BLAVATSKY, H. P. - A Historia de Um Planeta

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    A HISTRIA DE UM PLANETAH. P. BLAVATSKY

    Nenhuma est r el a, ent r e mi r ades que ci nt i l am no cu escur o do espaosi der al , br i l ha t ant o quant o o pl anet a Vnus - - nem mesmo S r i o- Sot hi s, aest r el a- co, amada por si s. Vnus a r ai nha dos pl anet as, a j i a dacoroa de nosso si st ema sol ar. a i nspi r ao do poet a, guardi ecompanhei r a do co past or sol i t r i o, a encant adora est r el a da manh e aest r el a vesper t i na. Poi s, "est r el as ensi nam, t ant o quant o br i l ham",embor a seus segr edos ai nda no t enham si do cont ados e r evel ados mai or i ados homens, i ncl usi ve os ast r nomos. So r eal ment e "bel eza e mi st ri o".Mas"onde h mi st r i o, supe- se haver t ambm o mal " , di z Byr on. O mal ,port ant o, f oi det ectado pel a f ant asi a humana i ncl i nada para o mal , at mesmo nos ol hos l umi nosos que esprei t am nosso per verso mundo at r avs dovu de t er . Dessa f orma, assi m como homens e mul her es, passar am aexi st i r t ambm est r el as e pl anet as di f amados. Com mui t a f r eqnci a, ar eput ao e a sor t e de um homem ou gr upo so sacr i f i cadas para benef i ci arout r o homem ou gr upo. Ass i m como na t er r a, embai xo, no cu, em ci ma,e Vnus, o pl anet a- i r m de nossa Ter r a, 1 f oi sacr i f i cada pel a ambi o de

    nosso pequeno gl obo par a most r ar est e como o pl anet a "escol hi do" doSenhor . El a t ornou- se o bode expi atr i o, Azazi el do domo est r el ado, dospecados da Ter r a ou mel hor par a os que per t encem a uma cer t a cl asse daf am l i a humana - - o cl er o - - que cal uni ou a or be br i l hant e a f i m depr ovar o que sua ambi o l he suger i a como o mel hor mei o de al canar podere exer ci t - l o resol ut ament e sobr e as massas super st i ci osas e i gnar as.I st o ocor r eu dur ant e a I dade Mdi a. E agor a o pecado devol ve a ment i r a napor t a dos cr i st os e seus i nspi r ador es, os ci ent i st as, apesar de o er r ot er si do com sucesso el evado subl i me posi o de um dogma r el i gi oso,como o f or am t ant as out r as f i ces e i nvenes. De f ato, t odo o mundosi deral , os pl anetas e seus r egent es - - os deuses ant i gos do pagani smopot i co - - o sol , a l ua, os el ement os e t oda a host e de mundosi ncal cul vei s - - pel o menos os que er am conheci dos pel os Pai s da I gr ej a -- compar t i l haram a mesma sor t e. Todos f oram di f amados e endemoni ados pel oi nsaci vel desej o de pr ovar um i nsi gni f i cant e si st ema t eol gi co - -const r u do a part i r de ant i gos mater i ai s pagos - - como sendo o ni cocorr et o e sagr ado, est ando t odos os que o pr ecederam ou segui r amcompl etament e er r ados. Nos pedem para acredi t ar que o sol , as est r el as eo pr pr i o ar t ornar am- se pur os e " r edi mi dos" do pecado or i gi nal e doel ement o sat ni co do pagani smo soment e aps o ano I d. C. A escol st i ca eos escol i ast as, cuj o esp r i t o "desdenha a i nvest i gao l abor i osa e adeduo morosa", most r aram, para a sat i sf ao da i nf al vel I gr ej a, quet odo o Cosmos encont r ava- se sob o poder de Sat - - um esf ar r apado el ogi oa Deus - ant es do ano da nat i vi dade; e os cr i st os t i ver am de acr edi t ar ouser condenados. Ent r et ant o, nunca o sof i sma e o casu smo sut i l most r ar am-se de f or ma t o evi dent e, em sua ver dadei r a l uz, como nas quest es do ex-sat ani smo e, mai s t arde, na r edeno dos vr i os cor pos cel est es. A pobr e

    e bel a Vnus l evou a pi or nessa guer r a di t a di vi na de pr ovas, e de f ormamai s i nt ensa que qual quer um de seus col egas si derai s. Enquant o a hi st ri ados out r os sei s pl anet as e sua gradual t r ansf ormao de deuses greco-ar i anos em demni os sem t i cos e, f i nal ment e, em "at r i but os di vi nos dosset e ol hos do Senhor" , conheci da apenas pel as pessoas educadas, a deVnus- Lci f er t or nou- se uma hi st r i a domst i ca at mesmo nos pa sescat l i cos r omanos mai s i l et r ados. Est a hi st ri a deve agor a ser cont ada emf avor dos que negl i genci ar am sua mi t ol ogi a ast r al . Vnus, car act er i zadapor Pi t gor as como l t er sol , um segundo Sol , em vi r t ude de sua magn f i car adi nci a - - no i gual ada por nenhum out r o pl anet a - - f oi a pr i mei r a a

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    chamar a at eno dos ant i gos t eogoni st as. Ant es de comear a ser chamadade Vnus, era conheci da na t eogoni a pr - hesi odi ana como Esf oro ( ouFsf oro) e Hsper o, a f i l ha da aur or a e do cr epscul o. Em Hes odo, al mdi sso, o pl anet a decompost o em doi s ser es di vi nos, doi s i r mos - -Esf oro ( Lci f er dos l at i nos) a manh, e Hsper o, a est r el a vesper t i na.So f i l hos de Ast r eu e Eos, o cu est r el ado e a aur ora, e t ambm deCf al o e Eos ( Teog: 381, Hyg. Poet . Ast r on. 11, 42) . Pr el l er , ci t ado porDecharme, most r a Faet ont e i dnt i co a Fsf oro ou Lci f er ( Gr ech. Myt hol :I , 365) . E, i nvocando a aut or i dade de Hes odo, t ambm t r ansf orma Faetont eem f i l ho das duas l t i mas di vi ndades - - Cf al o e Eos. Or a Faet ont e ouFsf or o, a "or be l umi nosa da manh", l evado f ora na j uventude porAf r odi t e ( Vnus) que f az del e o guardi o notur no de seu sant ur i o ( Teog:987991) . El e a " br i l hant e est r el a da manh" ( ver Apocal i pse de J oo,XXI I , 16) amado por sua l uz r adi ant e pel a Deusa do Amanhecer , Auror a,que, apesar de gr adual ment e ecl i psar a l uz de seu amado, parecendo assi mcausar sua ani qui l ao, o f az r eapar ecer noi t e no hor i zont e, onde el et oma cont a dos por t es do cu. De manh , Fsf or o "sur gi do das guas doOceano, el eva no cu sua sagr ada cabea par a anunci ar a apr oxi mao dal uz di vi na" ( I l i ad, XXI I I , 226; Odi ss: XI I I , 93; Vi r g: Enei da, VI I I , 589;Myt hol . de l a Gr ce Ant i que: 247) . El e t em uma t ocha na mo e voa pel o

    espao, uma vez que precede o car r o de Auror a. Ao ent ar decer t or na- seHspero "a mai s espl ndi da das est r el as que br i l ham na abboda cel est e"( I l ad, XXI I . 317) . El e o pai das Hespr i des, as guar di s das mas deour o, j unt ament e com o Dr ago; o bel o gni o dos cachos dour ados, cant adoe gl or i f i cado em t odo ant i go epi t al mi o ( cant os nupci ai s dos pr i mei r oscr i st os e dos gr egos pagos) ; el e que, ao cai r da noi t e, conduz ocort ge nupci al e ent r ega a noi va nos br aos do noi vo. ( Carmen Nupt i al e.Ver Myt hol . de 1a Gr ce Ant i que, Dechar me) . At aqui no par ece haver umaposs vel anal ogi a conci l i at r i a ent r e est a per soni f i cao pot i ca daest r el a, um mi t o pur ament e ast r onmi co, e o Sat ani smo da t eol ogi a Cr i st .De f ato, a nt i ma conexo ent r e o pl aneta enquant o Hspero, a est r el avesper t i na, e o J ardi m do den grego com seu Dr ago e mas de ouro pode,com uma cer t a i magi nao, suger i r al gumas dol or osas compar aes com ot er cer i o cap t ul o de Gnesi s. Mas i st o i nsuf i ci ent e par a j ust i f i car aconst r uo de um mur o t eol gi co de def esa cont r a o pagani smo, f ei t o dedi f amao e m i nt er pret ao. Mas de todos os evemer i smos gr egos,Lci f er - Esf or o , t al vez, o mai s compl i cado. O pl anet a t ornou- se, com osl at i nos, Vnus ou Af r odi t e- Anadi mene, a Deusa nasci da da espuma, a "MeDi vi na", i dnt i ca a Ast ar t i a f en ci a ou a Ast ar ot j udi a. Er am t odaschamadas " Est r el a da Manh" e Vi r gens do Mar ( da Mar i a) , o gr andeAbi smo, t t ul os dados hoj e pel a I gr ej a Romana sua Vi r gem Mari a. Todasest avam l i gadas l ua e f ase cr escent e, ao Dr ago e ao pl anet a Vnus,uma vez que a me de Cr i st o est ava r el aci onada a t odos est es at r i but os.Se os mar i nhei r os f en ci os carr egavam f i xa na pr oa de seus navi os ai magem da deusa Ast art i a ( ou Af r odi t e, Vnus Er i ci na) e observavam aest r el a vesper t i na e da manh como sua est r el a gui a, " o ol ho de sua Deusame" , o mesmo f azem os vel ej adores da I gr ej a Cat l i ca Romana at hoj e.

    El es pr endem uma Madona na proa de sua nave e a Vi r gem Mar i a abenoada chamada "Vi r gem do Mar" . A pat r ona acei t a dos mari nhei r os cr i st os, suaest r el a, "Est r el a do Mar" et c. surge na l ua crescent e. Como as Deusaspags ant i gas, a "Rai nha do Cu" e a " Est r el a da Manh" , exat ament ecomo el as o eram. Se i sso expl i ca al go, dei xado sagaci dade do l ei t ordeci di r . No ent ant o, Lci f er - Vnus nada t em a ver com escur i do e t udocom l uz. Quando chamado Lci f er, o "por t ador da l uz", o pr i mei r o rai or adi ant e que dest r i a escur i do l et al da noi t e. Quando chamado Vnus, opl anet a- est r el a t orna- se s mbol o do amanhecer , a cast a Aur ora. Opr of essor Max Ml l er acer t adament e conj et ur a que Af r odi t e, nasci da no

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    mar , a per soni f i cao do Rai ar do Di a, e o mai s encant ador si gno naNatur eza ( "Ci nci a da Li nguagem") poi s, ant es de sua natur al i zao pel osgr egos, Af r odi t e er a a Natur eza per soni f i cada, a vi da e a l uz do mundopago, como pr ova a bel a i nvocao Vnus de Lucr ci o, ci t ada porDechar me. El a a di vi na Nat ur eza em sua i nt ei r eza, Adi t i - Pr akri t i ant esde t or nar - se Lakshmi . a Nat ur eza di ant e de cuj o rost o magest oso e bel o" os vent os sopr am, o si l enci oso cu der r ama t or r ent es de l uz e as ondasdo mar sor r i em" ( Lucr ci o) . Quando r ef er i da como a deusa s r i a Ast ar t i a,a Ast arot de Hi eropol i s, o r adi ant e pl anet a f oi per soni f i cado como umamagest osa mul her , segur ando em uma das mos uma t ocha, em out r a, umi nst r ument o cur vo na f or ma de cr uz. ( Vi de De Dea Syr i , de Luci an e DeNat . Deor um, de Ci cer o, 3 c. 23) . Fi nal ment e, o pl aneta r epr esent adoast r onomi cament e como um gl obo equi l i br ado sobr e a cr uz - - um s mbol o aoqual di abo al gum gost ari a de ser associ ado - - enquant o o pl aneta Ter r a um gl obo com uma cr uz sobr e el e. Mas, ent o, est as cr uzes no sos mbol os do Cr i st i ani smo, mas a cr ux ansat a eg pci a, at r i but o de si s( que Vnus e Af r odi t e, e t ambm Natur eza) ou o pl anet a; o f ato de a

    Ter r a t er a cr ux ansat a r ever t i da t em gr ande si gni f i cado ocul t o, nohavendo necess i dade de t r at ar di sso no moment o. Or a, o que di z a I gr ej a ecomo el a expl i ca a "t er r vel associ ao"? A I gr ej a acredi t a no di abo,

    nat ur al ment e, e no pode dar - se ao l uxo de per d- l o. "O Di abo opr i nci pal pi l ar da I gr ej a" conf essa despudoradament e um def ensor2 daEccl esi a Mi l i t ans. "Todos os gnst i cos Al exandr i nos f al am- nos da quedados Eons e seus Pl eromas ( pl eni t ude) , e t odos at r i buem est a queda aodesej o de conhecer " , escr eve out r o vol unt ri o do mesmo exr ci t o,cal uni ando os Gnst i cos, como sempr e, e i dent i f i cando o desej o deconhecer ou ocul t i smo, magi a, com o Sat ani smo. 3 E ent o, i medi at ament e,el e ci t a a Phi l osophi e de l ' Hi st oi r e de Schl egel par a most r ar que os set er ei t or es ( pl anet as) de Pymander , "desi gnados por Deus par a cont er o mundof enomenal em seus s et e c r cul os, per di dos de amor por sua pr pr i abel eza4, passar am a admi r ar a si mesmos com t amanha i nt ensi dade que, porcausa dest a aut o- adul ao or gul hosa, f i nal ment e ca r am" . Tendo aper ver si dade aber t o cami nho ent r e os anj os, a mai s bel a cr i at ur a de Deus"r ebel ou- se cont r a seu Cr i ador ". Est a cr i at ur a na f ant asi a teol gi caVnus- Lci f er ou mel hor o Esp r i t o ou Regent e i nf ormant e daquel e pl aneta.Est e ensi nament o basei a- se na segui nt e especul ao. Os t r s heri spr i nci pai s da gr ande cat st r of e si deral menci onada em Apocal i pse so,segundo t est emunho dos padr es da I gr ej a - - "o Verbo, Lci f er seuusur pador ( ver edi t or i al ) e o gr ande Ar canj o que o conqui st ou", cuj os" pal ci os" ( as "casas" como as denomi nam a ast r ol ogi a) so o Sol , Vnus-Lci f er e Mercr i o. I sso bast ant e evi dent e, uma vez que a posi odest as or bes no si st ema Sol ar corr esponde em sua ordem hi errqui ca a dos" heri s" no Cap t ul o xi i de Apocal i pse "seus nomes e dest i nos( ?) sendoi nt i mament e r el aci onados no si st ema t eol gi co ( exot r i co) com est es t r sgr andes nomes metaf si cos". ( Memoi r , Mi r vi l l e, para a Academi a da Frana,sobr e gol pes de Esp r i t os e Demni os) . O r esul t ado di sso f oi que a l endat eol gi ca tornou Vnus- Lci f er a esf era e o dom ni o do ca do Ar canj o ou

    Sat di ant e de sua apost asi a. Convocados a r econci l i ar est a af i r mao comout r o f at o, o de que a met f ora da "est r el a da manh" apl i cada a J esuse sua Vi r gem me e que o pl anet a Vnus- Lci f er i ncl u do, al m di sso,ent r e as "est r el as"dos set e esp r i t os pl anet r i os r ever enci ados pel osCat l i cos Romanos5 sob novos nomes, os def ensor es dos dogmas e cr enasl at i nas r espondem da segui nt e manei r a: "Lci f er , o ci ument o vi zi nho doSol ( Cr i st o) di sse a si mesmo com gr ande or gul ho: ' Eu subi r ei t o al t oquant o el e! ' El e f oi f r ust r ado em seu pl ano por Mercri o, embor a o br i l hodest e [ que So Mi guel ] t ambm t enha se perdi do no f ogo f ul gurant e dagrande orbe Sol ar como o seu pr pr i o e embor a, como Lci f er , Mer cr i o

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    sej a apenas assessor e guarda de honr a do Sol . " ( I bi d. ) Guardas de" desonr a" agor a, caso os ensi nament os t eol gi cos cr i st os f or emver dadei r os. Mas aqui ent r a o casco f endi do dos J esu t as. O ardent edef ensor da Demonol at r i a Cat l i ca Romana, ao mesmo t empo ador ador dosset e esp r i t os pl anet r i os, f i nge gr ande espant o di ant e das coi nci dnci asent r e as ant i gas l endas pags e cr i st s, ent r e a f bul a sobr e Mer cr i o eVnus e as ver dades hi st ri cas cont adas sobr e So Mi guel - - o "anj o daf ace" - - , a cpi a t er r est r e ou f er ouer de Cr i st o. El e os apont a di zendo:" . . . como Mer cr i o, o ar canj o Mi guel , o ami go do Sol , seu f er ouer, seuMi t r a, t al vez, poi s Mi guel um gni o psi copompo, que l eva as al massepar adas at suas desi gnadas mor adas e, como Mi t r a, o conheci doadver sr i o dos demni os. " I st o demonst r ado pel o l i vro dos nabat eusr ecent ement e descobert o ( por Chwol son) , no qual o Mi t r a zoroast r i ano chamado o "gr ande i ni mi go do pl anet a Vnus" 6. ( I bi d p. 160. ) H al goni sso. Uma cndi da conf i sso, dest a vez, da perf ei t a i dent i dade daspers onagens cel est i ai s e do empr st i mo de t odas f ont es pags. cur i oso,seno descar ado. Enquant o nas mai s ant i gas al egor i as mazde st as Mi t r aconqui st a o pl anet a Vnus, na t r adi o cr i st Mi guel der r ot a Lci f er , eambos r ecebem, como espl i o de guer r a, o pl anet a da dei dade subj ugada.Mi t r a [ di z Dol l i nger ] , possu a, nos di as de ant anho, a est r el a de

    Mercr i o, si t uada ent e o sol e a l ua, mas r ecebeu o pl aneta doconqui st ado, e desde sua vi t r i a el e i dent i f i cado com Vnus".( "J udai sme and Pagani sme, " Vol . I I . , p. 109. t r ad. f r anc. ) "Na t r adi ocr i st ", acr escent a o er udi t o mar qus, "a St . Mi guel conf er i do, no Ce,o t r ono e o pal ci o do i ni mi go que subj ugou. Al m di sso, como Mercr i o,dur ant e os pr speros di as do pagani smo, que t r ansf ormaram em sagr ado paraest e deus [ demni o] t odos os pr omont r i os da t er r a, o Ar canj o o pat r onodo mesmo em nossa r el i gi o". I st o si gni f i ca, se que si gni f i ca al go, queagora pel o menos Lci f er - Vnus um pl anet a sagr ado e no si nni mo deSat, j que So Mi guel t ornou- se seu herdei r o l egal . As consi deraesant er i or es so concl u das com a segui nt e f r i a r ef l exo: " evi dent e que opagani smo ut i l i zou ant es, e de f orma maravi l hosa, t odos os r ecur sos ecar act er st i cas do pr nci pe da f ace do Senhor ( Mi guel ) ao apl i c- l os aest e Mercr i o, ao Hermes- Anubi s eg pci o e a Hermes- Chr i st os dosGnst i cos. Cada um dest es f oi r epr esent ado como o pr i mei r o dent r e osconsel hei r os di vi nos e o deus mai s prxi mo do sol , qui s ut Deus" . Est est t ul os, com t odos seus at r i but os, t or nar am- se os de Mi guel . Os bonsPadr es, os Mest r es Maons do t empl o da I gr ej a do Cr i st i ani smo, r eal ment esabi am como ut i l i zar mater i al pago em seus novos dogmas. O f at o quebast a exami nar cer t os car t uchos eg pci os, menci onados por Rossel l i ni( Egypt e, Vol . I . , p. 289) , par a descobr i r que Mer cr i o ( a r pl i ca deS r i o em nosso si st ema sol ar ) Sot hi s, pr ecedi do pel as pal avr as " sol e" e"sol i s cust ode, sost egnon dei domi nant i , i l f or t e gr ande dei vi gi l ant i "," vi gi a do sol , sust ent cul o dos dom ni os e o mai s f or t e de t odos osvi gi l ant es". Todos est es t t ul os e at r i but os so agor a do Ar canj o Mi guel ,que os herdou dos demni os do pagani smo. Al m di sso, vi aj ant es em Romapodem t est emunhar a maravi l hosa pr esena na est t ua de Mi t r a, no

    Vat i cano, dos s mbol os cr i st os mai s conheci dos. Os m st i cos vangl ori am-se di sso. El es i dent i f i cam "na cabea do l eo e nas asas da gui a, os mbol o do cor aj oso Seraf i m, o mest r e do espao ( Mi guel ) ; em seu caduceu,a l ana; nas duas ser pent es enr ol adas em t orno do corpo, a l ut a ent r e ospr i nc pi os do bem e do mal e, sobr et udo, nas duas chaves que Mi t r asegur a, como So Pedr o, as chaves com que est e pat r ono- Seraf i m do l t i moabr e e f echa os por t es do Cu, ast r a cl udi t et r ecl udi t ". ( Mem. p. 162. )Resumi ndo, o que f oi di t o aci ma most r a que o romance t eol gi co de Lci f erf oi const r u do com base nos vr i os mi t os e al egor i as do mundo pago, nose t r at ando de dogma r evel ado, mas s i mpl esment e de um dogma i nvent ado

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    para sust ent ar a supers t i o. Mercr i o sendo um dos assessor es do Sol ouo ci nocf al o dos eg pci os e o co- gui a do Sol , l i t er al ment e, o out r o eraEsf ero, o mai s bri l hant e dos pl anet as, "qui mane or i ebari s" , que sel evant a cedo, ou o gr ego. Foi i dent i f i cado com Amon- r a, o port ador da l uzdo Egi t o, chamado por t odas as naes de "o segundo nasci ment o da l uz" ( opr i mei r o sendo Mer cr i o), o i n ci o de suas ( do Sol ) f or mas de sabedori a,o Ar canj o Mi guel sendo t ambm r ef er i do como pr i nci pi um vi arum Domi ni .Assi m, uma per soni f i cao pur ament e ast r onmi ca, const r u da a part i r deum si gni f i cado ocul t o que ni ngum at aqui par ece t er r esol vi do f or a dasabedor i a or i ent al , t or nou- se agora um dogma, par t e i nt egr al da revel aocr i st . Uma canhest r a t r ansf er nci a de per sonagens no adequada t ar ef a de f azer pessoas que r aci oci nam acei t arem em um e mesmo gr upot r i ni t r i o o " Ver bo" ou J esus, Deus e Mi guel ( com a Vi r gem ocasi onal ment eo compl et ando) por um l ado, e Mi t r a, Sat e Apol o- Abaddon por out r o: t udoao capr i cho e sabor dos Escol i ast as Catl i cos Romanos. Se Mercr i o eVnus ( Lci f er ) so ( ast r onomi cament e em sua r evol uo em t orno do Sol )os s mbol os de Deus Pai , Fi l ho e de seu Vi gri o, Mi guel , o " Dr ago-Conqui st ador" , na l enda cr i st , por que deveri am ao ser em chamados deApol o- Abaddon, o "Rei do Abi smo", Lci f er , Sat ou Vnus - - t ornar - sei medi at ament e di abos e demni os? Se nos di t o que ao "conqui st ador " ou

    " Mercr i o- Sol " ou novament e a So Mi guel do Apocal i pse, f oram dados osespl i os do anj o conqui st ado, a saber, seu pl anet a, por que dever i a oopr br i o cont i nuar a ser associ ado a uma const el ao t o pur a? Lci f er agora o "Anj o da Face do Senhor "7 por que "est a f ace est espel hada nel e".Pensamos, ao cont r ri o, que porque o Sol r ef l et e seus r ai os em Mercr i ocom i nt ensi dade set e vezes mai or do que o f az sobr e a Ter r a e duas vezesem Lci f er - Vnus: o s mbol o cr i st o pr ova novament e sua or i gemast r onmi ca. Mas sej a pel o aspecto ast r onmi co, m st i co ou si mbl i co,Lci f er t o bom quant o qual quer out r o pl anet a. Apr esent ar como pr ova deseu car t er demon aco e i dent i dade com Sat a conf i gurao de Vnus que,em sua f ase cr escent e, t em a apar nci a de um cor no cor t ado no f az omenor s ent i do. Mas r el aci onar i st o com os cor nos do "Dr ago M st i co" doApocal i pse - - "um dos quai s f oi quebr ado"8 - - como os doi s demonl ogosf r anceses, o Marqus Mi r vi l l e e o Caval hei r o Mousseaux, def ensor es daI gr ej a mi l i t ant e, quer em que seus l ei t or es acr edi t em na segunda met ade denosso pr esent e scul o - - si mpl esment e um i nsul t o ao pbl i co. Al mdi sso, o Di abo no f oi dot ado de cor nos seno no quar t o scul o da er acr si t . uma i nveno pur ament e pat r st i ca que sur gi u de seu desej o der el aci onar o deus P e os pagos Fauno e St i r o sua l enda sat ni ca. Osdemni os do Pagani smo no t i nham cor nos e er am t o dest i t u dos de caudaquant o o Ar canj o Mi guel na i mgi nao de seus ador ador es. Os " cornos" eramno si mbol i smo pago um embl ema do poder di vi no, da cr i ao e daf er t i l i dade na nat ur eza. Da os cor nos da cabr a de Amon, de Baco e deMoi ss nas medal has ant i gas, e os cor nos da vaca de si s e Di ana et c. ,et c. , e do Senhor Deus dos Pr of et as de I sr ael . Poi s Habacuque f ornecepr ovas de que est e si mbol i smo er a acei t o pel o "povo escol hi do" e pel osgent i os. No cap t ul o I I I est e pr of eta f al a do "Sant o do mont e Par , do

    Senhor Deus que "vem de Tem e cuj o r espl endor como a l uz" , e que t i nha" cor nos sai ndo de suas mos" . Quando l - se, al m di sso, o t ext o hebr eu deI sa as e descobr e- se que Lci f er no menci onado em t odo o Cap t ul oXI V. , v. 12, mas si mpl esment e Hi l el , " uma est r el a br i l hant e",di f i ci l ment e podemos dei xar de nos per guntar por que pessoas educadasai nda so i gnorant e o bast ant e no f i nal de nosso scul o para associ ar umr adi ant e pl anet a - - ou qual quer out r a coi sa na nat ur eza ao DI ABO!

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    1 Vnus uma segunda Ter r a", af i r ma Reynaud em Ter r e et Ci el ( p. 74) ," t ant o assi m que h al i t odas as comuni caes poss vei s ent r e os doi spl anetas, seus habi t ant es podem t omar suas r espect i vas t err as pel os doi shemi sf ri os do mesmo mundo, . . . El es parecem no cu duas i r ms.Semel hantes em conf or mao, est es doi s mundos so t ambm seml hant es nocar t er at r i bu do a el es no Uni ver so".

    2 Assi m f al ou Mousseaux. "Mur s et Prat i ques des Demons. " p. X - -corr oborado pel o Cardeal Vent ur a. O Di abo, di z el e, " um dos gr andesper sonagens cuj a vi da est i nt i mament e l i gada I gr ej a; e sem el e. . . aqueda do homem no poderi a t er ocor r i do. No f ora por el e ( o Di abo) , oSal vador , o Redent or , o Cr uxi f i cado seri a nada mai s que um r i d cul osuper numer r i o e a Cr uz um i nsul t o ao bom senso". E se assi m f or , t er emosque agr adecer ao pobr e Di abo.

    3 Mi r vi l l e. "Nem Di abo nem Cr i st o", el e excl ama.

    4 Est a apenas out r a ver so de Narci so, a v t i ma gr ega de sua pr pr i abel a apar nci a.

    5 O f amoso t empl o dedi cado aos Set e Anj os em Roma e const r u do porMi chel angel o em 1561, ai nda se encont r a l , e chamado agora de " I grej ade Sant a Mar i a dos Anj os" . Nos mi ssai s ant i gos r omanos i mpr essos em 1563- - um ou doi s dos quai s pode ser vi st o no Pal azzo Barber i ni - - pode- seencont r ar o ser vi o r el i gi oso ( of ci o) dos set e anj os e seus ant i gos eocul t os nomes. Que os "anj os" so os Rei t ores pagos s ob di f er ent es nomes- - t endo os j udeus subst i t u do os nomes gregos e l at i nos - - dos set epl anet as est pr ovado pel o que o Papa Pi o V af i r mou em sua Bul a ao Cl eroEspanhol , permi t i ndo e i ncent i vando a adorao dos set e esp r i t os dasest r el as. "No se pode exal t ar suf i ci ent ement e est es set e r ei t or es domundo, r epr esent ados pel os set e pl anet as, uma vez que conf or t ant e paranosso scul o t est emunhar pel a gr aa de Deus o cul t o dest as set e l uzesardent es e dest as set e est r el as r eassumi ndo t odo o seu l ust r o nar epbl i ca cri s t". ( Les Sept Espr i t s et l ' Hi st oi r e de l eur Cul t e;Mi r vi l l e, 2a di sser t ao academi a. Vol . I I . p. 358. )

    6 Her dot o most r ando a i dent i dade de Mi t r a e Vnus, a f r ase em Nabat heanAgr i cul t ur e f oi evi dent ement e mal i nt er pr et ada.

    7 "Tant o na teol ogi a b bl i ca quant o na pag", af i r ma Mi r vi l l e, "o Sol t emseu deus, seu def ensor, e seu usur pador sacr l ego, em out r as pal avr as,seu Or muzd, seu pl aneta Mercr i o ( Mi t r a) e seu Lci f er , Vnus ( ouAhri man) , t omados de seu ant i go mest r e e agor a dado a seu conqui st ador " .( P. 164. ) Por t ant o, Lci f er - Vnus agor a sant o.

    8 No Apocal i pse no h "cor no quebr ado", mas di t o si mpl esment e noCap t ul o XI I I , 3, que J oo vi u "uma de suas cabeas como gol peada demort e". J oo nada sabi a em sua gerao de um di abo "sem cornos" .

    9 As pal avr as l i t erai s usadas e sua t r aduo so: "A k Naphel t a Mi -Shamayi m Hi l l el Ben- Shachar Negdangt a La- Ar et z Chol esch El - Gom" ou "Comopode cai r dos cus, Hi l el , Fi l ho da Manh, como pode ser l anado t er r a,t u que abat es as naes". Aqui a pal avr a, t r aduzi da Lci f er ", , Hi l el ,e seu si gni f i cado "bri l ho respl andescent e ou gl or i oso". Tambm ver dade que devi do a um t r ocadi l ho, a que se pr est am f aci l ment e as

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    pal avras hebr ai cas, o ver bo hi l l el pode t er assumi do o si gni f i cado de"howl " ( ui var ) , da , por uma f ci l der i vao, hi l l el pode sert r ansf or mado em "howl er " ( ui vador ) ou di abo, uma cr i atur a que,ent r etant o, r arament e ouve- se, se que al guma vez, " ui var ". Em seuLxi co Hebr ai co e I ngl s, Ar t . J ohn Par khur st af i r ma: " A t r aduosi r aca dest a passagem a i nt er pr et a como , ' howl ' ; e at J er ni mo observaque el a l i t er al met ne si gni f i ca ' t o howl ' ( ui var ) . ' Por t ant o' , di zMi chael i s, ' eu t r aduzo, ' Howl , Fi l ho da Manh, i st o , t u est r el a depr i mei r a magni t ude' . ". Mas, de qual quer manei r a, Hi l el , o gr ande sbi o er ef or mador j udeu, t ambm pode ser chamado de "howl er" ( ui vador ) e l i gadoao di abo!