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    Srie Qualidade eSegurana dos Alimentos

    Controle de Pragas

    Boas Prticas Agrcolas para Produo

    de Alimentos Seguros no Campo

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    CONFEDERAO NACIONAL DA INDSTRIA - CNICONSELHO NACIONAL DO SENAI

    Armando de Queiroz Monteiro NetoDiretor-Presidente

    CONSELHO NACIONAL DO SESI

    Jair Antonio MeneguelliPresidente

    AGNCIA NACIONAL DE VIGILNCIA SANITRIA- ANVISA

    Cludio Maierovitch P. HenriquesDiretor-Presidente

    Ricardo OlivaDiretor de Alimentos e Toxicologia

    CONFEDERAO NACIONAL DO COMRCIO - CNCCONSELHO NACIONAL DO SENACCONSELHO NACIONAL DO SESC

    Antnio Oliveira SantosPresidente

    CONFEDERAO NACIONAL DA AGRICULTURA - CNACONSELHO NACIONAL DO SENAR

    Antnio Ernesto Werna de SalvoPresidente

    EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISAAGROPECURIA

    Slvio CrestanaDiretor-Presidente

    Tatiana Deane de Abreu SDiretora-Executiva

    Kepler Eudides FilhoDiretor-Executivo

    J os Geraldo Eugnio de FranaDiretor-Executivo

    SENAI DEPARTAMENTO NACIONAL

    Jos Manuel de Aguiar MartinsDiretor Geral

    Regina TorresDiret ora de Operaes

    SEBRAE NACIONALPaulo Tarciso OkamottoDiretor-Presidente

    Luiz Carlos BarbozaDiretor Tcnico

    Csar Acosta RechDiretor de Administrao e Finanas

    SESI - DEPARTAMENTO NACIONAL

    Armando Queiroz MonteiroDiretor-Nacional

    Rui Lima do NascimentoDiretor-Superintendente

    Jos TreiggerDiret or de Operaes

    SENAC - DEPARTAMENTO NACIONAL

    Sidney da Silva CunhaDiretor Geral

    SESC - DEPARTAMENTO NACIONAL

    Marom Emile Abi-AbibDiretor Geral

    lvaro de Mello SalmitoDiretor de Programas Sociais

    Fernando Dysarz

    Gerente de Esportes e Sade

    SENAR - SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEMRURAL

    Antnio Ernesto Werna de SalvoPresidente do Conselho Deliberativo

    Geraldo Gontijo RibeiroSecretrio-Execut ivo

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    Controle de Pragas

    Boas Prticas Agrcolas para Produode Alimentos Seguros no Campo

    Embrapa Transferncia de TecnologiaBraslia, DF

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    Srie Qualidade e Segurana dos Alimentos

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    2005. EMBRAPA SedeTodos os direitos reservados. Proibida a reproduo em parte ou total deste material.

    EMBRAPA - SedeParque Estao Biolgica - PqEB s/n Edifcio SedeCaixa Postal: 040315 CEP 70770-900 Braslia-DF

    Tel.: (61) 3448 4433 Fax: (61) 3347 9668Internet: www.embrapa.br/snt

    FICHA CATALOGRFICA

    PAS Campo.Boas prticas agrcolas para produo de alimentos seguros no campo:

    controle de pragas. Braslia, DF : Embrapa Transferncia de Tecnologia, 2005.41 p. : il. (Srie Qualidade e segurana dos alimentos).

    PAS Campo Programa Alimentos Seguros, Setor Campo. Convnio CNI/SENAI/SEBRAE/EMBRAPA.

    ISBN 85-7383-303-3

    1. Agrotxico. 2. Contaminao. 3. Controle integrado. 4. Meio ambiente.5. Praga. I . Programa Alimentos Seguros (PAS). II. Ttulo. I II. Srie.

    CDD 363.192

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    SUMRIOAPRESENTAO............................................... 5

    INTRODUO.................................................. 7

    CONTROLEDE PRAGAS ....................................... 9MANEJ O INTEGRADODE PRAGAS (MIP) .................. 9

    CONTROLE NATURAL ........................................11

    CONTROLE BIOLGICO.......................................12

    CONTROLE ALTERNATIVO....................................13

    CONTROLE QUMICO.........................................16

    USODE AGROTXICOS ......................................18

    AVALIAODO PROBLEMA ..................................18

    PERODODE CARNCIAOU INTERVALODE SEGURANA ...19

    AQUISIO ..................................................20

    TRANSPORTE.................................................21

    ARMAZENAGEM ..............................................23

    INSTRUESDE USO........................................25

    PREPARODA CALDADE AGROTXICO.......................26

    APLICAODO AGROTXICO................................29

    SEGURANADO TRABALHADOR .............................32

    CUIDADOCOMOS ANIMAIS.................................33

    CUIDADOCOMO AMBIENTE.................................33

    DESTINO FINALDAS EMBALAGENS VAZIAS................35

    PRIMEIROS SOCORROSEM CASODE ACIDENTES...........36

    HORADE FAZERA VERIFICAODESSAS PRTICAS

    NASUA UNIDADEDE PRODUO...........................38

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    CONTROLE DE PRAGAS 5

    APRESENTAO

    A unidade de produo rural o elo primrio da cadeia produtiva de

    alimentos. Portanto, a forma como est organizada e os procedimentosadotados iro interferir diretamente na qualidade e na segurana dos

    alimentos produzidos, com conseqncias para os demais elos da cadeia

    produtiva.

    Dependendo dos cuidados tomados na produo dos alimentos haver

    maior ou menor possibilidade dos produtos oferecidos populao serem

    saudveis e incuos, ou seja, sem riscos sade do consumidor.

    No mundo globalizado, a preocupao com a segurana do alimento tem

    sido cada vez maior. H uma crescente exigncia para que as indstrias, ocomrcio e mais recentemente, a produo primria ofeream produtos

    seguros e demonstrem que trabalham com ferramentas que possibilitem

    esta segurana. Estas ferramentas so as Boas Prticas e o Sistema APPCC

    (Anlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle) e cada elo da cadeia

    produtiva deve estabelecer procedimentos e cumprir com critrios de

    desempenho que garantam a produo de alimentos seguros.

    Esse conjunto de cartilhas, alm de proporcionar uma viso geral sobre

    os perigos e as Boas Prticas, pretende auxiliar os produtores rurais aimplantarem as Boas Prticas com uma viso dos princpios do Sistema

    APPCC, focando as prticas e os procedimentos crticos para o controle

    dos perigos em cada cultura.

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    CONTROLE DE PRAGAS 7

    INTRODUO

    Muitas pessoas ficam doentes depois de comerem alimentos produzidos de

    forma descuidada.Para que os alimentos possam ser seguros para a sade das pessoas os

    cuidados devem comear ainda no campo, na seleo da rea de produo

    e depois no plantio, passando por todas as etapas do cultivo

    at a colheita. Tais cuidados devem estender-se s etapas de ps-colheita

    (seleo, classificao, beneficiamento, empacotamento, armazenagem e

    transporte). E devem continuar durante a comercializao e na hora do

    preparo. Esses so os elos da cadeia produtiva dos alimentos, desde o

    campo at a mesa.

    Produzir alimento seguro coisa sria. Mas no difcil...

    As Boas Prticas Agrcolas so recomendaes que comeam a ser usadas

    no Brasil para ajudar o produtor rural a produzir alimentos seguros para os

    consumidores.

    O Programa Alimentos Seguros (PAS) est difundindo as Boas Prticas e os

    princpios do sistema APPCC (Anlise de Perigos e Pontos Crticos de

    Controle) para identificar os perigos em todos os elos da cadeia produtivado alimento e control-los.

    O objetivo desta cartilha introduzir as Boas Prticas Agrcolas no

    manejo do solo e das culturas e no uso da gua at a colheita dos

    produtos.

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    CONTROLE DE PRAGAS 9

    MANEJ O INTEGRADODE PRAGAS (MIP)

    CONTROLEDE PRAGASEm qualquer unidade de produo, seja uma lavoura, um pomar ou

    uma horta, o bom desenvolvimento das culturas depende do manejo

    cuidadoso do solo e das plantas, de uma adubao equilibrada e

    dos cuidados com o controle de pragas (insetos, agentes de

    doenas e plantas espontneas).

    O controle de pragas na plantao comea bem antes do plantio:

    na escolha de sementes, mudas e outros materiais propagativos

    sadios e resistentes;

    na escolha de variedades e porta-enxertos resistentes;

    no plantio em poca apropriada;

    no preparo adequado do solo, preservando a matria orgnica;

    na adubao que permita o equilbrio nutricional das plantas,

    considerando os macro e os micronutrientes;

    no correto espaamento.

    O manejo integrado de pragas consiste no uso

    das vrias formas de controle: prticas

    culturais, controle natural, biolgico, fsico e

    por agrotxico. Evita o desperdcio de insumos,

    buscando a produo econmica de alimentos

    saudveis. O controle por agrotxico passa ser

    uma opo, quando os outros mtodos decontrole no conseguirem manter as pragas

    abaixo do nvel de dano econmico.

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    CONTROLE DE PRAGAS10

    DETERMINAODO NVELDE DANOO controle de pragas somente deve ser iniciado quando se detecta que o

    ataque atingiu onvel de controle, para evitar danos econmicos.

    Para realizar o monitoramento das pragas e dos agentes de doenas deve-

    se procurar orientao tcnica.

    O MONITORAMENTO PERMITE O USO ADEQUADO

    DOS PRODUTOS DE CONTROLE, EVITANDO

    CUSTOS DESNECESSRIOS.

    O MIP evita a aplicao excessiva e s vezes desnecessria de agrotxicos,

    reduzindo os riscos de contaminao.

    Os benefcios do manejo integrado de pragas so muitos:

    reduo do custo de produo;

    maior qualidade das verduras, frutas, legumes e gros produzidos;

    reduo do risco de aparecimento de resistncia das pragas;

    maior eficcia de controle;

    aumento da ocorrncia dos inimigos naturais;

    aumento do nmero de insetos e outros animais polinizadores.

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    CONTROLE DE PRAGAS12

    O controle biolgico consiste na liberao de inimigos naturais das

    pragas. Podem ser insetos e outros animais predadores, parasitides

    ou patgenos para as pragas que se procura controlar.

    Dentre as possibilidades de controle biolgico de pragas nasdiferentes culturas pode-se citar:

    Uso de vespinhas (parasitides) de vrias espcies para controle

    da broca-da-cana-de-acar, da traa-do-tomateiro, do percevejo-

    da soja e da broca-do-caf;

    Uso de diversos baculovrus no controle da lagarta-da-soja, dos

    pulges-do-trigo, da lagarta-do-cartucho-do-milho e do

    mandarov-da-mandioca;

    Uso de diversos fungos patognicos no controle de cigarrinha-das-pastagens e da folha-da-cana-de-acar, da cochonilha

    ortsia dos citrus;

    Uso do BT (Bacillus thuringiensis) no controle de lagartas de

    borboletas e mariposas;

    Uso do besouro "rola-bosta" no controle da mosca-dos-chifres.

    Algumas dessas tcnicas j esto sendo comercializadas e outras tm

    sido estudadas. Elas permitem evitar o desperdcio e o usodesnecessrio de agrotxicos.

    CONTROLE BIOLGICO

    VESPA PARASITIDE

    CONTROLE DA LAGARTAPORBACULOVIRUS

    CONTROLE DA BROCAA CANA-DE-ACAR

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    CONTROLE DE PRAGAS 13

    CONTROLE ALTERNATIVOOs controles alternativos incluem armadilhas, uso de produtos caseiros,

    como o leite e o biofertilizante, calda e pasta bordalesa, caldas viosa e

    sulfoclcica. Tambm incluem os extratos vegetais, como por exemplo o

    nim, santa brbara, folha de fumo etc., e feromnios naturais ou sintticos

    que j esto sendo comercializados.

    O uso de EPI recomendado para aplicao destes produtos, com exceo

    do leite. Cuidados devem ser tomados com o tempo de carncia, pois

    alguns desses produtos podem deixar resduos.

    Iscas so indicadas no controle de alguns insetos que so problemas em

    pomares. Entre as iscas mais populares, podemos citar:

    ISCASPARAOCONTROLEDOMOLEQUE-DA-BANANEIRANa cultura da bananeira, as iscas tipo telha e tipo

    queijo so usadas no controle do besouro que causa a

    broca do rizoma (moleque-da-bananeira).

    Na isca tipo telha, o caule (pseudocaule) dabananeira cortado e partido ao meio. O agrotxico

    aplicado na face cortada que colocada voltada para

    o cho, prximos s touceiras das bananeiras.

    Antes da colocao das iscas o local deve ser

    raspado e aplainado. As iscas devem ficar bem

    ajustadas ao cho, evitando que se forme um vo

    entre elas e o cho. As iscas devem ser renovadas a

    cada 15 dias porque se tornam ressecadas.

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    CONTROLE DE PRAGAS14

    Na isca tipo queijo, o caule cortado

    numa altura de 60 cm do cho e depois

    novamente cortado na horizontal a 15 cm

    do cho, mas sem separar completamente

    as partes.

    A parte superior serve como uma espcie de tampa.

    O agrotxico aplicado na rea cortada. Estas iscaspermanecem mais tempo hidratadas por isso o poder

    de atrao sobre os insetos maior.

    As iscas podem ser usadas sem adio de agrotxico.

    Neste caso, a inspeo das mesmas precisa ser

    freqente para permitir a eliminao manual dos

    insetos. No caso de se usar agrotxicos, deve-se

    observar as recomendaes de uso seguro e correto

    desses produtos.

    ISCA PARA MOSCA-DAS-FRUTASO controle feito por meio de armadilhas contendo

    solues atrativas. usada em pomares onde o ataque

    da mosca intenso e uma alternativa de baixo custo e

    no poluente.

    Iscas atrativas j so comercialmente disponveis ou

    podem ser usadas receitas que usam como atrativo

    xarope, melao ou suco de frutas que pode estar ou no

    envenenado. Para fazer a armadilha so usadas garrafas

    de plstico descartveis, que so perfuradas acima do

    nvel da soluo atrativa. A garrafa deve ser amarrada

    pela boca nos galhos das fruteiras e so mais atrativas

    se pintadas de amarelo. A soluo deve ser

    freqentemente trocada.

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    CONTROLE DE PRAGAS 15

    Deve-se colocar a armadilha numa posio mediana da copa e sempre do

    lado onde nasce o sol. E distribuir 1 armadilha para cada 10 fruteiras.

    As armadilhas de garrafa tambm podem ser usadas para monitoramento

    das pragas. Neste caso, no se deve adicionar agrotxico soluoatrativa. O contedo das garrafas deve ser entornado sobre um pano

    branco e os insetos capturados, so contados para fornecer uma idia do

    nvel de ataque.

    Hoje existem iscas disponveis ou atrativos para armadilhas para um

    grande nmero de insetos, como por exemplo para broca-do-olho-do-

    coqueiro, moleque-da-baneira, besouro castanho, bicudo, bicho-do-fumo,

    traas, broca-da-cana, bicho-da-ma, lagarta rosada e lagarta-do-

    cartucho, alm de papel adesivo apropriado para controle de insetosvoadores em reas de processamento.

    A APLICAO DE AGROTXICOS EMISCAS PERMITE REDUO

    DA QUANTIDADE DO PRODUTO A SER UTILIZADO POR REA E

    DIMINUI CONSIDERAVELMENTE O RISCO DE CONTAMINAO DOS

    ALIMENTOS, DAS PESSOAS E DO AMBIENTE.

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    CONTROLE DE PRAGAS16

    CONTROLE QUMICOO controle qumico normalmente realizado com aplicao deagrotxicos,

    tambm chamados:

    A aplicao desses produtos normalmente feita por pulverizao,

    nebulizao, pincelamento, fumigao, imerso etc.

    Os agrotxicos so classificados de acordo com o agente que ele controla,

    podendo ser:

    INSETICIDAS - para controle de insetos

    FUNGICIDAS - para controle de fungos

    ACARICIDAS - para controle de caros

    NEMATICIDAS - para controle de nematides

    HERBICIDAS - para controle de plantas daninhas.

    OUTROS - bactericidas, reguladores de crescimento, adjuvantes

    e produtos afins.

    Os resduos de agrotxicos, assim como, os

    resduos de metais pesados, so alguns dos

    perigos qumicosque podem contaminar os

    alimentos. O acmulo desses resduos no

    corpo pode causar cncer, alergias, aborto,

    deformao em fetos, entre outras doenas.

    Em doses altas podem causar intoxicao

    aguda, envenenamento e morte.

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    CONTROLE DE PRAGAS 17

    Hoje cada vez maior a preocupao das autoridades e dos consumidores

    com a sade das pessoas e a qualidade dos alimentos. Em funo disso

    torna-se necessrio conhecer o modo correto e seguro de utilizao dos

    agrotxicos na produo agrcola.

    Os agrotxicos de amplo espectro e persistncia no ambiente esto sendo

    substitudos por produtos de ao especfica (seletivos) e de menor impacto

    ambiental.

    Mesmo assim, o resduo de agrotxico nos alimentos no pode estar acima

    do limite mximo de resduo (LMR) ou tolernciadeterminado pelo

    Ministrio da Sade e somente podem ser usados osprodutos registrados

    para cada cultura. Sempre que no existir LMR determinado em legislao

    nacional, deve-se adotar os limites estabelecidos peloCodex Alimentarius.

    Os limites mximos de resduos (ou tolerncia) so estabelecidos porestudos e esto de acordo com normas internacionais que determinam a

    segurana dos alimentos. So medidos em partes por milho (ppm).

    Quando o limite mximo de resduo no alimento estabelecido em 0,1 ppm,

    significa que para cada um milho de partes de alimento permitido que se

    encontre no mximo 0,1 parte do resduo do princpio ativo do agrotxico.

    como se comparssemos 0,1 mm com um quilmetro de estrada.

    COMO SE V, O USO DE AGROTXICOS NAS CULTURAS PRECISA

    SER BEMCONTROLADO E OS PRAZOS DE CARNCIA CUMPRIDOS.

    PEQUENOS ERROS DE DOSAGEMOU NO CUMPRIMENTO DOS

    PRAZOS DE CARNCIA PODEMFAZER COMQUE OS LIMITES

    MXIMOS DE RESDUOS SEJAMULTRAPASSADOS.

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    CONTROLE DE PRAGAS18

    AVALIAODO PROBLEMAPara evitar usar produtos errados e desperdiar

    agrotxicos preciso fazer uma avaliao correta dos

    problemas da lavoura, como o ataque de pragas, doenas eplantas daninhas, com base em conhecimentos tcnicos.

    A orientao de um tcnico legalmente habilitado

    (registrado no CREA) deve ser procurada para se

    determinar a real necessidade do controle de pragas

    atravs do uso de agrotxicos.

    USODE AGROTXICOSPara que o uso dos agrotxicos seja feito de modo

    correto e seguro devem ser respeitadas as normas de

    segurana e as recomendaes contidas na bula do

    produto, tais como: Registro para a cultura;

    Dose recomendada;

    poca de aplicao;

    Mtodo de aplicao;

    Perodo de carncia ou intervalo de segurana;

    Cuidados no transporte e armazenamento.

    Podem existir situaes em que o uso de

    agrotxicos no seja necessrio e que prticas

    culturais e mtodos alternativos e biolgicos de

    controle sejam eficazes.

    possvel tambm que j no se disponha de

    tempo para cumprir o prazo de carncia.

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    CONTROLE DE PRAGAS 19

    PERODODE CARNCIAOU INTERVALODE SEGURANA

    o nmero de dias que deve ser respeitado entre a ltima aplicao

    do agrotxico e a colheita. O perodo de carncia vem escrito na

    bula do produto.

    ESTEPRAZO IMPORTANTEPARAGARANTIRQUEOALIMENTOCOLHIDONOPOSSUARESDUOS ACIMA DOLIMITEMXIMO PERMITIDO.

    ALIMENTOS CONTAMINADOS POR AGROTXICO ACIMA

    DO LIMITE MXIMO PERMITIDO PODEMPREJUDICARA SADE DAS PESSOAS.

    Por exemplo: se a ltima aplicao do produto na lavoura de tomate foi

    no dia 2 de maro e o perodo de carncia de 5 dias, a colheita s

    poder ser realizada a partir do dia 7 de maro.

    A comercializao de produtos agrcolas com resduo acima do limite

    mximo permitido pelo Ministrio da Sade ilegal.A colheita poderser apreendida e destruda. Alm do prejuzo da colheita, o agricultor

    ainda poder ser multado e processado.

    Para evitar este problema, importante consultar o profissional

    legalmente habilitado sobre o melhor produto a ser usado para combater

    as pragas de final de ciclo e, principalmente, respeitar o perodo de

    carncia escrito na bula.

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    CONTROLE DE PRAGAS20

    Antes de comprar um agrotxico deve-se obter uma receita agronmica.

    Nela devem constar:

    A cultura para qual ser usado;

    Dosagens, diluies, poca e freqncia de aplicao do produto;

    Mtodo de aplicao;

    Precaues a serem tomadas, entre outras informaes.

    AQUISIO

    AO COMPRAR AGROTXICOS:

    Leve a receita agronmica e guarde uma via;

    Exija e guarde a nota fiscal por ser uma

    garantia diante do cdigo de defesa do

    consumidor;

    Compre apenas a quantidade necessria.

    Evite estocar produto;

    Verifique o prazo de validade (no compre

    produtos vencidos);

    No aceite embalagens danificadas, que

    apresentem vazamentos ou sinais de

    violao que podem indicar falsificao do

    produto;

    Verifique se o rtulo dos produtos e as bulas esto

    legveis;

    Aproveite para comprar os equipamentos de

    proteo individual (EPI);

    Certifique-se de que o revendedor informou o local

    onde as embalagens vazias devem ser devolvidas.

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    CONTROLE DE PRAGAS 21

    TRANSPORTEO transporte de agrotxicos uma tarefa de responsabilidade. Quando o

    agricultor compra um agrotxico e vai transport-lo para sua unidade de

    produo precisa, de acordo com a legislao vigente, tomar medidas de

    segurana para diminuir o risco de acidentes que pode afetarnegativamente a sade das pessoas e do ambiente.

    O transporte deve ser feito sempre com a nota fiscal do

    produto e o envelope com as fichas de emergncia.

    PROIBIDOTRANSPORTARAGROTXICOSJ UNTO COM PESSOAS,ANIMAISEALIMENTOS.

    Assim, no permitido o transporte desses produtos em vans e

    automveis. Tambm no devem ser transportados na cabineou dentro

    de carrocerias quando se estiver tambm transportando pessoas, animais

    ou alimentos.

    O veculo mais apropriado para o transporte dos agrotxicos at a unidade

    de produo do tipo caminhonete e deve-se sempre verificar as

    condies de uso (freios, pneus, luzes, amortecedores, extintores etc).

    Os agrotxicos devem ser

    cuidadosamente acondicionados

    na carroceria e cobertos com lona.

    Deve-se respeitar a altura mxima

    de empilhamento para no correr

    o risco de danificar as

    embalagens.

    NO SE DEVE TRANSPORTAR EMBALAGENS ABERTAS,

    FURADAS E COMVAZAMENTO.

    AGROTXICOS NUNCA DEVEMSER TRANSPORTADOS JUNTO

    COMALIMENTOS, RAES OU MEDICAMENTOS.

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    CONTROLE DE PRAGAS22

    Em caso de acidentes durante o transporte, devem

    ser tomadas medidas para evitar que possveis

    vazamentos alcancem mananciais de guas ou que

    possam atingir culturas, pessoas, animais, depsitos

    ou instalaes, etc.

    Sinalize e afaste curiosos;

    Contenha o vazamento com terra para que noatinja cursos de gua, audes, lagos, etc.;

    Recolha o material derramado e entre em contato

    com o fabricante para obter orientao sobre o

    descarte.

    3- RECOLHAOMATERIALDERRAMADO

    1- SINALIZEEAFASTECURIOSOS

    2- FAA

    UMA

    CONTENO

    DO VAZAMENTO

    NO CASO DE DERRAMAMENTO DE GRANDES QUANTIDADES,

    DEVEMSER AVISADOS O FABRICANTE E AS AUTORIDADESLOCAIS E SEGUIDAS AS INFORMAES CONTIDAS NA FICHA

    DE EMERGNCIA DO PRODUTO.

    Fazer o carregamento e o descarregamento sempre com muito

    cuidado. As pessoas envolvidas devem usar equipamentos de

    proteo adequados (avental, luvas e camisa de manga comprida).

    No devem fumar, beber ou comer sem antes lavar

    cuidadosamente as mos e o rosto com gua e sabo.

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    CONTROLE DE PRAGAS 23

    ARMAZENAGEMOs agrotxicos devem ser guardados em depsitos construdos em local

    sem risco de inundao e distante de fontes de abastecimento de gua:

    O depsito deve ficar separado de outras construes, como residnciase instalaes para animais;

    A construo deve ser de alvenaria, com boa ventilao e iluminao

    natural;

    O piso deve ser cimentado e o telhado sem goteiras para permitir que o

    depsito fique sempre seco; No recomendvel armazenar estoques de produtos alm das

    quantidades para uso a curto prazo (no mximo para uma safra);

    Nunca armazenar restos de produtos em embalagens sem tampa ou com

    vazamentos;

    Manter sempre os produtos ou restos em suas embalagens originais.

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    CONTROLE DE PRAGAS24

    ROTAO DO ESTOQUEEm caso de sobra de produtos da safra anterior, estes

    devem ser usados primeiro para reduzir o risco de perda do

    prazo de validade. Na organizao do depsito de

    agrotxico, deve-se usar a regra PVPS - primeiro que vence,

    primeiro que sai.

    Os produtos devem ser mantidos

    organizados por tipo - inseticidas,

    fungicidas, herbicidas, acaricidas eoutros - para evitar trocas de produto.

    O local de armazenagem de agrotxicos deve ser mantido

    trancado, fora do alcance de crianas e animais. No se

    deve armazenar agrotxicos junto com alimentos,

    medicamentos e raes.

    A porta do depsito de agrotxicos deve conter uma

    placa sinalizando"CUIDADO VENENO".

    As iscas envenenadas e as sementes tratadas com

    produtos qumicos para fumigao tambm devem ser

    guardadas afastadas dos alimentos para evitar

    contaminaes e qualquer possibilidade de consumo

    acidental.

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    CONTROLE DE PRAGAS 25

    INSTRUESDE USOAs pessoas que manuseiam agrotxicos precisam ter capacitao e

    treinamento especficos para evitar a contaminao dos alimentos, das

    pessoas e do ambiente.

    O manuseio deve ser feito por pessoas commais de 18 anos,

    alfabetizadas e treinadaspara a atividade.

    Leia e siga sempre as instrues de uso descritas nas

    embalagens e bulas dos produtos.

    Os agrotxicos tm seu uso registrado pelo Ministrio da

    Agricultura, Pecuria e Abastecimento e aprovados pelo

    Ministrio da Sade e pelo Ministrio do Meio Ambiente.

    O registro estabelece as culturas em que pode ser usado, o intervalo de

    aplicao, o tempo de carncia para colheita e os cuidados que devem ser

    tomados na proteo da sade dos aplicadores e na proteo do

    ambiente.

    Como h produtos mais txicos ao homem do que outros, as embalagens

    trazem uma tarja colorida de classificao dos produtos. Os cuidados no

    manuseio e uso dos agrotxicos devem ser os mesmos, independentemente

    da classe toxicolgica dos produtos.

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    CONTROLE DE PRAGAS26

    PREPARODA CALDADE AGROTXICOO preparo da calda exige muito cuidado, pois o momento em

    que o trabalhador est manuseando o produto concentrado.

    Usar o EPI completo;

    Abrir a embalagem com cuidado para no derramar;

    Utilizar balanas, copos graduados, baldes e funis

    especficos para o preparo da calda;

    Fazer a lavagem da embalagem vazia logo aps o

    esvaziamento da embalagem;

    Aps o preparo da calda, lavar os utenslios usados e sec-

    los ao sol;

    Nunca utilizar esses mesmos utenslios para outrasatividades;

    NO SE DISTRAIA ENQUANTO ESTIVER PREPARANDO A CALDA.

    Usar apenas o agitador do pulverizador para misturar a calda;

    Utilizar sempre gua limpa para preparar a calda e evitar o entupimento

    dos bicos do pulverizador;

    Verificar se todas as embalagens usadas esto fechadas e guard-las no

    depsito;

    Preparar a calda em local apropriado, longe de crianas, animais epessoas desprotegidas.

  • 7/29/2019 BOASPRATICASAGRICControledepragas

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    CONTROLE DE PRAGAS 27

    USAR SEMPRE EQUIPAMENTO DE PROTEO: BOTAS IMPERMEVEIS,

    LUVAS DE NITRILA OU NEOPRENE, MSCARA, PROTETOR FACIAL,

    CHAPU RABE, CALA COMPRIDA, JALECO DE MANGAS

    COMPRIDAS E AVENTAL IMPERMEVEL. SO OS EPI.

    MASOQUESO EPI?EPI quer dizer equipamentos de proteo individual.

    So luvas, botas, mscaras, capacetes, protetores

    faciais, etc. A funo bsica dos EPI proteger a sade

    dos trabalhadores rurais, principalmente dos que

    utilizam os agrotxicos, reduzindo os riscos de

    intoxicaes decorrentes da exposio.

    As vias de exposio so:

    Intoxicao durante o manuseio ou a aplicao de produtos fitossanitrios

    consideradoacidente de trabalho.

    O uso de EPI umaexigncia da legislao trabalhista brasileiraatravs

    de suas Normas Regulamentadoras. O no cumprimento poder acarretar

    em aes deresponsabilidade cvel e penal, alm demultas aos

    infratores.

    ORAL DRMICA RESPIRATRIA OCULAR

  • 7/29/2019 BOASPRATICASAGRICControledepragas

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    CONTROLE DE PRAGAS28

    A LEGISLAO TRABALHISTA PREV QUE

    OBRIGAO DO EMPREGADOR:

    Fornecer os EPI adequados ao trabalhador;

    Instruir e treinar quanto ao uso dos EPI;

    Fiscalizar e exigir o uso dos EPI;

    Manter e substituir os EPI.

    OBRIGAO DO TRABALHADOR

    Usar e conservar os EPI.

    QUEMFALHAR NESTAS OBRIGAES PODER SER RESPONSABILIZADO: O empregador poder responder ao na justia, alm de ser multado;

    O funcionrio poder at ser demitido por justa causa.

    RECOMENDADOQUE O FORNECIMENTODE EPI, BEMCOMOOSTREINAMENTOSMINISTRADOS, SEJ AM REGISTRADOSATRAVS DE DOCUMENTAO APROPRIADAPARA EVENTUAIS ESCLARECIMENTOS EMCAUSASTRABALHISTAS.

  • 7/29/2019 BOASPRATICASAGRICControledepragas

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    CONTROLE DE PRAGAS 29

    APLICAODO AGROTXICOO sucesso do controle de pragas pelo uso de agrotxicos depende muito da

    qualidade da aplicao do produto. A aplicao mal feita, alm de

    desperdiar o produto, pode contaminar as pessoas e o ambiente. O prejuzo

    pode ser muito grande.

    Procedimentos para aplicar corretamente um

    agrotxico:

    Usar sempre os EPI mais apropriados para o

    tipo de agrotxico que ser aplicado;

    Calibrar os pulverizadores corretamente;

    Manter os equipamentos aplicadores sempre

    bem conservados;

    Fazer a reviso e manuteno peridica nos

    pulverizadores. Verificar as condies de

    filtros, mangueiras e bicos;

    No utilizar equipamentos com defeitos,

    vazamentos ou em condies inadequadas de uso;

    Lavar o equipamento e verificar o seu

    funcionamento aps cada dia de trabalho; No desentupir bicos com a boca;

    Aps a aplicao, manter as pessoas afastadas das

    reas tratadas, observando o perodo de reentrada

    na lavoura.

    DURANTEOPERODODEREENTRADA, SDEVESERPERMITIDAAENTRADADEPESSOAS NA LAVOURAUSANDO EPI.

  • 7/29/2019 BOASPRATICASAGRICControledepragas

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    CONTROLE DE PRAGAS30

    Para se ter uma aplicao efetiva dos agrotxicos preciso considerar as

    condies climticas.

    Evitar aplicar os agrotxicos nas horas mais quentes do dia;

    Verificar a velocidade do vento, para evitar a deriva;

    LEMBRAR TAMBM - Presso excessiva na bomba causa deriva e perda da

    calda de pulverizao;

    CHAMAMOS DERIVA O DESLOCAMENTO DO PRODUTO PARA FORA DA REA

    QUE EST SENDO TRATADA. PODE ACONTECER POR AO DO VENTO, POR

    ESCORRIMENTO OU MESMO POR VOLATILIZAO DO PRODUTO.

    Na tabela abaixo esto mostradas as condies ideais para uma pulverizaoeficiente (adaptao do Boom Sprayers Handbook, British Crop Protection

    Council, 1991).

    Velocidade do ar: menos que 2 km/h

    Descrio:calmo

    Sinais visveis: fumaa sobe verticalmente

    Pulverizao:pulverizao no recomendvel em dias

    quentes e ensolarados

    Velocidade do ar: 2,0 - 3,2 km/h

    Descrio:quase calmo

    Sinais visveis:a fumaa inclinada

    Pulverizao:pulverizao no recomendvel em dias

    quentes e ensolarados

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    CONTROLE DE PRAGAS 31

    OUTRAS REGRAS IMPORTANTES:

    Usar apenas a quantidade recomendada;

    No comer, no beber e no fumar durante a aplicao;

    Anotar tudo no caderno de campo (o produto, o equipamento, a

    quantidade, o dia e a gleba). Anotar tambm o nome de quem aplicou e

    como foi feita a aplicao.

    Velocidade do ar:3,2 - 6,5 km/h

    Descrio:brisa leve

    Sinais visveis:as folhas oscilam. Sente-se

    o vento na face.Pulverizao: ideal para pulverizao

    Velocidade do ar:6,5 - 9,6 km/h

    Descrio:vento leve

    Sinais visveis: folhas e ramos finosem constante movimento

    Pulverizao:evitar pulverizao de herbicidas

    Velocidade do ar:9,6 - 14,5 km/h

    Descrio:vento moderado

    Sinais visveis:movimento de

    galhos. Poeira e pedaos de papel

    so levantados

    Pulverizao: imprprio para pulverizao

  • 7/29/2019 BOASPRATICASAGRICControledepragas

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    CONTROLE DE PRAGAS32

    O uso dos EPI fundamental para reduzir o risco de absoro do produto

    txico pelo organismo, protegendo a sade do trabalhador.

    A contaminao do aplicador pode ser evitada com hbitos simples de

    higiene. Os produtos qumicos normalmente penetram no corpo atravs docontato com a pele.

    Roupas ou equipamentos contaminados deixam a pele do trabalhador em

    contato direto com o produto e aumentam a absoro pelo corpo. Outra via

    de contaminao atravs da boca, quando se manuseiam alimentos,

    bebidas ou cigarros com as mos sujas do produto.

    SEGURANADO TRABALHADOR

    PARA EVITAR CONTAMINAES:

    Lavar bem as mos e o rosto antes de comer,

    beber ou fumar e aps manusear ou usar

    agrotxicos;

    No tocar o rosto ou qualquer parte da pele com

    as luvas ou as mos sujas;

    Tomar banho com bastante gua e sabonete,

    esfregando bem o corpo, a cabea, axilas, unhas e

    regies genitais; Usar roupas limpas;

    Manter sempre a barba bem feita,

    unhas e cabelos bem cortados;

    Lavar os EPI de acordo com as

    orientaes dos fabricantes; Ao final do dia de trabalho, lavar

    as roupas usadas na aplicao de

    agrotxicos, separadas das roupas

    da famlia.

  • 7/29/2019 BOASPRATICASAGRICControledepragas

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    CONTROLE DE PRAGAS 33

    CUIDADOCOMOS ANIMAISOs animais tambm podem se intoxicar pela

    penetrao dos agrotxicos atravs da pele

    ou pelo consumo de gua contaminada. Por

    isso, devem ser mantidos afastados quando

    os agrotxicos esto sendo aplicados.

    Tambm no devem permanecer nos locais

    onde os agrotxicos ou as embalagens usadas

    so guardados.

    CUIDADOCOMO AMBIENTEO uso de agrotxico pode causar contaminao acidental do ambientepor impercia, negligncia ou imprudncia. Pode, por exemplo, colocar

    em risco os mananciais de gua, afetando o suprimento de gua para

    o consumo de animais e das pessoas.

    A contaminao ambiental pode se dar:

    Pelo manuseio de agrotxico em locais inadequados;

    Derramamento;

    Deriva;

    Uso de equipamento desregulado.

    Entre as reas de especial risco esto:

    reas prximas de poos, nascentes, audes,

    lagos e cursos de gua (crregos, riachos, rios);

    reas de preservao ambiental.

  • 7/29/2019 BOASPRATICASAGRICControledepragas

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    CONTROLE DE PRAGAS34

    Toda a gua de lavagem de equipamentos de aplicao de ser conduzida

    para local que no oferea risco ao ambiente.

    O uso correto e seguro de agrotxico dentro de um sistema de manejo

    integrado de pragas permite a produo de alimentos de forma segura

    aliada preservao ambiental.

    LEMBRE-SE:

    NUNCA ABANDONE EMBALAGENS VAZIAS NA LAVOURA.

    FAA A TRPLICE LAVAGEMIMEDIATAMENTE AO ESVAZIAR O

    FRASCO E FURE NO FUNDO PARA QUE NO POSSA MAIS SER USADO.

    GUARDE A EMBALAGEMPARA DEVOLUO.

    NUNCA REUTILIZE EMBALAGENS VAZIAS.

  • 7/29/2019 BOASPRATICASAGRICControledepragas

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    CONTROLE DE PRAGAS 35

    DESTINO FINALDAS EMBALAGENSVAZIAS

    A legislao brasileira obriga o agricultor a devolver

    todas as embalagens vazias dos produtos na unidadede recebimento de embalagens indicada pelo

    revendedor.

    Antes de devolver o agricultor dever preparar as

    embalagens:

    Para as embalagens lavveis - proceder a trplice

    lavagem ou lavagem sob presso que deve ser feita logo

    aps o esvaziamento do frasco. O frasco deve ser perfurado;

    Para as embalagens flexveis no lavveis - guard-las em saco plsticoespecial para esse fim.

    Para as embalagens rgidas no lavveis - guard-las nas prprias caixas

    de papelo, separadamente das embalagens lavadas.

    O agricultor que no devolver as embalagens nas unidades de recebimento

    ou no prepar-las adequadamente poder ser multado, alm de ser

    enquadrado na Lei de Crimes Ambientais.

    ASEMBALAGENSUSADAS, MESMODEPOISDELAVADAS, NODEVEMSERGUARDADASJ UNTOCOMALI MENTOS, RAES E MEDICAMENTOS.

  • 7/29/2019 BOASPRATICASAGRICControledepragas

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    CONTROLE DE PRAGAS36

    PRIMEIROS SOCORROSEM CASODE ACIDENTES

    Via de regra, os casos de contaminao so resultantes de erros cometidos

    durante as etapas de manuseio ou aplicao de agrotxicos.

    So causados tambm pela falta de informao ou descuido do operador. No

    caso de ocorrer contaminao do aplicador importante manter a calma.

    PROCEDIMENTOS BSICOS PARA CASOS DEINTOXICAO

    Descontaminar a pessoa de acordo com as instrues de primeiros socorros

    do rtulo ou da bula do produto;

    Dar banho e vestir uma roupa limpa na vtima e lev-la imediatamente para

    o posto mdico mais prximo;

    Levar o rtulo ou a bula do produto para mostrar

    ao mdico;

    Ligar para o telefone de emergncia do fabricante,

    que consta na embalagem, informando o nome e

    idade do paciente, o nome do mdico e o

    telefone do hospital.

  • 7/29/2019 BOASPRATICASAGRICControledepragas

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    CONTROLE DE PRAGAS 37

    As informaes sobre o uso de agrotxicos apresentadas

    nessa cartilha foram adaptadas de cartilhas preparadas pela

    Associao Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF). No endereo

    da ANDEF na Internet (www.andef.com.br) possvel obter

    cpias completas das cartilhas sobre:

    Manual de Tecnologia de Aplicao de Produtos

    Fitossanitrios Manual de Uso Correto e Seguro de Produtos

    Fitossanitrios/Agrotxicos

    Manual de Uso Correto de Equipamento de Proteo

    Individual

    Manual de Transporte de Produtos Fitossanitrios

    Manual de Armazenamento de Produtos Fitossanitrios

    Destinao Final de Embalagens Vazias de Agrotxicos

    As cartilhas tambm informam sobre fornecedores de EPI,

    localidades onde existem Unidades Centrais de Recebimento

    de Embalagens de Agrotxicos, telefones de emergncia das

    empresas associadas ANDEF e as normas regulamentadoras

    aplicveis.

  • 7/29/2019 BOASPRATICASAGRICControledepragas

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    CONTROLE DE PRAGAS38

    MANEJ ODE PRAGAS, DOENASE PLANTAS DANINHAS1- No manejo de pragas, doenas e plantas

    daninhas assegurada a utilizao mnima de

    agrotxicos? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    2- A seleo e condies de uso de agrotxicos

    so realizadas considerando os efeitos mnimos

    sobre o meio ambiente?

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    3- Na aplicao de tcnicas de MIP sopriorizadas outras formas de controle em lugar

    de controle qumico?

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    4- O agrotxico utilizado recomendado para

    a praga, doena e planta daninha a controlar eseu uso obedece s normas e instrues do

    receiturio agronmico estabelecido por tcnico

    qualificado? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    USODE AGROTXICOS1- O emprego de agrotxico est baseado naindicao/autorizao de uso para a cultura em

    questo e possui registro ou autorizao de uso

    por rgo de competncia nacional? ISTO

    CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    2- Toda a aplicao de agrotxico est registrada

    no caderno de campo ou equivalente, incluindo

    cultura, localizao, data e forma da aplicao,

    motivo, autorizao tcnica, nome comercial do

    produto, quantidade utilizada, equipamento

    empregado, nome do operador e perodo de

    carncia? ISTO CRTICO.

    ! SIM! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    3- O produtor ou produtora rural adota

    estratgias para evitar a resistncia de pragas,

    doenas e plantas daninhas?

    ! SIM

    ! NO! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    HORADE FAZERA VERIFICAODESSASPRTICASNASUA UNIDADEDE PRODUO

  • 7/29/2019 BOASPRATICASAGRICControledepragas

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    CONTROLE DE PRAGAS 39

    EQUIPAMENTOS DE APLICAO DEAGROTXICOS1- Os equipamentos de aplicao so adequados

    para uso na regio e cultura em questo? ISTO

    CRTICO.

    ! SIM

    ! NO! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    2- Os equipamentos utilizados nas aplicaes so

    mantidos em boas condies de uso? ISTO

    CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES! NO SE APLICA

    3- Existe um procedimento estabelecido de

    calibrao de equipamentos? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    4- Existe registro atualizado da calibrao dos

    equipamentos? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    5- Os tratores usados na aplicao de agrotxicos

    so dotados de cabines adequadas para a

    proteo do operador? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    6- O produtor e os aplicadores esto

    adequadamente capacitados e treinados no uso

    de agrotxicos? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    7- O produtor e os aplicadores esto conscientes

    dos riscos pessoais, ambientais e para o consu-

    midor envolvido nesta operao? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    8- Os operadores e aplicadores esto equipadoscom equipamento protetor adequado/EPI, em

    bom estado de conservao, e esto capacitados

    no seu uso correto? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    9- EPI e equipamentos de proteo soguardados em reas separadas dos agrotxicos?

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    10- H capacitao tcnica na utilizao de EPIs?

    ISTO CRTICO.

    ! SIM! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

  • 7/29/2019 BOASPRATICASAGRICControledepragas

    42/46

    CONTROLE DE PRAGAS40

    11- Os procedimentos de uso dos EPIs so

    adequadamente cumpridos? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    12- Os aplicadores de agrotxico tm mais de 18anos?

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    PREPAROE APLICAODE

    AGROTXICOS1- Os intervalos de carncia no uso deagrotxicos so rigorosamente observados e

    cumpridos? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    2- Para as culturas que so colhidas em perodosextensos de tempo, existe um procedimento

    implementado definindo as condies de

    utilizao dos agrotxicos, de forma a no

    comprometer os perodos de carncia? ISTO

    CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    3- Existe um procedimento para a utilizao ou

    eliminao de excedentes ou sobras de solues

    de agrotxicos? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    4- So mantidos registros detalhados das

    condies e locais de utilizao destes excedentes

    ou sobras?

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    5- Existem instalaes adequadas para o preparo

    seguro de solues de agrotxicos, de forma a

    evitar a contaminao do ambiente? ISTO

    CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    6- Existem equipamentos de emergncia como

    lava olhos, disponibilidade de gua limpa e areia,

    para o caso de contaminao do operador e der-

    ramamento acidental do produto? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    7- Estes equipamentos de emergncia esto

    guardados prximo do local de preparo das

    caldas de agrotxico.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    8- Esto disponibilizados, facilmente acessveise visveis uma lista de contatos e um aparelho de

    comunicao, para o caso de acidente?

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

  • 7/29/2019 BOASPRATICASAGRICControledepragas

    43/46

    CONTROLE DE PRAGAS 41

    9- O uso de herbicidas obedece ao receiturio

    agronmico? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    10- O uso de herbicidas est registrado nocaderno de campo ou equivalente? ISTO

    CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    ARMAZENAMENTO E EMBALAGENS EAGROTXICOS1- O armazenamento de agrotxicos feito em

    locais seguros, bem ventilados e em separado

    de outros materiais? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    2- Existem documentos assegurando o controle

    de estoque dos produtos existentes?

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    3- Existe a precauo de que as prateleiras sejam

    construdas de material no absorvente e de queos produtos em p estejam separados dos

    produtos lquidos?

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    4- Os agrotxicos so sempre armazenados em

    sua embalagem original? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    5- Sinais de advertncia de perigos estocolocados nas portas de acesso aos depsitos?

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    6- O manejo e descarte de recipientes e

    embalagens vazios de agrotxicos so feitos de

    acordo com as normas da legislao nacionalvigente? ISTO CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    7- O descarte de agrotxicos com prazo de

    validade vencido feito somente pelo

    fornecedor/ fabricante? ISTO CRTICO.! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

    USO DE FITORREGULADORES1- O uso de fitorreguladores baseado em

    receiturio agronmico e efetuado de forma

    adequada, conforme legislao vigente? ISTO

    CRTICO.

    ! SIM

    ! NO

    ! S VEZES

    ! NO SE APLICA

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    Impresso e acabament o

    Embrapa I nf ormao Tecnolgica

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    CRDITOS

    COMIT GESTOR NACIONAL DO PASAntnio Carlos Dias SENAI/DNDaniel Kluppel Carrara SENARFernando Viga Magalhes ANVISA/MSMaria Lcia Telles S. Farias SENAI/RJMaria Regina Diniz de Oliveira SEBRAE/NA

    Paulo Alvim SEBRAE/NAPaulo Bruno SENAC/DNPaschoal Guimares Robbs CTN/PASRaul Osrio Rosinha Embrapa/SNTVladmir Farsetti Favalli ANVISA/MSWalkyria Porto Duro SESI/DNWillian Dimas Bezerra da Silveira SESC/DN

    COMIT TCNICO PAS CAMPO

    Coordenao Geral:Paschoal Guimares Robbs CTN/PAS

    Raul Osrio Rosinha Embrapa/SNTEquipe:Antonio Tavares da Silva UFRRJ /CTN/PASCarlos Alberto Leo CTN/PASMaria Regina Diniz de Oliveira SEBRAE/NAPaulo Alvim SEBRAE/NA

    TCNICOS RESPONSVEISMaria Cristina Prata Neves Embrapa AgrobiologiaPaschoal Guimares Robbs CTN/PASRoberto Arajo BASFShizuo Dodo ANDEF

    Thais M.D. Santiago ANDEF

    EDITORES TCNICOSAntonio Tavares da Silva UFRRJ /CTN/PASDilma Scalla Gelli ADOLFO LUTZ/PASMauro Faber Freitas Leito FEA/UNICAMP/PASMaria Cristina Prata Neves Embrapa AgrobiologiaPaschoal Guimares Robbs CTN/PAS

    COLABORADORES

    Fabrinni Monteiro dos Santos PASFrancismere Viga Magalhes PASPaulo Henrique Simes PAS

    EDITORAO E PROJETO GRFICOCV Design

    CONVNIO PAS CAMPOCNI/SENAI/SEBRAE/Embrapa

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