Boletim Autonomia e Luta Junho 2015 - Assembleia Geral da Categoria 08/06/2015

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JUNHO DE 2015 AUTONOMIA E LUTA AUTONOMIA E LUTA OPOSIÇÃO SINDICAL TRAVANDO A LUTA ALÉM DA BUROCRACIA E ELEIÇÕES! Porque não estamos nas eleições do SINTEP / 2015 Nesses 6 anos em que o Autonomia e Luta se fez presente nas lutas das trabalhadoras e trabalhadores da educação em MT, sempre deixamos expressas nossas posições e opiniões, em panfletos, falas e na prática. Estão na memória daqueles que acompanharam esse trajeto. Se nos fizemos claros, perceberão que sempre valorizamos, acima de tudo, a luta corrente da categoria. Em pleno processo eleitoral, momento de jogos de interesses, do uso intencional das mais diversas armas, não poderíamos deixar de manifestar nossa opinião e de dizermos porque não estamos nesse jogo. O Autonomia e Luta compreende que a unidade e a força da classe, construídas desde baixo, são pontos pri- mordiais para a luta que travamos. Para isso, faz-se ne- cessário que sejamos combativos, honestos e firmes com relação a princípios; é necessário que nos informemos cada dia mais, e, com isso, possamos construir um sindi- cato que seja realmente das trabalhadoras e dos traba- lhadores. O SINTEP deveria ser isso, a representação dos anseios dos que estão verdadeiramente no chão das escolas. Devemos nos posicionar, como categoria, de ma- neira contrária a um sindicato que seja refém da burocra- cia; é necessário que a base seja protagonista nesse pro- cesso, para que efetivamente possamos defender nossos direitos, cada dia mais atacados pelo Estado e por suas políticas partidárias. Por essa razão, acreditamos que a luta se trava todos os dias no chão das escolas, nas greves, nas ruas. Essa luta é maior que a burocracia sindical e está para além das eleições para direção desse aparato. Não podemos con- cordar com o modo pelo qual têm sido tratadas as elei- ções sindicais; chapas montadas na mera busca de nú- meros de componentes são mais importantes do que a construção consciente e real do processo. Com essa prá- tica, os reais interesses de grupos políticos são mascara- dos e acarretam uma postura desonesta com trabalhado- ras e trabalhadores que ainda acreditam nesse instru- mento de luta histórica. Chega-se ao ponto de Subsede do nosso sindicato chamar assembleia esvaziada, no mês de dezembro, para mudar o estatuto e para dificultar a formação de chapas que não fossem nesses moldes em que eles estão acostumados; que é o arrebanhando de pessoas, sem, no mínimo, fazer um debate político e sin- cero sobre o que o grupo político representa. Prática que favorece a manutenção de determinados grupos no poder. Um sindicato de luta, em caso de estado de greve, jamais recusaria uma proposta de realizar um ato no mesmo dia em que comemora seus 50 anos, dia em que se tem marca- da uma festa comemorativa de aniversário. Foi o que ocor- reu no conselho de representantes desse final de semana (6 e 7 de junho); membros da direção recusaram uma pro- posta de realizar um ato no dia 29 de junho porque é o dia da festa de aniversário do SINTEP. Ora, perguntamos, que dia melhor para se fazer um ato e mostrar a combatividade de nosso sindicato do que o dia em que ele comemora 50 anos? Que modo melhor de mostrar que estamos na luta do que fazermos a luta, e não apenas festa, também nesse dia de aniversário do SINTEP? Devemos debater concepções de organização sindical! Acreditamos num sindicato democrático de base ou cons- truído por líderes carismáticos? Um sindicato que leva a luta para as ruas e comunidades ou que busca resolver os problemas a portas trancadas em gabinetes? Um sindica- to classista que constrói a sua força na mobilização das trabalhadoras e dos trabalhadores e alianças com outras categorias e outros movimentos ou um sindicato que se aproxima de parlamentares para que estes encampem a nossa luta como se nos estivessem fazendo favores? Mas, não nos percamos. O debate é interno e serve para o cres- cimento político da nossa categoria. Na luta, nas ações planejadas com objetivo de avançarmos nas conquistas, devemos estar todos unidos. Esperava-se que, pelo menos, nesse momento eleitoral, a atual direção do nosso sindicato fizesse isso, já que não faz em outros momentos. Para nós, um sindicato combativo, classista e construído pelos que estão no chão das escolas, vai além da burocra- cia e das eleições! Mais do que burocracia e direções, esse sindicato que almejamos se faz pela LUTA COTIDIA- NA, OMBRO A OMBRO COM TODAS/OS EDUCADO- RAS/ES! E é por isso que não abandonamos a luta, que estaremos sempre nos chãos das escolas, dialogando diretamente com a categoria; estaremos sempre nas greves e nas filei- ras da luta travada nas ruas – mesmo enfrentando o auto- ritarismo e a repressão do Estado. O Autonomia é luta, e a Luta é constante e sempre! Nessa perspectiva, a nossa campanha é outra: - Lutamos por sindicato que seja combativo e fortaleça as traba- lhadoras e trabalhadores; - Lutamos por um sindicato que estabeleça um diálogo mais próximo com a categoria, que respeite o que ela diz e torne o debate cada vez mais político e consciente; - Lutamos por um sindicato que seja construído pelas trabalhado- ras e trabalhadores que estão no chão das escolas, que suas neces- sidades não sejam moedas de troca em negociações e interesses de organizações políticas ou grupos partidários; somente nós traba- lhadoras (es) podemos construir isso, com nossas próprias mãos; - Lutamos por um sindicato que realize formações políticas real- mente políticas e menos acadêmicas, que elas sejam constantes e não intensificadas somente em ano de eleições para formar chapas; - Lutamos por um sindicato que esteja verdadeiramente nas escolas escutando o que o apoio administrativo tem a dizer, que realmente levante e lute por suas bandeiras e reivindicações; - Lutamos por um sindicato que tenha uma campanha real de filia- ção, em que nós nos filiemos com a consciência clara da importância da filiação para um sindicato que tenha unidade e força política; que sejamos nós esse sindicato e que nos representemos por ele e façamos dele nosso real instrumento!

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- Por que não estamos nas eleições do SINTEP/2015- A realidade é para a Luta e o Combate!- A realidade de nossa luta em MT: governo "legalista" e autoritário!

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  • JUNHO DE 2015

    AUTONOMIA E LUTAAUTONOMIA E LUTAOPOSIO SINDICAL TRAVANDO A LUTA ALM DA BUROCRACIA E ELEIES!Porque no estamos nas eleies do SINTEP / 2015 Nesses 6 anos em que o Autonomia e Luta se fez presente nas lutas das trabalhadoras e trabalhadores da educao em MT, sempre deixamos expressas nossas posies e opinies, em panfletos, falas e na prtica. Esto na memria daqueles que acompanharam esse trajeto. Se nos fizemos claros, percebero que sempre valorizamos, acima de tudo, a luta corrente da categoria. Em pleno processo eleitoral, momento de jogos de interesses, do uso intencional das mais diversas armas, no poderamos deixar de manifestar nossa opinio e de dizermos porque no estamos nesse jogo. O Autonomia e Luta compreende que a unidade e a fora da classe, construdas desde baixo, so pontos pri-mordiais para a luta que travamos. Para isso, faz-se ne-cessrio que sejamos combativos, honestos e firmes com relao a princpios; necessrio que nos informemos cada dia mais, e, com isso, possamos construir um sindi-cato que seja realmente das trabalhadoras e dos traba-lhadores. O SINTEP deveria ser isso, a representao dos anseios dos que esto verdadeiramente no cho das escolas. Devemos nos posicionar, como categoria, de ma-neira contrria a um sindicato que seja refm da burocra-cia; necessrio que a base seja protagonista nesse pro-cesso, para que efetivamente possamos defender nossos direitos, cada dia mais atacados pelo Estado e por suas polticas partidrias. Por essa razo, acreditamos que a luta se trava todos os dias no cho das escolas, nas greves, nas ruas. Essa luta maior que a burocracia sindical e est para alm das eleies para direo desse aparato. No podemos con-cordar com o modo pelo qual tm sido tratadas as elei-es sindicais; chapas montadas na mera busca de n-meros de componentes so mais importantes do que a construo consciente e real do processo. Com essa pr-tica, os reais interesses de grupos polticos so mascara-dos e acarretam uma postura desonesta com trabalhado-ras e trabalhadores que ainda acreditam nesse instru-mento de luta histrica. Chega-se ao ponto de Subsede do nosso sindicato chamar assembleia esvaziada, no ms de dezembro, para mudar o estatuto e para dificultar a formao de chapas que no fossem nesses moldes em que eles esto acostumados; que o arrebanhando de pessoas, sem, no mnimo, fazer um debate poltico e sin-cero sobre o que o grupo poltico representa. Prtica que favorece a manuteno de determinados grupos no poder.

    Um sindicato de luta, em caso de estado de greve, jamais recusaria uma proposta de realizar um ato no mesmo dia em que comemora seus 50 anos, dia em que se tem marca-da uma festa comemorativa de aniversrio. Foi o que ocor-reu no conselho de representantes desse final de semana (6 e 7 de junho); membros da direo recusaram uma pro-posta de realizar um ato no dia 29 de junho porque o dia da festa de aniversrio do SINTEP. Ora, perguntamos, que dia melhor para se fazer um ato e mostrar a combatividade de nosso sindicato do que o dia em que ele comemora 50 anos? Que modo melhor de mostrar que estamos na luta do que fazermos a luta, e no apenas festa, tambm nesse dia de aniversrio do SINTEP?

    Devemos debater concepes de organizao sindical! Acreditamos num sindicato democrtico de base ou cons-trudo por lderes carismticos? Um sindicato que leva a luta para as ruas e comunidades ou que busca resolver os problemas a portas trancadas em gabinetes? Um sindica-to classista que constri a sua fora na mobilizao das trabalhadoras e dos trabalhadores e alianas com outras categorias e outros movimentos ou um sindicato que se aproxima de parlamentares para que estes encampem a nossa luta como se nos estivessem fazendo favores? Mas, no nos percamos. O debate interno e serve para o cres-cimento poltico da nossa categoria. Na luta, nas aes planejadas com objetivo de avanarmos nas conquistas, devemos estar todos unidos. Esperava-se que, pelo menos, nesse momento eleitoral, a atual direo do nosso sindicato fizesse isso, j que no faz em outros momentos. Para ns, um sindicato combativo, classista e construdo pelos que esto no cho das escolas, vai alm da burocra-cia e das eleies! Mais do que burocracia e direes, esse sindicato que almejamos se faz pela LUTA COTIDIA-NA, OMBRO A OMBRO COM TODAS/OS EDUCADO-RAS/ES!E por isso que no abandonamos a luta, que estaremos sempre nos chos das escolas, dialogando diretamente com a categoria; estaremos sempre nas greves e nas filei-ras da luta travada nas ruas mesmo enfrentando o auto-ritarismo e a represso do Estado.

    O Autonomia luta, e a Luta constante e sempre!

    Nessa perspectiva, a nossa campanha outra:

    - Lutamos por sindicato que seja combativo e fortalea as traba-lhadoras e trabalhadores;- Lutamos por um sindicato que estabelea um dilogo mais prximo com a categoria, que respeite o que ela diz e torne o debate cada vez mais poltico e consciente;- Lutamos por um sindicato que seja construdo pelas trabalhado-ras e trabalhadores que esto no cho das escolas, que suas neces-sidades no sejam moedas de troca em negociaes e interesses de organizaes polticas ou grupos partidrios; somente ns traba-lhadoras (es) podemos construir isso, com nossas prprias mos;- Lutamos por um sindicato que realize formaes polticas real-mente polticas e menos acadmicas, que elas sejam constantes e no intensificadas somente em ano de eleies para formar chapas;- Lutamos por um sindicato que esteja verdadeiramente nas escolas escutando o que o apoio administrativo tem a dizer, que realmente levante e lute por suas bandeiras e reivindicaes;- Lutamos por um sindicato que tenha uma campanha real de filia-o, em que ns nos filiemos com a conscincia clara da importncia da filiao para um sindicato que tenha unidade e fora poltica; que sejamos ns esse sindicato e que nos representemos por ele e faamos dele nosso real instrumento!

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    A realidade para a Luta e o Combate!A realidade para a Luta e o Combate! Estamos passando por um momento histrico no pas. De um lado, vemos o governo atacando os direitos dos traba-lhadores, editando medidas provisrias que dificultam e restringem o acesso aos direitos conquistados historicamente. No parlamento, est em pauta o projeto da terceirizao, que precariza as condies de trabalho e aumenta os lucros dos empresrios. Em poca de crise, o trabalhador que paga a conta. Por outro lado, vemos vrias categorias de tra-balhadoras (es) que esto se levantando, indo para as ruas e lutando por seus direitos. Os governos esto reagindo de forma violenta contra a classe trabalhadora; a cada dia, vemos cenas mais impressionantes, que nos lembram os regi-mes ditatoriais.

    Nesse cenrio, devemos refletir sobre qual o nosso papel histrico, ns trabalhadoras (es), ns educadoras (es).

    Primeiro ponto: no devemos aceitar o discurso de crise, que a dificuldade eco-nmica do pas justifica a reduo de direitos. O capitalismo sempre est em crise, faz parte da sua lgica. As crises devem ser utilizadas pelas trabalhado-ras (es) para desmascarar este sistema injusto e opressor.

    Segundo ponto: hoje, temos um grande debate sobre a terceirizao, que infe-lizmente est sendo pautado pelos setores mais reacionrios do pas. A dis-cusso est sobre at que ponto pode-se terceirizar, se apenas rea meio ou pode avanar para a rea fim. O debate que ns trabalhadoras (es) devemos realizar o fim da terceirizao, pelo menos no setor pblico. o mnimo, se entendemos todos os problemas da terceirizao, se somos solidrios s (aos) trabalhadoras (as) que podem perder seus empregos ou serem transfor-madas (os) em trabalhadoras (es) terceirizadas (os). A terceirizao aumenta o lucro do empresrio, reduz os salrios das trabalhadoras (es), cria a diferen-ciao salarial, divide o movimento e dificulta a mobilizao.

    A realidade de nossa luta em MT: governo legalista e autoritrio!

    Em Mato Grosso, em menos de 6 meses de governo, Pedro Taques j mostrou ao que veio. Sem dilogo, cortou programas como a articulao, rdios e outros; sem dilogo, quer fazer descer goela baixo o parcelamento da recomposio salarial das trabalhadoras e dos trabalhadores do estado, direito garantido por lei. Pelo que Taques aponta, esse parcelamento abriria brechas para a retirada, inclusi-ve, da lei que garante esse reajuste infla-cionrio. Sem dilogo, tentou cortar o profuncionrio. Sem dilogo, enviou o brao armado do Estado, a represso, para impedir que legitimamente manifes-tssemos nossa revolta no ato em Cuiab, no dia 29 de maio; e isso mos-trou como o governo de Taques pretende tratar nossa e as demais categorias que lutarem pela defesa de seus direitos; no temos dvida de que o governo faria exa-tamente o que os governos do Paran e So Paulo, a prefeitura de Goinia, e tantos outros fizeram com professores e outras trabalhadoras e trabalhadores; reprimir, violentar, massacrar seus direi-tos.

    No podemos aceitar esta situao! Embora, em porcentagem, ns traba-lhadoras e trabalhadores da educao tenhamos recebido um aumento maior que a inflao, as nossas condies no esto melhores. Ns tivemos o nosso salrio achatado por dcadas e, reconhecida essa situao, na greve de 2013, conseguimos a aprovao de uma lei que garantisse ganhos reais acima da inflao para equipar nossos salrios aos de outras catego-rias dentro do funcionalismo estadual. O acordo da greve previa ganho real e o reajuste inflacionrio, no reajuste pela metade!Diante de um governo e um governador que no buscam o dilogo, que usam a suposta legalidade para agir de modo autoritrio e repressor, no temos outras alternativas que no sejam a intensificao da luta, a combati-vidade e o fortalecimento poltico. urgente que defendamos nossos direi-tos: reajuste salarial j, sem que haja a necessidade de retroativos em janei-ro de 2016, em que contratados esto sem contratos; retorno dos investi-mentos nos projetos educacionais das escolas; liberdade de lutar!

    Por isso propomos:A CONSTRUO DE UMA GREVE GERAL NACIONAL CONTRA A TERCEIRIZAO NO SERVIO PBLICO EM QUALQUER ESFERA (MUNICIPAL, ESTADUAL OU FEDE-RAL)!

    A CONSTRUO DE UMA GREVE GERAL NO FUNCIONALIS-MO PBLICO ESTADUAL PARA GARANTIR A RECOMPOSI-O DAS PERDAS INFLACIONRIAS PARA TODOS!

    Esse o momento de combater e defender!