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DIREITO À CIDADE Cidade Património – Mercado do Bolhão

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DIREITO À CIDADE

Cidade Património – Mercado do Bolhão

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Quais as suas origens?

Há cerca de dois séculos, o terreno onde foi erguido o Mercado do Bolhão, epicentro da Baixa portuense, mais não era que um lameiro pertencente à quinta aí existente, propriedade dos condes de São Martinho, da qual restavam pouquíssimos vestígios.

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Quais as suas origens?

Apesar da Câmara Municipal do Porto o ter mandado construir em 1837, foi apenas em 1851 que se iniciou a sua edificação no mesmo local onde já funcionava um mercado constituído por estruturas ainda demasiado precárias e transitórias, num momento em que uma das artérias mais movimentadas da cidade - Rua Sá da Bandeira – começava a ser rasgada.

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Quais as suas origens?

Situado na freguesia de Santo Ildefonso, o mercado foi transformado no que é hoje pelo arquitecto António Correia da Silva em plena 1ª Grande Guerra.

Ao longo dos anos foram feitas alterações e apenas na década de 40 é construído o reforço com a edificação do piso que divide o edifício, fazendo a ligação das entradas entre as ruas Alexandre Braga e Sá da Bandeira.

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Qual o seu estilo arquitectónico?

Ocupando todo um quarteirão, o Mercado do Bolhão apresenta planta rectangular alongada, com linhas arquitectónicas e gramática decorativa de fundo neoclássico tardio.

Entra-se no interior do edifício pela fachada principal voltada a Sul, que ostenta um frontão com um brasão ladeado por esculturas de pedra, com o objectivo de personificar o comércio e a agricultura.

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Qual o seu estilo arquitectónico?

Desenvolvido, basicamente, em torno de um chafariz com quatro bicas, o mercado apresenta dois pisos interligados por diversas escadarias, além de um amplo pátio central subdividido em dois espaços exteriores através de uma galeria coberta, construída já nos anos quarenta.

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Projecto de Execução

Entre o ano de 1996 e 1998, desenvolveu-se o projecto de execução para a Reabilitação do Bolhão com o objectivo de manter a sua estrutura inicial, acrescentar infra-estruturas, entre outros… seguindo assim critérios de defesa do Património.

Devido ao seu excessivo custo, mudaram a inicial proposta para a Demolição do Mercado, e a construção de um centro comercial.

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Projecto de Execução

Esta decisão revoltou os habitantes da Cidade do Porto, deixando-os numa total discordância.

Estes exigem a Reabilitação, e não a demolição do Mercado, utilizando os conceitos arquitectónicos internacionalmente reconhecidos para a reabilitação do Património, entre outros importantes critérios.

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Consumismo e a destruição do Património

A preservação do Património cultural é uma competência do Governo, do IGESPAR e das direcções regionais de Cultura.

Aqueles que têm responsabilidade directa nas políticas do Património não podem ignorar a total descaracterização do Bolhão e o risco que este enfrenta. O seu valor arquitectónico e urbanístico está classificado como Imóvel de Interesse Público.

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Consumismo e destruição do Património

A criação de um centro comercial, em substituição do Mercado do Bolhão, é um acto puro de mercantilismo.

A necessidade de consumir aumenta de ano para ano, devido à globalização dos mercados que aumenta a oferta, e consequentemente a procura. A sociedade de hoje apela ao consumo constante porque está dominada pelo económico.

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Consumismo e destruição do Património

Se não houver quem consuma, não há a quem vender, logo não há crescimento económico.

Por causa deste domínio da economia de mercado, todos os sectores da sociedade são afectados, inclusive o Património e a sua preservação.

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Consumismo e destruição do Património

Há quem acredite que o Mercado do Bolhão dá prejuízo, por ser entidade pública e por precisar constantemente de reabilitação.

Só a globalização explica que se venda Património público, ex libris da Cidade do Porto, a uma empresa holandesa desconhecedora do valor histórico e cultural do Mercado do Bolhão.

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Gestão de Património por privados

Em certos casos, a gestão por privados pode ser positiva, sobretudo quando o Estado não tem a capacidade de cumprir a sua tarefa de gestor e de reabilitador, seja por falta de verbas ou por desleixo. Há casos em que a gestão privada pode contribuir inclusive para baixar os preços, nomeadamente na cultura, gerando alguma competição e uma vontade de prestar um bom serviço ao cliente.

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Gestão de Património por privados

No caso do Mercado do Bolhão, todas as propostas de gestão privada têm sido com vista à total descaracterização do edifício. No fundo, à substituição de um Mercado tradicional vocacionado ao lucro do pequeno comerciante por um modelo de centro comercial vocacionado ao lucro de uma empresa particular.

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Gestão de Património por privados

Neste sentido, seria de esperar que o Mercado do Bolhão se mantivesse nas mãos das entidades públicas competentes (IGESPAR, Governo e direcções Regionais de Cultura), a não ser que uma proposta de gestão privada garantisse por um lado a traça do edifício e o direito à presença dos pequenos comerciantes, e por outro o reabilitasse.

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Testemunho de ex-vendedora do Bolhão

Decidimos registar o testemunho de uma ex-vendedora do Bolhão, chamada Laura Carvalho com 64 anos. Fica o seu testemunho:

Há 30, 40 anos o Mercado do Bolhão era um dos maiores estabelecimentos de comércio. Havia clientes de há muitos anos, bons clientes. Vendia-se todo o tipo de produtos, era um verdadeiro Mundo.

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Testemunho de ex-vendedora do Bolhão

Após a abertura das grandes superfícies (supermercados, centros comerciais…), começámos a perder clientes e houve uma diminuição das vendas. Após as obras, a maioria das lojas encerraram.

Antes, a actividade económica estava a 100%, mas agora quase todas as lojas estão encerradas, restando 5, a 10% em relação ao passado.

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Curiosidade

Barcelona tem uma rede de 40 Mercados, semelhantes ao Bolhão.

Aqui apresentamos algumas imagens dos mesmos:

Mercado La Concepción

Mercado La Boqueria

Mercado Santa Caterina

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Referências Bibliográficas

manifestobolhao.blogspot.comwww.igespar.ptwww.ippar.ptwww.fa.up.ptwww.quintacidade.comcidades.forumeiros.comcct.portodigital.ptwww.portoxxi.comdiario.iol.ptww1.rtp.pthttp://maps.live.com

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Trabalho Realizado por alunos do 10ºJ:

Ana Rita Azevedo nº10236

Jónatas Guedes nº10249

José Santos nº10250

Tiago Martins nº10260