Bienais de arte

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De 1963, 1965, 1967, 1969, 1971, 1973, 1977, 1979 e 1981. Grupo: Alexandre de Arruda, n° 01, 8ªA. Barbara Lima, n° 04, 8ªA. Carolina Assunção, n° 07, 8ªA. Erly Lima, n° 10, 8ªA. Maythe Ghiraldelli, n° 19, 8ªA. Sandrelly, n° 25, 8ªA.

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mais um trabalho sobre as bienais de artes de sáo paulo, preparado para a feira cultural.

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De 1963, 1965, 1967, 1969, 1971, 1973, 1977, 1979 e 1981.

Grupo:Alexandre de Arruda, n° 01, 8ªA.

Barbara Lima, n° 04, 8ªA.Carolina Assunção, n° 07, 8ªA.

Erly Lima, n° 10, 8ªA.Maythe Ghiraldelli, n° 19, 8ªA.

Sandrelly, n° 25, 8ªA.

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A Bienal de São Paulo realizou a sua sétima edição completamente desvinculada do Museu de Arte Moderna MAM. �O desejo de opulência de Ciccillo atingiu o auge nessa edição. Desde a primeira Bienal, os críticos o acusavam de querer um evento com mais bandeiras que a Bienal de Veneza.Com mais de 5 mil obras, de 55 países, a 7ª Bienal foi inchada e pecou pelo excesso. Além dos novos países integrantes, a mostra brasileira também apresentou um volume muito grande de obras.O escritor e crítico Paulo Mendes de Almeida lamentou o excesso entre os brasileiros. Isso não tem sentido nem propósito e �o que resulta, mesmo depois da triagem procedida pelo júri de seleção, é um amontoado enorme e incongruente de telas, desenhos e gravuras que impedem qualquer observador de ter um idéia do que se passa exatamente em nosso meio e do que representam nossos artistas .�Mesmo com o transbordamento de obras, o Brasil apresentou trabalhos destacados, como os de Renina Katz, Felícia Leirner e Faiga Ostrower mas principalmente nas salas de Luiz Piza e Ligia Clark.Entre as representações estrangeiras destacou-se o norte-americano George Segal, com um trabalho escultórico que apresentou assemblages e uma forte adesão à pop art, movimento que viria a predominar nas edições seguintes.

"Planos em Superfície nº 5" (1957), obra de Lygia Clark

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Em 1965, um ano e meio após o golpe de Estado promovido pelos militares, a Bienal realizou a sua oitava edição. Curiosamente, enquanto a vida política brasileira entrava em um de seus períodos mais obscuros, a Bienal de São Paulo apresentou traços de ruptura e renovação em relação a alguns dos suportes tradicionais na arte. Ao dividir o Grande Prêmio de Pintura com o francês Victor Vasarely, o italiano Alberto Burri conseguiu ruir conceitos que regiam as premiações nas bienais. Usando materiais como plásticos, madeiras mofadas e queimadas e celofane, Burri gerou desconforto no público desavisado, e mesmo no júri, ao apresentar suas pinturas . Outro traço de uma radical mudança que se aproximava � �foi a cortina de madeira apresentada pelo inglês Victor Pasmore também apresentada como uma pintura. Entre os brasileiros, os destaques foram as obras escultóricas. Sérgio Camargo, premiado como melhor escultor, Amílcar de Castro, Caciporé Torres e Francisco Stockinger apresentaram peças inovadoras. Equilibrada, a oitava Bienal trouxe outros destaques importantes. A sala Do Surrealismo à Arte Fantástica abrigou mais de � �200 obras de 60 artistas de grande importância, entre eles, Max Ernst, Joan Miró, Marcel Duchamp, René Magritte, Yves Tanguy, Man Ray, Paul Klee, Paul Delvaux, Juan Ponç e Francis Picabia.Anunciando a predominância da pop art dos anos seguintes, a 8ª Bienal trouxe uma grande mostra de comics com originais de Mandrake e Flash Gordon e trabalhos dos brasileiros Maurício de Souza, Jaime Cortez, E.T. Coelho e Manoel Vitor.Também foi nessa edição que os comics ocuparam o Teatro Municipal. O compositor Willy Corrêa de Oliveira regeu a performance Ouviver a Música , � �em que os instrumentistas recebiam partituras com desenhos de personagens de histórias em quadrinhos. A partir do comando do maestro Willy Corrêa, o instrumentista era instado a improvisar inspirado nos desenhos de sua partitura.

"Roda de Bicicleta", obra de Marcel Duchamp

O dramaturgo Plínio Marcos vende seus livros durante a 8ª Bienal

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Com uma mostra que apresentou 366 artistas brasileiros e que foi bastante criticada pela falta de critérios na seleção dos trabalhos, a 9ª Bienal de São Paulo experimentou os primeiros problemas com a censura da ditadura militar. Alguns artistas tiveram obras retiradas da mostra e os jornalistas tiveram dificuldades para trabalhar.

Cibele Varela teve um trabalho retirado por ser ofensivo às autoridades brasileiras, segundo alegação da Polícia Federal. A série Meditações �sobre a Bandeira Nacional , de Quissak Jr, também foi excluída porque feria a Constituição brasileira da época, que proibia a utilização de �símbolos nacionais se não fossem para fins oficiais ou patrióticos .� �

Ironicamente o norte-americano Jasper Johns ganhou o Prêmio da Bienal de São Paulo com a obra �Três Bandeiras . O quadro, que o tornou célebre internacionalmente, era uma pintura com a sobreposição de �três bandeiras dos Estados Uinidos.

Entre os sessenta países representados na nona edição da Bienal, os Estados Unidos sobressaíram-se com a pop art como eixo de sua exposição. A sala norte-americana teve tal importância que o evento acabou marcado como A Bienal Pop .� �

O movimento foi representado por Robert Rauschenberg, Roy Lichtenstein, Claes Oldenburg, Robert Indiana, Tom Wesselmann e por cinco obras do principal nome da pop art Andy Warhol. Também fez parte da sala o quadro Três Bandeiras de Jasper Johns.� �

A elogiada montagem trouxe ainda uma sala especial de Edward Hopper, precursor do movimento da pop art e um dos mais

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O ano de 1969 foi marcado pelo endurecimento da ditadura. Com a publicação do Ato Institucional de Número 5, o regime aumentou a censura e a repressão no país. Artistas, críticos e intelectuais brasileiros e de vários países recusaram-se a participar e realizaram protestos contra o regime, e algumas representações tiveram suas mostras esvaziadas. Em conseqüência disso, a 10ª Bienal ficou marcada como a

Bienal do Boicote .� �

Ao contrário do que se esperaria de um evento voltado para a arte de vanguarda, a Bienal de São Paulo não se tornou um pólo de resistência à ditadura militar. Financiada, em grande medida, por recursos do governo federal, a Bienal foi tolerante com o regime de exceção, o que lhe custou a antipatia de críticos e artistas de várias partes do mundo. Como publicado no livro Bienal 50 Anos, organizado por Agnaldo Farias, 80 % dos artistas �convidados não compareceram, a exemplo de Carlos Vergara, Rebens Gerchman, Burle Marx, Sérgio Camargo e Hélio Oiticica. No exterior, expositores dos Estados Unidos, México, Holanda, Suécia, Argentina e França juntaram-se ao protesto�

Com a ausência de mostras de peso, a Bienal expôs o que foi possível trazer ao Brasil. A Grã-Bretanha trouxe oito esculturas de Anthony Caro, um mestre da abstração que foi assistente de Henry Moore. O país que apresentou a exposição mais consistente, na opinião dos críticos, foi a Alemanha. Entre as 80 obras da representação germânica, destacaram-se as pinturas de Horst Antes e os quadros da série

Homenagem ao Quadrado , de Josef Albers, um precursor da op-art.� �

Na Bienal do Boicote , os destaques brasileiros foram as salas em homenagem a Ismael Nery e � �Oswald Goeldi; e a instalação de Mira Schendel Ondas Paradas de Probabilidades , que formava um � �ambiente a ser atravessado pelos visitantes.

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Na 11ª Bienal de São Paulo, em 1971, artistas e críticos do circuito internacional de arte mantiveram o boicote iniciado na edição anterior e ampliaram o tom das críticas. Max Bill, Alexander Calder, Henry Moore e Pablo Picasso chegaram a publicar na imprensa norte-americana uma carta de repúdio à perseguição da ditadura militar ao escritor e crítico Mário Pedrosa. Picasso, que teve uma importante mostra na segunda Bienal, também recusou a homenagem que a décima primeira edição prestaria aos seus 90 anos.Se a representatividade e a qualidade da arte contemporânea presente na mostra ficaram comprometidas pelo boicote, a exposição de 1971 incrementou as mostras históricas.Foram apresentadas salas especiais com obras de artistas presentes na Semana de Arte Moderna de 1922, uma retrospectiva da gravura nacional, além de uma retrospectiva em comemoração aos 20 anos de Bienal com trabalhos premiados nas edições anteriores.Entre os contemporâneos brasileiros, houve um número muito grande de artistas com poucas obras cada um. Apesar do grande volume de trabalhos, a representação do país sofreu muitas críticas pela desorganização, falta de critérios nas escolhas e pela opção da quantidade em detrimento da qualidade.

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A 12ª Bienal apresentou uma mostra de artistas nacionais confusa. Escolhidas por seis júris regionais (Fortaleza, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo) as obras não caracterizavam um conjunto. Por mais que se tentasse justificar o critério da regionalização, a opção deixou de fora trabalhos de qualidade. O número de artistas cortados foi tão significativo que a edição ficou conhecida como a Bienal dos Recusados .� � Ao lado da organização por representações nacionais, em que cada país enviava trabalhos segundo seus próprios critérios, a mostra brasileira foi vista pela crítica como mal concebida e mal montada.

A artista Maria Bonomi radicalizou nas críticas: Esta exposição é um amontoado de coisas, armazém do naturalismo programado, �exibido e consumido sem nenhum fio condutor que expresse o valor e a importância do gesto artístico para o homem de hoje. Ela está comendo cada vez mais os próprios excrementos .�

Em uma edição marcada por diversos trabalhos de caráter lúdico, em que os visitantes podiam interagir com as obras, alguns críticos também chegaram a acusar uma suposta transformação do pavilhão da Bienal em um parque de diversões .� �

Apesar das críticas, a exposição destacou-se por uma pequena, mas significativa, mostra retrospectiva do pintor russo Wassily Kandinsky. E por cinco salas especiais que homenageavam artistas brasileiros mortos naquele ano: Flávio de Carvalho, Tarsila do Amaral, Ivan Serpa, Waldemar Cordeiro e Maria Martins.

Em 1973, surgiram na Bienal os primeiros trabalhos que usavam os meios de comunicação como linguagem nas artes plásticas, notadamente o vídeo. Entre os artistas-comunicadores , estavam o canadense Eric Marshall McLuhan (filho do famoso teórico da � �comunicação Marshall McLuhan), o americano Richard Serra e o argelino Fred Forest, que usava uma câmera de vídeo para fazer abordagens provocativas com as pessoas nas ruas da cidade.

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A 13ª Bienal foi envolta por mais uma crise institucional e financeira. Ciccillo Matarazzo deixou o comando da instituição, deu lugar a seu sobrinho Ermelino Matarazzo, mas voltou a assumir a direção meses depois, enquanto a Prefeitura de São Paulo ameaçava retirar o patrocínio.

Em uma edição marcada por uma significativa presença da vídeo-arte, os jurados recusaram-se a assistir às 8 horas de exibição que somavam os trabalhos dos 31 vídeo-artistas dos Estados Unidos. Revoltada com o descaso, a representação norte-americana ameaçou retirar todas as obras da Bienal, que contou com trabalhos do coreano radicado nos Estados Unidos, Nam June Paik, considerado o inventor da vídeo-arte.

Do Japão vieram trabalhos de apenas dois vídeo-artistas, Keigo Yamamoto e Katsuhiro Yamagushi, que apresentou um estudo do quadro As Meninas , de Diego Velásquez. Diferentemente dos norte-americanos, os japoneses enviaram trabalhos mais curtos e tiveram � �

melhor recepção entre o público e o júri.

A representação brasileira causou grande impacto com a exposição Xingu Terra . Além de várias peças do acervo etnográfico dos � �irmãos Vilas Boas e de grandes painéis fotográficos com as paisagens da reserva do Xingu, os organizadores da mostra trouxeram o índio Aritana para construir a reprodução de uma maloca, em tamanho natural, dentro do pavilhão da Bienal.

Quando se entrava na maloca, também era possível ouvir sons do cotidiano das tribos indígenas do Xingu.Como prenúncio da Primeira Bienal Latino-Americana, que seria inaugurada em 1978, a 13ª Bienal teve forte presença de artistas latino-americanos, com salas dos artistas José Luis Cuevas (México), Fernando Szyzlo (Peru), Augusto Torres (Uruguai), Luis Hernandes Cruz (Porto Rico) e Alejandro Otero (Venezuela).

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A 14ª Bienal Internacional de São Paulo foi a primeira após a morte de seu fundador, e principal dirigente, Francisco Matarazzo Sobrinho. Sem o comando de Ciccillo, a Bienal foi organizada pelo Conselho de Arte e Cultura (CAC).

Pela primeira vez a escolha das obras internacionais não ficou a critério exclusivo das representações do países. Por deliberação do CAC, os países deveriam fazer as seleções enquadrando-se em um dos sete temas propostos para o evento: Arqueologia do �urbano , O muro como suporte de obras , Grandes confrontos , Proposições contemporâneas , A vídeo-arte , � � � � � � � � �

Poesia espacial e Arte não catalogada . Apesar dos aspectos positivos da medida, os critérios eram um tanto abertos e � � � � � �o resultado foi muito próximo da falta de coesão que caracterizava as representações nacionais desde a primeira Bienal.

A exposição de 1977 ficou marcada por uma grande polêmica gerada pela premiação do Grupo dos Treze , coletivo argentino � �ligado ao Centro de Artes e Comunicações de Buenos Aires (CAYC). O grupo trouxe uma complexa e bem montada instalação intitulada Signos em Eco-Sistemas Artificiais . A obra casou forte impacto visual com a articulação de instalações que utilizavam � �terra, arame farpado, pedaços de carne, madeira, gaiolas com pássaros e batatas.

Quando foi anunciado o prêmio aos argentinos, o artista Frans Krajcberg indignou-se e acusou o grupo de ser formado por artistas ricos e que contavam com o apoio de um mecenas milionário para financiar a elaborada montagem, o que haveria desequilibrado o certame.

Concomitante à querela em torno do prêmio concedido aos argentinos, os únicos latino-americanos a receber a distinção máxima da Bienal, a 14ª edição teve como destaque os temas ecológicos. Com o tema A recuperação da paisagem , a representação � �brasileira mostrou trabalhos que abordavam a destruição da natureza, a miséria e que propunham ampliar as possibilidades de leitura sobre a ecologia.

Frans Krajcberg, um dos primeiros no Brasil a trabalhar com temas ambientais, apresentou uma exposição de esculturas feitas com raízes e madeira. O artista também ganhou um prêmio da Bienal, mas considerou o valor irrisório e incompatível com o seu histórico nas artes. Revoltado, Krajcberg recusou o prêmio e retirou suas obras da exposição.

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Na 15ª Bienal de São Paulo, em 1975, pela primeira vez o evento não teve premiações. Conhecida como a Bienal das �Bienais , a edição apresentou uma mostra com trabalhos de artistas que já haviam participado da exposição. Mas, com �a ausência de vários nomes importantes, a mostra não conseguiu empolgar o público e os críticos. Dos 108 premiados estrangeiros, por exemplo, apenas 66 enviaram trabalhos. Entre os brasileiros, chegou-se a 43, de 58 artistas premiados.

Mesmo com mostras relativamente pequenas, as salas internacionais tiveram artistas importantes. A França trouxe trabalhos de Roger Chastel e Fernand Léger. Da Itália vieram obras de Alberto Burri e Giorgio Morandi. A representação inglesa mostrou esculturas de Henry Moore e Barbara Hepworth. O México enviou material Rufino Tamayo, Manoel Filgueiras e José Luiz Cuevas. Dos Estados Unidos, o grande destaque foi Jasper Johns.

Entre os brasileiros que compuseram a Bienal das Bienais constavam Aldemir Martins, Arthur Luiz Piza, Iberê � �Camargo, Alfredo Volpi, Siron Franco e Arnaldo Pedroso DŽHorta.

Doze artistas também foram escolhidos para representar a produção contemporânea brasileira. Amílcar de Castro, vinculado ao movimento neoconcreto e um dos primeiros escultores não figurativos do Brasil, foi o grande destaque com a escultura O Passo .� �

26 anos depois de a Bienal instalar-se no parque do Ibirapuera, o evento rendeu homenagem a Oscar Niemeyer, arquiteto que projetou o pavilhão que passou a abrigar a mostra em 1953. Quando recebeu a homenagem, Niemeyer já era um dos maiores nomes da arquitetura no mundo.

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Ex-dirigente do Museu de Arte Contemporânea (MAC) e crítico reconhecido internacionalmente, Walter Zanini assumiu a curadoria geral da 16ª Bienal, em 1981. Prestigiado, Zanini apostou em artistas e idéias ousadas e, com a abertura política, procurou trazer de volta para a Bienal artistas contemporâneos brasileiros que haviam se afastado.

Diferentemente de todas as edições anteriores, a 16ª Bienal aboliu a montagem com espaços reservados por países. Zanini optou por montar a exposição com três núcleos distintos. No Núcleo I usou o critério da analogia de linguagem (pintura com pintura, vídeo com � �vídeo, escultura com escultura etc.). A forma, ousada para a época, dividiu opiniões, mas foi considerada modernizadora.No Núcleo II ficaram as obras que tinham vários enfoques e valor histórico para a arte contemporânea internacional. E o núcleo III � �abrigou as obras latino-americanas, como foi deliberado no ano anterior pela Reunião de Consulta aos Críticos , organizada pela � �Bienal.

Zanini criou uma Comissão Internacional para acelerar a adesão estrangeira, após a mudança do ambiente político. A estratégia surtiu � �resultado e os artistas convidados passaram a ser embaixadores que trabalhavam para a revitalização da Bienal Internacional de São � �Paulo.

A 16ª edição contou com salas especiais do italiano Alberto Burri, do belga Paul Delvaux e do norte-americano Philip Guston. Os ingleses Gilbert e George mostraram grandes painéis que mesclavam pintura, fotografia e desenho. E destacou-se também a dupla performática Ulay e Marina Abramovic.

Com critérios mais rigorosos, o público viu menos artistas brasileiros e trabalhos de grande qualidade. Entre os destaques estavam Carlos Fajardo, Cildo Meireles, Antônio Dias, Tunga e Anna Bella Geiger, que voltou à Bienal com a instalação Vídeo, Mesa, Frisa, Macias .� �

Outro destaque da décima sexta edição foi a mostra de Arte Postal , com curadoria do artista Júlio Plaza e que contou com obras de � �mais de duzentos artistas.

A sala dedicada à vídeo-arte, linguagem que já se consolidara internacionalmente, salientou a importância que Zanini conferiu a esse suporte. Mesmo assim público e crítica apresentaram dificuldades em assimilá-la. Em geral, os trabalhos eram considerados muito lentos e enfadonhos.

Inspirada no termo Art Brut , foi realizada a exposição paralela Arte Incomum , que abrangeu obras realizadas de forma � � � �espontânea, por artistas que transitam entre os limites da loucura e da lucidez. A mostra trouxe grande parte do acervo do Museu do Inconsciente, criado pela dra. Nise da Silveira. Contou ainda com reproduções da obra Palácio dos Sonhos , uma construção de pedras � �que o carteiro francês Facteur Cheval levou mais de 30 anos para concluir.