Brasil na Guerra

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O BRASIL NA GUERRA 2ª GRANDE GUERRA

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Livro experimental realizado em sala de aula na Impacta tecnologia

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O BRASIL NA GUERRA

2ª GRANDE GUERRA

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SUMÁRIO

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Carnificina no mar do Nordeste leva o país a declarar

guerra contra o Eixo - Um único submarino alemão

afunda cinco embarcações e vitima quase 600 pesso-

as - Ataques realizaram-se em curtíssimo intervalo de

tempo

Enquanto o sol de 15 de agosto de 1942 começava a

mergulhar no oceano Atlântico, o navio Baependy,

que deixara Salvador com destino a Recife, aproxi-

mava-se do farol do rio Real, perto de Maceió. Os 233

passageiros, a maioria deles militares do Exército, já

haviam jantado. Ao lado dos 73 homens da tripula-

ção, os viajantes celebravam naquele momento o ani-

versário do imediato Antônio Diogo de Queiroz. Rá.

Tim. Bum! Repentinamente, um estampido abala a

embarcação. O relógio apontava exatamente 19h12

quando um torpedo lançado por um submarino ale-

Dois torpedos, um na popa, outro na casa de máquinas afundaram o Navio

Mercante Aníbal Benévolo

Agosto de 1942

A DECLARAÇÃOBRASIL ÀS ARMAS

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Dois torpedos, um na popa, outro na casa de máquinas afundaram o Navio

Mercante Aníbal Benévolo

mão U-507 atingiu o Baependy. Dois minutos de-

pois, com outro torpedo no casco, o barco foi a pique.

215 passageiros e 55 tripulantes mortos.

Voraz, o U-507 não se contentaria com o notável

estrago. Algumas horas depois, a embarcação tedes-

ca se aproximaria do Araraquara, que também saíra

de Salvador em direção ao Norte do país. Às 21h03,

lançou dois torpedos que afundaram o mercante de

4.871 toneladas em cinco minutos. Das 142 pessoas

a bordo, 131 perderam a vida. Sete horas depois do

segundo ataque, o U-5071, que ainda perambulava

pela região, assaltou o Aníbal Benévolo. Às 4 horas da

manhã do dia 16, dois torpedos - um na popa, outro

na casa de máquinas - meteram no fundo o pequeno

navio de 1.905 toneladas. Todos os 83 passageiros, a

maioria deles recolhidos às suas cabines, morreram;

de 71 tripulantes, só quatro sobreviveram.

Em menos de oito horas, o U-507, brinquedo assas-

sino de Adolf Hitler2, afundara três embarcações

brasileiras e matara 541 homens. O país ainda se

comovia com a tragédia causada pelos pérfidos ata-

ques quando o submarino voltou à carga. No dia 17,

próximo à cidade de Vitória, o Itagiba foi atingido às

10h45. O Arará, que se dirigia de Salvador para San-

tos, e parou a fim de socorrer o colega, acabou tor-

nando-se a quinta vítima dos petardos tedescos. Os

36 mortos do Itagiba e os 20 do Arará fizeram a conta

das baixas brasileiras rasparem nas seis centenas. Fi-

1 U - 507 alalalalalalalal

2 Adolf Hitler - lalalalalalalalal

Torpedos lançados por um submarino alemão U-507 atingiu o Mercante

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cava difícil esconder o desejo de revanche.

Estado de beligerância - Antes de julho de 1942, 13 na-

vios brasileiros já haviam sido afundados na batalha que

as embarcações germânicas travavam contra suas corre-

latas brasileiras desde que o presidente Getúlio Vargas

cortara relações diplomáticas com os protetorados de Hi-

tler, Benito Mussolini e Hiroíto - decisão anunciada em

28 de janeiro de 1942. No total, os danos tinham causado

a morte de cerca de cem tripulantes - apenas sete passa-

geiros pereceram. Getúlio Vargas, considerando as ocor-

rências casualidades inerentes ao contexto internacional,

preferira não tomar medidas mais drásticas.

Apesar de oficialmente neutro na refrega, o Brasil já se

bandeara para o lado dos Aliados desde 1941, quando

o chefe da República abriu espaço para bases aéreas e

navais no Nordeste brasileiro. Em dezembro, Natal rece-

bia uma parte do esquadrão naval VP-52; além disso, a

3º Força-Tarefa americana passou a ser lotada no Brasil,

contando com uma esquadra equipada para atacar sub-

marinos e navios mercantes rompedores de bloqueio do

Eixo, que tentavam trocar mercadorias com o Japão.

A postura passiva, contudo, já não era suficiente para

acalmar a traumatizada opinião pública e manter a

soberania do país. Getúlio Vargas não teve escolha

senão reconhecer o conflito entre o Brasil e as potên-

cias do Eixo. Em resposta aos apelos da sociedade,

finalmente o Brasil anunciou, em 22 de agosto de

1942, o estado de beligerância - que, porém, duraria

pouco. Em 31 de agosto de 1942, com a declaração do

estado de guerra, o Brasil ingressava na mais interna-

cional das batalhas da História.

Modelo de Submarino U-507 alemão, do lado esquerdo bandeira Nazista

do III Reich

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Força Expedicionária Brasileira embarca para a

Itália - Primeiro batalhão no ‘front’ conta com

5.000 homens - Cérebro do corpo militar nacio-

nal é general Mascarenhas de Moraes, que tam-

bém já está na área do Mediterrâneo

Os mais céticos diziam que o Brasil só iria à

guerra quando uma cobra fumasse. Pois tudo in-

dica que, em algum lugar do país, um simpático

ofídio puxou ao menos um cigarrinho de palha.

No início de julho de 1944, após vários meses de

expectativa, os primeiros soldados brasileiros

seguiram rumo à Itália para juntar-se ao time

Aliado que combatia as potências do Eixo. Nos

próximos meses, deverão ser enviados cerca de

25.000 homens da Força Expedicionária Brasi-

leira, a FEB, à Velha Bota.

Dio vit, se impro, que moenitiliur audamei fur. Tume ompeconvem dies la

demquem ia consupe risqui pervide stium, omneque ortua

Julho de 1944

O EMBARQUEA COBRA FUMOU

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O embarque do 1º Escalão verde-amarelo, sob

o comando do general Zenóbio da Costa, no na-

vio norte-americano General Mann encerra uma

longa espera dos brasileiros para finalmente

engajarem-se na batalha contra Itália, Alema-

nha e Japão. Quando, em dezembro de 1942, Ge-

túlio Vargas anunciou que o Brasil não se limitaria

ao fornecimento de materiais estratégicos para os

países aliados e à simples expedição de contingen-

tes simbólicos ao front,

muitos duvidaram.

O primeiro passo ofi-

cial para a concretiza-

ção dos planos do pre-

sidente aconteceu em

9 de agosto de 1943.

Pela Portaria Ministe-

rial 4.744, publicada em

boletim reservado de 13

do mesmo mês, foi es-

truturada a FEB, consti-

tuída pela 1ª Divisão de

Infantaria Expedicioná-

ria (1ª DIE) e por órgãos

não-divisionários.

A 1ª DIE, comandada por um general-de-divi-

são, deveria compreender: um quartel-general

constituído de estado-maior geral, estado-maior

especial e tropa especial; uma infantaria divi-

sionária comandada por um general-de-brigada

e composta de três regimentos de infantaria;

wParci nem. Nam, quo etur ad que od quatiis qui non con core adis ute perum

estium ius dolessedi ut re, quation sequam,

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uma artilharia divisionária comandada por um

general-de-brigada e composta de quatro grupos

de artilharia (três de calibre 105 e um de calibre

155); uma esquadrilha de aviação destinada à li-

gação e à observação; um batalhão de engenha-

ria; um batalhão de saúde, um esquadrão de re-

conhecimento, e uma companhia de transmissão

- na verdade, de comunicações. A tropa especial,

além de um próprio comando, deveria incluir o

comando do quartel-

-general, um destaca-

mento de saúde, uma

companhia do quartel-

-general, uma compa-

nhia de manutenção,

uma companhia de in-

tendência, um pelotão

de sepultamento, um

pelotão de polícia e

uma banda de música.

Ainda em agosto, o ge-

neral João Batista Mas-

carenhas de Moraes,

comandante da 2ª Re-

gião Militar, foi convidado pelo ministro da Guer-

ra, Eurico Gaspar Dutra, para chefiar uma das di-

visões da FEB. Em seguida, o ministro partiu para

os Estados Unidos carregando uma carta de Var-

gas ao presidente Franklin Roosevelt, em que Ge-

túlio manisfestava o desejo do Brasil de participar

das batalhas ativamente.

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wParci nem. Nam, quo etur ad que od quatiis qui non con core adis ute perum

estium ius dolessedi ut re, quation sequam,

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Material precário - Na fase de formação e estrutu-

ração da FEB, diversos oficiais foram despachados

à terra do Tio Sam para participar de estágios nas

bases militares estadunidenses. Desse modo, pu-

deram se familiarizar com os procedimentos de

combate dos americanos, que substituiriam os mé-

todos franceses, historicamente ensinados nas es-

colas militares nacionais. Lá, a tropa brasileiro se

reeducaria para reduzir o emprego das marchas a

pé e a utilização de cavalos, trocando-os por deslo-

camentos motorizados, rápidos e audazes.

Além de lidar com a dificuldade de adaptação dos

soldados à nova doutrina, o general Mascarenhas de

Moraes teve de vencer diversos obstáculos para tirar

a FEB do papel. Um deles dizia respeito à seleção do

contingente da tropa, sem critérios físicos ou intelec-

Dollit arcipictat molenducit quid molum lacepra tendam consere reraesti sanis nessi-

mo luptatet que imil il ius.

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tuais. O material disponível aos expedicionários tam-

bém era precário. E, como se não bastasse, figurões do

governo, simpáticos aos países do Eixo, trabalhavam

contra a formação do agrupamento verde-amarelo.

No final de 1943, porém, decidiu-se que o Brasil man-

daria um corpo militar para o teatro de operações do

Mediterrâneo. Chefiando a recém-criada Comissão

Militar Brasileira, na qual oficiais norte-americanos

também tomaram parte, Mascarenhas de Moraes via-

jou à Itália e à África para observar os combates na re-

gião; antes de retornar, foi oficialmente nomeado che-

fe da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária.

Estava quase tudo pronto. Em 15 de maio de

1944, com a instalação do Estado-Maior Espe-

cial, que planejaria e executaria o embarque da

1ª DIE, ficou claro que não haveria mais volta.

Na madrugada de 30 de junho para 1º de julho,

finalmente, a promessa de Getúlio Vargas se

cumpriu. O general Mascarenhas de Moraes e

alguns oficiais de seu Estado-Maior embarcaram

ao lado dos homens do 1º Escalão, que totaliza-

va 5.075 homens - divididos entre um regimento

de infantaria, um grupo de artilharia, uma com-

panhia de engenharia e indivíduos ligados aos

setores de manutenção, reconhecimento, saúde,

comunicações, polícia, justiça, Banco do Brasil e

correio. Todos os militares ostentam no ombro o

brasão da Força Expedicionária Brasileira, cuja

heráldica traz uma cobra, logo abaixo da inscri-

ção “Brasil”. O ofídio em questão, é claro, está

fumando.

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1º Grupo de Caça da FAB desembarca na Itália para participar do teatro de operações - Preparação para o combate incluiu treina-mento nos Estados Unidos e no Panamá - Brasileiros ficam subordinados a americanos

O grito que ecoava pela Base Aérea de Su-ffolk, em Long Island, Estados Unidos, in-trigava os locais. Era em português, con-fabulavam. Mais do que isso, não sabiam. Realmente, era difícil para os homens do 1º Grupo de Caça da Força Aérea Brasileira, que ali travavam conhecimento com o sen-sacional Republic P-47-Thunderbolt, expli-car aos americanos o significado da expres-são. Bem mais difícil do que pilotar o mais moderno avião de caça da Força Aérea dos

Ebat prarecre aperi, ilius ad aurnirmis is.

Udam is, pero me co inatum mactum teatante faudacio, consicae ad consula

Outubro de 1944

OS PILOTOSBRAVOS AVESTRUZES

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Ebat prarecre aperi, ilius ad aurnirmis is.

Udam is, pero me co inatum mactum teatante faudacio, consicae ad consula

Estados Unidos da América - motivo pelo qual os brasileiros, em junho de 1944, es-tagiavam no estrangeiro. Ao final do cur-so, que completaram com louvor, pilotos e pessoal de apoio estavam aptos a entrar em ação. Na colação, em uníssono, berraram uma derradeira vez o enigmático estribilho: “Senta a pua!”Agora, os aviadores brasileiros poderão re-almente sentar a dita cuja nos inimigos do Eixo, em pleno céu mediterrâneo. No dia 6 de outubro de 1944, o 1º Grupo de Aviação de Caça desembarcou no Porto de Livorno, na Itália, duas semanas após deixar o porto de Norfolk, na Virgínia. Subordinados ope-racionalmente à 12ª Força Aerotática da Ae-ronáutica estadunidense, os verde-amarelos esperam ter oportunidades de colocar em prá-tica no Teatro de Operações do Mediterrâneo o que aprenderam durante meses e meses de treinamentos e missões independentes.Antes de Long Island, o Grupo de Caça, fundado em 18 de dezembro de 1943, par-ticipou de um período de aperfeiçoamento em Orlando, na Flórida. Lá, seu comandan-te, o major aviador Nero Moura, e mais 32 homens-chave do agrupamento familiari-zaram-se com os caças Curtiss P-40 Flying Tiger e adaptaram-se às normas da Escola de Tática Aérea americana. Em março, essa equipe partiu para Aguadulce, no Panamá,

Dipid quid ut ipsa qui que etur a as nectas aut autem ut que mint aut as

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onde o restante do 1º Corpo, que deixara o Brasil alguns dias antes, já o esperava. Na-quele país da América Central, o major avia-dor foi promovido ao posto de tenente-coro-nel aviador. Corajosa ave - Convivendo na Base de Agua-dulce, a esquadra constituiu-se em uma uni-dade tática, ganhando o entrosamento e o espírito de companheirismo fundamentais para o sucesso de um agrupamento do tipo. Os brasileiros destacaram-se tanto nas ma-nobras que, em abril, a unidade tática pas-sou a operar de forma independente, toman-do parte do complexo Sistema de Defesa Aérea da Zona do Canal do Panamá. Daí, partiram para a Base Aérea de Suffolk, onde completariam o treinamento.Durante a viagem no navio USAT Colombie para a Itália, onde agora o 1º Grupo de Caça enfrentará os aviões da combalida porém respeitável Wehrmacht germânica, o capitão aviador Fortunato Câmara de Oliveira, co-mandante da Esquadrilha Azul, elaborou o emblema do grupo. Um atlético avestruz de quepe - ovelha negra entre seus pares, por justamente jamais esconder a cabeça dian-te dos perigos e ameaças. A nação brasilei-ra confia que, sob a bênção da corajosa ave pescoçuda, os homens do tenente-coronel aviador Nero Moura incendeiem as divisões tedescas na Itália.

Gitim hortero porehena, noximena, Catum iam. Mario morbitatus estre,

sendactor pro iam cus vidictus, Cate firmacitil

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Pracinhas tomam Monte Castelo na quarta tentativa - Conquista é estratégica para se-qüência da campanha aliada pelos Apeninos Derrotar os alemães tornara-se questão de honra para Força Expedicionária Brasileira

No raiar de novembro de 1944, a 1ª Divisão Expedicionária do Exército (DIE) desviou-se da frente do rio Serchio, onde vinha com-batendo havia dois meses, para a frente do rio Reno, na cordilheira apenina. O novo QG Avançado do General Mascarenhas de Moraes, em Porreta-Terme, era cercado por montanhas subjugadas pelos alemães, em um raio de 15 quilômetros. As posições pri-vilegiadas dos inimigos submetiam os brasi-leiros a uma vigilância diuturna, dificultan-

Novembro de 1944

MONTE CASTELOVITÓRIA, ENFIM

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do qualquer movimentação. Para piorar, o inverno prometia ser rigoroso. Além do frio tiritante, as chuvas transformaram as estra-das, açoitadas pelos aviões aliados, em ver-dadeiros mares de lama.O General Mark Clark, comandante das For-ças Aliadas na Itália, pretendia seguir sua marcha com o 4º Corpo de Exército rumo a Bolonha antes que os primeiros flocos de neve começassem a cair. Entretanto, não poderia fazê-lo sem primeiro dominar o cume que, dentre todos os ocupados pelos tedescos, se destacava por sua localização estratégica: o Monte Castelo. Coube, então, aos brasileiros a responsabilidade de brigar pelo setor quiçá mais ingrato de toda a fren-te apenina. Havia só um problema: a 1ª DIE era uma tropa ainda verde para um combate daquela magnitude. Mas como Clark deseja-va conquistar Bolonha antes do Natal, o jeito era amadurecer tentando.Assim, em 24 de novembro, o Esquadrão de Reconhecimento e o 3º Batalhão do 6º Regi-mento de Infantaria da 1ª DIE juntavam-se à Força-Tarefa 45 dos Estados Unidos para a primeira investida por Monte Castelo. No segundo dia de ataques, tudo indicava que a operação seria exitosa: soldados americanos chegaram até a alcançar a cúspide do Caste-lo, depois de tomarem o vizinho Monte Bel-vedere. Contudo, em uma contra-ofensiva

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poderosa, os homens da 232ª Divisão de In-fantaria germânica, responsável pela defesa de Castelo e do Monte della Torracia, recupera-ram os pontos perdidos, obrigando pracinhas e ianques a abandonar as posições já conquis-tadas - com exceção do Monte Belvedere.O segundo ataque a Monte Castelo, em 29 de novembro, seria quase em sua totalidade obra da 1ª DIE - com três de seus batalhões - contando apenas com o suporte de três pe-lotões de tanques americanos. Todavia, um

As enda qui tem que simagnimusae nost rendant volupit atusam facessum nes dollorp oreicae. Itatur

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imprevisto ocorrido na véspera da investida atrapalharia os planos: na noite do dia 28, os alemães recuperaram o Belvedere, defe-nestrando os estadunidenses da montanha e deixando descoberto o flanco esquerdo da tropa agressora. O comando da DIE chegou a pensar em adiar a hostilidade, mas, como as tropas já estivessem em posição de ata-que, a estratégia foi mantida. Às 7 horas, uma nova tentativa seria efetuada.As condições do tempo, porém, eram catas-tróficas para a ofensiva: chuva e céu enco-berto impediam o auxílio da força aérea, e a lama praticamente inviabilizava a participa-ção dos tanques. O grupamento do general Zenóbio da Costa até teve um bom início, mas o contra-ataque tedesco foi violento. Os soldados alemães dos 1.043º, 1.044º e 1.045º Regimentos de Infantaria barraram os avan-ços dos pracinhas. No fim da tarde, os dois batalhões brasileiros voltaram à estaca zero. Ofensiva infrutífera - Em 5 de dezembro, o ge-neral Mascarenhas recebe uma ordem do 4º Corpo: “Cabe à DIE capturar e manter a crista do Monte della Torracia - Monte Belvedere.” Ou seja, depois de duas tentativas frustradas, Monte Castelo ainda era o objetivo principal da próxima ofensiva brasileira, marcada pelo co-mandante para dali exatamente uma semana. Mas 12 de dezembro de 1944 acabaria sendo, desafortunadamente, o dia mais aziago da For-

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ça Expedicionária Brasileira no Velho Mundo.Com as mesmas condições meteorológicas da investida anterior, o 2º e o 3º batalhões do 1º Regimento de Infantaria fizeram, ini-cialmente, milagres. No flanco sinistro, os pracinhas subjugaram Zolfo, a somente 200 metros do cume; ao centro, alcançaram Abe-taia, ante-sala do Monte Castelo. Entretanto, enfrentando pesada artilharia alemã, mais de 20 brasileiros foram ali abatidos. Mais uma vez, a ofensiva fora infrutífera, e, pior, causara baixas de 150 homens. A lição serviu para reforçar a convicção de Mascarenhas de que Monte Castelo só seria tomada dos alemães se toda a divisão fosse empregada no ataque - e não apenas alguns batalhões, como vinha ordenando o 5º Exército.Como o inverno chegasse antecipadamente, cobrindo de neve toda a frente italiana, o ge-neral Clark voltou atrás na determinação de chegar a Bolonha antes do Natal. Os praci-nhas, assim, entravam em recesso: um com-passo de espera de dois meses e dez dias, ten-so, tedioso e, principalmente, frigidíssimo. O gelo só se quebrou em 19 de fevereiro de 1945, quando o comando do 5º Exército determinou o início da nova ofensiva que colocaria as tro-pas aliadas - incluindo a 1ª DIE - para além do vale do Pó, até as fronteiras da França.Pelo plano americano - batizado de Encore, ou “bis” -, novamente os pracinhas teriam

Iberuptiatur maios et dia dolesereius.

Pit ipsandem que lanim expernatinis nulparc ilique nus

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como missão expulsar os alemães do Mon-te Castelo. Desta vez, porém, a tática de for-ça total contra os tedescos, apregoada por Mascarenhas, foi aceita pelos caciques do 4º Corpo de Exército. E, assim, em 20 de feve-reiro as tropas da Força Expedicionária Brasi-leira apresentaram-se em posição de combate, com seus três regimentos prontos para partir rumo a Castelo. À esquerda do grupamento verde-amarelo, caminharia a 10ª Divisão de Montanha estadunidense, famigerada tropa de elite, que tinha como responsabilidade tomar o Monte della Torracia e garantir, dessa forma, a proteção do flanco mais vulnerável do setor. Vulcão em atividade - Como previsto, o ata-que começou às 6 horas da manhã. O Bata-lhão Uzeda seguiu pela direita, o Batalhão Franklin na direção frontal do Monte e o Ba-talhão Sizeno Sarmento aguardava, nas po-sições privilegiadas que alcançara durante a noite, o momento de juntar-se aos outros dois batalhões. Pelo plano Encore, os bra-sileiros deveriam chegar ao topo do Monte Castelo às 18 horas, no máximo - uma hora depois do Monte della Torracia ser conquis-tado pela 10ª Divisão de Montanha, evento programado para as 17 horas. O 4º Corpo es-tava certo de que o Castelo não seria tomado antes que Della Torracia também o fosse.Entretanto, às 17h30, quando os primeiros soldados do Batalhão Franklin do 1º Regi-

mento pisaram no cume do Monte Castelo, os ianques ainda não haviam dobrado a resistên-cia alemã. Só o fariam noite adentro, quando os pracinhas há muito já haviam completado sua missão, e começavam a tomar, no vértice do Castelo, as trincheiras e casamatas recém--abandonadas pelos tedescos.Para finalmente alcançar a esperada vitória, os três batalhões brasileiros coordenaram--se à perfeição; deve-se também creditar uma grande parcela do sucesso da investida à Ar-tilharia Divisionária. Comandada pelo gene-ral Cordeiro de Farias, fez do cume do Monte Castelo, entre as 16h e 17h do dia 22, um ver-dadeiro vulcão em atividade, com bombar-deios precisos que atarantaram os alemães.Para o Coronel Manoel Thomaz Castello Branco, oficial de comunicações do 1º Regi-mento de Infantaria da Força Expedicioná-ria Brasileira, a tomada de Monte Castelo foi mais do que só uma manobra militar bem--sucedida. “Com a conquista de Monte Cas-telo, esse sedento feito, a FEB saldou um de seus mais sérios compromissos na Itália, pe-los aspectos morais que encerrava. O Monte Castelo já não era mais um simples objetivo a conquistar, mas um desafio a enfrentar e uma vingança a executar, cujo desfecho ou seria a consagração apoteótica ou a ruína acabrunhadora.” Orgulhosamente, ficamos com a primeira opção.

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Pracinhas travam em Montese batalha mais sangrenta do país desde a Guerra do Para-guai - Força total brasileira expele tropas alemãs da cidade italiana e permite uma passagem tranqüila dos Aliados rumo ao vale do rio Pó

Excepcionalmente neste ano de 1945, ao contrário do que versejam as canções napo-litanas, o mês de abril, que inaugura a tem-porada do amor e da primavera na Itália, revestiu-se de aventuras pouco românticas na Velha Bota. Obstinados integrantes do 5º Exército americano e do 8º Exército britâ-nico colocaram-se em marcha para, de uma vez por todas, escorraçar os alemães do Nor-te da península. Nessa violenta dança, tam-bém os pracinhas tomaram parte. Ligada ao

Feri rero dus sit audandi atenis et, comnis posame de eseris sum elende

dolorro idebit, qui quaectum quat.

Abril de 1945

MONTESETOMADA SANGRENTA

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4º Corpo, a Força Expedicionária Brasilei-ra foi encarregada, por sugestão do próprio general Mascarenhas de Moraes, de derro-tar as tropas alemãs que ocupavam a região

de Montese - obstácu-lo para a passagem dos aliados rumo ao vale do rio Pó.A ação envolveu, pela primeira e única vez, as guarnições da artilharia, os três regimentos de infantaria e o esquadrão de reconhecimento ver-de-amarelos. O 3º Bata-lhão do 11º Regimento de Infantaria, que avan-çaria rumo a Serreto--Paravento-Montelo, estava no centro da for-mação ofensiva, sendo sua peça principal. À direita, alinhava-se o 2º Batalhão, e à esquerda,

o 1º. Assim, no dia 14 de abril, às 13h30, os brasileiros atacaram Montese, fazendo sua estréia na traiçoeira guerra urbana - bem mais complicada que os combates na mon-tanha, por literalmente esconder um proble-ma em cada esquina. Marcas indeléveis - O avanço-mestre dos

Hicus cuperio, con tasdam prit iam publiis publicae ad comnium o egilina et pes! Simmorem audellatum

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Page 23: Brasil na Guerra

soldados nacionais era observado de cama-rote pelos comandantes conterrâneos em Sassomolare, que fornecia perfeita visão de Montese. Estes presenciaram uma evolução nota dez dos pracinhas1, que penetraram na defesa inimiga e lancetaram os tedescos com ímpeto descomunal. Um dia depois da inva-são, os soldados de Adolf Hitler começavam a ser varridos de Montese. A tomada da ci-dade concretizou-se no dia 16, com o apoio do 6º Regimento de Infantaria.Ao final dos combates, Montese estava pra-ticamente arrasada: das 1.121 casas do bur-go, nada menos que 833 foram destruídas. A pugna também ceifou 189 munícipes. A Força Expedicionária Brasileira levou a cabo uma campanha irrepreensível quanto à conquista do objetivo, mas as marcas trazidas do front seriam indeléveis: cerca de 450 baixas, en-tre mortos e feridos, no que pode ser consi-derada a mais sangrenta batalha envolvendo forças brasílias desde a Guerra do Paraguai. Foi a última grande peleja dos pracinhas no Velho Mundo - e, ao menos em Montese, não seria esquecida. Em homenagem aos “gene-rosos libertadores” - como os expedicionários ficariam conhecidos na região -, uma das pra-ças da cidade ganhou o epíteto de Piazza Bra-sile. Giusto, giustissimo.

1 lkslakslakslakslakslakslasklaskalskla

Rovitatibus am ius soluptas aut aceptatia aute eaquatestis eaquam que

eliquiae nim reperumquiae consequiam quo

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Page 24: Brasil na Guerra

ÍNDICE REMISÍVELAAdolf Hitler 5Aliados 6

EEixo 4, 6

UU-507 5