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ISSN 1679-0901 CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS 3 ANO 2006 VOLUME 12 BOLETIM INFORMATIVO BOLETIM INFORMATIVO SBCPD

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ISSN 1679-0901

CIÊNCIA DAS

PLANTAS DANINHAS N°3 ANO 2006 VOLUME 12

BOLETIM INFORMATIVO BOLETIM INFORMATIVO

SBCPD

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Informativo

Ciência das Plantas Daninhas

Editado pela Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas

Diretoria – Gestão 2004/2006

Presidente: Décio Karam

1o Vice-Presidente: Maria Helena Tabim Mascarenhas

2o Vice-Presisdente: Francisco Affonso Ferreira

1o Secretário: Elifas Nunes de Alcantara

2o Secretário: Tarcisio Cobucci

1o Tesoureiro: João Baptista da Silva

2o Tesoureiro: Nestor Gabriel da Silva

Conselho consultivo

Robert Deuber

Julio Cezar Durigan

Dionisio Luiz P. Gazziero

Ricardo Victoria Filho

Marcus Barifouse Matallo

Roberto José de Carvalho Perreira

Jesus Juarez Oliveira Pinto

Luiz Lonardoni Foloni

Conselho Fiscal

Edson Begliomini

Eduardo Luiz Panini

Antonio Alberto da Silva)

Suplentes

Maurílio Fernandes da Oliveira

Lino Roberto Ferreira

Neimar de Freitas Duarte

Representantes Regionais

Região N:

Região NE:

Região CO:

Região SE:

Região Sul:

Revista Planta Daninha

Editor-Chefe: Francisco Affonso Ferreira (UFV)

Revista Brasileira de Herbicidas

Editor-Chefe: Leandro Vargas (EMBRAPA – Trigo)

Boletim Informativo

Editor-Chefe: Pedro Luis da C.A. Alves (FCAVJ/Unesp)

Editores-Auxiliares:

Antonio C. Evangelista Jr. (Fert. Heringer S/A)

Tomás C. de Souza Dias (Carol)

Mariluce Nepomuceno (FCAVJ/Unesp)

Renata Aparecida Pereira (FCAVJ/Unesp)

Michelle Barbeiro da Cruz (FCAVJ/Unesp)

Relações internacionais

SBCPD

Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n°

FCAV/UNESP – Departamento de Fitossanidade

14884-900 – Jaboticabal, SP, Brasil

Fone: 55 0xx (16) 3209-2640 ou 3209-2641 – Ramal 26

Fax: 55 0xx (16) 3202-4275

E-mail: [email protected]

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Ciência das Plantas Daninhas

BOLETIM DE PUBLICAÇÃO DE RESULTADOS DE PESQUISA, EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS, NOVOS

MÉTODOS E TECNOLOGIAS, NOTÍCIAS DA SOCIEDADE BRASILEIRA DA CIÊNCIA DAS PLANTAS

DANINHAS

COMISSÃO EDITORIAL PEDRO LUIS DA C.A. ALVES (FCAVJ/UNESP)

ANTÔNIO CELSO EVANGELISTA JÚNIOR (FERT. HERINGER S/A) TOMÁS CARNEIRO DE SOUZA DIAS (CAROL) MARILUCE NEPOMUCENO (FCAVJ/UNESP)

RENATA APARECIDA PEREIRA (FCAVJ/UNESP) MICHELLE BARBEIRO DA CRUZ (FCAV/UNESP)

E D I T O R I A L

Prezados associados, no XXV Congresso Brasileiro da Ciência das Plantas Daninhas fomos eleito para assumirmos a diretoria da SBCPD no período administrativo de 2006 a 2008. Nesta oportunidade, agradecemos ao Prof. Dr. Julio César Durigan e toda sua diretoria pelos serviços prestados à sociedade no biênio 2004 -2006, ao qual sabendo das dificuldades e atribulações de suas funções, entregou-nos uma sociedade financeiramente tranqüila.

Uma sociedade cientifica não se faz com uma diretoria, mas com o trabalho de várias pessoas que se dedicam de uma forma ou de outra a esta sociedade. Para que possamos manter a SBPD de forma a representar nossos associados precisaremos contar com a colaboração de todos somente assim continuaremos a ser uma sociedade representativa reconhecida nacional e internacionalmente.

Nestes próximos dois anos estaremos contando com a colaboração da Embrapa através do Centro Nacional de Milho e Sorgo para que possamos gerenciar nossa sociedade.

Gostaríamos ainda neste momento, agradecer a comissão editorial do Boletim “Ciência das Plantas Daninhas” pelo excelente trabalho que vem sendo desenvolvido. É nossa obrigação continuar incentivando os nossos associados a disponibilizar mais informações para que o Boletim Informativo continue com a excelente qualidade conseguida.

Informamos também, que as nossas revistas técnicas, Planta Daninha e Revista Brasileira de Herbicidas, continuarão com seus grupos editorias, pois temos a certeza,

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como associado, de que o serviço que vem sendo prestado tem contribuído significativamente para manter a qualidade obtida nestes últimos anos.

Lembremos que de ações é que sobrevive a sociedade e estas ações deverão ser realizadas. Contem com nosso entusiasmo e nossa dedicação para que possamos manter o reconhecimento da SBCPD conseguido nestes anos de existência.

Obrigados a todos pela confiança, Décio Karam, Ph.D Presidente da SBCPD

1. COMUNICAÇÕES TÉCNICAS

1.1. RESUMOS DE TRABALHOS APRESENTADOS NO XXV CONGRESSO

BRASILEIRO DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS

1.1.1. ATIVAÇÃO DAS BOMBAS DE H+ NAS FOLHAS DE MILHO DURANTE O PROCESSO DE DESINTOXICAÇÃO DO MESOTRIONE OGLIARI, J. * (UENF, Campos dos Goytacazes – RJ, [email protected]); FREITAS, S.de P.; RAMOS, A. C.; FREITAS, I. L. de J; 1FAÇANHA, A. R. (UENF, Campos dos Goytacazes – RJ, [email protected]) O sistema primário de transporte de prótons desempenhado pelas bombas de H+ localizadas nas membranas plasmáticas (P-ATPases) e vacuolar (V-ATPase e V-PPase) tem participação crucial em diversos processos celulares, incluindo a absorção e translocação de diferentes classes de herbicidas. Em plantas tolerantes, os herbicidas no interior da célula são conjugados a compostos endógenos (Glutationa S-transferase, Glutationa, Glicosiltransferases, Citocromo P450 monooxigenase) e translocados para o interior do vacúolo ou excretados para o apoplasto por meio de transportadores primários (transportadores ABC, ATP-binding cassette) e/ou secundários (antiporters e simporters). A conjugação de um herbicida a compostos endógenos pode resultar em sua inativação, ao tornar o herbicida mais hidrofílico, dificultando a sua mobilidade através das membranas celulares. Acredita-se que o conjugado formado seja translocado do citoplasma, por proteínas transportadoras presentes nas membranas, para os compartimentos intra e extracelular, promovendo a desintoxicação da planta. Os transportadores secundários da membrana do vacúolo são ativados pelo gradiente de prótons gerado pelas bombas primárias H+-ATPase (V-ATPase) e H+-pirofosfatase (PPase). Este trabalho objetivou avaliar a atividade hidrolítica das bombas P e V-H+-ATPases e H+-PPases, em folhas de milho tratadas com o herbicida mesotrione. As plantas foram cultivadas em vasos de 4,5 litros, contendo 2/3 de arreia e 1/3 de solo, sendo uma planta por vaso. Aos oito dias após o plantio (DAP) foi adicionado 300 mL de solução nutritiva de Clark e aos 15 dias foi aplicado 192 g ha-1 do mesotrione. As folhas foram coletadas aos 21 DAP para o isolamento das vesículas da membrana plasmática e vacuolar. As vesículas foram armazenadas em freezer a -70 0C, para posterior análise da atividade. Os dados indicaram que o herbicida mesotrione promove aumento na atividade hidrolítica das bombas primárias H+-ATPases do tipo P e V e da

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H+-PPase chegando a 70, 149 e 1.530 % respectivamente, em relação ao controle. Estes resultados sugerem que estas bombas de H+ são ativadas durante o tratamento com mesotrione, e que a H+-PPase vacuolar parece ser a principal enzima envolvida na energização dos sistemas secundários, responsáveis pela compartimentação deste herbicida nas células de folhas de milho. Palavras-chave: Zea mays, herbicida, ATPase, pirofosfatase.

Apoio: CNPq e Faperj

1.1.2. EFEITOS DE DESSECANTES NO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA SOJA PROCÓPIO, S.O. (FESURV, Rio Verde - GO, [email protected]); PIRES, F.R. (FESURV, Rio Verde - GO, [email protected]); MENEZES, C.C.E. (COMIGO, Rio Verde - GO, [email protected]); BARROSO, A.L.L. (FESURV, Rio Verde - GO, [email protected]); MORAES, R.V. (FESURV, Rio Verde - GO, [email protected]); MORAES, L.L. (FESURV, Rio Verde - GO, [email protected]); CARMO, M.L. (FESURV, Rio Verde - GO, [email protected]); OLIVEIRA, L.F.* (FESURV, Rio Verde - GO, [email protected]) A aplicação de herbicidas em pré-semeadura, também conhecida como dessecação de manejo, tornou-se prática obrigatória em cultivos realizados no sistema de plantio direto. Dentre os herbicidas utilizados nessa modalidade de aplicação destacam-se o glyphosate e a mistura comercial paraquat + diuron. Todavia, tem-se observado que o manejo químico de plantas daninhas antes da semeadura das culturas pode apresentar variações, devendo esse ser ajustado de acordo com as espécies de plantas daninhas presentes; nível de infestação; condições climáticas e edáficas; e tipo de cultura a ser semeada na área. Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência do glyphosate, da mistura comercial paraquat + diuron, e do efeito do intervalo entre as aplicações desses herbicidas e a semeadura da soja, sobre o controle e a rebrota de Digitaria insularis, Synedrellopsis grisebachii e Leptochloa filiformis. O experimento foi conduzido em área de soja em sistema de plantio direto, utilizando-se o delineamento de blocos casualizados com nove tratamentos e quatro repetições. Foram avaliados os seguintes tratamentos: glyphosate no dia da semeadura; um dia antes da semeadura; dois dias antes da semeadura; cinco dias antes da semeadura; paraquat + diuron 20 dias antes da semeadura e no dia da semeadura; glyphosate 10 dias antes da semeadura e paraquat + diuron no dia da semeadura; glyphosate 15 dias antes da semeadura e paraquat + diuron no dia da semeadura; glyphosate 20 dias antes da semeadura e paraquat + diuron no dia da semeadura; e testemunha infestada. Verificou-se controle satisfatório e impedimento de rebrota de D. insularis e L. filiformis quando o glyphosate foi aplicado cinco dias antes da semeadura da soja ou quando foi realizada aplicação seqüencial de glyphosate e paraquat + diuron. Aplicações seqüenciais da mistura comercial de paraquat + diuron não foram eficientes no controle e no impedimento da rebrota de D. insularis e L. filiformis. S. grisebachii mostrou-se tolerante ao glyphosate. Palavras-chave: Digitaria insularis, Synedrellopsis grisebachii, Leptochloa filiformis.

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1.1.3. UTILIZAÇÃO DE GLYPHOSATE PARA A ERRADICAÇÃO DE BANANAIS IMPRODUTIVOS

ALVES, E*. (UNESP, Registro - SP, [email protected]); MORAES, W. S. (Pólo Regional da APTA Vale do Ribeira; [email protected]); NOMURA, E. S. (Pólo Regional da APTA Vale do Ribeira; [email protected]); FUKUDA, E. (UNESP, Registro - SP, [email protected]); NOBREGA, L P. (UNESP, Registro - SP, [email protected]); RAYEL, R. (UNESP, Registro - SP, [email protected]); CORRÊA, I. A. (UNESP, Registro - SP, [email protected])

A Sigatoka-negra, o Mal-do-Panamá e o Moko são as principais doenças da bananeira. Bananais abandonados ou improdutivos constituem a principal fonte de inoculo dessas doenças. Após oito anos de exploração, o bananal inicia a redução em produtividade, devendo ser substituído. O estudo foi conduzido com o objetivo de selecionar a dose econômica e o método de aplicação do ingrediente ativo glyphosate na erradicação de bananais improdutivos. O experimento foi conduzido no município de Registro/SP, utilizando-se plantas da variedade nanica (Musa AAA) e prata (Musa AAB) com aproximadamente oito anos de exploração. Dois métodos de aplicação de herbicida foram testados: injeção do produto direto no pseudocaule e injeção no filhote da planta-mãe. As doses testadas foram de 0, 1, 3 e 5 mL do ingrediente ativo glyphosate puro. Durante o período experimental, a temperatura média máxima atingiu 31,5 oC, a temperatura média mínima 21,3 oC e a precipitação acumulada de 387,5 mm. Foi avaliada a emissão foliar da planta-mãe e do filhote, a primeira folha com amarelecimento, necrose e morta, o número de folhas amareladas e necrosadas e a porcentagem de fitointoxicação aos sete, 14 e 21 dias após a aplicação do herbicida. Os tratamentos foram dispostos no delineamento experimental inteiramente casualizado, seguindo o esquema fatorial 2x2x4 (2 variedades, 2 métodos de aplicação e 4 doses) com oito repetições. Para as condições experimentais pode-se inferir que doses a partir de 3 mL de glyphosate são suficientes para a eliminação de bananeiras adultas e que o herbicida pode ser aplicado tanto no pseudocaule quanto no filhote. Palavras-chave: Musa sp., sigatoka-negra, mal-do-panamá, moko.

1.1.4. EXSUDAÇÃO RADICULAR DE HERBICIDA PELAS PLANTAS DE MILHO OGLIARI, J. *(UENF, Campos dos Goytacazes – RJ, [email protected]); FREITAS, S. de P. (UENF, Campos dos Goytacazes – RJ, [email protected]); GOMES, S. A.; FREITAS, I.L de J; LEMOS, G.C. S.; THIEBAUT, J.T.L. O mesotrione é um herbicida de ação sistêmica indicado para o controle de plantas daninhas na cultura de milho (Zea mays) podendo ser aplicado em pré e, principalmente, em pós-emergência. A absorção deste ocorre pelas raízes e folhas, apresenta excelente movimento apossimplástico. As plantas de milho são tolerantes ao mesotrione, devido à desativação do seu princípio ativo e translocação para compartimentos celulares. Nas folhas de milho, na primeira hora após a aplicação, a absorção do mesotrione pode chegar a 60% atingindo 90% em 24 horas. Em

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concentrações acima de 4,0 g ha-1 i.a. este herbicida provoca sintomas de intoxicação na cultura da soja (Glycine max). Esta planta pode ser indicada como bioindicadora da presença de herbicida no solo. Este trabalho teve como objetivo averiguar a exsudação do mesotrione pelas raízes das plantas de milho. O estudo foi realizado em casa de vegetação na UENF. Para o plantio de milho foram utilizados 100 vasos de 4,5 litros, contendo 2/3 de arreia e 1/3 de solo, sendo uma planta por vaso. Aos oito dias após o plantio foi adicionado 350 mL de solução nutritiva de Clark e aos 15 dias foi aplicado 192 g ha-1 do herbicida mesotrione. Para aplicação foi utilizado pulverizador costal pressurizado a CO2 com 3 bar de pressão e volume de calda de 230 L ha-1. Durante a aplicação do herbicida a superfície dos vasos foi protegida com três sacos plásticos e o caule das plantas, entre o primeiro e segundo saco, foi envolvido por algodão. Tais medidas foram tomadas para evitar que o herbicida atingisse o solo. As plantas de milho foram coletadas 10 dias após a aplicação do herbicida e o solo foi utilizado para o plantio de seis sementes de soja por vaso. Aos 15 dias após o plantio, as plantas de soja não apresentaram intoxicação sugerindo que as plantas de milho não exsudaram o mesotrione. Palavras-chave: Callisto, desintoxicação, Zea mays, soja Apoio: CNPq e Faperj e UENF

1.1.5. EFICÁCIA E SELETIVIDADE DE MESOTRIONE COM HERBICIDAS RESIDUAIS NO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CANA-DE-AÇÚCAR SOCA.

SOUZA, L.S.* (FCA-UNIMAR, Marília - SP, [email protected]); LOSASSO, P.H.L, GÓES FILHO, L.A.; ANGELLI, R.G.; CORBUCCI, E. (Destilaria de Álcool Nova Avanhandava) O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia e a seletividade de mesotrione em associação com herbicidas residuais no controle de Digitaria horizontalis e Brachiaria decumbens em cana-de-açúcar soca. O experimento foi instalado na Fazenda Santa Clara no município de Avanhandava-SP. Foi utilizada a cana-de-açúcar em soqueira de 2º corte da variedade RB 83-5486, com espaçamento de 1,40 m entrelinhas, constituída de 5 linhas de cana por 10 m de comprimento. A cana foi plantada no dia 14/03/03 e a colheita (2º corte) em 20/09/05 com produtividade de 79,4 t ha-1. Os tratamentos foram constituídos de (hexazinone+diuron) (264 + 936g i.a. ha-1), mesotrione + (hexazinone+diuron) (96 + 264 + 936 g i.a. ha-1 ), mesotrione + (hexazinone+diuron) (120 + 264 + 936 g i.a. ha-1), mesotrione + (hexazinone+diuron) (144 + 264 + 936 g i.a. ha-1), mesotrione (96 g i.a. ha-1), mesotrione (144 g i.a. ha-1), isoxaflutole + (hexazinone+diuron) (75 + 132 + 468 g i.a. ha-1) e mesotrione + (ametryn + trifloxysulfuron) (96 + 1.280 + 32,4 g i.a. ha-1), mesotrione + (ametryn + trifloxysulfuron) (144 + 1.280 + 32.4 g i.a. ha-1), mesotrione + metribuzin (96 + 1.440 g i.a. ha-1) e duas testemunhas sem e com capina. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso com três repetições. As aplicações dos tratamentos em pós-emergência das plantas daninhas, foram realizadas no dia 16 de novembro de 2005 com pulverizador costal a pressão constante de CO2 a 40 lb pol-2 e equipado com barra de aplicação munido de bicos Teejet XR 110.02 e com consumo de calda de 200 L ha-1. Foram realizadas avaliações visuais de eficácia e seletividade aos 3, 7, 15, 30, 45 e 60

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dias após a aplicação (DAA). As associações de mesotrione com (hexazinone + diuron) e com ametryn + trifloxysulfuron foram eficientes no controle de capim-colchão e capim-braquiária na cultura da cana-de-açúcar. A dose utilizada de mesotrione (144 g ha-1) aplicado isoladamente provocou controle eficiente aos 60 DAA na cultura da cana-de-açúcar. Os tratamentos químicos, no geral, provocaram efeitos crescentes de fitotoxicidade nas plantas de cana-de-açúcar até 7 DAA, decrescendo a partir dos 15 DAA e desaparecendo a partir dos 30 DAA. Palavras-chave: mesotrione, seletividade, eficácia, cana-de-açúcar.

1.1.6. EFICÁCIA E SELETIVIDADE DO HERBICIDA AE0172747 SC 52 (TEMBOTRIONE proposto) APLICADO PARA CONTROLE DE PLANTAS INFESTANTES NA CULTURA DO MILHO BARROSO, A.L.L.* (FESURV, Rio Verde-GO, [email protected]); PROCÓPIO, S.O. (FESURV, Rio Verde-GO, [email protected]); OLIVEIRA, L.F. (FESURV, Rio Verde-GO, [email protected]); VELOSO, G.A. (Bayer CropScience, São Paulo-SP, [email protected]) Com os objetivos de avaliar os possíveis efeitos de intoxicação na cultura do milho promovidos pelo herbicida AE0172747 SC 52 (tembotrione), em aplicação isolada ou em mistura com o herbicida atrazine; e verificar a sua eficácia no controle das espécies de plantas daninhas Ipomoea grandifolia, Commelina benghalensis, Eleusine indica, Alternanthera tenella e Cenchrus echinatus, foi realizado o presente experimento no período de 19/11/04 à 13/04/05, na fazenda experimental da Fesurv - Universidade de Rio Verde, em solo caracterizado como Latossolo Vermelho-Distrofico. Utilizou-se o híbrido simples BRS 1010, semeando-se seis sementes por metro linear a uma profundidade de 3 cm. Os tratamentos avaliados foram AE0172747 SC 52 (0,10 kg ha-1) + óleo metilado (Lanzar®) (0,98 kg ha-1); AE0172747 SC 52 (0,13 kg ha-1) + óleo metilado (0,98 kg ha-1); AE0172747 SC 52 (0,08 kg ha-1) + atrazine (1,00 kg ha-1) + óleo metilado (0,98 kg ha-1); AE0172747 SC 52 (0,10 kg ha-1) + atrazine (1,00 kg ha-1) + óleo metilado (0,98 kg ha-1); [foransulfuron e iodosulfuron] (0,12 kg ha-1 p.c.) + atrazine (1,00 kg ha-1) + adjuvante lauril éter (Hoefix®) (0,28 kg ha-1); nicosulfuron (0,02 kg ha-1) + atrazine (1,00 kg ha-1); mesotrione (0,14 kg ha-1) + atrazine com óleo (Primóleo®) (1,20 kg ha-1); e testemunha sem herbicida. Pode-se verificar que todos os tratamentos contendo o herbicida tembotrione, seja isolado ou em complementação com atrazine, foram seletivos às plantas de milho. Tembotrione em complementação com atrazine nas doses de 0,08 + 1,0 e 0,10 + 1,0 kg ha-1, respectivamente, se mostrou altamente eficaz no controle de todas as espécies avaliadas. Tembotrione isolado na dose de 0,10 kg ha-1 foi eficaz no controle de Cenchrus echinatus, Commelina benghalensis, Ipomoea grandifolia e Eleusine indica, porém, no controle de Alternanthera tenella, somente com a dose de 0,13 kg ha-1 foi observado excelente controle. Tembotrione em complementação com atrazine e óleo metilado apresentou desempenho igual ou superior às misturas de foramsulfuron e iodosulfuron, mesotrione e nicosulfuron com atrazine no controle das espécies estudadas. Palavras-chave: plantas daninhas, Zea mays, fitotoxicidade.

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1.1.7. PERÍODO ANTERIOR À INTERFERÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA SOJA EM CONDIÇÕES DE CERRADO BARROSO, A.L.L. (FESURV, Rio Verde-GO, [email protected]); PROCÓPIO, S.O. (FESURV, Rio Verde-GO, [email protected]); OLIVEIRA, L.F.* (FESURV, Rio Verde-GO, [email protected]); MORAES, J.G. (FESURV, Rio Verde-GO, [email protected]); TOFOLI, G.R. (Dow AgroSciences, São Paulo-SP, [email protected]) O objetivo do trabalho foi determinar o período máximo de espera entre a emergência da soja e o controle manual de plantas daninhas sem prejuízos à cultura (período anterior à interferência) cultivada em condições de cerrado, comparando com um controle químico, utilizando-se um herbicida junto à dessecação e outro em pós-emergência (graminicida). O experimento foi realizado em Rio Verde-GO, em área sob plantio direto com classificado como Latossolo Vermelho-Distrófico. A cultivar de soja utilizada foi a EMGOPA 315. Os tratamentos constaram de sete períodos onde se manteve as parcelas livres da presença de plantas daninhas, por meio de arranquio manual sendo: todo ciclo; após sete dias após a emergência (DAE); após 14 DAE; após 21 DAE; após 28 DAE; após 35 DAE; após 42 DAE e um tratamento onde se aplicou o herbicida diclosulam junto à dessecação de manejo (35 g ha-1), mais uma aplicação de haloxyfop-methyl (60 g ha-1) com óleo mineral (0,5% v v-1) em pós-emergência. As plantas daninhas presentes na área experimental foram Cenchrus echinatus, Panicum maximum, Digitaria insularis, Digitaria horizontalis e Eleusine indica. No momento da colheita avaliou-se a altura de plantas, a altura de inserção da primeira vagem, o estande de plantas e a produtividade. Não se observaram diferenças entre os tratamentos sobre a altura de inserção da primeira vagem e o estande de plantas. O controle de plantas daninhas iniciado após os 42 DAE ocasionou redução na altura de plantas de soja, quando comparado aos controles iniciados imediatamente após a emergência e aos sete DAE. A espera até 42 DAE para se iniciar o controle de plantas daninhas reduziu a produtividade da soja em aproximadamente 400 kg ha-1. A utilização do controle químico (diclosulam junto à dessecação e haloxyfop-methyl em pós-emergência) resultou em produtividade da cultura, estatisticamente igual a do tratamento onde se manteve a cultura capinada por todo o ciclo. Palavras-chave: matocompetição, Glycine max, diclosulam.

1.1.8. EFICÁCIA DO HERBICIDA GLYPHOSATE EM MISTURA COM 2,4-D, EM APLICAÇÃO DE DESSECAÇÃO DE MANEJO DA CULTURA DA SOJA BARROSO, A.L.L.* (FESURV, Rio Verde-GO, [email protected]); PROCÓPIO, S.O. (FESURV, Rio Verde-GO, [email protected]); OLIVEIRA, L.F. (FESURV, Rio Verde-GO, [email protected]); FARIA, F.S. (FESURV, Rio Verde-GO, [email protected]); TOFOLI, G.R. (Dow AgroSciences, São Paulo-SP, [email protected]) Os objetivos do trabalho foram: avaliar a eficácia de diferentes formulações do herbicida glyphosate aplicado isolado ou em mistura com o herbicida 2,4-D no controle das espécies de plantas daninhas Senna obtusifolia, Alternanthera tenella, Bidens pilosa,

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Euphorbia heterophylla, Commelina benghalensis, Ipomoea grandifolia, Brachiaria decumbens, Cenchrus echinatus, Panicum maximum, Digitaria insularis, Digitaria horizontalis e Eleusine indica; e avaliar a seletividade dessas misturas para a cultura da soja. O experimento foi realizado em Rio Verde-GO, em Latossolo Vermelho-Distrófico sob sistema de plantio direto, utilizando-se a cultivar de soja EMGOPA 315. Os tratamentos utilizados foram: Gliz 480 SC (712 g ha-1 e.a.); Gliz 480 SC (1.068 g ha-1 e.a.); Roundup WG (712 g ha-1 e.a.); Roundup WG (1.068 g ha-1 e.a.); DMA 806BR (355 g ha-1 e.a.) + Gliz 480 SC (712 g ha-1 e.a.); DMA 806BR (355 g ha-1 e.a.) + Gliz 480 SC (1.068 g ha-1 e.a.); DMA 806BR (355 g ha-1 e.a.) + Roundup WG (712 g ha-1 e.a.); DMA 806BR (355 g ha-1 e.a.) + Roundup WG (1.068 g ha-1 e.a.); DMA 806BR (503 g ha-1 e.a.) + Gliz 480 SC (712 g ha-1 e.a.); DMA 806BR (503 g ha-1 e.a.) + Gliz 480 SC (1.068 g ha-1 e.a.); DMA 806BR (503 g ha-1 e.a.) + Roundup WG (712 g ha-1 e.a.); DMA 806BR (503 g ha-1 e.a.) + Roundup WG (1.068 g ha-1 e.a.); e testemunha infestada. Foram realizadas avaliações visuais de controle de plantas daninhas aos 15 e 30 dias após a aplicação dos produtos. Aos 7, 15 e 30 dias após a emergência da soja, além das avaliações de controle, também se avaliou a fitotoxicidade promovida pelos herbicidas à cultura. Em todas as plantas daninhas percebeu-se aparecimento de sintomas de injúrias mais rapidamente quando se adicionou ao glyphosate o herbicida 2,4-D, independente da formulação. O 2,4-D nas duas doses avaliadas proporcionou um incremento no controle de todas as plantas daninhas de folhas largas. Nenhum dos tratamentos causou qualquer sintoma visual de fitotoxicidade à cultura da soja. Palavras-chave: plantas daninhas, Glycine max, fitotoxicidade.

1.1.9. O USO DO MICROONDAS NO CONTROLE DO BANCO DE SEMENTES: UM ESTUDO PRELIMINAR

FIGUEIREDO*, P. R. A. de (Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR, [email protected]); PIMENTA, M. C. G. (–[email protected]); RODRIGUES, B. N. (IAPAR, [email protected]) A competição por nutrientes, água e radiação solar provocada pelas plantas invasoras causa grande prejuízo nas culturas de renda, muitas vezes a ponto de tornarem a colheita dessa cultura inviável. As formas tradicionais de controle das plantas daninhas apresentam restrições importantes, tanto no aspecto de sua eficácia quanto à ameaça ao meio ambiente.O controle químico tem apresentado crescente resistência por parte das plantas invasoras à sua ação, principalmente na área de plantio direto, onde a presença da palhada torna-se um obstáculo á ação do produto aplicado, formando uma espécie de cortina. Este trabalho é parte inicial de um projeto que tem como finalidade desenvolver um sistema para controle de plantas invasoras, através do processo de esterilização por radiação de microondas. As espécies estudadas foram Raphanus sativus (nabo forrageiro), Phaseolus vulgaris (feijão), Avena strigosa (aveia preta), Vicia sativa (ervilhaca comum) e Triticum durum (trigo). Apesar de não serem espécies de plantas invasoras, estas foram selecionadas por apresentarem diferenças marcantes quanto à geometria e ao tamanho de suas sementes, além de possuírem germinação bastante adequadas para as avaliações preliminares. Foram utilizadas sementes de R. sativus, em razão da boa germinação. Foram separadas 3.200 sementes de cada espécie no total, e divididas em grupo de 400 das quais 200 foram separadas para

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controle. Os tempos de exposição à radiação pré-determinados foram: 240 seg., 180 seg., 120 seg., 60 seg., 40 seg., 30 seg., 20 seg. e 10 seg. Como fonte geradora de microondas foi utilizado um forno de microondas de uso residencial da Marca LG modelo MS-115 ML. equipado com megatron que opera na freqüência de 2.450 MHz e potência 1.150 W, capacidade de 27 litros etc. que durante a realização dos experimentos foi operado na regulagem de 1.150 W de potência máxima. Os resultados mostraram que a ação das ondas foi diferente para cada tipo de semente, devido ao fator da quantidade de água presente nas sementes e da geometria de cada espécie. Para os tempos de exposição à radiação por microondas compreendidos entre um e quatro minutos a porcentagem de germinação foi próxima de zero. Quando se reduziu o tempo da exposição para uma faixa situada entre quarenta e dez segundos foi observada uma pequena variação na taxa de germinação nas diferentes espécies, mas ainda muito pequenas. Palavras-chave: Raphanus sativus, Phaseolus vulgaris, Avena strigosa, Vicia sativa, Triticum durum.

1.1.10. LEVANTAMENTO DE PLANTAS DANINHAS NA ENTRESSAFRA DO CULTIVO DE SOJA NA REGIÃO DE GUARAÍ-TO TERRA, M. A. * (Faculdade Guaraí, Guaraí - TO, [email protected]); ANSCHAU, A. (Faculdade Guaraí, Guaraí - TO, [email protected]); MARSON, K. A. (Faculdade Guaraí, Guaraí - TO, [email protected]). Conhecer as principais espécies de plantas daninhas da região é de grande valia para o seu manejo. Na região de Guaraí-TO, onde a agricultura encontra-se em fase inicial de desenvolvimento, ainda não há estudos sobre a comunidade infestante das culturas locais. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo o de determinar as principais plantas daninhas presentes em área de cultivo de soja, no período da entressafra, na região de Guaraí-TO. O trabalho foi conduzido na Fazendo Pensamento, uma área de cultivo comercial de soja, no Município de Guaraí, onde foi selecionado um talhão de 0,6 ha de cerrado recém desbravado, constituído de solo arenoso e infestação homogênea de plantas daninhas. Com o auxilio de um quadro de 0,25 x 0,25 m, que foi arremessado aleatoriamente por 48 vezes, em cinco épocas diferentes, sendo a primeira em março, após a colheita, e a última em outubro, antes da semeadura, determinou-se a comunidade infestante local. Para tal, em cada quadro lançado, identificaram-se, contaram-se e retiraram-se as plantas daninhas presentes. Em seguida, determinou-se as famílias e as freqüências Absoluta e Relativa de cada uma delas. Foram identificadas 10 famílias, sendo estas Amaranthaceae, Asteraceae, Convolvulaceae, Cyperaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Poaceae, Malvaceae, Portulacaceae e Rubiaceae, e algumas brotações do cerrado recentemente retirado. Entre as famílias, a da Poaceae, a da Convolvulaceae e a da Rubiaceae, apresentaram freqüência relativa média de 0,45, 0,20 e 0,10, respectivamente, com ocorrência em todas as épocas do levantamento. Com relação às espécies destacou-se a Digitaria sp, a Ipomoea sp, a Spermacoce latifolia e a Richardia brasiliensis. A espécie Amaranthus sp apresentou grande freqüência relativa na coleta realizada no mês de outubro, ao contrário das coletas anteriores. Este fato, provavelmente está associado às melhores condições para o seu desenvolvimento, proporcionada pelo início das chuvas.

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Palavras-Chaves: fitossociologia, Glycine Max, plantas daninhas.

1.1.11. UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS BIOQUÍMICOS COMO FERRAMENTA PARA DETECÇÃO DE DERIVA DE GLYPHOSATE EM PLANTAS CUTIVADAS. ALVES, E*. (UNESP, Registro - SP, [email protected]); VELINI, E.D. (FCA/UNESP, Botucatu - SP, [email protected]); CORRÊA, M.R. (FCA/UNESP, Botucatu - SP, [email protected]); QUEIROZ, C.A.S. (Duratex, Botucatu - SP, [email protected]); CORRÊA, T.M. (FCA/UNESP, Botucatu – SP, [email protected]) O glyphosate é um inibidor da enzima EPSPs que é codificada no núcleo e desempenha sua função no cloroplasto, catalisando a ligação dos compostos chiquimato-3-fosfato e fosfoenolpiruvato produzindo o enolpiruvilchiquimato-3-fosfato e fosfato inorgânico. A inibição da EPSPs pelo glyphosate leva ao acúmulo de altos níveis de chiquimato nos vacúolos o que é exacerbado pela perda de controle de realimentação e pelo fluxo desregulado de carbono na rota. Para verificar o acúmulo de chiquimato em tecidos de plantas cultivadas atingidas pelo glyphosate, instalaram-se experimentos no Núcleo de Pesquisas Avançadas em Matologia (NUPAM), da Faculdade de Ciências Agronômicas, UNESP/Botucatu, utilizando-se mudas de eucalipto, café e laranja cultivadas em casa de vegetação. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, com cinco doses de glyphosate: 0; 3,6; 7,2; 36 e 72 g e.a.ha-1 aplicadas diretamente sobre as plantas e em cinco repetições. Para a análise do acúmulo de chiquimato, coletou-se tecido da parte aérea das plantas de cada repetição, sendo em seguida macerados em almofariz com solução tampão HCl e o extrato centrifugado a 6.000 g, coletando-se o sobrenadante. Alíquotas do sobrenadante foram coletadas e reagidas com a adição de ácido periódico, hidróxido de sódio e glicina, com posterior determinação feita em espectrofotômetro a 380 nm. Verificou-se o acúmulo de chiquimato nos tecidos vegetais tratados com glyphosate, sendo que a concentração variou entre 14,08 e 77,55 µg.g-1 fresco em eucalipto 21,00 a 61,55 µg.g-1 em café e 15,23 a 125,33 µg.g-1 em citros. O composto orgânico não foi encontrado em tecidos de plantas sem tratamento com o herbicida. Palavras-chave: mecanismo de ação, metabolismo, enzima, deriva.

1.1.12. EFICÁCIA DO HERBICIDA METRIBUZIN APLICADO EM PALHA DE MILHETO COM DIFERENTES PERÍODOS SEM CHUVA APÓS A APLICAÇÃO GODOY, M.C.* FCA/UNESP, Botucatu - SP, [email protected]), CARBONARI, C.A*. (FCA/UNESP, Botucatu - SP, [email protected]), MESCHEDE, D.K. (FCA/UNESP, Botucatu - SP, [email protected]), CORREA, M.R. (FCA/UNESP, Botucatu - SP, [email protected]), VELINI, E.D. (FCA/UNESP, Botucatu – SP, [email protected]). O presente trabalho teve por objetivo avaliar a eficácia do herbicida metribuzin aplicado sobre a palha de milheto e seguido de diferentes períodos sem ocorrência de chuvas simuladas (30 mm). O experimento foi conduzido em vasos em casa-de-vegetação,

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pertencente ao NUPAM (FCA/UNESP – Botucatu – SP). Os vasos foram preenchidos com solo e as plantas daninhas (Ipomoea grandifolia e Sida Rhombifolia) foram semeadas superficialmente e em seguida cobertas com palha de milheto (8 t ha-1). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com quatro repetições. A dose de metribuzin estudada foi de 480 g i.a. ha-1. Os tratamentos estudados foram diferentes períodos sem chuva após a aplicação do produto, sendo eles: 0, 7, 14, 21 e 28 dias, além de testemunha sem aplicação do herbicida. A aplicação dos tratamentos foi realizada em utilizando-se um pulverizador estacionário com pontas do tipo teejet XR 110.02 e regulado para um gasto de volume de calda equivalente a 200 L ha-1. Foram realizadas avaliações visuais de controle (0 a 100%) e contagem das plantas daninhas aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias após a aplicação (DAA) e biomassa seca ao final do estudo. Para I. grandifolia, pode-se observar um excelente controle para os períodos sem chuva de até 7 dias após a aplicação (>96%). Para o período de 14 dias observou-se 79% de controle e para os períodos acima de 21 dias foram observados resultados insatisfatórios de controle. Para S. rhombifolia foi observado um excelente controle para os períodos até 14 dias sem ocorrência de chuvas, ainda aos 21 dias observou-se um controle satisfatório. Para o período de 28 dias não se obteve um controle satisfatório. Palavras-chave: palha, milheto, chuva, metribuzin.

1.1.13. IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE CAPIM-COLCHÃO (Digitaria spp) PRESENTES EM ÁREAS CULTIVADAS COM CANA-DE-AÇÚCAR DIAS, A.C.R.* (ESALQ/USP, Piracicaba - SP, [email protected]); NICOLAI, M. (ESALQ/USP, Piracicaba - SP, [email protected]); CARVALHO, S.J.P. (ESALQ/USP, Piracicaba - SP, [email protected]); RIBEIRO, D.N., (ESALQ/USP, Piracicaba - SP, [email protected]); CHRISTOFFOLETI, P.J. (ESALQ/USP, Piracicaba - SP, [email protected]).

As espécies pertencentes ao gênero Digitaria, também conhecidas pelo nome popular de capim-colchão, são plantas daninhas comuns às lavouras brasileiras de cana-de-açúcar. O gênero Digitaria inclui cerca de 300 espécies, distribuídas em regiões tropicais e subtropicais dos hemisférios norte e sul do globo terrestre. Quatorze delas são encontradas no Estado de São Paulo, contudo a identificação visual das espécies predominantes a campo não é simples, já que a diferenciação é fundamentada em pequenos detalhes morfológicos, quase imperceptíveis. Algumas das espécies de capim-colchão, como a D. nuda, por exemplo, apresentam maior nível de tolerância a determinados herbicidas, o que tem favorecido a seleção destas espécies nos canaviais, com conseqüente falha de controle e perda de produção. Com o objetivo de identificar e caracterizar as diferentes espécies de capim-colchão, elucidando a tomada de decisão a campo para a aplicação de herbicidas, foram realizados trabalhos envolvendo as principais espécies do gênero Digitaria que infestam áreas cultivadas com cana-de-açúcar na região de Piracicaba - SP. Em áreas comerciais com histórico de falhas no controle do capim-colchão foram coletadas amostras de panículas de inflorescências de quatro diferentes espécies: D. ciliaris, D. horizontalis, D. nuda e D. bicornis. Estas amostras foram observadas com auxílio de lupas de aumento de dez vezes, a fim de se comprovar a presença de certas estruturas, como glumas, pêlos e rácemos, que caracterizam cada uma das espécies citadas. Dentre as amostras

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identificadas, aquelas com os detalhes morfológicos mais características de cada espécie foram fotografadas, gerando uma seqüência de fotos que servirá como referência didática para identificação das diferentes espécies a campo, a ser utilizada pelo corpo técnico de usinas ou produtores. Palavras-chave: Digitaria spp, identificação, cana-de-açúcar, manejo.

1,1.14. INCIDÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS EM FUNÇÃO DE MANEJO COM COBERTURA DE POLIETILENO PRETO E COM CAPINA. FREITAS, S. de P.* (UENF, Campos dos Goytacazes – RJ, [email protected]); LEMOS, G.C.S. (UENF, Campos dos Goytacazes – RJ,); ESTEVES, B.S. (UENF, Campos dos Goytacazes – RJ); LOUSADA, L.L. (UENF, Campos dos Goytacazes – RJ); GIRO, V.B. (UENF, Campos dos Goytacazes – RJ) O manejo direto de plantas daninhas visa a redução da competição destas com a cultura (herbicidas, ação mecânica ou manual e ação biológica) enquanto o indireto prioriza aspectos relacionados ao solo (relação sementes ativas e inativas), à cultura (arquitetura da planta e combinação de tratos culturais, entre outros) ou a diversificação de cultura (sucessão ou rotação). Em todas as situações, é importante conhecer a sucessão de espécies infestantes para o planejamento do manejo adequado. Considerando que a aplicação de polietileno preto sobre o solo reduz a incidência da plantas daninhas (inibição da germinação e ou do desenvolvimento das plântulas), além de reduzir a necessidade de capina na área de cultivo, este trabalho visou avaliar a reincidência vegetal após aplicação de polietileno preto comparada à capina em canteiros sob manejo orgânico. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado, com três repetições dos tratamentos que consistiram na aplicação de polietileno preto, em parcelas de 1,80 m2, diretamente sobre a vegetação local por períodos de 120 (L120), 150 (L150) e 180 (L180) dias. Na mesma época de retirada dos filmes plásticos, procedeu-se à capina em parcelas equivalentes àquelas que receberam polietileno preto (C120; C150 e C180), monitorando-se a incidência de espécies aos 30 e 60 dias após a realização dos tratamentos. O número de espécies foi maior nas áreas capinadas e aos sessenta dias em todos os tratamentos. Na época de máxima temperatura (25 ºC) e precipitação (309 mm), observou-se o número máximo (11) de espécies (C180 – 60 dias) e máxima altura da vegetação de 14 (L180) e de 16,3 cm (C180) aos 30 dias e de 102 (L180) e 76 cm (C180) aos 60 dias. Observou-se o contrário nas condições de menor precipitação (10,6 mm) e temperatura (22 ºC), pois a altura da vegetação nos tratamentos com capina foi duas vezes superior a dos tratamentos com polietileno, nas duas épocas de observação (30 e 60 dias). A tiririca (Cyperus rotundus L.) foi a única espécie com incidência em todos os tratamentos, e apresentou maior densidade relativa, seguida pelo capim camalote (Rottboellia exaltata L.). Palavras-chaves: manejo, capina, cobertura morta, controle.

1.1.15. RESISTÊNCIA CRUZADA DE Digitaria ciliaris AOS HERBICIDAS INIBIDORES DA ACCase (FLUAZIFOP-P-BUTYL E SETHOXYDIM) NA CULTURA DA SOJA

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MELO, M.S.C.* (ESALQ/USP, Piracicaba – SP, [email protected]); CARVALHO, S.J.P. (ESALQ/USP, Piracicaba – SP, [email protected]); NICOLAI, M. (ESALQ/USP, Piracicaba – SP, [email protected]); MOREIRA, M.S. (ESALQ/USP, Piracicaba – SP, [email protected]); LÓPEZ-OVEJERO, R.F. (BASF, Ponta Grossa – PR, [email protected]); CHRISTOFFOLETI, P.J. (ESALQ/USP, Piracicaba – SP, [email protected])

O capim-colchão (D. ciliaris) é uma das principais plantas daninhas encontradas na cultura da soja. Porém, recentemente, a problemática envolvendo esta planta daninha foi agravada, uma vez que foram relatados alguns casos de biótipos resistentes aos herbicidas inibidores da ACCase. Assim, este experimento teve por objetivo caracterizar a resistência do capim-colchão (D. ciliaris) aos grupos químicos de herbicidas inibidores da ACCase (ariloxifenoxipropionatos e ciclohexanodionas). Para tanto, foram testados dois biótipos de capim-colchão: um suscetível e outro com suspeita de resistência aos inibidores da ACCase. As parcelas experimentais constaram de vasos plásticos de 0,5 L, preenchidos com substrato comercial devidamente adubado, e quatro plantas de capim-colchão. No estádio de 3-4 folhas, realizou-se a aplicação dos tratamentos herbicidas: sethoxydim (D = 230 g ha-1) e fluazifop-p-butyl (D = 187,5 g ha-1). Foram utilizadas seis doses: 16D, 4D, 1D, 1/4D, 1/16D e ausência de produto; onde D é a dose recomendada de cada herbicida. Avaliou-se o controle percentual e a massa seca das parcelas aos 28 dias após a aplicação. Para a análise dos dados, aplicou-se o teste F sobre a análise da variância, seguido de regressão não-linear do tipo log-logística. Com os dados obtidos, observou-se que, para a obtenção de controles de 50% (GR50), o biótipo com suspeita de resistência aos herbicidas inibidores da ACCase exigiu doses de fluzifop-p-butyl 16 vezes maiores que a dose necessária para controlar a população suscetível. Para o herbicida sethoxydim a diferença foi ainda maior, superior a 150 vezes. Assim sendo, o biótipo de capim-colchão testado neste experimento apresentou resistência cruzada aos herbicidas inibidores da ACCase do grupo das ciclohexanodionas (sethoxydim) e ariloxifenoxipropionatos (fluazifop-p-butyl). Palavras-chave: ACCase, resistência, capim-colchão, dose-resposta.

1.1.16. INFLUÊNCIA DE DIFERENTES PERÍODOS DE SECA NA EFICÁCIA DO HERBICIDA IMAZAPIC SOBRE Ipomoea grandifolia E Euphorbia heterophylla

CARVALHO, S.J.P. (ESALQ/USP, Piracicaba – SP, [email protected]); MELO, M.S.C.* (ESALQ/USP, Piracicaba – SP, [email protected]); NICOLAI, M. (ESALQ/USP, Piracicaba – SP, [email protected]); LÓPEZ-OVEJERO, R.F. (BASF, Ponta Grossa – PR, [email protected]); MEDEIROS, D. (BASF, Piracicaba – SP, [email protected]); CHRISTOFFOLETI, P.J. (ESALQ/USP, Piracicaba – SP, [email protected])

Atualmente, o principal método de controle de plantas daninhas é o químico, por meio de herbicidas. Porém, particularmente na cultura da cana-de-açúcar, o período que o herbicida permanece no solo com efetivo controle de plantas daninhas é de grande importância, principalmente durante os meses de seca. Neste sentido, o presente experimento teve por objetivo quantificar a influência de diferentes períodos de seca

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sobre a eficácia do herbicida imazapic no controle da corda-de-viola (Ipomoea grandifolia) e do amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla), quando aplicado sobre solo exposto ou coberto com palhada de cana-de-açúcar. O trabalho foi conduzido em casa-de-vegetação do Departamento de Produção Vegetal da ESALQ/USP, sendo que cada parcela constou de vasos plásticos com capacidade para 5 L, preenchidos com solo argiloso e sementes das plantas daninhas. O experimento teve delineamento experimental do tipo blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram conseqüência da combinação entre quatro períodos de seca (0, 30, 60 e 90 dias) e três doses de imazapic (0, 133 e 147 g i.a. ha-1). Todo o experimento foi repetido para a condição de solo descoberto ou coberto com quantidade equivalente a 12 t ha-1 de palha de cana-de-açúcar. Com a realização deste trabalho, conclui-se que: os valores de controle percentual apresentados pelo imazapic decaíram apenas cerca de 5 a 10% em função do aumento do período de seca de 0 para 90 dias; a correta escolha da dose a ser administrada é um passo fundamental para assegurar a eficácia do produto aplicado; o herbicida imazapic apresentou-se como uma boa opção para o manejo de plantas daninhas em condição de longos períodos de seca. Palavras-chave: seca, residual, imazapic, cana-de-açúcar.

1.1.17. EFEITOS DE ÉPOCAS DE SEMEADURA DO CAPIM-BRAQUIÁRIA NO CONSÓRCIO COM A CULTURA DE MILHO SOBRE A INCIDÊNCIA DE Sida rhombifolia FITTIPALDI*, W.L.S.L.; OLIVEIRA, P.S.R.; OLIVEIRA JÚNIOR, P.R.; GUALBERTO, R.; SOUZA, L.S.; DURÃES, J.E.P. (FCA/UNIMAR, Marília-SP) ([email protected]) A integração lavoura pecuária representa uma alternativa na recuperação ou renovação de uma pastagem, pois ao final de um ciclo de agricultura a pastagem já poderá estar presente na área aproveitando os resíduos, representando vantagens técnica e econômica, entretanto semeada precocemente poderá exercer grande competição reduzindo a produtividade da lavoura. A semeadura direta aliada à cobertura do solo pelas forrageiras na integração lavoura-pecuária tem se consolidado como uma tecnologia para a conservação do solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar em quatro épocas distintas (na semeadura do milho, com duas, quatro e seis folhas completamente abertas) em dois tipos de sistemas de cultivo (direto e convencional), sobre a incidência de guanxuma (Sida rhombifolia L). O experimento foi conduzido em pastagem degradada da Fazenda Santa Filomena, município de Ocauçu – SP, em Latossolo Vermelho Amarelo. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com parcelas subdivididas e quatro repetições. A braquiária foi semeada em duas linhas entre as linhas do milho na quantidade correspondente a 3 kg de sementes puras viáveis. Foram avaliadas a produtividade de grãos, densidade de plantas (braquiária e daninhas) bem como o acúmulo de massa seca. O preparo convencional proporcionou maior produtividade de grãos mesmo com maior incidência e acúmulo de massa seca de guanxuma. A semeadura tardia da braquiária prejudicou seu estabelecimento sem influenciar o acúmulo de massa seca, facilitando o estabelecimento da guanxuma. Palavras-chave: épocas de semeadura, guanxuma, braquiária, milho, consorciação.

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1.2. RESUMOS EXPANDIDOS DE TRABALHOS APRESENTADOS NO XXV

CONGRESSO BRASILEIRO DA CIENCIA DAS PLANTAS DANINHAS.

1.2.1. COMUNIDADES DE MALEZAS ASOCIADAS A LOS SISTEMAS DE SIEMBRA DIRECTA EN URUGUAY RIOS, A.* (INIA - Uruguay, [email protected]); FERNANDEZ, G. (Facultad de Agronomía de la UDELAR, [email protected]); COLLARES L; GARCIA, A. (INIA - Uruguay, [email protected]) RESUMEN: En Uruguay, los establecimientos con tradición en sistemas de producción bajo siembra directa, han experimentado en este último quinquenio, un proceso de agriculturización creciente asociado a la siembra de soja transgénica. En esta situación, la inversión de la flora de malezas puede ser un problema a corto plazo existiendo además, el riesgo de la aparición de biotipos de malezas resistentes a herbicidas, principalmente glifosato, lo cual puede condicionar marcadamente tanto la productividad como la ecuación económica de los cultivos. A efectos de conocer y caracterizar eventuales cambios en las comunidades de malezas asociadas a los sistemas de siembra directa en el país, se realizó un relevamiento fotográfico a nivel de chacras en el área agrícola litoral, cuyos resultados se presentan en este trabajo. El total de chacras relevadas resultó de 135 en invierno y 62 en verano, habiéndose seleccionado todas aquellas dentro de la región con historia de siembra directa y de las que se tuviera información registrada de rotación de cultivos, años sin laboreos, frecuencia de las aplicaciones y cantidad de glifosato utilizado. A partir de las fotos se identificaron las especies presentes y se cuantificó el número de individuos por especie, determinándose posteriormente presencia y frecuencia. El tiempo promedio de las chacras bajo sistema de siembra directa fue de 4.5 años, siendo el mínimo de un año y el máximo de diez años. El total de glifosato utilizado por hectárea en el periodo de siembra directa para cada chacra resultó en un valor promedio de 30.8 litros y para el total por hectárea-año de 6.8 litros, con un mínimo valor de tres y un máximo de 19 litros. El número total de especies relevadas por chacra en invierno fue de 85, con un mínimo de tres especies y un máximo de 42 resultando la especie con mayor presencia Lolium multiflorum Lam. En el relevamiento de verano el número total de especies fue de 74, con un mínimo de cuatro especies y un máximo de 18, siendo la especie con mayor presencia Digitaria sanguinalis. Los datos de presencia y frecuencia de especies en las chacras evaluadas no indicaron tendencias claras de asociación con la información registrada de las mismas, lo cual podría estar determinada por la propia variabilidad de los datos, o bien ser el resultado de una baja asociación entre las variables estudiadas. Palabras clave: comunidad de malezas, cero laboreo, relevamiento, DIGSA, LOLMU

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WEED COMMUNITIES ASSOCIATED TO THE NO TILLAGE SYSTEMS IN URUGUAY

ABSTRACT: In Uruguay, the establishments with tradition in no-till production systems, have experienced in this last five year period, a development process of agriculture associated to the transgenic soybean crops. In this situation, the modifications of the weed dynamics can be a short term problem also existing, the risk of the appearance of resistant weed biotypes to herbicides, mainly "glyphosate", which could compromise the productivity as the economic equation of the cultivations. To effects of recognize and to characterize eventual changes in the weed communities associated to the no-till systems in the country, was carried out a photographic fallow report in the traditional agricultural area wich results are presented in this work. A total of 135 fallows in winter and 62 in summer were analyzed, being selected all those inside the region with no-till history and those that counted whith rotate culture information, years without tillage, frequency of the applications and quantity of "glyphosate" used. Starting from the pictures the species were identified and the number of individuals was quantified by species, being determined presence and frequency. The average time for the no-till fallows was 4,5 years, being the minimum of one year and ten year-old maximum. The total "glyphosate" used by hectare in the no-till period for each fallow was in average, 30.8 liters and for the total for hectare-year of 6.8 liters, with a minimum value of three and a maximum of 19 liters. It were found 86 species by fallow for the winter, with a minimum of three species and a maximum of 42, being the species with more presence Lolium multiflorum. In the summer, the total number of species was 74, in a range that was betwen four and 18 species, being Digitaria Sanguinalis the species with more presence. The species frequency and presence data found, didn't indicate clear tendencies of association. The association absence could be determined by the own variability of the data, or to be the strict result of a low association between the studied variables. Key words: weeds community, no tillage, survey, DIGSA, LOLMU

INTRODUCCIÓN

En Uruguay la siembra directa comenzó su expansión a inicio de la década del

90 y se encuentra actualmente ampliamente difundida, principalmente, en el litoral agrícola del país.

Los sistemas de producción implementados por los productores, han sido tradicionalmente agrícolas pastoriles, donde la etapa de cultivos ocupa un año y medio a dos años, y la etapa forrajera dos a cuatro años. Los herbicidas se aplican sistemáticamente en los cultivos y durante el período de barbecho y sólo son usados esporádicamente en la etapa de pasturas.

En los sistemas de siembra directa las aplicaciones de herbicida para el control y el mantenimiento de barbechos limpios hacen al éxito de esta tecnología, ya que la eliminación de la vegetación es imprescindible para obtener adecuadas implantaciones y el crecimiento de los cultivos. El herbicida se constituye así, en una herramienta única y fundamental para el productor determinando la viabilidad del sistema

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En este último quinquenio ha habido un proceso de agriculturización creciente asociado a la siembra de soja transgénica, cuya área de siembra prácticamente se multiplico por 10 entre las zafras 2001/02 y 2004/05.

En esta situación la inversión de la flora de malezas puede ser un problema a corto plazo. A mediano plazo, el riesgo de la aparición de biotipos de malezas resistentes a herbicidas, principalmente glifosato, es alto y puede condicionar tanto la productividad como la ecuación económica de los cultivos.

Como objetivos específicos se establecieron: relevar las comunidades de malezas y detectar posibles biotipos resistentes a herbicidas mediante la prospección sistemática de chacras con historia de siembra directa; comprobar y cuantificar la resistencia de posibles biotipos mediante técnicas de campo, laboratorio e invernáculo, determinar y validar las prácticas agronómicas más adecuadas para la prevención y control de los biotipos resistentes y difundir las principales prácticas que el productor debe considerar para prevenir la ocurrencia de resistencia.

En este contexto, se inició un relevamiento fotográfico de las poblaciones de malezas en el área agrícola litoral de Uruguay bajo siembra directa que permitiera conocer las comunidades asociadas a estos sistemas así como diagnosticar eventuales procesos de inversión de flora o cambios en la diversidad de las comunidades florísticas. Aquí se presentan los resultados de este primer estudio.

MATERIALES Y MÉTODOS

El trabajo de relevamiento de las comunidades florísticas presentes en las chacras se realizó en forma conjunta con distintas Instituciones y Empresas Agropecuarias que apoyaron este Proyecto, Con ellas se procedió a la selección de las chacras para relevar en el Litoral agrícola del país donde históricamente se concentra el mayor número de establecimientos que han adoptado la tecnología de siembra directa.

Se seleccionaron para su evaluación, todas aquellas chacras que estuvieran en régimen de cero laboreo y de las que se pudiera disponer de información relativa a la rotación de cultivos utilizada, años sin laboreos, frecuencia de las aplicaciones y cantidad de glifosato utilizado. De esta selección resultaron 135 y 62 chacras relevadas en invierno y primavera respectivamente, totalizando un área de 6791 hectáreas.

El relevamiento se realizó en los meses de mayo-junio, y noviembre-diciembre de 2005 tomándose fotografías, de cuadros de 50 x 50 cm, a intervalos regulares, siguiendo una transecta, las cuales fueron georeferenciadas a efecto de estudiar la evolución del enmalezamiento en años posteriores.

En las fotografías se identificaron las especies presentes y se cuantificó el número de individuos de las distintas poblaciones que integraban la comunidad de malezas de cada chacra. Con esta información se calcularon para todas las especies de malezas las siguientes variables:

Presencia = n° de chacras en que se encuentra la especie/número total de chacras, por 100.

Frecuencia = n° de fotos en que se encuentra la especie/número de fotos tomadas en la chacra, por 100.

Para el estudio de posibles asociaciones entre estas variables y los factores de variación registrados en la información relevada se utilizaron técnicas de agrupamiento

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como Cluster Análisis y de ordenación por Componentes. Las relaciones fueron estudiadas a cinco niveles taxonómicos: especies, familias, y tres definiciones de grupos.

RESULTADOS Caracterización del área evaluada

El tiempo promedio bajo sistema de siembra directa, estimado para estas chacras fue de 4,5 años, siendo el mínimo de un año y el máximo de diez años. El total de glifosato utilizado por hectárea en el periodo de siembra directa para cada chacra resultó en un valor promedio de 30.8 litros y para el total por hectárea-año de 6.8 litros, con un mínimo valor de tres y el máximo de 19 litros.

La presencia de enmalezamientos de difícil control así como de soja resistente a glifosato en la rotación puede ser la razón de la mayor utilización de este herbicida en algunas chacras (Figura 1) y estarían explicando parte de la variabilidad en el área relevada.

0

2

4

6

8

10

12

Soja Maíz Girasol Sorgo

Glif

osa

to (

L.h

a-1)

Figura 1. Total de glifosato utilizado por chacra en cultivos

de verano en la zafra 2004-05 en el área evaluada.

Caracterización de las comunidades de malezas en el área

El número total de especies relevadas en invierno fue de 85, dejando en relevancia una riqueza general importante para el área estudiada (Cuadro 1). A nivel de chacra individual, se constató una amplia variación en este indicador como era previsible considerando la variabilidad de ambientes evaluados, y fluctuó desde un mínimo de 3 especies hasta un máximo de 42.

Estas 85 malezas pertenecen a 27 familias, siendo la familia de las Asteraceae la más representada con 18 especies, seguida de Gramineae y Umbelliferae con 10 y 6 especies respectivamente.

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Tal como se desprende del Cuadro 1, la especie con mayor presencia en las chacras fue Lolium multiflorum, (76,6 %) lo cual era dable esperar. Esta gramínea anual invernal es muy utilizada durante la etapa pastoril en las rotaciones con cultivos en el país. Se caracteriza por una fácil resiembra resultado de su abundante producción de semilla, alto poder germinativo y muy buena implantación en superficie. Estas características le permiten generar flujos de germinación escalonados, secuenciales entre aplicaciones de glifosato y cooperan en su adaptabilidad a los ambientes generados por la siembra directa.

Con una presencia algo menor, pero importante también (42,2 %), aparece otra gramínea Digitaria sanguinalis, especie anual estival con muy buena adaptación a los sistemas conservacionistas según Tuesca y Puricelli (2001).

La familia Gramineae como se mencionara resultó la segunda familia en importancia y aunque no es posible aseverar que haya aumentado su presencia por efectos de la adopción de la siembra directa siendo que no se cuenta con referencias anteriores, existe abundante evidencia relativa al incremento de su contribución en los enmalezamientos en cultivos sin laboreo. En Argentina este diagnóstico es reportado por Tuesca y Puricelli (2001) como uno de los principales problemas que enfrentan los productores pampeanos que han adoptado este sistema.

En lo que respecta a las latifoliadas las familias con mayor representación fueron Asteraceae, Umbelliferae, Caryophyllaceae y Solanaceae.

Asteraceae estuvo representada por 18 especies, todas ellas de diseminación anemófila, hecho que es coincidente con numerosas referencias que señalan el aumento de las especies que utilizan al viento como método de dispersión de sus semillas, en los sistemas conservacionistas. La barrera formada por los restos de cultivo generaría un efecto de “peinado”, reteniendo las semillas de dispersión anemófila, además de proveer sitios seguros para su germinación (Tuesca y Puricelli, 2001). Dentro de esta familia las representantes con mayor presencia son Conyza bonariensis y Conyza chilensis, (73,3 %), Cirsium vulgare (57 %), y Carduus nutans, (49,6 %).

En cuanto a la familia Caryophyllaceae cabe destacar que si bien se ubicó en el cuarto lugar, tres de las especies representadas, Silene gallica, Stelaria media y Cerastium glomeratum tienen una muy alta presencia en el área muestreada.

Otra especie que aparece con una alta presencia es Trifolium repens. Es una situación similar a la diagnosticada para L. multiflorum, siendo que ambas especies son integrantes sistemáticos de las mezclas forrajeras que se siembran en los predios. Esta leguminosa tiene un período muy amplio de floración, prácticamente todo el período primaveral y siendo muy procurada por las abejas se asegura la polinización, y así el retorno de semillas al suelo. Además de su buena capacidad de resiembra, sus plantas persisten por su alta tolerancia a glifosato sobre todo en su fase reproductiva (Papa, 2003). Puriccelli et al. (2005) reportan que esta especie no pudo ser controlada en su fase vegetativa ni en la reproductiva, aún a dosis altas de 2400 g ia/ha.

Además de esta leguminosa, se observan en la lista con relativa importancia otras especies tolerantes a dosis corrientes de uso de glifosato, entre las que se destacan Sida rhombifolia y Cyperus sp.

Asimismo en consideración de los valores de presencia relevados, resultan destacables especies como Tragia volubilis, Verbena montevidensis y Polycarpon tetraphyllum, de las que no se encontraron referencias previas de presencia en campos de cultivos en el país.

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Cuadro 1. Listado de las malezas relevadas en el invierno de 2005, presencia y frecuencia en el total de las chacras evaluadas.

NOMBRE CIENTÍFICO

PRESENCIA (%)

FRECUENCIA (%)

NOMBRE CIENTÍFICO

PRESENCIA (%)

FRECUENCIA (%)

Lolium multiflorum 76 8,60 Eringium horridum 15 0,67

Conyza sp. 73 5,65 Centaurium pulchellum

13 0,53

Silene gallica 71 5,37 Senecio madagascariensis

13 0,53

Stellaria media 65 5,43 Oxalis sp. 13 0,53 Anagallis arvensis 61 3,43 Ammi visnaga 13 0,23 Cirsium vulgare 57 2,41 Geranium molle 13 0,34 Trifolium repens 56 3,99 Oenothera sp. 13 0,24 Cerastium glomeratum

54 3,51 Elatine sp. 12 0,28

Dichondra michrocalix

53 4,03 Lamium amplexicaule

12 0,41

Anagallis mínima 50 3,14 Capsella bursa pastoris

11 0,13

Cardus nutans 50 1,96 Facelis retusa 10 0,17

Sida rhombifolia 49 3,91 Lepidium bonariensis 10 0,22

Coronopus dydimus 47 1,97 Physalis angulata 10 0,27 Sonchus oleraceus 46 1,50 Plantago coronopus 10 0,22

Digitaria sanguinalis 42 4,35 Richardia brasiliensis 10 0,51

Solanum sysimbrifolium

42 2,29 Polygonum aviculare 10 0,27

Apium leptophyllum 40 1,27 Senecio grisebachi 10 0,15 Cyperus sp. 39 1,87 Urtica urens 10 0,27

Gamochaeta sp. 39 1,41 Chaptalia arechavaletae

7 0,15

Anthemis cotula 39 1,52 Convolvulus arvensis

7 0,14

Ammi majus 38 2,22 Spergula arvensis 7 0,30 Bowlesia incana 33 1,51 Euphorbia sp. 6 0,21 Tragia volubilis 33 0,63 Poa annua 6 0,22 Verbena montevidensis

32 1,57 Setaria geniculata 6 0,21

Echium plantagineum 30 1,14 Bidens pilosa 5 0,38

Verónica peregrina 29 1,35 Pfaffia sp. 5 0,17 Avena sp. 28 0,85 Galinsoga parviflora 4 0,08 Cynodon dactylon 27 1,06 Pitochaetium sp. 4 0,06 Polycarpon tetraphyllum 27 0,81 Rhynchosia sp. 4 0,07

Amaranthus quitensis

27 1,50 Fumaria officinalis 3 0,15

Rumex longifolius 27 2,07 Solanum nigrum 3 0,07

Lotus corniculatus 27 0,49 Chenopodium ambrosoides

2 0,05

Alternanthera piloxeroides

25 1,15 Paspalum dilatatum 2 0,03

Relbunium richardianum

24 0,68 Cichorium intybus 1 0,02

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Solanum comersonii 24 0,75 Datura ferox 1 0,04 Rumex crispus 21 0,63 Verbena sp. 1 0,08 Ambrosia tenuifolia 21 0,93 Aspilia sp. 1 0,01

Echinocloa sp. 21 0,81 Hydrocotyle bonariensis 1 0,01

Stachis arvensis 20 0,93 Ipomoea grandifolia 1 0,03 Portulaca olerácea 19 0,49 Picris echioides 1 0,01 Raphanus sp. 19 0,76 Soliva anthemifolia 1 0,02 Hypochoeris sp. 18 0,82 Xanthium spinosum 1 0,01 Verónica pérsica 17 0,67

En el relevamiento de primavera el número total de especies fue de 74, con un

mínimo de 4 especies y un máximo de 18, siendo la especie con mayor presencia Digitaria sanguinalis (72 %) (Cuadro 2). Otra gramínea estival con importante presencia en las chacras fue la Echinochloa sp. (41 %).

Asteraceae fue la familia representada por el mayor numero de especies (10 en total). Dentro de ella se destacaron con importante presencia especies como, Bidens pilosa (23 %), Conyza bonariensis (21 %), Cardus nutans (21 %), Ambrosia tenuifolia, Cirsium vulgare, Senecio madagascariensis, estas ultimas con un 15 % de presencia en las chacras.

Gramineae, vuelve a ser la segunda familia en importancia en cuanto a numero de especies se refiere, con 9 especies relevadas; reafirmando el comportamiento mostrado por este grupo en este tipo de sistemas de producción, igual que se comentara en relación a los enmalezamientos invernales.

Sida rhombifolia con 54 % (Malvaceae) y Cyperus sp. con 49 %(Cyperaceae), se encontraron en segundo y tercer lugar respectivamente, en orden de importancia, en cuanto a su presencia. Esta última poniendo de manifiesto su alta tolerancia a las aplicaciones de glifosato.

Las umbeliferas (Apiaceae) fueron el tercer grupo en importancia, encontrándose 6 especies. Entre ellas, (Eringium horridum,) fue la especia mas observada, estando presente en el 21 % de las chacras relevadas. En presencia considerable, podríamos mencionar al genero Ammi, determinándose 10 % de presencia para A. majus y A. visnaga.

De la familia Leguminosae, dos especies con un alto porcentaje de presencia, muy utilizadas durante la fase de pasturas en nuestro país y de reconocida tolerancia al glifosato, fueron el Trifolium repens (44 %) y el Lotus corniculatus (28 %).

CONSIDERACIONES FINALES

� En el relevamiento realizado se diagnosticó que las comunidades de malezas se caracterizaron por la riqueza de especies presentes, a pesar de los años de cultivos sucesivos y la aplicación sistemática de glifosato. � Los datos de presencia y frecuencia de especies en las chacras evaluadas no indicaron tendencias claras de asociación con la información registrada de las mismas, lo cual pudo estar determinado por la variabilidad de los datos, o ser propiamente el resultado de una baja asociación entre las variables estudiadas.

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Cuadro 2. Listado de las principales malezas relevadas en el primavera de 2005, presencia (%) y frecuencia (%) en el total de las chacras evaluadas.

NOMBRE CIENTÍFICO

PRES. (%)

FREC. (%)

NOMBRE CIENTÍFICO

PRES. (%)

FREC. (%)

Digitaria sanguinalis 72 25,73 Polygonum aviculare 10 0,86 Sida rhombifolia 54 12,52 Lolium multiflorum 10 2,23 Cyperus sp. 49 10,12 Ammi visnaga 8 1,03 Centaurium pulchellum 46 15,95 Geranium molle 8 0,69 Trifolium repens 44 10,63 Cynodon dactylon 8 1,37 Echinocloa sp. 41 10,46 Lamium amplexicaule 8 0,86 Tragia volubilis 41 5,66 Modiola caroliniana 8 0,51 Amaranthus quitensis 41 4,80

Polycarpon tetraphyllum 8 1,03

Dichondra michrocalix 31 7,38 Raphanus sp. 8 2,23

Portulaca olerácea 31 7,89 Alternanthera piloxeroides 5 0,34

Anagallis arvensis 28 6,00 Apium leptophyllum 5 0,34 Stellaria media 28 7,55 Anthemis cotula 5 0,34

Lotus corniculatus 28 5,49 Oxypetalum solanoides 5 0,34

Solanum sysimbrifolium 26 2,92 Setaria geniculata 5 0,34 Bidens pilosa 23 3,95 Stachis arvensis 5 0,34 Conyza bonariensis 23 5,49 Xanthium spinosum 5 0,69 Eringium horridum 21 1,72 Bowlesia incana 3 0,34 Carduus nutans 21 2,23 Silene gallica 3 0,34 Richardia brasiliensis 21 1,37 Convolvulus arvensis 3 0,69 Verbena sp. 18 3,60 Chenopodium album 3 0,17 Ambrosia tenuifolia 15 1,89 Galinsoga parviflora 3 0,17

Cirsium vulgare 15 1,54 Hydrocotyle bonariensis 3 0,17

Coronopus dydimus 15 1,89 Rumex crispus 3 0,34 Paspalum dilatatum 15 1,37 Cerastium glomeratum 3 0,17 Senecio madagascariensis 15 4,97 Oxalis sp. 3 0,17 Ammi majus 10 0,86 Eragrostis lugens 3 0,34 Hordeum vulgare 10 2,40 Solanum nigrum 3 0,17 Ipomoea grandifolia 10 0,86 Trifolium pratense 3 0,34

BIBLIOGRAFÍA

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PURICELLI, E.; TUESCA, D.; FACCINI, D.; NISENSOHN, L.; VITTA, J. I. Análisis en los cambios de la densidad y diversidad de malezas en rotaciones con cultivos resistentes a glifosato en Argentina. In: RESISTENCIA A HERBICIDAS Y CULTIVOS TRANSGÉNICOS: SEMINARIO-TALLER IBEROAMERICANO, 2005, Colonia del Sacramento. Ponencias. La Estanzuela: INIA, 2005. coord.. A. Rios. 1 CD-ROM, p. 92-104. TUESCA, D; PURICELLI, E. Análisis de los cambios en las comunidades de malezas asociados a sistemas de labranza y al uso continúo del glifosato, 2001.In: Díaz Rossello, R. coord. Siembra directa en el Cono Sur. Montevideo, PROCISUR. Documentos. p.183-201.

1.2.2. CONTROL DE Lolium multiflorum Y Avena fatua EN TRIGO

RIOS, A.* (INIA - Uruguay, [email protected]); CARRIQUIRY, A.I. RESUMEN: Los objetivos del trabajo fueron evaluar la susceptibilidad del trigo y el control de Lolium multiflorum Lam y Avena fatua L. a aplicaciones de la mezcla formulada de clorsulfuron y metsulfuron metil, con flucarbazone sodium. El trigo cv. INIA Churrinche fue sembrado sobre un Argiudol típico, de textura franco arcillosa, pH(H2O) 5,6; 3.9% de M.O. y C.I.C de 26 meq 100 g. Los tratamientos de aplicación de herbicidas se realizaron en 2 estadios fenológicos del trigo: Zadoks 13 y 22. Se incluyeron dos testigos, uno enmalezado y otro sin malezas. En Z13, las dosis de clorsulfuron+metsulfuron metil fueron: 9,4+1,9 y 12,5+2,5 g ia/ha y las de flucarbazone: 21, 32 y 42 g ia/ha. En Z22 la dosis de clorsulfuron+metsulfuron metil fue: 9.4+1.9 y las dosis de flucarbazone: 32, 42, 52 y 63 g ia/ha, realizándose las aplicaciones con un pulverizador manual de CO2, con boquillas Teejet DG 8002 VP regulado a 150 L/ha de agua. Al momento de la cosecha en el testigo enmalezado la biomasa de gramíneas fue de 3 832 kg MS/ha, entretanto en los tratamientos aplicados en Z13 y en Z22 las medias cuantificadas fueron 68,4 y 52,7 kg MS/ha, respectivamente. En los tratamientos aplicados en Z13, se cuantificaron valores superiores en fitomasa de trigo, rendimiento de grano y espiguillas/espiga, con respecto a los realizados en Z22, e inferior en peso hectolítrico, no detectándose diferencias en espigas/m2 y peso de mil semillas. El testigo con malezas rindió 2 822 kg/ha, el testigo sin malezas 4 427 kg, los tratamientos en Z13 y Z22, una media de 4 807 y 4 090 kg/ha respectivamente La posibilidad de controlar en forma temprana, malezas gramíneas y latifoliadas utilizando menores dosis de flucarbazone sodium en mezclas con clorsulfuron+metsulfuron metil, a efectos de reducir costos operativos y tiempo se visualiza promisoriamente según estos resultados. No obstante, considerando las bajas temperaturas que se registran en Uruguay cuando se realizan las aplicaciones de herbicidas en los trigos, son necesarios más estudios de susceptibilidad varietal antes de recomendar la adopción de esta práctica. Palabras clave: clorsulfuron, metsulfuron metil, flucarbazone sodium, Triticum aestivum, LOLMU, AVEFA.

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CHEMICAL CONTROL OF Lolium multiflorum AND Avena fatua IN WHEAT

ABSTRACT:. The objective of this experiment was to evaluate the wheat susceptibility and the control of Lolium multiflorum Lam and Avena fatua L. to different mixtures of chlosulfuron and metsulfuron methyl with flucarbazone sodium. Herbicides were applied at two wheat stages: Zadoks 13 and 22. A check with no-weeds and a weeded check were included. Herbicide rates applied at Z13 were: chlorsulfuron+metsulfuron methyl at 9,4+1,9 y 12,5+2,5 g ai/ha and flucarbazone sodium at 21, 32 and 42 g ai/ha. Herbicide rates applied at Z13 were: chlorsulfuron+metsulfuron methyl at 9,4+1,9 g ai/ha and flucarbazone sodium at 32, 42, 52 and 63 g ai/ha. Applications were made with CO2

pressurized backpack sprayer with eejet DG 8002 VP nozzles and a water volume of 150 L/ha. At harvest, grass weed biomass in the weeded check was 3 832 kg DM/ha, while in the applications at Z13 and Z22 68 and 53 kg DM/ha was measured, respectively. Applications at Z13 had higher values of: wheat phytomass, grain yield and spiklet/spike and lower hectolitic weight than those applied at Z22, no differences were observed in spikes/m2 and thousand grain weight. Check with weeds yielded 2 822 kg/ha, check with no-weeds yielded 4 427 and when herbicides were applied at Z13 and Z22 grain yield was 4 807 and 4 090 kg, respectively. According to these results, it would be possible to control all weeds early in the season, using lower rates of flucarbazone sodium mixed with chlorsulfuron+metsulfuron methyl, reducing operational costs and timing. Nevertheless, since the temperature in Uruguay at the time where applications are made is quite cold, further studies should be done to evaluate the susceptibility of different varieties before this recommendation is suggested. Keywords: chlorsulfuron, metsulfuron-methyl, flucarbazone sodium, Triticum aestivum, LOLMU, AVEFA

INTRODUCCION

La presencia de malezas gramíneas invernales, como Lolium multiflorum Lam. y Avena fatua L. en cultivos de cereales de invierno se ha establecido como una problemática importante en los últimos años en Uruguay. Tradicionalmente se utilizaban herbicidas a base de clodinafop+cloquintocet (Topik 240 EC) o diclofop metil (Iloxan), con los que se obtenía controles buenos pero con costos por hectárea muy elevados. Posteriormente, con el desarrollo de iodosulfuron (Hussar) se obtuvieron, a menores costos, excelentes resultados en el control de L. multiflorum pero no en A. fatua. aunque los resultados logrados no han sido consistentes a nivel de chacra.

El objetivo del trabajo fue evaluar la susceptibilidad del trigo y el control de L. multiflorum y de A fatua a aplicaciones de la mezcla formulada de clorsulfuron y metsulfuron metil (Finesse DF) con flucarbazone sodium (Everest 70 GDA), en diferentes dosis y en dos estadios fenológicos del trigo. MATERIALES Y MÉTODOS

El experimento se instaló en la Estación Experimental INIA La Estanzuela, situada a 34º 20´ de Latitud sur, 57º 41’ de Longitud. El trigo cv. INIA Churrinche fue sembrado

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sobre un Argiudol típico, de textura franco arcillosa, pH (H2O) de 5,6; 3,9% de M.O. y C.I.C de 26 meq/100g. Se utilizó una sembradora John Deere 750 para sembrar el trigo en línea a una densidad de 110 kg/ha. Se fertilizó a la siembra con 18 kg N/ha y 46 kg de P2O5/ha y con 23 y 46 kg N/ha en Z23 y Z30, respectivamente. Los tratamientos de aplicación de herbicidas con la mezcla formulada de clorsulfuron, 62,5%, y metsulfuron metil, 12,5% (Finesse DF) y flucarbazone sodium, 70% (Everest 70 GDA) se realizaron en 2 estadios fenológicos del trigo según la escala de Zadoks, Z13 y Z22. El estadio de las dos gramíneas y del cultivo al momento de las aplicaciones se visualizan en la Figura 1.

(--------------------- Aplicación Z13 --------------) (--------------------- Aplicación Z22 ---------------)

L. multiflorum A. fatua Trigo .L. multiflorum A. fatua Trigo

Figura 1. Estadios de las tres especies al momento de las aplicaciones.

Se incluyeron dos testigos, uno enmalezado y otro sin malezas. En Z13 las dosis aplicadas de clorsulfuron+ metsulfuron metil fueron: 9,4+1,9 y 12,5+2,5 g ia/ha en mezcla con flucarbazone a: 21, 32 y 42 g ia/ha, y en Z22 la dosis de clorsulfuron+metsulfuron metil fue: 9,4+1,9 g ia/ha y las dosis de flucarbazone: 32, 42, 52 y 63 g ia/ha, realizándose las aplicaciones con un pulverizador manual de CO2

regulado para 150 L/ha de agua. Se realizaron evaluaciones visuales de control a los 15, 40 y 60 días postaplicación (DPA), utilizándose una escala porcentual donde cero significa ausencia de control y 100 control total de la maleza. Se realizaron evaluaciones visuales de daño luego de las aplicaciones utilizándose la escala EWRC, donde 1 es ausencia de daño y 9 máximo daño. En Z37 se realizó un corte donde se tomaron dos muestras de líneas de trigo cada una de un metro lineal para determinar fitomasa de trigo y nº de tallos/m2, y se cuantificó biomasa de malezas en la entrefila correspondiente a 1 m de línea por 0,19 cm de ancho. A la cosecha se cortaron las malezas presentes en la entrefila del trigo correspondiente a 1 m de línea por 0,19 m, y se tomaron dos muestras de trigo, cada una de 1m lineal. A partir de las muestras de trigo se determinó fitomasa de trigo, espigas/m2, y espiguillas/espiga. El rendimiento de grano, peso hectolítrico y peso de mil semillas, se determinó a partir de la cosecha mecánica de una superficie de 8 m2 en parcelas de 2 x 5m. El diseño experimental fue de bloques aleatorizados con cinco repeticiones. Los datos fueron sometidos a análisis de variancia, comparándose las medias por el test de MDS al 5% de probabilidad. Los valores de porcentaje de control fueron transformados a arco seno.raíz de x/100 según lo indicaran los test de normalidad y homogeneidad de variancia

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RESULTADOS Y DISCUSIÓN Control de gramíneas

En las aplicaciones realizadas en Z13, el control de A. fatua observado a los 15 DPA fue mayor con el incremento de la dosis de flucarbazone, determinándose 60% de control con 42 g ia/ha, presentando una sintomatología de efecto bonsái, detención del crecimiento, clorosis internerval en la cuarta hoja y clorosis en el primer macollo (Cuadro 1). El control de L. multiflorum 15 DPA en todos los tratamientos fue de 70%, observándose clorosis en la parte media superior de las hojas con tintes rojizos y necrosis. En la evaluación realizada a 60 días post aplicación el control de A. fatua, con la excepción de un tratamiento, superó el 94 % de control. El control de L. multiflorum fue 100 % en todas las mezclas evaluadas.

En las aplicaciones realizada en Z22, sobre A. fatua más desarrollada, 4 hojas (Figura 1), a los 30 DPA, el control varió entre 72 y 78 %, y el control de L. multiflorum superó el 96 % en los cuatro tratamientos (Cuadro 1). Todos los tratamientos herbicidas, en ambos momentos de aplicación, se mantuvieron sin L. multiflorum hasta el momento de la cosecha.

La biomasa de las dos malezas gramíneas en los distintos tratamientos fue determinada en Z37 y al momento de la cosecha. En la determinación realizada en z37, la biomasa de las dos malezas gramíneas en el testigo enmalezado fue 2 791 kg MS/ha (Cuadro 2), los tratamientos en Z13 se mantuvieron sin enmalezarse y los tratamientos en Z22 sólo se observaban plantas afectadas de A. fatua que representaron una media de 53 kg MS/ha (Cuadro 3). Al comparar estadísticamente las dosis de flucarbazone sodium de 32 y 42 g ia/ha, no se detectaron diferencias para esta variable (Cuadro 4). Sin embargo en los tratamientos correspondientes a las dosis menores, 21 g en la aplicación en Z13 y 32 g en la de Z22, a la cosecha se determinó 253 y 558 kg MS/ha de A. fatua respectivamente (Cuadro 2).

Al momento de la cosecha, la biomasa de las dos malezas gramíneas en el testigo enmalezado fue 3 832 kg MS/ha (Cuadro 2), no detectándose diferencias en la biomasa de A. fatua entre momentos de aplicación (Cuadro 3) ni entre dosis de flucarbazone sodium (Cuadro 4). Respuestas en trigo

En las aplicaciones realizadas en Z13, no se visualizaron efectos fitotóxicos en el cultivo, mientras que en Z22 en los cuatro tratamientos, se observó una clorosis generalizada, más acentuada en la cuarta hoja, y posterior muerte del macollo principal en algunas plantas. Posiblemente este daño estuvo asociado a temperaturas bajo cero ocurridas al segundo, tercer y cuarto día de realizadas las aplicaciones. Con el objetivo de cuantificar la magnitud este daño, en Z37 se evaluó la fitomasa del trigo y el nº de tallos. En el Cuadro 2 se observan los menores valores correspondientes aplicaciones en Z22, determinándose para estas variables, mermas de 32 y 19 % respectivamente, en relación a las realizadas en Z13 (Cuadro 3).

El efecto de interferencia de las malezas fue cuantificado comparando distintas variables del cultivo en los dos testigos con y sin malezas. En Z37 en la fitomasa de trigo y el nº de tallos, se determinó incrementos de 47 y 50 %, respectivamente, por la eliminación de la competencia (Cuadro 2). Al momento de la cosecha, para estas variables, las diferencias se acentuaron con valores de 86 y 56%, para fitomasa y

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espigas/m2. Asimismo, se cuantificaron incrementos de 57, 56 y 6 %, para rendimiento de grano, espigas/m2 y espiguillas/espiga en el testigo sin malezas respecto al testigo sin desmalezar.

Al analizar estadísticamente todos los tratamientos realizados para las variables rendimiento de grano y espiguillas/espiga se observan menores valores en los cuatro tratamientos realizados en Z22 (Cuadro2).

Al comparar los dos momentos de aplicación realizados Z13 y Z22, se detectaron diferencias que significaron mermas en fitomasa de trigo y tallos/espiga de 32 y 19 % en Z37. A la cosecha las mermas en fitomasa fueron menores, 15 %; al igual que en rendimiento de grano y de 7 % en espiguillas/espiga (Cuadro 3), entretanto al comparar las dosis de flucarbazone sodium de 32 y 42 g ia/ha no se detectaron diferencias para las distintas variables evaluadas.

CONCLUSIONES

En L.multiflorum, en un período entre 15 y 30 DPA días se obtuvo 100% de control en todos los tratamientos.

En A. fatua, la velocidad de control fue menor, pero al momento de la cosecha los controles superaban el 95 %, cuantificándose para las aplicaciones realizadas en Z13 y Z22, 68 y 53 kg MS/ha, respectivamente.

La interferencia de malezas afectó todos los componentes del rendimiento, su eliminación determinó 57 % de incremento en rendimiento de grano de trigo.

En el trigo, en las aplicaciones realizadas en Z13 no se observaron efectos fitotóxicos, mientras que en las realizadas en Z22, el daño en el cultivo asociado a temperaturas bajo cero luego de la aplicación, determinó mermas en rendimiento de grano de 15 %.

Las dosis de flucarbazone sodium de 32 y 42 g ia/ha en mezcla con clorsulfuron + metsulfuron metil a 9,4+1,9 g ia/ha no determinaron diferencias para las distintas variables evaluadas del cultivo. BIBLIOGRAFÍA

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Cuadro 1. Evaluaciones visuales de control de A. fatua y L.multiflorum. TRATAMIENTO Control (%)

Momento Metsulfuron+clorsurfuron + flucarbazone solium

A. fatua 15 DPA

A. fatua L. multiflorum

Z13 9,4 + 1,9 + 21 18 ab 96 * 100 *

Z13 9,4 + 1,9 + 32 44 ab 94 * 100 *

Z13 9,4 +1,9 + 42 58 a 100 * 100 *

Z13 12,5 + 2,5 + 21 30 bc 84 * 99 *

Z13 12,5 + 2,5 + 32 44 ab 98 * 100 *

Z13 12,5 + 2,5 + 42 60 a 94 * 100 *

Z22 9,4 + 1,9 + 32 72 ** 100 **

Z22 9,4 + 1,9 + 42 72 ** 100 **

Z22 9,4 + 1,9 + 52 78 ** 96 **

Z22 9,4 + 1,9 + 62 72 ** 100 **

C.V (%) 27,2 * 2,2 ** 15,0 * 14,1 ** 6,7

Pr>F 0,0050 * 0,09 ** 0,67 * 0,43 ** 0,42 * 60 DPA ; ** 40 DPA Cuadro 2. Resultados obtenidos para las distintas variables en los estadios Z37 del trigo y al momento de

la cosecha.

TRATAMIENTO Trigo Tallos A. fatua Trigo Grano Espigas Espiguillas/ PH*

Peso mil

semillas

A. fatua

Momento Metsulfuron + clorsurfuron

+ flucarbazone solium

(kg MS/ha)

(nº/m2) (kg MS/ha)

(kg MS/ha)

(kg/ha)

(nº/m2) espiga

(g) (g) (kg

MS/ha)

Z13 9,4 + 1,9 + 21 8 940 ab 545 abcd 37 b

12 200 a

4 416 bcd 432 a 30,8 a 79,12 35,4

253 b

Z13 9,4 + 1,9 + 32 10 662 a 578 ab 0 b 12 705

a 5 008 a 413 a 29,8 ab 79,77 35,6 0 b

Z13 9,4 +1,9 + 42 10 640 a 613 a 0 b 12 789

a 4 605

ab 422 a 30 ab 80,36 36,1 137 b

Z13 12,5 + 2,5 + 21 10 052 a 622 a 0 b 10 800

a 4 613

ab 374 a 29,8 ab 80,14 35 200 b

Z13 12,5 + 2,5 + 32 9 805 a 564 abcd 0 b

11 989 a

4 656 ab 382 a 29,9 ab 79,96 35,4

221 b

Z13 12,5 + 2,5 + 42 9 542 ab 566 abc 0 b 12 663

a 4 740

ab 443 a 30 ab 80,81 35,6 74 b

Z22 9,4 + 1,9 + 32 8 974 ab 566 abc 106 b 10 558

a 4 175 bcd 428 a 28,3 bcd 80,68 36,4

558 b

Z22 9,4 + 1,9 + 42 7 629 bc 507 bcd 0 b 11 137

a 4 004

cd 456 a 27,6 cd 80,45 35,1 0 b

Z22 9,4 + 1,9 + 52 6 641 c 462 cde 0 b 10 989

a 3 842 d 405 a 28,6 bc 80,18 35,6 0 b

Z22 9,4 + 1,9 + 62 6 764 c b 459 de 12 b 10 463

a 3 875

cd 401 a 26,3 d 80,19 36,1 105 b

Testigo sin malezas 8 873 ab 540 abcd 5 b

12 316 a

4 427 bc 398 a 28,6 bc 80,32 36,6

74 b

Testigo con malezas 6 017 c 359 e 2 791 a

(1) 6 611 b 2 822 e 255 b 27 cd 79,79 35,5 3 832 a

(1)

C.V (%) 27 22,4 194 27,1 10,6 23 8,3 1,01 2,99 207

Pr>F 0,0001 0,0001 0,0001 0,0012 0,0001 0,0012 0,0001 0,147 0,4079 0,0001

(1) A. fatua + L.multiflorum * Peso hectolítrico

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Cuadro 3. Resultados obtenidos para las distintas variables en los estadios Z37 del trigo y al momento de la cosecha

comparando los momentos de aplicación.

Momento Trigo Tallos A. fatua Trigo Grano Espigas Espiguillas/ PH* Peso mil semillas

A. fatua

(kg

MS/ha) (nº/m2) (kg

MS/ha) (kg

MS/ha) (kg/ha) (nº/m2) Espiga (g) (g) (kg

MS/ha)

Z13 10 651 a 595 a 0 12 747 a 4 807

a 417 29,9 a 80,1 b

35,9 68

Z22 7 197 b 483 b 53 10 847 b 4 090

b 442 27,9 b 80,6 a

35,7 52

C.V (%) 24,6 18,6 431 24,5 7,24 22,4 6,7 0,55 3,1 457 Pr>F 0,0001 0,0013 0,1525 0,0459 0,0003 0,4217 0,0031 0,0263 0,8126 0,8585

Cuadro 4. Resultados obtenidos para las distintas variables en los estadios Z37 del trigo y al momento de la cosecha

comparando las dosis de herbicida. Dosis Trigo Tallos A. fatua Trigo Grano Espigas Espiguillas/ PH* Peso mil semillas A. fatua

Metsulfuron +clorsurfuron + flucarbazone solium

(kg MS/ha) (nº/m2) (kg MS/ha) (kg MS/ha) (kg/ha) (nº/m2) Espiga (g) (g) (kg MS/ha)

9,4 + 1,9 + 32 8 713 518 53 11 632 4 592 421 29,1 80,23 36,0 52

9,4 +1,9 + 42 9 135 560 0 11 963 4 305 439 28,8 80,41 35,6 68

C.V (%) 24,6 18,6 431 24,5 7,24 22,4 6,7 0,55 3,1 457

Pr>F 0,5480 0,193 0,1525 0,7194 0,0698 0,5483 0,6839 0,38 0,3917 0,8585

* Peso hectolítrico

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32

1.3. TÓPICOS REFERENTES AO PRÉ-CURSO MINISTRADO NO XXV CONGRESSO BRASILEIRO DA CIÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS

Emília Manuela de Rodrigues Universidade de Brasília, UnB

O que é então uma erva daninha senão uma planta cujas virtudes ainda não foram descobertas? (R.W. Emerson) – a metáfora com aplicação lingüística Uso da Língua na Instância Pública e na Instância Privada

1. Variação lingüística/Fala-Escrita/Monitoramento/ Preconceito lingüístico Quem tem voz? O que dizer? Como dizer? A quem dizer? Noção de certo e errado/desvios previsíveis

2. Uso da língua: prescrição /adequação-clareza Diferença entre princípios (explicam) e regras (normatizam/prescrevem)

3. Gramática sustentável da língua escrita. 3.1 Desvios persistentes

3.1.1 Concordância em estrutura de voz passiva pronominal *Arquivou-se os trabalhos apresentados neste Congresso. (ERRO) Arquivaram-se os trabalhos apresentados neste Congresso.

3.1.2 Emprego de preposição em orações relativas (anteposição do complemento verbal/regência verbal)

A pesquisa que mais gostei foi a que tratou de plantas do cerrado. (ERRO) A pesquisa de que mais gostei foi a que tratou de plantas do cerrado. O trabalho que ele se referiu foi o seu último publicado.(ERRO) O trabalho a que ele se referiu foi o seu último publicado.

3.1.3 Emprego de preposição – regência nominal Não tenho dúvida que a pesquisa terá êxito. (ERRO) Não tenho dúvida de que a pesquisa terá êxito. 3.1.4 Emprego de preposição - verbos com dois complementos: comunicar, informar, avisar. Informei-lhe sobre o horário da palestra.(ERRO) Informei-o sobre o horário da palestra. Informei-lhe o horário da palestra. 3.1. 5 Concordância verbal em estrutura com sujeito posposto Existe, no cerrado, perto de Pirenópolis, plantas daninhas que ..(ERRO) Existem, no cerrado, perto de Pirenópolis, plantas daninhas que .. Verbos cujo sujeito mais freqüentemente vem posposto: basta, resta, consta, parece, compete, falta, compete. Basta dois experimentos para que eu comprove minha hipótese. (ERRO) Bastam dois experimentos para que eu comprove minha hipótese.

3.1.6 Concordância nominal

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É necessário, segundo considerações do pesquisador Y, a pesquisa...(ERRO) É necessária, segundo considerações do pesquisador Y, a pesquisa...

3.1.7 Verbos impessoais –SEMPRE no singular Faz cinco anos que... / Deve fazer cinco anos que... Devem haver mais pesquisas sobre esse assunto. (ERRO/hipercorreção) Deve haver mais pesquisas.... 3.2 Desvios atuais/contemporâneos 3.2.1 Emprego do pronome relativo “onde” sem antecedente locativo Apresentou idéias coerentes sobre o assunto, onde destacou .... (ERRO) Apresentou sua mais recente pesquisa no Centro de Convenções, onde recebeu muitas críticas dos seus pares,

2. TRABALHOS DE GRADUAÇÃO – RESUMOS

2.1. EFICÁCIA DE HERBICIDAS NO CONTROLE DE Cyperus rotundus EM RESPOSTA A DENSIDADE DE TUBÉRCULOS

Almeida, R.O. - Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária - UNESP - Jaboticabal, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n°, Jaboticabal, SP - 14884-900.

Orientador: Prof. Dr. Pedro Luís da Costa Aguiar Alves O presente trabalho teve por objetivo determinar a eficiência dos herbicidas Boral, Sempra e Imazapic aplicados em pré-emergência, para o controle de tiririca (Cyperus rotundus L.) em diferentes densidades. O trabalho foi instalado e conduzido sob condições semi-controladas (sem restrição de água) e como substrato foi utilizado solo coletado na camada arável (20cm) de um Latossolo Vermelho (LV), acondicionado em recipientes plásticos com capacidade para 5,0 L de substrato. Os tubérculos foram plantados nos vasos nas densidades de 6, 18, 24, 30 e 36 tubérculos/vaso, a uma profundidade de 3 cm, sendo o conjunto umedecido e assim deixado por 24 horas, quando foi realizada a aplicação dos tratamentos. Aos 15, 30 e 60 dias após a aplicação (DAA) dos herbicidas foram feitas avaliações visuais de porcentagem de controle. Ao final do período experimental, foi feita a contagem do número final de manifestações epígeas (parte aérea) e de tubérculos de tiririca. As manifestações epígeas foram cortadas, lavadas, ensacadas e colocadas para secar em estufa com circulação forçada de ar para a determinação da massa seca da parte aérea. Os tubérculos foram selecionados visualmente entre vivos e mortos (tubérculos enegrecidos, chochos e podres), contados e pesados. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), com os tratamentos dispostos em esquema fatorial 5x4, onde constituíram os fatores principais cinco densidades de tubérculos e os quatro tratamentos com herbicida, incluindo a testemunha sem aplicação, em 4 repetições. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância pelo teste F e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de

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probabilidade. Pelos resultados obtidos nas condições deste experimento, pode-se concluir que: a partir de 24 tubérculos de tiririca por vaso, o que corresponde a 533,2 tubérculos m-2, não houve incremento no número de tubérculos totais e vivos, e nem do número de manifestações epígeas por vaso e por tubérculo e suas respectivas massas secas, mas aumentou o número de tubérculos mortos, independentemente do tratamento com herbicida. Por outro lado, o herbicida Boral proporcionou o melhor controle visual da tiririca até os 60 dias após a aplicação, seguido pelo Plateau e Sempra. Este herbicida também proporcionou maior redução no número e na massa seca das manifestações epígeas e de tubérculos, incluindo os vivos, independentemente da densidade de tubérculos. O Boral proporcionou excelente controle da tiririca em todas as características analisadas independentemente da densidade de tubérculos, enquanto o Plateau e Sempre se mostraram mais eficientes nas densidades de 6 a 18 tubérculos/vaso (133,3 e 399,9 tubérculos m-2). O Sempra, apesar de ser recomendado para o controle em pós-emergência da tiririca, apresentou potencial de controle em pré-emergência desta planta daninha, se igualando em eficiência ao Plateau nas maiores densidades de tubérculos, porém com menor efeito residual.

2.2. INFLUÊNCIA DA DISPONIBILIDADE DE ÁGUA NA ATIVIDADE E NO COMPORTAMENTO DO HERBICIDA METRIBUZIN

Marcolini, L.W. - Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária - UNESP - Jaboticabal, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n°, Jaboticabal, SP - 14884-900. Orientadores: Prof. Dr. Pedro Luís da Costa Aguiar Alves e Dr. Marcos Antônio Kuva

O controle químico é o método mais utilizado de controle das plantas daninhas, e dentre os herbicidas utilizados, os pré-emergentes se caracterizam pela aplicação após o plantio ou semeadura da lavoura, mas antes da emergência de qualquer planta. O metribuzin, pertencente ao grupo químico das triazinonas, pode ser empregado tanto na pré como na pós-emergência inicial das plantas daninhas. O objetivo geral deste trabalho foi obter informações sobre o comportamento, atividade e persistência do herbicida metribuzin no solo: Para isso foram instalados quatro bioensaios, todos instalados em casa-de-vegetação utilizando-se como substrato o Latossolo Vermelho Escuro. As aplicações foram realizadas sempre em pré-emergência das plantas daninhas com um pulverizador costal pressurizado, munidos com bicos XR 11002 e ajustado para distribuir 200 L/ha de calda. O bioensaio I visou a obtenção da curva dose-resposta de controle para o herbicida metribuzin. No bioensaio II foi avaliada a influência da precipitação bimestral acumulada no comportamento do herbicida metribuzin. No bioensaio III foi avaliada a atividade do mesmo herbicida em função de períodos de seca, e por fim, no ensaio IV foi avaliou-se o efeito da quantidade e intensidade de precipitação pluviométrica simulada sobre a lixiviação e atividade do herbicida metribuzin. Para plantas que emergem logo após a sua aplicação o metribuzin mostrou-se altamente eficiente, controlando plantas daninhas monocotiledôneas e dicotiledôneas com igual eficiência mesmo com a dose de 250 ml p.c./ha. A eficiência do metribuzin no controle de plantas daninhas que emergiram logo após sua aplicação não foi influenciada negativamente pelas precipitações bimestrais simuladas e nem pelos períodos de seca a que foi submetida. Precipitações simuladas de 30 e 60 mm,

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independentemente da intensidade e da umidade do solo no momento da aplicação posicionaram grande parte do metribuzin aplicado nos primeiros 10 cm da coluna de solo. 2.3. COBERTURAS VEGETAIS E HERBICIDAS NO MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA SOJA EM SISTEMA PLANTIO DIRETO

Nunes, A.N. - Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária - UNESP - Jaboticabal, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n°, Jaboticabal, SP - 14884-900.

Orientadores: Prof. Dr. Pedro Luís da C. A. Alves e Profa. Dra Maria do Carmo M. D. Pavani

O objetivo do presente trabalho foi estudar a formação de cobertura vegetal por duas espécies de braquiária (B. brizantha e B. decumbens) e as interações entre as coberturas vegetais, dosagens do herbicida de manejo (glifosato) e dosagens da mistura fluazifop-p-butil + fomesafen no controle complementar das plantas daninhas (reinfestações) e na produção da cultura da soja em sistema Plantio Direto. O ensaio foi realizado em área experimental da FCAV-Unesp, localizada em Jaboticabal – SP, dividida em duas coberturas vegetais: Brachiaria brizantha e Brachiaria decumbens. A dessecação foi realizada com o herbicida glifosato em duas concentrações: 4 e 6 L ha-1. Aos 27 DAS, realizou-se a semeadura da soja, cultivar MG/BR 46-Conquista. Foi realizada a aplicação da mistura fluazifop-p-butil + fomesafen a 0 e 100% da dosagem indicada para cultura. Foram realizadas avaliações de determinação da massa seca inicial e final das diferentes palhadas, levantamentos das plantas daninhas, porcentagem de cobertura do solo, densidade de plantas, crescimento, acamamento, dificuldade de colheita, massa de 100 grãos, altura de inserção da primeira vagem e produtividade. As duas espécies estudadas (B. decumbens e B. brizantha) produziram quantidade de palha suficiente para a indicação de seu uso como formadora de palha no sistema Plantio Direto. A dosagem de 4 L ha-1do herbicida glifosato foi suficiente para o controle de B. brizantha. Para o controle de B. decumbens foi necessário a dosagem de 6 L ha-1. A cobertura vegetal proporcionada pelas espécies estudadas não foi capaz de suprimir a emergência de Alternanthera tenella, Amaranthus spp., Brachiaria brizantha e Brachiaria decumbens, fazendo-se necessário o uso da mistura fluazifop-p-butil + fomesafen para evitar perdas de produtividade. Palavras-chave: Glycine max, Brachiaria spp., palhada, glifosato e fluazifop-p-butil + fomesafen 2.4. DINÂMICA DO BANCO DE SEMENTES E POPULAÇÕES DE PLANTAS DANINHAS EM ÁREA CULTIVADA COM MILHO E FEIJÃO IRRIGADO EM SUCESSÃO, NOS SISTEMAS PLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL.

Paoliello, R.C. - Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária - UNESP - Jaboticabal, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n°, Jaboticabal, SP - 14884-900.

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Orientador: Profa. Dra. Maria do Carmo M. D. Pavani

O trabalho teve como objetivo avaliar a dinâmica populacional e do banco de sementes das plantas daninhas em cultivos sucessivos de milho (no verão) e feijão (no inverno) irrigado por aspersão no sistema pivô central, com diferentes sistemas de cultivo. O experimento foi conduzido na Área Demonstrativa e Experimental de Irrigação (ADEI) da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp – Campus de Jaboticabal, de outubro de 2001 a junho de 2006. Os tratamentos empregados corresponderam a dois sistemas de plantio: PC – Plantio Convencional; PD – Plantio Direto. A área sob o pivô foi dividida em quatro partes iguais (quadrantes), sendo que nos quadrantes radialmente opostos foi implantado o sistema PC ou PD. Foram feitas três avaliações: de cobertura morta, da flora infestante e do banco de sementes. Ara determinar a cobertura morta foram feitas amostragens em 6 pontos para cada tratamento, com a utilização de um quadrado metálico de 0,25 m2, totalizando área de 1,5 m2 em cada tratamento. Todo o material contido na área delimitada pelo quadrado foi coletado, levado ao laboratório e colocado em estufa a 65oC por 72 h. Depois de seca a massa foi pesada para determinar a quantidade de massa seca ha-. Para a avaliação da flora infestante foi usado o mesmo quadrado metálico de 0,25 m2, o qual foi lançado dezesseis vezes em cada tratamento, totalizando uma área de 4 m2. Na área delimitada pelo quadrado as plantas foram identificadas de acordo com a família, gênero e espécie, assim como foram feitas as determinações da densidade e da freqüência de ocorrência. Para a avaliação do banco de sementes foram coletadas 15 sub-amostras em pontos eqüidistantes uns aos outros. As amostras foram coletadas na camada de 0 a 10 cm de profundidade, com o uso de um trado. Após a coleta, as sub-amostras foram misturadas e homogeneizadas, dando origem a uma amostra composta de 2 kg. Estas amostras foram levadas ao laboratório, onde permaneceram acondicionadas à temperatura de 5oC, até o momento do processamento. A quantificação das sementes foi feita pela metodologia de contagem direta. Todas as avaliações foram feitas após colheita do milho e antes da semeadura do feijão, em cada ano avaliado. Verificou-se no final do experimento (2006) que a manutenção da palhada é complicada pelas condições climáticas da região. Observou-se também que no tratamento Plantio Convencional a densidade e o número de espécies de plantas daninhas tiveram aumento, visto que no Plantio Direto ocorreu o inverso. O banco de sementes em ambos os sistemas de plantio apresentou redução em sua densidade. 2.5. EFEITO DA DENSIDADE E ÉPOCA RELATIVA DE EMERGÊNCIA DE PICÃO-PRETO (Bidens pilosa L.) COM A CULTURA DO FEIJÃO (Phaseolus vulgaris L.).

Parreira, M.C. - Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária - UNESP - Jaboticabal, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n°, Jaboticabal, SP - 14884-900.

Orientador: Profa. Dra. Maria do Carmo M. D. Pavani

A cana-de-açúcar é hoje uma das principais culturas da agricultura brasileira, e um dos pontos mais críticos no seu processo produtivo é, sem dúvida, a interferência negativa imposta pelas plantas daninhas que infestam as áreas cultivadas. Em termos

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de manejo de plantas daninhas, o conhecimento do período anterior à interferência (PAI) torna-se de suma importância, pois a partir dele a produtividade é significativamente afetada. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar o período em que a cultura da cana-de-açúcar pode conviver com as plantas daninhas, com predomínio de capim-pé-de-galinha, sem que ocorra interferência negativa em sua produção final (PAI). O experimento foi conduzido em uma área de produção comercial de cana-de-açúcar, com a variedade RB845257 no terceiro corte, pertencente a Usina Andrade, localizada no município de Pitangueiras – SP,. Os tratamentos experimentais constituíram de, períodos crescentes de convivência das plantas daninhas com a cultura, a saber: 0, 0-45, 0-67, 0-81, 0-103, 0-116, 0-136, 0-164, 0-195 (colheita da cana), totalizando 9 tratamentos dispostos em blocos ao acaso em três repetições. A distribuição de chuva ao longo do ensaio foi de boa precipitação no início do experimento e, a partir do quinto tratamento, aos 103 dias de convivência, ocorreu um estresse hídrico. As plantas daninhas predominantes na área foram capim-pé-de-galinha (Eleusine indica (L.) Gaertn), beldroega (Portulaca oleraceae L.) e trapoeraba (Commelina benghalensis L.). De acordo com os resultados obtidos, admitindo uma perda de produtividade tolerável de 5%, a cultura da cana-de-açúcar pode conviver com uma comunidade infestante com predominância de capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) por até 73 dias após a emergência da cultura sem que ocorram perdas significativas na produção (PAI). 2.6. DETERMINAÇÃO DO PERÍODO ANTERIOR À INTERFERÊNCIA (PAI) DE PLANTAS DE CORDA-DE-VIOLA (Ipomoea hederifolia) EM CANA-SOCA.

Silva, I.A.B. - Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária - UNESP - Jaboticabal, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n°, Jaboticabal, SP - 14884-900.

Orientador: Prof. Dr. Pedro Luís da Costa Aguiar Alves

Um dos pontos mais críticos no processo produtivo da cana-de-açúcar é a interferência negativa imposta pela presença das plantas daninhas durante o cultivo. Logo, o conhecimento da época e extensão dos períodos de convivência, tolerados pela cultura, torna-se bastante útil para o estabelecimento de recomendações racionais de manejo de plantas daninhas nesta cultura, visando redução de custos e aumento de produtividade. O período anterior à interferência (PAI) é considerado o de maior importância, já que a partir dele a produtividade da cultura é afetada de forma irreversível. Sendo assim, o presente trabalho objetivou determinar o PAI das plantas daninhas na cultura da cana-de-açúcar, em especial, da corda-de-viola (Ipomoea hederifolia) que trata-se de uma das principais plantas daninhas da cultura. O experimento foi instalado em Terra-Roxa (SP), numa área de arrendamento pertencente à Andrade Açúcar e Álcool. O experimento se iniciou em outubro de 2006 e se encerrou sete meses depois. Os tratamentos experimentais constituíram de 0, 0-16, 0-30, 0-44, 0-69, 0-97, 0-135, 0-160, 0-188, 0-229 dias de convivência com a comunidade infestante, totalizando assim 10 tratamentos experimentais, que foram dispostos no delineamento de blocos casualizados ao acaso em três repetições. A planta daninha mais freqüentemente encontrada na área experimental foi a corda de viola (Ipomoea hederifolia), que atingiu a densidade máxima de 48,67 plantas/m2 aos zero dias, porém

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com acúmulo insignificativo de matéria seca, voltando a apresentar outro pico de densidade aos 69 dias, acumulando 56,09 g/m2. Na fase inicial estava presente também o capim-marmelada (Brachiaria plantaginea), que atingiu a densidade máxima de 84,33 plantas/m2 aos 30 dias, acumulando 9,88 g/m2,. Os resultados obtidos no experimento, admitindo-se uma redução de 5% na produtividade da cana-de-açúcar, revelaram que o período anterior à interferência (PAI) tolerado pela cultura nestas condições foi de 33 dias após a emergência. 2.7. AVALIAÇÃO DA SELETIVIDADE DE FORMULAÇÕES DO HERBICIDA CHLORIMURON-ETHYL (CLASSIC® E CLORIMURON MASTER NORTOX®) PARA CULTIVARES DE MAMONEIRA EM DIFERENTES ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO Ribeiro, R.B. - Escola Superior de Agronomia de Paraguaçu Paulista - ESAPP, Rua Prefeito Jayme Monteiro, 791. Paraguaçu Paulista, SP. 19700-000. Orientador: Prof. Dr. Cleber Daniel de Goes Maciel

O trabalho teve como objetivo avaliar a seletividade do herbicida chlorimuron-ethyl para as cultivares de mamoneira Lira, Íris, Savana e AL Guarany 2002 em dois estádios de desenvolvimento, entre os meses de janeiro a abril de 2005, quatro experimentos foram conduzido na Fazenda Experimental da Escola Superior de Agronomia de Paraguaçu Paulista/SP-ESAPP. Os experimentos distinguiram-se pelas doses de chlorimuron-ethyl de 15 e 20 g i.a.ha-1, sendo em ambos adotados delineamentos experimentais de blocos casualizados, com quatro repetições, distribuídas em esquema fatorial 5x2, constituindo tratamentos representados pelos contrastes das cultivares Lira, Íris, Savana e AL Guarany 2002, submetidas a aplicação de chlorimuron-ethyl em plantas com 4 a 5 folhas e 7 a 8 folhas e uma testemunha. Em relação a maior tolerância ao herbicida para os sintomas visuais de fitointoxicação destacaram-se os cultivares em ordem decrescente de seletividade: AL Guarany 2002 > Íris ≥ Lira > Savana A dose de 15 g.i.a.ha-1 das formulações de chlorimuron-ethyl Classic® e Clorimuron Master Nortox® aplicadas em pós-emergência em estádios de 4-5 folhas ou 7-8 folhas não interferiram significativamente na produtividade das cultivares Lira, Íris, Savana e AL Guarany 2002. Para a dose de 20 g.i.a.ha-1 de chlorimuron-ethyl das duas formulações estudadas, apenas as cultivares AL Guarany 2002 e Íris não apresentaram inviabilidade do uso do herbicida nos diferentes estádios de desenvolvimento da cultura. Este fato caracteriza as cultivares AL Guarany 2002 e Íris como sendo as mais promissoras e de maior versatilidade para o manejo de plantas daninhas com o herbicida chlorimuron-ethyl. 2.8. COMPORTAMENTO DAS GRAMAS BERMUDA (Cynodon dactylon), ESMERALDA (Zoysia japonica) E SÃO CARLOS (Axonopus compressus) SUBMETIDAS À SUBDOSES DE HERBICIDAS E DE RETARDADORES DE CRESCIMENTO EM DUAS CONDIÇÕES DE LUMINOSIDADE Raimondi, M.A. - Escola Superior de Agronomia de Paraguaçu Paulista - ESAPP, Rua Prefeito Jayme Monteiro, 791. Paraguaçu Paulista, SP. 19700-000. Orientador: Prof. Dr. Cleber Daniel de Goes Maciel

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O trabalho teve como objetivo avaliar o desenvolvimento vegetativo e reprodutivo

das gramas Bermuda (Cynodon dactylon), Esmeralda (Zoysia japonica) e São Carlos (Axonopus compressus.) submetidas à subdoses de herbicidas e de retardadores de crescimento em duas condições de luminosidade, três experimentos foram conduzido de julho a setembro de 2005, em estufa plástica da Escola Superior de Agronomia de Paraguaçu Paulista/SP - ESAPP. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC) com 12 tratamentos e 4 repetições, em esquema fatorial 6 x 2 para cada espécie de grama, onde contrastou-se os efeitos da aplicação de 6 subdoses de herbicidas e reguladores de crescimento em 2 condições de luminosidade, representadas por estufa plástica (luz total) e estufa plástica + sombrite 50% (luz parcial). Os produtos ethyl-trimexapac (250 g i.a.ha-1) e clethodim (12,0 g i.a.ha-1) apresentaram as melhores características favoráveis como retardadores do desenvolvimento vegetativo e reprodutivo das espécies de grama Bermuda (Cynodon dactylon), Esmeralda (Zoysa japonica) e São Carlos (Axonopus compressus), em condições de baixa e alta luminosidade. Para gramados da espécie Bermuda (Cynodon dactylon), em condições em que a preservação da estética é fundamental, o herbicida clethodim (12,0 g i.a.ha-1) pode substituir o regulador de crescimento ethyl-trimexapac em função da maior seletividade e supressão do florescimento. 2.9. USO DO ANIDRIDO NAFTÁLICO NO TRATAMENTO DE SEMENTES DE CEREAIS DE INVERNO PARA REDUZIR OS EFEITOS FITOTÓXICOS DE HERBICIDAS INIBIDORES DA SÍNTESE DE CAROTENOÍDES Costa, R.S. - Escola Superior de Agronomia de Paraguaçu Paulista - ESAPP, Rua Prefeito Jayme Monteiro, 791. Paraguaçu Paulista, SP. 19700-000. Orientador: Prof. Dr. Cleber Daniel de Goes Maciel

Com objetivo de avaliar o potencial de uso do anidrido naftálico no tratamento de sementes de cereais de inverno como protetor aos efeitos provocados por herbicidas inibidores da síntese de carotenóides, dois ensaios foram conduzido de julho a setembro de 2005, em estufa plástica da Escola Superior de Agronomia de Paraguaçu Paulista - ESAPP. No experimento 1, as culturas de trigo cv. IAC 24, BR 18 e IAC 350, de aveia-preta e aveia-branca cv. IAC 7 foram estudadas através de 8 tratamentos em esquema fatorial 4 x 2, considerando a interação fitotóxica dos herbicidas clomazone (CLZ), isoxaflutole (IFT), mesotrione (MSO) e de uma testemunha contra a condição da presença ou ausência do tratamento de sementes com o safener anidrido naftálico (NA 0,5% p/p). No experimento 2, as cultivares IAC 350 e IAC 7 foram avaliadas em esquema fatorial 5x2, através do contraste entre as doses de 0; 15; 30; 45 e 60 g i.a.ha-

1 de IFT e a presença ou ausência do tratamento de sementes com NA (0,5% p/p) . O tratamento de sementes de trigo cv. IAC 24, BR 18, IAC 350, aveia-preta e aveia branca cv. IAC 7 com NA (0,5% p/p) não apresentou proteção contra efeitos fitotóxicos dos herbicidas clomazone (400 g i.a.ha-1) e mesotrione (120 g i.a.ha-1). O teor de clorofila das folhas e altura das plantas, para o tratamento de sementes com NA associado a aplicação de 15 e 30 g i.a.ha-1 de IFT, apresentaram-se semelhantes a testemunha. NA associado a aplicação de 15 e 30 g i.a.ha-1 de IFT promoveram incrementos médios de 9,5% e 16,5%, respectivamente, para matéria seca da parte aérea e de raízes. O tratamento de sementes de aveia branca cv. IAC 7 com NA (0,50% p/p) proporcionou

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elevada seletividade ao IFT aplicado em pré-emergência, favorecendo as características de fitointoxicação, clorofila, altura, e matéria seca da parte aérea e de raízes para 15; 30 e 45 g i.a.ha-1. 2.10. COMPORTAMENTO VEGETATIVO E REPRODUTIVO DA GRAMA-BATATAIS (PASPALUM NOTATUM FLÜGGE) SUBMETIDA À APLICAÇÃO DE SUBDOSES DOS HERBICIDAS CLETHODIM E SETHOXYDIM Souza, E.L. - Escola Superior de Agronomia de Paraguaçu Paulista - ESAPP, Rua Prefeito Jayme Monteiro, 791. Paraguaçu Paulista, SP. 19700-000. Orientador: Prof. Dr. Cleber Daniel de Goes Maciel

Os gramados podem ser utilizados com diferentes propósitos, sendo o principal fator do custo de manutenção é o corte na altura adequada. Com o objetivo de avaliar o crescimento vegetativo e reprodutivo da grama-batatais (Paspalum notatum Flügge), submetida a subdoses dos herbicidas clethodim e sethoxydim, dois experimentos foram conduzidos no campus urbano da Escola Superior de Agronomia de Paraguaçu Paulista-SP/ESAPP. Os experimentos 1 e 2 foram desenvolvidos em gramado já estabelecido, utilizando-se delineamento experimental de blocos casualizados com seis tratamentos e quatro repetições, representados por clethodim nas subdoses de 0,0; 0,00375; 0,0075; 0,015; 0,03 e 0,06 kg i.a. ha-1, assim como pelo sethoxydim a 0,0; 0,01562; 0,03125; 0,0625; 0,125 e 0,25 kg i.a. ha-1. As subdoses de clethodim e sethoxydim promoveram injúrias visíveis à parte aérea a partir dos 7 DAA (dias após aplicação), destacando-se os maiores danos para 0,030 e 0,060 kg.ha-1 de clethotim e 0,125 e 0,25 kg.ha-1 do sethoxydim. Aos 49 DAA, os danos fitotóxicos reduziram drasticamente para todos tratamentos. O teor de clorofila nas folhas não apresentou diferenças significativas entre as subdoses de clethodim e sethoxydim em relação à testemunha, em nenhuma das épocas estudadas. Houve redução progressiva da altura média e no número de inflorescências do gramado em função do incremento das subdoses de clethodim e sethoxydim. Os herbicidas clethodim e sethoxydim apresentam viabilidade na redução vegetativa e reprodutiva da espécie P. notatum, sendo o sethoxydim mais seletivo em relação à preservação das características visuais do gramado.

3. MONOGRAFIAS – RESUMOS

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4. DISSERTAÇÕES – RESUMOS

4.1. COMPORTAMENTO DE AMETRYN E TRIFLOXYSULFURON-SODIUM NO CULTIVO DA CANA-DE-AÇÚCAR E NO SOLO VIVIAN, R. - Universidade Federal de Viçosa, Avenida P. H. Rolfs s/n Campus - UFV CEP 36570-000 - Viçosa – MG. Orientador: Prof. Dr. Antonio Alberto da Silva

Estudou-se a ação de algumas combinações de doses (0; 1,0; 1,5 e 2,0 kg ha-1) e épocas de aplicação (pré e pós-emergência) da mistura comercial ametryn e trifloxysulfuron-sodium no controle de Cyperus rotundus na cultura da cana-de-açúcar. Estudos laboratoriais também foram conduzidos, avaliando a sorção desses herbicidas em seis diferentes solos brasileiros. Em condições de campo, avaliou-se a persistência da mistura comercial, utilizando-se as técnicas de bioensaio e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Tanto em condições de campo como em ensaio conduzido em casa de vegetação, as aplicações em pós-emergência foram mais eficientes na redução da massa seca e número de manifestações epígeas de C. rotundus. Os tratamentos com 1,0 kg ha-1 pré + 1,0 kg ha-1 pós e 2,0 kg ha-1 em pós-emergência da mistura comercial de ametryn + trifloxysulfuron-sodium foram os que apresentaram os melhores resultados. Todavia, observou-se a possibilidade de redução da dose comercial recomendada de 2,0 kg ha-1 em pós-emergência nos estudo conduzidos em casa de vegetação. Com relação ao número e peso de tubérculos vivos, as aplicações em pré-emergência foram superiores às obtidas em pós-emergência, com maior redução do banco de tubérculos de C. rotundus. Pelos estudos de adsorção, verificou-se maior capacidade de retenção de ametryn no Latossolo Vermelho distroférrico - LVdf (Sete Lagoas), o qual apresentou o maior coeficiente de adsorção (Kf) 6,75 mL g-1, correlacionando-se aos maiores teores de material orgânico (MO) e argila (ARG) encontrados nesse solo. Embora tenha sido constatado maior valor de Kf do trifloxysulfuron-sodium no mesmo solo (LVdf), não foram verificadas boas correlações entre a sua adsorção e as variáveis MO (0,28) e ARG (0,48). Esses resultados foram atribuídos à influência de outras características adsortivas dos solos para esse herbicida, como o tipo e quantidade de argilominerais presentes. Nos ensaios de dessorção, o ametryn apresentou menor índice de histerese (H) em relação ao trifloxysulfuron-sodium, o que indica maior potencial de dessorção e, conseqüentemente, risco de lixiviação no perfil dos solos. Pelas avaliações de persistência e lixiviação de ametryn e trifloxysulfuron-sodium em área com cana-de-açúcar, verificaram-se resíduos de ametryn até a profundidade avaliada do solo de 0,20 m, com persistência superior a 180 dias após a aplicação. Entretanto, o mesmo não ocorreu para trifloxysulfuron-sodium, não sendo detectados resíduos desse composto por CLAE, após 18 dias da sua aplicação em pré-emergência, embora seus resíduos tenham sido constatados pelo método biológico. Os estudos enfatizam a necessidade de maior atenção com a aplicação contínua de ametryn em solos cultivados com cana-de-açúcar, em vista dos riscos de lixiviação e contaminação de águas subterrâneas constatados para esse herbicida.

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5. TESES – RESUMOS

5.1. DETERMINAÇÃO DA DERIVA DA MISTURA 2,4-D E GLYPHOSATE COM DIFERENTES PONTAS DE PULVERIZAÇÃO E ADJUVANTES COSTA, A.G.F.- UNESP – Botucatu - Tese (Doutorado em Agronomia / Agricultura). Orientador: Prof. Dr. EDIVALDO DOMINGUES VELINI Co-Orientador: Prof. Dr. PAUL CHARLES HARVEY MILLER

O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos de diferentes pontas de pulverização e adjuvantes sobre a intensidade do processo de deriva, o espectro de gotas e a tensão superficial dinâmica das soluções de aplicação da mistura de 2,4-D e glyphosate. Os ensaios foram realizados no Silsoe Research Institute, Inglaterra. Os tratamentos corresponderam à combinações entre tipos de pontas de pulverização e adjuvantes. As pontas e respectivas pressões utilizadas foram: jato plano convencional de uso amplo XR 11002 (3 e 1,5 bar), jato plano com pré-orifício DG 11002 (3 bar), jato plano defletor com pré-orifício TT 11002 (3 bar), jato plano com pré-orifício e indução de ar AI 11002 (3 bar) e jato cônico vazio TXVS-10 (4 bar). Os adjuvantes e concentrações (v/v) testados foram: Minax (900 g.L-1 de óxido de etileno condensado – alquil fenol) a 0,1%, Ethokem (870 g.L-1 de amina graxa poli ethoxilada) a 0,5%, Actipron [96,8% (p/p) de óleo mineral] a 1,0%, Rigger (840 g.L-1 de óleo vegetal metilado) a 1,0% e Silwet L-77 [80% (p/p) de óxido de poli (alquileno) modificado - heptametil-trisiloxano] a 0,1%. Os herbicidas utilizados foram Headland Staff 500 (500 g.L-1 de 2,4-D, Headland Agrochemicals Ltd, Reino Unido) em mistura com Scorpion (360 g.L-1 de glyphosate, Cardel Agro SPRL, Reino Unido) a 0,8 e 3,5% de concentração (v/v), respectivamente. As aplicações foram realizadas com e sem os herbicidas na calda. A deriva foi avaliada em condições de túnel de vento, com velocidade do fluxo de ar de 2 m.s-1 e umidade relativa do ar a 80%. Os coletores de deriva foram fios de polietileno de 1,98 mm de diâmetro e 2,75 m de comprimento, posicionados horizontalmente a 0,1, 0,2, 0,3, 0,4 e 0,5 m de altura na distância de 2 m do bico de pulverização e a 2, 3, 4, 5, 6 e 7 m de distância na altura de 0,1 m. O corante alimentício “Green S” foi utilizado como traçador. Os coletores foram lavados individualmente com água destilada e as soluções de lavagem analisadas por espectrofotometria. Os depósitos de deriva foram transformados em porcentagem do volume total aplicado. As tecnologias avaliadas em túnel de vento foram caracterizadas quanto ao tamanho de gota, utilizando um analisador Malvern Instruments “Spraytec”, pelo qual se obteve o diâmetro mediano volumétrico (DMV), em µm, e a porcentagem do volume pulverizado com gotas menores que 100 µm. As caldas foram avaliadas quanto à tensão superficial dinâmica (mN.m-1), por meio de um tensiômetro de bolha (Krüss BP2) com o tempo de análise de 1.000 mS. As médias dos resultados foram comparadas pelo intervalo de confiança ao nível de 10% de probabilidade. A ponta de pulverização AI resultou nas menores porcentagens de deriva, seguida do modelo DG. As pontas XR a 3 bar e TX resultaram nos maiores valores de deriva. Os adjuvantes Ethokem e Rigger implicaram nos maiores e menores valores de deriva detectados, respectivamente. Os resultados indicaram que a seleção de uma ponta de pulverização adequada é mais eficiente que um adjuvante para a redução da deriva na aplicação dos herbicidas. A presença dos

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herbicidas na calda de pulverização reduziu o efeito do uso de adjuvantes, em relação à deriva, ao tamanho das gotas e a tensão superficial dinâmica.

5.2. BANCO DE SEMENTES, FLUXO DE EMERGÊNCIA E FITOSSOCIOLOGIA DE COMUNIDADE DE PLANTAS DANINHAS EM AGROECOSSISTEMA DE CANA-CRUA.

KUVA, M. A. - UNESP – Jaboticabal - Tese (Doutorado em Agronomia/Produção Vegetal). Jaboticabal, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n°, Jaboticabal, SP - 14884-900.

Orientador: Prof. Dr. Robinson Antônio Pitelli Co-Orientador: Prof. Dr. Antonio Sérgio Ferraudo

O agroecossistema da cana-de-açúcar vem sendo alterado com a adoção gradativa do sistema de colheita mecanizado, pois além de eliminar a presença do fogo possibilita a manutenção da camada de palha sobre a superfície, reduz a movimentação do solo e altera a dinâmica de herbicidas. Essas alterações promovem modificações nas condições microclimáticas, que por sua vez, afetam a composição especifica das plantas daninhas. Sendo assim, foi objetivo desta pesquisa estudar vários aspectos da comunidade de plantas daninhas em áreas de cana-de-açúcar colhidas no sistema mecanizado e sem queima da palha. Os dados utilizados neste projeto foram coletados durante a safra 2004 em vinte e nove talhões de cana-soca localizados em usinas ou fornecedores da região de Ribeirão-Preto, SP. Foram realizados estudos fitossociológicos baseados no banco de sementes e na flora emergida, de fluxo de emergência, de correlação entre o conteúdo do banco de sementes e da flora emergida, de similaridade entre talhões e de correlações entre variáveis da comunidade infestantes e variáveis edáficas (textura do solo) e relacionadas à cultura (quantidade inicial de palha) e ao seu manejo (época de corte). Concluiu-se que o banco de sementes apresentou em média 350 indivíduos por metro quadrado, porém, foi pouco eficiente para estimar a flora emergente, independentemente da metodologia de determinação e da época de corte da cana. A maior densidade de planta daninha ocorreu entre 90 e 120 dias após o corte, independentemente da época que foi realizada a colheita. Baseado nos dados de densidade, freqüência e biomassa das espécies constatou-se que as espécies mais importantes foram Cyperus rotundus, Ipomoea hederifolia, I nil, outras espécies de convolvuláceas e Euphorbiaceas. O padrão de distribuição nos talhões foi agregado, e os maiores índices foram observados para Cyperus rotundus e para as cordas-de-viola. A análise de agrupamento (Clustter) proporcionou a formação de quatro grupos em função da importância relativa e cinco grupos em função do índice de agregação, sendo que dentro dos grupos foi observado a formação de sub-grupos. A análise de correspondência indicou que no universo de talhões avaliados os maiores valores de importância relativa de Cyperus rotundus correlacionou-se com talhões colhidos nas épocas mais secas e com menores quantidades de palha. Em contrapartida para as cordas-de-viola e demais plantas de folha larga propagadas por sementes houve maior correlação com talhões colhidos na época úmida e com maiores quantidades iniciais de palha.

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5.3. INFLUÊNCIA DO TIPO E QUANTIDADE DE RESÍDUOS VEGETAIS NA EMERGÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS E NA EFICÁCIA DE HERBICIDAS APLICADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA NA CULTURA DA SOJA.

CORREIA, N.M. - UNESP – Jaboticabal - Tese (Doutorado em Agronomia/Produção Vegetal). Jaboticabal, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n°, Jaboticabal, SP - 14884-900.

Orientador: Prof. Dr. JULIO CEZAR DURIGAN

Com o objetivo de avaliar, em condições de campo e na região originalmente sob

cerrado, os efeitos de resíduos vegetais [sorgo de cobertura (híbrido Cober Exp),

milheto forrageiro (var. BN2), capim-pé-de-galinha (Eleusine coracana) e capim-

braquiária (Brachiaria brizantha)] e duas quantidades de palha (3,0 e 5,5 t ha-1, no

primeiro ano do estudo, e 3,5 e 5,8 t ha-1, no segundo) na eficácia de herbicidas

residuais (diclosulam e imazaquin) aplicados em pré-emergência na cultura da soja, foi

conduzido experimento, no ano agrícola 2003/04 e repetido no ano de 2004/05, na

fazenda Três Marcos, em Uberlândia, MG. Os herbicidas diclosulam e imazaquin não

tiveram a eficácia afetada pela presença de palha na superfície do solo, independente

da quantidade. Associados às coberturas, obteve-se melhor controle. No primeiro ano,

após a instalação da cultura da soja, plantas de Eleusine coracana tornaram-se as

principais infestantes na parcela de capim-pé-de-galinha.

Ainda, com o objetivo de avaliar os efeitos do envelhecimento dos resíduos

vegetais de diferentes espécies [sorgo de cobertura (Sorghum bicolor x S. sudanensis

‘Cober Exp’), milheto forrageiro (Pennisetum americanum ‘BN2’), capim-pé-de-galinha

(Eleusine coracana) e capim-braquiária (Brachiaria brizantha)], no controle de Ipomoea

grandifolia, pelos herbicidas diclosulam e imazaquin, aplicados em pré-emergência, foi

conduzido experimento em casa de vegetação, no período de agosto a dezembro de

2004. Foram realizadas determinações químicas nos materiais vegetais em

decomposição. A eficácia do herbicida diclosulam não foi afetada pelo envelhecimento

da palha de nenhuma das coberturas estudadas. Pelo contrário, a associação deste

herbicida a qualquer dos resíduos vegetais estudados, principalmente o de capim-

braquiária, favoreceu o controle da planta daninha. O imazaquin teve o potencial de

controle influenciado pelas coberturas de milheto forrageiro e capim-braquiária, aos 90

dias após a deposição dos resíduos vegetais sobre o solo. Tal comportamento pode ser

atribuído ao enriquecimento de celulose e lignina nos materiais vegetais de milheto

forrageiro e capim braquiária.

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6. RESULTADOS DE PESQUISA

6.1. PREFERÊNCIA ALIMENTAR DO CRISOMELÍDEO Metriona elatior ENTRE AS SOLANÁCEAS JOÁ-BRAVO, BERINJELA E JILÓ

SOUZA, M.C.; AL GAZI, A.D.F.; PITELLI, R.A. – FCAV – UNESP, Campus de

Jaboticabal

Resumo: Com o objetivo de avaliar a preferência alimentar do Crisomelídeo Metriona elatior na presença de joá-bravo, berinjela e jiló, por meio de testes de dupla e tripla escolha foi conduzido um experimento no Núcleo de Estudos e Pesquisas em Matologia da Unesp Jaboticabal. Discos foliares de cada uma das três espécies foram combinados dois a dois (dupla escolha) em placas de petri contendo papel de filtro úmido, para ser consumido por três adultos neo-natos do crisomelídeo. Foram instaladas 15 repetições de cada situação e as placas foram mantidas em estufa BOD na temperatura de 25ºC, umidade de 65% e fotoperíodo de 12 horas. A taxa de predação foi avaliada após períodos de 24 e 48 horas, utilizando notas de zero a dez, sendo zero atribuído a nenhum consumo e 10 atribuído ao consumo total dos discos de folha. O teste de tripla escolha foi conduzido de maneira similar com a diferença de que cada placa de petri havia disco de folhas das três espécies estudadas. Os resultados mostraram que, dentro das limitações do método experimental, foi nítida a preferência alimentar dos adultos de Metriona elatior para folhas Solanum viarum, se alimentando de forma secundária de folhas de S. melongena e de S. gilo, nesta ordem de preferência. Palavras chave: controle biológico, plantas daninhas ABSTRACT: Aiming to evaluate the feeding preference of the crisomelid Metriona elatior involving leaves of Solanum viarum, S. melongena e de S. gilo, a laboratory assay was carried out using leaf dishes in two and three choices tests. In each Petri Dish, it was offered the solanaceous species in a combination of two or three species per plot. In each Petri Dish was released three recently emerged adults. The experimental design was a completely randomized plot, with 15 replications. The assay was conducted under 25ºC, 65% of air moisture and 12 hours of photoperiod. The evaluations were done in a scale from zero (no leaf consumption) to 10 (total consumption). The results showed that, under the method limitations, was clear the feeding preference of Metriona elatior to Solanum viarum. The insects also feed the eggplant and jilo leaves in this sequence of preference. Key words: biological control, weed INTRODUÇÃO

Muitos insetos foram identificados como potenciais agentes de controle biológico

de plantas de Solanum viarum, dentre eles destacam-se dois besouros desfolhadores: Metriona elatior Klug e Gratiana boliviana Spaeth (Chrysomelidae), selecionados em função do grande dano causado nas plantas de em seu habitat natural (MEDAL et al.,

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1996). MEDAL et al., (2002) ainda destacam dois outros insetos promissores como potenciais agentes de controle biológico dessa planta, que são o besouro desfolhador, Platyphora sp. (Chrysomelidae) e o caruncho do botão floral, Anthonomus tenebrosus Boheman (Curcolionidae).

Considerações práticas para utilização dessa família de coleópteros como agentes de controle biológico se baseiam principalmente na facilidade de criação massiva desses insetos (GOEDEN, 1983). Os crisomelídeos são facilmente transportados de uma planta para outra, o que facilita os testes de especificidade. Eles também podem ser facilmente criados confinados, em grande número, em pequenos espaços. Normalmente, as espécies são univoltinas no campo e sua reprodução pode ser freqüentemente induzida em condições artificialmente controlada de temperatura e fotoperíodo. Este comportamento do inseto aumenta a eficiência da criação massal e facilita o ajustamento da espécie em diferentes condições ambientais (SYRETT et al., 1996).

A tendência a monofagia apresentada por muitas espécies da sub-família dos Cassidíneos e, o fato das larvas e adultos utilizarem o mesmo recurso alimentar, associados à baixa taxa de dispersão, estreitam os laços entre esses insetos e suas plantas hospedeiras (STRAUS, 1988). O período de desenvolvimento de M. elatior é rápido, podendo ocorrer de quatro a cinco gerações no ano (PONCE de LEON et al., 1993). Segundo ROSSINI et al. (2002), o quinto instar é o estádio de desenvolvimento larval no qual, o inseto apresenta maior consumo foliar diário, graças ao rápido ciclo de vida. Assim, o presente trabalho procurou avaliar a preferência alimentar de M. elatior em plantas de berinjela (Solanum melogena), jiló (Solanum gilo) e de joá-bravo (Solanum viarum) através de testes de dupla e tripla escolha.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no Laboratório de Controle Biológico de Plantas Daninhas “Prof. Giorgio de Marinis”, Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP, Jaboticabal, SP.

As plantas utilizadas para alimentar os insetos foram cultivadas em condições de casa de vegetação. A semeadura das três espécies foi realizada, inicialmente em bandejas de polietileno com 128 células, contendo substrato orgânico vegetal comercial (PlantMax). Quando as plântulas atingiram o estádio de duas folhas verdadeiras, foram transplantadas para vasos de três litros e preenchidos com mistura de solo, areia, húmus, na proporção de 2:1:1 e adubados com 200 ppm de N, 300 ppm de P e 200 ppm de K, mais 5g/Kg de Yorin.

Os exemplares adultos de M. elatior foram alimentados com plantas de S. viarum e criados em gaiolas (50 x 35 x 30 cm), sob temperatura ajustada a 25 ºC ± 0,5, umidade relativa de 65% ± 5 e fotofase de 12 horas. As massas de ovos foram coletadas a cada dois dias e armazenadas em caixas plásticas do tipo Gerbox, sobre papel de filtro umedecido. Após a eclosão dos ovos, as larvas foram transferidas para plantas de S. viarum, contendo de oito a dez folhas, distribuídas em estantes, de acordo com o estádio de desenvolvimento larval, até atingirem o estádio de pupa. As pupas foram retiradas das folhas com o auxílio de uma pinça e armazenadas em caixas plásticas do tipo Gerbox, em câmara de germinação tipo BOD, com fotofase de 12 horas, temperatura ajusta a 25 ºC ± 0,5 e umidade relativa de 65% ± 5 até emergirem.

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Este procedimento foi para assegurar que os insetos a serem testados não tiveram contato com nenhum tipo de alimento que pudesse influenciar na sua escolha.

Nos testes de dupla escolha foram oferecidas combinações de joá-bravo x berinjela, joá-bravo x jiló, berinjela x jiló. Assim, nos dois primeiros testes as plantas de valor econômico foram confrontadas com a planta daninha e no último ensaio somente as plantas de interesse econômico foram confrontadas entre si. O ensaio foi conduzido em placas de Petri de nove centímetros de diâmetro, com os discos de tecido vegetal dispostos de forma alternada e circular, sobre papel de filtro umedecido, sendo dois discos pertencentes a cada espécie. Os três insetos adultos, sem distinção sexual, recém emergidos, foram liberados no centro da placa.

As placas foram marcadas externamente com caneta marcadora, de modo que pudéssemos identificar os discos de tecido foliar das duas espécies. As placas foram tampadas, sem vedamento e, levadas a BOD, sob fotofase de 12 horas, temperatura de 25ºC ± 0,5, umidade relativa de 65% ± 5 e avaliadas após 24 horas. Quarenta e oito horas após a instalação, o consumo foliar foi avaliado por meio de nota de zero a 10, onde zero significava nenhum consumo e 10 indicava que todo a segmento de folha havia sido consumido pelo inseto.

O teste de tripla escolha visou testar a preferência de M. elatior em relação as três espécies disponíveis ao mesmo tempo. O experimento foi conduzido em placas de Petri de 20 centímetros de diâmetro, com seis discos de tecido vegetal dispostos de forma alternada e circular a placa, sendo dois de cada espécie. Os procedimentos seguintes foram semelhantes aos realizados para os testes de dupla escolha.

Para o teste de dupla escolha foi utilizado o teste de Tukey com delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC), e para o teste de tripla escolha, foi utilizado o teste de Tukey em parcelas sub-divididas com delineamento experimental de blocos casualizados (DBC). RESULTADO E DISCUSSÃO

Os resultados do teste de dupla escolha entre joá-bravo x jiló mostram que os adultos de M. elatior apresentaram maior consumo foliar do S. viarum (Tabela 01). No desdobramento dos graus de liberdade da interação Espécies x Perído de Consumo os resultados foram similares para os 24 e 48 horas, com maior consumo das folhas da planta daninha (Tabela 02). Para o joá-bravo, o consumo foliar continuou elevado entre 24 e 48 horas (3,24 cm2) e foi menor nas folhas de jiló (1,34 cm2).

Na comparação entre joá-bravo x berinjela, também foi observado maior consumo de área foliar na planta daninha (Tabela 01). O desdobramento dos graus de liberdade da interação entre Espécies e Período de Consumo acusou diferença estatisticamente significativa entre as duas espécies apenas na avaliação de 48 horas, sempre com maior consumo para o S. viarum (Tabela 02). O consumo foliar de joá-bravo foi de 2,97 cm2 entre as avaliações de 24 e 48 horas, enquanto para a berinjela foi de 1,33 cm2.

Quando confrontadas apenas as espécies de valor comercial, os resultados mostram que0 ocorreu um consumo significativamente maior de berinjela em comparação com o jiló (Tabela 01) e as taxas de predação relativa entre as mesmas foi similar nos períodos de 24 e 48 horas, uma vez que a interação entre as duas variáveis não foi estatisticamente significativa (Tabela 02). Para todas as comparações o consumo foliar foi maior no período de 48 horas, o que é esperado (Tabelas 01 e 02).

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Tabela 1: Avaliação de consumo médio de área foliar de Solanum viarum pelo crisomelídeo Metriona elatior em parcelas sub-divididas pelo teste de Tukey, com respectivos desdobramentos da análise variância (F) e dos desdobramentos, a partir de testes de dupla escolha.

ESPÉCIES (E) JOÁ x JILÓ JOÁ x BRINJELA JILÓ x BERINJELA Teste F (E) 16,28** 4,11* 6,55* Teste F (T) 119,11** 71,82** 141,32** F interação ExT 20,62** 10,36** 1,32 NS JOÁ 4,85 A 4,22 A - JILÓ 2,70 B - 3,83 B BERINJELA - 2,73 B 5,25 A DMS 1,1 1,5 1,13 TEMPO DE EXPOSIÇÃO (T) 24 h 2,63 B 2,40 B 3,20 B 48 h 4,92 A 4,55 A 5,83 A DMS 0,43 0,52 0,44 CV parcela 54,67 81,54 47,2 CV sub-parcela 21,46 28,28 18,53

NS: não-significativo pelo teste F * significativo pelo teste F a 5% de probabilidade ** significativo pelo teste F a 1% de probabilidade DMS: Diferença mínima significativa CV: Coeficiente de variação Letras maiúsculas representam avaliação na coluna e letras minúsculas avaliação na linha

Em testes de dupla escolha, o Metriona elatior mostrou preferência por predação em folhas de joá-bravo, em relação às duas espécies de valor econômico e, entre estas últimas, a preferência de predação foi para a berinjela.

Tabela 2: Interação espécie (E) x tempo de exposição (T) da avaliação de consumo

médio de área foliar de S. viarum pelo crisomelídeo M. elatior a partir do teste de dupla escolha.

Interação E x T 24 h 48 h Teste F 24 h 48 h Teste F

Teste F (E x T) 4,39* 29,33** 0,74 NS 8,82** JOÁ 3,23 Ba 6,47 Aa 119,43** 2,73 Ba 5,70 Aa 13,81** JILÓ 2,03 B b 3,37 A b 20,31** - - -

BERINJELA - - - 2,07 Ba 3,40 A b 68,37** DMS 0,61 0,52 NS: não-significativo pelo teste F * significativo pelo teste F a 5% de probabilidade ** significativo pelo teste F a 1% de probabilidade DMS: Diferença mínima significativa Letras maiúsculas representam avaliação na coluna e letras minúsculas avaliação na linha

No teste de tripla escolha foram confrontadas, ao mesmo tempo, as espécies de

valor comercial com a planta daninha (berinjela x jiló x joá-bravo). Após um período de 24 horas de exposição, o joá-bravo sofreu maior consumo foliar em relação à berinjela

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e, esta em relação ao jiló. O consumo também foi maior no período de 24 horas de exposição (Tabela 03).

Tabela 3: Avaliação de consumo médio de área foliar de Solanum viarum pelo

crisomelídeo Metriona elatior em parcelas sub-divididas pelo teste de Tukey, com respectivos desdobramentos da análise variância (F) e dos desdobramentos, a partir do teste de tripla escolha.

ESPÉCIES (E) ÁREA FOLIAR CONSUMIDA

Teste F (E) 15,71** Teste F (T) 71,78** F interação ExT 12,11** JOÁ 3,27 A BERINJELA 2,12 B JILÓ 0,97 C Bloco 1,15 NS DMS 1,02 TEMPO DE EXPOSIÇÃO (T) 24 h 1,45 B 48 h 2,78 A DMS 0,32 CV parcela 75,09 CV sub-parcela 34,97

NS: não-significativo pelo teste F * significativo pelo teste F a 5% de probabilidade ** significativo pelo teste F a 1% de probabilidade DMS: Diferença mínima significativa CV: Coeficiente de variação Letras maiúsculas representam avaliação na coluna e letras minúsculas avaliação na linha Tabela 4 - Interação espécie (E) x tempo de exposição (T) da avaliação de consumo

médio de área foliar de S. viarum pelo crisomelídeo M. elatior a partir do teste de tripla escolha.

Interação E x T 24 h 48 h Teste F Teste F (E x T) 5,34** 24,79**

JOÁ 2,07 Ba 4,47 Aa 78,83** BERINJELA 1,67 B ab 2,57 A b 11,09**

JILÓ 0,63 B b 1,30 A c 6,08* DMS 0,55

NS: não-significativo pelo teste F * significativo pelo teste F a 5% de probabilidade ** significativo pelo teste F a 1% de probabilidade DMS: Diferença mínima significativa Letras maiúsculas representam avaliação na coluna e letras minúsculas avaliação na linha

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O desdobramento dos graus de liberdade dos tratamentos da interação Espécies x Período de consumo mostra que após 24 horas de exposição, o consumo de folhas joá-bravo foi significativamente maior que ao de folhas de jiló. Neste período, o consumo foliar de berinjela foi intermediário entre as duas espécies, não diferindo estatisticamente das outras. Após o período de 48 horas de exposição, houve diferença estatística entre os consumos foliares das três espécies, sendo maior para joá-bravo, depois berinjela e, por último, jiló (Tabela 04).

Este tipo de teste de especificidade é preliminar e têm valor bastante relativo indicando que, sob alguma circunstância, o M. elatior pode predar folhas de berinjela e de jiló. Estes testes conduzidos em placas de petri fechadas podem induzir a falsos-positivos e falsos-negativos, principalmente devido à liberação de compostos secundários voláteis pelos discos de tecidos foliares, que no pequeno volume disponível pode ter atingido elevadas concentrações e confundido o inseto, acarretando no maior número de teste de prova. Apesar de grande parte do repertório de comportamento dos insetos ser geneticamente programada e inata, alguma plasticidade genética existe, possibilitando aos indivíduos mudanças no comportamento para atender ás necessidades momentâneas impostas pelo meio (PALLINI & VILELA, 2002). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA GOEDEN, R. D. Critique and revision of Harris’ scoring system for selection of insect agents in biological control of weeds. Protection Ecology, Amsterdam, v. 5, p. 287-301, 1983. MEDAL, J. C.; CHARUDATTAN, R.; MULLAHEY, J. J.; PITELLI, R. A. An exploration insect survey of tropical soda apple in Brazil and Paraguay. Florida Entomologist, Gainesville, v. 79, n.1, p. 70-73, 1996. MEDAL, J. C.; SUDBRINK, D.; GANDOLFO, D.; OHASHI, D.; CUDA, J. P. Gratiana boliviana, a potential biocontrol agent of Solanum viarum: Quarantine host-specificity testing in Florida and field surveys in South America. BioControl, Kluwer Academic Publishers, v. 47, n. 4, p. 445-461, 2002. PONCE De LEON, R.; MORELLI, E.; GONZALEZ VAINER, P. Observaciones de campo sobre la biologia de Metriona elatior (Col.: Chrysomelidae) en Solanum elaeagnifolium (Solanaceae) del Uruguay. Entomophaga, Paris, v. 38, n.4, p. 461-464, 1993. ROSSINI, A.; GRAVENA, R.; BORTOLI, S. A.; PITELLI, R. A.; SANTANA, A. E. Aspectos biológicos de Metriona elatior Klug (Coleoptera, Chrysomelidae, Cassidinae) sobre plantas de Solanum viarum Dunal (Solanaceae). Acta Scientiarum, Maringá, v. 24, n. 5, p. 1433-1438, 2002. STRAUS, S. Y. The Chrysomelidae: a useful group for investigating herbivore-herbivore interactions. In: JOLIVET, P.; PETITPIERRE, E.; HSIAO, T. H. Biology of Chrysomelidae. London: Kluwer, 1988. p. 91-105. SYRETT, P.; FOWLER, S. V.; EMBERSON, R. M. Are chrysomelid beetles effective agents for biological control of weeds? In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON

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BIOLOGICAL CONTROL OF WEEDS, 9., 1996, Stellenbosch. Proceedings... Stellenbosch: University of Cape Town, South Africa, 1996. p. 399-407. VILELA, E. F.; PALLINI, A. Uso dos semioquímicos no controle biológico de pragas. In: Parra, J.R.; Botelho, P.S.M.;Correa-Ferreira, B.S.;Bento, J.M.S. (Org.). Controle Biológico no Brasil: parasitóides e predadores. 1 ed. Barueri: Editora Manole Ltda, 2002, v. 1, p. 529-542.

6.2. SISTEMAS DE MANEJO DE PLANTAS DANINHAS PARA SEMEADURA DIRETA DA CULTURA DA MAMONA

Cleber D. de Goes Maciel1, Juliana P. Poletine1, Edivaldo D. Velini2, Maurício D.

Zanotto2, José G. Carvalho do Amaral3, Rodrigo B. Ribeiro4, Márcio Rodrigues4, Michel A. Raimondi4

RESUMO - Com objetivo de avaliar a utilização de diferentes sistemas de dessecação de plantas daninhas para formação de cobertura vegetal e implantação da cultura da mamona em condição de semeadura direta, um experimento foi conduzido em área experimental da Fazenda Modelo da Escola Superior de Agronomia de Paraguaçu Paulista, SP. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos estudados foram constituídos pelas misturas em tanque de herbicidas: glyphosate (1440 g e.a./ha); glyphosate + 2,4-D (1440 + 670 g e.a./ha); glyphosate + carfentrazone (1440 g e.a + 8 g i.a./ha); glyphosate + chlorimuron-ethyl (1440 g e.a + 12,5 g i.a./ha); glyphosate + flumioxazin (1440 g e.a + 25 g i.a./ha) e diuron + paraquat (300 + 600 g i.a./ha). Nas condições estudadas, a dessecação da infestação com glyphosate (1440 g e.a./ha); glyphosate + 2,4-D (1440 + 670 g e.a./ha); glyphosate + carfentrazone (1440 g e.a + 8 g i.a./ha); glyphosate + chlorimuron-ethyl (1440 g e.a + 12,5 g i.a./ha) apresentaram-se viáveis como operação de manejo em sistemas de semeadura direta da cultura da mamona. INTRODUÇÃO

O uso de herbicidas na cultura da mamoneira apesar de não ser o método mais difundido entre os produtores, é provavelmente o mais prático e econômico, principalmente para cultivos mais tecnificados em grandes áreas. Com a redução do espaçamento entre plantas, em função da mecanização da cultura da mamona desde a semeadura até colheita, possibilitada pelos novos materiais de porte baixo, o uso de herbicidas em pré-semeadura, também conhecido como dessecação de manejo, será prática obrigatória em cultivos realizados no sistema de plantio direto.

Segundo Rizzardi e Fleck (2002), a adoção do sistema de semeadura direta possibilita maior flexibilidade na época de semeadura das culturas, permitindo que as mesmas sejam estabelecidas desde logo até vários dias após o manejo da cobertura

1 Prof Dr. Departamento de Ciências Biológicas e Fitossanitárias da Escola Superior de Agronomia de Paraguaçu

Paulista - ESAPP. Paraguaçu Paulista, São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected] 2 Prof Dr. Departamento de Produção Vegetal, Universidade Estadual Paulista - FCA, Botucatu/SP.

3 CETADI, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - SAA-SP, Bauru/SP.

4Alunos do curso de Agronomia da ESAPP, Paraguaçu Paulista, São Paulo, Brasil.

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vegetal antecessora. Nesse contexto, o aumento nos resíduos da cobertura vegetal atrasa e reduz a emergência das plantas daninhas, ampliando o período disponível para remoção da erva. Para Procópio et al. (2006), o manejo químico de plantas daninhas antes da semeadura das culturas pode apresentar variações, devendo ser ajustado de acordo com as espécies de plantas daninhas presentes, o nível de infestação, as condições climáticas e edáficas e o tipo de cultura a ser semeada na área.

Atualmente, devido à conhecida versatilidade do óleo e de programas de incentivos como o “Biodiesel”, têm-se ampliado as expectativas do aumento da demanda do óleo da mamona no mercado mundial (Amaral, 2003). Apesar de sua importância, a situação da ricinocultura é precária, faltando sementes melhoradas, cultivares resistentes às doenças e sistemas racionais de cultivo que permitam ao produtor retorno condizente com o capital e serviço familiar investido. Com relação ao manejo de plantas daninhas na cultura mamona, Azevedo et al. (2001) relataram o cenário nacional como sendo bastante empírico e deficiente, em função de haver perdas de rendimento devido à ausência de informações.

Desta forma, o trabalho teve como objetivo avaliar a utilização de diferentes sistemas de dessecação de plantas daninhas para formação de cobertura vegetal e implantação da cultura da mamona em condição de semeadura direta.

MATERIAL E MÉTODOS

Na safra 2004/2005, um experimento foi conduzido na Fazenda Modelo da Escola Superior de Agronomia de Paraguaçu Paulista, SP em LATOSSOLO VERMELHO distrófico (textura arenosa), utilizando-se o híbrido Savana, semeada no espaçamento de 0,50 x 1,0 m entre linhas e plantas oito dias após dessecação da cobertura vegetal. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com 6 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos estudados foram constituídos pelas misturas em tanque de herbicidas: T1-glyphosate (1440 g e.a./ha); T2-glyphosate + 2,4-D (1440 + 670 g e.a./ha); T3-glyphosate + carfentrazone (1440 g e.a + 8 g i.a./ha); T4-glyphosate + chlorimuron-ethyl (1440 g e.a + 12,5 g i.a./ha); T5-glyphosate + flumioxazin (1440 g e.a + 25 g i.a./ha) e T6-diuron + paraquat (300 + 600 g i.a./ha). Em complemento, em pós-emergência da cultura, foram realizadas aplicações em todos os tratamentos dos herbicidas clethodim (0,084 kg i.a./ha) e chlorimuron-ethyl (12,5 g i.a./ha), aos 25 e 30 DAE (Dias Após Emergência), respectivamente.

A comunidade infestante média da área experimental, encontrada no momento da aplicação de manejo, era constituída principalmente de Cenchrus echinatus (79 plantas/m2), Digitaria horizontalis (60 planta/m2), Sida rhombifolia (15 plantas/m2), Desmodium tortuosum (4 plantas/m2), Ipomoea grandifolia (4 plantas/m2), Acanthospermum hspidum (3 plantas/m2), e Commelina benghalensis (3 plantas/m2). Nas aplicações em pós-emergência, a comunidade infestante prevalecente era constituída principalmente pelas gramíneas Cenchrus echinatus (54 plantas/m2) e Digitaria horizontalis (33 planta/m2), ambas em estádios de 2 a 5 folhas.

A aplicação dos herbicidas foi realizada utilizando-se um pulverizador costal pressurizado a CO2, equipado com quatro pontas jato plano XR11002 VP, espaçadas de 0,5 m, posicionadas a 0,5 m da superfície do solo e em pressão de trabalho de 2,1 kgf/cm2, com consumo de calda de 200 L/ha. As características culturais avaliadas

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foram: fitointoxicação da cultura e controle da infestação (SBCPD, 1995) por meio de notas visuais, em que 0% corresponde à ausência de injúrias e 100% à morte das plantas; sementeira de plântulas germinadas após dessecação (plântulas/m2) aos 10, 20 e 30 DAD (Dias Após Dessecação), altura (cm) do primeiro racemo, diâmetro mediano do caule (mm) e produtividade (kg/ha).

Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F e as suas médias comparadas pelo teste de Tukey a de 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Nenhum dos tratamentos desenvolvidos na operação de manejo promoveu alterações nos aspectos visuais da cultura da mamona em relação a efeitos fitotóxicos, sendo apenas inicialmente observada leve redução de porte das plantas para os tratamentos com glyphosate + 2,4-D (1440 + 670 g e.a./ha), glyphosate + flumioxazin (1440 g e.a + 25 g i.a./ha) e diuron + paraquat (300 + 600 g i.a./ha). Com relação a eficiência do manejo das plantas daninhas, todos os tratamentos com glyphosate isolado ou em mistura em tanque proporcionaram controle excelente da infestação até os 20 DAD, sendo que aos 30 DAD apenas o glyphosate isolado (1440 g e.a./ha), glyphosate + carfentrazone (1440 g e.a + 8 g i.a./ha) e a mistura pronta diuron + paraquat (300 + 600 g i.a./ha) apresentavam-se inferiores aos demais tratamentos com glyphosate. Em relação ao surgimento de sementeira da infestação (complexo de espécies mono e dicotiledôneas) após operação de manejo, os maiores níveis foram constatados para os tratamentos com glyphosate e diuron + paraquat (Tab. 1). Com relação a altura do primeiro racemo e diâmetro do caule da mamoneira (Tab. 2), apenas o manejo da infestação com diuron + paraquat causaram reduções significativas aos referidos parâmetros, uma vez que devido a operação de manejo não ter sido eficiente, dificultou o controle em pós-emergência da infestação, assim como também há possibilidade, apesar de menor, de ter ocorrido interferência pelo efeito residual do diuron sobre a cultura. Apenas nas operações de manejo com os tratamentos diuron + paraquat e glyphosate + flumioxazin (1440 g e.a + 25 g i.a./ha) apresentaram redução significativa de produtividade da cultura da mamona, diferindo-se dos demais sistemas de manejo onde as produtividades foram superiores a 2.000 kg/ha (Tab. 2). Entretanto, em relação ao custo do tratamento e ao rendimento obtido nas condições estudadas, todos os melhores sistemas de manejo que envolveram misturas em tanque foram significativamente semelhante a aplicação isolada de glyphosate (1440 g e.a./ha). CONCLUSÕES A dessecação da infestação com glyphosate (1440 g e.a./ha); glyphosate + 2,4-D (1440 + 670 g e.a./ha); glyphosate + carfentrazone (1440 g e.a + 8 g i.a./ha); glyphosate + chlorimuron-ethyl (1440 g e.a + 12,5 g i.a./ha) apresentaram-se viáveis como operação de manejo em sistemas de semeadura direta da cultura da mamona.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, J. G. C. do. Variabilidade genética para características agronômicas entre progênies autofecundadas de mamona (Ricinus communis L.) cv. AL

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Guarany 2002. 2003. 59p. Tese (Doutorado em Agronomia) – Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2003. AZEVEDO, D.M.P. de ; BELTRÃO, M.E.S.; NÓBREGA, L.B. da; VIEIRA, D.J. Plantas Daninhas e seu controle. In: AZEVEDO, D.M.P. de ; LIMA, E.F. O agronegócio da mamona no Brasil. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2001. p.161-189. PROCÓPIO, S.O. et al. Efeitos de dessecantes no controle de plantas daninhas na cultura da soja. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 24, n. 1, p. 193-197, 2006. RIZZARDI, M.A.; FLECK, N.G. A época de semeadura da soja em relação a dessecação da cobertura vegetal influencia na interferência e no controle de plantas daninhas. Revista Plantio Direto, Passo Fundo-RS, n.71, p 26 a 28, 2002. SAVY FILHO, A. Mamona: Tecnologia Agrícola. Campinas: EMOPI, 2005. 105p. SOCIEDADE BRASILEIRA DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS. Procedimentos para instalação, avaliação e análise de experimentos com herbicidas. Londrina: SBCPD, 1995. 42p.

6.3. LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS DANINHAS NA HEVEICULTURA DO MUNICÍPIO DE GARÇA, SP.

MACIEL, C.D.G.; ARTIOLI, J.C.; FERREIRA, R.V.; SILVA, T.R.M.; SANTOS, HR Departamento de Ciências Biológicas e Fitossanitárias da Escola Superior de

Agronomia de Paraguaçu Paulista - ESAPP. Paraguaçu Paulista, São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected]

RESUMO Com objetivo de identificar o comportamento da comunidade infestante através de levantamento fitossociológico na cultura da seringueira no Município de Garça-SP, um experimento foi conduzido em Março de 2006, através do levantamento florístico das plantas daninhas de quatro localidades em culturas em fase de produção, por meio de arremesso aleatório de duzentos quadrados com área interna de 0,25 m², totalizando 50 m² para cada região. As plantas daninhas foram quantificadas e identificadas segundo gênero, espécie, família e nome popular. No levantamento foram encontradas 38 espécies, distribuídas em 14 diferentes famílias, onde a Compositae (9), Poaceae (8) e Euphorbiaceae (4) registraram os maiores números de espécies em análise conjunta e individual nas quatro regiões. As espécies que apresentaram as maiores freqüências relativas (Fre%) foram: Oxalis latifolia (Oxalidaceae), Ageratum conyzoides (Compositae), Phyllanthus tenellus (Euphorbiaceae), Sida rhombifolia (Malvaceae) e Commelina benghalensis (Commelinaceae). As espécies com maior Índice de Valor de Importância (IVI), em ordem decrescente, foram as eudicotiledôneas: O. latifolia > P. Tenellus > S. grisebachii > S. rhombifolia > A. conyzoides > C. benghalensis. Palavras-chave: Seringueira, Hevea spp, identificação.

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ABSTRACT With the objective of identifying the weed community behavior by phytosociological survey in rubber crop, at Garça Municipal District, São Paulo State, an experiment was developed during March, 2006, through the floristic survey of weeds in four locations containing rubber crop in yield stage, throwning in a randomized condition, two hundred squares with inside area of 0,25 m², totalizing 50 m² for each location. Weeds were quantified and identified by kinds, species, botanical families and popular name. In the survey were found 38 species, distributed into 14 distinct botanical families, with Compositae (9), Poaceae (8) and Euphorbiaceae (4) registering the largest species numbers in group and individual analysis in the four locations. Species that presented the largest relative frequencies (Fre%) were: Oxalis latifolia (Oxalidaceae), Ageratum conyzoides (Compositae), Phyllanthus tenellus (Euphorbiaceae), Sida rhombifolia (Malvaceae) and Commelina benghalensis (Commelinaceae). Species presenting major Importance Value Index (IVI), in decreasing order, were: O. latifolia > P. Tenellus > S. grisebachii > S. rhombifolia > A. conyzoides > C. benghalensis. Key words: Rubber tree, Hevea spp, identification. INTRODUÇÃO

Nas condições do Brasil, uma flora muito ampla de plantas indesejáveis ocorre na cultura da seringueira. Segundo Victoria Filho (1986), na heveicultura brasileira existe plantas daninhas que competem agressivamente na fase inicial de desenvolvimento da cultura, ou seja, que são pouco tolerantes ao sombreamento, assim como outras que competem mesmo após o seu fechamento.

Uma vez que as comunidades infestantes podem variar sua composição florística em função do tipo e intensidade de tratos culturais impostos, o reconhecimento das espécies presente torna-se fundamental, principalmente quando se considera o custo financeiro e ambiental da utilização de produtos químicos. Dessa maneira, é importante investir em métodos eficientes que auxiliem no conhecimento da comunidade infestante (Erasmo et al., 2004).

Todas as definições para plantas daninhas envolvem caráter econômico ou de indesejabilidade (Blanco, 1985). Nesse contexto, o método mais utilizado no reconhecimento florísticos em áreas agrícolas ou não é o levantamento fitossociológico, o qual conceitua a ecologia da comunidade vegetal e envolve as inter-relações de espécies no espaço e, de certo modo, no tempo (Martins, 1985).

Para Godoy et al. (1995), a composição das populações das plantas daninhas em um agroecossistema é reflexo das suas características edáfoclimáticas e práticas agronômicas adotadas, como manejo do solo e aplicação de herbicidas. Pitelli (2000) afirma que índices fitossociológicos são importantes para analisar o impacto que os sistemas de manejo e as práticas agrícolas exercem sobre a dinâmica de crescimento e ocupação de comunidades infestantes nos diferentes agroecossistemas. Entretanto, uma breve revisão de literatura demonstra a ausência de informações sobre a freqüência da comunidade infestante prevalente para cultura da seringueira (Hevea spp), nas diferentes regiões do Brasil.

O trabalho teve como objetivo identificar e quantificar o comportamento da comunidade infestante através de levantamento florístico na cultura da seringueira no Município de Garça-SP, região pertencente ao Centro-oeste Paulista.

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MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido em março de 2006, utilizando-se quatro áreas de produção de seringueira representadas pelas localidades: a) E.T.E. (Rododvia Deputado Paulo Ornellas Carvalho de Barros) a 22º 14’ 16’’ latitude sul e 49º 38’ 10,3’’ latitude oeste, a 679 m de altitude; b) Fazenda Igore (área da represa) a 22º 14’ 55,2’’ latitude sul e 49º 35’ 57’’ latitude oeste, a 671 m de altitude; c) Fazenda Igore (área da entrada) a 22º 14’ 48,5’’ latitude sul e 49º 36’ 22,1’’ latitude oeste, a 676 m de altitude e d) Sitio das Fontes a 22º 14’ 6,5’’ latitude sul e 49º 39’ 22,3’’ latitude oeste, a 680 m de altitude, ambas localizadas no Município de Garça-SP, região pertencente ao Centro-oeste Paulista.

Para caracterização do estudo fitossociológico das quatro localidades foram arremessados aleatoriamente, a cada 15 metros lineares, duzentos quadrados vazados com área interna de 0,25 m² (0,50 x 0,50 m) e totalizando área de 50 m² das respectivas áreas estudadas, sempre desconsiderando as bordaduras da cultura, de forma semelhante às metodologias descritas por LARA et al. (2003) e BRIGHENTI et al. (2003). Em cada quadro amostrado, as plantas daninhas foram quantificadas e identificadas segundo gênero, espécie, família e nome popular.

A partir das espécies presentes nas amostragens foram calculados os parâmetros fitossociológico: Número de indivíduos por espécie; Número de parcelas em que a espécie esta presente; Freqüência (índice da ocorrência das espécies em cada quadrado); Densidade (índice da quantidade de indivíduos de uma mesma espécie em cada quadrado); Abundância (concentração das espécies nos diferentes pontos da área total - 50,0 m²); Freqüência relativa, Densidade relativa e Abundância relativa (relaciona uma dada espécie a todas demais encontradas nas áreas); índice de valor de importância (demonstra as espécies que mais ocorrem em cada área).

De forma semelhante aos trabalhos desenvolvidos por BRANDÃO et al. (1998) para o cálculo dos parâmetros foram utilizadas as seguintes fórmulas:

Freqüência (Fre) = Nº de parcelas que contém a espécie Nº total de parcelas utilizadas

Densidade (Den) = Nº total de indivíduos por espécie Área total coletada

Abundância (Abu) = Nº total de indivíduos por espécie x Nº total de parcelas contendo a espécie

Freqüência Relativa (Frr) = Freqüência da espécie x 100 Freqüência total de todas as espécies

Densidade Relativa (Der) = Densidade da espécie x 100 Densidade total de todas as espécies

Abundância Relativa (Abr) = Abundância da espécie x 100 Abundância total de todas as espécies

Índice de Valor de Importância (IVI) = Frr + Der + Abr

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57

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O levantamento florístico das plantas daninhas na cultura da seringueira

realizado no Município de Garça/SP, totalizou 3918 indivíduos, respectivamente, encontrados nas quatro localidades amostradas, os quais foram representados por um total de 38 espécies, distribuídas em 14 diferentes famílias (Tabelas 1 e 2).

Os resultados apresentados nas Tabelas 1 e 2 indicam que as famílias Compositae (9), Poaceae (8) e Euphorbiaceae (4) foram as que registraram os maiores números de espécies em análise conjunta e individual nas quatros regiões amostradas. Entretanto, as cinco espécies que registraram as maiores freqüências relativas (Fre%) foram Oxalis latifolia (Oxalidaceae), Ageratum conyzoides (Compositae), Phyllanthus tenellus (Euphorbiaceae), Sida rhombifolia (Malvaceae) e Commelina benghalensis (Commelinaceae), respectivamente representadas por níveis de 10,3%, 7,6%, 7,0%, 6,3% e 6,0%.

Com relação à densidade (Den), na Tabela 2 destacaram-se nas áreas amostradas, por ordem decrescente, as espécies pertencentes às famílias Oxalidaceae; Euphorbiaceae; Compositae; Malvaceae/ Compositae; Commelinaceae e Cyperaceae, respectivamente representadas por O. latifolia (20,9% plantas.m-2), P. tenellus (14,5% plantas.m-2), Synedrellopsis grisebachii (8,1% plantas.m-2), S. rhombifolia e A. conyzoides (7,2% e 7,0% plantas.m-2), C. benghalensis (6,0% plantas.m-2) e Cyperus iria/ Cyperus rotundus (4,2 e 4,0 plantas.m-2).

Para a abundância (Abu), parâmetro importante que revela as espécies que apareceram em reboleiras, destacou-se no levantamento as espécies P. tenellus (7,8%), O. latifolia (7,6%), S. grisebachii (5,7%), C. rotundus (5,0%), S. rhombifolia, Marsypianhes chamaedrys (4,2%, Fam. Labiatae) e Portulaca oleracea (4,0% Fam. Portulaceae) (Tabela 2). Neste sentido, através da estimativa da abundância poder-se-ia admitir métodos próprios para o controle das referidas espécies mais prevalecentes, uma vez que segundo DEUBER (1997) a escolha dos métodos de manejo ou, mesmo da combinação de métodos para áreas de reflorestamento e/ou seringueiras, depende do conhecimento das infestantes (composição e densidade).

Para o valor de importância (IVI), as principais espécies de plantas daninhas presentes no levantamento nas culturas da seringueira do Município de Graça/SP, em ordem decrescente de importância, foram as eudicotiledôneas: O. latifolia > P. Tenellus > S. grisebachii > S. rhombifolia > A. conyzoides > C. benghalensis (Tabela 2).

É importante ressaltar, que o conhecimento prévio da composição florística das plantas daninhas na heveicultura, assim como do comportamento das mesmas em diferentes nos diferentes estágios fenológicos da cultura, permite antecipar a organização de estratégias preventivas e/ou de menor custo, principalmente para o manejo da infestação através de herbicidas. Nesse contexto, como para a condição de seringueiras em produção foram poucas as espécies predominantes nas referidas áreas estudadas do Município de Garça/SP, poder-se-ia adotar medidas efetivas para o controle e/ou erradicação apenas para as espécies de maior ocorrência, através da combinação de diferentes formas de manejo e até mesmo pela utilização de herbicidas específicos.

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Tabela 1. Número de espécies de plantas daninhas identificadas por família em

levantamento fitossociológico em quatro áreas de cultura da seringueira, no

Município de Garça-SP.

Número de espécies de plantas daninhas identificadas

FAMILIA E.T.E.

Fazenda Igore

(Represa)

Fazenda Igore

(Entrada)

Sítio das Fontes

TOTAL

Amaranthaceae 01 - 01 - 02 Caesalpinaceae - 01 - - 01 Commelinaceae 02 01 01 01 05 Compositae 06 06 08 07 27 Convolvulaceae 02 01 02 02 07 Cyperaceae 02 01 01 02 06 Euphorbiaceae 02 02 02 02 08 Labiatae 01 - - 01 02 Malvaceae 01 01 02 02 06 Oxalidaceae 01 01 01 01 04 Poaceae 06 04 03 06 19 Portulaceae - - - 02 02 Rubiaceae 01 01 01 01 04 Solanaceae 01 01 01 01 04

CONCLUSÕES

No levantamento fitossociológico das plantas daninhas em seringais em fase

de produção do Município de Garça/SP foram identificadas 38 espécies, distribuídas em

14 diferentes famílias, onde as famílias Compositae, Poaceae e Euphorbiaceae

registraram os maiores números de espécies. As espécies com maior Índice de Valor

de Importância (IVI) foram as eudicotiledôneas: Oxalis latifolia > Phyllanthus Tenellus >

Synedrellopsis grisebachii > Sida rhombifolia > Ageratum conyzoides > Commelina.

benghalensis.

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Tabela 2. Relação das espécies de plantas daninhas encontradas em levantamento fitossociológico de quatro áreas de cultura da seringueira no Município de Garça/SP. FAEF, Garça-SP, 2006.

Espécie Nome Popular Família N° de quadros

N° de Indivíduos

Freqüência

Densidade

Abundância Freqüência Relativa(%)

Densidade Relativa(%)

Abundância Relativa(%)

Índice de Valor de

Importância Oxalis sp Azedinho Oxalidaceae 108 820 1,08 32,80 8 10,33 20,93 7,65 38,92

Phyllanthus tenellus Quebra-pedra Euphorbiaceae 73 568 0,73 22,72 8 6,99 14,50 7,84 29,32

Synedrellopsis grisebachii Agriãozinho Compositae 56 319 0,56 12,76 6 5,36 8,14 5,74 19,24

Sida rhombifolia Guanxuma Malvaceae 66 283 0,66 11,32 4 6,32 7,22 4,32 17,86

Ageratum conyzoides Mentrasto Compositae 79 275 0,79 11,00 3 7,56 7,02 3,51 18,09

Commelina benghalensis Trapoeraba Commelinaceae 63 234 0,63 9,36 4 6,03 5,97 3,74 15,74

Cyperus iria Junça Cyperaceae 54 165 0,54 6,60 3 5,17 4,21 3,08 12,46

Cyperus rotundus Tiririca Cyperaceae 32 158 0,32 6,32 5 3,06 4,03 4,98 12,07

Emilia sonchifolia Falsa-serralha Compositae 59 126 0,59 5,04 2 5,65 3,22 2,15 11,01

Setaria geniculata Capim rabo de raposa Poaceae 34 119 0,34 4,76 4 3,25 3,04 3,53 9,82

Bidens sp. Picão-preto Compositae 48 117 0,48 4,68 2 4,59 2,99 2,46 10,04

Richardia brasiliensis Poaia-branca Rubiaceae 40 101 0,40 4,04 3 3,83 2,58 2,54 8,95

Cenchurus echinatus Capim-carrapicho Poaceae 43 99 0,43 3,96 2 4,11 2,53 2,32 8,96

Brachiaria sp. Brachiaria Poaceae 51 95 0,51 3,80 2 4,88 2,42 1,88 9,18

Ipomoeda sp Corda-de-viola Convolvulaceae 48 84 0,48 3,36 2 4,59 2,14 1,76 8,50

Marsypianhes chamaedrys Hortelanzinho Labiatae 18 75 0,18 3,00 4 1,72 1,91 4,20 7,84

Gnaphalium pensylvannicum Macelinha Compositae 41 70 0,41 2,80 2 3,92 1,79 1,72 7,43

Ipomoeda quamoclit Esqueleto Convolvulaceae 16 25 0,16 1,00 2 1,53 0,64 1,57 3,74

Euphorbia heterophylla Amendoim bravo Euphorbiaceae 9 22 0,09 0,88 2 0,86 0,56 2,46 3,89

Sapium haematospermum Leiteiro Euphorbiaceae 16 21 0,16 0,84 1 1,53 0,54 1,32 3,39

Galinoga parviflora Picão-branco Compositae 8 19 0,08 0,76 2 0,77 0,48 2,39 3,64

Solanum americanum Maria pretinha Solanaceae 14 16 0,14 0,64 1 1,34 0,41 1,15 2,90

Digitaria sp Capim-colchão Poaceae 12 16 0,12 0,64 1 1,15 0,41 1,34 2,90

Panicum maximum Capim-colonião Poaceae 7 16 0,07 0,64 2 0,67 0,41 2,30 3,38

Malvatrum coromandelianum Vassoura Malvaceae 10 15 0,10 0,60 2 0,96 0,38 1,51 2,85

Chaptalia nutans Língua-de-vaca Compositae 11 12 0,11 0,48 1 1,05 0,31 1,10 2,46

Commelina diffusa Trapoeraba Commelinaceae 4 11 0,04 0,44 3 0,38 0,28 2,77 3,43

Solanum palinacanthum Arrebenta-cavalo, juá Solanaceae 3 7 0,03 0,28 2 0,29 0,18 2,35 2,82

Porophyllum ruderale Arnica Compositae 6 7 0,06 0,28 1 0,57 0,18 1,18 1,93

Baccharis trinervis Assapeixe Compositae 4 6 0,04 0,24 2 0,38 0,15 1,51 2,05

Continuação....

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60

Continuação....

Espécie Nome Popular Família N° de quadros

N° de Indivíduos

Freqüência

Densidade

Abundância Freqüência Relativa(%)

Densidade Relativa(%)

Abundância Relativa(%)

Índice de Valor de

Importância Portulaca oleracea Beldroega Portulaceae 1 4 0,01 0,16 4 0,10 0,10 4,03 4,23

Chloris sp. Capim-pé-de-galinha Poaceae 3 3 0,03 0,12 1 0,29 0,08 1,01 1,37

Brachiaria plantaginea Capim-marmelada Poaceae 2 3 0,02 0,12 2 0,19 0,08 1,51 1,78

Amaranthus hybridus Caruru Amaranthaceae 1 2 0,01 0,08 2 0,10 0,05 2,02 2,16

Amaranthus deflexus Caruru rasteiro Amaranthaceae 1 1 0,01 0,04 1 0,10 0,03 1,01 1,13

Rhynchelytrum repens Capim Favorito Poaceae 1 1 0,01 0,04 1 0,10 0,03 1,01 1,13

Chamaesyce hirta Erva de Santa Maria Euphorbiaceae 1 1 0,01 0,04 1 0,10 0,03 1,01 1,13

Talinum paniculatum Maria gorda Portulaceae 1 1 0,01 0,04 1 0,10 0,03 1,01 1,13

Total - - 3918 10,45 156,72 99,23 100,00 100,00 100,00 - Nº de quadros = Nº de quadros em que a espécie está presente; Nº de indivíduos = Nº total de indivíduos por espécie; Freqüência (índice da ocorrência das espécies em cada quadrado); Densidade = Nº de plantas/m2; Abundância = concentração das espécies nos diferentes pontos da área total; Freqüência Relativa = % ; Densidade Relativa = %; Abundância Relativa = %; Índice de Valor de Importância (IVI) = demonstra as espécies que mais ocorrem em cada área.

Figura 1. Representação esquemática do procedimento de amostragem da comunidade infestante (A, B, C e D), assim como do desenvolvimento dos seringais nas diferentes áreas onde foi efetuado o levantamento fitossociológico (E e F).

A B

C D

E F

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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culturas brasileiras. In: CONTROLE INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS, 2 ed.,

CREA: São Paulo, 1985.

BRANDÃO, M.; BRANDÃO, H.; LACA-BUENDIA, J. P. A mata ciliar do Rio Sapucaí,

Município de Santa Rita do Sapucaí-MG: fitossociologia. Daphne, v.8, n.4, p. 36-48,

1998.

BRIGHENTI, A. M. et al. Cadastramento fitossociológico de plantas daninhas na cultura

do girassol no Município de Chapadão do céu, GO. Boletim Informativo Sociedade

Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas, São Paulo, v.9, n.1, p.5-8, 2003.

DEUBER, R. Áreas de reflorestamento. In: Ciência das Plantas Infestantes: manejo.

Campinas: Edição do autor, v. 2, 1997. p. 244-248.

ERASMO, E.A.L.; PINHEIRO, L.L.A.; COSTA, N.V. Levantamento fitossociológico das

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sob diferentes sistemas de manejo. Planta daninha, v.22, n.2, p.195-201, 2004.

GODOY, G.; VEJA, J.; PITTY, A. El tipó de labranza afecta la flora y la distribución

vertical del banco de semillas de malezas. Ceiba, v.36, n.2, p. 217-229, 1995.

LARA, J. F.R.; MACEDO, J.F.; BRANDÃO, M. Plantas daninhas em pastagens de

várzeas no Estado de Minas Gerais. Planta Daninha, Viçosa, v. 21, n.1, p.11-20, 2003.

MARTINS, F.R. Esboço histórico da fitossociologia florestal no Brasil. In: CONGRESSO

BRASILEIRO DE BOTÂNICA, 1985, Anais... Curitiba: IBAMA. 1985, p. 33-60.

PITELLI, RA Estudos fitossociológicos em comunidades infestantes de

agroecossistemas. Jornal do Consherb, São Paulo, v.1., n.2, p.1-6,. 2000.

VICTORIA FILHO, R. Controle de Plantas Daninhas na Cultura da Seringueira. In: I

Simpósio sobre a cultura da seringueira no Estado de São Paulo, 1, 1986, Campinas:

Fundação Cargill, 1986. p. 245-251.

Page 62: boletim_12_3

62

7. NOTA TÉCNICA

7.1. OCORRÊNCIA DE Cardanine bonariensis Pers. EM CULTIVO PROTEGIDO PARA PRODUÇÃO DE MUDAS E FLORES NA REGIÃO DE HOLAMBRA-SP

DANIEL ANDRADE DE SIQUEIRA FRANCO1; ALBINO ROZANSKI1; SIDNEY DIONÍSIO BATISTA DE ALMEIDA1; MARCUS BARIFOUSE MATALLO1

1Laboratório da Ciência das Plantas Daninhas, Centro Experimental Central do Instituto

Biológico, Campinas, SP. Cx. Postal 70, CEP 13001-970. E-mail: [email protected].

Occurrence of Cardanine bonariensis Pers. in protected cultivation of production of

seedlings and flowers in the area of Holambra-SP

O Estado de São Paulo é considerado o principal produtor de flores e ornamentais no Brasil, localizando-se no município de Holambra e região a maior produção de flores de corte para exportação. Fomos convidados a visitar uma propriedade deste importante segmento produtivo de flores e ornamentais em ampla expansão no mercado nacional e internacional. A propriedade produtora de mudas de crisântemo, localizada em Artur Nogueira, apresentava alta infestação de uma planta daninha nos canteiros de mudas de flores sob telados, no interior das estufas e nas bandejas de mudas. O proprietário informa que essa planta está amplamente distribuída na região da Holambra causando prejuízos na produção de flores devido o custo manual de seu controle. Existe ainda, a possibilidade da disseminação desta planta daninha para outras regiões produtoras de flores. Foram coletadas amostras dessas plantas visando sua identificação. Devido a deiscência dos frutos as pequenas sementes são lançadas a certa distancia no ambiente e, provavelmente, sua introdução na região tenha sido por plantas importadas de outras localidades, como a região Sul do Brasil.

A planta daninha é conhecida popularmente na região por “herva holandesa”, necessitando de catação manual das plantas, semanalmente, nos canteiros de flores dos telados e das estufas de produção de mudas.

A espécie da planta daninha foi identificada como Cardamine bonariensis Pers., pertencendo a família Brassicaceae (Cruciferae). De acordo com Lorenzi (2000) esta espécie apresenta como sinonímias Cardamine flaccida Cham. & Schltall.; Cardamine flaccida subsp. bonariensis (Pers.) O.E. Schulz; Cardamine flaccida subsp. minima (Steud.) O.E. Schulz; Cardamine laxa var. pumila A. Gray e Cardamine nasturtioides Cambess.

Além do nome popular de “herva holandesa” recebido na região de Holambra, a planta daninha também é conhecida por agrião bravo, agriãozinho (Lorenzi, 2000) ou mostardinha.

De acordo com Lorenzi (2000) as características gerais da espécie são: planta anual herbácea, ereta ou semi prostada, glaba, tenra, muito ramificada, aromática, com 15-25 cm de altura, nativa da Europa e disseminada nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Propaga-se apenas por sementes. Descreve sua importância como planta daninha mediamente freqüente, infestando principalmente jardins, viveiros de mudas e hortas caseiras. Vegeta predominantemente durante o inverno e primavera, entretanto

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63

não é rara a sua ocorrência até meados do verão. É muito mais freqüente na região Sul do país onde se constitui numa das principais plantas daninhas de viveiros de mudas. Apresenta ciclo curto, preferindo locais úmidos e sombreados. Suas folhas têm cheiro semelhante ao agrião.

Bacchio et al. (1984) descrevem a chave para a determinação dos gêneros da Família Cruciferae, bem como as características gerais da espécie C. bonariensis. Destas, destaca-se a grande produção de sementes, com ciclo de 40-50 dias. Florece nos meses de abril-junho e frutifica em junho-agosto. O fruto é do tipo síliqua, verde amarelado, estreito e multisseminado.

Devido às características de rápida reprodução da planta daninha e grande produção de pequenas sementes, o controle deve ser iniciado antes da frutificação, visando à redução do banco de sementes desta espécie. Métodos de controle e seleção de herbicidas visando o controle ou erradicação dessa espécie de planta daninha nos sistemas de produção de mudas e flores são importantes e necessários. Assim, técnicos do Laboratório da Ciência das Plantas Daninhas, do Instituto Biológico, avaliam medidas eficientes para recomendarem aos produtores de flores e plantas ornamentais da região de Holambra.

Referências Bibliográficas

BACCHI, O.; LEITÃO FILHO, H.F.; ARANHA, C. Plantas Invasoras de Culturas, 3. Editora da Unicamp: Instituto Campineiro de Ensino Agrícola. p. 647-662, 1984.

LORRENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas. 3a ed. Nova Odessa, AP: Instituto Plantarum, 2000. 640p.

SOUZA, V. C. & LORRENZI, H. Botânica Sistemática. Guia ilustrado para identificação das famílias de angiospermas da flora brasileira, baseado em APGII. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, p. 404-415, 2005.

8. NOTÍCIAS e INFORMAÇÕES

8.1. PLANTAS INFESTANTES E NOCIVAS Informação importante A obra mencionada é composta por 3 tomos: o primeiro com plantas inferiores e monocotiledôneas; o segundo e terceiro por dicotiledôneas. Os três tomos já estão na segunda edição, essa com 5.000 exemplares de cada. - Tomo I, com 825 páginas, editado em 1997 - Tomo II, com 978 páginas, editado em 1999 - Tomo III, com 722 páginas, editado em 2.000. Prezados amigos e colegas Esta mensagem é para informar que da obra citada continuam disponíveis para venda coleções completas (3 volumes) da 2ª. Edição ao preço de apenas R$ 130,00 + custo de remessa, que é variável conforme destino. O pagamento pode ser feito a vista, com depósito em minha conta corrente, no banco Bradesco, Agência 0962-8, conta

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0069318-9 ou em 3 vezes com cheques nominais enviados ao meu endereço – Rua João Moura, 434 – apt. 02 São Paulo, CEP 05412-001. Anotar em cada cheque a data a partir da qual pode ser descontado e no verso dos cheques anotar o endereço E-mail do Emitente. As remessas são feitas pelo correio, na forma de encomenda normal. Ficarei muito grato se os professores fizerem uma nova divulgação e recomendação de compra, pois será um material de grande utilidade. Saudações e abraços - KURT KISSMANN 8.2. LANÇAMENTOS

Para informação dos leitores envio capitulo de livro publicado e o site do mesmo. Duke, S.O. and A.L. Cerdeira. 2005. Potential environmental impacts of herbicide-resistant crops. In Collection of Biosafety Reviews, Vol. 2, International Centre for Genetic Engineering and Biotechnology, Trieste, Italy, pp. 66-143. Available at: http://www.icgeb.org/~bsafesrv/resources/dukecerdeira.pdf Antonio Luiz Cerdeira USDA-ARS-University of Mississippi P.O. Box 8048-Room 2005 University,MS,38677 USA Phone: 662-915-5133 Fax: 662-915-1035 [email protected], www.olemiss.edu

TRANSGENIC HERBICIDE-RESISTANT CROPS

Antonio L. Cerdeira1 and Stephen O. Duke2

1Embrapa, Research Division of the Brazilian Ministry of Agriculture. C.P. 69, Jaguariuna, Sao Paulo, 13820-000, Brazil. [email protected], www.cnpma.embrapa.br. 2Natural Products Utilization Research Unit, United States Department of Agriculture, Agricultural Research Service, P. O. Box 8048, University, MS 38677, USA

Transgenic herbicide-resistant crops, bromoxynil-resistant cotton and glufosinate-resistant canola were initially marketed in 1995. Since then, other transgenic crops made resistant to these two herbicides and transgenic herbicide-resistant crops resistant to glyphosate have been introduced. Among them, glyphosate-resistant soybean and cotton are grown extensively. All bromoxynil-resistant crops have been removed from the market for economic reasons. In all cases of transgenic herbicide-resistant crops, except for some glyphosate-resistant corn varieties, the transgene conferring herbicide resistance has been of bacterial origin.

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65

Glyphosate-resistant

Glyphosate is a very effective non-selective post-emergence herbicide.

Glyphosate-resistant soybean, cotton, canola, sugarbeet, and corn are available.

Glyphosate-resistant crops have a resistant form of the herbicide target enzyme, 5-

enolpyruvyl-shikimate-3-phosphate synthase a key enzyme in the synthesis of aromatic

amino acids. In all except some varieties of corn, a bacterial gene from Agrobacterium

sp. is used. Glyphosate-resistant canola also contains a bacterial gene encoding

glyphosate oxidase, an enzyme that degrades glyphosate. Glyphosate-resistant crops

have been the most important transgenic herbicide-resistant crop, and glyphosate

resistance has been the dominant trait marketed in transgenic crops of all types. Weed

resistance is becoming a problem. In some cases, naturally resistant weeds have

occupied ecological niches of weeds controlled by glyphosate, such as Commelina spp.,

Conyza spp., and Ambrosia spp. have evolved resistance to glyphosate in glyphosate-

resistant crops.

Glufosinate-resistant

Glufosinate is the synthetic version of phosphinothricin, a natural compound from

Streptomyces hygroscopicus. Glufosinate is also a broad spectrum herbicide that acts

through inhibition of the enzyme glutamine synthetase. Canola, cotton, and maize made

resistant to glufosinate are commercially available. Glufosinate-resistant crops have

been made resistant to glufosinate with the gene from the same microbe that produces

phosphinothricin. This enzyme detoxifies glufosinate. Only a very few glufosinate-

resistant crops have been commercialized.

Environmental impacts Glyphosate and glufosinate are not significant environmental contaminants when

used at recommended doses, and both herbicides are considered to have low toxicity to non-target organisms, other than plants. The replacement of pre-emergence herbicides with the post-emergence herbicides allowed by these herbicide-resistant crops can also reduce herbicide concentrations in vulnerable watersheds. Glyphosate and glufosinate are not usually found in ground water. Many animal feeding studies with glyphosate and glufosinate-resistant crops have found no nutritional or food safety differences between these crops and conventional crops. Potentially, the most long-lasting environmental damage of a transgenic crop is for an ecologically important transgene to escape to other plant species (gene flow).

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66

Problems with agriculture

Some varieties of glyphosate-resistant corn, cotton and soybean have been

sufficiently susceptible to glyphosate under some conditions to show phytotoxicity

symptoms. These problems have been minor, as evidenced by the increased adoption

of these crops. Because herbicide-resistant crops and conventional cultivars of crops

cannot be visually distinguished from each other, herbicide drift from herbicide-resistant

crops and unintentional spraying of conventional crops has been a bigger problem than

when two different crop species are grown in the same area. A more significant problem

is gene flow from transgenic to non-transgenic cultivars of the same crop. Preserving

non-transgenic canola identity has been a problem in some places in Canada, due to

gene flow from herbicide resistant canola to non-transgenic canola.

Future?

Current herbicide-resistant crops are resistant to only two herbicides, glyphosate

and glufosinate, both broad spectrum products for post-emergence use. High cost,

lengthy development time, and high economic risk have been the primary reasons for

the slow development and introduction of new herbicide-resistant crops. Another major

consideration in committing resources to introduction of an herbicide-resistant crop is the

fear of consumer rejection of herbicide-resistant crops based products.

Recent Literature Suggested Castle, L. A., D. L. Siehl, R. Gorton, P. A. Pattern, Y. H. Chen, B. Bertain, H.-J. Cho, N.

Duck, J. Wong, D. Liu, and M. Lassner. 2004. Discovery and directed evolution of a glyphosate resistance gene. Science 304: 1151-4.

Devine, M. D. 2005. Why are there not more herbicide-resistant crops? Pest Manag. Sci. 61(3): 312-7.

Dill, G. M. 2005 Glyphosate-resistant crops: History, status and future. Pest Manag. Sci. 61(3): 219-24.

Duke, S. O. and N. N. Ragsdale (Eds.). 2005. Herbicide-Resistant Crops from Biotechnology. Special Issue of Pest Manag. Sci. 61:(3).

Duke, S.O. 2005. Taking stock of herbicide-resistant crops ten years after introduction. Pest Manag. Sci. 61(3): 211-8.

Gianessi, L. P. 2005. Economic and herbicide use impacts of glyphosate-resistant crops. Pest Manag. Sci. 61(3): 241-5.

Li, X., and D. Nicholl. 2005. Development of PPO inhibitor-resistant cultures and crops. Pest Manag. Sci. 61(3): 277-85.

Nandula, V. K., K. N. Reddy, S. O. Duke, and D. H. Poston. 2005. Glyphosate-resistant weeds: Current status and future outlook. Outlooks Pest Manag. (in press).

Pline-Srnic, W. 2005. Technical performance of some commercial glyphosate-resistant crops. Pest Manag. Sci. 61(3): 225-34.

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67

8.3. MEMÓRIA DA SBCPD

Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas comemora meio século de existência

Há exatos 50 anos foi realizado o primeiro Seminário Brasileiro de Herbicidas e Ervas Daninhas, na Universidade Rural do Rio de Janeiro. Essa foi a primeira reunião organizada com a finalidade de agregar os profissionais do ensino e da pesquisa de entidades publicas e da indústria que se dedicavam ao estudo da Ciência das Plantas Daninhas no país. Por esta razão, pode-se dizer que esta foi a pedra fundamental de nossa Sociedade. De simples técnica para Ciência. Este pode ser o lema da curta história da SBCPD. Sob muitos aspectos esta sociedade evoluiu. No aspecto recursos humanos, das três dezenas de pessoas que participaram do primeiro encontro, hoje a SBCPD congrega milhares de profissionais. Com relação aos assuntos, no primeiro seminário estudos se concentravam na taxonomia e no método químico, enquanto que atualmente os encontros científicos abordam tudo entre átomos e satélites, incluindo aspectos das ciências humanas e sociais. A SBCPD presta uma homenagem aos pioneiros nesta área do conhecimento no Brasil. Que os caminhos árduos trilhados pelos nossos antecessores sirvam de exemplo e estímulo para as novas gerações, na esperança que essas, também consigam deixar seus frutos positivos para a SBCPD do futuro.

Prof. Dr. Ribas Antônio Vidal

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9. CALENDÁRIO DE EVENTOS EVENTOS NACIONAIS 2006

26/9/2006 FEPAL - 8ª Feira de Equipamentos e Produtos Alimentícios

Porto Alegre/RS

4/10/2006 1ª Rural Tecnoshow Londrina 2006 Londrina/PR

7/10/2006 94ª Expofeira de Bagé - Feira da Indústria, Comércio e Serviços Bage/RS

7/10/2006 Curso de Especialização ou Extensão em Agricultura Biológico-Dinâmica Botucatu/SP

15/10/2006 9th International Working Conference on Stored Product Protection Campinas/SP

17/10/2006 Embrapa promove Curso Internacional de Pré-melhoramento de Plantas

Brasilia/DF

17/10/2006 Prorrogadas as inscrições para o Curso Internacional de Pré-melhoramento de Plantas

Brasilia/DF

18/10/2006 Fenacoop 2006 Sao Paulo/SP

19/10/2006 Expofruit 2006 Mossoro/RN

25/10/2006 BioFach América Latina 2006 / Expo Sustentat 2006 Sao Paulo/SP

5/11/2006 BCM 2006 Lyon Angers/

13/11/2006 ENERBIO 2006 - Feira Internacional de Agroenergia e Biocombustíveis Sao Paulo/SP

29/11/2006 Bioenergy World Americas 2006 Salvador/BA

CONGRESSOS INTERNACIONAIS 2006 Setembro - 24 a 28 - 15TH AUSTRALIAN WEEDS CONFERENCE Site: www.plevin.com.au/15AWC2006 Outubro - 2 a 3 - SYMPOSIUM: AN EVOLUTIONARY PERSPECTIVE OF BIOLOGICAL INVASIONS Site: www.unifr.ch/biol/ecology/biolinv

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- 15 a 21 - NOVEL AND SUSTAINABLE WEED MANAGEMENT IN ARID AND SEMI-ARID AGRO-ECOSYSTEMS Site: http://www.agri.huji.ac.il/aridconference Novembro - 22-24 - XXVII CONGRESS OF THE MEXICAN NATIONAL ASSOCIATION OF WEED SCIENCE (ASOMECIMA) Site: http://www.geocities.com/lain_kro/index.html - 27-29 - ANNUAL MEETING OF CANADIAN WEED SCIENCE SOCIETY Site: http://www.cwss-scm.ca/index.html Dezembro - 11-14 - NCWSS ANNUAL MEETING MILWAUKEE Site: http://www.ncwss.org/ CONGRESSOS INTERNACIONAIS 2007 ANNUAL CONFERENCE OF SOUTHERN WEED SCIENCE SOCIETY Data: 20-25/01/2007 Local: Tennessee, USA. Informações: [email protected] WSSA ANNUAL MEETING Data: 5-10/02/2007 Local: Texas, USA. Informações: [email protected] RESISTANCE 2007 Data: 16-18/04/2007 Local: Rothamsted Research, UK Informações: [email protected] www.rothamsted.ac.uk 9TH INTERNATIONAL CONFERENCE ON THE ECOLOGY AND MANAGEMENT OF ALIEN PLANT INVASIONS – Promotor: Weed Science Society of Western Australia Data: 17-21/09/2007 Local: Perth, Austrália NCWSS ANNUAL MEETING Data: 10-13/12/2007 Local: St. Louis, Missouri Informações: http://www.ncwss.org/

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COMUNICADO

Por decisão da Assembléia Geral da Sociedade Brasileira da Ciência da Plantas Daninhas, em Brasília, ficou decidido que o XXVI Congresso Brasileiro da Ciência das Plantas Daninhas será realizado em Belo Horizonte, MG, sob a coordenação do Dr. João Baptista da Silva. Com a anuência do Prof. Dr. Ricardo Victoria Filho, Presidente da ALAM, ficou decidido também que o XVIII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Malezas será realizado em Belo Horizonte, no mesmo período, em promoção conjunta das duas sociedades. Já está acertada a data para a realização dos dois eventos. Os dois congressos acontecerão no período de 5 a 8 de maio de 2008, no Minas Centro. Prepare sua agenda para esse encontro com os colegas latinoamericanos. A Comissão Organizadora pede o apoio de todos os sócios da SBCPD e membros da ALAM para sugerir o tema e nomes de pessoas que queiram fazer parte das comissões técnicas dos dois congressos. Contato pelo e-mail: [email protected].

9. NOTA DO EDITOR

Lembramos aos associados que para a manutenção do Boletim Informativo é importante o envio das matérias (comunicações técnicas, relatos, resumos de trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses, notícias e eventos). As matérias poderão ser enviadas para: [email protected]. O conteúdo das comunicações técnicas publicadas no Boletim é de inteira responsabilidade de seus autores.