côrtes constituintes (...), nas quaes se distinguiu por opiniões eminentemente liberaes, e propensas á democracia (...)”. Innocêncio dedica algum detalhe à sua conturbada biografia, dizendo que “Talvez excentrico em demasia nas suas idéas políticas, era tido por homem incorruptível (...)”.Encadernação da época com pequena lombada e cantos de pele, decorada com ferros românticos.

509 — O FEITIÇO VOLTADO contra o FEITICEIRO OU O Autor do Folheto intitulado os Sebastianistas convencido de máo Christão, máo Vassallo, máo Cidadaõ, e o maior de todos os Tolos, Bestas muar, &c. &c. &c. LONDRES: Impresso por W. Lewis, Paternoster-row. 1810. In-8.º de 43-I págs. B.Publicado em Londres sem o nome do autor, este raro opúsculo faz parte da importante polémica dos Sebastianistas, redescoberta por José Agostinho de Macedo e um dos grandes temas da literatura portuguesa, também tratados, entre muitos outros, por Camões, António Ferreira, Vieira, Pessoa ou Agostinho da Silva.

510 — FELGUEIRAS (Guilherme).- MONOGRAFIA DE MATOSINHOS. [Lisboa. 1958]. In-4.º de XIV-909-III págs. B.Trabalho monográfico de grande tomo e excelentemente elaborado, enriquecido com numerosas transcrições de documentos e ainda com muitas estampas impressas nas páginas de texto e em sepa-rado. Direcção gráfica de Luis Moita.

511 — FERNANDES (A. de Almeida).- DOM EGAS MONIZ DE RIBADOURO - “O Honrado e o Bem-Aventurado”. Obra comemorativa do 8º centenário da sua morte. (1946). Editorial Enciclopédia, Lda. Lisboa. In-8.º de 407 págs. E.“Este estudo sobre a vida de Egas Moniz nasceu da progressiva desilusão com que o atrevido autor vê decorrer este ano de 1946, que marca o 8.º centenário da morte do varão ilustre, sem que alguém lembre ao Povo Português esta figura excelsa que foi um dos mais fortes esteios em que se apoiou a liberdade portucalense”.Capa ilustrada por João Carlos. Encadernação com lombada e cantos de pele.

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512 — FERNANDEZ DE LOS RIOS (A.).- MI MISION EN PORTUGAL. Anales de Ayer para Enseñanza de Mañana. Paris. L. Belhatte - Lisboa. Bertrand. [S. d. - Paris. Typ. Tolmer et Isidor Joseph.]. In-8.º gr. de XVI-725-II págs. E.Obra de importância capital para a história do movimento federalista da Península Ibérica.O autor, político e escritor espanhol nascido em 1821, tomou parte activa na vida política do seu país, tendo recebido do govêrno provisório de Espanha, em 1869, a missão secreta de conseguir que D. Fernando de Portugal aceitasse a corôa de Espanha, objectivo não conseguido.Livro raro e extremamente curioso pelos assuntos tratados, especialmente os que interessam à política da Península nos finais do século XIX. Recorde-se que Fernandez de los Rios esteve em Portugal, como Embaixador de Espanha, de 1869 a 1874.Encadernação da época com pequenos defeitos.

513 — FERRÃO (Francisco António Fernandes da Silva).- REPERTORIO COMMENTADO SOBRE FORAES E DOAÇÕES REGIAS. Lisboa. Na Imprensa nacional. 1848. 2 vols. In-8.º gr. de LVI-216 e 327-I págs. E.O autor, natural de Coimbra, exerceu cargos importantes e deixou notável bibliografia, caso da peça anunciada, subsídio notável para historiadores e também para a história do Direito português. De muito escasso aparecimento no mercado livreiro.Belas encadernações da época, com ferros a ouro nas lombadas e nas pastas com um ferro a seco e cer-caduras a ouro. As lombadas apresentam no topo rasgões passíveis de restauro e o anterrosto do primeiro volume um corte que eliminou cerca de 1/4 da folha sem que no entanto ofenda a mancha tipográfica.

514 — FERREIRA (Alexandre) [1664-1739].- SUPPLEMENTO HISTORICO, // OU // ME-MORIAS, // E NOTICIAS DA CELEBRE ORDEM // DOS TEMPLARIOS, // Para a Historia da admiravel Ordem, // DE NOSSO SENHOR // JESU CHRISTO, // DEDICADO A EL REY // D. JOAÕ V. // NOSSO SENHOR. // PARTE PRIMEIRA. // TOMO PRIMEIRO. [e TOMO SEGUNDO // DA PARTE PRIMEIRA] // (...) // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina de Joseph Antonio da Sylva, Impressor da Academia Real. // M. DCC. XXXV. 2 vols. In-4.º gr. de XL prels. inums.,718 e VI-719 a 1157-I págs. EEdição muito estimada e de grande raridade, estampada sobre encorpado papel de linho e com os frontispícios impressos a negro e vermelho. Ambos os volumes apresentam uma gravura alegórica de Vieira Lusitano, frequentemente utilizada como anterrosto das edições da Academia de História. A adornar o primeiro volume vem outra gravura, assinada Rousseau sculp. Lisboa, que representa um cavaleiro da Ordem dos Templários com o seu hábito próprio. Têm ainda os dois volumes diversas vinhetas abertas a buril por Debrie e Rochefort.Conforme se pode depreender do frontispício, o autor, natural do Porto, Doutor Graduado na Faculdade de Leis pela Universidade de Coimbra, Académico da Academia Real da História, ocupou variados lugares de destaque e responsabilidade, entre os quais os de Desembargador da Relação do Porto e da Casa da Suplicação de Lisboa, Deputado da Mesa da Consciencia e Ordens ou o de Secretário da embaixada á Corte de Madrid.Acerca desta edição, Innocêncio refere que por razões que desconhece, “A continuação d’esta obra, achando-se já impressa em parte, foi mandada suspender por ordem da Academia.” (...) “Pouquissi-mos exemplares escaparam das folhas impressas, cuja numeração chega de pág. 1 a 504.”. José dos Santos no «Catálogo da Biblioteca de Azevedo-Samodães» acrescenta que desta interrompida publi-cação “não escaparam mais de quatro ou cinco exemplares”.Encadernações em carneira, da época. Vestígios de acidez em algumas das folhas, própria da qualidade do papel utilizado. (ver gravura na pág. 156)

515 — FERREIRA (G. L. Santos).- ARMORIAL PORTUGUÊS. Livraria Universal. Lisboa. 1920-1923. 3 partes ou vols. de XVI-329-I; IV-112 ff. nums. pela frente e XXII; IV-163-I págs. E. em 2.Obra das mais importantes da bibliografia portuguesa de genealogia e heráldica, numa cuidada edição

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ilustrada com cerca de 1500 reproduções de brasões d’armas.I Parte - «Descripção methodica dos brasões de armas das familias nobres de Portugal»; II parte - «Gravuras dos Escudos descriptos na I Parte»; III Parte - «Vocabulario Heraldico».TIRAGEM LIMITADA A 500 EXEMPLARES.Encadernações ligeiramente diferentes, de boa execução, com cantos e lombada de pele. Assinado no anterrosto, conserva as capas da brochura e está ligeiramente aparado.

516 — FERREIRA (J. A. Pinto).- A CAMPANHA DE SANHO DE ÁVILA EM PERSE-GUIÇÃO DO PRIOR DO CRATO - Alguns documentos de Simancas. Com um estudo de... Publicações da Câmara Municipal do Porto. [Empresa Industrial Gráfica do Porto. 1954]. In-8º gr. de 195-I págs. B.O trabalho, integrado na colecção «Documentos e Memórias para a História do Porto», situa-se na “época de guerras e de lutas entre Castela e Portugal, no período que decorre de 1580 a 1581”. Nele vêm publicadas 24 cartas autógrafas do Prior do Crato, 35 de Sancho de Ávila e 3 do Duque de Alba. Com ilustrações.

517 — FERREIRA (J. A. Pinto).- PREÇOS DE GÉNEROS ALIMENTÍCIOS COMERCIA-DOS NOS MERCADOS DO PORTO NO SEC. XIX (1844-1899). Subsídios Estatísticos para a História Económica da Cidade. Com nota prévia do Prof. Doutor Diogo Pacheco de Amorim. Publicações da Câmara Municipal do Porto. Gabinete de História da Cidade. [1972]. In-4.º de 319-VII págs. B. Com ilustrações e numerosos mapas estatísticos. Volume XXXVIII da colecção «Documentos e Memó-rias para a História do Porto».

518 — FERREIRA (João Xavier Taborda Pignatelli).- ELOGIO AOS RESTAURADORES DE PORTUGAL No Anno de 1808. LAMENTOS DE HUM MILITAR, E AVISO ÁS NACÕES DO CONTINENTE: Feito por João Xavier Taborda Pinhatelli (...). Lisboa: Na Officina Nune-siana. Anno M.DCCC.VIII. In-8.º de XI-I-XXII págs. inums. Desenc.Opúsculo bastante invulgar, registado por Innocêncio sem que no entanto tenha sido expressa a existencia de um retrato do autor gravado em metal com os seguintes dizeres: «Bunqe inv. Carv.º esculp. e hum fiel Am.º ofereçeo á O Coronel João Xavier Taborda Pinhatelli, (...) Taõ bem chamado o Filozofo Moral.»Com as margens aparadas.

519 — FERREIRA (Mons. José Augusto).- OS TUMULOS DO MOSTEIRO DE SANTA CLARA DE VILLA DO CONDE. Estudo historico, seguido do catalogo das Abbadessas do referido Mosteiro, no qual estão representadas as principaes “Casas Nobres” do Entre Douro e Minho. Porto. 1925. In-4.º de 42-II págs. B.Boa edição, ilustrada com excelentes clichés fotográficos de Marques Abreu impressos em folhas à parte. Um dos interessantes e estimados livros da bibliografia artística vilacondense. Assinado no anterrosto.

520 — FERREIRA (Mons. José Augusto).- VILLA DO CONDE E O SEU ALFOZ. Origens e Monumentos. Memoria historica apresentada no Congresso Luso-Hespanhol das Sciencias, celebrado na Cidade do Porto no anno de 1921. Porto. 1923. In-8.º gr. de 71-I págs. B.Interessante e muito apreciada monografia, ilustrada com um excelente e numeroso conjunto de foto-grafias impressas sobre papel couché, da autoria de Marques Abreu. Uma das mais estimadas espécies bibliográficas vilacondenses.Com uma pequena assinatura na folha de anterrosto.

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521 — FERREIRA (Pedro Augusto).- DICCIONARIO D’APPELLIDOS PORTUGUEZES. Porto. Typographia Mendonça (A vapôr). R. da Picaria, 30 — 1908. In-4.º peq. de IV-303-I págs. E.Obra bastante invulgar e de grande utilidade para o estudo da onomástica portuguesa. O autor, abade de Miragaia, publicou parte significativa da sua obra em periódicos do seu tempo, ou de parceria noutras publicações com artigos de arqueologia, corografia e história. Colaborador e continuador do célebre dicionário «Portugal Antigo e Moderno», o abade de Miragaia, Cidadão Benemérito, deixou a sua vasta livraria à Biblioteca Municipal do Porto.Encadernação com lombada e cantos de pele. Só ligeiramente aparado à cabeça, conserva as capas da brochura.

522 — FERREIRA (Pedro Augusto).- TENTATIVA ETYMOLOGICO-TOPONYMICA ou Investi-gação da Etymologia ou Proveniencia dos nomes das nossas povoações. Porto. Typographia Pereira [e Typ. Mendonça]. 1907-1915. 3 vols. In-8.º gr. de 578-I, VI-582-I e XVIII-527-II págs. E.Obra de muito merecimento e a mais completa de quantas, no seu género, existem entre nós. Bastante invulgar.Encadernações modestas com lombada de pele.

523 — FERREIRA (Silvestre Pinheiro).- OBSERVAÇÕES SOBRE A CONSTITUIÇÃO DO IM-PERIO DO BRAZIL E SOBRE A CARTA CONSTITUCIONAL DO REINO DE PORTUGAL. Por... Segunda Edição, augmentada com as observações do mesmo autor sobre a Lei das Reformas do Imperio do Brazil. Paris. Rey e Gravier / J. P. Aillaud. 1835. In-8.º gr. de IV-244 págs.

——— PRÉCIS D’UN COURS DE DROIT PUBLIC INTERNE ET EXTERNE; Par... Paris. Rey et Gravier, Libraires / J. P. Aillaud, Libraire. 1830. In-8.º gr. de IV-VIII-284 págs. E.Conforme a edição original das Observações sobre a Constituição (...) e da Carta Constitucional, esta segunda edição aumentada apresenta, conforme a primeira, os textos da Carta Portuguesa e o da Cons-tituição Brazileira, integralmente e em paralelo para facilidade de comparação. Segue-se as Reformas Constitucionais, assim com as Observações de Silvestre Pinheiro Ferreira.No que diz respeito à segunda Obra neste volume encadernada, diz Innocêncio: “Dous fins teve o auctor na composição e publicação d’este trabalho: primeiro satisfazer á lacuna que existia na sciencia de jurisprudencia constitucional, não tendo apparecido até então um corpo completo, que assentando nos principios geraes da sciencia, abrangesse todas as questões vitaes e elementares, sobre tudo em pontos de direito internacional: segundo, que esse trabalho ficasse servindo de commentario perpetuo aos seus Projectos de Ordenações, pelo que se limitou a expor unicamente os principios constitucionaes em harmonia com os que formaram a base d’esses Projectos.Duas Obras encadernadas num só volume. Encadernação da época com lombada de pele.

524 — FICALHO (Conde de).- VIAGENS DE PEDRO DA COVILHAN. Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira - Editor. 1898. In-4.º de XVII-III-364-IV págs. E.“(...) Pedro da Covilhan, apezar de ainda ser contemporaneo de Garcia da Orta, pertence propriamente ao começo do grande periodo. É em toda a força da palavra, um iniciador. É o primeiro portuguez que pisou o solo da India. É o primeiro portuguez que viu o Negus da Abyssinia, ou o Preste João (...)”.Estudo amplo e de indiscutível interesse histórico, ilustrado com vários desenhos nas páginas do texto da autoria de Casanova. Primeira das duas edições publicadas, a última das quais datada de 1988. Invulgar.Boa encadernação com lombadas e cantos em pele. Só aparado à cabeça e sem capas da brochura.

525 — FIÉVÉE (Joseph).- CORRESPONDANCE ET REALATIONS DE J. FIÉVÉE AVEC BONAPARTE Premier Consul et Empereur, pendant onze années (1802 a 1813). Publié par l’Auteur. Paris. A. Desrez / Beauvais. 1836. 3 vols. In-8.º gr. de IV-CLXXIX-I-242; IV-410 e IV-362 págs. E.

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Cuidada edição, impressa sobre papel de fina gramagem e grande qualidade, ilustrada com os retratos de «Josephine» e «Le Prince Eugène».Com carimbo de posse nos frontispícios e vestígios de acidez disseminados pelos volumes. Encader-nações da época com lombadas de pele.

526 — A FIGA. [n.º 1 - 14 de Outubro. 1826; n.º 2 - 22 de Outubro de 1826. Porto: Imprensa do Gandra]. 2 números. In.8.º de XII ff. inums. Desenc.Periódico portuense bastante invulgar, de ideais liberais de que apenas se publicaram 2 números.Como resposta à publicação deste periódico, foram impressos no mesmo ano e na mesma cidade um folheto intitulado «FIGA CONTRA FIGA» e um periódico de qual apenas sabemos ter sido publicado o primeiro número, intitulado «AS DUAS FIGAS».

527 — FIGA CONTRA FIGA. [Porto, 1826. Na Typ. de Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos]. In-8.º de 8 págs. Desenc.Opúsculo bastante invulgar de resposta ao periódico liberal «A FIGA», também publicado no Porto em 1826.

528 — FIGUEIREDO (António Pereira de) [1725-1797].- COMPENDIO DAS EPOCAS E SUCCESSOS MAIS ILLUSTRES DA HISTORIA GERAL. Segunda Impressão Revista, e retocada pelo mesmo Author. Lisboa. Na Typografia da Academia Real das Sciencias. Anno M.DCCC. In-8.º peq. de VI-II-420-I págs. E.Encadernação inteira de pele, da época, com defeitos.

529 — FIGUEIREDO (António Pereira de) [1725-1797].- DEMONSTRAÇÃO // THEOLOGICA, CANONICA, E HISTORICA // DO DIREITO // DOS METROPOLITANOS // DE PORTUGAL // PARA CONFIRMAREM, E MANDAREM SAGRAR // OS BISPOS SUFFRAGEANEOS // NOMEADOS POR SUA MAGESTADE: // E DO DIREITO // DOS BISPOS DE CADA PRO-VINCIA // PARA CONFIRMAREM, E SAGRAREM // OS SEUS RESPECTIVOS // METROPOLITANOS, // TAMBEM NOMEADOS POR SUA MAGESTADE, // AINDA FÓRA DO CASO DE ROTURA // COM A CORTE DE ROMA. // SEU AUTHOR // ... // [gravura com as armas reais] // LISBOA // NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA // ANNO MDCCLXIX. // Com Licença da Real Meza Censoria. In-4.º de XLIV-IV-474 págs. E.António Pereira de Figueiredo, figura próxima do Pombal, foi tradutor da Bíblia Sagrada contrariando as normas da Igreja Católica.Defensor dos direitos eclesiásticos do rei e do poder sacro dos bispos no período de ruptura com a Cúria romana, escreveu a Demonstração theologica... em defesa dos direitos régios, pondo assim em causa direitos Papais, privilégios e imunidades económicas, sociais e culturais que permitiram que a Igreja se tivesse constituído poderosíssima força na sociedade portuguesa.Edição cuidada, impressa sobre papel de linho de excelente qualidade.Encadernação da época e inteira de carneira, com defeitos na lombada.

530 — FIGUEIREDO (António Pereira de) [1725-1797].- ORIGEM // DO // TITULO // E DA // DIGNIDADE // DOS // CONDES. // [...] // LISBOA. // NA OFFICINA LUISIANA. // ANNO M. DCC. LXXX. In-8.º gr. de 32 págs. Desenc.Um dos mais interessantes e estimados trabalhos do autor, de difícil aparecimento no mercado.

531 — [FIGUEIREDO (Antonio Pereira de) [1779-1858]].- O DIA 24 DE AGOSTO DO FAUSTO ANNO DE 1820, Inaugurado. E o Brilhante 15 de Setembro, applaudido. Breve Discurso sobre a Felicidade que destes dois memoraveis dias se originou á Patria dedicado aos Benemeritos Authores da Nossa Feliz Regeneraçaõ Politica. Por A. P. F. Lisboa, 15 de Setembro

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de 1821. Na Typographia Rollandiana. In-4.º peq. de 26-II págs. Desenc.Opúsculo publicado com as iniciais de António Pereira de Figueiredo, sobrinho do célebre padre com o mesmo nome e natural de Mação. Foi Oficial da Secretaria d’Estado dos Negócios do Reino. Inocên-cio: “Se bem se entende o que delle conta o sr. Francisco Antonio Martins Bastos na Instrucção Pu-blica (1859, a pag. 30, parece que não chegara a ser demittido em 1833 [declaração que o bibliógrafo faz no vol. I do seu Dicionário Bibliográfico], mas que elle proprio «por demasiado capricho em não descer da sua categoria, por mais que fosse chamado ao seu emprego nunca appareceu na repartição «sujeitando-se antes ao estado de mendigo até ser subsidiado (...)». Exhausto de forças, cego e alienado, acabou no hospital de Rilhafolles em 19 de Dezembro de 1858.” Raro.

532 — [FIGUEIREDO (António Pereira de) [1779-1858]].- SEBASTIANISTAS COMBATI-DOS, O Eggregio encoberto apparecido, o caso raro e maravilhoso acontecido. PORTUGAL REGENERADO DIALOGO PORTUGUEZ. Interluctores. Aurelio, Claudio, e Leonardo. Aurelio Sebastianista, Claudio Liberal. Leonardo Imparcial. (...) Por ** DE FIGUEIREDO. LISBOA: 1823. Na Typ. de J. F. M. de Campos. IV-227-I págs. E.Pela primeira vez publicado com o nome do autor em 1822, esta obra conheceu segunda edição um ano depois, sem que a autoria do texto fosse explícita.Acerca da obra diz Innocêncio: “Este diálogo sebastico, que existia de longos annos manuscripto (...) era de provar que elrei D João VI representava o verdadeiro Encoberto annunciado e promettido nas prophecias que os sebastianistas allegavam por si (...)”.Encadernação da época com a lombada de pele.

533 — FIGUEIREDO (Frei Manuel de).- DISSERTAÇAÕ // HISTORICA - CRITICA, // EM QUE CLARAMENTE SE MOSTRAM FABULOSOS // os factos, com que está enredada a Vida de Rodrigo Rei dos Godos: que // este Monarca na batalha de Guadalete morreo: que taõ apócrifas as peregri- // nações da Imagem milagrosa de N. Senhora venerada no termo da Villa da // Pederneira: que naõ he verdadeira a Doaçaõ, que muitos crêm fez á mes- // ma Senhora D. Fuas Roupinho, Governador de Porto de Mós. // AUTHOR // Fr. MANOEL DE FIGUEIREDO, // Chronista dos Cistercienses de Portugal, e Algarves. // [brasão com as armas de Portugal] // LISBOA // NA OFFICINA DE FILIPPE DA SILVA E AZEVEDO. // —— // ANNO M. DCC. LXXXVI. // Com Licença da Real Meza Censoria. In-4.º gr de II-111-I págs. Desenc.Interessante para a história do culto de N. Senhora da Nazaré.Innocêncio refere que “Difficilmente se encontram hoje exemplares da maior parte dos opusculos impressos; e a collecção de todos é tida em estimação, e paga-se por bom preço. O auctor mostra n’elles muito estudo, erudição, e o sincero desejo de acertar, tomando sempre a verdade por norte em suas investigações. (...)”.

534 — [FIGUEIREDO (Pedro José de)].- CARTA EM RESPOSTA DE CERTO AMIGO DA CIDADE DE LISBOA A OUTRO DA VILLA DE SANTAREM, em que se lançam os fun-damentos sobre a verdade, ou incerteza da morte d’Elrei D. Sebastião XVI. Rei de Portugal, Na Batalha de Alcacerquibir em Africa. Lisboa. Na Officina de João Euangelista Garcez. I). DCCC.VIII. In-8.º gr. de 83-III págs. Desenc.Escrito publicado sob anonimato, mas incluído por Inocêncio entre as obras de Pedro José de Figuei-redo, autor também dos «Retratos e Elogios dos Varões e Donas que ilustraram a Nação Portuguesa». Nesta «Carta» o autor “se esforça por mostrar á luz da evidencia a certeza da morte d’el-rei D. Sebastião na batalha d’Africa”.Opúsculo bastante invulgar, com interesse para a história da célebre polémica, conhecida por Guerra--Sebática.

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535 — FIGUEIRÓ (Simão de).- LIVRO DA FAZENDA E RENDAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA EM 1570, organizado por... escrivão das suas rendas e bens e lido e publicado por António Gomes da Rocha Madahil. Coimbra. Por Ordem da Universidade de Coimbra. Coimbra. 1940. In-4.º gr. de LVI-366-II págs. E.Primeira publicação do mais antigo «Livro da Fazenda» existente no Arquivo da Universidade de Coimbra, valioso para a história da sua Administração, mas interessando também “a nossa história agrícola e a própria lingüistica, vasto campo se oferecendo, assim, a quem se dispuser a aproveitá-lo convenientemente”. O importantíssimo texto de Rocha Madahil ocupa 50 das páginas iniciais.Encadernação com lombada e cantos de pele.

536 — FLAGELO DA IMPIEDADE, SENTINELA CONTRA OS IMPIOS JACOBINOS, E SEU CHÉFE SATANAZ. Armazem de todas as armas de Deos, com que todo o Catholico deve estar sempre armado para combater os seus inimigos visiveis, e invisiveis, obra naces-saria a todos os ignorantes das infernaes astucias, e de grande utilidade para a instrucção da mocidade, e dos que tem pouco tempo para ler. Offerecido, e dedicado ao Supremo Rei da Gloria Jesu Christo, e Sua Santissima Mãi A Virgem Maria Nossa Senhora, por hum Amigo da Fé, da Religião, E da Verdade. Lisboa M.DCCCX. Na Of. de Simão Thaddeo Ferreira. In-8.º de XXIII-I-301-I págs. E.Curioso e invulgar livro publicado anónimo, com cânticos (o primeiro «Para fazer conhecer a impie-dade do Jacobinismo»), capítulos (O segundo contém os «Canones, e Constituições, que condemnão os Maleficios, e todas as Artes Magicas»), orações, exercícios, etc.Com interesse para a história da influência da Igreja contra a presença dos franceses em Portugal.Encadernação da época, inteira de carneira. Com pequenos defeitos marginais nas primeiras folhas.

537 — FLEURY DE CHABOULON (M.).- MÉMOIRES POUR SERVIR Á L’HISTOIRE DE LA VIE PRIVÉE, DU RETOUR, ET DU RÈGNE DE NAPOLÉON EN 1815. Par... London: John Murray, Albemarle-Street. 1819-1820. 2 vols. In-4.º peq. de XVI-415-I e IV-419-I págs. E.Edição original de uma das mais importantes fontes para a história de Napoleão após o exílio em Elba e o seu regresso ao governo dos Cent Jours.Encadernação original em cartão. Com um rasgão na folha de anterrosto do primeiro volume.

538 — FOGAÇA (António).- VERSOS DA MOCIDADE. (1883 a 1887). Segunda edição. Porto. Livraria Moreira - Editora. 1903. In-8.º de 215-I págs. B.Segunda edição deste estimado livro de António Fogaça, poeta natural de Barcelos e amigo de António Nobre. “A obra que deixou revela um autor romântico com tendência realista, que provavelmente se teria revelado mais nítida se tivesse vivido mais tempo”, segundo os autores do «Pequeno Dicionário de Autores de Língua Portuguesa». Com um retrato do autor.Com afectuosa dedicatória do autor a Wenceslau de Lima, Ministro dos Estrangeiros.

539 — FONSECA (Ângelo Queiroz da).- ANTIGUIDADE, ORIGEM DO APELIDO E ARMAS DA FAMÍLIA FIGUEIREDO. Genealogia dos Figueiredos da Lavra de Goes e de todos os ramos do tronco Figueiredo e Queiroz, da Quinta de São Cateano da Boiça, sita na Freguesia de São Miguel do Concelho de Vila Nova de Poiares. Lisboa. 1949. [Tipografia Sousa Ferradeira - Lisboa]. In-8.º gr. de 131-I págs. E.Publicação de difícil aparecimento no mercado, de tiragem limitada a apenas 250 exemplares, numerados e assinados pelo autor.Boa encadernação com lombada e cantos de pele. Com as capas da brochura preservadas e só ligeira-mente aparado à cabeça. Ex-libris heráldico de Joaquim Pereira de Lima.

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540 — [FONSECA (José Vitorino Freire da)].- ADDICÇÃO Á APOLOGIA DOS VOLUNTARIOS ACADEMICOS, ou Pensamentos sobre a Campanha do Batalhão dos Voluntarios Academicos nos Mezes de Dezembro de 1826, e Janeiro de 1827. Por um Soldado. Coimbra: Na Imprensa de Trovão e Companhia. 1827. In-8º gr. de 26 págs. B.Primeira edição deste importante documento para a história das Lutas Liberais, publicado sob anoni-mato, registado no «Diccionário Bibliographico Militar Portuguez» e aí atribuído a Freire da Fonseca.Opúsculo brochado com papel próprio da época.

541 — [FONSECA (Padre Manuel Nunes da)].- VOZ DA SAÃ RAZÃO. Ou Resposta ao impio author do folheto intitulado VOZ DA RAZÃO. [Anagrama do autor] Coimbra: Na Imprensa Christã da Rua dos Coutinhos: 1823. In-8.º peq. de 16 págs. B.Folheto muito invulgar, póstumo, conforme se pode depreender da PREFAÇÃO do editor, quando diz “de cujo author apenas sabemos que morrera na flor da idade”. Inocêncio regista o seu ano de morte em 1826, o que, considerando a data desta publicação e o teor da «PREFAÇÃO» se pode considerar errado.As célebres e polémicas epístolas de Anastácio da Cunha, intituladas «A VOZ DA RAZÃO», depois de circularem manuscritas, foram pela primeira vez impressas em 1822. Facto que nos leva a supôr a morte do autor entre 1822 e 1823.Publicado sem o nome do autor mas por Innocêncio atribuído ao Padre Manuel Nunes da Fonseca, Reitor da Sé de Coimbra.

542 — FONSECA (Quirino da).- A CARAVELA PORTUGUESA E A PRIORIDADE TÉCNICA DAS NAVEGAÇÕES HENRIQUINAS. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1934. In-8.º gr. de 700 págs. B.Muito estimado e amplo trabalho sobre a caravela portuguesa nos seus mais diversos aspectos. Men-ciona “180 caravelas portuguesas, de cujos nomes próprios encontrámos memória, fazendo-se elas recordar por serviços que desempenharam”. Tem no fim um valioso Glossário de termos náuticos. A obra apresenta-se documentada com perto de 150 estampas, representando na sua maioria caravelas portuguesas antigas. Achega de indiscutível valor para a história das navegações portuguesas.

543 — FORAES DA CIDADE DO PORTO. Impressos por ordem da Illma. Camara Constitu-cional. Porto: Na Typ. de Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos. 1823. In-4.º gr. de II-38-IV págs. B.Por decreto promulgado a 5 de Junho de 1822 foi determinada a chamada redução dos forais. Esta edição, publicada um ano mais tarde, reproduz a Doação dada por D. Tareja ao Bispo D. Hugo, o Foral dado por D. Hugo, a confirmação da Doação dada por D. Afonso Henriques, o Foral de D. Manuel, assim como a Carta de Lei, aprovada por D. João VI nas Cortes Constituintes. A publicação desta Carta fez parte das reformas que visavam a modernização da agricultura, libertando as terras do regime agrícola senhorial.

544 — FORAES DE VILLA-NOVA DE GAYA. IMPRESSOS POR ORDEM DA ILLL.ma CAMARA CONSTITUCIONAL. Porto: Na Typ. de Viuva Alvarez Ribeiro e Filhos. 1823. In-4.º gr. de II-34-VI págs. B.Por decreto promulgado a 5 de Junho de 1822 foi determinada a chamada redução dos forais. Esta edição, publicada um ano mais tarde, reproduz os Forais de Vila Nova de Gaia dados por D. Afonso, D. Dinis e D. Manuel, assim como a Carta de Lei, aprovada por D. João VI nas Cortes Consti-tuintes. A publicação desta Carta fez parte das reformas que visavam a modernização da agricultura, libertando as terras do regime agrícola senhorial.

545 — FORAL // DA // CIDADE // DO // PORTO, // De 20 de Junho de 1517. // [gravura em madeira com as armas de Portugal] // PORTO: // Na Officina de ANTONIO ALVAREZ RIBEIRO. // Anno de 1788. In-4.º de 33-I págs. Desenc.Foral dado por D. Manuel, de que esta é, di-lo Inocêncio, a primeira edição impressa: “Não sei que haja edição do referido Foral anterior a esta, da qual vi, entre outros exemplares um que possue o sr. Figaniere.”

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546 — FORAL DE MATHOZINHOS POR EL-REY O S.R D. MANOEL, em Carta Regia de 30 de Setembro de 1514. Impresso por ordem da Ill.ma Camara Constitucional da Cidade do Porto. Porto, 1823. Na Typ. de Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos. In-4.º gr. de VIII-8-IV págs. B.Por decreto promulgado a 5 de Junho de 1822 foi determinada a chamada redução dos forais. Esta edição, publicada um ano mais tarde, reproduz o Foral de Matosinhos dado por D. Manuel, assim como a Carta de Lei, aprovada por D. João VI nas Cortes Constituintes. A publicação desta Carta fez parte das reformas que visavam a modernização da agricultura, libertando as terras do regime agrícola senhorial.

547 — FORAL DE REFOJOS POR EL-REY O S.R D. MANOEL, em carta Regia do 1º de Setembro de 1513. Impresso por ordem da Ill.mª Camara Constitucional da Cidade do Porto. Porto: Na Typ. de Viuva Alvarez Ribeiro e Filhos. 1823. In-4.º gr. de IV-12-IV págs. B.Por decreto promulgado a 5 de Junho de 1822 foi determinada a chamada redução dos forais. Esta edição, publicada um ano mais tarde, reproduz o Foral de Refojos [de Riba d’Ave — Santo Tirso] dado por D. Manuel, assim como a Carta de Lei, aprovada por D. João VI nas Cortes Consti-tuintes. A publicação desta Carta fez parte das reformas que visavam a modernização da agricultura, libertando as terras do regime agrícola senhorial.

548 — FOURNEL (Victor).- LES RUES DU VIEUX PARIS — Galerie Populaire et Pittores-que par... Paris. Librairie de Firmin-Didot et Cie. 1879. In-4º de VI-663-I págs. E.“ (...) le but que je me suis proposé: c’est d’ecrire, non une histoire de Paris, ni de ses monuments, mais une petite chronique vivante et familière de la rua, de ses fêtes, divertissements et spectacles, de ses métiers nomades et de ses industries curieuses, de ses figures et types populaires, des usages pittoresques et des traditions qui s’y sont succédé à travers le cours des siècles.”Edição ilustrada com 165 xilogravuras impressas nas páginas de texto ou em folha à parte.ÍNDICE: Les Solennités Nationales; Les Fêtes Religieuses; Les Fêtes Populaires; Histoire du Carna-val; Les Clercs de la Basoche — Les sots et les enfants sans souci; Jongleurs, trouvères et ménestrels populaires; Les chanteurs des rues; Les Farceurs en plein air et les Parades; Les cris du vieux Paris et les petits métiers de la rue; Types et personnages célèbres des rues de Paris.Encadernação com lombada e cantos de pele. Com as margens aparadas e as capas da brochura preservadas.

549 — FOX-DAVIES (Arthur Charles).- A COMPLETE GUIDE TO HERALDRY. (...) Illustrated by nearly 800 designs, mainly from drawings by Graham Johnston, Herald painter to the Lyon Court. Thomas Nelson and Sons Ltd. [Printed in Great Britain. S.d.]. In-4.º de XII-647-I págs. E.Edição de grande apuro gráfico, profusamente ilustrada e de grande utilidade para o estudo da ciência heráldica.Encadernação editorial com sobrecapa de papel impressa a duas cores. Dourado à cabeça e com as restantes margens integrais.

550 — FRAGOSO (Viriato de Sá).- CANTANHEDE. Subsídios para a sua história. Coimbra Editora, Limitada. 1960. In-4.º de VIII-237-III págs. B.Edição ilustrada em folha à parte.

551 — [FRANCO (Francisco de Melo)].- O REINO DA ESTUPIDEZ, Poema. Nova edição, corecta. Parîs, Na Officina de A. Bobée. 1821. In-8.º peq. de X-62 págs. B.Acerca deste poema herói-cómico diz Alberto Pimentel: “Atribui-se geralmente êste poema ao português--brasileiro Francisco de Melo Franco, natural de Peracatu, bispado de Pernambuco, onde nasceu em 1757. (...)“Melo Franco veio à metrópole para cursar a faculdade de medicina em Coimbra e, quando estudante, foi denunciado à Inquisição como hereje: por êste motivo saíu no auto de fé que se realizou naque-

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la cidade a 26 de agosto de 1781 e depois sofreu a pena de reclusão no convento de Rilhafoles, em Lisboa.“Conseguindo readquirir a liberdade (...) procurou vingar-se dos seus perseguidores conimbricenses divulgando contra êles, por cópias manuscritas, um poema herói-cómico, em tão cauteloso mistério compôsto e espalhado, que a muitos foi atribuído, menos ao verdadeiro autor. (...)”Tanto a primeira como esta segunda edição foram impressas em Paris, sendo rara qualquer delas.Com falta do anterrosto e manchas de tinta no frontispício. (ver gravura na pág. 164)

552 — FRANCO (Francisco Soares).- EXAME DAS CAUSAS, QUE ALLEGOU O GABINETE DE THUILHERIAS PARA MANDAR CONTRA PORTUGAL OS EXERCITOS FRANCEZ E HESPANHOL EM NOVEMBRO DE 1807. Coimbra, Na Real Imprensa da Universidade. 1808. In-8.º de 23-I-12 págs. Desenc.“Na Conta que deu Champagny ao Imperador á cêrca dos Negocios de Portugal, he que vem desen-volvidas as causas da invasão deste Reine pelas Tropas Francezas, e por esse motivo tomámos a nosso cargo fazer o exame desta notavel Peça.”

553 — FRANCO (Francisco Soares).- REFLEXÕES SOBRE A CONDUCTA DO PRINCIPE REGENTE DE PORTUGAL, revistas, e corregidas. Coimbra, Na Real Imprensa da Universi-dade. 1808. In-8.º de 10-II págs. B.Personalidade de grande relevo nas letras, artes e ciências em Portugal, o autor, natural de Loures, doutor e lente jubilado de medicina na Universidade de Coimbra, bacharel em filosofia, deputado, presi-dente do conselho de saúde do exército e sócio da Academia Real das Sciências de Lisboa, entre a sua vasta actividade, colaborou no Jornal da Sociedade das Sciencias Médicas, foi redactor da Gazeta de Lisboa, presidente da comissão redactora da obra Matéria Médica e do Formulário para uso dos Hospitais. Entre os anos de 1808 e 1809 fez publicar obras de carácter patriótico, entre os quais o que apresentamos, onde o autor defende a retirada da Corte portuguesa para o Brasil e faz violento ataque à politicas de Napoleão.No «Dicionário Bibliográfico da Guerra Peninsular», Magalhães Sepúlveda regista a cópia de uma carta, datada de Óbidos, 1808, onde Soares Franco dá notícia das batalhas da Columbeira e Vimieiro.Com manchas de água e a última folha, branca, rasgada.

554 — FREDERIC II.- LES CONSEILS DU TRONE DONNÉS PAR FRÉDÉRIC II, DIT LE GRAND, AUX ROIS ET AUX PEUPLES DE L’EUROPE, pour servir de commentaires a tous les Congrès présens et futurs; Avec plusieurs lettres inédites de ce Prince, son testament, quelques particularités de sa vie militaire, littéraire et privée, etc.; Publiés par P.-R. Auguis. Paris, Chez Béchet ainé. Libraire. Rouen. 1823. In-8.º gr. de L-II551-I págs. E.Déspota esclarecido, Frederico II, Rei da Prússia, cultivou o gosto pelas artes plásticas, música e lite-ratura. Amigo pessoal de Voltaire, soube atrair à sua côrte intelectuais franceses, tendo feito de Berlim uma das capitais das luzes. Como governante revelou-se hábil guerreiro e administrador, tendo em muito contribuído para o desenvolvimento e afirmação da Prússia do século XVIII.Encadernação inteira de pele, gravada a ouro na lombada.

555 — FREIRE (Anselmo Braamcamp).- ARMARIA PORTUGUESA. Lisboa. Edição do Archivo Historico Portuguez. 1908-1921. In-4.º gr. de II-640 págs. E.Obra valiosa e das mais importantes da bibliografia portuguesa da especialidade, particularmente estimada quando se apresenta com as suas 640 páginas de texto, porquanto a maioria dos exemplares aparece apenas com 560.O exemplar não tem as folhas de rosto nem de anterrosto por nunca terem sido publicadas.Bela encadernação com a lombada e cantos de carneira, com dizeres a ouro e ferros a seco. Só ligei-ramente aparado à cabeça.

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556 — FREIRE (Anselmo Braamcamp).- BRASÕES DA SALA DE SINTRA. (2ª edição). Coimbra. Imprensa da Universidade. 1921-1930. 3 vols. In-4.º gr. de VI-626, XXXII-512-II e XIV-512-II págs. E.Obra fundamental da genealogia e da heráldica portuguesa, «Brasões da Sala de Sintra» apresenta--se ilustrada com todos os brasões d’armas impressos em folhas à parte, sendo esta edição em tudo preferível à primeira, que teve reduzidíssima tiragem. Tem ainda, em folha desdobrável, a «Árvore de Geração dos Albuquerques Gomides nos Senhores de Vila Verde, Capela da Graça, Morgado de Azeitão e Casa dos Bicos».Edição muito esmerada e nítida, em papel de linho, há muitos anos esgotada.Boas encadernações com lombadas em pele. Ligeiramente aparado à cabeça e com as capas da brochura, apresentando as do primeiro volume manchas de acidez. Assinatura de posse e ex-libris heráldico de José de Lima.

557 — FREIRE (Anselmo Braamcamp).- EXPEDIÇÕES E ARMADAS NOS ANOS DE 1488 E 1489. 1915. Livraria Ferin. Lisboa. In-4.º de X-112-VIII págs. E.“A empresa mais importante, a que os mandatos [transcritos] se referem, é a da expedição à Graciosa no ano de 1489”. Com uma grande folha desdobrável explicando minuciosamente como eram consti-tuídas e aonde se destinavam as Armadas de 1488 a 1490.Boa e restrita edição em papel de linho. Encadernação com lombada de pele, decorada com ferros e nervuras. Só aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.

558 — FREIRE (Francisco José) [Cândido Lusitano].- REFLEXÕES SOBRE A LINGUA POR-TUGUEZA, escriptas por... publicadas com algumas annotações pela Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis. Lisboa. Typographia da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis. 1842. 3 vols. In-8.º gr. de XXIV-181-III, 185-III e 140-IV págs. E. em 1.Primeira edição, rara, com um extenso prefácio de J. H. da Cunha Rivara. Dada a lume na «Collecção de Inéditos» da Sociedade Propagadora de Conhecimentos Uteis. A segunda edição viria a ser publi-cada cerca de 20 anos depois.Encadernação da época, com a lombada em pele.

559 — FREIRE (João Paulo).- GARRAS DE HESPANHA. Novos Apontamentos historicos sobre a acção da Hespanha antes do dominio dos Filippes. Famalicão. Tip. «Minerva». 1930. In-8.º de 146-IV-XIX págs. B.

560 — FREIRE (Pascoal José de Melo).- Projecto // Do Novo Codigo de Portugal. // Refor-mando // A Ord. Livro 2.º // Por Paschoal Joze de Mello Freire // Professor de Dirt.º Portuguez na Univ.e de Coimbra, e promovido a Dezor dos Aggros // da Caza da Suppam e Deputado da Real // Junta do novo Codigo. // De p 234 por diante escripto por quem // fêz esta Nota, aqem pertence este Livro // O D.r Antonio Pereira d’ Almeida. In.8.º gr. de II-387 ff. [a partir da ff. 376 todas são numeradas e em branco]ALIOSO DOCUMENTO MANUSCRITO PARA A HISTÓRIA DA REFORMA POMBALINA E DO DIREITO EM PORTUGAL, de caligrafia perfeitamente legível, conforme se lê na primeira folha, manuscrito pelo Dr. António Pereira d’Almeida a partir da folha 234. Julgamos ser da mão de Paschoal de Mello Freire a primeira parte deste documento. Corresponde ao capítulo XX a transição de caligrafia, sendo este por ambos manuscrito. Na última folha vem a «Tabua dos Titulos deste livro» que transcrevemos sem rigor ortográfico. 1. Dos Direitos Reaes; 2. Das Leis e dos Costumes; 3. Dos Juizos e das Penas; 4. Da Religião e Fé Catolica; 5. Da Imunidade das pessoas e bens Eclesiásticos; 6. Do Asilo e Imunidade da Igreja; 7. Dos Bispos, Arcebispos e seus Vigarios; 8. Do Poder e Governo do Cabido; 9. Das Bulas e Decretos Pontificios; 10. Das Apelações e Citações para Roma; 11. Dos Legados e Juizes Apostólicos; 12. Dos Oficiais Eclesiásticos e Notarios; 13. Dos bens das Igrejas

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e que os não hajam de novo; 14. Da Administração dos bens Eclesiásticos; 15. Da alienação dos bens da Igreja; 16. Das Igrejas e Direitos Paroquiais; 17. Do Foro do Clérigo; 18. Do Foro da Cau-sa; 19. Da ajuda do Braço Secular; 20. Dos Regulares; 21. Dos Benefícios; 22. Do Direito do Padro-ado; 23. Do Padroado da Coroa; 24. Das Ordens Militares; 25. Dos Agravos para a Coroa; 26. Das Cartas Tuitivas; 27. Das Seguranças; 28. Da Cultura das Terras; 29. Das Coutadas; 30. Dos Forais; 31. Dos Relegos [comercialização de vinhos]; 32. Das Jugadas [jugos de bois]; 33. Dos Reguengos; 34. Dos bens Vacantes; 35. Das Capellas; 36. Dos bens dos Condenados; 37. Dos Indignos; 38. Dos Comissos; 39. Das Minas e Metais; 40. Dos Impostos e Tributos; 41. Dos Officios e Cargos Publicos; 42. Do Direito da Precedência; 43. Da Policia; 44. Do Poder Económico; 45. Do Direito Militar; 46. Dos Direitos e obrigações do Cidadão; 47. Dos Naturais e Estrangeiros; 48. Dos Serviços e Mercês; 49. Das Doações dos bens da Corôa e da maneira que se terá na sua sucessão; 50. Que os bens da Coroa se não podem alienar; 51. Das Clausulas e modos das Doações; 52. Das Dispensas; 53. Do Direito de Reversão; 54. Das Confirmações; 55. Da Jurisdição dos Donatários; 56. Das Honras e Coutos; 57. Dos Donatários Eclesiásticos.Natural de Ansião [Leiria], Paschoal de Mello Freire [1738-1798], acabou o seu doutoramento ape-nas com 19 anos de idade na Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra. Durante a sua vida notabilizou-se nos vários ramos do direito, defendendo a dependencia do poder temporal sob o da autoridade política das nações, insurgiu-se contra as penas cruéis, defendendo a ideia de leis mais humanas perante a responsabilização dos criminosos, etc. Durante as reformas Pombalinas assumiu em Coimbra a Cadeira de Direito Pátrio entre 1781 e 1790. Entre os cargos desempenhados por Mello Freire destacam-se os de Desembargador dos Agravos da Casa de Suplicação [1785], de Deputado do Conselho Geral do Santo Offício [1793] e de Conselheiro da D. Maria [1793].Encadernação mal cuidada, passível de restauro. (ver gravura na pág. 167)

561 — FREITAS (Eugénio de Andrea da Cunha e).- O CONVENTO NOVO DE SANTA MARIA DA CONSOLAÇÃO (Padres Lóios). [Porto. 1947]. In-4.º de 145-III págs. e VI estampas. B.Edição ilustrada em folhas à parte, integrada na colecção «Documentos e Memórias para a História do Porto».Com dedicatória do autor.

562 — FREITAS (Eugénio de Andrea da Cunha e).- MEMÓRIA HISTÓRICA DA ORDEM TERCEIRA DE NOSSA SENHORA DO CARMO DA CIDADE DO PORTO. Porto. 1956. [Oficinas da Imprensa Portuguesa]. In-4.º de 179-V págs. B.A Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo da Cidade do Porto foi fundada no século XVIII, sendo ainda hoje uma Instituição de grande prestígio na vida da cidade. Edição cuidada, profusa e muito bem ilustrada em folhas à parte, edição que constou, nas suas duas tiragens, de apenas 600 exemplares.Com dedicatória do autor.

563 — FREITAS (Eugénio de Andrea da Cunha e).- NAVARROS DE ANDRADE. Subsídios para a genealogia da família CAMPOS. 1935. Braga. In-8.º de 37 págs. B.“Este trabalho, com ligeiras alterações, foi publicado no “Livro de Oiro da Nobreza” e é referente “aos Campos Navarros de Andrade, Barões de Sande e de Vila Seca, em Portugal, e Barões de Inhomerim, no Brasil”. Edição muito restrita.Valorizado com dedicatória do autor.

564 — [FREITAS (Joaquim Ferreira de)].- MEMORIA SOBRE A CONSPIRAÇÃO DE 1817, VULGARMENTE CHAMADA A CONSPIRAÇÃO DE GOMES FREIRE; Escripta e publi-cada por Hum Portuguez, amigo da Justiça e da Verdade. Impressão Liberal. Lisboa: Anno de 1822. In-4.º peq. de X-281-I págs. E.Inocêncio sobre o autor: “Natural da ilha da Madeira. Depois de vestir o habito franciscano capucho,

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cuja regra chegára a professar (...) sahiu do convento não sei como, e appareceu secularisado. - Entrou em Portugal, vindo ao serviço do exercito francez commandado por Massena, quando este inva-diu o reino em 1810, e com o mesmo regressou a França, donde passados annos se transferiu para Inglaterra. (...) Era homem dotado de talento, mas de vida folgasã e desregrada; e tinha em escrever tanta facilidade, quanta era a com que estava sempre prompto a vender-se aos que lhe alugavam a penna. Recebeu por varias vezes grossas quantias, que lhe foram pagas pelo Marechal Beresford, pelo Duque de Palmella, e pelo sr. D. Pedro, quando imperador no Brasil; o qual lhe conferiu tambem a condecoração da Ordem do Cruzeiro, em remuneração (dizem) de artigos encommendados, que em vez de produzirem o fructo que d’elles se esperava, promoveram ao contrario a inquietação e desagrado publicos, e augmentaram a indisposição dos brasileiros contra o imperador, levando-o em fim á necessidade de abdicar da corôa. (...) Esta obra, escripta com o fim de justificar o marechal Beresford (por quem foi encomendada e retribuida) da maneira altamente censuravel e odiosa como procedêra no negocio da conjuração, e para desviar delle toda a responsabilidade, lançando-a á conta dos mem-bros da regencia que a esse tempo governava o reino, está seguramente muito longe de poder julgar-se imparcial. Assim mesmo é interessante, por conter a narrativa miuda de todos os factos occorridos, e a noticia de particularidades reconditas, que em outra parte se não encontram. Traz na sua integra a sen-tença dos réus, e além d’ella alguns outros documentos; em fim, é o que possuimos de mais amplo ácerca d’aquelle tenebroso e lamentavel episodio da nossa historia moderna.” Curioso e muito raro.Encadernação da época, com a lombada de pele.

565 — FRIAS (Sanches de).- POMBEIRO DA BEIRA. Memória histórica e descriptiva. Segunda edição. Lisbôa. 1899. In-8.º de LVI-300-IV págs. E.Monografia histórica, nesta edição “rectificada, duplamente acrescida, ornada de estampas e precedida de uma notícia biográfica, genealógica e bibliográfica, escrita pelo Visconde de Sanches de Baena”, cujo retrato vai em separado. Edição ilustrada com 12 estampas impressas à parte.Encadernação com lombada de pele, decorada com nervuras e ferros dourados. Conserva as capas da brochura, com restauros.

566 — FROISSART (J.).- LES CHRONIQUES DE J. FROISSART. Édition abrégée avec texte rapproché du français moderne par Mme de Witt, Née Guizot. Ouvrage contenant 11 Planches en Chromolithographie, 12 Lettres et Titres imprimés en couleurs, 2 Cartes, 33 grandes compo-sitions tirées en noir et 252 gravures d’après les monuments et les manuscrits de l’époque. Paris. Librairie Hachette et Cie. 1881. In-4.º de VII-I-840 págs. E.Monumental edição das Crónicas de Jehan Froissart, um dos mais importantes cronistas da França medieval.De irrepreensível cuidado gráfico, a edição é profusamente ilustrada nas páginas de texto e em sepa-rado, sendo estas últimas impressas e cores e metais.Exuberante encadernação editorial, gravada a ouro e negro na lombada e pastas, assinada A. Souze / Engels Rel.

567 — O FRUCTO DA PATA. Porto, 1827. Na typ. de Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos. In-.8.º gr. de 8 págs. Desenc. Juntamos:

——— A PATA NO CHOCO. Porto: Na Typ. de Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos. 1827. In-8.º gr. de 7-I págs. Desenc.Curiosos folhetos de autor não identificado, mas que declara ter escrito também a “palestra das Coma-dres Pires e Fernandes a respeito de huma Pata no chôco, para mostrar a verbosidade destas doutoras do soalheiro sobre cousa taõ pifia, bem como as superstições e ninherías mulherís”.

568 — FUNCHAL (Marquês do).- TITULOS NOBILIARCHICOS. Memoria historico-juridica em resposta a diversas consultas apresentadas em 29 de Março de 1916. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1916. In-4.º peq. de 47-I págs. B.Trabalho publicado em reduzida separata dos «Trabalhos da Academia de Sciências de Portugal».

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569 — FUNERAL DO IMPERADOR NAPOLEÃO. Relação da trasladação dos despojos mor-taes, de Santa Helena para Paris, e descripção da pompa funebre, illustrada com oito estampas. Traducçao. [gravura alegórica] Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1842. In-8.º de 63-I págs. B.Publicação bastante invulgar, dada a lume sem o nome do autor ou do traductor. As 8 litografias anunciadas no frontispício foram executadas na Lith. da Imp. Nal e desenhadas por Miguel Ângelo Lupi, então aluno premiado que só em 1849 viria a obter emprego na Imprensa Nacional de Lisboa.A cartonagem que envolve o volume foi feita com o aproveitamento da brochura original. Com ves-tígios de traça junto à lombada que practicamente não ofendem o volume. Com manchas de acidez.

570 — FURTADO (Eusébio Cândido Cordeiro Pinheiro).- MEMORIA HISTORICA DE TODO O ACONTECIDO NO DIA ETERNAMENTE FAUSTO 11 DE AGOSTO DE 1929, EM QUE SE GANHOU A VICTORIA DA VILLA DA PRAIA, para servir de refutação e resposta á Carta do Chronista Mor do Reino, João Bernardo da Rocha. Escripta de Londres e inserta no Nacional N. 210. Pelo Coronel de Engenheiros... Testemunha Ocular. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1835. In-8.º de 74-I págs. Desenc.Diz Inocêncio que “Este opusculo tem o merito de ser escripto por uma testemunha ocular dos factos que relata, como director que foi das fortificações da ilha Terceira, onde entrára emigrado em 5 de Abril do dito anno (...)”. Com cinco mapas ou quadros em folhas desdobráveis de grandes dimensões, importantes para a história da componente militar dos acontecimentos de que trata. Raro.Com um pequeno rasgão no frontispício provocado por ter sido removida uma assinatura.

571 — GAYO (Felgueiras).- NOBILIARIO DE FAMILIAS DE PORTUGAL DE FELGUEIRAS GAYO. TOMO PRIMEIRO [a tomo XXVIII]. Impressão diplomática do original manuscrito, existente na Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Propriedade e Edição de Agostinho de Azevedo Meirelles e Domingos de Araujo Affonso. [Braga. 1938-1940]. 28 vols. In-4.º gr. E. em 8 vols.

——— NOBILIÁRIO DE FAMÍLIAS DE PORTUGAL DE FELGUEIRAS GAYO. TOMO PRIMEIRO DE COSTADOS [a tomo IV]. [Braga. 1941-1942]. 4 vols. In-4.º gr. E. em 2.

——— NOBILIÁRIO DE FAMÍLIAS DE PORTUGAL. TÍTULO DE SOUZAS. Anotado e acrescentado por Felgueiras Gayo. [ ... ]. [Braga. 1941]. In-4.º gr E.Primeira edição do importantíssimo manuscrito de Felgueira Gayo, “porventura o mais consciencioso e probo linhagista português do seu tempo”.Obra verdadeiramente indispensável para o estudo da genealogia portuguesa, de que se imprimiram somente 250 exemplares, todos numerados.Colecção completa, muito rara e valiosa.Encadernações editoriais em cartão. (ver gravura na pág. 171)

572 — GALBREATH (D.L.).- MANUEL DU BLASON. Avec 623 figures dont 229 en cou-leurs. Lausanne. Editions Spes. [S.d.]. In-8.º de 351-I págs. E.Obra profusamente ilustrada a cores e a negro nas páginas de texto ou em plena página.Boa encadernação inteira de carneira, com ferros a ouro na lombada e seixas, sendo as pastas cercadas por um filete gravado também a ouro.

573 — GALHEGOS (Manuel de).- GIGAN= // TOMACHIA DE // MANVEL DE GALLEGOS // A // don Antonio de Menezes // en Lisboa por Pedro Cras= // beeck. an. 1628. In-4.º de XIX ff. prels. inums, I branca e 86 ff. nums. pela frente. E.Frontispício inteiramente gravado a buril em chapa de cobre, ilustrado com uma portada encimada

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com o brasão de armas de D. António de Menezes..Para além do Poema propriamente dito segue-se uma fábula intitulada Anaxarete de Manuel de Gal-legos poema também dedicado a D. António de Menezes.Edição cuidadosamente descrita no Catálogo da Biblioteca de Azevedo Samodães, por José dos Santos e Innocêncio considerada muito rara. “Edição única e excelentemente impressa.”Encadernação contemporânea em inteira de carneira decorada com bonitos ferros fundidos a ouro. Frontispício com um corte provocado por ter sido retirada uma assinatura, já restaurado e com um selo de lacre gravado com um brasão d’armas. A margem inferior encontra-se remarginada. Com um pequeno corte de traça, ao alto, junto à lombada e vestígios de humidade marginais.

574 — GALHEGOS (Manuel de).- TEMPLO // DA MEMORIA. // POEMA EPITHALAMI-CO, NAS FE- // lícissimas bodas do Excellentissimo Senhor Duque de // Bargança [sic], & de Barcelos: Marquez de Villauiçosa: // Conde de Ourem, de Arraiolos, de Penhafiel, // de Neiua: Senhor de Alegrete, de Monfor- // te, de Villa do Conde; & Condesta- // ble de Portugal. // AN-TES, // SENHOR DE GVIMARAINS, DE VALEN- // ça, de Montemor o nouo, de Almada, da Bidigueira, & // o mais antigo Duque de Europa. // [armas de Portugal ladeadas pelos dizeres “PER TELA. // PER HOSTES. //AVTOR MANOEL DE GALHEGOS. // —— // Com as licen-ças necessarias. Em Lisboa. Por Lourenço // Craesbeeck Impr. delRey. A custa do Duque. Año 1635. In-8.º de XII ff. prels. inums., 126 nums. e VI inums. finais. E.Frontispício cuidadosamente aberto em chapa de metalPoema clássico muito apreciado, detalhadamente descrito por José dos Santos no Catálogo da Biblio-teca dos Condes de Azevedo e Samodães. Edição princeps de grande raridade, de primorosa execução tipográfica e assente sobre papel de escolhida qualidade.Encadernação da época em inteira de carneira decorada com belos ferros gravados a ouro.Frontispício imperfeito por apresentar um rasgão provocado por um carimbo de lacre e outro, já res-taurado, causado por ter sido retirada uma assinatura. (ver gravura na pág. 173)

575 — GAMA (António de Saldanha da).- MEMORIA SOBRE AS COLONIAS DE PORTU-GAL, SITUADAS NA COSTA OCCIDENTAL D’AFRICA, mandada ao Governo pelo antigo Governador e Capitão General do Reino de Angola, Antonio de Saldanha da Gama, em 1814, precedida de um discurso preliminar, augmentada de alguns additamentos e notas, e dedicada, em signal de gratidão, Aos Eleitores do Circulo Eleitoral de Vianna do Minho, Pelo antigo Ajudante d’ordens d’aquelle Governador. — Pariz, Na Typographia de Casimir, Rua de La Vieille-Monnaie, n.º 12. — 1839. In-8.º gr. de IV-112-II págs. B.Innocêncio refere duas edições impressas em 1839. A que apresentamos, bastante aumentada, foi im-pressa em Paris e é de grande raridade. A impressa em Lisboa, também bastante invulgar é composta por apenas 33 páginas.Desconjuntado e com vestígios de acidez.

576 — GAMA (Arnaldo).- O BALIO DE LEÇA. (Lenda do seculo XIV). Porto. Typographia de Antonio José da Silva Teixeira. 1872. In-8.º de 231-I págs. B.Um dos mais apreciados romances de Arnaldo Gama, onde se descrevem cenas da Idade-Média ocorridas no mosteiro de Leça do Balio com os Cavaleiros da Ordem do Hospital, em 1324. Primeira e mais procurada edição.

577 — GAMA (Arnaldo).- EL-REI DINHEIRO. Porto. Livraria de Jacinto A. Pinto da Silva - Editor. 1876. In-8.º de X-385-III págs. E.Primeira edição de um dos mais apreciados livros do popular romancista histórico portuense.Encadernação antiga com lombada de pele gravada a ouro e com nervuras.

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578 — GAMA (Vasco da).- ROTEIRO DA VIAGEM DE VASCO DA GAMA EM MCCCCXCVII. Segunda edição, correcta e augmentada de algumas observações principalmente philologicas por A. Herculano e o Barão do Castello de Paiva. Lisboa. Imprensa Nacional. MDCCCLXI. In-8.º gr. de XIII-I-180-II págs. E.“A narrativa da viagem de Vasco da Gama no descubrimento da India, escripta por um dos que tive-ram parte naquella expedição naval a mais celebre da historia moderna, é um dos ineditos de maior importancia publicados em Portugal neste seculo. A avidez com que foi procurada e lida a primeira edição, e a raridade dos exemplares della moveram-nos a reimprimir essa narrativa”, agora expurgada de defeitos e incorreções. Com as seguintes peças iconográficas litografadas em folhas à parte: retrato de Vasco da Gama; “Fac-simile da letra do Manuscripto”, em folha dupla; retrato de D. Manuel e “Carta demonstrativa da Viagem que em Descobrimento da India fez Vasco da Gama em 1497”, em folha desdobrável de grandes dimensões.Bonita encadernação com a lombada decorada com ferros dourados em casas fechadas, nervuras e dizeres.Valorizado com dedicatória do Barão do Castelo de Paiva.

579 — GAMBOA (Joaquim Fortunato de Valadares).- OBRAS POETICAS // DE // JOAQUIM FORTUNATO // DE VALLADARES GAMBOA. // LISBOA, // NA TYPOGRAFIA ROLLAN-DIANA. // 1779. In-8.º de 340-XII págs. E.Inocêncio parece não ter visto nenhum exemplar desta primeira edição das poesias de Valadares Gam-boa, de que apareceu segunda edição, em dois volumes, em 1791 e 1804.Lê-se no “Dicionário de Literatura” de Jacinto do Prado Coelho que o autor “eleva-se, por vezes, acima da mediocridade geral por uma temática vivida, em sonetos de recorte camoniano”.Encadernação inteira de carneira, da época.

580 — GANDRA (João Nogueira).- ELOGIO FUNEBRE E HISTORICO RECITADO NO CEMITERIO DO PRADO DO REPOUSO, em o 1º de Dezembro de 1839, por occasião da trasladação dos despojos mortaes do Ill.mº e Exc.mº Snr. FRANCISCO D’ALMADA E MEN-DONÇA... Porto: Typografia de Gandra & Filhos. 1839. In-8º gr. de 15-I págs. B.São muito invulgares os exemplares deste elogio fúnebre dedicado a Francisco de Almada e Mendonça, personalidade da mais alta importância na vida pública da cidade do Porto, responsável por impor-tantes obras públicas como as da abertura da Rua do Almada, da Construção do Quartel do Campo de Santo Ovídio, hoje Praça da República, da Construção do Teatro S. João, da Construção da Ponte das Barcas, entre muitas outras, não menos decisivas para o futuro da cidade invicta.

581 — GANDRA (João Nogueira).- ODE AO GRANDIOSO OBJECTO COM QUE NO DIA 18 DE JUNHO DE 1808, VIMOS RESTAURAR PELOS PORTUENSES O VERDADEIRO ESFORÇO, E LIBERDADE DO NOME PORTUGUEZ. Coimbra, // Na Real Imprensa da Uni-versidade. 1808. In-8º de 8 págs. B. O Autor, nascido na cidade do Porto, que além de outras distinções foi condecorado com a medalha nº 2 da Campanha peninsular, foi Bibliotecário da Biblioteca Pública do Porto, foi também redactor principal do periódico «Borboleta Constitucional», colaborador da «Chronica Constitucional», do «Artilheiro» e de outros jornais. Inocêncio regista outros escritos seus, mas não refere o que agora apresentamos.

582 — GANDRA (João Nogueira).- ODE AO ILL.MO e EXCELLL.MO SENHOR BERNAR-DIM FREIRE DE ANDRADA, Senhor e Alcaide Mór da Villa das Galvêas (...) Governador das Armas do Partido do Porto, pelo Principe Regente N. S., e General Comandante do Exercito Portuguez etc. etc. etc. Coimbra, Na Real Imprensa da Universidade. 1808. In-8º de 11-I págs. B.

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583 — GANDRA (João Nogueira).- ORAÇÃO NA INAUGURAÇÃO DO RETRATO DE SUA MAGESTADE IMPERIAL O SENHOR D. PEDRO, Duque de Bragança, Regente em Nome da Rainha, a 8 de Dezembro de 1842, na Real Bibliotheca Publica da Cidade do Porto. Porto: Typographia de Gandra & Filhos. 1847. In-4.º de 28 págs. Desenc.O opúsculo, bastante raro, apresenta uma gravura, em folha à parte, copiada do retrato de que trata e que está em lugar de destaque na sala de leitura da Biblioteca Pública Municipal do Porto. João Nogueira Gandra, nascido na cidade do Porto, foi condecorado com a medalha nº 2 da Campanha Peninsular, Bibliotecário da Biblioteca Pública do Porto, redactor principal do periódico «Borboleta Constitucional», colaborador da «Chronica Constitucional», do «Artilheiro» e de outros jornais. Inocêncio regista outros escritos seus, mas não refere o primeiro aqui anunciado.

584 — GARAY (Martin de).- MANIFESTO DA NAÇAÕ HESPANHOLA Á EUROPA. Lisboa: Na Officina de Antonio Rodrigues Galhardo. Anno de M.DCCC.IX. In-8.º de 36 págs. B.O nome de Garay vem na pág. 28, como “Secretario Geral da Junta Suprema. Copia exacta do original Hespanhol.” Segue-se, em “Apendux”, três cartas “do Principe Murat ao General Dupont”. Opúsculo baste raro, com interesse para a história das Invasões Francesas na Península.Revestido de bonito papel pintado, da época.

585 — GARÇÃO (Pedro António Correia).- OBRAS // POETICAS // DE // PEDRO ANTONIO // CORREA GARÇÃO, // DEDICADAS // AO ILLUSTRISSIMO, E EXCELLENTISSIMO // SENHOR // D. THOMAZ DE LIMA // E VASCONCELLOS BRITO // NOGUEIRA TELLES // DA SILVA, // Visconde de Villa Nova da Cerveira, Ministro, // e Secretario de Estado dos Ne-gocios // do Reino, &c. &c. &c. // —— // LISBOA // NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. // ANNO MDCCLXXVIII. In-8.º peq. de X-414-II págs. E.Primeira e rara edição das Obras de Garção, que, segundo Inocêncio, “não obstante as suas deficien-cias e defeitos de todo o genero, é ainda assim preferível em tudo ás que posteriormente se fizeram: porque, além dos 57 sonetos, 30 Odes, 2 dithyrambos, 2 satyras, 3 epistolas, 2 dramas, e outras poesias, que em todas se acham, encerra varias dissertações recitadas na Arcadia, e outros discursos em prosa, que foram, não sei como, nem porque, ommitidas nas edições seguintes”; “O pobre poeta, se tal edição visse, ficaria decerto pasmado: elle que, como dizem os contemporaneos, só compunha devagar, emendando e limando por muitas vezes e com a maior severidade as suas obras, que não queria se avaliassem pelo numero, mas pela qualidade!”Encadernação antiga com lombada de pele decorada com bonitos ferros gravados a ouro.

586 — GARÇÃO (Pedro António Correia).- OBRAS POETICAS E ORATORIAS DE P. A. CORRÊA GARÇÃO. Com uma introducção e notas por J. A. de Azevedo Castro. Roma. Typo-graphia dos Irmãos Centenari. 1888. In-8.º de LXXXIV-II-622-II págs. B.Primorosa e muito luxuosa edição das obras poéticas e oratórias de Correia Garção, impressa em magnífico papel e com todas as páginas decoradas com delicadas vinhetas, cercaduras e outros motivos estam-pados a diversas cores e ouro.

587 — GARCIA (Emygdio).- O INFANTE D. AFONSO DE BRAGANÇA. O Popular “Arreda”. 1939. Lisboa. In-4.º peq. de 200-I págs. B.Edição ilustrada com várias estampas impressas em separado.Capa da brochura ilustrada com um retrato do Infante D. Afonso.

588 — GARCIA (Prudêncio Quintino).- DOCUMENTOS PARA AS BIOGRAFIAS DOS AR-TISTAS DE COIMBRA, coligidos por... Com um prefácio do Dr. Vergílio Correia. Coimbra - 1923. In-8.º gr. de IX-361-I págs. E.Valioso e importante “conjunto documental, até agora o mais completo e amplo acêrca das artes

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coimbrãs” a que se seguem os “documentos que nos falam dos lavrantes quinhentistas da pedra e da madeira, - pedreiros e imaginários, - os que nos revelam os nomes e as artes dos azulejadores, pintores ensambladores e axaroadores seiscentistas e setecentistas”.Encadernação a lombada de pele decorada a ouro e com nervuras. Conserva as capas da brochura.

589 — GARCIA (Prudêncio Quintino).- JOÃO DE RUÃO. MD... - MDLXXX. Documentos para a biographia de um Artista, colligidos por... Com um Prefacio do Dr. Teixeira de Carvalho. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1913. In-8.º gr. de II-XXXV-270 págs. E.Colectânea de mais de 170 documentos de fundamental importância para a história de um artista que em Coimbra deixou numerosos testemunhos do seu grande talento de escultor. Com 22 fac-símiles de assinaturas nas últimas páginas.Encadernação imperfeita com lombada de pele-

590 — GARRETT (Alexandre José da Silva de Almeida).- CARTA DO CONDE DE SHREWSBURY AO ILLe. AMBROSIO LISLE PHILLIPS, descriptiva da Extatica de Caldaro e da Dolorosa de Ca-priana. Á qual se reunem noticias biographicas d’estas extraordinarias pessoas favorecidas do Ceo; traduzidas do allemão pelo R. F. C. Husenbeth; e hum e outro escripto do inglez por A. J. da S. de A. Garrett. Porto. Imprensa de J. d’A. G. Mendanha. 1842. In-8.º gr. de 56-II págs. Desenc.São muito raros os exemplares deste livrinho traduzido por Alexandre de Almeida Garrett, irmão do grande poeta e, como ele, também portuense. Com duas estampas litográficas mostrando a “Extactica de Caldaro” e a “Dolorosa de Capriana”, ambas mostrando nas suas mãos os sinais dos estigmas de Cristo.

591 — GARRETT (Alexandre José da Silva de Almeida).- RESPOSTA APOLOGETICA, dada por A. J. da S. de A. Garrett na Revista Litteraria, n.º 61. A um artigo que, no N.º 56 do mesmo periodico, foi publicado pelo Sr. J. F. contra as duas prodigiosas Servas de Deos, Extatica de Caldaro e Dolorosa de Capriana. Porto. — Typ. da Revista, Rua da Picaria n.º 47. 1843. In-8.º de 62-II págs. Desenc.

592 — [GARRETT (J. B. Almeida)].- O ARCO DE SANCT’ANNA. Chronica Portuense. Manus-cripto achado no convento dos Grillos do Porto por um soldado do Corpo Academico. Lisboa. Imprensa Nacional. 1845-1850. 2 vols. In-8.º de 214-II e II-VI-318-II págs. E.Romance histórico parcialmente escrito durante o Cerco do Porto, inspirado numa passagem da «Cró-nica de D. Pedro I» que decorre na cidade do Porto durante a época medieval. Conforme o próprio autor “Ha dôze annos, ha dez, ha cinco, ha tres, era inconveniente, era impolitico, não era generoso — que é peior ainda — recordar a memória de D. Pedro Cru açoitando por suas mãos um mau bispo.” Recreava assim Garrett um cenário distante no tempo dos conflitos políticos e religiosos da era medie-val, enquanto se pretendia recuperar o poder eclesiástico em detrimento do liberal.Um dos mais apreciados livros de Garrett e um dos mais célebres da literatura portuguesa do século XIX.Encadernação antiga com lombada de pele. Só ligeiramente aparado e sem as capas da brochura.(ver gravura na pág. 177)

593 — [GARRETT (J. B. Almeida)].- CAMÕES. Poema. Paris, na Livraria Nacional e Estran-geira. 1825. [Imprimerie de J. Mac Carthy]. In-8.º de VII-III-216-I págs. E.Edição original deste muito importante e apreciado poema que com D. Branca e Adozinda, fez Garrett “a revolução que derrubou os velhos idolos e nos trouxe o renascimento das letras”.Acerca deste Poema, escrito no verão de 1824 em Ingouville, na margem direita do Sena, disse o autor: “Passei ali cerca de dois annos da minha primeira emigração (aliás segunda), tam só e tam consumido, que a mesma distracção de escrever, o mesmo triste gosto que achava em recordar as desgraças do nosso grande genio, me quebrava a saude e destemperava mais os nervos. Fui obrigado a interromper o trabalho: e dei-me, como indicação hygienica, a composição menos grave. Essa foi a

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origem de D. Branca, que fiz, seguidamente e sem interrupção, (...) completando-a antes do Camões, que primeiro começára, e que fui acabar a Paris no inverno de 24 a 25.” [In Gomes de Amorim, Garrett. Memórias Biographicas, 1881].Primeira edição, publicada em Paris sem o nome do autor.Bonita encadernação da época com lombada de pele cuidadosamente decorada a ouro e com nervuras.

594 — GARRETT (J. B. Almeida).- CAMÕES. Prefaciado por Camillo Castello Branco. Setima edição. Livraria Internacional de Ernesto Chardron - Editor. Porto e Braga. S.d.. In-8.º de LXXXIV-273-III págs. E.É nesta edição, com os prefácios das quatro primeiras edições, que pela primeira vez aparece o impor-tante «Estudo sobre Camões - Notas biographicas», assinado por Camilo e mais tarde publicado em edição independente. Com um execelente retrato do autor gravado a água-forte.Encadernação editorial. Com uma pequena assinatura no anterrosto.

595 — GARRETT (J. B. Almeida).- DA EDUCAÇÃO. Livro Primeiro, educação doméstica ou paternal. Londres: Em casa de Sustenance e Stretch, MDCCCXXIX. In-8.º gr. de IV-XXVI--II-273-I págs. E.É bastante rara esta primeira edição, executada em Londres. O prometido segundo volume nunca foi publicado.Encadernação contemporânea inteira de pele, com a lombada gravada a ouro. (ver gravura na pág. 179)

596 — GARRETT (J. B. Almeida).- DA FORMAÇÃO DA SEGUNDA CAMARA DAS CÔR-TES; Discursos pronunciados pelo Deputado... nas Sessões de 9 e 12 de Outubro de 1837. Correctos pelo mesmo orador a rôgo de seus amigos, e por elles mandados reimprimir. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1837. In-8.º peq. de VII-I-40 págs. B.Primeira e rara edição em volume destes importantes discursos políticos de Garrett.Capa da brochura em papel da época, marmoreado.

597 — [GARRETT (J. B. Almeida)].- D. BRANCA, ou A Conquista do Algarve, Obra posthu-ma de F. E. París, Em Casa de J. P. Aillaud... M DCCC XXVI. [Na Imprensa de H. Fournier]. In-8.º de VIII-251 págs. E.Primeira edição, publicada sem o nome do autor.Uma das primeiras obras da literatura romântica em Portugal, cuja origem o autor refere em interessan-tíssima carta enviada a Duarte Lessa: “Acertou de me vir ás mãos um livro portuguez que para mim foi um achado (...). Eram as chronicas de D. Nunes; e apesar de já lidas e relidas me deitei a ellas como esfai-mado e lendo e escrevinhando como é meu achaque, deparei na chronica de D. Affonso 3.º com a relação da conquista do Algarve e ao pé logo em mui concisas palavras a historia da infante D. Branca sua filha. “Que foi senhora do mosteiro de Lorvão, d’onde foi mandada para abbadeça do mosteiro de Holgas de Burgos que he o mais rico, e mais nobre mosteiro de toda a Hespanha..... Com esta infanta teve amores um cavalleiro ..... do qual pario um filho.....”.Deu-me no gotto esta edificante historia, e como lhe não vi impossibilidade poetica, assentei de a ligar com a conquista do Algarve e fazer d’ahi poema, romance, ou o que mais queiram chamar-lhe (...) Ora eis ahi o argumento e origem da obrinha. (...). [In Gomes de Amorim, Garrett. Memórias Biographicas, 1881].Encadernação contemporânea com a lombada de pele, decorada a outo com bonitos ferros ao gosto romântico. Com uma assinatura da época no verso da folha de guarda.

598 — [GARRETT (J. B. Almeida)].- LYRICA DE JOÃO MINIMO. Publicada pelo auctor do Resumo da Historia da Lingua e Poesia Portugueza, do Poema Camões, D. Branca, Adozinda, &c. Londres: Sustenance e Stretch. MDCCCXXIX. In-8.º de IV-XLIV-II-203-I págs. E.Muito raro livro de poesias de Garrett, publicado em Londres sem o nome explícito do autor.Encadernação antiga com lombada de pele. Ligeiramente aparado e sem capas da brochura.

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599 — [GARRETT (J. B. Almeida)].- PORTUGAL NA BALANÇA DA EUROPA; do que tem sido e do que ora lhe convem saber na nova ordem de coisas do mundo civilizado. Londres: S. W. Sustenance. 1830. In-8.º de XV-I-338-II págs. B.É a edição original deste muito estimado livro, publicado sem o nome do autor e por ocasião da revolução liberal de 1830. Esta obra reúne artigos publicados na imprensa londrina em O Popular e na imprensa lisboeta, n’O Portuguez e n’O Chronista.Conserva as capas da brochura e apresenta algumas pequenas imperfeições.

600 — GARRETT (J. B. Almeida).- O RETRATO DE VENUS, Poema por J. B. da Silva Leitão d’Almeida Garrett. Coimbra, na Imprensa da Universidade. Anno I. [1821]. In-8.º de 156-II págs. B.No livro «Algumas Horas na Minha Livraria», Martins de Carvalho dedica extenso capítulo a esta muito invulgar edição Garrettiana, dizendo: “ (...) Logo que sahiu á luz O Retrato de Venus levan-taram-se muitas reclamações contra elle, principalmente da parte do partido absolutista. (...)” a que Garrett respondeu no periódico O Portuguez Constitucional Regenerado. “Não obstou isso a que em Coimbra, o promotor fiscal, em cumprimento da lei de liberdade de imprensa, (...) chamasse á responsa-bilidade Almeida Garrett”, tendo no entanto sido absolvido o réu. Restaurado o Absolutismo, o Poema, a par de outras publicações, foi proibido pelo patriarca de Lisboa, D. Carlos da Cunha.Exemplar da primeira e mais estimada edição. Com a folha de “Advertência”, nas duas páginas inumeradas finais, folha que falta em grande parte dos exemplares. De págs. 95 em diante decorre o «Ensaio sobre a Historia da Pintura».Brochura em papel antigo, azul.

601 — GARRETT (J. B. Almeida).- O RETRATO DE VENUS E ESTUDOS DE HISTORIA LITTERARIA. Porto. Em Casa de Viúva Moré - Editora. 1867. In-8.º de 231-I págs. E.Além de «O Retrato de Venus» nesta edição vêm mais os seguintes escritos: «Ensaio sobre a Historia da Pintura» e «Bosquejo da Historia da Poesia e Lingua Portugueza». Muito invulgar.Encadernação com a lombada em pele, da época.

602 — GARRETT (J. B. Almeida) e outros .- DISCURSOS E POESIAS FUNEBRES recitados a 27 de Novembro de 1822 em Sessão Extraordinaria da Sociedade Litteraria Patriotica celebra-da para patentear a dôr, e orfandade dos portuguezes na morte de Manoel Fernandes Thomaz, primeiro dos Regeneradores da Patria. Lisboa. Na Typographia Rollandiana. Anno de 1823. In-8.º gr. de 36 págs. B.Publicação muito rara, contendo: «Oração Funebre» por Garrett, «Discurso Funebre» por Antonio Barreto Ferraz de Carvalho, «Elogio Funebre» por José Maria Xavier de Araújo, «Soneto» por Anto-nio Pinto da Fonseca Neves, «Soneto» por R. P. Pizarro e «Ode» por João da Silva Braga.Com anotações manuscritas, da época.

603 — GAVIÃO (Manuel Lobo Da Mesquita).- COLECÇÃO DE DOCUMENTOS ENEDI-TOS [sic] Para a historia da Guerra Civil em Portugal no anno de 1847. Publicados e annotados por... Porto. Typographia do nacional. 1849. In-8.º gr. de 87-I págs. Desenc.“Esta collecção contem 75 documentos todos eneditos, os quaes vão collocados pela ordem seguinte. 1º Os que tratam das operações que tiveram lugar entre o Ave e o Minho desde Janeiro de 1847, até que o snr. Conde do Casal entrou com a sua gente no territorio hespanhol. 2º Os que mostram o modo como foi dirigido o cerco do Castello de Vianna, até que a sua guarnição o abandonou, e cahiu em poder das forças da Junta. 3º Os que indicam o verdadeiro estado de defensa, que offerecia a Cidade do Porto, quando os estrangeiros tomaram conta da esquadra da Junta. 4º Os mappas da força existente na dita Cidade, quando teve lugar a convenção de Gramido. Conterá mais algumas notas, afim de que se esclareçam varios factos occorridos durante as épocas, a que os documentos alludem”. Raro.

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604 — GAZETA DE LISBOA. [1824 a 1829]. 12 vols. In-4.º E.Inicialmente publicada entre 1778 e 1820, esta publicação passou em 1820 a chamar-se Diário da Regên-cia e no ano seguinte Diário do Govêrno. Com o fim do regime constitucional retomou a denominação de Gazeta de Lisboa em 1824 tendo continuado a publicar-se com esta denominação até 1833.Colecção que apesar de incompleta, se revela documento de grande importância para a história da administração publica daquele tempo.Encadernações da época com as lombadas bastante deterioradas.

605 — GENIO CONSTITUCIONAL. [Typografia de Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos. Porto]. 1820. 77 números In-8.º gr. E.É a colecção completa deste raríssimo e valioso jornal político portuense, o primeiro dos dois publi-cados com este título, cuja redacção se deve a Alfredo Braga e António Luis Abreu. Com suplementos aos números 2, 12, 17, 19, 44, 49 [assinado por Manuel Fernandes Tomás] e 60 [assinado em nome do Corpo Academico por Almeida Garrett] e ainda uma folha colocada entre os n.ºs 48 e 49, intitulada “VOZ PUBLICA” [assinada sob pseudónimo “Hum Amigo da Patria” e sem registo tipográfico].Encadernação da época com lombada de pele. Com um restauro antigo no suplemento ao n.º 60.

606 — GENTIL (António Luis).- O DIA 11 D’AGOSTO DE 1829 OU A VICTORIA DA VILLA DA PRAIA. Poema Heroico offerecido ao Illustrissimo e Excellentissimo Senhor Duque da Terceira por... Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1844. In-8.º de XVI-112 págs. B.Curioso e invulgar poema, onde “Cantámos o Dia 11 d’Agosto de 1829, por ser o mais propi-cio e lisongeiro para a causa da RAINHA e da Liberdade da Patria (...). “Cantamos o General, então Conde de Villa-Flôr, tanto por suas acertadas providencias, d’ante-mão preparadas para alcançar a victoria daquelle dia (...)“Cantamos os Voluntarios da Rainha, porque elles defendiam sós o ponto da Villa da Praia, theatro de suas proezas, sustentando e anniquilando o pêso enorme da mais forte columna dos rebeldes, até que, auxiliados pela nobre presença do seu General, viram consumar o portentoso feito (...).”Com interesse para as colecções sobre as lutas liberais. No final, de págs. 75 a 105 decorrem: «Docu-mentos Officiaes para esclarecimento do Poema».Capa da brochura feita com o aproveitamento da capa da frente original.

607 — GEVAERT (Emile).- L’HÉRALDIQUE SON ESPRIT SON LANGAGE ET SES APPLICATIONS. Edition du Bulletin des Métiers d’Art. des presses de Vromant & Cie Impri-meurs, Libraires. (Bruxelles et Paris). In-4.º gr. de 444-II págs. E.Cuidada e muito bela edição, impressa a duas cores, profusamente ilustrada nas páginas de texto e em folhas à parte. Encadernação inteira de pele à cor natural, com 5 nervos, rótulo vermelho gravado a ouro e ferros a seco na lombada, pastas e seixas. Só ligeiramente aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.

608 — GIANNONE (Pietro).- ANECDOTES // ECCLESIASTIQUES, // CONTENANT // la Police & la Discipline de // L’EGLISE CHRETIENNE. // Depuis son Etablissement jusqu’au // XI. Siécle; // LES INTRIGUES DES // EVEQUES DE ROME, // ET LEURS USURPATIONS // Sur le Temporel des Souverains. //TIRÉES DE // L’Histoire du Royaume de Naples, // DE GIANNONE, // Brûlée à Rome en 1726. // [pequena vinheta] // A AMSTERDAM // Chez JEAN CATUFFE. // M. DCC. LIII. In-8.º peq. de XXIV-360 págs. E.Extracto da célebre obra Dell’istoria civile del regno di Napoli, da responsabilidade de Pietro Giannone, historiador italiano e teólogo protestante muito apreciado e traduzido no seu tempo.Cuidada edição, com o frontispício impresso a negro e vermelho.Encadernação contemporânea de pele inteira.

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609 — GIL (Coronel Ferreira).- A INFANTARIA PORTUGUÊSA NA GUERRA DA PENIN-SULA. Lisboa. Tipografia da Cooperativa Militar. 1912-1913. 2 vols. In-8.º gr. de II-367-VII e 454-V págs. C.A primeira parte descreve «A lúta com a Espanha e a Invasão franco-espanhóla» e a segunda «As inva-sões de Soult e Massena, e a expulsão dos francêses da Espanha». Com estampas e mapas impressos em folhas à parte.Cartonagens originais alegoricamente ilustradas nas pastas da frente.

610 — GIRÃO (A. de Amorim).- VISEU. Estudo de uma aglomeração urbana. «Coimbra Edi-tora, L.da». 1925. In-8.º gr. de XV-I-102 págs. B.Esta rara monografia constituiu a dissertação de concurso do autor para Assistente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Com quatro plantas da cidade e vários desenhos.

611 — GIRÃO (Júlio Ferreira).- ESBOÇO BIOGRAPHICO DE ANTONIO LUIZ FERREIRA GIRÃO. Porto. Typographia Progresso. 1902. In-8.º gr. de 60 págs. B.A págs. 48 e 49 decorrem períodos do «Cancioneiro Alegre» e há referências a Camilo a págs. 49 e 50. Cuidada edição ilustrada com um retrato de Luís Ferreira Girão, em tiragem única de 200 exemplares numerados, impressos em encorpado papel de linho.

612 — GIRÃO (Julio Ferreira).- NOTAS BIBLIOGRAPHICAS DOS VILLARINHOS DE S. ROMÃO E DOS CLAMOWSE BROWNE, colligidas por... Porto. Typographia Progresso... MCMIV. In-8.º gr. de XII-123-I págs. E.Trabalho de apreciável merecimento, numa cuidada edição ilustrada com três brasões d’armas: Ferreira, Girão (a ouro) e Clamowse Browne. Tem ainda, em folha desdobrável, um “Quadro Gene-alógico”. Camiliano.Cuidada edição limitada a apenas 150 exemplares impressos em papel de linho, numerados e rubri-cados pelo autor. Bela encadernação com a lombada e cantos de pele, decorada com ferros a seco, nervuras e rótulo. Conserva as capas da brochura e está só ligeiramente aparado à cabeça.

613 — GIRARD (Alberto Alexandre).- CATALOGO DAS OBRAS Á VENDA NA TYPOGRA-PHIA DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS (1779-1904). Annexo á Obra As publicações da Academia Real das Sciencias de Lisboa. Lisboa. Por ordem e na Typographia da Academia. 1905. In-8.º peq. de XXXIII-III-118-II págs. B.Estimado e invulgar catálogo bibliográfico.

614 — GIRAUD (P.-F.-F.-J.).- CAMPAGNE DE PARIS, EM 1814, PRÉCÉDÉE D’UN COUP-D’ŒIL SUR CELLE DE 1813, ou Précis historique et impartial des événemens, depuis l’Invasion de la France, par les Armées Étrangère, jusques a la Capitulation de Paris, la Déchéance et l’Abdication de Buonaparte, inclusivement; suivie de l’Exposé de principaux traits de son caractère, et des causes de son élévation; Rédigée sur des documens authentiques, et d’après les renseignemens recueillis de plusieurs témoins; Accompagnée d’une Carte pour l’Intelligence des mouvemens des Armées, dressée et gravée avec soin; Par... Seconde Édition Revue, corrigée et augmentée. Paris, Chez A. Eymery, Libraire, rue Mazarine, Nº. 30. — M. D. CCC. XIV. In-8.º de 111 págs. E.“Notre tableau est sans doute composé d’après des pièces officielles, et c’est ce qui en forme la subs-tance; mais nous avons en outre recueilli et classé les faits et leurs détails, avec la méthode qu’exclut nécessairement une simple collection de pièces. Nous nous sommes servis, pour l’exécution de notre plan, des matériaux qui nous ont été fournis par plusieurs officiers supérieurs des troupes française

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et alliées; nous avons comparé également entre eux les rapports et bulletins officiels, publiés par les armées des puissances respectives, pour en faire sortir la vérité. Plusieurs habitans des provinces envahies, témoins oculaires et passifs des événemens, nous ont encore aidés dans nos recherches, en nous donnant des documens précieux, et non encore publiés. Différens traits caractéristiques, que nous avons recueillis sur Buonaparte, complètent ce tableau.”Encadernação modesta.

615 — [GLORIA (Madalena da)].- REYNO // DE // BABYLONIA, // GANHADO PELAS AR-MAS // DO // EMPYREO; // DISCURSO MORAL, // ESCRITO POR // LEONARDA GIL // DA GAMA, // Natural da Serra de Cintra. // Offerecido ao Senhor // FRANCISCO FERREYRA DA SYLVA, // Cavalleyro professo na Ordem de Christo, &c. // (Gravura em madeira) // LISBOA: // Na Officina de PEDRO FERREYRA Impressor de Augustissima Rainha N. S. // Anno M.DCC.XLIX. In-4.º peq. de XL págs. prels. inums. e 296 nums. E.Obra publicada em nome de Leonarda Gil da Gama, perfeito anagrama do seu verdadeiro nome, Magdale-na da Gloria, franciscana, natural de Sintra.O volume encontra-se ilustrado com uma bela portada alegórica e uma gravura no início de cada um dos 16 capítulos em que a obra se divide, gravuras cuidadosamente abertas a buril em chapa de cobre, sendo a portada e as quatro primeiras assinadas pelo notável artista Debrie.Frontispício impresso em linhas alternadas a negro e vermelho. Interessante e bastante rara.Encadernação contemporânea, inteira de carneira, com defeitos. Com uma mancha de água no canto superior direito que atinge apenas as folhas preliminares.

616 — GONZAGA (Tomás António).- MARILIA // DE // DIRCEO.// POR T. A. G. // PARTE I. (E II) // NOVA EDIÇÃO. LISBOA: NA IMPRESSÃO REGIA. // 1817. In-12.º de 226 págs. E.Filho e neto de brasileiros, Tomás António Gonzaga nasceu no Porto e foi autor de «Marília de Dir-ceu», livrinho de poesias publicado pela primeira vez em Lisboa em 1792, a que se seguiram muitas outras no Rio de Janeiro, na Baía, em Pernambuco e ainda em Lisboa. Lê-se na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira que a sua publicação constituiu “um dos maiores êxitos de livraria que se conhecem na nossa literatura”. Esta edição, bastante invulgar, vem registada na magnífica «Bibliogra-phia Brasiliana» de Rubens Borba de Moraes.Encadernação da época, em pele, com pequeno defeito na lombada. Com uma mancha no pé de página.

617 — [GORJÃO (João Damásio Roussado)].- GALERIA DOS DEPUTADOS DAS CORTES GERAES EXTRAORDINARIAS E CONSTITUINTES DA NAÇAÕ PORTUGUEZA INSTAURADAS EM 26 DE JANEIRO DE 1821. EPOCHA I. Lisboa, Na Typographia Rollan-diana. 1822. In-8.º gr. de 372 págs. E.Documento de grande importância para a história da génese do mais antigo texto constitucional portu-guês, que veio a consolidar os princípios do movimento liberal e revolucionário de 1820.Innocêncio revela a autoria da Obra dizendo também que termina “esta primeira epocha no dia 4 de Julho de 1821, em que o sr. D. João VI regressou do Brasil. A continuação promettida não chegou a sahir á luz. Dizem-me que tivera n’esta obra outro collaborador, cujo nome todavia não pude ainda descobrir”.Encadernação inteira de pele, da época, com vestígios de traça que ofendem ligeiramente o volume.

618 — [GORJÃO (João Damásio Roussado)].- MANIFESTO DO GRANDE ORIENTE LUZI-TANO CONTRA A LOJA REGENERAÇÃO: E Circulares e Protestos desta contra o Grande Oriente. Lisboa: Na Officina da Horrorosa Conspiração. Anno de 1823. In-8.º gr. de 46 págs. B.Este polémico e importante Manifesto’, foi pela primeira vez impresso em 1821, sem o nome do autor. Inocêncio diz no entanto poder testemunhar ser da autoria de José Damásio Roussado Gorjão por conservar em seu poder “o próprio borrão original de sua letra”. Graça e J. S. Silva Dias faz a ele referência no livro «Os Primórdios da Maçonaria em Portugal».

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Em 1823, por ocasião da sublevação de D. Miguel (Vilafrancada), foi mandado publicar na Offic. da Horrosa Conspiração pelas forças de oposição à maçonaria, com o intuito de a desacreditar, nova edição com a seguinte «Advertência» “Chegou a tanto a impudência dos Maçons quando se julgarão árbitros dos destinos de Portugal que elles mesmos mandarão impremir o infame Manifesto do Grande Oriente (hoje desorientado) (...)”. No final vem o «Protesto da Loja Regeneraçaõ contra o Manifesto do Grande Oriente».Inocêncio refere que “Convém accrescentar, (...) que as desavenças suscitadas entre o Oriente e a Loja Regeneração resultou que uma parte dos membros d’esta foram pelo governo mandados sahir de Lisboa, e confinados em varios pontos do reino; isto em Maio de 1822 antes da queda da constituição (...)”.Exemplar com falta do frontispício e capa da brochura.

619 — [GORJÃO (João Damásio Roussado)].- MANIFESTO DO GRANDE ORIENTE LUSITANO CONTRA A LOJA REGENERAÇAÕ: E Circulares e Protestos desta con-tra o Grande Oriente. Acompanhado da Censura, e eruditissimas Reflexões, escriptas pelo Reverendo Padre José Agostinho de Macedo. Lisboa: Na Typografia de Bulhões. Anno 1829. In-8.º gr. de 45-I págs. B.Acerca deste Manifesto Inocêncio refere que “(...) fôra primeiramente impresso em separado, e mandado publicar pelo proprio Grande Oriente (...); porém as reimpressões (...) foram feitas pelos antagonistas da maçonaria, para com ellas a desacreditarem.”Pela primeira vez impresso em 1821, sem o nome do autor, este manifesto é atribuído a José Damásio Roussado Gorjão uma vez que Inocêncio possuía “o próprio borrão original de sua letra”.A edição de 1829, foi acrescentada de dois textos de Agostinho de Macedo: o primeiro é o requerimento de licença de “impressão de hum papel, que ainda depois de visto com os olhos, e conservado na maõ, se duvída de sua existencia.”; o segundo, intitulado «Reflexões de José Agostinho de Macedo» foi datado de Pedroiços, 4 de Dezembro de 1828”, ano em que as Cortes lavraram o auto de aclamação de D. Miguel. (ver gravura na pág. 184)

620 — [GORJÃO (João Damásio Roussado)].- OS PORTUGUEZES E OS FACTOS, Expo-siçaõ Historico-Chronologica, dedicada aos corações justos, e generosos, por Hum Portuguez. Londres: Impresso por L. Thompson, na Officina Portugueza, 19, Great St. Helens, Bishopsgate. 1833. In-8.º de LV-I-259-I págs. E.Obra publicada em Londres sob pseudónimo, mas atribuída por Innocêncio a Roussado Gorjão. Acerca desta obra o mesmo bibliófilo diz que foi “destinada a provar que os portuguezes detestavam o absolutis-mo, e que toda a nação era uniforme na opinião, e nos desejos de ser governada constitucionalmente, e de vêr collocada no throno de seus maiores a senhora D. Maria II”.Encadernação da época com lombada de pele. Com restauros nas primeira 4 folhas e um corte de traça junto à lombada, transversal à totalidade do volume, mas que não ofende a mancha tipográfica,

621 — [GOUDAR (Pierre Ange)].- L’ESPION // CHINOIS: // OU, // L’ENVOYÉ SECRET de la Cour de Pékin, // Pour examiner l’Etat présent de l’Europe. // Traduit du CHINOIS. // NOUVELLE ÉDITION. // A COLOGNE. // —— // MDCCLXIX. 5 vols. In-8.º peq. de VIII-290; IV-300; IV-324; 380; 304 págs. E.Muito interessante e invulgar publicação, de tradução fictícia e sob a forma epistolar de sátira social, conforme o gosto ou o estilo das «Lettres Persanes» de Montesquieu publicadas em 1754.O autor, aventureiro e escritor francês natural de Montpellier, viajou por França, Holanda, Itália e Inglaterra. Entre os muitos escritos da sua autoria, a maior parte deles publicados sob anonimato, foi impresso em 1756, o «Discours politiques sur le commerce des Anglais en Portugal», referido no VIII volume do «Dictionnaire Historique» de X. de Feller, Paris. 1828 ou na «Biographie Universelle ancienne et Moderne. Supplément. Vol LXV. 1838».Encadernações contemporâneas de pele um pouco cansadas, com ferros gravados a ouro nas lombadas e com as pastas circundadas, também a ouro, com um ferro de três fios.(ver gravura na pág. 186)

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622 — GOULÃO (Manuel Sanches).- IN DIE NATALITIO AUGUSTISSIMI DOMINI PETRI QUARTI, POTUGALLIAE ET ALGARBIORUM REGIS, ORATIO HABITA CONIMBRICAE IN GYMNASIO MAXIMO IV. ID. OCTOBR. AN. MDCCCXXVI. —— NOS FAUSTISSI-MOS ANNOS DO MUITO AUGUSTO SENHOR D. PEDRO IV., REI DE PORTU-GAL E DOS ALGARVES, DISCURSO RECITADO EM COIMBRA NA SALA GRANDE DA UNIVERSIDADE A 12 DE OUTUBRO DE 1826. CONIMBRICAE, EX TYPOGRAPHIA ACADEMICO-REGIA. MDCCCXXVI. In-4.º de 23-I págs. E.No entender de Innocêncio trata-se de folheto não vulgar.“Contém o discurso em latim e a sua traducção, que termina com o nome do auctor, acrescentado da qualificação de «professor de rhetorica e poetica no real colegio das artes da universidade.Este discurso, como pediam a occasião e o logar, foi um elogio constante do monarcha (...), e da nova carta constitucional (...).Ora, é muito de suppor que, d’esses louvores e mais apreciações politicas com que (...) affirmou n’aquelle acto as suas opiniões de liberal moderado, lhe proviessem depois a expulsão do emprego e a necessidade de emigrar de Coimbra (...).”Encadernação modesta, da época. Com manchas de humidade.

623 — GOUVEIA (António Aires de).- O CIRCULO DE CEDOFEITA E O SEU REPRESEN-TANTE EM CÔRTES O DR. ANTONIO AYRES DE GOUVÊA. Exposição de seus actos na Sessão Legislativa de 1867. Porto. Typographia de Antonio José da Silva Teixeira. 1868. In-8.º de 115-I págs. B.O volume, de importância para a bibliografia portuense, dá conta da actividade de António Aires de Gouveia como parlamentar, designadamente das suas propostas de abolição da pena de morte, da redução dos laudémios, da lei da liberdade dos cereais, etc., dizendo-se ainda no texto de abertura que Aires de Gouveia “seguiu sempre uma politica franca e leal, tomou parte em todas as votações importantes, defendeu energicamente a camara do Porto”, etc.Capa de brochura rasgada mas completa.

624 — [GOUVEIA (João Cândido Baptista de)].- A INTRIGA PALACIANA, OU OS PLANOS OCCULTOS D’UMA FACÇÃO. Porto. Typographia do Nacional. Largo do Corpo da Guarda n.º 106. — 1850. In-8.º de 40 págs. B.Opúsculo com interesse para a história política da época, publicado sem o nome do autor. Innocêncio atribui a João Cândido Baptista de Gouvêa uma edição de 38 págs., com o mesmo título, local e data, sendo a Tipografia da Rua da Bica de Duarte Bello.

625 — [GOUVEIA (João Cândido Baptista de)].- POLICIA SECRETA DOS ULTIMOS TEM-POS DO REINADO DO SENHOR D. JOÃO VI.; e sua continuação até Dezembro de 1826. Lisboa: Na Imprensa de Candido Antonio da Silva Carvalho. 1835. In-8.º gr. de XXIX-I-485 [486] págs. B.De manifesto interesse para o estudo da história política da época, esta Obra, impressa sem o nome do autor, “começou a publicar-se periodicamente e suspendeu-se no fim de algum tempo, por motivos que então foram interpretados por diversos modos. O exemplar que d’ella tenho chega até pag. 461, mas creio ter visto outros, que avançam mais algumas páginas” — são palavras de Innocêncio no seu Diccionário Bibliographico a págs. 333 do Vol III.O exemplar agora apresentado, mais completo do que o referido por Innocêncio, tem, para além das XXX págs. preliminares, 486 que fazem o corpo da obra sem que no entanto façam o fecho da mesma, provavelmente por ter sido a sua publicação abruptamente interrompida. Também ao exemplar descrito pela Biblioteca Nacional faltam folhas, contando este apenas XXX-293 páginas.Bastante raro e valioso.Com os cantos das folhas dobradas.

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626 — GOUVÊA PORTUENSE.- PORTAS E CASAS BRASONADAS DO PÔRTO E SEU TÊRMO. Documentário Heráldico. Desenhos de... Prefácio do Conde de Campo Belo (D. Hen-rique). Pôrto. MCMXLV. [Emp. Ind. Gráfica do Porto, Ldª. 1949]. In-fólio E.Obra verdadeiramente importante para o levantamento da heráldica portuense e dos seus arredores, numa luxuosa edição numerada e assinada pelo autor, impressa a várias cores em papel muito encorpado e ilustrada com mais de uma centena de excelentes reproduções de desenhos de Gouvêa Portuense, algumas das quais a cores e metais, reproduzindo portas, casas, pedras d’armas, etc.Encadernação original inteira em pele castanha, decorada com ferros dourados na lombada e nas pastas, mantendo conservadas as capas da brochura.

627 — GRAÇA (A. Santos).- INSCRIÇÕES TUMULARES POR SIGLAS. Regras usadas para individualizar as siglas. - Estudo comparado entre as siglas e o chamado alfabeto ibérico. Póvoa de Varzim. 1942. [Oficinas Gráficas “Minerva”. V. N. de Famalicão]. In-8.º de 83-VI págs. B.Curioso estudo sobre as siglas poveiras, siglas que ainda hoje servem para identificar famílias e ob-jectos. Com muitas reproduções.

628 — GUEDES (Natália Brito Correia).- O PALÁCIO DOS SENHORES DO INFANTADO EM QUELUZ. Livros Horizonte. 1971. [Oficinas Gráficas da Editorial Minerva e Neogravura. Lisboa]. In-4.º gr. de 383-I págs. E.Trabalho monográfico acerca de um dos mais belos e emblemáticos palácios portugueses, do mais alto valor documental, histórico e artístico. Volume ilustrado com centenas de belas estampas fotográficas a preto e a cores, todas impressas em folhas à parte, além de numerosos desenhos nas páginas do texto.Encadernação em inteira imitação de pele azul, dos editores, decorada a seco e a ouro.

629 — GUERANGER (Dom).- SAINTE CÉCILE ET LA SOCIÉTÉ ROMAINE AUX DEUX PREMIERS SIÉCLES. Paris. Librairie de Firmin Didot Frères, Fils et C.ie. 1874. In-fólio de VIII-576-II págs. E.Edição bem característica das luxuosas e custosas edições francesas do século XIX, esta com uma litogra-fia a cores e ouro representando a coroação de Santa Cecília e de São Valeriano, muitas e perfeitíssimas gravuras e litografias em folhas à parte e integradas nas páginas do texto, letras capitais de fantasia, etc.Rica encadernação inteira em pele, à antiga, com dizeres e ferros dourados em casas fechadas na lombada, largas bordaduras nas pastas, ferros também dourados nas seixas e com o corte das folhas inteiramente brunido a ouro fino.

630 — GUERRA (Juan Carlos de).- ENSAYO DE UN PADRON HISTORICO DE GUIPÚZ-COA según el orden de sus familias pobladoras. Joaquín Muñoz-Baroja de la primitiva Casa Baroja. 1928. In-8.º de 689-III págs. E. Obra pela primeira vez publicada na revista «Euskal-Erria», onde o autor, genealogista e heraldista guipuzcoano, estudou mais de 3.400 famílias daquela região.Boa encadernação com lombada e cantos de pele, gravada a seco, com nervuras e rótulo na lombada. Só aparado à cabeça, conserva as capas da brochura.Dedicatória a José Joaquim Pereira de Lima.

631 — GUERRA (Luís de Bivar).- INVENTÁRIO E SEQUESTROS DAS CASAS DE TÁVORA E ATOUGUIA EM 1759. Edições do Arquivo do Tribunal de Contas. 1954. In-4.º de XII-V-359-I págs. B.“(...) O presente volume conquanto não traga quaisquer documentos alheios ao sequestro e almoeda das casas de que trata, mostra alguns pormenores da cuidada e meticulosa preocupação do Juizo da

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Inconfidência em canalizar para os cofres da coroa até ao mais insignificante dos bens sequestrados.“Alguns desses documentos, analisados cuidadosamente, deixam perceber um propósito firme de não deixar perder a oportunidade de se vibrar um golpe decisivo nas famílias mais ligadas à primeira nobreza do reino.“Mataram-se no patíbulo infamante de Belém os chefes das grandes casas, e reduziram-se à maior miséria os sobreviventes. (...)”Dedicatória do autor.

632 — GUEVARA (António de) [1480-1545].- LIBRO // LLAMADO // y alabança de Aldea. // Dirigido al muy alto, y muy poderoso // señor Rey de Portugal, Don Iuan // Tercero deste nombre. // Compuesto por el illustre señor Don // Antonio de Gueuara, Obispo de // Mondoñedo, predicador, y // chronista y del consejo // de su Magestad. // Muestra el auctor en este libro, mas que // en ninguno de los otros ~q ha compue- // sto, la grandeza de su eloquen- // cia, y la delicadeza de // su ingenio. // Va al estilo de Marco Aurelio, porque el // auctor es todo vno. // ——— // (...) // EN COIMBRA // En la officina de Manoel Dias impressor de // la Vniuersidad: año 1657. In-8.º peq. de XXXII-161-I págs. E. no mesmo volume:——— LIBRO // LLAMADO // AVISO DE PRIVADOS, // Y // doctrina de cortesanos. // Diri-gido al illustre señor Don Francis- // co de los Cobos, Comendador ma- // yor de Leon, y del consejo de // su Magestad, &c. // Compuesto por (....) // ‘s obra muy digna de leer, y muy neces- // saria de a la memoria se en- // comendar. // —— // (...) // EN COIMBRA // En la officina de Manoel Dias impressor de // la Vniuersidad: año 1657. In-8.º peq. de 40-275-I págs.——— LIBRO // DE LOS // INVENTORES DEL ARTE // DE MAREAR. // Y de muchos traba-jos que se passan // en las galeras. // Copilado por el illustre señor Don Anto- // nio de Gueuara (...) // Dirigido al illustre señor D. Francisco de los // Cobos, comendador mayor de Leon, y // del consejo del estado de su // Magestad, &c. // ‘Tocante en el muy excell (...) guedades y auisos muy // notables para los que nauegan en galeras. // —— // EN COIMBRA. // En la officina de Manoel Dias impressor de // la Vniuersidade: año 1657. In-8.º peq. de VIII-70 págs. Cremos que é a primeira edição impressa em Portugal desta famosa obra de D. António de Guevara, obra primeira vez impressa em Valladolid em 1539 e de que se fizeram dezenas de edições.“Antonio de Guevara was a native of Alava (c. 1470-1544) and from an early age, was associated with the court of Castile. On the death of Isabel the Catholic, he entered the Franciscan Order, and became successively Inquisitor at Toledo and Valencia, Bishop of Guadix and of Mondoñedo. He was chaplain and chronicler to the Emperor Charles V, whom he accompanied on his journeys to Tunis and Italy. His numerous works included a curious book on the art of navigation; the Epistolas Familiares; Menosprecio de Corte; Despertador de Cortesanos, etc. His Villano del Danubio, which presents a plea for the human rights of slaves, was reproduced by Lafontaine as the subject matter of one of his fables.” [in Books Printed in Spain and Spanish Books Printed in other Countries. Maggs Bros. 1927.]Encadernação contemporânea em pergaminho, com os atilhos originais parcialmente conservados e o rótulo da lombada manuscrito. Com manchas de água que atingem algumas folhas e outros pequenos defeitos.

633 — [VALE DO VOUGA]. GUIAS-DICIONARIOS REGIONAIS. 1º Congresso Regional Ferro-Viario promovido pela Companhia dos Caminhos de Ferro do Vale do Vouga. 1933. Espinho. In-4.º peq. de 73-I págs. B.Textos: Aveiro, a cidade moderna; O Caminho de Ferro do Vale do Vouga, 1908-1933; A Praia de Espinho; A Aviação em Espinho; A indústria de ferragens no Vale-do-Vouga; A Vila da Feira e o seu Castelo; Caldas de S. Jorge; Oliveira de Azemeis - Seu valor económico e turístico; Companhia dos caminhos de Ferro do Vale-do-Vouga - Viagens e Transportes; S. João da Madeira - O Grande Centro Industrial do Vale-do-Vouga; Vale de Cambra; Arouca (Notas de um visitante); As Estâncias Termais do Vale-do-Vouga; A indústria de chapelaria no Vale-do-Vouga; Lafões - Aspectos geográficos;

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O Turismo no Vale-do-Vouga; Os doces do Vale-do-Vouga; As Gafarias da Beira; Bordados e Tapetes do Vale-do-Vouga (Fiães); Vouzela (Notas histórico-turísticas); A Região do Vale-do-Vouga e a Indústria Cerâmica; Porto de Lisboa; Prehistória da Beira-Vouga; Albergaria-a-Velha; “Comes e bebes” no Vale--do-Vouga; A Industria Vidreira no Vale-do-Vouga; Oliveira de Frades; Águeda ; Um Viziense - Percurso de Aviação; Festas e Romarias na Região do Vale-do-Vouga; Viseu - Monumentos e paisagens; O Porto Comercial e de Pesca de Aveiro; Cerâmica Artística Aveirense; O Porto de Aveiro e os Caminhos de Ferro do Vale-do-Vouga na Defesa Militar de Portugal; A Beira-Mar. Autores: A. Camacho, Aguiar Car-doso, Francisco de Lima, Abel Augusto Gomes de Almeida, F. de Valmôr, Ferreira de Almeida, Amorim Girão, Maria de Vilharigues, A. Rocha Brito, J. J. Ferreira da Silva, A. A. Mendes Correia, Marques Loureiro, F. Almeida Moreira, Vasco Valente, Alberto Souto e outros. Com 3 mapas impressos a cores em folha desdobrável, ilustrações nas páginas de texto e muita publicidade industrial e comercial.Com uma estampa impressa a cores, colada na capa da brochura.

634 — GUINGRET (M.).- RELATION HISTORIQUE ET MILITAIRE DE LA CAMPAGNE DE PORTUGAL, sous le Maréchal Masséna, Prince d’Essling; contenant les opérations mili-taires qui se rapportent a l’expédition de Masséna, et les divers faits de l’Armée de Portugal, jusqu’a la fin de la Guerre d’Espagne. Limoges, Chez, Imprimeur-Libraire, rue Ferrerie. Mai, 1817. In-8.º gr. de IV-IV-271-I págs. B.Muito importante e invulgar documento, com interesse para a história da Terceira Invasão Francesa, durante a Guerra Peninsular.Exemplar mal manuseado, com dobras marginais e cortes de traça que não ofendem a mancha tipográfica.

635 — GUSMÃO (Alexandre de).- COLECÇÃO DE VARIOS ESCRITOS INEDITOS POLITICOS E LITTERARIOS DE... Conselheiro do Conselho Ultramarino e Secretario Pri-vado d’El-Rei Dom João Quinto. Que dá á luz publica J. M. T. de C. Porto: Na Typographia de Faria Guimarães. 1841. In-8.º de XV-I-319-V-25-III págs. E.“Nasceu Alexandre de Gusmão de pais pobres, e humildes na maritima Villa de Santos da Provincia de S. Paulo na America Meridional, já fóra do Tropico de Capricornio”. Foi irmão de Bartolomeu de Gusmão, que “mostrou raro engenho na invenção de muitas maquinas, e da aerostatica lhe veio o appe-lido de voador”. Com muitos, diversificados e quase sempre muito curiosos escritos, publicados por José Manuel Teixeira de Carvalho [«Portuenses Ilustres», Sampaio Bruno, vol III, 261].Encadernação da época.

636 — GUSMÃO MACEDO NAVARRO (Alberto de).- ESTUDO HISTORICO-GENEALOGICO SOBRE A FAMILIA DOS PINHEIROS DA CASA DE MONSANTO. Anno de MCMXII. [Lisboa]. In-4.º peq. de XII-42-II págs. B.Edição ilustrada com brasões d’armas, retratos e, em separado e a cores, uma carta de brasão d’armas.Rara edição de 154 exemplares, tirada em separata do Tombo Histórico e Genealógico de Portugal.

637 — [GUSTÁ (Francisco)].- MÉMOIRES // DE SÉBASTIEN-JOSEPH // DE CARVALHO // ET MÉLO, // COMTE D’OEYRAS, // MARQUIS // DE POMBAL, // Sécrétaire d’État & premier Ministrer du // Roi de Portugal JOSEPH I. // (...) // A LISBONNE; // Et se trouve à BRUXELLES, // Chez B. LE FRANCQ, Imprimeur-Libraire. // (...) // M.DCC.LXXXIV. 4 vols. In-8.º E.Obra importante para a bibliografia pombalina e para a história da sua época.F. Palha e Inocêncio registam uma edição sem lugar nem data, omitindo esta.Diz Inocêncio que “se devemos crer o que diz Barbier no Dictionn. des Anonymes, um jesuíta hespa-nhol [natural de Barcelona], Francisco Gustá, escreveu em italiano a obra, que depois foi traduzida em francez por Gattel.” Fernando Palha: Ouvrage anonyme assez estimé et recherché”.Cremos que a obra, embora com registo tipográfico de Lisboa, não foi impressa em Portugal por razões ligadas à extinção da Companhia de Jesus occorrida em 1773.Encadernações da época com lombada e cantos de pele bastante cansadas, apesar de conservar a solidez. Assinaturas antigas nos frontispícios, rasuradas. (ver gravura na pág. 191)

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638 — HART (Henry H.).- SEA ROAD TO THE INDIES. An account of the voyages and exploits of the portuguese navigators, together with the life and times of Dom Vasco da Gama, Capitão-Mór, Viceroy of India and Count of Vidigueira. The Macmillan Company: New York. 1950. In-8.º de XI-I-296 págs. E.Primeira edição.Encadernação editorial.

639 — HEIM (Bruno Bernard).- COUTUMES ET DROIT HÉRALDIQUES DE L’EGLISE. Préface par Donald Lindsay Galbreath. Beauchesne. Paris. 1949. In-8.º gr. de 198-II págs. E.Estudo interessante, ilustrado com numerosos brasões d’armas eclesiásticos a cores, em folhas à parte e outras gravuras nas páginas de texto.Encadernação com lombada e cantos de pele, com nervuras e decorada a ouro na lombada. Conserva as capas de brochura e está aparado apenas à cabeça.

640 — HERCULANO (Alexandre).- DA PROPRIEDADE LITTERARIA E DA RECENTE CONVENÇÃO COM FRANÇA. Carta ao Senhor Visconde d’Almeida-Garrett por A. Herculano. Lisboa. Imprensa Nacional. 1851. In-8.º gr- de 34-II págs. B.É a primeira e rara edição deste opúsculo de Herculano. Camilo, no seu livro «Narcóticos», em artigo intitulado “Os Contrafactores do Brazil”, discorda abertamente das ideias defendidas por Herculano neste seu escrito.

641 — HERCULANO (Alexandre).- A HARPA DO CRENTE. Tentativas poeticas pelo Auctor da Voz do Propheta. Lisboa. 1838. Na Typ. da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis. In-4.º peq. de 120 págs. B.Em carta dirigida a Adrião P. Forjaz de Sampaio, publicada no II Tomo das «Cartas» de Herculano, lê-se o seguinte: “Eu tirei 1.500 exemplares da Harpa do Crente, e a custo me sobejaram 300 para mandar para o Brazil”.Com as três séries que constituem a edição original desta estimada a rara obra poética de Herculano.Capas da brochura com pequenas imperfeições.

642 — HERCULANO (Alexandre).- HISTORIA DA ORIGEM E ESTABELECIMENTO DA INQUISIÇÃO EM PORTUGAL. (Segunda edição). Lisboa. Imprensa Nacional. MDCCCL-XIV-MDCCCLXXII. 3 vols. In-8.º B.Segunda, invulgar e muito cuidada edição em papel de linho de uma das obras clássicas e fundamen-tais para o estudo da Inquisição em Portugal.Capas da brochura com pequenas imperfeições e falta da posterior do 2.º volume.

643 — HERCULANO (Alexandre).- HISTORIA DE PORTUGAL. Lisboa. Em casa da viuva Bertrand e Filhos. MDCCCXLVI-MDCCCLIII. 4 vols. In-8.º gr. E.Obra muito estimada e fundamental da bibliografia histórica portuguesa, sendo esta a primeira e mais rara das muitas edições publicadas.Encadernações com as lombadas de pele, da época, mal cuidadas.

644 — HERCULANO (Alexandre).- A REACÇÃO ULTRAMONTANA EM PORTUGAL ou a Concordata de 21 de Fevereiro. Lisboa. Na Typ. de José Baptista Morando. Maio de MDCC-CLVII. In-8.º gr. de XI-I-56 págs. B.São bastante invulgares os exemplares deste escrito de Herculano a propósito da Concordata celebrada entre Portugal e a Santa Sé em 1857, em que foi regulado o exercício do Padroado do Oriente e criada a diocese de Damão.

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645 — HERCULANO (Alexandre).- A VOZ DO PROPHETA. Ferrol 1836. [No verso: Imprenta de Ezpeleta calbe de la Union Nº 57]. [e Lisboa. Na Typ. Patriotica, de C. J. da Silva e Compª. 1837]. 2 séries ou opúsculos In-8.º gr. de 35-I e 32 págs. Desenc.Primeira edição desta raríssima produção poética de Herculano, a primeira das quais com indicação de ter sido impressa em Ferrol, na Galiza, o que, segundo os bibliógrafos do escritor, não é seguro que tenha acontecido.Desencadernado.

646 — HEYWOOD (Valentine).- BRITISH TITLES. The Use and Misuse of the Titles of Peers and Commoners, with Some Historical Notes. With a foreword by Sir Gerald Woods Wollaston (...) Adam and Charles Black. London. [1951]. In-8.º gr. de XI-I-188 págs. E.Cuidada edição, impressa em papel bastante encorpado. Primeira edição.Encadernação e sobrecapa de papel dos editores.

647 — HINARD (M. Damas).- DICTIONNAIRE-NAPOLÉON OU RECUEIL ALPHABÉTIQUE DES OPINIONS ET JUGEMENTS DE L’EMPEREUR NAPOLÉON Ier. Avec une introduction et des notes par... Paris. Plon Frères, Éditeurs. MDCCCLIV. In-4.º de IV-XV-I-556 págs. E.Segunda edição.Encadernação da época com lombada de pele.

648 — HISTOIRE DE NAPOLÉON BUONAPARTE, JUSQU’A SA TRANSLATION A L’ÎLE SAINTE-HÉLÈNE, EN 1815. Par une Sociétè de Gens de Lettres: A Paris, Chez G. L. Michaud, Imprimeur-Libraire, M. DCCC. XVIII. 4 vols. In-8.º E. Cuidada edição, ilustrada com os retratos de Buonaparte, Cambacérès, Davoust e Fouché.Bonitas encadernações contemporâneas em carneira, decoradas a ouro nas lombadas. Com o corte das folhas marmoreado.

649 — HISTOIRE MILITAIRE DES FRANÇAIS, PAR CAMPAGNES, depuis le commen-cement de la Révolution jusqu’a la fin du règne de Napoléon. Dédié aux Vétérans de l’Armée. Paris. Ambroise Dupont et Cie, Éditeurs. 1827-1829. 5 vols. In.8.º E.De grande importância para a história militar da Europa, esta edição vem amplamente documentada com mapas, planos e retratos de proeminentes personagens, impressos à parte e muitos deles em folhas desdobráveis.Colecção constituída pelas seguintes Obras: «Histoire des Guerres d’Italie précedée d’une Introduc-tion. Première Partie contenant les Campagnes des Alpes depuis 1792 jusqu’en 1796» por SAINTINE, Xavier Boniface; «Histoire de l’Expédition d’Égypte et de Syrie» por ADER, M; «Histoire des Cam-pagnes d’Allemagne et de Prusse, depuis 1802 jusqu’en 1807», por SAINT-MAURICE, M.; «Histoire des Campagnes d’Allemagne, depuis 1807 jusqu’en 1809» e «Histoire de la Guerre de Russie em 1812» por MORTONVAL, M.Encadernações da época, em inteira de pele. (ver gravura na pág. 194)

650 — HISTÓRIA DA CIDADE DO PORTO. Portucalense Editora. [Companhia Editora do Minho. Barcelos. 1962-1965]. 3 vols. In-4.º gr. E.Trata-se da obra mais significativa de quantas até hoje foram consagradas à história da cidade do Porto. Foi dirigida por A. de Magalhães Basto e colaborada por António Cruz, Bernardo Gabriel Cardoso Júnior, Xavier Coutinho, Conde de Campo Belo, Cruz Malpique, Damião Peres, Eugénio da Cunha e Freitas, João Pinto Ferreira, Luís de Pina e Torquato Soares, sendo a colaboração artística devida a Gouvêa Portuense.Edição luxuosa, ilustrada com vasta e importante documentação iconográfica antiga e moderna nas páginas do texto e em folhas à parte, a negro e a cores, e ainda com inúmeros desenhos e pinturas de Gouvêa Portuense.Encadernações editoriais de pele, com títulos gravados a seco e ouro na lombada e pastas.

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651 — HISTORIA DE BONAPARTE, Acompanhada de suas acções memoraveis, respostas, e rasgos sublimes, com as anecdotas relativas ás suas diversas campanhas. Traduzida do Fran-cez. Lisboa, Na Typografia Rollandiana. 1804-1827. 8 vols. In-8.º peq. E.Obra bastante invulgar quando completa, publicada ao longo de 24 anos, tendo a sua publicação sofrido um longo interregno entre os volumes VI e VII, respectivamente impressos em 1808 [Desem-barque das tropas Inglesas em Portugal] e 1827.Encadernações da época, em pele.

652 — HISTORIA DE EL-REI D. JOÃO VI, primeiro rei constitucional de Portugal e do Bra-zil, em que se referem os principaes actos e occorrencias do seu governo, bem como algumas particularidades da sua vida privada. Por S... L... Lisboa. Typographia Universal. 1866. In-8.º de 173-I págs. B.Edição reproduzindo a que havia sido publicada em 1838 e que parece ter sido traduzida do francês por João Paulo Pereira. De págs. 131 até ao final a obra vem documentada com «Peças Justificativas» e «Notas».

653 — HISTORIA // DE // JOÃO // DE // CALAIS. // [xilogravura alegórica] // LISBOA: 1827 // [vinheta decorativa] // NA IMPRESSÃO DE A. L. DE OLIVEIRA. // Com licença da Commissão de Censura. // —— // Vende-se na mesma officina ás Portas de St.º Antão (...). In-8.º de 30-II págs. B.Raro folheto de cordel não registado nos Subsídios para a História do Teatro de Cordel de Forjaz de Sampaio, nem nesta edição por Arnaldo Saraiva no catálogo Folhetos de Cordel e outros da minha colecção onde figuram edições de 1806, 1866 e outra, já do séc XX publicada pela Editorial Minerva. Na colecção de Jorge de Faria, cujo catálogo se deve J. Oliveira Barata e a M. da Graça Pericão, não figura nenhuma das edições publicadas.Exemplar com os cantos das folhas dobradas e com outros pequenos defeitos. (ver gravura na pág. 196)

654 — HISTORIA // JOCOSA // DOS TRES CORCOVADOS // DE SETUVAL // LUCRECIO, FLAVIO, // E // JULIANO. // Onde se descreve a equivocaçaõ graciosa de suas // vidas. // ESCRITA // POR HUM CURIOSO // LISBONENSE. // [xilogravura] // PORTO, // Na Officina de Antonio Alvarez Ribeiro, // Anno de 1788. // Com Licença da Real Mesa da Comissaõ Geral, sobre o // Exame, e Censura dos Livro. In-8.º de 15 págs. B.Raríssimo folheto de teatro de cordel, não registado por Forjaz de Sampaio nos Subsídios para a História do Teatro de Cordel; nos Folhetos de Cordel e outros da minha colecção organizado por Arnaldo de Saraiva; nem no Catálogo da Literatura de Cordel da colecção Jorge de Faria. Arnaldo de Saraiva, regista uma tardia edição de 1905 e a Colecção Jorge de Faria outra de 1842. Sabemos ainda que a Bib. Nacional possui uma edição de 1759, impressa em Lisboa “Na Officina de Joseph Filippe”.Com um pequeno rasgão na última folha e outras imperfeições frequentes neste tipo de publicação.

655 — HISTORIA POPULAR DA REGENERAÇÃO DA LIBERDADE. Ou A Revolução de Paris nos Dias 26, 27, 28, e 29 de Julho de 1830. Porto: Typographia Commercial Portuense: Largo de S. João Novo N.º 12. 1842. In-8.º de II-166 págs. E.Não encontramos registo do nome do autor desta muito invulgar publicação com interesse para a história da introdução do pensamento liberal em Portugal e que apresenta no frontispício uma gra-vura em madeira intitulada «O Palácio do Louvre defendido pelo Partido Realista e atacado e tomado pelos defensores da Liberdade». No final vem publicada a «Lista dos S.nrs Assignantes».Encadernação da época, com a lombada de pele. (ver gravura na pág. 197)

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656 — HOLSTEIN (D. Pedro de Sousa) [DUQUE DE PALMELA].- DESPACHOS E COR-RESPONDENCIA DO DUQUE DE PALMELLA, colligidos e publicados por J. J. dos Reis e Vasconcellos. Lisboa. Imprensa Nacional. 1851-1869. In-8.º gr. E.Notável e vasto acervo documental, de grande importância para a história política portuguesa no período decorrido entre os anos de 1817 a 1835, da autoria de um dos mais eminentes vultos da política e da diplomacia portuguesa do seu tempo.Cuidada edição, ilustrada com uma excelente gravura aberta em chapa de cobre, “Engraved by Henry Collen from a Calotype Portrait taken by him Nov: 1843”.Encadernações com lombadas e cantos de pele, gravadas a ouro e com nervuras. (ver gravura na pág. 199)

657 — HOMBRON (M.).- AVENTURES LES PLUS CURIEUSES DES VOYAGEURS. Coup d’œil autour du monde d’aprés les relations anciennes et modernes et des documents recueillis sur les lieux. Par... L’un des compagnons de l’Amiral Dumont d’Urville, pendant son Voyage au Pôle sud et dans l’Océanie. Ouvrage imité des Aventures des Voyageurs par P. Blanchard. Paris. Belin-Leprieur et Morizot, Éditeurs. 1847. 2 vols. In-8.º gr. de IV-III-496 e IV-468 págs. E.Obra interessantíssima, ilustrada com numerosas gravuras primorosamente abertas em madeira, a negro e a cores, nas páginas de texto e em folhas à parte. Referências a várias regiões do Globo, designadamente ao Brasil e a alguns dos antigos territórios portugueses de além-mar. Colombo, Pizarro, Cortez, Cook, Bougainville, La Pérouse, etc.Com o corte das folhas brunido a ouro fino e revestidos de encadernações com lombadas de pele decoradas a ouro, com dizeres e com nervuras. Com defeitos superficiais na pasta posterior e na lom-bada do primeiro volume.

658 — HORÁCIO.- ARTE POETICA, // OU // EPISTOLA // DE // Q. HORACIO FLACCO // AOS // PISÕES, // VERTIDA, E ORNADA // NO IDIOMA VULGAR // COM // ILLUSTRA-ÇÕES, E NOTAS // PARA USO E INSTRUCÇÃO // DA // MOCIDADE PORTUGUEZA // POR // JOAQUIM JOSÉ DA COSTA E SÁ (...) // (gravura alegórica) // LISBOA. M DCCXCIV. // —— // NA OFFICINA DE SIMÃO THADDEO FERREIRA. // —— // Com Licença da Real Meza da Commisão Geral, sobre o Exame, e Censura dos Livros. In-8.º gr. de 44-IV-294-II págs. E.O tradutor desta edição, J. J. da Costa e Sá, foi discípulo do P. António Pereira de Figueiredo. Segundo Innocêncio “Dirigiu tambem um collegio de educação, que estabelecêra em sua casa, d’onde sahiram mui aproveitados alumnos. (...) Foi casado com D. Anna do Nascimento Rosa de Oliveira Villas-boas, prima do egregio arcebispo d’Evora D. Fr. Manuel do Cenaculo Villas-boas (...)”.Segundo um documento referido por Innocêncio existente na Academia Real das Sciências, Costa e Sá, “como escriptor distinguiu-se principalmente pelas suas edições de classicos latinos, que publi-cou para uso das escholas, com as quaes se pouparam grandes sommas, que sahiriam do reino, e que montam até hoje em muitos contos de réis (...)”.Edição cuidada, acompanhada de um importante «Discurso preliminar e crítico sobre a Arte Poe-tica de Q. Horacio Flacco», onde se justifica esta nova versão e se reflectem os seguintes assuntos: Dos Grammaticos antigos que interpretárão as Poesias de Horacio; Das Edições; Dos que escrevêrão separadamente sobre a Arte Poetica; Dos Codices Manuscriptos de Horacio, e das suas Traducções vulgares; Dos Sabios Filologos Portuguezes, que illustrárão, ou derão á luz as Obras de Horacio; Das Provas intrinsecas, e dos Testemunhos, e Authoridades que comprovão a ordem vulgarmente seguida da mesma Poetica; Testemunhos, e Authoridades; etc.”.Encadernação inteira de carneira, da época.

659 — HUET (P.) & SAINT SAUD (A. de).- GÉNÉALOGIE DE LA MAISON DE LA FAYE EN PÉRIGORD. Imprimé pour les auteurs. Bergerac — Imprimerie Générale du Sud-Ouest (J. Castanet). 1900. In-4.º de VI-306-II págs. E.Edição impressa sobre papel vélin des usines de Pont-de-Claix (Isère), ilustrada com VII gravuras impressas à parte e III quadros em folhas desdobráveis.

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EDIÇÃO FORA DO COMÉRCIO, LIMITADA A 150 EXEMPLARES NUMERADOS E ASSINADOS POR UM DOS AUTORES, sendo o presente exemplar dedicado a EUGÉNIO DE CASTRO.Encadernação com a lombada e cantos de pele, gravada a seco e com rótulo vermelho na lombada. Só levemente aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

660 — HUGO (General).- MÉMOIRES DU GÉNÉRAL HUGO, Gouverneur de plusieurs Pro-vinces et aide-major-général des Armées en Espagne. A Paris, Chez Ladvocat, Libraire, (...) M. DCCC.XXIII. 3 vols. In-8.º de II-175-I-292; CII-II-388 e IV-480 págs. EObra precedida das «Mémoires sur la Guerre de la Vendée, en 1793 et 1794», da autoria do General Aubertin, apresentadas ao longo das primeiras 175 páginas do primeiro volume.Volumes integrados na «Collection des Mémoires des Maréchaux de France et des Généraux Fran-çais». Com interesse para a história das Guerras Napoleónicas em Itália e Espanha.Cartonagens originais revestidas de papel pintado, com dizeres a ouro nas lombadas.(ver gravura na pág. 201)

661 — HUGO (Victor).- LES MISÉRABLES. Bruxelles. A. Lacroix, Verboeckhoven & Ce , Éditeurs. M DCCC LXII. 10 vols. In-8.º gr. E.PRIMEIRA E MUITO RARA EDIÇÃO DO MAIS CÉLEBRE ROMANCE DE VICTOR HUGO.“Obra vastíssima concebida como una epopeya popular, capaz de acoger tanto los problemas, las pasiones y las reacciones del individuo como los de la massa, de expresar todo el bien y todo el mal que pueden nacer en el corazón del pueblo generoso y canalla, según la concepción del autor (...)” [U. Dèttore. in «Diccionário Literario» de Porto-Bompiani].Encadernações antigas com as lombadas de pele ligeiramente picadas pelo bicho. Com uma mancha de água no IV volume e alguns vestígios de acidez que pouco comprometem a brancura do papel.(ver gravura na pág. 202)

662 — HUGO (Victor).- LE RETOUR DE l’EMPEREUR, par ... Paris. Delloye, Libraire. 1840. [Imprimé par Béthune et Plon]. In-8.º de 30-II págs. B.Primeira edição de muito restrita tiragem, dada a lume por Delloye em 1840, poucos dias depois da trasladação dos despojos mortais de Napoleão I, de Santa Helena para o Hôtel des Invalides em Paris, cerimónia a que o autor assistiu. Este Poema, divulgado em grande escala no ano seguinte, obteve grande aceitação e sucesso entre os Franceses, o que facilitou a eleição do Poeta à Academia Francesa em 1841.Com falta das capas da brochura e fortes manchas de acidez.

663 — HUM AMIGO DA ORDEM.- A AMERICA INGLEZA E O BRAZIL CONTRASTADOS, Ou Imparcial demonstração da sobeja razão que teve a primeira; e a sem razão do segundo. para se desligarem da Mãi-Patria, por Hum Amigo da Ordem. — Bahia. Na Typographia da Viuva Serva, e Carvalho. Anno de 1822. In-8.º de VIII-36 págs. Desenc.

——— SUPPLEMENTO À AMERICA INGLEZA, E O BRAZIL CONTRASTADOS. Por Hum Amigo da Ordem. — Bahia: Na Typagraphia [sic] da Viuva Serva, e Carvalho. Anno de 1822. In-8.º de 76 págs. Desenc.Opúsculos bastante invulgares, publicados na Bahia, sob pseudónimo que não nos foi possível identificar.No catálogo da biblioteca de John Carter Brown intitulado «Portuguese and Brazilian Books...» ficou apenas registado o Suplemento. Barbosa de Moraes, Rodrigues ou Robert Bosch omitem os opúsculos.No verso do frontispício do Supplemento vem um excerto do Sermão prégado em 1640 na Capella da Ajuda da Cidade da Bahia pelo Padre António Vieira.

664 — INÁCIA (Soror Margarida).- APOLOGIA // A FAVOR DO R. // P. ANTONIO VIEYRA // DA COMPANHIA DE JESU // DA PROVINCIA DE PORTUGAL. // Porque se desvanece, e convence o Tratado, que com o nome // de Crisis escreveu contra elle a Reverenda Senhora Dona // Joanna Ignes da Crus, Religiosa de S. Jeronymo da // Provincia de Mexico das Indias

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Occidentaes. // ESCREVEU-A // A M. SOR. MARGARIDA IGNACIA, // Religiosa de Santo Agostinho no Convento de // Santa Monica de Lisboa Oriental, // QUE A CONSAGRA, E DEDICA // AO MUYTO REVERENDO // P. PROVINCIAL, // E MAIS RELIGIOZOS // Da Companhia de JESU da Provincia de Portugal. // [vinheta decorativa] // LISBOA OCCI-DENTAL, // Na Officina de BERNARDO DA COSTA, Anno de 1727. // —— // Com todas as licenças necessarias. In-8.º de XXIV-188 págs. E. Acerca desta Obra, Barbosa Machado atribuiu a sua paternidade ao P. Luiz Gonzalves Pinheiro, irmão da suposta e anunciada autora. Borba de Moraes diz ainda na «Bibliographia Brasiliana»: “In 1769, during the time of Pombal, it was suppressed by the censor.”Encadernação da época, em carneira, decorada com bonitos ferros gravados a ouro na lombada.(ver gravura na pág. 204)

665 — INAUGURAÇÃO DA PONTE DA ARRÁBIDA. (Junho - 1963). [Porto. 1964]. In-4.º de 90-II págs. e CV estampas. B.Para além dos discursos proferidos pelas entidades responsáveis da época, esta edição tem ainda um im-portante repositório iconográfico, composto por mais de uma centena de fotografias, impressas em folhas à parte e em papel couché. Integrado na colecção «Documentos e Memórias para a História do Porto».

666 — INDEX DAS NOTAS DE VARIOS TABELLIÃES DE LISBOA, ENTRE OS ANNOS DE 1580 E 1747. Lisboa. 1930-1949. 4 vols. In-4.º E. em 3.Colecção completa deste valioso «Index», cujo título aparece encimado por este outro: «Subsídios para a Inves-tigação Historica em Portugal». O códice aqui publicado “constitue um precioso guia de investigação para a história económica e social do País, entre o final do século XVI e princípios do século XVIII”.Trabalho elaborado sob a direcção de Arnaldo Faria de Ataíde e Melo.Boas encadernações com as lombadas e cantos de pele com dourados e nervuras. Conserva as capas da brochura. O último volume, de posterior execução, distingue-se dos restantes por ter sido utilizada pele mais escura decorada com os mesmos ferros e pelo mesmo encadernador.

667 — INDEX // LIBRORVM // PROHIBITORVM // INNOC. XI. P.M. // IVSSV EDITVS // Vsque ad Annum 1681. // Eidem accedit in fine Appendix // Usque ad mensen Iunij 1704. // (Brasão papal) // ROMÆ, Typis Reu. Cam. Apost. 1704. // —— // CVM PRIVILEGIO. In-8.º de XXIV-566 págs. E.Rara edição do Índice dos Livros Proibidos pela Igreja Católica, pela primeira vez publicado em 1559.Com paginação sequencial esta edição, a oitava, publicada sob o pontificado de Innocêncio XI, apre-senta os seguintes apêndices com frontispícios independentes:

— APPENDIX // VNICA // AD // INDICEM // LIBRORVM // PROHIBITORVM // Vero, & accurato Alphabetico ordine // disposita ab Anno 1681. vsque ad // mensem Iunij inclusiuè 1704. // Cum adnotatione ferè omnium Decreto- // rum, ac Breuium Anni, Mensis, // atque Diei prohibitionis. // Accedit in fine Notula aliquot Opuscu- // lorum, Historiuncularum, ac Ora- // tionum etiam proscriptarum.

— APPENDIX // NOVISSIMA // AD // Indicem Librorum Prohibitorum // Ab Anno M DCC IV. // VSQVE // Ad totum Mensem Martij // M DCC XVI. // (Brasão papal) // ROMÆ, M DCC XVI. // Typis Reu. Cameræ Apostolicæ.

— APPENDIX // NOVISSIMÆ APPENDICIS // AD INDICEM // LIBRORVM PROIBITOR-VM // ‘Á Mense Martij MDCCXVI. // VSQVE // Ad totum Maij MDCCXVIII. // (Brasão papal) // ROMÆ, MDCCXVIII. // Typis Reu. Cameræ Apostolicæ.

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— APPENDIX // Nouissimaæ Appendici // AD // INDICEM // LIBRORUM PROHIBITOTVM // A Mense Maij MDCCXVIII. // VSQVE // Ad totum Mensen Iunij // MDCCXXXIV. // (Brasão papal) // ROMÆ, MDCCXXXIV. // Typis Reuerendæ Cameræ Apostolicæ.

— RACCOLTA // D’ALCVNE PARTICOLARI // OPERETTE // SPIRITVALI, E PROFANE // PROIBITE, // Orazioni, e Diuozioni vane, e super- // stizione, Indulgenze nulle, o // apocrife, ed Immagini in- // decenti, ed illecite. // (florão).Encadernação da época, inteira de pele. Com vestígios de traça que ofendem ligeiramente a mancha tipográfica dos cadernos E e F. (ver gravura na pág. 206)

668 — INDICE GERAL DOS DOCUMENTOS REGISTADOS NOS LIVROS DAS CHAN-CELLARIAS EXISTENTES NO REAL ARCHIVO DA TORRE DO TOMBO MANDADO FAZER PELAS CORTES Na Lei do Orçamento de 7 de Abril de 1838. Lisboa: 1841. Na Typo-graphia de G. M. Martins. Rua dos Capellistas. In-8.º de IV-185-I págs. E.Cuidada edição impressa sobre papel de linho, de que apenas foi publicado este 1.º Tomo.Boa encadernação com lombada e cantos de pele.

669 — INFLUENCE DU MINISTÈRE ANGLAIS DANS L’USURPATION DE DOM MI-GUEL. Rennes, C.e FROUT, Née Angran, Rue Charles X. — Mars 1830. In-8.º peq. de II-81-I págs. E.Raro opúsculo anti-miguelista publicado sem o nome do autor, atribuído por Innocêncio a José Pinto de Rebelo Carvalho. Acerca da Obra diz Innocêncio: “”Este folheto é interessante, e póde considerar--se muito pouco vulgar, como todos os da emigração.”Encadernação da época revestida por papel marmoreado.

670 — A INGLATERRA E D. MIGUEL. Traducção do francez, accrescentada com algumas notas. A Pariz. 1828. In-8.º gr. de 79-I págs. E.São raros os exemplares deste livrinho publicado sob anonimato, aparecido no ano em que D. Miguel regressou a Portugal.Inteiramente por aparar e com as capas da brochura originais, não impressas. Encadernação inteira imitação de pele, à antiga.

671 — INNES OF LEARNEY (Sir Thomas).- THE TARTANS OF THE CLANS AND FA-MILIES OF SCOTLAND. Fifth Edition. 1952. W. & A. K. Johnston Limited. Edinburgh and London. [1952]. In-8.º gr. de IV-300 págs. E.“Containing 114 pages of Tartans in full colours, belonging to Lowland Families as well as to Hi-ghland Clans. A short history of the Clan or Family faces each Tartan, with the Crest or the Chief’s Coat of Arms, the Badge and the Slogan.”. Encadernação e sobrecapa de papel dos editores.

672 — INSTRUCÇÕES, QUE DEVEM REGULAR AS ELEIÇÕES DOS DEPUTADOS, QUE VÃO A FORMAR AS CORTES EXTRAORDINARIAS CONSTITUINTES NO ANNO DE 1821. Lisboa: Na Impressão Regia. In-4.º gr. de 18 págs. Desenc.Opúsculo raro e interessante para a história das Cortes Constituintes de 1820, parlamento português criado na sequência da Revolução liberal do Porto.Documentado com o «Mappa demonstrativo do numero dos Eleitores e Deputados que cabem aos diversos Concelhos e Commarcas do Reino...»; o «Mappa do Estado da Povoação de Lisboa distribuida por Fraguezias no anno de 1804, e com o numero dos Eleitores na relação dos fogos que abrange» e um «Mappa geral das Freguezias, Fogos, e Habitantes do Reino...».

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673 — INTRODUÇAÕ ÁS NOTAS SUPPRIMIDAS EM 1821. Ou raciocinio sobre o estado presente e futuro da Monarchia Portugueza. Londres: Re-Impresso por L. Thompson. Na Offi-cina Portugueza, 19, Great St. Helens. 1832. 2 vols. In-8.º de IV-CXLIV; IV-121-III; II-22-II págs. B.Innocêncio regista esta publicação integrada numa extensa relação de opúsculos “geralmente havidos como producção” de D. Domingos António de Sousa Coutinho.Integrada na edição foi também incluída a seguinte Obra, com frontispício independente, impressa na mesma data e tipografia: «Notas ao Pretendido Manifesto da Naçaõ Portugueza aos Soberanos e Povos da Europa: Publicado em Lisbõa, a 15 de Dezembro de 1820.»; a que se segue o «Supplemen-to ou Explicaçaõ do que se acha escripto de paginas 53, a 60. na Introducçaõ ás Notas Supprimidas, publicado pelo autor.»Capa da brochura imperfeita.

674 — INVENTÁRIO ARTÍSTICO DE PORTUGAL. Distrito de Portalegre. Por Luís Keil. I. Lisboa. 1943. In-4.º gr. de LVIII-182-II págs. E.É o primeiro e mais raro volume desta notabilíssima publicação dada a lume pela Academia Nacional de Belas Artes. Com cerca de duas centenas de estampas em papel couché reproduzindo milhares de fotogravuras. Trabalho da autoria de Luís Keil e texto preliminar assinado por Reinaldo dos Santos.Boas encadernações com lombadas e cantos de pele decoradas com rótulos e ferros a seco. Conservam as capas da brochura e as margens intactas.

675 — INVENTÁRIO ARTÍSTICO DE PORTUGAL. Cidade de Coimbra. Por Vergilio Correia e Nogueira Gonçalves. II. Lisboa. 1947. In-4.º gr. de XXXI-I-238-II págs. E.Preâmbulo assinado por Reinaldo dos Santos. Edição profusamente ilustrada e ainda hoje o mais importante Inventário de Arte desta cidade.Boas encadernações com lombadas e cantos de pele decoradas com rótulos e ferros a seco. Conservam as capas da brochura e as margens intactas.

676 — INVENTÁRIO ARTÍSTICO DE PORTUGAL. Distrito de Santarém. Por Gustavo de Matos Sequeira. III. Lisboa. 1949. In-4.º gr. de LI-I-184-II págs. E.Preâmbulo assinado por Reinaldo dos Santos. Edição profusamente ilustrada e ainda hoje de impor-tância capital para a história de arte do distrito de Santarém.Boas encadernações com lombadas e cantos de pele decoradas com rótulos e ferros a seco. Conservam as capas da brochura e as margens intactas.

677 — INVENTÁRIO ARTÍSTICO DE PORTUGAL. Distrito de Coimbra. Por Vergílio Cor-reia. Reorganizado e completado por A. Nogueira Gonçalves. IV. Lisboa. MCMLII. In-4.º gr. de XLII-286-IV págs. E.Preâmbulo assinado por Reinaldo dos Santos. Obra profusamente ilustrada, ainda hoje obra de refe-rência na bibliografia de arte coimbrã.Boas encadernações com lombadas e cantos de pele decoradas com rótulos e ferros a seco. Conservam as capas da brochura e as margens intactas.

678 — INVENTÁRIO ARTÍSTICO DE PORTUGAL. Distrito de Leiria. Por Gustavo de Matos Sequeira. V. Lisboa. MCMLV. In-4.º gr. de XL-147-IX págs. E.Texto introdutório assinado por Reinaldo dos Santos. Edição cuidada, muito ilustrada e de grande importância na bibliografia de arte do distrito de Leiria.Boas encadernações com lombadas e cantos de pele decoradas com rótulos e ferros a seco. Conservam as capas da brochura e as margens intactas.

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679 — INVENTÁRIO ARTÍSTICO DE PORTUGAL. Distrito de Aveiro. Zona-Sul. VI. Por A. Nogueira Gonçalves. Lisboa. MCMLIX. In-4.º gr. de XXXI-I-256-II págs. E. Preâmbulo assinado por Reinaldo dos Santos. Profusamente ilustrada, esta edição é de grande impor-tância na bibliografia de Arte daquela região.Boas encadernações com lombadas e cantos de pele decoradas com rótulos e ferros a seco. Conservam as capas da brochura e as margens intactas.

680 — INVENTÁRIO ARTÍSTICO DE PORTUGAL. Concelho de Évora. Por Túlio Espanca. VII. Lisboa. 1966. 2 vols. In-4.º gr. de VIII-DCXXIX-III e XLVII-I-454-II págs. E.O primeiro volume é constituído pelo texto e o segundo pelas estampas.Prefácio de Reinaldo dos Santos.Boas encadernações com lombadas e cantos de pele decoradas com rótulos e ferros a seco. Conservam as capas da brochura e as margens intactas.

681 — INVENTÁRIO ARTÍSTICO DE PORTUGAL. Distrito de Évora. Concelho de Arraio-los, Estremoz, Montemor-o-Novo, Mora e Vendas Novas. Por Túlio Espanca. VIII. Lisboa. 1975. 2 tomos In-4.º gr. de XL-521-I e VI-430 estampas e X-II págs. E.Prefácio de Luis Cristino da Silva. Obra profusamente ilustrada e de referência para o estudo da Arte dos concelhos acima referidos.Boas encadernações com lombadas e cantos de pele decoradas com rótulos e ferros a seco. Conservam as capas da brochura e as margens intactas.

682 — INVENTARIO DOS LIVROS DAS PORTARIAS DO REINO. [REAL ARCHIVO DA TORRE DO TOMBO]. Lisboa. Imprensa Nacional. 1909-1912. 2 vols. In-fólio de XVI-522 e IV-434 págs. E.Importantíssimo acervo documental onde se reproduzem as mercês régias atribuidas entre os anos de 1639 a 1664, acompanhadas de um «Índice de Nomes de Pessoas» e outro com o nome das terras. De grande im-portância para o estudo da administração pública durante o século XVII. Prefácio de Pedro A. de Azevedo.Encadernações com cantos e lombada de pele, decoradas com ferros a seco e nervuras. Conserva as capas da brochura.

683 — INVENTARIO DOS LIVROS DE MATRICULA DOS MORADORES DA CASA REAL. [ARCHIVO NACIONAL — TORRE DO TOMBO]. Volume I. 1641 a 1681 [Volume II. 1640 a 1744]. Lisboa. Imprensa Nacional. 1911-1917. 2 vols. In-fólio de IV-432 e IV-412 págs. E.Fonte documental de grande importância para o estudo da genealogia e da administração régia por-tuguesa, onde se dão a conhecer os respectivos Alvarás desde 1641 a 1744, tudo acompanhado de índices de pessoas e terras.Encadernações da época com as lombadas de pele decoradas com nervuras, rótulos e ferros gravados a seco, tendo os cantos também revestidos de pele.

684 — JABOATAM (António de Santa Maria).- ORBE SERAFICO // NOVO BRASILICO, // DESCOBERTO, ESTABELECIDO, E CULTIVADO // A INFLUXOS // DA NOVA LUZ DE ITALIA, ESTRELLA // ‘brilhante de Hespanha, Luzido Sol de Padua, Astro // Mayor do Ceo de Francisco, // O THAUMATURGO PORTUGUES // S.to ANTONIO, // AQUEM VAY CON-SAGRADO, // Como Theatro clorioso, e // PARTE PRIMEIRA // DA // CHRONICA // DOS FRADES MENORES DA MAIS // Estrita, e Regular Observancia da Provincia // do Brasil, // (...) // LISBOA: // Na Officina de ANTONIO VICENTE DA SILVA. // Anno de MDCCLXI. In.4.º de XXXIV-II-248-283-15-I págs. E.

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Edição impressa sobre papel muito alvo e de grande qualidade, ilustrada com uma portada alegórica que falta em muitos exemplares, com a representação de Santo António, com o mapa do Brasil a seus pés, assinada Fran.co X.er Fr.e A Fez. Sacramento Blake no «Diccionário Bibliographico Brazileiro» faz desenvolvido registo, referindo que “A morte subsequente do autor foi causa de não sahir a continuação desta importante obra, senão um seculo depois.” [Novo Orbe Seraphico Brazileiro (...). Rio de Janeiro, 1858-1862]. Também Borba de Moraes cita esta obra, quer na «Bibliografia Brasileira do Período Colonial», onde diz que “De tôdas as obras do autor impressas na época é esta a mais procurada devido ao seu grande valor como fonte histórica. É livro raro há muitos anos. Sabin, em 1877, já a classificava como a rare piece. (...)“O Orbe serafico é um belissimo livro admiràvelmente impresso em magnífico papel.”; quer na «Bi-bliographia Brasiliana», onde considera esta obra “ (...) the most important work by Jaboatão and to this day the most consulted by historians. Excedingly well printed on very good paper, it has an allegoric frontispiece as well as the title page. The rarity of this first edition may be explained by whay Innocencio writes (...)” Needless to say, those copies, stored for a century in cases, were destryed by white ants, book worms, and other pests peculiar to tropical climates, which accounted for the destruc-tion of so many public and monastery libraries in Brazil.”Innocêncio informa que “Consta que a maior parte da edição fôra mandada logo apoz a sua publicação para o Brasil, e sabe-se que ainda no anno de 1840 se encontraram alguns caixões cheios dos respec-tivos exemplares no convento de S. Francisco em Pernambuco. Comtudo, a obra era já a este tempo tida em conta de rara no Rio de Janeiro.”.Encadernação antiga ainda com solidez, mas em mau estado de conservação. Com alguns carimbos de António Bernardo Pereira, uma ténue mancha de água e raros cortes de traça no final do volume que não ofendem a mancha tipográfica. (ver gravura na pág. 209)

685 — JACO (Pero).- RESPOSTA A D. BENEVENUTO: OU ANALIZE Das incoherencias, contradiçoens, e absurdos, que proferio contra os Redactores da Peninsula, e contra os Sebastia-nistas, e contra o Author do Exame Critico, Offerecida a Elle mesmo por... Coruña. 1810. Em la Imprenta de Juan Félix. In-8.º esguio de 30-II págs. B.Muito invulgar publicação pertencente à badalada polémica dos Sebastianistas, dado à imprensa na Coruña no ano de 1810. Redigido em português, o autor responde a D. Benevenuto Antonio Caetano de Campos a propósito da «Resposta da Peninsula, em que se mostra a veracidade das quatro propo-sições contra os Sebastianistas», publicado no mesmo ano pela Imprensa Regia.O autor, supomos, publicou esta obra sob pseudónimo de Pero Jaco socorrendo-se da figura criada por Bandarra nas suas Trovas, quando faz alusão aos restos mortais de D. Sebastião, conforme comenta José Agostinho de Macedo em «Os Sebastianistas», a págs. 102 da edição de 1810, impressa na ofici-na de António Rodrigues Galhardo.

686 — JESUS (Quirino de).- NACIONALISMO PORTUGUÊS. Pôrto. 1932. Emprêsa Indus-trial Gráfica do Pôrto, L.da. In-8.º gr. de 256-II págs. B.Obra de aberta apologia ao movimento de 28 de Maio, dizendo Quirino de Jesus na «Advertência» que “O autor cooperou em diplomas e outros documentos básicos da Ditadura, alguns dos quais vão anexos.”Com acidez na capa da brochura.

687 — JOAQUIM (Manuel).- NOTÍCIA DE VÁRIOS DOCUMENTOS DOS SÉCULOS XIII, XIV, XV E XVI EXISTENTES NO MUSEU DE GRÃO-VASCO. Publicações do Museu. MCMLV. [Tipografia Beira Alta. Viseu]. In-8.º gr. de 89-XII págs. B.Trabalho ilustrado com estampas impressas em folhas à parte. Reduzida separata de “Beira Alta”.

688 — JONES (John T.).- ACCOUNT OF THE WAR IN SPAIN AND PORTUGAL, AND IN THE SOUTH OF FRANCE, FROM 1808, TO 1814, INCLUSIVE. — London: Printed for T, Egerton, Bookseller to the Ordnance, Military Library, Whitehall. 1818. In-4.º de XXVI-448-II págs + IV mapas desdobráveis. E.

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Primeira e muito rara edição de uma das Obras que fazem a história das Guerras Peninsulares, ilus-trada com um Mapa da Península e 3 planos exemplificativos dos movimentos militares operados na fronteira francesa com a Península Ibérica [Pirineus, Nive e Toulouse]. Cartonagem original desconjuntada. Com vestígios de acidez próprios da qualidade do papel e uma assinatura no frontispício datada de 1819.

689 — JORGE (Ricardo).- RAMALHO ORTIGÃO. Lisboa. 1915. In-8.º gr. de VI-57-III págs. B.“Hontem, quando o manto da noite se dependurava nos pinhais das lombadas, soavam as gazetas chegadas a este côvo transmontano o pregão da morte de Ramalho.” Com várias referências a Camilo.

690 — JORNAL ENCYCLOPEDICO DE LISBOA, coordenado pelo P. J. A. de M. Lisboa: Na Imprensa Regia. 1820. 2 vols. In-8.º gr. de 448 e 425-III págs. E. em 1 vol.Inocêncio: “Foi publicado mensalmente, desde Janeiro até Dezembro do referido anno. Apezar da declaração feita no rosto, o redactor principal d’este periodico era J. J. P. Lopes, ao qual pertencem, como este diz no remate do tomo II, náo só as peças originaes ahi indicadas, com tambem as tra-ducçoens, e coordenações dos artigos scientificos, e de alguns outros, afirmação que não é correcta, porquanto no fim do 2º volume vem o seguinte esclarecimento: “Nota das peças que se achão nos doze Numeros deste Jornal, compostas por Joaquim José Pedro Lopes”, peças que se contam por seis apenas, dizendo-se depois: “Além destas peças originaes, são do mesmo as traducções, e coordena-ções dos Artigos do ramo scientifico e alguns outros”, sendo, portanto, de José Agostinho de Macedo a redacção da quase totalidade dos escritos publicados.Publicação de conhecimentos científicos, completa, muito curiosa e rara.Encadernações inteiras de pele, da época.

691 — JOUBERT (Pierre).- LES LYS ET LES LIONS. [Initiation a l’art du Blason. Les Presses d’Ile de France. MCMXLVII]. In-4.º de XXXVI págs. inmus. B.Manual profusamente ilustrado, de grande clareza e objectividade, dedicado aos mais jovens e ini-ciados no estudo da Heráldica. Pierre Joubert colaborador na revista L’Illustration, afirmou-se como ilustrador de livros para a juventude, tendo também ficado para sempre ligado à introdução do escutismo em França.

692 — JUNIOR (A. R.).- INDICE ALPHABETICO DOS NOMES PROPRIOS DE FAMILIA (Appellidos) dos Auctores incluidos no DICCIONARIO BIBLIOGRAPHICO do Snr. Innocencio Francisco da Silva. (VolumesI - VII, e 1º do Supplemento); para uso da R. Bibliotheca Publica do Porto. Porto. Na Typographia de Manoel José Pereira. 1869. In-8.º gr. de 83-I págs. B.São raros os exemplares deste Índice Alfabético, com relativo interesse, porquanto não abranja toda a obra de Inocêncio e de Brito Aranha.

693 — JUNQUEIRO (Guerra).- MARCHA DO ODIO. Musica de Miguel Angelo - Desenhos de Bordallo Pinheiro. Livraria Civilisação, Casa Editora de Costa Santos, Sobrinho & Diniz. Porto. [S.d.] In-4.º de 13-III págs. B.Vibrante poesia de Junqueiro, muito invulgar nesta sua primeira edição. Com duas alusivas ilustrações de Rafael Bordalo Pinheiro e a música de Miguel Ângelo em duas folhas à parte.

694 — JUNQUEIRO (Guerra).- ORAÇÃO AO PÃO. Porto. Livraria Chardron. 1902. In-4.º de 19-I págs. B.Um dos exemplares da edição original deste belo poema, várias vezes reimpresso.

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695 — JUNQUEIRO (Guerra).- OS SIMPLES. Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira - Editor. 1893. In-8.º de 126-II págs. B.Segunda e muito invulgar edição, publicada no ano seguinte ao da primeira, o que testemunha o aco-lhimento com que foi recebida. Impressão executada sobre papel de escolhida qualidade.O exemplar conserva no final uma pequena folha de SENHA para receberem em troca da mesma, “gratuitamente o folheto do mesmo auctor respondendo á critica feita a este poema.Com uma pequena assinatura no frontispício. Capa da brochura alegoricamente ilustrada em ambas as pastas

696 — KARR (Alphonse).- HISTOIRE DE NAPOLÉON, Avec Vignettes. Paris, Au Bureau Central des Dictionnaires. 1838. In-16.º de IV-378 págs. E.Invulgar biografia, registada por Davois na «Bibliographie Napoléonienne Française», ilustrada com 12 gravuras de cuidada execução e impressas em folhas à parte. Encadernação antiga com lombada de pele. Vestígios de acidez disseminados pelo volume.

697 — [KEMPIS (Tomás de)].- IMITAC,AM // DE CHRISTO // Que vulgarmente se intitula // CONTEMPTUS MUNDI, // Dividida em quatro livros; // Escrita pello Uneravel // THOMAS DE KEMPIS, // Conego Regular de // S. Agostinho. // (gravura alegórica) // EM LISBOA. // Na Officina de Domingos Carneiro. // ANNO 1679. In-8.º peq. de VIII-342-VIII págs. E.Importante tratado de moral cristã, cujas edições primitivas foram publicadas anonimamente e que no origi-nal latino se intitula Contempus Mundi, prevalecendo hoje a opinião de que foi escrita por Tomás de Kempis.Edição setecentista bastante invulgar, ilustrada com quatro xilogravuras alegóricas impressas em página inteira que fazem a abertura de cada uma das quatro principais partes da obra. O texto de dedicatória foi ilustrado com o retrato de António da Conceição, Religioso da Congregaçaõ de Saõ João Evange-lista do Reyno de Portugal, & Fundador do Mosteyro de S. Bento de Xabregas (...)”. No final a edição apresenta, de págs. 333 a 342 os «Avisos da Madre S. Theresa de Jesu para suas Freyras (...)»Encadernação da época em pergaminho mole, com o título manuscrito na lombada.

698 — KOEBEL (W. H.).- PORTUGAL. Its Land and People. With illustrations by Mrs. S. Roope Dockery and from photographs. London. Archibald Constable and Co. Ltd. 1909. In-8.º gr. de XVII-405-I págs. E.Interessantíssima obra sobre Portugal, numa invulgar e excelente edição em papel couché ilustrada com dezenas de boas fotogravuras e estampas a cores.Capítulos I a V. Lisbon; VI e VII. Round about Lisbon; VIII. Sotthward Bound - From Lisbon to Estremoz; IX. The Alemtejo Province; X. A Southern Cork Forest; XI. An Alemtejo Farm; XII. A Southern Chateau; XIII. Here and there in the South; XIV. Evora and its Fair; XV. The Far North; XVI. A Northern Sketch: The Deserted Convent; XVII. The Minho; XVIII. Oporto; XIX. The English in Oporto; XX. Villa Nova de Gaia; XXI. Some Environs of Oporto; XXII e XXIII. The Douro; XXIV. Market day at Arrifana; XXV. From Oporto to Lisbon; XXVI. A Portuguese Bull-Fight; XXVII e XXVIII. The Portuguese at Home. Encadernação própria inteira de percalina vermelha, com a bandeira da Monarquia na pasta da frente e título dourado na lombada.

699 — LA BEAUMELLE (V. Angliviel de).- DE L’EMPIRE DU BRÉSIL, CONSIDERE SOUS SES RAPPORTS POLITIQUES ET COMMERCIAUX. A Paris, Chez Bossange Frères, Libraires. 1823. In-8.º de IV-IV-260 págs. E.Acerca do autor, Borba de Moraes na «Bibliographia Brasiliana» faz o seguinte comentário: “La Beaumelle (1772-1831) began his career in the engineering corps in the campaigns of 1793-1794. He taught chemistry and physics for some time in a small town in France. La Beaumelle entered the servi-ce of King Joseph Bonapart of Spain in 1808. In 1815 he was taken out of active service, and devoted

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his time to the study of science. He was engaged by the Brazilian representative in Paris, together with another military engineer, Charles Felippe Garçon de Rivière, to serve in Brazil. It was Gameiro who commissioned La Beaumelle to write De L’Empire du Brésil, with the object of presenting Brazilian independence in a favourable light to influence European public opinion, particularly that of the French “legitimist” government. He paid one thousend francs for the manuscript and 1.081.65 francs for the printing of 750 copies. La Beaumelle died in Brazil, and left a manuscript on the topography of the country, which is apparently lost.”Encadernação contemporânea em carneira, decorada a ouro na lombada, com defeitos.

700 — LABAUME (Eugene).- HISTOIRE DE LA CHUTE DE L’EMPIRE DE NAPOLÉON, Ornée de huit Plans ou Cartes, pour servir au récit des principales Batailles livrées en 1813 et 1814. Paris. Anselin et Pochard (...). 1820. 2 vols. In-8.º de VIII-431-I; VIII-494 págs. E.Livro de memórias de E. Labaume, “Chef de Bataillon au corps royal d’Etat-Major; Chevalier de la Légion d’Honneur et de l’ordre impérial de la Couronne de Fer d’Autriche”, ilustrado com 8 mapas impressos em folhas desdobráveis.Com pequenas manchas e outros defeitos. Encadernações da época mal cuidadas, preservando no entanto a sua solidez.

701 — LABAUME (Eugène).- RELAÇÃO COMPLETA DA CAMPANHA DA RUSSIA EM 1812. Ornada com os planos da Batalha do Moskowa, do Combate de Malo-Jaroslavetz, e de hum estado summario das forças do exército francez durante toda esta Campanha, &c. por Mr. Eugenio Labaume. (...) Traduzida do original por F. D’Alpuim S. M. e J. P. M. L. Portugal, e offerecida por elles ao Exército Portuguez. Lisboa, Na Nova Impressão da Viuva Neves e Filhos. 1818. 2 vols. In-4.º de X-IV-237-I e 234 págs. E.Edição bastante invulgar, referênciada por Magalhães Sepúlveda no «Dicionário Bibliografico da Guerra Peninsular».O autor diz no Prefácio: “Eu conto aquillo que vi; testemunha de hum dos maiores desastres, que já mais affligírão huma Nação poderosa, espectador, e actor em todo o curso desta triste, e memoravel expedição, (...)“Escrevi dia por dia os acontecimentos, que presenciárão meus olhos, procurando sómente communicar as impressões que senti. (...)”Cuidada edição, assente sobre papel de linho, ilustrada com duas gravuras impressas em folhas des-dobráveis de grandes dimensões representando o Plano do Campo de Batalha do Moskwa (a 7 de Setembro de 1812) e o Plano do Campo de Batalha de Malo-Jaroslavetz (a 24 de Outubro de 1812).Encadernação da época com lombada e cantos de pele.

702 — LACERDA (Aarão de).- A CAPELA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO (Em Braga). 1923. Tipografia de «A Tribuna». Porto. In-8.º gr. de 42 págs. B.Valiosa monografia de um dos mais notáveis monumentos de Braga, a “Capela dos Coimbras” ou de Nossa Senhora da Conceição, belíssima construção quinhentista. Com estampas impressas em sepa-rado, em folhas de papel couché.

703 — LACERDA (D. Francisco Corrêa de) & LEÃO (Manuel Barbosa).- HISTORIA DA ANTIQUISSIMA E SANTA IGREJA HOJE INSIGNE COLLEGIADA DE S. MARTINHO DE CEDOFEITA e da Origem e natureza dos seus bens. Porto. Typographia de Antonio José da Silva Teixeira. 1871. In-8.º gr. de 94 págs. B.Com a «Descripção da igreja de Cedofeita», precioso monumento românico portuense, e a transcrição de vários documentos, de que referimos o «Salvo conducto a favor do mosteiro de Cedofeita no tempo da invasão e dominação dos mouros n’esta cidade», a «Carta de el-rei D. Affonso V, de padroado e protecção a Cedofeita», a «Inscripção, que se lê no tumulo de Affonso Henriques, em Coimbra» e a carta dirigida pelo mesmo rei ao Mosteiro de S. Salvador de Castro em 1144. Tem no fim uma carta de Alexandre Herculano, datada de Vale de Lobos, 1870.

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704 — LACOUR-GAYET (G.).- NAPOLÉON. Sa Vie, Son Œuvre, son Temps. Avec un Préface du Maréchal Joffre. Hachette. [S.d. - 1921 ?]. In-fólio de IV-587-I págs. E.Belo volume publicado por ocasião do primeiro centenário da morte de Napoleão, ilustrado com centenas de estampas a negro e a cores, em grande parte inéditas e todas em folhas à parte.Encadernação editorial com dizeres e ferros gravados a seco e ouro e dourado à cabeça. Com dedica-tória de oferta na folha de guarda.

705 — LAFUENTE (Don Modesto) & VALERA (Don Juan).- HISTORIA GENERAL DE ESPAÑA desde los tiempos primitivos hasta la muerte de Fernando VII, por Don Modesto Lafuente continuada desde dicha época hasta nuestros dias por Don Juan Valera de la Real Academia Española. Barcelona. Montaner y Simon, Editores. 1877-1885. 6 vols. In-fólio E.Muito importante e estimado trabalho, documentado com centenas de excelentes cromolitografias impressas a cores, em folhas próprias e gravuras a negro nas páginas de texto, representando, retratos de reis, monumentos, esculturas, pinturas, moedas e os mais variados objectos de arte sacra ou pro-fana. Obra particularmente apreciada, não só pelo seu valor historiográfico mas também pelas suas preciosas informações numismáticas.Edição muito cuidada, executada sobre papel de escolhida qualidade e revestida de excelentes encadernações editoriais, em percalina, luxuosamente gravadas a cores e ouro, nas pastas e lombadas, tendo ao centro da pasta da frente as armas de Espanha.

706 — LAMARTELIERE (M.).- CONSPIRATION DE BUONAPARTE CONTRE LOUIS XVIII, Roi de France et de Navarre, ou Relation succinte de ce qui s’est passé depuis la capitu-lation de Paris, du 30 mars 1814, jusqu’au 22 juin 1815, époque de la seconde abdication de Buonaparte. (...) Paris, J. G. Dentu, Imprimeur-Libraire, 1815. In-8.º de IV-118-II págs. E.Edição corrigida e aumentada, pela quinta vez impressa em 1815, ano em que foi pela primeira vez impressa a edição original.Encadernação coeva, com a lombada de pele. Anterrosto com marcas de acidez.

707 — LARCHER (Jorge das Neves).- CASTELOS DE PORTUGAL. Distrito de Leiria [e Distrito de Coimbra]. Imprensa Nacional de Lisboa. 1933. [e Tipografia da Atlântida. Coimbra. 1935]. 2 vols. In-4.º de 241-I e IX-470-II págs. B.“Com a publicação dêste trabalho, produto dum aturado estudo e duma paciente investigação histórica, procuramos despertar o amor e o patriotismo, especialmente da mocidade portuguesa, ante estes monumentos, páginas admiráveis da história da nossa nacionalidade gloriosa”. Obra muito estimada, ilustrada com gravuras e desenhos de Armando Lucena. Transcreve numerosos documentos históricos e textos insertos em obras de diversos autores, enciclopédias, etc.

708 — LASTEIRYE DU SAILLANT (Adrien Jules).- PORTUGAL DEPOIS DA REVOLU-ÇAO DE 1820, por... Artigo extrahido da Revista dos Dous Mundos publicada em 15 de Julho de 1841: e annitado pelos Redactores da Revista Litteraria. Porto. Typografia da Revista. 1842. In-8.º de IV-76-XX págs. B.Invulgar opúsculo com interesse para a história da Revolução Liberal e das consequencias do movimento que eclodiu no Porto a 24 de Agosto de 1820.

709 — LAVALLEÉ (Joseph).- HISTORIA DA ORIGEM, PROGRESSOS, E DECADENCIA DAS DIVERSAS FACÇÕES Que agitarão a França desde 14 de Julho de 1789, até á abdicação de Napoleão. Traduzido do francez. Lisboa. Typographia de Antonio Sebastião Coelho Rua. 1841. 3 vols. In-8.º de 314-VI; 272-VIII e 373-I págs. B.Obra interessante para a história de um dos aspectos referentes à história da Revolução francesa, traduzida por autor anónimo. Invulgar.

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710 — LAVRADIO (Marquês de).- DESCENDÊNCIA DE EL-REI O SENHOR D. JOÃO II. O Ducado de Aveiro. Edição da revista «Ocidente». Lisboa. [1945]. In-8.º de 196-IV págs. B.Trabalho integrado na colecção «Cultura Histórica», edição da revista «Ocidente» de Álvaro Pinto.

711 — LEDRU-ROLLIN (Alexandre Auguste).- DE LA DECADENCE DE L’ANGLETERRE. Paris. Escudier Frères, Éditeurs. 1850. 2 vols. In-8.º de VIII-366 e IV-350 págs. E.Ledru-Rollin, destacado e inconformista político francês nascido em 1807, chegou a ser candidato à Presi-dência da República francesa e a seu respeito o Grand Larousse Encyclopédique dedica apreciável espaço.A obra apresentada tem grande interesse para a história inglesa da época, designadamente para o estu-do do seu desenvolvimento industrial e dos movimentos operários e sociais. Da sua leitura transparece uma visão francesa desta realidade do século XIX, consagrando grande parte do tomo à descrição do proletariado londrino e à miséria dos trabalhadores da Revolução Industrial. Primeira edição.Encadernações da época com as lombadas de pele, um pouco cansadas. Com manchas de acidez próprias da qualidade do papel.

712 — A LEGITIMIDADE DO SENHOR DOM PEDRO IVº., REY DE PORTUGAL, CON-TRA AS INVECTIVAS APOSTOLICO-JESUITICAS. 1827. In-8.º de 60 págs. B.São raros os exemplares deste muito interessante opúsculo publicado anónimo, dado à luz da imprensa para defender e justificar a posição dos partidários da Constituição. Com o intuito de desmascarar a facção Miguelista, o autor faz a análise de um livro publicado “ha pouco tempo em Paris, na officina de Delaforest” intitulado, «Exame da Constituição de D. Pedro, e dos direitos de D. Miguel» dizendo que “O Author desta redicula Invectiva não parece ser hum Portuguez; pois ha nella taes erros de historia, e tal troca de nomes, que a obra parece antes huma encomenda feita a algum Jesuita Francez pelos Portuguezes desafectos à Constituição, que hoje vivem refugiados em França.”Com um rasgão já restaurado na margem direita da folha de rosto e outros sinais de inconveniente manuseamento.

713 — LEITÃO (António José Osório de Pina).- ALFONSÍADA. Poema Heroico da Funda-ção da Monarquia Portugueza pelo Senhor Rey D. Alfonso Henriques offerecido á Magestade Fidelissima D’El-Rey Nosso Senhor D. João VI, por... Cavalleiro da Ordem de Christo, Dezem-bargador da Relação da Bahia. Bahia: Na Typog. de Manoel Antonio da Silva Serva. Anno de 1818. In-4.º peq. de 278 págs. E.Edição bastante rara, impressa no Brasil, adornada com os retratos de D. João VI, Afonso Henriques e outro do autor, todos abertos a buril em chapa de metal por J. J. de Souza.Inocêncio diz que o autor nasceu nos arredores de Pinhel, que esteve no Brasil como Desembargador da Relação da Bahia e que “Por occasião da declaração da independencia, ficou ao serviço do Imperio, e considerado como brasileiro.”Encadernação contemporânea, mal conservada. Com manchas de água que ofendem parte do volume.(ver gravura na pág. 216)

714 — LEITÃO (Joaquim).- OS CEM DIAS FUNESTOS. (Processo e condemnação do ultimo Presidente do Conselho de 1910, Antonio Teixeira de Sousa, e do seu livro, “Para a Historia da Revolução”). Edição do Autôr. Porto. MCMXII. In-8.º de XXII-543-I págs. B.Livro de crítica à acção governativa e política após a Revolução de 1910.

715 — LEME (Francisco Carlos de Azeredo Pinto Melo e).- ESTUDO GENEALÓGICO q~ contem a origem e antiguidade dum Ramo da mui nobre e fidalga Gente de «Noronha» e escudo de Armas q~ lhe compete por... Edição do autor. Pôrto. 1937. In-4.º de 106-VI págs. B.Foi de 200 exemplares numerados e assinados a tiragem deste interessante estudo de investigação genealógica.Assinatura de posse e ex-libris de Joaquim Pereira de Lima. Com vestígios de acidez.

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716 — LEME (Francisco Carlos de Azeredo Pinto Melo e).- OS MEUS COSTADOS. Porto. 1960. In-4.º de 256-VIII págs. B.De três Livros se compõe este trabalho, referindo-se aos Costados do Autor, só três, por serem irmãs as suas duas Avós. Foram escritos para se publicarem isoladamente; mas juntam-se para formarem um só volume para que não haja duplicação em grande parte das suas páginas e das notícias de pes-soas que descendem de mais de uma das Linhas tratadas. No Livro I, «A CASA DO ARCOUCE EM LOIVOS DO MONTE E AS SUAS GERAÇÕES» [...]. NO LIVRO II, «A TORRE DE CAMPELO E OS CABRAIS DE BAIÃO» [...]. NO LIVRO III, «OS MONTEIROS DA CASA DO CABO EM VÁRZEA DE OVELHA».Tiragem restrita, limitada a 400 exemplares, numerados e autenticados pelo autor.

717 — LEME (Francisco Carlos de Azeredo Pinto Melo e).- UMA FIGURA DA RESTAURA-ÇÃO. «D. Filipa de Vilhena». Notas Históricas e Genealógicas. Edição do autor. Pôrto. 1940. [Emprêsa Industrial Gráfica do Pôrto, Lda]. In-4.º gr. de 50 págs. B.Com árvores genealógicas em folhas desdobráveis. Edição confinada a 250 exemplares numerados e rubricados pelo autor.

718 — LEMOS (F. J. de Oliveira).- TRIBUTO DE SAUDOSA VENERAÇÃO E RESPEITO PRESTADO Á ILLUSTRE MEMORIA DO EXC.mo SNR. JOÃO CARLOS DE SALDANHA OLIVEIRA E DAUN, Marechal do Exercito... Necrologio á sua morte ou apontamentos bio-graphicos devidos ao seu civismo provado, e aos seus relevantes serviços feitos a este paiz. Esboço patriotico, politico, militar, aristocrático e noticioso publicado poucos dias depois do seu fallecimento por... Porto. Imprensa Popular de A. G. Vieira Paiva. 1877. In-8.º de 205-III págs. B.Livro de homenagem ao Marechal Duque de Saldanha, grande vulto da história portuguesa do século XIX.

719 — [LEMOS JUNIOR (Maximiano)] (Trad.)] — BLANC (Luis).- HISTORIA DA REVOLUÇÃO FRANCEZA. Ornada de 600 gravuras executadas pelos mais distinctos artistas, sobre desenhos de H. de La Charlerie. Traducção de Maximiano Lemos Junior. Porto. Lemos & C.ª — Editores. [Typ. de Arthur José de Sousa & Irmão]. 1889-1891. 4 vols. In-4.º gr. E. Primorosa e monumental edição, ilustrada nas páginas de texto e em plena página. Muito invulgar, especialmente nas condições de conservação em que se encontra.Belíssimas encadernações editoriais, alegoricamente ilustradas a cores e ouro. (ver gravura na pág. 218)

720 — LEMOS (Maximiano).- O “AUTO DOS FISICOS” DE GIL VICENTE. Comentario Medico. Pôrto. Tip. a vapor da “Enciclopedia Portuguesa”. 1921. In-8.º de IV-55-I págs. B.“O Auto dos Fisicos, uma das farças mais engraçadas de Gil Vicente, diz o sr. dr. Teofilo Braga que encerra uma página vivissima da historia da medicina em Portugal no seculo XVI”.Estudo muito curioso de que se fez uma edição de limitado número de exemplares.Assinado no anterrosto.

721 — LEMOS (Maximiano).- RIBEIRO SANCHES. A sua vida e a sua obra. Porto. Eduardo Tavares Martins, editor. 1911. In-8.º gr. de VIII-369-I págs. B.Valioso e amplo estudo biográfico do mais famoso médico português do século XVII, a quem os seus contemporâneos estrangeiros sempre votaram a maior consideração. A obra vem documentada com numerosas estampas impressas em separado. Invulgar e muito estimada.Valorizado com dedicatória do autor.

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722 — [LENORMAND (Marie-Anne Adélaide)].- HISTOIRE DE JEAN VI, ROI DE PORTU-GAL, depuis sa naissance jusqu’a sa mort, en 1826; avec des particularités sur sa vie privée et sur les principales circonstances de son règne. Paris. Ponthieu et Compagnie, Libraires... 1827. In-8.º gr. de VIII-130-II págs. E.Obra publicada anónima, bastante rara, cuja autoria é atribuída Marie Lenormand, conceituada carto-mante francesa na época de napoleão que alegou ter aconselhado Marat, Robespierre, Saint-Just, a Imperatriz Josephine ou o Czar Alexander. Publicou várias obras de grande actualidade no seu tempo, causando forte controvérsia entre os seus leitores.Encadernação da época, inteira de pele. Com várias assinaturas antigas no rosto e anterrosto e a folha 1/2 destacada do volume.

723 — LEONI (Francisco Evaristo).- GENIO DA LINGUA PORTUGUEZA, ou Causas Ra-cionaes e Philologicas de todas as formas e derivações da mesma Lingua, comprovadas com innumeraveis exemplos extrahidos dos auctores latinos e vulgares, por... Lisboa. Typographia do Panorama. 1858. 2 vols. In-4.º de IV-XXV-I-356-II e 392-IV págs. E.Inocêncio recomenda: “o que a respeito do merecimento e importancia d’esta obra diz a Revista Contemporanea de Maio de 1859.”Encadernação modesta.

724 — A LIBERDADE DOS MARES OU O GOVERNO INGLEZ DESCOBERTO. Traduzido livremente do Hespanhol. Rio de Janeiro. (N. 81) Typ. de Miranda & Carneiro. Rua do Espírito Santo N. 40. 1833. In-8.º de LIV-54-92-103-VIII-I págs. B.“Todas as misérias, infâmias e violências praticadas pelo governo judaico da Inglaterra em matéria de tráfico negreiro, que ela explorava, se encontram descritas no panfleto “A liberdade dos mares ou o governo inglês descoberto”, [Armitage, «Historia do Brasil», págs. 189-191].Com um restauro antigo na lombada da capa da brochura e outros pequenos defeitos.

725 — LICHNOWSKY (Principe).- PORTUGAL. Recordações do anno de 1842. Traduzido do allemão. Lisboa. na Imprensa Nacional. 1844. In-8.º gr. de V-I-207-I págs. E.Primeira e invulgar edição portuguesa deste curioso livro sobre Portugal. Referências a Vigo, «Os Gal-legos», «Mindello e o desembarque de D. Pedro em 1832», Berlengas, Lisboa, Teatro de S. Carlos, Duque da Terceira, «Seges, Ruas, e Cães» de Lisboa, Coimbra, Queluz, Aqueduto de Alcântara, «Quintas nos arredores de Lisboa», Palácio das Necessidades, «Procissões, e ingerencia do Clero na Politica», Corridas de touros, Arrábida, Palmela, Setúbal, Belém, Ajuda, Castelo de Palmela, Setúbal e Troia, «Calhariz e Azeitão», Palácio da Pena, Cintra, Seteais, Mafra, Figueira, Mondego, Aveiro, Ovar, Bra-ga e Guimarães, Bussaco, Mosteiros de Alcobaça e da Batalha, etc.Encadernação da época com lombada de pele.

726 — LICHNOWSKY (Príncipe).- PORTUGAL. Recordações do Anno de 1842. Traduzido do allemão. Segunda edição, correcta e annotada. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1845. In-8.º gr. de VI-220-II págs. E.Segundo Castelo Branco Chaves “A obra do príncipe de Lichnowsky despertou grande interesse em Portugal. Num período de acesa luta política, ela oferecia aos portugueses os juízos de um estrangeiro distinto sobre os seus homens de governo, as paixões políticas que os agitavam e dividiam, o estado do país e o caracter da nação”. [Texto extraído do prefácio à terceira edição, publicado pelas Edições Ática].Encadernação da época com a lombada e cantos de pele.

727 — LIMA (Batista de).- ALCUNHAS DE GENTE D’ALGO. 1949. Póvoa de Varzim. In-8.º de 77-III págs. B.Na capa da brochura tem mais os seguintes dizeres: (Do “Livro Velho das Linhagens”). Curiosas anotações - Comentários e críticas em prol da Fidalguia Portuguesa - Carta de D. João de Castro. Tiragem muito limitada.

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728 — LIMA (J. A. de Magalhães).- EXAMEN RAPIDE DE L’ACTE FAIT PAR LES PRÉ-TENDUS ETATS DU ROYAUME DE PORTUGAL ASSEMBLÉS A LISBONNE LE 23 JUIN 1828. — Par Jm. A. de Magalhaens, Docteur en Droit, Député aux Cortès de 1826 et 1827, Secretaire de La Junta Governativa du Porto au Département des Affaires Étrangers, &c. — Londres: Imprimé par R. Greenlaw, 36, Holborn. 1828. In-8.º de 53-I págs. E.Natural de Lamego, o autor foi “Doutor em Leis pela Universidade de Coimbra, e Oppositor ás cadei-ras da mesma faculdade; Deputado ás Côrtes em 1826, e depois em varias legislaturas, posteriormente á restauração de 1834; Ministro plenipotenciário á côrte do Rio de Janeiro; Ministro e Secretário d’Estado honorário.” [Innocêncio, «Diccionário Bibliográfico Portuguez»].No mesmo ano e na mesma tipografia, foi impressa a versão original, em lingua portuguesa. A edição em francês, segundo Pereira Caldas, é “mais ampliada em alguns logares, e mais restringida n’outros.”Encadernação modesta, da época.

729 — LIMA (J. M. Pereira de).- IBEROS E BASCOS. Livraria Aillaud. Paris-Lisboa. 1902. In-8.º gr. de 332 págs. B.Invulgar publicação, impressa em papel couché, profusamente ilustrada com reproduções de mapas, monumentos, inscrições, moedas, objectos prehistóricos, etc.Do índice destacamos os seguintes capítulos: A existencia dos primévos Iberos, perante a lingua, vocabulario e toponymia dos Euskarianos; A lingua basca e suas affinidades turanianas, e especialmente da iberica; Religião dos Iberos; Crenças religiosas dos Turanianos, e sua transmissão e transformação atravez dos Iberos e Bascos; O culto ancestral iberico reflectindo-se nos modernos Bascos; A «Pas-toral» e a arte theatral dos Bascos; A dança e a musica popular euskarianas; O flok-lore iberico, e as tradições, lendas, contos, proverbios e superstições dos Bascos, etc.Desconjuntado.

730 — LIMA (José de).- CORRESPONDÊNCIA EPISTOLAR SOBRE A IDA DE D. ANA PLÁCIDO PARA O RECOLHIMENTO DE SÃO CRISTOVÃO EM LISBOA. Publicação e notas de... Editorial Domingos Barreira. Porto. [S.d.] In-8.º de 63-I págs. E.Cartas de Ana Plácido, Francisco de Paula da Silva Pereira, Manuel Pinheiro Alves e Carlos Augusto da Silva Campos. Retratos de António Bernardo Ferreira e de José Pereira dos Reis, além de um de Ana Plácido desenhado por Agostinho Salgado.Sóbria encadernação com a lombada e cantos em pele, mantendo conservadas as capas da brochura. Só muito ligeiramente aparado à cabeça e com as restantes margens intocadas. Na folha de guarda vem manuscrita a seguinte nota: “unico exemplar c/ estas margens”.

731 — LIMA (José de).- MENDANHAS DO CAMPO DE COIMBRA. Notas genealógicas sôbre alguns ramos de esta família. Montemor-o-Velho. [«Atlântida» - Coimbra] 1942. In-4.º de 111-IX págs. E.Edição muito cuidada, de tiragem total limitada a 260 exemplares impressos sobre papel de escolhida qualidade, todos rubricados pelo autor. Com ilustrações impressas à parte, fotografias do autor e de A. Cerqueira.EXEMPLAR DO AUTOR, DA TIRAGEM ESPECIAL LIMITADA A 10 EXEMPLARES IMPRES-SOS SOBRE PAPEL MESENA.Encadernação com larga lombada e cantos de pele decorada a ouro.

732 — LIMA (Frei José de).- ORAÇÃO GRATULATORIA, RECITADA NA SOLEMNE ACÇÃO DE GRAÇAS, QUE PELA GLORIOSA ACCLAMAÇÃO DE SUA MAGESTADE FIDELIS-SIMA O Sr. D. MIGUEL PRIMEIRO, FIZERÃO CELEBRAR OS LEAES REALISTAS DA CIDADE DO PORTO, Na Igreja dos Religiosos Gracianos da mesma Cidade no dia 23 de No-vembro de 1828. (...) Porto: 1828. Typ. à Praça de St.ª Thereza. In-8.º de 28 págs. B.Interessante folheto com interesse para a história da aclamação de D. Miguel rei absoluto.Capa em bonito papel policromado, da época.

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733 — LIMA (José de).- PERO DA COVILHÃ E A SUA DESCENDÊNCIA. Porto. 1954. [Tipografia Porto Médico, Lda.]. In-4.º de XXI-I-293-I págs. E.Valioso e muito estimado trabalho de investigação histórico-genealógica, assente sobre a transcrição integral de numerosos documentos antigos. O notável prefácio de Eugénio da Cunha e Freitas ocupa as págs. IX a XXI. Com estampas em folhas à parte.Bela encadernação inteira de pele gravada a ouro fino na lombada, pastas, topos e seixas, tendo ainda o corte superior das folhas também gravado e dourado. As restantes margens estão por aparar. Conserva as capas da brochura.

734 — LIMA (Fr. José de).- SERMÃO PELO FELIZ REGRESSO À PATRIA DE S. A. R. O SR. D. MIGUEL, Offerecido Ao mesmo Senhor pelo Illm.º Senado da Cidade do Porto, e Pré-gado na Cathedral da mesma Cidade no dia 28 de Fevereiro de 1828. Por... Porto: 1828. Na Typ. á Praça de S. Thereza. In-8.º de 39-I págs. Desenc.Importante sermão pregado no Porto dois dias após o juramento de fidelidade à Carta Constitucional e a D. Pedro, por D. Miguel.

735 — [LIMA (José Joaquim Lopes de)].- A VERDADE ZOMBA DA CALUMNIA. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1849. In-8.º gr. de 44 págs. BInocêncio: “Sem o seu nome. É uma apologia do sr. conde de Thomar, deffendendo-o das accusações que contra elle publicavam n’aquelle tempo as folhas opposicionistas.”Com falta parcial da capa da brochura posterior.

736 — LIMA (Luís António de Abreu e).- CORRESPONDENCIA OFFICIAL DE LUIZ AN-TONIO DE ABREU E LIMA, actualmente Conde da Carreira, com o Duque de Palmella. Re-gencia da Terceira e Governo do Porto de 1828 a 1835. Lisboa. Imprensa Nacional. 1871. In-4.º de XV-I-807-I págs. B.Segundo palavras da Condessa da Carreira, “o Governo entendeu que podia e devia apropriar-se de toda a edição e guardou-a, julgando destrui-la por este modo”.De grande importância para a história política da época. Primeira edição, muito invulgar.Com defeitos na lombada da capa da brochura.

737 — [LIMA (Luis António de Abreu e)].- LETTERS // ADDRESSED // TO THE // EDI-TOR OF THE TIMES. LONDON: // PRINTED BY E. & S. BINGHAM, SOUTH STREET, // BERKELEY SQUARE. // — // 1829. In-8.º de II-18-8 págs. Desenc.Raríssimo opúsculo onde se reproduzem duas cartas dirigidas ao prestigiado e centenário jornal britâ-nico. A primeira, datada de London, June, 1829 está assinada J. E. Lusitanus, não estando a segunda datada ou assinada. A primeira refere-se a um artigo publicado pelo jornal que na opinião do autor “may be highly prejudicial to the just cause of her most faithful majesty, Donna Maria II (...)”; Na segunda carta o autor considera “The Portuguese cause is an unfortunate one. There appears to be a fatal combination of circunstances impelling every Government in Europe to contribute either directly or indirectly, by their acts, towards the maintenance of the present atrocious government de facto of Portugal (...)”. Com interesse para a história do Miguelismo e do Liberalismo em Portugal.Publicado sob anonimato, Ernesto do Canto no Ensaio Bibliográfico regista esta publicação em nome de Luiz António de Abreu e Lima.

738 — LIMA (Luis de Torres de) & MONTEIRO (Manuel Antonio).- AVISOS // DO CEO, // SUCCESSOS DE PORTUGAL, // Com as mais notaveis cousas que aconteceraõ desde a per- // da d’El-Rey D. Sebastiaõ até o anno de 1627. // com outras cousas tocantes ao bom gover- // no, e diversidade de Estados. // Escritas // Por LUIZ DE TORRES DE LIMA, // E agora no-

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vamente correctos, emmen- // dados, e offerecidos // AO ILLUSTRISSIMO, E EXCELLENT. SENHOR // D. NUNO CAETANO // ALVARES PEREIRA DE MELLO. // Dignissimo Duque do Cadaval, Marquez de Ferreira, Con- // de de Tentugal, &c. // POR // MANOEL ANTONIO MONTEIRO // DE CAMPOS. // ... // ANNO M.DCC.LXI. // —— // Na Offic. de Manoel Antonio Monteiro. // Com todas as licenças necessarias. 2 vols. In-8.º peq. de XVI-280 e XVI-164 [aliás 364] págs. E.“Edição apreciada e, actualmente, já dificil de aparecer no mercado.”José dos Santos no importante catálogo da Biblioteca dos Condes de Azevedo e de Samodães faz minuciosa descrição desta edição, assim como da segunda, impressa em 1722.Conforme a raríssima edição princeps, publicada em 1630, também a segunda foi impressa com o mesmo título: «COMPENDIO DAS MAIS NOTAVEIS COUSAS QUE NO REYNO DE PORTU-GAL ACONTECERAM... », de que apenas se imprimiu a primeira parte. Apenas em 1761 se concluiu a publicação da Obra com a impressão da segunda e última parte.A propósito da edição de 1722, considerou o mesmo bibliófilo: “Obra interessantíssima a vários res-peitos, e muito valiosa para a história dos sucessos politicos e militares ocorridos em Portugal e em algumas das suas possessões ultramarinas durante o periodo que vai desde a morte de D. Sebastão (1578) até parte do reinado de Felipe III (1627).”Encadernações da época em carneira.

739 — LISBOA (José da Silva).- MEMORIA DA VIDA PUBLICA DO LORD WELLING-TON, Principe de Waterloo, Duque da Victoria, Duque de Wellington, Duque de Ciudad Rodrigo, Marechal General dos Exercitos de Portugal contra a Invasão Franceza, Feld-Marechal dos Exercitos de S. M. B., Grão Cruz da Ordem da Torre e Espada, &c. &c. &c. por... Rio de Janeiro. Na Impressão Regia. M. DCCC. XV. 2 vols. In-4.º peq. de VIII-XVI-404-II págs. e 95-I-234-III págs. B.Publicação muito invulgar, com interesse para a história das Guerras Peninsulares.É bastante extenso o registo feito por Innocêncio no Dicionário Bibliográfico, onde para além das muitas notícias, remete o leitor para outros úteis trabalhos bio-bibliográficos sobre Silva Lisboa, natural da Bahia e conselheiro do Principe Regente D. João, desde que a côrte portuguesa se refugiou no Brasil em consequência das invasões francesas.Edição muito cuidada, assente sobre papel de linho muito alvo e ilustrada com um retrato de Lord Wellington, datado de Rio de Janr.º 1815, aberto em chapa de cobre.O segundo volume finaliza com um Appendice de 234 págs., com frontispício independente que pas-samos a descrever: «APPENDICE À MEMORIA DA VIDA DO LORD WELLINGTON. Contendo Documentos, e Observações sobre a Guerra Peninsular, Invasão da França, Paz da Europa por... Rio de Janeiro. Na Impressão Regia. 1815.»Brochuras em papel de fantasia, antigo, (ver gravura na pág. 223)

740 — O LIVRO AZUL ou Correspodencia relativa aos negocios de Portugal apresentada em ambas as Camaras Inglezas. Traduzido do Inglez. Lisboa: Typ. de Borges. 1847. In-8º de 368-79-I págs. E. Documento de grande interesse para a história da diplomacia portuguesa durante a Guerra da Patuleia. Muito invulgar, especialmente quando acompanhado do «Additamento ao Livro Azul», constituído pelas 79 páginas finais.Encadernação da época.

741 — LIVRO DE LINHAGENS DO SÉCULO XVI. Introdução pelo Académico Correspon-dente António Machado de Faria. Lisboa. MCMLVI. In-4.º de XXVIII-368-IV págs. B.Diz Machado de Faria na extensa e erudita «Introdução» que o manuscrito aqui fielmente transcrito “é um nobiliário da Corte, porquanto só trata de famílias que nela andavam ou lhe estavam mais

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ligadas. Isto prova que o autor [que se desconhece] não era da província, nem aí vivia, pois se alguma destas circunstâncias existisse ele não deixaria, pelo menos, de se ocupar das famílias nobres da sua 739membros exercitavam”.Boa edição da Academia Portuguesa da História, ilustrada com quatro estampas em separado.COM DEDICATÓRIA DO AUTOR A JOSÉ DE LIMA.

742 — LIVRO D’OURO DA PRIMEIRA VIAGEM DE S. M. EL-REI D. MANUEL II AO NORTE DE PORTUGAL EM 1908. Editor Carlos Pereira Cardoso. Faz do Douro. Typ. Occi-dental - Porto. In-fólio de 194-II págs. E.Relato circunstanciado de festiva visita de D. Manuel ao norte de Portugal, com centenas de foto-grafias de Carlos Pereira Cardoso e texto de Joaquim Leitão (Porto, Braga, Viana, Coimbra, Leça da Palmeira, Santo Tirso, Vila da Feira, V. N. de Gaia, Aveiro e Guimarães), Marques Gomes (Aveiro) e António de Azevedo (Barcelos). Edição luxuosa, inteiramente impressa em papel couché.Encadernação original com ferros dourados na pasta da frente.

743 — LIVRO DO ARMEIRO MOR, Organizado e iluminado por João Du Cros e Precedido de um Estudo de António Machado de Faria. Lisboa. MCMLVI. [Litografia Nacional. Porto]. In-4.º gr. de 291-V págs. E.Sumptuosa reprodução do Livro Grande, mais geralmente conhecido por Livro do Armeiro-Mor, pre-cioso e belíssimo códice iluminado do século XVI existente em Portugal. As admiráveis reproduções, a cores e metais, obedecem rigorosamente ao original.Reduzida tiragem de 500 exemplares logo esgotados e hoje muito valorizados.Encadernação original em imitação de pergaminho. (ver gravura na pág. 225)

744 — LIVRO VELHO // DAS // LINHAGENS // DE PORTUGAL, // Escrito no Decimo Terceiro Seculo, // POR AUTHOR QUE SE IGNORA, // E publicado por D. ANTONIO CAE-TANO // DE SOUSA, // Clerigo Regular, No anno de M. DCC. XXXVII. // [gravura] // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina de JOSEPH ANTONIO DA SYLVA, // Impressor da Academia Real. // —— // M. DCC.XXXVII. In-fólio de VI-76-LII págs. E.“Damos à luz o Nobiliario mais antigo. que se escreveo em toda Hespanha, a que deraõ o titulo do Livro Velho das Linhagens de Portugal, por differença do do Conde de Barcellos D. Pedro, e taõ raro, que naõ se vulgarizou nas Copias, por serem taõ poucas as que delle vimos.”Edição muito invulgar, impressa sobre encorpado papel de linho.Com falta do canto superior direito do frontispício, rasgão que apesar da sua dimensão não atinge a mancha tipográfica. Frontispício restaurado. Com picos de traça junto à lombada que só pontual-mente ofende o texto.Encadernação da época mal cuidada.

745 — LIVROS DE LINHAGENS. Livro Velho 1 [2 e 3; Índice Onomástico 1 e 2]. Lisboa. 1960-1965. 5 vols. In-8.º gr. B.Edição primorosa, promovida pelo «Gabinete de Estudos Heráldicos e Genealógicos» e sob a direcção de Luís Bandeira, Visconde de Vila Nova de Gaia.Os dois primeiros Livros já haviam sido publicados em 1937, tendo sido os três integrados nos «Por-tugaliæ Monumenta Historica» de Alexandre Herculano. São inteiramente inéditos os Índices aqui publicados.Edição limitada a 500 exemplares, tendo sido muito mais reduzida a tiragem dos Índices, pelo que são raros os exemplares completos desta importante obra, de apreciável importância histórica e genealógica.O Livro Velho 3 inclui “uma narrativa bem circunstanciada da batalha do Salado, a única descrição que se conhece em português”.

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746 — LOBO (A. de Sousa Silva Costa).- PORTUGAL E MIGUEL ANGELO BUONARROTI. Interpretação de um grupo do Juizo Final na Capella Sixtina. Lisboa. Typographia Lallemant. 1906. In-8.º gr. de 112 págs. B.Estudo ilustrado com uma estampa impressa em separado. Invulgar.Com dedicatória do autor a Wenceslau de Lima.

747 — LOBO (F. M. da Costa).- O CONSELHEIRO JOSÉ LUCIANO DE CASTRO E O SEGUNDO PERÍODO CONSTITUCIONAL MONÁRQUICO. Coimbra. 1941. In-8.º gr. de 267-III págs. B.Importante obra de análise política e de documentação histórica, onde são evocadas as figuras de Saldanha, Loulé, Hintze Ribeiro, Fontes Pereira de Melo, João Franco, Braamcamp Freire. Invulgar separata da revista «O Instituto».Capa da brochura imperfeita.

748 — LOBO (Francisco Alexandre).- DISCURSO HISTORICO E CRITICO ÁCERCA DO PADRE ANTONIO VIEIRA E DAS SUAS OBRAS, por D... Bispo de Viseu. Coimbra. Impren-sa da Universidade. 1897. In-4.º peq. de 133-I págs. E.Magnífica edição em excelente e muito encorpado papel de linho, edição de que se fez reduzida tiragem. Primeira edição.Encadernação modesta com a lombada de pele.

749 — LOBO (Francisco Rodrigues).- AS EGLOGAS DE // FRANCISCO // RODRIGUES LOBO. // Impresso có licença em Lx.ª por pedro // Crasbeeck có previlegio a.º 1605 // P. P. fe: In-8.º gr. de II ff. prels. inums. e 114 nums pela frente. E.Frontispício inteiramente gravado a buril em chapa de cobre, ilustrado com uma bela gravura alegórica de fino traço que ocupa parte significativa do frontispício: ao centro, dentro de uma cercadura elíptica, um bando de pássaros que seguem uma coruja, voando sobre as montanhas. Ao alto os seguintes dizeres — Volauit in lucem. Por baixo da cercadura os dizeres com o registo tipográfico e a sigla do gravador. Tudo ladeado por duas árvores com a figura de um pastor de cada um dos lados, apoiados no seu cajado.Acerca desta edição pode lêr-se no Catalogo da Biblioteca de Fernando Palha que se trata de “LIVRE RARE et le plus difficile à trouver de toutes les poésies de cet auteur.” A raridade desta edição con-firma-se também no Catálogo da Livraria Azevedo-Samodães, onde a sua omissão é esclarecedora, porquanto o respectivo catálogo descreve muitas das raríssimas edições primevas de Rodrigues Lobo. Também no Catálogo da Biblioteca de Monteverde da Cunha Lobo a edição está omissa.Conforme se pode lêr na «Introdução» que fez José Pereira Tavares para a edição das Eglogas, im-pressas em 1928 pela Imprensa da Universidade de Coimbra: “O Dr. Ricardo Jorge diz conhecer ou ter notícia dos exemplares da Livraria Palha, da Biblioteca da Universidade de Coimbra, da Biblioteca Nacional de Madrid e do Museu Britânico. — Além dêstes, existe um exemplar na Biblioteca do Liceu de Rodrigues de Freitas (Pôrto), mas bastante mutilado. (...)“a edição princeps é muito rara, a ponto de não existir, sequer um exemplar, na Biblioteca Nacional (...)”. (ver gravura na pág. 227)

750 — LOBO (Rodrigo José Ferreira).- MEMORIA DOS ACONTECIMENTOS MAIS NO-TAVEIS Pertencentes aos Dois Concelhos de Guerra, feitos ao Chefe de Divisaõ Rodrigo José Ferreira Lobo, Commandante da Esquadra no Estreito de Gibraltar, pelo ENCONTRO DOS ARGELINOS No Dia 4 de Maio de 1810. DEFEZA DO CHEFE E DECISAÕ DA CAUZA. [Coroa Real]. Londres: Impresso por T. C. Hansard, Na Officina do Investigador Portuguez, Peterborough-court, Fleet-street. Dezembro, 1815. In-8.º de XXI-III-104 págs. E.Obra bastante rara, publicada em Londres e com interesse para a história da marinha e da defesa dos interesses de Portugal nas rotas atlânticas.

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Innocêncio regista esta Obra dizendo que “Com respeito aos sucessos de 4 de Maio de 1810 no estreito [de Gibraltar], ao modo como n’elles se houve o chefe Lobo, e ao procedimento que com elle se teve, publicaram-se varios opusculos escriptos em sentido mui diverso, explicando cada um a seu modo o desaire porque passou n’aquella occasião a marinha portugueza.” Para além da «Introdução» que ocupa as páginas preliminares, a restante edição é composta exclusi-vamente de «Documentos».Encadernação contemporânea em inteira de pele.

751 — LOIR (Maurice).- GLOIRES ET SOUVENIRS MARITIMES, dáprès les Mémoires ou les Récits de Baudin, de Bonaparte, de l’Amiral P. Bouvet, du Vice-amiral Courbet, d’Alphonse Daudet, de Decrès, du Contre-amiral Dupont, du Vice-amial Garnault, de L. Garneray, de l’Amiral de Grasses, du baron de Haussez, du baron de Hübner, de l’Amiral Humann, du Prince de Joinville, du Vice-amiral Jurien de la Gravière, de Joseph Kerviler, du Vice-amiral Krantz, de La Pérouse, de Las Cases, de Linois, de Pierre Loti, de Moreau de Jonnès, de François de Neufchâteau, du Contre-amiral Pallu de la Barrière, de l’Amiral du Petit-Thouars, du Com-mandant Henri Rivière, du Vice-amiral de la Roncière Le Noury, de l’Amiral des Rotours, de Camille Rousset, du Baron Roussin, du Comte de Ségur, de Suffren, de l’Amiral de Villeneuve, etc. Paris. Administration de L’Univers Illustré. In-4.º de VIII-319-V págs. E.Edição monumental ilustrada “De vingt-quatre Planches hors texte, tirées en Couleurs, d’En-têtes et de Culs-de-lampe gravés par MM. Rougeron et Vignerot, et Ducourtioux et Huillard, d’aprés les aqua-relles de M. Alfred Paris — Les quatres frontispices ont été exécutés par MM. Rougeron et Vignerot, d’aprés les compositions et les aquarelles de M. A. Giraldon”.Bela encadernação editorial alegoricamente ilustrada a negro e cor, na lombada e pastas. Com pequenos defeitos.

752 — LOPES (Eduardo).- GENEALOGIA DUMA ESCOLA. Origens e tradições da Academia Politécnica, actual Faculdade de Sciências da Universidade do Porto. (1762-1911). Coimbra. Imprensa da Universidade. 1915. In-8º gr. de 112 págs. B.Monografia de assinalável importância para a história do ensino superior na cidade do Porto, publicada em separata do «Anuário da Faculdade de Sciências».Expressiva dedicatória do autor ao Conselheiro Wenceslau de Lima, Professor ilustre que honrou a cátedra da antiga Academia Politecnica.

753 — LOPES (João Batista da Silva).- ISTORIA DO CATIVEIRO DOS PREZOS D’ESTADO NA TORRE DE S. JULIÃO DA BARRA DE LISBOA durante a dezastroza epoca da uzurpasão do Legitimo Governo Constitucional deste Reino de Portugal. Por... Um dos martires da referida Torre. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1833-1834. 4 vols. In-8.º peq. B.O autor, algarvio nascido em Lagos, tem nesta sua obra um documento que muito interessa à história dos acontecimentos da época, apresentando o primeiro volume uma relação dos 618 “Prezos d’Estado que estiverão na Torre de S. Julião da Barra durante a uzurpação”, lista que foi “estraída do Caderno dos asen-tos que avia na Torre, melhorada com as declarasões dos prezos”. O primeiro volume inclui plantas das prisões e subterrâneo de Revelim e, no fim, uma curiosa relação do “calão, ou algaravia dos malandros”.

754 — LOPES (Joaquim José Pedro).- AS IDÉAS LIBERAES, ULTIMO REFUGIO DOS INI-MIGOS DA RELIGIÃO E DO THRONO. Obra traduzida da Lingua Italiana, da segunda edição feita em Florença em 1817, e destinada á instrucção da Mocidade Portugueza, por... Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1819. In-8.º de 301-I págs. E.Conforme registo de Innocêncio, o autor travou estreita amizade com o P. Agostinho de Macedo tomando-o por mestre e guia. “Conseguindo ser em 1813 incumbido da redacção da Gazeta de Lis-boa, os proventos d’este cargo, e os que adquirira por outras publicações lhe facilitaram os meios,

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não só para subsistir commodamente e sua familia, mas para empregar o excedente na compra de livros; e começou a formar uma livraria, que tornada cada vez mais copiosa pelo tempo adiante, constava a final de alguns milhares de volumes (...) A sua mui pronunciada adherencia ás doutrinas monarchico-absolutas, que advogava já por convicção propria, já pela necessidade de desempenhar o encargo de redactor do periodico official, foram causa de que soffresse por vezes alguns contratempos nas vicissitudes politicas do reino de 1820 em diante (...)”Encadernação imperfeita, da época e em carneira.

755 — [LOPES (Joaquim José].- OS PRECURSORES DO ANTI-CHRISTO; Historia Profetica Dos mais famosos Impios que tem havido desde o estabelecimento da Igreja até aos nossos dias; OU A REVOLUÇÃO FRANCEZA PROFETIZADA POR S. JOÃO EVANGELISTA; Com huma Dissertação sobre a vinda e futuro reinado do Anti-Christo. Traduzida da sexta edição do original Francez. Por **** Lisboa: Na Impressão Regia. 1818. In-8.º peq. de VIII-380 págs. E.Primeira edição portuguesa, não registada por Inocêncio que apenas faz menção da segunda, publicada pela Imprensa Régia em 1825; A. A. Gonçalves Rodrigues na sua utilíssima obra «A Tradução em Portugal», 1ºvol. p. 327, revela que o seu autor é o Abade Jean Wendel-Wurtz. Rara.Encadernação modesta, da época.

756 — [LOPES (Joaquim José Pedro)].- RELAÇÃO DOS FACTOS PRATICADOS PELA COMMISSÃO DOS COMMERCIANTES DE VINHOS EM LONDRES, Correspondentes da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, no Porto: Em consequencia da Petição appresentada á Camara dos Communs em 12 de Julho de 1812, por certas pessoas, que se intitulão Membros da Extincta Feitoria. Offerecida aos Senhores Neiva, e Sá, Agentes da Companhia em Londres. Com hum Appendix, que contém Documentos, Explicações, e Illustrações. Trasladada do original inglez por J. J. P. L. Lisboa, Na Impressão Regia. 1813. In-8.º gr. de 171-I págs. B.Livro publicado apenas com as iniciais do tradutor, importante para a história das relações comerciais entre os produtores de vinhos do Porto e os ingleses, intervenientes desde a mais longa data na produ-ção e comercialização vinícola portuguesa. Invulgar. (ver gravura na pág. 230)

757 — LOPES (José da Cruz) & VIANA (Rui Alberto).- TRADIÇÕES MARÍTIMAS DE ANHA. Tecnologia da apanha do sargaço. Viana do Castelo. 1987. In-4.º de 20 págs. B.Curioso estudo desta antiquíssima actividade das gentes do campo e do mar da região do norte de Por-tugal, ilustrado com desenhos e fotogravuras. Separata do «Boletim das Festas de Vila Nova de Anha».

758 — LOPES (José Joaquim Pedro).- VERDADEIROS INTERESSES DAS POTENCIAS DA EUROPA E DO IMPERIO DO BRAZIL RELATIVAMENTE AOS ACTUAIS NEGOCIOS DE PORTUGAL. Por hum amigo da Verdade e da Paz. Opusculo traduzido do francez por J. J. P. L. Lisboa. Na Impressão Regia. 1829. In-8.º de 42 págs. B.“Tem-se escrito muito sobre os direitos de D. Miguel á Corôa de Portugal, sobre os de D. Pedro, e da Princeza D. Maria da Gloria, sua Filha; mas tem-se dito muito pouco sobre os verdadeiros interesses da Europa em geral, e do Imperador D. Pedro em particular, relativamente aos negocios deste desgra-çado Reino, e he isto o que fará o principal objecto deste pequeno ensaio”. Sobre o tradutor é bastante desenvolvida a entrada feita no «Dicionário - Portugal» de Esteves Pereira, vol IV, pág. 494.

759 — LOUIS XVI.- CORRESPONDANCE POLITIQUE ET CONFIDENTIELLE, INÉDITE DE LOUIS XVI, Avec Frères et plusieurs personnes cèlèbres, pendant les dernières années de son règne, et jusqu’à sa mort; Avec des observations par Hélene-Maria Williams. A Londres, A la Librairie Française. 1803. 2 vols. In-8.º de 167-I e 198-II págs. E.

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Louis XVI de Bourbon, Rei de França entre 1774 e 1791, esposo de Maria Antonieta da Áustria foi executado em Paris em 1793, acontecimento de grande significado na História da Revolução Francesa.Edição ilustrada com um retrato de Louis XVI.Encadernação da época, mal cuidada. Com notas e riscos a lápis na folha de anterrosto e nas duas últimas.

760 — LOUREIRO (Adolfo).- RELAÇÃO DAS ESPECIES BIBLIOGRAPHICAS E ICO-NOGRAPHICAS RELATIVAS Á REVOLUÇÃO FRANCEZA E IMPERIO (1789-1815) indicando as que podem ser admittidas nas Exposições biblio-historico-iconographicas que devem celebrar-se na Bibliotheca Nacional de Lisboa e no Musu de Artilharia para Commemo-ração Centenaria da Guerra Peninsular. Lisboa. Imprensa Nacional. 1909. In-4.º de 266 págs. B.O presente trabalho, registando mais de cinco mil espécies portuguesas e estrangeiras, para além dos objectivos referidos no frontispício acima transcrito, pretende facultar “aos estudiosos o conhecimento das fontes, a que poderão recorrer, a fim de adquirirem elementos para bem apreciar a crise que o paiz atravessou nessa calamitosa epoca, os sacrificios e provações a que teve de sujeitar-se, e os actos de valor e perseverança que praticou, para reconquistar a sua independencia. E d’ahi resultará, talvez, que um novo livro venha enriquecer a nossa literatura historica, com a descrição exacta e completa d’essa guerra, revelando factos ainda desconhecidos, esclarecendo outros obscuros, e celebrando os fastos das glorias d’essa epoca , que não desdozem da gloriosa epoca das nossas descobertas e conquistas.”Com dedicatória do autor. Desconjuntado.

761 — [LOUREIRO (João Bernardo da Rocha)].- APOSTILLAS Á ENORMISSIMA SENTENÇA CONDEMNATORIA QUE SOBRE O SUPPOSTO CRIME DE REBELLIÃO, SEDIÇÃO E MOTIM foi proferida em Lisboa aos 26 de Fevereiro de 1829, e ahi executada no dia 6 de Março seguinte. Londres. Impresso na Officina de L. Thompson. [1829?]. In-8.º gr. de 73-I págs. E.Folheto publicado sob anonimato e cremos que muito raro. Inocêncio dedica largo espaço a este des-tacado jornalista e político que, pelas alterações políticas que ao tempo se verificaram em Portugal, por várias vezes esteve exilado em Inglaterra e em Espanha. “José Agostinho de Macedo, que fôra até á morte seu inimigo irreconciliavel, fez d’elle o protagonista do poema heroi-comico Os Burros.” Antecedendo a publicação da bibliografia de João Bernardo, Inocêncio declara “que me parece virá a ser no futuro melhor apreciado do que actualmente o é.”Modestamente encadernado.

762 — LOUREIRO (João Bernardo da Rocha) & MONIZ (Nuno Alvares Pereira Pato).- RE-FUTAÇÃO ANALYTICA DO FOLHETO QUE ESCREVEO O REVERENDO PADRE JOSÉ AGOSTINHO DE MAÇEDO, E INTITULOU OS SEBASTIANISTAS: Pelos redactores do Correio da Pininsula. Autores (...) Lisboa. M. DCC. X. In-8.º peq. de 62-II págs. B.Raríssimo e muito interessante opusculo, publicado durante à acirrada polémica provocada pela publi-cação do livro de Agostinho de Macedo «Os Sebastianistas», em 1810, data que nos leva a deduzir que foi por erro tipográfico aposto no frontispício da Refutação Analytica a data de 1710.Inocêncio dedica largo espaço a Rocha Loureiro, destacado jornalista e político, que por várias vezes esteve exilado em Inglaterra e em Espanha. “José Agostinho de Macedo, que fôra até á morte seu inimigo irreconciliavel, fez d’elle o protagonista do poema heroi-comico Os Burros.” Nuno Álvares Pereira Pato Moniz, foi também inimigo ideológico e literário do Padre José Agostinho de Macedo e autor do Poema heroi-cómico, «AGOSTINHEIDA», onde satiriza a vida do frade, as suas aventuras com freiras e o seu reaccionarismo político.

763 — LOUREIRO (José Jorge).- BREVE NOTICIA DA EXPEDIÇÃO DO MARECHAL DO EXERCITO DUQUE DA TERCEIRA SOBRE O REINO DO ALGARVE EM 1833. Lisboa Imprensa Nacional. 1851. In-4.º de XII-IV págs. B.Cuidada edição, impressa sobre papel de escolhida qualidade, segundo Innocêncio: “que não se expoz á venda, sendo os exemplares, (que se tiraram segundo creio em pequeno numero) dados pelo proprio general, ou pelo Duque da Terceira, a quem alguns pretendem attribuir aquella composição.”

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764 — LOUREIRO (José Pinto).- CONCELHO DE NELAS. (Subsídios para a História da Beira). Nova edição revista e ampliada. Câmara Municipal de Nelas. 1957. In-4.º de VIII-364 págs. B.“O estudo, cujos resultados pretendo esboçar, visa o espaço apertado, a norte e a sul, respectivamente entre os rios Dão e Mondego, e limitado a nascente pelo antigo concelho de Azurara da Beira, que se cha-ma agora Mangualde, e a poente pelo antigo concelho de Oliveira do Conde, modernamente do Carregal do Sal; espaço que, formando outrora a denominada terra de Senhorim, a certa altura se fraccionou em concelhos, só no meado do século XIX tendo recuperado a unidade administrativa, para formar o actual município de Nelas”. Edição preferível à anterior, ilustrada com várias gravuras nas páginas do texto.

765 — LOUREIRO (Urbano).- QUESTÃO DE PALHEIRO. Coimbrões e Lisboetas. Verso. Porto: Na Typ. de Manoel José Pereira. 1866. In-8.º de 16 págs. B.Opúsculo em verso, com interessantes letras capitais-caricatura abertas em madeira e estampadas nas páginas do texto. Da polémica «Bom-Senso e Bom-Gosto».

766 — LOUSADA (António Coelho).- A RUA ESCURA. Tradição portuense. 2ª edição. Porto: Em Casa de Cruz Coutinho - Editor. 1857. In-8.º de 257-I págs. B.Um dos estimados romances da bibliografia portuense, cuja acção decorre entre 1628 e 1629. Segunda edição, invulgar.Brochura feita com o aproveitamento de outra que não a original.

767 — LOWE (Hudson).- LE CONTRE-MÉMORIAL DE SAINTE-HÉLÈNE. Préface, adaptation et notes de Maurice Bessy et Lo Duca. Fasquelle Éditeurs. Paris [1949]. In-8.º de 278-II págs. B. Profusamente ilustrado em folhas impressas à parte.

768 — [LUIS DE BRAGANÇA (Dom) (Trad.)] — SHAKESPEARE (William).- HAMLET. Drama em Cinco Actos. Traducção Portugueza. Lisboa. Imprensa Nacional. 1877. In-4.º de II-149-I págs. E.Tradução portuguesa de D. Luis de Bragança, publicada sem o nome do tradutor.Encadernação inteira de pele com as Armas de Portugal fundidas nas pastas.

769 — LUNA (João Pedro Soares).- MEMORIAS PARA SERVIREM A HISTORIA DOS FAC-TOS DE PATRIOTISMO E VALOR PRATICADOS PELO DISTINCTO E BRAVO CORPO ACADEMICO QUE FEZ PARTE DO EXERCITO LIBERTADOR. Lisboa: 1837. Na Typogra-phia Lisbonense. In-8.º de VI-385-I págs. E.Com esta Obra pretendeu o autor revelar com detalhe as lutas que contribuíram para a defesa da Ilha Terceira e do Governo Constitucional enquanto Comandante do Batalhão Académico, pequeno corpo de voluntários constituído por estudantes de Coimbra, entre os quais esteve José Estêvão, J. Pinheiro Chagas ou Almeida Garrett, que dedicou no livro «O Arco de Sanct’Anna», afectuosa dedicatória ao seu “comandante que sempre nos tractou tam bem, e foi, e é, e hade ser um honrado soldado da Liberdade”.Em folha desdobrável a edição apresenta o «Mappa da Força embarcada no Transporte N.º 50 da Nação Ingleza, denominado = Escuna Concordia».Encadernação da época com lombada de pele.

770 — M. (J. A.).- O SEBASTIANISTA FURIOSO CONTRA O LIVRO INTITULADO OS SEBASTIANISTAS: Por J. A. M. Dado á luz Por hum remendão Litterario, que ouvio, e apartou a bulha Sebastica. Lisboa, Na Impressão Regia. 1810. [no final: Seu A. Manoel Antonio da Fonseca. Como Editor Antonio Eloy.]. In-8.º peq. de 34-II págs. B.Invulgar opúsculo pertencente à polémica conhecida por «Guerra Sebástica», este defensor das ideias liberais e dos pedreiros-livres, contra o famoso livro de José Agostinho de Macedo.

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772 - ver pág. 235

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“De um modo geral, é no retomar da origem fabulosa e fantástica do império português, assinalada pelo milagre de Ourique, que se alicerça a esperança de um desfecho glorioso para a crise de 1807. A lenda de Ourique, que servira de suporte à visão profética da Restauração de 1640, volta a ser evo-cada, porque se acredita na possibilidade de um segundo D. Sebastião.” [In História de Portugal, José Mattoso, Vol V, págs. 32].

771 — MACEDO (António de Sousa de).- DOMINIO // SOBRE A FORTVNA // E // TRIB-VNAL DA RAZAÕ. // EM QVE SE EXAMINAM AS FELICI- // dades, & se beatifica a vida // NO PATROCINIO DA VIRGEM MÃY // da Graça, // HOROSCOPO // da Constellação melhor afortunada. // ESCRIVIA // ANTONIO DE SOVSA // DE MACEDO &c. // [xilogravura de uma flôr] // LISBOA. // Na Officina de MIGVEL DESLANDES. // A custa de ANTONIO LEITE PEREIRA. // M.DC.LXXXII. In-8.º de XVI págs. inums. 230-XVIII págs. finais. E.Obra rara e bastante estimada, não descrita nos catálogos das bibliotecas de Azevedo-Samodães, F. Palha ou Ameal.Encadernação antiga de pele. Com um insignificante restauro de reforço no canto inferior esquerdo do frontispício e outros pequenos defeitos.

772 — MACEDO (António de Sousa de).- VLISSIPPO // POEMA // HEROICO. // DE // ANTO-NIO DE // Sousa de Macedo. // [vinheta] // Com as licenças necessarias. // —— // Em Lisboa. Por Antonio Aluarez // Anno de 1640. In-8.º peq. de VIII ff. prels. inums. e 192 ff. nums. pela frente. E.Edição princeps deste muito estimado e invulgar poema clássico, cujo tema é a Fundação da Cidade de Lisboa por Ulisses.É muito detalhada a descrição feita por José dos Santos no excelente Catálogo da Biblioteca dos Condes Azevedo e Samodães, que considera esta edição a mais presada dos bibliófilos e raríssima.Edição não representada na importante Biblioteca do Conde do Ameal pelo mesmo bibliógrafo organizada.Bela encadernação de pele inteira, gravada com finos ferros a ouro na lombada, pastas e seixas, infe-lizmente com vestígios de traça superficiais em ambas as pastas. Manchas de humidade que atingem boa parte do volume e restauros antigos. (ver gravura na pág. 234)

773 — MACEDO (António Teixeira de).- TRAÇOS DE HISTORIA CONTEMPORANEA. 1846-1847. Em presença d’alguns apontamentos dos irmãos Passos (Manoel e José) e de varios documentos officiaes. Porto. Typographia de Antonio José da Silva Teixeira. 1880. In-4.º de VIII-VIII-390-II págs. B.Peça de grande relevância para a história dos importantes acontecimentos ocorridos nos anos de 1846 e 1847, período em que se verificou o levantamento popular do Minho que ficou conhecido como da Maria da Fonte. Primeira edição, invulgar.Capa da brochura mal cuidada. Desconjuntado.

774 — MACEDO (Diogo de).- CADERNOS DE ARTE. Lisboa. 1951-1953. [Tip. da Ed. «Excelsior»]. 10 opúsculos. In-4.º B.Colecção completa, com todos os números ilustrados em separado, composta pelos seguintes títulos: I. Visconde de Meneses; II. Tomás José da Anunciação; III. Os Presépios Portugueses; IV. Marciano Henriques da Silva; V. João Cristino da Silva e Manuel Maria Bordalo Pinheiro; VI. Augusto Santo; VII. Francisco Metrass e António José Patrício; VIII. Miguel Lupi; IX. Armando de Basto; X. Alcobaça.

775 — [MACEDO (Inácio José de)].- INFLUENCIA DA RELIGIÃO SOBRE A POLITICA DO ESTADO. Pelo Author DO VELHO LIBERAL DO DOURO.. Lisboa: 1826. — Na Imprensa da Rua dos fanqueiros N.º 129 B. In-8.º gr. de 14-II págs. Desenc.O Autor, nascido na cidade do Porto, foi o redactor do periódico «Velho Liberal do Douro», onde defendia os princípios liberais, o que lhe valeu ter sido preso na Torre de S. Julião da Barra. Este folheto, di-lo Inocêncio, pode juntar-se àquela publicação. Publicação bastante invulgar.

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776 — MACEDO (Inácio José de).- ORAÇÃO FUNEBRE RECITADA NAS EXEQUIAS DO MUITO ALTO, E PODEROSO SENHOR D. JOÃO VI. Imperador do Brazil, e Rei de Portugal e Algarves, celebradas na Santa Sé do Porto pelo Ill.mo Senado da Camara em 27 de Abril de 1826. Porto 1826: Typ. á Praça de S. Tereza. In-8.º gr. de 16 págs. B.O autor, nascido no Porto, viveu mais de quarenta anos no Brasil. Foi redactor de «O Velho Liberal do Douro», causador da sua perseguição e prisão pelas ideias liberais que nele advogava. No ano de 1825, proferiu uma “Oração Gratulatória”, na solene celebração do reconhecimento, por parte de Portugal, da Independência do Brasil.Capa da brochura em papel negro, da época.

777 — MACEDO (José Agostinho de).- A BESTA ESFOLADA. [Lisboa. Na Typografia de Bulhões e Impressão Regia a partir do 2º número. Anno 1828-1831]. 26 números + 1. In-4.º peq. E. em 1 vol. E. no mesmo volume:——— REFUTAÇÃO DO MONSTRUOSO, E REVOLUCIONARIO ESCRIPTO IMPRESSO EM LONDRES INTUTULADO QUEM HE O LEGITIMO REI DE PORTUGAL? QUESTÃO PORTUGUEZA SUBMETIDA AO JUIZO DOS HOMENS IMPARCIAES. LONDRES. Impresso na Officina Portugueza. 1828. Por... Lisboa. Na Impressão Regia. 1828. In-4.º peq. de 80 págs.Uma das mais invulgares e estimadas publicações periódicas de Agostinho de Macedo, figura ímpar das letras e da polémica portuguesa no seu tempo.Nas Memórias para a Vida Íntima de José Agostinho de Macedo, Innocêncio faz o seguinte comentário acerca desta publicação: “Este papel respirava todo o fel e rancor de que as almas de José Agostinho e de seus correligionarios se achavam possuidas contra tudo o que apresentasse visos, com quanto remotos fossem, de moderação ou transigência com o liberalismo; n’elle se aconselhavam como conducentes para o fim do seu empenho os mais sanguinários meios — os alvitres mais despropositados — e a mais desaforada licença aos que compunham a escoria do partido dominante (em vez de cohibil-os, como importava) para que soltando livres rédeas às suas paixões ignóbeis, maltratassem, prendessem, cacetassem e até matassem, sem dependência de mais formalidades, a quantos fossem reputados de diverso pensar politico, que ipso facto ficavam declarados inimigos do throno e do altar.”Para além dos 26 números, a colecção é composta de um último, não numerado e póstumo, impresso na Impressão Régia, em 1831.Alguns números foram reimpressos no Porto, sendo a colecção que apresentamos constituída apenas por exemplares impressos em Lisboa e, por isso, da edição original.Acerca do opúsculo de resposta ao polémico escrito de Paulo Midosi, Martins de Carvalho faz extensa memória no Conimbricense [5:205]: “«No anno de 1828 o emigrado liberal Paulo Midosi publicou em Londres o notável opúsculo politico — Quem é o legitimo rei de Portugal? (...) “Produziu este opúsculo uma extraordinária impressão no governo de D. Miguel, o qual erradamente suppunha que o auctor era Almeida Garrett, quando aliás linha sido Paulo Midosi.“N’estas circumstancias o Intendente geral da Policia, por ordem do governo miguelista, encarregou José Agostinho de Macedo de escrever uma resposta ao opúsculo liberal. (...)”Encadernação contemporânea, com a lombada e cantos em pergaminho. Com as margens integrais.

778 — MACEDO (José Agostinho de).- CARTA 1ª. [à 32ª] DE J. A. D. M. A SEU AMIGO J. J. P. L. [Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1827]. 32 cartas ou opúsculos em um vol. In-8.º gr. E.“No anno de 1827 publicava-se em Lisboa um periódico liberal, intitulado o Portuguez, de que era principal redactor Almeida Garrett.“Vendo José Agostinho de Macedo a importância d’esse periódico, tratou de o deprimir, publicando uma serie de 32 cartas, dirigidas ao seu amigo e exaltado absolutista, Joaquim José Pedro Lopes, que por muito tempo foi redactor da desprezível Gazeta de Lisboa.“N’essas Cartas criticava e ridicularisava Macedo o periódico o Portuguez; mas como n’esse anno vigorava a Carta Constitucional, satirisava Macedo o Portuguez, e todo o partido liberal; ao mesmo tempo porém usava de uma linguagem cavilosa, não se atrevendo a defender francamente os intitula-dos direitos de D. Miguel ao throno portuguez.

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“Todas as 32 cartas, que occupavam 384 paginas, deram avultadíssimo interesse, pela grande extracção que tiveram no partido miguelista.” [In «Memórias para a Vida Intima de Jose Agostinho de Macedo, págs. 227].Antecede a esta publicação, outra, intitulada «A VOZ DA JUSTIÇA OU O DESAFORO PUNIDO», da autoria de J. Agostinho de Macedo [Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1827.] que, conforme o autor informa ao terminar o último fascículo, “A estas 32 Cartas, que vem a ter humas 384 pagi-nas, e formão hum arrazoado volume, se pode ajuntar a Voz da Justiça, do mesmo A., em defeza de algumas das mesmas Cartas”.Encadernação da época, inteira de pele, com dourados na lombada.

779 — [MACEDO (José Agostinho de)].- CARTA AO SENHOR ANAÕ DOS ASSOBIOS. Forno do Tijolo 22 de Novembro de 1822. [No fim: Lisboa. Na Typogr. de Antonio Rodrigues Galhardo. 1822. In.8.º gr. de 10-II págs. B.Nas Memórias para a vida íntima de José Agostinho de Macedo, Innocêncio depois de relatar as favoráveis condições do Padre Macedo para a eleição de deputados para as Cortes ordinárias, diz que “Grande pezar e despeito lhe causou então o vêr-se excluído, e privado de exercer as funcções de deputado; e para nos convencermos d’isto bastará recordar aqui o que elle diz, depois de concluidas as eleições, em um dos pequenos folhetos que por aquelle tempo publicou com o titulo de Carta ao Anão dos Assobios.” Publicado sem o nome do autor.

780 — MACEDO (José Agostinho de).- CARTAS FILOSOFICAS A ATTICO. Lisboa. Na Im-pressão Regia. Anno 1815. In-8.º de 240 [aliás 340]. págs. E.Inocêncio, «Memorias para a vida intima de José Agostinho de Macedo»: “(...) Já dissemos no § XIX d’este capitulo, como José Agostinho de Macedo vivera por algum tempo ligado em intimo trato com a actriz Maria Ignacia da Luz, porém este commercio amoroso em breve arrefeceu como era de esperar e José Agostinho voltando-se rapidamente do theatro para o claustro, depressa se lhe deparou para substituir a actriz uma religiosa do mosteiro de Odivellas, por nome D. Joanna Thomasia de Brito Lobo de Sampaio a qual durante annos foi cortejada com assiduidade, fazendo por seu respeito amiudadas visitas àquelle convento. Estas deram azo a que se divulgasse o segredo, e a que seus inimigos tirassem d’ahi assumpto para motejos e zombarias. Era esta dama, ao que parece, dotada de alguma instrucção e apaixonada das lettras: José Agostinho de Macedo dedicou-lhe as suas Cartas Philosophicas a Attico, em 1815, bem como a traducção de uma pequena novella com o titulo de Arrependimento premiado, que sahiu anonyma em 1818. Se tivesemos de dar credito aos elogios e louvores de que são tecidas as dedicatorias que precedem estas duas producções, teriamos que collocar tal senhora, quando menos, a par de Mad. de Sevigné, Dacier ou Staël; porém José Agostinho, encarecia em todas as suas cousas e assim como não sabia fazer uso dos doestos e das satyras individu-aes, tambem não podia louvar senão adulando aquelles a quem procurava engrandecer, tecendo-lhas os mais encomiasticos e hyperbolicos panegyricos, rescendentes de podres incensos e malbaratadas lisonjas. (...)” De facto o volume apresenta uma extensa a elogiosa dedicatória impressa à Religiosa Cisterciense a que Inocêncio faz larga referência.Capítulos de que o livro se compõe: I. Sobre os bens da Fortuna; II. Sobre o Suicidio; III. Sobre a Filo-sofia de Mendelson; IV. Sobre o Bello; V. Sobre a Exageração dos males da Sociedade; VI e VII. Sobre o Sublime; VIII e IX. Sobre o ser a ignorancia mais conducente para a felicidade do que a Sciencia, (Sustenta-se este paradoxo); X. Sobre o modo de ser eloquente; XI. Sobre o Estylo, etc.; XII. Sobre as Bellas Artes; XIII. Sobre a Poesia em relação com a Musica; XIV. Sobre o Desterro; XV e XVI. Sobre o Patriotismo; XVII. Sobre o assumpto de que a maior Bibliotheca não he mais que hum só Livro (Sustenta-se este Paradoxo); XVIII. Sobre o assumpto das Cartas; XIX. Sobre ser o homem o objecto mais ignorado pelo mesmo homem; XX. Sobre Seneca e Young serem dois Escriptores prejudiciaes; XXI. Sobre não haver Sciencia sem a Sciencia moral; XXII. Sobre as operações do entendimento; XXIII. Sobre o Genio; XXIV. Sobre o Gosto; XXV. Sobre a Indifferença, etc.: XXVI. Sobre as incli-nações fysicas e espirituaes; XXVII. Sobre os poucos conhecimentos do homem. Encadernação inteira em pele com ferros a ouro e rótulo na lombada.

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781 — MACEDO (José Agostinho de).- CENSURA DAS LUSIADAS. Lisboa. Na Impressão Regia. Anno 1820. 2 vols. In-8.º peq. de 295-I e 271-I págs. B.Palavras de Inocêncio F. da Silva retiradas das suas «Memorias para a vida intima de José Agostinho de Macedo»: “Entretanto José Agostinho cada vez mais indignado de que as suas invectivas contra os Lusiadas não produzissem o fim a que aspirava; vendo que á proporção que avançava em seus dicterios e motejos, se realçava entre naturaes e estranhos a fama do vate portuguez, que o seu Oriente bem longe de offuscar aquelle immortal poema, servira pelo contrario de incentivo para serem melhor estudadas e mais devidamente sentidas e apreciadas as innumeraveis bellezas, que n’elle resgatam com tanta usura esses inevitaveis defeitos, que a inveja ou a malevolencia tem pretendido assoalhar e avultar aos olhos do mundo; propoz-se a fazer um ultimo esforço, rompendo todos os diques da decencia, do decoro e por assim dizer do pundonor nacional, depoz os pequenos vislumbres da fingida contemplação, que em algumas occasiões figurava guardar, fallando de Camões; (...) empenhou-se não menos em mostrar ex professo, que os Lusiadas não obstante a sua celebridade e o consenso de dois compridos seculos, apezar de lidos comentados e tantas vezes traduzidos e louvados, eram na realidade um poema monstruoso, um tecido de erros, de incoherencia e de destemperos, destituido até do menor resabio de estylo e colorido poetico; cheio de versos errados e prosaicos, de incorrecções, de faltas de linguagem e de grammatica. Eis o objectivo de dois volumes de oitavo que no principio de 1820 deu á luz com o titulo de Censura dos Lusiadas, obra que diz compozera em dez dias, (valha a verdade!) mas que de certo não era mais que a tradução dos seus pensamentos desde muitos annos”.São raros os exemplares desta discutida obra de José Agostinho de Macedo, infeliz na opinião de mui-tos autores, “um complexo de paradoxos, incoherencias, contradicções flagrantes, e argucias pueris”, segundo Inocêncio, mas nem por isso de indiscutível importância na vastíssima bibliografia passiva camoniana. Primeira edição.Exemplar acrescido de um poema manuscrito na folha de guarda do primeiro volume, de que não identificamos a autoria mas provavelmente da época e que começa com os seguintes versos: “Ao Parnaso quer subir / Novo rival de Camões / E das loucas pretenções / As Musas se poem a rir (...)”.

782 — [MACEDO (José Agostinho de)].- CORDÃO DA PESTE, OU MEDIDAS CONTRA O CONTAGIO PERIODIQUEIRO. Lisboa: Na Officin. da Viuva de Lino da Silva Godinho. Anno de 1821. In.8.º peq. de 44 págs. B.Raríssimo opúsculo publicado sob pseudónimo de O Corcunda de boa fé e datado de Villa de Olhão 18 de Fevereiro de 1821, este opúsculo é atribuido ao Padre José Agostinho de Macedo. Conforme elucida Innocêncio nas «Memórias para a Vida Íntima de José Agostinho de Macedo», este e outros opúsculos “disparavam, sob apparentes protestações de respeito e devoção pelo governo estabelecido, encobertos tiros, com que se promovia a reacção dos povos, indispondo-os contra as preconisadas reformas (...)”.

783 — [MACEDO (José Agostinho de)].- O DESAPPROVADOR. N.º 1 [a N.º 25. + 1 suple-mento ao n.º 25. Lisboa. Na Impressão de Alcobia. 1818-1819]. In-8.º de 209-III págs. E.Acerca desta publicação e do autor comenta Innocêncio nas «Memórias para a Vida Íntima de José Agostinho de Macedo»: Ao tempo que elle publicava O Desaprovador, outro periódico dedicado ás lettras corria egualmente em Lisboa. Era o Observador Portuguez, em cuja redacção Pato Moniz tomara parte. Em vários números d’esta folha sahiram alguns artigos contra José Agostinho e seu inseparável amigo Joaquim José Pedro Lopes, que diga-se a verdade, tinham sido n’esta lucta os provocadores; estes artigos, posto que escriptos cem acrimonia e talvez em demasia temperados com o sal próprio da satyra, pesados em justa balança, não poderiam ainda assim equiparar-se ás injurias atrozes e diatribes incessantes de José Agostinho. O que não obstante, tanto elle como o seu con-sócio, julgaram que lhes cumpria impor silencio aos seus contendores e para esse fim dirigiram ao governo um longo arrazoado em que pediam não só o castigo de Moniz, mas também a suppressão do periódico. Apesar da protecção que ambos gosavam, o procedimento de José Agostinho tornava-se tão indecoroso e descommedido, que o governo para não dar mostras de uma decidida parcialidade, recusou-se intervir directamente na questão, commettendo primeiro ao Intendente geral da Policia o exame da queixa e remettendo depois para o Desembargo do Paço a definitiva solução. O tribunal, como para ostentar a sua rectidão, fulminou com egual pena os queixosos e os accusados, prohibindo a continuação, tanto do Observador como do Desaprovador, de que já se contavam 25 números.”Innocêncio dá ainda notícia na mesma Obra da publicação de um Supplemento ao Desapprovador “que na realidade estava destinado para ser n.º 26”.

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784 — MACEDO (José Agostinho de).- O DESENGANO. Periodico Politico, e Moral. Lisboa: Na Impressão Regia. 1830-1831. 27 números In-8.º gr. E. em 1.Inocêncio: «Memorias para a vida intima de José Agostinho de Macedo»: “A ultima empreza politico--litteraria de José Agostinho foi o Desengano, periodico em que de mistura com algumas verdades, filhas da experiencia e do conhecimento dos homens, requintou, se é possivel, as ferinas e crueis doutrinas que desde muitos annos propalava e de que fizera tão descommedidos ensaios na Besta Esfolada. Tambem não foi este periodico licenciado pelo Desembargo do Paço, mas sim por censor especial que José Agostinho obtivera, e que deixava expender á vontade as suas opiniões, e dar como dizem, por páos e por pedras, sem achar estorvo ou obstaculo que o sopeasse.”Ainda segundo Inocêncio, o último número ficou incompleto “por lhe obstar a finalisal-o o ataque das sezões de que lhe sobreveiu a morte”.Publicação periódica completa, de difícil obtenção no mercado.O exemplar que apresentamos, apesar de ter falta do raríssimo retrato litográfico de N. J. Possolo, preserva as duas últimas páginas, não numeradas (com dois sonetos de José Joaquim Pedro Lopes e o «Indice dos títulos dos numeros desta Obra») e o raro opúsculo, ULTIMO DESENGANO, // OPUSCULO MORAL E POLITICO // EM ADDIÇÂO ÁS ULTIMAS PALAVRAS // DO GRANDE JOSÉ AGOSTINHO DE MACEDO // EM O N.º 26 DOS SEUS DESENGANOS. // Dedicado aos verdadeiros Amigos da Legitimidade, e da Realeza. [Lisboa: Na Impressão Regia. 1831]. In-8.º de 12 págs.; Opúsculo bastante invulgar, publicado sem o nome do autor, mas por Innocêncio atribuído a António Teixeira de Medeiros.Encadernação da época, com a lombada e cantos em pergaminho. Com as margens integrais.

785 — MACEDO (José Agostinho de).- ELOGIO HISTORICO DO ILLUSTRISSIMO E EX-CELLENTISSIMO RICARDO RAYMUNDO NOGUEIRA, Conselheiro d’Estado &c. &c. &c. por... Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1827. In-4.º peq. de 55-I págs. E.Ricardo Raimundo Nogueira, natural da cidade do Porto, foi Doutor e Lente da Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra, Cónego Doutoral na Sé de Elvas, Deputado da Inquisição de Coimbra, Reitor do Colégio Real dos Nobres, etc., sendo este raro «Elogio», di-lo Inocêncio, “tido na opinião de alguns como uma peça de verdadeira e solida eloquencia».Encadernação da época decorada com ferros gravados a ouro na lombada e pastas. Com o corte das folhas brunido a ouro.

786 — [MACEDO (José Agostinho de)].- EXORCISMOS, CONTRA PERIODICOS, E OUTROS MALEFICIOS. =FUGITE PARTESÆ.= Lisboa: Na Off. da Viuv. de Lino da Silva Godinho 1821. In-8.º peq. de 34 págs. B.Acerca desta publicação diz Innocêncio nas suas «Memórias para a Vida Íntima de José Agostinho de Macedo» que José Agostinho, “aproveitando a occasião, sahiu logo em fevereiro de 1821, com um pequeno folheto, que para maior cautella publicou anonymo, sob o titulo Exorcismos contra Periodicos e outros maleficios, onde sem distinção votava todos ao despreso e proscrição geral, envolvendo de mistura alguns de seus costumados gracejos, com que indirecta e disfarçadamente desacreditava as instituições vigentes e ridicularisava os seus fautores e defensores. Posto que o folheto não troxesse o seu nome, as idéas e estylo bem o denunciavam por auctor de tal opusculo.”

787 — MACEDO (José Agostinho de).- OS FRADES OU REFLEXÕES PHILOSOPHICAS SOBRE AS CORPORAÇÕES REGULARES. Lisboa: Na Impressão Regia. 1830. In-8.º de IV-76 págs. B.Texto de apologia das ordens monásticas, de combate frontal às Lojas de Pedreiros Livres e ao “Grande Oriente, como Representante, e Cabeça de todas ellas.”

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788 — MACEDO (José Agostinho de).- OS JESUITAS OU O PROBLEMA QUE RESOLVEO E AO MUITO ALTO, E MUITO PODEROSO REI O SENHOR D. MIGUEL PRIMEIRO. NOSSO SENHOR. Consagrou... Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1830. In-8.º de 36 págs. B.Segundo Innocêncio nas suas «Memórias para a vida íntima de José Agostinho de Macedo», o autor pretendeu ”justificar a necessidade e vantagens resultantes da nova admisão que se quiz tentar d’esta ordem [Jesuita] em Portugal, a que elle todavia se oppunha em particular...”, com a publicação de dois opúsculos que foram publicados no mesmo ano: «Os Jesuítas e as letras» e «Os Jesuítas ou o Problema resolvido» que agora apresentamos.Curiosa anotação antiga, manuscrita, com o seguinte texto: “Em uma de suas cartas ineditas afirma o seu autor q’este opusculo lhe levara dia e meio”.

789 — MACEDO (José Agostinho de).- JUSTA DEFENSA DO LIVRO INTITULADO OS SEBAS-TIANISTAS, E resposta prévia a todas as Satyras, e invectivas, com que tem sido atacado seu Autor. (...) Lisboa, Na Impressam Regia. Anno 1810. In-8.º peq. de 13-III págs. B.Invulgar opúsculo pertencente à grande polémica gerada à volta do livro do Padre Agostinho de Macedo que gerou extensa e muito curiosa bibliografia.

790 — MACEDO (José Agostinho de).- A LYRA ANACREONTICA; Á Illustrissima Senhora D. M. C. D. V. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1819. In-8.º de 191-I págs. E.Segundo apuramos nas «Memorias para a vida intima de José Agostinho de Macedo», de Inocêncio F. da Silva, Agostinho de Macedo manteve assidua relação com D. Joanna Thomasia de Brito Lobo, religiosa do mosteiro de Odivelas, “fazendo por seu respeito amiudadas visitas áquelle convento. (...) Era esta dama, ao que parece, dotada de alguma instrucção e apaixonada das lettras; José Agostinho dedicou-lhe as suas Cartas philosophicas a Attico, impressas em 1815 (...) Estes amores tiveram seu termo em 1818; e não deixa de ser curioso o modo como finalisaram. A religiosa de quem temos falla-do, entretinha correspondencia epistolar com outra da mesma ordem (...), chamada D. Maria Candida do Valle; e n’uma das sortidas que José Agostinho fazia a Odivellas, D. Joanna lhe fez ver uma carta mui discreta, que pouco antes recebera d’aquella sua amiga. O padre agradou-se tanto da linguagem e estylo d’aquella missiva, que pediu in continenti, permissão de ser elle quem fizesse a resposta. Foi satisfeito o seu desejo e parece que por mais tempo continuou a servir de secretario na corresponden-cia das duas damas. Porém como a tal D. Maria Candida viesse a Lisboa, José Agostinho sollicitou ter com ella uma entrevista. Não sabemos o que passaram, porém o certo é que D. Joanna foi desde logo abandonada tendo de ceder o campo á sua rival. Cumpre notar que José Agostinho contava então 59 annos e D. Maria passava dos 38; foram taes os atractivos que elle encontrou n’esta nova conquista e com tal fervor se entregou á sua paixão, que em tres dias compoz (apesar das cans que lhe alvejavam a fronte), com Odes anacreonticas, em louvor da sua bella, as quaes deu á luz no anno de 1819, sob o titulo de Lyra Anacreontica (...)”.Primeira e muito invulgar edição de uma das estimadas obras de José Agostinho de Macedo, nome de grande evidência na literatura portuguesa do século XIX.Encadernação contemporânea, em pele, com algum desgaste na charneira ou dobra do encaixe.

791 — MACEDO (José Agostinho de).- MOTIM LITERARIO EM FÓRMA DE SOLILO-QUIOS. Desta Obra, inteiramente Original, se publicão duas folhas cada semana, que encerrão objectos separados, e independentes. Seu Author... Lisboa, Na Impressão Regia. Anno 1811. 4 tomos. In-8.º peq. de 398; 348; 323-I-IV e 231 págs. E. em 3 vols.Acerca deste periódico diz Innocêncio nas Memórias para a Vida Intima de J. Agostinho de Macedo: “Foi editor Desidério Marques Leão, e interrompeu-se pelas desavenças que tiveram logar entre o editor e o auctor, acabando no Solilóquio xcv, posto que por erro de numeração se acha xciv. Inseriu depois alguns d’estes artigos no Semanário de Instrucção e Recreio. Esta edição é superior ás seguintes por ser a única onde se acha (e não em todos os exemplares) o Dialogo dos Mortos, (...).” [DIALOGO DOS MORTOS Homero, e Luiz de Camões. Satyra virulenta contra a traducção do 1.º Livro da Iliada de Homero, por J. M. da Costa e Silva.]

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Mais adiante segue o mesmo bibliógrafo: “Somente se encontra no tomo i do Motim Litterario de pag. 323 a 398 da 1.ª edição, comprehendendo os n.ºs x e xi, e não em todos os exemplares porque o auctor, mais bem aconselhado, o supprimiu ainda antes de concluída a impressão.”Dialogo presente no exemplar que apresentamos.No final do tomo III vem uma curiosa «Lista dos assignantes».Encadernações da época de pele inteira.

792 — MACEDO (José Agostinho de).- MOTIM LITERARIO EM FORMA DE SOLILO-QUIOS, por...3ª edição emendada, e accrescentada com a biographia do Author, hum Catalogo das suas Obras, e o Juizo Critico d’ellas, por Antonio Maria do Couto, Professor de Grego, &c. Lisboa, Typographia de Antonio José da Rocha. 1841. 4 vols. In-8.º peq. B.A primeira edição da obra data de 1811, dizendo Inocêncio que se fez “segunda edição, citada pelo dr. Abranches no seu Catalogo, mas da qual não me recordo de ter visto algum exemplar.”. Desta terceira, editada pelos livreiros Borel, Borel & Cª, e citamos o mesmo bibliógrafo, “não passa de ser um tecido de miseraveis inexactidões, digna de lastima em qualquer sentido que se considere; e o pretendido catalogo que a acompanha, é outro similhante parto da incuria, insipidez e má vontade do auctor para com Macedo, a quem por mais de uma vez calumnia graciosamente, omittindo na enumeração das obras a maior parte d’ellas, transtornando os titulos de outras, attribuindo-lhe algumas que nunca existiram, etc.” É, de qualquer forma, uma das mais interessantes e invulgares obras do autor.

793 — MACEDO (José Agostinho de).- O NOVO ARGONAUTA; Poema. Lisboa. Na Typo-graphia de Bulhões. Anno 1825. In-8.º gr. de 48 págs. B.Segunda edição, aumentada com um prefácio do autor, com correcções e acrescentos ao Poema que constituiu o terceiro canto de «A Natureza».

794 — MACEDO (José Agostinho de).- ORAÇÃO FUNEBRE, QUE NAS EXEQUIAS DO MUITO ALTO, E MUITO PODEROSO IMPERADOR E REI O SENHOR D. JOAÕ SEXTO, celebradas na Basilica do Coraçaõ de Jesus no dia 10 de Abril de 1826 prégou José Agostinho de Macedo, presbytero secular. Lisboa. 1826. Na Typografia de Bulhões. In-8.º gr. de 38 págs. B. Importante oratória de José Agostinho de Macedo, feita um mês após a morte de D. João VI, no mês de Abril de 1826, na altura da outorga da Carta Constitucional concedida por D. Pedro. Raro.

795 — MACEDO (José Agostinho de).- ORAÇÃO FUNEBRE, RECITADA NAS EXEQUIAS DO ILL.mo E EX.mo CONDE DE RIO-MAIOR, celebradas na Igreja do Convento dos Religio-sos de S. Pedro de Alcantara, no dia 27 de Setembro de 1825, por... Lisboa. 1826. Na Typografia de Bulhões. In-8.º de 53-III págs. E. São bastante raros os exemplares desta Oração Fúnebre recitada nas exéquias de António de Salda-nha de Oliveira e Sousa, casado com a neta de Marques de Pombal, Maria L. E. de Carvalho Daun e Lorena. Segundo Conde de Rio-Maior, António Saldanha de Oliveira e Sousa fez a campanha de 1801 como ajudante de campo de Gomes Freire. Em 1808 juntou-se à família Real no Brasil e com ela regressou em 1821. Após a insurreição liderada pelo Infante D. Miguel em 1823, conhecida por Vilafrancada, foi enviado por D. João VI como Embaixador extraordinário ao Brasil, sem que no entanto o Imperador D. Pedro o recebesse.Original encadernação da época em bonito papel gravado com motivos florais.

796 — MACEDO (José Agostinho de).- O ORIENTE. Poema epico de... Lisboa: Na Impressão Regia. 1827. In-8.º gr. de VIII-380-II págs. E.Exemplar da segunda edição, ilustrada com um excelente retrato do autor gravado em chapa de cobre. Uma das mais discutidas obras de Macedo, obra que suscitou bastante polémica aquando do seu aparecimento.Disse Inocêncio que “José Agostinho de Macedo introduziu n’esta reimpressão do poema, numerosas

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alterações, posto que pela maior parte coisas pouco substanciaes; accrescentou algumas oitavas, e supprimiu inteiramente outras.”A edição constou de 1500 exemplares mas, “depois de impresso o poema, resolveram imprimir a Dedicatoria á Nação Portugueza [XXII págs. finais], mas d’esta só se tiraram 1:000 exemplares, em separado, faltando em muitos exemplares (...)”. Este não apresenta a referida dedicatória.Encadernação da época, com pequenos defeitos. Com manchas de água.

797 — MACEDO (José Agostinho de).- AS PATEADAS DE THEATRO INVESTIGADAS NA SUA ORIGEM, E CAUSAS. Lisboa: Na Impressão Regia Anno de 1812. In-8.º peq. de 132 págs. E.“Pateada he hum movimento espontaneo de pés, bordões, cacheiras, taboas, assobios, feito na Platéa pelos Senhores espectadores, de que resulta huma assoada, açogaria, marinada, e ingrezia confusa dada nas bochechas aos cómicos, para se lhes dizer com toda a civilidade, que o que estão represen-tando, ou acabão de representar, he huma completa parvoice, huma manifesta pouca vergonha, ou hum solemne destempero.” Esta é a definição que o autor dá na «Carta, que serve de Introducção» aos VIII capítulos da obra, onde, com exemplos práticos e referência ao reportório da época, uma vez mais o autor revela o seu polémico e agressivo estilo.Primeira das três edições registadas por Inocêncio. Invulgar.Encadernação da época com lombada de pele, rasgada na dobra do encaixe ou charneira.

798 — MACEDO (José Agostinho de).- O PÁO DA CRUZ, DEDICADO, E DESCARREGADO EM TODOS OS SENHORES DA SEGUNDA LEGISLATURA PELO THESOUREIRO DO PADRE CURA D’ALDEA. Lisboa: Impressão da Rua Formosa n.º 42. Anno 1824. In-8.º de 53-I págs. B.Publicado sob pseudónimo Thesoureiro do Padre Cura d’Aldea, este texto vem no final assinado Forno do Tijolo e datado de 17 de Fevereiro de 1824 ás sete da noite.

799 — [MACEDO (José Agostinho de)].- REFORÇO AO CORDÃO DA PESTE. Lisboa: Na Officin. da Viuva de Lino da Silva Godinho. Anno de 1821. In-8.º peq. de 30-II págs. B.Anonimamente publicado, este opúsculo é atribuído por Innocêncio a José Agostinho de Macedo, nas «Memórias» deste polémico e violento escritor, adepto fervoroso do absolutismo.

800 — MACEDO (José Agostinho de).- REFUTAÇÃO DOS PRINCIPIOS METHAFYSICOS, E MORAES DOS PEDREIROS LIVRES ILLUMINADOS. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1816. In-8.º de IX-I-251-I págs. E.Um dos mais invulgares e estimados livros da longa bibliografia de José Agostinho de Macedo.Encadernação da época com graves defeitos.

801 — MACEDO (José Agostinho de).- RESPOSTA AOS DOIS DO INVESTIGADOR POR-TUGUEZ EM LONDRES, que no caderninho VIII. a paginas 510 atacão, segundo o costume, o poema Gama. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1812. In-8.º de 64 págs. B.São bastante raros os exemplares deste opúsculo de José Agostinho de Macedo, onde este refuta as afirmações feitas na publicação acima referida, começando por afirmar: “He sina minha ser atacado por campiões aos pares!”

802 — [MACEDO (José Agostinho de)].- RETORNELLO DO PARDAL, com que o Anão dos Assobios dá os parabens ao Reverendo Goibinhas nos seus desposorios com a illustrissima D. Raquel da Palestina, na Praça de Gilbraltar, actual residencia dos conjuges. Lisboa: 1825. Na Impressão de João Nunes Esteves. In-8.º gr. de 19-I págs. B.Diz Inocêncio que esse curioso e invulgar opúsculo publicado anónimamente saiu três anos depois de ter constado em Lisboa “que o ex-encomendado de S. Nicolau, P. José Narciso, se fizera circuncisar em Gibraltar, abraçando publicamente o judaísmo”.

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803 — MACEDO (José Agostinho de).- O SEBASTIANISTA DESENGANADO À SUA CUS-TA. Comedia composta por... Representada oito vezes sucessivas no Theatro da Rua dos Condes. Lisboa: Na Imprensa Nacional. Anno 1823. In-8.º peq. de 56 págs. B.Texto satírico em prosa, representado com grande sucesso no Teatro da Rua dos Condes, é a respos-ta do autor contra Pato Moniz e João Bernardo da Rocha, que replicaram no Anti-Sebastianista desmascarado.

804 — MACEDO (José Agostinho de).- OS SEBASTIANISTAS. Lisboa: Na Officina de Antonio Rodrigues Galhardo. Anno de MDCCCX. [SEGUNDA PARTE. Lisboa, Na Impressão Regia. Anno 1810]. 2 vols. In-8.º peq. de VI-114 e 103-I págs. B.Primeira edição desta muito polémica obra em prosa que Macedo sub-denominou de «Reflexões criticas sobre esta ridicula seita» e que grande polémica originou. De grande raridade, especialmente quando com os dois volumes reunidos que por terem sido impressos em diferentes tipografias se encontram geralmente desirmanados. Segundo Teófilo Braga nas Memórias para a Vida Intima de José Agosti-nho de Macedo, a edição constou de apenas 500 exemplares.Bonito exemplar brochado com papel pintado, da época, sendo diferentes os padrões utilizados em cada um dos volumes.

805 — MACEDO (José Agostinho de).- O SEGREDO REVELADO, ou Manifestação do Sys-tema dos Pedreiros Livres, e Illuminados, e sua influencia na fatal Revolução Franceza, Obra extrahida Das mesmas para a Historia do Jacobinismo do Abbade Barruel, e publicada em Por-tuguez para confusão dos Impios, e cautéla dos verdadeiros amigos da Religião, e da Patria. Por... Lisboa, Na Impressão Regia]. Anno 1809-1812. 6 vols. ou partes In-8.º B. em 1.São muito invulgares os exemplares desta obra destinada a desacreditar a Ordem franco-maçónica dos Pedreiros Livres.Brochura da época em bonito papel impresso a duas cores.

806 — [MACEDO (José Agostinho de)].- A TRIPA VIRADA. Periodico semanal. [Lisboa: Na Officina da Horrorosa Conspiração, Rua Formosa Nº 42. (Aliás, Porto, Typographia de Viuva Alvares Ribeiro & Filhos. 1823)]. 3 números In-8.º gr. com o total de 36 págs. B. na mesma brochura:——— [MACEDO (José Agostinho de)].- TRIPA POR HUMA VEZ. Livro primeiro, e ultimo. Lisboa: Na Officina da Horrorosa Conspiração. Anno de 1823. In.8.º gr. de 67-I págs.Periódico redigido por Agostinho de Macedo, publicado sem o nome do autor. São bastante raros estes três números, únicos publicados em vida de Agostinho de Macedo. Póstumamente foi publicado um 4.º número, em separata do «Boletim da Sociedade de Bibliophilos Barbosa Machado».Nas «Memórias para a Vida Intima de J. Agostinho de Macedo», Innocêncio refere-se a esta publi-cação da seguinte forma: “Apressou-se portanto, logo depois da volta de D. João VI de Villa Franca, nos primeiros dias de junho, a dar á luz um papel periódico, com o estranho nome de Tripa virada, no qual d’envolta com a sua pessoal apologia, vinham as costumadas investidas e virulentos ataques contra os que acabavam de figurar no passado regimen; tudo porém com phrase tão desbocada, e ultrapassando por tal modo as metas do decoro e da decência publica, que apenas saído o terceiro nu-mero viu-se inhibido de proseguir avante, sendo por ordem superior admoestado para que houvesse de moderar-se nas suas expressões; pois que o governo, com quanto absoluto, desejava adoptar as regras de uma prudência conciliadora, que de nenhum modo se compadecia com as maneiras insólitas com que José Agostinho forcejava por excitar a vingança e execração popular sobre todos os que maior parte haviam tomado nas passadas occorrencias; maneiras que depois foram não só egualadas, mas até excedidas, quando redigiu a Besta Esfolada (1828) e o Desengano (1830), nos tempos próximos anteriores ao seu fallecimento.”Acerca do opúsculo intitulado «TRIPA POR HUMA VEZ» e nesta brochura integrado, o mesmo

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bibliógrafo segue dizendo: “Impedido pois José Agostinho de, bem a seu pezar, prosseguir na tarefa que com tamanho fervor encetara, saiu-se ainda com outra composição análoga, para que obteve licença, posto que pouco differisse das antecedentes, a qual intitulou Tripa por uma vez; n’ella envolvia as mesmas personalidades, com a única distincção de omittir as investidas geraes que nos precedentes números dirigia contra a classe da nobreza e outras, limitando agora os seus ataques a alguns ex-ministros e deputados, que a esse tempo se achavam já emigrados, temerosos das consequências da reacção, cuja marcha não podiam prever. Também ahi se queixava com a sua usual acrimonia dos estorvos que o Governo fizera á continuação da Tripa virada, lastimando não poder, conforme o seu desejo pôr a calva d mostra áquelles infames, etc.”O terceiro numero apresenta interessantes anotações antigas, a lápis, onde são identificadas algumas das personalidades a que o autor faz alusão.

807 — MACEDO (José Agostinho de).- VIAGEM EXTATICA AO TEMPLO DA SABEDO-RIA. Poema em quatro cantos. Lisboa. Na Impressão Regia. 1830. In-4.º gr. de 143-I págs. E.Acerca desta edição, Innocêncio, nas «Memórias para Vida Íntima de José Agostinho de Macedo» faz o seguinte comentário: “Edição nítida, feita á custa do Mosteiro de Alcobaça. De pag. 3 a 13, o Preli-minar.— É o poema Newton refundido, e consideravelmente engrossado com longas tiradas de versos, contendo ao todo 3:560 versos. Supprimiu-se o Discurso preliminar, e algumas notas explicativas da 2.ª edição do NewtonExemplar da edição original, cuidadosamente impressa sobre papel de escolhida qualidade.Encadernação da época mal cuidada.

808 — MACEDO (JosÉ Agostinho de Macedo).- A VERDADE, OU PENSAMENTOS FILO-SOFICOS SOBRE OS OBJECTOS MAIS IMPORTANTES Á RELIGIÃO, E AO ESTADO. Nova edição. Lisboa: Na Impressão Silviana. Anno de 1828. In-8.º peq. de VI-173-V págs. B.Obra pela primeira vez impressa em 1814, com a qual o autor procurar refutar as doutrinas matafísicas e teologicas dos Enciclopedistas. Cremos ser esta edição a segunda impressão da obra.

809 — [MACEDO (José Agostinho de) (Trad.)] — HORÁCIO.- OBRAS DE HORACIO. Traduzidas em verso portuguez por José Agostinho de Macedo. Os quatro Livros das Odes, e Epodos. Lisboa, na Impressão Regia. Anno 1806. In-8.º de XXXV-I-222 págs. E.Primeiro e único volume publicado, bastante invulgar. Macedo afirma que entregou o manuscrito com-pleto da obra a José Mariano Veloso e que a parte ainda por publicar este a levou consigo para o Brasil.Encadernação antiga com a lombada de pele.

810 — MACEDO (Luís Pastor de).- ASCENDENTES DE CAMILO. Amigos de Lisboa. Lisboa - 1947. In-4.º de 51-I págs. B.“Nestas regras, traçadas com a documentação à vista, fala-se de alguns antepassados de Camilo, entre eles de uma avó que teve a singularidade de se deixar morrer duas vezes; também se fala de duas tias do grande romancista, que, já trintonas, deram azo a que soltassem as más línguas do mundo (...). Rara separata de 150 exemplares do boletim do Grupo «Amigos de Lisboa», numerados e rubricados pelo autor.

811 — MACHADO (José de Sousa).- BRASÕES INEDITOS. Braga. 1906-1931. 2 vols. In-8.º gr. de VIII-186 e IV-59 págs. E. em 1.Trata-se da publicação de um valioso manuscrito inédito setecentista onde estão registadas “quatro-centas e oitenta e oito cartas heraldicas, na sua quasi totalidade ineditas; e ha nelles (os volumes de onde foram extractadas) os caracteres de authenticidade, que o facto da sua longa ausencia do cartorio da Nobreza não pode destruir”.Encadernação à amador. Só aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.

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812 — MACHADO (José de Sousa).- O DOUTOR FRANCISCO DE SÁ DE MIRANDA. O Poeta do Neiva. Notícias Biográficas e Genealógicas recolhidas e compostas por... Braga. Livraria Cruz. 1928. In-4.º peq. de 382-II págs. E.Considerável subsídio para a biografia do grande poeta quinhentista, numa cuidada e procurada edição documentada de fac-símiles de manuscritos, mapas, etc. Com interesse para a bibliografia camiliana.Encadernação à amador com a lombada e cantos em pele, decorada com nervuras e ferros gravados a ouro fino. Com as capas da brochura preservadas.

813 — MACHADO (José de Sousa).- ULTIMAS GERAÇÕES DE ENTRE DOURO E MINHO. Apostillas ás arvores de costados das Familias Nobres de José Barbosa Canaes de Figueiredo Castello Branco, Edição do autor. Braga. Tipografia da “Pax”. 1931-1933. 2 vols. In-4.º de 479-I e 591-I págs. E.Uma das mais importantes fontes da bibliografia genealógica portuguesa, numa cuidada edição ilus-trada com algumas estampas impressas em separado. Primeira edição.Tiragem muito reduzida, sendo os exemplares muito raros e valiosos.Excelentes encadernações inteiras de pele com ferros a ouro fino, decoradas com brasões heráldicos nas lombadas, nas pastas da frente e nas posteriores. Com vestígios de acidez provocados pelo ex-libris colado na folha preliminar destinada a essa função.

814 — MACHADO (Vergílio).- O DOUTOR BERNARDINO GOMES. (1768 - 1823). A sua vida e a sua obra. Portvgalia editora. Lisboa. [1925]. In-8.º gr. de 134-II págs. B.Bernardino António Gomes, médico e botânico ilustre nascido em Paredes de Coura, “fez um estudo consciencioso das florestas do Brasil”, deve-se-lhe a fundação do horto botânico da Escola Médica de Lisboa, é autor de vários trabalhos e sustentou polémica com Brotero e José Feliciano de Castilho. Ilustrado.

815 — [MACKINTOSH].- QUESTAÕ PORTUGUEZA. Traduzida de um Jornal Inglez por Um Verdadeiro Patriota. Lisboa, Na Typografia de Desiderio Marques Leaõ. 1827. In-8.º gr. de 81-I págs. E.Extenso artigo publicado a propósito da grave dissenção havida entre D. Pedro e D. Miguel, sem o nome do autor e traduzido do «Edimburg Reviw», n.º 89, folha 199.“Saõ hoje os negocios de Portugal de uma particular importancia. É este o unico paiz, no continente européo, onde o monarcha offerece a liberdade aos povos, e onde se disputa o direito de acceitar a offerta de seu motu proprio, livre e sinceramente. Nem dentro, nem fóra do reino houve quem duvi-dasse da sua authoridade para outro qualquer acto de soberania (...).Ilustrado com o facsímile do manuscrito que o Rei D. João VI deu a Mouzinho da Silveira, enviando--lhe a Proclamação de Villa Franca em que prometia aos Portugueses um Governo Constitucional.Encadernação inteira de pele, rasgada na lombada.

816 — MADAHIL (António Gomes da Rocha).- ALGUNS ASPECTOS DO TRAJO POPU-LAR NA BEIRA-LITORAL. Gráfica de Coimbra. 1941. In-4.º de 159-I págs. B.Edição ilustrada, tirada em restrita separata do «Arquivo do Distrito de Aveiro» limitada a 150 exemplares.

817 — [AVEIRO]. MADAHIL (António Gomes da Rocha).- ILLIABUM. Série de Subsídios para a História de Ílhavo. I. Um projecto de Brasão d’Armas Concelhio. Coimbra. Gráfica Conimbricense, Limitada. 1922. In-4.º de 96 págs. B.O volume apresenta, além do desenho do projecto de um brasão d’armas de Ílhavo, a transcrição de vários documentos primitivos que o autor estudou para a elaboração deste seu interessante trabalho.

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818 — MADAHIL (António Gomes da Rocha).- OS INCUNÁBULOS DA BIBLIOTECA DO LICEU DE COIMBRA. Coimbra. Imprensa da Universidade. [1927]. In-4.º peq. de 49-I págs. B.Valioso subsídio para a bibliografia incunabular portuguesa, publicado em restrita separata de «O Instituto».

819 — MADRE DE DEUS (Fr. Gaspar da).- MEMORIAS // PARA A HISTORIA // DA // CA-PITANIA DE S. VICENTE, // HOJE CHAMADA DE S. PAULO, // DO ESTADO DO BRAZIL // PUBLICADAS DE ORDEM // DA ACADEMIA R. DAS SCIENCIAS // POR // (...) // LISBOA: // NA TYPOGRAFIA DA ACADEMIA. // 1797. // Com licença de S. Magestade. In-8.º gr. de VIII-242-II págs. E.Acerca destas Memórias diz Sacramento Blake no Diccionario Bibliographico Brazileiro “Nesta obra, que o autor escreveu com minuciosa indagação e á vista de documentos colhidos com a maior diligencia e trabalho, se refutam apreciações erroneas a respeito dos paulistas, feitas por Vaisette na sua Historia geographica, ecclesiastica e civil, publicada em Pariz, 1755, tomo 12º, e por Charlevoix na sua Historia do Paraguay, publicada em 1718, livro 6º.” Obra clássica estimada e bastante rara. Primeira edição.Encadernação contemporânea de pele inteira, com vestígios de traça que não comprometem o estado em que se encontra o volume. (ver gravura na pág. 246)

820 — MADUREIRA [Braz Burity] (Joaquim).- NA “FERMOSA ESTRIVARIA”. (Notas d’um Diario Subversivo). - 1911 - 1912. Livraria Classica Editora. Lisboa. In-8.º de 365-I págs. B.Com interesse para a história política da época.

821 — MAGALHÃES (Félix).- OS POETAS. Porto. Typographia Occidental. 1895. In-8.º de 25-III págs. B.Opúsculo em prosa dedicado a João de Deus e Guerra Junqueiro e dedicado à memória de Antero de Quental. Muito cuidada e diminuta edição em papel de linho, datada de “Foz [do Douro] noite de 5 março 95”.DEDICATÓRIA DO AUTOR A JOSÉ DE LIMA.

822 — MAGALHÃES (J. A. de).- REFLEXOES SOBRE A SENTENÇA PROFERIDA NA CIDADE DO PORTO CONTRA MARQUEZ DE PALMELA E OUTROS. Paris, Papinot, Livreiro=Editor. 1829. [Imprensa d’Hippolyto Tilliard]. In-8.º de IV-58 págs. B.Raro panfleto acerca da alçada miguelista para o julgamento dos revoltosos do Porto contra D. Miguel (Belfestada), após a restauração da Monarquia absoluta em 1828.

823 — MAGALHÃES (Joaquim A. de).- BREVE EXAME DO ASSENTO FEITO PELOS DENOMINADOS ESTADOS DO REYNO DE PORTUGAL, congregados em Lisboa aos 23 de Junho do anno de 1828. Impresso por R. Greenlaw, 36, Holborn. 1828. In-8.º gr. de 45-I págs. Desenc.Joaquim António de Magalhães, natural de Lamego, entre outros cargos exerceu o de Ministro Pleni-potenciário na Corte do Rio de Janeiro.Raro folheto impresso em Inglaterra.Com vestígios de acidificação provocada pela qualidade do papel utilizado.

824 — MAGNY (Claude Drigon de).- ARCHIVES NOBILIAIRES UNIVERSELLES. Bulletin du Collége Archéologique et Héraldique de France, Publié sous la direction de M. de Magny. Paris, au Secrétariat du Collége Héraldique. 1843. In-4.º de II-272 págs.

——— RECUEIL HISTORIQUE DES ORDRES DE CHEVALERIE, Traitant de l’origine

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et des statuts de chacun d’eux, et donnant la nomenclature officielle des français qui ont obtenu l’autorisation de porter des Ordres Étrangers, depuis l’époque de la création de l’Ordre de la Légion d’Honneur jusqu’a présent; Avec planches coloriées, Représentant les colliers, rubans, plaques et costumes affectés à chaque ordre; Par... (...) Paris, au Secrétariat du Collége Héraldi-que de France. 1843. In-4.º de 104 págs. E.Edição impressa sobre papel de escolhida qualidade, ilustrada com VI cromolitografias que represen-tam brasões, medalhas, fitas, placas e outros símbolos heráldicos.Encadernação da época com alguns defeitos. Com o papel acidificado entre as páginas 259 e 264.

825 — MAGRO (Abílio).- A REVOLUÇÃO DE COUCEIRO. Revelações escandalosas. Con-fidencias. Crimes. (Depoimento baseado em provas e documentos, d’um antigo servidor da Monarchia, apodado na Galliza de espião da Republica). Porto. Imprensa Moderna. 1912. In-8.º de XIV-369-I págs. B.Livro com importância para a história da Implantação da República, com reproduções de numerosos documentos e fotografias.

826 — MAIA (Joaquim José da Silva).- MEMORIAS HISTORICAS, POLITICAS E FI-LOSOFICAS DA REVOLUÇÃO DO PORTO EM MAIO DE 1828, E DOS EMIGRADOS PORTUGUEZES PELA HESPANHA, INGLATERRA, FRANÇA E BELGICA. Obra posthuma de... Rio de Janeiro, Typographia de Laemmert. 1841. In-8.º gr. de XIV-363-I págs. E.Inocêncio refere alguns aspectos da vida do autor, portuense estabelecido com comércio na cidade da Bahia, dizendo o seguinte acerca deste raro livro impresso no Brasil: “É obra instructiva no seu genero, pela narração dos successos e particularidades occorridas n’aquelle tempo, e como tal de grande interesse para os que tiverem de estudar, ou escrever a historia contemporanea de Portugal. Tendo-a lido ha bastantes annos, só agora pude obter um exemplar, chegado do Rio (...)”, por oferta de Bernardo Xavier Pinto de Sousa”.Encadernação à antiga, com a lombada e cantos de pele. Com pouco importantes picos de traça na lombada.

827 — MAIA (Luis da Gama Ribeiro Rangel de Quadros e).- GENEALOGIAS DE FAMÍLIAS NOBRES AVEIRENSES. Leitura, anotações e publicação de Francisco Ferreira Neves. Aveiro / 1957. In-8.º gr. de 213 págs. B.São do séc. XVIII os manuscritos das genealogias aqui publicadas pela primeira vez. Separata do Arquivo do Distrito de Aveiro.

828 — MANIFESTO DE SUA MAGESTADE FIDELISSIMA ELREI NOSSO SENHOR O SENHOR D. MIGUEL I. Lisboa: Na Impressão Regia. —— Anno 1832. In-8.º de 32 págs. B.Texto geralmente atribuído ao 2.º Visconde de Santarém, Manuel Francisco de Barros e Sousa de Mesquita de Macedo Leitão e Carvalhosa, distinto historiador, diplomata e estadista português.

829 — MANIFESTO DOS DIREITOS DE SUA MAGESTADE FIDELISSIMA A SENHORA DONA MARIA SEGUNDA; E EXPOSIÇÃO DA QUESTÃO PORTUGUEZA. Rennes: Im-presso por J. M. Vatar. 1831. In-8.º gr. de 333-I págs. E.Raríssima reimpressão estampada em França, da edição original dada à luz da imprensa em Londres, no ano de 1829.Inocêncio refere a importância de José António Guerreiro na administração política de Portugal, nomeado Grão-cruz da Ordem da Torre e Espada em 1833 e Conselheiro de Estado no mesmo ano. O mesmo bibliógrafo diz ainda que “N’este Manifesto trabalharam, quase em partes iguaes,

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José Antonio Guerreiro e o (então) Marquez de Palmella, encarregando-se o primeiro da discussão legal, e o segundo da questão historica e diplomatica. É o Manifesto havido como escripto de muita importancia, assim pela materia que tracta, como pela riqueza de documentos que se lhe annexaram”.Ernesto do Canto, no «Ensaio Bibliográfico», dá notícia da edição traduzida em francês [Paris, Bobée & Hingray. typ. de Paul Renouard, 1830] intitulada «Exposé des droits ...», cujas peças justificativas variam entre as edições portuguesa e francesa.Encadernação da época com lombada de pele. Com manchas de água que afecta cerca de metade do volume.

830 — MANIFESTO DOS DIREITOS DE SUA MAGESTADE FIDELISSIMA, A SENHORA DONA MARIA SEGUNDA, e Exposição da Questão Portugueza. Segunda Edição. Coimbra: Na Imprensa da Universidade. 1841. In-8.º gr. de 62-II-183-I págs. E.Inocêncio: “N’este Manifesto trabalharam, quase em partes iguaes, José Antonio Guerreiro e o (então) Marquez de Palmella, encarregando-se o primeiro da discussão legal, e o segundo da questão historica e diplomatica. É o Manifesto’ havido como escripto de muita importancia, assim pela materia que tracta, como pela riqueza de documentos que se lhe annexaram”.ncadernação da época com lombada de pele e as pastas revestidas de papel marmoreado.

831 — MANIQUE (Francisco António da Cunha de Pina).- PORTUGAL DESDE 1828 A 1834, por... 1872. Lisboa. Typographia de Sousa & Filho. 1872. In-8.º gr. de 293-I págs. E.Inocêncio informa que o autor foi neto do célebre Intendente Pina Manique, regista duas obras suas, omitindo esta, onde o autor afirma: “Não desejamos tecer um tractado de direito publico nacional, senão um livro, onde os curiosos das cousas patrias encontrem registados os factos mais momentosos, que succederam em Portugal desde a chegada a Lisboa do Senhor D. Miguel, no anno de 1828, até o termo da guerra civil, pela convenção de Evora Monte, no de 1834”. Raro.Encadernação antiga com a lombada de pele.

832 — MANOEL (Caetano da Câmara).- ATRAVEZ A CIDADE DE EVORA ou apontamentos so-bre a Cidade de Evora e seus monumentos. Evora. Minerva Commercial. 1900. In-8.º de 104 págs. B.Primeira e muito invulgar edição desta breve monografia eborense, com pequenas fotogravuras nas páginas do texto e, em folha desdobrável, uma planta da plateia do Teatro Garcia de Resende.

833 — MANUEL (Passos).- DISCURSO DO SR. DEPUTADO PASSOS (MANUEL.) NA SESSÃO DE 18 D’OUTUBRO DE 1844. Lisboa, Na Typographia da Gazeta dos Tribunaes. Rua dos Fanqueiros n.º 82 1.º andar. 1845. In-8.º de II-IV-II-104 págs. E.Muito invulgar publicação de um Discurso proferido por Passos Manuel, “por occasião de se discutir o parecer da commisão especial que absolvia o Governo das arbitrariedades praticadas por motivo da revolta de Torres-novas (...).Encadernação da época com a lombada de pele. Conserva as capas da brochura.

834 — MANUEL (Passos).- DISCURSO DO SNR. PASSOS MANOEL PRONUNCIADO Na Sessão de 13 de Fevereiro de 1840. Porto: Tipografia de Faria & Silva, 1840. In-8.º peq. de 36 págs. Desenc.Opusculo bastante invulgar, com interesse para a história do tráfico de escravos e das relações entre Portugal e a Inglaterra acerca desta matéria.

835 — [MARANA (Giovanni-Paolo)].- L’ESPION TURC DANS LES COURS DES PRINCES CHRÉTIENS, OU LETTRES ET MEMOIRES D’un Envoyé secret de la Porte dans les Cours de l’Europe; ou l’on voit Les Découvertes qu’il a faites dans toutes les Cours où il s’est trouvé, avec des Dissertations curieuses sur leurs Forces, leur Politique & leur Religion: (...) Quinzième

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Edition, augmentée d’un Volume, & enrichie de Figures en taille douce. A Londres, Aux Dépens de la Compagnie, 1742. 6 vols. In-8.º de IV-XLVIII-382 (aliás 384)-XII-II; IV-VIII-382-XV-III; IV-428-XVI; IV-347-XIII; IV-XIV-451-XIII; IV-372-X-II págs. B.Obra com interesse para a história dos usos e costumes, política e religião das cortes Europeias, com especial incidência da Corte Francesa. Publicada sem o nome do autor e de grande popularidade no seu tempo, é geralmente atribuída a Giovanni-Paolo Marana, foi registada por Barbier no «Dic-tionnaire des Ouvrages Anonymes», onde o autor lhe dedica extensa rubrica e considera a Obra “généralement décrié aujourd’hui; il ne reste d’autre mérite à Marana que d’avoir fourni à Montes-quieu l’idée des «Lettres persanes», qui dureront autant que la langue française.”Frontispícios impressos a negro e vermelho acompanhados em folha própria de gravuras abertas a buril em chapa de cobre. Edição ainda ilustrada com 4 mapas impressos em folhas desdobráveis [Paris; Vue des Dardanelles de Constantinople; Valenciennes. Ville Forte des Pais Bas, (...); Vue de Constantinople]; e 23 gravuras com retratos ou figuras de personalidades.Cartonagens da época revestidas com papel pintado, bastante manuseadas. Com manchas de humidade e uma das gravuras do 4.º volume restaurada. (ver gravura na pág. 249)

836 — MARANHÃO (Francisco dos Prazeres).- BREVE NOTÍCIA DA TERRA DE PANOYAS, Cantão famigerado na Antiguidade... por Um Flaviense. Coimbra: Na Imprensa da Universidade. 1836. In-8.º peq. de 32 págs. B.Raríssima primeira edição deste curiosíssimo folheto, cujo título completo é: «Breve Noticia da Terra de Panoyas, Cantão famigerado na Antiguidade, Do qual se formou a melhor parte da Comarca de Villa-Real. Nella não só se mostra o que foi e é Panoyas; mas tambem se dão noticias curiosas a respeito da nossa Historia antiga; faz-se uma abreviada descripção da incomparavel Villariça, e outra do Paiz do Vinho, o mais opulento de Portugal; e em huma breve digressão se prova a necessidade da cultura do tabaco em Portugal.” Reimpresso em 1982.Bonito exemplar revestido de papel pintado, da época.

837 — MARANHÃO (Frei Francisco dos Prazeres).- TABOA GEOGRAFICO-ESTATISTICA LUZITANA ou Diccionario Abreviado de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal, com sua população, Legoas de distancia, Correios, e feiras principaes; e juntamente de seus rios, montanhas, cabos, portos, &c. Com o Appendix d’uma Breve Noticia das Actuaes Possessoens de Portugal no Ultramar. Por um Flaviense. Porto: Na Typographia Commercial Portuense: 1839. In-8.º gr. de 153-III págs. B.Primeira edição, publicada sob pseudónimo.

838 — [MARANHÃO (Frei Francisco dos Prazeres)].- TABOA GEOGRAFICO-ESTATISTI-CA LUZITANA ou DICCIONARIO ABREVIADO de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal, Com sua população, Legoas de distancia, Correios, e feiras principaes; e juntamente de seus rios, montanhas, cabos, portos, &c. Com o Appendix d’uma Breve Noticia das Actuaes Possessoens de Portugal no Ultramar. Por um Flaviense. 2.ª Edição. Porto: Typographia Com-mercial Portuense: 1842. In-8.º gr. de 172-II págs. B.Segunda e muito invulgar edição, “accrescentada com a nova Divisão do territorio, segundo a Novis-sima Reforma de 21 de Maio de 1841”.

839 — MARÇAL (Horácio).- VILAR DO PINHEIRO. (Concelho de Vila do Conde). Subsídios para a sua monografia. Prefácio do Dr. Bertino Daciano. Edição da Junta de Província do Douro Litoral. Porto. 1950. In-8º gr. de 252-II págs. B.Diz Bertino Daciano que o autor, através desta obra, se lhe revelou “um investigador pacientíssimo, de uma meticulosidade espantosa, infatigável no seu esforço de reunir materiais, cauteloso na interpre-tação dos documentos”, etc. Entre muitos outros assuntos são estudados os usos e costumes locais, as superstições e crendices, os passatempos, as locuções e sentenças populares, o vocabulário regional, os trajes, danças e canções populares. Ilustrado.Capa da brochura com manchas de acidez.

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840 — MARÇAL (Rafael).- OS MARÇAIS DE FOZCOA. (Edição do Autor). Lisboa. 1934. [Imprensa Beleza]. In-8.º gr. de 271-I págs. B.Livro muito invulgar, tratando detidamente da história de Fozcoa, judeus, miguelistas, cêrco do Porto, etc. Referências a Camilo e a outros autores. Com ilustrações em folhas à parte.

841 — MARCILLAC (Luis de).- HISTORIA DE LA GUERRA ENTRE LA FRANCIA Y LA ESPAÑA, DURANTE LA REVOLUCION FRANCESA. Escrita al Español POR EL C. D. J. B. Madrid. 1815. Imprenta de Repullés, plazuela del Angel. In-8.º de XL-284 págs. E.“La acogida favorable que el público ha dado al Compendio, que publiqué el año último, me ha anima-do á dar la Historia completa de la última Guerra entre la Francia y la España. Una rígida imparciali-dad, y una escrupulosa exâctitud harán su mérito principal: por lo tocante à esto, apelo al juicio de los Generales, y personas que han hecho estas Campañas, cuya mayor parte axîste aun.”Encadernação modesta, da época. Com uma nódoa e uma assinatura antigas no frontispício. A folha 9/10 foi grosseiramente remendada, sem que no entanto seja ofendida a mancha de impressão.

842 — MARQUES (Amândio).- ONDE NASCEU PEDRO ÁLVARES CABRAL? Edição do Grupo de Estudos Brasileiros do Porto. 1963. [Tip. da Coop. do Povo Portuense]. In-8.º gr. de 67-V págs. B.Textos preliminares de Hugo Rocha e Donatello Grieco. Edição ilustrada, limitada a 1000 exemplares.

843 — [MARTINS (António Alves)].- O PADRE CONTRA O PADRE, HYPOCRISIA DES-MASCARADA, OU REFUTAÇÃO DO MANIFESTO, QUE O PADRE JOSÉ AGOSTINHO DE MACEDO FEZ Á NAÇÃO PORTUGUEZA. Por hum liberal. Lisboa. Em a nova Impressão da Viuva Neves e Filhos. Anno de 1822. In-8.º de 34-II págs. B.Conforme vem no «Dicionário de Pseudónimos e Iniciais de Escritores Portugueses» de A. da Guerra Andrade, o pseudónimo Por hum liberal pertence a António Alves Martins. Natural de Alijó, religioso da Terceira Ordem de S. Francisco, Doutor em Teologia pela Univ. de Coimbra, Cónego da Sé Patriarcal de Lisboa e Deputado às Cortes em várias legislaturas, segundo registo de Innocêncio no seu inestimável «Dicionário Bibliográfico».Opúsculo com interesse para a polémica e muito célebre questão dos Sebastianistas.

844 — MARTINS (J. P. Oliveira).- A INGLATERRA DE HOJE. (Cartas de um Viajante). Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira - Editor. 1893. In-8.º gr. de IX-I-257-III págs. E.Interessante panorâmica da Inglaterra de há cem anos vista através da pena de um insigne prosador e historiador português. Primeira edição, integrada na colecção das «Obras de Oliveira Martins».Encadernação editorial com imperfeições.

845 — MARTINS (J. P. Oliveira).- PORTUGAL NOS MARES. Ensaios de critica, historia e geographia. Lisboa. Livraria Bertrand. 1889. In-8.º de XVI-249-IX págs. B.Primeira edição, muito invulgar. Do Índice: «Commercio Maritimo Portuguez»; «A Liberdade do Corso»; «Os Roteiros da India»; «A Segunda Viagem de Vasco da Gama a Calicut»; «A Marinha Por-tugueza na era das Conquistas»; «Fernão de Magalhães»; «Godinho de Eredia e Pescarias Nacionaes».

846 — MARTINS (J. P. Oliveira).- QUADRO DAS INSTITUIÇÕES PRIMITIVAS. Lisboa. Livraria Bertrand. 1883. In-8.º de XII-308-VI págs. B.Trabalho estimado e invulgar nesta sua primeira edição, dividido em quatro Livros: «A Familia», «A Propriedade», «A Justiça» e «O Estado».Desconjuntado.

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847 — MARTINS (J. P. Oliveira).- SYSTEMA DOS MYTHOS RELIGIOSOS. Lisboa. Livra-ria Bertrand. 1882. In-8.º de XIX-I-361-III págs. B.Obra original na bibliografia portuguesa da especialidade e importante da rica bibliografia do autor. Primeira edição.

848 — MARTINS (J. P. Oliveira).- TABOAS DE CHRONOLOGIA E GEOGRAPHIA HISTO-RICA. Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira, Editor. [S.d.]. In-8.º de XLIII-I-449-III págs. E.Valioso e minucioso quadro dos mais importantes acontecimentos históricos sucedidos no mundo ao longo do tempo, pouco frequente nesta sua edição original.Encadernação modesta.

849 — MARTINS (J. P. Oliveira).- A VIDA DE NUN’ALVARES. Historia do estabelecimento da dynastia de Aviz. Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira - Editor. MDCCCXCIII. In-4.º de 469-III págs. E.É a primeira e mais bela edição de uma das mais estimadas obras de Oliveira Martins, impressa em bom papel e enriquecida com desenhos de Casanova.Encadernação editorial com cantos e lombada em pele, tendo motivos dourados na lombada e na pasta estando também dourado à cabeça. Com uma assinatura no anterrosto

850 — MARTINS (Maria Ermelinda de Avelar Soares Fernandes).- COIMBRA E A GUERRA PENINSULAR. Coimbra. Na Tipografia da Atlântida. 1944. 2 vols. In-4.º de 387-II e CCCXVIII-I págs. B.A autora historia na primeira parte “os acontecimentos que se desenrolaram na Europa desde 1789 até às Invasões da Península (...) e os acontecimentos que determinaram as expedições de Junot, Soult e Massena, e os factos essenciais que tiveram lugar em Portugal”; na segunda parte procurou, “baseada em documentos, muitos deles pouco conhecidos e muitos outros inéditos, estudar o con-tributo que, para a vitória final, deram generosamente o povo, o clero, os estudantes e os lentes de Coimbra”. O 2º volume transcreve numerosos documentos. Edição esmerada, ilustrada com numero-sas reproduções de gravuras antigas, facsímiles de documentos, portadas de livros, mapas, etc. A obra, muito estimada e indispensável ao estudo do importante assunto de que se ocupa, constituiu a tese de licenciatura em Ciências Históricas e Filosóficas apresentada pela autora à Universidade de Coimbra. Publicação bastante rara, de tiragem limitada a 200 exemplares.

851 — MARTINS (Rocha).- D. CARLOS. História do seu Reinado. Edição do Autor. Compos-to e impresso nas Oficinas do “ABC”. MCMXXVI. In-fólio de VIII-603-I págs. E.Obra das mais interessantes e estimadas do autor, numa cuidada edição de grande porte, ilustrada com centenas de gravuras nas páginas do texto e em folhas à parte, sendo algumas destas em tricromia.Encadernação em percalina, com dizeres dourados na lombada e na pasta e com as capas da brochura conservadas.

852 — MARVAUD (Angel).- LE PORTUGAL ET SES COLONIES. Étude Politique et Écono-mique par... Paris. Librarie Félix Alcan. 1912. In-8.º gr. de IV-335-I págs. E.Com interesse para a história da Républica em Portugal.Encadernação modesta.

853 — MASCARENHAS (Bras Garcia).- VIRIATO // TRAGICO // EM // POEMA HEROICO // ESCRITO POR // BRAS GARCIA MASCARENHAS // natural da Villa de Avò na Provincia da Beyra, & // Governador, que foy da Praça de Alfayates // na mesma Provincia. // OBRA POSTHUMA. // OFFERECIDA AO SERENISSIMO PRINCIPE // DOM IOAM // QUE DEOS

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GUARDE. // POR // BENTO MADEYRA DE CASTRO // Cavaleyro Professo da Ordem de Christo. // EM COIMBRA, Com as licenças necessarias. // Na Officina de ANTONIO SIMO-ENS Impressor da Uni- // versidade Anno de M.DC.LXXXXIX. In-4.º de XVI págs. prels. inum., 780 nums. e IV inums. finais. E.José V. de Pina Martins escreveu um valioso «Estudo sobre o valor Literário do Viriato Trágico de Brás Garcia de Macarenhas», autor que mereceu a António Garcia Ribeiro de Vasconcelos um im-portantíssimo e modelar trabalho, reeditado em edição facsimilar em 1996. VALIOSO CLÁSSICO DA LITERATURA PORTUGUESA, CUJOS EXEMPLARES DA EDIÇÃO ORIGINAL, A QUE APRESENTÁMOS, SÃO MUITO RAROS.Encadernação não contemporânea com lombada de pele, imperfeita. Manchas de humidade e restau-ros antigos na margem junto à lombada. Acidez particularmente acentuada entre as páginas 437 e 444.(ver gravura na pág. 253)

854 — MASCARENHAS (João Galvão Mexia de Sousa).- RESPOSTA ANALYTICA SOBRE DUAS BROCHURAS IMPRESSAS EM PARIS PELO BARÃO DE ST. PARDOUX debaixo dos titulos de CAMPANHAS DE PORTUGAL EM 1833 E 1834. Redigida em Turim no anno de 1836. Lisboa. Imprensa de Francisco Xavier de Souza. 1853. In-8.º peq. de 128-II págs. B.Tem no fim, em folha desdobrável de grandes dimensões a «RELAÇÃO Da força do Corpo do Exercito de operações sobre Lisboa em referencia ao dia 5 de Outubro de 1833». Com interesse para a longa bibliografia das Lutas Liberais.

855 — MASSON (Frédéric).- AVENTURES DE GUERRE [1792-1809]. Souvenirs et Récits de Soldats. Recueillis et Publiés par... Illustrés par F. de Myrbach. Paris. Boussod, Valadon & Cie. [S.d.]. In-fólio de IV-XI-I-162-II págs. e XXX estampas.Muito bela edição, profusamente ilustrada a cores nas páginas de texto e acompanhada de 30 estampas impressas à parte, também coloridas.Interessante livro de memórias com interesse para a história da Revolução francesa.Encadernação original, gravada a ouro na pasta da frente com um desenho alegórico, com superficiais vestígios de bicho.

856 — MATHEUS (Cónego J. Alves)._ ORAÇÃO FUNEBRE DO MARQUEZ DE SÁ DA BANDEIRA, nas exequias mandadas celebrar pelo Centro do Partido Reformista na Igreja da Encarnação da Cidade de Lisboa no dia 21 de Fevereiro de 1876. Lisboa. Imprensa Nacional. 1876. In-8.º de 44 págs. B.Com importância para a biografia de Bernardo de Sá Nogueira, Marquês de Sá da Bandeira. Opúsculo bastante invulgar.

857 — MATHIEU (Rémi).- LE SYSTÈME HÉRALDIQUE FRANÇAIS. J. B. Janin. [1946]. In-8.º de 311-I págs. E.Volume integrado na colecção «La Roue de Fortune», dirigida por Jacques d’Avout. Com ilustrações nas páginas de texto e com XVI estampas impressas à parte.Encadernação com lombada e cantos de pele, com nervuras e ferros a ouro. Com as capas da brochura conservadas e só aparado à cabeça.Com uma anotação a tinta na folha de anterrosto.

858 — MATOS (Armando de).- AS «ARMAS-NOVAS» DE DUARTE PACHECO PEREIRA. Coimbra Editora, Lda. MCMXXXVI. Coimbra. In-4.º de 68-II págs. B.Valioso trabalho de heráldica e genealogia, ilustrado com brasões d’armas e árvores genealógicas. Reduzida separata da revista «Biblos».Assinado no anterrosto.

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859 — MATOS (Armando de).- O BARCO RABELO. Edição da Junta de Província do Douro Litoral. Pôrto — 1940. [Tipografia Sequeira, Lda]. In-4.º de 98-VIII págs. E.Primeira e muito invulgar edição desta importante monografia de um dos mais típicos barcos fluviais portugueses, numa cuidada edição ilustrada nas páginas do texto e em folhas à parte com desenhos de Mirão e fotografias de Alvão. Assuntos tratados: «O Douro», «O barco rabelo», «A navegação», «Os marinheiros».Bonita encadernação em percalina azul gravada a ouro na lombada e com a pasta da frente ornada com a reprodução de um desenho de um barco rabelo, impresso também em percalina e embutido. Ainda na mesma pasta com o título, autor e a menção de “Livraria Fernando Machado - Porto”, gravados a ouro.

860 — MATOS (Armando de).- BRASONÁRIO DE PORTUGAL. Livraria Fernando Machado. MCMXL-MCMXLIII. [Tip. Porto Médico Lda.]. 2 vols. In-4º de 240-IV e 199-I-CIII-III págs. além de 112 ff. para o primeiro e 96 para o segundo, folhas onde vêm impressos os brasões. E.Obra de fundamental importância para o estudo da genealogia e heráldica portuguesas, numa mag-nífica e muito esmerada edição executada sobre bom papel e ilustrada com 1870 brasões desenhados por Gouveia Portuense, luxuosamente impressos a cores e metais. Devido à sua limitada tiragem os exemplares desta valiosa obra poucas vezes aparecem no mercado.Os volumes, com as capas de brochura conservadas, estão revestidos das excelentes encadernações editoriais, em inteira de carneira, com ferros dourados nas lombadas e pastas.

861 — MATOS (Armando de).- A CASA DE MATEUS. Edições Apolino. V. N. de Gaia. 1930. In-8.º gr. de 68-I págs. B.Estudo heráldico e genealógico ilustrado com brasões impressos em separado, tendo, na capa de bro-chura, um aspecto do belo solar de Vila Real. Tiragem limitada a 250 únicos exemplares.

862 — MATOS (Armando de).- EVOLUÇAO HISTORICA DAS ARMAS NACIONAIS POR-TUGUESAS. 1939. Editores Fernando Machado & C.ª L.da. Porto. In-4.º de 138-XIII-I págs. B.Estudo proficientemente elaborado e documentado, enriquecido com numerosos elementos iconográ-ficos impressos nas páginas do texto. Edição cuidada, limitada a 750 exemplares numerados.Capa da brochura com marcas de acidez.

863 — MATOS (Armando de).- HERÁLDICA. (Estudos, Notas & Comentários). Pôrto. 1940. [Companhia Editora do Minho. Barcelos]. In-4.º de 166-II págs. B.Destes apreciados estudos histórico-heráldicos apenas se imprimiram 490 exemplares, todos numerados.

864 — MATOS (Armando de).- A HERÁLDICA DOS BASTARDOS REAIS PORTUGUE-SES. 1940. [F. Machado & Cª Lda]. In-4.º de 106-XIV págs. B.Muito curioso e invulgar trabalho heráldico-genealógico, com reproduções de brasões de armas.Capa da brochura com marcas de acidez.

865 — MATOS (Armando de).- A LENDA DO REI RAMIRO E AS ARMAS DE VISEU E GAIA. (Carta-prefácio do Dr. Fidelino de Figueiredo). Porto. 1933. In-8.º de 160-IV págs. BEstudo estimado, ilustrado com estampas intercaladas no texto e em separado. No fim do volume vem reproduzido integralmente o poema de João Vaz, intitulado «O Castelo de Gaia».Com dedicatória do autor.

866 — MATOS (Armando de).- MANUAL DE GENEALOGIA PORTUGUESA. 1943. Fer-nando Machado & Cª Ldª. Porto. In-4.º de 139-III págs. B.Este trabalho, de grande utilidade consultiva, teve restrita tiragem, sendo por isso bastante invulgares os exemplares que aparecem à venda. Ilustrado em separado.

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867 — MATOS (Armando de).- PEDRAS DE ARMAS DE PORTUGAL. Edição de Fernando Machado & Cª, Lda. Porto. [1947]. In-4.º gr. de 563-III págs. E.Importante elemento para o estudo da heráldica e genealogia portuguesas, especialmente no que respeita à província do Minho. Edição cuidada, enriquecida com numerosas fotogravuras de pedras de armas. Tiragem limitada a 750 exemplares numerados.Encadernação editorial inteira em pele, com dourados e ferros a seco na lombada e na pasta, tendo conservadas as capas da brochura. Com defeitos de conservação superficiais.

868 — MATOS (Armando de).- REGISTO GENEALÓGICO. Organizado por... 1944. Editores Fernando Machado & Cª Lda. Porto. In-4º de 142-XXIV págs. B.Manual destinado a quem deseje organizar um registo genealógico da sua família servindo-se dos gráficos em branco contidos no próprio volume

869 — MATOS (Augusto C. da Silva) & MENDES (A. Lopes).- O BUSSACO. [1874. Lalle-mant Frères, Typ. Lisboa]. In-8.º gr. de 127-III págs. B.Invulgar monografia de um dos ainda hoje mais belos espaços arborizadas portugueses, com texto de Silva Matos e belas gravuras de Lopes Mendes. Frontispício gravado com os retratos dos autores e uma carta geográfica do Bussaco impressa em folha à parte.

870 — MATOS (Helena Maria de Araújo de Carvalho).- ESTUDO SOBRE A SÉ DE BRAGA. Braga. 1960. In-4.º de 104 págs. B.Monografia ilustrada em folhas à parte, dada a lume em reduzida separata da revista «Bracara Augusta».

871 — MATOS (João Xavier de).- RIMAS DE JOÃO XAVIER DE MATOS ENTRE OS PAS-TORES DA ARCADIA PORTUENSE ALBANO ERITHREO. Dedicadas à Memória do Grande Luiz de Camões (...) dadas à Luz por Caetano de Lima e Mello. (...) Nova edição. Lisboa. Na Typografia da Academia R. das Sciencias. 1827. 3 vols. In-8.º de VI-312-II; VI-362-VI e VI-271-IX págs. E.O autor, de origem plebeia, tornou-se popular com o poema pastoral Albano e Damiana que foi cantado pelos cegos de Lisboa.Conforme J. Prado Coelho no «Dicionário de Literatura», “Uma estadia no Porto permitiu-lhe ingressar na Arcádia Portuense (...); e aí terá conhecido Paulino Cabral.”A partir de 1783, Xavier de Matos, “que o Marquês de Nisa fizera ouvidor na Vidigueira, encontrou novo Mecenas em D. Fr. Manuel do Cenáculo.”“X. de M. assimilou de modo impressionante o estilo camoniano, e com ele o jeito de encarecer a mulher, de exprimir o amor infeliz e as injúrias do Destino. Compôs alguns dos mais belos sonetos do Neoclassicismo, (...) Mas X. de M. também aprendeu de Camões a revelação da vida interior; a sua poesia é muitas vezes autobiográfica, confidencial (...), com acentos pré-românticos de profunda melancolia ou desespero, que nada perderam do seu poder de comoção (...)”.Encadernações da época de pele inteira, decoradas a ouro e com rótulos vermelhos.

872 — MATTOS (José da Assumpção de).- AS GLORIOSAS BANDEIRAS DE PORTUGAL. Evolução histórica da Bandeira Nacional. Direcção e Edição do Solicitador Fernando de Mattos. Porto. 1961. In-4.º peq. de 93-III págs. B.“O presente trabalho pretende mostrar a evolução que a Bandeira Nacional sofreu ao longo da nossa História. Sem alardear uma erudição excessiva que dificilmente se harmonizaria com a índole de vul-garização que à obra se deseja imprimir, mas também sem deficiências que minimizariam a finalidade proposta, comenta-se o fundamento histórico e justifica-se a simbologia heraldística de cada uma das formas principais que o emblema da Pátria apresentou. (...)”Edição cuidada, em bom papel e com dez estampas a cores representando outras tantas bandeiras.Capa da brochura ilustrada a cores.

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873 — MAUNY (Raymond).- LES NAVIGATIONS MÉDIÉVALES SUR LES CÔTES SAHARIENNES ANTÉRIEURES À LA DÉCOUVERTE PORTUGAISE (1434). (Thèse com-plémentaire soutenue devant la Faculté des Lettres de Paris le 29 Avril 1959). Centro de Estudos Históricos Ultramarinos. Lisboa, 1960. In-8.º de XV-I-151-I págs. B.Edição ilustrada com mapas impressos em folhas desdobráveis.

874 — MAW (Henrique Lister).- NARRATIVA DA PASSAGEM DO PACIFICO AO ATLAN-TICO, A TRAVEZ DOS ANDES NAS PROVINCIAS DO NORTE DO PERU, E DESCENDO PELO RIO AMAZONAS, ATÉ AO PARA. Traduzida do Inglez. Liverpool, Impressa por F. B. Wright. 1831. In-8.º gr. de IV-VIII-318 págs. E.“O consideravel commercio que quasi todas as naçoens hoje fazem com as antigas colomnias Hes-panholas, e a certeza que tenho de que muitos dos generos de industria e cultura Portuguesa podiaõ ter vantajosa extracçaõ naquelles mercados, exigem o chamar a attençaõ do Governo á necessidade de fazer augmentar para aquelle vasto Continente o valor das nossas exportaçoens, e ainda que esta narrativa só trate limitadamente das producçoens d’algumas partes do Peru, e do Brasil, nenhuma duvida existe, que hum commercio lucrativo e valioso se offerece taõbem á naçaõ Portuguesa com o Chili, Buenos Ayres, Columbia, Mexico, &cª., promovendo o Governo que se obtênhaõ aquellas prévias informaçoens que se fazem necessarias, e alterando os regulamentos que obstaõ á admissaõ dos nossos generos naquelles mercados, e á dos productos destes differentes paizes em Portugal. (...)“Valiosas devem ser taõbem para o Governo do Brasil as observaçoens com que o author conclue esta narrativa, e as quaes, a meu vêr, forneceriaõ, se postas em practica, hum resultado naõ só infallivel, mas vantagens d’huma tal magnitude, que em breves annos fariaõ o paiz prosperar extensamente, e concorreriaõ para estabelecer aquella obediencia ás leys, civilisaçaõ, e boa ordem, sem as quaes nenhum povo se pode considerar feliz.”Edição bastante rara, ilustrada com um mapa desdobrável de grandes dimensões (21,5x48 cm) intitu-lado «PLANO DO AMAZONAS que deve acompanhar a Narrativa do Tenente Maw».Encadernação original com a lombada mal cuidada. Vestígios de acidez que afectam não só primeiras e últimas folhas, como também o mapa descrito.

875 — MAXIMES // DE LA MORALE // DES JÉSUITES, // PROUVÉES par les Extraits de // leurs Livres déposés au Greffe // du Parlement: // OU // TABLE analytique des Assertions // dangereuses & pernicieuses en tout // genre des soi-disans J´suites, pré- // sentées au Roi, & envoyées aux // Archevêques & Evéques du Ressort // du Parlement de Paris, en exécution // de l’Artêt du 5 Mars 1762. In-8.º peq. de 111-II págs. E.

——— [CAUVIN].- ARREST // DE LA COUR // DU PARNASSE // Pour les Jesuites // Poëme // Avec Notes et Figures // A Delphes // Chez Pagliarin // Libraire. // M. D. CC. LXII. // Avec Permission et privilége // d’Apollon. In-8.º peq. de 6-55-I págs.

——— [GRASSE (Jacques de)]. [ÉVEQUE D’ANGERS].- ORDONNANCE // ET // INSTRUCTION PASTORALE // DE MONSEIGNEUR // L’ÉVÊQUE D’ANGERS, // Portant condamnation de la Doctrine contenue // dans les EXTRAITS DES ASSERTIONS, &c. // [Gra-vura com brazão de armas eclesiàstico] // A ANGERS, de l’Imprimerie de PIERRE-LOUIS // DUBÉ, Imprimeur de Monseigneur l’Evêque. // et se trouve, // A PARIS, chez P. G. SIMON, Imprimeur du Parlement, rue de la Harpe, à l’Hercule. // — // M. DCC. LXIII. In.8.º peq. de 24 págs. E.Interessante e muito invulgar miscelânea com interesse para a história da abolição da Companhia de Jesus em França.A obra MAXIMES DE LA MORALE DES JÉSUITES é composta pelos seguintes capítulos: Probabilisme; Péché Philosophique; Simonie et Confidence; Blasphême; Sacrilége; Magie; Astrologie; Irréligion;

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Idolatrie; Idolatrie Chinoise; Idolatrie Malabare; Impudicité; Parjure, Fausseté, faux Témoignage; Prévarication de Juges; Vol, compensation occulte; Homicide; Parricide et homicide; Suicide et homi-cide; Lese-Majesté et Régicide.A Edição ARREST DE LA COUR DU PARNASSE, no «Dictionnaire des Ouvrages Anonymes» de Barbier, atribuída a Cauvin, apresenta um belo frontispício alegórico, assinado de Montalais Inv. e é acompanhada de uma gravura aberta em chapa de cobre pelo mesmo gravador, com a legenda bíblica: «Vous êtes les enfans du Diable (...)».Bonita encadernação da época, em pergaminho, com nervuras e dizeres manuscritos na lombada e na pasta da frente. Com um pequeno restauro no frontispício da última obra. (ver gravura na pág. 258)

876 — MAZURE (M. A.).- HISTOIRE DU BÉARN ET DU PAYS BASQUE. Faits, Législa-tions, Diocèses, Races, Monumens d’Archéologie et d’Art, Idiomes, Poésie nationale, etc.; Notice sur le Trésor des Chartes aux Archives de Pau. Pau. Imprimerie de É Vignancour, Édi-teur. 1839. In-8.º de VIII-588-80 págs. E. Cuidada edição, impressa sobre papel de escolhida qualidade. No final a Obra vem documentada com a reprodução de assinaturas antigas e em folhas desdobrável, de um documento medieval que julgamos ser um foral.Encadernação com lombada de pele.

877 — MEA VILLA DE GAYA. (Guia illustrado do Concelho de Gaya). Por Antonio Arroyo, José Fortes, José Queiroz, Manuel Monteiro e Joaquim Leitão. Porto. 1909. In-8.º gr. de 95-XVII-I págs. B.Boa edição em papel couché, a primeira, integrando estudos sobre cerâmica, feiras e romarias, belas-artes, praias, monumentos, etc. Ilustrado. Queiroziano. Referências a Camilo acerca de um monumento a erigir-lhe no Porto.Com pequenas imperfeições na capa da brochura.

878 — MEARIM (Barão de).- GENEALOGIA DO BARAO DE MEARIM. 1923. Imprensa Libanio da Silva. Lisboa. In-4.º de VI-308 págs. E.Magnífica edição, ilustrada com a reprodução de retratos e com diversos brasões a ouro e a cores em folhas tiradas à parte. Tem, em folhas desdobráveis, algumas árvores genealógicas. TIRAGEM ÚNICA LIMITADA A 250 EXEMPLARES NUMERADOS E RUBRICADOS PELO AUTOR.Encadernação com lombada e cantos de pele, decorada com nervuras e original composição gravada a ouro, em casas fechadas. Só superficialmente aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

879 — MELO (Álvaro de Azeredo Leme Pinto e) AZEREDOS DE MESÃOFRIO. Seus ramos e ligações. Porto. Edição e propriedade do autor. 1914. In-4.º de 270-II págs. E“Como o seu título indica, trata este volume de estudar a família dos Azeredos de Mesãofrio, seguindo não só o ramo principal que foi senhor da casa da Picota, naquela vila, e as ligações matrimoniaes que contrahiu, mas tambem os ramos que destacou para diferentes casas ou que foram constituir famílias em diversos pontos do país”.Edição raríssima, confinada a 150 únicos exemplares numerados e assinados pelo autor.Com as capas da brochura preservadas, só ligeiramente aparado à cabeça e revestido de boa encader-nação inteira de pele.

880 — MELO (Álvaro de Azeredo Leme Pinto e) .- AZEVEDOS COUTINHOS DE SÃO MAR-TINHO DE MOUROS. Porto. Edição e propriedade do autor. 1918. In-8.º gr. de 261-I págs. E.São muito raros os exemplares desta valiosa monografia genealógica, também com interesse para história do Concelho de Resende, porquanto a sua tiragem foi confinada a “cem exemplares, todos numerados e rubricados pelo autor”.Bela encadernação inteira de pele, com ferros gravados a seco, nervuras e rótulos na lombada. Con-serva as capas da brochura e está só ligeiramente aparado à cabeça.

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881 — MELLO (António Joaquim de Mesquita e).- CARTAS DE NOTANIO PORTUENSE A SILVIO TRANSMONTANO: Contendo a historia da nossa redempçao politica, desde a morte d’El-Rei, O Senhor D. João Sexto, até a Rainha, A Senhora D. Maria II, assumir a Regencia do Reino, emancipada pelas Côrtes. Dedicadas e Offerecidas Á muito Heroica, muito Nobre, e Leal Cidade do Porto. (...) Porto. Na Typ. Commercial Portuense. 1836. In-8.º de 242 págs. E.Innocêncio faz referência ao autor dizendo que “nasceu no anno de 1789, em uma quinta nas proximi-dades do Porto (...)”. O volume é composto por 15 Cartas em verso solto de apologia à causa liberal, das quais se promete continuação sem que no entanto o mesmo bibliógrafo soubesse se “mais algumas chegaram a ver a luz.”As primeiras e últimas folhas apresentam vestígios de acidificação.

882 — MELO (Antonio Joaquim de Mesquita e).- COLLECÇÃO DE POESIAS REIMPRES-SAS E INEDITAS. Porto. Na Typographia de Sebastião José Pereira. 1860-1861. 2 vols. In-8.º de 302-I e 413-I págs. E.O primeiro volume abre com o poema O Porto Invadido e Libertado, publicado pela primeira vez em 1815, poema que tem como cenário a invasão francesa nesta cidade em 1809 e nesta edição já refun-dido. Com um retrato litográfico do autor.Encadernações da época com lombadas de pele.

883 — MELO (António Joaquim de Mesquita e).- D. SANCHO II, Quarto Rei de Portugal. Romance historico por... Dedicado, e offerecido á Heroica Cidade do Porto. Porto. Typographia Lusitana. 1869. In-8.º de 302-II págs. B.Romance em verso, antecedido de um texto em prosa do mesmo autor, natural do Porto, onde se explana o respectivo argumento. Invulgar.

884 — [MELO (António Joaquim de Mesquita e)].- PALESTRA ENTRE UM CAPUCHO E UM ESCUDEIRO. Coimbra, Na Imprensa da Universidade. 1822. In-8.º peq. de 86-II págs. B.Dado à luz da imprensa sem o nome do autor, foi por Innocêncio atribuida esta obra em verso a A. J. de Mesquita e Mello, nascido “no anno de 1789, em uma quinta nas proximidades do Porto”, segundo Alberto Pimentel em “Avintes no estio de 1792”. [in «O Tripeiro», Ano 1, n.º 28].

885 — [MELO (António Joaquim de Mesquita e)].- O PORTO INVADIDO E LIBERTADO. Anno 1815. Na Officina de Joaquim Thomaz de Aquino Bulhões. In-8.º peq. de 78 págs. Desenc.Duas edições foram publicadas no mesmo ano, uma das quais sem indicação de autor, conforme o exemplar que apresentamos, que julgamos ter sido a primeira a ser impressa.Em artigo dedicado a esta obra publicado n’O Tripeiro [2.º Ano, n.º 66], Moraes Serpa diz que “Na sua epoca estava em moda a recitação de odes e sonetos em espectaculos de gala feita pelos seus auctores. Mesquita não podia furtar-se a essa prova (...) “O assumpto é patriotico. Descreve a invasão napole-onica, que sob o commando do marechal Soult fez o Porto theatro das suas façanhas bellicas, d’onde o conseguiu desalojar o bravo general Wellesley.”; Também Alberto Pimentel refere esta composição poética no mesmo Jornal [1.º Ano, n.º 28], num artigo intitulado «A tragedia da ponte» dizendo que o Poema foi composto “logo após a invasão franceza de 1809”; “Pelo que respeita em especial á horrorosa tragedia da ponte, Mesquita e Mello certamente a descreveu n’aquelle seu poema segundo a versão geralmente recontada e seguida tanto no Porto como nos arredores.”

886 — MELO (António Joaquim de Mesquita e).- A VOZ DO POVO NOS DEPLORAVEIS ACONTECIMENTOS NO PAÇO; e A Voz da Rainha a Senhora D. Maria II. Porto: Typogra-phia de Manoel José Pereira. 1862. In-8.º de 20 págs. B.Opúsculo em verso, de muito raro aparecimento no mercado livreiro, inspirado nos acontecimentos ocorridos com a prematura morte de D. Pedro V.

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887 — MELO (Arnaldo Faria de Ataíde e).- O PAPEL COMO ELEMENTO DE IDENTIFICA-ÇÃO. Lisboa. Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional. 1926. In-8.º de 88 págs. B.Auxiliar de investigação bibliográfica por vezes de decisiva importância, constituído pela recolha de “materiais para a identificação dos documentos manuscritos e impressos em papel até final do século XIX em Portugal”, acompanhado de estampas desdobráveis com as reproduções das marcas de fabri-cantes. Muito invulgar.

888 — MELO (D. Francisco Manuel de).- APOLOGOS // DIALOGAES, // COMPOS-TOS // PER // D. FRANCISCO MANOEL // DE MELLO, // VARAM DIGNO DAQUELLA ESTIMAC,AM, // que o mundo, em quanto vivo, fez da sua pessoa, & depois // de morto conserva ao seu nome. // OBRA POSTHUMA, // & a mais Politica, Civil & Gallante, que fez seu Author. // OFFERECIDA AO PRECLARISSIMO SENHOR // D. ANTONIO ESTEVAM // DA COSTA, // Armador mór de S. Magestade, &c. // PER // MATHIAS PEREYRA DA SYLVA. // [vinheta ornamental] // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina de MATHIAS PEREYRA DA SYLVA, // & JOAM ANTUNES PEDROZO. // M.DCC.XXI. In-4.º de XX págs. prels. inums. e 464 nums. E.Esmerada composição e impressão, decorada de letras capitais de fantasia, cabeções de enfeite e flo-rões de remate em gravuras abertas em madeira.O texto compreende os Apologos: «Relogios Falantes», «Escritorio Avarento», «Visita das Fontes» e «Hospital das Letras».Obra clássica estimada e MUITO RARA NESTA EDIÇÃO ORIGINAL.Encadernação inteira de pergaminho, da época, com restauros. Com acentuadas manchas de água e ocasionais picos de traça. (ver gravura na pág. 262)

889 — MELO (D. Francisco Manuel de).- CARTA DE GUIA DE CASADOS. Para que pelo ca-minho da Prudencia se acerte com a casa do Descanço. Lisboa. M.DCCC.IX. Na Nova Officina de João Rodrigues Neves. In-8.º peq. de XII-210 págs. E.Dedicatória impressa do autor a seu primo D. Francisco de Mello, “Alcayde-Mór de Lamego, Com-mendador de S. Pedro de Lira, Trinchante de S. Mag.” Invulgar edição de um dos importantes textos clássicos portugueses.Encadernação inteira de pele, da época.

890 — MELO (Joaquim Lopes Carreira de).- BIOGRAPHIA DO PADRE JOSE AGOSTINHO DE MACEDO. Seguida d’um catalogo alfabetico de todas as suas obras. Porto: Typ. de Fran-cisco Pereira d’Azevedo. 1854. In-8.º de II-LVIII págs. B.Edição ilustrada com um retrato do Padre Agostinho de Macedo, litografado por Dias da Costa.Com um pico de traça.

891 — MELO (SABUGOSA) (José de).- PEDRAS DE ARMAS QUE AINDA EXISTEM NALGUMAS CASAS DE LISBOA E SEUS ARREDORES — Album inédito organizado pelo ... Câmara Municipal de Lisboa. 1947. In-8.º de III-77-I folhas. E.Invulgar separata da Revista Municipal de Lisboa, ilustrada pelo autor com 77 desenhos das Pedras d’Armas estudadas que formam uma valiosa colecção “que abrange toda a vasta zona da cidade e estende-se de Algés a Braço de Prata e do Terreiro do Paço a Odivelas e Loures. (...)“A par dos brasões de armas, escreveu D. José de Melo a história das edificações onde os mesmos figuravam e também a das famílias que as habitaram.”Boa encadernação com lombada e cantos de pele. Só aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

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892 — MELO (Manuel Soares de Albergaria Paes de).- SOARES DE ALBERGARIA (Subsí-dios para a sua história). Prefácio de Luiz de Bivar Pimentel Guerra. Edição do autor. Lisboa. 1952]. In- 4.º peq. de 481-III págs. E.Muito apreciado trabalho de investigação genealógica, ilustrado com numerosas estampas impressas em separado e com muitas árvores genealógicas em folhas desdobráveis.Edição limitada a apenas 400 exemplares, dos quais 100 numerados e impressos em papel vergé.Encadernação inteira de pele, com rótulos, nervuras e ferros gravados a seco na lombada e pastas. Conserva as capas da brochura e as margens intactas.

893 — MEMORIA HISTORICA ÁCERCA DA PERFIDA E TRAIÇOEIRA AMIZADE INGLEZA, dedicada e offerecida Ao Illmo. e Excmo. Snr. Manoel da Silva Passos (...) Por F. A. de S. C. Porto: Na Typographia de Faria & Silva. 1840. In-8.º de 261-III págs. E.Com importância para história das relações luso-inglesas, este invulgar opúsculo, frequentemente atribuído a Francisco de Assis Castro e Mendonça, foi publicado apenas com as iniciais do autor. Inno-cêncio inicialmente atribui sob o n.º 566 do Vol II, págs. 348, a este fervoroso médico homeopático a autoria da obra, dizendo no entanto no Vol. IX, págs. 263, que “Em uma carta missiva que me escre-veu (...), nega ele ter tido parte alguma na traducção ou publicação dos dous volumes n.ºs 566 ou 568.Também Martinho Augusto da Fonseca, nos Subsídios para um Diccionario de Pseudonimos regista o pseudónimo de Fr. Anastácio de Santa Clara com a mesma série de letras.Com uma pequena assinatura no frontispício de A. J. do Nascimento Leão.

894 — MEMORIAL DE ARTILLERÍA. Entrega Extraordinaria en el primer centenario del Dos de Mayo de 1808. Madrid. Imprenta de Eduardo Arias. 1908. In-4.º de II-300-IV págs. B.Edição comemorativa do heróico levantamento popular efectuado em Madrid contra as tropas france-sas em 2 de Maio de 1808.Capítulos: Los Artilleros de Montelon; El Colegio de Artillería en 1808 y la Academia de Artillería en 1908; Fábrica de Pólvoras y Explosivos de Granada; La Fábrica de Pólvora de Murcia. 1808-1908; La Fábrica de Trubia; Fábrica de Artillería de Sevilla. 1565-1808; Fábrica de Armas de Oviedo. 1808--1908; La Fábrica de Armas de Toledo en 1808 y en 1908; Pirotecnia militar de Sevilla; Maestranza de Artillerìa; Taller de precisión, Laboratorio y Centro electrotécnico de Artillería; Fábricas Organizadas durante la Guerra, etc.Edição documentada com 16 plantas impressas em folhas desdobráveis e três em página inteira.

895 — MEMORIAS // ECONOMICAS // DA // ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS // DE LISBOA, // PARA O ADIANTAMENTO // DA AGRICULTURA, DAS ARTES, // E DA IN-DUSTRIA EM PORTUGAL, // E SUAS CONQUISTAS. // ... // LISBOA // NA OFFICINA DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS. // M.DCC.LXXXIX-MDCCCXV. 5 vols. In-4.º págs. E.Memórias de variadíssimo interesse, da autoria dos mais competentes investigadores portugueses da época.Colecção muito estimada e rara, com todos os volumes da primeira edição.Inocêncio: “Como nos cinco referidos volumes se comprehendem trabalhos de interesse e proveito, que tem de ser muitas vezes consultados pelos estudiosos, parece conveniente dar aqui a resenha ou indice das materias n’ellas conteúdas (...)”, ocupando quase quatro páginas na transcrição dos respec-tivos títulos.Encadernações da época, com as lombadas de pele bastante danificadas. (ver gravura na pág. 264)

896 — MENDES (Cónego Alves).- O PRIORADO DE CEDOFEITA. Breves considerações sobre o Officio Capitular do Dom Prior, por Antonio Alves Mendes da Silva Ribeiro. Porto. Typ. de Antonio José da Silva Teixeira. 1881. In-8.º gr. de 128 págs. B.Trata de uma questão que opunha o Prior da velha Igreja de Cedofeita, no Porto, aos beneficiados da respectiva Colegiada, tendo Alves Mendes vindo, neste opúsculo, em defesa do primeiro.

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897 — MENDES (João da Silva).- MEMORIA BIOGRAPHICA DO CORONEL FRANCIS-CO BERNARDO DA COSTA E ALMEIDA, Tenente-rei da praça d’Almeida em 1810, por... Mandada publicar pela viuva e filha do Author. Revista e accrescentada com um appendice por Antonio Ribeiro da Costa e Almeida. Porto. Typographia de Antonio José da Silva Teixeira. 1883. In-4.º de IV-300 págs. B.“Este livro (...) contém muitos pormenores da vida militar do nosso avô, o tenente-rei da praça de Almeida, fuzilado em 1811 por ordem do excellentissimo conde de Trancoso, o marechal William Carr Beresford, natural da Irlanda, e commandante do exercito portuguez durante as ultimas invasões dos francezes em terras de Portugal.“Este excellentissimo e portuguez conde, foi aquelle mesmo inglez corsario, que nos extorquiu a ilha da Madeira, praticando o alto feito de, ao som dos camartellos que picavam todos os escudos e armas representantes do dominio do rei de Portugal, mandar arriar a bandeira do mesmo senhor rei, para içar em vez d’esta o pavilhão do senhor rei d’Inglaterra. (...)“A monarchia espingardeou-nos um avô e encarcerou-nos o outro; a monarchia fez morrer nosso pai no exilio, e depois de nos arrastar pelas prisões, nos desbaratou o patrimonio disperso e devorado com iniquos sequestros. (...)“A monarchia espingardeou nosso avô, que nunca serviu os francezes, nem pediu que Napoleão a substituisse; a monarchia encarcerou nossa avó, que havia concorrido com o seu dinheiro para o resgate da patria, que a propria monarchia abandonou; enfim a monarchia fez expatriar nosso pai, que morreu no exilio, só porque elle não quiz perjurar o codigo outorgado pela mesma monarchia, e que esta tem perjurado, sophismado e illudido todas as vezes, que lhe tem appetecido. (...)”Obra importante para a história das invasões francesas, de muito escasso aparecimento no mercado.COM DEDICATÓRIA DO AUTOR.

898 — MENDONÇA (Astolfo de).- NOVA // SECIA, E BRIO DAS // COSINHEIRAS. // Com todas as suas boas, e más manhas, // que tem, e os seus bons ajustes, quan- // do vaõ para caza de seus Amos servir. // Composta pelo Doutor // ASTOLFO DE MENDON,CA // Anatomico de todos os caldos requentados, // in uno Puteo sine fundo Sapientiæ. // [xiligravura alegórica] // A panela, que està ao lume, e agoa mal, // Cosinheira prova, e vé se tem sal. [S.l.n.d.] In-8.º de 7-I págs. Desenc.Muito raro folheto de cordel, não referido nos catálogos das colecções de Arnaldo Saraiva, Jorge de Faria ou da Fundação Calouste Gulbenkian.

899 — MENDONÇA (Henrique Lopes de).- ALMAS PENADAS. Lisboa. Portugal-Brasil Companhia Editora. [S.d]. In-8º de IV-225-III págs. B.Exemplar da primeira edição. Com interessantes capítulos históricos e integrado na série «Scenas de Vida Heróica». Capa da brochura ilustrada pelo pintor e ilustrador Alberto Sousa. Com uma pequena assinatura no anterrosto.

900 — [MENDONÇA (D. Luis António Carlos Furtado de)].- AS MINHAS OBSERVAÇOES Á CARTA DO DOUTOR ABRANTES. Lisboa: Impressão de Eugenio Augusto. 1828. In-8.º de 29-III págs. B.Publicação anónima identificada por Innocêncio como sendo da autoria de D. Luis Furtado de Men-donça, natural do Rio de Janeiro, Prior Mór da Ordem de Cristo. Sobre o Doutor Abrantes refere o mesmo bibliógrafo, tratar-se de Bernardo José de Abrantes e Castro a quem dedicou extensa rubrica.Com uma anotação manuscrita no frontispício identificando a autoria do opúsculo.

901 — MENESES (Bourbon e).- O DIARIO DE JOÃO CHAGAS. A Obra e o Homem. 1930. J. Rodrigues & Cª - Editores. Lisboa. In-8.º de 138-VI págs. B.Livro polémico, de forte ataque a João Chagas, depois de publicado o seu Diário. Segundo palavras do autor: “Antes que m’o digam, digo-o eu: este livro é cruel. Cruel porque é severo. Assim m’o ditou a consciencia sobranceira á lisonja de todos os aplausos. Quiz ser justo. Não cedi, por isso, escrevendo-o, á tentação de réplica imediata.”

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905 - ver pág. 268

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902 — MENESES (Francisco de Sá de).- MALACA // CONQVISTADA // POEMA HEROI-CO // POR // FRANCISCO DE SAA // DE MENEZES. // COM OS ARGUMENTOS // DE D. BERNARDA FERREIRA. // ANTIGAMENTE // Impresso: agora reformado. // OFERECIDO // A Real Magestade de el Rey Dom // AFFONSO VI. // Nosso Senhor. // —— // EM LISBOA // Com todas as licenças necessarias // Por Paulo Craesbeeck, anno 1658. In.8.º de XII-396 págs. E.O autor, natural do Porto, viveu entre os anos de 1600 e 1664, tendo ingressado no Convento de S. Domingos de Benfica no ano de 1642. Para além deste poema épico, de forte influência camoniana, compôs sonetos, sátiras e a tragédia D. Maria Teles. Hoje está representado no Monumento a Camões da autoria de Victor Bastos, em Lisboa, conjuntamente com os 8 destacados vultos da cultura nacional seleccionados para ornar o pedestal da estátua que antecedeu as comemorações do 3.º centenário da morte de Luis de Camões.Segunda edição, segundo Innocêncio “indubitavelmente preferível á primeira.”Encadernação contemporânea em pergaminho, com o título manuscrito na lombada. Acidificação do papel particularmente acentuada em alguns dos cadernos e uma mancha de água que atinge as págs. 253 a 483 na margem exterior.

903 — MENESES (Francisco de Sá de).- MALACA // CONQUISTADA // PELO GRANDE // AFFONSO DE ALBUQUERQUE, // POEMA HEROICO // DE // FRANCISCO DE SÁ DE ME-NEZES; // COM OS ARGUMENTOS // DE D. BERNARDA FERREIRA. // Terceira Impressão mais correcta que // as precedentes. // LISBOA // Na Offic. de JOZÉ DE AQUINO BULHOENS. // Anno de M.DCC.LXXIX. // Com licença da Real Meza Censoria. In-4.º peq. de VIII-461-I págs. E.Edição preferível às anteriores por ser consideravelmente aumentada quer relativamente à edição original, quer à segunda edição, também ela revista e muito acrescentada.Encadernação da época de pele inteira, com bonitos ferros gravados a ouro na lombada.

904 — MENESES (D. Francisco Xavier de).- HENRIQUEIDA // POEMA // HEROICO // COM ADVERTENCIAS PRELIMINARES // das regras da Poesia Epica, Argumentos, // e Notas. // COMPOSTO PELO // ILLUSTRISS. E EXCELLENT. CONDE DA ERICEIRA // D. FRANCIS-CO XAVIER // DE MENEZES, // ... // LISBOA OCCIDENTAL: // NA OFFICINA DE ANTONIO ISIDORO DA FONSECA, // ... // Anno de 1741. In-8.º gr. de CIV-411-I-149-I págs. E.Pesem embora alguns defeitos apontados por Inocêncio a esta obra, o mesmo bibliógrafo diz que “nin-guem negará que a linguagem é pura, e correcta, como o são todas as obras do conde, que foi de certo um dos melhores escriptores do seu tempo”. Diz também que “Alguns exemplares trazem no fim, de pag. 154 a 164, a «Bibliotheca Ericeiriana, ou catalogo dos livros impressos e manuscriptos, que compuzeram os Condes da Ericeira da familia de Menezes (...)”, o que acontece com o exemplar pre-sente, que termina o seu último grupo de págs. a 149, parecendo que assim está completo, porquanto as V págs. finais se referem a Aprovações e Advertências. Diz ainda inocêncio que “Os exemplares (...) estiveram mui depreciados. Hoje, porém, que já são algum tanto raros, subiram de valor (...)”.José dos Santos no Catálogo dos Condes Azevedo-Samodães faz com bastante rigôr a descrição física desta edição.Boa encadernação inteira de carneira, da época. Com um selo em lacre, gravado com sinete heráldico no frontispício.

905 — MENEZES (José de Azevedo e).- NINHARIAS. Refutação documentada dos erros com-metidos pelo Sr. Anselmo Braamcamp Freire nos seus estudos publicados ácerca dos FARIAS, de Barcelos. (Vol. III). Famalicão. Typographia “Minerva”. 1911. In-4.º de IV-268-104-II págs. E.Tem ainda, além das páginas mencionadas, 53 tábuas genealógicas, desdobráveis, e ainda várias estampas em papel couché.TRABALHO GENEALÓGICO DE MUITO INTERESSE E VALIA, NUMA EDIÇÂO CONFINADA APENAS A 100 EXEMPLARES NUMERADOS.Encadernação com a lombada e cantos de pele, só aparado à cabeça e com as capas de brochura preservadas.Com um ex-libris heráldico dos Olivais e Penha Longa colado no verso da folha de justificação da tiragem.(ver gravura na pág. 267)

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910 - ver pág. 270

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906 — MERLE (Iris).- PORTUGUESE PANORAMA. Ouzel Press. [London. 1958]. In-8.º gr. de 224 págs. E.Edição profusamente ilustrada com fotografias a preto e branco impressas em folhas à parte.Encadernação editorial.

907 — MESQUITA (José Teixeira de). LAGES, Luiz (Barão das).- TRINTA E CINCO ANNOS DE VIDA MILITAR. (1808-1843). Typographia Peninsular. Porto. [S.d.] In-4.º de 111-I págs. B.Notas biográficas de José Teixeira de Mesquita, 1º Barão das Lages; nascido em Lamego, entre outras distinções recebeu a Cruz de 3 Campanhas da Guerra Peninsular e a Medalha das Campanhas da Liberdade. Cuidada e invulgar edição em papel de linho, ilustrada com a reprodução de um retrato.Dedicatória do autor “Ao Illustre Estadista” Wenceslau de Lima.

908 — O MESTRE BARBEIRO DA ALDEIA. CARTA GRATULATORIA, CORRECCIO-NAL, ADDICIONATORIA, E APOLOGETICA, DIRIGIDA AO AUTHOR DAS MEMORIAS PARA AS CORTES LUSITANAS. Lisboa: Na Offic. de Antonio Rodrigues Galhardo, Impressor do Conselho de Guerra. 1821. In-8.º de 28 págs. Desenc.Publicado sob pseudónimo O Mestre Barbeiro da Aldeia, não nos foi possível a identificação do autor, sendo no entanto esta carta dirigida ao editor das «Memorias para as Cortes Luzitanas em 1821...», Frei José Possidonio Estrada, que para além de editor, segundo Innocêncio, foi também o seu autor.

909 — MICHELENA (Luis).- APELLIDOS VASCOS. Biblioteca Vascongada de los Amigos del País. San Sebastián. 1953. In.8.º gr. de 158-II págs. BVolume integrado na colecção «Monografias Vascongadas» de grande interesse para o estudo “del viejo País Euscalduna tan lleno de historia y de leyendas (...)”.

910 — A MINERVA, OU JORNAL DE ILLUSTRAÇÃO AMENA E PROVEITOSA. Lisboa: Na Imprensa Imparcial. Rua dos Douradores N.º 43 B. — 1836. In-8.º de II-130 págs. Desenc.Innocêncio faz referência a este “Periódico mensal, de que só se publicaram os numeros de Maio e Junho (...)”, atribuindo a sua redacção a Joaquim José Pedro Lopes. (ver gravura na pág. 269)

911 — MINUTES OF THE PROCEEDINGS OF THE COURT OF INQUIRY UPON THE TREATY OF ARMISTICE AND CONVENTION OF CINTRA, AND UPON THE CONDUCT, BEHAVIOUR, AND PROCEEDINGS OF LIEUTENANT-GENERAL SIR HEW DALRYM-PLE, KNT. Commander in Chief of the late Expedition in Portugal, and The other Officer or Officers who held the command of the British troops employed upon that Expedition. Convened by Virtue of his Majesty’s Special Warrant, under the Sign Manuel, and held in the Great Hall, Chelsea-College, on Monday, the 14th day of November, 1808; and succeeding days. — From accurate notes in short hand. — London: Printed by W. Flint, Old Bailey, For Samuel Tipper, Leadenhall Street; and John Booth, Duke Street, Portland Place. — 1808. In-8.º gr. de II-73-I-12 págs. B.Opúsculo bastante raro, com interesse para a história das Invasões Francesas e da Convenção de Cintra, polémica negociação franco-britânica onde se negociou o armistício e consequente retirada das forças militares francesas sem o aval do governo português.O último grupo de páginas contém um «Appendix» com documentação oficial.Com vestígios de acidez.

912 — MIRANDA (Eduardo de) & TÁVORA (Arthur de).- EXTRACTOS DOS PROCESSOS PARA FAMILIARES DO SANTO OFÍCIO. Tomo I. Grandes Atelieres Gráficos “Minerva”. Vila Nova de Famalicão. MCMXXXVII. In-8.º gr. de 765 págs. E.Importante fonte de investigação histórico-genealógica, infelizmente com um único volume publicado.Edição de muito reduzido número de exemplares todos numerados e rubricados pelos autores.Boa encadernação com a lombada e cantos de pele, decorada com ferros a ouro e nervuras. Só ligei-ramente aparado à cabeça e com vestígios de acidez.

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913 — MIRANDA (Francisco de Sá de).- OBRAS // DO DOCTOR // FRANCISCO DE SÁ // DE MIRANDA. // NOVA EDIÇÃO CORRECTA, EMENDADA, // E augmentada com as suas Comedias. // [...] // LISBOA, // NA TYPOGRAFIA ROLLANDIANA. // 1784. 2 vols. In-8.º de XXXII-290-VI e 293-III págs. E.Pormenorizada descrição no nº 2934 do Catálogo de Azevedo Samodães, que conclui: “A edição Rollandiana que fica descrita, de impressão muito nitida [e em bom papel de linho], goza de exce-lente conceito e estima não só por ser considerada bastante correcta, como tambem por incluir, pela primeira [e única] vez, as duas Comédias de Sá de Miranda. Os exemplares não são já presentemente vulgares no mercado”, podendo hoje, decorridos mais de oitenta anos da publicação deste catálogo, considerar-se raros.Encadernações com lombadas de pele, estando a do primeiro volume superficialmente esfolada.

914 — [MIRANDA (Inocêncio António)].- RESPOSTA DO ABBADE DE MEDRÕES Á SE-GUNDA CARTA DE AMBROSIO ÁS DIREITAS. Na qual se mostra a sem razão com que o seu Author atacou a doutrina do Cidadão Lusitano, e a hypocresia com que pertendeo inculcar--se por muito devoto, a quem o não conhecer. Lisboa. M.DCCCXXII. Na Typografia de M. P. de Lacerda. In-8.º de 52 págs. Desenc.Publicado sob anonimato, foi possível a identificação do autor, sem que a verdadeira autoria de Ambró-sio ás Direitas nos fosse desvendada. Sobre o Abade de Medrões, Innocêncio faz referência nos vols. III, X e XI do seu imprescindível Diccionário. Com interesse para a bibliografia relacionada com o Padre José Agostinho de Macedo.

915 — MIRANDA (Inocêncio António de).- CIDADÃO LUSITANO Breve Compendio, em que se demostrão os FRUCTOS DA CONSTITUIÇÃO, e os deveres do Cidadão Constitucional para com Deos, para com o Rei, para com a Patria, e para com todos os seus concidadáos Dia-logo entre hum liberal, e hum servil — o Abbade Roberto — e D. Julio. (...) Lisboa: Em a Nova Impressão da Viuva Neves e Filhos. Anno de 1822. In-8.º de 143- I págs. B.O autor, Abade de Medrões em Santa Marta de Penaguião, foi Deputado às Cortes geraes, extraordi-nárias e constituintes da Nação Portuguesa. Segundo Innocêncio “O Cidadão Lusitano soffreu desde logo violentissimos ataques e asperas censuras, da parte de muitos que tractaram de confutar certas proposições do auctor, como contrarias á disciplina da egreja, e pouco conformes á doutrina orthodoxa e á piedade christã. Entre estes sobresahiu o P. José Agostinho, que escreveu uma serie de artigos mui virulentos, taes quaes elle os costumava fabricar, (...)“Um anonymo imprimiu também tres folhetos, com o titulo de Cartas de Ambrosio ás direitas ao sr. Abbade de Medrões (...) em que o tractava com bastante desabrimento. (...)”.Conforme esclarece Martins de Carvalho no livro «Algumas horas na minha Livraria», este opúsculo, a par de outros — entre os quais estava «o Retrato de Venus» de Almeida Garrett — foi proibido pelo Patriarca de Lisboa, D. Carlos da Cunha.

916 — [MISCELANEA. ABDICAÇÃO DE D. PEDRO]

——— SILVA (Francisco Gomes da).- MEMORIAS OFFERECIDAS Á NAÇÃO BRASILEIRA. Pelo Conselheiro... Londres: Impresso por L. Thompson, 19, Great St. Helens. 1831. In-8.º gr. de 165-III págs. E: no mesmo volume:

——— O BRASIL IMPERIO: E O BRASIL REPUBLICA. — REFLEXÕES POLITICAS OFFERECIDAS AOS BRASILEIROS AMANTES DA SUA PATRIA. — Philadelphia. 1831. In.8.º gr. de 89-I págs.

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Page 277: Biblioteca de José Joaquim Pereira de Lima

——— A EXPOSIÇÃO DO MARQUEZ DE BARBACENA COMMENTADA. Ou Notas á expozição que o Marques de Barbacena publicou em o Rio de Janeiro para justificar-se das imputações, que disse haverem lhe sido feitas por occasião do Decreto de 30 de Setembro do anno passado, que o demittio do Ministerio. — POR HUM BRASILEIRO NATO. — Anvers: Impresso por Santerre Freres. 1831. In-8.º gr. de IV-43-I págs.De grande interesse para a história do Brasil, esta miscelânea é constituída por publicações de limitada tiragem e distribuição, publicadas em Londres, Filadélfia e Anvers, no ano em que D. Pedro abdicou da coroa brasileira, a favor de seu filho D. Pedro de Alcantara.É de extrema raridade a edição das MEMORIAS OFFERECIDAS Á NAÇÃO BRASILEIRA. Innocên-cio refere-se a ela dizendo: “É mui pouco conhecido em Lisboa este volume, de que ainda não vi mais que um exemplar.” Acerca do autor, Conselheiro de D. Pedro I e Comendador da Ordem da Torre e Espada, o mesmo bibliógrafo tece algumas memórias e remete o leitor para a edição dos Retratos dos Membros da Associação começada no Porto em 22 de Janeiro de 1818, e das mais pessoas que com ella cooperaram para a revolução politica de 24 de Agosto de 1820 [vol. VII, págs. 143], onde figura o retrato de Francisco Gomes da Silva.Encadernação da época com lombada e cantos de pele.

917 — [MISCELÂNEA. ADMINISTRAÇAO PUBLICA]

——— ASSENTO DOS TRES ESTADOS DO REINO JUNTOS EM CORTES NA CIDADE DE LISBOA, FEITO A ONZE DE JULHO DE MIL OITOCENTOS E VINTE E OITO

——— RELATORIO E CONTAS APRESENTADAS Á CAMARA DOS SENHORES DEPUTA-DOS EM SESSÃO ORDINARIA DE 1839 PELO MINISTRO E SECRETARIO D’ESTADO DOS NEGOCIOS DO REINO, E INTERINAMENTE ENCARREGADO DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS E DE JUSTIÇA. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1839.

——— RELATORIO DO MINISTERIO DO REINO. [no fim: 22 de Fevereiro de 1839. Na Imprensa Nacional.]

——— SYNOPSE DAS PROVIDENCIAS EXPEDIDAS PELO MINISTERIO DO REINO ÁCERCA DA SEGURANÇA PUBLICA. Desde Dezembro de 1837 até ao presente. [no fim Barão de Tilheiras. Na Imprensa Nacional.]

——— SYNOPSE DAS PROVIDENCIAS DADAS ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE 1838 PELA 1.ª REPARTIÇÃO DO MINISTERIO DO REINO SOBRE O RECRUTAMENTO ORDENADO PELO DECRETO DE 25 DE NOVEMBRO DE 1836. [no fim: Barão de Tilheiras. Na Imprensa Nacional.]

——— SYNOPSE DAS PROVIDENCIAS EXPEDIDAS PELO MINISTERIO DO REINO ÁCERCA D’ADMINISTRAÇÃO PUBLICA. Desde Janeiro de 1837 até ao presente. [no fim: Barão de Tilheiras. Na Imprensa Nacional.]

——— SYNOPSE DAS PROVIDENCIAS EXPEDIDAS PELO MINISTERIO DO REINO ÁCERCA DA GUARDA NACIONAL, PENSÕES, E OUTROS OBJECTOS. Desde Fevereiro de 1837 até ao presente. [no fim: Barão de Tilheiras. Na Imprensa Nacional.]

——— Achando-me, ainda que interinamente, encarregado do Ministerio da Marinha, é do meu dever expôr ao Corpo Legislativo o estado actual desta Repartição (...) [no fim: Sá da Bandeira. Na Imprensa Nacional.]

——— RELATORIO DO MINISTERIO DA GUERRA. [no fim: Conde do Bonfim. Na Imprensa Nacional.]

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Page 278: Biblioteca de José Joaquim Pereira de Lima

——— Desde que em 24 de Fevereiro de 1837 tive a honra de apresentar ás Côrtes Constituintes o Relatório (...) [no fim: Sá da Bandeira. Na Imprensa Nacional.]

——— PROPOSTA. [no fim: Silvestre Pinheiro-Ferreira. Na Imprensa Nacional.]

——— SUMMARIOS DO SYSTEMA DE LEIS ORGANICAS DA CARTA CONSTITUCIO-NAL DA MONARCHIA PORTUGUEZA. [no fim: Na Imprensa Nacional.]

——— PROJECTO DE LEI REGULAMENTAR DA FORMAÇÂO DO CADASTRO TERRI-TORIAL E PESSOAL. [no fim: Na Imprensa Nacional.]

——— PROJECTO DE LEI ORGANICA DO REGISTRO DO ESTADO CIVIL DOS CIDA-DÃOS. [no fim: Na Imprensa Nacional.]

——— PROJECTO DE LEI REGULAMENTAR DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS E DA RESPONSABILIDADE DOS FUNCCIONARIOS PUBLICOS. [no fim: Na Imprensa Nacional.]

——— PROJECTO DE LEI ORGANICA E REGULAMENTAR DAS PROMOÇÕES E RE-COMPENSAS. [no fim: Na Imprensa Nacional.]

——— PROJECTO DE LEI ORGANICA E REGULAMENTAR DO GOVERNO SUPERIOR DO ESTADO. [no fim: Na Imprensa Nacional.]

——— PROJECTO DE LEI ORGANICA DOS GOVERNOS TERRITORIAES. [no fim: Na Imprensa Nacional.]

——— PROJECTO DE LEI ORGANICA DO PODER JUDICIAL. [no fim: Na Imprensa Na cional.]

——— PROJECTO DE LEI ORGANICA E REGULAMENTAR DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA.

——— PROJECTO DE LEI D’ORGANISAÇÃO PROVISARIA DOS TRIBUNAES DE JUS-TIÇA.

——— PROJECTO DE LEI ORGANICA DA FORÇA ARMADA DE TERRA E DE MAR. [no fim: Na Imprensa Nacional.]

——— PROJECTO DE LEI ORGANICA DOS NEGOCIOS DA FAZENDA PUBLICA. [no fim: Na Imprensa Nacional.]

——— PROJECTO DE LEI ORGANICA DOS NEGOCIOS DE ECONOMIA PUBLICA. [no fim: Na Imprensa Nacional.]

——— PROJECTO DE LEI ORGANICA DA INSTRUCÇÃO E EDUCAÇÃO PUBLICA. [no fim: Na Imprensa Nacional.]

——— PROJECTO DE LEI REGULAMENTAR DO PROCESSO DA DISCUSSÃO E VOTA-ÇÃO NAS CAMARAS LEGISLATIVAS. [no fim: Na Imprensa Nacional.]

——— PROJECTO DE LEI ORGANICA E REGULAMENTAR DAS ELEIÇÕES. [no fim: Na Imprensa Nacional.]

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Page 279: Biblioteca de José Joaquim Pereira de Lima

——— PROJECTO DE LEI ORGANICA DAS RELAÇÕES CIVIS DO CLERO DA IGREJA LUSITANA. [no fim: Na Imprensa Nacional.].Importante documento para a história da administração pública em Portugal.Encadernação modesta, com defeitos na lombada.

918 — [MISCELÂNEA. ADMINISTRAÇÃO PUBLICA]

CASTRO (Filipe Ferreira de Araújo e) & FERREIRA (Silvestre Pinheiro).- PARECER SOBRE OS MEIOS DE SE RESTAURAR O GOVERNO REPRESENTATIVO EM PORTUGAL; POR DOIS CONSELHEIROS DA COROA CONSTITUCIONAL; SEGUIDO De notas às Observações que se publicaram em Londres sobre aquelle Parecer; e uma Analyse das mesmas Observações segundo os principios de Jurisprudencia applicavel às questões de Regencia — Intervenção das Potencias estrangeiras — e Amnnistia; e Reflexões sobre a necessidade absoluta de leis prepa-ratorias, e organicas para a introducção, e seguimento da Carta constitucional. Segunda edição. Paris. Na Officina Typographica de Casimir. 1832. In-8.º de XI-I-IV-58; 30-61-I e II-IV-16 págs. E. no mesmo volume:

——— PROJECTO D’UM SYSTEMA DE PROVIDENCIAS PARA A CONVOCAÇÃO DAS CORTES GERAES E RESTABELECIMENTO DA CARTA CONSTITUCIONAL. Appendice Ao Parecer de dois concelheiro da coroa constitucional sobre os meios de se restaurar o governo representativo em Portugal. Paris. Na Officina Typographica de Casimir. 1832. In-8.º de IV-VI--I-15-I-40-24-54-60 págs.

Volume constituído pelas Obras acima descritas, sendo o primeiro da segunda edição acrescen-tada pelas seguintes adendas.

——— BORGES (José Ferreira).- OBSERVAÇÕES SOBRE UM OPUSCULO INTITULA-DO PARECER DE DOIS CONCELHEIROS DA COROA CONSTITUCIONAL SOBRE OS MEIOS DE SE RESTAURAR O GOVERNO REPRESENTATIVO EM PORTUGAL. In-8.º de 30-61-I págs.

——— BORGES (José Ferreira).- OPINIÃO JURIDICA SOBRE A QUESTÃO: QUEM DEVE SER O REGENTE DE PORTUGAL, DESTRUIDA A USURPAÇÃO DO INFANTE D. MI-GUEL. In-8.º de II-IV-16 págs.

A segunda Obra é constituída pelas seguintes partes:

——— n.º I. PROJECTO DE EDICTO D’AMNISTIA.

——— n.º II. PROJECTO DE DECRETO SOBRE OS ABUSOS DA LIBERDADE DA IM-PRENSA OU DE QUAESQUER OUTROS MEIOS DE MANIFESTAÇÃO DE OPINIÕES.

——— n.º III. PROJECTO DE DECRETO SOBRE A DIVISÃO PROVISORIA DOS GOVER-NOS TERRITORIAES.

——— n.º IV. PROJECTO DE DECRETO REGULANDO A CLASSIFICAÇÃO DOS MORA-DORES DESTE REINO SEGUNDO AS SUAS PROFISSÕES E ACTUAES GRADUAÇÕES CIVIS, MILITARES E ECCLESIASTICAS.

——— n.º V. PROJECTO DE DECRETO REGULANDO O MODO DAS ELEIÇÕES DOS MEMBROS DAS CORTES GERAES DO REINO.Encadernação da época em carneira, com um pequeno defeito na lombada. Com manchas de água no início do volume.

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Page 280: Biblioteca de José Joaquim Pereira de Lima

919 — [MISCELÂNEA. LIBERALISMO]

——— CLAMORES DOS PORTUGUEZES FIEIS Á SOBERANA CAUZA DA LEGITIMI-DADE DIRIGIDOS Á MUITO ALTA E MUITO PODEROZA RAINHA DE PORTUGAL, E ALGARVES, A SENHORA D. MARIA 2.ª NA SUA CHEGADA Á EUROPA. [o mesmo título em Inglês (edição bilingue)]. Plymouth: Printed by Law, Saunders, and Heydon.

——— VICTORIA ALCANÇADA SOBRE A ESQUADRA DE D. MIGUEL NA ILHA TER-CEIRA PELO CONDE DE VILLA FLOR. Rio de Janeiro, Na Typographia do Diario. 1829.

——— O GRITO DA LIBERDADE. Canto dedicado aos emigrados Portugueses, Por um Portu-guez. Pariz. Na Typografia de J. Tastu. 1830. ——— EXTRACTO DO BELL’S LIFE EM LONDRES. Domingo 14 de Dezembro, de 1828. [no fim: W. W. Arliss, Impressor, Bedford Street, Plymouth.]

——— D. (M. A.).- AS LETTRAS DO BARRACAM, OU O DESAFÔGO D’UM ACADEMI-CO SOBRE AS INJUSTIÇAS DO SENHOR CANDIDO JOSE XAVIER. Paris. Na Typografia de J. Tastu. 1829.

——— VOZES DOS EMIGRADOS PORTUGUEZES. Paris. Na Officina de J. Tastu. 1829.

——— SEGUNDO APPENDIX Á EXPOSIÇÃO APOLOGETICA DOS PORTUGUESES EMI-GRADOS NA BELGICA QUE RECUZARÀO PRESTAR O JURAMENTO DELLES EXIGI-DO NO DIA 26 DE AGOSTO DE 1830.

——— EXPOSIÇAO APOLOGETICA DOS PORTUGUEZES EMIGRADOS NA BELGICA, QUE RECUZARAO PRESTAR O JURAMENTO DELLES EXIGIDO NO DIA 26 DE AGOS-TO DE 1830. Bruges, Na Imprensa de C. De Moor. 1830.

——— SILVA (José António de Cerqueira e Silva).- O BRASIL SALVO OU A DISCORDIA ABISMADA. Rio de Janeiro. Na Typographia Imperial e Nacional. 1830.

Miscelânea composta por publicações de grande raridade, porquanto foram publicadas em Plymouth, Rio de Janeiro, Paris e Bruges e a sua tiragem foi decerto reduzida.Encadernação da época em carneira, com defeitos.

920 — [MISCELÂNEA. MAÇONARIA, PEDREIROS LIVRES E FRADES] .

——— [RANGEL (Jose Máximo)].- CAUSA DOS FRADES E DOS PEDREIROS LIVRES NO TRIBUNAL DA PRUDENCIA. Porto: Na Imprensa do Gandra: 1821.

——— CONSTITUIÇÃO DA MAÇONARIA EM PORTUGAL. Impressão Liberal. Lisboa, Anno 1822.

——— [FORJAZ (Francisco)].- OS FRADES JULGADOS NO TRIBUNAL DA RAZÃO. Obra posthuma de Fr. *** Doutor Conimbricence. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1814.

——— DECRETO DE FERNANDO 7.º E DAS CORTES DE HESPANHA SOBRE A EXTIN-ÇAÕ, E REDUCÇAÕ DOS MONGES E OUTROS REGULARES. Lisboa. 1820. Na Typogra-fia de Bulhões.Modesta encadernação da época.

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921 — [MISCELÂNEA. MIGUELISMO]

——— [SARAIVA (António Ribeiro)].- D. MIGUEL I. (...) Na Impressão Regia. Anno 1828. In-8.º gr. de VIII-140 págs.

——— [BEJA (José Pedro Cardoso)].- EXAME DA CONSTITUIÇÃO DE D. PEDRO E DOS DIREITOS DE D. MIGUEL (...) Lisboa: Na Impressão Regia. 1829. In-8.º gr. de VIII-166 págs.

——— MACEDO (José Agostinho de).- REFUTAÇÃO DO MONSTRUOSO, E REVOLUCIO-NÁRIO ESCRIPTO IMPRESSO EM LONDRES INTITULADO QUEM HE O LEGITIMO REI DE PORTUGAL? (...). Lisboa. Na Impressão Regia. 1828. In-8.º de 80 págs. Curiosa miscelânea, com interesse para as bibliotecas de temática miguelista ou de assuntos com ela relacionados.Publicada sob anonimato, a Obra de A. Ribeiro Saraiva apresenta um prefácio de José Agostinho de Macedo e uma bela litografia representando a aparição de Cristo a D. Afonso Henriques.A Obra de Cardoso Beja, publicada apenas com as iniciais do autor é peça de grande importância para a história da revolução de 1820 e do final da monarquia portuguesa. Apresenta um bela litografia de D. Miguel mostrando o livro das Cortes de Lamego, documento do início da nossa nacionalidade invocado para legitimar a aclamação de D. Miguel.A Refutação do Padre José Agostinho de Macedo, refere-se ao livro do liberal Paulo Midosi que segundo Martins de Carvalho no Conimbricense, “Produziu (...) uma extraordinária impressão no governo de D. Miguel, o qual erradamente suppunha que o auctor era Almeida Garrett (...)“N’estas circumstancias o Intendente geral da Policia, por ordem do governo miguelista, encarregou José Agostinho de Macedo de escrever uma resposta ao opusculo liberal.”Encadernação contemporânea de pele inteira, gravada a ouro na lombada.

922 — [MISCELANEA. MIGUELISMO]

——— [SARAIVA (António Ribeiro)].- D. MIGUEL I. (...) Na Impressão Regia. Anno 1829. In-8.º gr. de VIII-144 págs. E. no mesmo volume:

——— MACEDO (José Agostinho de Macedo).- REFUTAÇÃO DO MONSTRUOSO, E RE-VOLUCIONARIO ESCRIPTO IMPRESSO EM LONDRES INTITULADO QUEM HE O LEGITIMO REI DE PORTUGAL? QUESTÃO PORTUGUESA SUBMETIDA AO JUIZO DOS HOMENS IMPARCIAES. LONDRES IMPRESSO NA OFFICINA PORTUGUEZA 1828. Por... Lisboa. Na Impressão Regia. 1828. In.8.º gr. de 80 págs.

——— [BEJA (José Pedro Cardoso)].- EXAME DA CONSTITUIÇÃO DE D. PEDRO E DOS DIREITOS DE D. MIGUEL, dedicado aos Fieis Portuguezes. Traducção do francez por J. P. C. B. F. Lisboa: Na Impressão Regia. 1829. In-8.º gr. de VIII-166 págs.

——— AVELAR (Filipe Neri Soares de).- A LEGITIMIDADE DA EXALTAÇÃO DO MUITO ALTO, E MUITO PODEROSO REI, O SENHOR D. MIGUEL I.º, AO THRONO DE PORTU-GAL, DEMONSTRADA POR PRINCIPIOS DE DIREITO NATURAL E DAS GENTES. 2.ª Edicção. Lisboa: Typographia de Eugenio Augusto. 1829. In-8.º de IV-43-I págs.Interessante miscelânea a juntar às bibliotecas de temática miguelista.Constituída por quatro Obras, à excepção da segunda da autoria de Agostinho de Macedo, todas foram descritas neste catálogo com verbetes independentes.Innocêncio refere nas «Memorias para a Vida Íntima de José Agostinho de Macedo» o que Martins de Carvalho escreveu no Conimbricense acerca da Obra que deu origem à Refutação do Monstruoso e revolucionario escrito... de Agostinho de Macedo. Por ser bastante extensa a transcrição feita por Innocêncio, limitamo-nos a este pequeno excerto: “Produziu este opusculo uma extraordinaria im-

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pressão no governo de D. Miguel, o qual erradamente suppunha que o auctor era Almeida Garrett, quando aliás tinha sido Paulo Midosi.“N’estas circumstancias o Intendente geral da Policia, por ordem do governo miguelista, encarregou José Agostinho de Macedo de escrever uma resposta ao opusculo liberal.”Encadernação da época com bonitos ferros na lombada. Com falta de pele junto à charneira da pasta da frente.

923 — [MISCELÂNEA. MIGUELISMO]

——— DEDUCÇÃO OU MANIFESTO DOS FACTOS Que na crise actual suscitão a plena observancia dos DIREITOS PUBLICOS DA NAÇAO PORTUGUEZA EM QUE PARTICU-LARMENTE SE INCLUEM OS DO SERENISSIMO SENHOR INFANTE DOM MIGUEL. [Lisboa, em 11 de Maio de 1826]. In-8.º de 34-II págs. E. no mesmo volume:

——— [CONVOCATÓRIA DOS TRÊS ESTADOS DO REINO PARA ACLAMAÇÂO DO IN-FANTE D. MIGUEL COMO REI ABSOLUTO]. O Senhor Infante Regente Tem determinado que no dia de Segunda feira 23 do corrente (...) no Palacio de Nossa Senhora d’Ajuda se reunão as Côrtes, convocadas por Cartas Regias de 6 de Maio (...) para se celebrar o Acto da Abertura das mesmas Côrtes; e He Servido que V. Ex.ª nesse dia, e hora se ache no dicto Palacio, ficando logo na Sala, em que se ha de proceder a este solemne Acto. [documento datado de Paço de Nossa Senhora d’Ajuda em 19 de Junho de 1828].

——— ElRei Nosso Senhor He Servido dar Beijamão no Palacio de Nossa Senhora d’Ajuda aos Tres Estados do Reino, Clero, Nobreza, e Procuradores em Cortes, no dia Quinta feira 3 do cor-rente mez (...) fazendo-se uso do mesmo vestuario, de que se usou na abertura das Cortes Geraes no dia 23 de Junho (...) [documento datado de 2 de Julho de 1823].

——— [NOTA MANUSCRITA ASSINADA PELA INFANTA D. MARIA FRANCISCA BE-NEDITA DE BRAGANÇA]. “Remetolhe a carta para m.ª Tia (?), para que me faça o gosto de a mandar hoje a S. Altz.ª. Acabo de escrever a carta que lhe disse, e não escrevo esta noite ao Mano Miguel por não poder. Madrid 8 de Junho de 1828.

——— ASSENTO DOS TRES ESTADOS DO REINO JUNTOS EM CORTES NA CIDADE DE LISBOA, FEITO A ONZE DE JULHO DE MIL OITOCENTOS E VINTE E OITO. [gravura aberta em chapa de metal com as Armas Reais]. Lisboa Na Impressão Regia. 1828. In-8.º de 31-I págs.

——— BREVES REFLEXÕES SOBRE A INSTALAÇÂO DA CHAMADA REGENCIA DA ILHA TERCEIRA. [Brazão com as Armas Reais]. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1830. In-8.º de 8 págs.

——— ELOGIO ISTORICO DI S. M. IL SIGNOR DON MICHELE I.º RE DI PORTUGALLO. In-8.º de 8 págs.

——— BIOGRAFIA DO INFANTE D. MIGUEL TIRADA DO NO.8. DO PORTUGUEZ. Emi-gradocom Licença do Redactor. [W. W. Arliss, Impressor, Plymouth]. In-8.º de 8 págs.——— MANIFESTE DE SA MAJESTÉ TRÈS FIDÈLE LE ROI DE PORTUGAL DON MIGUEL Ier. [Brasão com as Armas de Portugal]. Paris. Imprimerie de Pihan Delaforest (Mo-rinval). 1832. In-8.º de 49-III págs. Muito curiosa e interessante miscelânea de temática miguelista de onde destacamos a CONVOCATÓ-RIA DOS TRÊS ESTADOS DO REINO PARA ACLAMAÇÃO DO INFANTE D. MIGUEL COMO REI ABSOLUTO; dirigida ao Infante D. Miguel, parcialmente manuscrita e assinada por José Antonio

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d’Oliveira Leite de Barros, conde de Basto, Ministro da Justiça nomeado por D. Miguel em 1828. Acérrimo defensor do absolutismo, desempenhou os cargos de desembargador da Casa da Suplicação, da Casa da Relação do Porto, foi fiscal da Junta dos Três Estados, Inspector-geral dos Viveres, trans-portes e Hospitais do Exército e intendente geral da polícia do Exército.O seu nome ficou irremediavelmente associado às muitas perseguições e atrocidades infligidas a libe-rais, em particular à célebre SENTENÇA DA ALÇADA, encarregada de condenar os promotores da revolução de 16 de Maio de 1828, motivada pelo grande motim verificado na Cidade do Porto contra a Companhia dos Vinhos do Alto Douro.Também a NOTA MANUSCRITA ASSINADA PELA INFANTA D. MARIA FRANCISCA BENEDITA DE BRAGANÇA, irmã de D. Maria I, é documento com realce nesta muito interessante miscelânea.Encadernação contemporânea com bonitos ferros fundidos a ouro na lombada e com as pastas e seixas decoradas com cercaduras, também gravadas a ouro fino.

924 — [MISCELANEA. PRIMEIRA INVASÃO FRANCESA]Raríssima e muito interessante colecção de Editais, Decretos e outra documentação oficial, publicada durante o período em que decorreu a primeira invasão francesa.Entre a muito variada e importante documentação figura nesta colecção e em primeiro lugar o EDI-TAL de 22 de Outubro de 1807, onde o Principe Regente declara “acceder á Causa do Continente, unindo-me a Sua Magestade o Imperador dos Franceses (...) Por tanto, Sou Servido Ordenar, que os Portos deste Reino sejaõ logo fechados á entrada dos Navios, assim de Guerra, como Mercantes, da Gran Bretanha.”, segue-se a derradeira proclamação de Junot datada de 17 de Novembro, onde este se declara protector de Portugal contra a Inglaterra: “Habitantes do Reino de Portugal. Hum Exercito Francez vai entrar no vosso territorio. Elle vem para vos tirar do domínio Inglez, e faz marchas força-das para livrar a vossa bella Cidade de Lisboa da sorte de Copenhague.”O último documento que integra esta interessante colecção, datado de 16 de Agosto de 1808 foi assinado pelo Duque de Abrantes, General em Chefe do Exercito de Portugal, onde este informa os Habitantes de Lisboa da sua partida para os confrontos em Roliça e Vimeiro, que viriam a dar por terminada a primeira invasão francesa: “Eu me separo de vós por tres, ou quatro dias. Eu vou visitar o meu Exercito; e se for necessario dar huma batalha aos Inglezes (...)”.Encadernação mal cuidada.

925 — [MISCELANEA. TERCEIRA INVASÃO FRANCESA].

——— CONTA PUBLICADA PELA COMMISSÃO ENCARREGADA DE DIRIGIR A DIS-TRIBUIÇÃO DO DONATIVO VOTADO PELO PARLAMENTO DO REINO-UNIDO DA GRÃA-BRETANHA, E IRLANDA, PARA SOCCORRO DAS TERRAS DE PORTUGAL DE-VASTADAS PELO INIMIGO EM 1810. [S.l.n.d.]. In-8.º de 111 e XIV mapas. E. no mesmo volume:

——— AZEVEDO (António Soares de).- ODE SOBRE O MEMORAVEL FEITO DA TARDE DE 18 DE JUNHO [1808], EM QUE A CIDADE DO PORTO TOMOU ARMAS PARA SACU-DIR O JUGO FRANCEZ; Composta, e Offerecida Ao Ex.mo e R.mo Senhor Bispo, Presidente, e Governador: Por... Porto: Na Typographia de Antonio Alvarez Ribeiro. In.8.º peq. de 8 págs.

——— AZEVEDO (António Soares de).- ODE PINDARICA AO Ill.mo, e Ex.mo Senhor Arthur Wellesley, (...) Porto, Na Typ. que foi de Antonio Alvarez Ribeiro, 1812. In-8.º peq. de 18 págs. Interessante miscelânea composta pelos opúsculos descritos, de onde se destaca uma muito interes-sante, rara e elucidativa publicação oficial acerca da distribuição da ajuda de 100 000 libras esterlinas votada pelo Parlamento Britânico, a fim de minorar o estado de miséria em que ficaram os habitantes das Províncias da Estremadura e da Beira após a Invasão Francesa, comandada pelo General Masse-na, em 1810. Este importante documento, assinado por relevantes personalidades dos dois países, foi impresso em português e em inglês e apresenta, no fim, um conjunto de 14 mapas desdobráveis e de

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diferentes dimensões, demonstrando a forma como foi planeada a referida ajuda.Diz Innocêncio que “Déste curioso documento (...) só tenho encontrado um unico exemplar, em poder do sr. Antonio Joaquim Moreira. — Elle me affirmou que tambem não conhece outro, e o julga por isso mui raro”, informação actualizada no IX volume do seu Dicionário, porquanto nele aparece notí-cia de um outro, pertencente a Rodrigues de Gusmão, de Portalegre.Não consta do «Diccionario Bibliográfico da Guerra Peninsular», de Cristóvão Aires de Magalhães Sepulveda a «ODE SOBRE O MEMORAVEL FEITO DA TARDE DE 18 DE JUNHO...». Inocêncio regista uma edição impressa em Lisboa por Simão Thadeu Ferreira, em 1808, não fazendo referência a esta, provavelmente muito rara.Encadernação inteira de pele com ferros e nervuras na lombada e com as pastas circundadas com ferros também gravados a ouro.Com vestígios de humidade e o opúsculo “Ode sobre o memorável feito...” restaurado nas margens.

926 — MONCREIFFE (Iain).- BLOOD ROYAL. Thomas Nelson and Sons Limited. [1956]. In-8.º gr. de 64 págs. E.“This new book, by the authors of Simple Heraldry and Simple Custom, is a colourful exposition of the origin and development of royalty.” Publicação juvenil, profusamente ilustrada. Primeira edição.Encadernação original com sobrecapa de papel policromado.

927 — MONCREIFFE (Iain) & POTTINGER (Don).- SIMPLE HERALDRY. Thomas Nelson and Sons Limited. [Printed in Great Britain by Thomas Nelson and Sons Ltd. 1953]. In-4.º de 63-I págs. E.Obra de divulgação de conhecimentos heráldicos, numa muito interessante edição juvenil profusa-mente ilustrada a cores. Segunda edição publicada no mesmo ano que a primeira.Encadernação original com sobrecapa de papel policromado.

928 — MONITA SECRETA ou Instrucções Secretas dos Jesuitas. Trasladadas em vulgar da traducção franceza com o texto latino ao lado, seguidas de peças justificativas por *** Lisboa, na Imprensa Nacional. 1834. In-8.º peq. de 223-I págs. E.Diz Inocêncio que “O P. Claudio Aquaviva, a quem attribuem verdadeira ou falsamente a composição da monita, foi o quarto geral dos jesuitas, succedendo n’esse cargo a S. Francisco de Borja. Nasceu em 1543, e morreu em 1615. Tornou-se notável pela severidade, e pelo modo por que renovou na ordem a disciplina, que a indole mansa e pacifica do seu antecessor deixara relaxar”. Constam estas instruções de 17 capítulos.Bonita encadernação da época, com a lombada a necessitar de pequeno restauro.

929 — MONIZ (Egas).- UM ANO DE POLITICA. Lisboa. Portugal-Brasil Limitada. Socieda-de Editora. [1919]. In-8.º de 415-III págs. B.O presente livro de memórias políticas abarca o período que vai de 1907 a 1919, desde o ingresso do autor na dissidência progressista (reinado de D. Carlos), até à sua demissão em 1919 de Presidente da Delegação à Conferência da Paz.Com carimbo no frontispício.

930 — MONIZ (Jorge Botelho).- O 18 DE ABRIL. (Elementos para a historia d’uma revolução vencida). 4.º milhar. Casa - Ventura Abrantes. Lisboa. 1925. In-8.º de 340-IV págs. B.Achega com interesse para a história política da época, desassombradamente escrito, pois que, “todos aqueles, sejam quem forem, que em vez de discutirem livre, mas honestamente, as minhas asserções enveredarem pelo caminho da torpesa e do insulto, d’antemão fiquem sabendo que, um por um, ou a varios de cada vez, lhes varro os focinhos a cavalo marinho, ou lhes desmancho os rabos a pontapés.”

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931 — MONIZ (Nuno Álvares Pereira Pato).- AGOSTINHEIDA. Poema heroi-comico, em 9 Cantos. Londres: Impresso por W. Flint, Old Bailey. 1817. In-8.º de VII-182 págs. E.O autor, inimigo ideológico e literário do Padre José Agostinho de Macedo, satiriza neste poema a vida do frade, as suas aventuras com freiras e o seu reaccionarismo político.Poema publicado anónimo. Edição original publicada em Londres, muito rara.Bonita encadernação contemporânea de pele inteira, decorada com bonitos ferros a ouro na lom-bada e seixas, tendo as pastas circundadas por dois filetes também fundidos a ouro. Com um pequeno rasgão na pasta da frente. No frontispício foi manuscrito o nome do autor.

932 — MONIZ (Nuno Álvares Pereira Pato).- APOHTEÓSE DA AUGUSTISSIMA RAINHA D. MARIA PRIMEIRA DE PORTUGAL. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1816. In-8.º gr. de 29-I págs. Desenc..Opúsculo em verso com numerosas e interessantes notas de rodapé, publicado no ano da morte da Rainha.

933 — MONIZ (Nuno Alvares Pereira Pato).- EXAME ANALYTICO E PARALLELO DO POEMA ORIENTE DO R.do JOSÉ AGOSTINHO DE MACEDO. COM A LUSIADA de CA-MOES. Lisboa. Na Typografia Lacerdina. Anno M.DCCC.XV. In-8.º de VII-I-355-I págs. B.Obra de contundente crítica ao Poema de José Agostinho de Macedo, de quem o autor foi um dos mais notórios inimigos. Invulgar.Palavras de Pato Moniz acerca da Obra de Agostinho de Macedo: “(...) huma obra que he núa de invenção, que he des-unida em todas as suas partes, que he mingoada em quasi todas as bellezas d’estylo, e que necessariamente cahirá persi mesmo, como hum edificio sem alicerces: eu tambem assim o julgo; porem he preciso des-abusar dos scismas da falsa sabedoria aquelles que a respeito do Poema Oriente não o poderião ser pela simples leitura delle; e mostrar aos Estrangeiros, que não está a Nação cahida em tão estúpida ignorancia que se des-estimem Lusiadas. e não se reconheça neste Oriente o aborto de huma literatura superficial, e de huma estragada phantasia.”

934 — MONIZ (Nuno Álvares Pereira Pato).- O TRONO: DRAMA, PARA SE FESTEJAR NO REAL THEATRO NACIONAL DE S. CARLOS, O SEMPRE FAUSTISSIMO ANNIVERSA-RIO DE S. A. R. O PRINCIPE REGENTE DE PORTUGAL. POR N. A. P. P. M. Lisboa. M. DCCC. XII. Na Of. de Joaquim Thomaz de Aquino Bulhões. In-8.º peq. de 21-I págs. B.Publicado apenas com as iniciais do autor, esta peça teatral foi publicada em 1812, ano em que foi im-pressa em Londres e anonimamente a sátira «Elmiro», hoje considerada precursora da «Agostinheida».

935 — MONTEIRO (António José Xavier).- FORMULARIO // DE // ORAÇOENS, E CERE-MONIAS // PARA SE ARMAREM CAVALLEIROS, // E SE LANÇAREM OS HABITOS // DAS ORDENS, E MILICIAS // DE NOSSO SENHOR // JESUS CHRISTO, // S. TIAGO DA ESPADA, // S. BENTO DE AVIZ, // S. JOAÕ DE MALTA. // DADO A LUZ. // POR // ANTO-NIO JOZE XAVIER MONTEIRO, // Cavalleiro Professo na Ordem de S. Tiago, // e Tenente Secretario do Segundo Re- // gimento do Porto. // PORTO. // Na Officina de JOAÕ AGATHON. // ANNO 1798. In-8.º gr. de IV-87-I págs. B.Inocêncio, vol. I, p. 182, cremos que por não ter visto qualquer exemplar da obra, refere-a como impressa em Lisboa, no mesmo ano da que descrevemos; porém, a p. 221 do vol. VIII acrescenta a paginação, coincidente com a desta edição e diz mais: “Parece que além da edição indicada ha outra do Porto, feita no mesmo anno de 1798, a ser exacto o que se lê na Bibliographia historica do sr. Figanière, nº 1499”. Fernando Palha descreve também a edição impressa no Porto.Importante para a bibliografia das Ordens Militares Portuguesas. Raro.Sobrecapa da época em papel pintado. Com anotações antigas manuscritas nas margens. Gravemente manchado de humidade mas sem prejuizo da sua leitura.

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936 — MONTEIRO (José de Sousa).- O AUTO DOS ESQUECIDOS. Disposto em tres jornadas que se intitulam A Partida, A Chegada, O Regresso e um Prologo na Scena. Lisboa. Imprensa Nacional. 1898. In-8.º gr. de XI-I-105-I págs. E.Trabalho em verso premiado no Concurso para um Drama aberto pela Commissão Central Executiva do «Quarto Centenario do Descobrimento da India», cujo acontecimento nele se trata. Edição limitada a 1000 exemplares.Encadernação da época com lombada de pele.

937 — MONTEIRO (José Maria de Sousa).- HISTORIA DE PORTUGAL, desde o reinado da Senhora D. Maria Primeira, até á convenção d’Evora-Monte: Com um Resumo Historico dos acontecimentos mais notaveis que tem tido logar desde então até nossos dias. Lisboa. Typ. de António José da Rocha. 1838. 5 vols. In-8.º E.São muito invulgares os exemplares completos desta obra que serviu de continuação à que António de Morais Silva traduzira do francês (razão porque nas lombadas o 1º vol. vem numerado como sendo o 6º e sucessivamente até ao 10º).José Maria de Sousa Monteiro, portuense de nascimento, foi para o Rio de Janeiro em 1828, de onde em 1833 “teve de deixar o império, em consequencia da perseguição que por esse tempo soffriam os portuguezes”, como informa Inocêncio no seu Dicionário Bibliographico, que sobre a vida e obra do autor fornece muitas outras informações, sendo de salientar a vasta colaboração que deixou em nume-rosos jornais políticos da época, tendo sido redactor principal de muitos deles.Encadernações da época de pele inteira com ferros a ouro gravados nas lombadas.

938 — MORAIS (Cristovao Alao de). - PEDATURA LUSITANA. (Nobiliário de Famílias de Portugal). Publicado por Alexandre António Pereira de Miranda Vasconcellos... António Augusto Ferreira da Cruz... Eugénio Eduardo Andréa da Cunha e Freitas... Livraria Fernando Machado. Pôrto. (1943-1948). 6 tomos (em 12 vols.) In-8.º gr. E.Boa edição do manuscrito seiscentista pertencente à colecção da Biblioteca Pública Municipal do Porto.“Escrita sem preocupações nobiliárquicas, à face de muitos documentos que o seu autor compulsou... livre das fantasias tão queridas dos seus contemporâneos, enriquecida com numerosas referências de carácter pessoal, a consulta da Pedatura Lusitana é imprescindível a quem pretenda estudar famílias e fazer a história privada do Entre Vouga e Minho, e da maior utilidade para todos os que dêstes estudos se ocupam”.Encadernações editoriais de pele inteira, com ferros a seco e a ouro.

939 — MORATO (José).- PEÇAS JUSTIFICATIVAS DA DOUTRINA, E AUTOR DO LIVRO INTITULADO CONHEÇA O MUNDO OS JACOBINOS, QUE IGNORA, &c. ou Segunda Re-futação do Novo Theologismo colligado com o Novo Philosophismo para ruina do Altar, e do Throno: Dedicada Ao Em.mo e R.mo Sr. Cardeal da Cunha, Patriarcha de Lisboa, &c. &c. &c. Pelo ... — Lisboa: Na Typograf. de Antonio Rodrigues Galhardo. — 1823. In-8.º gr. de 214--130-II-79-68 págs. E.São muito raros os exemplares deste livro, que Innocêncio declara nunca ter visto.Refugiado em Espanha por ser perseguido em Portugal, o autor aí viveu durante seis anos onde segundo o mesmo bibliógrafo escreveu e publicou esta e outras obras. “D’este livro, que ainda não tive ensejo de vêr, me remette o sr. dr. Rodrigues de Gusmão a seguinte exposição: «Depois da dedi-catória vem a pag. 5, com titulo de Occasião desta obra uma narrativa em que o auctor relata o que passára com a publicação do seu livro antecedente, a perseguição que soffrêra, etc., etc. — Seguem-se as peças justificativas (...)”.Encadernação da época inteira de carneira.

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940 — MOREIRA (Alberto de Laura) & NÓBREGA (Vaz-Osório da).- PEDRAS DE ARMAS DE MATOSINHOS. Edição da Câmara Municipal de Matosinhos. 1960. In-4.º de XXVII-I-265-III págs. E.“Com o presente trabalho inventariámos as pedras de armas do concelho de Matosinhos. Limitámo-nos sòmente ao estudo dos brasões de família, acompanhado dos documentos relacionados com alguns deles e das necessárias notas subsidiárias”. Com um prefácio do Conde de Campo Bello, onde se louva a Câmara de Matosinhos “pela iniciativa que em boa hora tomou de mandar estudar as pedras--de-armas, quinhão valioso, cheio de interesse, do património histórico e artístico do seu concelho”, dizendo depois que se trata de uma “excelente, conscienciosa e oportuna colectânea”.Muito cuidada edição limitada a 500 exemplares numerados e assinados, com desenhos a negro, foto-gravuras e belas estampas heráldicas a cores e metais.Boa encadernação de pele inteira, com ferros a ouro fino em casas fechadas, rótulos e nervuras. Está só ligeiramente aparado à cabeça e preserva as capas da brochura.

941 — MOREIRA (Sousa).- ALEXANDRE HERCULANO E O CLERO REACCIONARIO. Antes e depois da sua morte. Porto. 1877. [Typographia Occidental]. In-8.º de 43-I págs. B.São muito invulgares os exemplares deste folheto a integrar nas colecções da polémica «Eu e o Clero».

942 — MOREIRA (Vasco).- MONOGRAFIA DO CONCELHO DE TAROUCA. (História e Arte). Viseu. 1924. In-8.º gr. de IV-198 págs. B.Monografia ilustrada com estampas intercaladas nas páginas de texto. Invulgar.

943 — MOUTA (Oliveira).- DOS BARROS & VASCONCELOS. (Os Solares de Santa Iria e das Barras). Livraria Tavares Martins. Porto. MCMLV-MCMLVII. 2 vols. In-8º gr. de 59-II e 39-II págs. B.Apreciados estudos genealógicos, em tiragem única de 150 exemplares numerados. O 2º volume é constituído pelo “Suplemento e Índice Onomástico. Com uma genealogia inédita do Século XVIII sobre os Costas e Vasconcelos, de Braga”. Com estampas em separado.

944 — AS MULHERES CÉLEBRES DA REVOLUÇAÕ FRANCEZA, ou o quadro energico das Almas sensiveis. Lisboa, Na Typographia Rollandiana. 1828. 2 vols. In-8.º de 106 e 87-V págs. E. em 1.Obra com interesse para a história da imagem da mulher durante aquele revolucionário período. Capítulos: Do Amor Conjugal; Do Amor Filial; Do Amor Fraternal; Sacrificios do Amor; Hospitalidade; Da Força d’alma na desgraça; Sacrificios sublimes; Gratidão; Do Desinteresse; Animo inspirado pelo horror do crime.Encadernação da época de pele inteira.

945 — MURAT TAIT (Geoffrey).- AVEIRO MARSH. By... Oporto. [Tip. Barbosa. Vila Nova de Gaia]. 1948. In-4.º de 24 págs. e IX estampas. E.Edição numerada e assinada pelo autor, limitada a 100 exemplares.

946 — MURPHY (James).- TRAVELS // IN // PORTUGAL; // THROUGH // The PROVIN-CES of ENTRE DOURO E MINHO, // BEIRA, ESTREMADURA, and // ALEM-TEJO, // In the Years 1789 and 1790. // CONSISTING OF // OBSERVATIONS on the MANNERS, CUSTOMS, TRADE PUBLIC BUILDINGS, // ARTS, ANTIQUITIES, &c. of that Kingdom. // By JAMES MURPHY, Architect. // Illustrated with PLATES. // LONDON: // Printed for

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A. STRAHAN, and T. CADELL Jun. and W. DAVIES (Successors // to Mr. CADELL) in the Strand. // 1795. In-fólio peq. de xii-311 págs. E.Primeira edição deste célebre livro inglês sobre Portugal, primorosamente composto e impresso. Ilus-trado com o retrato do autor e 24 belas gravuras abertas a buril em chapa de metal, gravuras que representam vistas de monumentos, usos e costumes, uma planta da cidade de Lisboa, vários objectos antigos, etc.Raro e muito valioso.Encadernação contemporânea com pele bastante ressequida. Com um pequeno rasgão na folha 281/282 que não ofende a mancha tipográfica e vestígios de acidez. (ver gravura na pág. 282)

947 — MUSEU LITERARIO, UTIL E DIVERTIDO. Lisboa. Na Impressão Regia. 1833. 13 números. In-8.º de 416-IV págs. Desenc.Colecção completa, cuja redacção se deve, segundo informação colhida em «Jornais e Revistas Portugueses do Séc. XIX» a António Mascarenhas de Mesquita. Ernesto do Canto faz também referência a este quinzenário no «Ensaio Bibliográfico» atribuindo a redacção a Joaquim José Pedro Lopes, salientando alguns artigos em particular e dizendo que “começou em 1 de janeiro de 1833 terminando em julho seguinte, com a entrada do exercito liberal em Lisboa.” Innocêncio regista este periódico, atribuindo também a sua redação a Joaquim J. P. Lopes, de quem faz extensa nota bio-bibliográfica. (ver gravura na pág. 284)

948 — NAPIER, C. B. (W. F. P.).- HISTORY OF THE WAR IN THE PENINSULA AND IN THE SOUTH OF FRANCE, FROM THE YEAR 1807 TO THE YEAR 1814. London and New York: George Routledge and Sons. 1878. In-8.º de XVIII-II-492 págs. E.Edição ilustrada em folhas à parte.Com vestígios de acidez particularmente acentuados nas primeira e ultima folhas.

949 — NAPOLEON.- MANIFESTO DE NAPOLEON, manuscripto vindo da Ilha de Santa Helena por hum modo desconhecido. Copiado do Investigador Portuguez em Londres, desde o Numero de Julho de 1817 incluso, ao de Fevereiro de 1818. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1820. (...)Vende-se na Loja de João Nunes Esteves, na Rua dos Ourives do Ouro N. 234. In-8.º peq. de 165-I págs. B.Publicado sem o nome do tradutor, este manifesto teve posteriores edições em 1822 e 1835, ambas impressas na Oficina de João Nunes Esteves que na edição original, já fazia anuncio à sua loja.Com dobras nas margens e cantos do volume.

950 — NAPOLEON & JOSEPHINE.- LETTRES DE NAPOLÉON A JOSÉPHINE, pendant la première Campagne d’Italie, le Consulat et l’Empire; Et Lettres de Joséphine a Napoléon et a sa Fille. Paris. Firmin Didot Frères, Libraires. 1833. 2 vols. In-8.º de 360 e 400 págs. B.“Nous livrons à l’impression les lettres de Napoléon et de Joséphine, qui devaient êtres publiées en 1825, pour répondre à quelques interprétations hasardées du Mémorial de Sainte-Hélène.Primeira edição, cuidadosamente impressa e documentada com a reprodução de manuscritos, impressos em folhas desdobráveis.Com um defeito marginal na folha 9/10 do segundo volume e vestígios de acidez.

951 — NARBONNE (Fabre de).- LE DIRECTOIRE, le 18 Brumaire, le 3 Nivose, Les Anglais et les Moines. Paris, Berquet. 1830. 2 vols. In-8.º de IV-IV-401-III e IV-404 págs. E.Textos de leitura amena sobre cultura geral, literatura, viagens na Europa, eventos políticos, moral, etc. Com interesse para a história da mentalidade francesa no século XIX.Encadernações da época com lombadas de pele.

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952 — NARRAÇÃO DA PRIMEIRA ENTRADA PUBLICA, QUE NA SUA DIOCESE DO PORTO FEZ EM 27 D’AGOSTO O EX.mo E REV.mo BISPO D. Jeronymo José da Costa Re-bello. Porto: Typographia de Gandra & Filhos. 1843. In-8.º de 48 págs. Desenc.Com uma estampa litográfica mostrando “huma Porta, entre os cunhaes do principio da Rua das Hor-tas, e da Praça de Stº Eloy, com a face para a Calçada dos Clerigos, a fim de alli se desempenhar a cerimonia da recepção”, porta mandada erigir pela Camara da cidade do Porto, onde, “sobre um socco que no meio das ameias se elevava, avultava a Figura do Porto, vestido de armas brancas, cingindo o colar de Grão Cruz da Ordem da Torre Espada do Valor, Lealdade e Merito”, ainda hoje conservada. Relação descrevendo em pormenor a entrada de D. Jerónimo José da Costa Rebelo, registando a lista de nomes das pessoas notáveis que participaram na cerimónia. Muito raro.

953 — NARRAÇÃO DO QUE SE PASSOU NA CIDADE DO PORTO POR OCCASIÃO DA MORTE DA SENHORA D. MARIA PRIMEIRA, Rainha de Portugal, Brazil, e Algarves. Na Imprensa Regia. anno 1816. In-8.º gr. de 15-I págs. B.Rara e minuciosa relação do que se passou na cidade do Porto por ocasião da morte de D. Maria Primeira, ocorrida no Rio de Janeiro em 20 de Março de 1816.Capa da brochura em papel pintado, da época.

954 — NASCIMENTO (J. F. da Silva).- LEITOS E CAMILHAS PORTUGUESES. Subsídios para o seu estudo. Lisboa. Edição do autor. 1950. In-4.º gr. de 113-VI págs. de texto e CXL estampas. E.Obra de muito cuidada e sóbria realização gráfica, impressa em bom papel e densamente ilustrada com estampas de papel couché que reproduzem fotografias dos mais belos, raros e valiosos exemplares de leitos e camilhas portugueses antigos. Muito procurada por antiquários e bibliófilos, «Leitos e Camilhas» tornou-se uma das mais raras e valiosas obras de toda a bibliografia artística portuguesa.Primeira e muito rara edição, porquanto a sua tiragem foi confinada a 500 exemplares.Excelente encadernação inteira em pele, com dizeres e ferros gravados a seco e ouro na lombada e pastas. Com as capas da brochura preservadas.

955 — NEVES (Francisco Ferreira).- O III CONGRESSO REGIONAL DAS BEIRAS. (Congresso de Aveiro). Relatório, Teses, Votos. Livro organizado por...Vila-Nova-de-Famalicão. Tipografia «Minerva». 1928. In-4.º de 211-V págs. B.Com ilustrações em folhas à parte. Textos de Jaime Lopes Dias, José Mendes da Cunha Saraiva, Francisco Ferreira Neves e outros. Agricultura, piscicultura, caminhos de ferro, portos de mar, vinhos da Bairrada, linhos, etc.

956 — NEVES (José Acúrsio das).- O DESPERTADOR DOS SOBERANOS, E DOS PÓVOS, OFFERECIDO Á HUMANIDADE. Impresso em Lisboa, e reimpresso no Rio de Janeiro na Impressão Regia. 1809. In-8.º de 37-I-21-I págs. B.As últimas 22 págs. foram intituladas POST-SCRIPTUM // AO DESPERTADOR // DOS SOBERA-NOS, // E // DOS PÓVOS. e tem a seguinte nota final: “Vende-se na loja de Paulo Martin filho, Rua da Quitanda N.º 34 (...)”.A edição original, de 1808, foi impressa em Lisboa na “Offi. de Simão Thaddeo Ferreira”.Pequeno rasgão no canto inferior direito do frontispício, com falta de papel, mas sem afectação da mancha tipográfica.

957 — NEVES (Jose Acúrsio das).- HISTORIA GERAL DA INVASÃO DOS FRANCEZES EM PORTUGAL, E DA RESTAURAÇÃO DESTE REINO, Escrita por... Lisboa. M.DCCCX--MDCCCXI. 5 vols. In-8.º peq. de 345-I; 302; 373-I; 363-I; 319-I págs. E.É bastante curiosa a nota deixada por Innocêncio no Diccionário Bibliográfico acerca desta Obra: “Não podendo superar as difficuldades inherentes por via de regra á composição de uma historia

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contemporanea, e derivadas umas vezes da falta de informações exactas dos factos, outras da neces-sidade de poupar melindres e caprichos pessoaes da parte d’aquelles que se dão por offendidos com a verdade; consta que esta obra trouxera alguns dissabores, e que molestado com as censuras de uns, e com as queixas de outros, tomára o partido de abrir mão da empreza, deixando-a incompleta. A edição porém exhauroiu-se, a ponto de que hoje apparecem raramente á venda alguns exemplares.”Publicação bastante invulgar, não referida por Magalhães Sepúlveda no «Dicionário Bibliografico da Guerra Peninsular».Belas encadernações da época, em pele inteira, com bonitos ferros e dizeres gravados a ouro nas lombadas. O primeiro volume apresenta um corte de traça junto à lombada, que ofende, sem grande gravidade, as três últimas folhas. (ver gravura na pág. 286)

958 — NEVES (José Acúrsio das).- MANIFESTO DA RAZÃO CONTRA AS USURPAÇÕES FRANCEZAS. Offerecido à Nação Portugueza, aos Soberanos e aos Póvos. Lisboa M. D. CCCVIII. Na Of. de Simão Thaddeo Ferreira. Com licença de S. A. R. In-8.º de 44 págs. Desenc.“A seguinte peça foi feita no tempo, em que as tropas combinadas marchavão para atacar o Exercito Francez; e o seu Author a fez chegar manuscrita ao maior número de mãos, que a sua situação lhe permitia.” Opúsculo bastante raro.

959 — NEVES (José Acúrsio das).- MANIFESTO, EM QUE O DESEMBARGADOR JOSÉ ACCURSIO DAS NEVES Expõe, a analysa os procedimentos contra elle praticados pelos EX--REGENTES DO REINO, E os seus fundamentos. Segunda vez impresso com permissão do Author. Lisboa: MDCCCXXII. Na Impressão de Alcobia. In-8.º de 72 págs. B.Acúrsio das Neves, jurisconsulto e economista contrário aos ideias do liberalismo foi demitido após a Revolução do 24 de Agosto dos cargos que ocupava na Real Fábrica das Sêdas, nas Obras das Águas Livres mantendo apenas o cargo de deputado da Junta do Comércio. Em 1822, eleito deputado às côrtes ordinárias, revelou-se extraordinário orador onde acérrimamente defendeu a causa da Rainha D. Carlota Joaquina, sustentando não ser aplicável a lei que ordenava a saída de Portugal a todos quantos se recusassem ao juramento da Constituição.Folheto bastante invulgar, não registado no Diccionário de Inocêncio, nem no Dicionário Bibliográ-fico da Guerra Peninsular, de Magalhães Sepúlveda.

960 — NEVES (José Acúrsio das).- PETIÇAÕ DOCUMENTADA, E DIRIGIDA A ELREI NOSSO SENHOR. Lisboa: Na Typografia de Simão Thaddeo Ferreira. Anno M.DCCCXXIII. In-8.º de 28 págs. B.Trata-se da petição na qual o autor, na qualidade de Desembargador, pede a Sua Magestade, o deixe aceitar a “offerta” da Junta da Administração da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, para o lugar de Procurador Delegado. No final o folheto vem acompanhado com importante documentação que interessa para a história da Companhia. Publicação muito rara, não registada por Magalhães Sepúlveda no Dicionário Bibliográfico da Guerra Peninsular.

961 — NEVES (José Acúrsio das).- A VOZ DO PATRIOTISMO NA RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL, E HESPANHA. Lisboa M. D. CCCVIII. Na Of. de Simão Thaddeo Ferreira. Com licença de S. A. R.. In-8.º de 29-I págs. Desenc.

962 — NEVES (José Cassiano).- JARDINS E PALÁCIO DOS MARQUESES DE FRONTEIRA. Lisboa. MCMXLI. [Imprensa Portuguesa. Pôrto]. In-4.º de 107-III págs. B.Trabalho pelas primeira vez publicado na revista «Ocidente», “agora ampliado no texto e nas gravuras, com algumas rectificações”. Edição cuidada, ilustrada em folhas impressas à parte.

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963 — NO VI CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE D. NUNO ÁLVARES PEREIRA. Lisboa. MCMLXI. [Editorial Minerva]. In-4.º de 57-III págs. B.Edição da Associação dos Arqueólogos Portugueses, com os seguintes trabalhos: «Achega para a Iconografia do Santo Condestável», com estampas em separado, por António Cruz; «A Personalidade de Nuno Álvares Pereira perante a História», por Luís de Pina.

964 — NOBRE (Augusto).- LEÇA DA PALMEIRA. Recordações e Estudos de há sessenta anos. Porto. 1945. [Oficinas Gráficas Augusto Costa & Cª, Limitada. Braga]. In-8º gr. de 292--VIII págs. B.Obra fundamental para o estudo de Leça da Palmeira e de outras povoações costeiras do norte de Portugal, constituída pelos seguintes capítulos: O litoral, Traços Geológicos das Praias do Pôrto, Distribuição Batimétrica e Geográfica dos Moluscos de Leça da Palmeira, As Estações Zoológicas, Ensaios sôbre os moluscos testaceos marinhos observados entre Espinho e Póvoa, Sobre a distribuição dos Organismos Flutuantes, Cartas de António Nobre, Recordações de factos passados no Pôrto há mais de sessenta anos; O Meu Domingo: António Nobre por Celso, António Nobre, Correspondência com Alberto d’Oliveira, Carta de Raúl Brandão, Carta do Sr. Professor Victorino Nemesio, Restos mortais de António Nobre, etc. Com ilustrações nas páginas do texto.Pequena assinatura no verso do frontispício.

965 — NOBREGA (Artur Vaz-Osório da).- PEDRAS DE ARMAS DO CONCELHO DA PO-VOA DE VARZIM. (Heráldica de Família). Póvoa de Varzim. 1962. In-8.º gr. de VI-52-IV págs. B.Com muitas ilustrações. Reduzida separata de «Póvoa de Varzim - Boletim Cultural».

966 — NÓBREGA (Artur Vaz-Osório da).- PEDRAS DE ARMAS DO CONCELHO DE LOU-SADA. (Heráldica de Família). Edição da Junta de Província do Douro-Litoral. Porto. 1959. In-4.º de XL-574-II págs. E.Este magnífico e muito documentado trabalho heráldico aparece antecedido de um extenso prefácio assinado por Eugénio de Andréa da Cunha e Freitas, onde, “mal esboçada, aí fica um pouco da história da nobreza de Lousada através dos séculos - desde os recuados tempos medievais até hoje”. Com numerosas reproduções de pedras d’armas.Com as capas da brochura preservadas, carminado à cabeça e revestido de boa encadernação inteira de pele com ferros a ouro, nervos e rótulos na lombada.

967 — NÓBREGA (Artur Vaz-Ósório da).- PEDRAS DE ARMAS DO CONCELHO DE SAN-TO TIRSO. (Heráldica de Família). Edição da Câmara Municipal de Santo Tirso. 1957. In-4.º de 179-III págs. E.Valiosa monografia heráldica exclusivamente dedicada ao Concelho de Santo Tirso: “Por terras de Santo Tirso de Riba d’Ave, famílias ilustres do norte de Portugal esculpiram, em suas pedras de armas, seus apelidos mais ou menos remotos: Pintos de Meireles, senhores da Casa de Manguela, em Santiago da Carreira; Machados da Cunha de Faria e Almeida, senhores da Casa de Arnozela, em São Martinho do Campo, Barros da Silva, continuados por Pereiras de Castro de Sampaio, senhores da Casa de Barrimau, em São Miguel da Lama; Ferreiras de Eça, senhores que foram da Casa do Paço, em São Tomé de Negrelos, Marinhos Falcões, senhores da Casa do Mosteiro, em São Pedro de Roriz; Carnei-ros Magalhães Machados, senhores que foram da Casa do Outeiro, em Santiago de Burgães; Correias de Miranda, senhores da Casa de Dinis, em Santa Cristina do Couto; Brandões de Melo, senhores que foram do morgado de Guimarei, em São Paio de Guimarei; Freires de Sá Brandão, senhores que foram da Casa de Vilela em São Tomé de Negrelos; Mouras Coutinhos, senhores que foram da Casa da Carriça, em São Cristóvão do Muro; Camelos Alcoforados, senhores que foram da Casa de Real

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de Moinhos, em Salvador de Monte Córdova; Oliveiras Maias, senhores da Casa do Paiço, em Santa Maria de Alvarelhos; e outros mais. Plêiade de gente de algo que continua nos seus descendentes, quer no concelho de Santo Tirso quer noutros concelhos, os predicados que os haviam feito sobressair: o valor pessoal ligado à responsabilidade dos apelidos.” Com fotogravuras e desenhos de numerosas pedras de armas. Rara separata de «O Concelho de Santo Tirso»Boa encadernação de pele inteira, com ferros em casas fechadas gravados a ouro fino e rótulos na lombada.

968 — NOBREZA DE PORTUGAL. Bibliografia - Biografia - Cronologia - Filatelia - Ge-nealogia - Heráldica - História - Nobiliarquia - Numismática. Lisboa. 1960-1961. [Editorial Enciclopédia]. 3 vols. In-4.º de 766 págs. por vol.

——— ARMORIAL LUSITANO, Genealogia e Heráldica. Lisboa. 1961. Editorial Enciclopé-dia. In-4.º de 773-I págs. E.Obra de assinalável e muito variado interesse e bastante apurada execução gráfica. Densamente ilus-trada com gravuras disseminadas nas páginas do texto e impressas em separado, a preto e a cores. Todas as páginas são circundadas por artísticas molduras decorativas.O «Armorial Lusitano» ostenta muitas centenas de brasões d’armas, em boa parte reproduzidos a cores e metais.É particularmente importante a parte relativa ao Brasil. Direcção e coordenação do Dr. Afonso Zuquete e valiosa colaboração dos nossos melhores especialistas nos temas referidos.Encadernações do editor inteira de pele, exuberantemente decoradas a seco e a ouro.

969 — NOGUEIRA (Januário José Raimundo Penafort).- DISCURSO SOBRE A SUPERSTI-ÇAÕ. Vertido do Francez em Portuguez por... Porto: Na Typografia de Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos. Anno de 1822. In-8.º de 11-I págs. B.Januário Penafort Nogueira, membro da Sociedade Patriotica Portuense, é referido no Dicionário de Innocêncio onde, a par de outras obras de sua autoria, se regista o jornal miguelista «O Anti Jacobino». Acerca deste jornal, Augusto Xavier da Silva Pereira, colaborador no Ensaio Bibliográfico de Ernesto do Canto, diz que se atribui a Raimundo Penaforte a sua redacção.Brochura em papel pintado, da época.

970 — [NORONHA (José Feliciano de Castilho Barreto e)].- A AGUIA NO OVO E NOS AS-TROS, sive A Eschola Coimbrã na sua Aurora e em seu Zenith. Por um Lisboeta convertido. Rio de Janeiro. Typographia do Commercio, de Pereira Braga. 1866. 2 opúsculos In-8.º com o total de 62 págs. B.Opúsculos pertencentes a famosa polémica Bom Senso e Bom Gosto, impressos no Rio de Janeiro. Invulgar.

971 — NORONHA (José Feliciano de Castilho Barreto e).- A ESCOLA COIMBRÃ. Cartas do Sr. Conselheiro... ao Correio Mercantil do Rio de Janeiro. Lisboa. Typographia do Futuro. 1866. 2 vols. In-8.º gr. de 32; 48 págs. B.Um dos muitos e procurados opúsculos que constituem a famosa e dilatada polémica conhecida por Questão Coimbrã ou do Bom Senso e Bom Gosto.

972 — NORONHA (José Feliciano de Castilho Barreto e).- ORTHOGRAPHIA PORTUGUE-ZA E MISSAO DOS LIVROS ELEMENTARES; Correspondencia Official, relativa ao IRIS CLASSICO Publicada por... 2.ª edição correcta e augmentada. Rio de Janeiro. Typ. e Livraria de B. X. Pinto de Sousa. 1860. In-8.º de II-201-VII págs. E.

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Curiosa publicação com interesse para a história da ortografia portuguesa e dos manuais escolares adoptados no Brasil, publicada por um dos intervenientes na famosa e muito justamente apreciada polémica Bom Senso e Bom Gosto.Encadernação modesta.

973 — NOTAS SOBRE PORTUGAL. (Exposição Nacional do Rio de Janeiro em 1908. Secção Por-tuguesa). Lisboa. Imprensa Nacional. 1908. 2 vols. In-4.º de VIII-814 e XVI-292-II págs. E. em 1 vol.Obra de esmerada execução gráfica, impressa sobre papel couché, ornada de mapas impressos a cores e com numerosas fotogravuras intercaladas no texto. Colaboração, entre outros de, Rocha Peixoto, Augusto Nobre, J. Ferreira Borges, Adolfo Coelho, D. José Pessanha, Curry Cabral, Júlio de Matos, António Arroyo, João Barreira, Joaquim de Vasconcelos, Ernesto Vieira, etc., subscrevendo artigos com interesse para o estudo da antropologia em Portugal, suas industrias, agricultura, comunicações, ensino, artes, saúde, turismo, etc.Encadernação com lombada e cantos de pele, decorada com rótulos gravados a ouro, nervuras e ferros a seco. Só de leve aparados à cabeça e com falta da capa da brochura posterior do primeiro volume.

974 — NOTICE HISTORIQUE ET GÉNÉALOGIQUE SUR LA MAISON BONNIN DE LA BONNINIÈRE DE BEAUMONT. Marquis et Comtes de Beaumont, Marquis de La Chartre--sur-Loir, Seigneurs des Chastelliers, Beauvais, Le Fresne Savary, Rezé, Rortre, Fontenay, Beaumont-La-Ronce, Chatillon, Ruillé. etc. Pairs de France, Honneurs de La Cour. Rédigée d’après les titres originaux et les preuves de cette maison pour les honneurs de la Cour. Tours. Imprimerie A. Mame et Fils. 1897. In-4.º gr. de IV-146 págs. E.Muito cuidada edição impressa sobre papel de escolhida qualidade.Encadernação da época com larga lombada e cantos de pele. Dourado à cabeça e com as restantes margens integrais.

975 — NOTICIA CIRCUNSTANCIADA DA FELIZ DESCOBERTA DE HUMA LOJA MA-ÇONICA, Cujos Membros ficáraõ em Aveiro sem Çapatos. [Sic]. Porto, 1823: Na Typ. de Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos. In-8.º de 24 págs. B.Invulgar folheto anti-maçónico onde se relata a descoberta de uma loja maçónica em tempos de per-seguição. Diz o autor no final deste folheto “Creia o Leitor existem occultas entre nós muitas dessas espeluncas; porque, tendo apenas apparecido tres, e sobindo o numero dos Pedreiros acima de vinte e dous mil, bem presumivel he qual será a immensidade das cavernas ainda naõ vista!”.(ver gravura na pág. 291)

976 — [NUNES (J. Matias) (Trad.)] — ROBINSON (C. W.).- A GUERRA DA PENINSULA 1808--1814. Estudo estrategico das suas differentes Campanhas. Explicado em lições aos Alumno do real collegio militar de Sandhurst pelo Capitão... Traducção do Inglez por J. Mathias Nunes. (...) Lisboa. Typographia de Mattos Moreira & Cardosos. 1883. In-8.º peq. de 230-II págs. E.Acerca do livro diz o tradutor: “O ponto de vista especial sob que elle se acha escripto «o ensino da estrategia»; o fim a que é destinado, isto é, ensinar aos cadetes de uma das escolas militares de Inglaterra a historia da guerra da Peninsula; a concisão, clareza e methodo que apresenta (deixaram em nós a impressão de que o seu conhecimento seria de alguma utilidade e mereceria algum interesse aos militares do nosso paiz (...)”.Edição ilustrada com 6 mapas desdobráveis, dos quais 3 de grandes dimensões. I. «Mappa-Esboço para o estudo da geographia da Peninsula e do Sul da França e dos movimentos geraes das Campa-nhas»; II.1. «Operações entre os Rios Douro e Minho durante a Campanha contra Soult. Maio 1809»; II.2. «Passagem do Douro, 12 de Maio de 1809»; III. «Para illustrar a Campanha de 1808 e parte das de 1810 e 11»; IV. «Operações de Marmont e de Wellington durante a Campanha de Salamanca. 15 a 22, Julho, 1812»; V. «Para illustrar as Operações entre o Adour e os Pyrenéos. Campanha de 1814».Cardozo Bethencourt, no «Catálogo das Obras referentes á Guerra da Peninsula», refere outra obra do autor, publicada em Londres, omitindo a que acabamos de descrever.

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977 — OBSERVADOR PORTUGUEZ, HISTORICO, E POLITICO DE LISBOA, Desde o Dia 27 de Novembro do anno de 1807, em que embarcou para o Brazil o Principe Regente Nosso Senhor e toda a Real Familia, por motivo da Invasão dos Francezes neste Reino, etc. Contém Todos os Editaes, Ordens publicas e particulares, Decretos, sucessos fataes e desconhecidos nas Historias do Mundo; todas as Batalhas, roubos e usurpações até o dia 15 de Setembro de 1808, em que forão expulsos, depois de batidos, os Francezes. Offerecido ao Illustrissimo e Excellen-tissimo Senhor D. Rodrigo de Sousa Coutinho (...) Por hum Anonymo. Lisboa, Na Impressão Regia. Anno 1809. 2 vols. In-8.º de 527-I págs. EInnocêncio, refere uma alcunhada Segunda edição, forjada na Typ. J. F. M. de Campos datada de 1824, que mais não é do que o aproveitamento da edição original, à excepção da primeira folha que contém 8 páginas. O mesmo bibliófilo repara também o erro exarado no tomo II do seu Dicionário, onde erradamente atribuiu a autoria da Obra a Estevam Brocardo, sugerindo para a paternidade da mesma o nome de D. Benevenuto António Caetano Campos.De grande valor documental para a história daquela conturbada e decisiva época da História de Portugal.Encadernação original inteira de pele, partida nas goteiras ou canaletas, sem que no entanto as pastas estejam desconjuntadas do volume. (ver gravura na pág. 293)

978 — OLIVAR BERTRAND (Rafael).- BODAS REALES DE ARAGÓN CON CASTILLA, NA-VARRA Y PORTUGAL. Relación cortesana de los enlaces matrimoniales que, en el siglo XIV, cimen-tan los pilares de la unidad nacional. Barcelona. Editorial Alberto Martín. In-8.º gr. de 313-I págs. E.Encadernação editorial, protegida por sobrecapa de papel impresso.

979 — OLIVEIRA (Alberto de).- PALAVRAS LOUCAS. Coimbra. F. França Amado, Editor. MDCCCXCIV. In-4.º de VI-273-VII págs. B.Um dos mais raros e estimados livros do autor que com António Nobre fundou a revista Boémia Nova. Colaborador da Revista de Portugal, o autor firmou a sua influência ao movimento neo-garrettiano, cujo programa foi enunciado na Obra que agora apresentamos, onde defende a recuperação do fol-clore, da literatura popular e o renascimento de uma cultura genuína, em detrimento da influência de outros modelos de influência europeia.Do Índice: Do neo-garrettismo no theatro; Á volta de D. Maria; O tio Garrett; Versailles; Renan; O poeta Bruant; Santo Antonio dos Olivaes; António Nobre; Carta do Bairro-Latino [Paris]; O Bairro de Villar [Porto]; Duas almas [José Falcão; Antero de Quental]; A Rosa Tyranna [musica popular coimbrã]; O Padre Simão [Constancia - Santarém]; A respeito de Portugal; Os quadros de Columbano; A lingoa portugueza; No paiz da Alma; A lua de mel.Com um belo retrato de Alberto de Oliveira por Thomás da Costa.Valorizado com dedicatória do autor.

980 — OLIVEIRA (Arnaldo Henriques de).- BIBLIOGRAFIA ARTÍSTICA PORTUGUESA. Descrição bibliográfica da importante e magnífica biblioteca reunida pelo Dr. Luís Xavier da Costa... Lisboa. 1944. In-8.º de XVI-304 págs. E.Catálogo de uma das mais importantes bibliotecas de livros de arte até hoje vendidas em Portugal. Com um extenso prefácio de Henrique de Campos Ferreira Lima.Encadernação com lombada de pele. Conserva as capas da brochura.

981 — OLIVEIRA (Camilo de).- O CONCELHO DE GONDOMAR. (Apontamentos monográ-ficos). 1931-1936. 4 vols. In-4.º peq. E.Edição original ilustrada da que é, ainda hoje, a mais importante fonte de informações para o conhecimento dos múltiplos aspectos da história, usos e costumes, lendas e tradições de Gondomar, importante vila e concelho do distrito do Porto.Encadernações com cantos e lombadas de pele, estas decoradas com títulos, nervuras e ferros dourados. Com as capas da brochura conservadas.

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982 — OLIVEIRA (Delfim José de).- NOTICIAS DE PENELLA. Apontamentos historicos e archeologicos. 1884. Typ. da Casa Minerva. Lisboa. In-4.º de 541-III págs. E.Muito rara monografia da Vila de Penela, ilustrada com uma vista do seu castelo e do brasão de armas.A págs. 245 dá início o «Additamento ás Noticias de Penella» que segue com o «Supplemento ás No-tícias de Penella» desde págs 365 até ao final. Este último suplemento, de maior raridade, foi impresso na Typ. Cruz Coutinho, da Rua dos Caldeireiros, no Porto.Do Boletim Bibliográfico «Monografias de Terras Portuguesas», da Livraria «Biblarte», cujo exemplar ali anunciado contava apenas 213-III págs.: “Descreve o importante papel que esta vila desempenhou na fundação de Portugal e consolidação da sua independência, referindo-se aos factos mais importantes da sua vida administrativa e económica deste concelho e aos homens que têem contribuido para o seu prestigio, entre os quais se destaca o rei D. João I que aqui esteve no ano de 1383”. Tem, no início do «Additamento», uma dedicatória do autor manuscrita.Encadernação com lombada de pele.

983 — OLIVEIRA (Guilherme).- UMA VISITA ÀS RUINAS DO REAL MOSTEIRO DE FIÃES. Lisboa. Typographia da Sociedade «A Editora». 1903. In-8.º de 89-I págs. B.Deste mosteiro disse Pinho Leal, citado no começo do livrinho: “(...) se algum dia viajares pelo Alto Minho, não deixes de visitar as tristes ruinas do Convento de Fiães; e alli (...) contempla respeitoso estes restos venerandos da fé e piedade de nossos maiores, e chora sobre as ruinas d’este testemunho de suas crenças inabalaveis”; “Ruinas, devastação, silencio, horror! (...) Os reptis immundos revolvem as ossadas venerandas de varões illustres”. Invulgar.

984 — OLIVEIRA (Luís Augusto de).- EXPOSIÇÃO RETROSPECTIVA DE CERAMICA NACIONAL em Vianna do Castello no anno de 1915. Breves estudos por... Porto. Officinas de “O Commercio do Porto”. 1920. In-4.º gr. de XI-201-III págs. E.Obra de grande interesse e estima, fundamental para o estudo da cerâmica portuguesa, ricamente ilustrada com oitenta estampas impressas a preto e branco e quatro a cores, todas tiradas em separado, onde são representadas centenas de valiosas peças. Além do mencionado tem ainda 9 estampas com a reprodução das marcas de numerosos ceramistas. Obra muito valiosa e rara.Boa encadernação com lombada e cantos de pele, decorada e seco e ouro. Capas da brochura preser-vadas e só ligeiramente aparado à cabeça. (ver gravura na pág. 295)

985 — OLIVEIRA (Luis da Silva Pereira).- PRIVILEGIOS DA NOBREZA, E FIDALGUIA DE PORTUGAL, offerecidos ao Excelentissimo Senhor Marquez de Abrantes D. Pedro de Len-castre Silveira Castello-Branco Vasconcellos Valente Barreto de Menezes Sá e Almeida, pelo seu author... Lisboa. Anno de 1806. In-8.º gr. de XII-344-IV págs. E.Trabalho notável e estimado, o primeiro que com amplitude se fez acerca do assunto tratado. Primeira edição.“Quiz saber, para instrucção minha, que privilegios, e distinções pertencião aos respeitaveis membros do Gremio da Nobreza, e não achando hum só Livro, onde podesse aprendellos, passei ancioso a procurallos no vasto campo da Legislação, e da Historia deste Reino. (...)“e como a materia de sua natureza era secca, e descarnada, procurei fazella agradavel, e instructiva aos Leitores, dando-lhes huma breve noção da origem, ethymologia, definição, e antiguidade da Nobreza, e das suas differentes especies; como tambem dos empregos Ecclesiasticos, Civîs, Militares, e scien-tificos, que a produzem, augmentão, e conservão; e bem assim dos officios, occupações, e crimes, que a derogão, anniquillão, e perdem (...)“e conclui a obra com hum Appendix das Leis da Nobreza estabelecidas nas celebres Cortes de Lamego.”.Do índice extractamos os seguintes assuntos: Da origem, etimologia, definição e antiguidade da No-breza; Da Nobreza natural ou hereditária; Da Nobreza proveniente das Dignidades Eclesiasticas, dos Postos da Milícia, Empregos da Casa Real, Ofícios da República, das Ciências e dos Graus Acadé-micos, da Agricultura, do Comércio, da Navegação, da Riqueza; dos privilégios e prerogativas da

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Nobreza em Portugal; Das pessoas que gozão dos privilégios da Nobreza, posto que a não tenhão; Do modo que se deve provar a Nobreza para competir a fruição dos privilégios; Dos Ofícios mecanicos incompatíveis com a Nobreza e destrutivos de seus brilhantes privilégios; Dos crimes destruidores da Nobreza; Dos Ofícios indiferentes que nem dão, nem tirão Nobreza; Da origem, etimologia, definição e antiguidade dos Fidalgos em Portugal, das suas diferentes espécies e privilégios; Da etimologia e definição dos Cavaleiros e suas diferentes especies em Portugal, da Ordem Militar dos Cavaleiros de Cristo, dos privilegios dos Cavaleiros; Leis Primordiais da Nobreza Lusitana.Encadernação da época inteira de carneira. Com um pico de traça na pasta posterior que afecta as ultimas folhas.

986 — OLIVEIRA (Manuel Ramos de).- CELORICO DA BEIRA E O SEU CONCELHO ATRAVÉS DA HISTÓRIA E DA TRADIÇÃO. Tipografia “Mondego”. Celorico da Beira. [1939]. In-8.º gr. de 311-I págs. B.Na carta-prefácio que abre este trabalho monográfico, Joaquim de Carvalho afirma que êle “é essencial-mente um repositório de notícias do passado de Celorico da Beira, sem esquecer os acontecimentos da história geral portuguesa que se enlaçam com a localidade (...); Na messe abundantíssima das notícias que tão diligentemente coligiu e que constituem, por assim dizer, uma enciclopédia celoricense, há dados valiosíssimos para o estudo da história moral, económica e política do nosso País, cujo conhe-cimento profundo se não pode lograr sem a base sólida e apurada das manifestações locais”. Com numerosas fotogravuras nas páginas de texto.

987 — ORTIGÃO (Ramalho).- BANHOS DE CALDAS E AGUAS MINERAES. Com uma Introdu-ção de Julio Cesar Machado. Porto. Livraria Universal de Magalhães & Moniz - Editores. 1875. In-8.º gr. de 135-V págs. B.Curioso livro sobre as principais águas termais de Portugal, ilustrado com numerosas gravuras inter-caladas nas páginas do texto e em folhas à parte. Camilo aparece referenciado a págs. 40. Primeira edição, a mais estimada e valiosa.

988 — ORTIGÃO (Ramalho).- A HOLLANDA. Porto. Magalhães & Moniz - Editores. [S.d.]. In-4.º de XIII-I-360 págs. E.Uma das obras que mais prestigiaram o grande prosador português e aquela “em que a sua prosa aquiriu, num estilo cheio de elegância e de colorido, o máximo poder descritivo”. Primeira edição portuguesa, muito invulgar.Encadernação editorial.

989 — ORTIGÃO (Ramalho).- AS PRAIAS DE PORTUGAL. Guia do Banhista e do viajante. Com desenhos de Emilio Pimentel. Porto. Livraria Universal de Magalhães & Moniz - Editores. 1876. In-8.º gr. de 144-XVI págs. B.Interessante livro, com capítulos referentes às praias da Foz do Douro, Leça, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Espinho, Cascais, Ericeira, Nazaré, Figueira, Setúbal, etc. As ilustrações foram impressas em separado. Primeira edição.Desconjuntado.

990 — ORTIGÃO (Ramalho).- REI D. CARLOS O MARTYRISADO. Typographia “A Edito-ra”. Lisboa. 1908. In-4.º de 20 págs. B.“O Rei - Politica portugueza durante o seu reinado - Deterioração do systema parlamentar - Contami-nação social - A corrente das idéias - A dictadura - João Franco e Turgot - Luiz XVI e o Rei D. Carlos - O homem - Seu logar na sciencia e na arte portugueza - Seu caracter - Seu talento - Sua convicção - Seu fim”. Primeira edição.Com a reprodução de um retrato fotográfico de D. Carlos.

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991 — ORTIGÃO (Ramalho).- ULTIMAS FARPAS. Livraria Francisco Alves. Rio de Janeiro... Livrarias Aillaud e Bertrand. Lisboa. [1917]. In-8.º de 340 págs. B.Primeira edição, ornada de um retrato de Ramalho Ortigão.Com importantes capítulos para a história da implantação da República.Capa da brochura com pequenas imperfeições.

992 — ORTIGAO (Ramalho) & GIRARD (Albert).- S. M. EL-REI D. CARLOS I E A SUA OBRA ARTISTICA E SCIENTIFICA. Lisboa. 1908. Editor - Antonio Palhares. Composição e impressão Typ. Emp. da Historia de Portugal. In-4.º de 94-II págs. B.Luxuosa edição em papel couché, ilustrada com numerosas reproduções de trabalhos de D. Carlos, diplomas, medalhas, etc. Fotogravuras de Thomaz Bordallo. Colaboração literária de Albert Girard. Pouco comum.Com dedicatória de Albert Girard ao Conselheiro Wenceslau de Lima.

993 — ORTIGÃO (Ramalho) & QUEIROZ (Eça de).- AS FARPAS. Chronica Mensal da Politica, das Letras e dos Costumes. Lisboa. Typographia Universal... 1871-1883. 42 números In-8.º B.Célebre e interessantíssima publicação periódica de acerada crítica aos costumes e política da época, da autoria de dois dos maiores vultos da literatura portuguesa do século XIX.Primeira edição, completa, publicada em quatro séries de, respectivamente, 26, 10, 3 e 3 números. Muito rara e valiosa.O Volume XXVI [1.ª série] apresenta a capa da brochura manchada; os números 1 e 3 da quarta série pequenos defeitos. (ver gravura na pág. 298)

994 — ORTIGÃO (Ramalho) & QUEIROZ (Eça de).- AS FARPAS. Lisboa. David Corazzi - Editor. 1887-1888. [Typ. das Horas Romanticas. A partir do 7.º volume: Lisboa. Companhia Nacional Editora. 1889-1891]. 11+2 vols. In-8.º gr. E.Segunda edição, impressa sobre papel de excelente qualidade, a mais bela e cuidada de quantas até hoje se publicaram. Os dois últimos volumes são constituídos por «Uma Campanha Alegre», sendo particularmente difícil de obter o último destes volumes.Belas encadernações editoriais, com ferros a ouro, negro e vermelho.

995 — [OSÓRIO (António Frutuoso Ayres de Gouveia)].- AS COMMENDAS. Poema heroi--comico-satirico em cinco cantos. Por**** Lisboa. 1849. In-8.º de VIII-82-IV págs. B.Alberto Pimentel, «Poemas Herói Cómicos Portugueses»: “Êste poema foi escrito no Pôrto; e também lá impresso, não obstante a indicação de que o fôra em Lisboa”. O nome do autor foi descoberto pelo mesmo estudioso descodificando a última palavra do último verso: afago. “O autor do poema era então um dos rapazes mais talentosos e ilustrados daquela cidade, amigo íntimo de todos os que se lhe igualavam em dotes intelectuais”. A remessa de quatro condecorações enviadas por Costa Cabral ao Ateneu Comercial do Porto, consignadas a Arnaldo Vanzeler, na altura seu Presidente, a fim de serem distribuídas como recompensa de serviços públicos, são o motivo deste curioso e raro poema. Para mais completo conhecimento deste caso recomenda-se o referido texto de Pimentel.Com um mancha de água nas primeiras três folhas do opúsculo.

996 — OWEN (Hugo).- O CERCO DO PORTO, Contado por uma testemunha o Coronel Owen. Com documentos novos. (2ª edição - 3º milhar). Prefácio e notas de Raul Brandão. Edi-tores Renascença Portuguesa - Porto. [1920]. In-8.º de 348-II págs. B.O valioso e extenso prefácio de Raul Brandão desenvolve-se de págs. 9 a 39. Interessante depoimento “...dum estrangeiro sobre as nossas coisas, e dum estrangeiro que sabe ver, encontrar o traço preciso, ou pôr de pé um retrato ...”. Importante para a história dos memoráveis acontecimentos ocorridos na cidade do Porto no século XIX. Com diversas gravuras, fac-símiles e retratos.

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997 — PACCA (Bartolomeo).- NOTIZIE SUL PORTOGALLO. Con una breve relazione della NUNZIATURA DI LISBONA dall’anno 1795 fino all’anno 1802. Scritte dal Cardinale... Gia’Nunzio Presso quella Real Corte. II Edizione. Velletri. Tipografia di Domenico Ercole. 1836. In-8.º gr. de XVI-168 págs. B.São bastante raros os exemplares deste interessante livro do então núncio apostólico colocado em Portugal, anteriormente nomeado núncio em França, sem que tivesse podido ocupar esse cargo por causa da Revolução Francesa.De págs. 123 a 151 vem a «Relazione del Viaggio del Cardinal Pacca da Lisbona a Civitavecchia nella Primavera dell’anno 1802».Edição cuidada, impressa sobre papel de escolhida qualidade.Com um corte de traça na margem superior do volume que não ofende o texto.

998 — [PAGÈS (François Xavier)]- HISTOIRE DU CONSULAT DE BONAPARTE, Conte-nant tout les évènemens politiques et militaires de l’an VIII jusqu’en l’an XI, et particulièrement la révolution du 18 brumaire; les changemens politiques et géographiques qu’on opérés, dans les quatre parties du monde, les différens traités de paix conclus avant et pendant le Consulat; l’Histoire des trouble de Saint-Domingue, et notamment de la guerre avec Toussaint-Louver-ture; le tableau détaillé de la guerre de la Vendée jusqu’à la pacification générale; le Concordat conclu avec le Pape; le résultat des opérations de la diéte de Ratisbonne; enfin la pacification de l’Helvétie et sa nouvelle Constitution, et la déclaration de guerre par l’Angleterre. Par. S. M. Y. A Paris, chez Testu, Imprimeur-Libraire. An XI.= 1803.Obra publicada sob pseudónimo de S. M. Y.De capital importância para a história do regime político de Bonaparte e com um capítulo dedicado ao «Traité de paix entre la République française et Sa Majesté le roi de Portugal».Encadernações da época em pele, com alguns defeitos que não comprometem a sua solidez.

999 — PAINE (Thomas).- DROITS DE L’HOMME; EN RÉPONSE DE L’ATTAQUE DE M. BURKE SUR LA RÉVOLUTION FRANÇOISE. (...). Avec des Notes et une nouvelle Préface de l’Auteur. Seconde Édition. A Paris, chez F. Buisson, Imprimeur - Libraire, rue Hautefeuille, N.º 20. — 1793. In-8.º de IV-239-I págs. E.Thomas Paine, inglês radicado na América, nascido em 1737, foi jornalista panfletário radical, inven-tor e intelectual revolucionário, hoje considerado um dos pioneiros da fundação dos E.U.A.Com esta obra, publicada em França no mesmo ano da edição americana (1791), o autor defen-de o direito dos povos se revoltarem desde que os governos não observem os direitos naturais do povo e os interesses nacionais. É a partir deste pressuposto que Thomas Paine defende a Revolução Francesa contra Edmund Burke, autor da controversa obra «Reflections on the Revolution in France».Encadernação da época, de pele inteira, bastante deteriorada nas charneiras das pastas.

1000 — PAMPLONA (Fernando de).- UM SÉCULO DE PINTURA E ESCULTURA EM POR-TUGAL. (1830-1930). 1943. Livraria Tavares Martins. Pôrto. In-4.º de 416-VIII págs. E.Obra importante, procurada e valiosa, ilustrada com numerosas estampas nas páginas do texto e em separado, a negro e a cores, reproduzindo o que de mais notável produziram a pintura e a escultura portuguesas ao longo de um século de actividade.Encadernação à amador, com a lombada e cantos de pele. Comas capas da brochura preservadas.

1001 — PAPEIS OFFICIAES DA JUNTA DA SEGURANÇA E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DA TORRE DE MONCORVO, ONDE FOI PROCLAMADA A LEGITIMA AUTORIDADE DO PRINCIPE REGENTE NOSSO SENHOR NO DIA 19 DE JUNHO DE 1808. Coimbra, Na Real Imprensa da Universidade. 1808. In-8.º de 20 págs. B.Documento com interesse para a história da presença francesa na Península Ibérica.

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Segundo Pulido Valente, num artigo publicado na revista «Análise Social», “Os papéis da junta de governo de Torre de Moncorvo, que não por acaso se baptizara de «junta de segurança e adminis-tração», ilustram exemplarmente os motivos da gente «honrada», que se debatia entre a espada e a parede. Numa carta de 26 de Junho ao bispo do Porto, explicava ela a sua constituição argumentando que «um grande ajuntamento e temerosa multidão» do «povo» local convencera os «observadores» (sic) de que «a convulsão patriótica precisava de um prudente sedativo, para não degenerar em frenesi, e furor ruinoso».

1002 — PARENTE (Filipe Alberto Patroni Martins Maciel).- PANEGYRICO DEDICADO AO SENHOR D. JOÃO SEXTO PAI DA PATRIA, E DO SEU SECULO, Modelo dos imperantes, Rei melhor, que optimo Rei; Por occasião da solemne, e augusta inauguração da Real Effigie de Sua Magestade em o dia do seu anniversario 13 de Maio, nos Paços da Camara Constitu-cional de Lisboa, no anno de 1823. Lisboa: 1823. Na Typographia de Desiderio Marques Leão. In-8.º gr. de 29-I págs. B.O autor, bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, nasceu em Belém do Grão Pará. Acerca do seu regresso ao Brasil, diz Innocêncio que “Inaugurado o governo constitucional em 1820, partiu para a sua patria, com desígnio de alli promover a acquiescencia d’aquella provincia á causa de Portugal (...) Interesses litterarios o trouxeram passados muitos annos a Portugal (...). Opúsculo bastante invulgar.

1003 — PASSOS (Carlos de).- OS BRIOS PORTUENSES EM 1580 E 1640. 1943. Lisboa. In-4.º de 91-VII págs. B.Do índice: «Os brios portuenses em 1580 e 1640»; «Apendice genealógico»; «Quadro genealógico dos Sás e Menezes»; «Notas (ao Apendice genealógico e ao Quadro genealógico)»; «Ascendência de Fernão Nunes Barreto», etc.

1004 — PASSOS (Carlos de).- O RETÁBULO DE PRATA DA SÉ PORTUENSE. Porto. MCMLIII. In-4.º de 50-II págs. B.Monografia ilustrada com estampas impressas em folhas à parte. Reduzida separata do «Boletim Cultural» da Câmara Municipal do Porto.

1005 — PÁTRIA. Revista Portuguesa de Cultura. Director - Armando de Mattos. Gaia. 1931. In-4.º de 127-I págs. B.Primeiro e único volume publicado englobando dois números, com excelente colaboração de Armando de Mattos, Leite de Vasconcelos, Magalhães Basto, Pedro Vitorino, Afonso Duarte, Luís Chaves, Rocha Madahil, Alberto Meira, João Rosa e outros. Assuntos históricos, literários, genealógicos, etnográficos, folclóricos, etc. Com ilustrações nas páginas do texto.Assinado no anterrosto.

1006 — PATRÍCIO (Francisco José).- ARCHEOLOGIA RELIGIOSA. Noticia dos ultimos conventos de relligiosas no Porto. Porto. Livraria Portuense de Clavel & Cª - Editores. MDCC-CLXXXII. In-8.º de 61-III págs. B.Capítulos sobre os conventos portuenses de Corpus Christi, Santa Clara, “fundado no Torrão, em Entre-os-Rios e trasladado para a cidade do Porto”, Monchique, S. Bento de Avé Maria, S. José das Carmelitas Descalças e Recolhimento do Anjo.

1007 — PEDRO I (D.) [1822-1831], Imperador do Brasil.- CORRESPONDANCE DE DON PÈDRE PREMIER, Empereur Constitutionnel du Brésil, avec le Feu Roi de Portugal Don Jean VI, son Père, durant les troubles du Brésil; Traduite sur les lettres originales; précédée de la vie de cet Empereur et suivie de pièces justificatives; Par Eugène de Monglave. Paris. Tenon,

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Libraire-Éditeur, Rue Hautefeuille, nº 30. 1827. [De l’Imprimerie de A. Henty]. In-8.º de IV-V-I-360-17-I págs. E. Obra de grande importância para o estudo daquela conturbada e polémica época, da Questão Por-tuguesa, da Independência do Brasil e destinos de Portugal. Dedicada “A Sa Majesté Don Pèdre Premier” pelo tradutor, a obra é constituída pela “Notice Historique sur L’Empereur Don Pèdre», «Correspondance Constitutionnelle», «Notes et pièces justificatives». As últimas 18 páginas consti-tuem o «Extrait du Catalogue de la Librarie de Tenon». Publicação bastante invulgar.Encadernação coeva, com a charneira da pasta frontal rasgada. Com manchas de acidez e uma assina-tura antiga no frontispício, encoberta na época com tinta sépia que trespassou para a folha seguinte.

1008 — PEDROSO (Sebastião José).- RESUMO HISTORICO ÁCERCA DA ANTIGA INDIA PORTUGUESA. Acompanhado de algumas reflexões concernentes ao que ainda possuimos na Asia, Oceania, China e Africa. Com um appendice por... Lisboa. Typographia Castro Irmão. 1884. In-4.º de 482-I págs. E.Nesta obra, diz o autor, “exponho os principaes e mais curiosos successos das navegações, descobertas e conquistas feitas pelos portuguezes na India, partindo pelo Cabo da Boa Esperança, com declaração de varias armadas que para lá foram; e em que pela confrontação do poema dos Lusiadas de Luiz de Camões, com as Lendas da India de Gaspar Corrêa, juntamente pretendo mostrar a sua conformidade e harmonia, exceptuando em dois ou tres casos mais salientes.”Segunda edição, conforme a primeira bastante invulgar.Encadernação com a lombada e os cantos de pele. Conserva as capas da brochura e está só aparado à cabeça.

1009 — PEDROSO (Z. Consiglieri).- CATALOGO BIBLIOGRAPHICO DAS PUBLICA-ÇÕES RELATIVAS AOS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES. Lisboa. Imprensa Nacional. 1912. In-8.º gr. de XI-134 págs. B.Estimado e muito pouco frequente estudo bibliográfico, prefaciado por Cristovão Ayres.

1010 — PENALVA (Marquês de).- DISSERTAÇÃO A FAVOR DA MONARQUIA, Onde se prova pela razão, authoridade, e experiencia ser este o melhor, e mais justo de todos os Governos; e que os nossos Reis são os mais absolutos, e legitimos Senhores de seus Reinos... Reimpressa por Fr. José de N. S. do Carmo e Silva, Carmelita dos Calçados do Real Convento de Lisboa. Lisboa: Na Impressão Regia. 1818. In-8.º peq. de 227 [aliás 127] págs. B.É a segunda e muito invulgar edição desta importante obra do 3º Marquês de Penalva, Fernando Teles da Silva Caminha e Meneses.Com um carimbo de posse no frontispício.

1011 — [PERE PIUMA].- RÉCIT HISTORIQUE DE LA CAMPAGNE DE BUONAPARTE EN ITALIE, Dans les Années 1796 et 1797. Par un Témoin Oculaire. Londres. [T. Harper, le Jeune, et Cie., Imprimeurs, No. 4, Crane Court, Fleet Street, à Londres] — 1808. In. 8.º de VIII-286 págs. E.“Cet ouvrage est imprimé depuis plusieurs mois, des circonstances particulières en ont retardé la publication.Je regrette moins, aujourd’hui, ce retard. Buonaparté, abondonné à lui-même, a dirigé seul, de Bayonne, la guerre injuste qu’il fait à l’Espagne, et les résultats de ses entreprises ont dû prouver que ce n’est pas à son génie, comme ses admirateurs voudroient le persuader, qu’il doit les succès sur lesquels repose la réputation qu’on lui a faite.”Edição original bastante rara e ainda hoje de referência na bibliografia napoleónica. Publicada sem o nome do autor Par un Témoin Oculaire, nos finais da Primeira Invasão Francesa em Portugal.Encadernação da época, com bonitos ferros dourados na lombada. Com vestígios de acidez dissemi-nados pelo volume e ligeiros cortes de traça que não ofendem a mancha tipográfica.

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1012 — [PEREIRA (António Caetano)].- EXAME HISTORICO EM QUE SE REFUTA A OPI-NIÃO DO SR. A. HERCULANO SOBRE A BATALHA DO CAMPO DE OURIQUE a que elle chama Jornada ou Correria e affirma que de um tal facto não existe vestigio algum nos historiadores arabes. Offerecido a todos os portuguezes por A. C. P. Lisboa. Imprensa Nacional. 1851. In-8.º gr. de 27-III págs. B.Folheto interessante e invulgar sobre a célebre polémica acerca do aparecimento de Cristo na Batalha de Ourique, publicado só com as iniciais do autor. Tem no fim uma folha impressa de ambos os lados em caracteres árabes.Com rasgões na capa da brochura em papel azul, não impresso.

1013 — PEREIRA (Consiglieri Sá).- A RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL E O MARQUÊS DE AYAMONTE. Uma tentativa separatista na Andaluzia. Guimarães & Cª. Lisboa. 1930. In-8.º de 250 págs. B.Com um prefácio de Júlio Dantas. O livro trata da história do malogrado movimento separatista da Andaluzia, cujos principais intervenientes foram o Marquês de Ayamonte e o Duque de Medina Sidónia.

1014 — PEREIRA (Gabriel).- CATALOGO DOS PERGAMINHOS DO CARTORIO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1880. In-8º gr. de 135 págs. E.São muito raros os exemplares do catálogo desta notável colecção de pergaminhos, provavelmente o primeiro trabalho do autor, feito por encomenda da Universidade de Coimbra. O nome do autor, completo, vem assim referido no fim do volume: “O perito paleographo, Gabriel Victor Monte Pereira”; natural de Évora, Gabriel Pereira viria a notabilizar-se como autor de inúmeros e importantes trabalhos, em grande parte consagrados à região onde nasceu.

1015 — [PEREIRA (Hipólito José da Costa (Trad.)] — THOMPSON (Benjamin) [Conde de Ru-mford]. - ENSAYOS POLITICOS, ECONOMICOS, E PHILOSOPHICOS, POR BENJAMIN CONDE DE RUMFORD. (...) Traduzido em vulgar por Hippolyto José da Costa Pereira. Lisboa, Na Typographia Chalcographica, Typoplastica, e Litteraria do Arco do Cego. M. DCCCI. [2.º volume: Na Regia Officina Typografica. M. DCCCII.]. 2 vols. In-8.º gr. de 517-I e 601-I págs. E.A Vida e a Obra do brasileiro Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça, tradutor desta obra, vem amplamente desenvolvida por Innocêncio no «Diccionário Bibliographico Portuguez». Borba de Moraes refere-se a esta edição, quer na «Bibliografia Brasileira do Período Colonial», quer na «Bibliographia Brasiliana».Assuntos tratados: Assistência aos pobres e mendigos; Instrução e estabelecimentos para o socorro dos pobres; Sobre os alimentos e o sustento dos pobres; Das chaminés e dos lares; A condução do fogo e a economia do combustível.Edição ilustrada com 11 gravuras, das quais 7 desdobráveis, abertas em chapa de metal e todas ilus-tração de pormenores de chaminés para a melhor compreensão do texto.Encadernações da época com lombadas e cantos de pele. (ver gravura na pág. 303)

1016 — PESSANHA (D. José).- OS ALMIRANTES PESSANHAS E SUA DESCENDÊNCIA. Porto. Imprensa Portuguesa. 1923. In-8.º gr. de 190-II págs. E.Interessante estudo histórico-genealógico, ilustrado com um brasão dos Pessanhas impresso a verme-lho e prata. Em folhas desdobráveis tem um Esquema do Almirantado dos Pessanhas” e 5 “”Tábuas Genealógicas”. Excelente edição em papel de linho, muito invulgar.Boa encadernação com a lombada e cantos de pele, decorada com nervuras, título e ferros gravados a ouro. Só ligeiramente aparado à cabeça e com as capas da brochura. Com uma pequena assinatura de José de Lima no anterrosto.

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1017 — PETIÇAÕ // DE RECURSO // DO // PROCURADOR DA COROA // A S. MA-GESTADE // FIDELISSIMA, // SOBRE A CLANDESTINA INTRODUCÇAÕ// do Breve // Apostolicum pasciendi, &c. // [Bela e grande gravura em madeira] // LISBOA, // Na Officina de MIGUEL RODRIGUES, // Impressor do Eminentissimo Cardial Patriarca. // Anno M. DCC. LXV. In-4.º gr. de II-44 págs. Desenc. Peça importante para a história dos acontecimentos relacionados com a extinção em Portugal da Com-panhia de Jesus.

1018 — PETIT (Joseph).- MARINGO, OU CAMPAGNE D’ITALIE, PAR L’ARMÉE DE RÉ-SERVE, Commandée par le Général Bonaparte, Ecrite par... Fourrier des Grenadiers à cheval, de la Garde des Consuls. Seconde Édition, Revue, corrigée et augmentée de plusieurs chapitres, ainsi que du tableau indicatif des noms de tous les Militaires qui ont reçu des Brevets et Armes d’honneur pour actions d’éclat. A Paris, Chez Favre, Libraire, Palais du Tribunat, galerie de bois, Nº. 220, aux Neuf Muses; et à son Magasin, rue Traversière-Honoré, nNº. 845, vis-à-vis celle Langlade. —— An IX. [1801]. In-8.º de IV-125-III págs. B.Curiosa descrição, publicada logo após a Batalha de Marengo que ocorreu a 14 de Junho de 1800.Segunda edição, não cotejada por Tulard. Ilustrada com uma gravura de página inteira, impressa à parte, Sem capas da brochura e com vestígios de humidade.

1019 — PIANELLI DE LA VALETTE (Laurent).- ABREGÉ // NOUVEAU // ET // MÉTHO-DIQUE // DU BLASON // POUR APPRENDRE // facilement & en peu de jours tout ce // qu’il y a de plus curieux, & de plus // necessaire en cette science. // [gravura alegórica] // A LYON, // Chez THOMAS AMAULRY, // ruë Merciere au Mercure Galant. // —— // M. DCC. V. // AVEC PRIVILEGE DU ROY. In-12.º de XXIV-168-XXIV págs. E.Edição original, composta por 13 gravuras impressas em separado comportando centenas de brasões d’armas e ainda, nas páginas de texto, por numerosas figuras ilustrativas.Frontispício impresso a negro e vermelho de cuja composição faz parte uma gravura alegórica.Encadernação inteira de pele, contemporânea.

1020 — PICHON (L. A.).- DE L’ETAT DE LA FRANCE, SOUS LA DOMINATION DE NAPOLÉ-ON BONAPARTE. Paris. J. G. Dentu, Imprimeur-Libraire, 1814. In-8.º de IV-XXVI-II-298-II págs. E.“Après avoir été huit ans proscrit par Napoléon Bonaparte et son gouvernement, je profite du retour de la liberté de la presse, que nous paraissons devoir enfin recouvrer après treize ans d’une oppression de la pensée qui n’a point eu d’exemple, pour faire connaître l’organisation du gouvernement atroce dont le chef a succombé sous l’excès de son despotisme, et dont il faut espérer que nous ne conserverons pas long-temps les odieuses institutions.”Encadernação da época com defeitos superficiais que não comprometem a sua solidez.

1021 — PIEDADE (Fr. António da) & JESUS MARIA (Fr. José de).- ESPELHO // DE PENI-TENTES, // E // CHRONICA // DA PROVINCIA // DE // SANTA MARIA // DA ARRABIDA, DA REGULAR, E MAIS ESTREITA OBSERVANCIA // da Ordem do Serafico Patriarcha S. Francisco, no // Instituto Capucho. // TOMO PRIMEIRO // ... // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina de JOSEPH ANTONIO DA SYLVA, // Impressor da Academia Real. // M. DCC. XXVIII. In-4.º de XXXII-972-XXXIV págs. E.

——— CHRONICA // DA PROVINCIA // DE // SANTA MARIA // DA ARRABIDA // DA RE-GULAR, E MAIS ESTREITA OBSERVANCIA // da Ordem do Serafico Patriarca S. Francisco. // TOMO SEGUNDO // ... // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina de JOSEPH ANTONIO DA SYLVA, // Impressor da Academia Real. // M. DCC. XXXVII. In-4.º de XXVIII-1008-II págs. E.

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Valiosa e apreciada crónica monástica, minuciosamente descrita por José dos Santos no «Catálogo dos Condes de Azevedo e Samodães», onde é referido o Dicionário» de Innocêncio que contém também importantes achegas para a conveniente apreciação desta obra.Acerca de Fr. António da Piedade diz Innocêncio: “parece ter escripto com sinceridade, e boa infor-mação e é, diga-se a verdade, dos mais parcos em milagres e revelações. (...) gosa de estimação, e principalmente o primeiro tomo, que é muito menos vulgar que o outro. (...)”.Acerca do II volume, da autoria de Fr. José de Jesus Maria, Innocêncio refere “uma estampa de Nossa Senhora, que falta em muitos exemplares que tenho visto”, no entanto esta gravura não é referida nas descrições dos Catálogos de «Azevedo Samodães» ou «Conde do Ameal». O exemplar por nós agora descrito não tem também vestígios de a ter tido.A descrição de José dos Santos dá indicação de que ambos os frontispícios são impressos a preto e vermelho, o que se não verifica com o II volume que apresentamos, pelo que nos leva a supôr tratar-se de anterrosto e rosto posteriormente impresso a uma só côr, em papel em tudo semelhante ao utilizado na edição.Encadernações antigas de pele inteira, com nervuras, rótulos e ferros dourados na lombada. Com pequenas imperfeições. (ver gravura na pág. 305)

1022 — PIMENTA (Alfredo).- DOM JOÃO III. 1936. Livraria Tavares Martins. Pôrto. In-4.º de XIV-362-III págs. E.“É, a bem dizer, êste livro, a primeira obra de conjunto que se escreve sôbre D. João III”. Ilustrado com estampas impressas em separado. Volume integrado na colecção «Estudos Históricos». Primeira edição.Boa encadernação com cantos e lombada de pele decorada com ferros gravados a seco, nervuras e rótulo gravado a ouro. Só aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

1023 — PIMENTA (Alfredo).- ELEMENTOS DE HISTÓRIA DE PORTUGAL. Elaborados para uso do Ensino Secundário, absolutamente de acôrdo com o respectivo Programa. 1934. Emprêsa Nacional de Publicidade. Lisboa. In-8.º de XV-I-565-V págs. C.Manual escolar hoje de difícil obtenção no mercado alfarrabista.Encadernação cartonada, do editor.

1024 — PIMENTA (Alfredo).- EU. Coimbra. Typographia Democratica. 1904. In-4.º de 164-IV págs. B.Invulgar livro de poesia, o primeiro que neste género o autor publicou e que dedicou a Guerra Junqueiro. Com um retrato do autor por Cristiano de Carvalho.

1025 — PIMENTA (Alfredo).- IDADE-MÉDIA. (Problemas & Soluçoens). Edições Ultramar. Lisboa. 1946. In-4.º de XVI-VI-397-I págs. B.«O termo de Braga em 572», «A cathedral mozárabe de Coimbra, no séc. XI”, «A palavra Hispania nos documentos medievais», «Anotações ao tomo IV da História de Portugal de Gonzaga de Aze-vedo», «Cargos na Côrte de D. Affonso I», «Ainda a batalha de Ourique», «Reis dos Portugaleses», «Pedro Affonso, bastardo de D. Affonso I», «A Santa Verónica da Collegiada de Guimaraens», «O Foral de Figueiró dos Vinhos», «O Foral de Pena Ruiva e o de Villa Franca», «A eleição dos Papas no séc. XI», «A crise de 1383-1385», «As trégoas de Monção em 1389», «Os testamentos do Infante D. Henrique», «Quando chegou a Lisboa a notícia do descobrimento da Índia», «As Ilhas dos Açores», etc. Com uma vastíssima «Táboa de nomes de pessoas».

1026 — PIMENTA (Alfredo).- SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DE PORTUGAL. (Textos & Juízos críticos). Edições Europa. Lisboa. 1937. In-8.º gr. de XVI-487-I págs. E.Do Prólogo do autor: “(...) Às vezes sacode-me um estremecimento de coragem e de decisão — mas é sol de pouca vida, porque a existência de um escritor do meu feitio é, em Portugal, semeada de cardos

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e vivida em noite traiçoeira. Herculano (...) deveu o poder escrever a sua «História de Portugal» uni-camente à protecção de D. Pedro V. Não fôsse a munificência régia que lhe criou a «situação vantajosa e excepcional» que lhe permitiu consagrar-se a essa missão — e não teríamos hoje êsse admirável monumento de reflexão e saber.“Os tempos são outros; não há, hoje, Reis, em Portugal, porque a canalhocracia instaurou há vinte e sete anos o regime da Democracia e do Sufrágio popular, sem máscaras ou disfarces, em tôda a sua hedionda pureza... (...)”Estudos históricos abrangendo as mais diversas épocas e factos. Boa encadernação com cantos e lombada de pele decorada com ferros gravados a seco, nervuras e rótulo gravado a ouro. Só aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

1027 — PIMENTA (Alfredo).- VÍNCULOS PORTUGUESES. Catálogo dos Registros vinculares feitos em obediência às prescrições da Lei de 30 de Julho de 1860, e existentes no Arquivo Nacional da Tôrre do Tombo. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1932. In-8.º gr. de XXXVIII-II-104-II págs. B.O catálogo é precedido de um bem documentado Ensaio histórico sôbre a Instituição vincular que vai de págs. XI a XXXVIII.Capa da brochura com acidez.

1028 — PIMENTEL (Jaime Pereira de Sampaio Forjaz de Serpa).- LIVRO DE LINHAGENS — TRAÇOS HISTORICO-GENEALOGICOS DA MINHA FAMILIA, SUAS ASCENDEN-CIAS E ALLIANÇAS E SUBSIDIOS PARA A HISTORIA GENEALOGICA D’ALGUMAS FAMILIAS PORTUGUEZAS. Comp. e Imp. na Typ. a vapor de Augusto Costa & Mattos. Braga = MCMXIII. 4 vols. In-4.ºde XV-I-231-III; 253-I; 243-V e 169-I págs. E. em 2 vols.Cuidada edição, assente em papel bastante encorpado e ilustrada com um retrato do autor.Encadernações em pele inteira, com rótulos, nervuras e ferros a seco nas lombadas, tendo as pastas cercaduras também gravadas a seco. Com as capas da brochura preservadas.

1029 — PINHEIRO (José Feliciano Fernandes) [Visconde de S. Leopoldo].- ANNAES DA CA-PITANIA DE S. PEDRO pelo Desembargador... Tomo I. Rio de Janeiro: Na Impressão Regia. 1819. In-8.º de 162-II; ——— ANNAES DA PROVINCIA DE S. PEDRO. Por... Tomo II. Lisboa: Na Imprensa Nacio-nal. Anno 1822. In-8.º de 126-II págs. E.O primeiro volume apresenta dois mapas desdobráveis e de grandes dimensões: O primeiro, com 65x56 cm, intitulado «MAPPA COROGRAPHICO DA CAPITANIA DE S. PEDRO Additado com o Territorio que posteriormente à ultima Demarcação de Limite foi Conquistado Na Guerra de 1801 COM A PROJECÇÃO DA COSTA ATE MONTE VIDEO...»; o segundo, com 45x36 cm, sem título, com a representação da batalha de 19 de Fevereiro de 1775 no porto do Rio Grande do Sul entre as esquadras portuguesas e espanhola, a representação da foz do rio, das embarcações, fortes e fortalezas, enseadas e outros importantes pormenores.O segundo tomo, publicado em Lisboa três anos depois e com diferente título, apresenta no final quatro mapas estatísticos: «Mappa da População da Capitania de S. Pedro, conforme as Listas que os Parocos das Freguezias apresentárão na Secretaria do Governo, relativamente ao anno de 1814»; «Mappa de Exportações das producções da Capitania de S. Pedro, e seus preços no anno de 1815»; a reprodução do Alvará datado de 14 de Janeiro de 1820, onde D. João determina a criação das Aulas de Primeiras Letras e das Aulas Maiores; e ainda uma «Tabella dos Rendimentos Publicos da Provincia de S. Pedro... ».Encadernação da época em pele inteira, decorada a ouro na lombada. Com fortes vestígios de traça na pasta posterior que não ofendem o papel e com outros defeitos de menor importância.Com um rasgão junto à colagem do Mapa corografico da Capitania de S. Pedro que só ligeiramente afecta a mancha tipográfica.(ver gravura na pág. 308)

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1030 — PINHEIRO (Raimundo Jose).- ACUZAÇAÕ, DEFEZA, E SENTENÇA JUSTIFICA-TIVA, DADA EM FAVOR DE RAYMUNDO JOZE PINHEIRO. Coronel e Governador da Fortaleza de S. Joaõ da Foz. Londres; Impresso por T. C. Hansard, Peterborough-Court, Fleet--Street. 1814. In-8.º de 138-II págs. B.Muito invulgar documento impresso em Londres, com interesse para a história das Guerras Penin-sulares, da cidade do Porto e da heróica defeza que fez o Coronel Raimundo José Pinheiro que em 7 de Junho de 1808 desfraldou a bandeira portuguesa na Fortaleza de S. João da Foz, “1.º Grito contra a dominação Napoleónica”, conforme ficou inscrito na lápide que evoca o feito, colocada junto à guarida do Forte.

1031 — PINTO (Agostinho Albano da Silveira).- DIVIDA PUBLICA PORTUGUEZA. Sua Historia, Progresso, e Estado Actual. Coordenada á vista dos documentos officiaes por... [vi-nheta com a deusa da justiça] Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1839. In-4.º de VIII-VIII-206-II págs. Desenc.Documento de capital importância para a história da economia e finanças de Portugal desde 1797 a 1839, ano em que foi impresso. Com dados estatísticos de relevante interesse, abordagem histórica e documentação oficial.

1032 — PINTO (Agostinho Albano da Silveira).- EXAME DA QUESTÃO SOBRE A LIVRE NAVEGAÇÃO, DO RIO DOURO. Por A. A. da S. P. Porto: Typographia Commercial Portuense: Largo de S. João Novo N.º 12. — 1840. In.8.º de IV-56 págs. Desenc.Publicado apenas com as iniciais do autor, este opúsculo é de relevante importância para a história da livre navegação do Rio Douro, das relações comerciais luso-espanholas e da sua produção agrícola.Desencadernado.

1033 — PINTO (Albano da Silveira) & BAENA (Visconde de Sanches de).- RESENHA DAS FAMILIAS TITULARES E GRANDES DE PORTUGAL. Empreza Editora de Francisco Arthur da Silva. Lisboa. [1882. Lallemant Frères.] 2 vols. In-4.º gr. de XLVII-I-693-VII e VIII-786-VI págs. E.Obra de fundamental importância na bibliografia genealógica portuguesa, ilustrada com centenas de reproduções de brasões de armas e outros símbolos heráldicos.PRIMEIRA EDIÇÃO, BASTANTE INVULGAR E MUITO ESTIMADA.Encadernações originais, decoradas com belos ferros a ouro nas lombadas e pastas e o corte das folhas brunido a ouro.

1034 — PINTO (António Ferreira).- O CABIDO DA SÉ DO PORTO. Subsídios para a sua história. [Porto. 1940]. In-4.º de XVI-279-I págs. B.Importante subsídio para a história eclesiástica e civil da cidade do Porto, ilustrado com vários retratos im-pressos em separado. VI volume da estimada colecção «Documentos e Memórias para a história do Porto».

1035 — PINTO (Augusto Cardoso) & NASCIMENTO (J. F. da Silva).- CADEIRAS PORTUGUE-SAS. Texto e notas descritivas por Augusto Cardoso Pinto. Documentário gráfico organizado por J. F. da Silva Nascimento. Lisboa. 1952. In-4.º gr. de 118-IV págs. de texto e CXXXII estampas. E.É o único trabalho existente entre nós exclusivamente consagrado ao estudo das cadeiras antigas por-tuguesas e um dos mais notáveis e estimados de toda a bibliografia artística portuguesa.Muito esmerada edição assente em excelente papel e documentada com cerca de 300 fotografias de cadeiras de todas as épocas.Edição limitada a 1000 exemplares numerados.Excelente encadernação inteira em pele, com dizeres e ferros gravados a seco e ouro na lombada e pastas. Com as capas da brochura preservadas.

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1036 — PINTO (J. M. P.).- APONTAMENTOS PARA A HISTORIA DA CIDADE DO POR-TO, juntos e coordenados por... Porto. Typographia Commercial. 1869. In-8.º de 160-II págs. B.“Admira não ter havido mão habil, que com amor á terra onde nasceu, tenha escripto a historia d’uma cidade como o Porto! que só exista a de Agostinho Rebello (salvo erro), apesar de não ser filho do Porto! Eu como filho d’esta cidade, tenho desejo, mas faltam-me as forças; tenho lido várias e pequenas coisas disseminadas aqui e alli, algumas para embrulhos, dei-me ao trabalho de juntal-as como perolas perdidas e dal-as á luz, a vêr se desafio o brilho de penna sublime, e apontamentos que existam talvez cercados de têas d’aranha, a quem os junte a estes e faça uma historia do antigo e moderno d’esta cidade do Porto.” Curioso e muito invulgar.

1037 — PLACIDO (Ana Augusta).- CARTAS INÉDITAS DA SEGUNDA MULHER DE CA-MILLO CASTELLO BRANCO. Com algumas notas e commentarios de A. d’A. N. B. Livraria de J. Rodrigues & Cª. Lisboa. 1916. In-8.º gr. de 27-I págs. B.Publicação “de tiragem reduzida” promovida por Afonso de Azevedo Nunes Branco. Com retratos em folhas à parte.

1038 — PONTE (Brigadeiro Nunes da).- MOUZINHO DE ALBUQUERQUE E A CIDADE DO PORTO. Porto. MCMLVII. In-4.º de 28-II págs. B.Conferência pronunciada no Quartel de Santo Ovídio, no encerramento da Exposição Histórico-Militar. Separata de 250 exemplares do volume XXVIII dos «Documentos e Memórias para a História do Porto.Dedicatória do autor.

1039 — PORTUGAL. Seus múltiplos aspectos como paiz de excursões. Publicação organisada sob a direcção da Sociedade Propaganda de Portugal. 1908. Imprensa Libanio da Silva. Lisboa. In-8.º gr. de IV-83-I-XXXVI págs. B.Em papel couché, com numerosas fotografias e um mapa desdobrável. Capítulos sobre Lisboa, Sintra, Queluz, Mafra, Estoril-Cascais, Setúbal, Évora, Estremoz, Beja, Caldas da Rainha, Alcobaça, Leiria, Batalha,Figueira da Foz, Santarém, Tomar, Coimbra, Bussaco, “Aveiro, Ovar, Espinho e Granja”, Porto, Braga, “Beiras e Traz-os-Montes”.Capa da brochura belamente ilustrada por Roque Gameiro.

1040 — PORTUGAL (Bento de Moura).- INVENTOS E VARIOS PLANOS DE MELHORA-MENTO PARA ESTE REINO. Escriptos nas Prisões da Junqueira por... Coimbra, Na Imprensa da Universidade. — 1821. In-8.º de LVIII-II-223-I págs. B.Innocêncio diz que o autor, natural de Moimenta da Serra, “Aldeia situada meia legoa ao Poente da Villa de Gouvêa”, viajou “oito annos sucessivos em paizes estrangeiros, com o fim de instruir-se nas sciencias e artes, foi preso por suspeito de inconfidência em 1760 e lançado no denominado Forte da Junqueira (...)” Acerca deste livrinho, continua o mesmo bibliófilo: “Esta pequena amostra foi tudo o que se salvou de vinte e oito quadernos de papel, em que o auctor havia escripto as suas descobertas e projectos. (...) — Em poder do sr. Figaniere vi um exemplar d’este opusculo, que é muito pouco vulgar.“O P. Theodoro d’Almeida no tomo VI da Recreação Philosophica fala de Bento de Moura com grande elogio, referindo-se á sua ingenhosa explicação da theoria das marés, segundo o systema de Newton.”. Publicado “por diligencias de um seu comprovinciano, o sr. Antonio Ribeiro Saraiva” esta obra trata do: “Modo para que as azenhas (ordinarias) fação dobrada farinha com a mesma agoa e queda, que tem; Modo de augmentar a velocidade aos barcos de Riba-Tejo; Observação pertencente ao Leme das embarcações; Nova ideia de remos para os Navios; Motivo, que teve o A. para fazer uma experiencia sobre o Danubio; Dialogo sobre varias cousas da America (com interesse para o Brasil); Noticia particular, sobre augmentar a força de artilheria com ametade da polvora; Modo de averiguar se por baixo dos campos, que correm ao longo dos rios, há, ou não há, ouro, antes de abrir as catas”.São também muito interessantes e curiosas as «Notícias preliminares sobre B. M. Portugal», redigidas pelo seu amigo José Joaquim Simões de Paiva e Figueiredo.

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1041 — PORTUGAL (Cândido Justino de).- MEMORIAS DAS PRINCIPAES PROVI-DENCIAS, DADAS EM AUXILIO DOS POVOS, QUE PELA INVASAÕ DOS FRANCEZES NAS PROVINCIAS DA BEIRA, E DA EXTREMADURA, VIERAÕ REFUGIAR-SE Á CAPITAL NO ANNO DE 1810. Ordenadas, e offerecidas a Sua Alteza Real o Principe Regente Nosso Senhor, por... Lisboa: Na Officina de Antonio Rodrigues Galhardo, Impres-sor da Intendencia Geral da Policia. 1814. In-8.º gr. de LIV-XXXVII (aliás XLVII)-III-454 págs. E.O volume, impresso em papel selado, reúne a vasta documentação oficial constituída por Avisos, Decretos, Portarias, Editais, Ordens, Consultas, etc. relativos às providências a que no frontispício se faz referência. Muito raro.Inocêncio regista as suas dúvidas acerca da autoria deste trabalho: “Tenho para mim que este nome de «Candido Justino de Portugal» seria fabricado á similhança do de «Amador Patricio de Lisboa», sob o qual sahiram á luz as Memorias das principaes providencias que se deram no terramoto, etc.”. Pinto de Matos considera o “livro curioso e não vulgar”, não considerando a suposta autoria da obra.Encadernação da época, em pele, mal cuidada.

1042 — PORTUGAL (José de Paula de Morais Louro).- A GLORIA DE PORTUGAL ELEVA-DA AO SEU CUME Pelo motivo da mais justa saudade, que, exaltando o Patriotismo Nacional, augmentou prodigiosamente os seus esforços para a feliz Restauração da Monarquia; e sobre--maneira justifica os seus puros, e ardentes votos na ausencia do Principe Regente Nosso Senhor, e de toda a Real Familia para o seu suspirado, e triunfante regresso. Offerecida ao mesmo Real Senhor Por... [vinheta com as armas reais] Lisboa, Na Nova Impressão da Viuva Neves e Filhos. Anno 1814. In-8.º de 46-XII págs. E.São raros os exemplares desta publicação em verso, desconhecida de Innocêncio.Edição assente sobre papel de escolhida qualidade, ilustrada com um retrato do homenageado — o Principe Regente. No final com uma relação dos subscritores a esta Obra.Encadernação antiga com lombada de pele.

1043 — PRAGMATICA SANÇAÕ DE S. MAGESTADE CATHOLICA, COM FORÇA DE LEY Para a desnaturalizaçaõ dos Regulares da Companhia, dos seus Reinos, apprehensaõ dos seus bens temporaes: e prohibiçaõ do seu reestabelecimento em tempo algum; com as mais precauçoens, que nella se contém. [xilogravura decorativa]. Lisboa, Na Officina de Antonio Rodrigues Galhardo. Anno 1767. In-4.º gr. de 11-I págs. Desenc.Documento com interesse para a história da expulsão dos jesuítas em Espanha, ordenada por Carlos III.

1044 — PRESTAGE (Edgar).- D. FRANCISCO MANUEL DE MELLO. Esboço Biographico. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1914. In-4.º de XXXV-I-614-II págs. B.Obra fundamental para o conhecimento da vida e obra de um dos grandes vultos da literatura clássica portuguesa. Com estampas impressas em folhas à parte e, no fim, uma extensa «Bibliographia» das suas obras impressas, dos “Escriptos de D. Francisco Manuel que se encontram em obras alheias”, das traduções das suas obras e das obras inéditas. Estimado e muito pouco frequente.

1045 — LES PRÉTENTIONS DES PORTEURS DE TITRES D. MIGUEL DEVANT LEURS PROPRES ALLÉGATIONS, les textes par eux présentés, et les Documents authentiqués par l’Europe. Lisbonne. Imprimerie Nationale. 1881. In-8.º gr. de 405-I págs. B.Para além do título da obra, o volume apresenta na capa da brochura os seguintes dizeres: «La Légende et L’Histoire dans les affaires politiques et financières de Portugal — 1825-1880».Publicação muito invulgar, profusamente documentada e de grande importância para o esclarecimento deste complexo e apaixonante momento da história.

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1046 — O PRIMEIRO CENTENÁRIO DO CLUB PORTUENSE. 1857-1957. [Empresa Indus-trial Gráfica do Porto, Limitada. Edições Marânus. 1957?]. In-4.º de 74-II págs. B.Com o programa das comemorações e a transcrição das conferência de Simeão Pinto de Mesquita Carvalho Magalhães e de António Augusto Pinto Machado.Juntamos a «Lista dos Sócios por ordem de antiguidade em 31 de Dezembro de 1956» [Empresa «Diário do Porto». 1957].

1047 — PROCEDIMENTOS // DO // EXCELLENTISSIMO, E REVERENDISSIMO // BISPO DO PORTO // contra // os Irmaõs da Misericordia daquella Cidade, // por lhe faltarem à reve-rencia, e honras devîdas // em o dia 12. de Março de 1746. // hindo em procissaõ, e com Capa Magna visitar aquella Igreja // para ganhar o Santo Jubileo. // [vinheta com uma coroa real] // RECURSO // dos mesmos Irmaõs ao Tribunal da Corôa, // e // RESPOSTAS, // tanto à Queyxa, quanto às Cartas Rogatorias daquelle Juizo, // sobre as quaes // se hà de tomar Assento no Desembargo do Paço. // [vinheta igual à anterior] // A cujos Sapi~etissimos, e Nobilissimos Senadores // offerece // o Procurador da Mitra do Porto, em nome de Sua Excellencia, // as jus-tissimas rasoens, // em que o mesmo Senhor se fundou para assim obrar no caso, de que se trata. // [vinheta com um anjo] // Porto: na Officina Episcopal de Manoel Pedroso Coimbra. // —— // M. DCC. XLVII. In-fólio de XC ff. inums. E.Edição impressa em papel de linho.Encadernação inteira de carneira, da época.

1048 — PROCESSO D’ARRESTO NA TYPOGRAFIA onde se imprime O ATHLETA, ou alguns monstruosos attentados do Ministerio Publico Contra a Liberdade d’Imprensa em 1840. Porto: Na Typographia de Faria & Silva. 1840. In-4.º peq. de 40 págs. Desenc.“(...) Emprehendemos com tanta mais satistação este trabalho, quanto é grande o prazer que resulta ao opprimido da narração publica das tyranias que soffreu; e a par deste desafogo innocente vem tambem a condemnação do oppressor no terrivel tribunal da opinião publica. Talvez que a tyrania se horrorise quando fôr assim obrigada a encarar o relatorio dos seus actos, geralmente odiados pelos homens justos de todas as comunhões politicas; e uma tal lição póde ser que aproveite de futuro. A Liberdade d’imprensa é o escolho em que os despotas costumam naufragar, e por isso é que a guerra que estes lhes fazem é tão cruel! Um Governo representativo sem Liberdade d’imprensa seria o mais despotico e tyranno de todos os Governos — as prevaricações e torpezas dos Governantes ficariam em tal caso cobertas com o véo da obscuridade, e assim poderiam elles caminhar desenfreados na estrada do crime, livres das censuras da imprensa, e a coberto dos tiros da opinião publica. (...)” Este jornal tinha as suas instalações na rua de Santa Catarina, no Porto, e na mesma cidade decorreu o julgamento do processo do seu arresto.Desencadernado e bastante aparado, cujo corte ofende tangencialmente a mancha tipográfica.

1049 — [PROCESSO DE SINDICÂNCIA À UNIVERSIDADE DE COIMBRA]. Coimbra. Tipografia França Amado. 1919. 4 opúsculos In-8.º gr. B.“Respostas” dos quatro visados na sindicância que levou à sua suspensão de Professores na Universi-dade de Coimbra: António de Oliveira Salazar, António Faria Carneiro Pacheco, João Maria Tello de Magalhães Collaço e Domingos Fésà Vital. Conjunto completo e bastante raro.Todos os exemplares foram assinados por José de Lima.

1050 — PRUDHOMME (Louis Marie).- L’EUROPE TOURMENTÉE PAR LA RÉVOLU-TION EN FRANCE; Ébranlée par dix-huit années de promenades meurtrières de Napoléon Buonaparte. Précis critique, politique et chronologique des évènemens remarquables en Europe, avec les pièces justificatives et diplomatiques, les traités de paix, etc.; (...) Par L. P. Orné de Portraits. Paris, (...) Pélicier, libraire, au Palais-Royal (...) Décembre 1815. 2 vols. In-8.º de XXIV-695-I págs. [com paginação sequencial]. E.

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Edição ilustrada com gravuras, tendo o 1.º volume, em folha desdobrável e junto do frontispício os retratos da “Famille de Napoleon Buonaparte (Corse) et Alliances». Do segundo volume constam o retrato de «L. A. H. de Bourbon-Condé, Due D’Enghien» e ainda, no final, também em folha desdo-brável o «Tableau ou Inventaire effrayant de la Révolution».Encadernações da época em carneira, decoradas a ouro.

1051 — 40 ANNOS DE TRAZ-OS-MONTES. Publicação de um grupo de amigos de Clemente Menéres. Porto. Officinas de O Commercio do Porto. 1915. In-4º peq. de XII-47-I págs. B.Interessante memória ilustrada sobre a actividade agrícola e social de Clemente Menéres, obra de grandes méritos ainda hoje em actividade na aldeia do Romeu, próximo de Mirandela.

1052 — QUARESMA (José Simões).- ALBERGARIA, HOSPITAL E MISERICÓRDIA DE ALDEIA-GALEGA DO RIBATEJO. Apontamentos e lembranças para a sua história por... Edição do autor. Janeiro de 1948. [Oficinas da «Gazeta do Sul», Montijo]. In-4.º de 91-V págs. B.Com notícias e divulgação de documentos antigos que muito interessam à história daquela localidade alentejana, em edição provavelmente reduzida mas não declarada.DEDICATÓRIA DO AUTOR A WENCESLAU DE LIMA.

1053 — QUEIROZ (Eça de).- ALVES & Cª. Porto. Livraria Chardron. 1925. In-8.º de XII-215-I págs. E.Livro póstumo, pouco frequente nesta primeira edição. Com um retrato de Eça de Queiroz por António Carneiro.Encadernação dos editores gravada a seco e ouro. Com as sobrecapas de papel preservadas.

1054 — QUEIROZ (Eça de).- A CAPITAL. Porto. Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, Ldª. 1925. In-8.º de XLI-I-573-I págs. E.Primeira edição, póstuma, precedida de uma introdução assinada pelo filho do autor intitulada «Os ultimos inéditos d’Eça de Queiroz» e ilustrada com um retrato de Eça por António Carneiro..Segundo A. Campos Matos, no «Dicionário de Eça de Queiroz» “Em carta a Ramalho (28-11-1878), Eça refere-se-lhe como uma «violenta condenação de toda a sociedade constitucional!»”.Encadernação editorial gravada a seco e ouro. Com a sobrecapa original em papel preservada.

1055 — QUEIROZ (Eça de).- CARTAS DE INGLATERRA. Porto. Livraria Chardron de Lello & Irmão - Editores. 1905. In-8.º de IV-242-II págs. B.Volume constituído pelas cartas que o autor enviou de Bristol à «Gazeta de Notícias» do Rio de Ja-neiro, entre 1880 e 1882. Primeira edição, muito pouco frequente. Com um estampa reproduzindo um retrato fotográfico do Autor.

1056 — QUEIROZ (Eça de).- A CIDADE E AS SERRAS. Porto. Livraria Chardron. 1901. In-8.º gr. de II-380-II págs. E.Edição original de uma das mais popularizadas obras do grande romancista, obra que mereceu a Campos Matos uma importante e desenvolvida rubrica no seu «Dicionário de Eça de Queiroz». Com um retrato do autor. Muito invulgar.Encadernação dos editores com dizeres dourados na lombada e na pasta da frente.

1057 — QUEIROZ (Eça de).- O CONDE D’ABRANHOS. Notas biographicas por Z. Zagallo e A CATASTROPHE. Porto. Livraria Chardron, 1925. In-8.º de XXXI-I-290 págs. E.É a primeira edição deste apreciado livro póstumo. Com um retrato do autor feito a partir de um ori-ginal de António Carneiro. Invulgar.Encadernação editorial com dizeres dourados e ferros a frio. Conserva a sobrecapa de papel original.

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1058 — QUEIROZ (Eça de).- CORRESPONDÊNCIA. Porto. Livraria Chardron, de Lello & Irmão, Ldª. 1925. In-8.º de XVI-312 págs. E.É a primeira edição deste apreciado conjunto epistolar, organizado pelo filho do autor e constituído por 84 cartas datadas entre 1870 e 1899.Edição ilustrada com um retrato do autor feito a partir de um original de António Carneiro. Encadernação dos editores com dizeres dourados e ferros a frio. Com a sobrecapa de papel. Preservada.

1059 — QUEIROZ (Eça de).- A CORRESPONDENCIA DE FRADIQUE MENDES. (Memo-rias e notas). Porto. Livraria Chardron. 1900. In-8º de IV-244 págs. E.Primeira edição em volume, póstuma, revista por Júlio Brandão. Muito invulgar.Encadernação editorial um pouco manchada.

1060 — QUEIROZ (Eça de).- ECHOS DE PARIZ. Porto. Livraria Chardron. 1905. In-8.º de IV-241-I págs. B.O livro consta de 18 crónicas enviadas à «Gazeta de Notícias» do Rio de Janeiro e ali publicadas entre 1880 e 1894.Primeira edição em volume, organizada por Luís de Magalhães. Impressa em folha própria vem a reprodução de um retrato fotográfico de Eça de Queirós.

1061 — QUEIROZ (Eça de).- A ILLUSTRE CASA DE RAMIRES. Porto. Livraria Chardron. 1900. In-8.º de IV-543-I págs. E.Primeira e rara edição de uma das mais representativas obras de Eça de Queiroz.Helena Cidade Moura, na edição de 1973, publicada pelas «Edições Livros do Brasil», escreve: “Esta história da Casa de Ramires que levou sete anos a transformar-se no livro A Ilustre Casa de Ramires, teve uma longa gestação, de que ficaram marcas entre os papéis do escritor: longas listas de vocabu-lário medieval relativo ao vestuário, a utensílios, pormenores de castelos medievais, e uma carta ao Conde de Arnoso em que pede o envio, para Paris, do Portugaliae Monumenta Historica para funda-mentar as suas antiqualhas ramíricas... Enfim uma longa elaboração, uma longa documentação, que atestam a preocupação de verdade, de perfeição da parte do escritor.»Encadernação dos editores com dizeres dourados na lombada e na pasta da frente.

1062 — QUEIRÓS (José Luis Pinto de).- BREVES REFLEXÕES SOBRE A NULLIDADE DAS DUAS CARTAS CONSTITUCIONAES, em que se mostraõ os funestos effeitos, que dellas tem resultado a Portugal, Offerecidas aos Portuguezes, Para se prevenirem contra as sedi-ções liberaes, origem da decadencia da Pátria, POR HUM ANONYMO. Lisboa. Na Typografia de Bulhões. Anno de 1829. In-8.º de 94-II págs. B.Reflexão anti-liberal publicada sob pseudónimo infelizmente utilizado por vários autores daquele tempo. Segundo apuramos no Ensaio Bibliográfico de Ernesto do Canto, “Foram escriptas por José Luis Pinto de Queiroz, official da secretaria dos negocios estrangeiros, como diz José Balbino Bar-bosa no seu officio a Luiz da Silva Mousinho d’Albuquerque, de Londres, 14 de junho de 1830”. Sobre o autor escreveu Innocêncio o seguinte: “Official que foi da Secretaria de Estado dos Negocios Estrangeiros, nomeado depois de 1823; tendo sido tambem Official maior da Junta Provisoria do Governo Supremo installada no Porto em 24 de Agosto de 1820, e encarregado então de commissões importantes para consolidar o predominio dos liberaes, cujo partido abandonou pelo tempo adiante, como muitos outros, tornando-se um dos seus mais acirrados adversarios.”

1063 — QUEM É ALGUÉM. (WHO’S WHO IN PORTUGAL). Dicionário Biográfico das Persona-lidades em destaque do nosso tempo. Ano de 1947. Porto Editor, Lda. Lisboa. In-4.º de 673-III págs. E.“A utilidade desta obra é vasta e diversa, não se limitando a este ou aquele ramo de actividade humana, mas à sua generalidade, e tanto poderá servir ao estudioso de hoje como ao historiador de amanhã. (...)”Obra ainda hoje com utilidade, porquanto nela constam dados importantes para o conhecimento das biografias das mais importantes figuras e actividades do período do governo de Salazar.Encadernação editorial em percalina vermelha, com ferros dourados.

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1064 — QUENTAL (Antero de).- RAIOS DE EXTINCTA LUZ. Poesias ineditas (1859-1863) com outras pela primeira vez colligidas. Publicadas e precedidas de um escorso biographico por Theophilo Braga. Lisboa. M. Gomes, Livreiro-Editor. 1892. In-8.º de XL-VIII-257-I págs. B.Segundo Teófilo Braga, “A publicação d’este livro é um phenomeno litterario de alta importancia. Compõe-se de uma collecção de Poesias ineditas de Anthero de Quental, na primeira phase artistica, de 1859 a 1863, quando o seu ideal era ainda religioso, romantico e espiritualista”. Primeira edição.Desconjuntado.

1065 — QUENTAL (Antero de).- OS SONETOS COMPLETOS DE ANTERO DE QUEN-TAL. Publicados por J. P. Oliveira Martins. Porto. Livraria Portuense de Lopes & Cª. - Editores. 1886. In-8.º de 126-II págs. E.Muito esmerada e rara edição em papel de magnífica qualidade, a primeira publicada por Oliveira Martins.Existe uma contrafacção muito parecida com esta, com a mesma qualidade de papel, mas com algu-mas diferenças que foram estudadas e identificadas por Costa Carregal; na edição autêntica a haste do T da palavra Sonetos que vem no frontispício é curva, enquanto na contrafacção essa haste é direita. O estudo sobre esta contrafacção, além de outras interessantes notícias, vem no livro «Notícia para a Bibliografia Antheriana», de J. da Costa Carregal, publicado em 1942. Encadernação editorial com alguma sujidade, frequente em muitos dos exemplares por ser branca.

1066 — QUINET (Edgard).- A FRANÇA E A SANTA ALLIANÇA EM PORTUGAL. Lisboa. Typographia da Revolução de Septembro. 1847. In-8.º gr. de 33-I págs. Desenc.Este trabalho foi publicado após uma visita que o poeta, filósofo, historiador e político francês fez a Portugal e Espanha. Invulgar.

1067 — QUINTELLA (Francisco).- COMENTÁRIOS AO ATAQUE DE ANSELMO BRAA-MCAMP FREIRE À GENEALOGIA DA FAMÍLIA MOUZINHO DE ALBUQUERQUE NO SEU LIVRO “BRASÕES DA SALA DE SINTRA”. Lisboa. 1959. In-8.º gr. de 127 págs. B.Neste trabalho o autor responde a uma conferência a propósito de Mousinho de Albuquerque realizada por Vitorino Nemésio e que o autor deste trabalho considerou como ofensiva. Com um brasão d’armas a cores e reproduções de velhos manuscritos, tudo em folhas à parte. Tiragem restrita.Dedicatória do autor.

1068 — [RANGEL (José Máximo Pinto da Fonseca)].- PERNICIOSO PODER DOS PERFI-DOS VALIDOS DOS REIS DESTRUIDO PELA CONSTITUIÇÃO. Coimbra. Na Imprensa da Universidade. 1821. In-8.º gr. de 22 págs. B.Entre outros cargos o autor, natural de Trás-os-Montes, desempenhou o de governador do Castelo de S. João da Foz do Douro e parece ter sido um dos responsáveis pela conspiração chamada de Gomes Freire. Com as iniciais do autor na última página impressa.

1069 — RAPOSO (Hipólito).- DONA LUISA DE GUSMÃO, Duquesa e Rainha (1613-1666). Lisboa. Empresa Nacional de Publicidade. 1947. In-4.º de XVIII-485-III págs. B.“(...) Afeito a bater-se, a lutar na vida pelo mandato dos Mortos e por causas justas, embora perdidas, para digno galardão do seu trabalho, bastar-lhe-ia [ao autor] que estas páginas servissem o destino de acreditar a maior das rainhas de Portugal no reconhecimento da Nação que Ela amou, defendeu e serviu com extremados sacrifícios, até aos últimos alentos da vida.”Com uma estampa a cores representando o retrato de D. Luísa de Gusmão e outras, a negro, também impressas em separado.

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1070 — REBELLO (José Pinto); SEABRA (Manoel Ferreira de) & SEABRA (António Luiz de).- O CIDADÃO LITERATO, PERIODICO DE POLITICA E LITERATURA, Coordenado por... N. I. Vol. I. Janeiro de 1821. [a N. IV. Abril de 1821]. Lisboa, Na Nova Impressão da Viuva Neves e Filhos. 1820. In-8.º de XXII-234 págs. E.Publicação periódica recenseada por Innocêncio que diz: “Esta publicação mensal não passou, ao que parece, além de quatro mezes; pois que os pouquissimos exemplares que d’ella tenho visto contém apenas quatro numeros com XXII-234 pag. Continha artigos de algum interesse, mórmente com respeito à epocha em que foram escriptos, e entre elles um Resumo historico da litteratura portugueza (pag. 86, e pag. 156) que ficou incompleto, como quasi tudo o mais.”Outros assuntos tratados: Projecto de um Systema de Regulamento para o Processo Civil de Primeira Instancia, por Vivente Nunes Cardoso, Advogado em Chaves; Documentos para a Historia do Servilismo; Considerações sobre a união de Portugal com o Brasil; Sobre a Constituição de Hes-panha; Sobre Candido Lusitano; Observações philosophicas sobre os attributos e caracter d’um cidadão; Considerações sobre o systema anti-liberal de nossos juizes, tribunaes, processo criminal, e necessidade de sua reforma: Instituição de jurados, etc.; Direitos Bannaes de Pombal; As Aguas Mineraes de Longroiva Poema Philosophico; Instrucção Publica; O Mentor de Philandro, ou Epis-tolas de Candido Lusitano; Revista Politica, ou considerações sobre as noticias do tempo; Ideia para a eleição dos deputados das Cortes Portuguezas; Sciencias Naturaes. Utilidades, usos e applicações da Philosophia natural.”Com pouco importantes cortes de traça.

1071 — [RECREIO (Francisco)].- QUEM HE O LEGITIMO REI? Investigação politica sobre o Legitimo Successor á Coroa de Portugal. Lisboa: Impressão de Eugenio Augusto. 1828. In-8.º gr. de 19-I págs. Desenc. Escrito de apologia às pretensões políticas de D. Miguel, publicado sem o nome do autor. Invulgar.

1072 — REGENCIA DO DUQUE DE BRAGANÇA, Decidida pela Camara dos Deputados da Nação Portugueza na sessão 2.ª de 25 de Agosto de 1834. Lisboa: Na Imprensa Nacional. 1834. In-8.º de 87 [aliás 96] págs. E.Invulgar e muito importante documento para a história do liberalismo, publicado no ano da instau-ração do regime liberal em Portugal, ano em que foram cortadas as relações com a Santa Sé, expulsos os jesuítas, suspensas as ordens religiosas e nacionalizados os bens conventuais, D. Miguel abandona Portugal, abolidos os privilégios da Companhia do Douro, D. Pedro é excomungado pelo Papa Gre-gório XVI e se dá início, em Setembro de 1834, ao reinado de D. Maria, depois de, no mês anterior, se ter dado abertura solene às Cortes. Encadernação antiga com lombada de pele.

1073 — REGISTO DA CASA DA ÍNDIA. Introdução e Notas do Prof. Luciano Ribeiro. Agência Geral do Ultramar. Lisboa. MCMLIV-MCMLV. 2 vols. In-8.º gr. de XI-V-578-I e XLVIII-219-IV págs. B.“O achamento do Códice que ora se trouxe a lume, mercê da amabilidade do Senhor Marquês de Fronteira, a quem pertence o magnífico arquivo onde se acha aquela espécie, vem trazer ensinamentos apreciáveis aos estudiosos dos assuntos do Oriente”, especialmente no que se refere aos aspectos his-tórico, “pelo que nos oferece de notícias relativas a factos, alguns, de importância”, económico, “pelo que nos indica de ordenados, de rendas, de mercadorias que determinadas pessoas foram autorizadas a trazer” e genealógico, “porque nos dá a conhecer inúmeras vezes os nomes de pais, filhos, avós, cônjuges, irmãos, sogros e outros parentes das pessoas a quem as mercês eram concedidas” e cronológico, “porque nos fornece datas de nomeações e tantas outras”. Excelente edição da Agência Geral do Ultramar.

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1075 - ver pág. 319

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1074 — REGNAULT DE WARIN (Jean-Baptiste-Joseph).- CINQ MOIS DE L’HISTOIRE DE FRANCE OU FIN DE LA VIE POLITIQUE DE NAPOLÉON. Par... Paris, Chez Plancher, Éditeur (...). 1815. In-8.º gr. de VIII-450 págs. E.Gustave Davois regista esta obra na «Bibliographie Napoléonienne Française», fazendo o seguinte comentário: «Cette satire contre Napoléon, ornée d’un frontispice (déclaration du Congrès de Vienne 13 et 25 mars 1814) est une histoire complète des dessous politiques pendant les Cent-jours».Encadernação da época em pele, cansada. Com vestígios de acidez.

1075 — REGRA DA CAVALARIA // E ORDEM MILITAR DE // S. BENTO DE AVÎS. // Em Lisboa por yorge Roijz año 1631. [No final: Em Lisboa, por Iorge Rodriz, Anno 1631. Lavs Deo.] In-4.º gr. de IX ff. prels. inums e 187-[I-26 nums. pela frente e II inums.] finais. E.Estimada e muito rara edição onde pela primeira vez foram reunidas estas Regras beneditinas.Os dizeres acima transcritos integram-se numa bela portada gravada a buril em chapa de cobre, tendo na parte superior as imagens de S. Bento, da Virgem e de S. Bernardo, encimando o escudo das armas reais portuguesas.Com frontispício próprio, segue a:

——— REGRA // DO GLORIO // SO PATRIARCHA // SAM BENTO. // TRADUZIDA DE LATIM // em Portugues. // [gravura com a imagem de S. Bento] // EM LISBOA. // —— // Com todas as licenças necessarias. // Impressa por Iorge Rodriguez. Anno 1631. Encadernação contemporânea com vestígios de traça na lombada que ofendem também parte do volume: com insignificantes picos de traça e cortes um pouco mais acentuados entre as ff. 70 a 130 que por vezes atingem a mancha tipográfica. Com um restauro antigo de reforço no topo da folha de portada e restauros na margem externa das ff. 171 ec 172. (ver gravura na pág. 318)

1076 — [REIS (António Pereira dos)].- CARTA DIRIGIDA AO CAVALHEIRO JOSÉ HUME, membro do Parlamento, sobre o ultimo debate havido na Camara dos Communs a respeito dos Negocios de Portugal por um Anglo-Lusitano. Londres. Na Typographia de James Ridgway. Vertida em portuguez, e annotada por *** — Lisboa. 1847. Na Imprensa Nacional. In-4.º de VII-I-223-I págs. Desenc.Innocêncio refere a possível autoria desta tradução e respectivas anotações a António Pereira dos Reis, redactor da «Chronica Constitucional do Porto» “durante o cerco da mesma cidade”.Documento de grande interesse para o conhecimento da administração pública em Portugal, “Quando a imprensa da Europa se declarava, com raras excepções, contra a causa da Rainha Constitucional dos Portuguezes — quando o Diario dos Debates, talvez o mais illustrado defensor da politica moderada e conservadora, se pronunciava pela revolta do Porto (...) — quando a nossa gente, em vez de pelejar com os adversários, tratava de accusar-se reciprocamente (...)”.

1077 — RELAÇÃO BREVE, E VERDADEIRA DA ENTRADA DO EXERCITO FRANCEZ, CHAMADO DE GIRONDA, EM PORTUGAL EM NOVEMBRO DO ANNO DE 1807. Con-tendo o systema Francez desenvolvido pelo procedimento dos seus Generaes, e mais Funcio-narios públicos. Para desengano, e instrucção do Povo Portuguez. Por .............. Verdadeiro Patriota, e Vassallo Fiel do Augustissimo Principe Regente Nosso Senhor. Lisboa. M. DCCC. IX. Na Officina de Simão Thaddeo Ferreira. In-8.º peq. de 130 págs. B.Publicação bastante rara, registada por Magalhães Sepúlveda no «Dicionário Bibliográfico da Guerra Peninsular» com a nota de que ”Trata da 1.ª invasão até a expulsão de Junot. Tem uma o Reitor do Baçal, Francisco Manuel Alves.”Com uma assinatura antiga no frontispício.

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1078 — RELAÇÃO DA SOLEMNE ACÇÃO DE GRAÇAS QUE O CORPO DO COMMER-CIO DA CIDADE DO PORTO ORDENOU SE RENDESSE AO ALTISSIMO no dia 22 de Outubro, pela feliz união do Supremo Governo do Reino com o Governo Interino de Lisboa. Coimbra. Na Real Imprensa da Universidade. 1821. In-8.º gr. de 47-I págs. Desenc.Muito curiosa e rara relação, a que foi adicionado o Sermão então proferido por Frei António de Santa Bárbara “na Igreja dos Monges Benedictinos da Cidade do Porto”. Durante o ofício religioso, em cuja orquestra “tiverão assento todos os mais habeis Professores de Musica, executárão-se peças de Auc-tores Portuguezes, sendo o Te Deum obra recentemente acabada do bem conhecido Mestre de Capella Antonio da Silva Leite (...)”. Raro.

1079 — RELAÇÃO DAS OPERAÇÕES MILITARES DA EXPEDIÇÃO QUE DEBAIXO DO COMMANDO DO CHEFE DE ESQUADRA DA ARMADA REAL JOSÉ JOAQUIM DA ROZA COELHO FOI MANDADA AOS AÇORES PARA BATER OS REBELDES ACOU-TADOS NA ILHA TERCEIRA. As quaes operações se notão desde o dia 17 de Maio de 1829, até 16 d’Agosto do dito anno, em que a Esquadra, e tropas se dissolverão, e separárão. Lisboa: 1829. Na Impressão de João Nunes Esteves. In-8.º de VIII-35-III págs. Desenc.“No dia 17 de Maio lançárão ancora no porto de Ponta Delgada a Náo Dom João VI, e a Fragata Perola (...)“A dita Náo, e mais Navios de Guerra, se demorárão em fazer Bloqueio da Ilha Terceira, té ao dia 6 de Julho; em cujo espaço de tempo o Chefe de Esquadra aprizionou varias Embarcações, que vinhão da Inglaterra, com Encommendas, e Cartas para os Rebeldes (...)”.Invulgar publicação de importância para a história do liberalismo e queda da monarquia em Por-tugal. Com pormenorizadas informações militares e geográficas, entre as quais a “Descripção do quinto lugar de desembarque na Costa de S. Mattheus”, assinada por Ayres Pinto de Souza, assim como o “Bosquejo de hum Projecto para a Restauração da Ilha Terceira”, pelo Coronel Caetano de Paula Xavier.Ernesto do Canto faz referência a esta publicação no Ensaio Bibliográfico dizendo que “Esta Relação foi coordenada pelo Padre José Agostinho de Macedo, com os documentos que lhe forneceu o Coronel Lemos comandante da tropa expedicionária”

1080 — RELATORIO FIEL DAS ATROCIDADES COMMETIDAS PELA FACÇAÕ SPO-LIADORA DE 17 DE MAIO DE 1828 contra Fieis Portuguezes. Porto, 1828. Na typ. de Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos. In-8.º gr. de 22 págs. Desenc.Opusculo publicado sob anonimato acerca da prisão de alguns miguelistas, por ocasião do pronuncia-mento da guarnição do Porto, a favor da Carta, com formação de uma Junta de Governo.

1081 — RESENDE (Garcia de).- CANCIONEIRO GERAL. // —— // ALTPORTUGIESISCHE LIEDERSAMMLUNG // DES EDELN // GARCIA DE RESENDE. // Neu Herausgegeben // von // Dr. E. H. v. Kausler, // ... // Stuttgart. Gedruckt auf Kosten des literarischen Vereins. 1846--1852. 3 vols. In-4.º peq. de XXX-II-507-III, IV-599-I e VIII-674-II págs. E.Raríssima segunda edição da monumental obra coligida por Garcia de Resende, aparecida 330 anos depois da primeira, impressa em 1516, por Hermão de Campos.Encadernações da época, com as lombadas enriquecidas com finos ferros gravados a ouro, títulos e nervuras. Com vestígios de acidez, próprios da qualidade do papel.

1082 — RESPOSTA ANALYTICA AO CHAMADO MANIFESTO DE DOM PEDRO DUQUE DE BRAGANÇA feita por hum procurador dos Tres Estados de mil oitocentos e vinte oito. Lisboa, Na Impressão Regia. 1832. In-8.º de 51-I págs. Desenc.Opúsculo publicado sob pseudónimo acerca de “hum chamado Manifesto de D. Pedro, Duque de Bragança, impresso em París na Officina Typografica de Casimir, e datado de 2 de Fevereiro do corrente anno (...)”.

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1083 — RESPOSTA DE HUM AMIGO A OUTRO, QUE LHE TINHA MANDADO HUM FOLHETO, QUE HA POUCO SE IMPRIMIO EM LISBOA, COM O TITULO LEGITIMIDA-DE DA FELIZ REGENERAÇAÕ POLITICA DE PORTUGAL NA SUCCESSAÕ DO GRANDE, E IMMORTAL REI O SENHOR D. PEDRO IV., refutando a falsa doutrina do mesmo famoso folheto, e demonstrando evidentemente que o Serenissimo Senhor INFANTE D. MIGUEL he o legitimo sucessor da Monarchia Portugueza, chamado pelas Leis Fundamentaes da mesma Monarchia. Lisboa. Na Typografia de Bulhões. 1829. In-8.º de 66 págs. B.Opúsculo invulgar, publicado sem o nome do autor. Sobre o folhetoimpresso em Lisboa referido no frontispício, apuramos que também não refere o nome do autor e que foi impresso em 1826, pela Imprensa Silviana.

1084 — RETRATO // DOS // JESUITAS // FEITO AO NATURAL // Pelos mais sabios, e mais illustres Catholicos: // OU JUIZO FEITO Á CERCA DOS JESUITAS // pelos maiores, e mais esclarecidos homens da // Igreja, e do Estado: // Desde o anno de 1540, em que foi a sua Fun-daçaõ, até // ao anno de 1650 antes das disputas, que se levan- // taram a respeito do livro de Jansenio. // LISBOA, // Na Officina de MIGUEL RODRIGUES, // Impressor do Eminent. Senhor Card. Patr. // M. DCC.LXI. In-8.º gr. de XX-255-I págs. Desenc.Obra publicada sem o nome do autor, uma das muitas aparecidas ao tempo da expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal e que Inocêncio recomenda dever juntar-se à «Deducção Chronologica e Analytica». Muito invulgar.Desencadernado. Com manchas de acidez. A última folha apresenta rasgões que não ofendem a man-cha tipográfica.

1085 — REVOLUÇÃO ANTI-CONSTITUCIONAL EM 1823, suas verdadeiras causas e effeitos. Publicado pellos Editores do Popular, Jornal Portuguez em Londres. Londres: Impresso por L. Thompson, Na Officina Portugueza. 1825. In-8.º II-40 págs. B.Raríssimo opúsculo impresso em Londres por ocasião do reconhecimento da independência do Brazil por parte do governo português. Neste texto, o autor reflecte as causas da sublevação de D. Miguel, denominada Vilafrancada, se estava ao alcance das Cortes e do Governo a sua prevenção, assim como a influencia desta revolta no futuro de Portugal. Com as margens imperfeitas.

1086 — REY (Charles F.).- THE ROMANCE OF THE PORTUGUESE IN ABYSSINIA. An account of the adventurous journeys of the Portuguese to the Empire of Prester John; Their assistance to Ethiopia in its struggle against Islam and their subsequent efforts to impose their own influence and Religion, 1490 — 1633. H. F. & G. Withetby. London. [1929]. In-8.º gr. de 319_I págs. E. “Author of Unconquered Abyssinia as it is To-day and In the Country of the Blue Nile. With Illustra-tions fromn old prints ant two Maps”. Encadernação editorial.

1087 — RIBEIRO (Aquilino).- CONSTANTINO DE BRAGANÇA - VII Vizo-Rei da Índia. Portugália Editora. Lisboa. [S.d]. In-4.º de IV-389-IX págs. B.É a primeira edição deste importante estudo histórico-biográfico, de alto interesse para o conhecimen-to de um dos mais brilhantes períodos da História de Portugal na Índia. Edição cuidada, ilustrada com um retrato de Constantino de Bragança e muitas outras estampas impressas em separado.

1088 — RIBEIRO (Armando Vidal Leite).- FAMILIA VIDAL LEITE RIBEIRO. Genealogia — Reminescências. (Edição privada.- Editorial Sul Americana, S. A.. Rio de Janeiro. 1960). In-8.º gr. de 463-I págs. E.Estudo genealógico da Família Vidal Leite Ribeiro, de muito raro aparecimento no mercado por ter

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sido destinada a edição a “distribuição interna e gratuita às pessoas das famílias estudadas, Bibliotecas, instituições e personalidades dedicadas aos estudos genealógicos”. Com particular interesse para a história das famílias de origem Ibérica que se estabeleceram no Brasil.Boa encadernação com lombada e cantos de pele decorada com ferros gravados a seco, nervuras e rótulos na lombada. Só ligeiramente aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas. Dedicatória do autor “Ao primo e brilhante genealogista “José Pereira de Lima”.

1089 — RIBEIRO (Bernardim).- MENINA E MOÇA // OU SAUDADES DE // BERNARDIM // RIBEYRO. // DEDICADO // A D. FRANCISCO // DE SA, // Conde de Pena Guiaõ, Camareiro mòr que foi d’ElRey // Nosso Senhor do seu Conselho de Guerra, Estribeiro // mór da Rainha Nossa Senhora; Capitam mor, e // Alcaide mor da Cidade do Porto, Governador da Fortaleza de S. Joaõ, Commendador de // S. Thiago de Cacem, e Treze na Ordem // de S. Thiago, &c. // LISBOA, // Na Offic. de DOMINGOS GONSALVES. // Anno MDCCLXXXV. // Com Licença da Real Meza Censoria. In-8.º peq. de VIII-358 págs. E.Descrição exaustiva no Catálogo da opulenta Biblioteca Azevedo-Samodães, que apenas possuía esta edição e que diz: “A Menina e Moça ou Saudades de Bernardim Ribeiro, - novela pastoral em prosa, entremeiada de algumas composições em verso, - é considerada, não só por escritores nacionais como também por estrangeiros, como uma das melhores produções literárias portuguesas quinhentistas; e foi a primeira que, no seu género, se compôs e veio á luz entre nós. (...)”Quinta edição, estimada e muito invulgar.Encadernação da época inteira de pele. Com uma pequena assinatura antiga no frontispício, na página VII e na última página, da mesma época, com anotações.

1090 — RIBEIRO (João Baptista).- EXPOSIÇÃO HISTORICA DA CREAÇÃO DO MUSEO PORTUENSE, Com Documentos Officiaes para servir á Historia das Bellas Artes em Portugal, e á do Cêrco do Porto. Porto. 1836. Na Imprensa de Coutinho. In-8.º gr. de 27-I págs. Desenc.Inocêncio trata com algum desenvolvimento de João Batista Ribeiro, natural de Vila Real de Trás-os--Montes, personalidade com valiosa prestação no meio académico e artístico do Porto. Este curioso e raro folheto é o único escrito publicado que se lhe conhece.

1091 — RIBEIRO (João Pedro).- DISSERTAÇÕES CHRONOLOGICAS E CRITICAS SOBRE A HISTORIA E JURISPRUDENCIA ECCLESIASTICA E CIVIL DE PORTUGAL, publicadas por ordem da Academia Real dos Sciencias de Lisboa pelo seu socio... Lisboa. Na Typographia da mesma Academia. 1810-1836. 5 tomos em 5 vols. In-4.º E.Muito cuidada publicação em papel de linho, a primeira e muito invulgar edição desta obra fundamental para o estudo da História e da Jurisprudência portuguesas, a cujo autor, natural da cidade do Porto, na apreciação de Inocêncio, “valeram-lhe as honras de primeiro fundador e patriarcha entre nós da sciencia diplomatica, cujo edificio assentou sobre bases solidas”.Ainda acerca de J. Pedro Ribeiro, transcrevemos do «Dicionário de História de Portugal», dirigido por Joel Serrão, o seguinte: “Historiador que cultivou esta ciência [Diplomática] com exemplar probi-dade, infatigável pesquisador de arquivos, como bem o atestam as suas Dissertações Cronológicas e Críticas, João Pedro Ribeiro «teve o cuidado de erguer dissertações sobre pontos restritos. Analisando e criticando os documentos à luz de um rigoroso critério diplomático, conseguiu penetrar em domínios ainda obscuros para o esclarecimento do passado nacional. Fastos da história religiosa; inventário de bispos e religiosos; notas de esfragística e de cronologia; o estudo da língua nos docu-mentos; uso e utilidade do papel na crítica histórica; sumários de documentos régios; o emprego do calendário na identificação das fontes — tudo isso constitui tema das Dissertações com que procurou abrir caminhos à historiografia» (Joaquim Veríssimo Serrão).”Originais encadernações com a lombada de pele gravada com ferros a ouro fino, sendo as pastas revestidas de papel que reproduz manuscritos antigos.

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1092 — RIBEIRO (Mário de Sampayo).- PROCESSO E HISTÓRIA DE UMA ATOARDA - O RETRATO DE DAMIÃO DE GOES POR ALBERTO DÜRER. Coimbra. MCMXLIII. [Oficinas da Tipografia Atlântida]. In-4.º de 240-II págs. B.Obra de acerba crítica a Joaquim de Vasconcelos, e tanto que o autor declara no texto de abertura, «Em guisa de prólogo», que “Dêste trabalho sai muito mal ferida, talvez irremediàvelmente, a memória de Joaquim de Vasconcelos e - creio-o bem - não há de faltar quem me censure a atitude assumida perante ela e a julgue cruel”. Com numerosos retratos em folhas à parte. Uma das cuidadas e importantes publicações do Instituto Alemão da Universidade de Coimbra.

1093 — RIBEIRO (Tomás).- D. JAYME ou A Dominação de Castella. Poema por Thomaz Ribeiro. Com uma Conversação Preambular pelo Senhor A. F. de Castilho. Lisboa. Typ. da Sociedade Typographica Franco-Portugueza. 1862. In-4.º de LX-285-III-XI-I págs. E.Primeira edição de um livro que foi verdadeiro sucesso editorial, porquanto dele foram feitas numerosas edições e também motivo para algumas Paródias Literárias, sendo a mais importante a de Manuel Roussado, intitulada «Roberto ou a Dominação dos Agiotas», aparecida no mesmo ano de 1862. a longa e apreciativa «Conversação Preambular» de António Feliciano de Castilho ocupa as págs. IX a LX.Encadernação da época, com bonitos ferros a ouro na lombada, infelizmente a necessitar de pequeno restauro.

1094 — RIBEIRO (Tomás).- O MENSAGEIRO DE FEZ. (Poema). Lisboa. Parceria Antonio Maria Pereira. 1899. In-8.º gr. de XXV-I-206 págs. B.“O centro em volta do qual gira a acção d’este poema é a gruta da Senhora da Rocha, em Carnaxide”, “poema cujas scenas se passam nos tempos d’Aviz”. É a primeira edição deste interessante poema histórico, alusivamente ilustrado.

1095 — RIBEIRO (Vítor).- SOUSA VITERBO E A SUA OBRA. Notas Bio-Bibliographicas, por... 1913. Typographia Castro Irmão. Lisboa. In-4º gr. de IX-253-V págs. E.Obra valiosíssima para o conhecimento da vida e labor intelectual do grande investigador, onde vem minuciosamente registada a sua longa e utilíssima bibliografia e de que é obra de referência o seu «Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses», de que já foram publicadas duas edições.Edição de apuradíssima execução gráfica, cuja tiragem total constou de 142 exemplares, hoje bastante raros.TIRAGEM ESPECIAL DE 130 EXEMPLARES NUMERADOS, IMPRESSOS EM ENCORPADO PAPEL DE LINHO.Encadernação à amador, com ferros a ouro na lombada. Só de leve aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

1096 — RICHARD DE BURY.- HISTOIRE // DE LA VIE // DE HENRI IV, // ROI DE FRANCE ET DE NAVARRE, // dédiée // A SON ALTESSE SÉRÉNISSIME // MONSEIGNEUR LE PRINCE DE CONDÉ. // Par M. de Bury. // ... // A PARIS, // Chez DIDOT l’aîné. Libraire & Imprimeur, rue Pavée, près du Quai des Augustins, á la Bible d’Or. // —— // Avec Approbation, & Permission. 2 vols. In-4.º gr. de XXIV-468 e II-459-I págs. E.Edição de aprimorada execução gráfica, adornada com um retrato de Henry IV. Rey de France et de Navarre, desenhado por Gabriel de St. Aubin e gravado em agua-forte por Chenu; para além deste belo retrato, colocado junto ao frontispício, a edição apresenta ainda IX retratos também gravados em agua-forte pelo mesmo gravador.Boas encadernações da época, com 5 nervos na lombada, rótulos e ferros gravados a ouro e corte das folhas marmoreado. As pastas apresentam marcadas as esquadrias com 3 filetes, também gravados a ouro. Com um pequeno corte de traça que afecta ligeiramente o retrato de Henrique IV e as folhas preliminares. Mancha de água no corte superior do mesmo retrato. (ver gravura na pág. 393)

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1097 — RIETSTAP (J.-B.).- ARMORIAL GÉNÉRAL ILLUSTRÉ par V. & H. Rolland. Sauve-garde Historique. Lyon (France). (S.d. - 1951?). 4 vols. In-4.º gr. E.“Cette œuvre, composée de 2.029 planches donnant le dessin de 112.600 armoiries, représente un labeur assidu grâce auquel érudits et chercheurs ont à leur disposition une somme héraldique considé-rable, utilisable par tous, puisque sa présentation uniquement graphique n’exige, pour être comprise, ni la connaissance des régles de la Science des armoiries, ni celle d’une langue qui peut ne pas être familière à tous.“L’Armorial Général publié en français par J.-B. Rietstap (1828-1891), de 1884 à 1887. était deve-nu depuis longtemps un guide indispensable aux multiples disciplines des Sciences Historiques qui, fréquemment appelées à résoudre des problémes héraldiques, peuvent en trouver la solution, souvent riche de conséquences, dans le recueil de l’héraldiste hollandais.”Capas da brochura com alguma sujidade.

1098 — O RIO E O MAR NA VIDA DA CIDADE. Exposição Documental realizada na tradicional Casa do Infante e promovida pela Câmara Municipal do Porto... [Porto. 1966]. In-4.º de 402-VI págs. e LXXXVI de estampas. B.Valioso e amplo documentário iconográfico constituído por estampas em papel couché reproduzindo pinturas de todas as épocas, mapas, plantas, gravuras antigas, imagens, etc. Colaboração literária de Elaine Sanceau, Luís Reis Santos, Domingos A. Moreira, Ezequiel de Campos, Ernesto Soares, Adriano Coutinho Lanhoso, Manuel de Figueiredo, Pedro Homem de Melo e outros. Da colecção «Documentos e Memórias para a História do Porto».

1099 — RIO SECO (Visconde do).- EXPOSIÇÃO ANALYTICA, E JUSTIFICATIVA DA CONDUCTA, E VIDA PUBLICA DO VISCONDE DO RIO SECCO, desde o dia 25 de No-vembro de 1807, em que sua Magestade Fidelissima o incumbio dos arranjamentos necessarios da sua retirada para o Rio de Janeiro, até o dia 15 de Septembro de 1821, em cujo anno dimittirà todos os lugares e empregos de responsabilidade de fazenda, com permissão de Sua Alteza Real O Principe Regente do Brazil, concedida por decreto de 27 de Agosto do presente anno, publicada por elle mesmo. Rio de Janeiro. Na Imprensa Nacional. 1821. In-4.º gr. de VIII-39-I-4-28-9-I págs. Desenc.Documentada com um mapa em folha desdobrável intitulado «Methodo pelo qual se ha de governar o fiel da caixa da emissão para governo do troco das notas ao povo.»Dos «Annaes da Imprensa Nacional do Rio de Janeiro», de A. do Valle Cabral transcrevemos o seguinte: “«Posto que esta memoria pareça dirigir-se especialmente a elucidar questões pessoaes do seu publi-cador, diz Innocencio da Silva, é todavia interessante pelas particularidades que encerra no tocante à transferencia da côrte de Portugal para o Brasil, e aos sucessos politicos do tempo; apresentando noticias curiosas e aproveitaveis, que n’outra parte se não encontrarão.»“Joaquim José de Azevedo, 1.º visconde do Rio Secco, veio para o Brazil accompanhando o principe regente d. João em 1807, e depois da nossa independencia ficou considerado como cidadão brasileiro, (...)”

1100 — ROBLES (Eugenio de).- COMPENDIO // DE LA VIDA Y HAZA- // ñas del Cardenal don fray Francisco // Ximenez de Cisneros: y del Oficio // y Missa Muzarabe. // (Gravura alegóri-ca) // POR EL MAESTRO EVGENIO // de Robles, Cura proprio de san Marcos, y Capellan // en la Capilla de los Muzarabes, de la santa // yglesia de Toledo. // CON PRIVILEGIO. / CI . I C. IIII. [Cólofon: EN TOLEDO. // Por Pedro Rodriguez. // Impressor del Rey nuestro señor. // M. DC IIII]. In-4.º de XX-344-XII págs. E.Uma das mais proeminentes figuras da história espanhola do século XVI, o autor, Cardeal e político, confessor e conselheiro de Isabel la Católica, fundador da Universidade de Alcalá de Henares e respon-sável pela publicação da famosa Bíblia poliglota (Hebraica, Chaldaica, Græca et Latina), de Missais

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e Breviários do Rito Mozárabe, por duas vezes governador geral do reino, foi por D. Fernando nome-ado Cardeal e Inquisidor Geral. Na Catedral de Toledo, Jimenez de Cisneros estabeleceu uma capela com um colégio de treze sacerdotes para celebração do Rito Mozárabe.Edição cuidada e de muito raro aparecimento no mercado, impressa em papel de fina gramagem e escolhida qualidade, com todas as páginas circundadas por linhas que fazem o enquadramento da mancha tipográfica. Frontispício ilustrado com uma gravura alegórica aberta a buril em chapa de cobre, com os dizeres IVSTITIA ET FORTITVDINE MAGNVS, assinada Petrus Ange lus. In. Encadernação antiga com desgaste junto às charneiras ou dobras do encaixe. (ver gravura na pág. 325)

1101 — ROCA (D. D. António de Monravá y).- EPISTOLA CONSULTIVA // APOLOGETICA // O // EL CONDE DE LUNA // ENFERMO // O // MEDICA // BATALLA // ENTRE UN ME-DICO // PIGMEO, Y 20. // GIGANTES. // AUTOR // EL D.D. ANTONIO DE MONRAVA // y Roca Catredatico [sic] Regio Jubilado (...) Medico Catalan (...) // Lisboa. // En la Imprenta de el mesm (...) // —— // Anno de 1750. In-8.º gr de VIII-299-XVII págs. E.OBRA DE EXTREMA RARIDADE, omissa nos principais catálogos que nos foi possível consultar, entre os quais: Ameal; Avila Perez; Azevedo-Samodães; Monteverde; Palha ou Pinto de Matos.Palau refere um exemplar (Univ. Madrid) sob o n.º 176723, assim como consta na Biblioteca Nacional de Portugal, outro, com falta da última estampa.Sobre o autor, médico catalão doutorado em Medicina pela Universidade de Lérida, diz Innocêncio que “Veiu para Portugal em 1721, convidado para reger a cadeira de Anatomia practica, que elrei D. João V acabava de crear no Hospital de todos os Sanctos de Lisboa. Foi desassisada a escolha, porque Monravá não passava de ser um farfante, charlatão e visionario, como se vê das obras que imprimiu, embaindo seus discipulos com doutrinas erroneas, e fomentando rixas e rivalidades entre elles (...). Para socegar taes desordens, e prover ao ensino da sciencia, foi necessario no fim de dez annos aposentar o catalão, e mandar vir da Italia Bernardo Santucci (...). Porém não foi isso bastante para que Monravá desistisse de continuar na propalação de suas falsas doutrinas, em uma eschola particular e gratuita (...)”.Innocêncio faz registo da vida e das Obras do autor, considerando-as de assinalável raridade, mas conforme outros bibliógrafos, desconhecendo a que agora apresentamos.Edição ilustrada com três xilogravuras impressas nas páginas de texto e na última folha, em página inteira, outra, muito curiosa, onde se representa uma mulher do povo, empunhando uma bandeira numa atitude revolucionária.Após o Índice, a Obra é segue com um «APENDICE por un curioso», cinco Sonetos e um Epitáfio, todos eles em defesa da novissima medicina.Encadernação da época inteira de carneira. Com um rasgão no canto inferior direito do frontispício que parcialmente afecta a mancha tipográfica; manchas de água, acidez e outros pequenos defeitos. Também a gravura que vem impressa na última folha apresenta um rasgão, sem que no entanto se tenha perdido qualquer pedaço de papel. (ver gravura na pág. 327)

1102 — ROCHA (João Bernardo da).- REVISTA DE PORTUGAL por João Bernardo da Rocha Bacharel formado em Leis. Lisboa. Typographia. Rua da Bica nº 55. MDCCCLI. In-8º de 60-II págs. Desenc.João Bernardo da Rocha Loureiro, natural da Guarda, mereceu de Inocêncio a redacção da sua aci-dentada biografia. Foi cronista mór do reino, por três vezes conheceu o exílio e José Agostinho de Macedo, “que fôra até á morte seu inimigo irreconciliavel, fez d’elle o protagonista do poema heroi--comico Os Burros (...)”.

1103 — RODRIGUES (Adriano Vasco).- MONOGRAFIA ARTÍSTICA DA CIDADE DA GUARDA. Guarda, 1958. In-8.º gr. de 162-IV págs. B.Primeira edição desta apreciada monografia da Guarda, impressa em bom papel e ilustrada com cerca de 90 fotografias integradas nas páginas de texto. Não vulgar.

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1104 — RODRIGUES (António).- TRATADO GERAL DE NOBREZA, por Antonio Rodrigues, Principal Rei de Armas “Portugal” de D. Manuel I. Apresentação de Afonso de Dornelas. Porto. Biblioteca Pública Municipal. 1931. Litografia Nacional. In-4º de IV-XXII-IV-164-II págs. E.Da apresentação de Afonso de Dornelas: “O Bacharel Antonio Rodrigues, como Principal Rei de Armas Portugal, cargo que se sabe ter desempenhado, e como Cronista, missão que transparece na obra que motivou este estudo, foi um técnico na heráldica de família e um estudioso profundo, como se pode depreender da ordenação do seu Tratado, onde juntou o que havia na sua época que interessasse à heráldica, à nobreza e à sua história”.Excelente edição do manuscrito que se conserva na Biblioteca do Porto, ilustrada com o brasão d’armas do autor e numerosos emblemas heráldicos a cores, impressos em folhas à parte. De assinalar que, segundo João Grave, ao tempo Bibliotecário da referida Biblioteca, “é este o primeiro tratado de Nobreza composto na nossa língua”.Excelente encadernação à amador, de recente execução. Capas de brochura conservadas e aparado apenas à cabeça.

1105 — RODRIGUES (Jose).- O COUTO DE AGUIM. Subsídio para a sua história. Cisial. Anadia. 1959. In-4.º de 238-II págs. B.Com interesse para a história do concelho da Anadia, das origens, da história e da biografia de algumas das personalidades daquele antiquíssimo Couto.Cuidada edição, publicada sobre papel de escolhida qualidade, ilustrada em folhas de papel couché.

1106 — ROMERO (Sílvio).- A PATRIA PORTUGUEZA. O Territorio e a Raça. Apreciação do livro de igual titulo de Theophilo Braga. Lisboa. Livraria Classica Editora de A. M. Teixeira & Cª. 1906. In-8.º de 515-III págs. B.Livro constituído pelos seguintes capítulos: «Introdução - O Território», «Antiguidades pré-historicas», «As populações ibéricas», «Ligures e Celtas», «A civilisação celtiberica», «Colonias dos Phenicios, Jonios e Carthaginezes», «O dominio dos Romanos», «A invasão germanica e a unidade da monarchia visigoda», e «A invasão dos Arabes na Hespanha e sua influencia no desenvolvimento da população livre».

1107 — ROSA (António Joaquim da).- MEMORIA SOBRE AS FESTAS CONSTITUCIONAES DA CIDADE DE BÉJA OFFERECIDA POR SEUS LIBERAIS CIDADAÕS AO SOBE-RANO CONGRESSO REGENERADOR. Lisboa, Na Typographia Rollandiana. 1821. In-8.º de 74 págs. B.As 30 primeiras páginas são exclusivamente ocupadas pela narrativa do autor acerca das Festas Constitu-cionaes da Cidade de Beja, seus figurantes e lugares de celebração; as restante reproduzem composições poeticas recitadas nas Festas pelos seus autores Joaquim António Nogueira, António Henriques Dória, Marçal José Espada, Francisco Manoel de Paula Botelho [Reitor da Igreja Catedral da Cidade], Manoel António de Mira Cabo, “Quadras que cantava o Povo em chusma na Praça, e por toda a Cidade em todas as noites té amanhecer” e “Quadras para o novo Hymno composto pelo insigne Padre Placido”. Publicação muito rara e de grande interesse.Com cortes de traça na margem interna do volume, sem que no entanto prejudique gravemente o exemplar.

1108 — ROSA (Fr. Bernardo de Santa Maria).- ESPELHO // DE // PERFEIÇAÕ RELIGIOSA, // A que se pódem ver as almas, que quizerem segu- // rar nos caminhos da vida espiritual as grandesas // do amor de Deos no exercicio das virtudes, // e caminho seguro da Cruz. // Com-posto do crystal da innocente vida // DA MADRE SOROR // GUIOMAR THERESA DO CENACULO, // Religiosa que foy no Mosteiro de Santa Clara de Amarante. // (...) // Por // Fr. BERNARDO DE S. MARIA ROSA // (...) // Na Officina de LUIS SECCO FER-REIRA, Anno de 1750. // (...) // Á custa de Antonio Pires Henriques, mercador de livros. In-8.º de XXXVI-300-IV págs. E.

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O autor, natural de Mesão Frio, foi “Prégador, e Mestre de cerimonias no Convento de S. Francisco do Porto, e Confessor que foy da dita Religiosa, (...)”Acerca desta edição diz Innocêncio: O titulo d’este livro é já um bom espelho do gosto e estylo de seu auctor. Serve todavia como outros muitos, para ajuntar ás collecções das vidas dos sanctos, e sujeitos illustres por suas acções e virtudes nascidos em Portugal. A este intento pode ser ainda procurado, mas convém notar que mui poucos exemplares apparecem d’elle, ao menos em Lisboa, onde pouquissimas vezes o tenho visto.”Capa da brochura com pequenos defeitos. Insignificantes cortes de traça nas margens, sem ofensa da mancha tipográfica.

1109 — ROSS (Michael).- PEOPLE OF THE MIRAGE. Foreword by Ivor Bulmer-Thomas. Rockliff. London. [1952]. In-8.º de XV-I-204 págs. E.“This is a record of a journey I made with two companions through the Sahara Desert at the beginning of 1951”. Com ilustrações impressas à parte e nas páginas do texto.Encadernação do editor. Dedicatória do autor.

1110 — RUA (José Martins).- PEDREIDA. Poema Heroico da Liberdade Portugueza. Porto. Typographia Commercial Portuense. 1843. In-8.º gr. de VI-226 págs. B.Diz Inocêncio que “não são faceis de achar” os exemplares deste poema, “já de notavel celebridade”, poema da autoria de Martins Rua, Setembrista convicto, natural da vila de Caminha, que, segundo informação de Artur de Sandão no seu importante trabalho «Faiança Portuguesa» foi proprietário de uma Fábrica de Cerâmica, fundada em 1846, na sua vila natal.O Poema tem D. Pedro como figura central.Encadernação antiga com lombada de pele.

1111 — SÁ (Ayres de).- RAINHA D. AMELIA. 1928. Parceria Antonio Maria Pereira. Lisboa. In-4º gr. de VIII-374-II págs. E.“Este livro contém 53 fotogravuras, em folhas de papel “couché”, 31 zincogravuras, cartas politicas, inéditas e semi-inéditas, escritas pelo Senhor D. Manuel II, cartas politicas, inéditas, escritas por D. Fernando II, etc., e cartas politicas, também inéditas, mandadas escrever por D. Pedro IV. As cartas do Senhor D. Manuel, de Teixeira de Sousa, presidente do seu último ministério, e uma das cartas de Serrão Franco, são reprodusidas em zincografia.”Obra fundamental para a biografia da rainha D. Amélia, mulher do malogrado rei D. Carlos, e impor-tante também para a história política da época.Capa da brochura ilustrada a cores e metais, só aparado à cabeça e revestido da encadernação editorial, inteira de pele, decorada com ferros a seco nas pastas e lombada. Com pouco importantes vestígios de traça na encadernação.

1112 — SÁ (António Maria da Costa e).- ANNUNCIOS DAS OCCULTAÇÕES DAS ESTRELLAS PELA LUA VISIVEIS EM LISBOA PARA O ANNO DE 1831, E PUBLICADOS POR ORDEM DA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS para se inserirem nas ephemerides nauticas do sobre-dito anno por... Lisboa. Na Typografia da Academia. 1830. In.4.º de II-8 págs. B.Por razões da natureza política, o autor, foi demitido do Observatório da Academia Real da Marinha.

1113 — [SÁ (José António de)].- DEMONSTRAÇÃO ANALYTICA DOS BARBAROS, E INAUDITOS PROCEDIMENTOS ADOPTADOS COMO MEIOS DE JUSTIÇA PELO IM-PERADOR DOS FRANCEZES PARA A USURPAÇÃO DO THRONO DA SERENISSIMA E AUGUSTISSIMA CASA DE BRAGANÇA, E DA COROA REAL, Com o Exame do Tratado de Fontainebleau, Exposição dos Direitos Nacionaes e Reaes, e da informe Junta dos Tres Estados

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para supprir as Cortes. Offerecida Ao Juizo das Nações Livres. Lisboa, Na Impressão Regia. Anno 1810. In-8.º gr. de XXXX-312-XII págs. E.Exemplar da primeira e rara edição desta importante obra publicada sem nome de autor, ilustrada com um excelente retrato de D. João VI pintado por Pellegrini e gravado a buril por Bartolozzi e ainda com duas portadas em latim, também abertas a buril em chapa de cobre. Com interesse para a História das Invasões Francesas em Portugal.Encadernação contemporânea com a lombada de pele.FRONTISPÍCIO MANUSCRITO COM DEDICATÓRIA A TITO

1114 — [SÁ (José Maria de)].- IMPUGNAÇÃO IMPARCIAL DO FOLHETO INTITULADO OS SEBASTIANISTAS. Por hum Amador da Verdade. [II opúsculo: Em que se continúa a responder ao segundo ponto. Seu A. José Maria de Sá]. Lisboa, Na Impressão Regia. 1810. 2 opúsculos In-8.º peq. de 48 e 48 págs. Desenc.O primeiro opúsculo foi publicado sob anonimato, tendo sido expresso o nome do autor apenas no segundo. Acerca do autor, Innocencio diz crer tratar-se de Fr. José Maria de Jesus, franciscano da Congregação da terceira Ordem, antes de entrar na clausura. Opúsculo a juntar às colecções sobre a Guerra Sebástica, incrementada pela polémica obra de J. Agostinho de Macedo, «Os Sebastianistas».

1115 — SAA (Mário).- A INVASÃO DOS JUDEUS. Capítulos: Invasão do sangue - Assalto á riqueza - Assalto ao Estado - Assalto á religião - Assalto á vida mental. [1925. Imprensa Libanio da Silva. Lisboa]. In-4.º gr. de 309-VII págs. B.Trabalho muito justamente considerado e procurado, com numerosos retratos intercalados nas páginas do texto.Em «Assalto á Vida Mental», o autor ocupa-se de numerosos escritores: Pascoaes, Cortesão, António Nobre, Raul Brandão, Sá-Carneiro, Raul Leal, Almada Negreiros, Fernando Pessoa, Amadeu de Sousa Cardoso, etc. Com grande interesse para a história do movimento modernista em Portugal.Capa da brochura com alguma sujidade.

1116 — SAAVEDRA RIVADENEIRA Y AGUIAR PARDO DE FIGUEIROA (Fernando de).- MEMORIAL // AL REY N. SENHOR, // EN QVE SE RECOPILA, ADICIONA, Y REPRE-SENTA // quanto los Coronistas, y Autores han escrito, y consta por instrumentos, // del origem, y antiguedad, descendencia, y sucession, lustre, // y servicios // DE LA CASA DE SAAVEDRA, // Y DE LA IDENTIDAD, Y PERMANENCIA DE SV PRIMITIVO // Solar, y Estados en el Reyno de Galicia, // Y DE LA LINEA PRIMOGENITA, RECTA, Y TRONCAL DE VARON // de sus Posseedores, Cabeças, y Parientes mayores, continuada desde los // primeros siglos de su mas antigua fundacion, hasta // el presente, // Por ... // [Brasão com as Armas da Casa Saavedra ladeado por: Año de 1674.] // — // Con licencia: En Granada, en la Imprenta Real de Francisco de Ochoa, en la calle de Abenamar. In-fólio de VI-290-I ff. E.Obra de grande valor para o estudo da genealogia e nobiliarquia desta antiga família de origens galegas.Primeira edição, cuidadosamente impressa em papel de linho e ilustrada com uma bela portada ale-górica aberta a buril em chapa de metal assinada “Diego de Astor fecit”, circundada pelos seguintes dizeres: “MEMORIAL DE INSERCIONES GENEALOGICAS TOCANTES A LA CASA Y MAS ANTIGUO SOLAR DE SEEVEDRA, DEDICADO, Y DIRIGIDO AL SAGRADO, DEVOCION, Y PATROCINIO DE S.R SAN FERNANDO XXXIII. REY DE LOS GLORIOSOS RESTAURADO-RES DE ESPAñA [sic]. POR DON FERNANDO DE SAAVEDRA RIVADENEIRA Y FIGUEIROA XXXIII. POSSEEDOR DE LA TAL CASA, Y SOLAR. A folha que antecede a «DEDICATÓRIA, Y RAZÓN DESTE MEMORIAL», impressa apenas pela frente e encimada por uma gravura de Nvestra Senora de los Reies apresenta os seguintes dizeres: «MEMORIAL, E INFORME // AL REY N. S.

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// DE LOS FVNDAMENTOS // GENERALES, AVTENTICOS DEL HECHO, // y de derecho, è historiales, conque se prueua, y jusrtifica todo // loque se representa à su Magestad. // SOBRE // LA IDENTIDAD, Y PERMANENCIA, SVCESSION, // y possession, descendencia, y servicios dela Casa, y Solar // primitiuo de los Saauedras. // POR // DON FERNANDO DE SAAVEDRA // RIBA-NENEYRA Y FIGVEROA, // trigesimo tercio, y actual posseedor della, y de las jurisdicciones que // le han quedado de sus antiguos Estados en el Reyno // de Galicia.No final o exemplar apresenta uma folha, muito rara, intitulada «COMPROBACION CERTI- // ficada de este memorial con todos // sus originales fundamen- // tos.», datada de 1679. A título de assinatura, esta folha apresenta uma gravura de delicada execução com o Brasão e a assinatura de Don Juan Baños de Velasco — Chronista General destes Reynos, “para que todo conste donde convenga, de pedimiento de el dicho Don Fernando de Saavedra, doy la presente certificacion dello, y lo firmo, y pongo aqui mi nombre, y sello de mis Armas. Madrid, y Noviembre, cinco, año de mil sescentos y setenta y nueve.”Encadernação da época com falta de bocados de pele na pasta posterior e outras imperfeições que não comprometem a sua consistência. (ver gravura na pág. 331)

1117 — SAINT-HILAIRE (Émile Marco de).- NAPOLÉON AU CONSEIL D’ETAT. Bruxelles, Langlet et Prodhomme, Lib.-Édit.; Mème Maison a Lisbonne, Rua Nova do Almada. — 1843. 2 vols. In-8.º peq. de 183-I e 174-II págs. E.Edição compulsada por Gustave Davois na Bibliographie Napoléonienne Française, constituída pelos seguintes capítulos: Physionomie du Conseil d’Etat; La machine infernale; Le Concordat; Rupture du traité d’Amiens; Marine, Colonie, Esclavage; Un changement de ministère; Préfecture de police; Les émigrés; Institution de la Légion d’honneur; Code civil; Un trait de mémoire; Napoléon excommunié, etc.Encadernação da época com lombada de pele.

1118 — [SAINTE FOIX (Philippe Auguste de)].- LA NOBLESSE // MILITAIRE, // OPPOSÉE // A LA NOBLESSE // COMMERÇANTE; // OU // LE PATRIOTE // FRANÇOIS. // [pequena vinheta] // A AMSTERDAM, // —— // M. DCC. LVI. In-8.º peq. de 201 págs. E.Obra de grande importância para o estudo da economia e desenvolvimento do comércio europeu no início do liberalismo económico. Primeira edição, bastante invulgar. Publicado sem o nome do autor, mais tarde revelado por Barbier no «Dictionnaire des Ouvrages Anonymes», a obra foi escrita em resposta ao polémico livro de Gabriel François Coyer «La Noblesse Commerçante», que pelo seu carácter inovador provocou intensa polémica entre os seus contemporâneos.Encadernação da época inteira de pele. Com um monograma e uma assinatura de posse no frontispício.(ver gravura na pág. 333)

1119 — SALAZAR (Abel).- ABEL SALAZAR. [Edição Comemorativa do Centenário do Nasci-mento de Abel Salazar]. In-fólio de LVI págs. E.Edição de excelente realização gráfica, realizada nas Oficinas da Cooperativa Árvore, composto por “15 desenhos reproduzindo originais inéditos de Abel Salazar e textos introdutórios da autoria de Nuno Grande, Óscar Lopes e Amândio Silva.”Tiragem de 300 exemplares impressos em papel Rivoli (Arches) de 240 gramas, numerados e assina-dos pelo editor e pelos autores dos textos.

1120 — SALGADO (Daniel).- TERRA DE BASTO. Todos comem palha... Ómnia Vánitas, maravalhas etc. 1933. Tip. «Minerva», de Gaspar Pinto de Sousa & Irmão. V.ª N.ª de Famalicão. In-8.º de 270-II págs. B.Edição ilustrada com fotogravuras do Alto da Fôrca — Ao fundo o Castelo de Celorico; do Túmulo de D. Munío Moniz — Mosteiro de Arnôis e do Castelo de Celorico de Basto.Do Índice: Por montes e vales; Caçadores e guerreiros; A «boa façanha»; Justiça do povo; Arraial por Portugal, etc. Com uma carta de Guerra Junqueiro.

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1121 — SALVO (Marquis de).- CONSIDÉRATIONS SUR LES DERNIÈRES RÉVOLU-TIONS DE L’EUROPE. A Paris, Chez J. P. Aillaud, Libraire. 1828. In-8.º de IV-152 págs. E.Do Índice: Des révolutions en général; De la révolution de Naples; De la révolution de Piémont; De L’Espagne avant 1814 — Constitution de 1812 — son abolition; Du Portugal; Conduite de la France et de L’Angleterre dans la dernière Guerre; État de la France; Conclusion.Encadernação da época, de pele, com defeitos superficiais.

1122 — SAMODÃES (Conde de).- OS BRASÕES E OS TITULOS. Injustiça do novo imposto sobre elles, creado pela carta de lei de 15 de Julho de 1887 e seu regulamento. Porto. 1887. In-8.º de 40 págs. E.Foram impressos poucos exemplares deste curioso opúsculo.

1123 — SAMPAIO (António de Vilas Boas e).- NOBILIARCHIA // PORTUGUEZA // TRA-TADO DA NOBREZA // HEREDITARIA, E POLITICA, // AUTOR // ANTONIO DE VILLAS BOAS, E SAMPAYO da Villa de Barcellos, // AGORA NOVAMENTE CORRECTA, // emen-dada, e accrescentada cõ as Armas das Familias, e Ci- // dades principaes deste Reyno, e outras cousas curiosas. // [...] // LISBOA. Na Officina de FILIPPE DE SOUSA VILLELA. // M.DCC.XXVIII. In-8º de XII págs. prels. inums., 350 nums. e XVI inums finais. E.Obra clássica da bibliografia nobiliárquica portuguesa, bastante invulgar nesta sua terceira edição.António de Villas Boas e Sampayo, natural da vila de Barcelos, foi poeta, historiador e genealogista que se notabilizou com a edição da famosa «NOBILIARCHIA PORTVGVEZA», dada a lume pela primeira vez em 1676 e por muitas vezes reeditada dada a importância da mesma, considerada o melhor estudo nobiliárquico português. O autor, fez os seus estudos preparatórios de humanidades no Porto, formou-se em Direito na Universidade de Coimbra e ingressou na magistratura como juiz de fora em Vila do Conde e Viseu. Foi ainda corregedor em Moncorvo e provedor em Coimbra, tendo terminado a sua carreira no Tribunal da Relação do Porto, como juiz desembargador.Encadernação inteira de pele, da época, com ferros dourados na lombada.Com um pequeno corte na base da folha de frontispício, vestígios de acidez disseminados pelo volume próprios da qualidade do papel e cortes de traça no pé do volume que só ocasional e ligeiramente afectam a mancha tipográfica.

1124 — SAMPAIO (António de Vilas Boas e).- NOBILIARCHIA // PORTUGUEZA // TRATADO DA NOBREZA HEREDITARIA; // e Politica, // AUTHOR // [...] // da Villa de Barcellos. // AGORA NOVAMENTE CORRECTA, // emendada, e accrescentada com as Armas das Fa- // milias, e Cidades principaes deste Reyno, e // outras cousas curiosas. // [...] // OFFERECIDA // AO REVERENDISSIMO SENHOR // Fr. ANTONIO DE TAVORA, // [...] // POR // MANOEL ANTONIO // MONTEIRO DE CAMPOS, // e à sua custa impresso. // [entre parentesis curvos uma Cruz de Cristo] // LISBOA: // Anno de M.DCCLIV. In-8.º gr. de XII-353-XV págs. E.Obra clássica dos estudos nobiliárquicos portugueses, também bastante invulgar nesta edição oitocentista.Encadernação não contemporânea com a lombada de pele. Com vestígios de traça marginais que praticamente não ofendem a mancha tipográfica.

1125 — SAMPAIO (António Rodrigues).- O ESPECTRO. Nova edição conforme a edição original. Lisboa. Typ. do “Diario da Manhã”. 1880. In-4.º de 63 números em um vol. B.Nova Edição deste valioso periódico publicado entre Dezembro de 1846 e Julho de 1847, clandes-tinamente.Por muitos considerado “o mais bem escrito jornal, que por aqueles tempos se publicava” é hoje do maior interesse para a história do liberalismo e da Guerra da Patuleia.«Advertência»: “O Espectro vae substituir o Ecco de Santarem. Este ultimo titulo correspondia pouco

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á grandeza do objecto. A nossa doutrina acha ecco em todo o paiz, e não parte sómente de Santarem, parte de todos os corações generosos em que estão radicados os principios da justiça, da liberdade, da igualdade.”Com todos os 9 suplementos que constituem a colecção mas que por vezes faltam em alguns exem-plares. Colecção completa.Com falta da capa da brochura da frente.

1126 — SAMPAIO (J. Mancelos) & SOUCASAUX (Augusto).- BARCELOS. Resenha Histórica - Pitoresca - Artística. 1927. Barcelos. [Companhia Editora do Minho]. In-4.º de 98-VI págs. B.Excelente e já invulgar monografia de uma das mais belas cidades minhotas, ilustrada com numerosas estampas impressas em folhas à parte.

1127 — SAMPAIO (Jorge de Faria Machado Vieira de).- SUBSÍDIOS PARA A GENEALOGIA DOS FARIAS MACHADOS DAS CASAS DA BAGOEIRA E DAS HORTAS. Lisboa. 1938. In-8.º gr. de 167-III págs. B.Apreciável monografia genealógica dos Farias Machados, assinalados desde o princípio do reino na terra de Faria, em Entre Douro e Minho e noutros lugares do país.Edição cuidada, limitada a 250 exemplares, em separata do «Arquivo Histórico de Portugal».

1128 — SAMPAIO [BRUNO] (José Pereira de).- O ENCOBERTO. Porto. Livraria Moreira - Editora. 1904. In-8.º de XX-381-I págs. B.Trabalho de interpretação histórica com interesse para a história do Sebastianismo, tratando também com certo desenvolvimento algumas fases da acção da Inquisição em Portugal.Com dedicatória do autor “Ao meu illustre confrade” Wenceslau de Lima.

1129 — SAMPAIO [BRUNO] (José Pereira de).- PORTUENSES ILLUSTRES. Porto. 1907--1908. 3 vols. In-8.º de VIII-408, 416 e 416 págs. B.Com capítulos de muito interesse para a história portuguesa. Perpassam nestas páginas os vultos do Infante D. Henrique, Garrett, Tomás António Gonzaga, Vasco de Lobeira, Uriel da Costa, Júlio Diniz, António Nobre, etc. Primeira edição.Capas da brochura com manchas de acidez.

1130 — SANTA CATARINA (Fr. Lucas de).- MEMORIAS // DA ORDEM MILITAR // DE // S. JOAÕ DE MALTA, // OFFERECIDAS A ELREY NOSSO SENHOR // D. JOAÕ V. // O MAGNIFICO, // Como Augustissimo Protector da Academia Real, // ... // [emblema da Aca-demia Real] // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina de JOSEPH ANTONIO DA SYLVA, // Impressor da Academia Real. // —— // M. DCC. XXXIV. // Com todas as licenças necessarias. In-4.º gr. de XXXII-408 págs. E.Cuidada e muito apreciada edição, de invulgar aparecimento no mercado e assente sobre papel de escolhida qualidade. Frontispício impresso a negro e vermelho. Ilustrada com uma portada de ale-goria à Academia das Ciências gravada em cobre por Francisco Vieira Lusitano, cabeções alegóricos também em cobre assinados pelo mesmo Vieira Lusitano e Debrie; letras capitais de fantasia e ainda, em folha desdobrável de grandes dimensões, uma bela «Carta da Ilha de Malta e das Ilhas de Gozo e de Comino».É bastante exaustiva a descrição bibliográfica de José dos Santos no precioso catálogo da Biblioteca de Azevedo-Samodães.Encadernação contemporânea em inteira de carneira, com pequenos e superficiais defeitos nas pastas. Exemplar com grandes margens, algumas manchas de água e um pequeno carimbo heráldico do antigo proprietário António Bernardo Ferreira.

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1131 — SANTA INÊS (D. Manuel de).- PASTORAL QUE AOS FIEIS DESTA DIOCESE DO PORTO dirige o Bispo Eleito D. Manoel de Sancta Ignez. Porto: Typografia Gandra e Filhos. 1837. In-8.º de 27-I págs. B.Rara Pastoral, com interesse para a historia da cidade Invicta, porquanto foi impressa no ano em que a Rainha D. Maria II prestou homenagem á heroicidade dos Portuenses enriquecendo o brasão da cidade com o título de Invicta.D. Manuel de Santa Inês, natural de Baguim do Monte e convicto liberal, ocupou diversos cargos na Igreja incluindo o de Bispo do Porto, sem que este nunca tenha sido confirmado pelo Papa.

1132 — SANTA MARINA (Luys).- LABRAS HERÁLDICAS MONTAÑESAS. [Editorial Canosa. Barcelona]. In-8.º gr. de 143-I págs. E.Cuidada, procurada e invulgar edição, ilustrada em folhas próprias, com a reprodução fotográfica de XXV brasões da região montanhosa do norte da península ibérica, seguidos dos respectivos emblemas legendados.Conserva a sobrecapa de papel editorial, assim como o respectivo estojo de cartão.

1133 — SANTA MARTA (Theodosio de).- ELOGIO // HISTORICO // DA // ILLUSTRIS-SIMA, E EXCELLENTISSIMA CASA // DE // CANTANHEDE MARIALVA, // Chefe dos esclarecidos // MENEZES, E TELLES, // DEDICADO // AO ILLUSTRISSIMO, E EXCEL-LENTISSIMO SENHOR // D. DIOGO // DE NORONHA // III. Marquez de Marialva, V. Conde de Cantanhede. // Estribeiro Mór. e Gentil-homem da Camara da Magestade do Augustissimo, e Fidelissi- // mo Senhor Rey D. José I. Mestre de Campo General da Estremadura. Governa- // dor das Armas Junto à Pessoa; do Concelho de Guerra, &c. &c. &c. // Por // THEODOSIO DE SANTA MARTHA // Conego Secular da Congregaçaõ de S. Joaõ Evangelista. // [gravura decorativa] // LISBOA // NA OFFICINA DE MANOEL SOARES VIVAS. // —— // Anno M. DCC. LI. In-4.º de XLVI-653 (aliás 654) págs. E.Obra descrita no Catálogo da Livraria dos Condes de Azevedo Samodães, considerada por José dos Santos “Obra interessante, e a mais desenvolvida que existe sobre o assunto que versa. Muito apreciada e pouco frequente no mercado.” Pinto de Matos no Manual Bibliografico Portuguez informa que “Manoel Antonio Monteiro mandou imprimir novo frontispício”, com o título Portugal historico e genealogico com as vidas de varoens illustres, etc., Impresso em Bruxellas 1755.Encadernação original com defeitos superficiais. Com um corte de traça que ofende as três primeira folhas preliminares incluindo o frontispício e picos do mesmo insecto junto à lombada, dispersos pelo volume.

1134 — SANTA ROSA (Bernardino de).- THEATRO // DO // MUNDO // VISIVEL, // Filosofico, Mathematico, Geografico, Polemico, Historico, // Politico, è Critico, // OU // COLLOQUIOS VARIOS // Em todo o genero de materias, em os quaes se representa á formosura do Uni- // verso, e se impugnaõ muytos discursos do Sapientissimo Fr. Bento // Jeronymo Feijó: // Ditados a hum seo particular amigo, // Pelo M. R. P. M. // Fr. BERNARDINO DE SANTA ROZA // ... // Dádo á Luz pelo // R. JOZÉ SOARES DA AFFONCECA CARDOTE, // Reitor do Mosteiro de S. Martinho de Sande, do Arcebispado de Braga, e Irmaõ // do Author. // OFFERECIDO // AO ILLUSTRISSIMO, E REVERENDISSIMO SENHOR // BENTO PAES DO AMARAL, // ... // COIMBRA: // —— // Na Officina de LUIS SECO FERREYRA, Anno do SENHOR de 1743. // Com todas as Licenças necessarias. // Impresso a custa de Luis Seco Ferreyra, Familiar do S. Officio, e mercador // de Livros. In-8.º de XLVIII-413-I-VIII págs. E.O autor, natural de Guimarães, professou na Ordem dominicana, foi Doutor em Teologia pela Uni-versidade de Coimbra, Qualificador do Santo Ofício e Reitor do Colegio de S. Tomás de Coimbra.Innocêncio refere que “Deste Theatro tirou o sr. Camillo Castello-branco assumpto para um folhetim scientifico que sahiu primeiro no Diario de noticias, e foi depois colligido nas Cousas leves e pesadas, de pag. 99 a 112. O meu amigo diz ahi ser este livro cousa tão rara, que até eu o desconheço!”. Segue--se a discordante opinião de Innocêncio acerca de tal raridade.Encadernação contemporânea mal cuidada. Com uma mancha de água e outros menos importantes defeitos.

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1135 — SANTARÉM (Visconde de) [2º].- MEMORIAS PARA A HISTORIA, E THEORIA DAS CORTES GERAES, que em Portugal se celebrárão pelos Tres Estados do Reino, orde-nadas, e compostas neste anno de 1824 pelo 2º Visconde de Santarém. Lisboa. Na Impressão Regia. 1827-1828. 2 vols. In-8.º de VI-[VI]-49-[I] e 118 págs. Desenc.“A Carta de Lei de 5 de Junho deste anno de 1824, (...) despertou em mim (...) o desejo de redu-zir a Ordem Systemativa huma numerosa Collecção de Apontamentos, que havia colligido em outro tempo para meu particular estudo (...)Este meu desejo crescêo com a certeza de se não ter publicado nunca producção alguma Systemathica nesta materia, e pela convicção, em que estava, da importancia, que terião actualmente quaesquer noticias neste interessantissimo assumpto, sendo legalisadas com a Authoridade das mesmas Côrtes pelos tres Estados, que S. Magestade Foi Servido revalidar na sobredita Carta de Lei de 5 de Junho”.

1136 — SANTIAGO RODRIGUEZ (Miguel).- DOCUMENTOS Y MANUSCRITOS GENE-ALOGICOS. Guias de Archivos y Bibliotecas. Dirección General de Archivos y Bibliotecas. Servicio de Publicaciones del Ministerio de Educación Nacional. Madrid. 1954. In-8.º gr. de 689-I págs. E.“Es patente la importancia que se le da hoy en día a los documentos y obras manuscritas que contienen, total o parcialmente, datos genealógicos y heráldicos, no ya por el ensalzamiento que puedan hacer de tal o cual persona, fin que se persiguió al producirlos, sino por las noticias de tipo biográfico e histórico de carácter más general que puedan aportar.Sobre todo en Iberoamérica y Filipinas se siente la necesidad de ir recogiendo y seleccionando todos aquellos documentos y manuscritos que se refieren a personas de conquistadores, colonizadores o simplesmente antecessores de las actuales generaciones.”Encadernação com lombada e cantos de pele. Só aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

1137 — SANTO ANTONIO (Fr. Henrique de).- CHRONICA // DOS // EREMITAS // DA SERRA DE OSSA // No Reyno de Portugal, e dos que floreceram em todos os mais Ermos da Chris- // tandade; dos quaes nos seguintes seculos se formou a Congregaçaõ dos Pobres // de Jesu Christo; e muitos depois a Sagrada de S. Paulo primeiro Eremita, // ghamada dos Eremitas da Serra de Ossa. // ... // LISBOA: // NA OFFICINA DE FRANCISCO DA SYLVA. // Anno de M.DCC XLV - MDCCLII. 2vols. In-4.º gr. de LXVIII-986 e XXXII-961-I págs. E.O primeiro volume apresenta, antecedendo o frontispício, uma bela gravura aberta a buril em chapa de metal que representa o Convento de São Paulo da Ordem dos Eremitas da Serra de Ossa [Alto-Alentejo].Composição tipográfica muito esmerada, com os frontispícios impressos a negro e vermelho, letras capitais de fantasia, cabeções de enfeite e florões de remate em boas gravuras abertas em madeira.Importante e muito estimada crónica monástica, na única edição que dela até hoje foi publicada. Segundo Innocêncio “O tomo III que o auctor chegou a completar, pereceu no incendio subsequente ao terremoto de 1755. Do tomo IV só deixou apontamentos soltos e informes, que tambem se perderam ao que parece.”.Publicação bastante invulgar.Encadernações antigas em inteira de pele, cansadas. Um pouco aparado e com carimbos heráldicos de António Bernardo Ferreira.

1138 — [SANTOS (António Ribeiro dos)].- POESIAS DE ELPINO DURIENSE. LISBOA, // Na Impressão Regia. 1812-1817. 3 vols. In-8.º gr. de 385-I, 345-III e 264 págs. E.Obra publicada sob o pseudónimo Elpino Duriense, nome por que ficou mais conhecido o poeta António Ribeiro dos Santos, “um dos mais respeitaveis, eruditos e fecundos escriptores que Portugal produziu no seculo passado”, segundo palavras textuais de Inocêncio. Os frontispícios desta muito estimada obra foram gravados a buril em chapa de cobre, tendo ao centro as armas reais portuguesas sustentadas por dois anjos. Edição cuidada, impressa em bom papel. Rara.Encadernações antigas com a lombada de pele.

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1139 — SANTOS (Cândido Augusto Dias dos).- O CENSUAL DA MITRA DO PORTO. Sub-sídios para o estudo da Diocese nas vésperas do Concílio de Trento. Publicações da Câmara Municipal do Porto. [1973]. In-4.º de XII-586 págs. B.Trata-se do XXXIX volume da colecção «Documentos e Memórias para a História do Porto», ilustrado em folhas desdobráveis.

1140 — [SANTOS (Padre Luis Gonçalves dos)].- JUSTA RETRIBUIÇÃO DADA AO COM-PADRE DE LISBOA EM DESAGRAVO DOS BRASILEIROS OFFENDIDOS POR VARIAS ASSERÇÕES, QUE ESCREVEO NA SUA CARTA EM RESPOSTA AO COMPADRE DE BELEM, PELO FILHO DO COMPADRE DO RIO DE JANEIRO, QUE A OFFERECE, E DEDICA AOS SEUS PATRICIOS. Rio de Janeiro, Na Typographia Regia. 1821. In-8.º de 30-II págs. B.Alfredo do Valle Cabral nos «Annaes da Imprensa Nacional do Rio de Janeiro de 1808-1822», atribui ao Padre Luis Gonçalves dos Santos a autoria deste folheto, publicado sob pseudónimo. A propósito, transcreve parte de um manuscrito com a Biografia do autor que se conserva no Instituto Histórico do Brasil e se refere ao opúsculo.Acerca dos pseudónimos referidos no frontispício, sabemos que Manuel Fernandes Tomás adoptou o de Compadre de Belém, pouco ou nada sabendo acerca do Compadre de Lisboa a quem anda asso-ciado o nome de João Carapuceiro, que julgamos ser também pseudónimo, e com os quais publicou folhetos que alimentaram o debate gerado à volta do possível regresso da Corte e de D. João VI para Portugal e da consequente possibilidade da Independência do Brasil.Capa em papel pintado da época.

1141 — SANCTOS (Luiz Gonçalves dos).- MEMORIAS // PARA SERVIR À HISTORIA // DO REINO DO BRAZIL, // DIVIDIDAS EM TRES EPOCAS // DA FELICIDADE, HONRA, E GLORIA; // ESCRIPTAS NA CORTE DO RIO DE JANEIRO // NO ANNO DE 1821, // e offerecidas // A S. MAGESTADE ELREI NOSSO SENHOR // O SENHOR // D. JOÃO VI. // (...) // LISBOA, Na Impressão Regia. Anno 1825. // —— // Com Licença da Mesa do Desembargo do Paço. 2 vols. In-8.º de LXXI-376 e 448 págs. E.O autor, natural do Rio de Janeiro, foi um dos protagonistas da Independência do Brasil, tendo co-laborado no Revérbero em 1821, onde escreveu contundentes artigos em pról da causa separatista.Sacramento Blake, no Diccionário Bibliographico Brazileiro faz extensa nota acerca da Vida e Obra do autor; Borba de Moraes na «Bibliographia Brasiliana» considera estas Memorias “very valuable for the information they contain of the acts of João VI’s governmment from 1808 to 1820. It is a rare work and much sought after.”Cuidada edição, acompanhada de 4 mapas cuidadosamente impressos em folhas desdobráveis intitula-dos: «Entrada do Rio de Janrº»; «Planta da Cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro»; «Monumento q a Camara quiz se levantasse em memoria da feliz chegada da R. Familia ao Rio em 1807. começouse a obra mas não foi p. diante.» e «Planta e prospecto da regia varanda que se eregio para a Feliz Aclamação do Nosso Augusto Soberano o S. D. Joaõ VI. em a Côrte do Rio de Janeiro».Edição bastante rara e procurada, limitada a 600 exemplares.Encadernações contemporâneas em pergaminho, com ferros a ouro e rótulos vermelhos na lombada.(ver gravura na pág. 339)

1142 — SANTOS (Reynaldo dos).- O AZULEJO EM PORTUGAL. Lisboa. Editorial SUL Limitada. [1957]. In-4.º gr. de 170-II págs. Fasc.Obra das mais importantes de quantas se escreveram em Portugal acerca dos seus azulejos, numa muito cuidada e luxuosa edição executada sobre bom papel e ilustrada com 120 estampas a negro, em folhas à parte, 26 extra-textos a cores, também em separado e ainda vários desenhos integrados nas páginas do texto. Há muito tempo esgotada e bastante valorizada.Com todas as capas dos fascículos preservadas.

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1143 — SANTOS (Reynaldo dos).- CONFERÊNCIAS DE ARTE. Lisboa. 1941-1949. [Oficinas Gráficas da Gazeta dos Caminhos de Ferro (e Bertrand (Irmãos), Lda]. 3 vols. In-4.º de 62-II, B.Edição cuidada, documentada com diversas estampas impressas em folhas à parte. Série completa, invulgar. Dos frontispícios: «O Império Português e a Arte», «O Mar e o Além-Mar na Arte Portuguesa», «As Relações Artísticas entre a Itália e Portugal»; «O Espírito e a Essência da Arte em Portugal», «A Pintura Portuguesa no século XVII», «Sequeira e Goya»; «Forma, Côr e Luz na Arte», «Lisboa na Arte», «El Subjetivismo del Arte de Velazquez».

1144 — SÃO BOAVENTURA (Fortunato de).- O PUNHAL DOS CORCUNDAS. N.1. [Lis-boa: Na Officina da Horrosa Conspiração. R. Formoza N.º 42. a N.º 33 Lisboa: Na Impressão Regia. 1824]. 33 números. In.8.º de 504 págs. com erros de numeração. E.Muito raro periódico de apologia absolutista e anti-maçónica, viu os seus dois primeiros números impressos na Na Officina da Horrosa Conspiração passando a sua impressão, após a Vilafrancada, a ser executada na Impressão Régia, já sob protecção do regime de D. Miguel. A título de curiosidade fazemos nota de que foi nesta publicação que o seu autor censurou acérrimamente o «O Retrato de Vénus» de Garrett, que tanta polémica gerou desde 1821, ano da sua publicação.Bonita encadernação da época com a lombada de pele decorada com ferros a ouro. Faltam as folhas finais, brancas, dos números 5 a 9, 12, 23, 24, 26, 28, 29 e 32. Com manchas de humidade que afectam bastante o volume.

1145 — [S. CARLOS (Frei Inácio de)].- DISCURSO SOBRE A COROAÇÃO DE BUONA-PARTE. Dedicado a todos os amigos da Justiça, e da Honra. Pelo author das Cartas de Cambridge. Traduzido do Francez. Lisboa. na Impressão Regia. Anno 1810. In-8.º de VII-I-144 págs. E.Inocêncio regista a obra na rubrica aberta em nome de Frei Inácio de S. Carlos, franciscano portuense, dizendo: “Opusculo de nove e meia folhas de impressão, publicado talvez sem o seu nome, e cujo formato ignoro”, o que equivale a dizer não ter visto qualquer exemplar.Encadernação contemporânea inteira de pele. Com duas manchas de tinta antigas no frontispício que encobrem uma assinatura.

1146 — [S. LUÍS (Dom Frei Francisco de)] [Cardeal Saraiva].- INDICE CHRONOLOGICO DAS NAVEGAÇÕES, VIAGENS, DESCOBRIMENTOS, E CONQUISTAS DOS PORTU-GUEZES NOS PAIZES ULTRAMARINOS DESDE O PRINCIPIO DO SECULO XV. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1841. In-8.º gr. de II-VIII-283-I págs. E.Obra do Cardeal Saraiva, publicada sob anonimato, importante e de apreciável raridade.Conforme dá notícia Innocêncio, esta Obra havia saído anteriormente, mais resumida com o título “Relação chronologica summaria das navegações, descobrimentos e conquistas dos portuguezes (...)” [Lisboa, Imp. Nacional, 1840].Encadernação com lombada de pele decorada a ouro, com bonitos ferros ao gosto romantico.

1147 — S. LUÍS (Dom Frei Francisco de) - [Cardeal Saraiva].- OS PORTUGUEZES EM AFRICA, ASIA, AMERICA, E OCCEANIA. Obra classica. Lisboa. Typographia de Borges... 1849-1850. 7 vols. In-8.º gr.

——— MONTEIRO (José Maria de Sousa).- DICCIONARIO GEOGRAPHICO DAS PRO-VINCIAS E POSSESSÕES PORTUGUEZAS DO ULTRAMAR; em que se descrevem as Ilhas, e pontos continentaes que actualmente possue a Corôa Portugueza, e se dão muitas outras noticias dos habitantes, sua Historia, Costumes, Religião e Commercio. Precedido de uma Introducção Geographico-Politico-Estatistico-Historico de Portugal. Lisboa. Typographia Lisbonense. 1850. In-8.º gr. de 539-V págs. E. em 4 vols.

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Uma das mais importantes obras do Cardeal Saraiva, ilustrada com retratos litográficos do autor e do Infante D. Henrique, Afonso de Albuquerque, Vasco da Gama, D. João de Castro, etc. Os três primeiros volumes são da segunda edição e da primeira os restantes, embora todos com a mesma apresentação gráfica.Como oitavo volume e com o mesmo modelo de encadernação vai junta a obra de Sousa Monteiro, que complementa o trabalho do Cardeal Saraiva.Bonitas encadernações da época, uniformes, com as lombadas em pele decoradas a ouro.

1148 — S. MIGUEL (Fr. Jacinto de).- TRATADO // HISTORICO, // DAS ORDENS MONAS-TICAS // DE // S. JERONYMO, // E // SAÕ BENTO, // ... // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina da MUSICA, e da Sagrada Religiaõ de Malta, // debaxo da Protecçaõ dos Patriarchas Saõ Domin- // gos, e Saõ Francisco. [Na Officina PINHEIRENSE da MUSICA, e da Sagrada Religiaõ de Malta & Na Officina de IGNACIO NOGUEIRA XISTO]. // —— // Anno de M.DCC.XXXIX - MDCCLXI. 3 vols. In-4.º de XVI-580; XX-735-I e XXVIII-527-I-57-III págs. E.Crónica eclesiástica muito importante e tida em grande estima, numa edição cuidadosamente impressa e assente sobre excelente papel de linho. As LVII págs. finais do 3.º volume constituem as seguinte publicação com frontispício próprio: SUP-POSIÇÕES // DA CARTA // DO EXC.mo, E REV.mo SENHOR // D. FRANCISCO DE ALMEYDA, // E MASCARENHAS, // Escrita ao Reverendo Padre // Fr. MARCELIANO DA ASCENÇAÕ, // Monge, e Chronista Beneditino, // Commentadas por // Fr. JACINTHO DE S. MIGUEL, // Ex-Geral, e Chronista da Congregaçaõ de S. Jeronymo &c. // [xilogravura] // LISBOA: MDCCLX. // —— // Na Officina de IGNACIO NOGUEIRA XISTO. (Impressor do 3.º volume].Os exemplares são de grande raridade, muito especialmente quando acompanhados do último volume, particularidade já bem acentuada por José dos Santos no catálogo Azevedo Samodães, n.º 3098.Encadernações de pele, da época, esfoladas. Com uma mancha no canto inferior direito do primeiro volume que não ofende a mancha tipográfica e dois pequenos restauros, antigos, nas folhas 23/24 e 187/188 do segundo volume. (ver gravura na pág. 342)

1149 — SÃO PAYO (Conde de).- CANCIONEIRO D’ARMARIA. [Lisboa. 1929. Oficinas do Centro Tipográfico Colonial]. In-4.º peq. de 80-II págs. B.«As Trovas Heráldicas na Literatura Portuguesa» é o texto que constitui o “Prólogo” de D. António, Conde de São-Payo, anteposto ao «Cancioneiro» propriamente dito. Rara edição de 150 exemplares numerados e assinados, numa muito cuidada execução gráfica.

1150 — SARAIVA (António Ribeiro).- Á NAÇAO PORTUGUEZA, POR OCCASIAO DO DIA ANNIVERSARIO (25 de Abril) DO FAUSTO NASCIMENTO DE S. M. I. E R. A SENHO-RA D. CARLOTA JOAQUINA DE BOURBON, Imperatriz e Rainha Fidellissima; Depois do regresso feliz a Portugal de seu Augusto Filho o Senhor INFANTE D. MIGUEL, Sucessor legitimo na Corôa do mesmo Reino, ODE (Seguida de um breve commentario Politico-Moral), (...). PARIS. DELAFOREST, LIBRAIRIE, PLACE DE LA BOURSE. [Imprimerie Anthelme Boucher] Anno de 1828. In-8.º de 57-I págs. B.Ribeiro Saraiva, Miguelista convicto, poeta e diplomata, desempenhou funções na Embaixada Portu-guesa em Londres. Exilado por opção após a implantação do liberalismo em Portugal, desenvolveu forte actividade conspirativa, participando activamente no debate político.

1151 — SARAIVA (António Ribeiro).- D. MIGUEL EM ROMA; Por um Cavalheiro Allemao.——— Traduzido do original francez, e acrecentado com algumas notas, e outras addiçôes, Londres: Imprensa de Schulze e Ca., 13, Poland Street. 1844. In-8.º peq. de 118 págs. B.Sobre esta publicação diz Innocêncio nunca ter visto exemplar algum, “que chega pelo menos a ter 65 pág., segundo a citação que delle encontrei feita em obra diversa.”Com falta da capa da brochura posterior.

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1152 — SARAIVA (António Ribeiro).- INJUSTICE ET MAUVAISE FOI // DE LA PLUPART // DES JOURNAUX // DE LONDRES ET DE PARIS, // AU SUJET DE LA // QUESTION DU PORTUGAL, // DES DROITS DE LA NATION PORTUGAISE // ET DE CEUX DE // DON MIGUEL; // PAR ANTONIO RIBEIRO SARAIVA, //ÉMIGRÉ PORTUGAIS. // PARIS. // DELAFOREST, LIBRAIRIE, PLACE DE LA BOURSE, // 1828. [Imprimerie Anthelme Boucher]. In-8.º gr. de 80 págs. B.Opúsculo muito invulgar, a juntar à vasta bibliografia de debate acerca da questão portuguesa. Diz Ernesto do Canto no Ensaio Bibliográfico que neste opúsculo se combatem as ideias dos jornais fran-ceses: Courrier Français, Constitucionnel, Journal des Debats, Gazzette de France, Messager des Chambres; e os inglezes: Times, Courrier Anglais e Sun.Capa da brochura com alguma sujidade.

1153 — SARAIVA (António Ribeiro).- MOI, // JE NE SUIS PAS UN REBELLE, // OU // LA QUESTION DU PORTUGAL // DANS TOUTE SA SIMPLICITÉ, // OFFERTE AUX POLITIQUES IMPARTIAUX ET AUX GENS DE // BONNE FOI; // Par Antonio Ribeiro Saraiva, // Émigré Portugais, // Et mise par lui-même en portugais, français et espagnol, afin de // pouvoir être jugée par un plus grand nombre de personnes. // PARIS. // DELAFOREST, LIBRAIRE, PLACE DE LA BOURSE, // 1828. [Imprimerie Anthelme Boucher]. In-8.º gr. de 37-I págs. B.Natural de Sernancelhe, António Ribeiro Saraiva de Morais Figueiredo, miguelista de crença inabalá-vel, entre outros, teve como companheiro o Poeta Castilho com quem fez duradoura amizade.“Em 1827 dirigiu em Paris a publicação da obra de Bordigné intitulada Légitimité portugaise e editou alguns opúsculos de sua autoria em defesa dos direitos do infante.” A. Álvaro Dória, como colabora-dor do «Dicionário de História de Portugal», faz referência pormenorizada ao autor, que considera ”a mais pura figura do miguelismo”.Com dobras nos cantos das folhas e outros pequenos defeitos.

1154 — [SARAIVA (António Ribeiro).- TRADUCTION // D’UNE LETTRE // D’UN INDI-VIDU A SON AMI, // SUR // LES AFFAIRES ACTUELLES DU PORTUGAL; // PUBLIÉE PAR UN AMI // DE LA LÉGITIMITÉ ET DE LA JUSTICE. // PARIS. // DELAFOREST, LIBRAIRE, PLACE DE LA BOURSE, // 1828. In-8.º de 66 págs. B.Publicação com interesse para o estudo da questão portuguesa, polémica debatida entre liberais e absolutistas acerca da legitimidade de D. Pedro.As xxxvi páginas preliminares são constituídas pelo Préface de l’Éditeur, assinado A. R. Saraiva; as folhas finais, a partir da pág. 53, contém as «Notes de l’Éditeur».Inocêncio faz referência a António Ribeiro Saraiva nos vols. I, VIII e XX do Dicionário Bibliográfico, onde considera este opúsculo, difícil de encontrar, assim como informa que no folheto «Lettre a sir James Makintos (...)», a obra vem citada como de Ribeiro Saraiva.

1155 — SARASOLA, O. M. F. (Fr. Modesto).- VIZCAYA Y LOS REYES CATÓLICOS. [Con-sejo Superior de Investigaciones Científicas]. Madrid, 1950. In-4.º de 215-I págs. B.Capítulos: Antecedentes Historicos; Intervencion de Vizcaya en la lucha de Sucession al Trono; Cambio de actitud de los Vizcaynos; Vizcaya, al lado de los Principes; Vizcaya, al lado de Isabel y Fernando en su Guerra contra Portugal; Intervencion de Francia en la Guerra. La lucha en Gui-puzcoa; El Rey Católico acude a Fuenterrabia; Su Viaje a Vizcaya; La Guerra en el mar. La grande Armada de Vizcaya; Conquista de la Guinea; Islas Canarias; Alfonso V y Luis XI. Labor de nuestros Reyes. Treguas com el enemigo. Prosigue la actividad en el Mar. Paz con Francia; Recrudecimiento de la Guerra. La Paz.Capa da brochura um pouco suja.

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1156 — [SARMENTO (António de Castro Morais)].- O MAÇONISMO CONFUNDIDO OU JUIZO CRITICO SOBRE A ANALYSE DE TODOS OS CATECISMOS MAÇONICOS. (...) Lisboa: Na Regia Typografia Silviana. —— 1822. In-8.º de 42-II págs. B.Publicado com as iniciais do autor no final do opúsculo.

1157 — SARMENTO (Inácio Pizarro de Morais).- MEMORANDUM DE CHAVES RELATIVO AOS ACONTECIMENTOS DO MEZ DE MAIO DE 1846. Porto. Typographia Commercial. 1846. In-8.º de 80 págs. B.Do editor J. C. Mendes a abrir este raro volume: “O que vai ler-se é uma exposição fiel dos aconteci-mentos de Maio do corrente anno em Traz-os-Montes. A mui particular amisade, que me liga ao Exm.º Snr. Ignacio Pizarro, e a sua generosa e delicada offerta animaram-me a publicar o presente opusculo, certo que não desmerecerá elle a subida reputação do insigne escriptor. Pelo lado historico e politico é d’um interesse e utilidade incontestaveis: pelo lado litterario é mais um bello quadro, devido ao magico pincel do autor do Romanceiro e do Engeitado.”Com falta da capa da brochura tendo em sua substituição um folha de papel com os respectivos dizeres manuscritos. No final foram adicionadas 15 folhas com recortes [de jornal?] colados em todas as páginas, intitulados “Reflexões do Snr. Julio de Carvalhal Sousa Telles ao Memorandum do Snr. Pizarro» [20 págs.]; «Correspondencia» de Moraes Sarmento dirigida ao redactor da Estrella do Norte [6 págs.]; e ainda a «Resposta final ás reflexões do Sr. Júlio de Carvalhal (...) [5 págs.], da autoria do autor deste «Memorandum».

1158 — SARMENTO (Inácio Pizarro de Morais).- O ROMANCEIRO PORTUGUEZ, ou Collec-ção dos Romances de Historia Portugueza, compostos por... 1841. Lisboa. Typographia Panorama [e Parte Segunda. 1845. Typographia Commercial]. 2 vols. In-8.º de VIII-II-270 [aliás 272]-IV e VIII-260-XXIV págs. E.O primeiro volume apresenta um retrato do autor e quatro litografias e o segundo, cinco litografias, todas de excelente qualidade, tendo este exemplar mais uma estampa no primeiro volume do que as indicadas por Inocêncio. No final do primeiro volume vem uma Lista dos Subscriptores da segunda parte do Romanceiro.O autor nasceu na Casa do Cruzeiro, em Bóbeda, nas próximidades de Chaves, foi Fidalgo da Casa Real, Comendador da Ordem de Cristo, etc.Pinto de Matos refere a edição considerando-a “estimada e não vulgar.”Excelentes e muito belas encadernações da época, de pele inteira, decoradas com bonitos ferros a seco e ouro gravados nas pastas, lombadas e seixas. Com manchas de humidade em ambos os volumes. Todas as gravuras preservam uma folha em papel vegetal azul que pertence à edição e que muitas das vezes foram removidas, encontrando-se neste exemplar duas rasgadas.

1159 — SARMENTO (João Evangelista de Morais).- POESIAS DE JOÃO EVANGELISTA DE MORAES SARMENTO, colligidas por Varios Amigos seus, revistas pelo A. poucos tempos antes da sua morte, e dadas á luz por alguns de seus admiradores. 1847. Porto. Typographia Commercial. In-8.º gr. de XVIII-247-81-I págs. E.As poesias do médico portuense João Evangelista de Morais Sarmento, oferecidas ao Barão de Forrester, aparecem antecedidas de uma biografia do autor; as páginas finais contêm um «Panegyrico a S. Jeronimo recitado... no Real Mosteiro da Costa» e a tradução da tragédia de Crebillon «Rhada-mistho e Zenobia». Inocêncio refere este autor bastante circunstanciada e apreciativamente, “a muitos respeitos digno do alto conceito em que o tiveram seus contemporâneos”.Encadernação com lombada de pele.

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1160 — SARMENTO (José Estevão de Morais).- D. PEDRO I E A SUA ÉPOCA. Porto. Imprensa Portuguesa. 1924. In-8.º gr. de XII-XLIV-562 págs. B.“A origem do presente estudo derivou do pressentimento (...) de que os factos anormais apontados como predominantes no proceder de D. Pedro I, haviam sido artificiosamente dramatizados, com prejuizo da verdade histórica, e, sobretudo, do carácter dêste monarca, ao passo que outros, que o sublimavam, foram obscurecidos ou eliminados”.Capa da brochura com alguma sujidade.

1161 — SARRAZIN (M.).- HISTOIRE DE LA GUERRE D’ESPAGNE ET DE PORTUGAL, DE 1807 A 1814. Paris, J. G. Dentu, Imprimeur-Libraire. 1814. In-8.º gr. de XVI-404-II págs. E.Documento com importância para a história das Invasões francesas, ilustrada com uma bela carta geográfica da Península “dressée par M. Lapie”, gravada em chapa de cobre, contornada a cores e estam-pada em folha de grandes dimensões, “où sont tracées les marches des armées française, anglaise et espagnole”. Primeira edição.Encadernação da época de pele inteira, um pouco cansada. Assinado e com um carimbo no anterrosto. O mapa da península apresenta um pequeno rasgão junto à lombada.

1162 — SCOTT-GILES (C. Wilfrid).- THE ROMANCE OF HERALDRY. Illustrated by the Author. London: J. M. Dent & Sons Limited. New York: E. P. Dutton & Co. Inc. [1951]. In-4.º de XII-II-234 págs. E.“Those who delight in the pageant of history will welcome this book as an attractive introduction to an art of much beauty and interest. The author has selected coats of arms, badges, and other emblems with a bearing on British history, and explained them for readers who possess little or no knowledge of heraldry. The book does not enter into purely antiquarian or genealogical aspects; at the same time it provides the reader with a general outline on which to base further study.”Encadernação editorial dourada na lombada e pasta da frente, resguardada por sobrecapa de papel impressa a azul.

1163 — SCOTT (Walter).- VIE DE NAPOLÉON BUONAPARTE, Empereur des Français; précédée d’un tableau préliminaire de la Révolution Française; par Sir... Paris. Charles Gosselin, (...), Trettel et Würz (...) A Sautelet (...). 1827. 18 vols. In-8.º peq. E. em 9 vols.Primeira edição francesa, impressa no mesmo ano em que em Inglaterra a obra aparecia pela primeira vez. Obra minuciosamente realizada, de reconhecida importância na vastíssima bibliografia napoleónica.Magníficas encadernações inteiras de pele à cor natural. Quase todos os volume enfermam de algumas manchas de água antigas.

1164 — [SEABRA (Antonio Luis de) (Trad.)] — HORACIO.- SATYRAS E EPISTOLAS DE QUINTO HORACIO FLACCO. Traduzidas e annotadas por Antonio Luiz de Seabra. Porto. Em Casa de Cruz Coutinho. MDCCCXLVI. 2 vols. In-8.º gr. de XVI-321-III e IV-320 págs. E. em 1.Primeira tradução portuguesa em verso de parte das obras do clássico latino, adornada de duas estampas litográficas, uma das quais com o retrato de Horácio e outra representando o “Triclinio de Nasidieno”. António Luís de Seabra, que, segundo Inocêncio, “nasceu nas alturas de Cabo-verde, a bordo de um navio que seguia viagem para o Brasil”, foi autor de numerosos trabalhos; agraciado com o título de Visconde de Seabra e distinguido com outras honrarias, desempenhou o cargo de Reitor da Universidade de Coimbra.Encadernação da época com a lombada de pele.

1165 — SENEQUE (L. A.).- OEUVRES DE SÉNEQUE LE PHILOSOPHE. Traduites en Fran-çois par La Grange; avec des Notes de Critique, d’Histoire et de Littérature. Précédées D’un Essai sur les regnes de Cláude et de Néron, et sur les Mœurs et les Écrits de Séneque, pour servir d’Introduction à la lecture de ses Ouvrages. A Paris, de L’Imprimerie de J. J. Smits et Ce

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An III de la République. [1794-1795]. 6 vols. In-8.º de 610-II; 581-I; 539-V; 564-II; IV-482-II e 531-I págs. E.Cuidada edição, ilustrada com um retrato do filósofo romano.Bonitas encadernações em pele inteira, decoradas com ferros gravados a ouro na lombada.

1166 — SEPÚLVEDA (Francisco Xavier Gomes de).- MEMORIA ABREVIADA, E VERIDICA DOS IMPORTANTES SERVIÇOS, QUE FEZ Á NAÇÃO O EXCELLENTISSIMO SENHOR MANOEL JORGE GOMES DE SEPULVEDA, Tenente General, e Governador das Armas da Provincia de Tras-os-Montes, Na feliz origem, e progresso da Revolução, que salvou a Portugal; e que deve servir para dar luz á Historia Lusitana, por... Lisboa. M. DCCCIX. Na Of. de Simão Thaddeo Ferreira. In-8.º de 22 págs. B.Sobre o autor, Abade de Rebordãos na província de Trás os Montes, diz Innocêncio que consta ter nascido em Espanha, mas que desde tenra idade viveu em Bragança, onde foi educado. Sobre Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda diz o mesmo bibliófilo ter sido “irmão do Abadde de Rebordãos, e pae de Bernardo Corrêa de Castro e Sepulveda, nome bem conhecido nos fastos da nossa historia politica dos annos de 1820 a 1823.”

1167 — SEQUEIRA (Gustavo de Matos).- O CASTELO DE VILA VIÇOSA. Fundação da Casa de Bragança. Lisboa. 1961. In-4.º gr. de 38-VIII págs. B.Monografia documentada com estampas em folhas de papel couché.

1168 — SILVA (A. J. Ferreira da).- MEMORIA E ESTUDO CHIMICO SOBRE AS AGUAS MINERO-MEDICINAES DE ENTRE-OS-RIOS. (Quinta da Torre). Com um appendice con-tendo as noticias e observações clinicas sobre estas afamadas aguas, publicadas em 1815-1817 pelo medico de Penafiel dr. Antonio de Almeida e a analyse da agua potavel da localidade por... Porto. Typographia do «Commercio do Porto». 1896. In-8º gr. de 101-I págs. B.Com fotogravuras nas páginas de texto e, em folha de grandes dimensões, um gráfico indicando a sulfuração de diversas águas de Portugal.Com dedicatória do autor.

1169 — [SILVA (António de Morais); MACEDO (José Agostinho de)].- HISTORIA DE POR-TUGAL composta em inglez por huma Sociedade de Litteratos, trasladada em vulgar com as addições da Versão Franceza, e Notas do Traductor Portuguez Antonio de Moraes Silva, Natural do Rio de Janeiro. Terceira edição, emendada, e accrescentada de muitos factos interessantes, extrahidos dos Historiadores da Nação até o anno de 1800, com algumas novas notas pelo mesmo traductor. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1828. 4 tomos. In-8.º de XIII-I-372-IV; [XI-I-206; 444-IV]; VIII-343-I-II; V-I-146 (aliás 136)-II págs. E. em 5 vols.Com um mapa de Portugal em folha desdobrável, assinado F.D.Milcent Sculp., não referido por Ino-cêncio como pertencente a esta edição. O mesmo bibliógrafo diz que “a parte que n’esta diz respeito ao reinado da senhora D. Maria I foi composta expressamente pelo P. José Agostinho de Macedo.”Terceira edição, muito pouco frequente e preferível à primeira pelos acrescentos apresentados. Ao 2.º tomo correspondem 2 partes ou volumes com frontispícios independentes.Encadernações inteiras de carneira, da época. Com anotações manuscritas de caráter bibliográfico. Alguns dos cadernos encontram-se parcialmente descosidos dos volumes.

1170 — SILVA (António Diniz da Cruz e).- O HYSSOPE, Poéma Heroi-Comico por... Nova edição correcta, com variantes, Prefácio, e Notas. Paris, Na officina de A. Bobée. 1817. In-8.º de IV-XXXIII-III-137-III págs. E.Com uma gravura aberta em chapa de cobre representando o Deão entregando o Hissope ao Bispo,

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tendo na parte inferior, num espaço contornado por um filete, quatro versos do Poema. Terceira edi-ção, impressa em Paris, revista, prefaciada e anotada por Timóteo Lecussan Verdier, contemporâneo do autor. Alberto Pimentel trata exaustivamente desta obra no seu livro «Poemas Herói-Cómicos Portugueses». Segundo Alberto Pimentel, tanto esta edição como a de 1821 “mereceram a estimação dos bibliófilos, e não é fácil encontrá-las”.Encadernação da época, inteira de carneira, com um pequeno defeito na lombada. Com vestígios de acidez e uma mancha de humidade na gravura que antecede o frontispício.

1171 — SILVA (António Diniz da Cruz e).- ODES PINDARICAS, de Antonio Dinys da Cruz e Silva, chamado entre os poetas da Arcadia Portugueza, Elpino Nonacriense. Londres: Na Offi-cina de T. C. Hansard... 1830. In-8.º esguio de VI-224 págs. E.Da «Advertencia dos Editores»: “(...) Todas as Poesias de Antonio Dinys saõ tidas geralmente em grande estimação; porèm entre ellas naõ só tem as Odes Pindaricas o primeiro logar, mas ainda na opiniaõ geral saõ reputadas como a melhor producçaõ dos nossos Poetas modernos.“Dois Portuguezes, que residem actualmente em Londres, mandaram fazer a presente Ediçaõ, unica-mente para terem o gosto de as ver impressas em melhor formato que o das Edições até agora publi-cadas, e ao mesmo tempo com mais asseio de typo e correcçaõ de imprensa.”Rara e muito estimada. Encadernação com a lombada em pele, da época.

1172 — [SILVA (António Manuel Policarpo da)].- PIOLHO VIAJANTE. Divididas as viajens em mil e huma carapuças, Obra muito util para o Inverno, e para o Verão. Vertida da Lingua Piolha, com algumas notas do Traductor. Dividida nos tomos que forem. e offerecida a quem a quizer. Lisboa. Anno de 1826. Na Typ. de J. F. M. de Campos. com licença. 4 vols. In-8.º de VI-240; XVII-I-227-I; XXIII-I-224 e XXII-238 págs. E.Interessantíssima obra satírica, de grande importância para o conhecimento da sociedade portuguesa dos primeiros anos do século XIX, excelentemente estudada por João Palma-Ferreira no extenso pre-fácio que escreveu para a reedição publicada em 1973 pelos Estúdios Cor.Encadernações contemporâneas em pele inteira. Com uma mancha de água que ofende o quarto e último tomo.

1173 — SILVA (Augusto Luso da).- COLECÇÃO DE POESIAS Compostas por... Porto: Na Typo-graphia de Sebastião José Pereira, Praça de Sancta Theresa, n.º 28. 1853. In-8.º de 29-III págs. E.Edição cuidadosamente impressa sobre papel de escolhida qualidade.Primeira parte e cremos que única publicada, constituída na sua maior parte pela Poesia recitada pelo autor no Teatro de S. João da cidade do Porto, por ocasião do movimento da Regeneração, na presença do Duque de Saldanha em 1851 e de Suas Magestades em 1852.Innocêncio faz referência ao autor e à sua obra, não dando notícia desta raríssima publicação. Cartonagem da época revestida de papel azul, gravado em relêvo com motivos decorativos.

1174 — SILVA (Casimiro Gomes da).- D. CARLOS I. Exame crítico de um período histórico, com elementos inéditos. Colecção «Humanitas». MCMLII. [Lisboa]. In-4.º de 432-VI págs. E.Trabalho dos mais considerados para o conhecimento da vida e reinado de D. Carlos, documentado com retratos em separado, facsímiles de numerosas cartas, etc.Encadernação com cantos e lombada em pele. No final conserva todas as capas dos respectivos fascículos.

1175 — SILVA (José António de Araújo).- JUSTIFICAÇÃO QUE PERANTE O PUBLICO IMPARCIAL, FAZ JOSÉ ANTONIO D’ARAUJO SILVA, NEGOCIANTE QUE FOI NA CIDADE DO PORTO. 1836. Typographia de F. Nery. Rua da Prata n.º 17. Lisboa. In-8.º de 59-I págs. Desenc.Opúsculo muito curioso para a história do crime e da vida comercial na cidade do Porto. Inocêncio

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refere a edição dizendo: “Trata este folheto do descobrimento de um cadaver dentro de um barril de sal, em 12 de março de 1825, no Porto, n’um armazem sito na rua do Laranjal, com evidentes signaes de assassinio violento. (...)”Com uma mancha que ofende as últimas folhas.

1176 — [SILVA (L. A. Rebelo da)].- O DUQUE DE SALDANHA E O CONDE DE THOMAR. Porto: Na Typographia de Faria Guimarães, Rua do Bomjardim n.º 566. 1850. In-8.º gr. de 54 págs. B.São raros os exemplares deste polémico escrito de L. A. Rebelo da Silva, publicado sob anonimato. Com citações camilianas a propósito da questão do «Caleche».

1177 — SILVA (Tomás António dos Santos).- SILVEIRA: Poema Heroico, em quatro cantos, offerecido ao Ill.mo e Exc.mo Senhor D. João; Setimo Marquez das Minas, decimo Conde do Prado; e hum dos preclarissimos Governadores de Portugal. Lisboa, Na Impressão Regia. Anno 1809. In-8.º peq. de 96 págs. B.Composição poética “destinada a celebrar a restauração de Portugal do jugo francez em 1808, é, no juizo de alguns criticos contemporaneos e amigos do auctor, o fructo mais somenos de suas inspira-ções”, são palavras extraídas da extensa rubrica que Innocêncio dedicou ao autor.

1178 — SILVA (Tomás António dos Santos e).- BRAZILÍADA, ou Portugal immune e salvo: Poema epico em doze cantos; composto debaixo dos auspicios do Excellentissimo Senhor D. Francisco de Almeida Mello e Castro... Lisboa, na Impressão Regia. 1815. In-8.º de 388-XVIII págs. E.Com um retrato do autor gravado por F. T. de Almeida em chapa de cobre, representando Tomás António dos Santos e Silva em estado de cegueira. Inocêncio dedicou grande espaço a este “tão fecundo quanto infeliz poeta”, natural de Setúbal e muito diversamente apreciado pelos seus contemporâneos.No final vem uma Lista dos subscritores do Poema, seguida de uma «Epistola ao Senhor Thomaz Antonio dos Santos e Silva» de José Maria da Costa e Silva. Raro.Encadernação contemporânea com lombada e cantos de pele. Com pequena imperfeição na margem inferior do retrato.

1179 — SILVEIRA (João Lobo da).- PIRULAS LUSITANAS, DE EXOTICOS SIMPLICES. Defensivos das Epidemias das das [sic] vontades absolutas, e forças brutas, que a nova Cons-tituição vai dissolver, e estabelecer nova felicidade. Lisboa: Na Impressão de Alcobia. [S.d.] In-8.º peq. de 32 págs. Desenc.Invulgar publicação em verso, não registada no Diccionário de Innocêncio ou no Ensaio Bibliográfico de Ernesto do Canto. Conforme indica no frontispício, o autor foi Fidalgo Cavaleiro, Sargento-Mór de Infanteria do Regimento N. 16, Padroeiro hereditário da Capella-Mór de S. Sebastião da Pedreira.

1180 — [SILVEIRA (Mouzinho da)].- BREVE EXPOSIÇÃO DO ESFORÇO TENTADO EM FAVOR DA CARTA CONSTITUCIONAL EM PORTUGAL NOS MEZES DE JULHO A OU-TUBRO DE 1837. Porto. Na Typografia Commercial Portuense. Largo de S. João Novo N.º 12. 1837. In-8.º peq. de 34 págs. Desenc.Opúsculo impresso sem o nome do autor, conforme explicitado no verbete anterior da autoria de Mouzinho da Silveira e impresso na cidade do Porto.

1181 — [SILVEIRA (Mouzinho da)].- BREVE EXPOZIÇÃO DO ESFORÇO TENTADO EM FAVOR DA CARTA CONSTITUCIONAL EM PORTUGAL. EM 1837. — Por hum Testemu-nha Occular. In-8.º gr. de 30-I págs. B.Raríssima edição publicada sem o nome do autor, local de impressão ou data. Conforme informação

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disponibilizada pela Biblioteca Nacional, a autoria do opúsculo é de Mouzinho da Silveira, perso-nalidade do maior relêvo durante a revolução liberal. Exilado em França em 1836 depois de se ter recusado a jurar a Constituição de 1822, só em 1939 regressou a Portugal.Impressas em 1837, ano a que se reportam os acontecimentos narrados, identificamos uma edição impressa no Porto [Typ. Commercial Portuense] e outra em Pontevedra.

1182 — SIMÕES (J. M. dos Santos).- A CASA DO PAÇO DA FIGUEIRA DA FOZ E OS SEUS AZULEJOS. Edição do Museu Municipal “Dr. Santos Rocha”. Figueira da Foz. 1947. In-8.º de XIV-41-V págs. B.Monografia de grande importância para o estudo desta colecção de azulejos que Ramalho Ortigão considerava “a mais interessante que tenho visto em Portugal”. Ilustrado com estampas impressas em separado e um mapa intitulado «Esquema Genealógico da Sucessão do Morgadio da Figueira» impresso em folha desdobrável. Prefácio de Salinas Calado.

1183 — SIMÕES (Nuno).- OS VINHOS DO PORTO E A DEFESA INTERNACIONAL DA SUA MARCA. (Subsídio para o estudo da questão). Coimbra. Imprensa da Universidade. 1932. In-8.º de VIII-236-I págs. B.Apreciável subsídio para o “estudo e esclarecimento de um aspecto do velho e grande problema eco-nómico nacional dos Vinhos do Porto”.

1184 — SIMON (Andre L.).- THE HISTORY OF THE WINE TRADE IN ENGLAND. Volume I. The Rise and progress of the wine trade in England from the earliest times until the close of the fourteenth century. [Volume II. The progress of the wine trade in England during the fifteenth and the sixteenth centuries.] London: Wyman & Sonsa, Ltd. 1906. [1907]. In-8.º gr. de XII-387-I-XV-I; IX-I-339-III págs. E.“This work has been undertaken in order that wine merchants should have at command a concise history of their Trade, showing its antiquity, the important part it has played in the history of their country and the influence it has had in the development of national characteristics.Obra de grande importância para o estudo do comércio de vinhos na Europa, onde Portugal, a Espa-nha, a França ou a Itália são naturalmente referênciados. Ilustrado em folhas à parte.Encadernações de origem, gravadas a ouro na lombada e nas pastas da frente. Com manchas de acidez

1185 — SYSTEMA, // OU // COLECÇAÕ // DOS // REGIMENTOS // REAES, // CONTE’M OS REGIMENTOS // pertencentes á Administraçaõ da Fazenda Real. // AGORA NOVAMENTE REIMPRESSOS, E ACCRESCENTADOS // com todas as Leys, Alvarás, Decretos, Avisos, que ampliáraõ, limi- // táraõ, declaráraõ, recommendáraõ, e derogáraõ os mesmos Regi- // mentos nas partes, ou §§., que se aboliraõ, e tambem se lhe // ajuntaõ outros mais, que faltavaõ até o presente Reinado. // DADO A LUZ POR // JOZE ROBERTO MONTEIRO DE CAMPOS // COELHO E SOISA. // ... // LISBOA, // Na officina de Francisco Borges de Soisa. [Francisco Luiz Ameno e Simão Tadeo Ferreira] // Anno de M.DCC.LXXXIII [a M.DCC.XCI]. 6 vols. In-4.º gr. E.Importante e rara colecção completa dos Regimentos Reais, incluindo os dos Védores das Fazendas, Contadores das Comarcas dos Almoxarifes, Fazenda, Foral da Alfândega de Lisboa, Regimentos da Alfândega da cidade do Porto, do Paço da Madeira, do Direito do sal, dos Portos secos, das Lezírias, da Casa da Suplicação, da Chancelaria, Advogados e Procuradores, dos Governadores das Armas, dos Capitães-Mores, dos Quadrilheiros, Privilégios dos Pastores, Regimento do Hospital das Caldas, Privilégios à Ordem de Malta, Regimentos do direito do sal em Aveiro e Setúbal, para o transporte dos casais da Madeira e dos Açores para o Brasil, da Junta da Administração do Tabaco e outras leis sobre tabaco, da Câmara de Lisboa, leis sobre vinhos e vinhas, da criação dos cavalos, do Terreiro de Lisboa, para a Casa de Bragança, da Relação do Rio de Janeiro, da Intendências e Casas de Fun-dição, para o Pinhal de Leiria, do Real d’Água, da Casa da Moeda, da Fabrica dos Panos de Portugal, Provisão sobre as arqueações das naus e navios, Regimento dos Contos, Erário Régio, Regimentos das

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Décimas, dos escrivães das naus da Carreira da Índia, do Régio Arsenal e Ribeira das Naus da Cidade de Goa, sobre a administração da justiça no Estado da Índia, da Bula da Cruzada, da Relação da Bahia, das Armadas, das Coutadas, Matas, Montarias e Defesas, Foral da cidade de Lisboa, etc., etc.Publicação bastante invulgar, de grande interesse para a História da Administração Fiscal em Portugal.Encadernações inteiras de pele, da época, decoradas a ouro nas lombadas. (ver gravura na pág. 350)

1186 — SOARES (Eduardo de Campos de Castro e Azevedo).- NOBILIÁRIO DA ILHA TER-CEIRA. (2ª edição). Pôrto. Livraria Fernando Machado & C.ª MCMXLIV-MCMXLV. 3 vols. In-4.º gr. de 362, 454 e 206-II págs. E.A primeira parte deste valioso trabalho é constituída por uma «Breve Notícia da Ilha Terceira»; A segunda parte é constituída pelos «Títulos Genealógicos». O 3º volume, nesta edição publicado pela 1ª vez, compreende um “Suplemento”, aditamentos e correcções.Edição cuidada, ilustrada com várias estampas impressas em separado. Da 1ª edição, cujos exemplares são muito raros e que não compreende o 3º volume ora publicado, apenas se imprimiram 112, todos destinados a ofertas.Boas encadernações com as lombadas e cantos de pele, decoradas com ferros a seco, rótulos e nervuras. Com as capas da brochura preservadas e só ligeiramente aparados à cabeça.

1187 — SOARES (Ernesto).- EL-REI D. FERNANDO II ARTISTA. Fundação da Casa de Bragança. Lisboa. 1952. In-4º de XII-152-II págs. E.A obra, esmerada e nitidamente impressa em excelente papel creme, vem ilustrada com 25 belas águas-fortes originais, em separado, além de outras estampas igualmente impressas em folhas desta-cadas do texto. Letras, ornatos e vinhetas de remate, de sabor romântico, são da autoria do Arquitecto Júlio Gil e de Duarte Nuno Simões. Direcção gráfica de Luiz Moita. Tiragem limitada a 600 exemplares numerados e assinados pelo autor.Encadernação com lombada de pele gravada a ouro e com nervuras. Só ligeiramente aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

1188 — SOARES (José Afonso de Oliveira).- HISTÓRIA DA VILA E CONCELHO DO PESO DA RÉGUA. 1936. Imprensa do Douro. Régua. In-4.º de 342-XXXIX-III págs. E.Vasta e rara monografia ilustrada daquela importante cidade implantada junto ao rio Douro, cidade que ganhou notoriedade na época do Marquês de Pombal aquando da criação da Companhia Geral das Vinhas do Alto Douro.Encadernação com lombada de pele gravada a seco e ouro, tendo as pastas revestidas de um mapa da região de Lorado nos Estados Unidos da América. Só aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.

1189 — SOARES (Pedro Ignacio Ribeiro).- DEFEZA DOS SEBASTIANISTAS, Primeira audiencia e despacho que nella obtem composta por... Lisboa. M.DCCC.X. Na Nova Offic. de João Rodrigues Neves. In-8.º peq. de 24 págs. B. Conforme informa Innocêncio, “Esta Defeza por ironia, é antes uma satyra á seita e aos seus sequazes.”Para além destas poesias, diz o mesmo bibliógrafo que o autor publicou varias outras ao gosto e estilo de Bocage, tendo ficado por publicar numerosas composições.

1190 — SOLEDADE (Francisco da) [FIGUEIREDO (Manuel Joaquim Pereira de)].- CARTAS SOBRE O VERDADEIRO ESPIRITO DO SEBASTIANISMO, escrita a hum fidalgo desta corte por Manuel Joaquim Pereira de Figueiredo. Lisboa, Na Impressão Regia. 1810. In-8.º peq. de 21-III págs. B.Sobre o autor, diz Innocêncio que foi Cónego regrante de Santo Agostinho e Professor no Mosteiro de

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S. Vicente de Fóra, em Lisboa. Incluido durante a Setembrizada a um grupo de personalidades em boa parte ligadas à Maçonaria, foi deportado para a Ilha Terceira como suspeito de jacobino e adepto dos ideais da Revolução Francesa. Assim integrou o grupo que em grande parte contribuiu para a implantação do liberalismo em Portugal. Mais tarde “Pellos annos de 1828 e seguintes a sua reconhecida affeição ás idéas liberaes acarretou sobre elle novas perseguições, sendo confinado em Vianna do Minho, no hospicio que alli tinha a sua Ordem.”

1191 — SOLEDADE (D. Francisco da).- DISCURSO QUE POR OCCASIÃO DA ENTRADA DO NOSSO INVENCIVEL EXERCITO EM BORDEOS SE RECITOU EM ANGRA EM HUMA FUNÇÃO QUE FEZ LUIZ DE MEIRELLES DO CANTO E CASTRO. E DEDICA AO Ill.mo E Ex.mo SENHOR AYRES PINTO DE SOUSA COUTINHO, ‘Alcaide Mór da Villa do Cano, Governador, e Capitão General das Ilhas dos Açores, e Conselheiro do Real Conselho Ultramarino. (...) LISBOA: NA IMPRESSÃO REGIA. ANNO 1817. In-8.º peq. de 44 págs. Desenc.Luiz de Meirelles do Canto e Castro, destacado membro da aristocracia angrense, político e escritor açoriano, fez parte da Junta Governativa absolutista constituída em 1823 na sequência da queda do primeiro constitucionalismo; durante o seu exílio em Paris publicou as «Memórias Sobre as Ilhas dos Açores (...)» , hoje considerado elemento indispensável para o conhecimento do pensamento político da sua época e da história açoreana.

1192 — SOLEDADE (D. Fr. Vicente da).- SERMÃO DE ACÇÃO DE GRAÇAS PELA FELIZ RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL, recitado na Cathedral de Coimbra. Coimbra: Na Real Im-prensa da Universidade. 1808. In-8.º de 27-I págs. B.O autor, monge beneditino natural do Porto, doutor em Teologia pela Universidade de Coimbra, foi eleito Arcebispo da Bahia em 1819, por procuração, por nunca ter querido abandonar o lugar nas côrtes constituintes em 1821, das quais foi eleito Presidente. A seu respeito Innocêncio refere a «Galeria dos Deputados das Córtes geraes, extraordinarias e constituintes da Nação Portugueza»

1193 — SORIANO (Simão José da Luz).- UTOPIAS DESMASCARADAS DO SYSTEMA LIBERAL EM PORTUGAL, ou Epitome do que entre nós tem sido este systema. Lisboa. Imprensa União-Tipographica. 1858. In-4.º de VII-I-106 págs. E.Subsídio com importância para a história política da época, muito invulgar entre as obras do autor.Encadernação da época com a lombada de pele.

1194 — [SOTOMAIOR (João de Melo e Sousa da Cunha)].- MEMORIA GENEALÓGICA, E BIOGRÁFICA DOS TRES TENENTES GENERAES LEITES DA CAZA DE S. THOMÉ D’ALFAMA. Dividida em dous documentos comprehendendo: O 1.º A Descripção topografica, e historica da Villa de Veiros, com a genealogia dos Leites, acompanhada de uma Arvore de Costado da mesma Familia, e seguida de pessas justificativas, que a comprovão, extraídas de Documentos authenticos, e de Authores do maior credito, e ornada com differentes Estampas. E o 2.º A Biografia, ou Necrologia do Visconde de Veiros, com a narração dos factos mais salientes da sua longa carreira militar. Lisboa. Na Typ. da Academia das Bellas Artes. 1838 [e Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1841]. 2 vols. In-8.º gr. de V-I-IV-103-I-XI e VIII-76-XXXII-49-I-XXXIIII [aliás XXXIV]-24- págs. E.A obra, muito rara e publicada anónimamente, apresenta frontispícios para ambos os volumes, conforme ficou acima descrito.A primeira e segunda partes apresentam também frontispícios independentes, sendo o da primeira a — «DESCRIPÇÃO DE VEIROS COM UMA RESUMIDA NOTICIA DA FAMILIA DE QUEM DESCEN-DIA O PRIMEIRO VISCONDE DESTA VILLA. Lisboa. Na Typografia de M. F. de Figueiredo. 1838».A primeira parte ou volume apresenta as seguintes litografias: uma vista da «Villa de Veiros» em

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folha dupla; as Armas dos Leites; um retrato do Cardeal D. José Per.ª de Lacerda; um retrato do Tenente General José Leite de Sousa; uma planta desdobrável da Praça de Mazagão; um retrato de D. Maria A. Pereira de Foyos Castello-branco, Mulher do Tenente José Leite de Sousa; outro de Mendo de Foyos Pereira; o Mausoléu do mesmo Mendo de Foyos; os retratos de D. Antonio Botado; d’O Tenente General Fernão Pereira Leite de Sousa e Foyos; de Alexandre de Souza Freire; de D. Leonor de Castro, mulher d’Alexandre de Souza Freire; D. João de Castro Vice Rei da India; Diogo Lopes de Sousa e Rui Lourenço de Távora. Em folhas desdobráveis, as Árvores genealógicas dos «Senhores de Mira» e dos «Leites»; O 2º volume, que corresponde à segunda parte, apresenta o seguinte frontispício — «DESCRIPÇÃO DO MOSTEIRO DAS Ex.mas Commendadeiras DE SANTOS. Lisboa. Na Typografia de A. I. S. de Bulhões. 1838», a este correspondem as seguintes litografias: Dois retratos iguais do Visconde de Veiros gravados em distintas oficinas [“Off. de M.el Luiz” e “Lx.ª 1839. Lith. Largo da Quintella N.º 1”]; em folha dupla, o «Plano do Ataque feito á Cidade de Evora em o dia 29 de Julho de 1808 pelo Exercito Frances commandado por Loison» e «O Plano da Defeza que a Cid.e de Evora fez em o dia 29 de Julho de 1808», cujas tropas portuguesas e espanholas foram comandadas pelo General Leite; O retrato de Jose de Souza e Mello; em folha desdobrável e de grandes dimensões a «Planta das Quintas dos Mellos de Santo Antonio das Agoas Ferreas, na Cidade do Porto»; «Prospecto para Jozé de Souza e Mello. R. da Rainha - Marquez de Pombal»; «Parte da Villa Real de S.to An.to para se mostrarem os prospectos das Cazas (...)»; «Propriedades q’ possue a Familia dops Souzas e Mellos e q’ formão huma parte da Villa Real de S.to Antonio do Algarve»; «Propriedades q’ edeficopu Ioão de Souza e Mello e seu Filho (...)»; «Vista de Villa Real de S.to Antonio do Algarve, do lado do Guadiana. Na qual se devizão parte das Propriedades que na sua Fundação ali edeficarão os Souzas e Mellos do Porto».Diz Inocêncio que desta obra “apparecem poucos exemplares no mercado e por isso têem subido de valor. As vezes, os que se encontram, têem falta de estampas”.A ultima gravura descrita apresenta manchas de acidez na margem inferior. Encadernação da época em cartão verde.

1195 — SOUSA (D. António Caetano de).- HISTORIA // GENEALOGICA // DA // CASA REAL // PORTUGUEZA, // DESDE A SUA ORIGEM ATÉ O PRESENTE, // com as Familias illustres, que procedem dos Reys, e // dos Sereníssimos Duques de Bragança, // JUSTIFICADA COM INSTRUMENTOS, // e Escritores de inviolavel fé, // E OFFERECIDA A ELREY // D. JOAÕ V. // NOSSO SENHOR, // POR // D. ANTONIO CAETANO DE SOUSA, // Clerigo Regular, e Academico do Numero da Academia Real. // TOMO I. [a TOMO XII. PARTE II.] // [emblema da Academia] // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina de JOSEPH ANTONIO DA SYLVA, // Impressor da Academia Real. // —— // M. DCC. XXXV [a MDCCXLVIII] // 12 tomos enc. em 13 vols. In-4.º gr. E.

——— PROVAS // DA // HISTORIA // GENEALOGICA // DA // CASA REAL // PORTU-GUEZA, // Tiradas dos Instrumentos dos Archivos da Torre // do Tombo, da Serenissima Casa de Bragança, // de diversas Cathedraes, Mosteiro, e ou- // tros particulares deste Reyno, // POR // D. ANTONIO CAETANO DE SOUSA, // ... // TOMO I. [a TOMO VI.] // [emblema da Aca-demia] // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina SYLVIANA da Academia Real. // —— // M. DCC. XXXIX [a MDCCXLVIII] // 6 vols. In-4.º gr. E.

——— INDICE GERAL // DOS // APPELIDOS, NOMES PROPRIOS, // e cousas notaveis, que se comprehendem // nos treze Tomos // DA HISTORIA // GENEALOGICA // DA CASA REAL PORTUGUEZA, // E // DOS DOCUMENTOS // COMPREHENDIDOS NOS SEIS VOLU-MES // de Provas, com que se acha authorisada a mesma // Historia. // LISBOA, // Na Regia Officina SYLVIANA, e da Academia Real. // —— // M. DCC. XLIX. 1 vol. In-4.º gr. E.Primeira, muito rara e valiosa edição desta notabilíssima obra, fundamental para o estudo da história e da genealogia portuguesas, classificada por Brunet como “Ouvrage capital dans son genre”. Inno-cêncio diz que ela “pode ser verdadeiramente considerada uma história geral do reino; pois que nas

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suas vastas dimensões abrange variadissimos assumptos, mais ou menos enlaçados com a genealogia e acções da familia real desde o principio da monarchia”.Edição verdadeiramente monumental e muito cuidada, assente sobre papel de linho muito branco e encorpado, sendo os frontispícios impressos a negro e vermelho. O primeiro volume ostenta uma bela portada alegórica, comum nas edições da Academia e ainda um belo retrato do autor, impresso em folha à parte. Ao longo dos volumes aparecem numerosas letras capitais de fantasia, cabeções de enfeite, florões de remate, brasões d’armas, reproduções de moedas, medalhas e selos, etc., tudo em magníficas gravuras abertas em cobre, nas páginas de texto e em folhas à parte.Encadernações de pele inteira, contemporâneas, com defeitos de conservação.Com manchas de água particularmente acentuadas nas folhas preliminares do Tomo VII da História Genealógica; das últimas do Tomo IX ; nas folhas preliminares e finais do Tomo I da Provas; das primeiras folhas do Tomo II e das primeiras e últimas dos Indices. Cortes de traça que ofendem as margens dos Tomos IX da História Genealógica; o rosto, anterrosto e as folhas 771 a 844 do II Tomo das Provas e entre as folhas 805 a 808 do vol III das Provas Restauros antigos nas folhas 783/784 do Tomo VII das História Genealógica e entre as páginas 721 a 748 do III Tomo das Provas. (ver gravura na pág. 354)

1196 — SOUSA (D. António Caetano de).- MEMORIAS // HISTORICAS, E GENEALOGICAS // DOS // GRANDES // DE PORTUGAL, // QUE CONTÉM A ORIGEM, E ANTIGUIDADE // de suas Familias: os Estados, e os Nomes dos que actual- // mente vivem, suas Arvores de Costado, as allian- // ças das Casas, e os Escudos de Armas, que lhes // competem, até o anno de 1754. // OFFERECIDAS // A ELREY FIDELISSIMO // D. JOAÕ V. // NOSSO SENHOR // (...) // Segun-da impressaõ, continuada até o presente. // LISBOA, // Na Regia Officina SYLVIANA, e da Academia Real. // M.DCC.LV. In-4.º peq. de XLIV-714 [com erros de paginação]-IV págs. E.Obra clássica da genealogia portuguesa, com os brasões de armas e as árvores genealógicas gravadas em madeira e impressos nas páginas do texto. Frontispício impresso a negro e vermelho.Conforme se lê no Diccionário de Innocêncio “Esta edição, que é na realidade a terceira, posto que no frontispício se declare ser segunda, merece incontestavel preferencia sobre as outras duas pelos augmentos e consideraveis correcções que o auctor lhe fez.”Encadernação modesta com lombada e cantos de pele. Ligeiramente aparado, com um pico de traça transversal ao volume que não afecta a mancha tipográfica e vestígios de acidez em algumas folhas.(ver gravura na pág. 356

1197 — [SOUSA (Camilo Aureliano da Silva e)].- OS RATOS DA ALFANDEGA DE PAN-TANA. Poema burlesco em 8 cantos. Dedicado a todas as Alfandegas do universo. Por J. M. P. Porto: Typographia da Revista. 1849. In-8.º peq. de 126-II págs. E.Segundo Alberto Pimentel o autor deste curioso e raro poema herói-cómico foi Camilo Aureliano da Silva e Sousa, “homem de inclinações literárias, traduziu alguns romances estrangeiros e foi o editor da Anti-Catastrophe.“O assunto do poema são as irregularidades que, segundo corria, inquinavam a administração da alfândega do Pôrto, cujo director era o barão de S. Lourenço (de Asmes, concelho de Valongo). (...)“Por decreto de 5 de Outubro de 1849 foi nomeada uma comissão de inquérito à alfândega do Pôrto e do seu relatório se vê que não menos de 5:000 pipas de vinho sairam pela barra do Douro sem que os respectivos direitos aduaneiros fôssem pagos. (...)“O poema tem graça, sobretudo para quem, como eu, pode penetrar o sentido de todas as alusões pessoais. Trata-se do Pôrto da minha infância, e de gente que eu ainda conheci — pelo menos de nome ou de vista.” É Extensa a rubrica que Pimentel dedica a esta interessantíssima espécie bibliográfica.Encadernação antiga com lombada de pele.

1198 — SOUSA (J. M. Cordeiro de).- INSCRIÇÕES SEPULCRAIS DA SÉ DE LISBOA. 2ª edição. Empresa Nacional de Publicidade. 1935. (Lisboa). In-8.º gr. de 66 págs. B.Com as transcrições das inscrições epigráficas devidamente comentadas.

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1199 — SOUSA (Joaquim Silvestre de).- TENTATIVAS POETICAS, Contendo Odes e outas varias peçoa originaes ou imitadas. Com As traducções em verso portuguez: do Tobias de Flo-rian e do Lutrin de Boileau. Por J. S. S. Braga. Typographia, na Rua do Anjo. 1839. In-8.º de VIII-260 págs. E.O autor nasceu em Ponte de Lima. Inocêncio: “Destinando-se para a vida ecclesiastica havia con-cluido os estudos de latinidade, philosophia e rethorica na cidade de Braga, quando os successos politicos de 1828 transtornaram a sua vocação. Accusado de liberal, preso e culpado nas devassas, jazeu nos carceres durante cinco annos e tres mezes, obrigado a percorrer n’este intervalo entre penosos soffrimentos não menos de vinte e oito cadêas, nas tres provincias do norte! (...) o de perto, e de saber d’elle mesmo estas particularidades e outras, que não relato, receioso de offender melindres pessoaes.”Livro raro, “muito bem acolhido do publico, e mereceu os gabos da imprensa periodica d’aquelle tempo. Entre os litteratos que a elogiaram, cumpre mencionar especialmente o sr. A. F. de Castilho (...). “Os seus versos pertencem em geral á eschola de Filinto, modificada porém até certo ponto pelas tendencias e gosto de que Almeida-Garrett déra os primeiros ensaios na sua Lyrica de João Minimo”.Encadernação modesta com a lombada em pele, da época.

1200 — SOUSA (José Carlos Pinto de).- BIBLIOTHECA HISTORICA DE PORTUGAL, E SEUS DOMINIOS ULTRAMARINOS: Na qual se contém varias Historias daquelle, e destes Ms. e impressas em prosa, e em verso, só, e juntas com as de outros Estados, Escritas por Au-thores Portuguezes, e Estrangeiros; Com hum Resumo das suas Vidas, e das opiniões que ha sobre o que alguns escrevêraõ: Dividida em quatro partes. Nova Ediçaõ, correcta, e amplamente augmentada como no §. 8º do Prologo se especifica. Lisboa, Na Typographia Chalcographi-ca, e Typoplastica, e Litteraria do Arco do Cego. Anno M.DCCCI. In-4.º peq. de XXVI-XIII--I-408-100 págs. E.São as seguintes as partes em que a obra se divide: I. Consta de Historias deste Reino, e do Ultramar em prosa, e em verso por Authores Portuguezes Ms.; II. De Historias deste Reino, e do Ultramar em prosa, e em verso por AA. Portuguezes impressas; III. De Historias deste Reino, unicamente relativas ás Vidas, positivamente escritas por AA. Portuguezes, de certos Soberanos de Portugal, de algumas de suas Augustas Esposas, e de varios dos seus Serenissimos Descendentes só em prosa MS., e impressas; IV. De Historias deste Reino, e do Ultramar por AA. Estrangeiros, tambem só em prosa, impressas.Inocêncio diz que, em face do aparecimento desta, a primeira edição “perdeu todo o seu valor [...] por ser esta na realidade muito mais abundante em noticias, e consideravelmente augmentada”.Muito cuidada edição em encorpado papel de linho. Invulgar.Encadernação antiga, com lombada de pele.

1201 — SOUSA (José de Campos e).- A HERANÇA DE CALCUTÁ. Notícia histórica e genea-lógica. Edições Gama. 1942. (Imprensa Portuguesa. Porto). In-4.º de 183-XVII págs. E.“A herança existe (...) mas, já por culpa dos interessados, já por factores poderosos, alheios à sua von-tade, creio que nunca mais chegará o dia da liquidação. De tanta riqueza acumulada, herdei apenas o desejo de esclarecer o caso, o propósito de passar para o papel, com a história que a tua bisavó me nar-rou, o resultado das investigações e diligências a que posteriormente procedi”; Nesta páginas “esbocei a história da Casa do Seguro e a resenha da descendência dos seus principais fundadores e accionistas, os fidalgos negociantes Barão de S. José de Porto Alegre e Conselheiro Manuel Pereira”, quintos avós da filha de Campos e Sousa, a quem o livro foi dedicado. Com estampas em folhas à parte.Encadernação com a lombada e cantos de pele. Só aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

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1202 — SOUSA (José de Campos e).- MOVSINHOS D’ALBVQVERQVE. Subsídios para a sua História. Com um prefácio do Conde de São Payo (Dom António). Lisboa. MCMXXXV. In-8.º gr. de VIII-74-II págs. B.Apreciado estudo heráldico-genealógico, transcrevendo vários documentos originais. Edição de 200 exemplares, em separata do Arquivo de Documentos Históricos.

1203 — SOUSA (José de Campos e).- PROCESSO GENEALÓGICO DE CAMILLO CAS-TELLO BRANCO. Com um prefácio de D. Pedro da Câmara Leme. Lisboa. MCMXLVI. In-4.º de XV-I-232 págs. E.Para a elaboração deste trabalho o autor “remexeu Arquivos Paroquiais e Processos do Sto. Ofício. Estas últimas consultas, principalmente, foram de fundamental importância, porque nunca tinham sido convenientemente feitas”; “Mas o presente estudo não é só uma obra de investigação genea-lógica; é também (...) um dos primeiros trabalhos de genealogia portuguesa orientados segundo um critério amplo, que deveria ser seguido em todos os modernos estudos genealógicos.” Com árvores de costado em folhas desdobráveis.Encadernação à amador com lombada e cantos de pele. Só aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

1204 — SOUSA (Frei Luís de).- VIDA DE D. FR. BERTOLAMEU DOS MARTYRES Da Ordem dos Pregadores, Arcebispo, & Senhor de Braga Primàs das Espanhas. Repartida em seis livros com a solemnidade de sua tresladação por Fr. Luis de Cacegas da mesma Ordem, & cro-nista della na Provincia de Portugal. Reformada em estylo & ordem, & ampliada em successos & particularidades de novo achadas por... Lisboa. Na Typographia Rollandiana. 1842-1843. 2 vols. In-8.º de 537-I-VI e 436-IV págs. E.Invulgar edição rolandiana desta estimada obra clássica.Bonitas encadernações inteiras de pele mosqueada, da época, com dourados na lombada. Com carimbos antigos e falta do rótulo do segundo volume.

1205 — SOUSA (Maria Teresa de Andrade e).- INVENTÁRIO DOS BENS DO CONDE DE VILA NOVA D. LUIS DE LENCASTRE. 1704. Instituto de Alta Cultura. Lisboa. 1956. In-4.º de 61-III págs. B.“Destaca-se, pela importância de que se reveste, o inventário das pratas. É sobre ele que o primeiro problema se levanta e que irá, estamos certos, despertar o interesse de quantos se tem ocupado destes estudos. (...) O inventário dos tecidos que é o que se segue em importância e interesse, diz respeito às tapeçarias, alcatifas, tapetes e colchas”, cuja descrição “é feita com um pormenor e minúcia para certas peças que permite com facilidade identificações exactas”.

1206 — SOUSA (Tude Martins de).- COMENDADEIRAS DE SANTIAGO. Lisboa. 1940. [Impr. Libanio da Silva]. In-4.º de 111-I págs. B.“Claramente que não nos passou pela ideia fazer a história da Ordem de Santiago em Portugal, pois apenas tivemos em vista [...] salvar o que consta do livro original das profissões e dar uma breve notícia das suas comendadeiras, acrescentada até ao nosso tempo, desde o que já consta da Monarquia Lusitana, de Fr. Francisco Brandão, e da História Tripartita”. Edição cuidada, ilustrada nas páginas de texto.Invulgar separata do «Arquivo Histórico de Portugal».

1207 — STANISLAWSKI (Dan).- THE INDIVIDUALITY OF PORTUGAL. Study in Histo-rical-Political Geography. University of Texas Press. Austin, Thomas Nelson and Sons Ltd. Edinburgh. In-4.º de XIV-248 págs. E.Cuidada edição, ilustrada com fotografias impressas nas páginas de texto e mapas em folhas desdobráveis.Encadernação editorial.

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1208 — STOCKLER (Francisco de Borja Garção).- OBRAS DE FRANCISCO DE BORJA GARÇÃO STOCKLER, Secretario da Academia Real das Sciencias, &c.. Lisboa. Na Typogra-fia da mesma Academia. [tomo II: Na Typographia Silviana. Anno 1805 [e 1826]. 2 vols. In-8.º VI-409-I-X e VI-384-VI págs. E.Militar a administrador colonial, o autor, primeiro e único Barão da Vila da Praia, foi distinto político e matemático. Um dos pioneiros do cálculo diferencial e um dos mais notáveis historiadores de Matemática em Portugal. Nascido em 1759, foi nomeado no Rio de Janeiro por D. João VI, para Governador e Capitão General dos Açores.Acerca desta edição Innocêncio refere que o Tomo II começou a imprimir-se na Typ. da Academia Real das Sciencias, tendo a sua impressão sido interrompida por determinação da mesma Academia, por ocasião das invasões de 1807. Apenas foram então impressas nove folhas, ou 144 páginas, sem rosto nem folhas preliminares.Posteriormente, já em 1826, se imprimiu o Tomo II na Typographia Silviana, sem que no entanto tenham sido impressas “quatorze odes, uma epistola e um hymno, reimpresso tudo pelo auctor no volume de Poesias (n.º 626) que depois estampou em Londres no anno de 1821”.Entre os muitos Elogios, Cartas, Notícias e Memórias publicados, destacamos: Memoria sobre a Originalidade dos Descobrimentos Maritimos dos Portuguezes...; Elogio de Pascoal José de Mello Freire dos Reis; Carta sobre a Liberdade da Imprensa; Discurso demonstrativo, ou exposição succinta da conducta do Marechal de Campo Francisco de Borja Garção Stockler desde 26 de Novembro de 1807 até 12 de Agosto de 1812; Esboço do Plano de um Codigo Criminal militar...; Projecto sobre o estabelecimento, e organisação da instrucção publica no Brazil; Publica retribuição, ao Senhor Jacome Ratton.Encadernações contemporâneas.

1209 — TABELLA INDICATIVA DA DISCUSSÂO DA CONSTITUIÇÃO POLITICA DA MONARCHIA PORTUGUEZA. Coimbra, Na Imprensa da Universidade. 1823. In-8.º de 35-I págs. B.Instrumento de grande utilidade para quantos necessitam consultar os «Diários» e «Actas das Côrtes».

1210 — TAMS (George).- VISITA ÁS POSSESSÕES PORTUGUEZAS NA COSTA OCCI-DENTAL D’AFRICA, por George Tams, Doutor em Medicina. Com uma Introducção e anno-tações. Vertida do inglez Por M. G. C. L. Porto, Typographia da Revista. 1850. 2 vols. In-8.º de 251-III e 210 págs. EInteressantíssima e rara obra sobre a antiga África Ocidental Portuguesa, cujo tradutor, assinando o seu trabalho com a iniciais M. G. C. L. não nos permitiu desvendar o seu próprio nome. A. A. Gon-çalves Rodrigues, no seu trabalho sobre «A Tradução em Portugal», regista a obra mas também nada diz sobre o nome do seu tradutor.Encadernação com lombada de pele, com defeitos junto à charneira da pasta frontal. Com dedicatória da época manuscrita no frontispício.

1211 — TAVARES (António Lucio Maggessi).- A VOZ DO PROPHETA respondida pela VOZ DA VERDADE. Lisboa: Typ. de I. H. C. Semmedo. 1848. In-8.º gr. de 42-IV págs. E.Raro opúsculo suscitado pelo escrito de Herculano com igual título.Modestamente encadernado.

1212 — [TÁVORA (Álvaro Pires de)].- HISTORIA // DE VAROENS // ILLVSTRES DO APPELLIDO // TAVORA. // CONTINVADA EM OS SENHORES // DA CAZA E MORGA-DO // DE CAPARICA. // COM A RELLACAM DE TODOS OS SVCCESSOS // publicos deste Reyno e suas Conquistas desde o tempo // do Senhor Rey D. IOAM TERCEIRO aesta parte. // Noticia de Cazamentos, Guerras, Pazes, Ligas, Negociaçoens // e Embaixadas dos Senhores Reys de Portugal, e outros de Europa, // Africa, e Asia, em que tiueram interuençam // aquelles

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de quem se escreue. // Recolhida pellas memorias originaes de seus passados, por Aluaro Pirez de // Tauara Senhor da dita Caza, Caualleiro da ordem de Sanctiago, // Comendador, e Alcaide mordas Villas das Entradas e Padroens // e das Comendas das Pias, Seixas, e Lanholas // na ordem de Christo. // E PVBLICADO, // Por Ruy Lourenço de Tauora, perpetuo Gouernador, Alcaide mor, e Capitam mor da // Fortaleza de Sam Sebastiam de Caparica, e seu districto, // Senhor da mesma Caza e Comendas. // Offerecida a Magestade delRey Dom IOAM IV. // Nosso Senhor. // [pequena vinheta] // IMPRESSO EM PARIS, // Por SEBASTIAM CRAMOISY, Impressor // delRey Christianiss. e da Raynha Regente. // E // GABRIEL CRAMOISY. // —— // M. DC. XLVIII. In-4.º gr. de IV-365 [aliás 361]-I págs. E.No Dicionário Bibliográfico Português Inocêncio faz o seguinte reparo: “O abbade Barbosa no tomo III da sua Bibl., por um dos seus inevitaveis descuidos ou equivocações, attribue a este Ruy Lourenço a Historia dos Varões illustres do appellido Tavora, de que elle foi mero publicador, tendo aliás esta Historia sido escripta pelo pae do dito, Alvaro Pires de Tavora, como n’ella se declara, e o proprio Barbosa reconhecêra, inserindo-a no tomo I em nome de Alvaro Pires (Vej. no Dicc. tomo I, n.º A, 262).”Álvaro Pires de Távora, fidalgo da Casa Real, filho Rui Lourenço de Távora, Vice-Rei da Índia, foi senhor do morgado da Caparica e Comendador da Ordem de Cristo e de Santiago. Em 1624 participou na defesa da Baía contra os Holandeses.Encadernação antiga em muito mau estado de conservação. Com cortes de traça que ofendem as primeiras 20 ff.; no canto inferior direito das págs. 159 a 210 e ainda entre as páginas 229 até ao final. Com manchas de humidade no canto inferior externo do volume.A folha preliminar está deslocada entre as 5.ª e a 6.º folhas.(ver gravura na pág. 360)

1213 — TAVORA (D. Fernando de Tavares e).- O CASTELLO DA FEIRA. Sua descripção, sua historia e noticia sobre os Condes da Feira. MCMXVII. Porto. Officinas de O Commercio do Porto. In-4º de 109-VII págs. B.Edição ilustrada com gravuras impressas à parte, sendo uma delas uma «Vista geral da Villa da Feira: do Convento ao Castello» em folha desdobrável.Capa da brochura ilustrada a cores, com pequenas imperfeições.

1214 — TEIXEIRA (Candido).- ANTIGUIDADES, FAMILIAS E VARÕES ILUSTRES DE SERNACHE DO BOM JARDIM E SEUS CONTORNOS. Tip. do Instituto. Sernache do Bomjardim. 1925-1926. 2 vols. In-4.º de VIII-V-I-1038-II e 485-I págs. E.Obra de grande vulto e merecimento para o estudo da história e genealogia da região da Sertã, bem como para o melhor esclarecimento acerca de “biografias, que andam dispersas por dezenas de volumes, principalmente naqueles que tratam da historia das descobertas e conquistas realizadas pelos Portu-gueses em Africa, no Brazil e em todo o Oriente.”Exemplar acompanhado de uma carta de agradecimento, redigida e assinada pelo autor. Encader-nações modestas.

1215 — TEIXEIRA (Júlio A.).- FIDALGOS E MORGADOS DE VILA REAL E SEU TERMO. Genealogias, Brazões, Vínculos. Imprensa Artística. Vila Real. 1946-1954. 4 vols. In-4.º de 606-I, 571-VII, 549-III e 561-VII págs. E.Obra monumental e de grande interesse para o estudo da Genealogia Portuguesa, ilustrada com muitos brazões impressos nas páginas do texto. Foi publicada por J. A. Telles da Silva uma reedição em 1990, facsimilada, limitada a apenas 500 exemplares, desde logo esgotados.Encadernações com a lombada de pele, com nervuras e ferros dourados. (ver gravura na pág. 362)

1216 — TELES (Basílio).- CONVITE E RESPOSTA. 1917. Biblioteca Portugueza - Editora. Porto. In-8.º de 108-II págs. B.Interessa à história da primeira Grande Guerra.

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1217 — TELES (Basílio).- HORA CRÍTICA. Porto. Biblioteca Portugueza - Editora. 1916. In-8.º de 86-II págs. B. págs. B.Com interesse para a história da Primeira Grande Guerra. Primeira edição.

1218 — TELES (Basílio).- A INGLATERRA PACIFISTA. 1916. Casa Editora de Figueirinhas & Cª. Porto. In-8.º de 54-II págs. B.Um dos vários trabalhos que o autor consagrou ao grande acontecimento que assolou a Europa entre 1914 e 1918.

1219 — TELES (Basílio).- O NÓ DOS BALKANS. 1916. Livraria Moreira. Porto. In-4.º de 99-I págs. B.A propósito da grande crise que na primeira década do século assolou aquela região europeia e muito condicionou a administração da República Portuguesa. Invulgar.Com manchas de acidez na capa da brochura.

1220 — O TENDEIRO DA ROLHAS DE TODAS AS QUALIDADES, GROSSURAS TAMA-NHOS E GEITOS, para todas as bocas precisadas de rolha. Porto: Na Typ. de Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos. 1825. In-8.º de 8 págs. B.Opúsculo bastante invulgar, publicado no Porto, sem o nome do autor. Ilustrado com uma curiosa gravura alegórica ao título deste irónico texto. (ver gravura na pág. 364)

1221 — TERMO DE VEREAÇÃO DO DIA 9 DE JANEIRO DE 1822. [Rio de Janeiro na Imprensa Nacional. 1822]. In-fólio de 6-II págs. B.Termo do Senado da Camara da cidade do Rio de Janeiro, sobre “as representações relativas a sus-pensão da sahida do principe regente para Portugal «por assim o exigir a salvação da patria, que está ameaçada do eminente perigo de divizão pelos partidos, que se temem, de huma independencia abso-luta» e dando resposta do principe: «Como he para bem de todos, e felicidade geral da Nação, estou prompto: diga ao povo que fico.» Muito invulgar.

1222 — TERRAS DO MONDEGO. Revista trimestral de História. Tradições, Arte e Arqueo-logia, Etnografia e Regionalismo. Publicada sob os auspícios do Ex.mo Governador Civil de Coimbra, Sociedade de Defesa e Propaganda de Coimbra, e Comissões Municipais de Turismo de Coimbra, Arganil, Góis, Louzã, Montemor-o-Velho, etc. Composta e impressa na Coimbra Editora, Limitada - Coimbra. 1948-1949. 4 números. In-4.º de 325-I págs. E.Publicação dirigida por Rocha Madahil, de grande valor monográfico e ilustrada nas páginas de texto.Do Índice realçamos os seguintes trabalhos: «O Românico Português. A Igreja de S. Tiago de Coimbra» [Manuel Monteiro]; «Capela dos Azambujas na Igreja de Nossa Senhora dos Anjos de Montemor--O-Velho» [João Gavicho]; «A Doação de Goes. Excerpto de uma monografia em preparação» [M. Ramos]; «Nascimento e Vida do Rio Mondego. Em metáfora de estudante de Coimbra do princípio do Século XVIII» [Rocha Madahil]; «As minhas recordações de Eugénio de Castro» [Jardim Vilhena]; «Breve ensaio para um estudo histórico, económico e político, sobre o caminho de ferro de Arganil e seus prolongamentos» [A. J. de Vasconcelos Carvalho]; «Um conceito medieval de Terras do Mondego» [Rocha Madahil]; «Mestre Calixto na Cadeira de “Público”. Excerto inédito das “Memórias dum Ex-Escolar de Coimbra”» [Sousa Costa]; «As freguesias do Concelho da Figueira da Foz através das Memórias Paroquiais de 1758» [Vitor Guerra]; «Matriz esfragística Medieval encontrada na Alcáçova de Montemor-O-Velho» [José de Lima]; «Cancioneiro popular de Miranda do Corvo» [Belisário Pimenta]; «Crónica de Coimbra “Pad-Zé”» [Francisco de Queiroz]; «Bernarda Ferreira de Lacerda e o Buçaco» [A. Correia de A. Oliveira]; «No 1.º Centenário do nascimento dum artista. Filiação temática e artística de algumas obras de Mestre António Augusto Gonçalves» [R.

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Madahil]; «Solares e Brasões de Vila Cova do Alva» [Carlos Gabriel Gonçalves]; «Identificação de uma escultora conventual do século XVIII. Soror Inês Benedita» [R. Madahil]; «Na Casa do Conde de Monsaraz, Rua dos Militares» [Sousa Costa]; «Novos documentos para a História da insígnia e do Selo da Universidade de Coimbra» [R. Madahil]; «Motivos de Coimbra nos vidros de Oliveira de Azemeis» [Mário Ramos].Encadernação com lombada e cantos de pele com pequenos defeitos. Ligeiramente aparado e com as capas da brochura conservadas.

1223 — TESTAMENTO DE JUNOT. Lisboa, Na Impressão Regia. Anno 1809. In-4.º de 15-I págs. B.Texto satírico publicado sob pseudónimo Loison Maneta. Muito invulgar.(ver gravura na pág. 366)

1224 — THOUMAS (Général).- AUTOUR DU DRAPEAU TRICOLORE. 1789-1889. Cam-pagnes de l’Armée Française depuis cent ans. Deux cents illustrations par L. Sergent. Paris. A. Le Vasseur et Cie, Éditeurs. In-4.º de XVI-518-II págs. E.Edição monumental de apurado cuidado gráfico.“Sous ce titre, l’auteur du présent livre a essayé de résumer l’histoire des guerres soutenues par l’armée française depuis 1789 (...)”.Entre os XXVII capítulos que constituem a Obra, um foi intitulado «L’Espagne» onde o autor faz frequentes referências a Portugal.Encadernação editorial alegoricamente ilustrada na lombada e pastas.

1225 — O TYRANETTE. Quental e Ortigão. Quental e Ortigão. Verso. Com o retrato do auctor. Porto. Livraria e Typ. de F. G. da Fonseca. 1866. In-8.º de 16 págs. B.O “retrato do auctor” é constituído por um poema de dez versos. Opúsculo também em verso, perten-cente á polémica «Bom-Senso-e Bom-Gosto», cujo autor Inocêncio não regista

“OBRA COM INTERESSE PARA A HISTÓRIA DA RESTAURAÇÃO — DE GRANDE RARIDADE, SOBRETUDO QUANDO ACOMPANHADA

DO ANTERROSTO ALEGÓRICO E DO RETRATO DO AUTOR”

1226 — THOMAS (Manuel).- O PHÆNIX // DA LVSITANIA // OV // ACLAMAÇAM DO SERENISSIMO // REY DE PORTUGAL // REY DE PORTVGAL // Dom IOAM IV. do Nome. // POEMA HEROICO // Por MANOEL THOMAS, Natural da Villa // de Guymaraens & morador na Ilha da Madeira. // A GASPAR DE FARIA SEVERIM, // DO CONSELHO DE SVA MAGESTADE, // seu Secretario de Estado Vltramarino & das Merçes // Expediente & Executor Môr destes Reynos. // [pequena vinheta] // Impresso em RVAM por LOVRENÇO MAVRRY. // —— // Anno de M. DC. XLIX. In-4.º de XXIV-381-I págs. EMuito estimada e nítida edição, ilustrada com uma bela portada alegórica aberta a buril e um excelente retrato do autor que, conforme observação de Innocêncio, aparece em alguns exemplares com o dístico, gravado sob a éfígie, riscado a tinta “a ponto de ficarem de todo illegíveis, as palavras «Quid fuit, est, erit,» sem poder attingir que escrupulo ou melindre censorio determinou tal suppressão.”Natural de Guimarães, o autor, segundo Barbosa Machado nasceu em 1585 e morreu assassinado aos 80 anos de idade na Ilha da Madeira, onde havia passado a maior parte da sua vida, tendo sido aplau-dida a sua Obra poética por D. Francisco Manoel de Mello nas Obras Metricas. Tuba de Calliope.Para mais pormenorizada descrição consulte-se o importante Catálogo da Colecção Visconde da Trindade.O exemplar que apresentamos confirma a observação feita por Innocêncio acerca da rasura feita no dístico do retrato do autor.Encadernação contemporânea em pergaminho. Com vestígios de traça nos cantos da margem superior do volume que pouco ofendem a mancha tipográfica.(ver gravura na pág. 367)

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1227 — TOMAS (Manuel).- INSVLANA // DE // MANOEL // THOMAS. // A IOAM GONCALVES DA CAMARA, // Conde da Villa Noua da Calheta. // [xilogravura] // EM AMBERES, // Em Caza de IOAM MEVRSIO Impressor. // —— // Anno de 1635. In-8.º gr. de XX-493-I-II págs. E.Obra de grande raridade e merecimento, consagrada ao descobrimento da Ilha da Madeira, referida com elogio por D. Francisco Manuel de Mello no Hospital das Letras.Encadernação contemporânea em pele inteira, com vestígios de traça que não comprometem a sua solidez. A última folha, de «Erratas», foi colada na folha de guarda. Com uma mancha de água no canto superior direito das últimas folhas.

1228 — [TOMÁS (Manuel Fernandes)].- CARTA [E CARTA SEGUNDA] DO COMPADRE DE BELEM AO REDACTOR DO ASTRO DA LUSITANIA. Dada a luz pelo Compadre de Lisboa. Lisboa: Na Offic. de Antonio Rodrigues Galhardo. 1820 [e 1821]. 2 opúsculos In-8. de 20 e 22 págs. Desenc.São raras estas cartas de Manuel Fernandes Tomás, publicadas anónimas, dirigidas ao redactor do jornal político «Astro da Lusitania» e que obtiveram grande repercussão na polémica e pública discussão sobre o regresso da Corte para Portugal que resultou na revolução do 24 de Agosto de 1820.

1229 — [TOMÁS (Manuel Fernandes)].- LUTHERO O P. JOSÉ AGOSTINHO DE MACEDO, E A GAZETA UNIVERSAL; ou Carta de hum cidadaõ de Lisboa escrita ao Geral da Congre-gaçaõ de S. Bernardo. Lisboa: Na Typogr. de Antonio Rodrigues Galhardo. 1822. In-8.º gr. de 46 págs. Desenc.Opúsculo muito raro, publicado sem o nome do autor, atribuído por Inocêncio a Manuel Fernandes Thomás, natural da Figueira da Foz, figura de primeiro relêvo para a história do liberalismo em Portugal. Foi Juiz Desembargador na Relação do Porto e um dos fundadores da associação secreta Sinédrio que viria a preparar a revolução de 24 de Agosto de 1820.

1230 — TORRES (João Carlos Feo Cardoso Castelo Branco e) & BAENA (Visconde de Sanches de).- MEMORIAS HISTORICO-GENEALOGICAS DOS DUQUES PORTUGUEZES DO SECULO XIX. Lisboa. Por Ordem e na Typographia da Academia Real das Sciencias. 1883. In-4.º gr. de VIII-807-I págs. E.É da autoria do Visconde de Sanches de Baena o texto que decorre de págs. 737 em diante. Trabalho histórico-genealógico com destacado lugar na bibliografia portuguesa da especialidade e hoje bastante invulgar. Refere-se às Casas de Cadaval, Lafões, Victoria, Terceira, Palmela, Salda-nha, Loulé e Ávila e Bolama.Encadernação antiga, com a lombada de chagrin.

1231 — [TORRES (João Carlos Feo Cardoso de Castelo Branco e)].- RESENHA DAS FAMI-LIAS TITULARES DO REINO DE PORTUGAL, acompanhada das Noticias Biographicas de alguns individuos das mesmas Familias. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1838. In-4.º peq. de LXX-I-301-III págs. E.Edição original publicada sem o nome do autor de que apenas se tiraram 454 exemplares. Apresenta, em folhas de grandes dimensões, uma «Taboa Genealogica que mostra como descende da Real Casa Portugueza Sua Magestade El Rei Dom Fernando II».Cartonagem da época, provavelmente editorial, a necessitar pequeno restauro. Exemplar que pertenceu a António Bernardo Ferreira, identificado pelo Selo Branco colocado na folha de guarda. Ex-Libris Heráldico de José Joaquim Pereira.

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1232 — TORRES (Manuel Agostinho Madeira).- DESCRIPÇÃO HISTORICA E ECONOMI-CA DA VILLA E TERMO DE TORRES VEDRAS. Lisboa. Na Typografia da (...) Academia. 1819. In-4.º de 128-I págs. B.Primeira das duas edições publicadas desta importante monografia, dada a lume em separata das «Me-morias da Academia Real das Ciências de Lisboa». Rara.Capa de protecção em papel da época estampado a cores

1233 — TOVAR (Conde de).- CATÁLOGO DOS MANUSCRITOS PORTUGUESES OU RELA-TIVOS A PORTUGAL EXISTENTES NO MUSEU BRITÂNICO PELO CONDE DE TOVAR. Lisboa. Academia das Ciências. 1932. In-8.º gr. de XV-I-407-I págs. B.Trabalho bibliográfico de invulgar interesse para os investigadores da História portuguesa. Muito invulgar.Com a lombada imperfeita.

1234 — O TRAMISTA DESCOBERTO! —— CONVERÇA DO CONEGO FRANCISCO B—R—O, DA CIDADE DO FUNCHAL, COM O SEU MOÇO, SIMAO CARAÇA, QUE FOI ESTUDANTEM E SERVIO DE ECONOMO Por alguns Annos, EM HUM BENEFIÇIO DA Igreja da Ponto do Sol da Ilha da Madeira, OUVIDA PELLO PADRE JOAO VICENTE DE O—V— A, NO PLATEO DO MESMO CONEGO, Aonde Serrecolheo em hua noute chuvoza do mez de Janeiro deste anno Corrente de mil Oito Centos e vinte dous, e por elle mesmo escrita, e mandada emprimir. LONDRES: IMPRESSO POR E. JUSTINS, 41, BRICK LANE, SPITAL-FIELDS, Opposite Church Street. 1822. In-8.º de 98-I págs. B.Raríssima e muito curiosa publicação impressa em Londres com interesse para história da aclamação do Liberalismo na Ilha da Madeira a 28 de Janeiro de 1821.No pé do frontispício vem a seguinte nota manuscrita: “Alagoria a Sebastião Xavis [?] Bothelho [?] Governador da Ilha da Madeira Tramista da Conspiração de 1821, na Mª Ilha.” Esta anotação leva--nos a supor tratar-se de Sebastião José Xavier Botelho, Governador da Ilha da madeira e autor da «História Verdadeira dos Acontecimentos da Ilha da Madeira depois do memoravel Dia 28 de Janeiro, escripta por (...) e comprovada com testemunhas da melhor fé (...) para destruir um libelo famoso. Impresso em Londres por hum cidadão funchalense que sem pejo urdio a seu belo prazer aquelle tecido de calumnias, o qual precede esta historia (...). Lisboa: Oficina de Antonio Rodrigues Galhardo — Impressor do Conselho de Guerra, 1821», conforme descrito por Innocêncio [Vol VII, págs. 224] que refere o «Elogio Histórico do Sócio Sebastião Xavier Botelho» de Alexandre Herculano e a «Resenha das Familias Titulares de Portugal» como complemento aos dados biográficos que apresenta.

1235 — TRATADO DO JOGO DO VOLTARETE COM AS LEIS GERAES DO JOGO. Nova Edição. Lisboa. Na Typ. de José Baptista Morando. 1856. In-8.º peq. de 216 págs. E.São invulgares os exemplares deste tratado do voltarete, jogo de cartas muito popular nos séculos XVIII e XIX, referido por Ramalho Ortigão e Júlio Diniz nas suas obras e que entre nós conta com várias edições.Encadernação da época em pele inteira. Com algumas manchas de acidez.

1236 — TRATADO PRELIMINAR DE PAZ, E DE LIMITES NA AMERICA MERIDIONAL, RELATIVO AOS ESTADOS, QUE NELLA POSSUEM AS COROAS DE PORTUGAL, E DE HESPANHA, ASSINADO EM MADRID PELOS PLENIPOTENCIARIOS DE SUAS MAGESTA-DES FIDELISSIMA, E CATHOLICA, EM O PRIMEIRO DE OUTUBRO DE MDCCLXXVII, E RATIFICADO POR AMBAS AS MAGESTADES. [gravura com as armas de Portugal] Lisboa. Na Regia Officina Typografica. Anno MDCCLXXVII. In.8.º de 31-I págs. Desenc.Edição original do raríssimo e célebre Tratado de St.º Ildefonso, ratificado em Queluz a 10 de Outubro de 1777, recenceado por R. C. Rodrigues na «Bibliotheca Brasiliense» e por Borba de Moraes na «Bibliographia Brasiliana».

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1237 — TURNER (Ernest Sackville).- THE COURT OF ST. JAMES’S. London. Michael Joseph. [1959]. In-8.º gr. de 382 págs. E.“This book sets out to sketch the life of the British Court for a thousand years. It is the story, not merely of kings and queens, but of favourites, jesters, maids of honour, whipping boys, wet nurses, cooks and chamberlains. It is the story of déboutantes holding train teas, of ambassadors battling for precedence and of Socialist ministers blushing as they pull on their knee breeches.” Edição ilustrada.

1238 — UJENA (Maria Pinheiro).- REFLEXÕES CRÍTICAS SOBRE TODOS OS QUE ES-CREVERÃO, E ESCREVERAÕ PRÓ, E CONTRA OS SEBASTIANISTAS, MAS COM PARTICULARIDADE A RESPEITO DO FOLHETO OS SEBASTIANISTAS, DO R. P. JOSÉ AGOSTINHO DE MACEDO, E O DE JOSÉ MARIA DE SÁ. Escritas por D. Maria Pinheiro Ujena. Lisboa Na Impressão Regia. Anno 1810. In-8.º de 38-II págs. B.Acerca deste opúsculo publicado sob pseudónimo, escreveu Innocêncio que “O P. José Agostinho de Macedo, que era principalmente atacado n’este opusculo, respondeu com outro que intitulou «A Senhora Maria» (...) e ahi e n’outros deixa entrever que o verdadeiro auctor das Reflexões era, não uma senhora, mas um homem, e de nação hespanhol. (...) Dos livros de contabilidade, existentes na contadoria da Imprensa Nacional, consta apenas que as Reflexões foram mandadas imprimir por um Pedro José Escrivanis, nome tão desconhecido em nossos annaes literarios como o da tal sr.ª D. Maria Pinheiro.”

1239 — UM IMPARCIAL. [seguindo de: OUTRA VEZ UM IMPARCIAL] Em Bruxellas. 1833. In.8.º de 80 págs. e 69-II págs. E.Publicação muito rara, impressa sob anonimato em Bruxelas. Conforme o texto «Ao Leitor» justifica, “o receio do ostracismo ha pouco ensaiado em J.C.S e R.P.P., obrigaô-nos a guardar anonimo”. No final do segundo opúsculo: “O auctor tencionava publicar estas duas partes ja impressas em Março de 1833; porem o receio de que o descredito dos actualmente influentes no Porto fisesse algû mal á Causa, o moreo a espacar sua publicação.”Publicação de grande interesse para a história das revoltas liberais, do Cerco do Porto e do Governo revolucionário da Junta do Porto.Com um fino corte de traça que ofende apenas as duas primeiras folhas.Encadernação em tecido, impressa na pasta da frente com o título do primeiro opúsculo.

1240 — VALDEZ (Ruy Dique de Travassos) & BORGES (Jose Luiz Travassos Valdez de Moura).- VALDEZ. Descendencia de Francisco Garcia de Valdez e de sua mulher D. Mencia Gonzalez de Gove. (Sec. XVI). 1933. Propriedade e Edição dos Autores. [Oficinas Gráficas da “Pax”, Braga]. In-4.º de 104-II págs. B.Deste excelente ensaio genealógico, ampla e criteriosamente documentado, foram impressos apenas 200 exemplares numerados e assinados pelos autores.

1241 — VALDEZ (Ruy Dique Travassos).- CARTAS DE BRAZÃO MODERNAS. (1872--1910). Complemento do ARQUIVO HERALDICO-GENEALOGICO do Visconde de Sanches de Baêna, por... Livraria Fernando Machado. Porto. 1935. Ofic. Gráf da «Pax». Braga. [Aliás, Barbosa & Xavier, Limitada. 1992]. In-4.º de XII-74-VI págs. E.É a segunda edição desta importante obra de haráldica portuguesa, edição confinada a 750 exemplares numerados e rubricados.Encadernação editorial.

1242 — [VALDEZ (Ruy Dique Travassos) (Trad.)] — JUGE DE SEGRAIS (Rene le).- RESU-MO DA CIÊNCIA DO BRASÃO. Tradução de Ruy Dique Travassos Valdez. Lisboa. Livraria Bertrand. MCMLI. In-8.º gr. de 142 págs. E.Belo livro ilustrado a negro e a cores nas páginas de texto e em folhas à parte, impresso em bom papel couché. Tiragem total limitada a 520 exemplares numerados.Encadernação inteira de pele gravada seco na lombada e pastas, tendo os dizeres do rótulo gravados a ouro.

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1243 — VALE (Alexandre de Lucena e).- O BISPO DE VISEU D. DIOGO ORTIZ DE VILHE-GAS, o Cosmógrafo de D. João II. Com uma carta prefácio de Antero de Figueiredo. Gaia. 1934. In-8.º de 284 págs. B.Interessante estudo histórico-genealógico, ilustrado com várias árvores genealógicas impressas em folhas desdobráveis.

1244 — VALENTE (Carlos F. de Figueiredo).- DOCUMENTOS E GENEALOGIAS. MCMXXXI. [Lisboa]. In-4.º de IV-273-III págs. E.Trabalho de investigação histórico-genealógica de apreciável importância, numa rara edição limitada apenas a 150 exemplares numerados, sendo este da tiragem de 50 impressos em papel Mesena. Publi-cação do Instituto Português de Heráldica.Valorizado com dedicatória do autor ao investigador, arqueólogo e heraldista, Afonso de Dornellas.Encadernação com lombada e cantos de pele decorada com bonitos ferros gravados a ouro. Só ligeiramen-te aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas. Com um corte de traça na pasta posterior.

1245 — VALENTE (Manuel).- A CONTRA-REVOLUÇÃO MONARCHICA. Revelações - Critica - Um pedaço de historia. Porto. Typ. a vapor de J. da Silva Mendonça. 1912. In-8.º de 221-III págs. B.Achega de interesse para a história da política portuguesa subsequente à implantação da República em 1910. Edição ilustrada com facsímiles de cartas.

1246 — VALENTE (Saúl Eduardo Rebelo).- TERRAS DA FEIRA. Notícias e Memórias da Freguesia da Arrifana de Santa Maria. Coimbra Editora, Lda. Coimbra. 1937. In-8.º de IX--II-103-I págs. B.Estudos monográficos apreciados e pouco vulgares. Com um texto preliminar de Beleza dos Santos intitulado “Lição de uma Vida”, referente ao autor, entretanto falecido.

1247 — VALENTE (Vasco).- À MARGEM DOS NOBILIARIOS. V. N. Gaia. MCMXXXI. In-8.º de 122-II págs. Obra muito apreciada e esmeradamente executada, ilustrada com retratos impressos à parte em papel bastante encorpado. Transcreve vários documentos inéditos. Pouco comum.Capa da brochura impressa a duas cores sobre papel imitação de pergaminho.

1248 — VALENTE (Vasco).- CERÂMICA ARTÍSTICA PORTUENSE DOS SECULOS XVIII E XIX. Livraria Fernando Machado. Porto. [S.d.] In-4.º gr. de 243-I págs. E.Trabalho dos mais conceituados da nossa bibliografia artística, amplamente desenvolvido e largamente ilustrado com cuidadas reproduções de retratos, documentos e peças de cerâmica, tudo em folhas de papel couché, além de fac-símiles de numerosíssimas marcas de fábricas e artistas.Encadernação inteira de pele um pouco esfolada, com os ferros da Livraria Fernando Machado, dourados na lombada e pastas. Conserva as capas da brochura.

1249 — VALENTE (Vasco).- OS CÔNSULES MAYNARD. Ensaio genealógico, documentos e notas. Porto. 1949. In-4.º peq. de 58-I págs. B.Com retratos e outras fotogravuras impressas em folhas destacadas do texto. Restrita separata do “Boletim Cultural” da Câmara Municipal do Porto.

1250 — VALENTE (Vasco).- ENSAIOS GENEALOGICOS. 1916. Propriedade e edição do auctor. [Porto]. In-8.º gr. de VIII-137-VI págs. B.Estudos genealógicos tidos em muita estima, ilustrados com estampas impressas em separado e numa muito restrita tiragem limitada a 350 exemplares numerados.

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1251 — VALENTE (Vasco).- JOÃO ALLEN. (1781-1848). Soldado, Negociante, Artista e Amigo das Artes. Comemorando o 1º Centenário do seu Falecimento. Porto. 1948. In-4.º de 24 págs. B.João Allen, súbdito britânico, nasceu em Viana do Minho, a actual Viana do Castelo. Foi fundador do que viria a ser o actual Museu Soares dos Reis, no Porto. Com várias estampas impressas em folhas à parte. Separata do «Boletim Cultural» da Câmara Municipal do Porto.Com dedicatória no anterrosto.

1252 — VALENTE (Vasco).- A ORDEM DO SANTO SEPULCRO EM PORTUGAL. (Notas para a sua Historia). Companhia Portuguesa Editora, Lda. Porto. [S.d.]. In-8.º de 104 págs. B.Com estampas impressas em separado. Edição limitada a 500 exemplares.Com dedicatória do autor.

1253 — VALENTE (Vasco).- PORCELANA ARTÍSTICA PORTUGUESA. Porto. 1949. [Im-prensa Moderna, Limitada]. In-4.º gr. de 111-I págs. E.Monografia de arte fundamental para o estudo da porcelana artística portuguesa, enriquecida com nu-merosas estampas impressas em papel couché reproduzindo muitas das espécies estudadas. Está ainda documentada com numerosas reproduções de marcas e respectiva identificação. Trabalho galardoado com o Prémio José Figueiredo e considerado por Manuel de Figueiredo como “definitivo e de grande importância para a História das Belas Artes em Portugal, num dos seus «capítulos» menos bem estu-dados até agora, e, seguramente, dos mais interessantes para os coleccionadores de objectos de arte.”Encadernação inteira de pele um pouco esfolada, com os ferros da Livraria Fernando Machado, dou-rados na lombada e pastas. Conserva as capas da brochura. Com dedicatória na página de «Ex-Libris» que julgamos ser do autor.

1254 — VALENTE (Vasco).- VAN ZELLER - Descendencia de Arnaldo João Van Zeller. Notas genealogicas. 1932. Braga. In-8.º gr. de 39-I págs. B.Com um brasão a cores e metais colado no frontispício. Rara edição de 150 exemplares, em separata de “Ultimas gerações de Entre Douro e Minho”.

1255 — VALENTE (Vasco).- O VIDRO EM PORTUGAL. Portucalense Editora. Porto - 1950. [Barcelos. Companhia Editora do Minho]. In-4º gr. de 205-I págs. E.Edição esmeradamente executada, ilustrada com numerosas estampas impressas em papel couché reproduzindo dezenas de peças de vidro antigas. Peça indispensável para o estudo deste importante e pouco estudado ramo da arte portuguesa. Tiragem limitada a 1000 exemplares numerados.Encadernação editorial inteira de pele, com ferros a ouro na lombada e em ambas as pastas. Com pequenos defeitos superficiais.

1256 — VALVERDE DEL BARRIO (Cristino).- CATÁLOGO DE INCUNABLES Y LIBROS RAROS DE LA SANTA IGLESIA CATEDRAL DE SEGOVIA. Su autor el Pbro. D... Segovia. Imp. de «El Adelantado». 1930. In-4.º de XXIII-V-510-II págs. B.Minucioso catálogo de um importantíssimo acervo bibliográfico, onde figuram numerosos incuná-bulos até então inteiramente desconhecidos.

1257 — VASCONCELOS (A. A. Teixeira de).- O SAMPAIO DA REVOLUÇÃO DE SETEM-BRO. Paris. 1859. In-8.º peq. de 128 págs. B.Trata-se de uma invulgar biografia de António Rodrigues Sampaio, inaugurando a colecção «Livros para o Povo».

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1258 — VASCONCELOS (António Garcia Ribeiro de).- D. ISABEL DE ARAGÃO, Raínha de Portugal. Marques Abreu. [Porto. 1930]. In-4.º gr. de 48-II págs. e XLVII estampas. B.Livro muito apreciado, numa cuidada edição ilustrada com 47 magníficas gravuras executadas por Marques Abreu e impressas em folhas à parte.

1259 — VASCONCELOS (António Garcia Ribeiro de).- A SÉ-VELHA DE COIMBRA. (Apontamentos para a sua história). Coimbra. Imprensa da Universidade. M.DCCCC.XXX - M.DCCCC.XXXV. 3 vols. In-4.º de 489-III, 399-I-138-II e 36 págs. E. em 2 vols.Importante e muito estimado trabalho de investigação histórica, amplamente documentado com estampas impressas nas páginas de texto e em folhas à parte, sendo, simultaneamente, uma das obras fundamentais na extensa bibliografia do autor. O 3º volume, de difícil obtenção, é constituído por um “Suplemento” ao 2º. Primeira edição.Boas encadernações com lombada de pele, decoradas com rótulos, nervuras e ferros a seco. Superfi-cialmente aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas.

1260 — VASCONCELOS (António Garcia Ribeiro de).- O SÊLO MEDIEVAL DA UNIVERSI-DADE PORTUGUESA. Coimbra. Ofic. da Coimbra Editora, Limitada. M.DCCCC.XXXVIII. In-8.º gr. de 121-VII págs. B.Interessante estudo esfragístico acerca da origem, transformação e reconstituição do selo da Universi-dade de Coimbra, numa cuidada edição ilustrada com 60 figuras impressas em folhas à parte, dada a lume em restrita tiragem de 450 exemplares.

1261 — VASCONCELOS (Félix Machado de Silva Castro e).- VIDA DE MANVEL MA- // CHADO DE AZEVEDO, SEÑOR DE LAS // Casas de Castro, Vasconcelos, y Barroso, y de los // solares dellas, y de las Tierras de Entre Homem, // y Càbado, Villa de Amares, Comendador // de Sousel, en la Orden de // Auis. // POR EL MARQVES DE MONTEBELO, // Felix Machado de Silva, Castro, y Vasconcelos, // Comendador de San Iuan de Concieiro, en la // Orden de Christo, su bisnieto, y sucessor // de su Casa. // ESCRIVIASE A DON FRANCISCO MA- // chado de Silva, su hijo, para que la imitasse, como // imitò, hasta acabar la Filosophia, en edad de // catorce años y medio, en la qual fue Dios // servido de llevarle para si. // OY SE DA A LA ESTAMPA PARA QVE // estas dos vidas sirvan de dos espejos a Don An- // tonio Machado de Silva y Castro, vltimo // hermano de seis que tuvo. // Impresso con licencia por Pedro Garcia de Paredes, // Año de 1660. In-8.º gr. de IV ff. prels. inums. e 138-I págs. E.A primeira folha, inumerada, é constituída por uma bela gravura aberta em chapa de cobre que tem como motivo principal o brasão d’armas dos Machados, gravura ass. Gregorius Forsman faciebat Matriti 1660. Embora não traga lugar de impressão o livro foi estampado em Madrid.Diz Inocêncio que o autor foi Marquês de Montebelo em Milão, título que lhe foi dado por Filipe IV em 1630. Diz ainda que “Foi mui versado na sciencia genealogica, e na arte da pintura, que dizem exercêra por algum tempo em falta de outros recursos, por lhe terem sido sequestrados em Portugal os seus ren-dimentos na occasião da restauração de 1640”; continua, depois de dar notícia da obra: “Descrevo aqui este livro, de que tenho um exemplar, porque não obstante ser escripto em hespanhol, é a historia de um varão portuguez dada por outro, e contém alguns versos de Machado em lingua portugueza; entre elles uma carta dirigida ao poeta Francisco de Sá de Miranda, seu cunhado, a qual não sei que ande impressa em outra parte. É livro difficil de achar á venda, e de que só tenho visto tres ou quatro exemplares”. A carta a Sá de Miranda acima referida vem impressa em português. Cunha Taborda refere-se-lhe nas “Regras da Arte da Pintura”; Vem descrita por José dos Santos no catálogo da portentosa Biblioteca de Azevedo-Samodães, nº 1919, com a seguinte apreciação: “Obra historico-genealogica de reconhecido merecimento; bastante estimada. MUITO RARA”; Também vem referida por D. Domingo Garcia Perez no seu notável «Catalogo Razonado Biográfico y Bibliográfico de los Autores Portugueses que escribie-ron en Castellano», onde a carta a Sá de Miranda vem integralmente reproduzida.Encadernação antiga, inteira de pele, com nervuras e ferros gravados a ouro fino na lombada. Com defeitos junto à dobra das pastas que não comprometem a sua solidez. A primeira e última folhas estão espelhadas para reforço da sua conservação.

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1262 — VASCONCELOS (J. Leite de).- ANTROPONIMIA PORTUGUESA. Tratado compa-rativo da origem, significação, classificação, e vida do conjunto dos nomes proprios, sobrenomes, e apelidos, usados por nós desde a idade-média até hoje. Lisboa. Imprensa Nacional. 1928. In-4.º gr. de XIX-I-659-I págs. E.A obra, importantíssima e única para o estudo aprofundado da matéria que trata, é também uma das mais valiosas e exaustivas de quantas saíram das mãos do infatigável investigador Dr. Leite de Vasconcelos. Rara e valiosa.Encadernação à amador, com cantos e lombada de pele, tendo conservadas as capas da brochura.

1263 — VASCONCELOS (J. Leite de).- A BARBA EM PORTUGAL. Estudo de Etnografia comparativa. Imprensa Nacional. Lisboa. 1925. In-4.º de XI-189-I págs. B.Edição muito cuidada, com a impressão das págs. prels. feita a duas cores. Estudo de muito interesse e curiosidade, com numerosos retratos e figuras intercalados no texto. Primeira edição.

1264 — VASCONCELOS (Joaquim de).- O CONSUMADO GERMANISTA (Vulgo o snr. José Gomes Monteiro) e O Mercado das Letras Portuguezas analysado por... Porto. Imprensa Portu-gueza. 1873. In-8.º de XIV-II-209-VIII-II págs. E.Peça da importante polémica suscitada pela versão do «Fausto» de Goethe pelo Visconde de Castilho, polémica em que Camilo alinhou ao lado de Joaquim de Vasconcelos.Encadernação modesta, da época, com lombada de pele.

1265 — VASCONCELOS (Joaquim de).- O FAUST DE GOETHE E A TRADUCÇÃO DO VISCONDE DE CASTILHO. Porto. Imprensa Portugueza. 1872. In-8.º de XII-594-II págs. E.O desígnio de Joaquim de Vasconcelos relativamente a este seu vasto trabalho fica clarificado nas seguintes palavras preliminares: “Queremos pôr cobro á audacia da ignorancia que se levanta impu-dica, esbofeteando a verdade com traducções tôrpes, com plageatos indignos e flagrantes, com falsa sciencia, com falsas citações, com theorias nullas porque nascem das horas de ocio e não do trabalho”. Camiliano e muito invulgar.Encadernação da época, com a lombada em pele.

1266 — [VASCONCELOS (Jorge Ferreira de)].- COMEDIA // EVFROSINA. // Nouamente im-pressa & emmendada. // Por Francisco Roïz Lobo. // OFFRECIDA A // Dom Gastão Coutinho. // [vinheta ornamental] // Em Lisboa, com Priuilegio. // Com todas as licenças & aprovações necessarias. // Por Antonio Aluarez. Anno 1616. // Taxado a 140. reis em papel. In-8.º peq. de IV ff. prels. inums., 223 [aliás 224]-I ff. nums pela frente. E.No importante Estudo Biográfico e Crítico sobre Rodrigues Lobo diz Ricardo Jorge: “Da célebre comédia do Jorge Ferreira de Vasconcelos fez edição emendada Roiz Lobo por amor à obra e à língua. É livro raro de que se encontra amostra na B. N. de Lisboa (2 ex.), na B. M. do Pôrto, e na Liv. Palha.”Raríssima terceira edição, publicada sem o nome do autor, descrita com minúcia no Catálogo da Biblioteca Condes de Azevedo e Samodães.Encadernação antiga em mau estado de conservação. Ténues vestígios de humidade marginais. Restauros antigos nas ff. 79, 112 e 168. (ver gravura na pág. 375)

1267 — VASCONCELOS (Manuel Rosado Marques de Camoes e).- ALBUQUERQUES DA BEI-RA. Subsídios para a sua Genealogia. Lisboa. MCMXLVIII. In-4.º peq. de XIX-I-286-I págs. E.Trabalho de aturada pesquisa genealógica, documentado com várias estampas em separado reprodu-zindo fachadas de vetustos solares portugueses, pedras d’armas e, a cores e metais, o brasão usado pelos descendentes do Casal Dasco. Edição de muito restrita tiragem.

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Valorizado com dedicatória do autor a José de Lima e acompanhado de uma fotografia original tirada após uma refeição de confraternização, de que não nos foi possível identificar os retratados.Só ligeiramente aparado à cabeça, conserva as capas da brochura. Encadernação com a lombada e cantos de pele, decorada com ferros gravados a ouro, nervuras e rótulos.

1268 — VASCONCELOS (Manuel Rosado Marques de Camões e).- O BEATO JOÃO DE BRITO E A FAMÍLIA FREME. Algumas linhas continuadas até ao presente. Lisboa. 1941. In-8.º gr. de 60-I págs. B.Trabalho de investigação genealógica, de reduzida tiragem. Com a reprodução de uma antiga gravura retratando S. João de Brito.Dedicatória do autor.

1269 — VAZ (Francisco de Assis de Sousa).- MEMORIA SOBRE A INCONVENIENCIA DOS ENTERROS NAS IGREJAS, e utilidade da construcção de Cemiterios. Porto. Imprensa de Gandra e Filhos. 1835. In-8º gr. de 51-I págs. Desenc.O autor foi “Lente de Pathologia Interna de Clinica Medica na Regia Escola Cirurgica do Porto”.

1270 — VAZ (Manuel Pires).- DISCURSO FILOSOFICO E THEOLOGICO, JURIDICO E POLITICO SOBRE A LIBERDADE HUMANA, FYSICA E MORAL, e sobre o seu recto uso, individual e social. Com um appendix e duas addições. Coimbra. Na Real Imprensa da Universidade. 1823. In-4º de XI-I-109-I págs. B. no mesmo volume e do mesmo autor:

——— DISCURSO SOBRE A LIBERDADE DA IMPRENSA, dividido em duas partes. Na primeira se demostra A necessidade e a utilidade da Censura Prévia á Impressão e á Publi-cação de quaesquer Escriptos, e particularmente nos Dominios Portuguezes. Na segunda se responde Ás principaes Razões e Argumantos dos que combatem a mesma Censura Prévia, e ou não admittem nenhuma, ou admittem só a Censura Posterior. Ajunta-se Um Plano Geral para uma Lei, que regule a Censura Prévia, sem offender a justa e recta Liberdade do Cidadão. Mais Uma Addição á sobredita Parte Segunda. Coimbra. Na Real Imprensa da Universidade. 1823. In-4.º de 174-VIII págs. Obra bastante invulgar e de grande importância para a história dos direitos de liberdade em Portu-gal. Do Índice transcrevemos os seguintes capítulos: «Sobre a liberdade humana»; «Dos limites da liberdade fisica ou da liberdade moral do homem»; «Do recto uso individual e social da liberdade humana»; «Sobre a liberdade da imprensa regulada pela censura prévia».Com pequenas dobras nas margens das folhas.

1271 — VEGA CARPIO (Lope Felix de).- ARCADIA, // PROSAS. // Y // VERSOS. // DE LOPE DE VEGA CARPIO, // DEL ABITO DE SAN IVAN. // CON VNA EXPOSICION // de los nombres Historicos, y // Poeticos. // (...) // Con LICENCIA: En Madrid por Melchor // Sanchez, Impressor de Libros, y à su // costa. Año de 1675. In-16.º de VIII-274 [aliás 276] ff.Edição muito invulgar referida por Palau que recorda: “Salvá, 2.024, dudó de su existencia hou demostrada.”As últimas 31 folhas comportam a «Exposicion de los nombres Poeticos, y Historicos...»Encadernação contemporânea em pergaminho mole com dizeres manuscritos na lombada. Com peque-nos rasgões na margem externa do frontispício e algumas das folhas. As folhas 13 e 14 apresentam-se com manchas.

1272 — VEIGA (Manuel da).- LAURA // DE // ANFRISO; // POESIAS // DO LICENCIADO // MANOEL DA VEIGA. // Nova Ediçaõ, correcta, e emendada. // LISBOA, // NA TYPOGRA-FIA ROLLANDIANA. // 1788. In-8.º de VI págs. prels. inums., XV-258 nums. E.Obra clássica cuja primeira edição é extremamente rara. Esta, a segunda, apresenta um “Prologo do Editor” que, segundo Inocêncio, deve ser da autoria de António Lourenço Caminha.Encadernação antiga com lombada de pele.

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1273 — VELHO (Ernesto).- VELHOS DE BARBOSA DO PAÇO SOLAR DE MARRAN-COS. Refutação de erros e falsidades genealogicas ignorante, vaidosa e aleivosamente contidos no livro Cartas Ineditas de Camillo Castello Branco ao 1º Conde de Azevedo de que é autor o snr. 2º Conde de Azevêdo. 2ª edição correcta e augmentada com um prefacio e notas historicas, genealogicas e biographicas. Revelação sensacional ácerca dos Azevedos.1930. Tipografia Progresso. Porto. In-4.º de XLIII-144-II págs. B.Segunda edição, substancialmente aumentada em relação à primeira e, como aquela, acompanhada de uma árvore genealógica. Edição restrita, muito estimada.Dedicatória do autor.

1274 — VELHO (Joaquim Anastasio Mendes).- HOMILIA CONSTITUCIONAL PARA USO DOS REVERENDOS PAROCOS MENOS INSTRUIDOS EM POLITICA. Offerecida pelo Prior de Mecejana (...) Lisboa: Na Imprensa Nacional. Anno 1822. In-8.º gr. de 16 págs. B.De apologia e divulgação da Prática Constitucional, este opúsculo foi impresso no ano em que foi promulgada a Constituição portuguesa.

1275 — VELOSO (Eduardo O. Pereira Queirós).- ROTEIRO DAS RUAS DE LISBOA E IM-MEDIAÇÕES por Eduardo O. Pereira Queiroz Vellozo. Quarta edição. Lisboa. Typographia da Casa de Inglaterra. 1881. In-8.º de VIII-221-I págs. B. Lê-se numa das páginas preliminares que “Leva esta quarta edição mais cento noventa e quatro nomenclaturas, que vão assignaladas com asterisco, e no indice em frente da letra, o numero das que foram incluidas, e alteradas as denominações de muitos pateos que agora levam a sua verdadeira denominação.” Tem ainda uma relação de denominações que o autor pretendia fossem alteradas, para o que enviou uma proposta nesse sentido a um Vereador em Janeiro de 1880, que a não viabilizou. Com referências aos mais notáveis edifícios localizados em algumas das artérias recenseadas.

1276 — VELOSO (J. M. de Queirós).- FERNÃO DE MAGALHÃES. A Vida e a Viagem. Editorial Império. Lisboa. 1941. In-4.º de 118-II págs. B.“(...) foi Magalhães quem levou a cabo a mais assombrosa viagem, que o arrôjo humano empreendeu. Efectuou-a ao serviço da Espanha. Mas (...) na cuidada preparação do seu projecto, na severa energia com que dominou todas as revoltas, na fria tenacidade com que afrontou todos os perigos (...) Fernão de Magalhães mostrou, estruturalmente, a sua nacionalidade. Nêle revivem as qualidades e os defeitos dos grandes descobridores e conquistadores portugueses”.

1277 — VELOSO (José Valerio).- EXPOSIÇAÕ DOS FACTOS, que deraõ causa á emigraçaõ de José Valerio Veloso, Cavalleiro professo da Ordem de Christo. Em Bordeos, Na Impressaõ de Lawalle Junior, Impressor-Livreiro: Allées de Tourny, n.º 20 — Anno de 1816. In-8.º de 99-I págs. B.Opúsculo bastante raro, com interesse para a história das Invasões Francesas no Norte de Portu-gal e de José Valério Veloso, cónego capitular da Real Colegiada de Barcelos, autor de empenhadas proclamações ou diligencias que tiveram como objectivo sentar Soult em trono português.Conforme Magalhães Sepúlveda no Dicionário Bibliográfico da Guerra Peninsular; “Serve de docu-mento a uma memória ou requerimento, em quatro páginas de fólio, pedindo indemnização pelos prejuizos sofridos. (Nos factos populares que se deram na provincia do Minho em 1809)”.Desconjuntado. (ver gravura na pág. 378)

1278 — [VENTO DES PENNES (Marquis de)].- LA NOBLESSE // RAMENÉE // A SES VRAIS PRINCIPES // OU // EXAMEN // DU DÉVELOPMENT // DE // LA NOBLESSE // COMMERÇANTE” // [pequena gravura] // A AMSTERDAM, // Et se trouve à PARIS, // Chez DESAINT & SAILLANT, // Libraires, rue S. Jean de Beauvais. // — // M DCC LIX. In-12.º de IV-307-I págs. E.

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Trabalho de grande importância para o estudo da economia e desenvolvimento do comércio europeu no início do liberalismo económico. Primeira edição, bastante invulgar. Publicado sem o nome do autor, mais tarde revelado por Barbier no «Dictionnaire des Ouvrages Anonymes», a obra foi escrita em resposta ao polémico livro de Gabriel François Coyer «La Noblesse Commerçante», que pelo seu carácter inovador provocou intensa polémica entre os seus contemporâneos.Encadernação da época inteira de pele. Com um monograma e uma assinatura de posse no frontispício.(ver gravura na pág. 380)

1279 — VERA (Álvaro Ferreira de).- ORIGEM // DA NOBREZA // POLITICA, // BRA-SOENS DE ARMAS, // Appellidops, Cargos, e Titulos // Nobres. // DIRIGIDO // A // LUIZ D’ALBUQUERQUE // DE MELLO, &c. // PER // ... // Fielmente reimpressa: por Manoel Antonio // Monteiro de Campos Coelho, e Soifa, // FILHO. // [gravura com as Armas de] // LISBOA, // Na Offic. de Joaõ Antonio da Silva, // Impressor de Sua Magestade. 1791. In-8.º peq. de VIII-340 [aliás 240] págs. E.Sobre o autor, sabe-se que foi natural de Lisboa e “assentou sua residencia em Madrid. Lá estava em 1640, e se conservou nos annos seguintes, continuando a reconhecer Philippe IV como seu rei, não obstante achar-se acclamado e governando em Portugal o Duque de Bragança.”, conforme nos diz Innocêncio, que considera as obras de Ferreira de Vera estimadas e pouco comuns. Pinto de Matos no «Manual Bibliographico Portuguez», acrescenta o valor de 300 reis, anunciado no Cat. de V.ª Bertrand e refere ainda valores relativos à edição original de 1631.Encadernação da época, em carneira.

1280 — VERTOT (Abbé de).- HISTOIRE DES RÉVOLUTIONS DE PORTUGAL. Paris, Librairie de Lecointre, 1830. In-8.º peq. de IV-XVI-191-I págs. E.Obra de consagrado sucesso no seu tempo, justificado pelas várias edições publicadas, apresentando esta os prefácios da edição original de 1689 e da edição publicada em 1711. Ilustrada à parte, com uma árvore genealógica dos pretendentes ao trono de Portugal, após a morte do Cardeal D. Henrique.Encadernação contemporânea com a lombada de pele.

1281 — VERTOT (Abbé de).- RÉVOLUTIONS // DE // PORTUGAL, // Par M. l’Abbé DE VERTOT, // de l’A- // cadémie des Inscriptions & Belles- // Lettres. // NOUVELLE ÉDITION, // revue & augmentée. // A LA HAYE, // Chez PIERRE GOSSE JUNIOR, // ET DANIEL PINET. // M. DCC. LXIX. In-8.º de XII-276 págs. E.Uma das muitas edições desta célebre obra, pela primeira vez publicada em 1689 e que ao longo dos anos conheceu numerosas edições.Encadernação contemporânea em carneira, mal cuidada. Com um restauro na folha de anterrosto e uma mancha aguada na pág. 234.

1282 — O VÉO LEVANTADO, OU O MAÇONISMO DESMASCARADO: isto he: O Impio e execrando systema dos Pedreiros-Livres, Conspirados contra a Religião Catho-lica, e contra o Throno dos Soberanos. Obra traduzida do Francez para instrucção dos Portuguezes: accrescentada com hum Appendix, que contem os signaes e senhas dos Pedreiros--Livres, e a Constituição Maçonnica em Portugal. Impress\ão Liberal. Lisboa, Anno 1822. — Rua Formosa N.º 32. In-8.º de 279-I págs. E.Innocêncio: “Posto que começado a imprimir no dito anno, este livro só chegou a concluir-se já depois da queda do governo constitucional, isto é, depois de Junho de 1823, como declara o editor a pág. 213. Pouquissimos exemplares tenho visto no mercado.“O que n’elle se contém de mais importante, (...) é a reproducção textual e exacta da Constituição da Maçonaria em Portugal, que vem de pag. 215 a 279. Esta Constituição, ou lei organica, a primeira que a Ordem maçonica teve n’este reino, e da qual não pude ver nem sei que se imprimissem exemplares

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em separado, tem a data de (...) 7 de Agosto de 1806 (...)”.«Advertencia do Editor»: “Como no corpo desta Obra se trata dos Signaes e Toques dos Pedreiros--Livres; e porque estes, e suas Senhas, tem sido publicados em muitas e diversas Obras impressas, como na Atalaia, &c. por isso já divulgados e conhecidos, julguei não dever augmentar este Volume com hum tal Appendice promettido, (...)”.Encadernação da época com lombada de pele. (ver gravura na pág. 382)

1283 — VIALE (António José).- BOSQUEJO METRICO DOS MAIS IMPORTANTES DA HISTORIA DE PORTUGAL ATÉ Á MORTE DO SENHOR REI D. JOÃO VI. Lisboa. Imprensa Nacional. 1858. In-8.º de X-142-II págs. E.“Com título algum tanto differente, sahe novamente á luz, corrigido em muitos lugares, e considera-velmente augmentado, o Bosquejo Historico Poetico, impresso nos fins de 1856, e approvado pelo Conselho Superior de Instrucção Publica (...)“O auctor não entende que este opusculo possa servir para o ensino da Historia de Portugal nas Escholas Primarias. Fôra hum desacordo pertende-lo, attento o estilo em que he escripto, e a rapidez com que os factos são n’elle apontados. Outro foi o seu fito. Teve em mira auxiliar os estudantes de Humanidades, para mais facilmente gravarem na memoria os principaes acontecimentos da historia nacional, cujo conhecimento já se suppõe adquirido (...)”.No final o volume apresenta ainda um amplo «indice Alphabetico dos Nomes Proprios».Encadernação antiga com lombada de pele, de modesta execução. Com dedicatória contemporânea manuscrita no anterrosto.

1284 — VICENTE (Gil).- OBRAS DE GIL VICENTE. Correctas e emendadas pelo cuidado e diligencia de J. V. Barreto Feio e J. G. Monteiro. Hamburgo. Na Officina Typographica de Langhoff. 1834. 3 vols. In-8.º gr. de XLI-III-385-III, 532-IV e 404 págs. E.A edição, impressa na Alemanha e bastante invulgar, abrange todas as obras poéticas e teatrais de Gil Vicente, figura das mais proeminentes da literatura portuguesa de todos os tempos.Encadernações contemporâneas, com as lombadas em pele, cansadas.

1285 — VIDAL (Frederico Gavazzo Perry).- GENEALOGIAS REAES PORTUGUEZAS. Descendencia de S. M. El-Rei o Senhor Dom João VI (28.º Rei de Portugal). 1923. Guimarães & C.ª — Editores. Lisboa. In-8.º gr de XII-IV-212 págs. E.Estudo genealógico muito apreciado, com o interesse “de registar os Reis ou Pretendentes aos Tronos duma grande parte da Europa que proximamente teem sangue português, como, alem dos Monarcas Lusitanos, os Imperadores d’Austria, Reis da Hungria e Bohemia, os Reis de Saxe, da Romania, da Belgica, da Servia, os Pretendentes ao Trono de Espanha, os Granduques de Luxemburg e de Liechtens-tein, etc., não esquecendo que tambem o Brazil se orgulha de ter nos Pretendentes ao seu Trono o regio sangue de Portugal.”Cuida edição, amplamente ilustrada em folhas à parte com muitos retratos de muitos dos titulares aqui estudados.EDIÇÃO LIMITADA A 606 EXEMPLARES, SENDO O QUE APRESENTAMOS DA TIRAGEM EM PAPEL DE ALGODÃO NACIONAL, LIMITADA A 500 NUMERADOS E RUBRICADOS.Bela encadernação com a lombada e cantos de pele, decorada com ferros a ouro fino em casas fechadas, títulos e nervuras. Com as capas da brochura e só ligeiramente aparado à cabeça.

1286 — VIDAL (Manuel Gonçalves).- MARCAS DE CONTRASTES E OURIVES PORTU-GUESES DESDE O SECULO XV A 1950. Prefácio do Professor Dr. Reinaldo dos Santos. Lisboa. Casa da Moeda. 1958. In-4.º de VIII-VIII-560-VIII págs. B.Segundo palavras de Reinaldo dos Santos, “O presente catálogo de marcas de ourivesaria portuguesa, é o inventário, há tanto tempo desejado, tanto pelos amadores e coleccionadores de pratas artísticas

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como pelos próprios profissionais da ourivesaria”; “A história e evolução da ourivesaria portuguesa e dos próprios mestres a que ela deve o seu prestígio e glória, vai certamente ser renovada pelos histo-riadores fundados nas amplas indicações que este precioso livro encerra”. Com reproduções de mais de 5500 marcas. Primeira edição, muito invulgar.Bela encadernação inteira de pele à cor natural, com ferros a seco em casas fechadas e rótulos na lombada. Só aparado à cabeça e com as capas da brochura preservadas.

1287 — VIDAL (Manuel José Gomes Abreu).- CARTA Iª AO MARQUEZ DE PALMELLA D. PEDRO DE SOUZA HOLSTEIN. Pelo Advogado da Casa da Supplicação M. J. G. A. V. Lisboa: 1829. Na Typographia Morandiana. In-8º gr. de 44 págs. B.A carta termina a págs. 20, seguindo-se-lhe as peças justificativas, na sua maior parte referentes aos acontecimentos que precederam a independência do Brasil.Inocêncio: “É uma acalorada diatribe contra o marquez, e contra os liberaes; na qual o auctor advoga a legitimidade do sr. D. Miguel (...)”; “Nunca vi mais que esta primeira carta, nem ouvi que se publi-casse mais alguma”. Rara.

1288 — VIEGAS (António Pais).- PRINCIPIOS // DEL REYNO DE PORTVGAL. // Con la Vida y hechos de Don // Affonso Henriquez // su primero Rey. // Y con los principios de los otros // Estados Christianos // de Hespaña. // AL PRINCIPE N. SEÑOR. // POR ANTONIO PAEZ VIEGAS // Comendador de N. Señora de // la Charidad, en la Ord~e // de Christo, y Alcayde // Mayor de la Villa de // Barcelos. [No fim: EN LISBOA // (...) // Por Paulo Craesbeeck Impressor, y mercader de // libros. Año MDC.XXXXI). In-4.º gr. de portada gravada. III ff. prels. inums., 246 nums. na frente e II ff. finais de índice. E.Obra importante, muito estimada e valiosa, muito rara nesta sua única edição.Bela portada alegórica aberta a buril em chapa de metal ass. “August. Suarez Florian fecit”. Entre outros motivos alegóricos apresenta as figuras da Fé e da Piedade, a aparição de Cristo a D. Afonso Henriques antes da Batalha de Ourique encimando as armas portuguesas e na parte inferior uma cena que provavelmente representa Egas Moniz, sua mulher e filho ajoelhados em frente a uma imagem da Virgem. É bastante minuciosa a descrição em Samodães, 2324.Encadernação da época, em pele. (ver gravura na pág. 384)

1289 — VIEIRA (Padre António).- HISTORIA // DO // FUTURO.// LIVRO // ANTEPRIMEYRO // PROLOGOMENO A TODA A HISTO- // ria do Futuro, em que se declara o fim, & se // provaõ os fundamentos della. // Materia, Verdade, & Utilidades da Historia // do Futuro. // ESCRITA PELO PADRE // ANTONIO VIEYRA // da Companhia de JESUS, Prèga- // dor de S. Magestade. // [gravura em madeira com emblema da Companhia de Jesus] // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina de ANTONIO PEDROZO GALRAM. // Com todas as licenças neccessarias. Anno de 1718. In-8.º gr. de XXXVI págs. prels. inums. e 379 nums., mais uma em branco final. E.Primeira e muito rara edição de uma das importantes obras do Padre António Vieira, nas palavras de Jacinto do Prado Coelho “O mais admirável pregador sacro português, insigne prosador, além de personalidade vigorosa, complexa até parecer enigmática (...)”.Edição muito cuidada e nítida, em bom papel de linho.Encadernação da época, inteira de carneira, com defeito na lombada. Com um pequeno corte de traça junto à lombada que não ofende a mancha tipográfica.

1290 — VIEIRA (Padre António).- SERMOENS // DO // P. ANTONIO VIEIRA, // DA COM-PANHIA DE IESV, // Prégador de Sua Alteza. // PRIMEYRA PARTE // DEDICADA // AO PRINCIPE, N.S. // [emblema da Companhia de Jesus] // EM LISBOA. // Na Officina de IOAM DA COSTA. // —— // M.DC.LXXIX. In-4.º peq. de XXIV- 559 (1118 colunas, duas por página)--I e CVIII págs. inums. finais.

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——— SEGVNDA PARTE. // DEDICADA // No Panegyrico da Rainha Santa // AO SERENIS-SIMO NOME // DA PRINCEZA N. S. // D. ISABEL. // [emblema da Companhia de Jesus] // EM LISBOA. // Na Officina de MIGUEL DESLANDES. // E à sua custa, & de Antonio Leyte Pereyra Mercador de Livros. // —— // M.DC.LXXXII. In-4.º peq. de VIII-470-LVI págs.

——— TERCEIRA PARTE. // [emblema da Companhia de Jesus] // EM LISBOA. // Na Officina de MIGUEL DESLANDES. // Acusta de Antonio Leyte Pereyra, Mercador de Livros. // —— // // M.DC.LXXXIII. In-4.º peq. de X-574-II págs.

——— QUARTA PARTE. // [emblema da Companhia de Jesus] // EM LISBOA. // Na Officina de MIGUEL DESLANDES. // A custa de Antonio Leyte Pereyra, Mercador de Livros. // —— // M.DC.LXXXV. In-4.º peq. de XII-600 págs.

——— QVINTA PARTE. // [emblema da Companhia de Jesus] // LISBOA, // Na Officina de MIGUEL DESLANDES, // Impressor de Sua Magestade. // A custa de Antonio Leyte Pereyra, Mercador de Livros. // —— // M.DC.LXXXIX. In-4.º peq. de XII-636 págs.

——— SEXTA PARTE. // [emblema da Companhia de Jesus] // LISBOA, // Na Officina de MIGUEL DESLANDES, // Impressor de Sua Magestade. // À custa de ANTONIO LEYTE PEREYRA. Mercador de Livros. // —— // M.DC.LXXXX. In-4.º peq. de VIII-595-I págs.

——— SEPTIMA PARTE. // [emblema da Companhia de Jesus] // LISBOA, // Na Officina de MIGUEL DESLANDES. // Impressor de Sua Magestade. A custa de ANTONIO LEYTE PEREIRA, Mercador de Livros. // M.DC.LXXXXII. In-4.º peq. de VIII-558-IV págs.

——— XAVIER DORMINDO, // E // XAVIER ACORDADO: // DORMINDO, // Em tres Ora-çoens Panegyricas no Triduo da sua Festa, // DEDICADAS // AOS TRES PRINCIPES QUE // A RAINHA // NOSSA SENHORA // Confessa dever à intercessaõ do mesmo Santo; // ACOR-DADO, // Em doze Sermoens Panegyricos, Moraes, & Asceticos, os nove // da sua Novena, o decimo da sua Canonizaçaõ, o unde- // cimo do seu dia, o ultimo do seu Patrocinio, // ... // OITAVA PARTE. // —— // LISBOA, // Na Officina de MIGUEL DESLANDES. // Impressor de Sua Magestade. // A custa de ANTONIO LEYTE PEREIRA, Mercador de Livros. // M.DC.LXXXXIV. In-4.º peq. de XXIV-536 págs.

——— MARIA // ROSA MYSTICA. // EXCELLENCIAS, PODERES, E MA- // ravilhas do seu Rasario [sic], // COMPENDIADAS // EM TRINTA SERMOENS ASCETICOS, // & Pane-gyricos sobre os dous Evangelhos desta solemnidade // Novo, & Antigo: // OFFERECIDAS // A SOBERANA MAGESTADE DA MESMA // SENHORA // ... // I. PARTE. // [emblema da Companhia de Jesus] // LISBOA. // Na Officina de MIGUEL DESLANDES, Na Rua da Figueyra. // À custa de Antonio Leyte Pereyra, Mercador de Livros. // M.DC.LXXXVI. In-4.º peq. de VIII-554 [aliás 544]-46 págs.

——— MARIA // ROSA MYSTICA. // ... // II. PARTE. // [pequena vinheta com um serafim] // LISBOA. // Na Impressaõ Craesbeeckiana. Anno M.DC.LXXXVIII. // À custa de Antonio Leyte Pereyra, Mercador de Livros. // In-4.º peq. de VIII-518 [aliás 519]-32-24 págs.

——— SERMOENS // ... // UNDECIMA PARTE, // OFFERECIDA // à Serenissima Rainha da // GRÃ BRETANHA. // [emblema da Companhia de Jesus] // LISBOA, // Na Officina de MIGUEL DESLANDES, // Impressor de Sua Magestade. // M.DC.LXXXXVI. In-4.º peq. de VIII-590-23-I págs.

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——— PARTE DUODECIMA // DEDICADA // Á PVRISSIMA CONCEIÇAÕ // DA VIRGEM MARIA // SENHORA NOSSA. // [emblema da Companhia de Jesus] // LISBOA, // Na Officina de MIGUEL DESLANDES, // Impressor de Sua Magestade. // (...) Anno de 1699. // À custa de Antonio Leyte Pereyra. In-4.º peq. de XX-441 [aliás 420]-I págs.

——— PALAVRA DE DEOS // EMPENHADA, E DESEMPENHADA: // EMPENHADA // NO SERMAM DAS EXEQUIAS DA // Rainha N. S. Dona Maria Francisca // Isabel de Saboya; // DESEMPENHADA // NO SERMAM DE ACÇAM DE GRAÇAS // pelo nascimento do Principe D. Joaõ Primogenito // de Suas Magestades, que Deos guarde, // Prègou hum, & outro // O P. ANTONIO VIEYRA // ... // O primeiro // Na Igreja da Misericordia da Bahia, em 11. de Setem- // bro, anno de 1684. // O segundo // Na Cathedral da mesma Cidade, em 16. de // Dezembro, anno de 1688. // [pequena vinheta] // LISBOA, // Na Officina de MIGUEL DESLANDES, // Impressor de S. Magestade. // (...) Anno de 1690. In-4.º peq. de VIII-260 págs.São os primeiros XIII volumes da muito valiosa edição original dos Sermões do Padre António Vieira, missionário jesuíta, político e diplomata. Como missionário, para além de participar na evangeliza-ção dos índios brasileiros, defendeu os seus direitos contra os excessos da colonização. Mais tarde, também os judeus convertidos ou cristãos-novos mereceram a sua importante protecção e defesa. Por duas vezes esteve prisioneiro — a primeira por fazer oposição à escravização dos índios, a segunda por ter redigido um papel intitulado Esperanças de Portugal, Quinto Império do mundo — onde pro-curou mostrar que Gonsalianes Bandarra, sapateiro de Trancoso, fora verdadeiro profeta quando nas suas trovas disse que havia de ressuscitar um rei em Portugal, para ser imperador do mundo, dando assim início à crença messiânica do Quinto Império.Composição tipográfica em caracteres redondos e itálicos, adornada de letras capitais de fantasia, cabeções de enfeite e florões de remate talhados em madeira.O 1.º volume tem um pequeno rasgão na folha de frontispício.O 3.º volume tem cortes de traça junto à lombada que ofendem sem gravidade algumas das folhas. A última folha do primeiro caderno apresenta um restauro antigo e está bastante aparada.O 4.º volume tem uma pequena mancha em toda a extensão da margem superior da folha 13/14O 7.º volume encontra-se completo, tendo no entanto duas das folhas preliminares colocadas entre a última e a penúltima folhas.8.º volume: A primeira folha do terceiro caderno (folha 1/2) tem um pequeno rasgão no canto inferior junto à lombada.O 11.º volume conserva a bonita portada que antecede o frontispício e apresenta algumas das folhas do primeiro caderno fora do lugar. Com insignificantes picos de traça nas margens do volume.O 13.º volume ou «PALAVRA DE DEUS...» tem o frontispício e as 3 primeiras folhas preliminares manchadas.Todos os volumes, à excepção dos volumes III, VIII, XI e XIII, apresentam escritos de posse, da época, no frontispício.Bonitas encadernações inteiras de pele, contemporâneas e de igual composição, à excepção dos vol I, III e XI. Os volumes I e III foram restaurados e apresentam novas lombadas imitativas das originais; o XI, também contemporâneo mas com ferros ligeiramente diferentes.

1291 — VIEIRA (Padre António).- SERMOENS, // E // VARIOS DISCURSOS // (... ) // TOMO XIV. // Obra posthuma // DEDICADA // Á PURISSIMA CONCEIÇAM // DA // VIRGEM MARIA // NOSSA SENHORA. // [emblema da Companhia de Jesus] // LISBOA, // POR VA-LENTIM DA COSTA DESLANDES, // Impressor de Sua Magestade. // M.DCCX. In-4.º peq. de XXIV-350 págs.Primeira edição, minuciosamente descrita no Catálogo da Livraria Azevedo-Samodães. Tomo XIV dos Sermões.Encadernação contemporânea em inteira de pele.

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1292 — VIEIRA (Padre António).- VOZES SAUDOSAS, // DA ELOQUENCIA, // DO ESPI-RITO, DO ZELO, E EMINENTE SABEDORIA // DO PADRE // ... // ACOMPANHADAS // Com hum fidelissimo Echo, que sonoramente resulta // do interior da obra // CLAVIS PROPHE-TARUM. // Concorda no fim a suavidade das Musas em elogios raros. // Tudo reverente dedica // AO PRINCIPE // NOSSO SENHOR // O P. ANDRE’ DE BARROS, // Da Companhia de Jesus, Academico do numero da // Academia Real da Historia Portugueza. // (pequena vinheta) // LISBOA OCCIDENTAL. // Na Officina de MIGUEL RODRIGUES, // Impressor do Senhor Patriarca. // —— // M. DCC. XXXVI. In-4.º peq. de XXIV-315 [a penúltima página erradamente numerada 135]-I págs. E.Edição minuciosamente descrita no Catálogo da Livraria Azevedo-Samodães. Primeira edição. Borba de Moraes salienta a importância desta obra dizendo: “ (...) this volume (...) contains several treatises on Brazil written by Antonio Vieira, but no sermons (...)”, revelando de seguida os capítulos de inte-resse Brasiliense.Encadernação contemporânea em inteira de carneira. Com pequenos cortes de traça que ofendem a mancha tipográfica sem que no entanto prejudiquem a sua leitura. (ver gravura na pág. 388)

1293 — VIEIRA BORGES ZANDER D’ALMEIDA JERNSTED (Eduardo Adolfo).- FIDAL-GOS E PLEBEUS DE PORTUGAL. Apontamentos Genealógicos. (A Gráfica do Ave. Riba d’Ave. S.d. 1951?). In-8.º gr. de IV-79-III págs. B.Trabalho genealógico sobre várias famílias nobres portuguesas, antecedido de um prefácio de Eugénio de Andrea da Cunha e Freitas. De muito reduzida tiragem.

1294 — VILA-MAIOR (2.º Visconde de).- O DOURO ILLUSTRADO. Album do Rio Douro e paiz vinhateiro, contendo: Introducção historica e descriptiva do paiz vinhateiro, descripção das principaes quintas e dos trabalhos vinicolas usados no Douro, nota sobre o commercio dos vinhos do Porto, serviço e trabalho dos armazens. Porto. Livraria Universal de Magalhães & Moniz, Editores. 1876. In-4.º oblongo de VIII-226 págs. + 25 gravuras e 2 mapas E.Obra clássica da bibliografia duriense e vitivinícola, com frontispícios e texto em português, francês e inglês, enriquecida com 24 belas ilustrações abertas em madeira impressas em separado, que representam Barca d’Alva; Quinta do Silho, Foz de Sabôr e Valle de Villariça; Quinta do Vesuvio; Cachão da Valleira; Foz--Tua; Roriz; Quinta da Romaneira; Roeda; Pinhão e Casal de Loivos; Casa da Quinta do Noval; Adega da Quinta do Noval; Vista Geral da Quinta do Noval; Bateiras; Valmôr; Folgoza; Regoa; Caldas de Moledo; Seromenha; Raiva e Barqueiros; Cadão; Caldas de Aregos; Alfandega do Porto; Foz do Douro. No final a edição apresenta ainda uma gravura com utensílios vinícolas e uma Barco Rabelo, um mapa do «Districto do Alto Douro»; e o RARÍSSIMO MAPA DESDOBRÁVEL intitulado «Carta do Rio Douro e Paiz Vinhateiro desde a Barca d’Alva até S. João da Foz, segundo a carta do barão de Forrester”.EDIÇÃO DE GRANDE RARIDADE E VALOR BIBLIOGRÁFICO.Encadernação original, desconjuntada. Com manchas de acidez próprias da qualidade do papel.(ver gravura na pág. 389)

1295 — VILAR (Francisco de Paula da Silva).- ATRAVEZ DAS ORDENS DE BERESFORD DURANTE A GUERRA PENINSULAR. (Apontamentos e commentarios) por... Lisboa. Typo-graphia Belenense. 1896. In-8.º de 68 págs. B.Edição provavelmente muito reduzida, destinada “aos alumnos do 2.º curso da escola regimental”.

1296 — VILARES (João Baptista).- MONOGRAFIA DO CONCELHO DE ALFANDEGA DA FÉ. Porto. 1926. In-8.º de 285-I págs. E.Monografia estimada, antecedida de um prefácio do Abade de Baçal. Com uma «Carta Corográfica do Concelho de Alfandega da Fé» impresso em folha desdobrável.Encadernação com lombada de pele.

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1297 — VILARINHO DE SÃO ROMÃO (1.º Visconde de) [GIRÃO (António Lobo de Barbosa Ferreira Teixeira)].- ANALYSE DO MANIFESTO DO PRINCIPE R. Lisboa: Na Imprensa Nacional. Anno de 1822. In-8.º de 53-III págs. B.Contundente reflexão acerca da proclamação da Independência do Brasil. Acerca do autor, refere Innocêncio que foi “Par do Reino, Deputado ás Côrtes constituintes em 1821, Prefeito das províncias de Traz os Montes e Extremadura em 1834 (...)”. Natural de Trás-os-Montes, entre muito util, compe-tente e vasta obra, colaborou, para a «Revista Universal Lisbonense», para os «Annaes da Sociedade Promotora da Industria Nacional», etc.Com vestígios de humidade.

1298 — [VILARINHO DE SÃO ROMÃO (1.º Visconde de)] [GIRÃO (António Lobo de Bar-bosa Ferreira Teixeira)].- HISTORIAS DE MENINOS PARA QUEM NAO FOR CREANÇA, Escritas por Hum Homisiado, que soffreu o martyrio de estar escondido cinco annos e dous mezes. Segunda Edição. Lisboa, Na Imprensa Nevesiana. 1835. In-8.º de 231-I págs. E.Livro muito curioso e invulgar, publicado anonimamente, da autoria do Visconde de Vilarinho de S. Romão.Encadernação da época, com defeitos.

1299 — VILARINHO DE SÃO ROMÃO (1.º Visconde de) [GIRÃO (António Lobo de Barbosa Ferreira Teixeira)].- MEMORIA HISTORICA E ANALYTICA SOBRE A COMPANHIA DOS VINHOS DENOMINADA DA AGRICULTURA DAS VINHAS DO ALTO DOURO. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1833. In-8.º de XI-I-331-I págs. E.Innocêncio considerou esta obra “o que de mais completo se escreveu ácerca d’esta instituição”, dando de seguida informação de outras que, “em tempos differentes, nos quaes a mesma instituição foi apre-ciada sob influencias já contrarias, já favoraveis”, julgou interessante relatar.Encadernação da época com lombada e cantos de pele.

1300 — [VILAS BOAS (Frei Manuel do Cenáculo)].- CUIDADOS // LITERARIOS // DO // PRELADO DE BÉJA // EM GRAÇA // DO SEU BISPADO. // [Escudo com as Armas de Por-tugal] // LISBOA: // NA OFFICINA DE SIMÃO THADDEO FERREIRA. // ANNO M. DCC. XCI. // Com Licença da Real Meza da Commissão Geral sobre o Exame, e Censura dos Livros. In-4.º de VIII-552-II págs. E.Frei Manuel do Cenáculo, um dos mais brilhantes eruditos no tempo de Pombal, entre muitos outros importantes cargos, desempenhou o de presidente da Junta da Providência Literária, que preparou uma das mais notáveis reformas universitárias portuguesas, a reforma Pombalina da Universidade. A ele se deve a organização da Biblioteca do Convento de Jesus em Lisboa, a fundação da Biblioteca Pública de Évora, o primeiro museu público de história natural, academias culturais, etc.Autor de vários opúsculos de carácter religioso, é pela sua acção na reforma pedagógica que ainda hoje é citado.A obra comporta excelentes trabalhos acerca de história literária, do progresso das ciências, das línguas Grega e orientais, lógica, geometria, matemática, catequização dos povos do ultramar, etc. Edição de impecável execução gráfica, em bom papel. Publicada sem o nome do autor.Encadernação inteira de pele, da época com pequenos defeitos.

1301 — VIRGÍLIO (Públio).- AS GEORGICAS DE VIRGILIO Trasladadas a portuguez por António Feliciano de Castilho. Paris, Typographia de Ad. Lainé e J. Havard. 1867. In-4.º de IV-301-III págs. E.Tradução estimada e não vulgar, numa cuidada edição impressa sobre bom papel e ilustrada com um belo retrato de Castilho assinado por A. F. Lemaitre e quatro primorosas gravuras alusivas ao texto, também da autoria de Lemaitre, todas abertas a buril em chapa de metal.Encadernação com a lombada de pele cuidadosamente decorada com ferros a ouro e nervuras.Exemplar personalisado com dedicatória de A. F. de Castilho.

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1302 — VISCONTI (M.).- LE TOMBEAU DE NAPOLÉON Ier érigé dans le Dome des Inva-lides, Par ... Architecte de S. M. l’Empereur. Paris, L. Curmer, Éditeur. MDCCCLIII. In-8.º de 107-I págs. E.“Description du Tombeau de Napoléon, aux Invalides, description historique, artistique, illustrée de nombreuses gravures intercalées dans le texte”.Curiosa publicação, profusamente ilustrada nas páginas de texto e em folhas desdobráveis, destinada á venda no interior do Dome des Invalides “aussitôt que le monument aura été solennellement inauguré”.Com manchas de acidez, próprias da qualidade do papel utilizado.

1303 — VITA E FASTI DI NAPOLEONE BONAPARTE. Dal principio delle sue memorandi imprese politico-militari sino alla pace di Luneville Colla descrizione della tanto celebrata provincia dell’Egitto. Amsterdam. [S.d. - 18??] In-8.º de 279-I págs. E.Muito invulgar biografia de Napoleão, publicada em Amsterdam, sem o nome do autor e em língua italiana.Encadernação da época inteira de pele, com bonitos ferros a ouro na lombada e pequenos defeitos.

1304 — VITERBO (F. M. de Sousa).- HARMONIAS FANTASTICAS. Lisboa. Livraria Ferreira, Lisboa & Cª. 1875. In-8.º de 235-II págs. B.É a edição original deste apreciado livro de poemas de Sousa Viterbo.Curiosa dedicatória do autor a seu tio, Boaventura da Fonseca e Souza de Viterbo.

1305 — VITERBO (F. M. de Sousa).- O MOSTEIRO DE SANCTA CRUZ DE COIMBRA. Annotações e documentos. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1890. In-4.º de 32 págs. B.Rara separata de «O Instituto», limitada a 81 exemplares numerados, sendo a tiragem que apresenta-mos de 56 impressos em papel comum.

1306 — VITERBO (F. M. de Sousa).- NOTICIA ACERCA DA VIDA E OBRAS DE JOÃO PINTO DELGADO. Lisboa. Por ordem e na Typographia da Academia. 1910. In-fólio de 35-I págs. B.Restrita separata da «Historia e Memórias da Academia Real das Sciencias de Lisboa». Valiosos ele-mentos para “esclarecer a biographia de um nosso poeta ilustre pelas suas obras, quasi todas (as conhecidas) na língua hespanhola, em cuja litteratura tem honroso cabimento”.

1307 — VITERBO (Fr. Joaquim de Santa Rosa de).- ELUCIDARIO // DAS // PALAVRAS, TERMOS, E FRASES, // QUE EM PORTUGAL ANTIGUAMENTE SE USÁRÃO, // E QUE HOJE REGULARMENTE SE IGNORÃO: // OBRA INDISPENSAVEL // PARA ENTENDER SEM ERRO // OS // DOCUMENTOS MAIS RAROS, E PRECIOSOS, // QUE ENTRE NÓS SE CONSERVÃO: // PUBLICADO EM BENEFICIO DA LITTERATURA PORTUGUEZA, // E DEDICADO // AO // PRINCIPE N. SENHOR // POR // FR. JOAQUIM DE SANTA ROSA DE VITERBO, // Dos Menores Observantes Reformados da Real Provincia da // Conceição. // ... // LISBOA. M.DCC.XCVIII-M.DCC.XCIC. // NA OFFICINA DE SIMÃO THADDEO FERREIRA. 2 vols. In-fólio de IV-484-II e 416-62-II págs. E.Primeira e rara edição desta importante obra, indispensável a quantos se dedicam ao estudo da lingua-gem portuguesa antiga ou tenham de decifrar velhos documentos. O primeiro volume contém várias gravuras impressas nas páginas do texto e ainda cinco gravuras impressas em folhas à parte. No final do 2º volume, no ultimo grupo de 62 páginas foi impresso o «Su-pplemento, addicções, e correcções ao I.º, e II.º Tomo do Elucidario das Palavras, Termos, e Frases, que em Portugal Antigamente se usárão, e que hoje regularmente se ignorão»Encadernações contemporâneas inteiras de pele, com defeitos na lombada do segundo volume.

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1308 — VITORINO (Pedro).- NOTAS DE ARQUEOLOGIA PORTUENSE. Publicações da Câma-ra Municipal do Pôrto. Gabinete de História da Cidade. [Porto. 1937]. In-4.º de XI-I-263-I págs. B.Um dos mais raros e estimados volumes da magnífica colecção «Documentos e Memórias para a História do Pôrto», este com especial interesse para a história de alguns conventos e capelas antigas desta cidade. Edição ilustrada com 75 gravuras nas páginas do texto.

1309 — VITORINO (Pedro) & BASTO (A. de Magalhães).- CATÁLOGO DA EXPOSIÇÃO HISTÓRICA DO PÔRTO. (Junho de 1934). Organizada por... 1935. Emp. Industrial Gráfica do Pôrto, Ldª. In-4.º de XV-I-98-VI págs. B.Catálogo de uma importante exposição, onde “o amador ou o estudioso encontrará (...) não só a des-crição sumária de quadros, desenhos, gravuras, litografias, documentos escritos, e outros objectos que interessam à História da Capital do Norte, mas também a indicação dos seus possuidores, serviço êste de não pouca utilidade e valia, visto, infelizmente, não ter sido ainda possível criar o Museu Histórico da Cidade do Pôrto (...)”. Com numerosas estampas impressas em folhas à parte.

1310 — VOUZELA E SEUS ARREDORES. [S.l.n.d. - 1930?]. In-8.º gr. esguio de XLVIII págs. inums. B.Opúsculo ilustrado com numerosas fotografias e uma “Carta Itineraria da Região de Lafões”, impressa em folha desdobrável. Com uma poesia de A. Corrêa d’Oliveira consagrada a Vouzela e um texto em prosa de João Correia d’Oliveira. É anónimo o texto principal.

1311 — WACHSMANN (Fred).- COMO EU VI A SERRA DA ESTRELA. Lisboa. 1949. [Edi-ções da Tipografia Alcobacence, Lda. Alcobaça]. In-8.º de 74-II págs. B.Com numerosas fotogravuras e um mapa de grandes dimensões.

1312 — WALTON (William).- CARTA PRIMEIRA [E SEGUNDA] DIRIGIDA AO CONDE GREY, Primeiro Ministro da Grã-Bretanha, àcerca do Estado das Relações Políticas e Com-merciaes entre Portugal e aquelle Paiz. Escripta recentemente em Inglez por Guilherme Walton, e traduzida em vulgar. Segunda Edição. Lisboa: 1832. Na Imprensa da Rua dos Fanqueiros N.º 129 B. 2 vols. In-8.º de 214; 252 págs. E.De grande importância para a história das relações políticas e comerciais luso-britânicas, contemporâ-neas das fortes convulsões que abalaram Portugal desde 1822, ano da proclamação da independência do Brasil. Obra particularmente interessante para o estudo do comércio de vinhos em Portugal.Encadernação de pele inteira, da época, com bonitos ferros gravados na lombada e pastas, sendo o corte das folhas brunido a ouro.

1313 — WALTON (William).- LETTRE A SIR JAMES MACKINTOSH SUR SA MOTION RELATIVE AUX AFFAIRES DU PORTUGAL, Du 1er. Juin 1829; Par... Traduit par A. Lardier. Paris. Imprimerie de Pihan Delaforest (Morinval), 1829. In-8.º de IV-363-I págs. E.Obra de grande importância para o estudo da Questão Portuguesa, da independência do Brasil e das suas implicações nas relações internacionais.Encadernação antiga com imperfeições. Com manchas de acidez próprias da qualidade do papel.

1314 — WATSON (Walter Crum).- PORTUGUESE ARCHITECTURE. London. Archibald Constable and Company Limited. 1908. In4.º de XVII-I-280 págs. E.Interessante e muito estimado trabalho inglês sobre a arquitectura portuguesa, numa muito esmerada edição ilustrada com uma centena de boas fotogravuras impressas em separado, além de uma colorida representando belos espécimes de azulejos antigos e ainda várias plantas de monumentos intercaladas nas páginas de texto.Valiosa e bastante rara.Encadernação original um pouco manchada.

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