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Bl[[ilflNo diq 7 de Abril de 1971, morreu

em Dqr-Es-Sqloqrnr o Cqmorqdq JosinclMochel, com 25 crnos do idqde. Esse diofoi proclomodo e entrou no hisróricr deMoçombique como o Dicr do MulherMoçombiccrncr.

Porquê um dio poro cr mulher lïro-gombiconq?

1975]||0Rït [t f0$tÌil Ít|fiffItl

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No conlexto dcl vidcl nqcionôl' Glmulher foi e oindo é o mqior vítimcldo coloniqlismo e dcl exploroçõo' Omesmo sistemo que oprimiu o homemmoçqmbicqno foi o mesmo sistemq queoprimiu rr mulher.

ïodqvio, devido cr seculqres prêGoh-ceifos que o considerqm inferior oohomem, incopsz de desempenhoÍ GGÍ-tqs torefos, elo o mulher moçombi-ccrncr, explorodo fombém pelo hornem,muitqs Yezes obiecto de comprq evendcr, Íoi e confinucr vítimo de umosobre-exploroção.

É ncrturol, poltonfo, que tenhq sidos moior vítimei do coloniolismo comodissemos otrós e de lodqs os suossequelos desde o obscurontismo croonolfobetismo.

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Porquê o dio da morfe do ComorqdcrJosino Mochel poro Dio do MulherMoçombicclno?

Quem foi

Josino Mochel

Quando pela primeira vezfoi presa pela Polícia Inter-nacional e de Defesa do Es-tado, a Camarada Josina Ma-chel contava dezanove anos.Era estudante e completàrajâ o 4." ano do Curso Geraldo Comércio na EscoÌa Co-mercial Dr. Azevedo e Silva,eni Lourenço Marques. Esta-va integrada no grupo deestudantes nacionalistas quesentiam na carne e no espí-rito as perseguições de queeram vítimas nas escolas se-cundárias. Quase todos cola-boravam ou eram membrosdo Núcleo dos Estudantes Se-cundários Africanos, organi-zaçã,o ligada ao Centro Asso-ciativo dos Negros de Mo-çambique e que teVe comofunclldor o Canlracla Eduar-do Mondlane.

Daquele Núcleo de Estu-dantes saíram muitos jovensanimados de espírito patrió-tico. Alguns foram presos etorturados pela PIDE. Ou-tros lograram fugir para aTanzânia (Tanganyka nessaaltura), onde se filiaram naFrente de Libertação de Mo-çambique. Foi este o caso dosCamaradas Armando Guebu-za e Mariano Matsinhe, entreoutros.

A Camarada Josina Ma-chel tomou parte em muitascampanhas de esclarecimen-to político, levadas a efeito

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Josina Mqchel foi umcr mulher engcr-iodcr fololmenle nq Revoluçõo. Mili-tonte nq clcrndesfinidqde, duos vezesdetido r umq pelo PIDE e oulrq pelosoutoridodes britânicqs r combqfente,orgonizodoro, compcrnheiro e esposo,elo representq rr mulher conscienle,represenfq o vitónio sobre qs omcrrrdsdo trcrdiçõo, simbolizq o totol obnegc-gõo em prgl do Revoluçõo.

No quorfo qniversório dq suq rnorte,Josinq Mqchel confinuo o representoro imogem vivo do úulher liberrcldo,lmogem brilhqnte que fodo q moçrrm-bicqno, nesfq fcrse de reconstruçãonocionql e de endurecimento de f i lei-reis confro o imperiolismo" deveró

' lomor como incenlivo poro o suq colq-

borcçõo e engoiomenfo nos torefospolíricos e qdministrqtivqs do poís,ncr reconstrução nocionol, no engrqn-decimento do Pórritl.

"ot

junto dos estudantes de Lou-renço Marques e de João Be-lo, capital da província deGaza,

A cerrada propaganda le-vada a efeito pela Frente deLibertação de Moçambique,antes do início da luta arma-da, propaganda que visava amobilização política de Mo-çambique, fez com que cente-nas de moçambicanos aban-donassem os seus lares parase i n teg ra rem na F ren te .D ar- Lls-Salaam aparece namentalidade dos jovens comoo símbolo da liberdade.

Foi assim que a CamaradaJosina M a ch e l, juntamentecom outros jovens nacionalis-tas, tentou atingir Dar-Es--Salaam, seguindo para aMaÌvérnia, vila moçambicanajunto à fronteira com a Ro-désia.

Prisão

Foi no mês de Março de1964. A Camarada JosinaMacfrel e seus companheiros,&trâvessaram c I a n destina-ïnente a fronteira da Rodé-dia, e, sempre na clandestini-dade, atingiram Victoria Fal-ls. Os serviços secretos rode-s i a n o s interceptaram-nos et fouxeram-nos de vo l ta aLourenço Marques, onde fo-râiÍr entregues à Políeia In-ternacional e de Defesa doEstado. Victoria Falls, o lo-cal onde foram detidos, ficana fronteira entre a Zàmbiae a Rodésia e é líL oue se

encontram as célebres casca-tas do mesmo nome, forma-das pelas águas do rio Zam-^ IJma ponte sobre o rior ,cabelece a comunicação en-t r e a Z à m b i a e a R o d é s i a .Teria sido apenas uma ques-tão de atravessarem o rio,para terem atingido o seuobjectivo.

A prisão da PIDE, situadano primeiro andar da Peni-tenciária Industrial - Aveni-da Genrral Rosado (Polana)- conìcçou assim a receberestudantes nacionalistas mo-çambicanos e nunca mais severif icaria p au sa naquelasinstalações macabras. Ali, acamarada Josina foi mantidanuma cela disciplinar, inco-municável. Na Vila Algarve,sede da PIDE, foi sujeita amaus tratos e pressões psico-lógicas.

Não tendo conseguido inti-midá-la com a sua brutalitla-de, a Polícia Internacional co-meeou então a utilizar outrosmétodos. P roc urou aliciá-lacom promesas de bolsa de es-tudos em Lisboa. A camara-da . I os ina Mache l r ecusouofertas, o que viria â demo-rar mais ainda os interroga-tórios.

Entretanto, em muitos paí-ses progressistas, a FRELI-MO comeeava a ser hem co-nhecida. A prisão daquelesjovens moeambieanos inrlig.nou a opinião pírhlica dessespaíses e em viúude de pres-sões recehidas, o Governo deSalazar rrâ-sg forcarto a orrle-nar à PIDE que soìte os jo-

vens estudantes. Foi por issoque durou seis meses a prisãoda Camarada Josina. Tudodava a entender que o tempode detenção duraria mais tem-po. Foi solta em Agosto de1964.

Nestr' áno, começa a ser cé-lebre a Polícia Internacionale de D,'fesa do Estado, come-ça a ser sistematizada a per-seguição aos estudantes e àpopulação em geral, começaa ser bem organizada a má-quina repressiva fascista eos nomes de Chico Langa edo Irtspector Rodrigues tor-nam-se símbolos de opressãotal era o zelo que aquelesassassinos da PIDE punhamno desempenho da sua porcamissâo. Chico Langa foi mor-to pela população aquando do? de Setembro em LourençoMarques. Sobre os seus om-bros pesava o assassínio dedezenas de nacionalistas.

ïrobolhoclondestino

No Natal de 1964, a Polí-cia Internacional e de Defe-sa do Estado ficou surpreen-dida com acontecimento queviria a determinar a acele-leração da org,anização da-quela polícia desde o recru-tamento de agentes ao esta-belecimento de informadoresem todos os locais de traba-lho e de educação. No sul deMoçambique apareceram Pan-fletos com os seguintes dize-

res: (Só AOS PONTAPT:SE QUE OS COLONIAL IS -T A S P O R T U G U E S E SABANDONARÃO A NOSSATERRAD. A cidade de Lou-re nç o Marques, part icular-mente, ficou inundada de taispanf le tos, que levávam aassinatura da FRELIMO. Opânico espalhou-se entre oscolonialistas que, não conse-guindo detectar os autores dadistribuição de tais panfletos,limitaram-se a montar umamal disfarçada vigi lância àvoÌta daqueles que conheciamcomo nacional istas, al g u n sdos quais já tinham sido pre-sos como a Camarada Josina.De facto, esta campanha depropaganda levacla a eabo soba direccão da FRELIMO ti-nha a Camarada Josina comouma das dirigentes. Ela par-ticipara na distribuição depanfletos, apesar de saberbem o que lhe custaria talacçáo, uma vez que era umacadastrada nos arquivos daPIDE.

Sentindo o cerco fechar-seà sua volta, não teve outraalternativa senão tentar denovo a fuga. Foi o que fez,mas desta vez seguindo emdirecção à Suazilândia, cujafronteira atravessou clandes-tinamente e onde, juntamentecom outros companheiros, ha-via de passar duros dias deprivaeão e fome.-

Vejamos, porém, quais fo-râm os reflexos no meio es-tudantil e qual a aceão de-senea.rleada pela PIDE; aPósa primeira prisão da. Cama-

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rada Josina e seus compa-nheiros.

Repressáo

Os reflexos da prisão dacamarada Josina Machel e deseus companhei ros teve nomeio estudantil de LourençoMarques e João Be lo umefeito que a PIDE não espe-Ìava. Vagas sucessivas de jo-vens procuram atingir a Tan-zània.

A repressão nas escolas se-cundárias tornou-se quotidia-na, a perseguição ao CentroAssociativo dos Negros e aoNúcleo dos Estudantes Se-cundários.uma c o n s t a n t e.Quer o Centro quer o Núcleoviriam a ser banidos pela Po-lícia Internacional e de De-fesa do Estado no a n o de1965.

Ent re tanto, a fuga pe laRodésia t or n a -s e ead'a vezmais difícil. A PIDE, em co-laboração com a polícia sé-èreta da Rodésia, monta umavigilância peïmanente qu e rna fronteira quer nos com-boios que faziam a Ìigaçãoen t re Lou renç o Marques ,Malvérnia, Salisbúria e Bu-lawayo. Sucedem-se as pri-sões. A liberdade já não podiaser alcançada por aquela via.

Restava um outro caminhomais difícil. mais arriscado.Esse caminho passava pe laSuazilândia. Se um naciona-lista conseguisse atravessarclandestinamente a fronteiraentre Moçambique e a Sua-zilânrlia poderia gozar meialiberdade, uma vez que o go-verno britânico concedia asilopolítico aos moeambicanos. ASuazilândia ainda não estavairidependente. Essa meia li-berdacle porém transformava--se em verdadeira prisão norcausa da situação geográficadaquele país, que fiea entreM o ç a m b i q u e e a Á f r i c a d oSul. A única possibilidade dese ganhar a liberdacle com-pleta seria atravessar a terrado <<apartheidD em clirecçãoao Droteetorado britânico daBechuanalândia. actual Bot-srü/^na. daoui nâra a Zàmbiae depois Tanzânia.

Foi por esta via que a ca:marada Josina logrou atingirDar-Es-SaÌaam. Todavia, nãofoi sem dificuldades que al-cançou a liberdade. Atraves-sar a África do Sil de lés alés, é o mesmo que meter-sena boca do leão. Tendo feitoesse pereurso sem novidadede maior foi, no entanto, pre-sa na Bechuanalândia, pelasautoridades b r it â nicas, emprincípios do ano de 1966.Não tinha decorrido ainda umano desde a sua primeira de-tenção.

A cqmoleónicqpolífica ingleso

Esta prisão não é de es-tranhar, uma vez que a polí-tica inglesa em África fois e m p ï e caracterizpda poruma ambiguidade que visadefender os seus interessesneocoloniais.

Tendo sido um país colo-nialista (e no ano de 1965havia muitos territórios sobo seu domínio), a Grã-Breta-nha não estava em condiçõese nem podia defender interes-ses nacionalistas dos povosafricanos. Os jovens que lo-graram chegar à Suazilân-dia, seu protectorado, passa-vam privações duras, eramconStantemente vigiados, oscampos de re fug iados so -friam rusgas policiais cons-tantes. Não admira pois quena Bechuanalândia, a Cama-rada Josina tivesse sido deti-da juntamente com todos osseus companheiros de fuga.Na b iograf ia ed i tada pe laFRELIMO diz-se o seguintesobre esta prisão:

<<A Comissõn de Desco-Ioní,zaçõ,o estaua reunída.O goaemro britâ,nico f o iderut ncindo, ne I sa r eu.ruíã,o,da sua coniaânría eoflL ocolonialismo português efoi forçadn a übertar todoo grupo, depois de o teryreso durante doze dias.Finalmente, eÌÌr Mai,o de7965, a camatrol,a Josina eos 8eu8 camatrad.os'ehega-rarn à, Tanzâ,ni,a>.

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Enconfrocom o crrmcrrodn

Mondlqne

Era Presidente da FRELI-M O o C a m a r a d a E d u a r d oMondlane que impressionadocom a vivacidade, esPírito Pa-triótico e vontade de servir opoyo Ìnanifestado pela Cama-rada J o s i n a encarregou-a't rês meses após a sua chega-da, de utna missSo na Provín-cia do Niassa onde a luta an-dava acesa. Essa missão con-sistia na organizaçáo da edu-cação pcl í t ica numa unidadede mulhcres. Teve sucesso es-te t rabaìho que durou seismeses.

O seu espírito revolucioná-rio ficou bem patente em to-da a obra que realizou du-rante a sua vida. Nunca sepoupou a esforços, nunca dei-xou de cumpri r uma missãopor estar doente, nuhca dei-xoÌr de ser à caYnatãda quetodos admiraram, homens emulheres.

Passamos a transcrever oreÌato do seu t rabalhc, se-gundo a b , i og ra f ia que fo ied i tad : r pc la FRELIMO:

Umo mil irclnfe

e revolucionório

crctivq

I - Em t967 c FRELIMOtr"'opôs-lhe que cceitcs'se umc bolsc pdrc con-tinucrr os seus estudosno estrcrngeiro. Elc pe-diu que em vez disselhe Íosse permitido Ii-l iar-se ne Depcrrtqmen-to dcr Mulher, que oComité Centrql criqrahô pouco.

Z-Em 1968 depois de tertermincdo o treinr po-lít ico militar, Íoi mqn-dcrdc pcrq c Provincicrde Cabo Delgcrdo.

3 - Em lulho de 1968 Íoidelegcrdc tro SegundoC c n g . e s s o d a F R E L I -MO, que se reolizou nctProvincia' d o Niasso.Teve umo importcrnlecctucrção, p a r t icular-m e n t e n c d e l e s s d oconceito de umo lutapopulcrr e, tqmbém ncrdeÍescr da linha crdop-tcrdc pelo Comité Cen-trc l , em promover ctemcncipcrçõo da mu-lher.

Pouco depois Íoi-lhedcdo um outro colgo,n^ '^ quê chel iasse oSecçõo d<r Mulher, noDepqrtqmento dos Ne-gócios Estrongeiros.

Conlribui decisqvcr-mente, oo cplicor cr sucr

decisõo de cheÍe ncreorgcnizcrçõo dos go-blemqs sociqis de mo-do a responder cros di-Ííceis problemcs cricr-dos pelcr guerrq colo-niqlistc. Foi umcr dqspromotorcrs e orgcrnizcr-dorqs de orÍqnqtos elomou p<rrte importcrntencr reestruturcçõo e de-senvolvimento do C,en-h o E d u c q c i o n a l d eïunduro.

4 - Em Maio de 1969, ca-sou com o cqmcrcdqScmorq Moisés Mochelque mcris tsrde Íoi elei-to Presidente dq FRE-LIMO em Maio de 1970.

O seu cssqmEnto ,longe de q qÍqstqr da

. lutcr, Íoi um estímulonovo.

Reclizou missões emvúrics Provin:ias, ondeo'o mesmo tempo pro-movêu c Í l u t c r pe lc remcrncipaçõo dcr mu-lher e <r sud totcrl inte-grcrçõo nc Revoluçõo.Ã iuntcr às sucrs tcrre-Íqs no interior, hqvicc; do exterior, onde crvoz dc Mulher Moçcm-b i c < r n a e r c r o u v i d c rctrcrvés dct CcmcnadqJosinq e onde contri-buiu pcrro a mobilizc-çõo d c solidcriedcrdeinternccioncrl pcrcr comc lutq do nosso Povoe em p<rrticulqr dc nos-scr Mulher.

O constcnte e excrus-tivo trsbcrlho minou sauc sqúde. Mcs, ape-sqÍ dcr grcvidcrde dc

. d o e n ç c r c o n t i n u o u o sseus trcbclhos. Em Se-tembro de 1970 p<rrtici-pou ncr Segundcr Con-Íerênciq d o Depcrrta-rnentg de Educcçõo eCu l tu rc , onde Í c louconkcr os próticcs trcr-dicionais que oprimemc Mulher Moçcmbiccr-nc.

5 -Ã '28 de Dezembro in i -c i o u o u t r c t m c Ì , c h cntrcvés da Província doNicrsscr, deseicndo or-gcnizcr orÍcrnctos e de-senvolver cs qctividcr-des do Depcrrlcrrnentodcr Mulher.

6 - Em Fevereiro de 1971,tomou pcrrte nc Segrun-dcr Conlerência do De-pcrtcrnento da DeÍesa.Discutiu e esclcreceumélodos correctos pq-rcr cr elimin<rçôo deobsiáculos que impe-dem cr emcncipoçõo damulher.

7 - A 6 de Marco, Íoi &ProvÍncic de Cabo Del-gCrdo com os mesmosobiectivos eue c levc-rdm tro Nicrssq.

A sìr1 sa.r'rds deteriorou-see foi forcada a. aeeitat serlevada para a Tanzânia. Fa-

leceu no hospital em Dar-Es--Salaam, ao alvorecer do dia7 de Abril de 1971.

O seu espírito revolucioná-rio em aceitar os sacrifícios,comoveu os médicos e cama-radas que com ela estavam.Momentos antes de morrerdisse-nos:

<<Deiro a,trú,s de mim duaspreocupações, a Beooluçã,o ea minha famíIia>>.

A sua morte privou a Re-volução de um valor incal-culável e privou à MulherMoçambicana dd uma líderesclarecida.

Mas o trabalho continua.Na FRELIMO, quando umcamarada cai, outro carregaa sua arma e continua a lu-ta.

T a m b é m d i z e m o s c o m onosso P res iden te no poemaque escreveu:

As f lores que eaiem da ó,msorefi;êm preparar a temo,

Para que noaa,s e muís bekìsflores cresçam na estaçã,o se-

lguinteA tua aida continuú nos q:ue

fcontinuam o, R ea ofu.çã,o.

Um documentodo Deportcrmento

de Defesa

Em 1972, por ocasião dapassagem do segundo aniver-sário da morte da CamaradaJosina Machel, os quadros doDepartamento de Defesa daFrente de Libertação de Mo-çambique, emitiram o seguin-te comunicado:

<<Parece estranho comemo-rar-se a morte de alguém.Mas neste caso é importantefazè-lo, paÌ.'Ì que o nosso po-vo seja an.mado pelo exem-pro da vida da CamaradaJosina (. . . .) na luta pela l i -b e r t a ç ã o n a c i o n a l , p a r a aconstrução de uma nova so-c i e d ade e, particularmente,pela emancipação e integra-ção da Mulher na. Revolu-ção.... Os obstáculos criadospelos preconceitos reaccioná-rios sobre a mulher, existen-tes na sociedade tradicionalou trazidos pelo colonialismo,começam a ser afastados peloexemplo da Camarada Josinaque protestou a b e r tamentecontra eles.... Por ocasião doprimeiro aniversário da suamor te , o Depa r tamen to deDefesa deseja exprimir a suaprofunda admiração e respei-to pela coragem totâI, deter-minação e espírito revolucio-nário patenteados durante av ida pe la Camarada Jos i -na... .))

O retrofode umq mil i fonte

Através de vários documen-tos publicados durante come-

morações da morte da, Cama-rada Josina Machel, podemosreconstruir o seguinte retra-to :

o A c a m a r a d a J o s i n aAbiatar Machel-era mi-litante na luta de liber-taçáo do nos.so país ,sempre dedicada, cora-josa e decididu. (Comi-té Executivo da Freli-mo)<....foi sempre completa-mente dedicada à Revo-

'lução, corajosa com altaconsciência política....>(Cornité Provincial deCabo Delgado)(.. . .as actividadeF qu eela empreendeu para al u t a e o e x e m p l o d ocomportamento, no qualela colocou a Revoluçãoacima de tudo, incluindoela própr ia , fez de lauma heroína.... Ela mor-reu por causa do pesa-do trabalho que Ìhe mi-nou a, saúde.... A suacontribuição para a Re-volução, o seu trabalhono meio do Povo e in-ternacionalmente, c h e-fiando a Mulher Mo-çambicana ìo caminhoda sua emancipação efazendo com que a suavoz fosse ouvida no es-trangeiro, foi incalculá-veÌ....> (Comité Provin-

.cial do Niassa)<<....viveu e morreu paraque Moçambique pudes-se ser livre. Ela repre-s e n t a a c o r a g e m e d e d i -caçáo, o glorioso espíri-to de luta da Mulher daF R E L I M O . E l a n ã opeúence apenas à FRE-LIMO. Josina pertencea todas as mulheres on-de quer que se lute pelalibertação.> (Mulheresdo A . N .C . )

Vinte e cinco onoscom tontoDOrO dAr

Quando morreu em Dar--Es-Salaam, no dia ? de Abril6s 1071, :r Camarada JosinaMacÌrcl coniava vinte e cinco.anos.

Nasceu em Inhambane a10 de Agosto de 1945. Os seuspais encontravam-se a traba-lhar naquela província. An-tes de se matricular na Es-cola Comercial Azevedo eSilva fez a quarta'classe emJoão Belo, cidade natal degrande parte da sua família.O seu nomè de solteira eraJosina Abiat'ar Mutemba.

Quando acorreu a sua mor-te no dia 7 de Abril de 1971,o eamarada Presidente Samo-ra Machel, estava ausente deDar-Es-Salaam, em missãode serviço.

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