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BOLETIM DE DIVULGAÇO
N3RESULTADOS DO PROGRAMA EXPERIMEN TAL
DE FUMAGEM DE PESCADO
POR
1ELENA MOTTA
MA PU TO
Instituto de Investigoço Pesqueira
O ]3oletim de div-ul'aço é urna publieaço doInstituto de Inveztigaço Pesqueira que tern por
objective ieva.r ao sector pesqueiro in1orrnaço
que The pode ser uti.].. Assirn, neste boletirn no
se pubiica apenas resultados dos trabaihos fei-
tos no IntItuto publicm-se tambéni trabaihos
.feito rias empresas ou noutros orgnsmo d.c sec-
tor pesquei.ro. O boletim twnbm divulga artigos
haseados em informaço con-dda na literatura térica especia].iada recebid.a pelo Departamento deDoouinentaço e Informaço.
O6pias adioionaio desta o outras publieaçes doInstituto de Investigaç.o Pesqueira devero serpedidos a:
Departamento de Documentaço e InI ormaço
Instituto de Investigaço PesqueiraCaixa Postal 4603
Avda. Mao Tse Tung 357
Maputo Moambique
Telefone: 74 21 12
Telex: 6497 Peixe mo
Boletini de Divu.1gaço N°.
REtSULTADOS DO PROGRAMA. EXPERIMENTAL
DE JMAGE DE PESCADO
por
Helena Motta
Depto. de Tecnologia do Pe$cado
Dedicado ao Dirigente Nximo da Revoluço Moçwnbicana
SANORA MOISS MA.OBEL, assinalaxido o seu 50°. ari1versio
nataJicio.
Maputo, 29 de Setembro de 1983.
INDICE
1. Introduço
2, Qbectivos do ProFarna
Materiaise M&{odos
3.2 - Nateriais
3.2.1 - Matria-pria
3.2.2 - Pumeixos
3.2.3 - Outros
3.3 -:Mtod.os
3.3.1 - Qualidade da xuatria-priwa
3.3.2 - Prepa'aço do pescado
3.3.3 - Tipos de Puiagem
3.3.4 - Ntodos de Controlo de Fumagem
3.3.5 - Pestes de Arxuazenaem
Resultados e Discueso
4,1 - Carao ten zaço da matx'ia-prima por tipo de Puinagem
4.2 - Pipos de Fumemos
4.3 - Qualidade da Matnia-pnima
4.4, - Preparaço da Maténia-pnima
4.5 - Tipos de Fumagem
4.6 - Resultados da Azinazenageza
Cono1uses e Reoomenii,oes 4 15
6, Agz?adecimentos
7. Bibliojrafia
ANEXO I : Esquemas dos funieiro
axo xi : o ui&todo simples da fuma1gom, Bazda-desezthada
16
17
4
4
6
9
INTRODUÇO
A furnagem do pescado ê j um processo tradicional na matoria doe palees afr
canos e tern vind.o a sofrer a.Os poucos, levee mu.dançae de meihorainento na fo
ma, na técnica e nos materials. Em Moçaiubique, em especial, no eatâ to de-
senvolvida corno seria de esperar, porquanto se trata de uni método corn vanta-
geins ein zonas hlinidas na época das cinuvas, onde hA falta de sai e como f orma
do dar ao pescado seco um gesto especial,
Pelo que se conhece, em muitas zonas do pale, em especial, zonas do litoral,
a fwnagem é Leita a nIvel familiar e multo tesana mento: 'e pequeim fo-
gueira corn quai quer tipo de lenha, pr6xima de . pocluena quantidade de pes-
cado espetado riuma vera, inclinada sobre a fogueira, do modo a apanhar fumo
e calor durante algwnas horas. Já se viu pratioar oste processo no Sul (ITha
da Inhaoa), hA in.forrnaço de ele sor feito no Centro e Norte (Beira, Nampula)
e foi visto igualmente no hiago Niasea.
No hA por outro lado, tradiço nenhwna no que respeita a fwnagexn fria oumo
ria. Um ou outra forno para esse efeito pode ter sido construido em No9anibiqae,
no tempo colonial, mas por portugueses.
ento que surge um programa que vise a aplicaç&o de conheciinentos existentes
sobre fuinagem e o meihorainento da tecnologia que ja é usada.
OBJECTIVOS DO ROGR
Foi feito um eetud.o de toda a informaçao existente sobre -o assunto e feita a
sua aplioaço à. realidade do país. Asaim, seleccionaran-se os segu.intes obje
tivos para a fumagern, tondo em conta o abasteoimento de proteina popule.ço
de zonas distantes do mar, onde raramente hA aceaso ao pesoado
1) Estado de técnicas e materials de Lumagern a estender a zonas piscícolas
do país e treinamento no campo.
Etudo da, Frnaem conio processo alternativo paxa zonas hinidae ou cornfalta de sai.
Utilizaço da ±'urnagem para tr aformar o pescado de difícil conaimio qudo fresco, tal como o de FRACO e
Utilizaço da Pumagem para vaiorizaç&o do pescado a. Thn de rentabilizaros produtos e, consequenteinen-be, a Empresa que os fabrique.
3. & E MTODOS
3.2 - Naterials
3.2.1 - Na-tria-prirna
Nas experinoias que se realìzaram, ao longo do programa, forain utilizadasespecialmente as seguintes espcie8 (TA)3ELA I), classificadas qua.ntoà quatid.ade de gordura (Gorwo: 7-8% . mis; NEIO-Gorwo: 7-8 A 1% E ro: i Aci/o), atendendo . ixnportncia que oste factor tern no processo:
TABELA. I - LISA-D!,S J1SPJCIIS QXJE
32.2 - Fumeios
a) Fumeiro "Âltona't, eai.i, construido de rnteriais 1ocair (barro, adobe,
chapa), onde e podem aplicar tabuleiros ou varees (ver t'i, i)
VDL(kR¡
NO CIETiLPICO
EW?OIES :: JGUA MARJS
CARA.PAU "I" T 'aehxti hu i 2. B I A 7-%
CAR&PAU tNtt Dccapen.s uCe])i. 2 B i A 7.'
TOR.O Cicarnu np, 3 O A 1%
TOEABO tuto 3a A i%
RATh Dc':t1s crP. O A 1%
BICtEDA j'lo A
CAVALP.I
FLLe11].: kuguxia 2 F I A 7-8%
oorvrî C l'io:! ruh. 2a0A 7-8%
DOUiJ\J)A ji; J.o: sc j 1 A 7-8%
WTEIC-A po1ci" 1LCC1 a3 1 A 7-8%
Lii'IGUAJ)O Ogioulina i A 7-8%
ATIiIiO Pl. t' e f'i iIicu I A 7-8%
SAIWIUJA PeUc. dob1,a P 1 A 7-/o
TAINI-IA3a O A 1%
MA.G1TNBA Husa keilee 3°. O A 1%
ATWI ñ'timu c I 7-8% OU MAIS
E8POIES DE JGUAS flJOR
OLABIAS L&o Spp. î 7-8% OU X&IS
sep. j 78% OU MtIS
Puneiro Altonatt a s, metlieo, corn o controlo da. temperatura separadodo controlo de fumo, onde podem ser usados tabuleiros ou varees (rig. 2).Aqu.i, para facilitar a diferença, chamax-so-á de fuinoiro labora,torial.
Fuineiro de Taabor ad.aptad.o a partir de urn simples tambor de 200 litzos,corn tabuleiros circulares, aplicável, tanto para fuinagern quonte conio fria(riga 3e4).
3.2.3 - Oitros
A leEha obtida era da. madeira de cajueiro invariaveirnonte e de ou.tro tipode madeira sein resina. No gera]., toda a madeira tern produtos t6xicos comoos Bensipirenos que existem em pequenas quantidaies tais que no so do
grande iinportncia nos efeitos. A madeira resinosa confere apenas s.c pei-
xe um gosto mu.ìto desagradável.
o sa]. que se utiLtzou era niui,to grosso e sujo e a áua, corrente, limpa etratada corn cloro.
3,3 - Mtodo
3.3.1 - Qualidade da inatria-prima
Poi usada a. escala orgenoléptica (ou Hed6n.iea) que vai de O a 10 graus,apnao analisazid.o o peixe cru. Esta escala pode resumir-se corno 10 - ]xeolei].
te; 6 - Mu.jto Born 6 - Born; 4 - Mínimo aceitavel; 2 - Mau e O - Podre.
A qualidade comercial era. de 1a, até 3e., pertanto, utiliou-se todo o ti-po de variedade comercial.
33 2 - Preparaço do pescado
Urna enálise era feita a nina ainostra do lote sobre o qwl se ia exercer a
experincia erain obtid.o os tainanhos e pesos individuata da amostra do 30exemplares. O pescado podia ser aberto e eviscerado, apenas a.berto ou noser aberto nern eviscerado, consoante o sou tainanho ou peso individual.
3.3.3 - Tipos de Punagem experimentados
No que concerne a metodos de processamento, na uem aplicou-se v4xios, v
riando consoante o tipo de produto final pretencLido.
Pumagem corn secagein
Ntodo exia'emamente simples, consta apenas do 'rna funagem corn urna pr-seoa-gem no fuineiro
O peixe devidainente tratado e introduzido no tuineiro que deve ter j. urna
temperatura de 30°C corn a lenlia em brasa. O peixe seca sern fumo durante urnahora, corn a temperatura a subir gradualmente at aos 100 - 110°C. Aqui &
introd.uzida a serradura e a temperatura, por mais 5-6 horas, desce a 60-70°C.
o peso deve baixar carca e 70% e o pescado, depois de a.rrefecido, & oolooa,.
do ein sacos de corda, juta ou rfia, e mantido em ambiente fresco e seco, is
to , urna humidade relativa de 65% a urna temperatura do 20-25°C. Aqui. uou-
-se todo o tipo de peixe de a
Pumagem-socagem corn salgagem
O mesmo processo da almea a), que apenas varia por antes de o peixe entrar
para a £urnaem, sor a slrnoura saturada (30% corn exoesso cte sal)
e o pesoado prwanece aqui durante 30 minutos. S15 depois d.c lavado rapida-
mente para se tirarem os excessos de cristais na superficie, o peixe & 0012
cado no fwneiro,
Aqui. usou-se igualmente todo o tipo de peixe.
e) Fumagem coni pr-secaexn ou pc5s-eecagrn
xperimentarazn-se ambos os processos, separadamente. No pri.meiro caso o pei-
xc foi arranjado e colocado ao sol durante cerca de meia hora, antes da fuin
gern. No segundo caso, depois da fumagem, o peixe ficou cerca de 24 horas ao
sol.
cl) Prod.uto "valorizado": corn matria-.prrn. de 1a born, ou tubaro e
raia, o pescado, d.epois de aberto, eviscerado e limpo, era cortado em file-
tes de 1,5 a 2 cia de espessura, Dpois, era întrothizido nunia salinou.ra a
70-80% durante 7 minutos, retirado, lavado de novo e colocado no furnetìo. A
Í'uinagem 6 cjuente e o pescado deve ficar sempre em tabuleiros. A temperatura
&, fuuieiro 6 de 30°C quando o peixe l é introduzido1 Durante urna hora, d--se urna pré-seaaem, aumentando a temperatura até 80_9000. Aqut é introduzi.
da a serractura - inicia-se a fuma'em propriamente d.ita - e d,.xante 2-3 ho-
ras o pescado perwanece a urna teniperatu.ra de 60-70°C. Ao fini de uni total de
4 boras, o peixe reduz 25% do sou. peso inicial. Depois de arrefecido é emb.lade em pl,stico e introduzido em eleira (3-4°C) ou frîorí.t'ioo (-15°C).
3.3.4 - Método de Controlo da Fuinaem
Estava bem claro partida que, para a funiagem conta bastante a pratica încì
vidual de controlar a temperatura e a quaxitidade de fumo ao mesmo tempo, a-
través dc simples inanuseamento da lenha e. no jogar das aberturas do forno. 1r
te problema já no se puriha em relaço ao fumeiro laboratorial.
Aeixa, para os fumeiros artesanais, ora o seguinte o procedimento:
"Altena": a letha era colocada já em brasa no fumeiro e as portas inaiitidas
abertas. Para a temperatura subir a 90-100°C, sabia-se que se tinha de fechar
as portas e jogar corn a intensidade da leriha em brasa. Finalmente, a serractu-
ra era. introduzida e as portas fechadas. Moinent&nearnente a temperatura the-
va a 100-110°C e depois descia a 60-70°C. De qualquer nianoira, um controlo rjgoroso no aspecto do peixe, tinha de estar pernarientomente a ser feito.
Fumeiro de Tambor: o mesmo que em almea a), simplesmente, ueste caso sa-be-se que é grande a perda de calor atrvéz da chapa do furneiro, pelo quo se
tinha de manter o tambor mais tempo fechado, mas corn niais serradura, para e-
vitar a chaima. um ±"umeizo em que a lenha tern de ser muïto bern controlada,
pois facilmente se queima o pescado.
-
3.3,5 - Testes de Armazenagem
Considera-se qu.t dois tipos de annazenagem:
a) Em geleira ou frigorífico: ein que se aplica o pescado que se pretende va- -
brizar. Depois de axx'efecido e empacotado em plástico, o pescado era coloca-
do na geieira (3-4°C) ou no frigoriuico (-15°C). Para o 1°. caso, o peixe era
exiithiado quarbo ao gosto e aspecto diariamente, e para o 20. caso, era exami.
nado seinanalment e.
b) Em iazém para todo o tipo de pescado fumado e seco, o peixe era coloca-
em sacos de juta, corda ou rfia, ou multo simplesmente era mentido ao a.r em
armarn seco e fresco. Seinainalmente era feito um teste oranolptico e urn tes
te huinidade, de urna amostra feita a este pescado.
0e testes ornolpticos forain fei-tos por 4 provadores corn pratica: a anioo1a
era colocada em &gua a f erver, corn 2% de sai, durante 15-20 minutos. Os prova
dores tinhain que julgar o aspecto, eheiro, goeto e textura, corn valoree de O
a 10 na escala hed.6n.tca.
4. ESBLT!OS E DiSOUSSÍZO
4.1 - Caracerjoda trifuma em
Na Tabela. II da página 11, encoritram-se os resultados obtid.os da experimenta
ço da rnat6ria-prirnn. por tipo de proceseamento.
4,2 - Tit,os de Puuieîios
A riica vantagem do fumeiro a gis é o facto de permitir mi'J or rigor no esu
controlo, donde resulta unì produto meihor conleccionado. Ein termos econ6micoa
s6 traxé. vazitagein se for utilizado paxa i'umagem de luxo.
-
No caso do funieiro "Aitoxiatt, artesanal, a fwngem necessi-ba de uma certa prá-
tice. na movimentaço da lenha, calor e fumo. Ao cabo de 2-3 experinoias eon-
seuiu-se acertar no rn&odo ideal. Gasta-se relativamente pouca lenha.
-se 60-70 kg de peixe coin 60 kg de madeira, em 8 horas. Esta vantagem rigo se
verifica para o fumeiro feito de tambor: as paredes metálicas no so isolexi-
tes, M perda de calor, de modo que se perde mais leriha. por cada 20-25 kg que
lá se fuma em 6-7 horas (quae o mesmo que no Pwneiro "Altona").
- lo -
Pumeiro feito a partir de tambor para Pwnagem uente. Podem vor.-se aolado os tabaleiros na mesma posiço em que ficam no interior do tambor
--: --
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4
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O mesmo tipo de Pwn4ro da foto aa-terior. Aqui, um trabaihadormostra im tabu1eiro corn peoado fumado
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No qie toca ao fumeiro de fumaem fia, demonstrou-se urna total inofi4cia,excepto em dias de muito vento: o f luxo do ar nao feito porque a caixa da.lenha. esta enterrada,
- 12 -
4
Como se mostra nesta Fotografia, a caixa de fumo, dentro da terra, nao recebenenhuma corrente de at' para conduzir o fumo so tambor que se v em priineiroplano.
O d.esenho tern por-tanto do ser mudado e na fig. 5 aprésenta-se urna proposta a].-
ternativa,
Em relaço a vares e tabuleiros viu-se que o varfto perigoso pelas perdas(dado qe um processamento inoicialmente mal feito, provoca a queda do poi-xo flO Logo), e pela dificuldade no manuseaznento (depois de fumado, o peixotern de ser cortado pela cabeça, pois osta fica colada ao varo).
4,3 - Qualidade da inatria- riiia
Todo o peixe que se usou na furnagem experinienta1 caracterizava-se norrnalme
te entre 4 e 6 na escala Hed6nioa (entre born e jil',rmo aceitável).
Por outro lado, registam-se na Tabela III, os parâmetros, quaito a tananho e
peso a que se chegou para a preparaço do pescado.
TABHEA III - PROCESSO ADOPJ!ADO PARA A PBEPARAXO DA MtTRIA PRDIL PARA A
PTJHA.GEM Q1JENE
<10cm
>10 cm<20 cm
>20 cm
- 13 -
<20 gr
TA?ANHO INDIVIDUAL PESO INDIVIDUAL PROCESSO APLICADO
APENAS EVISCERADO
EVISCERADO E LBERTO
Para espcies corno o.tubaxo, a raìa e o atum, eram feitos filetes de 1,5 a
2 cm de espessura.
Em caso algum se tirou as escamas, espinhas ou cabeças.
4.5 - Ti os de Fuma
a) Fuinagem corn pescado de1a
categoria - mostra-se no grái'ico 1, a curva
de temperatura/tempo, resultante da meihor de v5.rias experincias. O co
trolo multo rigoroso e infa]ível.
) F
çrLA'Pf co i- CUb ¿m vxo,.
b) Pmiaçem corn secaem - md .ta-se no fioo 2 a cizrva de temperatura/tempo
adoptada para este tipo de Íurnagem
j.
- 14 -
- PRg'-5C.M2.- FVMs
DC It)
4R*Fico - i PRATA/T1mcO o umem AaiM
No entanto, o pescado apenas Lwnado e seoo nbo pacte pe maieoer mais de -4semanas ern arrnazm.
e) Fuiern-secagem corn pr&-sa1gaem
Tern apenas a vataern de dr ao pescado maior tempo de conservaço em arma-z4nì. O processo restante igual ao da almea b).
ci) A pr&sooagem ac Sol, tern a descantagem de as moscas invadirern o produto.Corn a p6s-.seca'eni de 24 horas, o peixe Licou born mas percisu mu.i±o do seu s-bor.
4.6 -. Testee de Arrnaenexn
Para o pescado va1oriado, que Loi conservado em frio
m gelcira, os filetes dentro de pl.stieo, perrnaneeerarn corn born aspectodurante i semana, Ao Lun deste permod.o, o pescado apeaazt de comestível,apre-.senta-se envolvido por urna peleula branca,
rn frigormfico, o rnesrno pescado perinaneceu corn born aspecto e sabor duran-
te 3 meses. Ao im deste período, o prod.uto j. oo'neçava a tornar vm aspectofibroso.
Para o pescado fumado e seco a expeincias denionstra qe aoiina d.e 35% dehuinidade, havia sempre dsezivolvimento dc ftuo, quando o pescado era man-
tido em sacos pletieos dunnte a].'un dias.
2ntre±anto, as experîncìas ein q.ue o procluto (carapau fumado) tiziha urna hu-
rnid.ade aciina de 40% o foi. colocado em saco de corda barn rejado, ow muito
siinplemente deixado ao ar ein arinazrn cieco e fresco, o resultado pareceu p
aLtivo, porquazrto o peixe secou entretanto e na houvo des o1vi'nerto de
fungos. Os resultados destas azfl.ises referentes hwrdc1de e ac sto, coxisna Tabela IV.
TABELI& IV - BESULTiDO DE TSTE A E AO GOTO 00M CARAPAU PtJ1tPJ)O
M&TIDO EM PMAZM,
2°.MS
1'. EXEER1TCIL
RU}IIDA.DE EtJDADE IIW4ThADE
EXPER]CIA
GRAU OB.QA
NOLPPICO
5. CONCLUS EYES E EEC OMEMDAÇOT!E
Pode-se considerar, numa. 1, aai1ise, a tabela. II conio uxua comendaço pa
ra a prt:Loa de f iiieni conoan±e o tipo de ma±ria-prima.
Para pequenas indstrias (conio os Combinados Pesqueiros) recomexid&-se o
meiro ttAlton&1, e para o sector familiar, o feito de Tambor.
c)A fumaem deve ser sempre a quante, mesmo para o peixe de reduzidas dirnen-
e5es. Quando alum C.P, pretende ren-tabiliøar, aplique a fwnagem de luxo corn
- 16 -
al guns cuidados.
A mat4ria-prima deve ser o mais fresca possível. No verdad.e que a fuina
gem meihora a qualidad.e - peixe estragado vai dar um fumado estragado. O li-
mite mínimo deve ser considerado o 4, no que respeita à. qualidade.
Para a prepaxaço da matria-priina, entre abrir, eviscerar e abrir e no
mexer no pescado, reooinenda.-se a Tabela III e a filetaem para pescado grafl
de.
r) As curvas de temperatura em todo o tipo de fuinagem d.evem ser as constan-tes nos gráficos i e 2. A nica diferença. entre as dims curvas, reside isse
cialmente no tempo, pois que para a fumagem de lwco, pretende-se urna. diminuiço de peso em 25%, enq.uanto que na fumagem-secagem, a d.iminuiço deve ser de
7c%.
g) A amnazenagem para o produto valorizado deve ser em frigorífico quando o
consumo no 4 imed.iato. Para s. fumagem-seca-gem, realmente o mais importante
6 que o arinazm ou loca]. af im deve ser bem fresco e seco. A embalagem deve
ser ],impa e que facilite o arejamento.
6. AGRAIECDThNTOS
Este trabaiho s6 tena sido possível coni o grande apoio do Engenheiro liana
Pelgr5m, Chefe do Departamento de Tecnolog.a do Pescado, ria onientaço tc-
nica e do Dr. Ko Watanabe, t&cnìco da P.ASO. em serviço na liopública Popu-
lar de Moçanibique, nas informaçes e recomendaçes para consulta bibliográ-
fica.
Mais ainda se agradece a todo o pessoal da. Fábrica de ecagem da Nachava de
Empresa PROPESCA, por todo o apoio prestado na execuço das expeniéncias.
- 17 -
7. BIBLIOGRAFIA
Anónimo Código de practicas para el pescado ahumado. 1977.
Circular FAO de Pescas. N° 321 (Rev. 1). 30 p.
Anónimo Food preservation. (a.a.). Rural Home Techniques FAO,.
Sór.e 1. Vol. 1. 21 foihas ilustradas.
C.LBRITA., F.J. and Ko Watanabe. 1971. Desigi, oonatru.ction and.
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of salted and dry-smoked fish. Fisheries Research
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O. MLÌtÛO SÌMPLES !A FUMA M(A FUm1GEW Er B DA1*SNHAPA - DOUMEWTO Fol tAOADO A Pr#T(r DO ESTt),OExPEP(nimL DA Fu ryì Su PA R vuLADO A pocSAos, Miios
OUTRO T LìGADO. D(PEcT E1E AO PkOBL-P DA C sPVAGC.PEcADO1 TAP)TO f N(VEL D CTOr ÇTFThL wro CQQPEgATìVQ
rmou,ADO..I E LA' c: t'AD200 Ih bE PExs.co... I
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OS Os e
VA 1210S rt'Pos tesDta
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