Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP … · Chefe do Departamento: Prof. Dr. Alex Kenya...

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Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia de Construção Civil ISSN 0103-9830 BT/PCC/374 Flávio Augusto Scherer Orestes Marraccini Gonçalves São Paulo – 2004 Uso racional da água em escolas públicas: diretrizes para secretarias de educação

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Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia de Construção Civil

ISSN 0103-9830

BT/PCC/374

Flávio Augusto Scherer Orestes Marraccini Gonçalves

São Paulo – 2004

Uso racional da água em escolas públicas: diretrizes para secretarias de educação

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia de Construção Civil Boletim Técnico – Série BT/PCC Diretor: Prof. Dr. Vahan Agopyan Vice-Diretor: Prof. Dr. Ivan Gilberto Sandoval Falleiros Chefe do Departamento: Prof. Dr. Alex Kenya Abiko Suplente do Chefe do Departamento: Prof. Dr. Orestes Marraccini Gonçalves Conselho Editorial Prof. Dr. Alex Abiko Prof. Dr. Francisco Ferreira Cardoso Prof. Dr. João da Rocha Lima Jr. Prof. Dr. Orestes Marraccini Gonçalves Prof. Dr. Paulo Helene Prof. Dr. Cheng Liang Yee Coordenador Técnico Prof. Dr. Alex Abiko O Boletim Técnico é uma publicação da Escola Politécnica da USP/ Departamento de Engenharia de Construção Civil, fruto de pesquisas realizadas por docentes e pesquisadores desta Universidade. O presente trabalho é parte da dissertação de mestrado apresentada por Flávio Augusto Scherer, sob orientação do Prof. Dr. Orestes Marraccini Gonçalves: “Uso Racional da Água em Escolas Públicas: Diretrizes para Secretarias de Educação”, defendida em 14/08/2003. A íntegra da dissertação encontra-se à disposição com o autor e na biblioteca de Engenharia Civil da Escola Politécnica/USP.

FICHA CATALOGRÁFICA

Scherer, Flávio Augusto

Uso racional da água em escolas públicas: diretrizes para secre- tarias de educação / Flávio Augusto Scherer, Orestes Marraccini Gonçalves. -- São Paulo : EPUSP, 2004.

20 p. – (Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP, Departa- mento de Engenharia de Construção Civil ; BT/PCC/374)

1. Água (Uso racional) 2. Escola pública I. Gonçalves, Orestes Marraccini II. Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. Depar-tamento de Engenharia de Construção Civil III. Título IV. Série ISSN 0103-9830 CDU 628.179 371.626

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USO RACIONAL DA ÁGUA EM ESCOLAS PÚBLICAS: DIRETRIZES PARA SECRETARIAS DE EDUCAÇÃO

Flávio Augusto Scherer1

Orestes M. Gonçalves2

(1) Escola Politécnica da USP. E-mail: [email protected] (2) Escola Politécnica da USP. E-mail: [email protected]

RESUMO

Esse trabalho apresenta um conjunto de diretrizes para a implantação de Programas de Uso Racional da Água (PURAs) em edifícios escolares públicos. Com o objetivo de reduzir o consumo de água nesses edifícios, sistematizou-se um conjunto de medidas para ser aplicado por uma Secretaria de Educação, Estadual ou Municipal, contribuindo para o uso racional da água e para o melhor aproveitamento dos escassos recursos financeiros destinados a essas escolas. Esta pesquisa enfoca as escolas de educação básica. Adotou-se como modelo, a estrutura organizacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

As diretrizes propostas foram elaboradas a partir de um estudo bibliográfico dos principais programas nacionais de uso racional da água, com atuação em edifícios. Efetuou-se também, uma avaliação física e funcional de três escolas públicas estaduais, em Curitiba (PR), cujas informações serviram de suporte no desenvolvimento das diretrizes.

Os resultados da pesquisa demonstram a necessidade de implantar ações sistêmicas e integradas no combate ao desperdício de água, para que um PURA atinja seus objetivos e mantenha suas ações ao longo do tempo. As diretrizes apresentadas trazem subsídios para novos programas de uso racional da água em edifícios escolares, além de outros parâmetros a serem considerados em futuros projetos de escolas.

Palavras-chave: água; uso racional da água; desperdício de água; escolas; diretrizes. ABSTRACT

WATER CONSERVATION IN PUBLIC SCHOOLS: GUIDELINES FOR DEPARTMENTS OF EDUCATION

This paper presents a set of guidelines for the introduction of Water Conservation Programs (WCPs) in public school buildings. In order to reduce water consumption in those buildings, a set of measures has been schematized to be applied by any Sate or City Department of Education, contributing to the water conservation and as well as giving opportunity to a better use of building resources and utilization of limited financial resources budgeted to schools. This research was carried out on focusing at from kindergarten up to senior high school buildings. The organizational structure of the State Department of Education of Parana has been adopted as a model for this proposal.

The development of the guidelines has been accomplished after a bibliographical study on the leading Brazilian Water Conservation Programs focused at buildings. A physical and functional evaluation of three State Public Schools, in Curitiba, has also been accomplished; this information in loco served as support- material for the designing of the guidelines.

The results of this research demonstrated the needs to introducing systemic and integrated actions toward water waste prevention, so that Water Conservation Programs are able to reach their objectives and keep their actions efficiently abreast of time. The guidelines proposed in this paper offer the basics for new water conservation programs, focused at school buildings, beyond other parameters to be considered in future school projects.

Keywords: water; water conservation; waste water; schools, guidelines.

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1 INTRODUÇÃO

Uma das principais vantagens da implantação de Programas de Uso Racional da Água (PURAs) em edifícios escolares é a sua abrangência. A escola, sendo um agente formador de cidadãos pode desempenhar ações na preparação de gestores e multiplicadores, para atuarem na sociedade, conscientizando e motivando novas atitudes quanto ao uso eficiente da água nas edificações. A opção da aplicação de uma metodologia de conservação de água, por meio de uma Secretaria de Educação, deve-se ao fato de que a educação escolar se desenvolve, na maioria das vezes, por meio do ensino em instituições próprias, onde se objetiva formar o cidadão, vinculado ao mundo do trabalho e à prática social. E ainda, a predominância de estabelecimentos públicos de educação básica no país sugere que as Secretarias de Educação, Estaduais ou Municipais, desenvolvam ou coordenem os projetos voltados ao uso racional da água em seus estabelecimentos. As Secretarias de Educação são geralmente as proprietárias dos estabelecimentos escolares públicos (escolas de educação básica). Assim, qualquer outra Secretaria (Meio Ambiente, Obras, dentre outras) ou, uma outra entidade que queira desenvolver um PURA, não terá o mesmo alcance direto do aluno e do próprio edifício e, por isso, deverá envolver-se com o mantenedor da respectiva rede escolar (Secretaria de Educação). Neste caso, é necessária a formalização de uma legislação, ou mesmo parcerias, para desenvolver suas respectivas ações, aumentando-se também a burocracia relacionada a essas tramitações, podendo até mesmo inviabilizar o desenvolvimento do projeto. Por essa razão, é interessante que um PURA seja desenvolvido diretamente pela respectiva Secretaria de Educação, e esta, procure por parceiros em outras Secretarias (Meio Ambiente, Planejamento, Finanças, etc.), e demais entidades públicas, privadas, ou não-governamentais. Para que um PURA aplicado em escolas públicas de educação básica, tanto estaduais quanto municipais, obtenha êxito, é de fundamental importância o envolvimento da Secretaria de Educação nesse processo, para que as ações implementadas para o uso racional da água atinjam seus objetivos e metas, mantendo-se seus resultados nos níveis mínimos de consumo de água pré-estabelecidos, ao longo dos anos. Até o momento, no Brasil, apenas a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Joinville (SC), através do Núcleo de Educação Ambiental, implantou e está coordenando diretamente um PURA em suas unidades escolares. O programa está obtendo resultados bastante significativos, sobretudo com a adoção de ações educacionais e tecnológicas, justificando a viabilidade de implantação e da coordenação de um projeto em larga escala, no combate ao desperdício de água, por uma Secretaria de Educação. O combate ao desperdício de água pode ser implementado com ações para o uso racional da água nos sistemas prediais. No escopo desse trabalho são abordadas as ações nos sistemas hidráulicos prediais (SHPs), enfocando-se os edifícios escolares. Oliveira (1999) conceitua o uso racional da água nos sistemas prediais como a otimização de seu uso, considerando-se duas ações operacionais:

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• Atuação: ações que influenciam na redução do consumo de água, como por exemplo, a instalação de componentes economizadores;

• Controle: ações que auxiliem na estabilização do consumo de água nos níveis mínimos atingidos, como por exemplo, a monitoração sistemática do consumo no sistema.

2 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO DE PURAs EM EDIFÍCIOS ESCOLARES PÚBLICOS

A implantação de um Programa de Uso Racional da Água (PURA) em edifícios escolares públicos, por meio de uma Secretaria de Educação, Estadual ou Municipal, requer um planejamento prévio das ações a serem implementadas. É preciso efetuar a coleta de informações (características físicas e funcionais das edificações) e quantificar parâmetros de interesse, para estabelecer-se o conjunto de atividades a serem realizadas, de forma organizada, para atingir os objetivos e metas no combate ao desperdício de água. Elaborou-se um conjunto de diretrizes necessárias para garantir o sucesso da implantação de um PURA, e sua respectiva manutenção ao longo do tempo. A aplicação dessas diretrizes deve estar inserida no contexto da gestão da água em edificações. As diretrizes propostas sistematizam, de forma organizada e sistêmica, as principais etapas para a implantação de um PURA em escolas públicas de educação básica, efetuadas através de uma Secretaria de Educação. Entretanto, não há restrições para que o conjunto de proposições possa ser utilizado e aprimorado por estabelecimentos públicos de ensino superior ou outras entidades institucionais, como por exemplo, uma Secretaria Municipal ou Estadual de Meio Ambiente, ou ainda mesmo, por estabelecimentos escolares privados. Essas diretrizes possuem um processo dinâmico de informações, com muitos fatores de iteração, e podem ser alteradas de acordo com as necessidades de cada instituição. A medida em que se repete sua aplicação, novas necessidades podem surgir e serem agregadas ao modelo, caracterizando-se assim, um processo flexível de informações.

2.1 Apresentação das diretrizes

Na apresentação do conjunto de diretrizes parte-se do pressuposto de que o PURA aplicado em escolas públicas em operação contempla, sobretudo, ações tecnológicas que envolvam intervenção física na edificação escolar. Ou seja, a utilização de tecnologias poupadoras de água nos sistemas prediais, tais como, sistemas e componentes economizadores, além de outras ações intervenientes nos sistemas hidráulicos. Para a formulação das diretrizes, tomou-se como modelo a estrutura organizacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED/PR). A metodologia de uso racional da água considerada neste trabalho está definida e pormenorizada em Oliveira (1999), podendo ser aplicada em edifícios de tipologia escolar. A figura 1 apresenta um fluxograma de otimização do processo de implantação de PURAs em escolas públicas, por meio de Secretarias de Educação.

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Formação de uma comissão de gerenciamento e gestão

do uso racional da água em escolas públicas

Parcerias com entidades de

pesquisa e outras organizações

Capacitação dos profissionais da equipe de

gerenciamento e gestão do uso racional da água em escolas públicas

Elaboração, concepção e implementação de projeto-piloto nas escolas públicas

Capacitação de diretores e professores

Coleta de informações sobre os SHPs dos edifícios

escolares

Manutenção dos Sistemas Hidráulicos

Prediais

Análise e implementação de melhorias no projeto-piloto

Reavaliação e aprimoramento das ações estratégicas para gestão do uso racional

da água em escolas públicas

Auditorias

Aplicação da Metodologia para Implantação de Programa

de Uso Racional da Água em Edifícios Instalação de

tecnologias economizadoras

Aplicação da Metodologia de Uso

Racional da Água em Edifícios nas demais escolas

Figura 1: Uso racional da água em escolas: diretrizes para Secretarias de Educação.

2.1.1 Formação de uma comissão de gerenciamento e gestão do uso racional da água em escolas públicas

Dependendo do Estado ou Município, gerenciar as atividades de um PURA em larga escala, num conjunto com mais de 50, 100, ou, 1.000 unidades escolares, pode ser um processo um

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tanto trabalhoso e de relativa complexidade. Neste caso, é necessário definir um grupo especializado e devidamente capacitado, para administrar todas as ações e intervenções físicas necessárias nos edifícios escolares. Todavia, a implantação de um PURA em escolas, com ações não planejadas e estruturadas, sem a sua devida manutenção ao longo do tempo, pode representar perda de tempo e de valiosos recursos financeiros, para uma instituição educacional pública. Identificando esta necessidade, é imprescindível preparar uma comissão que seja responsável pela coordenação e gerenciamento de todas as atividades pertinentes ao PURA, nas unidades escolares. Conforme as metas estabelecidas, muitas ações requerem um período de longo prazo para serem implementadas. Por isso, é importante a formação de uma equipe de trabalho de atuação integral, de forma a garantir o planejamento, a implantação e a manutenção das ações que promovam o uso eficiente da água nas escolas. De modo geral, constatou-se que, dentre os principais Programas de Uso Racional da Água atuantes no país, aplicados em edifícios escolares, a maioria deles apresentam uma equipe gestora qualificada para o planejamento e a coordenação das atividades e ações intervenientes do PURA. No entanto, verificou-se que, em alguns casos, há PURAs que apresentam algumas falhas de estruturação e capacitação da equipe gestora. Neste caso, o Programa não está claramente definido, e as ações são realizadas de forma aleatória, além de não determinar uma matriz de responsabilidades aos integrantes do grupo gestor. Além disso, muitas das informações ficam restritas apenas a alguns membros da equipe gestora, e poucos integrantes agregam conhecimento de determinada ação relativa ao PURA, dificultando a organização dessas atividades. Em função da grande importância que uma equipe gestora possui na promoção e desenvolvimento das ações relativas ao PURA, deve haver uma integração das atividades e informações entre todos os membros da Comissão de Gerenciamento, para que, no caso de alguma mudança no grupo desta comissão de trabalho, as atividades possam ter continuidade e não serem prejudicadas pela perda de informações e de recursos financeiros. Portanto, as atividades relacionadas ao uso racional da água nas escolas devem ser cadastradas e catalogadas sistematicamente pela Comissão de Gerenciamento, de forma a ter sempre, disponível e acessível, as informações relativas às atividades do PURA. Da mesma forma, a Comissão de Gerenciamento deve ter claramente definida suas funções, os perfis e as responsabilidades de seus membros, pois, a qualidade com que o programa será desenvolvido e o cumprimento dos objetivos propostos dependerá, sobretudo, do desempenho dessa equipe. É importante colocar que, os estabelecimentos de ensino públicos, tanto municipais quanto estaduais, são administrados por gestões político-administrativas, pois estão subordinadas a uma Secretaria de Educação. Neste caso, um PURA quando implantado nestas escolas, deve estabelecer uma série de mecanismos de sobrevivência, na forma normativa, legislativa ou não, para eventuais mudanças de comandos políticos. Ou seja, na mudança de uma gestão político-administrativa as atividades serão mantidas e também incorporadas às ações da nova gestão. Isso é uma forma de proteger as ações que foram efetuadas e, ao

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mesmo tempo, garantir que o Programa terá continuidade ao longo do tempo, independente da Comissão de Gerenciamento que estiver no comando. Assim, esta etapa é caracterizada pela formação de um grupo gestor, multidisciplinar, que deve ser devidamente treinado e capacitado, podendo ser composto por profissionais, nas áreas de engenharia, arquitetura, administração, educação e demais áreas correlatas. Esta comissão será a responsável pelo planejamento e gerenciamento das atividades decorrentes da implantação de PURAs em edifícios escolares públicos, sejam estes, com atuação em unidades públicas municipais ou estaduais. Propõe-se que, essa Comissão de Gerenciamento tenha um arranjo administrativo e organizacional próprio, com certa autonomia, podendo ainda, pertencer a uma coordenação, ou um departamento específico dentro da instituição mantenedora, neste caso, a Secretaria de Educação. Isto tende a facilitar a coordenação do PURA, de tal forma que, as atividades possam ser remetidas e delegadas a um único setor administrativo, que seja responsável pela gestão do uso racional da água em todas as unidades escolares integrantes do projeto. Dependendo da estrutura organizacional da instituição responsável pelas escolas, Municipais e/ou Estaduais, a Comissão de Gerenciamento pode integrar um determinado departamento. Por exemplo, no caso do das escolas estaduais no Paraná, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED/PR) utiliza-se da FUNDEPAR (Instituo de Desenvolvimento Educacional do Paraná) para projetar, construir e operar suas diversas unidades escolares. Assim, a criação de uma Comissão de Gerenciamento para implantação de PURAs nas escolas estaduais no Paraná poderia estar vinculada à FUNDEPAR, através de uma gerência ou setor, a qual seria responsável pela coordenação do PURA. Da mesma forma, dependendo do grau de abrangência do PURA, por exemplo, um Programa de Uso Racional da Água que contemple todas as escolas urbanas estaduais do Paraná, pode haver a necessidade de descentralização de equipes menores direcionadas, podendo ser subdividida em núcleos regionais, de acordo com a infra-estrutura de cada região. Neste caso, esses núcleos regionais poderiam ser os mesmos utilizados pela SEED/PR (Núcleos Regionais de Educação ou Delegacias de Ensino). Entretanto, essas equipes ficariam subordinadas a uma única Comissão de Gerenciamento. Este modelo pode, eventualmente, também ser aplicado nos municípios que contemplem um grande número de unidades escolares públicas para serem gerenciadas. Os aspectos colocados remetem um papel importante quanto à formação e à organização da equipe de gerenciamento. No entanto, dependendo da abrangência, a implantação de uma Comissão de Gerenciamento de um PURA em escolas públicas, não implica necessariamente na elaboração de uma nova estrutura organizacional, muitas vezes onerosa, dentro da estrutura administrativa de uma Secretaria de Educação. Neste caso, é importante que se tenha definido claramente um grupo ou liderança que seja responsável pela organização e acompanhamento das ações mobilizadoras do PURA, e este, seja dedicado exclusivamente para tal atividade. Ou seja, essa equipe somente coordenará as atividades relativas do PURA nas unidades escolares.

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É conveniente que a Comissão de Gerenciamento do PURA estabeleça alguma vinculação ou algum envolvimento com a instituição, ou departamento responsável pela elaboração dos projetos das unidades escolares, dentro da Secretaria de Educação. Pois, muitas informações com relação aos documentos que caracterizam a concepção, a construção e a utilização de uma determinada unidade escolar, podem ser obtidas com maior facilidade para complementar as atividades de avaliação e diagnóstico das edificações escolares. Da mesma forma, os subsídios de melhorias e demais necessidades levantadas pela Comissão, para serem aplicados nos projetos escolares, podem ser encaminhados e incorporados com maior rapidez. Cabe à Comissão de Gerenciamento, o acompanhamento de todas as atividades relativas ao PURA nas escolas integrantes, além de levantamento de custos, orçamentos, contratação e/ou licitação de serviços, e a elaboração de um plano de trabalho anual, estipulando prazos, metas e custos envolvidos. Entre as várias atribuições da Comissão de Gerenciamento, podem ser citadas algumas, a saber: • Organizar visitas técnicas de interesse, a título de conhecimento e intercâmbio de

informações, com outros estabelecimentos e/ou instituições que tenham implantado PURAs em edificações escolares;

• Delegar a coleta de informações sobre os edifícios escolares; • Definição de objetivos e metas, alinhado às reais necessidades encontradas nas

edificações escolares; • Abrangência do programa e definição das unidades escolares integrantes do PURA; • Definição do potencial de conservação de água e o estabelecimento do montante de

recursos financeiros, e o respectivo período de retorno; • Acompanhamento mensal do consumo de água e de outras variáveis de interesse, nas

unidades escolares; • Promoção de campanhas educativas e de treinamento; • Organização de informações de interesse; • Planejamento de auditorias nas unidades escolares; • Elaboração e divulgação de relatórios sobre os resultados obtidos, de forma sistemática,

sobre as atividades do PURA nas unidades escolares, além da disponibilização à outras partes interessadas;

• Definição de índices relativos ao consumo de água e outros parâmetros de interesse, que possam auxiliar a evolução e manutenção do Programa ao longo do tempo;

• Licitação de serviços e outras intervenções; • Agir corretivamente nas não-conformidades do Programa; • Elaboração de procedimentos voltados à orientação e padronização das atividades e

ações relativas ao uso eficiente da água; • Revisão e aprimoramento do Programa; Definida a Comissão de Gerenciamento e suas atribuições, parte-se então para a capacitação dos membros integrantes.

2.1.2 Parcerias com entidades de pesquisa e outras organizações

A formação de parcerias é de extrema importância para que a implantação de um PURA em

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unidades escolares obtenha êxito, podendo ainda, gerar diversas oportunidades e outras facilidades. Elas devem ser, preferencialmente, efetuadas logo no início das atividades de planejamento, após a criação da Comissão de Gerenciamento, pois, podem amparar na melhor estruturação e desenvolvimento do PURA nas escolas. Constatou-se que, dentre os principais programas nacionais de uso racional da água, com atuação em edifícios escolares, a formação de parcerias, sobretudo com entidades prestadoras de serviço de saneamento básico e centros de pesquisa, apresentaram um papel importante no desenvolvimento e aplicação de metodologias de conservação de água em edifícios de diversas tipologias. Essas parcerias contribuíram também, na superação de dificuldades, e facilitaram a utilização e o aprimoramento de metodologias para o uso eficiente da água, além da captação de recursos financeiros. Conforme Silva; Conejo; Gonçalves (1998), os agentes principais na articulação de planos regionais ou locais de combate ao desperdício de água são: • Os governos estaduais, as prefeituras municipais e as entidades regionais (região

metropolitana, aglomeração urbana, micro-região, entre outras), dependendo da abrangência geográfica do plano;

• As entidades reguladoras, estaduais ou municipais, dos serviços de saneamento básico, de acordo com a abrangência do plano;

• As entidades de gestão de recursos hídricos, compreendendo as unidades abrangidas pelo plano;

• As entidades prestadoras de serviço de saneamento básico na região ou nas localidades abrangidas;

• As organizações não-governamentais – ONGs, com objetivos de interesse sociais e ambientais, envolvidas em ações regionais ou locais, relacionados com os planos de conservação de água;

• A indústria de componentes e equipamentos de saneamento para redes públicas e sistemas prediais;

• As entidades de normalização técnica e gestão da qualidade; • As entidades de defesa do consumidor; • As entidades que congregam os prestadores de serviço e os profissionais da área de

saneamento. Assim, a formação de parcerias abre espaço para o envolvimento de diversas entidades, as quais podem contribuir, no auxílio e desenvolvimento de um PURA em edifícios escolares públicos.

2.1.3 Capacitação dos profissionais da equipe de gerenciamento e gestão do uso racional da água

Nesta etapa, os membros integrantes da Comissão de Gerenciamento e Gestão do Uso Racional da Água devem ser capacitados e treinados, para atuarem como gestores da água. Essa atividade deve abranger o conhecimento técnico-científico mínimo e necessário, para o planejamento e o acompanhamento das ações de combate ao desperdício de água, nas edificações escolares.

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A capacitação dos membros da Comissão de Gerenciamento é justificável, pois, há de se

a capacitação da equipe, pode-se, por exemplo, elaborar um conjunto de visitas técnicas,

asseto; Gonçalves (2001) apresentam uma metodologia utilizada pela ONG Água e

capacitação dos profissionais deve ser realizada por meio de cursos, com temas

os cursos de capacitação, como sugestões, podem ser divulgadas as principais tecnologias

pós a capacitação dos integrantes da Comissão de Gerenciamento, inicia-se a elaboração,

2.1.4 Elaboração, concepção e implementação de projeto-piloto

A implantação de um PURA em larga escala em unidades escolares exige tempo e o

considerar que, nem todos os integrantes da equipe possuem o mesmo patamar de conhecimento para atuarem como gestores da água. Constata-se que, muitas vezes, em projetos públicos, com finalidades mais variadas, principalmente os que têm caráter de campanha, as pessoas menos qualificadas é que acabam efetivamente na linha de frente das atividades, não atingindo os objetivos previstos. Ndentre as quais: escolas públicas, a título de conhecimento de um ambiente escolar, enfocando-se os sistemas prediais e seus respectivos usuários; indústrias de equipamentos economizadores de água; estabelecimentos escolares em que foram implantados programas de uso racional da água; estações de tratamento de água e esgoto; participação em feiras de interesse, nacionais e internacionais, que tratem sobre tecnologias poupadoras de água; participação em congressos de interesse, nacionais e internacionais, que abordem o tema uso racional da água; dentre outras. O objetivo é sensibilizar e agregar conhecimento a cada membro do grupo de gerenciamento. Isso pode permitir que todo o grupo tenha um patamar homogêneo de conhecimento, sobre os assuntos relativos ao uso eficiente da água em edificações. PCidade, desenvolvida em parceria com o CEDIPLAC (Centro de Desenvolvimento e Documentação na Indústria de Plásticos para a Construção Civil), no preparo de gestores da água, no sentido de avaliarem o gerenciamento do uso da água em edifícios de diversas tipologias. Essa metodologia pode, eventualmente, ser desenvolvida pela Comissão de Gerenciamento na formação de gestores da água. Aespecíficos ao uso eficiente da água em edifícios. Para isso, devem ser contratados profissionais que sejam especialistas nesta área, e que tenham domínio e conhecimento sobre o tema para ministrar cursos de capacitação. Todo novo integrante da equipe de gerenciamento deve passar por um curso de capacitação, e, de tempos em tempos, toda a equipe deverá passar por cursos regulares de reciclagem. Npoupadoras de água nos sistemas prediais; uma relação dos fabricantes nacionais de aparelhos e componentes economizadores; normas, regulamentos e especificações técnicas de interesse; teses e dissertações sobre temas relativos ao uso racional da água em edifícios; metodologias para a avaliação, a operação e a manutenção dos sistemas hidráulicos prediais; e assim por diante. Aa concepção e a implementação de um projeto-piloto de um PURA em escolas.

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investimento de recursos financeiros. Tendo em vista que, na maioria das vezes os recursos financeiros públicos são escassos, torna-se imprescindível o planejamento e a correta aplicação dos mesmos, procurando-se por alternativas técnicas e financeiras viáveis. Para que o Estado ou Município, dentro de seu orçamento, possa disponibilizar recursos financeiros para o desenvolvimento do PURA, é fundamental a otimização desses recursos e o planejamento das ações a serem implementadas. Em decorrência da elevada incerteza das condições físicas, e da própria infra-estrutura dos

este caso, a Comissão de Gerenciamento pode delegar um levantamento detalhado dos

or outro lado, a aplicação de uma experiência-piloto sobre o uso racional da água em

interessante colocar que, uma experiência-piloto serve como exercício de avaliação em

onstatou-se que, dentre os principais Programas de Uso Racional da Água no país, com

a elaboração do projeto-piloto devem ser claramente definidas as principais metas a serem

edifícios escolares públicos, em especial, dos sistemas hidráulicos, muitas vezes, a definição precisa e consistente de objetivos e metas, além do planejamento e a disponibilização dos recursos necessários, requer a coleta de informações mais detalhadas sobre o estado atual das edificações escolares, as quais integrarão o PURA. Nedifícios (características físicas e funcionais), ou, um diagnóstico preliminar do estado de conservação dos SHPs e o respectivo consumo de água nas unidades escolares, por meio de uma metodologia adequada. Esse estudo permite determinar a situação presente das condições físicas e de consumo de água de cada edificação escolar, auxiliando no planejamento das ações de combate ao desperdício de água a serem implementadas. Palgumas edificações escolares, tem por objetivo trazer subsídios que possam auxiliar o processo de tomada de decisão da Comissão de Gerenciamento, sobretudo na escolha das ações para o uso eficiente da água. Neste caso, o projeto-piloto consistiria em avaliar as intervenções necessárias, colocando-se em prática a implantação de uma metodologia de uso racional da água. Através da efetivação das ações pertinentes, os resultados podem ser avaliados, definindo-se parâmetros influentes no consumo de água e que se relacionam com o projeto do edifício, aprimorando-os quando necessário, para então serem aplicados em larga escala. Éescala real da aplicação de uma determinada metodologia de uso racional da água, verificando-se as influências e interferências de diversos fatores que, muitas vezes, seriam impossíveis de serem detectados e avaliados apenas sob a forma conceitual. Catuação em edifícios escolares, a maioria deles partiu da implantação de uma experiência-piloto, para então ser aplicado em larga escala. Ou seja, primeiro obteve-se subsídios, analisando-se os resultados das ações implementadas em uma pequena amostra, para depois realizar uma aplicação em massa. Neste caso, foram estabelecidos índices de referência relativos ao consumo de água, e, também, quantificados outros parâmetros de interesse para serem utilizados em projetos futuros de edificações similares, ou no balizamento de novos PURAs. Natingidas pelo PURA, nas unidades escolares integrantes da experiência-piloto. É com base

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nessa experiência, na qual se obterá um conjunto de subsídios e outras informações de interesse, para a aplicação em larga escala de um PURA em edifícios escolares. Dessa forma, é possível avaliar também, as principais dificuldades de implantação de uma metodologia de uso racional da água, procurando-se aprimorar suas ações, agindo-se corretivamente nas não-conformidades identificadas, para que, possíveis “erros” não sejam repetidos em projetos futuros. É importante avaliar sistematicamente o comportamento das ações implementadas ao longo do tempo. A definição de uma amostra de unidades escolares para implantação de um projeto-piloto,

arreto (1998) cita que é difícil obter uma amostra aleatória de edifícios de uma mesma

este caso, para o desenvolvimento da experiência-piloto, vários critérios para a base de

esta etapa é definida uma determinada metodologia de uso racional da água em edifícios,

inda nesta fase, são analisadas e escolhidas as tecnologias poupadoras de água nos

pode depender do porte da Secretaria de Educação. Em função da abrangência, selecionar uma amostra de escolas em uma Secretaria Municipal de Educação é bastante diferente de uma Secretaria Estadual de Educação. Em PURAs de grande escala, para o caso, por exemplo, de estabelecimentos de ensino públicos estaduais, é preciso implantar, se possível, projetos-piloto em regiões distintas do Estado para se obter resultados mais consistentes, visto que, o consumo e os hábitos dos usuários, em relação à utilização de água, podem variar em função do local, e, até mesmo, com o clima. Btipologia, que reúna as mesmas características exigidas para uma pesquisa, e, muitas vezes, podem envolver elevados custos, ou ainda, dificuldades de se identificar na amostra elementos aceitáveis. Nescolha da amostra podem ser definidos. Um deles, por exemplo, poderia ser o de maior consumo de água, ou seja, selecionar um conjunto de escolas com o maior consumo, no Estado ou Município, e, dessa forma, verificar qual seria o impacto de redução decorrente da correção de vazamentos e da utilização de equipamentos economizadores. No entanto, devem ser priorizadas as escolas públicas localizadas na região urbana, pois, geralmente, são nestas áreas que se concentram os principais problemas de escassez e racionamento de água no país. Ncom enfoque em edificações escolares, escolhendo-se a que melhor atenda às condições das unidades escolares e da estrutura organizacional da Secretaria de Educação. É possível ainda aplicar diferentes metodologias de conservação de água em edifícios escolares e avaliar qual delas é a mais viável, ou de melhor desempenho, nas unidades integrantes do projeto-piloto, e assim, definir uma única, para aplicação em larga escala e que seja comum a todas as unidades. É importante colocar que, este trabalho considera a metodologia de uso racional da água em edifícios proposta por Oliveira (1999). Asistemas prediais, que serão implementadas nas unidades escolares, muitas vezes decididas pelos condicionantes físico-financeiros. No projeto-piloto deve-se avaliar o desempenho dos equipamentos economizadores em relação às necessidades dos usuários e dos sistemas hidráulicos, das unidades escolares. Neste caso, é interessante realizar uma análise das possibilidades de implantação de diferentes configurações de aparelhos economizadores,

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provenientes de diferentes fabricantes, a fim de determinar quais as melhores alternativas tecnológicas, sob o ponto de vista de durabilidade, manutenção e investimento.

2.1.5 Aplicação da Metodologia de Uso Racional da Água em Edifícios

Esta fase é a parte executiva da metodologia de uso racional da água que será aplicada nas

pós a seleção das unidades que integrarão o projeto-piloto do PURA, parte-se então, para

o projeto-piloto, pode-se, eventualmente, testar mais de uma metodologia de uso racional

2.1.5.1 Coleta de informações sobre os SHPs dos edifícios escolares

A coleta de informações sobre os SHPs das edificações escolares é um item muito

ara definir um orçamento dos custos relativos das intervenções necessárias, para a

unidades escolares, onde serão executados os serviços previstos no diagnóstico inicial, definindo-se quais as ações mais eficientes e exeqüíveis na redução do consumo de água. Aa aplicação da metodologia de uso racional da água nas edificações. Nesta etapa serão coletadas informações sobre os SHPs das unidades escolares, efetuando a capacitação de diretores e professores para atuarem como gestores da água, contemplando a instalação de tecnologias economizadoras de água, realizando a devida manutenção dos SHPs, com o controle das ações implementadas, apresentados nos itens 2.1.5.1, 2.1.5.2, 2.1.5.3 e 2.1.5.4, respectivamente. Nda água, analisando-se qual a de melhor desempenho e viabilidade de implantação. No entanto, após a execução da experiência-piloto, numa aplicação de larga escala, deve-se optar por uma única metodologia, devendo ser comum a todas as unidades escolares. Isto tende facilitar a elaboração de procedimentos voltados à orientação e padronização de algumas atividades, em função da metodologia aplicada, facilitando a assimilação em todas as unidades. A metodologia de uso racional da água abordada neste trabalho está definida em Oliveira (1999), e é estruturada em quatro etapas: auditoria do consumo de água, diagnóstico, plano de intervenção e avaliação do impacto de redução do consumo.

importante, sobretudo no que se refere à viabilidade técnica, a abrangência e ao planejamento orçamentário das atividades de um PURA, pois, é basicamente no sistema hidráulico predial que uma metodologia de uso racional da água em edifícios irá atuar. E ainda, essas informações podem contribuir como subsídios na melhoria dos projetos dos sistemas prediais das edificações escolares, em especial, os sistemas hidráulicos. No entanto, o levantamento das características físicas e funcionais do edifício, juntamente com a definição de um diagnóstico preliminar dos SHPs, é necessária uma metodologia adequada, sobretudo quando o PURA engloba um grande número de unidades escolares. Pimplantação de tecnologias poupadoras de água em edificações escolares, ou ainda, um plano de recuperação dos SHPs, é necessário, primeiramente, verificar o estado de conservação dos sistemas hidráulicos, utilizando-se de uma metodologia adequada de inspeção, coleta de informações, e avaliação desses sistemas.

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Barreto (1998) cita que a definição do potencial de conservação de água, e

ssim, em termos de planejamento, ao se analisar as informações obtidas nesta etapa, é

ara o caso de projetos-piloto, ou ainda, em uma aplicação em larga escala de um PURA,

levantamento das informações sobre os SHPs das edificações escolares poderá ser

ortanto, a coleta de informações sobre os SHPs deve ser efetuada tanto na fase da

conseqüentemente financeiro, para um dado edifício, depende de um conjunto de fatores, tanto qualitativos quanto quantitativos. Em relação aos qualitativos, o foco recai sobre as qualidades que o edifício possui. Por exemplo, as condições dos sistemas hidráulicos prediais podem decretar a viabilidade, ou não, de intervenções físicas de porte na substituição de aparelhos convencionais por economizadores de água. Para os quantitativos, o foco se dirige para as quantidades envolvidas, seja dos índices de consumo para as diversas modalidades, ou pelo número de pontos de utilização e equipamentos necessários para alcançar a conservação de água. Apreciso considerar as condições físicas dos edifícios escolares, para a implantação do programa de uso racional da água. Portanto, as edificações escolares com sistemas hidráulicos prediais pouco conservados, ou ainda, com atividades de manutenção precárias, podem evidenciar uma impossibilidade técnica e/ou financeira na implantação de ações de substituição de aparelhos convencionais por economizadores de água. Ou seja, as ações que venham requerer modificações mais profundas, em alguns casos, a completa substituição dos sistemas hidráulicos, tendem a apresentar custos mais elevados, e devem ser analisadas de forma criteriosa, para a viabilidade técnica e financeira do projeto. Pos recursos necessários (materiais, financeiros e mão-de-obra), geralmente podem ser apenas definidos com precisão, após uma coleta de informações, com análise e diagnóstico detalhado sobre o estado real dos SHPs das unidades escolares. Neste caso é proposta a utilização da metodologia de Avaliação Durante Operação (ADO), apresentada por Almeida (1994), no sentido de conduzir trabalhos que visem avaliar e definir um diagnóstico para os sistemas prediais em operação, propondo ou não ações de recuperação. E ainda, essas atividades devem ser complementadas por meio de uma auditoria do consumo de água nas edificações, conforme a metodologia proposta por Oliveira (1999). Orealizado por uma equipe de campo, podendo ser composta por um engenheiro civil ou arquiteto, um especialista em hidráulica, estagiários de engenharia civil e arquitetura, e demais auxiliares. Este grupo deverá ser devidamente treinado, com relação às atitudes e procedimentos a serem adotados durante o cadastramento. Pimplantação de uma experiência-piloto, definida no item 2.1.4, quanto nas demais unidades escolares, definido no item 2.1.7. Propõe-se que esta atividade seja organizada concomitantemente às de capacitação de diretores, professores e funcionários, instalação de tecnologias poupadoras e a manutenção dos SHPs (itens 2.1.5.2, 2.1.5.3 e 2.1.5.4, respectivamente), pois, podem demandar muito tempo para serem planejadas e executadas. Ou seja, a medida em que forem concluídos os levantamentos, com o diagnóstico de cada unidade escolar, já estão preparadas e sendo aplicadas as ações educativas aos usuários, e, também, é efetuada a instalação das tecnologias poupadoras, fornecendo manutenção adequada dos SHPs (sistema de manutenção).

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A coleta de informações sobre o ambiente construído, em especial os SHPs, pode gerar

2.1.5.2 Capacitação de diretores, professores e funcionários

Os diretores dos estabelecimentos de ensino públicos, por serem eleitos pela comunidade

lgumas instituições de ensino conseguem ser referência na rede pública, graças à atuação

ara que um diretor possa desencadear as respectivas ações, para esta nova visão quanto ao

este contexto, é possível desenvolver uma ação prevista na legislação educacional, entre o

ma vez aplicados os treinamentos de capacitação com os diretores, estes, por sua vez,

subsídios para melhorias de projetos de novos edifícios escolares, no que se refere ao uso eficiente da água. Portanto, a questão do uso racional da água em edifícios, não só envolve a utilização de tecnologias poupadoras de água, mas, também, melhorias para o uso eficiente da água, nos projetos de arquitetura e dos próprios sistemas prediais.

escolar e nomeados por atos do poder executivo, desempenham um papel importante dentro das escolas públicas. O diretor de uma escola pública tem a delegação da comunidade escolar para promover ações administrativas, em sintonia com as políticas (ações) da respectiva Secretaria de Educação. Portanto, o diretor atuando como gestor, é o agente responsável na promoção de ações para a conservação de água entre professores, alunos e funcionários. Pela escala hierárquica de funções em uma escola, a iniciativa, o comprometimento, a motivação e demais ações, devem partir, sobretudo, da diretoria escolar, e atingir todos os níveis e integrantes de uma determinada unidade escolar. Aenérgica de seus diretores. Nesses estabelecimentos, o apoio dos pais dos alunos foi de fundamental importância para a conservação da estrutura física das edificações escolares, e da qualidade de ensino. Constatou-se que, de maneira geral, as escolas que apresentam um bom grau de conservação, normalmente é em função do comprometimento, dedicação e atuação do diretor, envolvendo também toda a comunidade escolar a participar desse processo (SUZUKI, 2000). Portanto, a capacitação de diretores é uma questão decisiva e estratégica para a manutenção de um PURA em cada unidade escolar. Puso racional da água nas escolas públicas, ele deve passar por uma capacitação, que também deverá envolver os mantenedores das redes públicas, ou seja, as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação. A capacitação para esta temática específica pode ocorrer nos mesmos ambientes e programas ofertados por estas entidades, para atingir os professores das redes públicas, podendo ser realizada em parceria com outros órgãos governamentais, tais como, Secretaria de Meio Ambiente, Cultura, Comunicação Social, concessionária de saneamento local, entre outros. Ou seja, a capacitação quanto ao uso racional da água pode aproveitar a mesma estrutura dos programas pedagógicos ofertados pelas Secretarias de Educação, para a capacitação de diretores e professores. NEstado e o Município, através do regime de colaboração (formação de parcerias de ajuda mútua), onde cada parte colaboraria com algum recurso (técnico, financeiro, humano) (BRASIL, 1996). Neste caso, as Secretarias Municipais de Educação poderiam formar parcerias para usarem a mesma estrutura física de capacitação das Secretarias Estaduais de Educação. U

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poderão atuar como agentes multiplicadores, junto às suas respectivas unidades escolares. Ou seja, um diretor teria os conhecimentos teóricos e práticos necessários, para poder gerenciar, dentro de sua capacitação, as ações de combate ao desperdiço de água, de acordo com as recomendações estabelecidas junto a Comissão de Gerenciamento. A direção das escolas deve envolver-se diretamente com as atividades e campanhas

2.1.5.3 Instalação de tecnologias economizadoras

A correção de vazamentos é uma das ações mais eficientes na redução do consumo de água

esta fase, as tecnologias para o uso racional da água nas unidades escolares já estão

lgumas informações de apoio, sobre as tecnologias economizadoras de água nos sistemas

2.1.5.4 Manutenção dos sistemas hidráulicos prediais

A manutenção dos SHPs posposta neste trabalho, se refere tanto na fase de aplicação de

onforme Associação Brasileira de Normas Técnicas (1999), a NBR 5674 cita que, as

e maneira geral, sabe-se que, nos estabelecimentos escolares públicos brasileiros, a

educativas de conservação de água, de forma a estimular e promover o uso racional da água nas edificações escolares. O diretor deve acompanhar, sistematicamente, o consumo de água da escola, efetuando o monitoramento por meio das faturas mensais de água ou da leitura dos hidrômetros. Portanto, deve ser realizada a capacitação adequada dos diretores das escolas para promover as ações necessárias na redução do consumo de água.

em um sistema (OLIVEIRA, 1999). No entanto, o objetivo desta ação é reduzir o consumo, independente da ação do usuário. As tecnologias economizadoras aplicadas aos sistemas prediais são bastante impactantes na redução do consumo. Ndefinidas com base nas informações coletadas sobre os SHPs, em função das necessidades dos usuários e dos condicionantes técnicos-econômicos. Aprediais podem ser obtidas em Gonçalves; Ioshimoto; Oliveira (1999). Em Oliveira (1999) são apresentadas algumas diretrizes para a especificação de componentes economizadores. A instalação dessas tecnologias, e a respectiva manutenção, devem ser efetuadas por pessoal devidamente capacitado e treinado.

uma experiência-piloto, definida no item 2.1.4, quanto da aplicação em larga escala de um PURA nas demais unidades escolares, definida no item 2.1.7. Cedificações devem atender aos usuários durante muitos anos e, ao longo deste tempo de serviço, precisam apresentar condições adequadas ao uso que se destinam, resistindo aos agentes ambientais e de uso, que alteram suas propriedades técnicas iniciais. É importante planejar ações fundamentadas em procedimentos organizados, que garantam o mínimo recomendável para o uso higiênico, saudável e seguro das edificações. Essa atividade não pode ser efetuada de modo improvisado e casual, devendo ser vista como um serviço técnico, exigindo capacitação apurada. D

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manutenção predial, quando realizada, muitas vezes é tratada em segundo plano, ou seja, são atividades não-planejadas e efetuadas por pessoal nem sempre capacitado. As verbas destinadas quase sempre não são suficientes para atender adequadamente as necessidades básicas do edifício. Embora existam exceções, constata-se que a conservação do patrimônio público, ou seja, a manutenção dos ambientes escolares, está longe de atender os mínimos critérios de desempenho. Neste sentido, a implantação de um programa de uso racional nas unidades escolares,

s equipamentos economizadores de água, assim como os SHPs, requerem cuidados

mbora todas edificações devessem realizar atividades de manutenção preventiva, sabe-se

ma das principais tendências de atuação nas escolas públicas é a gestão descentralizada,

este caso, um PURA que contemple ações tecnológicas nos edifícios escolares, tais como,

requer um cuidado especial no planejamento das atividades de manutenção dos SHPs. É muito comum a associação de que as ações do PURA se encerram após a correção de vazamentos e a utilização de componentes economizadores de água. No entanto, ao longo do tempo, suas ações são contínuas, e isso implica também que as atividades de manutenção dos SHPs sejam realizadas continuamente. Oespeciais de manutenção. É muito fácil um sistema hidráulico voltar às condições iniciais, no qual tenha sido implantada uma metodologia de uso racional da água. Por exemplo, uma determinada atividade de manutenção na qual tenha sido efetuada a troca intencional de uma torneira hidromecânica de fechamento automático, por um modelo convencional; isso implicará no aumento do consumo de água. Da mesma forma, uma torneira hidromecânica que esteja desregulada contribui para que haja o desperdício de água. Portanto, as edificações escolares que utilizam aparelhos economizadores devem priorizar sempre a manutenção preventiva dos SHPs, tendo em vista os benefícios que esta pode proporcionar. Eque, de modo geral, no Brasil, esse conjunto de atividades nem sempre é realizado nos edifícios escolares públicos. Constatou-se que, nas escolas pesquisadas em Curitiba (PR), a manutenção predominante dos SHPs é a corretiva ou de emergência, muitas vezes realizadas por funcionários sem uma qualificação apurada. Não existe a elaboração de procedimentos organizados e nem a programação dos serviços de manutenção dos SHPs. Isso, de certa forma, poderá vir a prejudicar o desempenho das ações tecnológicas de um PURA e contribuir no aumento do consumo de água. Uou seja, o Estado ou Município realiza o repasse de verbas, para que cada estabelecimento de ensino administre e zele por seu patrimônio. Neste caso, é imprescindível promover subsídios para que cada unidade escolar tenha meios para desenvolver um Sistema de Manutenção, sobretudo nas escolas que são integrantes de um PURA. Na utilização de componentes economizadores de água, as atividades de manutenção desses equipamentos deverão ser revistas. Ou seja, a manutenção dos aparelhos e componentes economizadores de água exigirá um conhecimento técnico apurado, e não poderá ser realizada de forma aleatória, e nem efetuada por profissionais que não sejam treinados e capacitados para essas atividades.

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Tendo em vista que, na maioria das vezes, os recursos financeiros repassados às escolas

ara as Secretarias de Educação de menor porte, em geral, as Municipais, ao invés de uma

2.1.6 Análise e implementação de melhorias no projeto-piloto

A análise e implementação de melhorias no projeto-piloto deve ser realizada antes da

or exemplo, no caso da utilização de equipamentos economizadores de água, a

pós a correção das não-conformidades e a implementação de melhorias, parte-se então,

2.1.7 Aplicação da Metodologia de Uso Racional da Água nas demais unidades

Com a obtenção local de parâmetros do consumo de água, e outros índices de interesse,

ssim, a metodologia selecionada deverá ser comum às demais edificações escolares

públicas são insuficientes, além da limitada capacitação do pessoal responsável pela manutenção, propõe-se, neste caso, que a manutenção dos SHPs deva ser realizada por um grupo central qualificado, destinado a atender todas as unidades escolares integrantes de um PURA. Esse grupo, composto por técnicos treinados e capacitados, pode utilizar-se de unidades móveis (veículos equipados) de manutenção, assegurando assim, o controle e a qualidade técnica dos serviços prestados, além da racionalização dos insumos envolvidos nesta atividade. Essa equipe, além de realizar inspeções rotineiras, efetuaria também, as intervenções necessárias nos SHPs para o uso eficiente da água. Pequipe móvel de manutenção, pode-se eventualmente designar um técnico, devidamente treinado e capacitado, para percorrer todas as unidades escolares, realizando os serviços de manutenção necessários. Essa atividade, se terceirizada, dever ter o acompanhamento direto da Secretaria de Educação na fiscalização dos serviços prestados.

aplicação de um PURA em larga escala nas demais unidades escolares, pois, as possíveis deficiências e não-conformidades encontradas na experiência-piloto devem ser corrigidas, para que essas falhas não sejam repetidas no projeto de grande escala, contribuindo para o melhor desempenho das atividades relacionadas. Pimplementação de melhorias num PURA de larga escala poderá ser realizada com base nas informações levantadas do projeto-piloto, considerando-se os seguintes tópicos: pressão hidráulica disponível nos pontos de utilização, conforto do usuário, higiene, atividade do usuário, risco de contaminação, facilidade de instalação, operação e manutenção, além de ações de vandalismo. Ou seja, essas melhorias podem ser implementadas observando-se os critérios acima citados, optando-se ou não, por um novo modelo de aparelho economizador, de melhor desempenho. Apara a aplicação do PURA nas demais unidades escolares.

escolares

provenientes da experiência-piloto, é possível conduzir e balizar, com maior segurança, a aplicação de uma Metodologia de Uso Racional da Água nas demais unidades escolares. Aintegrantes do PURA. Durante a aplicação da metodologia deverão ser analisados os subitens 2.1.5.1, 2.1.5.2, 2.1.5.3 e 2.1.5.4, respectivamente.

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Nesta etapa, os custos de intervenção devem estar definidos, juntamente com os recursos

2.1.8 Auditorias

As auditorias compreendem um conjunto de ações necessárias capazes de intervir na

ssim, após a implantação das ações de uso racional de água em cada edifício escolar, uma

ropõe-se que, além de um acompanhamento sistemático do consumo de água, seja

s auditorias desempenham um papel importante - a de atuarem como agente fiscalizador

2.1.9 Reavaliação e aprimoramento das ações estratégicas para a gestão do uso da

Um item de fundamental importância, dentro de um processo de gestão da água nas

o decorrer dos anos, outras necessidades dos usuários e novas tecnologias poupadoras de

ma outra forma de garantir o aprimoramento das ações para o uso racional da água, é uma

necessários, para dar continuidade ao projeto de implantação do PURA nas demais unidades escolares.

manutenção ou melhoria dos índices de referência obtidos, decorrentes das ações do PURA, no transcorrer dos anos. O objetivo é examinar, periodicamente, os resultados das ações implementadas, agindo-se corretivamente nas causas dos problemas levantados. Aavaliação deve ser efetuada periodicamente, analisando-se como o Programa está sendo aceito e cumprido por parte das unidades escolares, no sentido de gerenciar a evolução do PURA e o respectivo consumo de água nas edificações escolares. Prealizada uma avaliação física das edificações escolares, sobretudo dos sistemas hidráulicos e dos equipamentos economizadores de água, detectando-se patologias e averiguando-se os procedimentos de manutenção dos mesmos, na procura por não-conformidades. Neste caso, a auditoria in loco, em cada unidade escolar, tem o intuito de examinar e averiguar se as ações do PURA estão sendo cumpridas e, no caso da detecção de não-conformidades, deve-se agir corretivamente propondo-se soluções para cada caso analisado. Adas ações implantadas para o uso racional da água nas edificações escolares. É importante ressaltar que, as informações sobre os processos de auditoria podem servir, também, de subsídios para o aprimoramento das ações relativas ao Programa de Uso Racional da Água em edifícios escolares públicos. Esses dados, por sua vez, devem ser disponibilizados às partes interessadas.

água

edificações escolares, é a reavaliação e o aprimoramento das ações implantadas quanto ao uso racional da água, de forma a garantir a sustentabilidade do programa ao longo do tempo. Nágua poderão surgir. Assim, a Comissão de Gerenciamento e Gestão do Uso Racional da Água deverá revisar e atualizar seus métodos e procedimentos que estejam voltados às atividades relativas ao uso racional da água, nas edificações escolares integrantes do PURA. Uavaliação por meio de questionários junto aos usuários (alunos, professores, funcionários)

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das unidades escolares. Após a implementação das ações para o uso racional da água, é interessante a aplicação de questionários junto à comunidade escolar, para obter parâmetros com relação a operacionalidade e a manutenção do sistema, e a satisfação dos usuários. Com essa pesquisa, é possível identificar problemas com relação ao PURA, e ainda, determinar um índice de satisfação dos usuários, sobretudo, com relação aos equipamentos economizadores de água. Adicionalmente, propõe-se a implantação de uma ouvidoria, ou seja, um canal de

eve-se informar à comunidade escolar e demais partes interessadas, os resultados obtidos

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No desenvolvimento desta pesquisa foi estudada a questão do uso racional da água em

o entanto, é importante colocar que, as diretrizes propostas também são válidas para as

s diretrizes apresentadas devem ser constantemente aprimoradas, uma vez que, um PURA

s propostas e os demais comentários aqui estabelecidos não devem ser encarados como

comunicação entre a comunidade escolar e a respectiva Comissão de Gerenciamento do Uso Racional da Água, que será responsável para atender sugestões, críticas, verificar irregularidades, denúncias de inoperância de setores, dentre outros. Isso é também uma forma de envolver e promover a participação da comunidade escolar neste processo de aprimoramento. É interessante citar que, a implantação de uma ouvidoria não está necessariamente vinculada à burocracia de criação de mais uma estrutura administrativa. As ouvidorias, existentes na maioria dos órgãos públicos, podem ser aproveitadas neste caso. De sua evolução, produzindo-se relatórios, quadros estatísticos e outras formas de divulgação, das atividades pertinentes ao PURA. Com respeito a essas informações, a Internet é um meio de fácil divulgação, e pode servir para centralizar esses documentos. Na divulgação desses resultados é imprescindível a qualidade e a precisão dos dados coletados.

edifícios escolares públicos, enfocando-se as escolas de educação básica, elaborando-se um conjunto de diretrizes para implantação e gerenciamento de Programas de Uso Racional da Água (PURAs), por meio de uma Secretaria de Educação, seja de atuação Estadual ou Municipal. Em decorrência da semelhança administrativa e organizacional das Secretarias de Educação, estas diretrizes podem ser aplicadas e gerenciadas em escolas de qualquer região do país. Ninstituições escolares públicas de qualquer nível e dependência administrativa. Neste caso, podem ser também utilizadas por instituições de ensino superior, embora não dentro da estrutura de uma Secretaria de Educação, mas dentro da autonomia administrativa que a lei lhes faculta. Essas instituições, por apresentarem maior autonomia, além de serem centros de pesquisa, são também fontes potenciais para o desenvolvimento de PURAs. Adeve possuir ações contínuas para a estabilização dos valores de consumo mínimos alcançados. Além disso, novas necessidades podem surgir no decorrer dos anos e, sempre que necessário, devem ser efetuadas correções ou alterações nas ações do PURA, as quais permitam resultados cada vez melhores. A

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crítica ao sistema de ensino público. São apenas algumas sugestões de melhoria dos edifícios escolares públicos, desde as fases de geração, uso/operação e manutenção, no que se refere ao uso eficiente da água, uma vez que, um PURA é apenas o processo inicial na gestão da água em edifícios escolares.

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