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1 A Revista do AviSite

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Editorial

A Revista do AviSite

Com VAXXITEK® HVT + IBD, a vacina contra Marek e Gumboro mais vendida do mundo*, e OVO-JECTOR, vacinadora in ovo compacta com transferência automática, a Merial fornece soluções completas para a produção avícola em todo o país.

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SEGURANÇA E EFICIÊNCIA PARA OS INCUBATÓRIOS DO BRASIL E DO MUNDO

UTILIZE O CÓDIGO PARA DESTRAVAR PONTOS NA EU QUE VACINO 2016: incubação

* CEESA – 1º trimestre - março 2016.

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3A Revista do AviSite

Com VAXXITEK® HVT + IBD, a vacina contra Marek e Gumboro mais vendida do mundo*, e OVO-JECTOR, vacinadora in ovo compacta com transferência automática, a Merial fornece soluções completas para a produção avícola em todo o país.

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* CEESA – 1º trimestre - março 2016.

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Editorial

A Revista do AviSite

Sumário

Reportagem Empresarial IElanco anuncia a abertura do “State-of-the-Art Vaccines Innovation Center”

Reportagem Empresarial IIAvicultura brasileira x avicultura norte-americana: Agri Stats analisa nossa eficiência

Ponto Final por Mário José ZambiaziA força da terra vai virar este jogo

AviGuia Safeeds divulga estudo sobre micotoxinas no Brasil

Eventos

Painel do Leitor

Notícias CurtasPSA realiza evento único no Brasil; organizadores dão suas opiniões

Marketing corporativoPor Marco IbañezComunicação se faz com pessoas

Produção e mercado em resumoPintos de corteProdução de carne de frangoExportação de carne de frangoOferta InternaDesempenho do frango vivo em junhoMatérias-primas

42434445464748

Estatísticas e preços

34 38

060810

16 Saúde Mais do que adequação a uma necessidade de mercado, aumento do uso de aditivos alternativos a antimicrobianos é tendência mundial

28 LegislaçãoHá tempos aguardada, Lei da Integração sai do papel e tem providências já em funcionamento nas agroindústrias brasileiras

15

Informes Técnico - Comercial

35

50

Idexx: Tecnologia para monitoria de Mycoplasma gallisepticum e Mycoplasma Synoviae

Agro Select: Empresa representa agora a Lyon Technologies

Casp: Companhia completa 80 anos e comemora sua participação no agronegócio brasileiro

26

36

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5A Revista do AviSite

PublisherPaulo Godoy

[email protected]

Redação Érica Barros (MTB 49.030)

Giovana de Paula (MTB 39.817) [email protected]

Comercial Karla Bordin

[email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e

Innovativa [email protected]

InternetGustavo Cotrim

[email protected]

Administrativo e circulaçãoCaroline Esmi

[email protected]

ExPEDIEnTE

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 1153

13070-147 - Campinas, SP

Os informes técnico-empresariais publicados nas

páginas da Revista do AviSite são de responsabilidade das

empresas e dos autores que os assinam. Este conteúdo não reflete a opinião da Mundo

Agro Editora.

Avicultura se adequando a novas realidades

Escolhemos escrever sobre dietas livres de aditivos melhoradores de desempe-

nho (AGP, na sigla em inglês) neste mês. Um assunto que sempre dá pano pra man-

ga. Entrevistamos muitas fontes, recebemos muitas considerações e produzimos

um texto longo e rico. Trata-se de questão que atende não apenas a um desejo do

consumidor, que deseja adquirir e exige consumir alimentos por ele percebidos

como ‘saudáveis’, mas também a recomendação de importantes autoridades de

saúde pública (WHO, FAO e OIE).

Apesar disso, é preciso deixar claro que o uso de medicamentos como promo-

tores de crescimento em animais não foi o principal responsável pelo aumento da

resistência bacteriana em humanos.

Provavelmente, o responsável por este fenômeno foi o uso indiscriminado, abu-

sivo e de longa duração, sob diferentes necessidades ou indicações terapêuticas

destes medicamentos em hospitais humanos. “Ainda assim, o uso de antimicrobia-

nos melhoradores de desempenho foi considerado elevado e, o mais importante,

sem justificativa clínica comprovada”, atesta o Professor José Antônio Piantino.

nesta reportagem, procuramos levar em consideração outros fatores importan-

tes, como os desafios que envolvem a produção de aves sem aditivos melhoradores

de desempenho. Afinal, ainda não existe um produto que tenha a mesma eficiência

e o mesmo custo-benefício dos AGPs. Mas há alternativas. Merecem destaque os

probióticos, prebióticos, ácidos orgânicos, enzimas, fitoterápicos e óleos essenciais.

Cada um desses possui modo de ação específico, mas uma coisa todos eles têm em

comum: a busca pelo equilíbrio da microbiota intestinal das aves, permitindo que

elas executem suas inúmeras funções que vão desde o estímulo imunológico, redu-

ção de patógenos, melhoria da integridade intestinal e consequente incrementos

zootécnicos, até a síntese de vitaminas. Leia mais na página 16.Também em destaque nesta edição está a Lei da Integração. Aguardada há

tempos pelas duas partes (integradores e integrados), porque define as relações

entre ambos, ela dispõe sobre os contratos de integração, obrigações e responsa-

bilidades nas relações contratuais, institui mecanismos de transparência na relação

contratual e cria fóruns nacionais de integração e as Comissões para Acompanha-

mento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração. Leia mais na página 28.

ISSN 1983-0017 nº 104 | Ano IV | Julho/2016

Mundo dos negócios, incluindo a produção de alimentos, é regido pela percepção do consumidor, que exige consumir alimentos por ele percebidos como ‘saudáveis’

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Eventos

A Revista do AviSite6

Julho 15

42º Encontro de Avicultores do Estado de São Paulo e 39ª Jornada TécnicaLocal: Centro Cultural Profa. Tsuya Ohno Kimura

Realização: Sindicato Rural de Bastos

Contato: (14) 3478-1152

E-mail: [email protected]

Informações: www.jornadatecnica.com

Agosto 16 a 19

11º Simpósio Técnico Acav: Incubação, Matrizes de Corte e NutriçãoLocal: Balneário Camburiú, SC

Realização: Acav (Associação Catarinense de Avicultura)

Local: Oceania Park Hotel, Florianópolis, SC

Informações: www.acavsc.org.br

Setembro 5 a 9

World’s Poultry CongressLocal: Pequim, China

Realização: WPSA (World s Poultry Science Association)

Informações: www.wpc2016.cn

14 a 16

XIII Curso de Atualização em Avicultura para Postura ComercialLocal: Unesp/ FCAV - Campus de Jaboticabal, SP

Realização: APA, Unesp e Instituto Biológico

Contato: (16) 3209-1303 / (16) 3209-1300

Informações: www.funep.org.br

Outubro 4 a 6

2016 Latin American Scientific ConferenceInglês “Connecting the global poultry science community”, a

conferência tem como principal objetivo “promover e

desenvolver a ciência avícola e fazê-lo da forma mais eficaz e

eficiente possível”.

Local: Campinas, SP

Realização: Poultry Science Association (PSA)

Email: [email protected]

Informações: www.poultryscience.org/latin16

18 a 20

VIII Encontro Técnico da UnifrangoLocal: Excellence Centro de Eventos, Maringá, PR

Realização: Companhia Internacional de Logística S/A

Contato: (44) 3031-2057

E-mail: [email protected]

Informações: www.unifrango.com/encontrotecnico

Eventos

26 e 27

4º Simpósio Internacional de Saúde Intestinal na Avicultura IndustrialLocal: Jockey Club de São Paulo

Realização: Intestinal Health Scientific Interest Group (IHSIG)

E-mail: [email protected]

Informações: www.ihsig.com

27 e 28

IV Workshop Sindiavipar: Avicultura do Paraná para o MundoLocal: Hotel Mabu Thermas e Resort, Foz do Iguaçu (PR)

Realização: Sindiavipar

Contato: (41) 3224-8737

Informações: www.sindiavipar.com.br

27 e 28

VI Simpósio Internacional e V Congresso Brasileiro de CoturniculturaLocal: Universidade Fed. de Lavras (UFLA), Lavras, MG, Brasil

Realização: NECTA (Núcleo de Estudos em Ciência e

Tecnologia Avícola)

Contato: (35) 99987-5094

Novembro 8 a 10

30ª Reunião Anual do CBNA // Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos Local: Instituto Agronômico de Campinas (Campinas, SP)

Realização: CBNA (Colégio Brasileiro de Nutrição Animal)

Contato: (19) 3232 7518

E-mail: [email protected]

Informações: www.cbna.com.br/site

22 a 24

V AVISULAT - Congresso e Feira Brasil Sul de Avicultura, Suinocultura e Laticínios – Feira de Equipamentos, Serviços e InovaçãoLocal: Centro de Eventos – FIERGS, Porto Alegre, RS

Contato: (51) 3228-8844

E-mail: [email protected]

Informações: www.avisulat.com.br

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7A Revista do AviSiteExtraordinary science brought to lifePara mais informações, favor contatar [email protected].

A NATUREZA É PODEROSA.ESPECIALMENTE QUANDO

COLABORAMOS COM ELA.

Buscar mudanças é sempre um desafio, mas é o caminho que leva à inovação.

Na AB Vista compartilhamos o fascínio pela busca da inovação e isso move nosso trabalho; é o que nos conduz e atrai mentes curiosas que veem o mundo de forma diferente; aqueles que estão determinados a propagar energia e eficiência nutricional, levando a ciência da nutrição para uma nova era.

Procuramos constantemente esse salto quântico, sem esquecer que um conjunto de pequenos passos também produz grandes progressos.

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Painel do Leitor

Produção Animal Avicultura

Painel do LeitorEnvie seus comentários e sugestões para o email [email protected], com nome completo, profissão e cidade, ou ainda participe de nossas redes sociais

Revista do AviSite publica Encarte Especial sobre Incubação, em que discute, entre outros assuntos, as metodologias de incubação de estágio múltiplo e único.

Infelizmente os “decision makers” nas empresas têm pouca informação sobre o assunto, ou não querem enxergar o óbvio. Desde 1996 mostro as perdas de desempenho e mortalidade inicial que temos com o estágio múltiplo. Para corrigir estes graves defeitos, a indústria, há 20 anos, lança mão do uso de antimicrobianos (AMC) junto à vacina de Marek. Com isso cria, desnecessariamente, outro grave problema para o setor: um potencial gerador de microrganismos resistentes aos AMCs.Paulo Cesar Martins, São Paulo, SP

@AviSite

/avisite.portaldaavicultura

Fale com a genteFale com a redação, peça números antigos, faça sua assinatura e anuncie na Revista do AviSite. Entre em contato pelo telefone 19-3241-9292, de 2ª a 6ª feira, das 8h às 17h30.

Acesse nosso site

www.avisite.com.br

As cinco notícias mais lidas no AviSite em

Depois de, entre janeiro e abril, oscilar entre a 6ª e a 7ª posições da pauta cambial, a carne de frango encerrou os primeiros cinco meses de 2016 com uma receita cambial que a coloca como o quinto principal produto exportado pelo Brasil no corrente exercício.

Frango agora é o 5º produto da pauta

cambial

Junho

1Os dados relativos à produção brasileira de ovos de galinha apon-tam que o volume total levantado para o 1ª trimestre de 2016 - qua-se 750 milhões de dú-zias pelos resultados preliminares – teve por origem 1.711 estabeleci-mentos com plantel superior a 10 mil cabeças.

IBGE sugere que recuou o número de granjas de postura

2Para o Food Outlook da FAO, em 2016 ape-nas 1 dos 10principais produtores mundiais de carnes avícolas sofrerá redução na produção: a China. Com o embargo a países afetados pela IA, a avicultura chinesa quase zerou a importa-ção de reprodutores, que agora fazem falta.

FAO: As tendências da produção mundial

em 2016

3A posição ocupada há décadas pela Arábia Saudita como país líder na importação de frango do Brasil pode ter novo ocupante, porque as importações chinesas vêm crescendo e acumu-lam nos 5 primeiros meses do ano volume 3% menor que o desti-nado aos sauditas.

China se firma como principal importador do

frango brasileiro

4

Campinas, 30 de Junho de 2006 - A eliminação de antibióticos na produção animal, ao invés de reduzir, pode estar aumentando a resistência de bactérias que ameaçam a saúde humana, segundo relatório do Institute of Food Technologists (IFT) – sociedade científi-ca americana ligada à indústria de alimentação. De acordo com o relatório “Antimicrobial Resistance: Implications for the Food System”, algumas ações realizadas pelo mundo têm resultado em mais uso de antibióticos e mais resistência bacteriana em alguns casos. “Primei-ramente, a exposição humana aos antibióticos é o maior fator para uma infecção de bactéria resistente a antibióticos”, disse Dr. Michael P. Doyle, do IFT. “Enquanto evidências, ainda sem provas, apontam que o uso de antibióticos na ração animal pode resultar em riscos para a saúde humana, o que sabemos é que patógenos encontrados em alimentos têm adquirido resistência”.

Na Europa, a eliminação de antibióticos promotores de crescimento animal resultou num crescimento de doenças entres os animais e mais aplicações terapêuticas de antibióticos, aumentando as bactérias resistentes. A eliminação de certos antibióticos pela União Européia não tem mostrado a redução da prevalência de algumas cepas resistentes a antibióticos que afetam humanos. Em contraparti-da, a resistência entre alguns patógenos aumentou.

Há 10 anos no AviSitewww.avisite.com.br

Eliminação de antibióticos na produção animal pode ser imprudente

No MS e no RJ os abates recuaram, mas o volume aumentou. Já no MT o total abatido aumentou quase 7%, mas o volume obtido foi 6% menor. Mas essas quedas pouco ou nada significaram, pois a expansão em outras UFs foi mais significativa.

Poucas UFs reduziram sua produção no 1º

trimestre

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9Produção Animal Avicultura

Venha para um dos maiores eventosdo agronegócio do Sul do Brasil

Sindicato da Indústria de Laticíniosdo Estado do Rio Grande do Sul

PROMOÇÃO EORGANIZAÇÃO

Porto Alegre/RS

Empresas e instituições que já garantiram seu espaço na Feira AVISULAT

Because life is powered by water

· Área de exposição na Feira de Negócios

· Encontro Internacional de Negócios

· Congresso Avisulat 2016· Painéis e artigos científicos

Ainda dá tempo para participarCONTATECOMERCIALIZAÇÃO E COORDENAÇÃOFone: 51 3228 8844 | [email protected]

AviSiteAviSiteO Portal e Revista da Avicultura

Participantes confirmados até 31/05/2016

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

anuncio-avisulat-print.pdf 1 21/06/16 16:49

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10 A Revista do AviSite

Notícias Curtas

“Conectando a comunidade global de ciência avícola” PSA realiza evento único no Brasil; organizadores dão suas opiniões

Notícias Curtas

Para saber mais sobre a Conferência da Poultry Science Asso-ciation (PSA), que será realizada pela primeira vez no Brasil, entre os dias 4 e 6 de outubro, em Campinas, SP, conversamos com Stephen Koenig, Diretor da entidade. Na sequência, José Otávio Sorbara, Presidente da Comissão Organizadora do evento, fala sobre as suas expectativas para este Congresso.

Quais foram os motivos que fizeram a PSA trazer o Congresso 2016 para o Brasil?

Os membros da PSA estão em rápida expansão na América do Sul e especialmente no Brasil, onde a produção e a pesquisa avícola estão mais fortemente concentrados. Sabemos que viajar para os EUA não é uma opção acessível para todos os profissio-nais de aves, de modo que o Conselho da PSA decidiu realizar uma conferência latino-americana que irá incentivar a participa-ção regional. Campinas é a localização ideal e central, com fácil acesso pelas cias aéreas regionais e a uma curta distância para muitos participantes.

Como a PSA vê o mercado de avicultura brasileira?O Brasil é o segundo maior produtor de aves no mundo e

junto com o resto da América Latina produz quase um quarto dos produtos avícolas do mundo. A pesquisa avícola e o ensino também estão concentrados nessa região. Haverá grandes opor-tunidades de crescimento para o avanço da ciência avícola e sua aplicação na indústria.

Qual será o tema do Congresso?O tema desta conferência é “Conectando a comunidade

global de ciência avícola” (“Connecting the global poultry scien-ce community”). O principal objetivo da PSA é “promover e desenvolver a ciência avícola” e fazê-lo de forma tão eficaz e eficiente quanto possível. Para atingir este objetivo, é preciso conectar os profissionais da ciência avícola em todas as principais regiões produtoras de aves no mundo. Podemos fazer o maior progresso quando trabalhamos juntos.

Por que é importante se conectar à comunidade global de ciência avícola?

Para promover e desenvolver as ciências avícolas temos de continuar a descobrir novos conhecimentos e invenções científi-cas e, em seguida, desenvolver essas descobertas em novas tec-nologias, aplicáveis para a indústria. A pesquisa é cara e é impor-tante que cada dólar seja utilizado da forma mais eficiente possível. Quanto mais estivermos conectados, mais eficientes e eficazes nos tornamos como um negócio, uma atividade.

Por que o mercado avícola no Brasil deve se interessar por participar da Conferência da PSA?

Esta conferência é focada na excelência científica. Tanto os profissionais acadêmicos quanto os da indústria serão capazes de participar em um ambiente educacional que não é como as ou-tras reuniões regionais. Procuraremos identificar as necessidades da indústria mais urgentes e trazer para o melhor da ciência em resolver esses problemas. Vamos atrair os melhores e mais bri-lhantes jovens cientistas, para expô-los a uma indústria global. E esperamos atrair participantes internacionais, como muitos vão querer se conectar com a comunidade de aves da América Latina.

Uma participação ativa nas conferências PSA vai aumentar seus conhecimentos, reforçar o seu programa de trabalho, au-mentar o valor da sua organização e avançar a sua carreira pessoal.

Será que os mesmos palestrantes que participam dos Congressos da PSA nos Estados Unidos irão comparecer à Conferência da PSA no Brasil?

Alguns dos mesmos palestrantes podem vir para a conferên-cia no Brasil, porque eles são os melhores especialistas do mun-do. A PSA vai reunir expertise global (ambos do Brasil e interna-cionais) para tratar de temas regionais de interesse para a indústria avícola latino-americana. Ao mesmo tempo, a PSA também espera criar uma oportunidade de compartilhar um pouco da experiência regional com outros profissionais de aves em todo o mundo.

José Otávio SorbaraComo será esta primeira edição de um Congresso PSA

no Brasil?Temos uma grande responsabilidade para tornar este evento

excepcional, já que esta será a primeira reunião que a PSA realiza

Stephen Koenig: “Quanto mais estivermos conectados, mais eficientes e eficazes nos tornamos como um negócio”

José Otávio Sorbara: “Nossa expectativa é trazer as pessoas que realmente querem dar sua contribuição e se conectar com a comunidade mundial de aves”

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11A Revista do AviSite

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fora da América do Norte em mais de 100 anos de PSA. Nós também queremos torná-lo mais interativo e um evento onde todos possam dar sua opinião, um tema para discutir, um palestrante e até mesmo sugerir um simpósio completo. Fazendo isso o nosso objetivo é atingir as principais questões enfrentadas pelo mercado avícola e pela comu-nidade científica.

Existe um comitê local para este evento, quem faz parte desse comitê?

Sim, temos um comitê local muito pequeno formado pelos Pro-fessores Sergio Vieira, da UFRGS, José Fernando Menten, da USP/ ESALQ, Fernando Perazzo, da UFPB e Pilar Castaneda Serrano, da INIFAP / México. Esta pequena comissão trabalha em conjunto com uma comissão baseada nos Estados Unidos liderada por Stephen Koenig e Professor David J. Caldwell (Presidente da PSA) e Todd J. Applegate (Ex-Presidente da PSA).

Qual é a sua expectativa para este Congresso?Nossa expectativa é trazer as pessoas que realmente querem dar

sua contribuição e se conectar com a comunidade mundial do merca-do avícola. Esperamos também criar uma oportunidade para estudan-tes de graduação e jovens profissionais experimentarem o valor de se trabalhar em conjunto para promover a atividade avícola.

Qual é a principal meta que a PSA quer alcançar no Brasil?A PSA também quer estar mais conectada com a atividade avícola

global e a melhor maneira de alcançar este objetivo é ter encontros regionais com grande participação da indústria local e da comunidade científica local.

É a primeira edição de um Congresso PSA fora dos EUA?Sim, em mais de 100 anos de história a PSA só havia realizado

reuniões nos EUA e no Canadá. E a PSA precisa se adaptar a novas tendências e seguir o que a indústria avícola já identificou que é, se você quer crescer você precisa ultrapassar fronteiras e compartilhar os conhecimentos, mas também aprender com a comunidade local.

Qual é a importância da indústria de aves do Brasil para o

mundo?O Brasil é o maior exportador de frangos de corte e tem uma

indústria muito dinâmica e inovadora. E, de alguma forma, muito mais inovador do que a indústria avícola dos EUA. Portanto, as de-mandas da indústria são diferentes de um lugar para o outro e até hoje a melhor maneira de conectar as pessoas é cara a cara.

Por que as pessoas deveriam participar da Conferência da

PSA em outubro?Como já mencionado, esta é uma oportunidade única para assistir

a um dos eventos científicos mais TOP do mundo, que até o momen-to só era possível se você pudesse viajar para os EUA, mas fazendo este evento aqui no Brasil nós estamos dando a oportunidade a todos de fazerem parte de uma comunidade mais global e que está crescen-do a cada ano.

E por último, mas não mesmo importante, se registrando na 1º Conferência Científica da América Latina da PSA você garante acesso aos principais periódicos científicos publicados pela PSA: Poultry Scien-ce e Journal of Applied Poultry Research.

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12 A Revista do AviSite

Notícias Curtas

IBGE Poucas UFs reduziram sua produção no 1º trimestre

O levantamento do IBGE relativo ao abate de frangos sob inspeção no primei-ro trimestre de 2016 aponta que, entre 21 Unidades Federativas (UFs), em ape-nas oito delas o número de cabeças abatidas sofreu redução em relação ao mesmo período de 2015.

Em um número idêntico de UFs caiu também o volume de carne de frango. Mas em algumas delas não houve conco-mitância entre cabeças abatidas e carne produzida. No Mato Grosso do Sul e no Rio de Janeiro, por exemplo, os abates recuaram, mas o volume aumentou. Já no Mato Grosso o total abatido aumen-tou quase 7%, mas o volume obtido foi 6% menor.

Mas, comprovando a tese de que não houve redução da produção brasileira nos três primeiros meses do ano, essas quedas pouco ou nada significaram, pois a expansão em outras UFs foi mais signi-ficativa. A ponto de gerar aumento de volume de 3,6% - quase 114 mil tonela-das a mais que nos mesmos três meses de 2015.

E, aqui, a contribuição mais ponderá-vel, em valores absolutos, veio do Paraná, cujo volume de carne de frango registrou aumento anual superior a 7%. Com essa expansão (quase 69 mil toneladas a mais), os abates paranaenses superaram a marca do milhão de toneladas e res-ponderam por 60% do volume adicional registrado no período.

FRANGOCabeças abatidas e peso das carcaças em estabelecimentos

sob inspeção de 26 Unidades Federativas*1º trimestre de 2016

POSI ÇÃO UF

CABEÇA ABATIDAS MILHÕES

VARIAÇÃO ANUAL PESO MIL/T VARIAÇÃO

ANUAL

% DO VOLUME TOTAL

1 PR 454,720 9,69% 1.016,003 7,27% 30,99%

2 SC 213,035 -1,59% 508,267 -3,46% 15,50%

3 RS 208,410 11,84% 393,118 0,91% 11,99%

4 SP 156,933 1,87% 382,613 3,17% 11,67%

5 MG 119,584 8,99% 230,748 7,12% 7,04%

6 GO 100,779 15,09% 221,016 10,10% 6,74%

7 MT 62,930 6,73% 138,863 -6,05% 4,24%

8 MS 41,563 -0,93% 107,194 1,24% 3,27%

9 BA 24,478 10,99% 59,302 12,57% 1,81%

10 DF 20,833 7,35% 35,457 -9,04% 1,08%

11 PA 14,376 5,16% 37,679 7,39% 1,15%

12 PE 14,110 -3,81% 30,490 -7,02% 0,93%

13 ES 12,444 14,34% 31,467 16,99% 0,96%

14 RJ 10,163 -2,89% 20,468 2,55% 0,62%

15 CE 6,019 -4,40% 13,974 -8,38% 0,43%

16 PB 5,474 7,10% 14,100 10,27% 0,43%

17 RO 3,263 - 7,723 - 0,24%

18 PI 2,063 -9,49% 4,234 -26,25% 0,13%

19 AL 0,692 169,52% 1,629 145,75% 0,05%

20 SE 0,252 -19,99% 0,493 -15,38% 0,02%

21 MA 0,215 -24,38% 0,522 -0,52% 0,02%

22 AC - - - -

0,69%

23 AM - - - -

24 TO - - - -

25 RN - - - -

26 RR - - - -

BRASIL 1.480,621 7,10% 3.278,200 3,60% 100,0%

Fonte dos dados básicos: IBGEElaboração e análises: AVISITE

* Apenas o Amapá não possui estabelecimentos sob inspeção; já Acre, Amazo-nas, Tocantins, Rio Grande do Norte e Roraima contam, cada um, com menos de três informantes e, por isso, as respectivas produ-

ções não são reveladas.

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segunda-feira, 27 de junho de 2016 15:28:47

Embrapa Aplicativo para celular calcula custo de produção de frangos de corte

Está disponível para download gratuito o aplicativo Custo Fácil – Produtor Integrado, desenvolvido para auxiliar o produtor integrado e a assistência técnica a organizar as informações necessárias para estimar o custo de produção e obter relatórios úteis para a gestão da granja. O Custo Fácil é indicado para integrados com contratos de parceria e de comodato para os sistemas de produção de suínos em creche e terminação, produção de leitões e frango de corte.

O aplicativo pode ser baixado a partir do telefone celular ou tablet clicando no ícone do Google Play e fazendo a busca por “Custo Fácil” ou “Embrapa”. Também é possível fazer a pré-instalação do aplicativo a partir do computador. Para isso é preciso que o usuário entre com sua conta do Google e depois acesse o endereço play.google.com/store/apps/details?id=br.embrapa.custofacil e clique em instalar. O Custo Fácil será instalado no dispositivo móvel na próxima vez que ele fizer conexão com a internet.

O Custo Fácil tem uma interface simples. Ao abrir a tela inicial de inserção dos dados, são mostradas quatro opções a serem preenchidas: alojamento/desempenho, investimento realizado, despesas e receitas.

Depois, basta clicar em “Resultado Apurado”, o que irá gerar um relatório com o resultado do custo e da receita obtida, bem como uma análise dos dados. Também são gerados outros dois relatórios, um com os dados utilizados e outro com um gráfico com a composição dos custos operacionais, que permite avaliar os itens que mais impactaram no custo de produção e na análise dos resultados. Os relatórios podem ser salvos e compartilhados. Uma dica para tornar o preenchimento ainda mais fácil ao utilizar o aplicativo é manter arquivados boletos, notas fiscais, cupons, extratos de conta corrente e relatórios de lotes.

Os cálculos do aplicativo seguem a metodologia utilizada pela Embrapa e pelos principais países produtores para se estimar o custo total.

Saiba maisTamanho: 2,0 MB

Requisitos: Android 4.0.3 ou superior Como baixar: através do Google Play, no dispositivo móvel, ou pelo endere-ço http://play.google.com/store/

apps/details?id=br.embrapa.custofacil em um computador

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Empresas

A Revista do AviSite

Parceria Sadia lança linha de congelados ‘saudável e gourmet’ com Jamie Oliver

Em parceria com o chef inglês Jamie Oliver, a Sadia lança em setembro uma linha de congelados que promete ser sau-dável e “gourmet”.

O investimento total no projeto é de R$ 50 milhões, afir-ma Cecília Mondino, diretora de marketing da Sadia.

A empresa procurou o cozinheiro há cerca de um ano com a proposta de criar receitas com frango para o mercado brasileiro. Para participar, ele exigiu que a BRF, detentora da marca, adequasse seu processo de produção de acordo com princípios de bem-estar animal.

Controle da temperatura (para evitar ambientes muito quentes) e implementação de poleiros foram algumas das

modificações feitas pela empresa nas granjas de Buriti Alegre (Goiás) para atender às demandas do cozinheiro.

O chef ganhou fama mundial ao ensinar receitas práticas e rápidas em programas de televisão. Atualmente, ele está no ar no Brasil no canal de TV a cabo GNT.

Oliver também é conhecido pela militância em prol da alimentação saudável com o movimento “Food Revolution”. Em março, ele conseguiu que sua proposta de criar um im-posto sobre o açúcar em refrigerantes entrasse no orçamento do Reino Unido. A medida deve ser implementada em dois anos.

Em julho, o chef deve vir ao Brasil para bater o martelo na seleção dos ingredientes e pratos. A linha será distribuída em todo o país e não tem prazo para acabar.

Os preços deverão ser acima da média da categoria. “Va-mos cobrar um ‘premium’, mas sabemos que não podemos ser abusivos por causa da situação atual”, diz Mondino. O custo final para o consumidor ainda não foi definido, afirma a empresa.

Mesmo mais caros, Mondino acredita que há mercado para esse tipo de produto no Brasil. “Vemos um movimento muito grande nos mercados de comidas mais gourmet que custam o dobro dos nossos pratos prontos, então tem opor-tunidade”, afirma.

As informações são da Folha de S. Paulo.

Jamie Oliver fez exigências para trabalhar com a

Sadia: Controle da temperatura (para

evitar ambientes muito quentes) e

implementação de poleiros foram algumas delas

“Vamos cobrar um ‘premium’, mas sabemos que não podemos ser abusivos por causa da situação atual”

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15A Revista do AviSite

Para certificar-se que seu programa de controle deMicoplasma está dentro do esperado e tomar decisõescom segurança, conte com as soluções IDEXX:

OMycoplasma gallisepticum (Mg) e oMycoplasma synoviae (Ms) estãoentre os seis patógenos que maiscausam prejuízos econômicos à in-

dústria avícola. Esses agentes têm capacidade deevadir o sistema imune e de criar resistência aantimicrobianos. A doença pode ser inicialmenteassintomática, mas geralmente se torna crônica.São comuns problemas respiratórios, perda naprodução de ovos, perdas no nascimento e au-mento da mortalidade. As aves infectadas po-dem permanecer portadoras e a disseminação élenta, tornando imprescindível o diagnósticolaboratorial. Está amplamente reportado quelotes livres de Micoplasma têm melhor produtivi-dade e somente um programa de monitoria soro-lógica pode garantir o sucesso no controle dadoença.

Programa de Monitoria Sorológica

A amostragem para monitoria sorológicadepende do objetivo do programa e tipo

de granja. De acordo com o Plano Nacional deSanidade Avícola – IN 44, devem ser colhidas300 amostras de soro por lote a partir da recria ea cada 3 meses durante a fase de produção. Essaamostragem é extremamente importanteporque permite detectar infecção a partir de 1%de prevalência com 95% de segurança.

Os testes de ELISA IDEXX para detecção deanticorpos para MG e MS se destacammundialmente por alta performance ou seja, altasensibilidade, alta especificidade e muitoimportante, alta reprodutibilidade. Os resultadosda IDEXX são mais consistentes também porserem fáceis de usar, os reagentes vêm prontospara uso, de maneira que há menos chance deerro no laboratório.

Os testes da IDEXX são lidos automaticamentepor uma leitora de ELISA, a qual envia asdensidades óticas diretamente para o software

xChekplus, que calcula os resultados e permite

alta sensibilidade, e provas mais específicas,como a Inibição da Hemaglutinação (HI), quetem um custo mais elevado e toma mais tempo.No Brasil, existem laboratórios que oferecemtécnicas mais modernas, como o ELISA, que temalta sensibilidade e especificidade, e o PCR, quedetecta a presença do agente através de seumaterial genético.

Um dos fatores mais importantes em umprograma de monitoria é a tomada de

decisão, ou seja, quando se detecta infecção,tanto em uma granja livre, quanto na compra deum lote, cada dia tem um custo para a empresa.Por isso o veterinário tem que ter segurança parainterpretar os resultados e tomar decisõesquanto a medidas de controle da infecção.

análise de banco de dados. Os clientes sãotreinados pela equipe técnica da IDEXX, e oslaboratórios são auditados periodicamente.

Os kits da IDEXX são produzidos em plantascertificadas ISO e regulamentados pelo USDA(Ministério da Agricultura dos Estados Unidos).Isso significa que cada lote de kit produzidopassa por rígido controle de qualidade e controlede segurança interno e externo. Esses kits sãoregistrados pelo Ministério da Agricultura noBrasil e em diversos países da América Latina,Europa e Ásia.

Informe Técnico – Comercial

•ELISA IDEXX para detecção de anticorpos Mg

•ELISA IDEXX para detecção de anticorpos Ms

•ELISA IDEXX combo para detecção de

anticorpos Mg e MS

•IDEXX RealPCR Mg

•IDEXX RealPCR Ms

•IDEXX RealPCR multiplex Mg e Ms

•Software xChekplus para cálculo de resultados

e manejo do banco de dados

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:AVAKIAN, A.P., KLEVEN, S.H., GLISSON, J.R. Evaluation of the specificity and sensitivity of two commercial enzyme-linked immunosorbent assay kits, the serum plateagglutination test, and the hemagglutination-inhibition test for antibodies formed in response to Mycoplasma gallisepticum. Avian Diseases, v. 32, p. 262-272, 1988.CROWTHER, J. R. The ELISA Guidebook: methods in molecular biology, 2.ed., Austria: Humana Press, 2009, 566 p.IDEXX MG Ab Test, Validation Data Report. 2011 IDEXX Laboratories, Inc. All rights reserved. o 09-64786-01IDEXX MS Ab Test, Validation Data Report. 2011 IDEXX Laboratories, Inc. All rights reserved. 09-64787-01

Interpretação de resultados e histogramas ELISA IDEXX:

Excelente dinâmica de anticorpos permite identificar comportamento de lotes negativos e positivos

Nº Amostras

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Portfólio IDEXX para monitoramento e diagnóstico de Micoplasma

Para mais informações, fale com seu veterinário econte com a assessoria especializada IDEXX:

Fone (11) 3095-5632 • [email protected]

Mais segurança em seu programa de controle sanitário

Tecnologia IDEXX para monitoria de Mycoplasmagallisepticum Mycoplasma synoviaee

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A triagem de cada lote deve ser realizadacom um teste sensível para detectar os

positivos, e específico para confirmar osverdadeiros negativos. Os laboratórios contamcom técnicas tradicionais como a Soro-Aglutinação Rápida (SAR), que tem custo baixo e

Linhas puras e bisavós

Linhas puras, bisavós, avós e matrizes

Nº Amostras/Lote

Dias Mg

Mg

Ms

MsSemanas

Nascimento (soro e ovos)

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Produção

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SOROLOGIA- PNSA Idade

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Resultado ELISA IDEXX Mg para um lote NEGATIVO Resultado ELISA IDEXX Mg para um lote POSITIVO

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Saúdes humana e animal

A Revista do AviSite

Mais do que adequação a uma necessidade de mercado, aumento do uso de aditivos

alternativos a antimicrobianos é tendência mundial

Mundo dos negócios, incluindo a produção de alimentos, é regido pela percepção do consumidor, que exige consumir alimentos por ele percebidos como ‘saudáveis’

Recentemente, um grande pro-dutor mundial de refrigeran-tes trocou o adoçante artifi-cial aspartame por edulcoran-

tes mais naturais – sucralose e estévia – em seus produtos. Mas não apenas isso. Mudou também a cor vermelha do seu tradicional signo (aquilo que lembra o produto), de mais de 130 anos, pelo verde, percebido pelo con-sumidor como mais “saudável”. Em apenas dois meses, um destes produ-tos já era comercializado no Brasil.

O comentário acima é feito por Paulo Martins, Diretor Técnico Co-

mercial da Biocamp, para falar sobre a importância de se atender às exigên-cias do consumidor. Trazendo o exemplo para a avicultura, trata-se da discussão sobre o futuro da produção de frangos em termos de dietas 100% livres de antimicrobianos melhorado-res de desempenho (AGP, na sigla em inglês). Para Martins, precisamos es-tar aptos a atender as exigências dos consumidores por carne de frangos produzidos sem antimicrobianos. A cadeia avícola já entrega um produto saudável, afinal a carne branca possui menos gordura saturada. Mas o con-

sumidor quer mais. Com o poder das redes sociais e uma ágil comunicação, as empresas somente têm um cami-nho a seguir: adotar critérios que au-mentem a percepção pela segurança alimentar.

“O mundo dos negócios, incluin-do a produção de alimentos, é regido pela percepção do consumidor. Hoje, este consumidor deseja adquirir e exi-ge consumir alimentos por ele perce-bidos como ‘saudáveis’. Não importa o que esta palavra quer dizer sob o ponto de vista de análise técnica ou significado no dicionário”, completa.

Saúdes humana e animal

16 A Revista do AviSite

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17A Revista do AviSite

PAULO MARTINS Precisamos estar aptos a atender as

exigências dos consumidores por carne de frangos

produzidos sem antimicrobianos

Ainda sobre as questões de preferên-cia, há outro exemplo: “Em algumas re-giões e microrregiões brasileiras, mesmo de menor renda, há uma definida prefe-rência pelo consumo de ovos de casca vermelha, nutricionalmente igual ao branco, mas que custa mais caro. Deta-lhe: a casca do ovo é a primeira coisa a ser descartada pelo consumidor”.

Já Ariovaldo Zani, CEO do Sindira-ções, tem outro ponto de vista: “Por conta da complexidade do tema, o grande desafio do empreendedor pecu-ário reside na comunicação dirigida ao consumidor. O mesmo raciocínio pode aplicar-se a outros fatos cotidianos, co-mo o clamor pela ineficaz pílula do câncer (que chegou a ser sancionada pela presidente afastada Dilma Roussef e foi criticada pela comunidade cientí-fica por liberar um composto que não tem registro na Anvisa nem eficácia comprovada). Estaria a ciência perden-do para a ideologia”?

Mas, de toda forma, a tendência de diminuição do uso de antimicrobianos melhoradores de desempenho na pro-dução avícola não é apenas um desejo do consumidor. É fundamental desta-car que autoridades de saúde pública, organismos internacionais (WHO, FAO e OIE) e importantes centros de pesqui-sa também pressionam os produtores a adotar o uso racional dos antimicrobia-nos na produção animal, principal-mente em duas situações especiais:

(a) Aditivos Melhoradores de De-sempenho (AMD ou AGP);

(b) Antimicrobianos utilizados em caráter profilático ou preventivo.

Antônio José Piantino Ferreira, con-sultor da DuPont e Professor da Univer-sidade de São Paulo (USP), explica que os consumidores foram influenciados por pesquisadores de universidades eu-ropeias preocupados com o aumento da resistência aos antibióticos naquele continente. Segundo ele, os primeiros alertas surgiram a partir da divulgação de universidades da Dinamarca. Apesar disso, é preciso deixar claro que o uso de medicamentos como promotores de crescimento em animais não foi o prin-cipal responsável pelo aumento da re-sistência bacteriana em humanos. Pro-vavelmente, o responsável por este fe-nômeno foi o uso indiscriminado, abu-sivo e de longa duração, sob diferentes necessidades ou indicações terapêuti-cas destes medicamentos em hospitais humanos. “Ainda assim, o uso de anti-microbianos melhoradores de desem-penho foi considerado elevado e, o mais importante, sem justificativa clí-nica comprovada”, atesta Piantino. Pa-ra ele, a percepção de que a produção animal contemporânea está fazendo uso abusivo de medicamentos sob a bandeira de melhorar o desempenho dos animais, produzir mais em menor espaço de tempo e de área, proporcio-nando a redução de patógenos poten-

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Saúdes humana e animal

A Revista do AviSite

ciais ao homem, melhorando o “bem--estar” animal, não são alegações subs-tanciais para justificar o permanente uso de antibióticos na produção ani-mal.

Gabriel Jorge Neto, Diretor Comer-cial da Yes, concorda com estes argu-mentos: “O uso de antibióticos em pe-quenas dosagens não é favorável à ma-nutenção da eficácia dos antibióticos para uso curativo. Os antibióticos são uma ferramenta curativa, e não preven-tiva. Não se previne doenças usando antibióticos, que são para as bactérias, e fazem isso de maneira indiscrimina-da, eliminando microrganismos pato-gênicos e benéficos”.

BiosseguridadeA produção de aves sem antimicro-

bianos melhoradores de desempenho não permite erros ou descuidos. Muitas vezes, no modelo convencional de pro-dução, alguns erros são compensados pelo uso dos AGP. Por vezes, antimicro-bianos preventivos são utilizados para corrigir falhas de manejo ou ainda ou-tras deficiências nutricionais e sanitá-rias.

Piantino sintetiza: “O uso de anti-microbianos melhoradores de desem-penho proporciona ao produtor segu-rança na produção de aves, pois os pro-blemas entéricos de diferentes etiolo-gias são mantidos sob controle. A sua retirada e a introdução de novas tecno-logias e ferramentas exige do setor aví-cola mundial uma adequação de todos os sistemas produtivos”.

O ponto de partida deve ser sempre a biosseguridade, que sofreu grande avanço no Brasil e atingiu, no passado, excelentes níveis de controle sanitário nos planteis de reprodutores, se utili-zarmos como indicadores, por exem-plo, o controle da Doença de Newcas-tle, Pulorose, Tifo Aviário e Micoplas-moses.

Paulo Martins lembra que dois pon-tos da cadeia merecem também aten-ção especial, já que podem causar maior impacto no aspecto sanitário e zootécnico na produção de aves AGP free: fábrica de ração e incubatório.

Na fábrica de ração, os programas de BPF (Boas Práticas de Fabricação) e APPCC (Análise de Perigos e Pontos

Críticos de Controle), antes de serem implementados, devem ser discutidos em detalhes, com todos os colaborado-res. Assim como na granja ou incubató-rio, há que haver medidas de higiene pessoal, uso de uniformes e botas (im-portante fonte de contaminação mi-crobiológica na fábrica), áreas “limpas” e áreas “sujas” e fluxo de trabalho e produtos que respeite estas áreas. O processo ordenado de limpeza e desin-fecção e controle de pragas deve alcan-çar toda a instalação, incluindo os pés de elevadores, cantos “cegos” de red-lers, linhas de transporte, moega e silos de armazenagem.

Além disso, é importante que as granjas recebam pintos de qualidade para evitar o uso preventivo de antimi-crobianos nos primeiros dias de vida da ave como forma de corrigir problemas que aconteceram no incubatório (um-bigos mal cicatrizados ou abertos no nascimento, por exemplo).

Outros pontos relevantes:O intervalo entre os lotes (vazio

sanitário) é considerado uma das prin-cipais armas que reduzem os desafios sanitários entre lotes consecutivos. O mesmo pode-se afirmar com relação a densidade dos lotes; A cama deve ter uma atenção es-

pecial. Quando feita sua reutilização, precisa ser bem fermentada, para ne-cessária redução microbiana, evitando a contaminação do novo lote e forma-ção do gás amônia. O controle de pra-gas como insetos (cascudinhos, mos-cas, ácaros) e roedores durante e após a saída do lote é parte importante do pro-grama;A redução de estresse ou fatores

desfavoráveis que comprometam o conforto das aves devem ser imple-mentadas, pois estresse e imunocom-prometimento estão diretamente rela-cionados ao surgimento de problemas, principalmente de ordem digestiva.

AlternativosProdutos alternativos já são comer-

cializados com a finalidade de substi-tuir os antimicrobianos melhoradores de desempenho na produção de fran-gos. O principal objetivo é estimular a multiplicação da microbiota intestinal desejável, atuando através da exclusão

FERNANDO RUTZ A avicultura brasileira tem condições de trabalhar com dietas 100 % AGP free na sua produção para consumo interno caso sejam tomados todos os cuidados de manejo necessários. O importante é estabelecer um programa de saúde intestinal, envolvendo várias etapas como: semear com organismos benéficos, alimentar esses organismos, dar condições de desenvolvimento - com a utilização de ácidos e enzimas - e eliminando os patogênicos com produtos à base de mananoligossacarídeos e óleos essenciais

Por vezes, antimicrobianos preventivos são utilizados para corrigir falhas de manejo ou ainda outras deficiências nutricionais ou sanitárias

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19A Revista do AviSite

Histórico

José Fernando Menten, Professor da Escola Supe-rior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) conta que o uso de antibióticos como aditivos de ração com fun-ção de promotores de crescimento teve início em 1950. Desde então, muita pesquisa foi realizada di-versas hipóteses formuladas apontando diferentes mecanismos de ação de baixas dosagens de antimi-crobianos para melhorar o desempenho de animais. A comprovação dos vários mecanismos foi obtida ex-perimentalmente, mas aparentemente nenhum dos mecanismos conseguia explicar a magnitude das res-postas obtidas no desempenho dos animais. Mas já no início desses estudos, ficou claro que a ação dos antimicrobianos passava pela alteração da composi-ção e/ou metabolismo microbiota intestinal. Apenas em anos recentes aumentou a compreensão do efeito de alterações na microbiota intestinal sobre o animal hospedeiro, usando-se técnicas moleculares e genéti-cas. Menten explica que a preocupação com a cono-tação negativa de se usarem “antibióticos promotores do crescimento” nas dietas vem de décadas atrás.

competitiva, reduzindo a presença de bactérias potencialmente patogênicas no trato digestório e no meio ambiente.

É importante destacar que o uso de aditivos alternativos deve acontecer como preventivo e em algumas situações como tera-pêutico. Reduzindo o uso de AGP’s, estes terão seu uso mais cons-ciente e eficaz em momentos onde um tratamento é necessário.

No Brasil, o uso de produtos alternativos aos AGPs vem cres-cendo nos últimos anos. Para Melina Bonato, Coordenadora de P&D, e Ricardo Barbalho, Gerente de Vendas, ambos da ICC, o Brasil tem feito um bom trabalho com uma transição prudente, de forma a manter ótimos resultados zootécnicos aliado ao aten-dimento das exigências do mercado consumidor.

Apesar disso, o uso de ácidos orgânicos na América Latina (incluindo o Brasil) corresponde a apenas 5% do mercado mun-dial, contra 40% da União Europeia. Flávio Longo, do Departa-mento de Pesquisa e Desenvolvimento da Btech, pontua: “Trata--se de um mercado que movimentou 431 milhões de euros no continente europeu em 2015, enquanto que em toda a América Latina a comercialização de ácidos orgânicos não ultrapassou a casa dos 58 milhões de euros”.

Devido a sua composição e modo de ação, os aditivos alterna-tivos aos antimicrobianos não deixam resíduos na carne. Nessa categoria merecem destaque os probióticos, prebióticos, ácidos orgânicos, enzimas, fitoterápicos e óleos essenciais (veja box na página 20). Cada um desses possui modo de ação específico, mas uma coisa todos eles têm em comum: a busca pelo equilíbrio da microbiota intestinal das aves, permitindo que elas executem su-

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Saúdes humana e animal

A Revista do AviSite20

RICARDO BARBALHO e MELINA BONATO Brasil tem feito um bom trabalho com uma transição prudente no que se refere ao uso de dietas AGP free, de forma a manter ótimos resultados zootécnicos aliado ao atendimento das exigências do mercado consumidor

Aditivos alternativos

Os ácidos orgânicos utilizados na nutrição animal são em geral ácidos fracos de cadeia curta e os mais utilizados são: ácido acético, fórmico, propiônico, cítrico, láctico, benzóico e fumárico. Estes ácidos possuem um pKa de 3 a 6 e terão uma atuação dependendo do pH do meio (porção do trato gastrointestinal). O mecanismo de ação ocorre pela redução do pH do meio que inibe ou cessa o crescimento e proliferação de microrganismos, e a forma não dissociada do ácido. Esta última é capaz de atravessar a membrana celular do microrganismo e então se dissociar no citoplasma redu-zindo o pH intracelular, alterando o metabolismo e aumentando a pressão osmótica, levando a ruptura da célula do microrganismo.Os probióticos são organismos vivos benéficos ao hospedeiro que são capazes de equilibrar e melhorar a microbiota intestinal. Os mais comu-

mente utilizados são Lactobacillus, Bifidobacterium, Enterococcus, Bacillus, Streptococcus e algumas espécies de leveduras como a Saccharomyces. De maneira geral o modo de ação dos probióticos está relacionado à competição por sítios de ligação e exclusão competitiva, onde ocupam sítios de liga-ção ou receptores no epitélio intestinal, formando uma barreira física que impede outras bactérias se de aderirem; competindo também por nutrientes. Outro modo de ação é a produção e liberação de substâncias bactericidas, que atuam na redução do pH do meio ou penetram na célula bacteriana). Além da competição por nutrientes e modulação do sistema imune (reconhecimento pelos macrófagos e multiplicação destes e outras células).Os prébióticos são em sua maioria carboidratos não digestíveis, principalmente os oligossacarídeos como frutoligossacarídeos (FOS) e manano-

ligossacarídeos (MOS). Por serem carboidratos não digestíveis estimulam o crescimento e atividade de bactérias benéficas, já que servem de substratos para estas se multiplicarem e competirem com as bactérias patógenas por sítios de ligação, exclusão competitiva, etc. O MOS também atua aglutinando bactérias que possuem fímbrias tipo I, evitando estas de se aderirem na parede intestinal, sendo eliminadas junto à excreta, favorecendo o cresimento da flora benéfica. Na composição da parede celular da levedura Saccharomyces cerevisiae também são encontradas β-glucanas, além de MOS, que são moduladoras do sistema imune.Os extratos vegetais são preparações concentradas obtidas a partir de uma grande variedade de vegetais e são divididos em quatro grupos:

ervas, condimentos, óleos essenciais e oleorresinas. Baseado em cada princípio ativo, os principais extratos vegetais utilizados são: canela, orégano, cravo, tomilho, açafrão da Índia, semente de uva, hortelã pimenta, alecrim e alho. As propriedades de cada composto citado acima são definidas como antibacteriano, antioxidante, antifúngico, anti-inflamatório e estimulante da digestão de maneira geral. O efeito antimicrobiano vem do potencial hi-drofóbico dos óleos essenciais que se ligam na membrana celular bacteriana e desintegram as estruturas desta e causam o escape de íons; ou seja, afetam a permeabilidade da membrana citoplasmática, transporte de íons e etapas da fosforilação, desnaturando e coagulando proteínas.

Fonte: Melina Bonato e Ricardo Barbalho, ICC

O uso de óleos essências no controle de patógenos foi introduzido recentemente na produção animal, especialmente na avicultura. Alguns extratos herbais, denominados de óleos essenciais, possuem efeito antimicrobiano, imunomodulador, propriedades antioxidantes e podem ser usados na conservação de alimentos. Estudos atuais demonstraram que frangos suplementados com óleos essenciais de orégano (carvacol), sálvia e alecrim apresentaram efeito similar aos promotores de crescimento.

Fonte: José Antônio Piantino

as inúmeras funções que vão desde o estímulo imunológico, redução de pa-tógenos, melhoria da integridade intes-tinal e consequente incrementos zoo-técnicos, até a síntese de vitaminas.

Melina Bonato lembra que há uma literatura extensa comprovando a efi-cácia do uso dos aditivos. Porém, o co-nhecimento do mecanismo de ação de cada produto pode levar a um uso mais eficaz e consciente. “O processamento, pureza, forma de apresentação, uso e dosagem vão determinar os resultados de cada princípio ativo. O uso de asso-ciações tem-se mostrado promissora, já que resulta em uma ampla faixa de ati-vidade dos produtos e muitas vezes há um sinergismo entre os princípios ati-vos”, pontua.

Já Gabriel Jorge Neto pode compro-var a eficácia dos aditivos alternativos aos AGP’s por experiência própria: “Eu crio frangos com resultados zootécnicos

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21A Revista do AviSite

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Saúdes humana e animal

A Revista do AviSite

até melhores do que com AGP utilizan-do prebióticos, probióticos e simbióti-cos. O desafio então não é a existência de produtos substitutivos, pois a indús-tria já apresenta opções”. Ele completa: “O problema é o conhecimento dos nutricionistas e patologistas e a dificul-dade que eles têm de aceitar mudanças. O maior desafio é o desconhecimento dos nutricionistas e dos patologistas dessas novas ferramentas disponíveis.”

É importante deixar claro que os desafios para a produção de aves com dietas AGP free são muitos e estão rela-cionados principalmente à variação das condições de criação, que apesar da evolução em termos de padrões de ins-talações e das melhores práticas de ma-nejo, ainda estão longe de um ideal. Essas dificuldades são reconhecidas pe-lo próprio setor produtor de aditivos, como atesta Flávio Longo: “Para a total retirada dos AGP’s nas dietas dos ani-mais será necessário uma mudança profunda de consciência dos produto-res atentando para cada detalhe da pro-priedade e das etapas de produção das aves”.

Ele também frisa que ainda não existe um produto que tenha a mesma eficiência e o mesmo custo-benefício dos AGPs, por isso as pesquisas nas em-presas e universidades são contínuas.

Mas Flavio acredita que a avicultura brasileira é capaz de se adaptar às mais diferentes exigências de produção para atender o mercado consumidor exigen-te. “Se for realmente proibido o uso dos AGP’s no Brasil não há dúvidas de que as diferentes alternativas serão utiliza-das da melhor forma e os custos adicio-nais que por ventura surgirem serão absorvidos pela cadeia como um todo”, completa.

BrasilO Ministério da Agricultura Pecuária

e Abastecimento é a autoridade brasilei-ra responsável pela autorização e con-trole de qualidade de agentes antimicro-bianos em animais no País e dispõe de grupos de trabalho que envolvem pes-quisadores, veterinários do próprio MA-PA, profissionais da indústria farmacêu-tica e associações de classe – como o Sindirações – que discutem sobre as clas-ses de antibióticos e as necessidades de banimento em detrimento das exigên-cias internacionais e surgimento de re-sistência bacteriana e de medicamentos de classes análogas de uso humano. Dessa forma, o Brasil tem seguido as orientações do mercado internacional na questão do uso de medicamentos te-rapêuticos e/ou preventivo.

A implantação da Instrução Norma-

É preciso deixar claro que o uso de medicamentos como promotores de crescimento em animais não foi o principal responsável pelo aumento da resistência bacteriana em humanos

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23A Revista do AviSite

Custo de uma dieta AGP free é mais alto na comparação com uma dieta que conta com o uso de antimicrobianos

melhoradores de desempenho

tiva nº65, de 21 de novembro de 2006, que restrin-giu o uso de apenas um antimicrobiano melhora-dor de desempenho, por fase de ração, potenciali-zou o uso de aditivos naturais ou orgânicos, em substituição aos AGP, utilizado para controle de bactérias Gram negativas. Para Paulo Martins, essa restrição trouxe duas grandes conquistas. “A pri-meira mostrou que a introdução de produtos alter-nativos, utilizados como substitutos dos AGP, mantiveram ou até mesmo aumentaram o desem-penho zootécnico. A segunda grande conquista foi a redução do uso de antimicrobianos na forma terapêutica, uma vez que a microbiota intestinal estava equilibrada, reduzindo a concentração de bactérias potencialmente patogênicas do trato di-gestivo e meio ambiente. Desta forma, o uso dos produtos alternativos aos AGP é crescente na avi-cultura brasileira”, afirma.

Ariovaldo Zani salienta que o MAPA já baniu o emprego de uma série de substâncias na alimenta-ção animal, caso da avoparcina, arsenicais e anti-moniais, cloranfenicol e nitrofuranos, olaquindox, carbadox, violeta genciana, anfenicois, tetracicli-nas, beta-lactâmicos (benzipenicilâmicos, cefalos-porinas), quinolonas, sulfonamidas sistêmicas, es-piramicina e eritromicina.Custos

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Saúdes humana e animal

A Revista do AviSite

Atualmente, o custo de uma dieta AGP free é mais alto, mas as fontes ou-vidas para esta reportagem acreditam que com a utilização mais frequente e em maior quantidade dos aditivos al-ternativos, a tendência é que o custo seja mais baixo e incorporado na pro-dução, não afetando muito o preço do produto final.

Piantino, da USP, vai além. Para ele, os custos de produção dos frangos, poedeiras e reprodutoras não aumen-tarão na substituição dos AGP por pro-biótico, prebiótico, ácido orgânico ou óleo essencial, pois o ganho econômi-co e de sanidade serão elevados. “No entanto, devemos reconhecer que de-verá levar mais tempo para uma adap-tação das novas ferramentas ao siste-ma de produção com o uso de AGP”, pondera. E acrescenta: “Em termos de segurança alimentar, não haverá per-das, pois um dos fatores mais relevan-tes para a implantação da nova tecno-logia é a redução de patógenos dentro de um ciclo verticalizado de produção (da matriz ao frango; e do frango ao abate; e do abate ao consumidor)”.

Ariovaldo Zani se preocupa com a alta dos preços que virá com o uso de dietas AGP free: “A dieta 100% AGP free (em larga escala) vai provocar profundos rearranjos, por conta do aumento no consumo da ração, e maior demanda por cereais e oleagi-nosas. O custo adicional repassado no preço ao consumidor vai inibir o inte-resse de compra, forçar a limitação da oferta de proteína animal e então mo-

derar o alojamento e o abate, influen-ciando sobremaneira a cadeia de su-primentos de farinhas e óleos de ori-gem animal, aditivos em geral e de-mais insumos farmacêuticos veteriná-rios, além de supostamente compro-meter a competitividade dos exporta-dores brasileiros frente aos concorren-tes internacionais”.

NutricionistasPara Fernando Rutz, médico veteri-

nário e mestre em Nutrição de Aves pela Universidade de Pelotas, RS, e consultor da Alltech, outro fator para ser levado em consideração é o perfil do novo nutricionista, que atuará no campo, uma vez que cada vez mais ele deve se envolver com o resultado do produto final: “Este profissional preci-sa entender que a nutrição é uma parte do processo, ela interage com diversos fatores ao redor, tais como temperatu-ra ambiental e qualidade de cama, por exemplo. A ideia é adequar uma dieta às necessidades dos animais, sempre visando o melhor retorno econômico. Cuidados com o bem-estar animal também têm um papel fundamental”.

FuturoOs aditivos denominados como al-

ternativos ainda serão, no futuro, de-nominados desta forma? “Não, eles serão encarados como as novas ferra-mentas de controle de patógenos, re-duzindo Salmonella spp., E. coli, Cam-pylobacter, Listeria e outras bactérias, e ainda mantendo a qualidade intesti-

nal”. Esta é a resposta do Professor Piantino. Mas, afinal, quais eram os objetivos dos AGP’s? “Reduzir a popu-lação microbiana, principalmente, as bactérias Gram positivas (Clostridium perfringens, Enterococcus e outras bac-térias Gram positivas nocivas às aves) do intestino para que as mesmas não proliferassem, em quantidade, produ-zindo toxinas e provocando enterite, reduzindo a digestão e absorção de nutrientes”.

Para ele, agregar conhecimento é uma constante no mundo, assim, de-vemos acreditar que novas estratégias podem surgir ou aperfeiçoar o uso dos produtos já existentes.

Sérgio Alves, gerente de negócios da Alltech, também fala sobre o futu-ro da utilização de aditivos alternati-vos a antibióticos: “A tendência mun-dial em produzir carnes mais saudá-veis e seguras é progressiva. Cada vez mais, o uso dos antibióticos se limita-rá a tratamentos curativos esporádi-cos. Os produtos vão se transformar em programas de nutrição e saúde animal, nos quais o sucesso será obti-do com as empresas que melhor ajus-tarem seus programas e tecnologias às necessidades de mercado”.

Fontes ouvidas para a construção desta reportagem: Ariovaldo Zani, Fer-nando Rutz, Flavio Longo, Gabriel Jorge Neto, José Antônio Piantino, José Fer-nando Menten, Melina Bonato, Paulo César Martins, Ricardo Barbalho e Sér-gio Alves.

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25A Revista do AviSite

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Informe Técnico – Comercial

A Agro Select é importadora e distribuidora exclusi-va no Brasil das marcas Impex (Holanda), fabri-cante de bebedouros para aves e suínos, e Salter (Inglaterra), fabricante de balanças de alta preci-

são. Em 2015, fechou parceria com a Lyon Technologies Inc., se tornando assim a importadora e distribuidora oficial da marca no Brasil. Além da venda exclusiva dos aparelhos e acessórios de debicagem da Lyon, a empresa possui uma equipe especializada na manutenção dos debicadores.

A empresa Lyon Technologies Inc., fabricante dos apare-lhos de debicagem mecânicos e automáticos oferece aos seus clientes a experiência e qualidade de quem está no mercado há mais de 100 anos.

Fundada em 1915, a fábrica localiza-se nos Estados Uni-dos, onde todos os produtos são distribuídos para mais de 100 países ao redor do globo.

Debicagem e debicadoresO equipamento de debicagem Lyon é utilizado em vá-

rios países e reconhecido mundialmente como um método seguro para evitar canibalismo, brigas, perda de ovos e bica-gem de penas entre as aves.

Suas versões mais recentes de debicadores apresentam novos controles eletrônicos de temperatura para maior pre-cisão e estabilidade do calor. Desmontáveis, possuem peças substituíveis e componentes de fácil manuseio, qualidades que as tornam de fácil manutenção.

Uma boa debicagem evita:• Desperdício de ração• Incidência de canibalismo • Perda de ovos por bicagem• Perda de peso excessivo

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Informe Técnico – Comercial

A Revista do AviSite

Debicadores

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27A Revista do AviSite

Lâmina S – Cod 930-016 – debicagem para matrizes e perus com mais de 12 semanas de idade

Lâmina KH – Cod 930-025 – redebica-gem ou repasse em frangas com mais de 08 semanas de idade

Lâminas BC – Cod 930-000 – debica-gem para pintinhos entre 06 e 10 dias de idade

Lâmina D – Cod 930-002 – cauterização mais rápida ou para melhorar a debicagem

27A Revista do AviSite

Informações de contato:Telefone: (19) 3802-1861Rua Duque de Caxias, 2.150 – B. Santa Rosa Artur Nogueira, SP – CEP 13.160-000

LâminasAs lâminas Lyon utilizadas para debicagem são projetadas para atender às diversas necessidades do setor de

produção avícola. Elas possuem ligas metálicas com propriedades únicas e superfícies condutoras para garantir o calor e contato adequados para uma debicagem precisa e segura. Além dos debicadores e das lâminas, a Agro Select dispõe de todos os acessórios para a melhor debicagem: aparo BP, lâminas e suportes entre outros produtos.

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Legislação

A Revista do AviSite

CADEC funciona como um canal de comunicação e conciliação entre produtor e agroindústria

Há tempos aguardada, Lei da Integração sai do papel e tem providências já em funcionamento nas agroindústrias brasileiras

Um sistema vitorioso, compro-vado pela qualidade do pro-duto que chega à mesa dos consumidores e pelo sucesso

da avicultura nos cenários nacional e internacional. Ele já existe entre nós há mais de 60 anos e agora é disciplinado por um Projeto de Lei, que vem para somar. Assim pode ser definido o siste-ma de integração avícola no Brasil. O Projeto em questão é a chamada Lei da Integração, publicada no Diário Oficial da União de 17 de maio de 2016 e aguardada há tempos pelas duas partes (integradores e integrados) porque defi-ne as relações entre ambos.

Trata-se de um trabalho que demo-rou para ser ajustado, pois havia a ne-cessidade de se encontrar um equilíbrio entre as partes. Definido por Ariel Men-des, Diretor de Produção da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) como o “pai” da Lei da Integração, o deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC) conta que integrados e in-tegradoras tinham interesse em uma legislação sobre o tema, mas as conver-sas não avançavam. A atuação de Co-

S-70E COMEDOURO DE CORRENTECOM SUSPENSÃO

ALIMENTAÇÃO SIMULTÂNEA,

RESULTADO COMPROVADO.

A CASP lança no mercado a solução para alimentação de matrizes S-70E. Projetado para que todas

as aves tenham acesso simultâneo ao alimento, é fácil de montar, desmontar e limpar. Promove maior

segurança operacional e precisão na hora de distribuir o volume da ração, garantindo maior controle,

aumento da vida útil dos equipamentos e abastecimento uniforme do circuito quando está suspenso.

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Legislação

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29A Revista do AviSite

Ricardo de Gouvêa: “Forma e o montante de

remuneração serão definidos pela empresa integradora

com base, principalmente, nos índices zootécnicos e no

valor de referência de cada empresa”

latto, que é engenheiro agrônomo e membro da Frente Parlamentar da Agropecuária, foi justamente como me-diador entre as partes, ajustando as ne-cessidades dos dois lados. Ele conta: “À medida que a agroindústria se profis-sionalizou, ela se distanciou do avicul-tor. Com o tempo, surgiram normas que acabaram isolando o produtor e assim a atividade se tornou um traba-lho de imposição unilateral. Por outro lado, as empresas estavam sendo pres-

sionadas por várias demandas judiciais, por parte do Ministério Público, que-rendo vincular o produtor às empresas na questão trabalhista. Havia deman-das dos dois lados que, apesar disso, não conversavam entre si”.

Para avançar nas negociações foi montada uma comissão especial sob a relatoria do deputado Valdir Colatto. Os argumentos foram recebidos, sem-pre com a orientação de que fossem trazidas também sugestões de soluções aos impasses. Colatto sintetiza: “Em su-ma, é simples: O produtor quer fazer o seu trabalho e quer garantia de renda. A agroindústria quer receber de volta um produto de qualidade. As empresas têm a obrigação de entregar insumos de qualidade e o produtor, de fazer o seu trabalho de manejo e receber uma remuneração justa”.

Avaliar o custo de produção e a re-muneração adequada do integrado é parte importante dentro do sistema de integração e um dos pontos que serão aperfeiçoados e discutidos na Lei da In-tegração. Afinal, se a atividade não for

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Mecanismos para tornar a relação entre integrado e integradora mais transparente e próxima garantem avanço para avicultura

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Legislação

A Revista do AviSite30

Valdir Colatto: “Em suma, é simples: O produtor quer fazer o seu trabalho e quer garantia de renda. A

agroindústria quer receber de volta um

produto de qualidade. As empresas têm a

obrigação de entregar insumos de qualidade e

o produtor, de fazer o seu trabalho de manejo e receber uma remune-

ração justa”

Fórum Nacional de Integração (FONIAGRO)

Cada setor produtivo deverá constituir um FO-NIAGRO, composto pelas entidades representativas dos produtores integrados e dos integradores, com a atribuição de definir diretrizes para o acompanha-mento e desenvolvimento do sistema de integração e de promover o fortalecimento das relações entre o produtor integrado e o integrador.

É o FONIAGRO quem vai estabelecer a metodo-logia para o cálculo do valor de referência para a remuneração do integrado. Esta metodologia deve-rá ser reavaliada periodicamente.

Vale destacar que o FONIAGRO para o setor avícola ainda não está criado. Neste momento está sendo discutido quais entidades farão parte deste mecanismo. Mas já está definido o prazo máximo de seis meses contados da promulgação da Lei para apresentar as metodologias de cálculo para cada cadeia produtiva, podendo esse prazo ser prorrogado.

Legislação

Na nova legislação existem condicionantes relacionadas à quebra de contrato: “O prazo para aviso prévio, no caso de rescisão unilateral e antecipada do contrato de integração deve levar em consideração o ciclo produtivo da atividade e o montante dos investimentos”

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31A Revista do AviSite

LEI Nº 13.288, DE 16 DE MAIO DE 2016 Dispõe sobre os contratos de integração, obrigações e responsabilidades nas relações contratuais entre produtores integrados

e integradores, institui mecanismos de transparência na relação contratual, cria fóruns nacionais de integração e as Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração - CADEC, ou similar, respeitando as estruturas já existentes.

Acesse em: www.avisite.com.br/legislacao/anexos/Lei-13288.pdf.

rentável para o avicultor, ela será aban-donada.

Outra figura da avicultura que acompanhou de perto a elaboração da Lei da Integração, inclusive os trâmites no Congresso Nacional, é o Presidente da Câmara de Sustentabilidade e Rela-ções Laborais da ABPA, Ricardo de Gou-vêa. Ele esclarece que a forma e o mon-tante de remuneração serão definidos pela empresa integradora com base, principalmente, nos índices zootécni-cos e no valor de referência de cada em-presa. “O valor de referência não é re-muneração, mas sim um parâmetro para estabelecer as negociações entre integradora e integrado”, completa Gouvêa, que também é Diretor Execu-

tivo da ACAV (Associação Catarinense de Avicultura).

Entre as providências da Lei da In-tegração está a criação de alguns meca-nismos para aproximar as duas partes da relação, como a criação das CADEC`s (veja box na página 32), que são comis-sões com representação paritária dos integrados e integradora, a existir den-tro da própria agroindústria, para acompanhar e dirimir questões, dentre outras funções, como explica Ricardo de Gouvêa.

Outro dispositivo é o FONIAGRO (veja box na página 32), um fórum para discutir políticas e diretrizes que afe-tam - ou podem afetar - a cadeia produ-tiva, como, por exemplo, a oferta de

milho e questões de sanidade. Ricardo de Gouvêa também cita a existência de condicionantes relacionadas à quebra de contrato. Textualmente, a legislação diz: “O prazo para aviso prévio, no caso de rescisão unilateral e antecipada do contrato de integração deve levar em consideração o ciclo produtivo da ativi-dade e o montante dos investimentos realizados, devidamente pactuado en-tre as partes.”

Há também a obrigatoriedade do RIPI (Relatório de Informações da Pro-dução Integrada) (veja box na página 32), com informações sobre cada ciclo de produção. Tudo para garantir a transparência da relação entre integra-do e integradora.

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Legislação

A Revista do AviSite

Cada unidade da integradora e os produtores a ela integrados devem constituir uma Comissão para Acompa-nhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração.

O principal objetivo da CADEC é servir como um fó-rum para a conciliação e solução das controvérsias entre os produtores integrados e a agroindústria. O texto da nova legislação também deixa claro que a CADEC visa a definir o valor de referência para a remuneração do inte-grado, para assegurar a viabilidade econômica, o equilí-brio dos contratos e a continuidade do processo produtivo.

As maiores integradoras do Brasil já têm CADEC’s instaladas em quase todas as suas unidades.

A CADEC será composta paritariamente por representantes:

a - escolhidos diretamente pelos produtores integrados à unidade integradora;

b - indicados pela integradora; c - indicados pelas entidades representativas dos pro-

dutores integrados;

CADEC (Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração)

O integrador deverá elaborar Relatório de Informações da Produção Integrada relativo a cada ciclo produtivo do produtor integra-do, que deverá conter informações sobre os insumos fornecidos pelo integrador, os indicadores técnicos da produção integrada, as quantidades produzidas, os índices de produtividade, os preços usados nos cálculos dos resultados financeiros e os valores pagos aos produtores integrados relativos ao contrato de integração, entre outros a serem definidos pela CADEC.

O RIPI deverá ser consolidado até a data do acerto financeiro entre integrador e produtor integrado, sendo fornecido ao integrado e, quando solicitado, à CADEC ou sua entidade representativa.

É facultado ao produtor integrado, individualmente ou por intermédio de sua entidade representativa ou da CADEC, mediante autorização escrita, solicitar ao integrador esclarecimentos ou informações adicionais sobre o RIPI, os quais deverão ser fornecidos sem

custos e no prazo máximo de até quinze dias após a solicitação.

d - indicados pelas entidades representativas das empresas integradoras.

Objetivos e funções da CADEC: a - elaborar estudos e análises econômicas, sociais, tecnológicas, am-

bientais e dos aspectos jurídicos das cadeias produtivas e seus segmentos e do contrato de integração;

b - acompanhar e avaliar o atendimento dos padrões mínimos de qualidade exigidos para os insumos recebidos pelos produtores integrados e para os produtos fornecidos ao integrador;

c - estabelecer sistema de acompanhamento e avaliação do cumpri-mento dos encargos e obrigações contratuais pelos contratantes;

d - dirimir questões e solucionar, mediante acordo, litígios entre os produtores integrados e a integradora;

e - definir o intervalo de tempo e os requisitos técnicos e financeiros a serem empregados para atualização dos indicadores de desempenho das linhagens de animais e das cultivares de plantas utilizadas nas fórmulas de cálculo da eficiência de criação ou de cultivo;

f - formular o plano de modernização tecnológica da integração, estabe-lecer o prazo necessário para sua implantação e definir a participação dos integrados e do integrador no financiamento dos bens e ações previstas;

g - determinar e fazer cumprir o valor de referência.

RIPI (Relatório de Informações da Produção Integrada)

O contrato de integração, sob pena de nulidade, deve ser escrito com clareza, precisão e ordem lógica, e deve dispor, entre outras, sobre as seguintes questões, sem prejuízo de outras que as partes contratantes considerem mutuamente aceitáveis:

a- as características gerais do sistema de integração e as exigências técnicas e legais para os contratantes; b - as responsabilidades e as obrigações do integrador e do produtor integrado no sistema de produção; c - os parâmetros técnicos e econômicos indicados ou anuídos pelo integrador com base no estudo de viabilidade econômica e

financeira do projeto; d - os padrões de qualidade dos insumos fornecidos pelo integrador para a produção animal e dos produtos a serem entregues pelo

integrado;e - as fórmulas para o cálculo da eficiência da produção, com explicação detalhada dos parâmetros e da metodologia empregados

na obtenção dos resultados;

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Reportagem Empresarial

A Revista do AviSite

Em junho, a Elanco Animal He-alth, uma divisão da Eli Lilly and Company, anunciou a abertura do “State-of-the-Art

Vaccines Innovation Center”, que permitirá aos cientistas ampliar os es-tudos sobre as mais importantes en-fermidades envolvendo a saúde ani-mal, projetado intencionalmente pa-ra incentivar a interação científica.

A Elanco apresentou o Centro para jornalistas em uma coletiva de im-prensa que foi transmitida ao Brasil através de uma teleconferência. O Centro faz parte da plataforma “One Health”, que delimitará a filosofia de trabalho da empresa para os próximos anos, cujo conceito-base é: animais saudáveis, seres humanos saudáveis.

A área abriga um espaço de labora-tório integrado equipado com a mais alta tecnologia nas áreas de imunolo-gia, biologia molecular e microbiolo-

gia. O Centro de Inovação é a peça central global do modelo Elanco de pesquisa e desenvolvimento.

“Desde a fundação até o telhado, este novo edifício cria um ambiente para a inovação”, disse Aaron Scha-cht, Vice-Presidente de P&D da Elan-co. “Nossos cientistas vão trabalhar para desenvolver produtos vacinais que atendam às necessidades funda-mentais para a saúde dos animais, in-cluindo alternativas inovadoras aos antibióticos”, explicou.

Os cientistas da Elanco vão abor-dar diversas áreas importantes da pes-quisa, um dos quais é encontrar alter-nativas aos antibióticos usados em animais destinados à alimentação. Além disso, dois projetos de curto pra-zo envolvem vacinas para salmonela.

O trabalho que está sendo realiza-do no Centro de Inovação é um resul-tado do plano de manejo adequado ao uso de antibióticos. O plano é um meio para salvaguardar antibióticos para as gerações futuras e, ao mesmo tempo, proteger o bem-estar animal.

“O Centro de Inovação reforça nosso compromisso em investir em

inovação, trazendo novas alternativas para o uso de antibióticos para o mer-cado”, diz Jeff Simmons, Presidente da Elanco Saúde Animal.

“Pelo menos dois terços do nos-so orçamento de pesquisa são volta-dos à análise de alimentos de origem animal para projetos de desenvolvi-mento que tratam de doenças em que há poucas, ou nenhuma, alternativas aos antibióticos da classe comparti-lhada. O uso de antibióticos como melhoradores de desempenho na pro-dução animal vem sendo questionado no mundo inteiro. Estamos realmen-te avançando segundo a demanda identificada, na qual os nossos clien-tes e a população em geral estão ava-liando o uso mais consciente de anti-bióticos, como terapêuticos, separan-do-se a forma de produção, para linha humana e animal”, explica e comple-ta: “Muitas vezes a sociedade se adianta à própria ciência, e as empre-sas precisam dar uma resposta. Com certeza, animais saudáveis significam seres humanos saudáveis. Estamos trabalhando e pensando de forma ca-da vez mais harmoniosa”.

Elanco anuncia a abertura do “State-of-the-Art Vaccines

Innovation Center”

Jeff Simmons, Presidente da Elanco Saúde Animal: cientistas vão abordar diversas áreas importantes da pesquisa, um dos quais é encontrar alternativas aos antibióticos usados em animais destinados à alimentação

“State-of-the-Art Vaccines Innovation”, da Elanco: empresa investe em ciência e pesquisa e busca profundo alinhamento com a demanda atual e futura do mercado

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35A Revista do AviSite

Análise feita pela Agri Stats identificou que a avicultura brasileira perde em eficiência se comparada com o setor nos

Estados Unidos, mas apresenta custo de produção mais baixo. Devido à atuação nos dois mercados, a consultoria ava-liou ainda que os norte-americanos des-tacam-se ainda em produtividade, en-quanto que, no Brasil, o excelente con-trole sanitário é reconhecido em todo o mundo.

“O foco na eficiência e na produtivi-dade são impressionantes nos Estados Unidos. Eles aproveitam a disponibili-dade de tecnologia, como a automação, para conquistar bons indicadores de produtividade, já que a mão de obra tem custo elevado. Contudo, no Brasil, a sanidade animal é exemplo. O País es-tá livre de doenças, como Influenza Avi-ária, o que facilita o acesso a muitos ou-tros mercados”, explica o gerente-geral da Agri Stats, Geraldo Broering.

De acordo com o levantamento da consultoria, os dois países possuem pon-tos fortes e oportunidades que podem ser desenvolvidas na agroindústria. Os Estados Unidos têm mais eficiência em eletricidade e gás, com custos mais bai-xos, além de maior produtividade nos abatedouros. “A infraestrutura do país também é diferenciada. Eles possuem portos, trens e estradas que proporcio-nam mobilidade e redução de custos no transporte de grãos e carne processada”, comenta Broering. Já no Brasil, o valor pago pela mão de obra é uma vantagem. Enquanto os americanos recebem R$ 59,00 pela hora trabalhada, os brasileiros ganham R$ 13,30, em média.

Ainda segundo a metodologia da Agri Stats, o frango vivo na plataforma do abatedouro custa R$ 2,42 o quilo no Brasil. Em abril do ano passado, o valor

era de R$ 2,02 o quilo, para aves com peso de 2,850 kg. “Se compararmos os dois anos, o custo subiu R$ 0,40”, expli-ca o gerente-geral. Nos Estados Unidos, o valor do frango vivo é de R$ 2,98 o quilo, custo ainda mais baixo que o nor-te-americano. O cálculo avaliou ainda o custo do pintinho de um dia, o custo da granja, o custo alimentar e os demais gastos envolvidos no processo de produ-ção deles.

Para Broering, o Brasil precisa de um plano de investimento em infraestrutura para reduzir seus custos com transporte e melhorar a competitividade. “É preciso cortar gastos para equilibrar as contas públicas que impactam diretamente na inflação, no dólar, no índice de desem-prego e na queda do poder de compra. Só assim teremos maior representativi-dade no mercado”, avalia.

Avicultura brasileira x avicultura norte-americana: Agri Stats analisa

nossa eficiência Os dois países possuem pontos fortes e oportunidades

que podem ser desenvolvidas na agroindústria

Exemplo de granja nos Estados Unidos

Reportagem Empresarial

O Brasil precisa de um plano de investimento em infraestrutura para reduzir seus custos com transporte e melhorar a competitividade

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Informe Publiciário

A Revista do AviSite

Há 80 anos, no dia 10 de ju-nho de 1936, para ser exato, a Casp inaugurava, na cida-de de Amparo, interior de

São Paulo, sua primeira fábrica de equipamentos para o mercado avícola. Fundada por Alberto Cohen Marques, a Casp foi pioneira e no Brasil, por um longo período, foi a única empresa a ter equipamentos de incubação de grande porte.

Hoje, o comando da companhia está nas mãos de Anelise Marques, ne-ta do fundador, e a fábrica inaugurada na década de 30 é a matriz de um con-glomerado de três fábricas, sendo que uma delas, dedicada exclusivamente à produção de equipamentos para fran-gos de corte e suínos, foi recentemente inaugurada.

“Completamos 80 anos de atuação no mercado mantendo o pioneirismo que sempre consagrou a empresa. Bus-camos investir constantemente, seja em novos produtos, em novas solu-

Casp completa 80 anos e comemora sua participação no agronegócio brasileiroA empresa é líder no mercado de incubadoras, onde hoje detém 80% de market share, e de equipamentos para aviários, com 35% do mercado brasileiro

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Informe Publiciário

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“90% do frango produzido no Brasil passa, em algum momento de sua vida, por um equipamento produzido pela CASP”, afirma a diretora executiva da companhia, Anelise Marques

ções ou na ampliação e modernização de nosso parque industrial”, afirma Anelise.

A matriz da Casp, além de todo o departamento administrativo e comer-cial, abriga a área metalúrgica da em-presa e a produção de equipamentos voltados para armazenagem de grãos. A segunda unidade é dedicada à pro-dução de equipamentos para incuba-ção e matrizes de frangos. Atualmente, a Casp é responsável pelo desenvolvi-mento de equipamentos e soluções completas para avicultura, suinocultu-ra e armazenagem de grãos.

A Casp investe em tecnologia e for-mação de conhecimento. “O desen-volvimento de novas soluções para o mercado avícola tem sido constante, a prova disso foram os lançamentos que realizamos no último ano”, comenta Anelise.

Entre os destaques estão o Ninho C220, desenvolvido para trazer mais

conforto para as aves; o OVOXX, solu-ção que proporciona, por meio do em-prego permanente de ozônio, a desin-fecção de ovos; a Linha Premium de incubadoras e nascedouros desenvolvi-dos para oferecer aos usuários maior interação durante a operação; o Matri-flex, comedouro automático para a criação de machos em aviários de pro-dução; o Smartflex, comedouro mecâ-nico Tuboflex para a produção de fran-go de corte; o S-70E, comedouro de Corrente com Suspensão para matrizes;

A empresa também conta com três escritórios comerciais, localizados nos municípios de Maringá – PR, Itaberaí – GO e Cuiabá – MT, e com uma rede de representantes em todo território nacional, além da América Latina e África. “Estamos atuando com bastan-te força na América Latina África, são mercados potencialmente muito bons e temos conquistado ótimos resulta-dos nessas regiões”, afirma Anelise.

Foto Atual e Foto Antiga: imagens mostram a evolução da Casp

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A Revista do AviSite38

Cuidados nutricionaisSafeeds divulga estudo sobre micotoxinas no Brasil

A contaminação de grãos no Brasil por micotoxinas é res-ponsável por causar graves perdas econômicas ao setor agrope-cuário, afetando diretamente o desempenho, a produtividade e saúde de animais que se alimentam de rações, e posteriormente nos humanos que consomem a carne, o leite ou os derivados.

O principal problema enfrentado na prevenção às micotoxi-nas é que não existe apenas um tipo dela, mas centenas, além disso, quando há o desenvolvimento de toxinas, normalmente há desenvolvimento de mais de um tipo de fungo micotoxigêni-co, o que gera a necessidade de uso de um aditivo de amplo espectro.

Sabendo dessas dificuldades, e pensando em ajudar os clientes a terem mais informações, para que possam conhecer o problema e oferecer a melhor solução, a Safeeds - aditivos para nutrição animal, realizou uma pesquisa em diferentes regiões brasileiras para conhecer a frequência e os tipos mais comuns de micotoxinas no País.

Segundo o gerente técnico da Safeeds, PhD em nutrição animal, Francisco Fireman, que coordenou a pesquisa, foram analisados resultados de amostras coletadas nos anos de 2014 e 2015. Com as análises laboratoriais foi possível perceber quais os tipos mais predominantes de micotoxinas e quais oferecem maior nível de contaminação.

As amostras foram colhidas em todo o Brasil. Nas amostras analisadas entre 2014 e 2015, observa-se que apenas 15% das análises não encontraram nenhuma micotoxina.

A pesquisa mostrou que é importante saber qual micotoxina está presente e qual é o grau de contaminação. “A situação é agravada quando há contaminação múltipla de várias micotoxi-nas. Por isso, é fundamental investir na proteção dos animais, evitando prejuízos econômicos e contaminação à saúde huma-na”, destaca Dr.Fireman.

Para saber mais sobre o estudo e ter acesso aos resultados acesse: www.safeeds.com.br/micotoxinas

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Com área de 17 mil m²Auster Nutrição Animal investe R$ 4 milhões e amplia fábrica

A Auster investiu R$ 4 milhões na expansão da sua fábrica, localizada em Hortolândia, interior de SP. O investimento é parte da estratégia da empresa de aumentar a sua produção diária, de-vido ao rápido crescimento da empresa.

Foram construídos 3000 m² nesta nova etapa e esse novo in-vestimento permitirá que a Auster otimize novos processos de au-tomação, com investimentos ainda em novos equipamentos e am-pliação na oferta de empregos.

Inaugurada em junho de 2012, após sete meses de obras, a fábrica ocupa uma área de 17 mil m² e foi desenhada para permi-tir diversas expansões. Com tecnologia inédita na nutrição animal, a fábrica possui três linhas de produção abastecidas por via pneu-mática, sendo que uma delas é a primeira capaz de efetuar micro-

-dosagens (da ordem de gramas por tonelada) de forma totalmen-te automatizada, tendo inclusive um robô que transporta o misturador.

A Auster, ao longo dos seus anos, vem aumentando seu por-tfolio de produtos, que hoje conta com especialidades lácteas, aditivos, enzimas, premixes, núcleos e concentrados, entre outros, para aves, bovinos e suínos.

“Temos muito orgulho da história que estamos escrevendo e de todo o trabalho que realizamos ao longo dos anos. A amplia-ção da fábrica é o resultado de muito trabalho e uma equipe fo-cada em melhorar cada dia mais”, revela Paulo Portilho, diretor da empresa.

Mais detalhes em www.auster.com.br.

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CEO da Nutriad, Erik Visser: "Os benefícios dos métodos de triagem rápidos são, de um modo

geral, os custos reduzidos, a rapidez dos resultados, a menor necessidades de equipamentos técnicos, a portabilidade e a rapidez de análise de um elevado

número de amostras. No entanto, embora estas técnicas rápidas permitam efetuar boas análises, a

maioria delas são específicas para uma determinada micotoxina o que limita substancialmente a sua

aplicação."

Gestão de micotoxinas Nutriad apresenta a MYCOMAN®

As micotoxinas nas culturas de cereais afetam a saúde e o desempenho dos animais, em todo o mundo. A alteração da qualidade e da disponibilidade das matérias-primas conduziu a um aumento da necessidade de formas eficientes de medir os níveis de contaminação por micotoxinas, permitindo aos produ-tores dar uma resposta célere. A empresa multinacional produ-tora de aditivos alimentares Nutriad, lançou uma inovadora apli-cação que permite ajudar os produtores a tomarem decisões corretas no que se refere à gestão das micotoxinas.

Estão disponíveis, em nível comercial, diversos sistemas para uma rápida detecção de diferentes micotoxinas. Todos eles são adequados para uma triagem rápida e sensível das matérias-pri-mas, antes da sua introdução na ração. Após analisar os níveis de micotoxinas em todos os ingredientes, é possível efetuar uma estimativa dos níveis de contaminação da ração. Isto permite um cálculo preciso dos desativadores ou adsorventes de micotoxi-nas necessários.

Radka Borutova, da Gestão de Micotoxinas da Nutriad BD: "Embora seja importante saber qual o nível real de contamina-ção por micotoxinas, num determinado momento, este não é o único requisito dos produtores. Para uma gestão completa e abrangente das micotoxinas, as análises dos resultados de mico-toxinas têm de ser traduzidas em recomendações sobre a dosa-gem adequada de adsorventes de micotoxinas."

Associar a problemática das micotoxinas a recomendações imediatas sobre a utilização e dosagem de adsorventes de mi-cotoxinas é um desafio bastante exigente. A empresa acredita estar à altura do desafio ao ser a primeira empresa de sempre a lançar uma aplicação web, a MYCOMAN®, atualmente dis-ponível online para dispositivos OS-Apple e Android-Google--Microsoft.

A avaliação do risco de micotoxinas é a avaliação científica da probabilidade de ocorrência de riscos adversos para a saúde, conhecidos ou potenciais, como resultado da exposição dos ani-mais a micotoxinas. A MYCOMAN® pode ser utilizada como uma ferramenta completa de gestão para a avaliação do risco de micotoxinas e inclui todas as informações necessárias para uma adequada aplicação de produtos com base nos níveis de conta-minação por micotoxinas encontrados na ração. A MYCOMAN® disponibiliza informações sobre a ameaça de micotoxinas e, com base nos níveis identificados, calcula a dose necessária e eficien-te de adsorvente de micotoxinas da linha de produtos da Nu-triad.

Erik Visser, CEO da Nutriad: "A MYCOMAN®, uma aplicação fácil de utilização, será um complemento da informação obtida após as análises de micotoxinas e ajudará imediatamente os pro-dutores de ração e criadores de animais a gerirem de forma mais eficiente e eficaz as micotoxinas. Nos últimos anos, a Nutriad tem investido de forma consistente no desenvolvimento de pro-dutos, na investigação e na relação com os clientes e com os colaboradores do seu grupo de produtos de gestão de micotoxi-nas. O nosso objetivo é sermos o principal especialista com ex-periência na área das micotoxinas e acreditamos que o lança-mento da MYCOMAN® é mais um passo rumo à concretização do nosso objetivo."

Saiba mais em www.nutriad.com

A MYCOMAN® pode ser utilizada como uma ferramenta completa de gestão para a avaliação do risco de micotoxinas e inclui todas as informações necessárias para uma adequada aplicação de produtos com base nos níveis de contaminação por micotoxinas encontrados na ração

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A Revista do AviSite

Primeira e única FEEDASEAdisseo lança Rovabio® ADVANCE

A Adisseo apresentou ao mercado sul-americano o Rovabio® ADVANCE, destinado a aves e suínos, possibilitando uma melhora na digestibilidade dos ingredientes de maneira geral. Isso é essen-cial tendo em vista que os monogástricos não são capazes de dige-rir os PNAs (polissacarídeos não-amiláceos) da dieta, devido à falta de enzimas degradadoras deste tipo de substrato.

“Nossos clientes ficaram muito interessados nessa novidade da Adisseo, principalmente pelo conceito inovador que o Rovabio® ADVANCE traz: é primeira e única FEEDASE do mercado, uma com-binação singular de enzimas capazes de incrementar globalmente a digestibilidade da ração e possibilitando uma rentabilidade inigua-lável na produção animal”, declara Maria Spindola, nova Gerente de Enzimas da Adisseo América do Sul, responsável também pelos demais produtos Rovabio na região.

A eficácia do produto é baseada em um perfil inovador de enzi-mas fibrolíticas, que garantem a degradação ideal do conteúdo de PNAs da dieta, uma vez que essas fibras encapsulam os nutrientes, prejudicando a digestibilidade da ração. Além disso, Rovabio® AD-VANCE melhora a disponibilidade de todos os nutrientes, como aminoácidos e fósforo, e aumenta a energia metabolizável. Assim, é eficaz em uma ampla gama de matérias-primas utilizadas na ra-ção, oferecendo uma flexibilidade incomparável na formulação das dietas.

Esta é mais uma solução da Adisseo para melhorar o desempe-nho dos animais, reduzir custos, e reduzir o impacto ambiental — já que o produto também diminui a excreção de amônia e outros re-síduos.

Mais informações: www.adisseo.com.br

Maria Spindola, responsável pelos produtos da marca Rovabio na América do Sul: “Combinação singular de enzimas capazes de incrementar globalmente a digestibilidade da ração e possibilitando uma rentabilidade inigualável na produção animal.

Bons resultados da Aviagen Ross 308 AP (AP95) atinge recorde de produtividade na Aurora Alimentos

A Aurora Alimentos, cooperativa formada por mais de 70 mil famílias associadas e mais de 25 mil funcionários, com sede no Sul do país, atingiu resultado recorde em frangos de corte com o Ross 308 AP (AP95), produto disponibilizado pela Avia-gen.

No dia 10 de junho, o produto Ross 308 AP (AP95) atingiu a espetacular marca de 489 pontos de IEP. Esse índice excedeu todas as marcas de desempenho da Aurora Alimentos. Porém, como em uma competição de alto nível, esse recorde durou ape-nas um dia – e foi superado pelo produtor Volmir Bet, do muni-cípio de Planalto Alegre, em Santa Catarina, que obteve a incrí-vel performance de 510 pontos no IEP.

“Em um ano de Olimpíadas no Brasil, nada mais inspirador para nós, do agronegócio, que mostrar que somos capazes de vencer obstáculos e nos superarmos”, disse Luciano Mecchi, su-pervisor regional de Vendas da Aviagen no Brasil. “A quebra de

um recorde é a recompensa de todo esforço, dedicação e treina-mento envolvendo as duas equipes, durante anos”, completou.

Para Luis Carlos Farias, gerente de frangos de corte da Auro-ra, “este resultado é fruto de um trabalho de equipe que abran-ge todos os segmentos envolvidos na produção de frangos de corte. Desde a qualidade dos pintinhos, matrizeiros e incubató-rio, passando pela nutrição com rações de boa qualidade e fina-lizando com orientações e práticas de manejo que buscam ex-plorar o máximo do potencial genético das aves nos dias de hoje”, disse. E complementa: “Nós, da família Aurora, estamos muito felizes e esperamos quebrar novos recordes em breve”.

“Parabéns à equipe técnica e aos integrados da Aurora Ali-mentos, que mais uma vez prova que o agronegócio brasileiro é fundamental e continua quebrando recordes de produtividade”, disse Abílio Alessandri, business manager da Aviagen no Brasil.

Mais informações em www.aviagen.com.

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Estatísticas e Preços

A Revista do AviSite

Produção de pintos de corteAbril/2016542,145 Milhões | +1,24%

Produção de carne de frango* Maio/20161.172,248 Mil toneladas | +3,29%

Exportação de carne de frango Maio/2016385,579 Mil toneladas | +19,68%

Desempenho do frango vivoJunho/2016R$2,81 | +13,57%

Desempenho do ovoJunho/2016R$85,38 | +45,21%

MilhoJunho/2016R$51,25 | +92,38%

Farelo de SojaJunho/2016R$1.526,00 | +55,87%

Disponibilidade interna*Maio/2016786,669 Mil toneladas | -3,20%

Produção e mercadoem resumo

Preço do milho tem sensível redução

em junho

No cenário internacional, dados divulgados pela Agência das Nações Unidas para Agricul-tura e Alimentação (FAO) indicam que a produ-

ção mundial das quatro principais carnes (suína, avíco-la, bovina e ovina) deve crescer 0,3% no ano. Dentre elas, o maior crescimento está reservado para as carnes avícolas (incluindo todo tipo de aves), cerca de 1,1%.

Entre os principais países produtores de aves, a Chi-na é o único que sofrerá redução na produção. Não por vontade própria e, sim, devido ao embargo a países afetados pela Influenza Aviária que acabou prejudican-do a importação de reprodutoras que, agora, fazem fal-ta. O percentual de redução previsto na produção é de 5%.

Mesmo assim, segundo a FAO, embora continue sendo o maior importador mundial de carne de frango, a China deve reduzir suas importações em cerca de 6%.

No grupo de exportadores mundiais é previsto 7% de aumento para o Brasil. Pelo motivo já citado, as ex-portações da China devem ser quase 6% menores.

No cenário nacional, o levantamento mensal da Embrapa Suínos e Aves aponta que em maio passado o custo de produção do frango atingiu

a marca inédita de R$3,04, representando aumento de quase 37% em um ano. Comparativamente a três anos atrás, o aumento ultrapassou a marca dos 60%.

Nesse mesmo período, o frango vivo aumentou so-mente 15% no ano e 39% em três anos. A situação do abatido foi pior ainda: aumentou apenas 3,7% no ano e 27% em três anos. Já no varejo, houve aumento de 8% no ano e de 22,3% em três anos. Como se perce-be, a avicultura absorveu o expressivo aumento de cus-tos, sem ter conseguido repassá-lo ao consumidor final. No mês de junho, o frango vivo obteve boa evolução no preço praticado. Entretanto, não deve ser suficiente para cobrir o custo de produção.

Já o setor de postura comercial tem motivos para comemorar: em junho o produtor de ovos alcançou novo recorde no preço praticado.

Além disso, a avicultura recebeu boas notícias no decorrer de junho com a colheita da safrinha de milho: disponibilidade do produto e retrocesso no preço.

*Os números referem-se ao potencial de produção de carne de frango e ao potencial de disponibilidade interna.Todas as porcentagens são variações anuais.

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Produção de pintos de corte

Em abril, a menor produção do primeiro quadrimestre

Evolução mEnsal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2014/2015 2015/2016 VAR. %

Maio 521,531 535,525 2,68%

Junho 500,067 552,167 10,42%

Julho 542,827 573,266 5,61%

Agosto 532,452 551,897 3,65%

Setembro 531,201 555,216 4,52%

Outubro 568,185 581,602 2,36%

Novembro 481,899 497,604 3,26%

Dezembro 544,371 572,410 5,15%

Janeiro 539,803 560,408 3,82%

Fevereiro 495,889 538,403 8,57%

Março 523,159 561,478 7,32%

Abril 527,185 540,962 2,61%

Em 4 meses 2.086,037 2.201,250 5,52%

Em 12 meses 6.308,569 6.620,938 4,95%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Números da APINCO revelam que em abril passado a produção brasileira

de pintos de corte ficou próxima dos 541 milhões de cabeças – volume que repre-sentou redução de 3,65% sobre o mês anterior, mas que superou em 2,61% a produção do mesmo mês do ano pas-sado.

Esses números, entretanto, referem--se à produção nominal, levando em conta o mês cheio, independente do número de dias. Pois, considerada a pro-dução real – o volume diário produzido – o que se constata é uma redução pelo segundo mês consecutivo, concluindo-se que o maior volume do ano foi registrado em fevereiro e que em abril, opostamente, chegou-se ao menor volume produzido desde dezembro de 2015.

Mesmo assim, o total acumulado no ano – pouco mais de 2,2 bilhões de pintos de corte - apresenta alto índice de expan-são (+5,5% em relação ao mesmo quadri-mestre do ano passado), e se encontra bem próximo do produzido no segundo e terceiro quadrimestres de 2015.

O alto volume produzido no quadri-mestre contradiz as indicações de que, frente aos elevados e crescentes prejuízos enfrentados, vinha ocorrendo redução do volume produzido. Nesse sentido, infor-mações colhidas no mercado indicam que as reduções estarão mais concentradas no segundo quadrimestre do ano.

De toda forma, o volume produzido no primeiro quadrimestre dos últimos cinco anos representou 32,47% dos pin-tos produzidos no ano. Se esse índice for alcançado em 2016, a produção nacional poderá chegar a 6,779 bilhões de pintos de corte, representando aumento anual superior a 4%. Entretanto, com a possível redução no decorrer do segundo quadri-mestre, o volume anual deve ser bem infe-rior ao ora projetado.

O volume acumulado em período de doze meses até abril alcançou cerca de 6,621 bilhões de cabeças, quase 5% acima do total produzido no mesmo perí-odo imediatamente anterior.

Produção Quadrimestral1º Quadrimestre de 2011 a 1º Quadrimestre de 2016Bilhões de cabeças

I I

20162011II III II II III II III

2012 2013 2014

2,20

1

2,01

3 2,08

2 2,15

0

1,96

7 2,05

7

1,98

3 2,03

3

2,07

8

2,03

6

I II III

2,00

9 2,09

7

2,12

6

2,08

6

2015

2,21

3

2,20

7

I II III

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Estatísticas e Preços

A Revista do AviSite

Dados colhidos no mercado, indicam que o potencial de carne de frango

estimado pela APINCO atingiu, em maio, cerca de 1,172 milhão de toneladas que representou aumentos de 2,2% no mês e de 3,3% em doze meses. Entretanto, maio é mês mais longo e isso levado em consideração, torna a produção 1% infe-rior a abril, significando o segundo menor volume mensal produzido no ano.

Os problemas causados pelo excessivo aumento no preço das matérias-primas básicas na alimentação das aves e, ainda, dificuldade em adquirir o produto, indi-cam redução da criação e consequente queda no volume de carne de frango pro-duzida. Assim, em junho poderá ser al-cançado o menor volume produzido do primeiro semestre. Corrobora para isso as informações de que no bimestre abril--maio houve sensível redução no volume de aves alojadas.

O potencial apontado pela APINCO tem como parâmetros fixos (a) viabilidade de 92% dos pintos alojados, (b) abate aos 45 dias de idade; e, (c) peso do frango abatido: 2,350 kg para o mercado interno; 1,350 kg para a exportação, aqui inclusos os “grillers”.

O potencial produzido nos primeiros cinco meses do ano indica cerca de 5,788 milhões de toneladas que corresponde-ram a quase 5% de aumento sobre o mes-mo período do ano passado. Projetado para o ano, o potencial pode alcançar 13,892 milhões de toneladas, represen-tando quase 2,6% de aumento sobre o produzido em 2015. Tudo indica, porém, que os números ficarão abaixo dessa projeção.

Nos últimos doze meses – junho de 2015 a maio de 2016 – o potencial produ-zido atingiu a marca de 13,818 milhões de toneladas e representou aumento de 4,7% sobre o mesmo período imediata-mente anterior. Aliás, o volume acumula-do em período de doze meses permanece em escala ascendente desde julho de 2014. Entretanto, no decorrer do ano, deve começar a retroceder.

Produção de carne de frango

Potencial ainda não reflete redução prevista pelo setor

Evolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2014/2015 2015/2016 VAR. %

Junho 1.046,448 1.078,608 3,07%

Julho 1.070,758 1.142,342 6,69%

Agosto 1.115,527 1.192,926 6,94%

Setembro 1.078,243 1.140,389 5,76%

Outubro 1.134,968 1.188,835 4,75%

Novembro 1.137,652 1.164,188 2,33%

Dezembro 1.102,809 1.122,573 1,79%

Janeiro 1.116,600 1.156,035 3,53%

Fevereiro 1.033,528 1.116,196 8,00%

Março 1.144,505 1.197,361 4,62%

Abril 1.087,183 1.146,531 5,46%

Maio 1.134,876 1.172,248 3,29%

Em 05 meses 5.516,691 5.788,371 4,92%

Em 12 meses 13.203,096 13.818,231 4,66%

Fonte dos dados básicos: APINCO - Projeções e análises: AVISITE

Mai

13,2

03

ACUMULADO EM DOZE MESES

Jan

13,5

86

Maio de 2015 a Maio de 2016Milhões de toneladas

2015 2016Fev

13,6

69

Mar

13

,72

2

Abr

13,7

81

Jun

13

,23

5

Jul

13,3

07

Ago

13,3

84

Set

13,4

46

Out

13

,50

0

Nov

13,5

27

Dez

13,5

47

3,9%4,3%

4,9% 5,2% 5,5% 5,4%4,8% 4,6% 4,7% 5,0% 5,1% 5,0%

Mai

13,8

18

4,7%

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45A Revista do AviSite

Exportação de carne de frango

Embarques em 12 meses próximos dos 4,5 milhões/t

Mesmo não repetindo o exuberante resultado de abril – quase 413 mil

toneladas, segundo maior volume regis-trado pelo setor – em maio as exportações de carne de frango mantiveram o mesmo bom desempenho dos meses anteriores.

No mês, os quatro itens exportados – frango inteiro, cortes, carne salgada e industrializados de frango – totalizaram, conforme a SECEX/MDIC, 385,6 mil tone-ladas, volume 5% superior à média embar-cada nos 12 meses anteriores. E embora tenha recuado 6,5% em relação ao mês anterior, o total do mês significou aumento próximo de 20% em relação a maio do ano passado.

Com esse resultado, o volume acumu-lado nos cinco primeiros meses de 2016 apresenta aumento de 16,6%, enquanto o acumulado em 12 meses registra evolução de quase 13,5% sobre idêntico período anterior. Porém, o mais significativo, aqui, é que o total embarcado entre junho de 2015 e maio de 2016 ficou muito próximo dos 4,5 milhões de toneladas, correspon-dendo a um novo recorde para períodos de 12 meses.

Notar, a propósito, que faltaram perto de 15,6 mil toneladas para que se alcanças-sem os 4,5 milhões de toneladas. Pois esse volume poderia ter sido atingido se, em outubro de 2015 - por decorrência de movimentos sociais internos - o total embarcado não tivesse recuado para pouco mais de 324 mil toneladas, corres-pondendo ao menor volume exportado no semestre passado.

No tocante à receita cambial, alcançou resultados positivos pelo terceiro mês con-secutivo. E não foi só por conta do grande aumento de volume, mas também porque vem se registrando paulatina melhora dos preços médios.

Com isso, a receita cambial acumulada nos cinco primeiros meses de 2016 ficou menos de meio por cento aquém da obtida no mesmo período de 2015, correspon-dendo – em relação aos valores acumula-dos no decorrer do ano – ao menor resul-tado negativo em quase ano e meio.

Evolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2014/2015 2015/2016 VAR. %

Junho 296,321 389,311 31,38%

Julho 371,175 440,476 18,67%

Agosto 332,083 375,247 13,00%

Setembro 359,176 360,974 0,50%

Outubro 362,181 324,109 -10,51%

Novembro 327,410 379,685 15,97%

Dezembro 340,753 392,701 15,25%

Janeiro 271,043 311,004 14,74%

Fevereiro 296,390 314,567 6,13%

Março 343,023 398,019 16,03%

Abril 329,963 412,756 25,09%

Maio 322,186 385,579 19,68%

Em 05 meses 1.562,605 1.821,925 16,60%

Em 12 meses 3.951,704 4.484,428 13,48%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC

Maio de 2015 a Maio de 2016Milhões de toneladas

EXPORTAÇÃO ACUMULADA EM PERÍODO DE 12 MESES

2015

4,26

5

Mai

3,95

2

Jun

4,04

5

Jul

4,11

4

Ago

4,15

7

Set

4,15

9

JanOut

4,12

1

Nov

4,17

3

Dez

4,22

5

4,28

3

Fev

2016

4,33

8

Mar

4,42

1

Abr

4,48

4

Mai

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Estatísticas e Preços

A Revista do AviSite

Disponibilidade Interna de Carne de Frango

Redução pelo terceiro mês consecutivo em relação a 2015

Evolução MensalMIL TONELADAS

MÊS 2014/2015 2015/2016 VAR. %

Junho 750,127 689,297 -8,11%

Julho 699,583 701,866 0,33%

Agosto 783,444 817,678 4,37%

Setembro 719,067 779,415 8,39%

Outubro 772,787 864,726 11,90%

Novembro 810,243 784,503 -3,18%

Dezembro 762,056 729,872 -4,22%

Janeiro 845,557 845,031 -0,06%

Fevereiro 737,138 801,629 8,75%

Março 801,482 799,342 -0,27%

Abril 757,220 733,775 -3,10%

Maio 812,689 786,669 -3,20%

Em 05 meses 3.954,085 3.966,446 0,31%

Em 12 meses 9.251,391 9.333,803 0,89%

Fonte dos dados básicos: APINCO - Projeções e análises: AVISITE

Com o potencial de carne de frango atingindo pouco mais de 1,172

milhão de toneladas e as exportações somando quase 386 mil toneladas, foram disponibilizadas no mês de maio o equi-valente a 786 mil toneladas para o mer-cado interno.

O volume disponível em maio – mais exatamente 786.669 toneladas – equiva-leu a aumento mensal de 7,2% e redução de 3,2% sobre o mesmo período do ano anterior. É o terceiro mês consecutivo em que o volume é menor que o disponibili-zado em 2015.

A evolução real da disponibilidade – volume mensal ajustado para mês de 30 dias – indica que o volume de maio foi o segundo menor do ano.

No acumulado dos primeiros cinco meses de 2016 o volume disponibilizado para o consumo interno ficou próximo dos 4 milhões de toneladas, represen-tando aumento de 0,31%.

Projetado para o ano, o volume médio do período indica disponibilidade na casa dos 9,5 milhões de toneladas, correspon-dendo a aumento de 2,1% sobre 2015. Entretanto, as difíceis condições de cria-ção (aumento excessivo no custo) e a crise econômica do país, sugerem que o volume projetado não será atingido.

O volume disponibilizado em período de doze meses – junho de 2015 a maio de 2016 – atingiu a marca de 9,334 milhões de toneladas e representaram cerca de 0,9% de aumento sobre o mesmo perí-odo imediatamente anterior.

No bimestre junho-julho de 2015 houve forte retração no volume disponi-bilizado para o mercado interno. Dois motivos contribuíram para isso: menor volume de aves e forte exportação no período (389 mil/t em junho e 440 mil/t em julho).

Neste ano, esse bimestre não deve ter exportações em volumes tão altos e o número de aves em criação é maior. Assim, os índices devem ser positivos em relação ao mesmo bimes-tre do ano passado.

OFERTA MENSALAjustada para mês de 30 diasJaneiro de 2015 a Maio de 2016Mil toneladas

Fev

790

Mar

776

Abr

757

Jan

818

Jun

689

Jul

679

Ago

791

Mai

786

Out

837

Nov

785

Dez

706

Set

779

818829

774

734

761

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47A Revista do AviSite

Média mensal e variaçãoanual e mensal em treze meses

MÊS. MÉDIA R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

JUN/15 2,47 14,29% 14,01%

JUL 2,65 19,51% 7,11%

AGO 2,70 12,68% 1,89%

SET 2,87 8,38% 6,37%

OUT 2,98 8,46% 3,85%

NOV 3,10 15,81% 3,86%

DEZ 3,06 29,19% -1,36%

JAN/16 2,76 19,18% -9,55%

FEV 2,66 13,45% -3,90%

MAR 2,80 16,67% 5,41%

ABR 2,68 17,14% -4,21%

MAI 2,50 15,21% -6,79%

JUN 2,81 13,57% 12,38%

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja, interior paulista – R$/KG

Média anual em 10 anosR$/KG

2007

2008

2009

2010

2011

2012

R$ 1,55

R$ 1,63

R$ 1,63

R$ 1,92

R$ 1,65

R$ 2,08

2013 R$ 2,47

2014 R$ 2,42

2015 R$ 2,62

2016 R$ 2,70

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Preço relativo em 2016 comparativamente à média de 21 anos (1995/2015)Média mensal do ano anterior = 100 Média 1995/2015 (21 anos)

2016

102,

7

106,

1

99,9

95,4

93,6 102,

1 106,

8

113,

2

116,

7

115,

9

117,

4

119,

8

101,

4

105,

8

107,

2

102,

7

95,7

107,

5

À primeira vista, os ganhos obtidos pelo frango vivo no decorrer do

mês de junho foram excepcionais, pois seu preço médio experimentou incre-mento de 12,38% em relação ao mês anterior, com isso alcançando o maior valor do corrente exercício (porém, ain-da inferior ao do quadrimestre setem-bro-dezembro de 2015).

A valorização, entretanto, não teve nada de especial. Pois, na prática, o que ocorreu foi o retorno à cotação de três meses atrás. E, neste caso, o ganho (apenas nominal, nunca é demais res-saltar) foi de irrisórios 0,35% - ou, para deixar mais claro, adicional de menos de 1 (um) centavo em todo um trimes-tre.

Notar, além disso, que embora ele-vado, o incremento do mês (+12,38%) ficou aquém do registrado um ano atrás. Ou seja: em 2015, de maio para junho, o frango vivo valorizou-se mais de 14%. O que indica, de um lado, que a forte valorização de junho é uma ocorrência natural; e, de outro lado, que apesar da profunda deterioração das condições de produção, em junho de 2016 o frango vivo teve desempe-nho inferior àquele observado um ano atrás.

Sob esse aspecto, aliás, o desempe-nho inferior não se resume ao mês, es-tende-se ao semestre. Pois os primeiros 182 dias do ano foram completados sem que se tivesse conseguido retornar à cotação inicial de 2016 (ou do final de 2015) – R$3,00/kg. Quer dizer: o fran-go vivo fechou o semestre com uma co-tação máxima quase 2% inferior a esse valor, enquanto sua principal matéria-

-prima, o milho (agora em ligeira desaceleração), chegou a registrar aumento de quase 50% em relação aos primeiros preços do ano.

Aplicando o mesmo raciocínio às médias registradas em todo o primeiro semestre chega-se a números mais contundentes. Pois, frente a um incremen-to médio próximo de 16% do frango vivo (de R$2,33/kg no 1º semestre de 2015 para R$2,70/kg neste semestre), o milho subiu perto de 75% (de R$28,26/saca para R$49,38/saca).

Aliás, após 12 sucessivos meses de alta, em junho último os preços do mi-lho deram os primeiros sinais de arrefecimento, recuando em relação ao mês anterior (mas permanecendo ainda acima dos 11 meses anteriores). E isso con-tinua interferindo pesadamente no poder aquisitivo do produtor.

Assim, aos valores de junho, 1 (um) quilograma de frango vivo gerou renda suficiente para adquirir ao redor de 3,250 quilogramas de milho. Pois bem: isso correspondeu a menos da metade do que se adquiriu quase dois anos atrás. Em setembro de 2014, por exemplo, 1 (um) quilograma de frango vivo permitiu adquirir quase 6,900 quilogramas de milho.

Desempenho do frango vivo em junho e no primeiro semestre de 2016

Incremento não acompanha a evolução dos custos

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48

Estatísticas e Preços

A Revista do AviSite Fonte das informações: www.jox.com.br

Média Junho

R$ 51,25 Máximo

R$ 57,00Mínimo

R$ 42,00

Preço médio MilhoR$/saca de 60kg, interior de SP

junho

julho

agosto

setembro

outubro

nove

mbro

dez

embro

janeiro

feve

reiro

março

abril

maio

junho

2015

53,0051,0049,0047,0045,0043,0041,0039,0037,0035,0033,0031,0029,0027,00

2016

Média Junho

R$ 1.526,00Mínimo

R$ 1.480,00 Máximo

R$ 1.570,00

Preço médio Farelo de sojaR$/tonelada FOB, interior de SP

1600150014001300120011001000950900850800750

junho

julho

agosto

setembro

outubro

nove

mbro

dez

embro

janeiro

feve

reiro

março

abril

maio

junho

2015 2016

Média Junho

R$ 51,25 Máximo

R$ 57,00Mínimo

R$ 42,00

Preço médio MilhoR$/saca de 60kg, interior de SP

junho

julho

agosto

setembro

outubro

nove

mbro

dez

embro

janeiro

feve

reiro

março

abril

maio

junho

2015

53,0051,0049,0047,0045,0043,0041,0039,0037,0035,0033,0031,0029,0027,00

2016

Média Junho

R$ 1.526,00Mínimo

R$ 1.480,00 Máximo

R$ 1.570,00

Preço médio Farelo de sojaR$/tonelada FOB, interior de SP

1600150014001300120011001000950900850800750

junho

julho

agosto

setembro

outubro

nove

mbro

dez

embro

janeiro

feve

reiro

março

abril

maio

junho

2015 2016

Milho e SojaPreço do milho em junho registra queda

O preço do milho registrou queda no mês de junho. O preço médio do insumo, saca de 60 kg, interior de SP, fechou o mês cotado a R$51,25 – valor quase 5% menor que a média de R$53,86 obtida pelo produto em maio. A disparidade de preços do milho em relação ao ano anterior foi positiva. O valor atual é 92,4% maior, já que a média de junho de 2015 foi de R$26,64 a saca.

Valores de troca – Milho/Frango vivoO frango vivo (interior de SP) fechou o mês de junho cotado a

R$ 2,81/kg – valor 12,4% maior que a média de maio de 2016 – R$2,50. O aumento no valor do frango vivo e a queda no preço do milho contribuíram para melhorar o poder de compra do avicul-tor. Nesse mês, foram necessários 304 kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média mensal de ambos os produtos. Este volume representa um aumento no poder de compra de 18% em relação ao mês anterior, pois em maio a tonelada do milho “custou” 359,1 kg de frango vivo.

Valores de troca – Milho/OvoO preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30

dúzias), encerrou o mês de junho cotado à média de R$79,38, valor 19,3% acima em relação ao mês anterior, quando o produ-to foi negociado a R$66,56.

Com o aumento no preço dos ovos e queda no milho houve melhora no poder de compra do avicultor. Em maio foram neces-sárias 13,5 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em junho, foram necessárias 10,8 caixas/t, uma melhora de 25% na capacidade de compra do produtor.

Farelo de soja registra forte aumento mensal e anual

O farelo de soja (FOB, interior de SP) registrou aumento no seu valor mensal em maio de 2016. O produto foi comerciali-zado ao preço médio de R$1.526/t, valor 18,2% maior que o mês de maio – R$1.291/t. Em comparação com junho de 2015 – quando o preço médio era de R$0,979/t – a cotação atual registra au-mento de 55,9%.

Valores de troca – Farelo/Frango vivoO maior aumento no preço do farelo de soja em re-

lação ao aumento registrado no frango vivo em junho fizeram com que fossem necessários 543,1 kg de fran-go vivo para adquirir uma tonelada do insumo, signifi-cando queda de 4,9% no poder de compra do avicultor em relação a maio, quando 516,4 kg de frango vivo obtiveram uma tonelada do produto.

Valores de troca – Farelo/OvoDe acordo com os preços médios dos produtos, em

junho foram necessárias aproximadamente 19,2 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo registra au-mento próximo de 1%, já que, em maio, 19,4 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em relação a junho de 2015 houve queda no poder de compra de 3,6%, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 18,5 caixas de ovos.

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A Revista do AviSite 49

Comunicação se faz com pessoas

A manutenção da identidade de uma marca passa pelas pessoas que a tem sob sua tutela: suas convicções, de-cisões e modo de ver o

mundo. É aí onde a subjetividade se faz presente.

Por isso, é preciso, antes de tudo, ad-mitir que a tão falada “neutralidade” é algo difícil de perseguir quando gerar co-nexões emocionais com o público é pon-to de partida do nosso trabalho.

Comunicar marcas requer provocar tais conexões, por mais que em nosso mercado os argumentos técnicos e racio-nais se façam tão presentes e devam ser sim, muito respeitados. Mas o velho e cansado apelo de “custo benefício”, que tantas vezes vemos estampados por aí na voz de grandes players, cai por terra quando não estabelece certo grau de inti-midade com o público consumidor, transformando-se em uma mensagem sem profundidade e capacidade de lem-brança em longo prazo.

Essa ligação emocional a que me refi-ro tem estreita relação com a mensagem que desejamos firmar em nossos clientes no cenário do agronegócio, mas também é constituída por uma relação sólida e confiável entre marca e gestor, respeitan-do todo o aspecto burocrático que envol-ve processos de aprovação de conceitos e criações dentro de uma grande empresa.

É por esta razão que acredito que a identidade de uma marca está conectada ao posicionamento de quem cuida e a co-munica ao mercado, seja você um geren-te de produto, um diretor com foco estra-tégico ou membro da equipe comercial.

A incumbência de zelar por um bem como esse exige preparo que vai além de questões técnicas, mas também requer manter-se com os olhos bem abertos ao que o mercado vem fazendo e a maneira como empresas e pessoas buscam ser atingidas por uma mensagem de marke-ting. Isso demanda feeling, conhecimen-to e consistência em parcerias, por meio de fornecedores que ajudem você nessa jornada extremamente complexa que é dar personalidade a um produto ou em-presa, e mantê-la revigorada ao longo do

tempo. Aqui, novamente, o aspecto hu-mano se alia ao preparo teórico. Temos que lembrar que uma marca é feita por pessoas e para pessoas. A fluidez nesse processo é responsável pela qualidade e solidez do trabalho final.

E você gestor, já parou para avaliar sua postura nesse processo? Afinal, como você defende suas ideias? A sua comunicação precisa ser capaz de refle-tir suas convicções e apresentar seus projetos, com essência. O primeiro pas-so para isso é a assertividade da sua pró-pria comunicação. Sem ela, grandes pro-jetos de marketing não saem do papel. A sua marca precisa de você para garantir a força necessária para ser competitiva, dentro e fora da sua empresa. Mais do que você imagina!

Autor: Marco Ibañez, Diretor geral das agências de comunicação Formato IB e CF Communication [email protected]

Coluna | Marketing Corporativo

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50

Ponto Final

A Revista do AviSite

A força da terra vai virar este jogo

Mário José Zambiazi

é avicultor, integrado da Coopavel, PR

Minhas origens estão na terra. Foi lá que me criei e

é de lá que tiro o meu sustento, formei dois

filhos, a Sabrine, hoje nutricionista, e o Márcio,

que hoje é o meu ‘braço direito’ na granja.

Sempre contei muito com o apoio deles.

É impossível não se abater com o atual momento econômico

e político do Brasil. Ficamos tristes, pois acompanhamos todos

os dias, muito de perto, a força deste país brotar, literalmente,

da terra e ser desperdiçada. E não é pouca força, não.

Hoje, temos a consciência de que, se não fossem as integra-

doras, muitos produtores já teriam saído da atividade, dado que

grande parte dos avicultores do Brasil são mini ou pequenos

produtores. Os altos custos de produção estão ‘enforcando ‘ a

atividade. Para o produtor de milho, está sendo um período

extremamente positivo. Mas, para aqueles que utilizam o milho

como matéria-prima para transformá-lo em proteína animal,

está muito complicado, não é novidade para ninguém. Sinto

falta é de um equilíbrio, um planejamento que congregue os

setores e faça com que todos possam ganhar.

Quando peguei minha esposa Terezinha, em 1981 e decidi

voltar para o campo, após uma ‘empreitada’ na área comercial,

meus sonhos e expectativas eram as melhores possíveis.

Conhecia o campo, esta é a minha origem. Hoje sou um homem

feliz, realizado. Posso não ter a remuneração ‘mais alta’ do

mundo, mas em termos de felicidade e realização, estou

completo, afinal, faço o que tanto amo, como a maioria dos

homens do campo. Existe remuneração melhor? Tenham a

certeza que é esta vocação que nos segura no campo e nos faz

batalhar, dia após dia, pela nossa atividade avícola.

Mesmo como integrado, e a empresa integradora absor-

vendo a maior parte dos custos, nós nos preocupamos, pois

sabemos que ‘esta conta vai chegar para a gente também’, se

nós não fizermos nossa parte. E a nossa parte é um trabalho

técnico bem feito, lutar sempre para diminuir os custos, pois

somos um elo. Unidos é que levamos a avicultura à frente.

No campo, sentimos a pressão, porém, trabalhamos de

forma muito positiva. Confiamos no novo Ministério da

Agricultura, acreditamos que são pessoas que conhecem profun-

damente o agronegócio e lutarão para manter o setor cada vez

mais próspero. Além do que, o que nos resta? Vamos sim,

acreditar e trabalhar, trabalhar muito e de forma confiante e

otimista. O futuro será melhor e vamos transpor esta fase e

sobreviveremos.

PerfilNome: Mário José Zambiazi;

Idade: 62 anos;

Atividade: Avicultor;

Casado com Tereza;

Pai de dois filhos, Sabrine (30) e Márcio (35);

Cidade: Corbélia, PR. Corbélia, hoje com cerca de 16

mil habitantes, esteve ligada a Cascavel até 1961, tem

sua história de ocupação do espaço vinculada a este

município. Uma história que faz parte do contexto

amplo da ocupação e desenvolvimento do Oeste do

Paraná, maior polo produtor de frangos do Brasil.

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51A Revista do AviSite

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52

Ponto Final

A Revista do AviSite

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