Boletim Informativo - Violência - 3ª CRS

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Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul Coordenadoria Regional da Saúde, no Rio Grande do Sul, (CRS) a partir de ações desenvolvi- das pelo Pro- gramade Prevenção à Violência, (PPV), conse- gui reduzir em 34% suas fragilidades em relação à identifica- ção e posterior encami- nhamento dos casos de violência contra a mulher e a criança de 0 a 6 anos. O diagnóstico da violên- cia foi o ponto de partida. As capacitações regionais dirigidas aos técnicos da Rede de Serviços e mi- nistradas por represen- tantes do Ministério Pú- blico, Promotoria da In- fância e da Juventude, Conselho Tutelar, Estraté- gia de Saúde da Família, Redução de Danos, Dele- gacia da Mulher, Progra- ma de Prevenção da Vio- lência (PPV), bem como vários profissionais que integram a Rede de servi- ços Estadual e Munici- pal, permitiram que todos recebessem as orientações necessá- rias para que a identi- ficação e o posterior encaminhamentos dos infratores fossem rea- lizados de forma ágil e segura. Reduzir a violência - com foco na da Aten- ção Básica - contra as mulheres e crianças bem como, promover o desenvolvimento de uma Região de forma equânime é um desafi- o, não só para a 3ª CRS, mas para todos os gaúchos. A implan- tação de estratégias de promoção com ênfase na “Linha de Cuidado”, é o caminho que nos ajudará a diminuir es- se grave problema que vitimiza milhões de brasileiros. Volume 1, edição 1 3ª CRS IDENTIFICA E COMBATE A V IOLÊNCIA Junho de 2.012 ”É preciso che- gar antes que uma cri- ança se torne um bole- tim de ocorrência, um processo judiciário, um dossiê, um caso psicoló- gico, uma notícia de jornal ou um corpo no necrotério” Martin Luther King Expediente Publicação do Programa de Prevenção à Violência (PPV) Coordenadora Geral: Liése Sepa Produção: Maria Celeste Leitzke Revisão Técnica: Sandra Ni- que da Siva Telefone: (51) 32885955 Site: www.saude.rs.gov.br E-mail: [email protected] NESTA NESTA NESTA NESTA EDIÇÃO EDIÇÃO EDIÇÃO EDIÇÃO: 3ª CRS identifica e combate a violência 1 Identificar e notificar os fatos de violência 2 Características Econômicas da Macrorregião Sul 3 Macrorregião Sul: Drogas e Violência 3 A Violência em Rio Grande O que é o crack ? 3 Você sabia? Telefones úteis Diversidade e violência 3 4 B OLETIM I NFORMATIVO I DENTIFICAR E NOTIFICAR OS FATOS DE V IOLÊNCIA A importância da identi- ficação e notificação dos casos de violência, com vistas a tornar as ações desencadeadoras de apoi- o institucional para as famílias, ainda constitui uma grande tarefa de substituir a arraigada concepção de notifica- ção como denúncia policial. Os profissio- nais de saúde da 3ª CRS, paulatinamente, vão vencendo temores e noções pessimistas de que não adianta notificar, se nada de efetivo e eficaz será feito. A capacitação de profissionais para a detecção e para o aten- dimento às vítimas de violência doméstica, felizmente, vem cres- cendo no Rio Grande O diagnós- O diagnós- O diagnós- O diagnós- tico da vio- tico da vio- tico da vio- tico da vio- lência foi lência foi lência foi lência foi o ponto de o ponto de o ponto de o ponto de partida partida partida partida

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A 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) do Rio Grande do Sul, (CRS) a partir de ações desenvolvidas pelo Programa de Prevenção à Violência (PPV), conseguiu reduzir em 34% suas fragilidades em relação à identificação e posterior encaminhamento dos casos de violência contra mulheres e crianças de 0 a 6 anos.

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Page 1: Boletim Informativo - Violência - 3ª CRS

Secretar ia Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul

3ª Coordenadoria Regional da Saúde, no Rio Grande do Sul, (CRS) a partir

de ações desenvolvi-das pelo Pro-g r a m a d e Prevenção à V i o l ê n c i a , (PPV), conse-gui reduzir em 34% suas fragilidades em relação à identifica-ção e posterior encami-nhamento dos casos de violência contra a mulher e a criança de 0 a 6 anos.

O diagnóstico da violên-cia foi o ponto de partida.

As capacitações regionais dirigidas aos técnicos da Rede de Serviços e mi-nistradas por represen-tantes do Ministério Pú-blico, Promotoria da In-fância e da Juventude, Conselho Tutelar, Estraté-gia de Saúde da Família, Redução de Danos, Dele-gacia da Mulher, Progra-ma de Prevenção da Vio-lência (PPV), bem como vários profissionais que integram a Rede de servi-

ços Estadual e Munici-pal, permitiram que todos recebessem as orientações necessá-rias para que a identi-ficação e o posterior encaminhamentos dos infratores fossem rea-lizados de forma ágil e segura.

Reduzir a violência - com foco na da Aten-ção Básica - contra as mulheres e crianças

bem como, promover o desenvolvimento de uma Região de forma equânime é um desafi-o, não só para a 3ª CRS, mas para todos os gaúchos. A implan-tação de estratégias de promoção com ênfase na “Linha de Cuidado”, é o caminho que nos ajudará a diminuir es-se grave problema que vitimiza milhões de brasileiros.

Volume 1 , edição 1

3ª CRS IDENTIFICA E COMBATE A V IOLÊNCIA

Junho de 2 .012

Ӄ preciso che-

gar antes que uma cri-

ança se torne um bole-

tim de ocorrência, um

processo judiciário, um

dossiê, um caso psicoló-

gico, uma notícia de

jornal ou um corpo no

necrotério”

Martin Luther King

Expediente Publicação do Programa de Prevenção à Violência (PPV)

Coordenadora Geral: Liése Sepa

Produção: Maria Celeste Leitzke

Revisão Técnica: Sandra Ni-que da Siva

Telefone: (51) 32885955

Site: www.saude.rs.gov.br

E-mail: [email protected]

N E S T A N E S T A N E S T A N E S T A E D I Ç Ã OE D I Ç Ã OE D I Ç Ã OE D I Ç Ã O ::::

3ª CRS identifica e combate a violência

1

Identificar e notificar os fatos de violência

2

Características Econômicas da Macrorregião Sul

3

Macrorregião Sul: Drogas e Violência

3

A Violência em Rio Grande

O que é o crack ? 3

Você sabia? Telefones úteis Diversidade e violência

3

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BOLETIM INFORMATIVO

I D E N T I F I C A R E N O T I F I C A R O S FA T O S D E V I O L Ê N C I A

A importância da identi-ficação e notificação dos casos de violência, com vistas a tornar as ações desencadeadoras de apoi-o institucional para as famílias, ainda constitui uma grande tarefa de

substituir a arraigada concepção de notifica-ção como denúncia policial. Os profissio-nais de saúde da 3ª CRS, paulatinamente, vão vencendo temores e noções pessimistas de que não adianta

notificar, se nada de efetivo e eficaz será feito. A capacitação de profissionais para a detecção e para o aten-dimento às vítimas de violência doméstica, felizmente, vem cres-cendo no Rio Grande

O diagnós-O diagnós-O diagnós-O diagnós-

tico da vio-tico da vio-tico da vio-tico da vio-

lência foi lência foi lência foi lência foi

o ponto de o ponto de o ponto de o ponto de

partidapartidapartidapartida

Page 2: Boletim Informativo - Violência - 3ª CRS

A região contempla-

da pela 3ª Coordenadoria

Regional da Saúde (CRS)

do Estado do Rio Grande

do Sul possui uma área

física que integra 22 mu-

nicípios, que a compõem .

O território que se en-

contra a Regional, contabiliza

880.798 habitantes, assim

compostos:

População feminina

415.077; masculina 394.851;

infantil 70.870, assim distribu-

ída:

De 0 a 1 ano-10.967 cri-

anças; de 1 a 2 anos- 11.990;

de 2 a 3 anos-11.818. Total

de crianças de 0 a 3 anos

34.775. De 3 a 4 anos-

11.775; de 4 a 5 anos-

12.385; de 5 a 6 anos-

11.935. Total de crianças de

3 a 6 anos 36.095.Total de

crianças de 0 a 6 anos-

70.870.

Esta população é resi-

dente em 31.000 km2 de

terra, o que representa cerca

de 7% da população total do

Estado do Rio Grande do Sul

ocupando 11% da sua super-

fície territorial. O município-

sede, (Pelotas) apresenta-se

em condição de Gestão Ple-

na do Sistema Municipal,

enquanto os demais se en-

contram em Gestão Plena da

Atenção Básica.

Região. Em Pelotas, por exemplo, onde 32 pessoas foram assassinadas no primeiro semestre deste ano, a mesma estratégia começa a ser adotada pela polícia. Na ponta deste proble-ma, há um dado assusta-dor: o crescimento de menores dependentes de crack internados no Hos-pital Espírita de 2004 e 2008. Oferecer trata-mento a um grupo cada

Para combater este pro-

blema é necessário colo-car o tráfico de drogas na lista de prioridades e a-través de ações organiza-das atacar a sua raiz. A mídia tem mostrado como o Rio Grande do Sul, atra-vés do fechamento de pontos de comércio de entorpecentes e da prisão de traficantes - com a colaboração anônima da comunidade –baixou o número de homicídios na

vez maior, encontrar leitos para todos e profissionais para atendê-los é um desa-fio aos órgãos públicos de saúde.

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C A R A C T E R Í S T I C A S E C O N Ô M I C A S D A M A C R O R R E G I Ã O S U L

D A D O S D E M O G R Á F I C O S DA 3 ª CRS

M A C R O R R E G I Ã O S U L D R O G A S E V I O L Ê N C I A

pequenas indústrias de

madeira.

A migração sazonal

faz parte da realidade das

famílias, visto que, na épo-

ca da colheita de fumo as

mesmas se encaminham

para locais onde haja ga-

rantia de emprego. O mes-

mo acontece, também, na

época da liberação da

pesca.

De forma geral, os

municípios têm uma renda

“per capta” muito baixa e

as famílias de baixa renda

são a maioria.

Nesta região a mi-

gração sazonal é uma ca-

racterística de muitos mu-

nicípios.

A economia da região

se baseia na agricultura,

agropecuária, plantação de

fumo, pesca, comércio e

No Brasil, todos os dias morrem

em média 10 mulheres por

violência doméstica

Volume 1 , edição 1

Page 3: Boletim Informativo - Violência - 3ª CRS

Bolet im Informativo

Entre 1º de janeiro e 4 de

junho deste ano, Rio Grande registrou nove casos de homicídios. No mesmo período, 45 indiví-duos - além de quatro menores - foram presos pela Delegacia Especiali-zada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) por tráfico. Na avaliação dos policiais rio-grandinos, a explica-ção para o baixo número de mortes está justamente neste ponto: o combate ostensivo ao comércio de drogas. A delegada Lígia Furlanet-to, titular da 1ª Delegacia

de Polícia (DP), afirmou recentemente que dos nove homicídios do ano, dois foram por acerto de contas por tráfico. Nos casos avaliados, não es-tão contemplados os que eventualmente possam ter ocorrido por causa do uso de entorpecentes, apenas os ligados ao tráfico. Ro-berto Sahagoff, titular da Defrec, concorda com esta avaliação. Para ele, os números de homicídio são reflexos do trabalho realizado pela polícia. Em Rio Grande, desde o final de outubro do ano passado, o delegado a-pressa-se para comentar

que os 49 presos são ape-nas os que foram captura-dos pela Defrec. “Se inclu-ir o das demais delegaci-as, com certeza o número é maior”, explica.

V O C Ê S A B I A ? ⇒⇒⇒⇒ Q U E E M M A R Ç O C I N -

C O P E S S O A S F O R A M A S -

S A S S I N A D A S P O R D I A N O E S T A D O ?

⇒⇒⇒⇒ Q U E N O S P R I M E I R O S C I N -

C O M E S E S D E 2 . 0 1 1 O C O R -

R E R A M 7 2 9 H O M I C Í D I O S , 9 4 M I L F U R T O S O U R O U -

B O S , 1 1 M I L F U R T O S O U R O U B O S D E V E Í C U L O S , M A I S D E 5 M I L C A S O S D E E S T E L I -

O N A T O E 2 , 8 M I L O C O R -

R Ê N C I A S D E T R Á F I C O D E D R O G A S ?

Página 3

O Q U E É O C R A C K ?

A V I O L ÊNC I A EM R IO GR AN DE

O crack é uma das drogas mais potentes no mundo ������������

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"A violência é sempre terrível, mesmo quando

a causa é justa."

(Friedrich Von Schiller)

Que a violência é insuportá-

vel, mas as conivências, as omissões, as imoralidades, o desprezo para com os outros e as prevaricações são ainda mais insuportáveis.?

Page 4: Boletim Informativo - Violência - 3ª CRS

vos, os negros só per-

dem para a popula-

ção indígena na taxa

de mortalidade infan-

til.

A confirmação de

que os jovens negros e

pobres tem mais chances

de serem assassinados

não faz mais parte ape-

nas da teoria, e sim, das

estatísticas! De acordo

com o “Mapa da Violência

2010: Anatomia de Homi-

cídios no Brasil” apresen-

tado em março deste ano,

numa série histórica de

cinco anos foi quantifica-

Um dos temas

trabalhados na 3ª

CRS", tinha como

foco a violência na

diversidade, pois co-

mo afirmou a psicólo-

ga Cenise Monte Vi-

cente, coordenadora

do Escritório do Uni-

cef (Fundo das Na-

ções Unidas para a

Infância) em São Pau-

lo. “A violência não

tem idade mas tem

cor, raça, território.

As vítimas são os

negros, os pobres, os

moradores de fave-

las".

Em cada grupo de

dez jovens de 15 a 18

anos assassinados no

Brasil, 7 são negros.

A raça também repre-

senta 70% na estima-

tiva de 800 mil crian-

ças brasileiras sem

registro civil. Entre os

indicadores negati-

do que o risco de um

jovem negro ser víti-

ma de homicídio no

País é 130% maior do

que o de branco.

O risco de óbito

por homicídio no Bra-

sil em 2003 foi de 28

por 100 mil habitan-

tes, sendo 12 vezes

maior entre homens

(53/100 mil) do que entre

mulheres (4/100 mil). O

risco de óbito por homicí-

dio entre negros foi 1,8

vezes maior do que entre

brancos. As taxas foram

de 39/100 mil entre pre-

tos, 35/100 mil entre par-

dos e 20/100 mil entre os

resultados das populações

indígena e amarela não

serão apresentados, haja

vista seu baixo percentual

de participação na totali-

dade dos homicídios

A V I O L ÊNC I A NA D IV ER S IDADE

Endereço: Av. Borges de Medeiros, 1501 - 6º andar - Porto Alegre

H o r á r i o d e Atendimento: 8h30min às 12h e 13h30min às 18h

Email:

[email protected]

Fone: (51) 3288-5800

Estado que trabalha unido”

Principal porta de entrado ado SUS:

Atenção Básica

Rede de serviços:

Rede chimarrão

Rede Cegonha

Primeira Infância Melhor (PIM)

Rede de Atenção à criança

Rede de Atenção à saúde do trabalhador

Prevenção de combate a doenças:

Combate à dengue

Diabetes e hipertensão

Vacinação

Tuberculose

Ensino e Pesquisa:

Escola de saúde Pública

Fundação Estadual de produção e Pesquisa em Saúde

Telefones Úteis no Rio Grande do Sul

Corpo de Bombeiros 193

SAMU 192

Delegacia da Mulher 180

Secretaria dos Direitos da Criança e do adolescente 3221 2087

Secretaria dos direitos Humanos 100

Disque Saúde 136

Narcodenúncia 181

Comunicação para Portadores de Necessidades Especiais 142

Centro de Valorização da Vida (CVV) 141

Procon 151

“Estado que trabalha unido”

Principal porta de entrada do SUS:

Atenção Básica

Rede de serviços:

Rede chimarrão

Rede Cegonha

Primeira Infância Melhor (PIM)

Rede de Atenção à criança

Rede de Atenção à saúde do trabalhador

Prevenção de combate a doenças:

Combate à dengue

Diabetes e hipertensão

Vacinação

Tuberculose

Ensino e Pesquisa:

Escola de saúde Pública

Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde