BOLETIM NA’AMAT POA · 12 de agosto de 2016 Nº 27 Fique bem informado sobre tudo o que acontece...

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12 de agosto de 2016 Nº 27 Fique bem informado sobre tudo o que acontece na Na´amat 13 de agosto/9 de Av A DESTRUIÇÃO DO "AGORA" Rabino Nilton Bonder Tisha be-Av é um ponto focal do calendário hebraico. Associado normalmente a tragédias coletivas no decorrer da História, seu emblema maior é a destruição dos Templos. Seu clima de perplexidade, de luto e de saudosismo teria tudo para ser deplorável ao espírito triunfal dos judeus do final do século XX. O que pareceria sucumbir a uma realidade de um Israel construído, de um povo judeu que não experimenta mais um exílio e de um desejo de encerrar o capítulo de autocomiseração e vitimização, surpreende ganhando força e significado. Por que Tisha be-Av tem se tornado um ponto focal no calendário judaico em pleno século XXI? Por que comunidades modernizadas e produtoras de cultura como a dos Estados Unidos oferecem cada vez mais leituras das Lamentações para públicos cada vez maiores e mais emocionados com a data? Por que estaríamos tão interessados por sermos confortados? Por que a busca por consolo? Por que o choro de Sion nos comove? Seria apenas a lembrança da dor do passado? Seria este fenômeno apenas uma questão de memória? Suspeito que não. A força de Tisha be-Av parece ser mais viva, mais emoção em relação a algo que acontece hoje do que identificação com o lamento do passado. Mas o que seria este elemento tão poderoso em nossos dias? BOLETIM NA’AMAT POA

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12 de agosto de 2016 Nº 27

Fique bem informado sobre tudo o que acontece na Na´amat

13 de agosto/9 de Av

A DESTRUIÇÃO DO "AGORA"

Rabino Nilton Bonder

Tisha be-Av é um ponto focal do calendário hebraico.

Associado normalmente a tragédias coletivas no decorrer da História, seu emblema maior é a

destruição dos Templos. Seu clima de perplexidade, de luto e de saudosismo teria tudo para

ser deplorável ao espírito triunfal dos judeus do final do século XX. O que pareceria sucumbir a uma realidade de um Israel construído, de um povo judeu que não experimenta mais um exílio

e de um desejo de encerrar o capítulo de autocomiseração e vitimização, surpreende ganhando

força e significado.

Por que Tisha be-Av tem se tornado um ponto focal no calendário judaico em pleno século XXI? Por que comunidades modernizadas e produtoras de cultura como a dos Estados Unidos

oferecem cada vez mais leituras das Lamentações para públicos cada vez maiores e mais

emocionados com a data?

Por que estaríamos tão interessados por sermos confortados? Por que a busca por consolo?

Por que o choro de Sion nos comove? Seria apenas a lembrança da dor do passado? Seria este

fenômeno apenas uma questão de memória?

Suspeito que não. A força de Tisha be-Av parece ser mais viva, mais emoção em relação a algo

que acontece hoje do que identificação com o lamento do passado.

Mas o que seria este elemento tão poderoso em nossos dias?

BOLETIM NA’AMAT POA

Acredito que há um mito recorrente na "destruição do Templo" que cala fundo na alma e que

transcende o relato e a memória histórica. Façamos uma análise. O que é um templo? Explica o

dicionário: local misterioso e respeitável. Mais que isto, é o lugar de encontro com D'us. E é daqui que gostaria de dar um salto: o "quantum" de um templo é o nosso próprio corpo. Não há

redução menor a este lugar misterioso e respeitoso, encontro entre criatura e Criador, do que

nosso próprio corpo. Nossa encarnação é produtora constante destes encontros e em nosso ser existe um altar onde se fazem constantes oferendas de vida. Este lugar tão sagrado, tão

elevado, que carrega as marcas de nossa experiência, em cujas rugas e cicatrizes estão

encravados serviços de júbilo e dor, de amor e ódio, de medo e coragem, esse templo será um dia destruído.

Essa realidade nos aproxima muito do choro e do lamento e os faz expressão apropriada de

aspectos de nossas emoções. Choramos por perceber que aquilo que é sagrado e consagrado

não é eterno e não é invulnerável ao tempo e às transformações. Tisha be-Av é uma celebração da impermanência.

O tempo destrói os templos. Os monumentos, as matsevot, fundados em pedra, se esfarelam

com o tempo. Não importa a intensidade das experiências e dos momentos vividos, os templos se destroem. Perceber isto é um choque constante para os seres humanos. É o olhar no

espelho que nos revela que queima no altar de nossa existência o "agora" que

permanentemente se faz depois. E tão real parece ser esta referência maior de Tisha be-Av que uma frase se sobressai a todas, como se num "ato falho" da tradição: chadesh iameinu ke-

kedem (renova nossos dias como "antes"). A palavra ke-kedem - como antes -- ressoa nas

profundezas humanas. O agora, que é símbolo da explosão da vida, o sagrado maior, patrimônio maior, se esvai sob nossa incredulidade. Como pode? Como posso eu estar

passando? Como pode minha geração, meu tempo, minha contemporaneidade estar passando?

Nesta catarse que faz eruptir gases e fermentações profundas da existência, está o mito de que é neste dia, nesta emoção, que nascerá o mashiach - o Messias. Talvez o mashiach, o salvador,

ou a salvação, seja a sensação de externar este lamento de renovação da santidade do passado

- do antes - que apenas este novo "agora" pode resgatar. Porque, enquanto houver vida (e

quem sabe até para além), o sagrado deste novo "agora" nos resgata da dor do "antes sagrado" que se desfez.

Fonte: www.cjb.org

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES DE AGOSTO

Evento Dia Horário Local Reunião do Turismo 15/08 10h às 11h Central

Reunião do Cultural 15/08 14h30min às 16h30min

Central

Seminário Cultural e Dia Na’amat

20/08 8h às 16h30min

Residência da chaverá Cláudia Mester (Terra Ville)

Kineret brinda Na’amat (almoço, show, sorteios)

31/08 12h Restaurante Casa do Vizinho

ACONTECEU NA NA’AMAT POA

REUNIÃO DO GRUPO IACHAD

Abrindo os trabalhos do 2º semestre, o grupo Iachad se reuniu no dia 03 de agosto, na Pizzaria La Pizza Mia, com todas as participantes presentes.

Lídia Cardon, Joceli Terner, Sônia Unikowsky Teruchkin, Raquel Melamed, Jane Ghidalevich, Raquel Toba Spritzer, Suzette Levy Nunes Teixeira, Bela Tvorecki, Ana Olchik, Ivone Herz e Beky Macadar.

DOAÇÃO DO GRUPO HAMSA

No dia 05 de agosto, o grupo Hamsa fez a entrega de uma máquina secadora para o Abrigo João Paulo II, fruto da arrecadação do Luau Beneficente.

Mylene Ryba Siegmann, Cristina Dall'Agnol Rodrigues e Rosita Wolfrid do grupo Hamsa e a Lecimary do Abrigo.

REUNIÃO DA CENTRAL

No dia 09 de agosto, terça-feira, às 15h, tivemos uma reunião muito agradável e interessante, quando nossa presidente, Sônia Unikowsky Teruchkin, nos apresentou vários vídeos com dados sobre a Organização.

Também tomamos conhecimento de algumas iniciativas da diretoria, como modelo das caixas de bombons para Rosh Hashaná, novo modelo de banner,etc.

Igualmente, iniciamos uma nova maneira de nos reunir, com cafezinho, refrigerantes e bolo na sala de reunião. Imperdível!

Sentadas: Renata Fischer, Malvina Beresniack, Luciana Borenstein , Sheila Maltz.

De pé: Sônia Unikowsky Teruchkin, Frida Enk Kaufman, Jacqueline Spumberg e Raquel Cardon

ENTREVISTA COM CLARICE SCHUCMAN JOZSEF,

PRESIDENTE DA NA’AMAT BRASIL

http://www.naamat.org.br/site/wp-content/uploads/2016/08/Entrevista-Clarice-Shalom.jpg

PRÓXIMOS EVENTOS

DEPARTAMENTO CULTURAL

CHAVEROT, ATENÇÃO AOS TÓPICOS ABAIXO:

O Seminário e Dia Na'amat, a serem realizados no dia 20 de agosto, no cond. Terra Ville,

obedecerão ao seguinte esquema:

1) As chaverot que vão no ônibus fretado pela Na'amat deverão estar na frente da FIRS às

8h porque, como o local é longe, e a palestrante precisa começar a sua fala, no máximo,

entre 9h15 e 9h30, todas nós deveremos ser pontuais.

2) O valor a ser cobrado de cada chaverá é R$ 40,00, incluídos aqui o ônibus, o almoço,

refrigerante e demais gastos (faxina, compras etc.). Quem for de carro pagará R$ 30,00.

3) Todas deverão pagar esse valor para a Josi até, no máximo, o dia 16 de agosto, pois é

necessário saber o nº de participantes para organizar o almoço, as compras etc.

4) A palestrante convidada é a já nossa conhecida e competente Marili Berg, que falará

sobre um assunto SURPRESA, "light", e que interessa a todas nós. Desde já, gostaríamos

de adiantar que NÃO é assunto sobre terrorismo, Estado Islâmico ou outro tema pesado.

A participação dela terá 2 momentos: na 1ª parte da manhã, a palestra. Após o coffee

break, ela coordenará um trabalho em grupos que discutirá o tema proposto.

5) Às 13h, será o almoço de confraternização, que, com certeza, será bem gostoso.

6) Às 14h, começaremos o Dia Na'amat. Este ano, resolvemos discutir a nossa

Organização. Para coordenar esse trabalho, foram convidadas as chaverot Cláudia Mester

e Jane Altschieler, especialistas na área de coaching e psicologia. Outras 2 chaverot

deverão secretariar os debates. Não vamos fornecer roteiro para não direcionar as

abordagens e deixar as chaverot livres para essa "explosão de ideias". As participações

podem ser individuais ou do grupo. Esperamos que as chaverot façam propostas, deem

sugestões, façam críticas e (por que não?) até elogios... No caso das críticas, que

justifiquem as mesmas e apontem alguma solução ou mudança. É importante ressaltar

que NENHUMA CRÍTICA DEVE SER RECEBIDA COMO CRÍTICA PESSOAL E SIM UMA

DISCUSSÃO NO CAMPO DAS IDEIAS.

7) Os grupos devem preparar nas suas reuniões, antecipadamente, o que querem falar e,

preferentemente, trazer os tópicos por escrito. Não precisam, porém, trazer esse

material para a secretária da Na'amat; apenas convém levá-lo no Dia Na'amat para

facilitar os debates.

8) O que o DC espera desse trabalho são sugestões a respeito do funcionamento do

Centro Na'amat POA como um todo. Tudo o que diga respeito à Na'amat POA pode e

deve ser abordado.

9) O final das atividades está previsto para as 16h30.

GRUPO KINERET CONVIDA

NA’AMAT SHOPPING

BROCHES NA’AMAT

No ultimo Kinus, em 2015, foi escolhido o modelo de broche a ser usado pelas chaverot Na’amat. Medindo 4cm de comprimento, o broche é o logotipo da Na’amat de prata, banhado a ouro 18k, com três cristais Swarowski na ponta de cada letra. Os broches sem moldura serão usados pelas chaverot e podem ser adquiridos por R$70,00.

É importante que as chaverot usem o broche em eventos da Na’amat ou quando a estiverem representando. Caso você queira adquirir um, entre em contato com a nossa secretária.

Panos de pratos do grupo Sara Barkait Conjunto com 7 peças= R$ 50,00

Conjunto com 3 peças= R$30,00

EXECUTIVO NACIONAL

Prezadas chaverot,

Segue artigo do site israel21c.org em 04 de agosto de 2016.

Shabat Shalom!

JERUSALÉM TRAZ MÚSICA AO SEU CORAÇÃO

Abigail Klein Leichman

Inside Jerusalem’s new music museum. Photo by Lior Liner

Os passeios pelo calçadão da rua Ben Yehuda até a praça Zion, no centro de Jerusalém, costumam ser acompanhados pelo som das melodias dos músicos de rua que tocam todos os gêneros musicais, desde música folclórica israelense até os clássicos do pop.

Mas agora existe um endereço permanente para a música ao vivo e para a cultura musical naquelas redondezas: Kikar Hamusica (Praça da Música) na rua Yoel Moshe Salomon, próximo à praça

Zion.

“Nós criamos a Kikar Hamusica bem no centro de Jerusalém para unir a humanidade através da felicidade e da espiritualidade que vem somente da música”, diz Laurent Levy, o imigrante francês que foi um dos criadores desse projeto multifacetado.

“Nós acreditamos que todo o mundo – independente de religião, raça, status social ou raízes culturais – tem um lugar na Kikar Hamusica.

Musicians entertaining the lunchtime crowd at Piccolino in Music Square, Jerusalem. Photo by Abigail

Klein Leichman

Trata-se de um complexo cultural ainda em obras, mas já estão abertos o Museu de Música Hebraica, uma loja de presentes com temática musical e uma galeria de arte, 17 apartamentos de luxo decorados com temas musicais para aluguel de curto ou longo prazo, cinco restaurantes também com temática musical e vários pubs em volta de um pátio com palco para apresentações à tarde e à noite.

Existem planos para a construção de uma escola de teatro e música, um estúdio de gravação, uma biblioteca musical hebraica e um hotel boutique com temas musicais. O hotel boutique já existente, o Harmony, não faz parte do projeto, embora o seu nome certamente se encaixe bem no cenário.

O Museu de Música Hebraica, inteiramente interativo, abriu no final de abril, após quatro anos e meio de construção.

Kinor Bakikar (Violin in the Square), one of the music-themed eateries in Music Square, Jerusalem. Photo

by Abigail Klein Leichman

“Nós queríamos proporcionar uma plataforma de honra para a herança cultural da música da diáspora judaica e para isso não há lugar melhor que Jerusalém. No Museu de Música Hebraica, pela primeira vez, pode-se aprender sobre nossa herança musical de maneira interessante, inovadora e tecnológica”, diz Levy.

Cada visitante recebe um tablet e um par de fones de ouvido para poder conhecer os detalhes, executar jogos musicais e ouvir cada um dos 260 instrumentos musicais expostos de maneira requintada.

Musical merchandise in Kikar Hamusica Boutique. Photo by Abigail Klein Leichman

Tours autoguiados estão disponíveis em inglês, espanhol, russo e francês, assim como em hebraico. Durante o mês de agosto, tours guiados que geralmente são oferecidos mediante o pagamento de uma pequena taxa extra, serão oferecidos de graça.

Eldad Levy, diretor do museu, é um especialista em instrumentos antigos, tais como o harmonium (um acordeão bíblico), tambores antigos e o santur persa que é uma caixa de madeira com cordas que podem ser tocadas com um arco. Ele foi contratado por Laurent Levy para tocar em uma festa familiar e os dois terminaram criando o museu juntos.

A decoração e os móveis do museu foram feitos à mão por artesãos, entre os quais Neal Oseroff – que pintou o teto do Atrium do Waldorf Astoria de Jerusalém – de acordo com a estética de cada região: Marrocos/Andaluzia, Ásia Central, Europa, os Bálcans, Iraque/Síria, Israel, Yemen e África.

The Hebrew Music Museum in Kikar Hamusica in downtown Jerusalem. Photo by Abigail Klein Leichman

“As coleções são agrupadas geograficamente para mostrar como a música hebraica evoluiu na diáspora que se iniciou após a destruição do Primeiro Templo Sagrado de Jerusalém pelos babilônios 2.500 anos atrás”, explica Yaniv Levy, gerente de marketing do museu.

Laurent, Eldad e Yaniv não são parentes, mas o sobrenome deles sugere que eles são descendentes da tribo bíblica dos levitas, que eram encarregados da música instrumental e vocal nos dois templos judaicos da antiga Jerusalém, um local próximo do novo museu, no bairro de Nachalat Shiva.

Eldad Levy, director of the Hebrew Music Museum. Photo: courtesy

O museu dispõe de um modelo de mesa onde os visitantes podem pegar e colocar um dispositivo com óculos para realizar um tour virtual pelo Templo, com seus músicos levitas.

Outro toque de alta tecnologia é a exibição de instrumentos de sopro, como o chifre de carneiro, shofar. Quando você os sopra, aparecem várias cenas em uma tela, lembrando o nascer do sol.

No último andar do museu está em construção um auditório destinado a concertos, palestras e eventos variados.

Cap musicmuseum-instruments: Some of the unusual authentic instruments at the Hebrew Music Museum

in Jerusalem. Photo by Abigail Klein Leichman

“Nós acreditamos que a música aproxima as pessoas e queremos criar uma conexão entre as diferentes pessoas de Israel através da música. A estética do museu é muito importante para essa visão. Quando as pessoas ouvem e vêem coisas magníficas, isso desperta o bem nelas. E quando você é capaz de despertar o bem em alguém, o bem se espalhará.”

Tradução: Adelina Naiditch

OUTRAS ENTIDADES

SINAGOGA DA UNIÃO ISRAELITA

CLUB HEBRAICA-RS