BOLETIM INFORMATIVO – COVID 19 #9 · 2020-04-14 · BOLETIM INFORMATIVO – COVID 19 2 Situação...

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BOLETIM INFORMATIVO – COVID 19 #914 de abril 2020

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BOLETIM INFORMATIVO – COVID 19 2

Situação Atual em Portugal – 14 abril 2020

No mundo, registaram-se já perto de 2 milhões de casos confirmados e mais de 120 mil mortos.

Dados atualizados a 14 de abril de 2020

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COVID-19: Situação atual em Portugal

O número de casos confirmados é de 17.448 o que significa que 0,17% da população está infetada.

A taxa de mortalidade ultrapassou, pela primeira vez, os 3% no dia 12 de abril (3,04%). À data de hoje a taxa de mortalidade é de 3,24%.

Epidemiologistas do Imperial College of London revelaram que o número de infetados com o SARS-CoV-2 em Portugal, poderá ser cinco vezes mais do que o número de confirmados oficialmente pela DGS, uma vez que cerca de 80% dos infetados têm sintomas ligeiros ou são assintomáticos. Esta estimativa baseia-se em modelos científicos que indicam o número de infetados em vários países europeus. Baseado neste método, o epidemiologista português Ruy Ribeiro prevê que existem, neste momento, 81.699 infetados em todo o país.

A DGS refere que já foram realizados 172.440 testes para a COVID-19 desde o dia 1 de março, o que representa 1,72% da população. No mês de abril a média de testes diários foi de 9.100. O dia em que se realizaram mais testes foi a 9 de abril, com 11.876 testes de diagnóstico e destes 8% foram positivos.

Os estabelecimentos de ensino irão manter-se fechados até Setembro (início do próximo ano letivo). Hoje inicia-se o 3º período de ensino com aulas á distância e com apoio televisivo da RTP Memória, que vai transmitir as várias unidades curriculares. Os exames do 9º ano não se vão realizar e os de acesso ao ensino superior foram adiados, passando a ter inicio no dia 06/07/2020.

Num ranking internacional sobre o tempo de resposta dos países europeus à crise criada pela COVID-19, Portugal foi um dos países melhor posicionados. O método analisa quantos dias de intervalo existiram entre a terceira morte causada pela COVID-19 e a implementação das medidas de contenção social e económica pelos respetivos Governos. A 16 de Março, quatro dias antes de ter sido registada a terceira vítima, o Governo mandou fechar as escolas, o comércio não essencial, implementou medidas de confinamento social e forte controle nas fronteiras.

O estado de emergência foi declarado até ao dia 17 de abril de 2020, no entanto, o Presidente da República deu indicações do seu provável prolongamento até 03 de maio de 2020.

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COVID-19: Situação GlobalA nível mundial registam-se quase 2 milhões de doentes infetados, 120.000 mortos e 460.121 recuperados.

Os Estados Unidos da América são o país com maior número de infetados, registando hoje 587.173 casos, com 23.644 mortos e 36.948 recuperados.

A Europa é o continente que apresenta maior número de doentes pela COVID-19, com 914.859 infetados, e 80.624 mortos e 239.692 recuperados.

• Itália regista 159.516 infetados, 2.638 casos por milhão e 20.465 mortos, 338 casos por milhão.

• Espanha tem 172.541 infetados 3.690 casos por milhão e 18.056 mortos, 386 casos por milhão.

• França tem 136.779 infetados 2.095 casos por milhão e 14.967 mortos, 229 casos por milhão.

• Inglaterra tem 88.621 infetados 1.305 casos por milhão e 11.329 mortos, 167 casos por milhão.

Vários países começam a tomar algumas medidas de abrandamento do confinamento social.

No Irão vão permitir que algumas profissões consideradas de baixo risco possam retomar a atividade, denominando esta fase como sendo “plano de distanciamento social inteligente”. Terá início na capital e seguirá protocolos de higiene controlados.

Espanha vai implementar um estudo para determinar a taxa de imunidade da sua população, para revisão das restrições impostas. Prepara um plano pós –pandemia, que passa por isolar as pessoas infetadas com ou sem sintomas e alívio das limitações para os que estão imunizados. Vai permitir a abertura de algumas fábricas e empresas e vai implementar o uso generalizado de máscaras.

Itália mantém as medidas de restrição até ao início de maio, preparando um plano de levantamento gradual e controlado destas, a partir daí. Este plano prevê o reforço da rede de saúde local, para triagem de casos e realização de testes para determinar a imunidade da população. O uso da máscara será obrigatório e o distanciamento social rigoroso. Está a ser desenvolvida uma aplicação de telemóvel, para verificar os movimentos dos doentes durante as 48h anteriores à sua infeção. Vai permitir a telemedicina e monitorização de alguns parâmetros clínicos. Assim que estiverem reunidas as condições para retomar a atividade económica, os serviços vão progressivamente regressar ao seu normal funcionamento, mantendo o distanciamento social indicado pelas autoridades de saúde.

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COVID-19: ADAPTT, uma ferramenta portuguesa

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentou esta quinta-feira a ferramenta portuguesa ADAPTT Surge Planning Support Tool, desenvolvida pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e pela GLINTT – Global Intelligent Tecnologies, como “instrumento global para o planeamento da necessidade de resposta à pandemia de COVID-19”.

Já está a ser utilizada em vários países e disponível em quatro línguas: inglês, russo, espanhol e português.

Poderá ser utilizada por gestores de cuidados de saúde ou decisores políticos, pois permite efetuar o planeamento de recursos materiais e humanos, tais como: número e tipologia de camas, número de ventiladores, as diferentes

especialidades e competências de médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde. Através desta ferramenta é ainda possível determinar a necessidade de recursos humanos adicionais, face à possível infeção de profissionais de saúde.

É uma ferramenta flexível com apresentações gráficas variadas, possibilitando aos vários países que a utilizem, poderem inserir os seus dados epidemiológicos e adaptarem esta aplicação a cenários variáveis, de acordo com a sua realidade.

Esta ferramenta começou por ser disponibilizada ao Ministério da Saúde Português a 30 de março, estando a GLINTT e a APAH a prestar o necessário apoio técnico.

Adaptt Surge Planning Support Tool

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COVID-19: Reinfeção? Confinamento, até quando?

Recentemente, na Coreia do Sul, houve 91 doentes que tinham recuperado da COVID-19 e voltaram a ter teste positivo. A OMS está a investigar estes casos para perceber o motivo destes resultados. O diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças deste país põe como uma das hipóteses o vírus ter reativado, mas outra pode ser a dos testes anteriores serem falsos negativos.

Em Portugal completamos hoje 27 dias de estado de emergência, com as medidas de confinamento respeitadas na sua generalidade, pelo que conseguimos um aplanamento da curva relativa ao número de novos casos de doentes infetados e do número de mortos.

De acordo com as orientações da OMS, um doente pode ter alta hospitalar quando estiver clinicamente recuperado e após dois testes negativos de pesquisa SARS-CoV-2, com 24 horas de diferença entre cada um.

Mas até quando teremos que manter estas medidas de confinamento?

No nosso país, prevê-se que o estado de emergência seja renovado até ao dia 3 de maio. A partir desta data poderá ser possível abrandar estas medidas e especialistas recomendam que se reabram gradualmente as escolas e empresas, mantendo restrições nos aglomerados de pessoas e incentivando os grupos de risco a limitar o tempo fora de casa.

Qualquer aumento no número de casos poderá implicar um retrocesso a medidas mais restritivas.

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COVID-19: Sistema imunitário O sistema imunitário é o responsável por proteger o nosso organismo contra a ação de um invasor (vírus, bactérias, fungos ou outros). Atua com dois tipos de resposta, a imunidade inata que atua de forma rápida e generalizada para diferentes tipos de invasores e não gera nenhuma memória e a imunidade adquirida que ataca o invasor de uma forma dirigida, gerando memória no nosso sistema contra este invasor, protegendo-nos de uma segunda infeção por este agente. No entanto, nem todas as doenças infeciosas geram imunidade e nem sempre essa imunidade dura a vida toda.

As vacinas atuam de forma a estimular o sistema imunitário contra determinado agente específico, criando a memória e mantendo esta imunidade.

Analisando vários estudos referentes a doentes infetados com SARS-CoV (vírus que originou o surto epidémico de 2002), verifica-se que estes doentes possuem uma imunidade adquirida específica contra este vírus, sugerindo que a infeção pelo SARS-CoV-2 (muito similar ao anterior) também poderá gerar imunidade adquirida.

Foi realizado um estudo com macacos rhesus infetados com SARS-CoV-2, aos quais foi tentado provocar, 18 dias depois, uma nova infeção com o mesmo vírus, verificando-se que estes não desenvolveram a doença, uma vez que já tinham anticorpos específicos.

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COVID-19: O regresso à normalidade – “Passaportes de imunidade”

O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge está a iniciar uma experiência piloto, para definir como e quando é que os testes de imunidade serão realizados. Outras instituições, como o Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa, o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica e o Instituto Gulbenkian de Ciência estão também a desenvolver estes testes serológicos, que serão determinantes na avaliação do regresso à normalidade.

Os testes de avaliação de imunidade permitem saber se a população está ou não imune à doença COVID-19. As pessoas que foram infetadas e que recuperaram, desenvolvem uma resposta imunitária ao vírus SARS –CoV-2. Quando realizam o teste para pesquisa de anticorpos no sangue ou no soro, a maioria tem valores elevados contra o vírus.

Esta avaliação também poderá ser efetuada a pessoas suspeitas de terem sido doentes assintomáticas.

O aparecimento de anticorpos detetáveis pode demorar de 7 até 14 dias depois do início da doença, pelo que só se devem realizar estes testes após esse período, levando a falsos negativos se for efetuado precocemente. Esta metodologia poderá ser aplicada pela medicina no trabalho, na avaliação do regresso dos colaboradores às empresas.

Estes testes são realizados através de análises ao sangue e podem dividir-se em:

• Testes qualitativos - é utilizada uma gota de sangue que permite indicar se a pessoa teve a doença e criou anticorpos, ou não teve a doença;

• Testes quantitativos – é utilizada uma colheita de sangue que permite detetar ou não a presença de anticorpos específicos contra o SARS-CoV-2, com quantificação da IgM, IgG e IgA.

Tratando-se de um vírus muito recente, ainda não há um total conhecimento da resposta imunitária do organismo, desconhecendo-se ainda por quanto tempo e de que forma a imunidade se mantém, protegendo-nos de uma reinfeção.

De acordo com a DGS, Portugal, a Alemanha e o Reino Unido, pensam emitir passaportes de imunidade, para que as pessoas possam retomar a vida profissional, social e familiar, desde que tenham imunidade comprovada por testes serológicos.

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FIQUE EM CASA!

“Se o trabalho enobrece o homem,a segurança o preserva”

Gervásio Xavier Soares

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