Boas Novas Junho-Setembro 2010

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Boas Novas Ano 6 Número 26 Junho a Setembro de 2010 Jornal da Diocese Anglicana de Curitiba “IGREJA A GENTE VIVE COM PAIXÃO!” Igreja Episcopal Anglicana do Brasil EVANGELIZAR - SERVIR - ENSINAR Boas Novas entrevista: Em um bate-papo descontraído, Rev. Odilon resgata a ne- cessidade do trabalho pastoral com os mem- bros da igreja. Página 3 & Jean Hernandes conta sua história de rua e seu sonho de, um dia, pregar a Pa- lavra. Página 7 “Jovem, mostra tua cara!” é um artigo dirigido à juventude, mas deve ser apreciado por to- dos que valorizam o papel do jovem nas comunidades. Contracapa Representantes da DAC no Cursilho de Pelotas ressaltam a importância deste movimen- to para a renovação da fé. Página 4 Rev. Calvani conta sua experiência missioná- ria pioneira em Campo Grande – MS Página 6 Dom Naudal, a convite do Bispo Luiz Fernando Ruiz, visitou a Diocese do Equador Central e participou de um encontro de formação. Página 7 IEAB e DAC perdem um gran- de e fiel reverendo, Anselmo Stein partiu para a Igreja Triunfante no início de Setem- bro. Página 4 Na próxima edição... - Programa de “volta a igreja” na Diocese - Festival das Flores em Londrina - Pastoral da familia na São Pedro - Inauguração do novo salão na Ascenção - Conferência do meio ambiente Nova Comunidade “Fruto do Espírito Santo” Bandeirantes - PR

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Jornal da Docese Anglicana de Curitiba

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Boas Novas Ano 6 Número 26 Junho a Setembro de 2010

Jornal da Diocese Anglicana de Curitiba

“IGREJA A GENTE VIVE COM PAIXÃO!”

Igreja Episcopal Anglicana do Brasil

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Boas Novas entrevista:

Em um bate-papo descontraído, Rev. Odilon resgata a ne-cessidade do trabalho pastoral com os mem-bros da igreja. Página 3

&Jean Hernandes conta sua história de

rua e seu sonho de, um dia, pregar a Pa-lavra. Página 7

“Jovem, mostra tua cara!” é um artigo dirigido à juventude, mas deve ser apreciado por to-dos que valorizam o papel do jovem nas comunidades.

Contracapa

Representantes da DAC no Cursilho de Pelotas ressaltam a importância deste movimen-to para a renovação da fé.

Página 4

Rev. Calvani conta sua experiência missioná-ria pioneira em Campo Grande – MS

Página 6

Dom Naudal, a convite do Bispo Luiz Fernando Ruiz, visitou a Diocese do Equador Central e participou de um encontro de formação.

Página 7

IEAB e DAC perdem um gran-de e fiel reverendo, Anselmo Stein partiu para a Igreja Triunfante no início de Setem-bro. Página 4

Na próxima edição...- Programa de “volta a igreja” na Diocese

- Festival das Flores em Londrina- Pastoral da familia na São Pedro

- Inauguração do novo salão na Ascenção- Conferência do meio ambiente

Nova Comunidade “Fruto do Espírito

Santo” Bandeirantes - PR

Jornal da Diocese Anglicana de CuritibaJunho a Setembro 2010 Boas Novas 2

Bispo diocesano – Dom Naudal Alves GomesEscritório diocesano

Av. Sete de Setembro, 3927 – Centro80250.210 – Curitiba – PR

Fone (41) – 3079-9992e-mail: [email protected]

comissão de divulgação e comunicação:Revda Magda Guedes Pereira

Rev. Roberto Negreli (Revisão Ortográfica)ML. Gregório Leal Oliveira

endereço para correspondência:Rua Sete de Setembro, 3927 – Centro

80250-210 – Curitiba – PRe-mail: [email protected]

impressão:Jornal do Estado

editoração gráfica:ML. Gregório Leal Oliveira

(Graduando em Comunicação Institucional e Ministro Leigo)

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EXPEDIENTEJornal da Diocese

Anglicana de Curitiba Boas Novas

Escritório Diocesano

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• Revda. Maria das Graças BernardinoTel. (45) 9946-8715e-mail: [email protected]

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• Rev. Côn. Odilon SilvaTel. (41) 3339-7837

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• Rev. Silvio Schmidt de OliveiraFone – (44) 3649-4292 – Fax 3649-6001e-mail: [email protected]

PARÓQUIAS

• Catedral de São TiagoAv. Sete de Setembro, 392780.250-210 – CURITIBA - PRTel. (41) 3018-5667 •

• Paróquia da AscensãoRua Arnaldo Estrela, 272 – Jd. Alvorada85 811-220 – CASCAVEL –PRTel. (45) 3227-4489

• Paróquia Cristo ReiRua Monteiro Lobato, 66085 959-000 – PALOTINA – PRTel. (44) 3649-1670

• Paróquia Santo Agostinho de CantuáriaRua Mauricio Resende Ro-drigues, 14385.863-756 – Foz do Iguaçu - PRTel (45) 3524-3138

• Paróquia São LucasRua Mossoró, 678 – Centro86.020–250 – LONDRINA - PRFone – (43) – 3322-3610

• Paróquia São LucasRua Marechal Floriano, 4208 - Bairro Claudete85811-150 – CASCAVEL –PRFone – (45) 3037-7381

MISSÕES

Missão Cristo SalvadorRua Exp. Otto Grungs s/nº (Av. das Torres)

- Lot. Toebbe85.960.000 - MARECHAL RONDON – PRTel. (45) 9946-8715

• Missão Espírito SantoMARINGÁ – PRA/C Revda Magda G. Pereira

• Missão São João Crisós-tomoRua Joaquim Ferreira Go-mes, 96 – BairroSanta Terezinha83.408-610 - COLOMBO – PRTel. (41) 3024-2981

• Missão São Pedro, Após-toloRua Procópio Ferreira Martins, 321-Bairro Cajurú82 900-380 – CURITIBA – PRTel. (41) 3366-0007

PONTOS DE EVANGELIZAÇÃO

• Ponto Missionário Santa Maria MadalenaJardim Colméia - CASCA-VEL – PRA/C Rev. Luiz Carlos GabasTel (45) 3227-4489

• Ponto Missionário da Cruz /SarandiA/C Rev. Magdas Guedes Pereira Tel. (44) 3347-3616

• Ponto Missionário Santa IzabelColombo – PRA/C Rev. Roberto Negreli

INSTITUIÇÕES

• ASSOCIAÇÃO EMANUELAv. Sete de Setembro, 392780.250-210- CURITIBA –PRTel/fax (41) 3079-9992 / (41) 30185667

• Bom Samaritano –Padaria.Missão São Pedro(41) 3366 0007Coordenação: Revda. Car-men Etel/SãoPedro

• Bom Samaritano – Ass. Solidariedade e Paz (Costu-reira), Inclusão DigitalPonto Missionário Santa Maria Madalena- CASCAVEL – PRCoordenação: Rev. Luiz Carlos

VENHA NOS CONHECER !Endereços da Diocese Anglicana de Curirba

Igreja Episcopal Anglicana Do Brasil

PALAVRA DO BISPO“Igreja a gente vive com paixão, igreja é o povo de Deus em Missão!”

1. Educação Cristã – Normalmente, quando nos referimos a Educação Cristã logo pensamos em crianças, jovens e adolescentes. Contudo, ela é algo que tem a ver com todos nós, membros da igreja. Educação Cristã é tudo que fazemos como comunidade cristã, como igreja. Tudo se torna um instrumento para formação, desde o ato de levantar da cama para ir ao culto, a oração familiar em algum momento do dia ou da semana, o envolvimento na liturgia, a assiduidade e freqüência ao encontro litúrgico, a própria liturgia, os hinos com os quais louvamos o Criador, a forma como nos cuidamos e tratamos, o respeito pelos diferentes, etc. Tudo isso e o que mais for, contribuirá com nossa formação cristã, que é um processo contínuo para todas as idades e todas as pessoas. Quando não entendemos educação cristã nessa ótica, sofremos a “tentação” de achar que nós já sabemos o que é preciso saber; os outros é que ainda não. Embora compreendendo a limitação pedagógica das provas e testes, creio que muitos de nós não seríamos “aprovados” num teste de educação cristã à luz da experiência anglicana. Temos, como lideranças e comunidades, que definir o caminho melhor para a formação em vista do amadurecimento da fé até alcançarmos a “estatura de Cristo”. Para tanto, o bispo chamou um grupo, que se reuniu em julho, constituido por Abilio, Odete e Magda de Londrina; Carmen Regina, Carmen Eltel e Flávio, para retomar as discussões e desencadear o processo.

2. Juventude – Na última edição esteve em destaque o trabalho com crianças. Comunidades diferentes foram retratadas cuidando e sendo instrumento de formação. Alguns trabalhos persistem e outros têm suas dificuldades; contudo, a prioridade e o desafio da Carta Pastoral persiste: priorizemos as crianças. O outro desafio, na mesma carta, se refere ao cuidado e responsabilidade com os jovens. Assim, buscamos em nossas visitas pastorais levar uma presença jovem, o Gregório, que pode encontrar-se, neste ano, com jovens da Região Norte, em Londrina e Bandeirantes. e da Região Oeste, em Rondon e Palotina. Pouco a pouco - desejamos e oramos - a “teia” da integração, animação e inclusão dos jovens vai sendo “tecida” e nosso cuidado pastoral com eles torna-se uma realidade ainda mais palpável. Nossas comunidades têm ainda o chamamento do Sínodo para que, uma vez ao mês, no 4º domingo, dediquem sua liturgia e orações pelos jovens e os incluam mais e mais como protagonistas do louvor, da adoração, da liturgia e da festa. Nosso Sínodo nos lembra ainda que a igreja ansia por leigos e leigas que sejam protagonistas. Isto, todavia, é conversa para um outro momento.

3. Cuidando da criação – Já faz algumas décadas que a Comissão Anglicana de Missão, em nível internacional, tanto quanto o Conselho Consultivo Anglicano - ambos os organismos reúnem bispos, reverendos/as e leigos de todo o mundo – definiram, após ouvir os argumentos e fundamentos teológicos e ver a realidade e a prática da IA, que a Compreensão Anglicana de Missão constitui-se de: proclamação, nutrição dos fiéis, ajuda aos necessitados em suas carências imediatas, transformação das estruturas injustas da sociedade e o cuidado com a criação de Deus (com o meio ambiente). Este último aspecto da missão está sendo reafirmado pela Comunhão Anglicana. E todos nós, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, como parte desta comunhão, somos convidados a nos unir com todas as organizações e pessoas de boa vontade e a cuidarmos da criação de Deus. Primeiro, por ser uma tarefa dada a nós pelo próprio Deus. Segundo, por uma questão da própria sobrevivência da criação. São dois fortes argumentos que devem ser aprofundados em nossa reflexão e que demandam nossa participação maior e mais consciente. A cultura do utilitarismo deve mudar, transformando-se em cultura do respeito por toda a criação.

Jornal da Diocese Anglicana de CuritibaJunho a Setembro 2010Boas Novas 3

Boas Novas - Caro Odilon, o que é Poimênica?Odilon Silva - Usando a palavra grega simplesmente, respondo que é Pastoral; palavra diretamente ligada a poimen, que significa pastor. Como belíssima ilustração, encontramos no Evangelho de São João Jesus afirmando de si mesmo: “Eu Sou o Bom Pastor”. Recordo uma expressão do famoso reverendo Del Nero: Eu não posso dizer que sou o bom pastor, mas posso dizer que desejo sempre ser um pastor.

B. N. - E como fazer uma aplicação prática desta colocação teórica?O. S. - Eu diria que pastoral é o cuidado das ovelhas. Sendo assim, o pastor deve conhecê-las o máximo possível e lhes dar proteção, o que implica em alimentação. Daí o Salmo 23 afirmar: “O Senhor é meu Pastor...” e, continuando, “Ele prepara uma mesa perante mim na presença de meus adversários.” Os adversários são, pois, distanciados das ovelhas para que elas recebam ambiente resguardado para sua alimentação.

B. N. - E há uma maneira de ilustrar essa verdade?O. S. - Recordo uma historinha oportuna: Um pastor de gente foi fazer uma viagem ao estrangeiro e pelo caminho encontrou um pastor de verdade, pastor de ovelhas. Parou seu carro e foi puxar conversa, pois nunca havia visto um pastor de perto. Quando se aproximou, saudou-o, dizendo que eram pastor também, só que de pessoas. Então pediu-lhe licença para fazer-lhe uma pergunta. O homem, muito humilde e cordial, sentiu-se honrado e deu-lhe esta liberdade. O pastor de gente perguntou, então: Como o senhor sabe quando uma ovelha está doente? Muito fácil! – respondeu-lhe o outro. A ovelha perde a fome. Com a resposta dada o

pastor de gente agradeceu e seguiu seu caminho. Refletindo naquela sintética e profunda resposta, chegou à conclusão de que muitos irmãos e irmãs da sua congregação estavam doentes. Justamente por isso é que havia se afastado do alimento espiritual.B. N. - Qual é, então, o tipo de cuidado que o Pastor deve dar ao rebanho? Deve reparar no apetite das ovelhas?O. S. - Quando os membros de seu grupo religioso, de maneira brusca ou lenta, começam a perder o gosto pelas coisas da Igreja e pela recepção do alimento espiritual que semanalmente lhes é preparado – abandonam a freqüência e as devoções, afastando-se ou rejeitando o convívio dos irmãos – ele precisa urgentemente rever seus métodos, seu discurso e a pouca a quase nenhuma dedicação pessoal a cada ovelha. A falta de apetite é somente diagnóstico. O remédio - ao menos um deles - é a dedicação pastoral.

B. N.: Tudo ficou bem claro, mas o senhor é livre para acrescentar o “gran finale”.O. S. - Sim. Diria, então, que, muitas vezes, o alimento é rejeitado porque não é um alimento gostoso, atraente ou bem preparado. Dou como exemplo um culto monótono, com um sermão pouco atraente e cânticos desagradáveis. É um momento de louvor, mas insípido e inodoro. O apetite foi baldado.

Resumindo, o pastor é chamado a exercer um amplo e permanente cuidado para com as ovelhas, e com as implicações que tentamos aclarar nestas breves considerações. O risco maior é perder sua ovelha para outro redil. Eu percebo isto na minha própria experiência de vida. Se costumo ir a um restaurante, mas sua comida já não mais me agrada, não irei, por certo, morrer de fome. Simplesmente trocarei de estabelecimento.

Entrevista

Entrevista com Odilon Silva, cônego da Catedral de São Tiago, sobre Cuidado Pastoral

A importância inevitável da Poimênica

VISITA PASTORAL À REGIÃO NORTE

No final de semana 25 a 27 de Junho p.p., nosso bispo dio-cesano visitou a Região norte da DAC, acompanhado do Rev. Roberto Negreli.

Na sexta-feira realizou a sua primeira visita ao Ponto de Evangelização de Tamarana. Desde Maio estávamos celebran-do nesta cidade, reunindo-nos nas casas das famílias e acompa-nhados pelo Acólito Alexander Maciel. Neste local D. Naudal pregou, celebrou e presidiu o Rito do Santo Batismo da Sra. Iracema Maciel.

No sábado estivemos em Maringá, visitando paroquianos, orando e levando a Comunhão a doentes. Na celebração no-turna foram recebidos à Comunhão da Igreja a família Vieira: Jacques, Leocádia e Jacques Júnior.

No domingo, na Paróquia de São Lucas, Londrina, foi reali-zada a celebração dedicada às famílias. Várias pessoas atende-ram o convite e vieram participar, recebendo, no final, a Bên-ção de Envio, proferida por D. Naudal, que também presidiu a Santa Comunhão e a meditação. Foram recebidos à Comunhão da Igreja, neste mesmo domingo, o Alexander Maciel, a Érica Góes e a Odete Líber Adriano. Um belo almoço comunitário completou a festa. Reverendo Nino e uma comitiva de Bandei-rantes prestigiaram o evento.

Na parte da tarde deste domingo, acompanhados da postu-lante Selma, pela primeira vez visitamos a comunidade “Fruto do Espírito Santo”, de Bandeirantes. Lá participamos da cele-bração eucarística noturna e conversamos com o Rev. Nino e lideranças, objetivando os primeiros passos de aproximação da comunidade com a Diocese.

Somos gratos a Deus por estes irmãos e irmãs que cami-nham conosco em Tamarana, Londrina, Maringá, Bandeirantes e outros locais. Eles e elas partilham conosco seus dons e sua coragem de viver o Reino com paixão.

Revda Magda Guedes Pereira

Jornal da Diocese Anglicana de CuritibaJunho a Setembro 2010 Boas NovasDIOCESE SE ENTRISTECE COM O FALECIMENTO

DO REV. CÔN. ANSELMO STEIN“Nada poderá nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Jesus

Cristo, nosso Senhor.” (Romanos 8,31 – 39)

É com grande pesar que comunicamos o falecimento, no dia 09 de setembro p.p., do nosso querido irmão Rev. Côn. Anselmo Stein. Apesar da dor que sentimos, seus familiares, amigos e irmãos na fé, fazemos memória e colocamos diante de Deus ações de graças pela vida, ministério, testemunho e família do estimado amigo. Anselmo Stein, juntamente com seus

queridos - especialmente a muito atuante Josina, esposa amada - serviu o Reino de Deus e sua Igreja em diferentes comunidades e dioceses da Província, realizando um trabalho perseverante, fiel e determinado, trabalho do qual a igreja colheu e colhe muitos frutos ainda hoje. Sua última paróquia foi a São Lucas de Londrina, e nela, mesmo aposentado, vivia, atuava e dominicalmente freqüentava. Era acompanhado impreterivelmente por Josina e Carlos, seu filho, a nora Denise e o neto Felipe, acólito da comunidade. Nas diversas visitas pastorais e convívios que Deus nos permitiu experimentar, ouvimos histórias e testemunhos da sua missão na Igreja que tanto amou. Que sua paixão pelo ministério da Igreja possa entusiasmar muitos outros, homens e mulheres, clérigos e leigos, a viverem sua fé. E que estes compreendam, assim como ele, que ao gastar a vida em prol do Reino dá-se provas de que ela foi sentida como dom divino. Vamos sentir saudades, mas juntos estaremos, pois, para o cristão, não há mortos ou vivos. Somos membros da comunhão dos santos.

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“Nós te damos graças porque tu o colocaste em nosso meio, da sua família e dos amigos, para que o conhecêssemos e amássemos como companheiro da peregrinação terrena”.

Anselmo descansou no Senhor. Que Deus dê sua fortaleza e conforto para sua esposa Josina e demais familiares. Este é nosso sincero desejo e oração em Cristo, Nosso Senhor Ressuscitado.

Dom Naudal Alves Gomes

Depoimentos de quem fez o Cursilho de Cristandade e nele trabalhou

Nos dias 27, 28 e 29 de Agosto p.p., a convite da Diocese Anglicana de Pelotas e pela motivação de + Naudal, Antonio César, Verônica e Gregório foram fazer o Cursilho de Cristandade em Pelotas, RS. Acompanhando tais peregrinos foi Marcília, já cursilhista e que agora participaria das equipes de trabalho. Todos estes irmãos e irmãs são membros da Comunidade São Pedro Apóstolo, de Curitiba. Segue abaixo o relato da experiência vivida pela duas irmãs neste marcante encontro de cristãos.

“Após participar do Cursilho posso com imensa satisfação dizer que foi um dos encontros mais importantes de minha vida. Aí pude refletir como tenho conduzido minha vida de cristã. Também pude conhecer pessoas de muitos lugares e verificar que, embora diferentes, podemos unir-nos em um único ideal, buscando sermos mais ativos na vida diária e no compromisso com Deus.” Verônica Julião

“Como cursilhista de 2007 posso dizer que renovei minha fé e o propósito de melhorar em muitos aspectos de minha vida cristã. Foi com muito gosto que candidatei-me como voluntária deste Cursilho 2010 e de lá saí feliz.

O cansaço do fim do dia é bem pequeno comparado ao prazer de ter servido Cristo nos peregrinos. Os momentos de oração dos voluntários ajudam a renovar as forças e a aumentar a certeza de que Deus está agindo em cada um que se doa com amor. E como é bom saber que não há distinções: homens ou mulheres, jovens ou idosos, ricos ou pobres, todos são um mesmo corpo de irmãos e irmãs em Cristo, zelando para que outros conheçam e amem o que já conhecemos e amamos.”

Marcilia Leal

Jornal da Diocese Anglicana de CuritibaJunho a Setembro 2010Boas Novas 5

Preparatório para: - Supletivo- Concursos Públicos- Escolas Técnicas- Colégio da Polícia- Pré – vestibular- Reforço escolar (aulas particulares)

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Comunidade “Fruto do Espírito Santo” em Bandeirantes, norte do Paraná

Com apoio do Conselho Diocesano da DAC e conhecimento da Câmara dos Bispos da IEAB, iniciamos processo de diálogo e aproximação com essa comunidade autóctone. É um grupo com mais de cinqüenta membros, liderados por um clérigo, Rev. Aparecido Donizete (Rev. Nino) e vários líderes leigos, dentre eles a Sra. Maria A. Andrade (Fia), que atua na cidade há mais de 10 anos. O ministério atinge ainda a cidade de Santa Mariana, realizando cultos familiares quinzenalmente, e acompanhamento pastoral via ministério leigo a um asilo de Cornélio Procópio. É uma comunidade carismática que, além dos cultos dominicais, reúne-se para EB nas segundas feiras e para louvor nas quartas-feiras. Aos sábados reúnem-se as mulheres para EB e oração. Nino e Maria dirigem programa na rádio comunitária da cidade, chamada A Voz dos Anjos, de segunda a sexta-feira, das 18 às 19 horas. A comunidade mantém igualmente um site e uma rádio gospel via internet (www.uhhgloria.com.br), a qual funciona 24 horas.

Iniciado este processo de diálogo e aproximação, estabeleceremos, com acompanhamento do Conselho Diocesano, os passos seguintes para a plena integração da comunidade como parte de nossa diocese e Província, o que já ocorre extra-oficialmente. Da mesma forma faz-se o processo de recebimento e reconhecimento das ordens do reverendo, o qual será acompanhado pela Comissão de Ministério.

A nova comunidade enriquece e fortalece a Região Norte de nossa diocese. Esperamos que, numa mutua dependência, acolhida, inclusão, hospitalidade e fidelidade aos princípios que norteiam o anglicanismo, às leis da igreja - expressas nos nossos cânones mas, principalmente, na fidelidade a Jesus Cristo - que tudo contribua para nosso crescimento (em estatura e graça) como corpo e família diocesana. Seja um grande testemunho anglicano e cristão naquela região.

Dom Naudal Alves Gomes

Confirmações no Oeste Em Janeiro e Setembro p.p. Dom Naudal visitou as comunidades pastoreadas pelo Rev. Luiz Carlos Gabas com a finalidade de confirmar novos membros. Na Paróquia da Ascensão, Cascavel, em Janeiro, confirmou os jovens Robinson e Rômulo. Na Paróquia de Cristo Rei, Palotina, em Setembro, confirmou mais três jovens: Nádia, Pedro e Lucas. Nas respectivas homilias, reafirmou a importância da participação jovem nas comunidades.

Yakissoba na São Lucas - CascavelA Paróquia de São Lucas de Cascavel promoveu, no sábado, 25 de

Setembro, mais um jantar, conforme programação anual. O prato foi novamente o Yakissoba, da tradição japonesa, de excelente aceitação em nossos eventos por razões nutricionais (bem natural) e sabor. A comunidade, em tais momentos, refaz sua unidade e se confraterniza com os convidados, se doando e difundindo o jeito anglicano de ser.

Rev.Marialvo

Jornal da Diocese Anglicana de CuritibaJunho a Setembro 2010 Boas Novas 6

Campo Grande (MS) é uma bela cidade, com cerca de 800 mil habitantes, mas a IEAB nunca teve um trabalho missionário por aqui. Nosso desafio era iniciar uma comunidade absolutamente “do zero”. Sem recursos para alugar um salão, optamos por alugar uma casa em que houvesse uma grande garagem ou

uma sala maior para os cultos. Enviamos emails a várias pessoas da igreja solicitando que nos ajudassem com R$ 1,00 por dia (o equivalente a um depósito de R$ 30,00 por mês). Esse recurso foi utilizado na compra de cadeiras, divisórias, altar e velas, pois não tínhamos absolutamente nada e não queríamos apresentar a IEAB como uma igreja protestante desprovida de adereços litúrgicos. Providenciamos também a confecção de mil exemplares de uma cartilha-informativo sobre a IEAB, de quatro páginas, colorida e com várias fotos, para serem distribuídas em clínicas, consultórios médicos, universidades e a pessoas que conhecêssemos ao longo da caminhada.

Logo começamos a receber ofertas em espécie – aparelho de som para ensinar os hinos, CDs, sacrário, alfaias e toalhas para o altar, galhetas, cruzes-celta para ofertar aos primeiros batizados e confirmados, etc. Até mesmo um crucifixo foi enviado dos Estados Unidos por um clérigo que tomou conhecimento de nossa iniciativa missionária.

Já com alguns contatos na cidade, organizamos em uma lanchonete, num sábado à noite, um evento chamado “Conheça a Igreja Anglicana”. As pessoas foram convidadas a tomar um caldo, saborear petiscos, ouvir uma breve exposição sobre a Igreja, ter um momento de descontração com MPB, e tudo de graça. Tivemos quase 70 pessoas no evento, mas, no dia seguinte, realizamos a primeira celebração com apenas 14 visitantes. Entendemos perfeitamente que nem todos os convidados do sábado viriam também ao culto. Contudo, era preciso investir o máximo possível para atrair ao menos alguns.

Nos meses seguintes investimos recursos no pagamento de uma propaganda semanal no jornal “Correio do Estado” (edição de domingo) e na organização de nosso site na internet. Hoje em dia é impossível desprezar esses veículos de comunicação. Algumas pessoas já vieram nos visitar porque nos descobriram através da internet ou da propaganda no jornal, que também remete ao site. Procuramos igualmente não desprezar qualquer convite para um churrasco, festa de aniversário ou confraternização.

Algumas pessoas vieram participar das celebrações e hoje estão integradas.

Apesar disso, ao longo desses seis meses muitas pessoas foram convidadas, mas o retorno, em termos de visitantes que comparecem ao culto, é pequeno. Houve, é claro, domingos desanimadores, em que lavávamos a capela,

comprávamos flores, organizávamos as cadeiras, etc, e não aparecia ninguém. Ainda assim, a celebração eucarística era realizada por nossa própria família.

Em nenhum momento fizemos aos visitantes qualquer pressão financeira para não identificar nossa Igreja com os grupos que pedem dinheiro. Contudo, sempre deixei claro que o momento do ofertório é parte integrante da celebração, embora a obrigação de contribuir seja dos que já são membros da igreja. Hoje, mesmo sem serem ainda confirmadas, duas famílias já estão dando sua contribuição mensal e estão trazendo parentes e vizinhos para as celebrações.

Não nos esquecemos de investir nas confraternizações. Sempre que possível, ao final de cada celebração oferecíamos um café ou chá com torradas, torta, pão de queijo e salgadinhos. Aos poucos os próprios freqüentadores começaram a trazer também

os quitutes para a confraternização. Durante esse tempo sempre fizemos questão de enviar às pessoas de longe, que contribuem financeiramente conosco, um relatório descritivo da utilização mensal dos recursos.

Procuramos manter contato constante com os visitantes. Às vezes é um telefonema semanal para perguntar-lhes como estão e nos oferecer para alguma visita ou oração, ou pelo menos para dizer que sentimos falta deles na celebração. Com os que já são mais íntimos, e moram mais próximos, sempre fazemos uma visitinha breve durante a semana, daquele tipo “estava passando e resolvi te ver”. O povo campo-grandense é muito acolhedor e hospitaleiro e sempre quer que fiquemos mais um pouquinho.

Em um contexto missionário é preciso ter sensibilidade litúrgica. Ou seja, nem sempre é possível usar apenas o hinário ou seguir à risca a liturgia do LOC. Esse processo de aprendizado e incorporação da liturgia é

gradativo. Mas estamos felizes porque as crianças participam ativamente de todas as celebrações. Não temos quem cuide delas durante a celebração e não temos interesse em criar uma “escola dominical” paralela ao culto apenas para que elas não atrapalhem. Apesar disso, todas se comportam muito bem, talvez porque as celebrações sejam curtas e o sermão não dure mais que oito ou dez minutos, sempre direcionado a alguma aplicação para a vida delas também. Os pais agradecem porque jamais imaginaram que seus filhos (entre 7 e 12 anos) pudessem se comportar tão bem em um culto, cantar e pedir para retornar no domingo seguinte.

A maior alegria que tivemos até o momento foi quando ouvimos pela primeira vez duas pessoas dizerem: “Nós ainda não temos pratos e panelas, nem fogão industrial, mas vamos trabalhar para conseguir!”. Muito mais significativo que o ânimo deles foi o uso do plural “nós”. Naquele dia, senti que não estávamos sozinhos e que uma comunidade cristã estava surgindo. Agora estamos procurando um local maior, porque a sala já está ficando pequena para nos acolher.

Continuamos contando com o apoio de toda a Igreja nessa fase inicial, até que tenhamos uma comunidade autosustentável. Sempre é possível sentir-se missionário mesmo à distância e o valor que solicitamos não tem feito falta às pessoas que conosco contribuem.

Peço a todos que visitem nosso site: www.paroquiadainclusao.com, vejam as fotos, acompanhem as notícias, ajudem na contribuição (há um link chamado

“Relatório financeiro – como contribuir”) e principalmente na divulgação a outras pessoas que porventura vocês conhecerem e que moram em Campo Grande.

Acima de tudo, não se esqueçam de ver no rosto de cada uma dessas pessoas e crianças que estão agora se achegando à Igreja, o rosto de um irmão e uma irmã, pessoas que precisam de nosso apoio e que estavam há anos sem freqüentar qualquer igreja. Muitas dessas crianças nunca tinham entrado em qualquer igreja durante sua vida. Tenho certeza que, em algum tempo, algumas delas estarão participando ativamente conosco em reuniões, concílios e sínodos da igreja.

Rev. Carlos Eduardo Calvani

Seis meses de experiência missionária em Campo Grande - MS

Jornal da Diocese Anglicana de CuritibaJunho a Setembro 2010Boas Novas 7Entrevista

Entrevista com Jean Hernandes, 18, assistido do Projeto Emanuel da Catedral de São Tiago.

“Meu maior sonho é pregar a Palavra de Deus”

Este jovem conta um pouco de sua história e se mostra muito crente em Deus, tanto que tem sonhos de dedicar sua vida ao anúncio do Evangelho.

B. N.: Jean, o que é família para você?Jean: União, porque tenho muitos irmãos espalhados pelo mundo. Todos nós somos irmãos. Não existe inimigo, porque você tem que ser amigo do seu inimigo.

B. N.: Você tem familiares? Como é a sua relação com eles?Jean: Tenho sim, mas não posso dizer que tenho muita relação com eles, pois não fico tanto com eles. Costumo ficar em casa no domingo. Também tenho um filho que está sempre comigo.

B. N.: Você crê em Deus?Jean: Com certeza, por toda a minha vida! Tudo o que está acontecendo aqui é Dele; faz parte Dele, não de mim.

B. N.: Quem é Cristo para você?Jean: Cristo, para mim, é todo pessoa, porque se eu der um tapa em alguém é em Cristo que estou batendo. Cristo, para mim, é o mundo, é o céu, a terra, o sol, a lua e a minha vida.

B. N.: Que privações você sofre hoje?Jean: Só a falta de comida, às vezes. Não chego a passar fome, mas ter um pouco de fome é bom para a gente se lembrar de que Jesus é a fonte da vida, a água da vida. Se Deus coloca você no deserto, não precisa ficar buscando água ou comida. Ele te dá isto; basta só clamar.

B. N.: Qual o seu maior sonho?Jean: Eu queria ter uma Kombi, e nessa kombi queria ter uma corneta em cima para sair lendo

Salmos todos os dias por onde Deus me guiasse. Meu maior sonho é pregar a Palavra de Deus.

B. N.: O que você acha do governo e da política. Você vota?Jean: Eu voto, mas não entendo muito de política e nem do governo.

B. N.: Você considera-se livre?Jean: Sim, me considero. Às vezes vem uma voz falando: “Você é meu prisioneiro!” Mas, quando abro os olhos, até parece que Deus mesmo quebra as correntes. Então eu não sou escravo de ninguém, pois já tenho a bênção de Deus. Meu nome está escrito nos céus.

B. N.: Onde você mora?Jean: Eu tenho casa. Moro com minha esposa, meu filho e meu cunhadinho; mas, às vezes, venho para a rua.

B. N.: E por que? Jean: Por minha própria vontade.

B. N.: Como é viver na rua? Conte-nos algo sobre isso?Jean: Eu já vivi na rua por um bom tempo quando era menor, e é bem sofrido. Se a pessoas quiserem comer têm que ir atrás, pois se não for atrás passa fome realmente. Também tem “as policia”, que, se vêem você dormindo, batem.

B. N.: Esta questão, agora, fica à sua escolha respondê-la ou não: As drogas fazem parte de sua vida diariamente?Jean: Não, nunca fizeram e não fazem; mas muitas pessoas à minha volta delas fazem uso.

B. N.: Jean, muito obrigado pela tua atenção e colaboração nesta matéria do nosso “Boas Novas”. Em nome de nossa igreja te desejo muita paz e que teus sonhos se realizem.

Visita à Diocese Episcopal (Anglicana) do Equador Central

De 12 a 18 de Julho p.p. visitamos esta diocese equatoriana pela segunda vez. Na primeira, em 2006, fomos acompanhados por mais quatro clérigos da DAC, quando participamos de uma jornada de formação do Ministério Latino Hispânico, dirigida aos clérigos postulantes e ministros leigos.

Aí foram abordados temas como organização e administração paroquial, organização financeira, preparo de orçamentos, contribuições e dízimos; também a questão da evangelização e vida devocional dos clérigos.

Desde aquela data começamos a sonhar - nossas duas dioceses - na possibilidade de desenvolvimento de uma relação de companheirismo sul x sul. Na época era sonho nosso e do Bispo Wilfrido Ramos. Agora, porém, ele renova-se com a sagração e instituição do atual bispo, Dom Luiz Fernando Ruiz.

A convite de Dom Ruiz, diocesano do Equador Central, sede em Quito, e do Centro de Estudos Teológicos da mesma diocese, fomos facilitador do encontro que eles chamam “oficinas” ou “talleres” sobre evangelização e Responsabilidade Cristã. Foi uma jornada de formação do PET (Programa de Educação Teológica), o qual oportunizou a partilha e aprofundamento dos temas a clérigos e líderes leigos de Equador e Colômbia.

Partindo do pressuposto de que todos são conhecedores dos fundamentos bíblico - teológicos que se referem à evangelização e administração dos dons de Deus, da manutenção da igreja e sua missão, e considerando ainda a compreensão anglicana de missão, utilizamos rico conteúdo de formação de lideranças elaborado em nossa pátria. No final, então, presenteamos os irmãos e irmãs equatorianos, em nome da Diocese Meridional, criadora do material, com os quatro livretos da série Evangelização e Responsabilidade Cristã.

Tive a oportunidade de compartilhar nossa experiência como diocese missionária, nossos avanços e recuos, sucessos e insucessos. Apresentei-lhes o processo de construção de nosso planejamento estratégico. E salientei o intento perseverante que temos de motivar a comunidade diocesana para que vivamos e tenhamos o “espírito” e a compreensão de que Igreja a gente vive com paixão. Compartilhei, ainda, as experiências de evangelização que implementamos no tempo de pastorado, quando pároco ou reitor das comunidades sob minha liderança por mais de 25 anos.

De igual modo expus a experiência provincial brasileira sobre evangelização e responsabilidade cristã ao longo de 120 anos; nossas dificuldades desde a chegada dos primeiros missionários, acentuada com nossa autonomia e indepêndencia da igreja dos USA na década de 60. Dei destaque, todavia, ao extraordinário crescimento da querida IEAB, que de 03 dioceses - na década de 50 – atualmente possui 09 dioceses e um distrito missionário, abrangendo todo o território nacional.

Dom Naudal Alves Gomes

Jornal da Diocese Anglicana de CuritibaJunho a Setembro 2010 Boas NovasJOVEM, MOSTRA TUA CARA!

”Jovens, mostrem a sua cara, participem ativamente de suas comunidades! Digam: Nós queremos louvar nosso Deus à nossa maneira, ser parte desta igreja e ajudá-la a ser uma igreja mais animada e forte no

louvor, oração, evangelização e estudo da Palavra”.

Desde o concílio de 2008 a juventude diocesana vem se reestruturando, mantendo

contato mais contínuo, preocupando-se com a situação dos jovens e das comunidades e buscando ser mais ativa. Entretanto, foi a partir do ano passado que enfatizamos este trabalho em nível diocesano. Já começamos com o “Encontro de Jovens Ecumênico”, em Outubro de 2009, em Curitiba, e no mesmo mês alguns representantes participaram do chamado da igreja nacional para discutir a situação da juventude em um reunião das áreas provinciais 1 e 2. Este e outros encontros estão fortalecendo nossos laços de amizade e nos remotivando a servir e a participar melhor como jovens cristãos, seja nas igrejas quanto nas escolas, nas baladas quanto nas redes de relacionamento.

Neste ano as atividades têm sido muito maiores e melhores, pois a juventude deu sua resposta. Ela tem visto que sua presença é muito importante para

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a Igreja e sua própria formação, e que estar em comunhão com Deus não é pouca coisa.

Em Março aconteceram duas atividades muito significativas a nível diocesano. A primeira aconteceu na região norte, onde os jovens de Londrina, Maringá e Cambé estudaram e partilharam experiências em cima do tema “ser jovem na igreja”. E a outra, no último domingo, na região leste, em uma celebração dedicada à juventude, ocasião em que

os jovens da São Pedro dirigiram o louvor, orações, pregação e liturgia.

Ainda, no transcorrer deste ano, foram diversos os momentos em que a juventude teve a oportunidade de estar reunida, tais como em Marechal Cândido Rondon, Palotina e Bandeirantes. Aí foram oportunizados momentos de oração e estudo da Palavra e avaliação da realidade. Metas e objetivos foram traçados para que a juventude pudesse estar mais presente na vida da igreja. Aliás, este tem sido o principal desejo dos jovens em todas as regiões: participar mais, mostrando a cara jovem onde ela tradicionalmente tem estado escondida.

Ainda durante a Confelider e a Assembléia Sinodal 2010 a juventude nacional foi convidada a estar paralelamente reunida, avaliando suas realidades e, em

cima destas, traçar um plano de ação para um próximo biênio. Traçou-se, então, o Plano de Ação 2010-2012, que elaborou seus objetivos e metas específicos em cima da sólida base do comprometimento e da responsabilidade. Este plano bienal foi distribuído e explanado em toda a diocese durante as reuniões já mencionadas. Muitos dos seus itens já estão sendo trabalhados e/ou implantados, e com as adaptações necessárias a cada contexto cultural e social.

Envolver concretamente os jovens é algo fundamental para tê-los mais presentes nas

celebrações e atividades da Igreja. Cremos que todas as lideranças das comunidades deveriam dar mais espaço para eles, nunca se esquecendo de caminhar ao seu lado. O jovem participa mais e melhor quando estimulado, motivado. Costuma dizer sempre “sim” quando é chamado, mas, diferente dos adultos, mais facilmente desanima quando pouco apoiado. O jovem, não nos esqueçamos, antes de ser o futuro da igreja e

do país, é e deve ser o presente e o sangue novo de qualquer ambiente.

M.L. Gregório Leal Oliveira