Bons Argumentos Estudar Depois

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"Meu corpo, minhas regras", significa Potência, e não Ato, antes de tudo é aquele velho adágio "o seu direito termina onde começa o meu". Ou seja, não é "eu faço o que eu quiser", pq "fazer o que se quiser" falha, se envolver relação (coisa essencial para o funcionamento de uma sociedade). Significa bem, outra coisa, significa "vc não imporá SUAS regras onde acho que elas nada valerão, o meu corpo". Espero ter me feito entender: a tomada de atitude e´íntima, porém passiva. As "regras" não são para vender, mas para preservar. Isso ocorre pq Direito não se realiza em Ato, se exerce em Plenitude. O direito de propriedade não configura automaticamente o direito de venda. Alíás, não existe "direito" de vender. Esse meme proposital é repetido constantemente pelos anarco-capitalistas e outros liberalóides do livre mercado, apenas para fazer uma identificação falsa entre Direito e Ato, e assim propor indiretamente um Darwinismo Social (igualmente falso em todos os sentidos e aportes), ou algo do tipo "quem nasce com dois pulmões tem mais chances que quem nasce com um pq pode vender um". Mas o fato é que o direito é intrínseco ao Ser, não está em nenhum Ato (em outas palavras, o ato de vender não realiza nenhum "direito"). A contra-prova disso é a mais simples possível: se alguém pudesse vender um rim pq tem o "direito" de vender um rim, então alguém que venda os dois rins, realizou "mais" direito. Ora, alguém pode até ficar mais confortável "economicamente" vendendo dois rins (tentemos esquecer o fato de que estará morto), mas isso não aumenta seus direitos! Direito não se mede com réguas. A pêta está aqui, coisa que os liberalóides jamais entenderão: Direito é um Bem IMATERIAL cuja posse é da HUMANIDADE e não do indivíduo, sendo que o conceito é ainda mais amplo: HUMANIDADE não é a mera soma dos seus integrantes, sendo a própria humanidade, um estado de Direito!

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Collection of argumentos found online that offer nice insights into certain social justice discourses

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"Meu corpo, minhas regras", significa Potência, e não Ato, antes de tudo é aquele velho adágio "o seu direito termina onde começa o meu". Ou seja, não é "eu faço o que eu quiser", pq "fazer o que se quiser" falha, se envolver relação (coisa essencial para o funcionamento de uma sociedade). Significa bem, outra coisa, significa "vc não imporá SUAS regras onde acho que elas nada valerão, o meu corpo".

Espero ter me feito entender: a tomada de atitude e´íntima, porém passiva. As "regras" não são para vender, mas para preservar.

Isso ocorre pq Direito não se realiza em Ato, se exerce em Plenitude.

O direito de propriedade não configura automaticamente o direito de venda. Alíás, não existe "direito" de vender. Esse meme proposital é repetido constantemente pelos anarco-capitalistas e outros liberalóides do livre mercado, apenas para fazer uma identificação falsa entre Direito e Ato, e assim propor indiretamente um Darwinismo Social (igualmente falso em todos os sentidos e aportes), ou algo do tipo "quem nasce com dois pulmões tem mais chances que quem nasce com um pq pode vender um". Mas o fato é que o direito é intrínseco ao Ser, não está em nenhum Ato (em outas palavras, o ato de vender não realiza nenhum "direito").

A contra-prova disso é a mais simples possível: se alguém pudesse vender um rim pq tem o "direito" de vender um rim, então alguém que venda os dois rins, realizou "mais" direito. Ora, alguém pode até ficar mais confortável "economicamente" vendendo dois rins (tentemos esquecer o fato de que estará morto), mas isso não aumenta seus direitos! Direito não se mede com réguas.

A pêta está aqui, coisa que os liberalóides jamais entenderão: Direito é um Bem IMATERIAL cuja posse é da HUMANIDADE e não do indivíduo, sendo que o conceito é ainda mais amplo: HUMANIDADE não é a mera soma dos seus integrantes, sendo a própria humanidade, um estado de Direito!

Consequentemente, o Direito - até mesmo o direito Individual do que quer que seja - não pode ser concebido por um, tem que ser concebido por Todos, ou não é direito (e sim, privilégio). O Direito é verdadeiramente outorgado ao indivíduo, pela sociedade, no ato próprio da nascitura de um integrante. Ele "ganha" o direito, pelo simples fato de nascer humano. Não ganha privilégio. "Todo Homem tem o direito de", significa isso, e mais nada.

Já o ato de vender é uma coisa corriqueira, circunstancial, que nem chega aos pés do verdadeiro conceito de Liberdade.

Quanto ao meme sempre comum dos liberotários de começarem falando de órgãos para depois falar em prostituição, Fernando acertou lá em cima: órgão não é serviço, prostituição não é produto. É chato ter que ensinar a economia mais básica possível para os miguxos...

E olha que nem começo a falar de Doação, este sim, um Direito, assim configurado pq retorna à Sociedade justamente pq não beneficia apenas comprador-vendedor...