bloco 03-5

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O PONTO CRUCIAL NA PREPARAÇÃO do plano anual de produção e operações do Bloco 3-05 é a previsão das actividades de manutenção ou intervenção sobre equipamentos e unidades que possam ter um impacto na segurança e integridade das instalações por um lado e, por outro, no perfil da produção. Na actual configuração das infra-estruturas de superfície, sob o ponto de vista de uma eventual paragem de funcionamento, o FSO Terminal Palanca é a instalação mais crítica, seguido do complexo PALP1 – PALP2. Isto porque ao Terminal Palanca converge a produção dos Bloco 3-05 e Bloco 2, operados pela Sonangol P&P, a produção do Bloco 3-85/91, operado pela Total E&P Angola, e a produção dos campos FS/FST em onshore, operados pela Somoil. Toda essa produção resulta numa média de 115.000 barris por dia, exportados em cerca de dois a três carregamentos por semana. A montante do Terminal Palanca e actuando como um hub para o fluxo do petróleo bruto proveniente dos campos acima referidos, está o complexo PALP1- PALP2. Os objectivos e a preparação Desde que a Sonangol P&P tomou conta das operações do Bloco 3-05, em Julho de 2005, já se efectuou uma paragem no funcionamento do Terminal Palanca, em Outubro de 2005, com a duração de 7 dias. Esta teve como objectivo principal a substituição das condutas flexíveis que ligam o Terminal Palanca às válvulas de seccionamento submarinas. A referida paragem esteve a cargo da Total E&P Angola, pois ainda fazia parte do processo da transferência das operações para a Sonangol P&P. Em 2006 e 2007 foram feitas paragens parciais de manutenção dos sectores Pacassa e Palanca, mas que não foram suficientes para a conclusão de trabalhos de reparação necessários. Razão pela qual foi levantada a questão de se organizar uma paragem global do complexo PALP1-PALP2, por forma a eliminar grande parte das situações degradadas existentes. Inicialmente essa paragem foi apontada para Novembro de 2007, mas depois de melhor definidos os limites e a magnitude das tarefas a realizar, optou-se por estender os prazos de preparação e coordenar com outras actividades de grande envergadura no Bloco 3-05, como é o caso do projecto de perfuração de novos poços a partir da plataforma PACF4, seguida da sua integração no sistema de produção e a campanha de pintura geral das plataformas em curso em PACF2. Era também necessário coordenar com as actividades dos outros blocos e dos outros operadores, que seriam obrigados a parar a sua produção,

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O PONTO CRUCIAL NA PREPARAO doplano anual de produo e operaes do Bloco 3-05 a previso das actividades de manuteno ou intervenosobre equipamentos e unidades que possamter um impacto na segurana e integridade das instalaespor um lado e, por outro, no perfil da produo.Na actual configurao das infra-estruturas desuperfcie, sob o ponto de vista de uma eventual paragemde funcionamento, o FSO Terminal Palanca ainstalao mais crtica, seguido do complexo PALP1 PALP2. Isto porque ao Terminal Palanca convergea produo dos Bloco 3-05 e Bloco 2, operados pelaSonangol P&P, a produo do Bloco 3-85/91, operadopela Total E&P Angola, e a produo dos camposFS/FST em onshore, operados pela Somoil. Todaessa produo resulta numa mdia de 115.000 barrispor dia, exportados em cerca de dois a trs carregamentospor semana. A montante do Terminal Palancae actuando como um hub para o fluxo do petrleobruto proveniente dos campos acima referidos, est ocomplexo PALP1- PALP2.Os objectivos e a preparaoDesde que a Sonangol P&P tomou conta das operaesdo Bloco 3-05, em Julho de 2005, j se efectuouuma paragem no funcionamento do TerminalPalanca, em Outubro de 2005, com a durao de 7dias. Esta teve como objectivo principal a substituiodas condutas flexveis que ligam o Terminal Palancas vlvulas de seccionamento submarinas. A referidaparagem esteve a cargo da Total E&P Angola, poisainda fazia parte do processo da transferncia dasoperaes para a Sonangol P&P. Em 2006 e 2007foram feitas paragens parciais de manuteno dossectores Pacassa e Palanca, mas que no foram suficientespara a concluso de trabalhos de reparaonecessrios. Razo pela qual foi levantada a questode se organizar uma paragem global do complexoPALP1-PALP2, por forma a eliminar grande partedas situaes degradadas existentes.Inicialmente essa paragem foi apontada para Novembrode 2007, mas depois de melhor definidos oslimites e a magnitude das tarefas a realizar, optou-sepor estender os prazos de preparao e coordenarcom outras actividades de grande envergadura noBloco 3-05, como o caso do projecto de perfuraode novos poos a partir da plataforma PACF4, seguidada sua integrao no sistema de produo e acampanha de pintura geral das plataformas em cursoem PACF2. Era tambm necessrio coordenar comas actividades dos outros blocos e dos outros operadores,que seriam obrigados a parar a sua produo,tornando esta uma oportunidade para serem executadostrabalhos de manuteno que so impossveis emUma experincia positivaManuteno do Bloco 3-05Jorge Assis, Offshore InstallationsManager do Bloco 3-05REVISTA fase normal de operao. Isso permitiu que as equipasaprofundassem a preparao dos detalhes dos procedimentosa seguir, que os trabalhos de pr-fabricaoe preparao das linhas a serem substitudas fossemconcludos nos atelis em onshore e que todos os materiaise acessrios necessrios fossem adquiridos atempo. Assim, a grande paragem de 2008 foi planificadapara o ms de Julho, durante dez dias.Aps diversos ajustes do plano, por forma a reduzirtanto quanto possvel os custos, reflectidos principalmentenos cerca de 1.150.000 barris (previso) queno seriam produzidos, a filosofia da operao ficoudefinida considerando o tempo total de dez dias previstodividido em duas fases. A primeira fase consistirianuma paragem total de 5 dias para intervenonos sistemas vitais, sem os quais no possvel operar,e os outros 5 dias seriam dedicados segundafase, que consistiria numa paragem parcial para intervenosobre aquelas unidades que no impediriama reincio da produo de determinados poosdo Bloco 3-05, recepo da produo proveniente doBloco 2 e eventualmente do Bloco 3-85/91. Forammobilizados mais de 500 toneladas de material para aexecuo da substituio de quarenta e sete linhas detubagem contendo diferentes comprimentos e comdimetros que variavam at 20 polegadas; abertura einspeco interna de dezasseis capacidades, incluindoseparadores, bales do sistema de drenagem e balesde reteno de lquidos do sistema de tocha; substituioou interveno em mais de 100 vlvulas dediferentes dimenses, bem como a execuo de dezenasde outros trabalhos sobre os sistemas elctricos,automao e de controlo. De realar a instalao deum colector automtico de amostras na linha de exportaode 20 polegadas entre PALP2 e o Terminal,elemento h muito esperado por ser vital na precisodo seguimento da qualidade da produo e na suarepartio entre os blocos 3-05 e 3-85/91.Foram identificadas 170 tarefas principais a seremexecutadas a coberto de mais de 200 autorizaesde trabalho. Do lado administrativo da operao, oelevado nmero de autorizaes de trabalho a gerirdia e noite obrigou a que fossem mobilizados quatroprofissionais adicionaispara se ocuparem especificamentedoprocesso de verificao,validao,abertura, continuidadee fecho das autorizaesde trabalho.As fases de execuoe Resultados FinaisNo dia 15 de Julho, por volta das 6h00,a operao comeou com a paragem docompressor de gs lift em COBP1 e logoas equipas da produo deram incio implementaodos procedimentos necessrios paracolocao das instalaes disposio das equipasde manuteno, construo e inspeco. Um total deduzentos e quinze trabalhadores esteve directamenteenvolvido nas tarefas principais da operao. Antesdo incio da interveno, para cada equipa foi feitauma breve reunio informativa onde foram esclarecidosos objectivos e os procedimentos da operao,a disposio da estrutura organizativa no local, asprecaues bsicas e especficas de segurana a seremtidas em conta. Nestas reunies apelou-se tambmao zelo e ao profissionalismo de cada indivduo enquantoelemento fundamental para o bom desempenhode toda a equipa.Cinco dias depois, tal como tinha sido planificado,estavam concludos os trabalhosda primeira fase da paragem, permitindoa reentrada em produo de algunspoos eruptivos dos camposPacassa e Bfalo, bem como arecepo da produo provenientedo Bloco 2. No dia 23,99% das tarefas planificadasestavam terminadas, ficando por concluiros trabalhos na rede elctrica deBUFF1. Estes tiveram que ser canceladosdevido prioridade que teveque ser dada aos trabalhos de electri cidade na plataforma IPSF1, que no tinham sido planificados.Tambm ficaram adiados os trabalhos nasUPS de PACF2 e PACF4, bem como a substituiode uma vlvula de segurana de presso em PACF1.Assim foram dadas por terminadas as operaes daparagem e a ordem para o reincio total da produo,com o balano final bastante positivo. At certo ponto,chegou mesmo a surpreender alguns, dada a envergadurados trabalhos realizados dentro dos prazos estabelecidose que permitiu resolver 20 situaes degradadasconsideradas de crticas e que correspondiam a1/3 do total existente antes da paragem.Mas, como diz o velho ditado, no h bela semseno. assim que j na fase de arranque da plataformaPALF2, foi detectado um inexplicvel curtocircuitona linha de 20 kV entre as plataformas PALP1e PALF2 impedindo a sua entrada em produo. Apsvrios testes de diagnstico, as concluses preliminaresapontam para um defeito no cabo, na extremidade dePALF2. O ponto exacto e as causas esto a ser investigados,mas tudo indica que estejam relacionados coma idade avanada das instalaes, o que a confirmar--se implica que sejam tomadas outras medidas de precauopara os circuitos das restantes plataformas.To rpido quanto possvel foram mobilizados, apartir do onshore, dois grupos geradores mveis parafornecerem energia elctrica alternativa plataformaenquanto se concretiza a reparao do cabo. Aps vriostestes e trabalhos de dia e noite, PALF2 voltoufinalmente a entrar em produo efectiva no dia 4 deAgosto ou seja, doze dias depois do fim das operaesda grande paragem. Contudo, esse evento imprevistono tira o mrito aos xitos alcanados, sobretudose for tido em conta o nmero de tarefas realizadas,o nmero de pessoas envolvidas, o respeito do planoestabelecido e, acima de tudo, o facto no ter sido registadonenhum acidente de trabalho.De facto um marco digno de registo nas operaesda Sonangol P&P no Bloco 3-05, deu provas de umexcelente trabalho de equipa, da preparao e doprofissionalismo existente no seio do seu efectivode colaboradores e de empresas prestadoras de servio

Os objectivos e a preparaoAs fases de execuo e Resultados FinaisNo dia 15 de Julho, por volta das 6h00, a operao comeou com a paragem do compressor de gs lift em COBP1 e logo as equipas da produo deram incio implementao dos procedimentos necessrios para colocao das instalaes disposio das equipas de manuteno, construo e inspeco. Um total de duzentos e quinze trabalhadores esteve directamente envolvido nas tarefas principais da operao. Antes do incio da interveno, para cada equipa foi feita uma breve reunio informativa onde foram esclarecidos os objectivos e os procedimentos da operao, a disposio da estrutura organizativa no local, as precaues bsicas e especficas de segurana a seremtidas em conta. Nestas reunies apelou-se tambm ao zelo e ao profissionalismo de cada indivduo enquanto elemento fundamental para o bom desempenho de toda a equipa. Cinco dias depois, tal como tinha sido planificado, estavam concludos os trabalhos da primeira fase da paragem, permitindo a reentrada em produo de alguns poos eruptivos dos campos Pacassa e Bfalo, bem como a recepo da produo provenientedo Bloco 2. No dia 23, 99% das tarefas planificadas estavam terminadas, ficando por concluir os trabalhos na rede elctrica de BUFF1. Estes tiveram que ser cancelados devido prioridade que teve que ser dada aos trabalhos de electri cidade na plataforma IPSF1, que no tinham sido planificados.Tambm ficaram adiados os trabalhos nas UPS de PACF2 e PACF4, bem como a substituio de uma vlvula de segurana de presso em PACF1.Assim foram dadas por terminadas as operaes da paragem e a ordem para o reincio total da produo, com o balano final bastante positivo. At certo ponto, chegou mesmo a surpreender alguns, dada a envergadura dos trabalhos realizados dentro dos prazos estabelecidos e que permitiu resolver 20 situaes degradadas consideradas de crticas e que correspondiam a 1/3 do total existente antes da paragem. Mas, como diz o velho ditado, no h bela sem seno. assim que j na fase de arranque da plataformaPALF2, foi detectado um inexplicvel curto-circuito na linha de 20 kV entre as plataformas PALP1 e PALF2 impedindo a sua entrada em produo. Aps vrios testes de diagnstico, as concluses preliminares apontam para um defeito no cabo, na extremidade de PALF2. O ponto exacto e as causas esto a ser investigados, mas tudo indica que estejam relacionados com a idade avanada das instalaes, o que a confirmar- -se implica que sejam tomadas outras medidas de precauo para os circuitos das restantes plataformas. To rpido quanto possvel foram mobilizados, a partir do onshore, dois grupos geradores mveis para fornecerem energia elctrica alternativa plataforma enquanto se concretiza a reparao do cabo. Aps vrios testes e trabalhos de dia e noite, PALF2 voltou finalmente a entrar em produo efectiva no dia 4 de Agosto ou seja, doze dias depois do fim das operaes da grande paragem. Contudo, esse evento imprevisto no tira o mrito aos xitos alcanados, sobretudo se for tido em conta o nmero de tarefas realizadas, o nmero de pessoas envolvidas, o respeito do plano estabelecido e, acima de tudo, o facto no ter sido registado nenhum acidente de trabalho. De facto um marco digno de registo nas operaes da Sonangol P&P no Bloco 3-05, deu provas de um excelente trabalho de equipa, da preparao e do profissionalismo existente no seio do seu efectivo de colaboradores