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Boletim de Parapsicologia - Padre Quevedo CLAP- Centro Latino Americano de Parapsicologia Nº 2 Diretor: Oscar G. Quevedo S.J. TEMA: Fenômenos Parapsicológicos TÍTULO: Classificação dos Fenômenos Parapsicológicos

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  • Boletim de Parapsicologia - Padre Quevedo

    CLAP- Centro Latino Americano de

    Parapsicologia

    N 2

    Diretor: Oscar G. Quevedo S.J.

    TEMA: Fenmenos Parapsicolgicos

    TTULO: Classificao dos Fenmenos

    Parapsicolgicos

  • Fenmenos Parapsicolgicos

    FENMENOS EXTRA-NORMAIS: HIPERESTESIA

    DIRETA - Grande sensibilidade de nossos sentidos.

    HIPERESTESIA INDIRETA DO PENSAMENTO

    (HIP) - "Leitura" do pensamento (atravs da

    linguagem corporal; capacidade de "ouvir" o

    pensamento curta distncia, poucos metros).

    PANTOMNSIA - Capacidade do Inconsciente de se

    lembrar de tudo.

    TALENTO DO INCONSCIENTE- Inteligncia e

    raciocnio do Inconsciente.

    XENOGLOSSIA - Falar lnguas diferentes ou

    desconhecidas do Consciente. No confundir com

    glossolalia que a lingua das criancinhas (balbuciar)

    e manifestaes histricas.

    FOTOGNESE - Luminosidade causada pela

    telergia.

    TELERGIA - Exteriorizao e transformao das

    energias fisiolgicas de modo Inconsciente. Energia

    vital dirigida na sua exteriorizao pelo psiquismo

    inconsciente.

    PSICOFONIA- Sons, vozes, msicas realizadas de

    modo inconsciente pela telergia ou ectoplasma.

    TIPTOLOGIA - Batidas ou raps realizadas de modo

    inconsciente pela Telergia.

    TELECINESIA - Movimentos de objetos pela

    Telergia.(Fenmeno das "casas mal assombradas").

    PNEUMOGRAFIA - o termo utilizado para

    designar os fenmenos de raspagem, escrita,

    desenhos sem causa aparente, por causa

    parapsicolgica.

    APORTE - Fenmeno Parapsicolgico em que a

    telergia exteriorizada desmaterializa e depois

  • materializa novamente objetos; fazendo-os atravessar

    muros e outros obstculos. (pedras caindo "do nada",

    agulhas no corpo, lgrimas e sangue em imagens,

    etc).

    DERMOGRAFIA - A dermografia uma ao

    cerebral sobre o sistema nervoso simptico que

    comanda os corpos capilares da pele. A seleo destes

    corpos em vias de representar um desenho, uma

    "maravilha" bem fora da fisiologia normal. Agem em

    estados normais, de transe, de hipnose ou de

    exaltao profunda. um fenmeno especial,

    margem da fisiologia normal, parapsicolgico.

    LEVITAO - Fenmeno em que a pessoa sustenta o

    prprio corpo no ar sob a ao da Telergia. Sempre do

    prprio corpo e nunca levitando o corpo de outra

    pessoa.

    OSMOGNESE - Como todo fenmeno

    parapsicolgico de efeitos fsicos, a osmognese se

    deve exteriorizao e transformao da energia

    somtica. Esta energia que, segundo os fsicos, uma

    s com diversas transformaes. Em determinadas

    circunstncias parapsicolgicas a telergia deixa de

    ser tecido humano, ou trmica, ou motora, etc, e se

    transforma em energia odorfica.

    ESCOTOGRAFIA - Fotografias ou filmagens do

    pensamento. O inconsciente em raras ocasies pode

    emanar imagens telrgicas invisvel ao olho n, mas

    possvel de impressionar o filme(pelcula) da

    mquina fotogrfica ou filmadora.

    ECTOPLASMIA - Exteriorizao visvel da Telergia.(

    Fantasmas, apario de objetos ou em formas de

    membros do corpo).

    FANTASMOGNESE - O inconsciente pode moldar

    em rarssimas ocasies, imagens ectoplasmticas em

    forma de uma pessoa inteira. (fantasma)

  • ECTO-COLO-PLASMIA - O inconsciente molda

    imagens ectoplasmticas de membros do corpo,

    partes de objetos, etc...

    PIROGNESE - Exteriorizao e transformao da

    energia humana (telergia) em energia trmica-

    calorfica. De tal forma condensada que provoca fogo

    espontneo. FENMENOS PARANORMAIS: PSI-

    GAMMA - Faculdade Parapsicolgica que ultrapassa

    o tempo e espao, possibilitando a telepatia e outros

    fenmenos; tambm chamada de ESP (Percepo

    Extra Sensorial) ou Conhecimento da Alma ( de

    Psico- Gnosis, as primeiras letras gregas).

    PRECOGNIO - Conhecimento psigmico do futuro

    (sempre um fenmeno incontrolvel, involuntrio e

    inconsciente).

    SIMULCOGNIO - Conhecimento paranormal do

    presente.

    RETROCOGNIO - Conhecimento paranormal do

    passado.

    TELEPATIA - Fenmeno no qual a pessoa capta

    psigamicamente pensamentos ou desejos de outra

    pessoa.

    CLARIVIDNCIA - Fenmeno no qual a pessoa

    capta psigamicamente acontecimentos fsicos.

    Sobre os Fenmenos Parapsicolgicos:

    Mediunidade propriamente falando no existe.

    Mdium seria uma pessoa cujo corpo serviria de meio

    pelo qual o esprito do morto quer se comunicar. Na

    verdade, o esprito do chamado mdium, isto ,

    certas faculdades espirituais (fenmenos

    paranormais), como tambm certas faculdades

    sensoriais (fenmenos extranormais), todas

    inconscientes, que se manifestam.

    O chamado transe no mais do que uma

    obnubilao das faculdades conscientes e uma

  • exaltao e manifestao de faculdades

    inconscientes.

    E perigoso desenvolver essa exaltao e

    manifestao de faculdades parapsicolgicas.Trata-se

    de faculdades inconscientes. Se as desenvolvermos

    (pode-se at aumentar a frequncia dos fenmenos,

    mas nunca ter controle), o inconsciente pode "tomar

    lugar" do consciente, perdendo a autodeterminao

    consciente. Da ao manicmio, um passo.

    Sendo faculdades inconscientes, no as

    reconhecemos como prprias quando se manifestam.

    Da a necessidade psicolgica de atribuir essas

    manifestaes a algo ou a algum: achamos que so

    resultados de possesso de demnios, incorporaes

    de espritos, ou efeito de um "trabalho". Isto provoca

    uma ciso da personalidade, o que os psiquiatras

    chamam de dupla ou mltipla personalidade, locura.

    E conduzem megalomania: achamos que somos

    Napoleo ou um Exu, orix, etc, etc, etc.

    As manifestaes parapsicolgicas do inconsciente

    foram os nervos, esgotam...

    As manifestaes parapsicolgicas no devem ser

    fomentadas ou "desenvolvidas", mas curadas. Uma

    ou outra vez, todos podemos ter alguma telepatia, por

    exemplo; mas, se so frequentes, merecem cuidados.

    Para isso que o Clap abriu uma Clnica para curar

    casos parapsicolgicos e quaisquer outros distrbios

    nervosos ou psquicos.

    -Este Boletim tem como objetivo o conhecimento da

    Parapsicologia. Explicaes de Fenmenos

    Parapsicolgicos, Libertao das supersties que

    tanto aprisionam o homem, e diferena dos falsos com

    os verdadeiros Milagres.

    -Periodicidade: Semanal

  • -Perguntas, Dvidas, Sugestes e Indicao de

    pessoas para receberem o Boletim; favor enviar

    Email para:

    [email protected]

    -Elaborado por CLAP Centro Latino Americano de Parapsicologia - Av Leonardo da Vinci 2123-

    Jabaquara - So Paulo-S.P CEP 04301-002 Telefone

    5011-7942 Site Oficial do Padre Quevedowww.clap.org.br

    Telergia

    Telergia a causa invisvel, a fora que golpeia ou move

    os objetos. Telergia a energia somtica transformada e

    exteriorizada, que depende do indivduo vivo.

    Ao longo da histria, a telergia ou aspectos dela mais

    ou menos precisos, com mais ou menos "adornos" tem

    recebido diferentes nomes segundo as diferentes

    pesquisadores que "as descobriram". Zoroastro fala do

    "fogo vivente", Herclito, de "fogo gerador"; as antigos

    ocultistas, do `espirito de vida"; Sto Toms, de "fora

    vital"; Mesmer de magnetismo animal"; Cazzamalli, de

    "antropoflux". 0 prof. Blondot falou de raios "N", a maior

    fonte de tais raios se encontra no homem.

    O primeiro cientista que cunhou a palavra telergia foi

    Myers, um dos fundadores da S.P.R.: Tele= longe,

    Ergon= trabalho. Toda a atividade muscular e nervosa,

    da mesma maneira que as idias e as emoes, vo

    acompanhadas ou comandadas por atividades eltricas.

    H mais de trinta anos se sabe que o organismo humano

    produz correntes eltricas. Ora, pela fsica se sabe que

    toda corrente eltrica produz um campo magntico.

    Eis um primeiro passo na compreenso do

    "magnetismo animal" ou o que a Parapsicologia chama

    de telergia. lgico pensar que numa pessoa normal

  • esse magnetismo ou algo equivalente, seja normalmente

    imperceptvel, mas ser que em estado de transe certas

    pessoas "especiais", dotadas parapsicolgicas, no

    poderiam manifestar mais "magnetismo" mais telergia?

    Em 1947, o dotado Angelo Achille foi estudado pela

    "Societ taliana di Metapsichica", sob a direo do Dr.

    Maurogordato, comprovando-se por meio de um elotrodo

    em cada mo, em contato com um medidor, que na

    realizao dos fenmenos parapsicolgicos manifestava

    um potencial eltrico de 200 milivolts, enquanto que nas

    pessoas normais oscila entre vinte e quarenta. Os

    fluidmetros. Construiram-se mltiplos aparelhos para

    demonstrar a existncia de "fluidos" (um aspecto da

    telergia). Entre outros podemos citar a magnetometro de

    Fortin, o estenmetro de Joire, o biometro de Baraduc, o

    zoomagnetometro de La Fontaine, o zoomagnetometro de

    Wall, o motor de fludo de Tromelin, a ventonhia de

    Geoagriault. Tambm se recorreu cmara

    fotogrfica.Foram muitos os pesquisadores que

    trabalharam com este mtodo: Chaigneau, Colombs,

    Majewski, Dargetz, Braudt Girod, Bonnet, Le Fanc,

    Lancelin, Durville... entre outros.

    0 Coronel Albert de Rochas comprovou, muitas vezes,

    com dotados,que "quando estes esto suficientemente

    perto da placa, o fluido que se desprende deles influi

    sobre a pelicula sensivel, assemelhando-se em tudo a

    "fotografia" aos eflvios que os sensitivos desprendem

    dos dedos". Rochas, e j antes, o inventor do mtodo, o

    fsico russo Narkiewicz Iodko, comprovaram em

    milhares de experiencias que a impresso na placa

    fotogrfica no dependia da eletricidade normal, pois

    esta era sempre a mesma e a fotografia muito diferente

    em intensidade segundo as diversas pessoas. E somente

    os dotados de faculdades parapsicolgicas as vezes,

    conseguiam impressionar a placa de modo notvel. Mais

    ainda: os dotados, as vezes, conseguiam impressionar a

  • placa imediatamente, enquanto as outras pessoas

    demoravam at meia hora para conseguir um efeito

    mnimo. Tambm se efetuaram experincias com a mo

    de um cadver, comprovando-se que no produziam

    nenhum efeito. Pouco importa se esta telergia uma

    condensao, ou conduo da eletricidade ambiente, ou

    de qualquer outra causa normal.

    um efeito " margem do normal", prprio de

    pessoas em situaes "especiais". Se os efeitos fossem

    normais devidos a causas fsicas ou qumicas em atuao

    comum, como defendiam os adversrios do fludo; ou se

    se tratasse de uma energia humana especial,

    manifestada por todos os homens, segundo o evidente

    exagero de alguns "fluidistas", todas as placas

    fotogrficas seriam veladas na sua fabricao devido as

    numerosas manipulaes que sofrem. Mas, este um

    efeito que s os dotados conseguem: um efeito

    parapsicolgico. Psicobulia. De Bulia = vontade; Psij=

    alma. Esta energia depende da vontade inconsciente do

    dotado. 0 Dr. Ochorowicz estudou com um galvanmetro

    a famosa dotada Stanislawa Tomczyk, que, "quando

    queria" (muitas tentativas), mas no sempre que queria,

    mudava o sentido da corrente eltrica, desviava a agulha

    de vinte a cinquenta graus; Ochorowicz mudava as

    conexes com um "comutador invisivel", e o desvio da

    agulha continuava no mesmo sentido porque a doada

    ignorava a mudana. Trata-se, em todos os casos at

    agora citados, de comprovaes mnimas e por isso, mais

    frequentes, da telergia. Vrias teorias foram lanadas.

    A teoria da bioeletricidade (a telergia seria anloga

    eletricidade com algumas variantes prpria da biologia

    humana). Outras teorias visam mais a transformao da

    energia somtica, como as teorias metabitica,

    biopsquica, ezopsquica... As teorias psicodinmica,

    anmica, etc. apesar da terminologia menos material,

  • referem-se na realidade, energia corporal. A teoria

    atomstica tambm expressa os mesmos conceitos com

    nomes mais modernos... Bem analisadas, todas as

    teorias concluem que a telergia uma energia

    fisiolgica; todos esto de acordo em que uma

    exteriorizao e transformao das energias fisiolgicas.

    Para a fsica moderna a energia uma s, que se

    conserva e que se transforma segundo os diversos efeitos

    que realiza. A energia trmica, por exemplo, nos

    organismos vivos, que pela sua vez provm da energia

    qumica da combusto do oxignio do ar, transforma-se

    em energia mecnica de onde provm os movimentos. A

    mesma energia trmica pode se transformar em energia

    luminosa, como nos animais fosforecentes ( o pirilampo),

    ou em energia eltrica como na raia, por exemplo.

    Os fenmenos extra-normais de efeitos fsicos

    (fenmenos telrgicos), sejam quais forem, no so outra

    coisa que exteriorizaes e transformaes diversas do

    organismo do dotado. Essa energia fisiolgica

    exteriorizada e transformada para realizar fonmenos

    parapsicolgicos a que chamamos telergia.

    Assim j o compreendera, por exemplo, Mackenzie

    que identificara as teorias bioeltrica, metabitica e

    atomstica. Crookes confirma o anteriormente exposto,

    sob os nomes de fora psquica e fora vital. Dizia: "penso

    ter descoberto o que se utiliza para desenvolver esta

    fora psquica (responsvel pelos fenmenos

    parapsicolgicos de efeitos fsicos). Depois de ter sido

    testemunha do penoso estado de prostrao nervosa e

    corporal em que algumas das sesses deixaram a Home

    (grande dotado), depois de t-lo visto num estado quase

    completo de desfalecimento, estendido no cho, plido e

    sem cor, quase no posso duvidar que a emisso da fora

    psquica vai acompanhada do esgotamento

    correspondente da fora vital".

    A telergia pode completar-se com a colaborao dos

  • assistentes. Se assim, rocebe o nome de efeito

    polipsquico, isto , colaborao de foras "psquicas" (em

    realidade, fsicas) de vrias pessoas para produzir um

    determinado fenmeno (Polys= muitos; Psij= alma,

    psiquismo). Ochorowicz tinha-o chamado mais

    exatamente =`simbiose psicofisiolgica". A telergia

    algo material; sua sutileza pode, porm, ser em algumas

    circunstncias muito notvel. Assim Jouriovitch

    constatou que a telergia (ou como a chamava ele, raios

    "Y")emanada de certos dotados, atravessava as chapas

    metlicas com um poder do penetrao superior ao dos

    raios X mais puros e dos raios gamma do radium. Esta

    telergia atravessava at placas de chumbo de trs

    centmetros de espessura colocadas a um metro de

    distncia do dotado em transe, embora a interposio

    destas chapas diminusse os efeitos dos raios "Y". Cha-

    pas mais espessas, essas mesmas, maior distncia, no

    eram atravessadas.

    Exagero nos USA. Se todos os fenmenos

    parapsicolgicos de efeitos fsicos devessem a uma fora

    mental (?) , como exageradamente pretende a escola

    norte-americana, os fenmenos seriam plenamente

    independentes da natureza dos obstculos que se

    interpusessem entre os dotados e os objetos a serem

    influenciados, e seriam tambm independentes da

    distncia, do tempo...

    Na realidade, nenhum fenmeno parapsicolgico de

    efeito fsico (por exemplo, tiptologia ou telecinesia, que

    imediatamente estudaremos, pode ser detectado (com

    gravadores ou filmadoras automticos, por exemplo...)

    na ausncia de pessoas (de dotados). Por isso ns

    denominamos estes fenmenos de extranormais, isto ,

    sensoriais, fsicos.

    Texto extrido da Revista de Parapsicologia nmero 14,

    elaborada pelo CLAP- Centro Latino Americano de

    Parapsicologia.

  • Curandeirismo

    O curandeiro na verdade no cura nada.

    Ou a pessoa se sente curada pela auto-sugesto

    (perigoso, pois tira-se a dor mas no tira a doena);

    Ou a pessoa "curada"de uma doena psico-somtica

    que voltar mais tarde; pois atacou o efeito e no a causa

    (causas psicolgicas). O necessrio nestes casos um

    tratamento psicolgico/psiquitrico.

    Por Oscar G. Quevedo S.J.

    Os curandeiros so inumerveis. Em todas as pocas

    e civilizaes tem-se sofrido com os curandeiros. Cai-se

    facilmente em um crculo vicioso: superstio,

    curandeirismo; e onde mais superstio, mais

    curandeirismo.

    O mito dos poderes especiais dos curandeiros

    constitui uma herana universal de superstio, um

    arqutipo dia Jung, por atavismo. Est como que

    infiltrado na humanidade.

    Encontram-se inscries nas cavernas do homem

    primtivo referindo-se arte mgica de curar. Vrios

    hierglifos egpcios aludem ao curandeiro mgico. Nos

    livros histricos do povo judeu, tanto do velho como do

    novo testamento, referem-se casos de "profissionais " do

    curandeirismo.

    O recorde mundial em nmeros de curandeiros, em

    nmeros de clientes e em prestgio, lamentavelmente

    pertence ao Brasil.

    O Brasil sempre foi uma terra fecunda para o

    curandeirismo. Entrou na histria do Pas, Antonio

    Conselheiro, sem dvida, um paranico, que arrastou

    ingentes multides atrs de s, principalmente pelos

    "poderes de cura" que se lhe atribuiam. Parte do Pas,

    fanatizada, chegou convulso social. O exrcito teve

  • que intervir violentamente, terminando por matar

    Antonio Conselheiro e muito dos seus seguidores.

    As seitas curadoras

    Magnetismo

    Formaram-se ambientes absolutamente

    estravagantes e alienantes.Vamos citar a poca do

    Mesmerismo: O ambiente de Paris era propcio. Em

    Paris ainda se acreditava na teoria de Paracelso,

    segundo a qual, o corpo humano teria as caractersticas

    de um verdadeiro im, sendo o polo norte constitudo

    pelos ps e o polo sul pelos rgos sexuais.

    Durante dois sculos e meio, a partir de Paracelso, se

    empregava o im com mirabolantes xitos na "cura" de

    secrees oculares, do nariz ou dos ouvidos, em casos de

    fstulas e corrimentos; servindo o inofensivo im,

    inclusive para repor hrnias e reparar fraturas, "curar"

    ictercias, remover anasarcas, etc...

    O Padre Maximiliano Hell, jesuta e professor de

    astronomia acreditava no magnetismo universal, que ele

    dirigia por meio de ims, " curando " toda classe de

    doenas.

    Magentismo animal

    Influenciado pelos xitos e teorias do Padre Hell, o

    Dr. Franz Anton Mesmer infestou a Frana e toda

    Europa, da crena em maravilhosos poderes curativos de

    um misterioso magnetismo animal.

    Mesmer publicava sua tese doutoral em medicina

    sobre o magnetismo em 1766.

    O abade Lenoble construiu ims de grande poder que

    se vendiam amplamente em Paris, onde eram

    encontrados sob formas aprpriados para pulsos, trax,

    assim como pulseiras e cruzes magnticas. Mesmer

    defenderia depois que no era preciso o im metlico,

    bastaria a imposio das mos sobre o doente para que

    este recebesse os fludos magnticos. O magnetismo

    animal poderia passar das mos s rvores, varinhas,

  • cubetas, a qualquer instrumento para transportar os

    fludos magnticos dos mesmeristas: dos curandeiros aos

    pacientes sugestionados.

    Mesmer propagava que ele prprio era quem melhor

    manejava o magnetismo animal. No podendo tratar

    individualmente a to numerosa clientela, passou a

    "curar" por grupos, usando o seu famoso "baquet", uma

    espcie de tina de carvalho contendo limalha de ferro,

    vidro modo e outras substncias. Tambm distribuia

    garrafas cheias de gua magnetizada pela imposio das

    suas mos.

    As sesses mesmricas

    Da tampa da tina, ou melhor, do gargalo de garrafas

    magnetizadas que estavam na tina saam varinhas que

    os prprios doentes aplicavam nos lugares do seu

    sofrimento. A tina estava colocada no centro de uma

    grande sala, obsurecida por espessas cortinas.

    Durante a sesso teraputica se escutava msica de

    piano ou harmnica com a qual se distribuiam melhor os

    eflvios magnticos, segundo se afirmava. Os doentes,

    dispostos em fila concentrica em torno da tina, eram

    mantidos por meio de uma corda que lhes passava ao

    redor do corpo. Os pacientes ficavam de mos dadas,

    segurando ao mesmo tempo as varinhas magnetizadas.

    Cada sesso comportava 130 pessoas, separados homens

    e mulheres em compartimentos contguos. Havia vrias

    sesses por dia.

    Uns pacientes queixavam-se de calor, transpiravam,

    apresentavam alteraes dos batimentos cardacos e da

    respirao, imitando os estertores dos moribundos.

    Outros sentiam suas plpebras pesadas. Fechavam os

    olhos e podiam cair em transe profundo. Primeiro,

    alguma pessoa mais sugestionvel ou mais histrica,

    depois cada vez mais pessoas contagiadas apresentavam

    convulses, no raro, violentas, acompanhadas de gritos,

    soluos, acessos de choro ou riso; soltando-se da

  • "corrente", rodopiavam ou atiravam-se para trs a

    contorcer-se em convulses espasmdicas, etc...

    No meio dessa multido agitada, Mesmer, vestido de

    seda lils e auxiliado pelos seus assistentes, passeava

    pela sala, orientando, dirigindo...fixando os olhos sobre

    os doentes, trnsmitia-lhes fludos magnticos que dizia

    escapar das pontas de seus dedos. Os pacientes sentiam

    dor ou prazer...

    A verdadeira explicao

    So inumerveis e de variadssimos tipos as "curas"

    realizadas pelo poder do psiquismo, surgido pela f no

    charlatanesco e inexistente magnetismo das garrafas e

    da tina. Mesmer, embora muito combatido por vrios

    cientistas e no fim, desacreditado, desterrado e

    abandonado, chegara a ter enorme prestgio entre o

    povo, a alta sociedade e inclusive, ante determinados

    mdicos e perante o governo.

    claro que nada sentia quem no se sugestionava.

    Assim, pesquisadores srios como Lavoisier, Bailly,

    Benjamim Franklin, etc... nada sentiram.

    A teoria (e os efeitos) de passes e fludos, com

    maiores ou menores modificaes, ainda hoje muito

    usada, principalmente no Brasil, por dterminados

    curandeiros e ambientes supersticiosos.

    Religio e superstio

    As supersties so idias incorporadas do meio

    ambiente. Emocionalmente esto vinculadas potente e

    primitiva tendncia, instintiva ou ancestral, de reagir

    com pavor a tudo aquilo que possa Ter alguma relao

    com foras sobrenaturais. Tal tendncia, claramente

    manifestada na criana e no homem primitivo, continua

    latente no adulto civilizado, estando prestes a aflorar em

    circunstncias crticas, mesmo em pessoas de elevado

    nvel cultural, se no so maduras e objetivas. Por outro

  • lado, a superstio se associa ao temor relacionado com

    importantes necessidades e desejos, como o temor pela

    sade, etc...

    Estas idias super-valorizadas de superstio

    tiranizam a inteligncia e a vontade de milhes de

    pessoas, facilitando (dentro das prprias supersties de

    cada indivduo) enormemente a induo hipntica, a

    sugesto e o consequente afloramento do psquismo

    inconsciente e subjetivo.

    Freud, no seu materialismo apriorstico, sai pela

    tangente dizendo que o religioso constitui uma neurose

    obsessiva universal. Segundo a moderna Escola de

    Psicologia Profunda, com Victor Frankl e Igor Caruso,

    nunca se deve menosprezar a tendncia humana ao

    transcendental, ao religioso, porque se exporia a

    personalidade humana a graves desequilbrios. A

    religiosidade um fator precpuo no equilbrio humano.

    Na medida que os conceitos religiosos de uma pessoa no

    so suficientemente adultos e objetivos, arraigados e

    vitais, so substitudos imediatamente pela superstio.

    por isso que a imensa maioria das supersties tem

    aspectos pseudo-religiosos; so um substituto desviado e

    perigoso da religiosidade. E pelo mesmo motivo de

    estarem substituindo algo que pertence essncia do

    homem, as supersties, na mesma medida que em cada

    pessoa substitua a religio, so emotivas, fanatizantes e

    alienantes.

    por isso que a quase totalidade dos curandeiros e

    seus propagandistas criam ao redor, um ambiente

    pseudo-religioso, evidentemente de diversssimas

    modalidades e tendncias.

    Doenas imaginrias

    sumamente importante se ter em conta que, de

    acordo com pesquisas srias, 36% das pessoas que

    procuram hospitais, clnicas ou consultrios mdicos so

  • portadores de "doenas" meramente imaginrias. No

    digo psicgenas ou funcionais, seno meramente

    imaginrias. De 422 pessoas que nos ltimos tempos

    apresentaram-se procura de tratamento em um centro

    de cancerologia, apenas 8 estavam afetadas de cncer.

    Uma grande porcentagem, porm, vivia angustiada e a

    sua depresso lhes fez imaginar que eram vtimas do

    cncer.

    Evidentemente, que o mdico em caso de doenas

    meramente imaginrias no encontra causas, nem

    sintomas fsicos ou psquicos, capazes de fornecer um

    quadro de doena. A doena simplesmente no existe;

    imaginada pelo paciente. Que fazer em um caso destes?

    O mdico dir : " honestamente, voce no tem nada" ou

    " a sua imaginao que lhe faz sentir doente". Ora, o

    paciente sofre e para ele inadmissvel que no exista

    doena nenhuma. O paciente no conhece o poder de

    convencimento da imaginao.

    A Histeria.

    Progredindo no nosso caminho, aps havermos falado

    das doenas meramente imaginrias, devemos referir-

    nos s doenas histricas.

    Podemos definir a doena histrica como "doena por

    representao" ou "representao de uma doena".

    Imagina-se doente e faz "encenaes" com seu corpo.

    Tal doena se caracteriza precisamente porque

    aparece ou desaparece, de acordo com os desejos

    conscientes ou inconscientes do paciente. Da o nome de

    "pitiatismo" proposto pelo Dr. Babinski para designar a

    histeria.

    A doena histrica surge porque o paciente se

    acredita doente e, em consequncia, sente-se doente.

    Nada do que faz, no fundo, est longe de uma simulao,

    que se leva a cabo com grande domnio de s mesmo.

    Diramos que toda a vontade est concentrada em fingir

    a doena, no restando vontade para mais nada.

  • Entretanto, o histrico sincero e sofre realmente. O

    seu anseio, por exemplo, de despertar admirao e

    compaixo ou de auto-realizar-se, ou qualquer outro

    motivo psicolgico ( erro muito difundido, mas

    certamente simplista e falso, reduzir o motivo da

    histeria ao desejo de proteo) empurra-o mais ou menos

    conscientemente, mais ou menos irresponsavelmente, a

    imitar a doena, ou o transe esprita ou a possesso

    demonaca ou estigmas, ou xtases, ou atitudes

    imaginadas (pois a histeria no se refere unicamente a

    doenas).

    So possveis todas as gradaes desde a simulao

    plenamente consciente, at a a mais inconsciente. O

    histrico essencialmente, ao menos em relao sua

    "especialidade" histrica, um auto-hipnotizvel. Entre as

    pessoas com a mesma "especialidade", o contgio

    psquico praticamente inevitvel.

    A doena ou sintomas que imaginam, realizam-se.

    Esta participao orgnica ou funcional como parte

    integrante do pensamento consciente ou inconsciente,

    chama-se idioplasia, isto , a idia plasmada no

    organismo.

    Doenas e moda- As doenas histricas esto de acordo,

    muitas vezes, com a sintomatologia da doena real, que

    se pretende imitar, como tambm podero ser de

    sintomatologia completamente diferente, ou apresentar

    "sintomas" de uma enfermidade realmente existente.

    Neste caso, os sintomas sero os que a imaginao

    popular lhes tenha atribudo. Pelo mesmo motivo, as

    doenas ou sintomatologia histrica depende da moda.

    No fim do sculo passado, quando se comeava a

    estudar a histeria, ainda estavam na moda os "stigmata

    diaboli", ou marcas da possesso demonaca, como

    ltimos extertores da mentalidade medieval da bruxaria.

    Ainda se acreditava que o demnio marcava suas

    vtimas com zonas de anestesia e que provocava crises

  • convulsivas com arco de crculo. Milhares de pacientes

    apresentavam essa sintomatologia.

    No famoso hospital de Salpetriere, o dr Charcot e

    seus colaboradores consideravam os"stigmata diaboli" e

    as convulsoes como caractersticos de "grande

    histeria".

    Aps demorados estudos e experincias, o Dr.

    Berheim no titubeou em afirmar que se tratava de uma

    histeria cultivada: o mdico encontrava no paciente

    aqueles mesmos sintomas que esperava encontrar. S

    com isso, provocava-os no histrico. Hoje, na maioria dos

    pases, tem-se perdido o conceito de possesso diablica

    em grandes reas da populao. E de fato,

    desapareceram desses pases as outrora to abundantes

    "possesses diablicas". Nesses pases, a idioplasia

    manifesta-se em doenas de acordo coma "moda":

    paralisias, espasmos,atrofias musculares, tiques,

    tremores, coreas,afonia, tosse disneica, crises asmticas,

    nuseas, vmitos e em geral, as mais diversas doenas

    do aparelho digestivo; dores precordiais e taquicardias,

    asfixia, suores, urticria, edemas, erupes, estigmas,

    etc.

    No Brasil, a "possesso demonaca" tem sido

    substituda pela "possesso de espritos e entidades" (

    mas tambm aumentam a possesso demonaca em

    certas seitas). Esto na moda os transes convulsivos,

    gritos, rodopiar sobre um s p, olhos esbugalhados,

    tremedeira, insultos, falar imitando entidades ou

    espritos, fumar cachimbo, beber pinga, etc; terminando

    todo o teatro com um " deixar-se cair no cho, no mais

    completo relax (evidentemente que se abusou do esforo,

    tambm o histrico precisa descansar)

    Curandeiros diplomados-

    Compreender-se- que devem ser catalogados entre

    os curandeiros, tambm aqueles portadores de ttulo

    universitrio de medicina que, estando imbudos de

  • idias supersticiosas, na prtica esquecem seus

    conhecimentos mdicos para agirem como vulgares e

    irresponsveis. Lamentavelmente, em um pas como o

    Brasil inundado de superstio, so muitos os mdicos

    que na realidade "queimaram" seu diploma e devem ser

    considerados e processados legalemente como

    curandeiros

    A doena da "cura"-

    Mas, na realidade , mesmo quando "curam"(por

    sugesto, uma doena tambm sugestionada), os

    curandeiros e seus propagandistas merecem o apelativo

    de "criminosos inconscientes". O descontrole da

    imaginao e a histeria so causados em grandssima

    parte pelo ambiente em que se mexem essas pessoas

    psiquicamente dbeis. Os supersticiosos, vivendo um

    mundo de fantasia, perdem toda autodeterminao e

    senso crtico. Ademais, destitudos de senso objetivo,

    deixam-se levar pela sua imaginao; e a emotividade e

    a sugestionabilidade lhes fazem imitar as doenas.

    Doente imaginrio ou histrico, "curado" do que

    realmente no padecia ou simplesmente fingia

    (inconscientemente), aprofunda-se ainda mais nas redes

    da imaginao e fingimento, sendo posteriormente ainda

    com mais facilidade, vtima de doenas imaginrias e

    histricas...

    um crculo vicioso, verdadeira doena do ambiente

    em que vivem milhes de pessoas. Responsveis

    principais so os curandeiros (e seus propagandistas)

    que na sua ignorncia ainda se vangloriam de seus

    xitos teraputicos.

    Na cura psquica, o mdico bem formado saber

    servir-se dos recursos psicolgicos adequados, na justa

    medida, sem incurses no perigoso campo da imaginao

    e da histeria alienante.

    Normal e histrico-

    Notemos que no h propriamente falando, pessoas

  • histricas, mas atitudes, fatos, sintomas, doenas

    histricas. A pessoa mais normal por outros aspectos,

    pode ser vtima (ou agente) de uma doena histrica. O

    ambiente em que se vive, as idias que se abraam

    principalmente se so emotivas, so de suma

    importncia. O supersticioso , ou pode ser em outros

    aspectos, a pessoa mais normal do mundo, mas acredita

    no feitio. Nesse aspecto um candidato histeria.

    Nesse tema (feitio), o supersticioso no reage com senso

    crtico, objetivo. Mais ou menos conscientemente simula

    estar " enfeitiado" e com seu corpo fabula (fantasia)

    toda a sintomatologia que ele acha prpria do

    enfeitiado.

    O simples perguntar pelos sintomas, ser capaz de

    ocasion-los.

    Doenas orgnicas de origem psquica

    claro e demonstrado que uma doena que parece

    orgnica, mas que na realidade de origem psquica

    (psicgena), pode curar-se psiquicamente. Se o problema

    emocional causador da doena sublimado, contornado,

    superado, desviado, transferido,etc; podem desaparecer

    as reaes orgnicas especficas que originou.

    Perante uma doena psicgena, o curandeiro pode

    Ter um xito que, embora na anlise global pernicioso,

    na aparncia externa e na anlise simplista

    considerado sensacional..

    Paralticos andam-

    Um paraltico de ambas as pernas. No se

    encontrava causa orgnica que justificasse a paralisia.

    Durante um ms se lhe inculcou a idia de que em

    determinado dia, no momento em que o relgio diante

    dele badalasse as tres da tarde, ele se levantaria.

    Mas, horas antes ao momento designado, o homem

    esperava. Seu olhar estava fixono relgio e o seu corpo

    era sacudido por ligeiros estremecimentos. De repente, o

    som do relgio! O paraltico levantou-se e comeou a

  • caminhar pela habitao.

    Suas pernas, atrofiadas por uma paralisia de quatro

    anos, no o mantiveram mais do que uns instantes,

    porm, foi o suficiente para ele compreender que podia

    caminhar e, pouco tempo depois, fortalecidos seus

    msculos pelo exerccio de hbeis massagens, as pernas

    recuperaram o vigor normal.

    Em determinadas ocasies suficiente uma

    simulao de incndio em uma sala de hospital e um

    "salve-se quem puder" proferido pelos mdicos e

    enfermeiros correndo precipitadamente; para devolver o

    movimento a muitos paralticos, bruscamente impelidos

    pela idia de correr tambm eles, a fim de livrar-se do

    perigo.

    Tem-se visto exemplos parecidos nos bombardeios.

    Pessoas paralisadas ou com enormes dificuldades de

    caminhar, desceram to rapidamente aos refgios, que

    elas mesmas se surpreenderam ao ver-se l.

    Hoje, a cincia mdica especializada reconhece

    amplamente que inumerveis doenas aparentemente

    orgnicas, podem ser muitas vezes de origem psquica.

    impossvel fazer a lista completa das doenas que

    so ou podem ser psicossomticas, isto , de origem

    psquica com consequencias orgnicas. A lista seria

    quase interminvel.

    Alm das lceras, so frequentemente psicgenos os

    vmitos, falsas peritonites e sintomas de apendicite,

    colites, insuficincia heptica, falta de apetite(anorexia),

    ar no estmago (aerofagia ou aerogastria), distenso do

    abdomem por gases produzidos nos intestino

    (meteorismo), constipao com espasmo ano-retal, etc.

    Temos apresentado exemplos e experincias com

    referncia s verrugas, eczemas, urticria e, inclusive,

    tumores nos seios. Convm ainda incluir toda classe de

    edemas ou tumefaes, vermelhides, inclusive

    escamosas (psoriase), furmoculose, estigmas, etc.

  • Falsas causas orgnicas

    Embora o exame somtico e as anlises clnicas

    frequentemente no mostrem a menor alterao nos

    rgos (sua integridade pode ser absoluta), o que faz

    confuso no diagnstico e tratamento, muitas vezes, os

    exames de laboratrio confirmam os sintomas orgnicos

    das doenas que citamos (e de outras muitas que

    poderamos citar). Revelam, por exemplo, certas

    anomalias da tenso arterial, secrees gstricas, assim

    como ndices de desequilbrio neuro-vegetativo e

    glandular, etc; e que na realidade so tambm expresso

    de desajustes psquicos. No causas, mas efeito.

    A hiper-tenso arterial, por exemplo, encontra-se

    frequentemente entre as pessoas fechadas sobre s

    mesmas.Com emoes refreadas (mesmo que s vezes

    escape em estado de clera), disfarando seus

    sentimentos. O conflito latente entre os sentimentos

    reais e o papel que se desempenha cria um estado de

    tenso permanente que provoca uma secreo excessiva

    de adrenalina. Esta, por sua vez, provoca, por intermdio

    do sistema nervoso simptico, uma constrio dos

    msculos lisos das paredes arteriais, gerando-se a hiper-

    tenso.

    Os mesmos efeitos, causas diferentes

    Muitas outras explicaes referentes ao modo pelo

    qual as emoes ou o psiquismo em geral"se disfaram"

    como doenas orgnicas, tem sido esclarecidas pelas

    pesquisas do Dr. Selye e seus continuadores.

    O Dr. Selye comprovou que o organismo tem uma

    maneira fixa de reagir a muitos estmulos diversos, e

    no de maneira especfica. O stress tanto pode ser

    provocado por intoxicaes, infeces, golpes, fadiga, etc,

    como por qualquer motivo psicolgico. De muitas

    maneiras se desequilibra o funcionamento normal do

    sistema endcrino. Estimula-se, de maneira ainda

    insuficientemente conhecida , a glandula hipfise;

  • consequentemente se hipertrofiam e segregam

    excessivamente os crtex supra-renais, diminuindo

    paralelamente a atividade qumica-linftica. A

    consequencia que o estmago no digere os alimentos

    que contm protenas e diminue muito o aproveitamento

    dos alimentos ricos em acares; liberase o fsforo e

    potssio intracelular. O paciente logo se sente dbil,

    desanimado, esgotado.

    Por outro lado, a falta de protenas diminue a

    produo de anticorpos, levando o paciente a padecer

    reaes alrgicas, formao de tumores inflamatrios,

    infeces de toda classe, perda de peso, etc.

    evidente que alm das doenas antes citadas,

    psicossomticas, isto , de origem psquica, mas com

    repercusso orgnica, devemos citar outras muitas

    doenas, frequentemente ainda com maior porcentagem

    psquica: insnia ou pesadelos, sonambulismo, temores e

    fobias de toda espcie, estados morbosos, amnsia,

    enxaqueca; hbitos nervosos como tiques, crispaes ou

    roer as unhas (onicofagia); fumar, comer ou beber

    excessivamente, irascibilidade, cleptomania e outros

    tipos de tendncia anti-sociais.

    Falsamente orgnicas, a maioria das doenas.

    O Dr Allen Stoller afirmou recentemente que ao

    menos 50% dos doentes que procuram mdico no

    apresentam motivo orgnico capaz de explicar as

    perturbaes de que se queixam. O Dr. Dale Groom

    indica a mesma porcentagem. Tal porcentagem com

    respeito ao nmero de doentes

    Com respeito ao nmero de doenas, os especialistas

    afirmam que 85% das doenas que at agora foram

    consideradas orgnicas, so na realidade, resultado

    direto do impacto sobre o corpo, de um pensamento

    carregado de afetividade (ou psicgenas, de modo geral).

    Tal afirmao pareceria fantstica se no estivesse

    fundamentada por dados clnicos irrefutveis.

  • No iremos discutir aqui o significado que se deve

    dar s doenas de origem psquica: ser meramente

    consequncia do funcionamento cerebral e seu influxo no

    funcionamento das vsceras? Ser, como pretendem os

    psicossomticos da escola Norte-americana, mera

    histeria, devendo-se aplicar maior parte das doenas, o

    que conhecemos sobre histeria; ou as doenas so o modo

    de expresar-se do histrico, "a linguagem do corpo"? Ou,

    os doentes psicossomticos sero, em maior ou menor

    grau, neurticos, traduzindo-se no seu organismo seus

    complexos, seus conflitos, suas represses, ou,

    simplesmente se trata s de pessoas que fatigaram

    excessivamente seu crebro?

    O fato que existe um grandssimo nmero de

    doentes e de doenas por influncia do psiquismo sobre o

    organismo. E SEMPRE GRAVE FOMENTAR O

    DESCONTROLE E INFLUXO DO PSIQUISMO, COMO

    FAZEM OS CURANDEIROS.

    Texto extrado da Revista de Parapsicologia nmero 3 e

    5, elaborada pelo CLAP-Centro Latino Americano de

    Parapsicologia.

    Levitao

    Por levitao, designa-se o levantamento,

    acompanhado ou no, de um movimento de

    transladao, do corpo humano no espao.

    Truques de levitao so inmeros e com vrias

    tcnicas de realizao.Mas existe a levitao autntica.

    Truque de Levitao

    Os maiores dotados de fenomenos parapsicolgicos de

    todos os tempos pesquisados, raramente conseguiram

  • levitar-se. Entretanto, se julgarmos os resumos das

    experincias, vemos que D.D. Home, Stainton Moses,

    Euspia Paladino e outros menos afamados, tiveram

    levitaes. As mais completas, as mais observadas e as

    mais extraordinrias, foram certamente as de Daniel

    Dunglas Home.

    Em nenhuma levitao, considerada autntica, sem

    truque, levantada outra pessoa. S pode levitar-se a

    prpria pessoa (dotado). Outra pessoa s ser levitada,

    se o dotado atuar sobre o instrumento onde aquela

    estiver sentda, como uma cadeira por exemplo.. que o

    ser humano pode atuar parapsicologicamente, por fora

    fsica sobre s mesmo, no sobre outra pessoa.

    Muitos casos de autntica levitao aconteceram e

    acontecem em ambientes sem conotao de nenhum tipo

    de religio. Ou, em outras palavras, na mais diversa

    variedade de conotaes religiosas: catlica, protestante,

    hind, maometana, demonaca, esprita, ocultista, etc.

    O conjunto de todos os casos, principalmente dentro

    da hagiografia catlica, onde o fenmeno mais se

    verifica, de valor incontestvel em prol da existncia

    da levitao.Exceto raras ocasies, as levitaes dos

    santos se deram em plena luz do dia. Nunca existiu por

    parte do santo(mstico), o desejo de impressionar ou de

    atrair a ateno sobre o que estava se passando.

    Possumos, pelo contrrio, muitas provas de que os

    expostos a estes xtases, fizeram o possvel para ocutar o

    fato s demais pessoas. Sua humildade sentia-se ferida

    pela ateno que atraia e pela venerao de que eram

    objeto. Casualmente suas levitaes foram observada por

    uma ou mais pessoas.

    Alguns parapsiclogos modernos da chamada escola

    norte-americana, negam a levitao, inclusive o veredito

    da verdade histrica, ou existncia cientfica,

    simplesmente pelo fato de no ter-se medido com

  • estatstica matemtica, em laboratrios. simplesmente

    ridculo: em laboratrio e por estatstica matemtica,

    poder-se-ia obter alguma tima confirmao em mnima

    escala, de que todas ou quase todas as pessoas tem

    algumas mini-manifestaes iniciais ou vislumbre de

    faculdades parapsicolgicas. Mas, verdadeiros

    fenmenos parapsicolgicos, principalmente de efeitos

    fsicos, jamais podero ser obtidos em laboratrio e

    menos ainda com a frequencia que exige a estatstica

    matemtica.

    Querer submeter a Histria, a Parapsicologia, como

    cincia e como verdade, estatstica matemtica e

    laboratrio, um erro gravssimo. o cientista que deve

    adaptar-se s exigncias da realidade e no a realidade

    aos preconceitos de determinados "cientistas". Em outros

    ramos da ciencia, por exempo, fsicos, possvel; nos

    psquicos e principalmente nos parapsicolgicos,

    certamente no o ser.

    O fato da levitao um assunto muito apto para a

    verificao, porque existindo, no requer testemunhos de

    peritos para comprov-lo. s chegar perto e rodear com

    as mos e braos o corpo da pessoa levitada e verificar se

    no h fios ou suportes. Qualquer pessoa (de boa f) pode

    verificar... A cura de um cego, a de um tumor maligno-

    canceroso e em outros casos, a revitalizao de um

    morto, oferece maior deficuldade de verificao,

    necessitando de peritos.

    Seria ilgico admitir, de um lado a telecinesia, e de

    outro, negar a levitao, dadas as conexes

    comprovadamente estreitas entre as duas categorias de

    fenmenos.

    conveniente frisar que a levitao no pode ser

    apresentada como um dos milagres exigidos para a

    beatificao ou canonizao. Aps o processo sobre a

    heroicidade das virtudes como testemunho divino em

    prol da santidade de um servo de Deus, os milagres ho

  • de realizar-se aps sua morte.

    A explicao parapsicolgica-

    A Levitao poder ser exercida por alavancas

    ectoplasmticas apoiando-se no cho. Por esta teoria

    mecnica, a gravidade seria equilibrada por uma fora

    igual dirigida de baixo para cima. Por ectoplasma se

    entende a energia corporal exteriorizada e visvel. No

    conhecemos nenhum caso de levitao autntica na qual

    se tenmha visto o ectoplasma.

    Pela telergia- Embora os autores melhor informados

    no sejam unnimes na explicao, parece que a

    explicao por telergia no s a preferida, seno

    tambm a mais plausvel entre todas as aventadas.

    De fato, se um mdium em estado de transe capaz

    de soerguer uma mesa, uma cadeira, um objeto qualquer

    atravs da transformao e exteriorizao invisvel da

    sua energia somtica (s vezes visvel- ectoplasma), que

    chamamos telergia, no poderia com a mesma fora

    aplicada, no j mesa, mas a s mesmo??

    O estado de transe e de xtase ( A diferena entre

    transe e xtase mais oral que real; ambos so efeitos

    somticos do "entusiasmo" interno) facilita a liberao

    da telergia comandada pelo psiquismo inconsciente. No

    existe nenhuma contradio na aplicao da telergia no

    prprio corpo, da mesma maneira que atua sobre

    qualquer objeto. E, da mesma maneira, que na

    telecinesia, os objetos nunca golpeiam diretamente

    outras pessoas (s se for por ricochete-indiretamente); a

    levitao s pode ser do prprio corpo do dotado e no do

    corpo de oura pessoa. (se vir alguem levitar outra

    pessoa, j saiba de antemo que truque).

    Compreende-se que a levitao venha acompanhada

    por outros fenmenos se estes se devem telergia.

    comum um fenmeno telrgico vir acompanhado de outro

  • tambm telrgico, por exemplo: telecinesia,

    acompanhada de luzes (fotognese), de pancadas

    (tiptologia), de odores (osmognese), etc.

    So Bernardino Realino, estando levitado, estava

    cercado de luz: mesma telergia que se manifesta de

    modos diferentes, na levitao ou na fotognese.

    Torna-se mais plausvel supor que a levitao

    provenha da criao-afirma Robert Toquet- de um campo

    de fora eletromagntica, oposta gravidade.

    No impossvel que um efeito de anti-gravitao ou

    mesmo de anti-massa, seja, pela sua interpretao, a

    base das levitaes. Essa energia fsica, qualquer que

    seja, capaz de provocar esse efeito anti-gravitacional no

    homem, includa no que, sem mais determinaes,

    chamamos de telergia.

    Concluses -

    Sem negar que excepcionalmente certas levitaes de

    santos e msticos (por cima das nvens, como Jesus

    cristo, evidentemente rompendo qualquer dimenso

    humana) sejam de origem sobrenatural- (Milagres), a

    Levitao, em geral :

    1) Um fenmeno real

    2) Humano

    3) Provocado por energias somticas humanas (Telergia)

    Incorrupo

    No livro do Eclesiastes, se l esta frase: "Lembra-te

    que s p. E ao p retornars". Alm de lembrar ao

    homem sua condio perecvel e transitria, esta

    sentena recorda a aniquilao fsica, a decomposio do

    organismo, aps a morte. A realidade constatada quase

    universalmente. Digo quase universalmente, por se

    darem excees, embora rarssimas, de no

    decomposio fsica. Exceo esta conhecida pelo nome

  • de Incorrupo.

    A Incorrupo a preservao do corpo humano da

    deteriorizao que comumente afeta todo organismo

    poucos dias aps a morte. evidente que so excludas

    as mumificaes, as saponificaes e outros processos

    qumicos de preservao dos corpos dos mortos; pois

    seriam incorrupes artificiais.

    O primeiro documento de autenticidade indiscutvel

    que relata uma Incorrupo, data do sculo IV e

    redigido por Paulino, secretrio de Santo Ambrsio,

    Bispo de Milo: este documento redigido em forma de

    carta dirigida ao Bispo de Hipona, Santo Agostinho.

    Paulino descreve o descobrimento feito por Ambrsio:

    "Por este tempo, ele (Ambrsio) encontrou o corpo do

    mrtir Nazrio que se encontrava enterrado num jardim

    fora da cidade de Milo; recolheu o corpo e o transladou

    para a Baslica dos Apstolos. No tmulo foi encontrada

    a cabea que fora decepada pelos inimigos, em perfeito

    estado, como se tivesse apenas sido colocada junto ao

    corpo, do qual emanava sangue vivo e uma fragrncia

    que superava todos os perfumes. Tinham transcorrido

    200 anos do martrio.

    Mais preciso e mais digno de crdito o relato de

    Eugippius acerca do corpo de So Severino, bispo de

    Noricum, morto em 482. Seis anos aps sua morte, o

    corpo foi encontrado incorrupto. Embora existam muitos

    outros casos a partir do sculo IV at o sculo XVI,

    interessam-nos mais as preservaes a partir do sculo

    XVI, por possuirmos fontes histricas mais comprovadas

    e mais fidedignas.

    Em 19 de outubro de 1634, falecia a Madre Ins de

    Jesus, priora de Langeac. Seu corpo, sem sofrer qualquer

    processo de extrao de entranhas ou de embalsamento,

    foi sepultado na sala capitular, ao lado de outros

    membros da comunidade. Passados alguns anos, o Sr.

  • Bispo, em vista do processo de Beatificao, ordenou que

    seus restos fossem exumados. O corpo foi encontrado

    sem sinal de decomposio. Transladaes e verificaes

    foram realizadas at o ano de 1770. Em 1698 e 1770,

    cientistas, cirurgies e mdicos declararam que

    humanamente, a preservao do corpo era inexplicvel.

    So Vicente de Paula faleceu em 1660, para atender

    aos pedidos de canonizao a exumao do corpo foi feita

    em 1712, depois de mais de 50 anos de sua morte. Aberto

    o tmulo, na expresso de uma testemunha ocular "tudo

    estava como quando foi enterrado". Quantos puderam

    v-lo, observaram que seu corpo estava em perfeitas

    condies e os mdicos atestaram que o corpo no podia

    ter sido preservado por meio natural algum, durante

    tanto tempo.

    A beata Maria Ana de Jesus, terciria da ordem de

    Nossa Senhora da Redeno, nascida em Madrid e

    falecida na mesma cidade em 1642; teve o corpo

    preservado da decomposio. Pouco depois de sua morte,

    o Cardeal Treso, Bispo de Mlaga e presidente da

    Castela; que a conhecera pessoalmente em vida, no

    processo de beatificao, declara Ter estado presente na

    primeira exumao e afirma: "Eu v e me assombrei ao

    presenciar que o corpo morto h anos, sem que tivessem

    sido retiradas as vsceras ou embalsamado, pudesse

    estar to perfeitamente conservado que nem sequer o

    abdmen e nem as faces oferecessem sinal de

    deteriorizao, com exceo de uma mancha nos lbios,

    embora esta j a tivesse em vida".

    Em 1731, tendo j transcorridos 107 anos da morte

    da Serva de Deus, teve lugar uma inspeo oficial e mais

    completa, por ordem das autoridades eclesiasticas

    interessadas na causa da Beatificao. Os restos mortais

    se apresentavam suaves, flexveis e elsticos ao tacto.

    Esta investigao teve lugar em Madrid, tendo sido fcil

    reunir mdicos e peritos. Nove professores de medicina e

  • cirurgia tomaram parte nas investigaes e depuseram

    como testemunhas. Foram feitas incises na parte

    carnosa e no peito; foram estudados os orifcios naturais

    por onde poderiam Ter sido introduzidos preservativos

    contra a putrefao. Foi uma verdadeira dissecao.

    Aps completar as investigaes, os mdicos

    declararam: " Os rgos internos, as vsceras e os tecidos

    carnosos, estavam todos eles intactos, sos, midos e

    elsticos".

    Baseada nesse testemunho, a Congregao dos Ritos

    aceitou a preservao como fato milagroso, apesar de 35

    anos mais tarde, antes que fosse publicado o decreto de

    beatificao, uma terceira inspeo revelasse que na

    oportunidade, o corpo j no era mais flexvel e brando.

    Os tecidos tinham endurecido, mas no estavam

    decompostos.

    Do relato aparece claramente que o corpo da Beata

    fora preservado da corrupo, no devido a um processo

    de saponificao ou de mumificao. Seria incrvel que

    competentes cirurgies, aps as incises e os exames das

    vsceras, descrevessem os tecidos como sos e intactos se

    os mesmos se tivessem se convertido numa massa

    adipoeira. Alm do mais, eles insistem que o corpo, cem

    anos depois da morte, estava elstico e perfeitamente

    flexvel, enquanto que outros corpos enterrados na

    mesma cripta, tinham seguido a lei natural da

    decomposio.

    Uma outra narrao nos chama a ateno; a do

    mrtir jesuta Andr Bobola, que tendo combatido com

    sua palavra, os cismticos russos, tornando-se conhecido

    como o "apstolo de Pinsk", atraiu o dio de seus

    adversrios, os cossacos; e foi submetido a um cruel

    martrio. Em mos dos cossacos, e recusando-se a aceitar

    o cisma russo, foi aoitado , ultrajado de uma maneira

    incrvel. Foi praticamnte esfolado vivo, cortada uma

    mo, enfiados estiletes de madeira por debaixo das

  • unhas, arrancada sua lngua, e sua fisionomia to

    deformada que mal parecia homem. "Sangrava, afirmava

    uma testemunha, como um boi no matadouro". Aps

    horas de tormento, saciados j os sanguinrios e dando

    apenas sinais de vida, desferiram-lhe um golpe de

    espada na garganta. Aps jogar o deformado cadver

    numa esterqueira, retiraram-se os cossacos e os catlicos

    recolheram os restos mutilados e os enterraram s

    pressas na cripta da Igreja dos Jesutas, em Pinsk.

    Quarenta e quatro anos mais tarde, o reitor do

    colgio dos jesutas de Pinsk, por uma viso ou sonho

    que acreditou ser sobrenatural, fez uma investigao

    para encontrar o corpo do mrtir. Foi encontrado,

    segundo todas as aparncias, exatamente no mesmo

    estado em que fora depositado: com as mutilaes,

    continuava integro e incorrupto; as articulaes

    continuavam flexveis; a carne, nas partes menos

    afetadas pelas mutilaes era elstica e o sangue que

    cobria o cadver parecia recm-coagulado. O ltimo

    exame ordenado pela Santa S, teve lugar e 1730-

    setenta anos depois da morte. Seis eclesisticos e cinco

    mdicos mantiveram as declaraoes anteriores. Tambm

    eles declararam que o corpo, exceto as feridas causadas

    pelos assassinos, estava intacto; a carne conservava-se

    flexvel e que sua preservao no poderia ser atribuda

    a uma causa natural. Em 1835, a preservao do corpo

    foi aceita pela Congregao dos Ritos, como um dos

    milagres exigidos para a beatificao. Segundo

    testemunhas, nenhum corpo dos depositados na cripta

    onde se encontrava o corpo de Andr Bobola foi

    preservado.

    No se pode afirmar que tal fato pertena somente

    aos sculos passados; Santa Madalena Sogia Barat,

    fundadora da sociedade do Sagrado Corao, faleceu em

    1865; vinte e oito anos mais terde, seu corpo foi

    encontrado quase pefeitamente inteiro, embora o atade

  • estivesse parcialmente podre e recoberto de mofo.

    Imunidade idntica foi outorgada a Joo batista

    Vianney, o clebre Cura De Ars que morreu em 1859 e

    foi beatificado em 1905. Identico privilgio coube

    vidente de Lourdes, Bernardete Soubirous; faleceu em

    1879 com a idade de 34 anos. Em 1909, passados 30

    anos, o corpo foi exumado e uma testemunha

    afirma:"No havia o menor indcio de corrupo. Seu

    rosto aparecia levemente escurecido e os olhos um tanto

    afundados, parecendo estar dormindo. O corpo foi

    novamente encerrado num atade juntamente com um

    informe do estado em que foi enontrado.

    Poderamos continuar a enumerar fatos, mas os j

    citados so suficiente para dar um idia do fenmeno da

    Incorrupo e sua inexplicabilidade. Digo

    inexplicabilidade, porque, apesar de existirem outros

    tipos de incorupo, no coincidem com a exposta.

    Corrupo total do corpo e preservao integral de

    certos rgos- Se a preservao total ou parcial da

    corrupo de alguns corpos um assunto intrigante para

    a cincia e enigmtico tambm para a Igreja, para a qual

    a simples constatao da incorrupo no critrio de

    santidade, e portanto, milagre evidente, muito mais

    intrigante e enigmtica a preservao de um

    determinado membro de um corpo que foi reduzido a

    p. Ser, logicamente, muito mais difcil para a cincia

    encontrar uma explicao para tal preservao e um

    caminho muito mais aberto e claro para a Igreja afirmar

    o fato como miraculoso.

    Nenhum exemplo poderia ser mais sugestivo para

    discernir a Providncia Divina do que a preservao

    parcial do corao de santa Brgida, da lngua de Santo

    Antonio, de So Joo Nepomuceno e da beata Batista

    Varani.

    Santa Brgida, da Sucia faleceu em 23 de julho de

  • 1373. Seus restos mortais foram exumados; tudo estava

    reduzido a p encontrando-se o corao incorrupto.

    A atitude da Igreja Catlica mostrou-se sempre

    muito cautelosa perante fatos inusitados, inclusive

    perante a incorrupo dos corpos de pessoas santas.

    Num levantamento feito pelo competente e autorizado

    studioso de Parapsicologia, Pe. Herbert Thurston . S.J,

    com 42 santos clebres por sua vida, obra e santidade,

    entre os quais muitos foram encontrados incorruptos

    depois de anos, assevera o mesmo autor que nenhum

    deles foi canonizado por ter sido preservado da

    corrupo.

    H aqueles que afirmam que a sobriedade na comida

    e na bebida, caracterstica de todos os ascetas, podem

    modificar completamente as condies do metabolismo

    normal e tende a aliminar certa classe de micrbios que

    so mais ativos no processo de putrefao; poderamos

    replicar que existem muitas pessoas pobres ou doentes

    ou por opo que so abstmias, e uma vez mortas, a lei

    da decomposio as acompanha normalmente.

    A experincia comum mostra que no concorrendo

    condies extremas excepcionais, por exemplo, um frio

    intenso, a decomposio chega, mais cedo ou mais tarde

    e que antes de passados 15 dias da morte, so visveis os

    primeiros sinais.

    E o problema tornar-se- ainda mais insolvel para o

    cientista ao constatar que as incorrupes so

    verificadas em msticos e santos. ( em ambiente

    religioso.).

    Muitos segredos da natureza j foram desvendados,

    dado o contnuo progresso das diversas cincias. H

    outros, entretanto, que so indescifrveis porque no s

    superam as foras e leis da natureza, como tambm, e

    isto significativo, so caractersticos do catolicismo, e

    s dele.

  • No consta historicamente, apesar de aprofundadas

    pesquisas na procura, que pessoas de outros credos e em

    qualquer outro tempo, tenham manifestado ausncia de

    rigidez cadavrica.No catolicismo, ela exclusiva de

    pessoas que em vida, manifestaram uma santidade

    excepcional, mas no de todos os grandes santos, pois

    nenhum milagre tem regras fixas.

    O primeiro caso de que temos notcias data de 1160 e

    a primeira pessoa em que foi verificado foi Rainerio de

    Pisa. Quem relata o fato um contemporneo e,ao que

    tudo indica, digno de crdito. "Seus menbros no

    demonstravam depois da morte, nenhum sinal de

    rigidez. Pelo contrrio, conservavam-se midos e

    molhados de suor e eram to flexveis como os de um

    homem vivo".

    Pouco mais de meio sculo depois (1226), ocorreu a

    morte de So Francisco e Assis. O novo superior da

    Ordem, o irmo Elias, num comunicado aos demais

    confrades, descreveu minuciosamanete como durante os

    ltimos dias, Francisco era incapaz de levantar a cabea.

    Seus membros "estavam rgidos como os de um morto".

    Mas depois de sua morte... os membros antes rgidos se

    tornaram flexveis.

    Pelo menos 50 casos bem estudados de ausncia de

    rigidez cadavrica existem entre santos da Igreja

    catlica, desde o sculo 12 at nossos dias.

    EXEMPLOS...

    Parece oportuno agpra falar um pouco sobre o

    aspecto fisiolgico da questo do "Rigor mortis".

    Thurston revisou os manuais clsicos ingleses,

    franceses, alemes, espanhis e italianos sobre

    jurisprudncia mdica: "No descobri nenhum que

    reconhecesse a possibilidade de algum estar isento da

    rigidez cadavrica".

    H alguma variao com respeito a hora do

    aparecimento e trmino da rigidez: pode variar algumas

  • horas dependendo do clima e do continente. Para a

    Inglaterra, por exemplo, o Prof. Glaister declara:

    "Ordinariamente a rigidez comea no pescoo,

    mandbula e no rosto, cinco ou seis horas aps a morte.

    Aps dez horas, abrange toda a parte superior do corpo,

    e doze a dezoito hras aps a morte, afetar todo o corpo".

    Segundo E. Harnack, mdico alemo, na maioria dos

    casos, a rigidez chega a ser completa no prazo de 5 a 6

    horas aps a morte.

    "Com toda a probabilidade, a rigidez terminar na

    maioria dos casos, transcorridas 36 horas", dando origem

    corrupo. Segundo os clssicos alemes, porm, a

    rigidez cadavrica dura habitualmente 72 horas.

    O "rigor mortis" pode demorar em aparecer at 16

    horas aps a morte e permanecer at 21 dias, mas ambos

    so casos e circunstncias rarssimas, como

    determinadas substncias usadas na medicao. Nas

    doenas de consumpo, de curta ou prolongada durao,

    a rigidez pode comear imediatamente aps a morte e

    desaparecer logo, iniciando-se imediatamente a

    putrefao.

    O nmero de casos em que no se verificaram traos

    de rigidez cadavrica grande para enumerar e discutir

    um por um.

    Cadveres que destilam leo-

    Surpreendente constatao: Certos cadveres, anos

    aps a sepultura e at sculos depois, destilam um

    lquido semelhante ao leo vegetal. Outros, em idnticas

    condies, sem causa que o justifique, emitem gua.

    relativamente comum que este lquido brote de

    qualquer inciso feita nos corpos preservados da

    corrupo.

    Os catlicos gregos, antes do cisma da Igreja oriental,

    tinham um nome especial para determinados e

    numerosos casos de cadveres de santos: "movobltai",

  • isto , "destiladores de leo".

    O Papa Bento XIV exige (e garante nestes casos)

    para afirmar a realidade do prodgio da gua e do leo,

    que tenham sido removidas todas as causas naturais,

    como a infiltrao da gua ou a possibilidade de Ter sido

    colocado algum lquido. Os restos mortais devem ficar

    em lugar apropriado e completamente seco, excluindo-se

    qualquer possibilidade de interveno humana.

    Aqui nos defrontamos com um fenmeno de todo

    inusitado e inexplicvel para o qual a cincia no pode

    encontrar nenhuma explicao razovel e satisfatria,

    apesar de tratar-se de casos fceis de examinar e

    constatar qualquer vestgio de explicao, caso esta fosse

    possvel. A evidncia do fato indiscutvel.

    A Parapsicologia no encontra sequer uma hiptese

    que possa dar uma pista ou tnue esperana de soluo.

    A Parapsicologia no seu caminhar no estudo do

    maravilhoso, se defronta, uma vez mais, com o absoluto

    Senhor da Vida, que pode manifestar-se igualmente na

    morte, para testemunhar a Doutrina e santidade de seus

    santos.

    Radiestesia

    Movimentos musculares inconscientes -

    Varinhas e pndulos em radiestesia no se

    movimentam pela ao direta de radiaes, seja qual for

    sua natureza, nem pelo influxo de espritos, minerais,

    aquferos, dos mortos, nem por ao do diabo ou de Deus,

    como alguns atribem. Se o instrumento se movimenta

    porque a pessoa que o segura imprime uma ao

    muscular provocada por idias ou percepes

    inconscientes.

    A realidade destes movimentos involuntrios e

    inconscientes que acompanham a todo ato psquico

    incontestvel. A vasta pesquisa psicolgica acerca do

  • assunto j de longa data. Estudos interessantes e

    definitivos sobre os movimentos reflexos das idias

    conscientes ou inconscientes foram realizados por

    Chevreul, Ampre, Arago, Babinet, Moigno, Pierre

    Janet, Pavlov, o prprio Jung, Lehmann e Hansen na

    Universidade de Copenhague, Vasiliev, na Rssia, etc.

    Leonid Vasiliev descreve algumas experincias

    neuro-fisiolgicas probatrias dos atos ideo-motores:

    "Aparelhos muito sensveis de registro eletrogrfico

    constataram que a idia de um movimento ou de um

    objeto visual vinculado a um determinado movimento,

    vem acompanhada de uma srie rtmica de impulsos que

    atuam sobre os msculos responsveis pelos movimentos

    imaginados. Tais impulsos so enviados aos msculos

    atravs das vias nervosas piramidais, pelos neurnios do

    crtex, cuja atividade se acha associada idia motora

    imaginada pelo sujeito da experincia. Por exemplo, s a

    idia de um objeto muito alto faz com que os impulsos

    estimulantes convirjam para os msculos dos globos

    oculares, que tem por funo fazer com que os olhos

    girem para cima. Um galvanometro suficientemente

    sensvel, capaz de registrar as fracas correntes

    eltricas que acompanham os impulsos estimulantes

    criados pelas palavras pensadas (linguagem muda)

    A fim de poder ser registrado, os eletrodos ligados ao

    galvanmetro so aplicados nos lbios, na lngua e nos

    msculos da pessoa, isto , nos rgos responsveis pela

    fala.

    Os cientistas do Instituto Prtese de Moscou usaram

    as correntes bioeltricas construindo um modelo de mo

    humana de metal com os dedos mveis. O mecanismo

    acha-se ligado, por fios, a uma tomada de corrente em

    forma de aro; quando a mo colocada como se fosse

    uma pulseira no pulso de uma pessoa, faz os movimentos

    imaginados pelo individuo. Se pensar que est fechando

    sua mo, a mo artificial far o movimento. O "milagre"

  • tcnico desenvolve-se da seguinte forma: O crebro, ao

    pensar no movimento, envia aos msculos da mo, os

    impulsos correspondentes, ou seja, as correntes

    bioeltricas que produzem a contrao de tais msculos.

    As biocorrentes da mo so captadas pela tomada de

    correntes e so por sua vez transmitidas ao amplificador,

    que possui um dispositivo especial para por em

    movimento os dedos da mo mecanica.

    O Dr Jean Jarricot realizou em grande nmero de

    experincias com a ajuda de aparelhos que registravam

    automaticamente o rtmo respiratrio e os movimentos

    do pndulo. Chegou seguinte concluso: O rtmo

    respiratrio anima o pndulo.

    Parece lcito pensar, conclue Jarricot, que as

    oscilaes do pndulo esto relacionadas por uma parte,

    aos tremores dos msculos que sustentam em semi-

    contrao o brao. Mas estas oscilaes mudam de rtmo

    e de intensidade quando o radiestesista estima que o

    comportamento do seu pndulo significativo.

    impossvel no admitir o concurso de uma influncia

    psico-motora sob o fundo dos tremores de origem

    mecnica.

    No atual estado das coisas, podemos tirar uma

    concluso de bastante importncia. Parece intil apelar

    foras misteriosas para explicar os movimentos do

    pndulo. Neste fenmeno to simples s encontramos a

    transmisso do automatismo respiratrio e das

    manifestaes emocionais

    Estas manifestaes emocionais foram muito bem

    analisadas por Chevreul. H pouco mais de um sculo,

    este sbio francs estudou os movimentos do pndulo a

    partir de experincias pessoais. Observou que seu

    pndulo oscilava sobre um recipiente chei de mercrio e

    que ficava parado quando retiravam o mercrio.

  • Interpunha chapas de vidro ou de resina, maus

    condutores de eletricidade, e o pndulo se imobilizava.

    Chevreul pensou Ter controlado o fenmeno porque

    podia faz-lo aparecer vontade. Porm, uma dvida o

    levou a realizar novas experincias: se o pndulo se

    movimentava no seria porque ele mesmo queria que se

    movimentasse?? Comeou novas pesquisas, desta vez

    com os olhos vendados: as indicaes do pndulo

    resultaram incoerentes. Estas experincias provaram

    que as manifestaes emocionais provocadas por uma

    percepo consciente ou inconsciente (ou por uma

    pseudo-percepo) estavam na base dos movimentos do

    pndulo.

    tal o acmulo de fatos comprovados e de estudos

    acerca dos movimentos involntrios e inconscientes que

    o Dr. Bain enunciou a seguinte lei: " TODO FATO

    PSQUICO DETERMINA UM REFLEXO

    FISIOLGICO E ESSE REFLEXO SE IRRADIA POR

    TODO O CORPO E CADA UMA DE SUAS PARTES".

    Se levarmos em conta que estas descargas

    bioeltricas que pem em movimento determinados

    msculos podem ser provocadas por um ato psquico

    inconsciente, compreenderemos que a vara do

    rabdomante (aquele que executa a radiestesia) ou o

    pndulo movimentam-se em decorrncia de impulsos

    inconscientes.

    O radiestesista percebe ou capta que em

    determinado lugar encontra-se o objeto por ele

    procurado. Esta percepo, mais ou menos

    inconsciente,,provoca no adivinho uma reao fisiolgica

    muscular, capaz de movimentar o instrumento mantido

    em equilbrio instvel.

    Recorrer portanto varinha ou pndulo recorrer a

    uma linguagem particular para expressar as mensagens

    provenientes do inconsciente. Nenhum cientista ousaria

    hoje afirmar que os aparelhos de radiestesia se

  • movimentam pelo influxo direto de radiaes, sejam

    estas de natureza conhecida ou no.

    O problema no se coloca mais em tentar explicar a

    causa do movimento da varinha, mas em descobrir qual

    seja a origem da percepo inconsciente captada pelo

    crebro do operador.

    A ao radiestsica-

    Existem inmeros procedimentos usados pelos

    rabdomantes em suas pesquisas, mas todos eles

    obedecem essencialmente a uma sistematizao que

    pode ser resumida nos seguintes tens:

    Um reflexo-

    Uma perturbao fsica que aciona o instrumento.

    o modo que o operador tem de perceber se est no

    caminho certo ou errado na sua busca. O movimento da

    varinha seria o indicador deste reflexo inconsciente que

    alertaria o dotado acerca da existncia ou no do objeto

    por ele procurado. Este reflexo depende de uma certa

    sensibilidade mais ou menos viva em cada um.

    Os instrumentos de radiestesia so forquilhas de

    madeira ou metlicas, pndulos, simples varetas ou em

    geral qualquer objeto que fique em equilbrio instvel

    quando segurado pelo dotado. A instabilidade facilita a

    manifestao do reflexo inconsciente, que mesmo sendo

    fraco, pode desequilibrar o instrumento. uma tcnica

    que serve para manifestar sensivelmente que o

    psiquismo do adivinho foi atingido por uma percepo

    real ou imaginria, que o ajudar a resolver o problema

    apresentado.

    Uma conveno mental-

    O radiestesista atribue previamente uma

    significao aos movimentosmdo pndulo provocados por

    este reflexo. O pndulo poder se mexer em vrias

    direes, mas uma delas, precisa e determinada, ter

    para o adivinho, um significado especial.

    A varinha ou pndulo responde com um movimento

  • j esperado e combinado de ante-mo: "caso o pndulo se

    movimentar no sentido das setas do relgio estarei no

    lugar certo", poder ser a conveno mental de um

    radiestesista; para outro, o sinal positivo ser um

    movimento perpendicular...

    Vrias outras convenes mentais podem ser

    "escolhidas" por outros operadores.

    Nestes diferentes casos, a hiptese das sensaes

    alucinatrias deve ser considerada porque o

    conhecimento intuitivo pode corresponder a uma

    sensao alucinatria, em relao com uma conveno

    involuntria.

    Certos buscadores de gua mexicanos pretendem

    experimentar uma sensao de calor quando passam por

    cima de uma corrente subterrnea. Outros, como o

    marroquino Sidi Tayeb bem Abdallah pretendem ver

    uma espcie de vapor que emanaria das fontes

    subterrneas.

    Em ambos os casos, a conveno involuntria que

    provocaria a alucinao pode Ter se formado a partir de

    uma coincidencia entre uma sensao e a percepo de

    um objeto; ou devido confiana do aluno em seu mestre

    que lhe ensinou que tal sensao correspondia a um

    sinal positivo.

    Uma questo corretamente formulada-

    Graas ateno seletiva, o equilbrio do

    instrumento somente perturbado por reaes

    psicofisiolgicas selecionadas pelo crebro do operador. O

    pndulo no descobre o objeto da adivinhao, manifesta

    as reaes psicofisiolgicas com que o inconsciente

    justifica ou rejeita uma hiptese.

    muito importante que o radiestesista formule

    clara, objetiva e corretamente a pergunta para a qual ele

    quer dar uma soluo. As perguntas formuladas devem

    ser concisas e susceptveis de serem respondidas com

    SIM ou NO: exemplo - existe gua nesta depresso do

  • terreno, sim ou no?? Esta pergunta renova-se

    inconscientemente ao longo de toda a experincia.

    O pndulo ou varinha no indicam o lugar do objeto

    perdido; o remdio eficaz, a soluo ideal...; ampliam

    simplesmente a resposta motora inconsciente a uma

    pergunta muito precisa, muito concreta, apresentada sob

    a forma de dilema: sim ou no; verdadeiro ou falso; a

    direita ou esquerda: esta direo boa para encontrar

    gua? Este remdio convm a tal doente? Esta soluo

    a melhor para este assunto?...

    Diversas tcnicas

    As formas de operar de rabdomantes e pendulistas

    so variadssimas. No existem normas comuns que

    regulem a prtica desta arte. Cada operador, um pouco

    por aprendizado, e muito pela sua experincia pessoal,

    encontram um modo prprio de usar os instrumentos

    para melhor manifestar as reaes fsico-mentais

    inconscientes.

    Existem mais de 4.000 modelos diferentes de pndulo

    e a cada um deles se atribuem propriedades especficas

    na captao dos objetos ocultos procurados.

    As justificativas que do para usar tal instrumento e

    no outro semelhante ainda conservam um forte sabor

    de irracionalidade. Afinal, qual a vantagem ou

    desvantagem entre usar um pndulo feito de chifre de

    boi, de ao ou de madeira, ou entre usar uma varinha de

    madeira, arame ou de osso de baleia?? Cada um d sua

    resposta. Com lgica meramente aparente, mas do

    conjunto delas, no se pode tirar nenhum rastro de

    verdade.

    Alguns radiestesistas usam aparelhos (

    ondobimetros, cauterizadores, detectores de pontos da

    acupuntura, sintonizadores-testemunhas, etc) alegando

    terem a mxima garantia de sucesso; mas isto no tem

    nenhuma consistncia cientfica.

  • A nica justificativa razovel est em relacionar o

    instrumento com a confiana que o adivinho deposita

    nele.Certos dotados, para provocarem um fenmeno

    parapsicolgico precisam de condies psicolgicas e

    ambiente adequados: penumbra, concentrao em

    superfcies brilhantes, msicas, cantos, barulhos de

    atabaques, etc... Assim tambm, um instrumento

    especfico pode ser para o radiestesista, condio

    necessria para ele se sentir vontade, seguro e auto-

    confiante.

    Esse estado psicolgico de maior confiana nos

    resultados esperados conseguido por outros com a

    ajuda da "testemunha". Exemplo: se o adivinho quer

    buscar uma mina de ouro usar um objeto deste metal. A

    explicaoque ele d meramente subjetiva: para

    sintonizar mais facilmente com a mina de ouro, a

    "testemunha" enviaria suas "radiaes", estas voltariam

    ao lugar de partida, assim que tivessem atingido "ondas

    gmeas" emandas do objeto oculto na mesma amplitude

    de onda ...e mil outras razes (que podem at parecer

    impressionantes) sem absolutamente valor real

    nenhum...

    Se levssemos a srio o mtodo da "testemunha",

    como poderia ser usado pelos radiestesistas "mdicos"

    para determinar o remdio especfico?? Seria necessrio

    crer que a lcera de estmago, por exemplo, tem a

    mesma "longitude de onda" que o carbonato de

    bismuto...

    Nenhuma relao existe entre a "testemunha" e o

    objeto procurado. Trata-se apenas de uma maneira de

    estimular o inconsciente ou de manter a ateno

    constantemente fixa naquilo que se procura. O desejo de

    perceber e selecionar a influncia do objeto foi chamado

    por Emile Christophe de "Orientao Mental".

    Certos operadores trabalham por "impregnao".

    Eles aplicam o pndulo sobre algum objeto da pessoa que

  • faz a consulata distncia. O objeto estaria impregnado

    pelas emanes vitais do dono e estes "restos vitais"

    seriam a base sobre a qual agiria o pendulista.

    s vezes acertam, mas o sucesso nada tem a ver com

    tais "impregnaes". O objeto, torna-se um estmulo para

    o inconsciente do radiestesista, que poder, mas no

    sempre, Ter uma adivinhao parapsicolgica.(Telepatia,

    precognio).

    A inconsistncia dos resultados-

    Sendo a radiestesia um mtodo de adivinhao,

    comparvel no fundo, a todas as tcnicas multiseculares

    de abordagem do oculto, seus resultados no podem ser

    garantidos.

    Seria imprudente afirmar que todas as adivinhaes

    radiestsicas sejam fruto de meras coincidncias. s

    vezes, participa na descoberta um fator diferente do puro

    acaso. Este fator poderia ser uma percepo extra-

    sensorial ou hiperestsica. Mas um grande engano

    usar a radiestesia como mtodo infalvel. Os adivinhos

    s vezes acertam, outras muitas erram, embora

    acobertem o erro com explicaes sutis, aptas para

    convencer os menos alertados. (e inclusive, para

    enganar-se a s mesmos)

    A"'pendulomania" chega a extremos de ser aplicada a

    qualquer tipo de problema. At para descobrir defeitos

    no funcionamento do automvel.

    Se os resultados prticos da radiestesia fossem to

    seguros quanto seus defensores deixam entrever, o

    esprito pragmtico de nossa poca teria adotado a

    radiestesia como um mtodo insubstituvel. Mas o

    homem prtico no se deixa ofuscar por alguns xitos

    fascinantes e coloca tambm na balana o grande

    nmero de erros e os enormes gastos em tempo e

    dinheiro decorrentes de adivinhaes falidas.

    Muito mais perigoso que a perda de dinheiro e tempo

    o risco de perder a vida guiando-se pelos conselhos do

  • pndulo aplicado medicina. Um mesmo doente

    receber tantos diagnsticos diferentes quantos forem o

    nmero de radiestesistas consultados.

    Nada mais fcil do que testar a "infabilidade" dos

    adivinhos de varinha em mo.

    Em 1935, La vie Catholique, um peridico francs,

    ofereceu um prmio de mil francos a quem descobrisse

    uma massa de prata de 850 gramas que seria escondida

    sucessivamente em 10 lugares diferentes de uma mesma

    habitao. O radiestesiata deveria acertar ao menos 8

    vezes em 10 tentativas. O resultado constituiu um

    fracasso completo. O melhor concorrente no conseguiu

    acertar seno 4 vezes, havendo apenas 86 solues

    corretas nas 860 apresentadas. A proporo estava de

    acordo com o clculo de probabilidades.

    O mdico francs Augusto Lumire fez experincias

    com radiestesistas que determinavam o sexo de animais

    e pessoas, trabalhando somente com fotografias. Foi feito

    o diagnstico do sexo masculino em 44% dos casos e do

    feminino nos 56% restantes. O erro foi enorme, pois

    Lumire s forneceu fotografias de meninas...

    Em outra experincia, Lumire enviou 30 amostras

    de sangue a um radiestesista famoso que diagnosticava

    distncia. Vieram 30 diagnsticos diferentes, apesar de

    terem sido as amostras tiradas de 10 pessoas, 3 de cada

    uma.

    O Dr. E. Pascal apresentou a um famoso

    radiestesista uma mecha de pelos negros, pedindo-lhe o

    diagnstico O radiestesista colocou o pndulo sobre os

    pelos, enquanto com a outra mo, movimentava um lpis

    sobre uma gravura anatmica do corpo humano. Eis o

    resultado, confirmado por carta aps um segundo exame:

    "Trata-se de um homem moo, cuja faringe fraca,

    existindo colibacilo no sangue, estado febril e carcinoma

    do pncreas." - Na realidade, trtava-se de pelos de um

    cachorro buldogue jovem e robusto.

  • A descoberta radiestsica poderia Ter diversas

    causas: 1) uma deduo lgica, consciente, com base na

    experincia prtica do rabdomante. 2) Percepo de

    radiao ou "sinais" (geolgicos, topografia, etc) que so

    captados hiperestesicamente e interpretados pelo

    dotado, mesmo que seja de uma forma inconsciente. 3)

    Percepo paranormal do objeto procurado; por telepatia

    ou por clarividncia.

    Texto extrado da Revista de Parapsicologia nmero 21,

    elaborada pelo CLAP- Centro Latino Americano de

    Parapsicologia. Por Pablo Garulo

    SUGESTO

    Todos somos sugestionveis. Uns mais, outros

    menos. Existem pessoas que se habituaram, desde cedo,

    a s agir em obedincia s idias e aos sentimentos dos

    outros. Tm vontade fraca e aceitam, sem questionar, as

    sugestes que lhes so dadas. So as famosas vaquinhas de prespio. Morrem de dificuldade na hora de dizer NO.

    Somos essencialmente imitadores. A fora de

    persuaso da moda est a e no me deixa mentir. As

    novelas e alguns comunicadores tm conseguido mexer

    com a cabea de muitos e at alterar comportamentos e o

    jeito de falar.

    A sugesto pode vir tambm pela repetio. O

    provrbio diz que "gua mole em pedra dura em pedra

    dura tanto bate at que fura". E verdade. Certas coisas

    afirmadas repetidas vezes acabam por ser aceitas como

    verdadeiras. Cuidado, portanto.

    As foras sugestivas tambm tm graus. Existem

    indivduos que jamais sero bons vendedores ou

    candidatos bem-sucedidos no campo da poltica. Seus

    argumentos e seu todo no conseguem impressionar os

    ouvintes. Por outro lado, sabemos de pessoas que tm

  • tanta confiana em si que conseguem influenciar

    favoravelmente os que esto sua volta.

    Hoje a propaganda virou arte. H todo um aparato

    que pode reforar a idia que se quer passar. A voz deve

    transparecer a convico de que o orador est imbudo. O

    tom deve ser natural e vigoroso (sem autoritarismo). A

    escolha das palavras tambm importante. Tem

    palavras que so fortes por sua natureza. Os gestos e a

    postura exercem tambm grande influncia. Tudo

    vlido quando o objetivo impressionar.

    O sucesso da sugesto est no fato de ser um apelo

    dirigido ao sentimento e s emoes mais do que razo.

    o sentimento a mola que faz mover as multides. A

    Histria tem exemplos interessantssimos de lderes que

    levaram milhares de pessoas a agirem de maneira

    impulsiva em obedincia ao comando do chefe.

    A AUTO-SUGESTO quando a pessoa passa uma

    ordem sua prpria mente. Os casos de auto-sugesto

    multiplicam-se nestes tempos atribulados de crise. Cito

    alguns:

    A jovem que perdeu o sossego porque viu um vulto na casa. Pode at ter visto mesmo, mas bom lembrar que a sugesto e o medo fazem ver o que no existe

    (alucinao).

    A famlia que ficou apavorada com o aparecimento de

    feitio na soleira da casa. Adeus paz...

    Outra jovem catlica que passou a sentir calafrios e

    perturbaes quando voltava de um terreiro,

    impressionada com as vrias esttuas de Exu que l

    encontrou.

    Outras pessoas que julgavam-se muito doentes e que

    melhoraram sensivelmente quando o ltimo exame

    mdico apresentou resultado negativo. Com a notcia, as

    dores e os achaques desapareceram como por encanto.

    Muitas simpatias podem influir nas pessoas

    sugestionando-as, embora no tenham nenhum valor

  • teraputico.

    Muitos distrbios psicolgicos graves que so levados

    aos divs dos psiquiatras comearam pela auto-sugesto.

    Que lies tirar de tudo isso? Diria apenas que a

    sugesto uma poderosa arma de dois gumes. Oxal o

    seu potencial fosse canaliza