Boletim informativo novembro 2013

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1 Fundada a 20 de janeiro de 1998 CNPJ 02.802.540 / 0001-14 INFORMATIVO DE NOVEMBRO DE 2013 E-mail: [email protected] Blog: fespiritacrista.blogspot.com Muitos são chamados, poucos são escolhidos No Novo Testamento – Mateus 22, versí- culo 14: “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos”, Jesus Cristo, por meio da parábola que comparava o Reino dos Céus a uma comemoração de uma boda nupcial, citou a necessidade de estarmos preparados, por- que são poucos o que conseguem passar pela "porta da salvação" que, evidentemente, é "estreita". Muitos são os que rejeitam passar pela porta estreita e preferem a porta larga, mas esta última conduz à perdição e não à salvação. Larga é a porta da perdição, porque são numerosas as más paixões e porque grande parte dos humanos prefere o caminho “mais fácil”. A “porta estreita” recebe este nome por- que, quando transpassada, promove ao ho- mem grandes esforços sobre si mesmo, quan- do a pessoa é obrigada a vencer suas más tendências, coisa que poucos realmente conse- guem. O chamamento de Deus é universal: não é cristão (espírita, evangélico ou católico roma- no), muçulmano ou judaico. É divino. Dentro de nós todos (os muitos) nasce o sentimento e a necessidade de Deus, de com- preendê-Lo e de saber o caminho para Ele. Parte daqueles que entenderem o que é necessitar de Deus se perde no caminho. Soli- citações morais, emocionais, culturais, econô- micas e, infelizmente, religiosas contribuem para que pessoas se percam na busca do Ca- minho. Por outro lado, o Caminho não é fácil. Há que se lutar pela fé, caso contrário vamos sain- do da retidão e desprezando a nossa convic- ção, o que nos faz querer desistir. Aos poucos, vamos desistindo. Muitos ficam no meio do Caminho. Só os escolhidos chegam ao fim. Nem todos os que me dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus; apenas entrará aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.Mateus, cap. VII, vv. 21 Reuniões abertas ao público 3ªs Feiras 19:00h - Estudos Doutrinários, Corrente, Passes e Água Fluidi- ficada. 4ªs Feiras 19:00h - Estudo do Evangelho. “Se queres acordar toda a humanidade, então acorda-te a ti mesmo, se queres eliminar o sofrimen- to do mundo, então elimina a escuridão e o negativismo em ti próprio. Na verdade a maior dádiva que podes dar ao mundo é aquela da tua própria auto- transformação” Lao-Tsé (604-531 a.C.)

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Fundada a 20 de janeiro de 1998 CNPJ 02.802.540 / 0001-14

INFORMATIVO DE NOVEMBRO DE 2013

E-mail: [email protected] Blog: fespiritacrista.blogspot.com

Muitos são chamados,

poucos são escolhidos

No Novo Testamento – Mateus 22, versí-culo 14: “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos”, Jesus Cristo, por meio da parábola que comparava o Reino dos Céus a uma comemoração de uma boda nupcial, citou a necessidade de estarmos preparados, por-que são poucos o que conseguem passar pela "porta da salvação" que, evidentemente, é "estreita". Muitos são os que rejeitam passar pela porta estreita e preferem a porta larga, mas esta última conduz à perdição e não à salvação.

Larga é a porta da perdição, porque são numerosas as más paixões e porque grande parte dos humanos prefere o caminho “mais fácil”. A “porta estreita” recebe este nome por-que, quando transpassada, promove ao ho-mem grandes esforços sobre si mesmo, quan-do a pessoa é obrigada a vencer suas más tendências, coisa que poucos realmente conse-guem.

O chamamento de Deus é universal: não é cristão (espírita, evangélico ou católico roma-no), muçulmano ou judaico. É divino.

Dentro de nós todos (os muitos) nasce o sentimento e a necessidade de Deus, de com-preendê-Lo e de saber o caminho para Ele.

Parte daqueles que entenderem o que é necessitar de Deus se perde no caminho. Soli-citações morais, emocionais, culturais, econô-micas e, infelizmente, religiosas contribuem para que pessoas se percam na busca do Ca-minho.

Por outro lado, o Caminho não é fácil. Há que se lutar pela fé, caso contrário vamos sain-do da retidão e desprezando a nossa convic-ção, o que nos faz querer desistir.

Aos poucos, vamos desistindo. Muitos ficam no meio do Caminho. Só os escolhidos chegam ao fim.

“Nem todos os que me dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus; apenas entrará aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.“ Mateus, cap. VII, vv. 21

Reuniões abertas ao público

3ªs Feiras 19:00h - Estudos Doutrinários, Corrente, Passes e Água Fluidi-ficada.

4ªs Feiras 19:00h - Estudo do Evangelho.

“Se queres acordar toda a humanidade, então acorda-te a ti mesmo, se queres eliminar o sofrimen-to do mundo, então elimina a escuridão e o negativismo em ti próprio. Na verdade a maior dádiva que podes dar ao mundo é aquela da tua própria auto-transformação”

Lao-Tsé (604-531 a.C.)

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Dia 02 (Sábado) - 16h - Prece pelos Desencarnados Dias 05, 12, 19, 26 (3ªs feiras) - 19h - Estudos Doutrinários e do Evange-lho (livro Nosso Lar) Dias 06, 13, 20 , 27 (4ªs feiras) - 19h - Estudos do Evangelho Dias 13, 27(4ªs feiras) - 19h - Consulta com PRETOS-VELHOS Dias 06, 20 (4ªs feiras) - 19h - Consulta com CABOCLOS Dia 29 (Sexta-feira) - 19h –Descarga do Templo

Mensagem

Há aqui uma nuvem de testemunhas, uma multidão de almas com sede e fome. São insaciáveis de um alimento que poucos deles conhecem. Todas as preces faladas, pensadas e cantadas, servem de remédio para suas feridas da alma. Pensem nisso. Perseverem nesse aprendizado para que , quando chegar sua hora, façam parte da multidão de trabalhadores da Seara. Daqueles que podem estender a mão e dar algo de si para aliviar as misérias das almas em sofri-mento. Perseverem.

Um Irmão. Mensagem psicografada na FEC em 07/10/2013

Esperar Pra Que

Você já notou que muitas vezes ficamos esperando, quando na verdade deveríamos ter iniciativas e tomar decisões? Você já ouviu a frase "quem quer faz, e quem não quer manda", isto às vezes tem um fundo de verda-de... Ficamos muitas vezes à espera de que o outro, é que deveria ter a iniciativa... Se você tem uma diferença com alguém, não espere que ele venha até você, vá ao seu encontro, mesmo que você esteja coberto de razões.. Não deixe que o seu orgulho possa inviabilizar o reencontro entre vocês... Seja humilde e não fique esperando que o outro te estenda a mão...

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O que ocorre com os que desencarnam? De acordo com as conclusões de Ernesto Bozzano expostas em seu livro “A Crise da Morte”, eis os 12 detalhes fundamentais a respeito do que ocorre no fenômeno da de-sencarnação, a cujo respeito se acham de acordo os Espíritos: Os Espíritos se encontram novamente, na vida espiritual, com a forma humana. Todos eles, após a morte, ignoram durante algum tempo que estão mortos. Eles passam, no curso da crise pré-agônica, ou pouco depois, pela prova da reminiscên-cia dos acontecimentos da existência ora encerrada. Todos eles são acolhidos no mundo espiritual pelos Espíritos das pessoas de suas famí-lias ou de seus amigos mortos. Quase todos passam, após a morte, por uma fase mais ou menos longa de “sono repa-rador”. Todos se acham num meio espiritual radioso e maravilhoso (no caso de mortos moral-mente normais) e num meio tenebroso e opressivo (no caso de mortos moralmente de-pravados). Todos reconhecem que o meio espiritual é um novo mundo objetivo, real, análogo ao meio terrestre espiritualizado. Eles aprendem que isso se deve ao fato de que, no mundo espiritual, o pensamento constitui uma força criadora, por meio da qual o Espírito existente no “plano astral” pode reproduzir em torno de si o meio de suas recordações. Todos ficam sabendo que a transmissão do pensamento é a forma da linguagem espiri-tual, embora certos Espíritos recém-chegados se iludam e julguem conversar por meio da palavra. Eles verificam que, graças à faculdade da visão espiritual, se acham em estado de per-ceber os objetos de um lado e outro, pelo seu interior e através deles. Todos eles apren-dem que podem transferir-se temporariamente de um lugar para outro, ainda que muito distante, por efeito apenas de um ato da vontade, podendo também passear no meio espiritual ou voejar a alguma distância do solo. Os Espíritos dos mortos gravitam fatalmente e automaticamente para a esfera espiritual que lhes convém, por virtude da “lei de afinidade”. (Obra citada, p. 164 a 166.)

FONTE: Jornal O Imortal.

JUQUINHA Noite alta... Por fora de um telheiro, O pequeno Juquinha morre ao vento... Enjeitado e sozinho... Está sedento, Nas aflições do instante derradeiro. Lembra os dias de humilde jornaleiro, Pensa vender notícias ao relento, Geme e delira, olhando o firmamento. Nisso, aparece um jovem no terreiro... Vem de manso e convida: — “Vem, Juquinha!...” O pobre larga o corpo a que se aninha... — “Quem é você?” — pergunta, ri-se e chora!... — “Sou Jesus!...” — diz o moço, ao dar-lhe o braço... E os dois sobem na luz do imenso espaço, Numa estrada de lírios cor da aurora”...

Cornélio Pires

(De “POETAS REDIVIVOS”, de Francisco Cândido Xavier – Diversos Espíritos)

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Que Tipo de Espírita Você é, Perfume ou Detergente? Somos espíritas, tentamos ser espíritas, queremos ser espíritas dentro e fora da casa espírita. Tomara, mas tomara mesmo, que consigamos ser espíritas fora do ambiente do centro espírita. Afinal, o mundo está aí, com suas lutas e desafios, testando nossa capacidade de sermos melhores a cada dia. Mas não é o mundo lá fora o objeto de reflexão deste artigo. É o mundo dentro da casa espírita. Melhor dizendo, é a nossa postura em relação ao centro espírita que freqüentamos. Por essa razão, cabe formular novamente as perguntas do título. Que tipo de espírita é você? Perfume ou detergente? Muitas são as pessoas que, ao comprar um perfume, pedem para sentir sua fragrância. Uma amostra do perfume é espirrada no nosso braço ou naquela tirinha de papel, para que possamos escolher o melhor cheiro. E é um cheiro gostoso, agradável, chique, que nos remete a sensações de elegância, bem-estar, sofisticação. Já o detergente é pego sem muita atenção na prateleira do supermercado e jogado no carrinho, misturado a várias outras compras. O perfume não. Quer o compremos para dar de presente ou para uso pessoal, ele ganhará uma embalagem elaborada, fina, que chame atenção. Tanto que adoramos dar perfume de presente. Ao mesmo tempo, ninguém, em sã consciência, presenteará alguém com um vidro de detergente. O perfume merece lugar de destaque na nossa casa; o detergente não. O perfume custa caro; o detergente não. O perfume tem um frasco bonito; o detergente não. Mas, apesar de todas estas aparentes desvantagens, o detergente ganha de lavada, lite-ralmente, do perfume. Afinal, é o detergente que limpa a casa, apesar de, depois da tarefa cumprida, voltar para o canto do armário da área de serviço. E o perfume, em-bora reine impávido e reluzente no toucador ou na bancada do lavatório do banheiro, não tem capacidade de encarar uma limpeza pesada, algo que o detergente faz com a maior facilidade. Só que, estranhamente, a sociedade vangloria o perfume e se esque-ce do detergente. E acaba reproduzindo isso na relação social, pois damos mais valor à pessoa-perfume do que à pessoa-detergente. No centro espírita, esta célula social da qual fazemos parte, acontece o mesmo fenômeno. Quem tem “olhos de ver”, como dizia Jesus Cristo, já deve ter notado que há espíritas-perfumes e espíritas-detergentes. E deve ter notado, também, que há os espíritas desavisados que se deixam levar pelos “falsos profetas”; adulam o espírita-perfume e nem notam a existência do espírita-detergente. Quem é o espírita-perfume? É aquela pessoa que faz presença. Aparece para espirrar um cheirinho de lavanda aqui, um aroma de almíscar ali, uma fragrância de alfazema acolá... Geralmente, abra-çam tarefas de destaque, são bonitos, sorridentes, carismáticos, bem cuidados... Por essa razão, fascinam os desavisados. Não estou dizendo que os espíritas-perfumes são assim propositalmente, com o intuito deliberado de iludir as pessoas. São assim sem ter noção. Simplesmente são assim. É o que têm para dar. E fazemos votos que eles continuem dando à casa espírita pelo menos o que eles podem dar por enquanto. E o espírita-detergente, quem é? É aquela pessoa que está sempre na casa espírita. Deixa tudo limpo, em ordem. Em contrapartida, não é notada. Na verdade, ela não faz a mínima questão de ser notada. Mas, como se dedica a tarefas supostamente subalternas, não é valorizada. Mas, se faltar, sua ausência será sentida, e como! Para termos uma ideia melhor de ambos e de que como agimos perante eles, vamos

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imaginar a seguinte situação: um renomado expositor e escritor espírita virá à casa que freqüentamos para fazer uma palestra e autografar seu mais recente livro. Após, haverá um buffet beneficente. Os detergentes, é claro, combinaram de chegar cedo. Limpam o salão, arrumam a mesa do orador, preparam a mesa para a venda de livros, preparam o salão onde será o buffet, fazem o café, dispõem os doces e salgados na mesa... Quinze minutos antes do evento começar, chegam os perfumes. Arrumados, perfumados (é cla-ro) e sorridentes, acercam-se do orador, cumprimentam-no, abraçam-no. O que fazem os demais trabalhadores da casa? Suspiram de contentamento ante a chegada dos perfumes. É como se o ambiente se enchesse de luz ante a chegada de seres que fazem tão bem à nossa vista. Findo o evento, enquanto os detergentes arrumam tudo, os perfumes ficam conversando com o orador, elogiando sua palestra e falando sobre a grandiosidade dos conceitos espí-ritas. Mas são incapazes de lavar um copo ou carregar uma cadeira. Vão embora e dei-xam os detergentes pondo a casa novamente em ordem. Por que isso acontece? Porque, numa sociedade dominada pela imagem, nos deixamos seduzir pela imagem e passamos a adular, dentro da casa espírita, a turma do perfume. Isso significa que deve-mos adular a turma do detergente? Adular não; valorizar sim. Dar valor não tem nada a ver com estender tapete vermelho. É ficar ombro a ombro com pessoas que, muitas ve-zes, carregam o centro espírita nas costas sem nos darmos conta. Os perfumes só aparecem de vez em quando para espirrar o seu cheirinho agradável. Ao mesmo tempo, os detergentes estão em todos os lugares, muitas vezes sobrecarregados, abraçando várias tarefas que são imprescindíveis para o bom funcionamento do centro espírita. Mas como ficar ombro a ombro com os detergentes? Simples, seja você também um detergente e pare de ficar batendo palminhas para os perfumes. Quando isso acontecer, os perfumes perceberão que precisam ser detergentes. Afinal, repito, os perfumes não agem assim por mal. Simplesmente ainda não percebe-ram o real significado do trabalho numa casa espírita. Que tipo de espírita é você? Perfume ou detergente?

Por Marcelo Teixeira Expositor e dirigente do Departamento de Divulgação da União Municipal Espírita de Petrópolis

Para Reflexão "...Tenho aprendido, ao longo de toda minha vida, que Cristo trata seus seguidores de maneira intensa, sem poupá-los das lutas e dificuldades, dos problemas e desafios, das guerras internas e das decepções ao longo do caminho. Talvez, por isso mesmo, Ele teve e tem tão poucos segui-dores verdadeiros, nos últimos 2 mil anos. Cristão que pretende ficar de braços cruzados, la-mentando as dificuldades da vida ou querendo "servir a dois senhores" - as coisas do mundo e as do Reino - lamento dizer , mas preciso ser sincera: está enganado quanto ao mestre que está seguindo. Na filosofia do Cristo pelo que tenho experimentado e visto na história de seus segui-dores legítimos, a cruz precisa ser carregada e ninguém tem a opção de evitá-la ou torná-la mais leve do que aguenta. Isso é um fato. Você pode ficar lamentando o peso da cruz, olhando pra ela, ou tomá-la sobre os ombros, na medida de suas forças, e honrar o compromisso assumido em nome daquele que não foi poupado de nenhum desafio. " (Madre Tereza de Calcutá - Livro Pelas Ruas de Calcutá - Pag 144, por Robson Pinheiro, Ed

Casa Dos Espiritos).._,_.___

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15 de Novembro Dia Nacional da Umbanda Por Roberto Barros

Visão Esotérica sobre o vocábulo Umbanda

Segundo a corrente esotérica que existe na Umbanda, a origem do vocábulo Umbanda estaria na raiz sânscrita AUM que, na definição de Helena Petrovna Blavatsky, em seu Glossário Teosófico, significa a sílaba sagrada; a unidade de três letras; daí a trindade em um. É uma sílaba composta pelas letras A, U e M (das quais as duas primeiras combinam-se para formar a vogal composta O). É a sílaba mística, emblema da divindade, ou seja, a Trindade na Unidade (sendo que o A representa o nome de Vishnu; U, o nome de Shiva, e M, o de Brahmâ); é o mistério dos mistérios; o nome místico da divindade, a palavra mais sagrada de todas na Índia, a expressão laudatória ou glorificadora com que começam os Vedas e todos os livros sagrados ou místicos. As outras palavras componentes se supõem, como: Bandha, de origem sânscrita, no mesmo glossário significa laço, ligadura, sujeição, escravidão. A vida nesta terra. Autores dessa corrente esotérica, analisando as duas palavras, definiram Umbanda como sendo a jun-ção dos termos Aum + Bandha, que seria o elo entre os planos divino e terreno. A palavra mântrica Aum-bandha foi sendo passada de boca a ouvido e chega até nós como Umbanda.

Formas variadas da Umbanda

A incorporação de guias também ocorreu em outras religiões como no Candomblé de Caboclos (desde de 1865 – as primeiras manifestações de Caboclos, Boiadeiros, Marinheiros, Crianças e Pretos-velhos aconteceram dentro do Candomblé de Caboclos), no Catimbó e em centros Espíritas (onde não eram aceitos e, muitas vezes, expulsos ou pedidos a se retirar, por serem vistos como espíritos não evoluídos, ou mesmo, como obsessores). Uma das versões mais aceitas popularmente, mas não cientificamente, pois não existe documentação da época para corroborá-la, é a sobre o médium Zélio Fernandino de Moraes. Diz essa versão que Zélio, em 15 de novembro de 1908, acometido de doença misteriosa teria sido levado a Federação Espírita de Niterói e, em determinado momento dos trabalhos da sessão Espírita manifestaram-se em Zélio espíritos que diziam ser de índio e escravo. O dirigente da Mesa pediu que se retirassem, por acreditar que não passavam de espíritos atrasados (sem doutrina). Mais tarde, naquela noite, os espíritos se nomearam como Caboclo das Sete Encruzilhadas e Pai Paulo. Devido à hostilidade e a forma como foram tratados (como espíritos atrasados por se manifestarem como índio e um negro escravo). Essas entidades resolveram iniciar uma nova forma de culto, em que qual-quer espírito pudesse trabalhar. No dia seguinte, dia 16 de novembro, as entidades começaram a atender na residência de Zélio todos àqueles que necessitavam, e, posteriormente, fundaram a Tenda espírita Nossa Senhora da Piedade. Essa nova forma de religião inicialmente foi chamada de Alabanda, mas acabou tomando o nome de Umbanda. Uma religião sem preconceitos que acolheria a todos que a procurassem: encarnados e de-sencarnados, em todas as bandas. Zélio foi o precursor de um “trabalho Umbandista Básico” (voltado à caridade assistencial, sem cobrança e sem fazer o mal e priorizando o bem), uma forma “básica de culto” (muito simples), mas aberta à jun-ção das formas já existentes (ao próprio Candomblé nos cultos Nagôs e Bantos, que deram origem às religiões mais africanas – Umbanda Omolokô, Umbanda de pretos-velhos; ou aquelas formas mais vincu-ladas à Doutrina Espírita - Umbanda Branca; ou aquelas formas oriundas da Pajelança do índio brasileiro – Umbanda de Caboclo; ou mesmo formas mescladas com o esoterismo de Papus – Gérard Anaclet Vincent Encausse, esoterismo teosófico de Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), de Joseph Alexan-dre Saint-Yves d´Alveydre – Umbanda Esotérica, Umbanda Iniciática, entre outras) que foram se mes-clando e originando diversas correntes ou ramificações da Umbanda com suas próprias doutrinas, ritos, preceitos, cultura e características próprias dentro ou inerentes à prática de seus fundamentos. Hoje temos várias religiões com o nome “Umbanda” (Linhas Doutrinárias) que guardam raízes muito fortes das bases iniciais, e outras, que se absorveram características de outras religiões, mas que man-tém a mesma essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e fé.

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Como curar a dor da mágoa?

Wanderley Oliveira

O conceito de perdão necessita urgentemente de uma reciclagem em nossos con-

ceitos cristãos e espíritas. Por não saber o que fazer com a mágoa para que ela se transforme em algo útil para nós, estamos negando a dor emocional da ofensa e causando muito mal a nós próprios. Perdoar não é esquecer, passar por cima ou negar sentimentos. O perdão, antes de ser algo para com o ofensor, é uma busca que necessitamos fazer na nossa própria intimidade. Perdoar é olhar para a mágoa e descobrir qual a nossa parcela para que essa dor tenha existido. Se tivermos coragem e humildade veremos que em cada mágoa há algo de nossa parte para que ela nos machuque tanto. Devido ao hábito de nos fazer de vítimas, sempre assumimos que o outro é o proble-ma. Dessa forma descuidamos de examinar o que dentro de nós pode ter contribuí-do para a existência da mágoa. São muitos os comportamentos que mantemos e que nos atolam nas mágoas. Cita-rei dois bem comuns: expectativas muito altas em relação aos outros e a falta de habilidade em dizer "não". Existem muitas outras razões para que ofensa se instale em nosso coração. E o mais lamentável, diante dessa ignorância emocional sobre o significado educati-vo da mágoa, é que muitos usam conceitos espíritas para justificar comportamentos de passividade diante da ofensa, mantendo relações destrutivas de exploração e desrespeito como se fossem obrigados a passar por isso em razão de dívidas de outras reencarnações. O que os espíritos têm nos mostrado é que negar essa dor emocional leva-nos ao mundo espiritual, após o desencarne, na condição de doentes graves. Que resgate insano é este que não educa? Que resgate cármico é este que não nos melhora nem a nós e nem aos nossos exploradores? Se um dia realmente valer a pena reatar laços de amizade e respeito com os nossos ofensores, esteja certo de que isso só será possível quando trabalhamos a dor da ofensa, limpando-a de nosso coração. Mas repito, isso não significa esquecer. Se esquecermos corremos enorme risco de sermos magoados novamente. Quando conseguimos lembrar do que alguém fez conosco sem sofrer, podemos dizer que existe o perdão verdadeiro. Perdão não é necessariamente com o outro, na relação. Perdão antes de tudo significa libertar-se da dor emocional da ofensa entendendo como nós próprios contribuímos para que alguma ilusão tenha nos hip-notizado.

CARMA NÃO TEM NADA A VER COM PAGAR UMA DIVIDA OU SOFRER

E a pergunta é essa: que noção insensata é essa sobre carma que você tem que ficar aos peda-ços ao lado de alguém para resgatar uma dívida? Tem pessoas que não estão dando conta de si mesmas, de ficar de pé, e acham que vão salvar

ou colaborar com o outro? Isso não é uma visão sensata de carma. O carma só se cumpre e se encerra quando você se coloca diante das provações em boas condi-ções para superá-lo. Carma não significa sofrimento, significa aprendizado.

Quando não existem essas boas condições isso não se chama carma, mas falta de amor a si mesmo. É você querendo resolver coisas que competem aos outros resolver. Carma não tem nada a ver com pagar algo ruim e sim com construir algo de bom dentro de você, a partir das experiências difíceis da vida. Ele se encerra ou se fecha assim que você

aprende. Carma não é com o outro, mas dentro de você. Wanderley Oliveira

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“AJUDAR É UM BENEFÍCIO, MAIS PARA SI DO QUE PARA QUEM RECEBE”

NOSSOS AGRADECIMENTOS Agradecemos a todos os nossos colaboradores a atenção dispensada, tendo a certeza de que poderemos contar com a sua ajuda. Em especial o nosso agradecimento a Loja Maçônica Treze de Maio e ao seu Departamento Feminino “Musas”, pela colaboração na aquisição de mantimentos para compor a cesta básica das famílias de nossa comu-nidade e assistidas pela FEC.

QUERIDOS IRMÃOS / IRMÃS

Por favor, NÃO VENHAM de bermuda, camiseta, short, vestido curto, saia curta ou blusa decotada.

Av. Estácio de Sá, L32 - Q17 - Pq. Novo Rio - São João de Meriti / RJ CEP: 25585-000 - Tel.: (021) 2652-4863

ATIVIDADES REALIZADAS:

ATENDIMENTO FRATERNAL

Visita dos irmãos da casa direcionada aos enfermos, impedidos de se locomoverem, convalescentes de cirurgias, acamados, hospitalizados ou que perderam um ente queri-do recentemente, que desejarem receber uma leitura reconfortante do Evangelho, Flui-dificação da água e aplicação de passes magnéticos. Será realizada aos finais de semana - sábados ou domingos - a partir das 15:00h, a ser agendado na administração da casa ou pela irmã Angelina, informando nome, endereço e telefone da residência, com um ponto de referência. Obs: pedimos que somente sejam solicitadas visitas a pessoas que sejam simpatizantes do Espiritismo, para que não haja nenhum constrangimento por parte das famílias e dos médiuns visitantes. TRATAMENTO COMPLEMENTAR: REIKI / CROMOTERAPIA / SHIATSU

OBS: Somente com autorização da direção espiritual da FEC CAMPANHA DO AGASALHO

Ajude ao seu semelhante a não sentir tanto frio. Aceitamos doações de mantas, cober-tores, etc.

CAMPANHA DO QUILO

Sempre que possível, ao fazer-nos uma visita, traga 1 kg de alimento não perecível, pois fazemos entrega de cestas básicas aos necessitados.

INFORMAÇÕES: É importante saber que a FEC não é mantida por nenhum Órgão Público ou Entidade Privada. Com isso conta apenas com a colaboração e com as doações de freqüentadores.

Quer fazer parte de nossa Fraternidade como Sócio Benemérito? É muito fácil. Então, procure-nos na Secretaria da FEC para maiores esclarecimentos e seja bem-vindo. AGUARDAMOS SUA VISITA!