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01. Os trabalhos de Mendel constituem a pedra fundamental da Gené- tica, ciência que tem-se desenvolvido bastante ultimamente. Muito se aprendeu sobre a hereditariedade e sua natureza química, sobre os mecanismos de transmissão e sobre a expressão fenotípica das ca- racterísticas. Com relação a esse tópico, analise as proposições se- guintes. 0-0) A distribuição da geração F2, mostrada na figura, oriunda do cru- zamento de plantas com espigas de 11,7cm de comprimento, é indica- tiva de herança poligênica; dois pares de alelos determinam a caracte- rística em questão. 1-1) Indivíduos de fenótipo (AB), retrocruzados com indivíduos de fe- nótipo (ab), originaram uma descendência composta por: 41,5% (AB): 41,5% (ab): 8,5% (Ab): 8,5% (aB), o que é indicativo da existência de ligação gênica entre os locos A e B; locos que distam de 17 unidades de mapa. 2-2) Apenas aves com penas verdes foram obtidas na F1 produzida a partir do cruzamento de machos de penas verdes com fêmeas de penas brancas. Na F2, originada do cruzamento de indivíduos F1, foi observada a seguinte distribuição fenotípica: 9 verdes: 3 amarelas: 3 azuis: 1 branco, o que indica interação gênica entre dois pares de ale- los. 3-3) No heredograma a seguir, ilustra-se a ocorrência de uma anomalia determinada pela ação de um gene recessivo. Entre os indivíduos citados, apenas os genótipos de I3 e II5 nâo podem ser determinados, com exatidão. 4-4) Uma pessoa que apresenta um corpúsculo de Barr, atrofia testicu- lar e esterilidade, geralmente grande estatura e cariótipo 47, XXY, tem síndrome de Klinefelter. Comentário Resposta: VVVFV Justificativa: 0-0) Verdadeira: Características como comprimento de espigas e es- tatura humana têm variação contínua. A distribuição fenotípica exem- plificada ajusta-se aos efeitos de dois pares de alelos. Indivíduos que apresentam espigas com 11,7cm possuem quatro alelos aditivos. Em contraposição, indivíduos que apresentam 6,6cm de espiga não apre- sentam em seu genótipo nenhum alelo aditivo para a característica, o que indica o fenótipo mínimo para o comprimento da espiga. Observa- se, também, que, entre os valores mostrados na figura, existem outros intermediários, visto tratar-se de característica métrica. 1-1) Verdadeira: No exemplo, estão envolvidos dois locos gênicos, o loco (A) e o loco (B). Indivíduos (AB) foram retrocruzados com indiví- duos (ab), e todos os genótipos possíveis foram obtidos. Aqueles de maior freqüência representam as configurações genotípicas dos proge- nitores. Assim posto, os descendentes (Ab) e (aB) são resultantes da recombinação gênica entre os locos em questão, indicando, portanto, a existência de ligação gênica entre esses locos, com recombinação. Como a taxa de recombinação é convencionalmente igual à distância relativa entre eles, 1% de recombinação equivale a uma unidade de mapa. No caso em tela, a distância entre (A) e (B) é de 17 unidades de mapa (unidades de recombinação ou morganídeos). 2-2) Verdadeira: Nesse contexto, observa-se uma distribuição fenotípi- ca de 9:3:3:1, conforme se espera numa distribuição para uma geração F2, segundo as proporções mendelianas para dois locos gênicos de segregação independente. Observa-se, porém, que, ao contrário dos ditames mendelianos, o exemplo citado reflete a ação de dois pares de alelos que determinam um único caráter (cor da plumagem) e revela a ação interativa de dois locos ligados (ligação gênica, com recombi- nação). 3-3) Falsa: Outros genótipos, além do I3 e do II5, não podem ser deter- minados. Igualmente, não podem ser determinados, com exatidão, os genótipos dos indivíduos II2, II4 e III2. 4-4) Verdadeira: Os portadores de cariótipo 47,XXY são do sexo masculino, são estéreis e com testí- culos pequenos; em alguns casos, apresentam mamas. Evidências da síndrome de Klinefelter. 02. O avanço da Biotecnologia tem possibilitado, entre outras coisas, a ampliação do conhecimento sobre o genoma de diferentes organis- mos, a identificação de genes responsáveis pela manifestação de dife- rentes doenças e a disponibilização de técnicas que contribuem para a melhoria da vida humana. Com relação a esse tópico, analise as proposições abaixo. 0-0) Enzimas de restrição cortam o DNA em diferentes pontos, nos quais há determinadas seqüências de bases, que são por elas re- conhecidas. Assim, uma enzima (X) de restrição pode cortar o DNA, como mostrado no esquema abaixo: ENZIMA (X) RESTRIÇÃO Seqüências de corte no DNA que (X) reconhece G ↓ G ATCC / CCTAG ↓ G G ↓ A ATTC / CTTAA ↓ G A ↓ A GCTT / TTCGA ↓ A 1-1) Duas moléculas de DNA podem diferir quanto à localização dos sítios para atuação de uma mesma enzima de restrição, podendo ser gerados fragmentos de diferentes tamanhos, a partir de cada uma de- las. 2-2) Algumas bactérias, além de um cromossomo circular, apresentam moléculas menores e circulares de DNA, denominados plasmídios. Os genes identificados nesses plasmídios não são essenciais à vida do microorganismo; no entanto, podem ser utilizados como DNA vetor. 3-3) A amniocentese e a amostragem vilo-coriônica são métodos uti- lizados para o diagnóstico de doenças genéticas, durante a gravidez da mulher; o segundo método pode ser realizado mais precocemente que o primeiro. 4-4) A ovelha Tracy possui, incorporado em um de seus cromossomo- sos, o gene humano para a proteína alfa-1-antitripsina, o qual é capaz de produzir em seu leite a referida proteína. Por isso, é denominada de clone perfeito. Comentário Resposta: FVVVF Justificativa: 0-0) Falso: Uma determinada enzima de restrição corta o DNA em pontos específicos, nos quais há uma seqüência de bases que ela re- conhece. No exemplo dado, três enzimas de restrição (e não apenas uma, como é dito) estão envolvidas; uma reconhece a seqüência de bases GGATCC/CCTAGG, o corte ocorrendo entre os nucleotídeos G e G; uma segunda enzima reconhece a seqüência GAATTC/CTTAAG, com ponto de corte entre os nucleotídeos G e A; e uma terceira enzima de restrição reconhece a seqüência AAGCTT/TTCGAA, com ponto de corte entre os nucleotídeos A e A. 1-1) Verdadeiro: Foi constatado experimentalmente que, quando duas moléculas de DNA idênticas são tratadas com uma mesma enzima de restrição, são obtidos, ao final, conjuntos de fragmentos de tamanhos idênticos. Todavia, se as duas moléculas de DNA, tratadas com uma única enzima de restrição, forem diferentes, obtém-se, ao final, um conjunto de fragmentos de diferentes tamanhos. 2-2) Verdadeiro: Algumas bactérias possuem, além do cromossomo circular, moléculas menores de DNA, igualmente circulares, denomi- nadas plasmídios, nas quais não há genes essenciais à vida dessas bactérias. Os plasmídios têm sido muito utilizados em pesquisas, como por exemplo, a clonagem gênica. 3-3) Verdadeiro: Os dois métodos podem ser importantes para o diag- nóstico de doenças genéticas na gravidez, sendo possível realizar a amostragem vilo-coriônica mais precocemente que a amniocentese. 4-4) Falso: Os cientistas já conseguiram produzir ovelhas transgênicas, ou seja, animais que incorporaram em seu material genético um gene de outra espécie, como, no caso citado, um gene humano. 03. As comunidades são formadas por populações de diferentes es- pécies que vivem juntas e interagem entre si, de forma harmônica ou não. Todas as interações, no entanto, são importantes para a manu- tenção do equilíbrio ecológico. A preservação da natureza e o respeito à manutenção desse equilíbrio é dever de todo cidadão. Analise as afirmações seguintes. 0-0) Sucessão ecológica secundária pode ocorrer em locais anterior- mente habitados por outras comunidades, onde existiam condições favoráveis ao estabelecimento de seres vivos, como é o caso, por exemplo, de áreas destruídas por queimadas. 1-1) A derrubada de florestas só se constitui em uma ação benéfica para o ambiente quando pode promover o espessamento da camada de húmus, anteriormente consumida pelos organismos existentes. 2-2) Embora condenáveis sob o ponto de vista da poluição ambiental, as queimadas anuais, realizadas para diferentes cultivos vegetais, propiciam a renovação de micronutrientes e agilizam uma atividade agrícola autosustentável. 3-3) Alterações no tamanho da população de uma espécie podem de- terminar alterações em outras populações que com ela coexistem e in- teragem em uma comunidade, provocando desequilíbrios ecológicos. 4-4) De acordo com o princípio da exclusão competitiva, ou princípio de Gause, duas espécies de uma comunidade podem ter o mesmo nicho ecológico, mas não podem apresentar o mesmo habitat por muito tem- po, havendo exclusão de uma delas. Comentário Resposta: VFFVF Justificativa: 0-0) Verdadeiro: A sucessão ecológica secundária é um tipo de suces- são que ocorre em locais anteriormente habitados, onde existem con- dições para o estabelecimento de seres vivos. É o caso, por exemplo, de áreas destruídas por queimadas e florestas derrubadas. 1-1) Falso: A camada superficial de matéria orgânica que recobre o solo das florestas tropicais é relativamente fina, com, aproximadamen- te, 30 centímetros de espessura. Todavia, essa camada fértil de húmus é preservada em virtude da constante reciclagem da matéria orgânica nessas florestas. O solo de áreas onde a floresta foi derrubada, nas quais deixa de existir a cobertura vegetal e a reciclagem constante de nutrientes, torna-se pobre desses nutrientes. 2-2) Falso: As queimadas, além da poluição que provocam, facilitam a erosão, por deixarem o solo desprovido de sua cobertura vegetal. Elas não têm relação com a atividade agrícola autosustentável. 3-3) Verdadeiro: Para ilustrar a importância de não se interferir negati- vamente no meio ambiente, vale lembrar um caso desastroso ocorrido na Ilha de Bornéu, em que grave desequilíbrio ecológico foi observado como conseqüência da aplicação de DDT, para o combate de perni- longos transmissores da malária. A princípio, os transmissores foram combatidos, e ocorreu redução significativa do número de casos de malária. Algum tempo depois, os problemas começaram a surgir. Após investigações, foi descoberto que, além dos pernilongos, outros inse- tos que serviam de alimento aos lagartos da região, eram contamina- dos. Com a ingestão das presas, os lagartos se contaminavam. Os gatos que comiam os lagartos contaminados acabavam morrendo e, com a morte desses, a população de ratos aumentava muito de tama- nho, uma vez que seus predadores haviam diminuído. Desta forma, instalou-se na ilha uma praga de ratos. 4-4) Falso: De acordo com o princípio de Gause, ouprincípio da exclu- são competitiva, duas espécies, em uma mesma comunidade, podem ter o mesmo habitat, mas não podem ocupar o mesmo nicho ecológico por muito tempo. 04. Todas as espécies exploram recursos do meio ambiente, causando algum tipo de “impacto” sobre ele. A espécie humana não se consti- tui em exceção. Todavia, nos últimos dois séculos, o desenvolvimen- to da sociedade industrial e a explosão do tamanho populacional têm causado impactos ambientais sem precedentes. O grande desafio da humanidade neste século XXI é o de modificar o antigo conceito de- senvolvimentista de progresso. Com relação a esse assunto, analise as proposições seguintes. 0-0) Uma das conseqüências decorrentes da destruição da camada ozônio pelo homem é o aumento da incidência da radiação ultraviole- ta proveniente do sol, relacionada à manifestação de alguns tipos de câncer de pele. 1-1) O lançamento de esgotos e de resíduos de adubos fertilizantes nos rios e represas pode desencadear o fenômeno da eutroficação e conduzir a desequilíbrios ecológicos. 2-2) Como conseqüência da adição do composto tetraetila de chumbo à gasolina, observou-se que vegetais cultivados à beira das estradas continham 20 vezes mais chumbo que aqueles de terrenos mais afas- tados, confirmando o fato de que, num ecossistema, a maior concentra- ção de resíduos tóxicos se dá nesse nível trófico da cadeia alimentar. 3-3) Um dos problemas ambientais decorrentes da industrialização é a poluição atmosférica; chaminés altas lançam ao ar, entre outros ma- teriais, o dióxido de enxofre, o qual pode ser transportado por alguns quilômetros e ocasionar chuvas ácidas em regiões distantes. 4-4) A exploração do ouro na Amazônia fez com que toneladas de mercúrio fossem despejadas no meio ambiente e ingressassem nas cadeias tróficas. Esse poluente pode também ser lançado nas águas por indústrias de tintas e de pesticidas. Comentário Resposta: VVFVV Justificativa: 0-0) Verdadeiro: Com a diminuição da quantidade de ozônio na es- tratosfera, ocorre maior penetração de radiação ultravioleta, a qual é, reconhecidamente, capaz de provocar alterações no DNA, estando re- lacionada à manifestação de alguns tipos de câncer de pele. 1-1) Verdadeiro: O fenômeno da eutroficação, entendido como fertiliza- ção das águas de rios e represas, está relacionado ao aumento de ma- téria orgânica, resultante, sobretudo, de esgotos lançados diretamente nessas águas, sem prévio tratamento, ou de fertilizantes usados na agricultura, especialmente aqueles ricos em fósforo, enxofre e nitrogê- nio, que chegam a essas águas em decorrência das chuvas. 2-2) Falso: O composto tetraetila de chumbo foi introduzido na gasoli- na, em torno de 1923, como estratégia para melhorar o desempenho dos automóveis. Todavia, no emprego desta evolução tecnológica, não se levou em consideração o fato de o chumbo não ser biodegradável. De fato, foi observado que algumas culturas plantadas à beira das es- tradas continham cerca de vinte vezes mais chumbo que aquelas de áreas agrícolas mais afastadas. Todavia, o importante nessa questão é diagnosticar que maior concentração de chumbo ocorrerá ao longo das cadeias tróficas e não no nível dos produtores. 3-3) Verdadeiro: A industrialização traz para o ambiente uma série de problemas, incluindo a poluição atmosférica. Chaminés altas lançam ao ar muitos materiais, entre os quais, o dióxido de enxofre (SO 2 ). Esse pode ser transportado por vários quilômetros em pouco tempo. Chuvas ácidas que ocorrem em regiões mais distantes daquela onde ocorreu a liberação do dióxido de enxofre, podem ocorrer justamente por causa do transporte do S0 2 pelo ar. Resolução das provas da segunda fase UFPE Recife, terça-feira, 08 de Novembro 2008. Biologia www.motivofaz.com.br Marcos Gaudêncio, Aderbal Araújo, Rodrigo Baraúna

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01. Os trabalhos de Mendel constituem a pedra fundamental da Gené-tica, ciência que tem-se desenvolvido bastante ultimamente. Muito seaprendeu sobre a hereditariedade e sua natureza química, sobre os mecanismos de transmissão e sobre a expressão fenotípica das ca-racterísticas. Com relação a esse tópico, analise as proposições se-guintes.

0-0) A distribuição da geração F2, mostrada na figura, oriunda do cru-zamento de plantas com espigas de 11,7cm de comprimento, é indica-tiva de herança poligênica; dois pares de alelos determinam a caracte-rística em questão.

1-1) Indivíduos de fenótipo (AB), retrocruzados com indivíduos de fe-nótipo (ab), originaram uma descendência composta por: 41,5% (AB): 41,5% (ab): 8,5% (Ab): 8,5% (aB), o que é indicativo da existência de ligação gênica entre os locos A e B; locos que distam de 17unidades de mapa.

2-2) Apenas aves com penas verdes foram obtidas na F1 produzida a partir do cruzamento de machos de penas verdes com fêmeas de penas brancas. Na F2, originada do cruzamento de indivíduos F1, foi observada a seguinte distribuição fenotípica: 9 verdes: 3 amarelas: 3azuis: 1 branco, o que indica interação gênica entre dois pares de ale-los.

3-3) No heredograma a seguir, ilustra-se a ocorrência de uma anomalia determinada pela ação de um gene recessivo. Entre os indivíduoscitados, apenas os genótipos de I3 e II5 nâo podem ser determinados, com exatidão.

4-4) Uma pessoa que apresenta um corpúsculo de Barr, atrofia testicu-lar e esterilidade, geralmente grande estatura e cariótipo 47, XXY, temsíndrome de Klinefelter.

ComentárioResposta: VVVFVJustificativa:0-0) Verdadeira: Características como comprimento de espigas e es-tatura humana têm variação contínua. A distribuição fenotípica exem-plificada ajusta-se aos efeitos de dois pares de alelos. Indivíduos que apresentam espigas com 11,7cm possuem quatro alelos aditivos. Em contraposição, indivíduos que apresentam 6,6cm de espiga não apre-sentam em seu genótipo nenhum alelo aditivo para a característica, o que indica o fenótipo mínimo para o comprimento da espiga. Observa-se, também, que, entre os valores mostrados na figura, existem outros intermediários, visto tratar-se de característica métrica.

1-1) Verdadeira: No exemplo, estão envolvidos dois locos gênicos, o loco (A) e o loco (B). Indivíduos (AB) foram retrocruzados com indiví-duos (ab), e todos os genótipos possíveis foram obtidos. Aqueles de maior freqüência representam as configurações genotípicas dos proge-nitores. Assim posto, os descendentes (Ab) e (aB) são resultantes da recombinação gênica entre os locos em questão, indicando, portanto, a existência de ligação gênica entre esses locos, com recombinação. Como a taxa de recombinação é convencionalmente igual à distância relativa entre eles, 1% de recombinação equivale a uma unidade de mapa. No caso em tela, a distância entre (A) e (B) é de 17 unidades de mapa (unidades de recombinação ou morganídeos).

2-2) Verdadeira: Nesse contexto, observa-se uma distribuição fenotípi-ca de 9:3:3:1, conforme se espera numa distribuição para uma geração F2, segundo as proporções mendelianas para dois locos gênicos de segregação independente. Observa-se, porém, que, ao contrário dos ditames mendelianos, o exemplo citado reflete a ação de dois pares de alelos que determinam um único caráter (cor da plumagem) e revela a ação interativa de dois locos ligados (ligação gênica, com recombi-nação).

3-3) Falsa: Outros genótipos, além do I3 e do II5, não podem ser deter-minados. Igualmente, não podem ser determinados, com exatidão, osgenótipos dos indivíduos II2, II4 e III2. 4-4) Verdadeira: Os portadores de cariótipo 47,XXY são do sexo masculino, são estéreis e com testí-culos pequenos; em alguns casos, apresentam mamas. Evidências da síndrome de Klinefelter.

02. O avanço da Biotecnologia tem possibilitado, entre outras coisas, a ampliação do conhecimento sobre o genoma de diferentes organis-mos, a identificação de genes responsáveis pela manifestação de dife-rentes doenças e a disponibilização de técnicas que contribuem para a melhoria da vida humana. Com relação a esse tópico, analise as proposições abaixo.

0-0) Enzimas de restrição cortam o DNA em diferentes pontos, nos quais há determinadas seqüências de bases, que são por elas re-conhecidas. Assim, uma enzima (X) de restrição pode cortar o DNA, como mostrado noesquema abaixo:

ENZIMA (X) RESTRIÇÃOSeqüências de corte no DNAque (X) reconheceG ↓ G ATCC / CCTAG ↓ GG ↓ A ATTC / CTTAA ↓ GA ↓ A GCTT / TTCGA ↓ A

1-1) Duas moléculas de DNA podem diferir quanto à localização dos sítios para atuação de uma mesma enzima de restrição, podendo sergerados fragmentos de diferentes tamanhos, a partir de cada uma de-las.

2-2) Algumas bactérias, além de um cromossomo circular, apresentam moléculas menores e circulares de DNA, denominados plasmídios.Os genes identificados nesses plasmídios não são essenciais à vida do microorganismo; no entanto, podem ser utilizados como DNA vetor.

3-3) A amniocentese e a amostragem vilo-coriônica são métodos uti-lizados para o diagnóstico de doenças genéticas, durante a gravidez da mulher; o segundo método pode ser realizado mais precocemente que o primeiro.

4-4) A ovelha Tracy possui, incorporado em um de seus cromossomo-sos, o gene humano para a proteína alfa-1-antitripsina, o qual é capaz de produzir em seu leite a referida proteína. Por isso, é denominada de clone perfeito.

ComentárioResposta: FVVVFJustificativa:

0-0) Falso: Uma determinada enzima de restrição corta o DNA em pontos específicos, nos quais há uma seqüência de bases que ela re-conhece. No exemplo dado, três enzimas de restrição (e não apenas uma, como é dito) estão envolvidas; uma reconhece a seqüência de bases GGATCC/CCTAGG, o corte ocorrendo entre os nucleotídeos G e G; uma segunda enzima reconhece a seqüência GAATTC/CTTAAG, com ponto de corte entre os nucleotídeos G e A; e uma terceira enzima de restrição reconhece a seqüência AAGCTT/TTCGAA, com ponto de corte entre os nucleotídeos A e A.

1-1) Verdadeiro: Foi constatado experimentalmente que, quando duas moléculas de DNA idênticas são tratadas com uma mesma enzima derestrição, são obtidos, ao final, conjuntos de fragmentos de tamanhos idênticos. Todavia, se as duas moléculas de DNA, tratadas com uma única enzima de restrição, forem diferentes, obtém-se, ao final, um conjunto de fragmentos de diferentes tamanhos.

2-2) Verdadeiro: Algumas bactérias possuem, além do cromossomo circular, moléculas menores de DNA, igualmente circulares, denomi-nadas plasmídios, nas quais não há genes essenciais à vida dessas bactérias. Os plasmídios têm sido muito utilizados em pesquisas, como por exemplo, a clonagem gênica.

3-3) Verdadeiro: Os dois métodos podem ser importantes para o diag-nóstico de doenças genéticas na gravidez, sendo possível realizar a amostragem vilo-coriônica mais precocemente que a amniocentese.

4-4) Falso: Os cientistas já conseguiram produzir ovelhas transgênicas, ou seja, animais que incorporaram em seu material genético um gene de outra espécie, como, no caso citado, um gene humano.

03. As comunidades são formadas por populações de diferentes es-pécies que vivem juntas e interagem entre si, de forma harmônica ou não. Todas as interações, no entanto, são importantes para a manu-tenção do equilíbrio ecológico. A preservação da natureza e o respeito à manutenção desse equilíbrio é dever de todo cidadão. Analise as afirmações seguintes.

0-0) Sucessão ecológica secundária pode ocorrer em locais anterior-mente habitados por outras comunidades, onde existiam condiçõesfavoráveis ao estabelecimento de seres vivos, como é o caso, por exemplo, de áreas destruídas por queimadas.

1-1) A derrubada de florestas só se constitui em uma ação benéfica para o ambiente quando pode promover o espessamento da camada de húmus, anteriormente consumida pelos organismos existentes.

2-2) Embora condenáveis sob o ponto de vista da poluição ambiental, as queimadas anuais, realizadas para diferentes cultivos vegetais,propiciam a renovação de micronutrientes e agilizam uma atividade agrícola autosustentável.

3-3) Alterações no tamanho da população de uma espécie podem de-terminar alterações em outras populações que com ela coexistem e in-teragem em uma comunidade, provocando desequilíbrios ecológicos.

4-4) De acordo com o princípio da exclusão competitiva, ou princípio de Gause, duas espécies de uma comunidade podem ter o mesmo nicho ecológico, mas não podem apresentar o mesmo habitat por muito tem-po, havendo exclusão de uma delas.

ComentárioResposta: VFFVF

Justificativa: 0-0) Verdadeiro: A sucessão ecológica secundária é um tipo de suces-são que ocorre em locais anteriormente habitados, onde existem con-dições para o estabelecimento de seres vivos. É o caso, por exemplo, de áreas destruídas por queimadas e florestas derrubadas.

1-1) Falso: A camada superficial de matéria orgânica que recobre o solo das florestas tropicais é relativamente fina, com, aproximadamen-te, 30 centímetros de espessura. Todavia, essa camada fértil de húmus é preservada em virtude da constante reciclagem da matéria orgânica nessas florestas. O solo de áreas onde a floresta foi derrubada, nas quais deixa de existir a cobertura vegetal e a reciclagem constante denutrientes, torna-se pobre desses nutrientes.

2-2) Falso: As queimadas, além da poluição que provocam, facilitam a erosão, por deixarem o solo desprovido de sua cobertura vegetal. Elas não têm relação com a atividade agrícola autosustentável.

3-3) Verdadeiro: Para ilustrar a importância de não se interferir negati-vamente no meio ambiente, vale lembrar um caso desastroso ocorrido na Ilha de Bornéu, em que grave desequilíbrio ecológico foi observado como conseqüência da aplicação de DDT, para o combate de perni-longos transmissores da malária. A princípio, os transmissores foram combatidos, e ocorreu redução significativa do número de casos de malária. Algum tempo depois, os problemas começaram a surgir. Após investigações, foi descoberto que, além dos pernilongos, outros inse-tos que serviam de alimento aos lagartos da região, eram contamina-dos. Com a ingestão das presas, os lagartos se contaminavam. Os gatos que comiam os lagartos contaminados acabavam morrendo e, com a morte desses, a população de ratos aumentava muito de tama-nho, uma vez que seus predadores haviam diminuído. Desta forma, instalou-se na ilha uma praga de ratos.

4-4) Falso: De acordo com o princípio de Gause, ouprincípio da exclu-são competitiva, duas espécies, em uma mesma comunidade, podem ter o mesmo habitat, mas não podem ocupar o mesmo nicho ecológico por muito tempo.

04. Todas as espécies exploram recursos do meio ambiente, causando algum tipo de “impacto” sobre ele. A espécie humana não se consti-tui em exceção. Todavia, nos últimos dois séculos, o desenvolvimen-to da sociedade industrial e a explosão do tamanho populacional têm causado impactos ambientais sem precedentes. O grande desafio da humanidade neste século XXI é o de modificar o antigo conceito de-senvolvimentista de progresso. Com relação a esse assunto, analise as proposições seguintes.

0-0) Uma das conseqüências decorrentes da destruição da camada ozônio pelo homem é o aumento da incidência da radiação ultraviole-ta proveniente do sol, relacionada à manifestação de alguns tipos de câncer de pele.

1-1) O lançamento de esgotos e de resíduos de adubos fertilizantes nos rios e represas pode desencadear o fenômeno da eutroficação econduzir a desequilíbrios ecológicos.

2-2) Como conseqüência da adição do composto tetraetila de chumbo à gasolina, observou-se que vegetais cultivados à beira das estradascontinham 20 vezes mais chumbo que aqueles de terrenos mais afas-tados, confirmando o fato de que, num ecossistema, a maior concentra-ção de resíduos tóxicos se dá nesse nível trófico da cadeia alimentar.

3-3) Um dos problemas ambientais decorrentes da industrialização é a poluição atmosférica; chaminés altas lançam ao ar, entre outros ma-teriais, o dióxido de enxofre, o qual pode ser transportado por alguns quilômetros e ocasionar chuvas ácidas em regiões distantes.

4-4) A exploração do ouro na Amazônia fez com que toneladas de mercúrio fossem despejadas no meio ambiente e ingressassem nas cadeias tróficas. Esse poluente pode também ser lançado nas águas por indústrias de tintas e de pesticidas.

ComentárioResposta: VVFVVJustificativa:

0-0) Verdadeiro: Com a diminuição da quantidade de ozônio na es-tratosfera, ocorre maior penetração de radiação ultravioleta, a qual é, reconhecidamente, capaz de provocar alterações no DNA, estando re-lacionada à manifestação de alguns tipos de câncer de pele.

1-1) Verdadeiro: O fenômeno da eutroficação, entendido como fertiliza-ção das águas de rios e represas, está relacionado ao aumento de ma-téria orgânica, resultante, sobretudo, de esgotos lançados diretamente nessas águas, sem prévio tratamento, ou de fertilizantes usados na agricultura, especialmente aqueles ricos em fósforo, enxofre e nitrogê-nio, que chegam a essas águas em decorrência das chuvas.

2-2) Falso: O composto tetraetila de chumbo foi introduzido na gasoli-na, em torno de 1923, como estratégia para melhorar o desempenhodos automóveis. Todavia, no emprego desta evolução tecnológica, não se levou em consideração o fato de o chumbo não ser biodegradável. De fato, foi observado que algumas culturas plantadas à beira das es-tradas continham cerca de vinte vezes mais chumbo que aquelas de áreas agrícolas mais afastadas. Todavia, o importante nessa questão é diagnosticar que maior concentração de chumbo ocorrerá ao longo das cadeias tróficas e não no nível dos produtores.

3-3) Verdadeiro: A industrialização traz para o ambiente uma série de problemas, incluindo a poluição atmosférica. Chaminés altas lançamao ar muitos materiais, entre os quais, o dióxido de enxofre (SO2). Esse pode ser transportado por vários quilômetros em pouco tempo. Chuvas ácidas que ocorrem em regiões mais distantes daquela onde ocorreu a liberação do dióxido de enxofre, podem ocorrer justamente por causa do transporte do S02 pelo ar.

Resolução das provas da segunda fase UFPE Recife, terça-feira, 08 de Novembro 2008.

Biologia

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Marcos Gaudêncio, Aderbal Araújo, Rodrigo Baraúna

4-4) Verdadeiro: Produtos biodegradáveis podem ser decompostos por bactérias, e produtos não-biodegradáveis, como o mercúrio, se acu-mulam nos tecidos dos organismos e são concentrados ao longo das cadeias alimentares. O mercúrio, amplamente utilizado em indústrias químicas de tintas, de pesticidas etc., é um agente poluidor.

05. Nas angiospermas, cada verticilo floral é formado por folhas modi-ficadas; podem ser observados frutos partenocárpicos e pseudofrutos e, certas famílias, podem exibir conjuntos de flores dispostas numa determinada organização, constituindo inflorescências características. Com relação a esse assunto, analise as afirmações abaixo.

0-0) Cálice, corola, androceu e gineceu são os quatro verticilos florais observados numa flor completa de angiospermas; o cálice formadopor sépalas e a corola formada por pétalas, correspondem ao perian-to.

1-1) Após a fecundação, a flor perde seus verticilos acessórios e os estames. O óvulo e a oosfera se desenvolvem formando, respectiva-mente, a semente e o embrião.

2-2) Na espiga de milho, cada pequena flor feminina tem um ovário de onde parte um longo estilete, que sai na ponta dessa inflorescência; são conhecidos como ‘cabelos do milho’.

3-3) Em algumas angiospermas, os frutos são desenvolvidos a partir de ovários cujos óvulos atrofiam e, portanto, não são fecundados. Taisfrutos, sem sementes, são chamados partenocárpicos, como, por exemplo, o caju e a maçã.

4-4) Enquanto os pseudofrutos simples podem se originar do recep-táculo de uma flor com um ovário, como por exemplo, o sapoti, os pseudofrutos compostos originam-se do receptáculo de uma flor com muitos ovários, como por exemplo, o abacaxi.

ComentárioResposta: VVVFFJustificativa:

0-0) Verdadeiro: Nas angiospermas, uma flor completa apresenta quatro verticilos: cálice, corola, androceu e gineceu. Os dois pri-meiros verticilos correspondem ao perianto.

1-1) Verdadeiro: Após a fecundação, a flor perde suas estruturas acessórias e os estames. O óvulo e a oosfera formarão, respecti-vamente, a semente e o embrião.

2-2) Verdadeiro: As inflorescências são conjuntos de flores que se dispõem numa determinada organização, como as espigas ob-servadas em gramíneas. Numa espiga, cada flor tem um ovário de onde parte um longo estilete que sai na ponta da inflorescência. É o que conhecemos como cabelos do milho.

3-3) Falso: Em algumas angiospermas, os frutos são desenvolvi-dos a partir de ovários cujos óvulos não são fecundados e se atro-fiam; esses frutos são denominados partenocárpicos. É o caso, por exemplo, dosfrutos: banana e limão Taiti, e não como exemplificado na propo-sição.

06. Com relação a alguns aspectos da reprodução e do desenvolvi-mento humano, analise o que é afirmado a seguir.

0-0) Após a fecundação e subseqüentes divisões celulares do zigoto, forma-se a mórula, na qual se observa uma camada externa de células denominadas trofoblastos.

1-1) Na gravidez, o hormônio que prepara o útero para a nidação é a progesterona. 2-2) A proliferação do trofoblasto na mucosa uterina dá formação às chamadas vilosidades coriônicas.

3-3) Enquanto a mulher estiver grávida, o estrógeno e a progesterona mantêm a hipófise inibida, impedindo a liberação de FSH e de LH e,conseqüentemente, a maturação de folículo ovariano e a ovulação.

4-4) Nos vertebrados, com exceção dos mamíferos eutérios, os anexos embrionários são formados a partir da blástula.

ComentárioResposta: FVVVFJustificativa:

0-0) Falso: Após a fecundação e subseqüentes divisões celulares, forma-se o blastocisto, que apresenta uma camada externa de cé-lulas, os trofoblastos.

1-1) Verdadeiro: A nidação ocorre no período em que a concentra-ção de progesterona é mais alta e corresponde ao período em que o endométrio está em condições de receber o embrião.

2-2) Verdadeiro: A proliferação do trofoblasto na mucosa uterina dá formação às vilosidades coriônicas, que fazem parte do cório.

3-3) Verdadeiro: A manutenção das concentrações de estrógeno e de progesterona deixa a hipófise inibida e, como conseqüência, nem ocorre a maturação de folículos nem a ovulação.

4-4) Falso: Nos mamíferos eutérios, ao contrário de outros verte-brados, os anexos embrionários formam-se a partir da blástula.

07. Em outubro de 2008, a imprensa local noticiou um novo caso de raiva humana: um garoto de 15 anos foi mordido por um morcego. Em relação a essa doença, podemos afirmar o que segue.

0-0) A raiva é uma doença viral que atinge seres humanos e animais, sendo o cão e o gato os principais responsáveis por sua transmissão ao homem nas áreas urbanas; por isso a importância das campanhas de vacinação desses animais.

1-1) Mamíferos, tais como macaco, rato ou morcego, podem contrair e transmitir pela saliva o vírus rábico, o qual se localiza no sistemanervoso central e provoca uma encefalite mortal.

2-2) O principal mecanismo de prevenção da raiva, em humanos, é a realização de campanhas de vacinação infantil contra a doença.

3-3) Ocorrendo o ferimento e o contato com saliva de mamíferos selva-gens ou domésticos, com suspeita de contaminação, deve-se iniciarimediatamente o tratamento com o soro antirábico e, ao mesmo tempo, com as vacinas.

4-4) A hidrofobia ou raiva só pode ser eficazmente combatida graças ao trabalho de Louis Pasteur, que inventou a vacina anti-rábica, ao utilizar a saliva de um cão raivoso para salvar a vida de um menino que havia sido contaminado pelo vírus.

ComentárioResposta: VVFVVJustificativa

0-0) Verdadeira. A raiva é efetivamente viral, sendo transmitida, nas zonas urbanas, sobretudo por cães e gatos. 1-1) Verdadeira. A transmissão da doença ocorre quando o vírus existente na saliva desses animais atinge o organismo por meio de arranhões, mordidas ou lambeduras.

2-2) Falsa. O principal mecanismo de prevenção da doença são as campanhas de vacinação em cães e gatos.

3-3) Verdadeira. É fundamental o tratamento com o soro anti-rábico, juntamente com as vacinas, sobretudo quando a lesão é extensa e selocaliza no rosto e no pescoço, pois o soro tem ação mais ime-diata.

4-4) Verdadeira. Louis Pasteur inventou a vacina anti-rábica a par-tir da saliva de um cão raivoso e salvou a vida do menino que havia sidocontaminado pelo vírus.

08. Os fungos têm grande importância na agricultura, na industria e na medicina. Sobre essa questão, considere o que é afirmado a seguir.

0-0) Sua importância para a agricultura é reconhecida devido às doen-ças causadas em plantas cultivadas, a exemplo de milho, feijão, batata, café e algodão. Além disso, os fungos causam prejuízo na conserva-ção de sementes, a exemplo do Aspergillus flavus que produz potentes toxinas que podem causar lesões hepáticas graves.

1-1) Os fungos são também aliados dos interesses humanos na agri-cultura. É o caso da associação de fungos com as raízes da plantahospedeira formando as micorrizas, onde os fungos obtêm nutrientes e aumentam a capacidade de absorção de sais minerais do solo pelas raízes.

2-2) Doenças causadas por fungos, que são chamadas micoses, ocor-rem no homem; as mais comuns são o “sapinho”, ou a candidíase,causada pelo fungo Candida albicans, e a “frieira” ou pé-de-atleta, pro-vocada pelo fungo Tinea pedis.

3-3) Na fabricação do álcool e de bebidas alcoólicas como o vinho e a cerveja, é fundamental a participação dos fungos da espécie Agaricuscampestris, que realizam fermentação alcoólica, convertendo açúcar em álcool etílico.

4-4) Os fungos são enquadrados num reino exclusivo: o reino Fungi, devido às suas especificidades. Sua reprodução normalmente envolve esporos, como ocorre entre algumas plantas; mas armazenam glicogê-nio e, como os animais, apresentam nutrição heterótrofa

ComentárioResposta: VVVFVJustificativa0-0) Verdadeira. Os fungos podem causar grandes prejuízos à agri-cultura, inclusive, no armazenamento de sementes. O Aspergillus flavus produz as chamadas flavotoxinas, comuns, por exemplo, em sementes de amendoim.

1-1) Verdadeira. As micorrizas, resultantes da associação de fun-gos com as raízes da planta hospedeira, facilitam a obtenção de nutrientes pelos fungos e aumentam a capacidade das raízes para a absorção de sais minerais do solo

2-2) Verdadeira. As micoses mais comuns em humanos são cau-sadas por Candida albicans e por Tinea pedis.

3-3) Falsa. Os fungos da espécie Agaricus campestris são os fun-gos de maior utilização em culinária, sendo cultivados em grande escala. Os responsáveis pela produção do álcool são da espécie Saccharomyces.

4-4) Verdadeira. Os fungos constituem efetivamente um reino ex-clusivo, pois têm características que os diferenciam de plantas e de animais, muito embora apresentem caracteristicas de vegetais e de aminais.

09. No controle fisiológico de diferentes sistemas do organismo huma-no, atuam mecanismos nervosos e diferentes hormônios. Com relação a esse assunto, analise as proposições seguintes.

0-0) No processo digestivo, a secreção de suco pancreático, estimu-lada pelo hormônio secretina, e a liberação de bile, estimulada pelo hormônio colecistocinina, são exemplos de retroalimentação negativa.

1-1) São estruturas que participam do controle do mecanismo de con-tração das câmaras cardíacas, o nó sinoatrial (1), o feixe de His ou marcapasso cardíaco (2) e o fascículo atrioventricular (3).

2-2) Em condições normais, o mecanismo regulador preponderante do ritmo respiratório é a concentração de gás carbônico no sangue.Quando a concentração de CO2 é alta, o centro respiratório envia im-pulsos para acelerar o ritmo respiratório.

3-3) Na normalização dos teores de sódio no sangue, é importante o processo em que o hormônio renina, produzido pelo rim, atua sobrea substância angiotensina, convertendo-a em angiotensinogênio, que, uma vez no sangue, estimula a medula da supra-renal a produzir ohormônio aldosterona.

4-4) Quando há uma grande ingestão de água, os centros osmorregu-ladores existentes no hipotálamo são excitados e aumenta muito ataxa de ADH liberado na circulação. Como conseqüência, aumenta a diurese.

ComentárioResposta: VFVFFJustificativa

0-0) Verdadeira. Quanto ao primeiro processo, sabe-se que a aci-dez do quimo estimula a parede do duodeno a produzir o hormô-nio secretina, o qual levado ao pâncreas pelo sangue, estimula esse órgão a liberar suco pancreático no duodeno. Como o suco pancreático contém bicarbonato, a acidez é neutralizada e cessa o estímulo para a produção do hormônio secretina. No segundo processo, a gordura dos alimentos estimula a parede do duode-no a produzir o hormônio colecistocinina, substância que, levada pelo sangue ao fígado e à vesícula biliar, propicia a liberação da bile, fundamental para o emulsionamento das gorduras. Com a digestão das gorduras, cessa o estímulo para a produção da cole-cistocinina. Logo, os exemplos dados correspondem à retroindu-ção negativa (feedback negativo).

1-1) Falsa. Na figura, ilustra-se em (1), (2) e (3), respectivamente, o nó sinoatrial (marcapasso), o nó atrioventricular e o fascículo atrioventricular (feixe de His).

2-2) Verdadeira. O mecanismo preponderante na regulação do rit-mo respiratório é a concentração de gás carbônico no sangue. Quando é alta essa concentração, o centro respiratório envia im-pulsos para acelerar o ritmo respiratório.

3-3) Falsa. O hormônio renina é produzido pelo rim e age sobre uma proteína encontrada no sangue e produzida pelo fígado, de-nominadaangiotensinogênio, a qual é convertida em angiotensina. No pro-cesso, a angiotensina estimula a supra-renal (córtex) a produzir o hormônio aldosterona.

4-4) Falsa. Quando ocorre uma grande ingestão de água, a pres-são osmótica do plasma diminui, os centros osmorreguladores são inibidos e diminui a taxa de ADH (Hormônio antidiurético) li-berado na circulação.

10. Com relação a diferentes tecidos observados no corpo humano, é correto afirmar que:

0-0) Um tipo especial de tecido epitelial cúbico simples, o endotélio, reveste a camada fibrosa conjuntiva dos capilares sangüíneos, garan-tindo maior proteção e flexibilidade aos vasos de calibre inferior.

1-1) Enquanto na epiderme, que se origina da ectoderme, há epitélio estratificado pavimentoso, queratinizado; na derme, que tem origem mesodermal, há tecido conjuntivo com grande quantidade de fibras.

2-2) O tecido muscular, de origem mesodermal, é composto por células alongadas, as fibras musculares, que são células semelhantes àsfibras conjuntivas.

3-3) No tecido nervoso, além dos neurônios, há as células da glia; as quais ocorrem tanto na substância branca quanto na cinzenta. Dentresuas funções, está o isolamento dos neurônios, uns dos outros e des-ses com outros tecidos.

4-4) A cartilagem elástica (1), que forma os discos intervertebrais, é mais resistente que a cartilagem fibrosa (2), que ocorre, por exemplo,na orelha.

ComentárioJustificativa FVFVF0-0) Falsa. O endotélio é um epitélio pavimentoso simples. A pare-de dos capilares é formada apenas pelo endotélio.

1-1) Verdadeira. Enquanto a epiderme tem origem ectodérmica, a derme tem origem mesodérmica. A epiderme é constituída por epitélio pavimentoso estratificado, apresentando células querati-nizadas. Na derme, observa-se tecido conjuntivo, onde ocorrem diferentes estruturas, como vasos sangüíneos que nutrem a epi-derme.

2-2) Falsa. O tecido muscular tem origem mesodérmica; é cons-tituído por células alongadas, que são as fibras musculares, as quais diferem das fibras conjuntivas, que são apenas filamentos protéicos.

3-3) Verdadeira. As células da glia ocorrem tanto na substância

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branca quanto na cinzenta e exercem diferentes funções, entre as quais está o isolamento de neurônios, uns dos outros e desses com outros tecidos.4-4) Falsa. A cartilagem fibrosa é mais resistente que a elástica. A cartilagem fibrosa ocorre nos discos intervertebrais, e a elástica, na orelha.

11. Os animais pertencentes aos diferentes filos apresentam caracte-rísticas anatômicas e embrionárias que permitem distingui-los. Apósanalisar as figuras abaixo, analise as proposições seguintes.

0-0) O filo, representado pelo animal da figura 1, apresenta algumas características de vertebrados, tais como ter esqueleto interno eser deuterostômio.

1-1) Os animais do filo representado na figura 2 apresentam simetria radial e um anel nervoso do qual partem os nervos radiais.

2-2) A principal característica do filo representado na figura 4 é o corpo segmentado em anéis, nos quais existe um par de órgãos excretores e um par de gânglios nervosos.

3-3) Também pertencem ao filo representado na figura 3, as aranhas e os caranguejos, que apresentam esqueleto externo e são segmen-tados.

4-4) O animal representado na figura 4 é hermafrodita, e seu desen-volvimento é direto, mas, no filo ao qual pertence, existem espécies dióicas e com estágios larvais .

ComentárioResposta: VFVVVJustificativa

0-0) Verdadeira. Efetivamente os equinodermos têm esqueleto in-terno e são deuterostômios.

1-1) Falsa. Apesar de ser verdadeiro que os celenterados repre-sentados pela figura 2 têm simetria radial, o sistema nervoso é disperso e,portanto, não se organizam em nervos radiais.

2-2) Verdadeira. As principais características dos anelídios repre-sentados pela figura 4 são a organização segmentada e a presen-ça de pares de órgãos excretores e gânglios nervosos em cada segmento.

3-3) Verdadeira. Os quilópodos representados na figura 3 são ar-trópodos, como os araquinídeos e os crustáceos.

4-4) Verdadeira. A minhoca é hermafrodita e seu desenvolvimento é direto, mas, nos poliquetos, existe uma larva ciliada.

12. Em relação às organelas citoplasmáticas, considere as proposi-ções expressas abaixo.

0-0) Uma das funções importantes do retículo endoplasmático liso é a síntese de lipidios, participa também do armazenando de substâncias aquosas formando os grandes vacúolos característicos das células animais.

1-1) Em protistas de água doce, ocorre entrada de água na célula por osmose, uma vez que o citoplasma é hipertônico em relação ao meioexterno, o que poderia provocar o rompimento da célula. Isso não ocorre devido à presença de organelas citoplasmáticas denominadas vacúolos contráteis ou pulsáteis que, de tempos em tempos, eliminam esse excesso de água.

2-2) O Complexo de Golgi funciona de modo integrado ao retículo endoplasmático, empacotando as proteínas que serão utilizadas pela célula ou secretadas tal como foram sintetizadas no retículo.

3-3) Os lisossomos originados no Complexo de Golgi contêm enzimas digestivas e podem participar da atividade de autofagia, fundamental para os processos de renovação celular.

4-4) Os peroxissomos possuem a enzima catalase e atuam no metabo-lismo do peróxido de hidrogênio, substância altamente tóxica para acélula.

ComentárioResposta: FVFVVJustificativa

0-0) Falsa. Os grandes vacúolos são característicos das células vegetais.

1-1) Verdadeira. Os vacúolos contráteis ou pulsáteis têm um papel fundamental no controle osmótico dos protistas de água doce.

2-2) Falsa. As proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso são modificadas no complexo de Golgi.

3-3) Verdadeira. Efetivamente, os lisossomos originam-se do com-plexo de Golgi, contêm enzimas digestivas e participam do pro-cesso de autofagia.

4-4) Verdadeira. Uma das principais funções dos peroxissomos é a conversão do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio por meio daenzima catalase,

13. A obtenção e a transformação de energia dos seres vivos envol-vem diferentes processos. Sobre essa questão analise as afirmativas abaixo.

0-0) A fermentação é um processo de obtenção de energia que não necessita do oxigênio, porém, é menos eficiente em termos de energia que a respiração aeróbica, gerando apenas duas moléculas de ATP por molécula de glicose.

1-1) A fotossíntese e a respiração são processos antagônicos. Enquan-to o primeiro produz matéria orgânica, com armazenamento de energia e liberação de oxigênio, o segundo utiliza matéria orgânica e consome oxigênio, com liberação de energia. 2-2) Na clorofila isolada, os elétrons continuam a absorver fótons de luz e, por isso, ela continua a ser eficiente no processo de armazenamento de energia.

3-3) A primeira etapa da respiração aeróbica é praticamente idêntica à fermentação, com rendimento de apenas duas moléculas de ATP e produção de ácido pirúvico.

4-4) Os seres vivos aeróbicos utilizam o oxigênio diretamente da at-mosfera ou dissolvido na água para converter carboidratos e outrosconstituintes celulares em CO2 e H2O, com liberação de energia.

ComentárioResposta: VVFVVJustificativa

0-0) Verdadeira. A fermentação ocorre sem oxigênio e produz 2 ATP por molécula de glicose.

1-1) Verdadeira. O resultado da fotossíntese é a produção de gli-cose e oxigênio, a partir da água e de gás carbônico, enquanto que, no processo de respiração, a célula obtém energia a partir da glicose, resultando na produção de gás carbônico e água.

2-2) Falsa. A clorofila isolada continua a emitir elétrons altamente energizados, mas perde sua eficiência no processo de armazena-mento de energia, uma vez que não se encontra acoplada uma ca-deia transportadora que permita a liberação gradativa de energia.

3-3) Verdadeira. Efetivamente, a glicólise, que é a primeira etapa da respiração celular, é anaeróbica e rende dois ATP, como na fer-mentação.

4-4) Verdadeira. Realmente seres vivos aeróbicos utilizam o oxigê-nio diretamente da atmosfera ou dissolvido na água para conver-ter carboidratos e outros constituintes celulares em CO 2 e H2O, com liberação de energia.

14. Os vermes podem ser livres ou parasitários em homens e animais. Apesar dos sintomas das verminoses variarem de acordo com cada tipo de verme, eles podem provocar graves problemas de saúde. Em relação a esses invertebrados, podemos afirmar o que segue. 0-0) Muitas espécies de nematelmintos são parasitas de plantas; outras, parasitam os mais diferentes animais, vertebrados e inverte-brados. O exemplo mais comum que parasita o intestino humano é o Ascaris lumbricoides, que apresenta reprodução sexuada e monóica com desenvolvimento direto.

1-1) Os platelmintos são vermes de corpo achatado. Podem ser monói-cos, como as planárias e tênias, ou dióicos, como os esquistossomos,mas sempre apresentam estágio larval.

2-2) Os nematelmintos pertencem ao primeiro grupo, na escala evolu-tiva, que apresenta sistema circulatório fechado e sistema respiratório estruturado.

3-3) Os platelmintos têm o sistema nervoso mais complexo que os celenterados; nas planárias podemos observar gânglios cerebrais na região anterior e dois cordões nervosos longitudinais.

4-4) Os platelmintos foram os primeiros seres a apresentarem um tubo digestivo completo, com boca e ânus, de modo que o alimento se des-loca num só sentido, o que gera uma maior eficiência do processo digestivo.

ComentárioResposta: FFFVFJustificativa

1-1) Falsa. Esses vermes apresentam reprodução dióica e com es-tágio larval; portanto não têm desenvolvimento direto.

2-2) Falsa. Os platelmintos, tais como as planárias, podem apre-sentar desenvolvimento direto e, portanto, não apresentar estágio larval.

2-2) Falsa. Os nematelmintos não possuem sistema circulatório. A circulação de gases, nutrientes e substâncias tóxicas é feita pelo pseudoceloma, e a respiração é cutânea ou tegumentar

3-3) Verdadeira. Nos platelmintos, os neurônios se associam for-mando cordões nervosos ligados a gânglios situados na cabeça, enquanto, nos celenterados, o sistema nervoso é difuso.

4-4) Falsa. O sistema digestivo dos platelmintos é incompleto, ou seja, a boca é a única abertura para o exterior, não possuindo ânus.

15. Otto Loewi realizou experimento clássico que comprovou, de ma-neira incontestável, que existia a mediação química no Sistema Nervo-so Autônomo. Ele isolou dois corações de sapo, os perfundiu com uma solução fisiológica morna (Ringer) e registrou a atividade cardíaca. A experiência demonstrou que: ao estimular determinado nervo (A) do coração 1, ocorre uma forte inibição das contrações cardíacas espon-tâneas daquele coração; ao perfundir o coração 2 com o líquido efluen-te do coração 1, ocorre, no segundo coração, o mesmo efeito inibidor.Analise a figura abaixo e as afirmações correspondentes.

0-0) O nervo estimulado (A), que provocou a diminuição dos batimen-tos cardíacos, faz parte do Sistema Simpático, pois este tem um efeitoinibidor sobre o coração.

1-1) A inibição do coração 2 pelo líquido efluente do coração 1, ocorre devido à presença de acetilcolina liberada pela estimulação do Para-simpático, no coração 1.

2-2) A inibição do coração 2 ocorre devido à condução do impulso ner-voso através do líquido (Ringer), pois este é um bom condutor elétri-co.

3-3) Se o nervo estimulado fosse do Simpático, teríamos um aumento da atividade cardíaca e não uma inibição, pois este ramo do sistemanervoso autônomo tem uma ação excitatória sobre o coração.

4-4) O resultado dessa experiência demonstra que a freqüência cardí-aca não depende do controle neural.

ComentárioResposta: FVFVFJustificativa

0-0) Falsa. O Sistema Nervoso Simpático tem efeito excitatório so-bre o coração; portanto, sua estimulação aumentaria a freqüência cardíaca.

1-1) Verdadeira. A estimulação do Parassimpático libera acetilco-lina como neurotransmissor, que tem um efeito inibidor e reduz a freqüência cardíaca.

2-2) Falsa. Um impulso nervoso não pode ser conduzido pelo lí-quido.

3-3) Verdadeira. Efetivamente, o Simpático tem uma ação excita-tória sobre o coração, aumentando a freqüência cardíaca quando estimulado.

4-4) Falsa. A experiência demonstra que o controle neural do cora-ção se dá por mediação química.

16. Observe a segmentação de dois tipos de ovos representados a seguir e analise as proposições seguintes.

0-0) A segmentação 1 é do tipo holoblástica ou total, típica de ovos com pouco vitelo (oligolécitos), que podem ser encontrados em mamíferos.

1-1) A segmentação 2 é holoblástica ou total, desigual. Nela, o zigoto tem um pólo animal e um pólo vegetativo e pode ser encontrada emanfíbios.

2-2) A segmentação 2 é típica dos ovos telolécitos, devido ao modo como o vitelo está distribuído, tendo micrômeros no pólo vegetativo, emacrômeros no pólo animal.

3-3) Ao final da segmentação 1, observamos o aparecimento de uma cavidade central que, na segmentação 2, é relativamente menor eexcêntrica, características da mórula.

4-4) Os processos de segmentação 1 e 2 conduzem à formação de um disco germinativo, ou cicatrícula, que origina o embrião.

Comentário Resposta: VVFFFJustificativa0-0) Verdadeira. Efetivamente é uma segmentação holoblástica, tí-pica de ovos oligolécitos, que pode ser encontrada em mamíferos, além de anfioxo e equinodermos.

1-1) Verdadeira. Trata-se de segmentação holoblástica desigual que pode ser encontrada em anfíbios, além de moluscos, anelí-dios e alguns peixes.

2-2) Falsa. Os ovos telolécitos apresentam uma segmentação me-roblástica (parcial) e não a segmentação holoblástica (total), como as ilustradas.

3-3) Falsa. O aparecimento da cavidade cheia de líquido (blastoce-le) ocorre na fase denominada blástula.

4-4) Falsa. O aparecimento de disco germinativo ocorre na seg-

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mentação meroblástica (parcial), que aparece em aves, répteis e certos peixes.

Vida digita

Dentre as muitas coisas intrigantes, poucas há tão misteriosas quanto o tempo. A ironia é que mal nos damos conta disso. Estando desde o nascimento submetidos a uma mesma noção de tempo, aceita por todos à nossa volta, tendemos a achar que ela é a única que corres-ponde à realidade. Causa um grande choque saber que outras culturas têm formas diferentes de perceber o tempo e de representar o curso da história. Ainda assim, acreditamos que elas estão erradas e nós, certos. Ledo engano.

Historicamente, o tempo foi percebido de formas diferentes. Os gregos antigos tinham uma noção cíclica do tempo. Para eles, o tempo se iniciava com as prodigiosas eras de ouro e dos deuses, declinando depois, até chegar à crise final com a fraqueza e penúria da era dos homens, quando, então, se reiniciava o ciclo. Para os romanos, o tem-po se enfraquecia na medida em que se afastava do mais sagrado dos eventos: a fundação de Roma. Na Idade Média, prevalecia o tempo recursivo, pelo qual os cristãos acreditavam percorrer uma via peniten-cial, desde a expulsão do Jardim do Éden até o retorno ao Paraíso.

Foi só com a consolidação do capitalismo, a partir do Renascimento, que passou a prevalecer uma noção de tempo quantitativo, dividido em unidades idênticas e vazias de qualquer conteúdo mítico, cujo símbolo máximo foi o relógio mecânico, com seu incansável tic-tac. Essa foi também a época em que a ciência e a técnica se tornaram prepon-derantes. Nesse contexto, o maior dos cientistas modernos, Sir. Isaac Newton, formalizou o conceito de tempo como sendo absoluto. Comopertencemos a esse tempo moderno, é ele que apreendemos, em casa, na escola e nos relógios ao redor. E achamos, como Newton, que ele é o único verdadeiro!

Mas o mundo moderno foi-se complicando, e esse conceito fixo e fe-chado se tornou cada vez menos satisfatório. De fato, o amplo co-nhecimento de outras culturas e as grandes transformações científicas forçaram a admitir que cada povo cria as noções de tempo que corres-pondam às suas formas e necessidades de vida.

O que é claro, no caso da cultura moderna, é que nossa percepção de tempo ficou coligada ao desenvolvimento tecnológico. Assim, dos moi-nhos de vento às caravelas, às ferrovias, aos veículos automotores, aos transatlânticos, aos aviões, ao cinema, ao rádio, e à tevê, senti-mos um efeito de aceleração permanente. O último e mais dramático episódio nesta saga da aceleração foi assinalado pela Revolução da microeletrônica, a partir dos anos 70. Num repente, fomos invadidos por inúmeros prodígios técnicos: fax, bips, PCs, celulares, TVs a cabo, modems, e-mail... O aparato digital entrava em cena, em toda a sua multiplicidade de recursos.

Tudo parece convergir para tornar as comunicações mais rápidas, o trabalho mais produtivo, a vida mais fácil e para configurar uma nova concepção de tempo: um tempo extremamente célere, controlado, agora, pelo homem e suas tecnologias digitais.

(Nicolau Sevcenko. IstoÉ, Edição especial. Vida digital, 1999. Adap-tado).

01. Acerca da idéia global desenvolvida no Texto 1, são pertinentes os seguintes comentários.

0-0) Fica evidente, no tratamento do tema, a mutação das concepções que, ao longo dos tempos, marca a visão de um determinado grupo.

1-1) Há uma rede de inter-relações: história, ciência, cultura, formas de linguagem, tudo converge para definir o perfil de vida do homem.

2-2) Paira sobre cada grupo social o risco do etnocentrismo cultural: nenhum outro grupo parece perceber tão bem o mundo como ele pró-prio.

3-3) Os conceitos que apreendemos em casa, na escola e em outros grupos sociais constituem um lastro cultural estável e irretocável.

4-4) O desenvolvimento tecnológico, sobretudo na era moderna, deixou imune os valores culturais vinculados à circulação das informações.

ComentárioResposta: VVVFFJustificativa:

0-0) Verdadeiro. O texto reitera a idéia de que as concepções que constituem o patrimônio cultural de um povo, ao longo dos tem-pos, sealteram.

1-1) Verdadeiro. As representações que definem o perfil de vida do homem, em cada etapa de sua vida, são o resultado da rede de relações estabelecidas entre história, ciência, cultura e, inclusive, formas de linguagem. Somos “feitos” pelo social.

2-2) Verdadeiro. Somos todos sujeitos ao risco do etnocentrismo cultural: quase sempre interpretamos nosso modo de ver o mun-do como o melhor de todos eles.

3-3) Falso. Nenhuma de nossas concepções é estável e irretocá-vel. Nós as “revisamos” constantemente.

4-4) Falso. O desenvolvimento tecnológico, sobretudo na era mo-derna, atingiu também os valores culturais ligados ao universo da informação.

02. A tese defendida pelo autor – em torno da ‘noção de tempo’ que mantemos – é sustentada no Texto 1 por argumentos que se interde-pendem. Vejamos.

0-0) Gregos, romanos e outros povos, de qualquer época, perceberam o tempo conforme as condições da realidade em que viviam.

1-1) Todas as diferentes visões acerca do fenômeno ‘tempo’ ficaram

isentas de qualquer conteúdo mítico: contava o que era real.

2-2) A ciência oferece fundamentos inquestionáveis para a definição dos conceitos, os quais adquirem, assim, o status irrevogável de‘exatidão’.

3-3) O desenvolvimento tecnológico, em ampla expansão na cultura moderna, repercutiu na percepção do conceito atual de tempo.

4-4) A percepção atual de um tempo extremamente acelerado é uma decorrência da quebra de limites propiciada pela microeletrônica.

ComentárioResposta: VFFVVJustificativa:

0-0) Verdadeiro. Os povos, de todos os grupos, perceberam o tempo (e não só!) conforme as condições da realidade em que estavam inseridos.

0-0) Falso. Pode-se perceber um conteúdo mítico em algumas das diferentes visões acerca do fenômeno ‘tempo’: lembremos, por exemplo, a visão sustentada pelos gregos.

2-2) Falso. A ciência, por mais que procure fundamentos para as generalizações que faz, nunca pode ser considerada como in-questionável e irrevogável.

3-3) Verdadeiro. Com efeito, o conceito atual de tempo, na cultura moderna, é sensivelmente afetado pelas invenções tecnológicas: o tempo é mais rápido.

4-4) Verdadeiro. Os diferentes recursos técnicos nos dão a im-pressão de que o mundo é menor, as distâncias são mais curtas e tudo flui de forma bem mais acelerada.

03. A composição do Texto 1 obedeceu a alguns critérios de seqüencia-ção, como passamos a enumerar em seguida.

0-0) O primeiro parágrafo justifica o título do texto e já adianta dados explícitos sobre as especificidades interativas da vida digital.

1-1) Há uma seqüência histórica de informações, nos parágrafos 2, 3, 4 e 5, nos quais se traça a evolução do conceito de tempo em diferentes culturas.

2-2) Alusões ao conceito de tempo na época moderna restringem-se ao parágrafo 4, no qual são referidas grandes transformações científi-cas dessa época.

3-3) A vinculação entre a noção de tempo e o desenvolvimento tecno-lógico é o tópico do penúltimo parágrafo, que já prepara o acesso à conclusão final.

4-4) A noção de tempo é reiterada no último parágrafo, acrescida agora de uma alusão à intervenção direta do homem e da tecnologia.

ComentárioResposta: FVFVVJustificativa:

0-0) Falso. No primeiro parágrafo o autor introduz a idéia de ‘ tempo´ mas não adianta dados sobre as especificidades da vida digital.

1-1) Verdadeiro. De fato, nos parágrafos 2, 3, 4 e 5, o autor traça uma espécie de seqüência histórica relativa à evolução do concei-to de tempo em diferentes culturas.

2-2) Falso. No parágrafo 5 também são feitas alusões ao conceito de tempo na época moderna: uma percepção de tempo que ficou coligada ao desenvolvimento tecnológico.

3-3) Verdadeiro. Na verdade, o penúltimo parágrafo se desenvolve em torno da vinculação entre a noção de tempo e os avanços da tecnologia, o que funciona como “gancho” para a conclusão final do texto.

4-4) Verdadeiro. Como se diz na justificativa anterior, a noção de tempo é reiterada no último parágrafo e, quanto a isso, é feita uma referência explícita à intervenção do homem e da tecnologia.

04. Considerando os sentidos atualizados pelas palavras do Texto 1, podemos fazer as seguintes observações.

0-0) No trecho: “Dentre as muitas coisas intrigantes, poucas há tão misteriosas quanto o tempo”, as duas palavras sublinhadas funcionam como sinônimos.

1-1) No trecho: “Ledo engano”, o autor pretende caracterizar um “enga-no maldoso, resultante de má-fé”. 2-2) No trecho: “Na Idade Média, prevalecia o tempo recursivo”, o autor quer dizer um tempo que tende a reocorrer.

3-3) No trecho: “Essa foi também a época em que a ciência e a técnica se tornaram preponderantes”, o termo destacado equivale a “consis-tentes e precisas”.

4-4) No trecho: “O mais dramático episódio nesta saga da aceleração foi assinalado pela Revolução da microeletrônica”, o autor se refereà prática das narrativas lendárias.

ComentárioResposta: VFVFVJustificativa:

0-0) Verdadeiro. De fato, as palavras ‘intrigantes’ e ’ funcionam, nesse contexto, como equivalentes semanticamente.

1-1) Falso. Por “Ledo engano” o autor pretende caracterizar um ‘engano leve’ ou um ‘engano sem malícia’, ‘de boa fé’.

2-2) Verdadeiro. De fato, um tempo recursivo é um tempo que ten-

de a voltar a ocorrer.

4-4) Falso. Algo é “preponderante” quando se destaca, quando predomina e, não, quando é “consistente ou preciso”.

4-4) Verdadeiro. A palavra ‘saga’ é, de fato, adequada para caracte-rizar a prática das narrativas lendárias

05. Em um texto, aparecem marcas pelas quais se pode identificar as pretensões comunicativas do autor. No Texto 1, tais marcas têm fun-ções claras, como se observa nos comentários a seguir.

0-0) Em: ”Historicamente, o tempo foi percebido de formas diferentes”, o termo sublinhado delimita o âmbito de validade da afirmação.

1-1) Em: “Mas o mundo moderno foi-se complicando”, o autor sinaliza que vai mudar a direção de seus argumentos.

2-2) Em: “Como pertencemos a esse tempo moderno, é ele que apre-endemos...”, o segmento sublinhado sinaliza que o autor está fazendo uma comparação.

3-3) Em: “O que é claro, no caso da cultura moderna, é que nossa percepção de tempo ficou coligada ao desenvolvimento tecnológico”, os segmentos sublinhados dão mais ênfase à declaração feita.

4-4) Em: “Tudo parece convergir para tornar as comunicações mais rápidas”, o termo sublinhado atenua o caráter contundente da afirma-ção.

ComentárioResposta: VVFVVJustificativa:

0-0) Verdadeiro. Com o uso do advérbio ‘Historicamente’, o autor delimita o espaço em que sua afirmação pode ser considerada válida.

1-1) Verdadeiro. O sentido do conectivo ‘mas’ é de oposição e, por isso, sinaliza que a direção dos argumentos apresentados vai mudar.

2-2) Falso. O sentido aqui atualizado pela expressão ‘como’ não implica comparação. Trata-se de uma relação de causalidade.

3-3) Verdadeiro. De fato, os segmentos sublinhados são um recur-so sintático de dar mais ênfase à declaração feita.

4-4) Verdadeiro. Dizer que “Tudo parece convergir” é uma forma de deixar a afirmação mais branda, menos categórica.

06. A coesão de um texto ocorre por meio de diferentes recursos sin-tático-semânticos. Analise as observações feitas a seguir acerca da coesão, ou seja, da articulação entre partes do Texto 1.

0-0) A repetição da palavra tempo – que aparece do primeiro ao último parágrafo – é um sinal de que o mesmo tema se mantém ao longo dotexto.

1-1) Palavras com sentidos afins (como tempo, relógio, eras, rápido etc.) criam uma associação semântica que promove no texto articula-ção e unidade.

2-2) Nem todos os recursos coesivos aparecem em todos os textos. Assim é que o Texto 1 é construído sem as marcas explicitas dosconectivos conjuntivos.

3-3) Ao longo do Texto 1, pronomes vão reiterando as referências ou predicações feitas previamente, como em: “Dentre as muitas coisas intrigantes, poucas há tão misteriosasquanto o tempo. A ironia é que mal nos damos conta disso.”

4-4) No começo do último parágrafo, o autor opta por deixar implícita a articulação com o parágrafo anterior: de fato, não ocorrem aí formas de reiteração.

ComentárioResposta: VVFVFJustificativa:

0-0) Verdadeiro. A repetição de uma palavra é reconhecida na li-teratura lingüística como um dos recursos pelo qual se marca a concentração temática de um texto ou de um parágrafo.

1-1) Verdadeiro. Palavras semanticamente afins ou associadas concorrem para promover a necessária articulação e unidade do texto.

2-2) Falso. Ocorrem no texto em análise vários conectivos conjun-tivos, tais como: ‘que’, ‘e’, ‘quando’, ‘como’, entre outros.

3-3) Verdadeiro. O pronome ‘(d)isso’ reitera ou retoma a predica-ção feita anteriormente: “poucas coisas há tão misteriosas quanto otempo”.

4-4) Falso. No começo do último parágrafo, o uso do pronome ‘tudo’ funciona como um articulador, que reiotera, que retoma, que resume o que é dito anteriormente.

07. Analise o fragmento com que se inicia o Texto 1: “Dentre as muitas coisas intrigantes, poucas há tão misteriosas quanto o tempo”. Acerca de sua composição sintática, podemos afirmar o que segue.

0-0) O verbo haver, nesse caso, é impessoal; a norma é, no sentido aqui atualizado, usá-lo sempre como impessoal.

1-1) A impessoalidade do verbo haver não se mantém quando se trata de uma locução verbal; portanto, a norma seria dizer-se: “Devem haver muitas coisas intrigantes”.

2-2) No português do Brasil, é comum o uso do verbo ‘ter’ em lugar do verbo haver; por exemplo: “Tem muitas coisas misteriosas no mundo.”

3-3) O verbo existir também é de uso muito freqüente, nesse contexto;

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PortuguêsCleonice Rabelo, Liliane Lopes, Marcela Maria, Carolina Araújo

sua concordância com o sujeito segue a norma-padrão prescrita na gramática.

4-4) Vê-se, por vezes, alguém dizer ou escrever: Houveram coisas mis-teriosas. Essa concordância é aceita pela norma-padrão, por tratar-se de uma exceção: o verbo principia o enunciado.

ComentároResposta: VFVVFJustificativa:

0-0) Verdadeiro. O verbo haver, no sentido de existir, é impessoal; a norma é, com esse sentido, usá-lo sempre como impessoal.

1-1) Falso. A impessoalidade do verbo haver, no sentido de existir, atinge também o verbo que funciona como seu auxiliar.

2-2) Verdadeiro. De fato, o uso do verbo ‘ter’ no lugar do verbo ‘haver’ é comum no português brasileiro, até mesmo em contex-tos formais.

3-3) Verdadeiro. O verbo existir é um verbo que recebe as flexões de pessoa e número, conforme as prescrições da norma-padrão.

4-4) Falso. O fato de o verbo haver principiar o enunciado não altera seu caráter de impessoalidade, quando usado no sentido de existir.

TEXTO 2

Compro, logo existo. Templo de culto à mercadoria, o modelo do Shopping Center, como o conhecemos hoje, nasceu nos Estados Unidos na década de 1950. São espaços privados, objetivamente planejados, para a supremacia da ação de comprar. O que se compra nesses centros, contudo, é mui-to mais do que mercadoria, serviços, alimentação e lazer. Compra-se distinção social, sensação de segurança e ilusão de felicidade e liber-dade.

O Shopping Center é um centro de comércio que se completa com ali-mentação, serviços e lazer. Ali o consumidor de mercadorias se mistura com o consumidor de serviços e de diversão, sentindo-se protegido emoderno. Fugindo de aspectos negativos dos centros das cidades e da busca conjunta de soluções para eles, os Shopping Centers vendem a imagem de serem locais com uma melhor “qualidade de vida” por pos-suírem ruas cobertas, iluminadas, limpas e seguras: praças, fontes,bulevares recriados, cinemas e atrações prontas e relativamente fáceis de serem adquiridas – ao menos para os que podem pagar. É como se o “mundo de fora”, a vida real, não lhes dissesse respeito...

O que essa catedral das mercadorias pretende é criar um espaço urba-no ideal, concentrando várias opções de consumo e consagrando-se como “ponto de encontro” para uma população seleta de seres “semi-formados”, incompletos, que aceitam fenômenos historicamente cons-truídos como se fizessem parte do curso da natureza. O imaginário que se impõe é o da plenitude da vida pelo consumo. Nesses espaços, podemos ocupar-nos apenas dos nossos desejos – aguçados com as inúmeras possibilidades disponíveis de aquisição. Prevalece a idéiado “compro, logo existo”.

Além disso, esse mundo de sonhos que é o Shopping Center acaba re-forçando nas pessoas uma visão individualista da vida, onde os valores propagados são todos relacionados às necessidades e aos desejosindividuais – “eu quero, eu posso, eu compro”.

(Valquíria Padilha. A sociologia vai ao Shopping Center. Ciência Hoje, maio de 2007, p. 30-35. Adaptado.)

08. O Texto 2, na forma mais, ou menos explícita como aborda o tema escolhido, convoca o leitor a aceitar: 0-0) a plenitude da vida, que é garantida pela alegria de poder “con-sumir”.

1-1) a urgência de criação de espaços urbanos ideais, a serviço da população seleta e formada.

2-2) os riscos subjacentes ao engodo que pode existir na ligação entre ‘comprar’ e ‘ser feliz’.

3-3) os valores inerentes às funções dos centros comerciais, onde so-bressai o lado solidário do homem.

4-4) a superação do individualismo e o fortalecimento da compreensão do valor da vida solidária.

ComentárioResposta: FFVFVJustificativa:0-0) Falso. O texto adverte explicitamente que o poder “consumir” não é garantia de plenitude de vida.

1-1) Falso. O Texto não afirma a urgência da criação de espaços urbanos ideais. Chega a dizer apenas que os Shoppings Centers parecem ser “espaços ideais”.

2-2) Verdadeiro. A autora adverte para a concepção ingênua de que o ato de ‘comprar’ assegura o estado de ‘ser feliz’.

3-3) Falso. Pelo contrário, a autora chama a atenção para o fato de que os ‘centros comerciais’ instigam o individualismo.

4-4) Verdadeiro. A autora nos convoca para a superação do indivi-dualismo e para o fortalecimento da solidariedade.

09. O principal equívoco para o qual a autora do Texto 2 nos alerta é aquele de que:

0-0) a realização do indivíduo existe na medida em que ele exercita seu poder de compra.

1-1) os shopping centers não oferecem total garantia de segurança pessoal.

2-2) a plenitude da vida é alcançada pelo acesso ao grande consumo.

3-3) os shopping centers, essa catedral das mercadorias, não concen-tram, de fato, várias opções de consumo.

4-4) nem sempre acorre aos shopping centers uma população seleta de consumidores.

ComentárioResposta: VFVFFJustificativa:

0-0) Verdadeiro. A autora aponta exatamente a ilusão de alguns que põem no poder de compra sua possibilidade realização pes-soal.

1-1) Falso. Se os shopping centers não oferecem total garantia de segurança pessoal, isso não representa um ‘equívoco’ focalizado pelaautora.

2-2) Verdadeiro. De fato, é equívoco pensar que a plenitude da vida é alcançada pelo poder de consumir.

3-3) Falso. O que é afirmado nessa opção não constitui objeto de advertência da autora.

4-4) Falso. O fato de nem sempre acorrer aos shopping centers uma população seleta de consumidores não consitui o equívovo para o qual a autora nos adverte.

10. A referência a Shopping Centers foi realizada no Texto 2 por meio de expressões como:

0-0) “Templo de culto à mercadoria” (parágrafo 1).

1-1) “essa catedral das mercadorias” (parágrafo 3).

2-2) “O imaginário que se impõe” (parágrafo 3).

3-3) “Nesses espaços” (parágrafo 3).

4-4) “esse mundo de sonhos” (parágrafo 4).

ComentárioResposta: VVFVVJustificativa:

De fato, a referência a Shopping Centers é retomada no texto por 0-0), “Templo de culto à mercadoria”; 1-1) “essa catedral das mercadorias”; 3-3) “Nesses espaços”; 4-4) “esse mundo de sonhos”. Logo:0-0) Verdadeiro.1-1) Verdadeiro.2-2) Falso. O segmento “O imaginário que se impõe” não retoma a referência a Shopping Centers.3-3) Verdadeiro.4-4) Verdadeiro.

11. A indicação, já no primeiro parágrafo, de que o tema abordado vai tomar uma direção oposta é dada por expressões ou termos como:

0-0) espaços privados.

1-1) como o conhecemos hoje.

2-2) contudo.

3-3) objetivamente planejados.

4-4) ação de comprar.

ComentárioResposta: FFVFFJustificativa:O único segmento que implica um sentido contrário e que pode, portanto, sinalizar que a argumentação vai tomar um sentido con-trário é ‘contudo’. Logo:0-0) Falso.1-1) Falso.2-2) Verdadeiro.3-3) Falso.4-4) Falso.

12. Analisando aspectos lingüísticos de palavras e outros segmentos presentes no Texto 2, observamos que:

0-0) o titulo do texto corresponde a uma conlusão, formulada em ter-mos claros e precisos.

1-1) metáforas usadas no texto atestam uma percepção dos Shopping Centers como algo profano e alheio ao mundo religioso.

2-2) os termos ‘bulevares’ e ‘Shopping Center‘’ caracterizam casos de empréstimo lingüístico, fenômeno que decorre do contato entre línguas diferentes.

3-3) a opção por períodos curtos – que prevalece em todo o texto – sugere que se trata de um gênero expositivo e informal.

4-4) a reiteração do pronome ‘eu’ na última linha do texto tem um valor enfático e confere ao enunciado um tom mais contundente.

ComentárioResposta: VFVFVJustificativa:

0-0) Verdadeiro. “Compro, logo existo” implica uma conlusão, for-mulada com clareza. O conectivo ‘logo’ é, nesse caso, um marca-dor explícito.

1-1) Falso. Os Shopping Centers são metaforicamente referidos no texto como ‘templos’ e ‘catedrais’.

2-2) Verdadeiro. De fato, os termos ‘bulevares’ e ‘Shopping Cen-ter‘’, como tantos outros, são exemplos de ‘empréstimo lingüísti-co’, um fato

previsível quando acontece o contato entre línguas diferentes.

3-3) Falso. Nem predomina no texto a opção por períodos curtos nem se trata de um gênero expositivo e informal.

4-4) Verdadeiro. De fato a repetição do pronome ‘eu’ na última li-nha do texto é um recurso de ênfase e torna o enunciado mais contundente e categórico.

13. A posição do advérbio no enunciado é significativa. Mudá-la pode alterar o sentido pretendido. Assim, podemos dizer que as mudanças feitas na posição do advérbio alteraram o sentido dos trechos nasseguintes proposições:

0-0) “São espaços privados, objetivamente planejados, para a supre-macia da ação de comprar.”; São espaços privados, planejados, para a supremacia da ação de comprar objetivamente.

1-1) “o modelo do Shopping Center, como o conhecemos hoje, nasceu nos Estados Unidos na década de 1950.”; o modelo do Shopping Cen-ter, como hoje o conhecemos, nasceu nos Estados Unidos na década de 1950.

2-2) “seres (...) que aceitam fenômenos historicamente construídos”; seres (...) que aceitam historicamente fenômenos construídos.

3-3) “Nesses espaços, podemos ocupar-nos apenas dos nossos de-sejos”; Apenas nesses espaços, podemos ocupar-nos dos nossos de-sejos.

4-4) “Nesses espaços, podemos ocupar-nos apenas dos nossos de-sejos”; Nesses espaços, podemos ocupar-nos dos nossos desejos apenas.

ComentárioResposta: VFVVFJustificativa:

0-0) Verdadeiro. Houve alteração no sentido do enunciado: aqui o advérbio incide sobre o escopo de ‘comprar’ (comprar objeti-vamente).

1-1) Falso. Não houve alteração de sentido: o advérbio se situa no mesmo âmbito.

2-2) Verdadeiro. Houve alteração: uma coisa são “fenômenos his-toricamente construídos”, outra, ‘aceitar historicamente algo’.

3-3) Verdadeiro. É clara a alteração: de “ocuparnos apenas dos nossos desejos” para “apenas nesses espaços”.

4-4) Falso. Não há alteração. O escopo do advérbio continua o mesmo.

14. Observe o trecho: “os Shopping Centers vendem a imagem de se-rem locais com uma melhor “qualidade de vida” por possuírem ruas cobertas, iluminadas, limpas e seguras: praças, fontes, bulevares re-criados, cinemas e atrações prontas e relativamente fáceis de serem adquiridas – ao menos para os que podem pagar”. Analise os comentá-rios acerca da função de alguns de seus itens ou fragmentos.

0-0) O uso das aspas em “qualidade de vida” indica que se trata de uma expressão de outro autor.

1-1) Grande parte do trecho é constituída por uma enumeração; daí o uso de tantas vírgulas.

2-2) Em: “os Shopping Centers vendem a imagem”, a palavra sublinha-da tem um sentido metafórico.

3-3) O caráter apelativo desse trecho propiciou o uso de verbos no presente do indicativo.

4-4) Em: “ao menos para os que podem pagar”, é feita uma ressalva; a expressão “ao menos” sinaliza isso.

ComentárioResposta: FVVFVJustificativa:

0-0) Falso. Não se trata de uma citação. O uso das aspas em “qua-lidade de vida” sinaliza para uma duplicidade de sentido que o autor temem vista.

1-1) Verdadeiro. É clara a série de itens enumerados e, por isso, o uso das vírgulas (separam termos coordenados).

2-2) Verdadeiro. O sentido da palavra ‘vender’, nesse contexto, é claramente figurado, imagético.

3-3) Falso. Esse trecho não tem um caráter apelativo. Tampouco, o presente do indicativo seria a opção a predominar em um texto apelativo.

4-4) Verdadeiro. É claro o sentido de ‘ressalva’ expresso nesse contexto pela expressão “ao menos”.

TEXTO 3

Eu etiquetaEm minha calça está grudado um nomeQue não é meu de batismo ou de cartórioUm nome ... estranhoMeu blusão traz lembrete de bebidaQue jamais pus na boca, nessa vida,Em minha camiseta, há marca de cigarroQue não fumo, até hoje não fumei.Minhas meias falam de produtosQue nunca experimenteiMas são comunicados a meus pés.Meu tênis é proclama coloridoDe alguma coisa não provadaPor este provador de longa idade.Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,

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Minha gravata e cinto e escova e pente,Meu copo, minha xícara, minha toalha de banho esabonete,Meu isso, meu aquilo.Desde a cabeça ao bico dos sapatos,São mensagens,Letras falantes,Gritos visuais,Ordens de uso, abuso, reincidências.Costume, hábito, premência, indispensabilidade,E fazem de mim homem-anúncio itinerante,Escravo da matéria anunciada.(...)Peço que meu nome retifiquem.Já não me convém o título de homem.Meu nome é coisa.Eu sou a Coisa, coisamente.

(Carlos Drummond de Andrade)

15. O tema que serve de objeto para a reflexão de Drummond, no po-ema transcrito acima, relaciona-se com a questão levantada no Texto 2, pois:

0-0) mostra o fascínio exercido pela fantasia e miragem do consumo.

1-1) adverte contra o perigo da alienação que ronda as facilidades do consumo.

2-2) destaca a força que os aparelhos publicitários exercem sobre o indivíduo.

3-3) exalta a funcionalidade dos rótulos em locais de grande movimen-tação de negócios.

4-4) enaltece a condição do homem livre e senhor de suas decisões.

ComentárioResposta: VVVFVJustificativa:

0-0) Verdadeiro. O poema, embora de forma uma tanto sutil, critica o endeusamento do consumo.

1-1) Verdadeiro. Também sutilmente, o autor refere “a coisifica-ção” do homem, provocada pela “etiquetagem publicitária”, que correspondeexatamente a esse processo de alienação.

2-2) Verdadeiro. De fato, o autor enfatiza o poder que a “etiqueta” (em sentido bem amplo) tem sobre a identidade dos indivíduos.

3-3) Falso. Em nenhum segmento o poema ressalta a funcionali-dade dos rótulos, onde quer que seja.

4-4) Verdadeiro. Está implícita no texto a idéia de que o homem não deve abrir mão de sua condição de ser livre e senhor de suasdecisões.

16. O poema de Drummond apresenta particularidades lingüísticas que merecem ser destacadas.

0-0) O fragmento transcrito se confunde com um depoimento ou uma confissão pessoal.

1-1) O uso reiterado da primeira pessoa do singular assume no poema um caráter individualizante.

2-2) Os objetos detalhadamente mencionados reforçam a idéia de que nada escapa aos interesses da publicidade.

3-3) A palavra ‘etiqueta’, que consta no título, já antecipa a idéia central do poema: vestimo-nos, movemo-nos como anunciantes.

4-4) Os dois últimos versos dão um tom categórico à sua conclusão: o homem está convertido em objeto de venda.

ComentárioResposta: VVVVVJustificativa:

0-0) Verdadeiro. O autor fala de sua própria experiência de “ser etiqueta”.

1-1) Verdadeiro. De fato, o uso reiterado da primeira pessoa atesta esse tom de depoimento pessoal do poema.

2-2) Verdadeiro: Cada item mencionado reforça a idéia de que so-mos convertidos em amostras de “tudo” que pode ser vendido.

3-3) Verdadeiro: Na verdade, a palavra ‘etiqueta’ expressa o senti-do maior do poema e a crítica a esse uso do homem como “placa” de anúncio.

4-4) Verdadeiro. As funções morfossintáticas diferentes para o nome ‘coisa’ atestam essa desumanização da condição maior do homem livre e autônomo.

01. O período das grandes navegações constituiu o apogeu da história de Portugal, e ofereceu matéria para alguns dos maiores textos literá-rios da língua portuguesa, como Os Lusíadas, de Camões e Mensa-gem, de Fernando Pessoa. Considere os poemas abaixo e analise as proposições a seguir.

Texto 1A gente da cidade, aquele dia,(Uns por amigos, outros por parentes,Outros por ver somente) concorria,Saudosos na vista e descontentes.E nós, com a virtuosa companhiaDe mil religiosos diligentes,Em procissão solene, a Deus orando,Para os batéis viemos caminhando.Em tão longo caminho e duvidosoPor perdidos as gentes nos julgavam.As mulheres com choro piedoso,Os homens com suspiros que arrancavam.Mães, esposas, irmãs, que o temerosoAmor mais desconfia, acrescentavamA desesperação e frio medoDe já nos não tornar a ver tão cedo.

Os Lusíadas, Camões.

Texto 2

Ó mar salgado, quanto do teu salSão lágrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas mães choraram,Quantos filhos em vão rezaram!Quantas noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, ó mar!Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequena.

Mensagem, Fernando Pessoa

0-0) Fernando Pessoa, a exemplo do que fez Camões nos versos apre-sentados acima, alude à história do Descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral.

1-1) Em seu livro Mensagem, como mostra o fragmento acima, Fernan-do Pessoa, poeta do século XX, faz uma releitura de Os Lusíadas,refletindo alguns temas do épico camoniano.

2-2) Em ambos os poemas apresentados, os autores descrevem o so-frimento e as perdas para a população comum, das grandes navega-ções portuguesas no século XVI.

3-3) A independência das colônias trouxe para Portugal a perda dos territórios e das riquezas arduamente conquistados, além de inúmerosproblemas sociais advindos do período da colonização. Ciente disso, Fernando Pessoa, no trecho citado, condena duramente as grandes navegações exaltadas em Os Lusíadas.

4-4) Em ambos os textos, a descrição do custo social das navegações portuguesas serve para enaltecer a coragem e a grandeza do povoportuguês.

ComentárioResposta: FVVFVJustificativa:

0-FALSO - Os Lusíadas narra a descoberta do caminho marítimo para as Índias pelo navegador Vasco da Gama;1- VERDADEIRO2-VERDADEIRO3-FALSO - Com sua famosa frase “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”, Pessoa defende aspectos positivos das grandes navegações, como a ampliação da consciência humana e a apro-ximação de continentes e povos até então desconhecidos;4-VERDADEIRO

02. O Velho do Restelo é uma voz emblemática na literatura portu-guesa, que continua a influenciar os escritores modernos, como José Saramago. Leia o poema “Fala do Velho do Restelo ao Astronauta”, eanalise as proposições a seguir.

Texto 1

Mas um velho, de aspecto venerando,Que ficava nas praias, entre a gente,Postos em nós os olhos, meneandoTrês vezes a cabeça, descontente,A voz pesada um pouco alevantando,Que nós no mar ouvimos claramente,Com saber só de experiências feito,Tais palavras tirou do experto peito:(...)A que novos desastres determinasDe levar estes Reinos e esta gente?Que perigos, que mortes lhe destinas,Debaixo dalgum nome proeminente?Que promessas de reinos e de minasDe ouro, que lhe farás tão facilmente?Que famas lhe prometerás? Que histórias?Que triunfos? Que palmas? Que vitórias?

Camões, Os Lusíadas (Fala do Velho do Restelo)

Texto 2.

Aqui, na Terra, a fome continua,A miséria, o luto, e outra vez a fome.Acendemos cigarros em fogos de napalmeE dizemos amor sem saber o que seja.Mas fizemos de ti a prova da riqueza,E também da pobreza, e da fome outra vez.

E pusemos em ti sei lá bem que desejoDe mais alto que nós, e melhor e mais puro.No jornal, de olhos tensos, soletramosAs vertigens do espaço e maravilhas:Oceanos salgados que circundamIlhas mortas de sede, onde não chove.Mas o mundo, astronauta, é boa mesaOnde come, brincando, só a fome,Só a fome, astronauta, só a fome,E são brinquedos as bombas de napalme.

(José Saramago, Fala do Velho do Restelo ao Astronauta)

0-0) Um dos aspectos mais relevantes da obra de Saramago é a tenta-tiva de reinterpretar o passado usando temas históricos, como nopoema apresentado acima.

1-1) Falando ao astronauta como falou o Velho do Restelo ao navega-dor português, Saramago utiliza um recurso literário semelhante ao deCamões em seu épico.

2-2) Em seu poema, Saramago enaltece as viagens espaciais na mo-dernidade, assim como Camões enaltecia as viagens marítimas em seu tempo.

3-3) As vozes do Velho do Restelo e de Saramago mostram que os im-perialismos, seja no século XVI, seja no século XX, ocultam uma visão de mundo sectária e bélica, causadora de grandes sofrimentos.

4-4) Pelo exposto no poema de Saramago, pode-se deduzir que ele reconhece a relevância das conquistas espaciais.para a modernidade.Certamente, Saramago concordaria com os versos de Pessoa: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”.

ComentárioResposta: VVFVFJustificativa:0-VERDADEIRO1-VERDADEIRO2-FALSO - Saramago critica o alto investimento nas viagens espa-ciais quando há tanta pobreza no mundo;3-VERDADEIRO4-FALSO - Nada no poema de Saramago faz crer na defesa da vali-dade nas viagens espaciais, que são duramente criticadas.

03. Analise as dedicatórias de Machado de Assis e de Clarice Lispec-tor, postas em seus romances, e analise as proposições a seguir.

Texto 1

“Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver, dedico com saudosa lembrança estas memórias póstumas.” Machado de As-sis, Memórias Póstumas de Brás Cubas

Texto 2

”Pois que dedico esta coisa aí ao antigo Schumann e sua doce Clara que são hoje ossos, ai de nós. Dedico-me à saudade de minha antiga pobreza, quando tudo era mais sóbrio e digno e eu nunca havia comido lagosta. Dedicome à tempestade de Beethoven. À vibração das coresneutras de Bach. A Chopin que me amolece os ossos. A Stravinsky que me espantou e com quem voei em fogo. Sobretudo dedico-me às vésperas de hoje e a hoje, ao transparente véu de Debussy, a Marlos Nobre, a Prokofiev, a Carl Orff, a Schönberg, aos dodecafônicos, aos gritos rascantes dos eletrônicos – a todos esses que em mim atingiram zonas assustadoramente inesperadas, todos esses profetas do pre-sente e que a mim me vaticinaram a mim mesmo”.

Clarice Lispector, A hora da estrela

0-0) Ao dedicar seu texto a um verme, o narrador de Machado de Assis despe-se da vaidade intelectual, refletindo com ironia sobre a finitudedo ser humano e de suas produções.

1-1) Ao utilizar a expressão “esta coisa aí”, o narrador de Clarice Lis-pector também revela desprendimento pela obra que escreveu.

2-2) Ao contrário do narrador de Machado, o de Clarice dedica sua obra a Beethoven, Bach, Chopin: escritores clássicos da literatura universal, os quais admira pela influência que exerceram em sua formação.

3-3) A personagem Macabéa, de A hora da estrela, apesar de muito pobre e ignorante, mostra sensibilidade artística, chorando ao ouvir amúsica Una furtiva lacrima no rádio-relógio.

4-4) Dedicando-se à “saudade de sua antiga pobreza”, o narrador de Clarice valoriza a riqueza inusitada que descobre na sobriedade edignidade de seus personagens.

ComentárioResposta: VVFVVJustificativa:0-VERDADEIRO1-VERDADEIRO2-FALSO - O narrador de Clarice dedica sua obra agrandes compositores musicais;3- VERDADEIRO4- VERDADEIRO

04. Osman Lins tinha grande admiração pelo escritor Afonso Henriques de Lima Barreto, cuja obra estudou em sua tese de doutorado. No ro-mance A rainha dos cárceres da Grécia, cria uma personagem chama-da Julia Enone, que escreve um livro sobre Maria de França, nordesti-na pobre e doente mental, que tenta obter uma pensão do INPS. Leia o texto de Julia Enone, a seguir, e analise as proposições.

Texto 1

“Santo Afonso Henriques! Fazei de mim uma escritora. Mas só isto. Nada de festivais, de júris em concursos (de beleza ou literários), de cargos em repartições chamadas culturais, de capelas, de frases de espírito. Livrai-me do fascínio que tantos dos nossos autores, hoje, têm pelo convívio com os ricos, pela adoção obrigatória de livros seus na área estudantil, pelas viagens com passagem e hotel pagos. Fazei-me orgulhosa da minha condição de pária e severa no meu obscuro trabalho de escrever.”

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LiteraturaGraça Migliorino, Bianca Campello

Osman Lins, A rainha dos cárceres da Grécia

0-0) O texto de Julia Enone homenageia Lima Barreto, evocando-o como um “santo” devido a sua integridade como escritor.

1-1) Assim como a personagem Maria de França, Lima Barreto teve uma vida atribulada por problemas mentais.

2-2) Algumas obras importantes para a literatura brasileira, como O Fiel e a Pedra e Avalovara foram escritas por Lima Barreto.

3-3) Policarpo Quaresma, um dos personagens mais conhecidos de Lima Barreto, é considerado na história como louco devido a seu ide-alismo patriótico.

4-4) A exemplo de Maria de França, os personagens de Osman Lins, em seus contos, costumam ser pessoas simples do povo, flagradas em instantâneos do cotidiano repletos de tensão e opressão.

ComentárioResposta: VVFVVJustificativa:0- VERDADEIRO1- VERDADEIRO2-FALSO - Lima Barreto não escreveu essas obras,que são da autoria de Osman Lins;3- VERDADEIRO4-VERDADEIRO.

05. O espelho é um tema sedutor para a literatura, sendo trabalhado pelos mais diversos autores. Leia os textos e analise as proposições a seguir.

Espelho, de Duane Michals

Texto 1

Olhei o espelho e recuei. O próprio vidro parecia conjurado com o resto do universo; não me estampou a figura nítida e inteira, mas vaga, esfu-mada, difusa, sombra de sombra. Então tive medo; atribuí o fenômeno à excitação nervosa em que andava; receei ficar mais tempo e en-louquecer. Subitamente por uma inspiração inexplicável, lembrou-me vestir a farda de alferes. Vesti-a, aprontei-me de todo; e, como estava defronte do espelho, levantei os olhos, e... não lhes digo nada; o vidroreproduziu então a figura integral; nenhuma linha de menos, nenhum contorno diverso; era eu mesmo, o alferes, que achava, enfim, a alma exterior.

Machado de Assis, O espelho

Texto 2

- Então, disse Dumbledore, você descobriu os prazeres do Espelho de Ojesed. Mas espero que tenha percebido o que ele faz? – Bom, ele mostra a minha família, respondeu Harry. – E mostrou seu amigo Rony como chefe dos monitores, disse Dumbledore, perguntando: - Você pode concluir o que é que esse espelho mostra a nós todos? Harry sacudiu negativamente a cabeça. – Ele nos mostra nada mais nada menos do que o desejo mais íntimo, mais desesperado de nossos co-rações. Só o homem mais feliz do mundo poderia usar o Espelho deOjesed como um espelho normal, ou seja, ele olharia e se veria exa-tamente como é.

J.K.Rowling, Harry Potter e a Pedra Filosofal

0-0) Pode-se dizer que o espelho do conto de Machado funciona como o “Espelho de Ojesed” do livro de Rowling, ao refletir o desejo mais íntimo do personagem que nele se contempla.

1-1) Os espelhos nessas obras revelam que tanto o personagem de Machado, ao se reconhecer na farda de um “alferes”, quanto Rony, ao se reconhecer como “chefe dos monitores”, dão mais valor aos cargos do que a si mesmos.

2-2) Pelo exposto em ambos os textos, deduz-se que os personagens dessas histórias são aspessoas mais felizes do mundo.

3-3) Baseando-se na verossimilhança entre o real e o ficcional, o Re-alismo procurava apresentar a literatura como um espelho da realida-de.

4-4) No conto O espelho, Machado de Assis rompe com alguns princí-pios da escola realista quando evoca o universo da fantasia.

ComentárioResposta: VVFVVJustificativa:0- VERDADEIRO;1- VERDADEIRO;2-FALSO - Como os personagens de ambos os contos não se vêem como são, mas como se imaginam ou desejam ser, deduz-se que eles não são as pessoas mais felizes do mundo;3- VERDADEIRO;4-VERDADEIRO- O conto O espelho foge aos princípios estrita-mente pragmáticos da escola realista.

06. Em Primeiras Estórias, Guimarães Rosa publica 21 contos. O conto de número 11 intitula-se O espelho. Leia o texto e analise as proposi-ções a seguir.

Texto 1

Desde aí, comecei a procurar-me – ao eu por detrás de mim à tona dos espelhos, em sua lisa, funda lâmina, em seu lume frio. Isso, que se sai-ba, antes ninguém tentara. Quem se olha em espelho, o faz partindo de preconceito afetivo, de um mais ou menos falaz pressuposto: ninguém se acha na verdade feio; quando muito, desgostamo-nos por proviso-riamente discrepantes de um ideal estético já aceito. Sou claro? O que se busca, então, é verificar, acertar, trabalhar um modelo subjetivo, pré-existente; enfim, ampliar o ilusório mediante sucessivas novascapas de ilusão. Eu, porém, era um perquiridor imparcial, neutro. O caçador de meu próprio aspecto formal, movido por curiosidade.

João Guimarães Rosa, Primeiras Estórias

0-0) Guimarães Rosa divide de maneira especular a sua coletânea de contos, pondo no lugar central O espelho.

1-1) No conto O espelho, predomina o aspecto esotérico e misterioso da narrativa .2-2) O espelho foge à regra da maioria dos contos deste livro, que elaboram retratos da pobreza, exclusão e abandono a que estão entre-gues os personagens, em geral sertanejos.

3-3) Neste conto, Guimarães Rosa afirma concordarcom as pessoas que buscam reconhecer suas imagens no espelho a partir de modelosprévios, já estabelecidos.

4-4) Neste conto, Guimarães Rosa afirma buscar um estilo próprio, ainda que discrepante do ideal estético dominante. Por isso, a reflexão posta em O espelho também reflete a proposta inovadora do autor com a obra.

ComentárioResposta: VVVFVJustificativa:0- VERDADEIRO;1- VERDADEIRO;2- VERDADEIRO;3-FALSO - Rosa afirma ser “caçador de seu próprioaspecto formal, movido por curiosidade”;4- VERDADEIRO.

07. A história da literatura mostra como os movimentos estéticos que se sucedem no tempo dialogam entre si, seja condenando modelos anteriores, seja resgatando-os com novas propostas. Leia os textos eanalise as proposições.

Texto 1

Esta de áureos relevos, trabalhada De divas mãos, brilhante copa, um dia, Já de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia. Era o poeta de Teos que a suspendia Então, e, ora repleta ora esvasada, A taça amiga aos dedos seus tinia, Toda de roxas pétalas colmada. Depois... mas o lavor da taça admira, Toca-a, e do ou-vido aproximando-a, às bordas Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,Ignota voz, qual se da antiga lira Fosse a encantada música das cor-das, Qual se essa voz de Anacreonte fosse.

Alberto de Oliveira, Vaso Grego

Texto 2.

0-0) O Texto 2 reproduz a estrutura do soneto, que é uma forma poética fixa, composta por catorze versos dispostos em dois quartetos e doistercetos.

1-1) Alberto de Oliveira encarnou a concepção de arte preconizada pelo Parnasianismo: rigor formal e identificação da poesia com temasclássicos.

2-2) O Modernismo questionou os princípios da arte parnasiana; mas os concretistas chegaram a radicalizar a idéia de poesia, abdicando às vezes da palavra, como no poema de Avelino de Araújo.

3-3) O poema de Avelino de Araújo tem um caráter eminentemente so-cial, revelado pelo uso do termo “Apartheid” no título – que designa um regime vigente na África, segundo o qual os brancos detinham o poder e os povos restantes eram obrigados a viver separadamente.

4-4) O título “Apartheid Soneto”, associado a uma imagem que lembra uma cerca de arame farpado cujos fios se organizam em dois quartetos e dois tercetos, comunica, visualmente, o repúdio dos concretistas pelo aprisionamento do verso segundo convenções impostas, segregando a liberdade criativa.

ComentárioResposta: VVVFVJustificativa:0- VERDADEIRO;1- VERDADEIRO;2- VERDADEIRO;3-FALSO - O poema “Apartheid Soneto” tem uma função mais me-talingüística do que de denúncia social;4- VERDADEIRO.

08. Em seu estudo sobre as funções da linguagem, Roman Jakobson

entende por “função metalingüística” um enunciado mediante o qual odestinatário oferece ou solicita informação sobre o código. Quando a linguagem é empregada para falar da linguagem em si (código), esta-belece-se uma comunicação metalingüística. A partir dessa informa-ção, leia os textos abaixo e analise as proposições que se seguem.

Texto 1

Catar feijão se limita com escrever: Jogam-se os grãos na água do alguidarE as palavras na folha de papel;e depois, joga-se fora o que boiar.Certo, toda palavra boiará no papel,água congelada, por chumbo seu verbo:pois para catar esse feijão, soprar nele,e jogar fora o leve e oco, palha e eco.Ora, nesse catar feijão entra um risco:o de que entre os grãos pesados entreum grão qualquer, pedra ou indigesto,um grão imastigável, de quebrar dente.Certo não, quando ao catar palavras:a pedra dá à frase seu grão mais vivo:obstrui a leitura fluviante, flutual,açula a atenção, isca-a como o risco.

João Cabral de Melo Neto, Catar feijão.

Texto 2

Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia.Diante dela, a vida é um sol estático,não aquece nem ilumina.As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais nãocontam.Não faças poesia com o corpo,esse excelente, completo e confortável corpo, tão infensoà efusão lírica.Tua gota de bile, tua careta de gozo ou dor no escurosão indiferentes.Não me reveles teus sentimentos,que se prevalecem de equívoco e tentam a longa viagem.O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.

Carlos Drummond de Andrade, Procura da poesia.

0-0) Quando o escritor discute o fazer poético no âmbito do próprio po-ema, ele está usando a metalinguagem, como fez o autor do Texto 1.

1-1) A metalinguagem em poesia quebra o efeito sentimental caro ao estilo romântico, como mostra o poema de Drummond.

2-2) Em ambos os textos, a metalinguagem presta-se a conscientizar o leitor sobre os procedimentos de criação textual.

3-3) Cabral aproxima a criação poética do ato de catar feijão por acredi-tar que o poema deve ser “limpo”, sem nenhum elemento que dificulte o fluxo automático da leitura.

4-4) Em Procura da poesia, Drummond aproxima-se de uma definição da poesia pela afirmação de suas características.

ComentárioResposta: VVVFFJustificativa:Resposta: 0-V; 1-V; 2-V; 3-F (Cabral acredita que “apedra dá à palavra seu grão mais vivo”: ou seja, é algo desejável num poema embora indesejável na feijoada); 4-F (Drummond ten-ta definir a poesia por uma série de negações, e não de afirmações a seu respeito).

09. O Auto da compadecida (1955), de Ariano Suassuna, que teve sua primeira encenação em 1956, no Teatro Santa Isabel (Recife), é um dos marcos do moderno teatro brasileiro. Com esta obra, consolidaseo que a crítica dos anos de 1950 e 1960 denominava de o “Teatro do Nordeste”. Acerca dessa obra, analise as proposições abaixo.

0-0) João Grilo se inscreve no que podemos definir, dentro da tradição literária, como um personagem picaresco.

1-1) O Diabo é comparado por a Compadecida com um fariseu, por se apegar às formas exteriores.

2-2) A peça de Suassuna retoma o “maravilhoso divino”, muito presen-te tanto na literatura de cordel quanto na literatura cristã medieval.

3-3) A obra se desenvolve no sertão de Pernambuco, mais particular-mente na cidade de Bodocó, nos primeiros anos do século XX.

4-4) Ariano, para compor sua peça, se valeu, dentre outras obras, do auto popular O Castigo da soberba e dos romances populares O Enter-ro do cachorro e a História do cavalo quedefecava dinheiro.

ComentárioResposta: VVVFVJustificativa:0-0) Verdadeiro: o personagem picaresco é aquele que usa da sua aparente ingenuidade para enganar os outros e se dar bem na vida.

1-1) Verdadeiro: é a Compadecida que compara o Diabo a um fa-riseu.

2-2) Verdadeiro: o maravilhoso se dá pela intervenção de um deus sobre o destino dos homens; no caso, Jesus e a Compadecida.

3-3) Falso: a obra se passa em Taperoá, na Paraíba, e não em Per-nambuco. 4-4) Verdadeiro: as obras aludidas são confirmadas pelo autor na própria obra

10. Se no Brasil o discurso nacionalista romântico tem na literatura uma referência, vamos encontrá-la na obra de José de Alencar, a qual se

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constrói dentro do princípio de alteridade nacional, que tomava a corlocal, a nacionalidade do escritor e o uso da “língua brasileira” como bases para se definir uma literatura brasileira, autônoma. Leia os textos abaixo e analise as proposições a seguir.

Texto 1

O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba, pode falar uma língua com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pêra, o damasco e a nêspera?

Sonhos d’ouro, José de Alencar.

Texto 2

Há também uma parte da poesia que, justamente preocupada com a cor local, cai muitas vezes numa funesta ilusão. Um poeta não é na-cional só porque insere nos seus versos muitos nomes de flores ou aves do país, o que pode dar uma nacionalidade de vocabulário e nada mais. Instinto de nacionalidade, Machado de Assis.

0-0) Os projetos literários de Alencar e Machado são distintos, não obstante partirem do mesmo princípio nacionalista quanto ao cultivo da cor local.

1-1) Apesar de sua crítica aos “muitos nomes de flores ou aves do país”, Machado também escreveu poemas indigenistas.

2-2) Alencar defendia uma literatura que refletisse a sintaxe do portu-guês brasileiro mais que a sintaxe do português europeu.

3-3) A paisagem tropical é um elemento presente tanto nos romances indigenistas quanto nos romances de costumes de Alencar.

4-4) A obra de Alencar busca considerar as distintas fases da história brasileira e, principalmente, retratar as várias regiões do Brasil.

ComentárioResposta: FVVVVJustificativa:

0-0) Falso: Machado não tinha a cor local como princípio da lite-ratura brasileira.

1-1) Verdadeiro: Machado escreveu Americanas em 1875.

2-2) Verdadeiro: Alencar foi o mais ardoroso defensor do que ele chama de “língua brasileira”.

3-3) Verdadeiro: a paisagem tropical é o pano de fundo das obras de Alencar, é o seu ponto de alteridade com as demais literaturas nacionais.

4-4) Verdadeiro: Alencar escreveu não somente sobre a Corte, mas também sobre o passado brasileiro e sobre suas várias regiões: o Brasil do século XVI, Minas Gerais, Pernambuco, RioGrande do Sul.

11. A paródia foi cultivada por vários poetas e romancistas do moder-nismo brasileiro. Foi por meio da paródia que os modernistas puderam firmar suas inovações no campo da linguagem e construir um discurso distinto das escolas literárias que os antecederam. Considere os poe-mas abaixo e analise as proposições a seguir.

Texto 1

A vez primeira que eu fitei Teresa,Como as plantas que arrasta a correnteza,A valsa nos levou nos giros seusE amamos juntos E depois na sala“Adeus” eu disse-lhe a tremer co’a falaE ela, corando, murmurou-me: “adeus.”Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .E da alcova saía um cavaleiroInda beijando uma mulher sem véusEra eu Era a pálida Teresa!“Adeus” lhe disse conservando-a presaE ela entre beijos murmurou-me: “adeus!”Passaram tempos sec’los de delírioPrazeres divinais gozos do Empíreo... Mas um dia volvi aos lares meus.Partindo eu disse - “Voltarei! descansa!. . . “Ela, chorando mais que uma criança,Ela em soluços murmurou-me: “adeus!”Quando voltei era o palácio em festa!E a voz d’Ela e de um homem lá na orquestraPreenchiam de amor o azul dos céus.Entrei! Ela me olhou branca surpresa!Foi a última vez que eu vi Teresa!E ela arquejando murmurou-me: “adeus!”

O “adeus” de Teresa, Castro Alves

Texto 2A primeira vez que vi TeresaAchei que ela tinha pernas estúpidasAchei também que a cara parecia uma perna

Quando vi Teresa de novoAchei que os olhos eram muito mais velhos que o resto docorpo(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que oresto do corpo nascesse)

Da terceira vez não vi mais nadaOs céus se misturaram com a terraE o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face daságuas.

Teresa, Manuel Bandeira

0-0) Castro Alves se vale de uma linguagem formal, pouco corrente, para cantar o amor que perdera.

1-1) Bandeira usa palavras coloquiais para falar das suas impressões sobre Teresa.

2-2) Bandeira, na última estrofe do poema, compara seu alumbramento com a imagem bíblica da criação.

3-3) O último “adeus” de Teresa provoca consolo e alegria no poeta, além de uma certa sensação de ele e sua amada envelhecerem.

4-4) A ambiência de sonho e de fantasia revela, no poema de Castro Alves, as relações amorosas do poeta com a sua amada.

ComentárioResposta: VVVFVJustificativa:

0-0) Verdadeiro: a linguagem de Castro Alves não somente é for-mal como pouco elevada.

1-1) Verdadeiro: Bandeira não se vale de palavras eruditas para compor seu poema.

2-2) Verdadeiro: “o espírito de deus se move sobre as águas” é um verso que está numa relação intertextual com passagem do Gênesis.

3-3) Falso: o poema não fala da velhice do narrador-poeta, e sim dos desencontros.

4-4) Verdadeiro: o poema de Castro Alves caminha entre o sonho e a fantasia.

12. Primeiro grande poeta depois da fase heróica do modernismo da década de 1920, Carlos Drummond de Andrade constrói uma poesia muito peculiar, que caminha entre a realidade concreta das coisas e aatividade lúdica da razão. A partir da leitura do texto abaixo, analise as proposições a seguir.

Texto 1

Casas entre bananeirasmulheres entre laranjeiraspomar amor cantar.Um homem vai devagar.Um cachorro vai devagar.Um burro vai devagar.Devagar... as janelas olham.Eta vida besta, meu Deus.

Cidadezinha qualquer, Carlos Drummond de Andrade0-0) Neste poema encontramos um Drummond antiretórico, coloquial, prosaico e irônico.

1-1) O poeta se vale do ambiente idílico, tão decantado pelos românti-cos, para firmar sua urbanidade.

2-2) Drummond contrapõe implicitamente dois brasis: o rural, que tem o tempo em suspenso, e o da cidade, com sua agitação.

3-3) O elemento surpresa, o desnorteamento, é uma das principais características do poema “Cidadezinha qualquer”.

4-4) Assim como fizeram os árcades, Drummond se revela condescen-dente com a realidade campestre.

ComentárioResposta: VVVVFJustificativa:

0-0) Verdadeiro: o poeta não só é anti-retórico, coloquial, prosaico e irônico, como reproduz o falar caipira do interior.

1-1) Verdadeiro: ao dizer que a vida no mundo rural é besta, Drum-mond, em contrapartida, está dizendo que bom é o mundo urbano com sua vida agitada.

2-2) Verdadeiro: de fato, o mundo rural aqui é visto como o lugar onde o tempo parou. O inverso seria o universo urbano.

3-3) Verdadeiro: o elemento surpresa se revela no último verso. Quando acreditamos que o poeta vai louvar o mundo simples, ele o denuncia como uma vida besta, sem sentido.

4-4) Falso: o poema se opõe aos que vêem a vida provinciana como algo superior à urbana.

13. Considerado por muitos críticos como “o papa do Modernismo bra-sileiro”, Mário de Andrade foi responsável por muitas das linhas pro-gramáticas que terminaram por caracterizar a literatura e as artes do século XX, no Brasil. Acerca desse autor e do Modernismo, analise as proposições abaixo.

0-0) Mário de Andrade defendia o direito permanente, por parte dos artistas, à pesquisa estética.

1-1) O Modernismo buscava atualizar a inteligência artística e literária brasileiras.

2-2) Tanto na sua poesia quanto na sua prosa, Mário se vale de outros textos para construir o seu. Por exemplo, o início de Macunaíma é uma paródia ao romance Iracema, de Alencar.

3-3) A ironia e a paródia, na obra poética de Mário de Andrade, cedem lugar à retórica e à metrificação.

4-4) Graças a sua versatilidade como escritor, Mario de Andrade cons-trói uma obra eminentemente interdisciplinar, que se revela pela pre-sença do folclore, das artes plásticas e da música.

ComentárioResposta: VVVFVJustificativa:0-0) Verdadeiro: tese defendida por Mário na sua conferência “O movimento modernista”.

1-1) Verdadeiro: tese também defendida por Mário em “O movi-mento modernista”.

2-2) Verdadeiro: tanto na sua poesia quanto na sua prosa, a exem-plo de Macunaíma, Mário se vale de outros textos para construir o seu.

3-3) Falso: ao coloquialis mo sim, mas não à retórica. Os moder-nistas são radicalmente anti-retóricos. Daí a crítica aos parnasia-nos e a Rui Barbosa.

4-4) Verdadeiro: De fato, a obra de Mário inclui elementos do fol-clore, das artes e da música.

14. Definindo-se como um poeta antilírico, João Cabral de Melo Neto constrói uma obra poética que se firma por ser um divisor de águas na história da poesia de língua portuguesa no século XX. Perseguindo um rigor métrico, a poesia de João Cabral termina por construir um outro rigor: o semântico. Leia os textos abaixo e analise as proposições que se lhes seguem.

Texto 1

O rio ora lembravaA língua mansa de um cão,Ora o ventre triste de um cão,Ora o outro rioE aquoso pano sujoDos olhos de um cão.Aquele rioEra como um cão sem plumas.Nada sabia da chuva azul,Da fonte cor-de-rosa,Da água do corpo de água,Da água de cântaro,Dos peixes de água,Da brisa na água.[...]

O cão sem plumas, João Cabral de Melo Neto.

Texto 2

O mar e os rios do RecifeSão touros de índole distinta:O mar estoura no arrecife,O rio é um touro que rumina.Quando o touro mar bate forteNele há o medo de não ficar,De ter saído, de estar fora,De quem se recusa a ser mar.E há no outro touro, o rio,Entre mangues, remansamente,Mil manhas para não partir:Anda e desanda ainda sempreMas se são distintos na ação,Mesma é a razão de seu atuar:Tentam continuar a ser da águaDe aquém do arrecife, antemar.[...]

As águas do Recife, João Cabral de Melo Neto.

0-0) O cão sem plumas é uma alegoria do rio Capibaribe, sendo que o substantivo feminino “pluma” é aqui tomado como uma metáfora dospêlos do cão.

1-1) As águas do Recife trata da relação entre o mar e os rios que cortam a cidade do Recife e da submissão destes ao mar que, como o touro mais forte, termina por vencer e subjugar todos os rios.

2-2) Em ambos os poemas apresentados acima, encontramos uma lin-guagem autocentrada, que se “volta às próprias coisas” como caminho para retratar, refletir e transformar a realidade.

3-3) Ao comparar o rio tanto a um cão sem plumas quanto a um touro, João Cabral cria elementos alegóricos que só se explicam dentro dospróprios poemas.

4-4) Não há, nos poemas acima, traços supérfluos e resíduos senti-mentais, mas a busca da materialidade das palavras, do verso subs-tantivo e despojado.

ComentárioResposta: FVVVVJustificativa:

0-0) Falso: o poema não trata da vitória de um touro sobre outro, mas de uma eterna luta entre iguais.

1-1) Verdadeiro: a pluma é a metáfora do pêlo do cão.

2-2) Verdadeiro: toda a poesia de Cabral é uma poesia que fala dela mesma, uma palavra remete a outra para ser entendida. Nes-se processo, Cabral fala do próprio fazer poético.

3-3) Verdadeiro: ambos os poemas só se explicam por eles mes-mos. As alegorias do cão e do touro só se explicam dentro do próprio poema.

4-4) Verdadeiro: todo o poema é construído por palavras substan-tivas. Esse é o principal traço da poesia cabralina.

15. O adultério feminino foi um dos temas dominantes nos romances do século XIX. O Primo Basílio, de Eça de Queirós, e Dom Casmurro, de Machado de Assis, são as obras mais importantes em língua por-tuguesa a versar sobre o tema. Sobre esses livros, analise as propo-sições a seguir.

0-0) Assim como Madame Bovary, Luísa lia também muitos romances de autores românticos, o que terminou por constituir muitos dos traços da sua personalidade.1-1) Ao longo do romance de Machado, Capitu se envolve, por meio dos seus sedutores “olhos de ressaca”, em vários casos de traição

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amorosa.

2-2) É no capítulo CXXXV, intitulado “Otelo”, que Machado, se valendo da intertextualidade, evoca a peça de Shakespeare para convencero leitor da traição de Capitu.

3-3) Ao contrário de O Primo Basílio, em que tudo é muito difuso e pou-co substantivo, em Dom Casmurro as relações entre Capitu e Escobar são claras e explícitas.

4-4) Apesar de toda a traição promovida por suas esposas, tanto Jorge quanto Bentinho terminam por aceitar a condição de marido traído eperdoam seus cônjuges.

ComentárioResposta: VFFFFJustificativa:

0-0) Verdadeiro: Luíza, assim como Madame Bovary, era leitora de romances românticos.

1-1) Falso: tirante o suposto caso com Escobar, Capitu não se en-volveu em nenhum outro caso de “adultério”.

2-2) Falso: O capítulo “Otelo” é uma ironia de Machado para mos-trar o quanto seu narrador não entendeu que o ciúme é o pior conselheiro.

3-3) Falso: até a suposta descoberta do adultério, que se dá no velório de Escobar, não há nenhum sinal no romance que revele que Capitu teria sido amante de Escobar.

4-4) Falso: nem um nem outro aceitam o adultério. No caso de Bentinho, ele desiste de matar a esposa e a envia para a Suíça, onde ela vive o resto dos seus dias e morre

16. O Romance Nordestino de 30 é um dos desdobramentos das idéias regionalistas, firmadas em meados da década de 1920, no Recife, porGilberto Freyre e toda uma geração de intelectuais. Se 1922 se caracte-riza por privilegiar, num primeiro momento, o estético, os Regionalistas perseguem a história e, por desdobramento, os conceitos de Tradição e Região como bases da renovação cultural. Sobre o Romance de 30, analise o que se afirma a seguir.

0-0) Os romancistas de 30 não perseguem as inovações de linguagem que foram promovidas por Mário de Andrade em Macunaíma, e por Oswald de Andrade em Serafim Ponte Grande e Memórias sentimen-tais de João Miramar.

1-1) O romance de 30 retoma uma concepção “tradicional” de narrar: começo, meio e fim, valendo-se de muitas das técnicas narrativas doromance oitocentista.

2-2) A obra de Graciliano Ramos se caracteriza pela precisão das pa-lavras, ausência de ornatos e por ter como objeto exclusivamente o sertão nordestino.

3-3) A obra de Jorge Amado retrata vários aspectos da vida social e po-lítica do país: a região do cacau na Bahia, a repressão do Estado Novo e a vida urbana da cidade de São Salvador, com seus pescadores, meninos de rua e pais-desanto.

4-4) A obra de Raquel de Queiroz percorre tanto o romance quanto o teatro e a crônica. Em todos esses gêneros, encontramos a forte presença das raízes nordestinas e uma clara denúncia das injustiças sociais.

ComentárioResposta: VVFVVJustificativa:

0-0) e 1-1) Verdadeiros: o romance de 30 retoma a narrativa realis-ta e o romance tradicional: começo, meio e fim.

2-2) Falso: a obra de Graciliano Ramos aborda o sertão, mas tam-bém a vida urbana - a exemplo de Insônia - e sua experiência na prisão, como em Memórias do Cárcere.

3-3) Verdadeiro: são exemplos, os romances do ciclo do cacau Os Subterrâneos da Liberdade, e romances como Mar Morto e Capi-tães deAreia.

4-4) Verdadeiro: Raquel escreveu romances, teatro e crônicas. Ali-ás, é na crônica que vamos encontrar o grosso da sua produção.

ESPANHOL

CRONISTAS DE INDIAS

Las Crónicas de Indias son un mundo misceláneo en el que se funden, y confunden, muchas cosas. Si lo que se pretende es hacer historia, lógicamente, los documentos serán distintos de los que utiliza el lin-güista o el botánico. Pero nadie podrá desentenderse del quehacer

ajeno. Cartas y autobiografías, historias naturales o morales, apologías y relaciones, poemas épicos y descripciones, catecismos y dicciona-rios, todo puede servir y todo puede ser útil. Habitualmente, incluso para los monumentos más cuidados, parece contar sólo el quehacer del historiador o, cuando más, del historiador literario. Pero un histo-riador literario que aplicara al Nuevo Mundo unos valores que fueran idénticos a los de la remota España. Tal vez así nos quedemos siem-pre en algo externo. Nosotros, en este momento, en las páginas que siguen, pretendemos otra cosa: hacer filología. Unir lengua, literatura y, a veces, historia y antropología. Todo anda junto porque nada nació con testigos y mojones ahitados. Y resulta imprescindible para enten-der todo esto el testimonio de la lingüística. Porque, una vez más, la lengua es proyección fiel de la cultura, y aquellos cronistas que narra-ban una nueva realidad tenían que aprehenderla con la palabra, con lo que viene a resultar que la heterogeneidad de los testimonios tiene por denominador común un triple proceso de creación lingüística: en la adaptación del español; en la adopción de americanismos o hispanis-mos, según sea el punto de mira; en las nuevas creaciones. Crónicas en las que toda información va a estar condicionando, y condicionada, por ese espejo que es la lengua. Y, queriendo o no, habremos hecho también historia de la lengua en días en los que el hombre, inerme ante la inmensidad de la naturaleza, acrecentaba la capacidad expresiva de su instrumento lingüístico. Con lo que será falso aquel testimonio del padre Gumilla, por más que lo expresara bellamente, según el cual los españoles caminaban “desnudos hasta de la lengua castellana, que, por el largo tiempo entre los gentiles, se les había ido de la memoria”.

(Manuel Alvar. La lengua como libertad, p.249).

01. Una vez leído el texto en su totalidad, podemos afirmar que el con-tenido que en él se expresa es 0-0) el testimonio del padre Gumilla sobre la actuación de los españoles en la colonización de América.

1-1) la opinión favorable de su autor, Manuel Alvar, acerca de una con-sideración exclusivamente histórica de las Crónicas de Indias.

2-2) una exposición descriptivo-argumentativa acerca del valor que en-cierran los testimonios de los Cronistas de Indias.

3-3) una visión favorable a considerar como testimonio histórico fun-damental los catecismos y diccionarios confeccionados en aquella época.

4-4) una detenida argumentación que explica que, para la lingüística, sólo deben considerarse los testimonios literarios, y no los otros tipos de documentos.

ComentátioResposta: FFVFFJustificativa:

0-0) Falso. A alusão aos testemunhos do padre Gumilla apenas constitui uma referência do autor no final do texto, não se tratan-do, portanto, do assunto fundamental desenvolvido ao longo do texto.

1-1) Falso. Mesmo se, no início, Alvar aponta que especialistas de distintas disciplinas precisarão de documentos específicos para seus objetivos, imediatamente afirma que ninguém pode se de-sentender do trabalho alheio: tudo pode ser útil.

2-2) Verdadeiro. No texto, o professor Alvar descreve os diferen-tes gêneros que foram cultivados pelos primeiros colonizadores e argumenta em favor da valorização de ditos testemunhos para a pesquisa em diversos âmbitos do saber: história, lingüística, an-tropologia, botânica etc.

3-3) Falso. O que realmente diz o autor é que todos os gêneros conservados são válidos para um estudo global, que ele, depois vem identificar com a filologia. Nada se fala no texto de uma valo-rização exclusivamente histórica dos testemunhos, independen-temente da sua índole.

4-4) Falso. Como já foi dito, mesmo se cada âmbito do saber, no caso, a lingüística tem seus próprios objetivos, advoga-se por uma análise de todas as tipologias textuais, também no campo lingüístico.

02. Considere, a continuación, el siguiente fragmento: “Todo anda junto porque nada nació con testigos y mojones ahitados”. Con respecto a esta expresión, así como a los elementos que en ella aparecen, escorrecto afirmar que:

0-0) el sentido que encierra la expresión es que no siempre las perso-nas nacen en presencia de otros testigos.

1-1) la palabra testigo, en ese contexto, significa: persona que da testi-monio de algo o lo atestigua.

2-2) el sentido de la primera parte de dicha expresión indica que todos deberíamos ayudarnos mutuamente. 3-3) en esta expresión, las palabras “testigo” y “mojón” son sinónimas.

4-4) “ahitado” significa: harto, que ha comido hasta sentirse mal.

ComentátioResposta: FFFVFJustificativa:

O sentido que tem a expressão é que as coisas estão relacionadas umas com as outras, que nada existe que esteja completamente delimitado ou isolado. Nesse sentido, a palavra “testigo” não é usada na sua acepção mais comum de pessoa que apresenta um testemunho sobre algo que presenciou, senão que aqui se refere a um tipo de sinal situado num determinado lugar para demarcálo.

Já a forma “ahitado”, não se refere ao adjetivo “ahíto” (“harto” por ter ingerido muita quantidade de comida), senão que se trata de uma palavra derivada do substantivo “hito” (“poste de pedra que demarca as limites de um terreno”). Nesse sentido, portanto:

0-0) Falso. Porque o sentido da expressão não está relacionado com a presença ou não de testemunhas no nascimento de al-guém.

1-1) Falso. Porque, pelo que já foi dito, aqui “testigo” não significa “testemunha”.

2-2) Falso. Porque o sentido da primeira parte da expressão é que todas as coisas estão relacionadas entre si.

3-3) Verdadeiro. Porque, pelo já dito, “testigo” é um sinal que de-marca um determinado local e “mojón” é uma sorte de baliza, que marca olimite de algo.

4-4) Falso. “Ahitado” é palavra derivada de “hito”, e significa en-tão “isolado”, “delimitado”.

03. Según las palabras del autor del texto, Manuel Alvar, la lengua, considerada tanto en un sentido general (idioma), como particular (cas-tellano):

0-0) no forma parte de la filología; se trata de una disciplina que no mantiene relaciones con ninguna otra.

1-1) constituye una proyección fiel de la cultura a la que se encuentra ligada.

2-2) sirvió como instrumento eficaz para que los cronistas expresasen la nueva realidad.

3-3) llegó a olvidárseles a los primeros colonizadores, debido al largo tiempo que pasaron en aquellas tierras.

4-4) adoptó americanismos en la época colonial.

ComentárioResposta: FVVFVJustificativa:

0-0) Falso. Ao contrário, o autor afirma que sua intenção consis-te em fazer filologia: ligar língua, literatura e, às vezes, história e antropologia.

1-1) Verdadeiro. Com efeito, o autor afirma numa passagem do texto: “a língua é projeção fiel da cultura”.

2-2) Verdadeiro. É o que afirma o autor quando diz que “aqueles cronistas que narravam a nova realidade tinham que apreendê-la com a palavra”.

3-3) Falso. O autor diz ser falsa a afirmação do padre Gunilla, que afirmava que, naquela época, os espanhóis caminhavam nus até daprópria língua castelhana.

4-4) Verdadeiro. Com efeito, num trecho do texto, o professor Al-var fala da adoção de americanismos na adaptação do espanhol à nova realidade.

04. El proceso de creación lingüística del que se habla en el texto:

0-0) está referido a la adaptación de la lengua española a la nueva realidad de la que tiene que dar cuenta.

1-1) está relacionado sólo con la influencia que el español tuvo sobre las lenguas vernáculas.

2-2) está relacionado con la adopción de americanismos que se referí-an a realidades específicas autóctonas.

3-3) nada tiene que ver con la información recogida en las Crónicas.

4-4) no es aceptado por todos los estudiosos; depende de la opinión de cada uno de ellos.

ComentárioResposta: VFVFFJustificativa:

0-0) Verdadeiro. É o que diz o autor quando fala da “adaptação do espanhol”.

1-1) Falso. Porque não é o único aspecto relacionado com o pro-cesso. Nesse sentido, fala-se, dentre outros, da adoção de ameri-canismos e hispanismos.

2-2) Verdadeiro. É o que se diz no texto quando se fala da adoção de americanismos (por parte da língua espanhola).

3-3) Falso. O autor afirma taxativamente que toda a informação que aparece nas Crônicas é condicionada pelo espelho da língua.

4-4) Falso. Quando no texto se usa a expressão “segundo o ponto de vista”, o que quer dizer o autor é que os termos “americanis-mo” ou “hispanismo”, quando aplicados à língua, dependem da perspectiva de quem fala: seindígena, falará de hispanismos na sua língua vernácula; se colonizador, de americanismos no es-panhol. Nada se diz a respeito da possível negação do próprio processo de criatividade lingüística.

05. En diversos pasajes del texto aparecen, entre otras, las siguientes formas verbales: (se) funden, puede, servir, anda. Indique si son cor-rectas o incorrectas cada una de las siguientes series verbales.

0-0) fundieron – podemos – sirvan – andase

1-1) fondan – podimos – sirvieron – andará

2-2) fundaran – pudo – servimos - andaríamos

3-3) fundasen – podrán – servimos – andara

4-4) fundó – podía – servirá – andará

ComentárioResposta: FFFFFJustificativa:

EspanholRúbia Andrade, Rogério AndradeDe igual modo em relação ao formato do ano passado, o exame de língua espanhola da 2ª fase da Covest apresentou aos candidatos dois textos. O primeiro, de título “Cronistas de Índias” é uma exposição descritiva e argu-mentativa sobre o valor dos relatos dos cronistas espanhóis na colonização da América, apresentando a importância de unir a criação lingüística a ele-mentos variados, como: a antropologia, a história, a literatura, etc. O segun-do, com o título “Crónica de Muerte Anunciada” – expressão retirada de um livro do colombiano Gabriel García Márquez —, relatava uma análise técnica que denuncia determinadas práticas, por parte de entidades financeiras e de clientes, que resultaram na quebra da bolsa de valores americana. São temas que exigiram uma maior concentração e habilidade interpretativa por par-te dos Feras. A prova trouxe um número reduzido de questões gramaticais, dando ênfase, em sua maior parte, ao caráter interpretativo, seja por meio de questões relacionadas ao texto ou ao léxico. Desse modo, o Fera foi avaliado por seu esforço e trabalho contínuos no que se refere à leitura e ao conhe-cimento de mundo. Mais uma vez, a banca de espanhol premia, por meio de uma prova muito bem elaborada, o bom aluno de espanhol.

A questão abaixo ilustra a mescla de estrutura sintática e capacidade de in-terpretação, exigindo do aluno, além do conhecimento gramatical (das con-junções “sino”, do advérbio “apenas”, entre outras), uma compreensão coe-rente para a utilização dos elementos mencionados.

0-0) Falso. A forma verbal errada é “andase”. Em espanhol, frente ao português, o verbo “andar” é irregular. Nesse tempo, a forma correta é“anduviese”.

1-1) Falso. Nessa série, há duas formas verbais incorretas: “fon-dan” (correta, “fundan”) e podimos (correta,”pudimos”).

2-2) Falso. A forma incorreta é “fundaran”, porque estamos con-jugando o verbo “fundir” ou “fundirse” (pronominal), não o verbo “fundar”. Então, para o verbo “fundir” a forma correta seria “fun-dieran”.

3-3) Falso. Aqui temos duas formas incorretas. , “fundasen” que, pelo já dito, deveria ser “fundiesen”; depois, “andara”, como ver-bo irregular, exige em espanhol a forma “anduviera”.

4-4) Falso. A forma incorreta, mais uma vez, é a que se corres-ponde com o verbo “fundir”. Onde diz “fundó” deveria dizer “fun-dió”.

06. En las primeras líneas del texto aparece el siguiente fragmento: “Pero nadie podrá desentenderse del quehacer ajeno”. El sentido que la palabra subrayada adquiere en ese contexto es:

0-0) actividades.

1-1) labores.

2-2) trabajos.

3-3) obras.

4-4) obligaciones.

ComentárioResposta: VVVVFJustificativa:

Em termos gerais, “quehacer” (português, “afazer”) significa “tra-balho ou atividade realizada por uma pessoa”. Tomando em conta essa definição, podese dizer:

0-0) Verdadeiro.1-1) Verdadeiro. “Labor”, aqui, no sentido de qualquer tipo de tra-balho em geral 2-2) Verdadeiro.3-3) Verdadeiro. Porque, no contexto em que aparece inserida, a palavra “quehacer” está referida a diversas tipologias de textos (autobiografias, catecismos, crônicas, cartas, etc.) que podem responder de forma geral ao conceito da palavra “obra”.4-4) Falso. No sentido no qual é usado no texto, carece do valor de “obrigação”.

07. Al comienzo del texto aparece el siguiente fragmento: “Habitual-mente, incluso para los monumentos más cuidados, parece contar sólo el quehacer del historiador o, cuando más, del historiador literario. Manteniendo el mismo sentido de la frase, podemos sustituir el seg-mento subrayado por:

0-0) en el mejor de los casos.

1-1) como máximo.

2-2) al mínimo.

3-3) cuanto más.

4-4) como mucho.

ComentárioResposta: VVFFVJustificativa:

A expressão “cuando más” tem um valor restritivo em espanhol e expressa o limite virtual dessa restrição. Portanto, nesse sentido:

0-0) Verdadeiro.1-1) Verdadeiro.2-2) Falso. Nem sequer a expressão está correta em espanhol. Ali-ás, não expressa o sentido que já foi explicado.

3-3) Falso. A expressão “cuanto más” é usada em espanhol para contrapor, ao que já foi dito, o que vai se dizer a seguir.4-4) Verdadeiro.

08. En las últimas líneas del texto puede leerse: “los españoles cami-naban desnudos hasta de la lengua castellana, que, por el largo tiempo entre los gentiles, se les había ido de la memoria”. Con relación a lastres formas que aparecen subrayadas, podemos afirmar que:

0-0) la forma que se refiere a “los españoles”.

1-1) la forma se se refiere a “la lengua castellana”.

2-2) la forma les se refiere a “los españoles”.

3-3) la forma que podría sustituirse por “la cual”.

4-4) sería también correcta la construcción “se había ido de la memoria de ellos”.

ComentárioResposta: FFVVFJustificativa:

0-0) Falso. Aqui, a forma “que” se refere a “lengua castellana”1-1) Falso. “Se” é o pronome diretamente ligado ao verbo “irse” (pronominal), no caso: “se había ido” (mais-que-perfeito do verbo “irse”. 2-2) Verdadeiro. É a forma correspondente ao pronome pessoal de terceira pessoa plural para objeto indireto, pois “irse” é um verbo intransitivo.

3-3) Verdadeiro. O contexto no qual aparece “que”, admite, em

espanhol, a forma “la cual”, pois está fazendo referência, como já foi dito, a“lengua castellana”.4-4) Falso. O espanhol exige o pronome diante da forma verbal conjugada e, ainda, sempre exige a substituição. Portanto, não está correta a expressão que aparece na opção 4-4.

CRÓNICA DE UNA MUERTE ANUNCIADA

La bolsa española empieza a despedir un olor a muerto que mata. Aroma que desprenden compañías que no son ya sino cadáveres an-dantes que avanzan fatigosos hacia una suerte final que cada vez tiene menos de incierta y más de deprimente. Se habla mucho de las car-teras inmobiliarias que empiezan a acumular los bancos, resultado de adjudicaciones forzosas o ejecuciones encubiertas. Veremos a ver si no renacen las corporaciones industriales que murieron allá por media-dos de los 90. El círculo vicioso en el que han entrado algunas firmas tiene, en el entorno actual, difícil ruptura, por no decir imposible, salvo refinanciación milagrosa. Creyéndose las más en el pasado, serán las menos en el futuro. Descansarán en paz, no lo duden, bajo una losa que diga “aquí yacen los frutos de una ambición desmedida que no supo medir sus riesgos”. Muchos de sus accionistas las acompañarán en su trayecto. No sólo en el sentimiento. Y todos, de un modo u otro, pagaremos las consecuencias. Al tiempo.

Se trató de una dinámica recurrente en los años dorados. Engorde de la sociedad mediante la compra de activos sobrevalorados a través del uso de una financiación prácticamente regalada en cuanto a los dife-renciales y garantías. Casi gratis. O al menos eso parecía mientras elviento soplaba a favor. Pequeño detalle, olvidar que la base, el tipo de interés, fluctúa, y el valor de la garantía — sorpresa, sorpresa —, tam-bién. En fin. No es un matiz menor. El cálculo de la capacidad de pago estaba sujeto a ese doble condicionante: tipos bajos y revalorizaciónfutura del aval que permitiría, por una parte, ir refinanciando la adqui-sición o, por otra, proceder a su enajenación con sustanciosas plus-valías. El nuevo paradigma, que ellas mismas con sus actuaciones ayudaban a construir, les invitaba a creerse que la rueda continuaría girando eternamente.

Pero no. Se cierra el grifo y el banco que era amigo se convierte, de repente, en un extraño que no atiende a razones. ¡Con la pasta que te he hecho ganar, piensa la sociedad! ¡Con la pasta que puedo perder, concluye el banco! Y se desencadena el desastre, acentuado por ladilatación temporal de una crisis que tiene pocos visos de remitir en breve. O cumples lo pactado o te ejecuto financieramente hablando.

Las entidades financieras se merecen, sin duda, el párrafofinal. Ya saben cómo afina el saber popular: cuando debes mil euros al banco, tienes un problema; si lo que debes es un millón, el problema es del banco. Y si son muchos millones los que le deben, ni te cuento. Puesbien, gran parte de lo que se viene encima de la banca se lo ha ganado a pulso. Cuando se comete un delito pueden distinguirse hasta tres figuras, desde el punto de vista penal: la del autor, la del instigador que anima y la del cómplice que ayuda u oculta. Bien. Los bancos han par-ticipado de las tres figuras delictivas de un modo u otro y es lógico que sufran también su condena. Su actuación ha sido irresponsable al alen-tar operaciones inciertas, financiar fondos de comercio absurdos que ahora valen entre cero y nada, obviar las más elementales medidas de control de riesgo en cuantía, concentración y capacidad de repago y, sobre todo, olvidar todos el carácter cíclico del crédito, el negocio y la economía, se diga lo que se diga. En cualquier caso, el problema, como todos ustedes ya saben de sobra y sufren en sus propias carnes, es que cuando la banca estornuda, la economía real se constipa. Y de qué modo. En esas estamos ahora.

(S. McCoy, El Confidencial, 23/10/2008).

09. El tema fundamental que se trata en el texto podría expresarse de la siguiente forma:

0-0) una crítica al conjunto de la sociedad por gastar más de lo que debe y provocar, de forma directa o indirecta, la crisis económica.

1-1) una exposición detallada de los diferentes tipos de activos finan-cieros que se encuentran en una situación delicada por la crisis eco-nómica mundial.

2-2) un análisis crítico de los principales motivos y actores que han provocado la crisis financiera mundial.

3-3) una defensa del consumidor ante las entidades bancarias que, a veces, imponen unas condiciones leoninas a sus clientes.

4-4) un análisis técnico que denuncia determinadas prácticas de alto riesgo por parte de entidades financieras y clientes.

ComentárioResposta: FFVFVJustificativa:

0-0) Falso. O texto não critica a sociedade pelo fato de gastar aci-ma das suas possibilidades. Mesmo admitindo que os níveis de endividamento são elevados, o texto focaliza as práticas ligadas à chamada “engenharia financeira” como principal causa da atual crise.

1-1) Falso. O teor do texto não é apenas uma simples descrição das características dos diferentes produtos financeiros, mas o fundamental nele é, primeiro, a visão analítica, e crítica, depois, os ditos produtos.

2-2) Verdadeiro. O autor tenta analisar de forma crítica os atores e as causas que provocaram a crise financeira atual.

3-3) Falso. Não se trata desse assunto ao longo do texto. Ao con-trário, quando são consideradas as nefastas conseqüências que acarretam,para quem os contratou, determinados investimentos não segu-ros, o autor afirma que o investidor deveria ter pensado antes nes-sa possibilidade: essas são as regras do jogo.

4-4) Verdadeiro. A opção concorda com o que já foi dito a propósi-to do assunto desenvolvido ao longo do texto.

10. Entre las diversas causas a las que el autor achaca la generación de la actual crisis del mercado financiero, podemos incluir:

0-0) un tipo de interés fluctuante.

1-1) la existencia de una financiación con un precio muy elevado.2-2) activos sobrevalorados.

3-3) garantías frágiles o insuficientes.

4-4) el hecho que, de repente, los bancos dejaron de financiar o refi-nanciar ciertas operaciones.

ComentárioResposta: VFVVVJustificativa:

A expressão espanhola “un olor a muerto que mata”, referida, no caso, à bolsa de valores espanhola, significa — de uma forma fi-gurada, é claro, que se encontra em uma situação extremamente difícil, em crise, quase perto de sua falência (morte) completa. Dentro dela, a parte final, “que mata” é uma expressão coloquial que vem acrescentar um sentido de reforço, de intensidade a res-peito do fragmento anterior “un olor a muerto”, isto é, “o cheiro a morto é muito grande: efetivamente, (a bolsa) está morta mesmo, fede”. Então, dentre as cinco opções que são oferecidas, apenas “que sorprende” fica fora do contexto significativo indicado e está incorreta. Já a expressão “que para qué”, correta, aparece tam-bém, às vezes, reforçada em espanhol da seguinte forma: “que para qué contar” e é compatível com outros contextos significati-vos, não apenas aqui. As outras três possibilidades corretas “que apesta” (“que fede demais”), “que tira para atrás” (“que desmaia a pessoa”), “que no hay quien lo aguante” (“que ninguém pode suportá-lo”), se referem de forma direta ao “cheiro a morto”.

11. Con relación a las entidades financieras, el autor del texto nos dice que:

0-0) existe un gran número de personas que mantiene deudas cuantio-sas con los bancos en la actualidad

1-1) la banca es claramente responsable de la situación financiera a día de hoy

2-2) los bancos nunca alentaron operaciones inciertas

3-3) la banca siempre tuvo presente el carácter cíclico de la economía

4-4) los bancos no tomaron medidas efectivas de control de riesgo

ComentárioResposta: VVFFVJustificativa:

As opções 0-0, 1-1 e 4-4, verdadeiras, parafraseiam o texto origi-nal e não merecem outro tipo de justificativa. Já para as opções incorretas 2-2 e 3-3, vale dizer, no primeiro caso, que no texto se diz o contrário, no sentido de que os bancos atuaram de forma irresponsável por alentar operações incertas; no segundo caso, se diz, a propósito dos bancos bem como dos demais agentes fi-nanceiros que não tomaram em conta alguns fatores, dentre eles, precisamente, o caráter cíclico da economia.

12. En la primera línea del texto aparece la siguiente frase: “La bolsa española empieza a despedir un olor a muerto que mata”. Con relación al segmento que aparece subrayado, y manteniendo siempre el mismo sentido que el que presenta en el texto, podemos sustituirlo por:

0-0) un olor a muerto que apesta.

1-1) un olor a muerto que sorprende.

2-2) un olor a muerto que tira para atrás.

3-3) un olor a muerto que no hay quien lo aguante.

4-4) un olor a muerto que para qué.

ComentárioResposta: VFVVVJustificativa:

A expressão espanhola “un olor a muerto que mata”, referida, no caso, à bolsa de valores espanhola, significa — de uma forma fi-gurada, éclaro, que se encontra em uma situação extremamente difícil, em crise, quase perto de sua falência (morte) completa. Dentro dela, a parte final, “que mata” é uma expressão coloquial que vem acrescentar um sentido de reforço, de intensidade a respeito do fragmento anterior “un olor a muerto”, isto é, “o cheiro a morto é muito grande: efetivamente, (a bolsa) está morta mesmo, fede”. Então, dentre as cinco opções que são oferecidas, apenas “que sorprende” fica fora do contexto significativo indicado e está in-correta. Já a expressão “que para qué”, correta, aparece também, às vezes, reforçada em espanhol da seguinte forma: “que para qué contar” e é compatível com outros contextos significativos, não apenas aqui. As outras três possibilidades corretas “que apesta” (“que fede demais”), “que tira para atrás” (“que desmaia a pessoa”), “que no hay quien lo aguante” (“que ninguém pode suportá-lo”), se referem de forma direta ao “cheiro a morto”.

13. Considere el siguiente fragmento extraído del primer párrafo del texto: “Aroma que desprenden compañías que no son ya sino cadáve-res”. Con referencia al segmento que aparece destacado, y mantenien-do siempre el mismo sentido que el original, puede ser sustituido por:

0-0) que ya no son sino cadáveres.

1-1) que ya son tan sólo cadáveres.

2-2) pero que ya no son cadáveres.

3-3) que no son ya otra cosa que cadáveres.

4-4) que apenas no son ya cadáveres.

ComentárioResposta: VVFVFJustificativa:A estrutura sintática que contém uma dupla negação “no ... sino” significa giro culto para expressar a afirmação de algo. Portanto, quando notexto se diz que “no son ya sino cadávares”, referido às “com-pañías”, significa que “as firmas, as empresas já foram, faliram, são, metaforicamente falando, cadáveres”, isto é, afirma-se que as empresas SÃO (no momento atual, “já”) cadáveres. Portanto, a opção 2-2 é falsa, porque expressa justamente o contrário, entan-to que na opção 4-4, também incorreta, usa-se a forma espanhola “apenas” que, a diferença do português, não significa “somente”, senão que possui um valor de aproximação, próximo de “quase” em português. As restantes opções estão corretas, pois oferecem opções estilísticas diversas para expressar osentido original da expressão que aparece no texto.

14. Poco antes de la conclusión del primer párrafo del texto, aparece la siguiente frase: “Muchos de sus accionistas las acompañarán en su trayecto”. Con respecto a la forma ‘las’, y teniendo en cuenta el contexto en el que aparece, es correcto afirmar que: 0-0) se trata de un artículo determinado, femenino plural.

1-1) su referente contextual son las “nefastas consecuencias de la cri-sis financiera”: por eso es femenino plural.

2-2) se trata de un pronombre demostrativo, porque apunta a otro ele-mento textual mencionado conanterioridad en el texto.

3-3) se refiere a “accionistas”, sustantivo que aparece muy próximo en la disposición textual.

4-4) está representando formalmente a “algunas firmas”, segmento que había aparecido con anterioridad en el mismo párrafo del texto.

ComentárioResposta: FFFFVJustificativa:Na língua espanhola, a forma “las”, isolada de qualquer contex-to, pode representar, seja o artigo determinado feminino plural, seja o pronome pessoal de terceira pessoa feminino plural. Aqui funciona como pronome e desempenha a função textual de fazer referência a algum outro elemento que já apareceu anteriormente. No caso, umas linhas acima, “algunas firmas”. Deve concordar em gênero e número com o substantivo que substitui ou, melhor, ao qual faz referência: é por isso que flexiona em feminino plural, como “firmas”. Por tanto, conforme o que foi dito, apenas a opção 4-4 está correta. A opção 3-3, com efeito, fala da função anafórica de “las”, porém diz que é pronome demonstrativo.

15. Considere, a continuación, el siguiente fragmento que aparece en el primer párrafo del texto: “[algunas firmas] Descansarán en paz (...) Muchos de sus accionistas las acompañarán en su trayecto. No sóloen el sentimiento”. Con respecto a la expresión subrayada, así como a los elementos que la integran, es correcto afirmar que:

0-0) el “sentimiento” a que se refiere es de solidaridad con los bancos por la magnitud de la crisis financiera.

1-1) la forma “sólo” que aparece en este fragmento es equivalente a la forma portuguesa “apenas”.

2-2) la palabra “sentimiento”, en el contexto en que aparece, encierra un doble sentido.

3-3) en esta expresión se advierte un valor semántico metafórico, que tiene que ver con la expresión española de pésame “le acompañoen el sentimiento”.

4-4) según la última reforma ortográfica de la lengua española, la pa-labra “sólo”, con el valor con el que aquí se emplea, llevará siempre tilde.

ComentárioResposta: FVVVFJustificativa:A palavra “sentimento” tem aqui um duplo valor (portanto, a op-ção 2-2 está correta). Por um lado, o autor joga com o sentido de “pesar, dor,preocupação” pelos efeitos da crise, tanto nas empresas, como nos bancos e nos investidores envolvidos em operações de alto risco. Então, nesse sentido, o “sentimento” não é de solidarieda-de, senão de pesar, de culpa, de arrependimento pelo ônus e pelas conseqüênciasde investir em produtos com risco; (portanto, a opção 0-0 está incorreta). Por outro lado, desde o início do texto se fala dos mer-cados financeiros como cadáveres; nesse sentido, os investido-res que faliram junto com as empresas envolvidas, “acompanham no sentimento” (pêsames) a si mesmos e às empresas e bancos, porque todos eles faliram ao mesmo tempo (opção 3-3 correta). Do ponto de vista formal, a palavra espanhola “sólo” funciona aqui como advérbio, equivalente, portanto à palavra portuguesa “apenas” (opção 1-1, correta). Antigamente, a ortografia espanho-la diferenciava obrigatoriamente a forma “solo” sem acento grá-fico, quando equivalia ao português “só”, isto é, quando era um adjetivo; quando era advérbio, e equivalia às formas portuguesas “somente, só, apenas”, levava acento gráfico. Porém, na última reforma ortográfica da Real Academia Espanhola da Língua, o acento na forma adverbial é opcional e não obrigatória. Portanto, a opção 4-4 está incorreta.

16. En el último párrafo del texto, aparece el siguiente fragmento: “ob-viar las más elementales medidas de control de riesgo”. Con relación a la palabra que aparece destacada, es correcto afirmar que:

0-0) puede ser sustituida por “explicar”.

1-1) significa que “algo está muy claro, que no necesita explicación.”

2-2) en este contexto, es equivalente a “observar”.

3-3) puede ser sustituida aquí por el verbo “seguir”.

4-4) en este caso, puede sustituirse por “eludir”.

ComentárioResposta: FFFFVJustificativa:O contexto no qual aparece “obviar” se refere às causas que pro-vocaram a crise financeira. O que quer dizer aqui “obviar” não tem a ver com o sentido de “obvio” (que se aplica a coisas ou fatos que, por evidentes, não precisam de explicação), portanto, a opção 1-1 é falsa. O que está dizendo o autor é que os respon-sáveis financeiros esqueceram ou não tomaram em conta as mais elementares medidas de controle de risco. O verbo mais apropria-do em espanhol para expressar essa idéia é “eludir”. Portanto, a única opção correta é 4-4.

01. A economia de Pernambuco continua apresentando resultados bastante positivos. A expectativa para o crescimento do Produto Inter-no Bruto (PIB) em 2008, segundo a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa (Condepe/Fidem), deve se situar em torno de 6% a 7%. Com base nesse enunciado, analise as alternativas abaixo.

0-0) O comportamento favorável das lavouras temporárias e das la-vouras permanentes, destacando-se, a produção da cana-de-açúcar, do feijão, do milho e da mandioca, repercute no crescimento da agro-pecuária.

1-1) O crescimento da construção civil, através da ação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, acompa-nhado pelo desempenho favorável da indústria de transformação, têm rebatimento no desenvolvimento da indústria pernambucana.

2-2) A formação bruta de capital fixo (investimentos em máquinas e equipamentos) e a evolução do consumo das famílias vêm sinalizando expectativas mais favoráveis à expansão da economia pernambucana, em 2008.

3-3) No setor terciário, o comércio é destaque na contribuição do cres-cimento desse segmento, em 2008.

4-4) A evolução positiva na massa de rendimento dos ocupados no mercado de trabalho e a expansão nominal do crédito favorecem ocrescimento da economia de Pernambuco.

ComentárioA questão abarcou o cenário da evolução da economia do estado pernambucano e destacou a evolução do mercado local, com o desenvolvimento do terciário e as obras do PAC-federal.

Gabarito: VVVVV

02. As proposições a seguir se referem à crise cíclica do capital nos Estados Unidos, considerada, pelos especialistas econômicos, como a mais profunda que se pode imaginar. Analise-as.

0-0) Nos últimos anos, o mercado financeiro internacional tem passado por forte liquidez com muitos recursos à procura de juros mais altos.

1-1) Com tanto dinheiro fluindo, houve um aumento na concessão de crédito, setor que ganhou força, sem que tenha havido maiores exi-gências, por parte das Instituições financeiras, aos tomadores de em-préstimos.

2-2) A expansão do crédito culminou em crise no mercado imobiliário americano, onde empresas de hipoteca têm tido problemas de inadim-plência acima das expectativas geradas.

3-3) Os problemas no crédito imobiliário dos Estados Unidos tiveram reflexo mundial, e os bancos passaram a negar recursos.

4-4) Os mercados acionários em todo o planeta entraram em um perío-do de turbulência com quedas expressivas, com a falta de liquidez nosistema financeiro internacional.

ComentárioAborda a questão da crise nos EUA quanto aos vetores, créditos e juros, gerando um reflexo sobre o mercado imobiliário que conta-minou a massa da ciranda financeira.

Gabarito: VVVVV

03. As proposições a seguir se referem ao Agronegócio no Brasil. Analise-as.

0-0) O agronegócio é formado por um conjunto de atividades indepen-dentes, que têm em seu centro a agropecuária.

1-1) O agronegócio agrupa as atividades econômicas que mais cresce-ram no Brasil, no início do século XXI.

2-2) Os setores de transporte e armazenamento constituem gargalos ao desenvolvimento do agronegócio no Brasil.

3-3) No agronegócio, as atividades econômicas estão amplamente ar-ticuladas entre si, constituindo uma cadeia produtiva.

4-4) O agronegócio, como modelo de expansão agrária, embora acele-re o desmatamento com a ocupação indiscriminada do solo, contribui para uma melhor distribuição fundiária e da posse da terra.

ComentárioO sistema do agronegócio incorpora uma relação contínua, des-de a produção até a comercialização do produto, em que existe uma ligação total com a indústria. Vale ressaltar que, geralmente, é necessária a obtenção de grandes partes de terra (latifúndio). No Brasil, é importante a participação do agronegócio na composição do PIB. Gabarito: FVVVF

04. O crescimento econômico apresentado pela economia brasileira, em 2008 é decorrente:

0-0) do aumento do emprego formal.

1-1) da evolução da massa salarial.

2-2) do aumento da produção industrial.

3-3) do crescimento do consumo das famílias, do governo e dos inves-timentos.

4-4) do controle da queda da inflação.

ComentárioA economia nacional, em 2008, apresentou indicadores favorá-veis, até o momento, devido a uma continuação das políticas eco-nômicas de quase uma década atrás, atrelada a uma forte ação social. Também se destaca um alto apoio às exportações.

Gabarito: VVVVV

05. O Produto Interno Bruto é um dos principais indicadores de cresci-mento econômico de um país. Sobre o PIB, analise as seguintes pro-posições.

0-0) O consumo da população não influencia na variação do PIB.

1-1) O desempenho do PIB é decorrente da performance da agropecu-ária, da indústria e dos serviços.

2-2) O PIB per capita é a soma das riquezas dividida pelo número de habitantes.

3-3) As exportações não fazem parte do cálculo do PIB.

4-4) Sob a ótica do PIB, o Brasil melhorou sua posição no ranking mundial da economia.

ComentárioO consumo da população influencia o PIB, pois gera a incorpo-ração das riquezas produzidas em vários setores. Vale ressaltar que as exportações são importantes para a composição do PIB, auxiliando também o cálculo do PNB (Produto Nacional Bruto).

Gabarito: FVVFV

06. As alternativas abaixo se referem ao desenvolvimento econômico da China. Analise-as.

0-0) Sob o domínio de Mao Tse-Tung, o modelo soviético de economia planificada, adotado pela China, na tentativa de impulsionar o seu de-senvolvimento econômico, não alcançou os resultados esperados.

1-1) Com a morte de Mao Tse-Tung, a China parte para uma nova revolução liderada por Deng Xião Ping, a “Revolução para a Moder-nidade.”

2-2) Em 1978, a China efetiva uma série de reformas que possibilitou um surto de crescimento econômico, denominado de “Economia So-cialista de Mercado.”

3-3) As reformas de Deng Xião Ping na economia foram feitas tanto no setor agrícola, como na indústria, onde foram criadas as Zonas Econô-micas Especiais (ZEEs), abertas aos investimentos estrangeiros.

4-4) Do ponto de vista social, as mudanças econômicas trouxeram ao país o aumento das desigualdades regionais já existentes e das migra-ções internas, além do desemprego.

ComentárioA evolução da China, Dragão da Ásia, contabiliza uma reorganiza-ção econômica do país, conduzido por uma filosofia do socialis-mo de mercado. Tem como abalizador, o governo de DENG XIAO PING, que abriu para um ciclo modernizador. Mesmo assim, ainda hoje os problemas existem, principalmente ligados à pobreza e ao desemprego.

Gabarito: VVVVV

07. Analise as alternativas abaixo a respeito da urbanização e do papel das cidades, no mundo atual.

0-0) Nos países desenvolvidos, os chamados subúrbios são semelhan-tes à chamada periferia das grandes cidades dos países subdesenvol-vidos, locais que se caracterizam por apresentar uma carência muito grande em infra-estrutura e por abrigar populações urbanas de renda mais baixa.

1-1) O conceito de cidades globais, criado na década de 1960, não considera fundamentais, indicadores como superfície ocupada e ta-manho populacional, mas, sim, as relações internacionais que estas desenvolvem no âmbito mundial.

2-2) As cidades globais não estão presentes apenas nos chamados pa-íses centrais; algumas se localizam em países considerados mercados emergentes, como o Brasil, a Argentina, a Coréia do Sul etc.

3-3) Na maior parte dos países desenvolvidos industrializados, o pro-cesso de urbanização acelerada, teve início a partir da segunda meta-de do século XIX, no momento da Segunda Revolução Industrial.

GeografiaAnderson Leineker, Nilton Costa.

4-4) As megacidades são definidas principalmente pelo tamanho popu-lacional que possuem, correspondendo àqueles aglomerados urbanoscom população superior a 10 milhões de habitantes. Diferem, pois, do conceito de megalópole, que é territorial, correspondendo a uma região superurbanizada, onde, em uma área de pequena extensão, existem várias metrópoles, somadas a um conjunto de outras cidades.

ComentárioA questão trata da incorporação de terras pelo fenômeno da urba-nização. Nos países desenvolvidos, as áreas centrais apresentam uma distância evolutiva quanto às periferias. As cidades globais, definição da década de 80, apresentam uma espacialidade no campo econômico, político e social.

Gabarito: FFVVV

08. Sobre o comércio externo e as políticas protecionistas, analise as afirmações abaixo.

0-0) No Brasil, as relações de troca com os países desenvolvidos têm sido sempre favoráveis, no que diz respeito às exportações de commo-dities agrícolas.

1-1) Pernambuco exporta mais açúcar em estado bruto (demerara), apresentando, nesse segmento, relações de troca desfavoráveis.

2-2) Os subsídios oferecidos pelos países ricos aos seus agricultores são benéficos para a agricultura dos países pobres, pois resultam emqueda de preços das importações.

3-3) O chamado “custo Brasil” é um dos fatores impeditivos para o melhor desempenho do setor agroexportador nacional.

4-4) Os entraves decorrentes de políticas protecionistas dizem respeito somente às barreiras tarifárias.

ComentárioO comércio brasileiro sofre, ainda, com as ações protecionistas dos países ricos. Os custos com a produção e com a mão-de-obra somam-se ao contexto geral dessa ótica comercial.

Gabarito: FVFVF

09. Sobre o tema Movimentos da Terra, é correto afirmar o que segue.

0-0) A órbita da Terra é aproximadamente elíptica; há momentos em que o planeta se encontra mais próximo do Sol (afélio) e outros em que está mais afastado (periélio).

1-1) O caminho aparente do Sol ao redor da Terra denomina-se eclíp-tica; o Sol passa sobre o Equador terrestre no início do outono e da primavera.

2-2) Além da rotação e da translação, a Terra executa outros movimen-tos, como, por exemplo, a precessão dos equinócios e a nutação.

3-3) A Terra e a Lua giram juntas em uma órbita em torno do Sol; a excentricidade da órbita é, contudo, pequena.

4-4) O inverno e o verão, nos dois hemisférios terrestres, têm início durante os solstícios.

ComentárioOs movimentos de rotação e translação são os dois principais do planeta. No caso da rotação, a Terra gira em torno de si mesma. Na translação (giro em torno do Sol e quando se definem as estações do ano), acontecem o Afélio (distância) e Periélio (proximidade) em relação ao Sol.

Gabarito: FVVVV

10. O aumento da temperatura da Terra é a expressão de uma fase de aquecimento global. Como conseqüências principais desse provável fenômeno atmosférico, podem ser citadas as seguintes:

0-0) movimento eustático negativo.

1-1) decréscimo das calotas polares.

2-2) expansão das áreas afetadas por doenças tropicais.

3-3) impossibilidade do desenvolvimento da agricultura tropical em face do aumento da insolação.

4-4) formação de grandes tsunamis, especialmente no mundo tropi-cal.

ComentárioA industrialização e a queima dos combustíveis fósseis geram a retenção de calor, por parte do planeta, com o CO2. Abordando o aquecimento global, algumas ações são:

– movimento de subida dos oceanos (eustasia positiva);– degelo das calotas polares;– mudanças climáticas.

Gabarito: FVVFF

11. Observe a figura a seguir.

A partir da identificação dos aspectos paisagísticos contidos, é correto afirmar que:

0-0) esse tipo de relevo ocorre exclusivamente em ambientes onde existem falhas geológicas.

1-1) as variações climáticas ocorridas nessa bacia hidrográfica não in-terferem no crescimento dessa forma de relevo próxima ao oceano.2-2) existe, na área, uma feição de relevo que é denominada planície deltáica.

3-3) ocorrem, na área, amplas falésias cristalinas, esculpidas pela mi-lenar ação abrasiva do mar.

4-4) o trecho terminal do rio Amazonas apresenta morfoesculturas de-posicionais que exemplificam esse tipo de relevo costeiro.

ComentárioO esquema mostra um delta que é um tipo de foz interrompida, no qual observam-se amplas regiões com depósitos de sedimentos. É uma ação quase exclusiva do rio e da abrasão marinha. Não possui falésias nem estruturas falhas no destaque.

Gabarito: FFVFV

12. A figura a seguir, que mostra, de maneira esquemática, dois perfis distintos de solos, permite concluir que:

0-0) as características dos solos associam-se, também, às condições climáticas ambientais em que se encontra a região.

1-1) o solo X apresenta um horizonte A mais desenvolvido porque as espécies vegetais da área são caducifólias e há muitas cactáceas.

2-2) o solo Y é tipico de florestas latifoliadas perenifólias, onde os pro-cessos de laterização são frequentemente encontrados.

3-3) o solo X é menos desenvolvido que o solo Y em decorrência do material de origem.

4-4) os solos evoluem muito mais em função da cobertura vegetal do que das condições climáticas ambientais; esse é o motivo que justifica solos tão desenvolvidos nas encostas do Agreste pernambucano.

ComentárioO número de horizontes pode caracterizar o desenvolvimento do solo, atrelado, também às suas espessuras. Os horizontes com-parados (X e Y) mostram duas áreas diferentes: uma pelo rigor do clima e estrutura dos vegetais (X) e outra pelo desenvolvimento dos seus horizontes e da sua estrutura vegetativa.

Gabarito: VFFFF

13. A figura a seguir representa diversos aspectos da crosta terrestre, segundo a ótica da Tectônica de Placas. A análise dessa figura e os conhecimentos sobre esse assunto permitem concluir que:

0-0) as fossas submarinas ou trincheiras oceânicas, como também são denominadas, são encontradas em locais de subdução de placas litosféricas

1-1) a separação de placas pode ocasionar a formação de grandes rupturas na crosta, mais especificamente no assoalho submarino, co-nhecidas como falhas.

2-2) o mecanismo físico das correntes de convecção do manto é uma das causas mais importantes da separação das placas litosféricas.

3-3) a formação de cadeias orogenéticas se dá exatamente nas áreas em que duas placas litosféricas se afastam.

4-4) as cristas das dorsais oceânicas formam planos interrompidos em face da cinemática das placas litosféricas.

ComentárioAs correntes de convecção são as principais responsáveis pela movimentação das placas tectônicas, que, por sua vez, atuam como agentes endógenos, formando as estrutura de relevo, conti-nental e oceânico. O movimento das placas litosféricas nos ocea-nos, quando tomam o sentido convergente, por meio de um movi-mento denominado de subducção, podem originar as trincheiras oceânicas.

Gabarito: VVVFV

14. Sobre a paisagem esboçada a seguir, é correto afirmar que:

0-0) essa área é típica do domínio morfoclimático denominado, pelo geógrafo Aziz Nacib Ab’Sáber, “Domínio dos Cerrados, com chapa-dões”.

1-1) o setor A corresponde a uma ampla cuesta que foi dissecada por intensos processos erosivos de caráter fluvial.

2-2) o setor B, que apresenta potencialidades para o desenvolvimento de atividades agrícolas, corresponde a um terraço fluvial. 3-3) o setor C possui sedimentos mais recentes, pois se trata de uma área denomi-nada “planície de inundação” ou várzea.4-4) o rio principal D funciona como um nível de base aos processos erosivos que se verificam na área.

ComentárioA figura mostra uma área de relevo que sofre um intenso trabalho de erosão por um curso fluvial, apresentando, na parte superior, uma paisagem oriunda de domínios de mar de morros, e, na parte inferior, logo abaixo do terraço fluvial, uma planície de inundação ou de várzea que apresenta sedimentos recentes.

Gabarito: FFVVV

15. Sobre as condições climáticas do Nordeste brasileiro, analise as afirmações a seguir.

0-0) O fenômeno La Nina, que se verifica no Pacífico Equatorial, even-tualmente acarreta prolongada estiagem na área do Trópico Semiárido brasileiro, especialmente em Pernambuco.

1-1) As Ondas de Leste, que se originam no Agreste pernambucano e paraibano, avançam intensamente sobre a Zona da Mata, provocando chuvas de outono.

2-2) As descargas da Frente Polar Atlântica respondem pelo regime de chuvas de inverno verificadas no norte do semi-árido nordestino; essas descargas são mais efetivas em anos de El Niño.

3-3) A Zona de Convergência Intertropical é a principal responsável pelas chuvas de verão retardadas para outono que se verificam nosEstados da Paraíba, do Rio Grande do Norte, do Ceará e do Piauí; essas chuvas são de caráter convectivo.

4-4) A Zona da Mata pernambucana possui um regime de chuvas de outono-inverno; essas chuvas são, em geral, de natureza frontológica,mas podem também ser determinadas pelas Ondas de Leste.

ComentárioO nordeste brasileiro possui um sistema de climas bem heterogê-neo, dividido em quatro sub regiões, sofrendo influência do rele-vo, da latitude, das massas de ar e dos demais agentes atmosféri-cos. A região sofre, também, a interferência do fenômeno El Nino, que ocorre no Oceano Pacífico, desorganizando, neste período, a estrutura climática da região.

Gabarito: FFFVV

16. A poluição atmosférica representa , atualmente, um dos mais sérios problemas ambientais enfrentados pela humanidade. Os poluentes at-mosféricos podem afetar a cobertura vegetal, os mananciais e os seres humanos. Que meios de intervenção disponíveis podem ser emprega-dos para o controle dessa poluição?

0-0) incentivo à utilização de novas tecnologias.

1-1) estímulo a florestação.

2-2) definição de normas de emissão de poluentes.

3-3) controle dos locais de deposição de resíduos sólidos e de queima de resíduos perigosos.

4-4) utilização de redes de monitoração da qualidade do ar.

ComentárioTodas as alternativas fornecidas apresentam meios para minimi-zar os malefícios causados pela poluição atmosférica e as demais formas de degradação ambiental expostas no enunciado. Objeti-va-se, por meio da utilização de técnicas mais limpas, do controle da emissão de gases poluentes e de políticas de conscientização ambiental, garantir melhorias na qualidade de vida a médio e a longo prazo.

Gabarito: FFFVV

Inglês Marco Antônio Guimarães, Otacílio Barreto

TEXT I

INTRODUCTION

I have an engeneering problem.While for the most part I’m in terrific physical shape, I haveten tumors in my liver and I have only a few months left tolive.I am a father of three young children, and married to the woman of my dreams. While I could easily feel sorry for myself, that wouldn’t do them, or me, any good.

So, how to spend my very limited time?

The obvious part is being with, and taking care of, my family. While I still can, I embrace every moment with them, and do the logistical things necessary to ease their path into a life without me.

The less obvious part is how to teach my children what I would have taught them over the next twenty years. They are too young now to have those conversations. All parents want to teach their children right from wrong, what we think is important, and how to deal with the chal-lenges life will bring. We also want them to know some stories from our own lives, often as a way to teach them how to lead theirs. My desire to do that led me to give a “last lecture” at Carnegie Mellon University.

These lectures are routinely videotaped. I knew what I was doing that day. Under the ruse of giving an academic lecture, I was trying to put myself in a bottle that would one day wash up on the beach for my chil-dren. If I were apainter, I would have painted for them. If I were a musi-cian, I would have composed music. But I am a lecturer. So I lectured.

I lectured about the joy of life, about how much I appreciated life, even with so little of my own left. I talked about honesty, integrity, gratitude, and other things I hold dear. And I tried very hard not to be boring.

This book is a way for me to continue what I began on stage. Because time is precious, and I want to spend all that I can with my kids, I asked Jeffrey Zaslow for help. Each day, I ride my bike around my neigh-borhood, getting exercise crucial for my health. On fifty-three long bikerides, I spoke to Jeff on my cell-phone headset. He then spent coun-tless hours helping to turn my stories – I suppose we could call them fifty-three “lectures” – into the book that follows.

We knew right from the start: None of this is a replacement for a living parent. But engineering isn’t about perfect solutions; it’s about doing the best you can with limited resources. Both the lecture and this book are my attempts to do exactly that.

Pausch, Randy. The last lecture. Hyperion, New York. 2008.206p.

Answer the following five questions according to TEXT I.

01. The author of the text says, ‘“…for the most part I’m in terrific physi-cal shape”. That means that, for the most part

0-0) he is physically very well.

1-1) he is physically terrible.

2-2) he has terrible problems in his body shape.

3-3) his body shape is very good.

4-4) his body shape horrifies him.

ComentárioO autor fala: “... I’m in terrific physical shape”. Pois bem, o vo-cábulo “terrific” pode parecer “terrível”, porém é exatamente o contrário, caracterizando-se, assim, um falso cognato. Portanto, as proposições que afirmam que a forma física dele é boa são verdadeiras e as que dizem que a forma é ruim, falsas.

Gabarito: VFFVF

02. Randy Pausch

0-0) rides his bicycle every day in order to exercise.

1-1) knows he is going to die eventually.

2-2) has very little time left to enjoy life.

3-3) married a beautiful woman in a dream he had.

4-4) is an engineer who has a problem.

ComentárioEsta questão pergunta fatos relacionados à vida do autor. A pro-posição (0 – 0) afirma que ele anda de bicicleta diariamente para se exercitar e o aluno identifica que isso é verdade no penúltimo parágrafo: “Each day, I ride my bike for my health”. Já no segundo parágrafo, há a afirmação da proposição (1 – 1): “… I have only a few months to live”, e nesse mesmo trecho se encontra a veraci-dade da (2 – 2). Já as (3 – 3) e (4 – 4) são ambas falsas, pois ele se casou com a mulher de seus sonhos, e não em um sonho que teve: “... married to the woman of my dreams”. Além disso, o texto deixa claro que ele tem um problema de engenharia, e não que ele é engenheiro.

Gabarito: VVVFF

03. The author reckons his children

0-0) are not ready to understand what he wants to teach them yet.

1-1) have the maturity to cope with the problem their father is facing.

2-2) will not have a chance to learn from their father due to his death.

3-3) would rather watch TV instead of listening to his stories.

4-4) should have his company at all moments before his dies.

ComentárioEsta questão pondera o que o autor acha sobre a situação dos seus filhos em relação à morte iminente dele. O autor diz: “They are too young now to have those conversations”, o que torna a proposição (0 – 0) verdadeira e a (1 – 1) falsa. Do meio ao final do texto, ele nos diz que irá deixar um legado a todos e, princi-palmente, a seus filhos, portanto a (2 – 2) é falsa. Já a (3 – 3) é pura extrapolação, portanto falsa. Quando ele diz: “Because time is precious, and I want to spend all that I can with my kids…”, faz a (4 – 4) verdadeira.

Gabarito: VFFFV

04. Randy decided to give a lecture in order to be able to

0-0) make money to take his children to the beach.

1-1) make money to buy bottles of soda at the beach.

2-2) help his kids with important lessons in the future.

3-3) teach them about values he considers priceless.

4-4) to make money to take a course in painting.

ComentárioSobre a decisão do autor em dar palestras, em nenhum momento ele argumenta sobre essas como fonte de renda, portanto estão falsas as proposições (0 – 0), (1 – 1) e (4 – 4), mas o que ele deixa claro é a intenção de compartilhar valores, o que implica dizer que (2 – 2) e (3 – 3) são verdadeiras.

Gabarito: FFVVF

05. Randy Pausch’s message is one of

0-0) pessimism

1-1) optimism

2-2) fear

3-3) faith

4-4) hope

ComentárioQuestão de pura interpretação da idéia geral do texto, que mos-tra que as mensagens do autor são de otimismo, fé e esperança. Então essas seriam verdadeiras e as que tratavam de medo e pes-simismo, falsas.

Gabarito: FVFVV

TEXT II

“Languages matter!”

The year 2008 has been proclaimed International Year of Languages by the United Nations General Assembly. UNESCO, which has been en-trusted with the task of coordinating activities for the Year, is determined to fulfill its role as lead agency.

The Organization is fully aware of the crucial importance of languages when seen against the many challenges that humanity will have to face over the next few decades. Languages are indeed essential to the iden-tity of groups and individuals and to their peaceful coexistence. Theyconstitute a strategic factor of progress towards sustainable develop-ment and a harmonious relationship between the global and the local context.

They are of utmost importance in achieving the six goals of education for all (EFA) and the Millennium Development Goals (MDGs) on whi-ch the United Nations agreed in 2000. As factors of social integration, languages effectively play a strategic role in the eradication of extreme poverty and hunger; as supports for literacy, learning and life skills, they are essential to achieving universal primary education; the com-bat against HIV/AIDS, malaria and other diseases must be waged in the languages of the populations concerned if they are to be reached; and the safeguarding of local and indigenous knowledge and know-how with a view to ensuring environmental sustainability is intrinsically linked to local and indigenous languages.

Moreover, cultural diversity is closely linked to linguistic diversity, as indicated in the UNESCO Universal Declaration on Cultural Diversity and its action plan (2001), the Convention for the Safeguarding of the Intangible Cultural Heritage and the Convention on the Protection and Promotion of the Diversity of Cultural Expressions (2005).

However, within the space of a few generations, more than 50% of the 7,000 languages spoken in the world may disappear. Less than a quar-ter of those languages are currently used in schools and in cyberspace, and most are used only sporadically. Thousands of languages – though mastered by those populations for whom it is the daily means of expres-sion – are absent from education systems, the media, publishing and the public domain in general.

We must act now as a matter of urgency. How? By encouraging and developing language policies that enable each linguistic community to use its first language, or mother tongue, as widely and as often as pos-sible, including in education, while also mastering a national or regional language and an international language. Also by encouraging speakers of a dominant language to master another national or regional language and one or two international languages. Only if multilingualism is fullyaccepted can all languages find their place in our globalized world.

Our common goal is to ensure that the importance of linguistic diversity and multilingualism in educational, administrative and legal systems, cultural expressions and the media, cyberspace and trade, is recogni-zed at the national, regional and international levels. The International Year of Languages 2008 will provide a unique opportunity to make de-cisive progress towards achieving these goals.

Koïchiro Matsuura

Disponívelem:<http://portal.unesco.org/culture/en/ev.php-URL_ID=35559&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html> Acessa-do em 2 de setembro de 2008

Answer the following four questions according to TEXT II.

06. The United Nations acknowledges that languages

0-0) are essential to the identity of individuals and groups and also to their peaceful coexistence.

1-1) are a strategic factor for the promotion of sustainable development in different countries.

2-2) are supports for education and the fight against HIV/AIDS and ma-laria.

3-3) have a strategic role in consolidating extreme poverty and hunger all over the world.

4-4) are an important instrument for the promotion of peace and peo-ples’ self identity.

Comentário0-0) A idéia está no 2º parágrafo: “Languages are indeed ... peace-ful coexistence”.1-1) A idéia está, também, no 2º parágrafo, na sentença que vem logo após a utilizada pela primeira proposição.2-2) A sentença encontrada no 3º parágrafo: “... They are essential to ... HIV / AIDS, malaria...”.3-3) A sentença: “Languages effectively play a strategic … poverty and hunger;”.4-4) Esta sentença pode ser vista como uma paráfrase da propo-sição (0-0).

Gabarito: VVVFV

07. The text asserts that

0-0) approximately 25% of all existing languages are spoken in schools with cyberspace.

1-1) cultural diversity and linguistic diversity have far from close a re-lationship.

2-2) more than half the languages there exist will possibly disappear in the future.

3-3) most languages spoken in schools and in cyberspace are used frequently.

4-4) there are 7.000 languages spoken in the world today.

Comentário0-0) O texto fala “menos de 25% das línguas”, até este ponto po-demos concordar com a proposição, mas quando ela termina fa-lando em escolas com espaços virtuais, isso extrapola o texto, pois o mesmo faz menção a escola e espaços virtuais (“... schools and in cyberspaces...”)1-1) Diversidade cultural e lingüística têm muito em comum, e não o contrário. Isso é visto no 4º parágrafo, logo nas duas primeiras linhas.2-2) As três primeiras linhas do 5º parágrafo dizem exatamente isso: “... more than 50% of the 7,000 languages ... disappear.”3-3) O texto afirma justamente o contrário: “... most are used only sporadically.”4-4) Esta idéia é encontrada nas três primeiras linhas do 5º pará-grafo.

Gabarito: FFVFV

08. The United Nations call for action in favor of multilingualism and linguistic diversity. This can be achieved by

0-0) enabling the police to speak more than one language in order to help different communities.

1-1) creating the proper environment for mother languages to be spoken often and pervasively.

2-2) encouraging people to learn a dominant language in place of a regional or a national one.

3-3) hiring regional and national masters of languages to teach their first language abroad.

4-4) promoting policies which consolidate the far reaching use of 1st languages by their communities.

Comentário0-0) O texto em nenhum momento fala em POLÍCIA , e sim em POLICIES = políticas.1-1) Esta é a idéia central de todo o texto.2-2) Não se fala, no texto, que se deve aprender uma língua impor-tante em vez de uma língua local ou nacional.3-3) Não se menciona no texto a contratação de professores para ensinarem línguas maternas no exterior.4-4) Encontramos no penúltimo parágrafo esta idéia: “ We must act ... its first language...”.

Gabarito: FVFFV

09. The word unique in the last sentence of the text means

0-0) great

1-1) different

2-2) super

3-3) unparalleled

4-4) singular

ComentárioPara a equipe MOTIVO esta questão está mal elaborada, pois se consideramos a palavra UNIQUE de forma isolada, veremos os significados (3-3) e (4-4), como está no gabarito oficial. Mas, se olharmos com mais atenção para o enunciado, vemos que a Ban-ca requisitou do candidato a palavra no contexto, e não isolada. A sentença: “The International Year... The goal.”, a última do texto, diz que: o ano internacional das línguas, 2008, terá uma grande / super / inigualável / ímpar oportunidade de fazer progressos deci-sivos em direção a atingir esses objetivos”.Por conta disso, discordamos da Banca e pedimos que ela mude o gabarito para: VFVVV.

Gabarito: FFFVV

TEXT III

COPYRIGHT THEFT.

It’s a myth that buying fake DVDs or downloading illegal content is a victimless crime. The most obvious concern may be the poor sound and picture quality or that the film stops before the end leaving you hanging. But scratch the surface and you’ll find the damage caused by fake DVDs affects a wide range of people.

Copyright theft is a big issue - for the consumer, for the film and TV industries and for communities. For legitimate business, the distributors and high street retailers who sell or rent DVDs, counterfeiting has a significant impact on profits. At present, 15% of the value of legitimate sales is lost to the problem. It doesn’t just affect big businesses; these losses have a serious negative impact on the 200,500 people employed in the industry in the UK, contributing to rental and retail store closures, loss of jobs and threatening future investment.

Answer the following four questions according to TEXT III.

10. Piracy as concerns fake DVDs and illegal content downloading is a crime

0-0) with many victims.

1-1) that affects both employers and employees.

2-2) that only affects poor sound and picture quality.

3-3) with less victims than other forms of piracy.

4-4) with no victims.

ComentárioEssa questão, do texto III, pondera sobre o teor criminoso de se fazer DVD’s pirateados e a troca de materiais pela Internet. O texto afirma e enfatiza que a situação não deve ser levada na brincadei-ra, pois as vítimas são muitas, e o tema afeta tanto empregadores quanto empregados. Portanto, as proposições (0 – 0) e (1 – 1) são verdadeiras e as demais, falsas.

Gabarito: VVFFF

11. Copyright theft affects

0-0) very few people altogether.

1-1) the jobs of people who work legally.

2-2) the profits of counterfeiters.

3-3) retailers, distributors and legal sellers.

4-4) criminals’ education and health.

ComentárioJá abordado na questão anterior, o tema questiona o que o roubo de direitos autorais acarreta. A questão tem vocábulos específi-cos, portanto um pouco mais complexa. A proposição (0 – 0), que diz que afeta pouca gente, já foi desmentida na questão anterior. Quando o autor diz “... for legitimate business”, fica claro que afeta o trabalho de quem atua legalmente, (1 – 1) verdadeira. A

proposição (2 – 2) apresenta o vocábulo “conterfeiters” e “profit”, respectivamente, “falsificadores” e “lucro”, portanto proposição falsa, pois ao contrário, eles se beneficiam. A (3 – 3) afirma que afeta os “retailers”, “varejistas”, distribuidores e vendedores le-gais, portanto verdadeira. Além disso, o texto deixa claro que, em geral, a saúde e a educação dos cidadãos são afetadas, e não as dos criminosos.

Gabarito: FVFVF

12. DVD piracy profits are estimated at0-0) £ 1.4 million

1-1) £ 1.5 million

2-2) £ 169 million

3-3) £ 460 million

4-4) £ 100 million

ComentárioQuestão não-usual de uma prova de 2ª fase, pois é a leitura direta de um dado, no caso, o lucro dos DVD’s piratas. Portanto, só há uma proposição verdadeira: a (2 – 2).

Gabarito: FFVFF

13. According to the text it is right to state that

0-0) pirate DVDs normally have excellent sound and image.

1-1) more than one million fake DVDs have been seized.

2-2) there have been counterfeiters punished by law.

3-3) film and TV industry have benefited from counterfeit.

4-4) both big and small businesses are affected by copyright theft.

ComentárioNo primeiro parágrafo é dito: “... The poor sound and picture quali-ty...” . Portanto, a proposição (0 – 0) é falsa, pois afirma exatamen-te o contrário. Há um dado que mostra o seguinte: “fake DVD’s seized by fact: 1.5 milion”, então, a (1 – 1) é verdadeira. No último dado do texto, mostra-se que houve punição a alguns falsificado-res, portanto (2 – 2) é verdadeira. Já a (3 – 3) é falsa, pois nem a indústria de filmes, nem a TV têm se beneficiado com a pirataria. E, já abordado, nas questões anteriores: negócios grandes e pe-quenos são afetados pela pirataria, (4 – 4) verdadeira.

Gabarito: FVVFV

TEXT IV

Phenomenal WomanPretty women wonder where my secret lies.I’m not cute or built to suit a fashion model’s sizeBut when I start to tell them,They think I’m telling lies.I say,It’s in the reach of my armsThe span of my hips,The stride of my step,The curl of my lips.I’m a womanPhenomenally.Phenomenal woman,That’s me.

I walk into a roomJust as cool as you please,And to a man,The fellows stand orFall down on their knees.Then they swarm around me,A hive of honey bees.I say,It’s the fire in my eyes,And the flash of my teeth,The swing in my waist,And the joy in my feet.I’m a womanPhenomenally.Phenomenal woman,That’s me.

Men themselves have wonderedWhat they see in me.They try so muchBut they can’t touchMy inner mystery.When I try to show themThey say they still can’t see.I say,It’s in the arch of my back,The sun of my smile,The ride of my breasts,The grace of my style.I’m a womanPhenomenally.Phenomenal woman,That’s me

Now you understandJust why my head’s not bowed.I don’t shout or jump aboutOr have to talk real loud.When you see me passingIt ought to make you proud.I say,It’s in the click of my heels,

The bend of my hair,the palm of my hand,The need of my care,‘Cause I’m a womanPhenomenally.Phenomenal woman,That’s me.

Maya Angelou

Answer the following three questions according to TEXT IV.

14. Maya Angelou is giving a description of

0-0) pretty women

1-1) bees

2-2) men

3-3) herself

4-4) her own

ComentárioInterpretação de um poema, também algo não-usual da prova de segunda fase. A questão pergunta a idéia geral, quando questiona o que a autora está descrevendo, que, no caso, é ela mesma, por-tanto as proposições verdadeiras são apenas as (3 – 3) e (4 – 4).

Gabarito: FFFVV

15. For the poet

0-0) her secret in not in her appearance.

1-1) pretty women know why she is a phenomenal woman.

2-2) pretty women take her for a liar when she reveals her secrets.

3-3) not even men know about her inner secrets of success.

4-4) women and men are all the same.

ComentárioPara o poeta: seu segredo não vem de sua aparência “I’m not cute...”, (0 – 0) falsa. As mulheres bonitas também não entendem: “ Pretty women wonder where my secret lies”: (1 – 1) é falsa. Mu-lheres bonitas acham que ela mente: “They think I’m telling lies”: (2 – 2), portanto, verdadeira. Os homens não sabem os segredos também : “Men themselves have wondered”: (3 – 3) verdadeira. E, em nenhum momento, a autora deixa a entender que ela considera homens e mulheres iguais, portanto (4 – 4) falsa.

Gabarito: VFVVF

16. Angelou says’

0-0) she’s lean and pretty.

1-1) she’s a phenomenal woman.

2-2) she’s a polite woman.

3-3) she’s not submissive.

4-4) she wears fashion models’ size.

ComentárioQuestão sobre o que a autora diz ou deixa subentendido no po-ema: que ela não é bonita (“I’m not cute”), que ela é fenomenal (“I’m a woman phenomenally”), que ela é educada (“I don’t shout or jump about”), que ela não é submissa (“now you understand just why my head’s not bowed”) e, finalmente, que ela não veste número de manequim (“ I’m not ... built to suit a fashion model’s size”).

Gabarito: FVVVF

Analise as afirmações a seguir, considerando a função f, tendo como domínio e contradomínio o conjunto dos números reais, dada por

Parte do gráfico de f está esboçada a seguir.

0-0) f é uma função par.

1-1) A única raiz de f(x) = 0 é x = 0.

2-2) |f(x)| ≤ 1, para todo x real.

3-3) Dado um real y, com |y| < 1 e y ≠ 0, existem dois valores reais x tais que f(x) = y.

MatemáticaAlex Pereira, Tiago Guimarães, Valdemar San-tos

Comentário

02. Das companhias que publicam anúncios nos jornais C, D ou F, sabemos que:

- 30 publicam no C,- 25 publicam no D,- 30 publicam no F,- 10 publicam em C e D,- 9 publicam em F e D,- 11 publicam em C e F, e- 6 publicam em C, D e F.

Considerando estas informações, analise as sentenças a seguir.

0-0) Onze companhias publicam anúncios em exatamente dois dos jornais.

1-1) Dezoito companhias publicam anúncios em pelo menos dois dos jornais.

2-2) Quarenta e três companhias publicam anúncios em um único jor-nal.

3-3) Sessenta e uma companhias publicam anúncios em pelo menos um dos três jornais.

4-4) Treze companhias publicam anúncios apenas no jornal D.

Comentário

0-0) O número é 4+5+3=12.1-1) Temos que o numero é 4+5+3+6=18.2-2) 15+12+16=433-3) 43+18=614-4) O correto é 12.Gabarito:FVVVF

03. Um cilindro C1, reto e de altura 4, está inscrito em uma semi-esfera de raio 21 (ou seja, uma base do cilindro repousa na base da semi-esfera e a circunferência da outra base está contida na semiesfera),como ilustrado abaixo na figura à esquerda. Seja x a altura de outro cilindro, C2, inscrito na mesma semi-esfera, e de mesmo volume que C1.

Admitindo estes dados, analise as informações a seguir.

0-0) O raio da base de C2 é 21− x2 .

1-1) O volume de C2 é 18π.

2-2) A altura x de C2 é raiz da equação x3 - 21x +20 = 0.

3-3) A altura x de C2 é raiz da equação x2 - 4x - 7 = 0.

4-4) A área lateral de C2 é 2π 5 .

Comentário

Gabarito: VFVFF

04. Em uma escala de um vôo, as seguintes tarefas precisam ser exe-cutadas, nos intervalos de tempo mencionados. Quando alguma tarefa precisa ser executada depois de outra(s), tal fato é observado; quando não há nenhuma observação, as tarefas podem ser executadas simul-taneamente.

1) Desembarque dos passageiros (15min)2) Desembarque das bagagens (15min)3) Embarque das bagagens dos novospassageiros (20min)(depois de 2)4) Higienização da aeronave (15min)(depois de 1)5) Abastecimento de combustível (20min) (depois de 1)6) Checagem mecânica (20min)7) Embarque das refeições (10min)(depois de 4)8) Embarque dos novos passageiros (20min)(depois de 4 e 5).

Quantos minutos são necessários para executar todas as tarefas aci-ma?

Comentário

05. Admita que, quando a luz incide em um painel de vidro, sua inten-sidade diminui em 10%. Qual o número mínimo de painéis necessá-rios para que a intensidade da luz, depois de atravessar os painéis, se reduza a 1/3 de sua intensidade? Dado: use a aproximação para o logaritmo decimal log 3 ≈ 0,48.

Comentário

Gabarito: 12

06.As parábolas com equações y = -x2 + 2x + 3 e y = x2 – 4x + 3 estão esboçadas a seguir. Qual a área do menor retângulo, com lados paralelos aos eixos, que contém a área colorida, limitada pelos gráficos das parábolas?

Comentário

Gabarito: 15

07. Júnior se exercita correndo 5km, 7km ou 9km por dia. Em certo período de dias consecutivos, superior a 7 dias, ele percorreu um total de 51km, e, pelo menos uma vez, cada um dos percursos de 5km, 7km e 9km. Quantas vezes, neste período, Júnior percorreu a distância de 5km?

Comentário

Gabarito: 7

08. Na ilustração a seguir, ABC é um triângulo retângulo com os cate-tos AB e AC medindo, respectivamente, 40 e 30. Se M é o ponto médio de AB e N é a interseção da bissetriz do ângulo ACB com o lado AB, qual a área do triângulo CNM?

Comentário

Gabarito: 75

09. Ao efetuarmos o produto dos polinômios abaixo (1 + x + x2 +...+ x100)(1 + x + x2 + ... + x50) qual o coeficiente de x75? (Observação: os polinômios têm graus 100 e 50 e todos os coeficientes iguais a 1.)

Comentário

Gabarito: 51

10. Quatro amigos, A, B, C e D compraram um presente que custou R$ 360,00. Se: - A pagou metade do que pagaram juntos B, C e D, - B pagou um terço do que pagaram juntos A, C e D e - C pagou um quarto do que pagaram juntos A, B e D, quanto pagou D, em reais?Comentário

Gabarito: 78

11. Em uma festa, cada um dos participantes cumprimenta cada um dos demais, uma vez. Se o número de cumprimentos entre dois ho-mens foi 21, e entre duas mulheres foi 45, quantos foram os cumpri-mentos entre um homem e uma mulher?

Comentário

Gabarito: 70

12. Uma gaveta contém 3 canetas pretas e 1 caneta vermelha. Uma segunda gaveta contém 7 canetas pretas e 3 azuis. Aleatoriamente, uma caneta é retirada da segunda gaveta e colocada na primeira e,em seguida, uma caneta é retirada da primeira gaveta e colocada na segunda. Qual a probabilidade percentual de o número de canetas de cada cor permanecer o mesmo nas duas gavetas?Comentário

Gabarito: 62

13. Em um sistema de coordenadas ortogonais xOy, um triângulo tem vértices nos pontos de interseção das retas com equações y = x, y = -x + 12 e y = x/5 (ilustradas a seguir). Se a equação da circunferênciacircunscrita ao triângulo é x2 + y2 + ax + by + c = 0, indique o valor de (a - b + c)2.

Comentário

Gabarito: 64

14. Qual a distância entre um vértice de um cubo, com aresta medindo 20 6 , e uma das diagonais do cubo que não passam pelo vértice?

Comentário

Gabarito: 40

15. Um retângulo ABCD é dividido em nove retângulos, e o perímetro de cada um de três destes retângulos, está indicado está indicado em seu interior, como ilustrado na figura abaixo.

Qual o perímetro do retângulo ABCD?

Comentário

Gabarito: 98

16. A ilustração a seguir é parte do gráfico da função y = a.sen (b π x) + c, com a, b e c sendo constantes reais. A função tem período 2 e passa pelos pontos com coordenadas (0,3) e (1/2,5).

Determine a, b e c e indique (a + b + c)2.

Comentário

Dados:Aceleração da gravidade: 10 m/s2

Velocidade da luz no vácuo: 3 x 108 m/s.Constante de Planck: 6,63 x 10-34 J.s

01. Um estudante de física deseja localizar o ponto médio entre duas encostas de um vale. A figura mostra uma vista de cima das encostas e a posição do estudante. Ele faz explodir uma pequena bomba e regis-tra os intervalos de tempo ΔtD = 1,5 s e ΔtE = 0,50 s, respectivamente, entre a explosão e os primeiros ecos do lado direito (D) e do esquerdo (E). Sabendo-se que a velocidade do som vale v = 340 m/s, calcule a distância perpendicular, d, entre a posição da explosão e a linha média, em metros. Suponha que o ar está parado em relação ao solo.

Comentário

Gabarito: 85

02. A figura mostra um gráfico da velocidade de uma partícula de mas-sa m = 0,5 kg em função do tempo. Calcule o módulo da força resultan-te sobre a partícula, no instante t = 4 s, em newtons.

Comentário

Gabarito: 03

03. Um pequeno bloco, posto em movimento a partir do ponto A com velocidade v0 = 6 m/s, desliza sem atrito até o ponto B, onde a sua velocidade é v. O intervalo de tempo de trânsito entre A e B é Δt = 1,0 s. Calcule a componente horizontal da aceleração média do bloco, entre os pontos A e B, em m/s2 Despreze a resistência do ar.

Comentário

Gabarito:04

04. Um bloco de massa m = 4,0 kg é empurrado, através da aplicação de uma força F constante ao longo de um plano inclinado, como mostra a figura. O bloco parte do repouso no ponto 1 e chega ao ponto 2 com

FísicaCarlos Japa, Rogério Andrade, Tarciso Nunes , Luciano Florêncio

velocidade v = 2,0 m/s. Calcule o trabalho realizado pela força F, ao longo do trajeto de 1 a 2, em joules. Despreze o atrito com o plano e a resistência do ar.

Comentário

Gabarito: 88j

05. Considere um sistema massa-mola, onde o bloco desliza sem atri-to ao longo de uma superfície horizontal. A figura mostra o gráfico da energia cinética, EC, do bloco, em função do alongamento da mola, x. Sabendo-se que a constante elástica da mola é k = 100 N/m, calcule o alongamento máximo da mola xMAX, em centímetros. Despreze a re-sistência do ar.

Comentário

Gabarito:30

06. Uma torneira colocada a uma altura H = 0,8 m do solo, não estando bem fechada, goteja. Cada gota tem em média a massa m = 0,5 g. Supondo que as colisões das gotas com o solo durem em média Δt = 1 ms, calcule a força média que cada gota exerce sobre o solo, durante a colisão, em newtons. Suponha que a velocidade inicial da gota é nula e que toda a gota é absorvida pelo solo, no instante da colisão. Despreze a resistência do ar.

Comentário

07. Para determinar a densidade de um certo metal, pesa-se uma peça do metal no ar e posteriormente a peça imersa em água. Seu peso no ar é de 800 N e na água é de apenas 700 N. Qual é a razão entre as densidades do metal e da água?

Comentário

Gabarito: 8

08. Deseja-se localizar a posição do centro de massa (CM) de uma tora de madeira de comprimento L = 1,0 m. A tora é colocada em repouso na horizontal, com uma extremidade apoiada em um suporte fixo e a outra sobre uma balança. Com o arranjo mostrado na figura à esquer-da, a balança indica uma leitura igual a P1 = 300 N. A seguir, inverte-se as extremidades da tora e a nova pesagem da balança é reduzida para P2 = 200 N. Determine a distância x (figura à esquerda), em centíme-tros, do centro de massa da tora ao eixo do suporte fixo.

Comentário

Gabarito:60

09. Um mol de um gás ideal mono-atômico, com calor específico molar a volume constante cv = 3R/2, ocupa inicialmente um volume de 1,5 L à pressão de 1,0 atm. A partir deste estado, o gás é aquecido a pressão constante até atingir um volume de 1,8 L. Determine o calor cedido ao gás durante este processo, em joules. Considere 1,0 L.atm = 100 J.

Comentário

Gabarito:75

10. A função de onda para uma onda harmônica que se propaga em uma corda é y(x,t) = 0,04 sen[2π(0,25x – 0,75t)], onde a unidade de comprimento é o metro e a unidade de tempo é o segundo. Determine a velocidade desta onda, em m/s.

Comentário

Gabarito:3

11.A figura mostra dois auto-falantes separados por 2,0 m, emitindo uma nota musical de freqüência f = 1,0 kHz. Considerando que a velo-cidade do som é v = 340 m/s, determine a distância Y, em centímetros, correspondente ao primeiro mínimo de interferência sobre um anteparo colocado à distância D = 10 m?

Comentário

Gabarito:85

12. Duas lentes delgadas (L1 e L2), sendo a primeira convergente e a segunda divergente, ambas de distância focal igual a 10 cm, estão separadas pela distância D = 2,0 cm. Determine a distância à direita de L2, em centímetros, na qual a luz incidente de raios paralelos será focalizada.

Comentário

Gabarito:40

13. Se tivermos um campo elétrico maior que 1 x 106 N/C num ambien-te com certa umidade, íons serão rapidamente formados resultando pequenas centelhas (nessas condições o ar torna-se um condutor). Qual o raio mínimo (em cm) que pode ter uma esfera condutora para armazenar uma carga Q = 1,1 x 10-8 C neste ambiente?

Comentário

Gabarito:01

14. Para determinar a resistência interna, r, de uma bateria foi montado o circuito da figura. Verificou-se que quando o resistor R vale 20 Ω o amperímetro indica 500 mA. Quando R = 112 Ω o amperímetro marca 100 mA. Qual o valor de r, em ohms? Considere que a resistência do amperímetro é desprezível.

Comentário

Gabarito:03

15. Um elétron está descrevendo uma órbita circular ao redor de um próton. Qual o módulo da razão entre a energia potencial, EP , e

a energia cinética, EC, deste elétron?

Comentário

Gabarito:02

16. O césio metálico tem uma função trabalho (potencial de superfí-cie) de 1,8 eV. Qual a energia cinética máxima dos elétrons, em eV, que escapam da superfície do metal quando ele é iluminado com luz ultravioleta de comprimento de onda igual a 327 nm? Considere 1 eV = 1,6 x 10-19 J.

Comentário

Gabarito:02

01. A figura abaixo é uma vista ortogonal de um dodecaedro regular e A, B, C e D designam quatro dos seus vértices, indicados na figura. Sobre a figura, é

correto afirmar que:

0-0) (ABCD) é uma figura plana.1-1) (ABCD) é um quadrado.2-2) (ABCD) é um retângulo de lados adjacentes desiguais.3-3) (ABCD) é um trapézio isósceles, de ângulos não retos.4-4) A razão entre a medida do segmento (AB) e a medida da aresta do dodecaedro é o número de ouro (0,618 ou 1,618, aproximadamen-te).Comentário

Gabarito: VVFFV

02. A figura abaixo é a planificação da superfície lateral de um cone de revolução, de geratriz g.

Sobre tal cone, podemos afirmar:0-0) O raio da base mede ¾ de g.1-1) Sua altura é igual ao raio da base.2-2) Seu volume é menos da metade de um cubo de aresta g.3-3) Sua superfície total (incluindo a base) tem mais área que um círculo de raio g.4-4) O setor circular que completaria um círculo, na figura, serviria como superfície lateral de outro cone com a terça parte do volume do primeiro cone.

Comentário

Gabarito: VFVVF

03. Uma superfície poliédrica está planificada na figura maior. A seu respeito podemos afirmar:

0-0) O poliedro é convexo.1-1) Seu volume equivale ao de quatro cubos de aresta l.2-2) Pode ser representado na figura A.3-3) Pode ser representado na figura B.4-4) Pode ser representado na figura C.

Comentário0-0) Possui faces côncavas.1-1) Verdadeira.2-2) Montando a figura.3-3) Montando a figura.4-4) Não temos 3 faces em torno.

Gabarito:FVVVF

04. Uma região tem sua área contida no interior da curva fechada do mapa da figura, desenhado numa escala em que cada quadrícula tem seu lado medindo 2 km.

Sobre a medida da área dessa região, podemos afirmar:0-0) É inferior a 380 km2.1-1) É inferior a 38000 hectares2-2) É superior a 25600 hectares.3-3) É superior a 256 km2.

4-4) É inferior a 3800000 ares.Comentário0-0) Quatro vezes o número de quadrados dentro da área.1-1) Cada km2, 100 Ha 2-2) Verdadeira, pois é 400 vezes o número de quadrículas completa-mente dentro da curva.3-3) Verdadeira.4-4) 1 km2 = 10 000 ares.

Gabarito: VVVVV

05. Um sólido tem como vista ortogonal a figura ao abaixo. Pode ser outra vista do mesmo sólido.

0-0) 1-1)2-2)3-3) 4-4)

Comentário0-0) Somente a esfera inteira teria duas vistas com contorno circular.1-1) Podemos recortar de um cilindro.2-2) Mesma justificativa anterior.3-3) Mesma justificativa anterior.4-4) Mesma justificativa anterior.

Gabarito: FVVVV

06. Os arcos arquitetônicos geralmente são compostos de arcos de circunferência concordantes entre si ou com segmentos de reta. Iden-tifique os arcos em que há concordância entre todas as suas partes.

Comentário0-0) O arco plano está concordando com as verticais laterais.1-1) Temos alinhamento entre os centros dos arcos e os pontos da emenda.2-2) Não há concordância no ponto mais alto, onde se encontram C1 e C2.3-3) Temos alinhamento entre os centros e os pontos de emenda dos arcos.4-4) Não há concordância entre os arcos laterais e o principal.

Gabarito: VVFVF

07. Nos mostradores digitais os algarismos aparecem de forma simplificada, composta por segmentos horizontais e verticais. Sobre essas formas, podemos afirmar, quando não são iguais a largura e a altura do algarismo:

0-0) A maioria dos algarismos têm eixo de simetria.1-1) Alguns algarismos têm centro de simetria sem ter eixo de sime-tria.2-2) Os algarismos que têm um eixo de simetria também possuem umsegundo eixo de simetria.3-3) Apenas os algarismos 0, 1 e 8 têm centro de simetria.4-4) Os algarismos 4, 6, 7 e 9 não têm eixo de simetria.Comentário0-0) Temos apenas 0, 1, 3 e 8 com eixo de simetria.1-1) Acontece com 2 e 5.2-2) 3 só tem eixo de simetria.3-3) 2 e 5 também têm4-4) Verdadeira.Gabarito: FVFFV

08. Medindo seu sítio, com contorno de um quadrilátero convexo em uma região plana, um proprietário rural encontrou os seguintes núme-ros para os seus lados consecutivos, medidos em metros: 1250, 820, 950 e 1380. Notou que é reto o ângulo entre os dois primeiros lados medidos. O que se pode fazer nesse sítio?

0-0) Construir sua casa eqüidistante dos quatro lados do terreno.1-1) Cercar o sítio com 2200 estacas, espaçadas de 2m.2-2) Abrir porteiras nos pontos A, B, C e D, situadas no centro de cada lado do sítio e abrir estradas retas entre as porteiras de lados adjacentes. Tais estradas formarão um paralelogramo.3-3) Plantar culturas diferentes dentro e fora do quadrilátero formado pelas estradas de porteira a porteira, e tais plantações ocuparão áreas iguais.4-4) Abrir estradas retas da casa a cada porteira, e todas elas terão o mesmo comprimento.

Comentário0-0) Já que o quadrilátero é circunscrível (ver soma dos lados opos-tos).1-1) O perímetro é 4 4002-2) É válido para qualquer quadrilátero.3-3) A área do paralelogramo deve ser metade da área do quadriláte-ro.4-4) Tendo em vista que a distância do centro da circunferência inscri-

GEOMETRIA GRÁFICA

Alex Pereira, Tiago Guimarães, Valdemar Santos

ta aos pontos médios dos lados não é igual.Gabarito: VVVVF

09. Os dois sólidos estão representados em isometria. A seu respeito podemos afirmar:

0-0) Têm o mesmo volume.1-1) Têm a mesma área superficial.2-2) Têm o mesmo comprimento total de arestas.3-3) Tem cada um deles cinco arestas paralelas entre si.4-4) Tem cada um deles três faces em planos paralelos.Comentário0-0) Observação da figura.1-1) 1º sólido: 10 quadrados e 3 retângulos diagonais.2º sólido: 11 quadrados e 1 retângulo diagonal.2-2) 1º sólido: 14 arestas e 6 diagonais do cubo.2º sólido: 17 arestas e 2 diagonais.3-3) No 1º, temos 5 arestas horizontais paralelas, e, no 2º, 5 arestas verticais.4-4) No 1º, 3 faces verticais paralelas, mas, no 2º, não há 3 faces em planos paralelos.

Gabarito: VFFVF

10. O canteiro de uma praça tem a forma do setor circular (ABC). Pretende-se instalar nele uma fonte luminosa eqüidistante dos três lados. Onde estará o ponto para instalar a fonte em tal condição?

0-0) Não há ponto eqüidistante dos três lados do setor.1-1) No centro de uma circunferência tangente aos segmentos (AC) e (BC) e ao arco (AB).2-2) Na interseção da corda (AB) com a bissetriz do ângulo em C.3-3) No ponto médio do raio do arco (AB) que é bissetriz do ângulo em C.4-4) Na interseção da bissetriz do ângulo em C com duas parábolas, uma passando em A e outra em B.

Comentário0-0) Temos os três lugares geométricos que se encontram em um mesmo ponto.1-1) A circunferência inscrita no setor circular é tangente aos seus lados retos e ao lado curvo.2-2) Temos o tal ponto mais perto do lado curvo do que dos lados retos.3-3) Tal ponto está mais perto dos lados retos do que o lado curvo do setor circular.4-4) Verdadeira.

Gabarito: FVFFV

11. Uma moeda circular precisa ser cunhada, contendo na sua face todo o quadrilátero (ABCD). A respeito da menor moeda possível que contenha a figura, podemos afirmar:0-0) A, B e C são pontos da sua circunferência.1-1) Três dos vértices do quadrilátero são pontos da sua circunferên-cia.2-2) Os quatro vértices são pontos da sua circunferência.3-3) A e C são pontos da sua circunferência.4-4) Uma das diagonais de (ABCD) é diâmetro da moeda.

ComentárioComentário:(0-0), (1-1) e (2-2) Temos: só A e C pertencem à menor circunferência.3-3) Verdadeira.4-4) AC é diâmetro da menor moeda.Gabarito: FFFVV

12. A figura abaixo representa um dodecaedro regular em simetria quinária. A respeito das diagonais de face deste poliedro podemos afirmar:

0-0) 20 diagonais de face do poliedro estão em verdadeira grandeza.1-1) O dodecágono que limita o dodecaedro, na figura, é regular.2-2) Apenas duas faces do dodecaedro estão em verdadeira grande-za.3-3) O diâmetro de uma esfera circunscrita ao dodecaedro é igual ao dobro da medida da sua aresta.4-4) 12 diagonais de face do poliedro estão em verdadeira grandeza.

Comentário

O dodecaedro possui 12 faces pentagonais regulares, e cada pentá-gono possui 5 diagonais. Na simetria quinária, duas faces estão em verdadeira grandeza (VG). Logo, as diagonais dessas faces vão estar todas em verdadeira grandeza.Cada diagonal do pentágono é paralela a um dos lados. Como cada face tem cinco lados e tem duas faces em verdadeira grandeza, vão existir 10 diagonais em verdadeira grandeza em relação às outras faces. Logo, na simetria quinária, 20 diagonais estão em verdadeiragrandeza. Assim, temos:0-0) Verdadeira.1-1) Falsa. 10 é o número de diagonais em verdadeira grandeza dos dois pentágonos paralelos ao plano de projeção na simetria quinária.2-2)Verdadeira. Apenas os dois pentágonos regulares concêntricos e paralelos do dodecaedro, na figura, se projetam em VG na simetria quinária.3-3) Falsa. De verificação direta na figura.4-4) Falsa, pois 12 é o número de faces do poliedro e cada face tem 5 diagonais.Gabarito: VFVFF

13. Os pontos A, B e C da figura abaixo são três dos vértices de um quadrilátero convexo (ABCD) que circunscreve uma circunferência de raio igual a 2,5 cm. A seu respeito, podemos afirmar que:

0-0) O ângulo em A e o ângulo em C são suplementares.1-1) O lado (AD) mede ≈2,0 cm.2-2) (CD) = ((AB) + (BC)) – (AB)3-3) (AC) = (BD)4-4) O quadrilátero é circunscritível e inscritível.

Comentário0-0) Observamos na figura que Aˆ + Cˆ 180º1-1) Verdadeira, a partir da justificativa acima.2-2) Condição da circunscrição de um quadrilátero.3-3) O quadrilátero deveria ser retângulo, quadrado ou trapézio isósceles.4-4) Ângulos internos não suplementares.Gabarito: FVVFF

14. Observe a circunferência de centro O da figura abaixo e considere o ponto P fixo. Nesta situação é possível afirmar:

0-0) Uma corda (PQ) da circunferência, oposta a um ângulo central de 60º, também é oposta a um arco capaz de 120º.1-1) Para a corda (PR) da circunferência igual a 4 cm, o ângulo inscri-to (PXR ) é superior a 40º.2-2) Para a corda (PS) da circunferência igual a 5 cm, o ângulo cen-tral (POS) é agudo.3-3) Se três cordas, (PS), (ST) e (PT), determinam um triângulo eqüilátero inscrito na circunferência, o arco (PTS) é “capaz de ver” o segmento (PT) sob um ângulo de 60º.4-4) Quando o ângulo (PUV) mede 90º, a corda (PV) mede 6 cm.ComentárioUma corda divide uma circunferência em dois arcos. Cada arco deste é capaz de um ângulo inscrito. Cada corda da circunferência determi-nará um triângulo isósceles cujos lados iguais terão a medida do raio da circunferência. O ângulo central e, consequentemente, o ângulo inscrito ficam, então determinados.0-0) Verdadeira.1-1) Verdadeira.2-2) Falsa. O ângulo é de 112,89º.3-3) Verdadeiro.4-4) Verdadeiro, constituindo um arco capaz de 90º; 6 cm é o diâme-tro da circunferência.Gabarito: VVFVV

15. Uma peça, recortada de um paralelepípedo retângulo, está re-presentada em isometria na figura abaixo. Desenhe a vista ortogonal superior dessa peça, na folha de respostas, justificando o traçado.

ComentárioApós traçar a vista, o candidato deverá justificar a obtenção das medidas, que poderão ser tomadas em verdadeira grandeza nas direções das arestas do paralelepípedo circunscrito.

16. A fachada de um prédio tem largura de 12m. Na folha de respos-tas, trace um segmento de reta que represente, em planta na escala de 1/200, a linha de fachada desse prédio. Localize na planta todos os pontos que estão a 8m do ponto médio da fachada, e dos quais esta fachada seja observada sob ângulo de 60º. Justifique o traçado.

ComentárioNão há problema em traçar um segmento de fachada, com 6 cm, na folha de respostas. Determinando seu centro, o lugar geomé-

trico dos pontos dele distante de 8m será, em planta, uma circun-ferência de raio 4cm. O lugar geométrico dos vértices dos ângulos de 60º cujos lados passam pelos pontos extremos da fachada será um arco capaz. A interseção dos dois lugares geométricos se dará em dois pontos, solução da questão.

Essa questão equivale á construção de um triângulo, dado por um lado, pelo ângulo oposto a esse lado, e pela mediana relativa ao mesmo lado.Após traçar a vista, o candidato deverá justificar a obtenção das medidas, que poderão ser tomadas em verdadeira grandeza nas direções das arestas do paralelepípedo circunscrito.