Brasília, DF, Em 16 de outubro de 1968. EXPOSIÇÃO DE ... · Brasília, DF, Em 16 de outubro de...
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Brasí l ia , DF,
Em 16 de outubro de 1968.
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N« 27/SG-1/68
EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA REPUBLICA
Tenho a honra de submeter à elevada apreciação de Vossa Exceléh cia , o assunto abordado pela Exposição de Motivos S-023/GM-2-SECRETO , de 27 de agosto de 1968, do Excelentíssimo Senhor Ministro da Aeronáutica. 2 . Do estudo da Exposição de Motivos, verifica-se que:
- E proposto seja autorizada a instalação na Base Aérea de SAL
VADOR - BA, de uma estação de observação e pesquisa para real ização, por
5 (cinco) anos, pelo Governo Americano, através a FORÇA AÉREA AMERICA
NA(USAF), para o Projeto "CLEAR SKY", de pesquisas s<5bre a ionosfera ,
a influência das perturbações aero-espaciais só*bre as rádio-comunicações ,
bem como a busca de informações sobre a movimentação de grandes massas at,
mosféricas.
- A autorização proposta pelo Excelentíssimo Senhor Ministro da_ Aeronáutica é condicionada pelo mesmo, ao atendimento, pela USAF, de de -terminadas condições mínimas.
• O Projeto, no BRASIL, se rá denominado de "CEU AZUL".
- As negociações ora em sua fase final, foram iniciadas em julho
de 1964.
- Muito embora o OBJETIVO OFICIAL do Projeto seja o acima c i
tado, o OBJETIVO REAL é a implantação de uma rede de estações da USAF ,
localizadas no CHILE, AUSTRÁLIA, ÁFRICA, EUROPA e BRASIL, paracons
tituir um Sistema de Detecção de Explosões Nucleares , na atmosfera e , pos -
stvelmente no mar . O Estado-Maior das Forças Armadas, o Ministério da
V \J -
. 2 -
Aeronáutica e o Ministério das Relações Exter iores , tém conhecimento deste
OBJETIVO REAL e concordam com a forma pela qual está redigido o texto d o
Projeto.
m O Estado-Maior das Forças Armadas concordou com a aprova -çáo do Projeto, desde que atendidas as seguintes condições:
- o Governo Brasi le ira deverá ser informado das finalidades e
do desenrolar das observações e pesquisas programadas;
m deverá assegurar -se que elementos especializados bras i le i
ros tenham oportunidade de prat icar e adquirir novos conhe
cimentos ;
m sempre que possível, a realização das pesquisas em terr i tó
r io nacional deverá ficar a cargo de bras i le i ros ;
• salvaguarda eventual dos interesses de Segurança Nacional.
- For outro lado, o Estado-Maior da Aeronáutica apresentoutam
bém como condição que os locais inicialmente propostos pela USAF, fossem
trocados visando proporcionar maior facilidade de contacto com o grupo d e
técnicos e cientistas da Aeronáutica.
• A Embaixada Americana, a 31 de maio de 1966, enviou Nota a o Ministério das Relações Exteriores ratificando a aceitação das condições bra s i l e i r a s , informando ainda que a implementação dos equipamentos de observa çáo, permite seja a coleta de dados realizada apenas em uma estação, a da BASE AÉREA DE SALVADOR - BA.
• O EMFA solicitou ao Estado-Maior da Aeronáutica as providéh cias necessár ias para execução e fiscalização das normas estabelecidas per aquele Estado-Maior para execução do Projeto.
- Finalmente, foi sugerido pelo Ministério da Aeronáutica que lhe
caiba a coordenação científica, técnica, pessoal e logística referente ao Pro
jeto, bem como a realização dos entendimentos necessários e ajuste de deta -
lhes , celebrando, inclusive, o Convênio para a sua execução.
\
• 3 •
3 . Esta Secretar ia-Geral analisando o referido documento chegou às conclusões abaixo, que poderão possibilitar uma melhor apreciação do as -
suntoi
- O Estado-Maior das FóVças Armadas e o Ministério da Aeraiáu
tica consideram a execução do Projeto conveniente para o BRASIL, desde que
atendidas determinadas condições por eles suger idas .
• O GovéVno Americano considera o Projeto como de interesse pa
r a s segurança mútua de USA e BRASIL.
- A execução do Convênio nas bases propostas poderá provocar
repercussões negativas no publico interno, particularmente se fóV tornado
público o OBJETIVO REAL. O Estado-Maior das FóVças Armadas deverá se r
encarregado de coordenar, se necessár io , campanha de divulgação para neu
t ra l izar essas repercussões negativas.
• O Projeto interessa à área de Segurança Nacional como um to -
do . Como haverá negociações com país estrangeiro, interessa também, ao Mi,
nistério das Relações Exter iores . Interessa ,a inda, à Comissão Nacional de
Energia Nuclear.
• A participação do BRASIL, no Projeto, é conveniente desde que
atendidas as condições propostas pelo Estado-Maior das FóVças Armadas, e
deverá ser desenvolvida através as atividades dos órgãos ou Ministérios se
guintes:
Secre tar ia-Geral do Conselho de Segurança Nacional
apreciação prévia do texto final do Convênio, antes da assinatura,
e , das renovações anuais do mesmo.
Estado-Maior das FóVças Armadas coordenação gera l , inclusive de cobertura junto à imprensa, e da atribuição dos encargos de execução aos Ministérios e órgãos inte ressados .
Ministério das Relações Exteriores
asses soramento político-diplomático nas negociações, na assinatu
r a do Convênio e nas suas renovações.
» 4 ™
Ministério das Minas e Energia CGcsaissâb Nacional de Energia Nu_
c k a r ) _
participação com cientistas nucleares .
Ministério da. Aeronáutica direção e fiscalização da execução dos t rabalhos, fornecimento de instalações e equipamentos e participação com cientistas e pessoal técnico.
Ministérios da f a r i n h a e do ixérç i to
cooperação com cientistas, pessoal técnico e equipamentos.
- Nas negociações a serem efetuadas, se rá conveniente caracter! zar o espírito de cooperação do BRASIL e a reciprocidade esperada em relação à nossa PoHtica Nacional de Energia Nuclear para fins pacíficos.
• As bases gerais propostas pelo Estado-Maior das Forças Arma
das e pelo Ministério da Aeronáutica, na forma destas conclusões, não preju
dicam a Segurança Nacional.
4 . Submetendo o assunto & alta consideração de Vossa Excelência ,
esta Secretar ia-Geral propóe seja autorizado o Estado-Maior das Forças Ar
madas a rea l izar as negociações finais para a execução do Convênio, bem co
mo efetuar as ligações necessár ias com os Ministérios e órgãos interessadas.
Aproveito a oportunidade para r e i t e r a r a Vossa Excelência meus
protestos da mais alta estima e profundo respei to .
N-BDA JAYME PORTELLA DE MELLO Secretár io-Geral do
CONSELHO DE SEGURANÇA NACIONAL
fy?# DP
Projeto "CLEAR SXY", da FORÇA AÉREA AMERICANA, para o
qual foi solicitada cooperação do Governo Brasileiro,
com vistas à instalação de uma estação de observação
e pesquisas, em 3ALVAD0R-BA, por um período de tempo
de 5 (cinco) anos.
Í N D I C E
1. ASSUNTO
2. ORIGEM
3. LEGISLAÇÃO BÁSICA
3.1 - Lei n° 4.118/62 (Lei da CNEN)
3.2 - Política Nacional de Energia Nuclear
2 - OBJETIVOS
2.1 - Imediatos
3 - POLÍTICA DE EXECUÇÃO
3*2 - Competência e atribuições
3*2.2 - Ministério das Minas e Energia
3.2.3 - Ministério das Relações Exte-
riores
3.3 - Dec-Lei nQ 200/67 (Reforma Administrativa)
4. APRECIAÇÃO,
4.1 - ANTECEDENTES
4.1.1 -' Objetivos
4.1.2 - Finalidade
4.1.3 - Histórico
Continua.
CONTINUAÇÃO DO ÍNDICE DO ESTUDO SUCINTO N° 40-2S/68
ANáLISB
4.2.1 - Quanto ao texto da 5.M.
4.2.2 - Quanto aos órgãos interessados
4.2.3 - Quanto ao sigilo
4.2.4 - Quanto às repercussões sobre a Polí
tica Nacional
4.2.5 - Quanto a prazo e a renovação
4.2.6 - Quanto à forma de participação brasi-
leira.
5. CONCLUSÕES
6. PROPOSTA
oooooOooooo
4.2 -
E C R E T O I (o$)
B r a s í l i a , DF, Bci 24 de setembro de 1968,
ESTUDO SOpiHgQ nfl 40-2S/68
1 . ASSUNTO
Projeto "CLEAR 3KY°t da FCRÇA AÉREA AMERICAIJA, para o qual
foi solicitada cooperação do Governo Brasileiro, com vistas
à instalação de uma estação de observação e pesquisas, em
SALVADOR - BA, por um período de tempo de 5 (oinco) anos.
2. QttIGEM
Exposição de Motivos n« S-023/GM-2-SÜX3RETO, de 27 Ago 68,
do Ministro da Aeronáutica ao Excelentíssimo Senhor Presi -
dente da República.
3« SEGISLAC&O B/SICA
3.1 - Lei ni 4.118/62 (Lei da Qmm)
Art. 4^ - Compete à C.N.E.N.
VII - PronuTioiar~se sobre projetos de aoor #
dos, convênios ou compromissos inter
nacionais de qualquer espécie, relati
vos à energia nuclear.
S E C R E T O
S E C R E T O
| sont£nuac,ã2 â°- ISSPSO-SS0!1^0-»! i°r2â/68_«_ _ _ _21«* 2
3.2 - Política Nacional de Energia Nuclear
2 - CSJÜffXVGS
2.1 * ftacdiatos
2*18 - Estabelecer um sistema de segurança
de acordo com a legislação em vigor,
bem como uma 1 iTrtm política em rela
ção aos sistemas internacionais de
salvaguarda existentes e aceitos,que
protejam o desenvolvimento nuclear
nacional*
• •
3 - POLÍTICA m EXECUCIO
3.2 - Competência e atribuições
3.2.2 - Ministério das Minas e fnergia
Ao Ministério das Minas e Energia
cabe o planejamento, a execução e o
controle da Política nacional de
Energia Nuclear.
Ho desempenho dessas atribuições ,
são de sua competênciat
(3) zelar pelo correto cumprimento
da Política Kaclonal de Energia
Ifuclear, estabelecendo e manten
do ligações com os Ministérios
Civis e Militares e demais ent£,
dadas e órgãos interessados.
3.2.3 - Ministério das Relações Exteriores
R C R E r o
•J
íw
Z gontinuacão. do_ «OJPJ^TJJOJDI &Z2S/&J* n*x 1
Ao Ministério da* Ralações Exteriores, em consonância oom o MMB cabe assessorar, quanto ao aspecto polí-tioo-diplomático, os Ministérios ou órgãos interessados, bem como proce der, após audiência do Conselho de Segurança Nacional, à elaboração e à assinatura de acordos e convênios, com governos e entidades privadas estrangeiras e com organismos inter nacionais, necessários ou ateis à execução dos programas estabelecidos.
3#3 - Iteo-Lel n* 200/6? (Refoima Administrativa)
Art. 5 0 - 0 Estado-Kaior das Forças Armadas, órgão de assesaoramento do Presidente da Republica, tem por atribuições»
• — Coordenar os planos de pesquisas, de fortalecimento e de mobilização das For ças Armadas, e os programas de aplicação de recursos decorrentes*
Art. 6 3 - 0 Ministério da Aeronáutica administra os negócios da Aeronáutica e tem como atribuição principal a preparação da Força Aérea Brasileira para o cumprimento da sua desti-nação constitucional.
Parágrafo único - Cabe ao Ministério da Aeronáuticas • « . . . . . ••« « • • « « * » . « . . . .
IX - Orientar e realizar pesquisas e desenvolvimento de interesse da Aeronáutica, obedecido o previsto no item V do art. 50 da presente Lei.
I S E C R E T O
r> E C R E T O !
« *>B*sWSfc jfijaafPQ SüÇimçL n»_40-2S</68 - ?ls*. 4.
4 . APRECIAÇÃO
4*1 • Antecedentes (extraído da Exp Mot do Min Aeronáutica)
4.1.1 - gfrMM O Pronto "CLEAI? SEY" tem os seguinte» objeta voa:
Qfioial - 0 Governo Norte Americano* através da USAF, deseja realizar, a longo prazo, pesquisas sSbre a lonosfera e influencia das per turbaçoes aero-espaoials sobre as rádio eoiaut— nioaçoes* Informações sobre movimentação de grandes maesae atmosféricas, serão também obtidas*
Beal - (oitado verbalmente pelo Brig Gem ALVAN K. MOCEE, Chefe da Seção USA?, da CMMBEÜ* foi também comunicado verbalmente ao Itamaraty, que aohou conveniente manter o objetivo da do,
0 Governo iíort©-Americano, através da ÜSAF, deseja realizar, a longo prazo, pesquisas para determinação e localização de explosões atômicas realizadas na atmosfera, e, possível mente, no mar*
4.1.2 - Finalidade
A finalidade do Projeto 4 a instalação, pelos americanos, do uma estação na Cidade de SALVA DOR - BA, como parte de uma rede de esta -ções da ÜSAF, localizadas, respectivamente» no CHILE, AUS2RÂLIA, ÁFBICA e EUROPA, para constituir um Sistema de Detecção de Explosões Atômicas*
í S E C R ÉTÕ1 5
- £ont£nuacãc. do_ IS£tn^_SüCp£0jat8 10=2g/g8_"> F^s* J
Os dados oolMdos serão criptografados e enviados para os EB UÜ, onda serão processados e analisados.
4*1*3 •* Hletórloo
- A abaixada Americana solicitou, em Jul 64» cooperação do Governo Brasileiro para a For ça Aérea daquele Pais realizar o projeto "OLEAR SKY*.
- A faso preliminar dos trabalhos foi autori-
sada e raalisa.ía (10 Mar a 20 Mal 65) oom
acompanhamento de técnico do Min Aer.
* Bara a realização da fase definitiva o EKFA e o ESSASR fizeram estudos tendo sido efetua âa rauniSo com elementos da Força Alrea Ame ri cena (28 Jul 66). Em conseqüência, foram estabelecidas as seguintes condições, para realização do Projetot
IMPA
- o Governo Brasileiro deverá ser informado das finalidades e do desenrolar das obser v&çcss c pesquisas programadas!
- deverá assegurar-se que elementos espscia lixados brasileiros tenham oportunidade de praticar e adqvirir novos conhecimentos;
- sempre que possível, & realização das poa qulaas em território nacional deverão ser realizadas por brasileiros}
- saavaguaroa eventual dos interesses de Se
gurança Racional*
ECRETO
S E C R E T O
: sostingaaig â o . SS£020_S2CI»I0-x>£ 4 0 ^ 1 8 . . - 1 » * í
Paio KWf FP
- os locais do duas estações observadores ,
deverão sar trocados, visando maior faci
lidade da contato com o grupo da técnicos
a cientistas da Aeronáutica, afina ao as
sunto do Projeto.
A troca serás
- da RECIFE para a BARREIRA DO INFERNO.
- da CUMBICA para o CTA, am Slo JOSÉ
DOS CAMPOS,
- Como fruto dessas negociações foram produzi
dos os seguintes documentos confidenciais:
- Aviso n* 005-V133, as 15 Jul 66, do EMPA ao MBEf
SJ Nota nfl 153t da 1« Jul 66, do MRE à Embai
xada dos Estados Unidos da América do Nor
tS|
- Nota nfi 110 752*(22), de 9 Ago 66, da Em
baixada doa EE Uü ao MREj
- Nota a» DAS/184/572.(22), de 29 Ago 66,do
gsjj |L Embaixada doa EE UUj
- E. M. n« 004-B/6, da 2 Set 66, do EMPA à
Presidência da República;
- Ofíoio n* 034-B/164, de 13 Set 66, do EMPA
- 0 Excelentíssimo Senhor Presidente da Repu-
blica, baseado na E.M. n« 004-B/6, de 2 Set
66, do EMPA, autorizou a realização de no -
vos estudos de viabilidade, a serem executa
doa na BARREIRA DO INFERNO a no CENTRO TÉC
NICO DE AERONÁUTICA, noa seguintes termoss
["SE C R E T O
S E C R E T O
g c,ont£nua£S2 â°_ M^V^^PI^Pj^i £°r2í=/á8-* JVhk I
"Autorizo a vinda dos seis técnicos. Para o Ministro da Fazenda opinar sobre as isen -ções alfandegárias exclusivamente para os equipamentos"•
- Novamente, a 31 de maio de 1966, em expedien te ao Ministério das Relações Exteriores (Nota nfi 679) » a Embaixada Americana volta ao assunto, ratificando a aceitação das con diçôes brasileiras, informando ainda que a implementação dos equipamentos de observa -çSo, permite seja a coleta de dados realiza da apenas em uma estação, a da BASE AÉREA DE SALVADOR (BA).
A-2 - Análise
4*2*1 - Quanto ao texto da S»M*
(1) A estação a ser instalada em SALVADOR será parte de uma rede da USA?, de escala mundial, constituindo um Sistema de Detec çSo de Explosões Atômicas*
(2) Os americanos consideram o projeto como de interesse para a segurança mútua dos dois países*
(3) As normas estabelecidas pelo EMFA, para realização do Convênio, foram aprovadas pelo Governo Americano*
(4) 0 Min Aer considera imperiosa a participa ção brasileira no Projeto, e, aconselha -vel a conclusão das conversações a curto prazo.
• £ont4nuação. do_ gSTUIfc^SgCpTOja* ±0^28/68 j»_ _ _ _ *!»*. â
(5) O Mia Aer é de parecer que seja concedida
permissão à execução do referido Projeto
desde que sejam atendidos as considera -
ções e proposta abaixo:
Consideração
(a) pontos importantes das negociações:
- aprovação do Projeto pelo Excelen m tíseimo Senhor Presidente da Repu -
blioa, ponderadas as suas implica -
ções técnicas e políticas}
- conveniência da participação brasi
leira}
* modo de efetivar essa participação.
(b) o objetivo real do Projeto viza realjL
sar policiamento de explosões atômi
cas, como fator de segurança do Mundo
Livre. Esse policiamento também
efetivo para as possíveis explosões
atômicas realizadas por brasileiros
em território nacional.
Deverão ser levados em conta as pos -
síveis implicações na área política
advindas da estação norte americana
instalada sa território nacional.
(o) considerando-se que desde 1964 o refe,
rido Projeto encontra-se em fase de
estudos é aconselhável uma solução a
curto prazo.
(d) a participação brasileira no Projeto
é imperiosa» não sé por seu objetivo
real com implicações na Segurança Na
cional, como também, pala oportunida
de de obtenção de conhecimentos técnj.
SECRETO]
S E C R E T O ('
• continuarão. do_ ESTU]^_SUCpTO_n* ±<>:2S/§8j- - mm -****. 2
oo© e científicos de primeira ordem, condição essencial ao desenvolvimento do Paia»
(a) na execução do Projeto prevâ-se a necessidade de instalação, junto a esta cão a ser localizada na Base Aérea da Salvador, de equipamentos de comunica ções para transmissão para os ES üü dos dados colhidos no Brasil. Tal ins talação contraria as leis brasileiras e os americanos desejam que tal dificuldade seja sanada, tendo em vista a urgência e o caráter sigiloso das informações* Esta dificuldade poderá ser contornada com a participação ef e tiva de elementos brasileiros a de instalações já existentes.
(f) quanto à forma de participação, a exg» riencia adquirida pelo Ministério da Aeronáutica em pesquisa espacial, em particular em projeto de medição da variação de radiação nuclear no espaço, utilizando foguetes, indica que o manejo das estações coletoras de da -dos é apenas parte da tarefa, sendo a mais importante a análise a interpretação desses mesmos dados, que implica sempre na integração com outros oo lhldos sm tempos e lugares diferentes, conduzindo a modelos em larga escala*
(g) para atingir o objetivo acima, este Ministério julga conveniente a nomeação de um grupo brasileiro de alto
G E C R E TO 1
- continuarão. do_ gS£ü20J3ycp$0_n£ ife23/fi8j- I1&--1Ô
nível téciiico-científieo e oom conhe
cimentos equivalentes aos do grupo
americano, para participar efetivamen
te do Projeto. Este grupo, coordenado
por um cientista de seu quadro de ofi
ciais, participará da coleta, análise
e interpretação dos dados referentes
ao Projeto, trabalhando em íntima li
gação oom os cientistas americanos ,
quer no País, quer nos EE ÜU,
(h) o Ministério dispõe de potencial (pes
soai, equipamento e instalações) ade
quado ao cumprimento de possíveis ta
refas a Sle afetas»
(1) o EMPA considera que a solicitação do
Governo Norte Americano poderá ser
atendida, desde que precedida por en
tendimentos entre representantes cre
denciados dos dois Governos, tendo em
vista clarear as condições de execu -
ção e estabelecer cs procedimentos
(Aviso n« C05HS/133* de 15 Jul 66 e
E.M. n« 004-2/6» de 2 Set 66, do BOTA)*
U ) o Governos dos Estados Unidos concordou
com as normas estabelecidas pelo para
grafo 58 da Exposição de Motivos n»
004-3/6, de 2 Set 66, do EMPA (Ofício
do EMPA na 018-S/LL6, de 14 Jan 67, d£
rígido ao EMAEB).
(1) o EMPA solicitou ao EMAEB as providên
cias necessárias para execução e fis
calização das normas estabelecidas na
E.M. n9 004-^/6, de 2 Set 66, para
[SECRETO]
S E C R E T O
2 continuação. â<>_ E^B^.SUCJ!l£0._n£ 49=23/58..- £1*. J 4
execução do Projeto» bem como indicou q,ue a montagem da* estações experimen tala se situem em cases aéreas do ter ritôtio nacional (Ofício do EMPA n» 018-BA16» de 14 Jun 67» ao EMAER).
(m) o objetivo real do Projeto foi eomun^ cado pelo Brig Gal MOOEE às autoridades do Governo Brasileiro*
Proposta Seja concedida a permissão solicitada pelo Governo dos Estados Unidos da América do Iforte para realização do Projeto *CIEAR SEYW, que terá» no Brasil» a denominação de "CÉU A20L*, com instalação de uma esta. çao na BABE AÉEEA BE SALVADOR (BA)» nos seguintes termoss
a - o prazo de validade desta concessão será de cinco anos» a partir do iní -cio da operação da estação» e será re novável anualmente até completar o prazo de validade» se do interesse dos dois Governos (Heoomendação conti da no Ofício 034-B/164. de 13 Set 66, 4c BIFA).
li - a participação brasileira no Projeto, será feita através do Ministério da Aeronáutica, com a colaboração de cLen tista da Comissão Naéional de Ener -gia :?uclear» e constará da cooperação na coleta e transmissão dos dados recolhidos no Brasil» bem como da anál^ se e interpretação dos dados referen—
E C R E T O l
S E C R E T O ! (^
^ ^ • • «*• ^ w ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^^m ^^m ^pv ^^m ^^W' ^^W ^^w ^^^ ^^P ^^P ^ ^ P ^ ^ M ^^^ ^^P* " w ^^P ^^w np* ^™ ^^p ^^p ^^p ^^P ^B^
tea ao projeto (Bef BAS/l©V572(22) ,
do M i e Ofício 034-B/164, de 13 Set
66, do 2MFA).
a - o Ministério da Aeronáutioe organizará usa grupo de cientistas e técnicos para participar do Projeto, no Brasil e no Exterior, laantendo, inclusive, elemento credenciado junto à Força Aá rea Americana, nos KE uo, para cooperar nos trabalhos de processamento, análise e interpretação dos dados referentes ao Projeto*
4 - deverá ser estudada a viabilidade da transmissão de dados para os EE Dü ser efetuada pela Estação de Comunica çoes da Barreira do Inferno.
e - ao Ministério da Aeronáutica caberá a coordenação científica, técnica, pessoal e logística referente ao Projeto, bem como a realização dos entendimentos necessários e ajuste de detalhes, celebrando, inclusive, o Convênio para sua execução*
f - oo dados colhidos no Brasil bem como as análises dos dados de todas esta -çoes componentes da ride, serão fome eldos ao Governo Brasileiro que. por serem da natureza confidencial, limitará sua fllaacuilnnrüü»
g - o equipamento destinado a estação de coleta, registro e transmissão de dados, ficará Isento de taxas aduaneiras, a semelhança dos previstos nos
S E C R E T O
S E C R E T O
- soBtingasãg d^JSSTipo. S0C.IgT2 &-*Qr&M Z PS*-li
Artigos V e VI do Acordo d* Assistên
cia Militar de 1952 (conforme Aviso
005-B/133, da 15 Jul 66, do EMFA e
DAS/184/582.(22), da 29 Ago 66, do
MRE).
4.2.2 - âaftfilo *£« 4rg^f ,,l#1>fggagadoa
São interessados ao presente assunto o EMEA,
o MRE, o MME (CHEN) e os Ministérios milita -
Há citação, na Exposição da Motivos, dos pa
reoerea desses órgãos, exceto em relação aos
do MXE (diretamente ou por meio da CNEN), do
Ministério da Marinha e do Ministério do Exér
oito*
Se do Projeto de Convênio ou outro tipo de
compromisso constar o OBJETIVO REAL, a CHEN
deverá opinar, na forma da legislação em vi
gor (item 3*1 a 3.2 anteriores).
Se o OBJETIVO REAL (explosões nucleares)não
for fornecido oficialmente pelo Governo Ameri
cano, e no Convênio constar sé o OBJETIVO OS
TENSIVO, não haverá porque ouvir, oficialmen
te, o MME (CHEJf).
Ba qualquer forma, à CHEN caberá, também ,
fornecer cientistas, na forma proposta paio
Ministério da Aeronáutica. Ê óbvio, pois, que
ala deverá ter conhecimento do verdadeiro ob
jetivo.
4.2.3 - fluanto ao sigilo
A apreciação pelos interessados, do texto
do Convênio, ampliará o círculo dos que toma
rão conhecimento do assunto.
TODOS os Ministérios ou órgãos que participaram ou participem das negociações,
Z «.ontájmasio do_ESTUDG SUCINTO ni,>0-gS^68 » m m m m m 21f«.li
alam do EMFA, terão alamantos seus em contac-
to com a documentação. A partir da execução ,
haverá pessoal civil a militar participando
dos trabalhos. Desse modo, mesmo que o QBJETI
TO REAL não conste do texto do Convênio, ain
da assim, será difícil a manutenção do sigilo
a seu respeito*
4»2»A " Quanto às repercussões sobre a Política Naeio •sjj
(1) aôbre a Política Externa
0 OBJETIVO BEAL da documentação em negocia
çoes, foi omitido pelo Governo Americano.
Oa ESTADOS UBTDQS ao procederem disse mo
do, devem estar pretendendo mascarar easa
ação, dos seus potenciais inimigos nuclea
rma URSS e CHINA e, possivelmente, também da FRANÇA. Há, ainda, a possibilidade re
mota de pretenderem controlar explosões
hipoteticamente realizáveis pela ÁFRICA
DO SUL associada ã REPÚBLICA FEDERAL DA
ALEMANHA. Ao que tudo indica, esse despis
tamento tem em mira mesmo é, além da CHI
NA, a URSS, "aliado nuclear" na recente
aprovação do "Tratado de não proliferação
de armas nucleares", no seio da ONU.
Por outro lado, deve eer levado em conta
que, nada constando por escrito, os ESTA
DOS UNIDOS nenhum compromisso oficial as
sumam conosco, no campo nuclear. Isso os
colocam em situação cômoda perante aquele
Tratado por eles defendido e assinado, em
conjunto com a URSS* Ao BRASIL que manta.
S E C R E T O I
[ S E C R E T O ;
t fiontjjMiÈacão. ° - ISTJjpp_S2CJlST-0_n8 ±0^2S/68_« _ _ _ Ilfi»-1-»
ve posição antagônica à deles em relação ao Tratado t 8, que até à presente data não o assinou t nenhuma conseqüência negativa apresenta quanto a este aspecto*
Sm relação ao "Tratado para a proserição de armas nucleares na América Latina"(Tra tado do MÉXICO), não há nenhuma repercussão negativa» pois não estaremos ensaiando» usando» fabricando, produsindo, armazenando ou adquirindo armas nucleares.
Além do mais» o Convênio estará sendo as
sinado com a nação líder do mundo democrá
tico» o que será coerente com nossa polí
tica externa que é democrática e contra -
ria ao mundo comunista* Hão haverá, por
isso, ameaça ao mundo democrático*
Desse modo, a assinatura do Convênio, incluído ou não no texto, c OBJETIVO BEAL, não prejudica nossa política externa*
(2) Sobre a Política Nacional de Energia Nu -clear
Diretamente, não há repercussão alguma , uma vez que as Dlretrlses em vigor orientam somente o emprego pacífico da energia nuclear» e o assunto em pauta é sensivelmente» controle de explosões para fins não pacíficos*
Indiretamente, uma atitude de cooperação
para com os ESTADOS UKIDOS, neste caso ,
poderá repercutir favoravelmente em rela
ção às nossas necessidades no campo do
emprego pacífico da energia nuclear» pas
síveis de atendimento pelos americanos*
S E C R E T O
Z continuação do_ESTUDO ^UCINTO nft_4g-2S^6& - Ilâ»-lá
(3) Sobre a opinião pública
Estando como está nossa imprensa infiltra
da de elementos esquerdistas, todo e qual
quer Convênio ou compromisso que assine -mos com os ESTADOS UNIDOS, receberá, de
parte da mesma, tratamento hostil. Isso»
naturalmente 9 influenciará negativamente
a opinião pública. Se por qualquer outro
motivo, for tornado público o OBJETIVO
REAL, maior ainda será a reação da impren
sa, não A FAVOR DO BRASIL mas CONTRA OS
ESTADOS UNIDOS e o Governo Brasileiro.
Desse modo» o Ministério ou érgão que co
ordenar o processamento do Convênio até
sua assinatura, e que controlará sua exe
cução, deverá ser encarregado de, se ne -
cessário, promover campanha de divulgação
para neutralizar as reações acima citadas,
inclusive na hipótese do OBJETIVO REAL ser
tornado público, caracterizando a convs -
niência da participação brasileira.
••2.5 - Quanto a prazo e a re&oyacjfe
Em relação a prazos, o EMFA sugeriu, inicial
mente, para o estabelecimento de instalações
fixas ou pesquisas de longa duração, que os
detalhes de operação deveriam ser regulados me
diante Convênio ou Acordo especial (E.M. n*
004-B/6, de 2 Set 66, do EMFA). Posteriormen
te, recomendou que o prazo de validade da
S E C R E T O : ^3
• P — — M ^ Í ^ — ^ — » — — I ' mui r i w w i f ^ n T i n i i i um ^i
#
- continuação do ESTUDO SUCINTO R9 40-23/68 - fl» 17
concessão fosse da 5 (cinco) anos, a partir do início da operação da estação, renovável anual -mente, a critério doa dois Governos (Of n^ 034-B /l64, de 13 Set 66, do EMPA). 0 Ministério da Ae ronáutica também manteve a meama recomendação, -que foi apresentada como proposta na presente Ex posição de Motivos.
Esta solução final â boa em sua concepção. A renovação anual deverá, porém, eer submetida â a-preciação previa desta Secretaria-Geral do Conae lho de Segurança Nacional.
4.2.6 - âuSttÍcL.a-Jf£ISa— % 2a£^0JjRâ9ã0-JDJSa£il9i1^ 0 Projeto visa a realizar policiamento de explosões atômicas, como fator da segurança do Mundo Idvra (E.M. S-023/GM-2-SSCBET0, da 27 Ago 68f do Min Aer).
As3im sendo interessa à área de Segurança nacional como um todo a não a um únioo Ministério. Co mo abrange aspecto nuclear, interessa» diretamen te, à CRER. Como haverá negociações com o estragi geiro, afeta ao MRE.
For outro lado, sendo oportunidade não comum» da atuação em ações no campo nuclear, da interesse militar, com caráter defensivo, é de toda conveniência que o EMPA, aa trea Porcas Militares • a CNEH,participem dos trabalhos, ampliando o oam pe ds experimentação e pesquisas ds seus técnicos a trabalhando em conjunto, com atribuições bem -defenidas, entrosadas e coordenadas.
Dease modo a participação brasileira no Projeto
necessitará da presença dos seguintes órgãos pa
ras
SECRETO] <Sè
Z £^ttnuacão &^fffln)0 SUCINTO n* J*0r2S/68 • _ ^ _ _ .Jl«.s. 1*L
leV) Se©retarla^G9ral_d£ Consejl&o^dji Segurança j*aci onal
apreciação prévia do texto f i n a l do Con -vénlo, antes da assinatura, e9 das renova
(2) ^J,a^o^%i£^—%s—barcas. Armadas,
coordenação geral» inc lus ive da cobertura junto à imprensa s da atribuição dos encargo» de execução aos Ministérios e órgãos interessados*
(3) iÜnlatérfl.o das HelaoSaa Exteriores
assesacramento político-diploraático nas negociações» na assinatura do Convênio e nas suas renovações»
( 4) Minjiet£rt o^das^Mj^s^e^ikerjg&a^J Comissão.. Ka£ional— de JJnerjsia M A M E )
participação com c i e n t i s t a s nucleares*
(5) JSügS&à&p.A Aerozréutioa. direção e fiscalização da execução dos
trabalhos» fornecimento de instalações e
equipamentos» e participação com cientis
tas S pessoal técnico.
(6) ||iSist£r^O£ _%rinha_ejio. |&j|rçi£o_
cooperação com cientistas» peesoal téoni
00 e equipamentos.
5. C01ICLU30E3
5*1 - 0 Governo americano considera o Projeto come de inte
resse para a segurança mútua de ÜSÂ e BRASIL.
SECRETO
| S E C R E T"Õ1 Q&)
5.2 m A participação do BRASIL no projeto é conveniente
desde que atendidas as condições propostas pelo -
EMPA» na forma do presente estudo, Essa participa
çSo brasileira deverá abranger atuações» em seus
campos específicos, da SG/CSN, do EMPA, Ao MSS -
(OWar) e dos Ministérios Militares*
5.3 - A© EMPA caberá a raaüsaçâe dos entendimentos fi
nais para celebração do Convênio e a ooordanaçio
geral da execução peloa Ministérios e drgâos par-
tiolpantsa*
5*4 - Ao Ministério da Aeronáutica caberá a direçSo s a
fiseallsaoSe da execução dos trabalhos» bem como
a contribuiçSo em pessoal» equipamentos s instala
çoes» na forma preconizada pelo EMPA.
5.5 - Aos Ministérios da Marinha» do Exército e ao MME
(CHEN), caberá contribuir em pessoal s equipamen-
tos, na forma preeonisada pelo M U )
5.6 - Ao MIE caberá o assessoramento político-diploma^
eo das negociações finais» inclusive a assinatura
do Convênio*
5*7 - A execução do Convênio nas bases propostas»parti
cularmente as houver sxploraçlo a distorção pela
imprensa» poderá provocar repercussões negativa»
no publico interno» particularmente» se for torna
do publico o OBJETIVO REAL. 0 EMfA deverá ser sn
carregado de coordenar, se necessário» campanha m da divulgaçSo para neutralizar essas repercussões
negativas*
5.8 m Has negociações a serem efetuadas será conveniente earacteriaar o espírito de cooperação do "SBÃ m SIL s a reciprocidade esperada em relação à nossa
Política Kacional As Ensrgia Nuclear para fins pa
oífiooe.
5.9 - As bases propostas para o Convênio, pelo EMFA» e
pelo Ministério da Aeronáutica» na forma do presem.
te estudo, não prejudicam a Segurança Hacional.
[ S E C R E T O
6 . PROPOSTA
p Informar ao Ministério da Aeronáutioa das conclusões coj£
tidas nos ftens 5.2, 5»3, 5.4, 5.5» 5.6, 5.7, 5*8 s 5.9
• âmtorisar o BKB* a realisar as negociações finais para a
execuçSo do Convênio, na foras preoonisada pelo presente
estudo, bes como a efetivar as ÜgaçSes nacesaáriaa com
os Ministérios s órgãos interessados.
• Remeter cópia do presents estudo ao SMFA, oom vistas à
orientação das negociações finais s da execução do Con
vênio.
S E C R E T O
n y/0
AVISO N? OOS-B 3 0 J u n 68
Exce len t í ss imo Senhor Sec re t á r io Gera l do Conselho de Se
gurança Nacional
Tenho a honra de encaminhar a Vossa Excelência a documen
tação anexa (Ofício 228/SEP/CADASTRO, de 21 de junho de 1968, da Direto
r i a do Serviço Geográfico e seus anexos), na qual a VASP AEROFOTOGRA-
METRIA S/A, como par t ic ipante do XI? Congresso Internacional de Fotogra
me t r i a e Xla Exposição Internacional de Fo tog rame t r i a - a s e r e m rea l izados
no período de _08 a 20 de julho do co r ren te ano em LAUSANNE (SUÍÇA) - p r e
tende ap re sen t a r um pequeno t rabalho comparat ivo ent re dois vôos, sobre a
m e s m a á rea , rea l izados com fi lmes P AN C ROM AT ICO SUPER XX e INFRA.
RED.
2. Considerando que a cober tu ra fotográfica em foco es tá
classif icada como °RESERVADA° J solici to o pronunciamento de Vossa Exce
lencia tendo em vis ta a concessão da devida autor ização .
Aproveito a oportunidade p a r a renovar a Vossa Excelência
os p ro tes tos de elevada es t ima e dist inta cons ideração .
Genera l de Exérc i to - ORLANDO GEISEL ô. ( c£ ^ (^^y teral de Exérc i to - ORI
CHEFE DO ESTADO-MAIOR DAS FORÇAS ARMADAS
A Sua Excelência, o Senhor
Gen Bda - JAYME PORTELLA DE MELLO
DD Secre tá r io Gera l do Conselho de Segurança Nacional
wUNàfcLHO SEGURANÇA NÂUUíM*
SIGÍLOSO
fim 9 I ?- 119 £1 Saaretaria-f»r*l
/
\ \
o JLbOCL & V M
IJOA
Ac: J@é. oâ^___
£<P rv
/
oo& 50 AVISO N? -B Jun 88
Excelentíssimo Senaar Secretário Geral úo Conselho de Se
gurança Nacional
Tenho a nonra de encaminhar a Vossa Excelência a docuxneu taçao anexa (Ofício 22B/SEP/CADASTRO, de 21 de junno de Í9Q8. da Direto r ia do Serviço Geográfico e seus anexos), na qual a VASP AEROFOTOGRA-METHtA S/A. como participante do XIV Congresso Internacional de Fotcgra mefcria e Xía Exposição Internacional de Fotogrametria. - a serem realizados no período de $8 a 20 de julho do corrente ano em LAU3ANNE (SUÍÇA) - pre tende apresentar uxa pequeno trabalho comparativo entre dois voost sobre a mesma área, realizados com filmes P A N C E Q M A T I C O SUPER XX e INFRA RED.
2. Considerando que % cobertura fotográfica em foco está classificada como •RESERVADA", Solicito o pronunciamento de Vossa Exce lência tendo cm vista a concessão da devida autorização.
Aproveito a oportunidade para renovar a Vossa Excelência
os protestos de elevada estima e distinta consideração.
General de Exercito - ORLANDO GEISEL CHEFE DO ESTADO-MAIOR DAS FORÇAS ARMADAS
A Sua Excelência, o Senhor Gen Bda - JAYME PORTELLA DE MEL3UQ DD Secretário Geral do Conselho de Segurança Nacional
AVISO N9 -B v Jun 66
Exceientrasiano Senhor Secretário Geral do Conselho de Se
gurança Nacional
Tenho a honra de encaminhar a Vossa Excelência a documeu tação anexa (Ofício 228/SEP/CADASTRO, de 21 de junho de 19S8, da Direto r ia do Serviço Geográfico e seus anexos), na qual a VASP AEROFOTOGRA-METRIA S/A. como participante do XI? Congresso internacional i e Fotogra metria e Xla Exposição Internacional de Fotogrameiria - a serem realizados no período de 08 a 20 de julho do corrente ano em LAUSANNE (SUÍÇA) - pre tende apresentar um pequeno trabalho comparativo entre dois vôos, sobre a mesma área, realizados com filmes PANCROMATICO SUPER XX e INFRA RED,
2. Considerando que a cobertura fotográfica em foco está classificada como "RESERVADA", solicito o pronunciamento de Vossa Exee lência tendo em vista a concessão da devida autorização.
Aproveito a oportunidade para renovar a Vossa Excelência os protestos de elevada estima e distinta consideração.
C/\ General de Exercito - ORLANDO GEISEL
CHEFE DO ESTADO-MAIOR DAS FORÇAS ARMADAS
A Sua Excelência, o Senhor
Gen Bda - JAYME PORTELLA OE MELLO
DO Secretário Geral do Conselho de Segurança Nacional
OJ MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO
DIRETORIA DO SERVIÇO GEOGRÁFICO
Of 228/SEP/CADASTRO.
Rio-de-Janeiro,GB, 21 de JUNHO de 68.
Do Diretor do SERVIÇO GEOGRÁFICO.
Ao ExmC Sr CHEFE DO ESTADO-MAIOR DAS FORÇAS ARMADAS,
Assunto:Utilização de Câmara aérea.
Anexo: a) - Oficios ns.:FG.Dir. 2lZ| e 215/68,aro
bos datados de l6.05.68,da VASP AE ROFOTOGRAMETRIA S.A.
b) - Of. FG.DIR.295/68,de 19.o6.68, da VASP ÂEROFOTOGRAMETRIA S.A,
c) - Of.n. 157-3 - 05.06.68 - E.M.F.A. 4 d) - 2 fotos.
Complementando o processo referente ao pedido
da Empresa VASP ÂEROFOTOGRAMETRIA S.A., de apresentar em LAUSAME-SUIÇA- ,
fotos aéreas de área considerada de caráter RESERVADO, encarainlio a V.Ex& o
Ofício FG.Dir. 295/68, através do qual a solicltante justifica a divergên,
cia entre o requerimento de Licença de vôo - Projeto li/67 - © os dados
constantes do Ofício FG.Dir.21V68,datado de 16.05.68.
EMFA * A I jt 1 i v EC T *£
1 ''*—"•- 2506 ^£í 1
saí
í )*S (MO
J-Cnefs/Gablnato
c
Gen.Div. CARLOS DE MORAES. Diretor do Serviço Geográfico.
• 'T jTg V A S P A E R O F O T O G R A M E T R I A S/A RUA NOVA YORK, 833 T l BROOKLIN PAULISTA
^\£k—• 61-6302 - 61-3524 AÜSA S A O PAULO
/ ^ 2 * M BRASIL
è^CJrl F G ' I ) i r» 29^/68 A
São Paulo, 19 de junho de 1968
Exmo. Sr. Diretor:-
Com referência ao Of.217/SEP/CADASTRO de 10
de junho/1968, dessa D. Diretoria, cumpre-nos informar que a
VASP AEROFOTOGRAMETRIA S/A possue 2 câmaras aéreas de focais
152.32 mm e 152,67 mm..
Quando da solicitação da licença de voo,foi
consignado, entre outros elementos,que o mesmo seria executa
do com a câmara de focai 152,32 mm, a uma altura prevista dew
11.200 pás.
Porém, por motivo de indisponibilidade tran
sitô*ria da câmara aérea citada, o voo foi realizado com a
de focai 152,67'mm., a alturas convenientes de 10.450" e
10.550 pés, sem que tal fato acarretasse, naturalmente,qual
quer prejuízo de ordem técnica ou mudança fundamental da li
cença original.
Certo de ter prestado os esclarecimentos ne
cessários, solicita, respeitosamente, que V.Excia., com a
possível brevidade, determine todas as providências junto ao
EMFA, para a efetivação da autorização solicitada no ante -
rior expediente FG.Dir. 214/68 de 16 de maio do corrente ano.
Renovando a expressão de apreço e conside -
ração, subscreve, mui
<K-
atencio
VASP AEROFOT
ÜBER PERILLO FLEURY-Ten.CeUAv,
- Diretor Presidente - '
Exmo.Sr.
GEN.CARLOS DE MORAES
DD.Diretor do Serviço Geográfico do Exército
Morro da Conceição
RIO DE JANEIRO = GB
D.S
.G.j ;~ • JSM
x. ÓÊP Afq.
pi R\ OKÍtBIO
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
E S T A D O - M A I O R D A S F O R Ç A S A R M A D A S
Ofício ne J..S.Í-.B Rio de Janeiro, GB, O €~ de junho de 1968
Do Chefe do Estado-Kaior das Forças Armadas
Ao Sr Coronel Diretor Interino do SERVIÇO
GEOGRÁFICO
Assunto: Exposição de fotos de área considera
da "RESERVADA*
Referência: Ofício nQ 194/SEP/CADASTRO, de 27
de maio de 1968, dessa Diretoria.
Anexo: a) Ofícios n^s FG.Dir.215 e 214/68, am
bos datados de 16 de maio de 1968,
da VASP AEROFOTOGRAMETRIA S/A;
b) 2 fotos.
Restituo-vos os documentos anexos, tendo em
vista a não identificação da Licença de Aerolevantamento nQ 48/67, sob
a qual foram tomadas as fotos anexadas ao Ofício de referencia.
2. Em complemento, esta Chefia declara que:
- As Licenças de Aerolevantamento são identificadas neste Estado-
-Maior, pelo numero do Projeto, 0 numero da Licença dada, por
essa Diretoria, posteriormente a autorização desta Chefia, não
tem chegado ao conhecimento deste Órgão;
- A Licença de Aerolevantamento relativa ao Projeto nQ 11/67, cons
tante dos arquivos deste órgão e a única, em 1967, que se rela
ciona com a região do Rio TIBAGI, apresenta diversidade de da
dos de voo com os citados no Ofício FG.Dir.214/68, de 16 de
maio de 1968, da Empresa VASP AEROFOTOGRAMETRIA S/A.
3, Em conseqüência, esta Chefia aguarda Vos,
sas informações a respeito, a fim de poder decidir sobre o mérito do
assunto contido no Oficio de referência.
sneral de Exercito - ORLA General de Exercito - ORLANDO GEISEL
Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas
oec/ 2.» • • * 4.»
- " •
- * * -
' v T 5 * ^ .
* * * Q
VASP AEROFOTOGRAMETRIA S/A
FG tDjr t£Lf,/6$
RUA N O V A YORK, 833 B R O O K L I N P A U L I S T A
61-6302 - 61-3524 S Ã O P A U L O
B R A S I L
São Paulo, 16 de maio de 1 968.
Exmo. Sr. Diretor:
A VASP AEROFOTOGRAMETRIA S/A., tendo em vig,
ta o próximo Congresso Internacional de Fotogrametria na SÜIÇA, -/
preparou um pequeno trabalho comparativo entre dois vôos sobre a
mesma área, realizados com filmes PANCROMÁÍICO SUPER XX e INFRA- /
RED.
Como a cobertura fotográfica foi classifica,
da de "RESERVADA" (Parte nC 02/SEP/3 de 05 JAN 68), estamos em ane
xo encaminhando expediente, solicitando autorização para expor no/
referido Congresso as fotos relativas a essa cobertura.
Sendo assim, solicitamos a V.Exa., as provi
dencias necessárias junto ao BMFÁ para que seja concedida tal auto.
rizaçao.
Renovando a expressão de nosso apreço, subs.
crevemo-nos,
Exmo. S r . Gen. DIRETOR DO SERVIÇO GEOGRÁFICO DO EXÉRCITO Morro da Conceição RIO DE JANEIRO = GB
Atenc i^sameí^ce VASP ÃEROFOTOGaMffiTRIA S/A.
<^i^ TéL^jjU /Z/l 3ER PERILLO FLEURY « a j . Av. ™7
ÍSSÍ-o Q
A f l .
X.
Atq.
0EK,
H l l I l K í i DO SBHTIÇI BK08KÍF1C8
P8OTOC0 8BRVIÇO DO COR
MT
o. ft %£
VASP AEROFOTOGRAMETRIA S/A
? FG.Dir.21il/68
RUA N O V A YORK, 833 BROOKLIN PAULISTA
61-6302 - 61-3524 SÃO PAULO
BRASIL
fí
São Paulo, 16 de maio de 1 968,
Exmo. Sr, General:
A VASP AEROFOTOGRAMETRIA S/A., convidada à
participar do Xia Congresso Internacional de Fotogrametria e XI*
Exposição Internacional de Fotogrametria, a serem realizados no
período de 8 a 20 de julho do corrente ano, em LAUSANNE - SUÍÇA,-
vem por meio desta informar a V.Exa. que enviara uma equipe ao re
ferido conclavs, como pretende também apresentar um pequeno trab&
lhoo
Trata-se, este trabalho, de uma comparação
entre 2 vôos realizados, por nossa Empresa, na área do Rio Tibagi
- PR.
Os dados referentes a esses vôos e que se
riam apresentados no XI2 Congresso resumera-se no seguinte:
País: BRASIL
Região: RIO TIBAGI
Ano : 1967
Aeronave
Altura de vôo
Velocidade da Câmara
Abertura do Diafragma
Focai
Filtro
Temperatura
Condições, Metereologicas
Aproveitamento para Restituição
Comparação entre vôos
INFRA-RED
Beaver Monomotor
10.ZJ50 pés
1:220
11
152,67 mm
700
10° Bruma muito forte
100$
PANCRQMÍTICO SUPER XX
Beaver Monomotor
10.550 pés
1:150
11
152,67 mm
500
70°
Bruma forte
0%
VASP AEROFOTOGRAMETRIA S/A
FG.Dir.2lZ|/68-fls.2
Tendo em vista que estes dados nos induzem
ao emprego eficiente do filme INFRA-RED nas condições adversas cjl.
tadas, bem como para a finalidade de Aerolevantamento, e por se
tratar de uma experiência pioneira neste País} julgamos ser de in
terêsse geral a sua divulgação.
Temos ainda a informar a V.Exa., que a re
ferida cobertura aerofotografica foi classificada por essa Direção
como área "RESERVADA" conforme Parte ne 02/SEP/3 de 5 de janeiro-
de 1968, pertinente à Licença de Aerolevantamento nO Í4.8/67.
Sendo assim, solicitamos a V.Exa. a devida
permissão para que a VASP AEROFOTOGRAMETRIA S/A., possa apresen-/
tar no Xíc Congresso Internacional de Fotogrametria os resultados
dos trabalhos ja referidos.
Sendo o que nos ocorre no momento, aprovei
tamos o ensejo para apresentar a V.Exa., os nossos protestos de
estima e elevada consideração.
Exmo. Sr. Gen. do Exercito
CHEFE DO ESTADO MAIOR DAS FORÇAS ARMADAS
RIO DE JANEIRO • GB
RUA N O V A Y O R K , 833 B R O O K L I N P A U L I S T A
61-6302 - 61-3524 S Ã O P A U L O
B R A S I L
DCC/ afc.~
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CONSELHO DE SEGURANÇA NACIONAL
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
:ONSELHO DE SEGURANÇA NACIONAL
S E C R E T A R I A G E R A L
PARTE NQ 3i>. 2S/68 Brasilia, DF
Em 9 de julho de 1968
Do: Cel COVAS PEREIRA, CH 2S-SG/CSN-BSB
Ao: Sr Cel BELLAS, CH GAB SG/CSN
Assunto: Aerofotogrametria - exibição
de fotografia na área do rio
TIBAGÍ - PR
1 - A falta de elementos não permite a esta Seção proce
der a um estudo cuidadoso que nos permita opinar com segurança sS
bre a conveniência ou não da exibição das fotografias da área do
rio TIBAGÍ, no Estado do Paraná, em um Congresso de Fotogrametria
em LOUSANNE (Suiça).
Esta Seção não possue em seus arquivos nada que in
dique sobre as razoes que motivaram a classificação de "Reserva -
do" para a cobertura fotográfica em tela.
2 - Entretanto, o exame atento das fotografias e a loca
lização da área, os motivos apresentados pela VASP AEROFOTOGRAME
TRIA S.A. nos induz a admitir que:
- ha um interesse apenas técnico na divulgação das
fotografias;
- não ha inconveniente, quanto a Segurança Nacional,
na exibição das mesmas.
3 - Assim, restituo a V.S. o presente expediente dada a
urgência do mesmo, visto que o Congresso Aerofotogrametrico ja se
iniciou dia 8 de julho de 1968, e sugerindo que, salvo melhor ava
liação do EMFA, em vista do Projeto 11/67 e dos motivos que deter
minaram sua classificação, nada leva a crer seja Inconveniente a
exibição das fotografias aéreas em causa.
~— \/U~ V*~í V JC MARIA COVAS"PEREIRA - Cel
C ~ y ~ C CH 2S-SG/CSN-BSB
li/j
9 MINISTÉRIO DOS T R A N S P O R T E S
Divisão de Segurança e Informações
!PfílCAMINHAMENTO 3 9 Cl dSSlhCdÇdO N Í55 /68 -DSI D-ta • 4/fr/68
Assunto : Expedição do Geographical Magazine
Refe rencia : Prazo pard atendimento : dté
Difusão desde a origem
istinatários: CSN
Conselho Nacional de Pesqui sas .
Compareceu a este Ministério um representante da Embaixada
Britânica, solicitando que fosse designado um representante do
Ministério dos Transportes, para acompanhar a Expedição Geogra
phical Magazine no percurso fluvial entre Manaus e Puerto Or-
daz (Venezuela).
Anteriormente, o Conselho Racional de Pesquisas vetou o
projeto no seu aspecto científico, deixando em aberto o aspec
to de transporte, de vez que o trajeto seria realizado por uma
embarcação H0VERCRA7T.
A documentação anexa, oo*plementa a solicitação do repre
sentante inglês.
Por achar que o assunto está inteiramente ligado à Seguran
ça Nacional, submetemos o mesmo à apreciação desse Conselho»
AUGUSTO CÉSAR DE Si ROCHA MALA
Ten Cel - Diretor da DSI
S1CILOSO .
Imp Da Seção Grâííci do PNEF
50
Oí. n° V ., f- Em e abril de 1968
Presta esclarecimentos sobre a expedição do Geographi< Magazine.
Senhor Ministro de Estado
0 Conselíio Nacional de Pesquisas em 3-3-68 rece
beu exposição do Departamento Cultura] e de Informações do Mi
nisterio das Relações Exteriores, encaminhando requerimento do
Geographical Magazine para empreender expedição ao Brasil.
2. A expedição em causa consistia na viagem de
Hovercraft tripulado por biólogos, botânicos, geomorfologistas
e dois representantes de uma revista ilustrada brasileira,
3. Teria início em abril e percorreria, a partir de
Manaus, até o Puerto Ordaz, na Venezuela.
4. Em 18-3-68, a Comissão designada pelo Conselho
Nacional de Pesquisas, apreciando o pedido feito pela Geogra
phical Magazine, encarou-o sob dois aspectos: um programa ei
entífico, que examinado pareceu omisso no planejamento e nor;
0^
A Sua Excelência o Senhor Coronel Mario David Andreazza
DD. Ministro de Estado dos Transportes.
,' > " j {b %
l }J! /1968-2.
detalhes e, por esse motivo, foi recusado; um objetivo de expe
rimentar equipamento de transporte e que por essa razão, deverá
ser apreciado pelos órgãos competentes.
5.
rêsse do M
/ transporte
tar a" pres
o deslocam
deverá imp
tendia rea
Pesquisas.
Assim sendo, Senhor Ministro, caso seja do inte
itério dos Transportes o ensaio de um novo meio de
a a Região Amazônica, tomo a liberdade de solici-
de um representante de Vossa Excelência durante
do equipamento em território brasileiro, o qual
a coleta de dados que o Geographical Magazine pr£
• e que foi recusado pelo Conselho Nacional de
Valho-me da oportunidade, Senhor Ministro de Es
tado, para renovar a Vossa Excelência os protestos de elevade
estima e distinta consideração.
;W Antônio Moreira Couceiro
Presidente
HKC/CSL
À i D E :,: E :: o i R E
Expedição "Hovercraft" * • • — - —
Em Janeiro de 1968 foi feita uma solicitação por parte da Geographical Magazine of Britain ao Ministério de RelaçOes Exteriores , realização de uma expediçfio científica de Manaus à San Felix na Venezuela por Hovercraft.
solicitação foi passada para o Conselho nacional
de Pesquizas que negou autorização para esta expedição científica mas indicou o Ministro do Interior p.ra a concessão de uma simples licença de transito para que o Hovercraft pudesse passar pelo percurso programado.
O Embaixador ^ri * -se com o Ministro do Interior no dia 26 de março ocasião em que solicitou a licenza de transito para que o Hovercraft auto-locomovido, pudesse deixar Manaus no dia 10 de abril, calculando-se a sua chegada em Cucui na fronteira venezuelana para o dia 15 de abril. Representantes da SUDAM e o do Ministério da Marinha foram convidados para acompanhar a expedição. (Anexo à esta a carta do Embaixador de 26 de março à Sua ExcelÔncia, o General Albuquerque Lima.)
0 Ministro concordou em estudar o assunto, mas a Embaixada de Sua Majestade Britânica foi agora informada pelo ívlinistério, que o mesmo, antes de conceder uma licença de trânsito para o Hovercraft passar por aquSle local, desejaria se entender com o Ministro de Transportes. A Embaixada de Sua Tíajestade Britânica ficaria muito grata se Sua Excelência o Ministro de 'Transportes tivesse a gentilSza de indicar ao Ministro do Interior sua recomendr para a concessão de uma licença de trânsito para a expedição,
Embaixada da Grâ-Uretanha,
Rio de Janeiro.
29 de ciar sa àm
BRITISH EMBASSY,
RIO m JANEIRO,
£3 de março de
Excelência,
Creio que Vossa Excelência já deve estar ciente a que a "Geographical Magazine of Britain", pretende enviar usa expedição & Hovercraft, devendo esta viajar em abril do corrente ano, de Manaus à San Pelix, na •'"-•• zuela. Vossa Excelência tôve a gentileza de x^ceber o Sr. Smithers, diretor da expedição quando de sua visita ao Rio em fevereiro, ocasião em que Vossa Excelência expressou grande interesse pela excursão.
Como esperamos que a expedição parta de Manaus no dia 10 de abril, os patrocinadores estSo anciosos para obter, o mais cedo possível, autorização oficial do governo brasileiro, üfa pedido para obter para a expedição uma autorização científica 8 que foi enviado ao Ministério das Relações Exteriores em janeiro, infelizmente foi negado pelo Departamento Nacional de Pesquisas, que ê* um orgSo recém desi ) para estudai* tais solicitações científicas. Soubemos, todavia, que o Departamento Nacional ã& Pesqu.i enviou à Vosso Ministério a solicitação para licença úe trânsito do Hovercraft pelo percurso proposto.
Os patrocinadores pretendem < remar a expedição de acordo com a decisão do Bepartameeto Nacio;^!, de Pesquisas BIS vista do programa pefore.- >. 0 Hovercraft, auto-locomovido, partiria át. ; no dia 10 de abril, sendo esperado e rontai: Venezuelana dia 15 de abril.
/Os
• ' Excelência General Albuquerque Lima,
Iftte?
(M
- Ó
Os patrocinadores ficariam ainda muito satisfeit com a presença de representantes brasileiros para acoBpanbâ-los até á fronteira venezuelana. icou* entendido que Vossa Excelência já nomeou o Coronel Igrejas Lopes da SUDAM para representar o r.Iinistério do Interior junto à expedição e que o Ministério dí deve nomear um hidrógrafo naval.
vista do acima, muito agradeceria Vosso. Excelência conceder uma licença de trânsito assim como despacho alfandefário para esta expedição.
Aproveito a oportunidade para reiterar meus prot do mais alta estima e consideração.
(John Bussell) Snbaixador de Sua Majestade
Britânica
Ú
C0NF1DE8C1AÍ
Ofício m P 3 ítowZiti 74* «i*. « , ^ / V / 4 I
Pe Cet Cfwtfe ato <kàòiete Air S* QJüuto* da V$1fUini&thUo do*
kuwvtet txptdltâo do Qtaatapkital Honorfne
0 exptÂUntt tmminkado At titítrt ao tramito m iaua* {IUVAUA broAUtiroA, mo trecho dt UAMAUS a CüClfl, previsto pata o período dt 10 a 15 dt abrJJt prãximi, por um embarcação tipo Mover e*a(t britânica qat transporta orna expedição da Gtographieal Uagazine oi Britain".
t. 0 aiAunto /« iol apreciado ptto Con&elko Uaciaml dt fuouiAOA out dtu pareceA conttâUo ao programa &ÍtntZ$Í£.o da expedição por mo haverem oi intertAAadoé aprtAentado dttathtA t planejamento oofe ouadei.
I . 0 txptditMtt foi estudado, em êtguida,peto Ministério do interior out demonstrou interesse na realização da rt(erijda visam, tando pana IAAO dtUgmdo o Coronel Igrejas Lopes, da SUOAM,como seu rt presentante t entrou tm ílgatao tom o Ministério da Marinha pana provi dencia semelhante poK parte daquele Ministério,
4. Cremos, portanto, que a Segurança Nacional tstarâ htm resguardada, faltando apenas, qat tAAe Ministério st pronuncit,no culto
'F1DEICIAL REFERÊNCIA
Espieis,
~**"~~~nCT~i—iii ii - ri ' - i 1. \ - . .
ÜOf IBEiCiÀl j
eifwço «fe í©"pc «ue *e*.í«, do «et* 4***Aêwe «• pcuitàUpa* diAeXa ou in diA&tmextt da KtivUda expedição.
kpKoveito a oportunidade, paum KIHOVCLA. a Vou* Sertho^
Kia o* pnottÂtoi de, utbm e dJUtixta coiuideAaçao.
-/? JOSÉ UACHJéO 8EUAS - Cornei
Cheie do GábineU x
*
• j M É B > M M M | É M M — — M É — — I MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
DIVISÃO DE SEGURANÇA E INFORMAÇÕES
Ofício nfi /DSI n
Em n de abril de 1968
Do Diretor da Divisão de Segurança e Informações
Ao Sr» Cel José Machado Bellas
M.D. Chefe do Gabinete da Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional.
Assunto: Expedição do Geographical Magazine.
Este Ministério, estudando os objetivos e interesses
que a Expedição do Geographical Magazine poderia despertar na
área de nossas atividades, não encontrou de imediato, razões
diretas ou indiretas, que motivasse a designação de um repre
sentante para participar do projeto.
Aproveito a oportunidade para renovar a V.Sa. os pro
testos de estima e consideração.
Augusto Cesar"d« Sá Rocha Maia
Ten Cel - Diretor da DSI
/**
/
A^$ç-~&~~ ^ J J L u . ^ cM. ^ T f — t
Ref. P r o c . 155/68-DSI/MT. RMRM/mlsd.
ivM&LHO SH3UKANÇA MAUU^
S»oretarí»-G«r*l
Lfb&
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES Divisão de Segurança e Informações CONFIDENCIAL st
TiPo:INPORME NC 65 Cl assiricaçao B-2 N.° 155/68-DSI Data. 23 /4 /68
Assunto: Expedição do GEOGRAPHICAL MAGAZINE
Referência: Encaminhamento nfi 39/68-DSI/MT. Prazo para atendimento : '©•» r-i
Difusão desde a origem: D S I / M T . Iiil f Diviai* «V \ - ^ i
Destinatários: SG/CSN - S N l / A R J
A expedição teria partido de Manaus (AM) no dia 10/11 do corrente e
era composta além do Cel IGREJAS LOPES, Cap Corveta MANOEL DE OLI -
YEIRA PEREZ e do prático SOARES dos seguintes membros:
- ARTHUR HELLIWELLROBIN HANBURY TENISON
- BRIAN BRANSTON
- CONRAD GORINSKY
- DAVID HARRIS
- DAVID SMITHERS
- DOUGLAS BOTTING
- GRAHAN CLARK
- HANBURY TENISON
- HENRY FARRAR
- JAMES SWEENEY
- JESCO VON PUTTKAMER
- JOHN TORNES
- JOHN HOYLAND
- JÚLIO CASTILLO (venezuelano?)
- MICHAEL ÉDEN
- FETER SMITH (Roayal Navy?)
- ROBERT SAUNDERS
- STÜART SYRAD
Tinha previstas paradas nas localidades de MOURA - TAHJCURUARA -
UAPES.
x-x-x-x-x-x-x
ÁtftóaHO StGURANÇA NAuH#*M |
SIGILÜSO
OnAãjJ—119. &L S*oret»rit-8«r»l
Augusto Cezar de Sá Rocha Maia
Ten Cel - Diretor da DSI
Imp, na Seção Gráfica do DNEF
^ 2 ^ ' ^
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
EXEMPLAR Nfi
1
i 2 .<?^ ^
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
A P R E S E N T A Ç Ã 0 — c — — a a s — — — s • i— 1 m
A Comissão Especial, criada pelo Decreto n9 62024 de 29 de d_e
zenbro de 1967, encerra as suas atividades de contactos, pesquisas, estudos e
sugestões sobre a politica estudantil, apresentando este Relatório.
Estruturou o seu trabalho final dividindo-o en quatro partes:
- histórico das atividades da Comissão;
J- pontos críticos do sistema educacional que interferem
com a política estudantil;
- conclusões;
- anexes.
E justamente na 2a. parte - pontos críticos - que a Ccnis
sao procura caracterizar cs "nos de estrangulamento" que impedem sejam supera,
das as deficiências do sistema atual, abrindo perspectivas novas para a "Educa
ção Brasileira".
A missão a nos atribuída foi de grande magnitude.Em 89 dias de
trabalho fizemos o que pudemos. Mantivemos contactos constantes com administra
dores, mestres e alunos. Estudamos e tvaditamos muito. 0 que oferecemos como li
nha geral de solução para romper os "pontos críticos", vale por uma proposta
de abertura conjuntural para as grandes soluções definitivas do futuro.
Lemos e analisamos o Programa Estratégico para a área da Educa
ção, em três volumes, elaborado pelo Ministério do Planejamento e Coordenação
Geral. Opinamos que a execução desse Programa, de grande alcance, so se torna
rá possível se forem removidos, prioritariamente, os "pontos críticos" aponta
dos.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA 2.
Ao entregar este Relatório desejamos apresentar os nossos agra_
decimentos ao Exm9 Sr Ministro da Educaçac e Cultura, Deputado Tarso Dutra, pe_
Io espontâneo e completo apoio que deu aos trabalhos desta Comissão. Sua Exçe
lencia abriu-nos todas as portas de seu Ministério e nos lhe oferecemos,açora,
a nossa contribuição.
Rio de Janeiro, lâ maio de 1968
CARLOS DE ME"lKA MATTOS Presidente da Comissão
Gen Bda
HÉLIO DE SOUZA GOMES - PÍofesso^ v HÉLIO DE SOUZA GOMES - Pft>fessoi Diretor da Faculdade de Direito da
Universidade Federal do Rio de Janeiro
TjQRGE B0AVEOTURÃ.1>Ê~ SOUZA Ê SILVA - Professor Diretor-Geral do Departamento Nacional de Educação
ÍLJU ^SS^JJ^ CARLOS AGAPITO Promotor
EIGA - Doutor
WALDIR DE VASCONCELOS Cel-Av Secretaria-Geral do Conselho de
Segurança Nacional
Ca*
l»__l__á__g__5.
H I I I O I I O O
DECRETO N9 62.024 - DE 29 DE DEZEMBRO DE 1967
Institui Comissão Especial para propor medidas rela
cicnadas com os problemas estudantis.
0 Presidente da Republica, usando da atribuição que lhe
confere o art 83, item II, da Constituição e
- considerando que ao Ministério da Educação e Cultura cçm
pete a gestão da política estudantil, no País, e
- considerando a necessidade de serem coordenadas as medi
das decorrentes da aplicação das diretrizes governamentais, com vistas à solu_
çao dos problemas estudantis, decreta:
Art. 19. Fica instituída Comissão Especial, nc Ministério da E
ducaçao e Cultura, com a finalidade de:
a) emitir parecer conclusivo sobre as reivindicações, te
ses e sugestões referentes as atividades estudantis;,
b) planejar e propor medidas que possibilitem melhor apli
cação das diretrizes governamentais, no setor estudan
tilj
c) supervisionar e coordenar a execução dessas diretrizes,
mediante delegação do Ministro de Estado.
Art. 29. A Comissão será constituída pelos Senhores Coronel Car_
los de Meira Mattos, do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra, Doutor
Hélio de Souza Gomes, Diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Professor Jorge Bcaventura de Souza e Silva, Diretor da Di
visac de Educação Extra-Escolar do Ministério da Educação e Cultura, Doutor
Affonso Carlos Agapito da Veiga, Promotor e Coronel-Aviador Ifeldir de Vascon
celos, da Secretaria-Geral do Conselho de Segurança Nacional, sob a presideii
cia ô.o primeiro.
Parágrafo único. Os membros da Comissão desempenharão
suas atribuições sem prejuízo de suas funções normais nos orgaos em que ser_
vem.
,<?\ Â^ttz**^
Art. 39. O Ministério da Educação e Cultura devera fornecer o
material e pessoal necessários ao funcionamento da Comissão.
Art. 49. A Comissão submetera à aprovação do Ministro de Estji
do o seu regimento interno.
Art. 59. Este decreto entrará em vigor na data de sua publica
çao, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 29 de dezembro de 1967; 1469 da Indenenden
cia e 799 da República.
A. COSTA E SILVA
Tarso Dutra
£60
1. HISTÓRICO
1.1 Criação
A Comissão Especial para Assuntos Estudantis foi criada pelo Deere
to n9 62.024, de 29 de dezembro de 1967, que definiu sua competên
cia, designou os membros que a comporiam e determinou as medidas ne
cessárias ao seu funcionamento.
1.2 Instalação e normas de funcionamento
A Comissão acima referida teve a preocupação de se instalar e traba
lhar com um mínimo de despesas. Aproveitou, assim, dependências de
órgão do Ministério da Educação e Cultura e pessoal também vinculja
do ao aludido Ministério, ao qual apenas concedeu gratificação, por
serviços prestados, conforme autorização expressa do Sr Ministro,
constante do Processo n9 GM 1026/68.
Lo^o no inicio de suas atividades, a Comissão elaborou um anteprojjs
to de Regimento Interno, regulamentando o seu funcionamento, encand
nhando-o ao Sr Ministro, em 27 de janeiro. 0 referido anteprojeto
foi aprovado em 19 de março e publicado no Diário Oficial de 29 de
abril.
1•3 Período de Funcionamento
Visando ao cumprimento imediato da honrosa tarefa de que foram in
cumbidos, os menbros da Comissão deram início aos trabalhos decor_
rentes da vigência do Decreto n9 62.024/67, realizando duas sessões
preparatórias até a data de 11 de janeiro, quando ocorreu a posse
de seus membros, em solenidade presidida pelo Exn9 Sr Ministro da
Educação e Cultura, Deputado Tarso Dutra.
No decurso de 89 dias de exercício pleno de suas atribuições, de
11 de janeiro a 8 de abril do ano em curso, quando o Sr Presidente
da Comissão, em ofício dirigido ao Sr Ministro, informou estar con
cluída a parte fundamental dos estudos de que fora encarregada a Co_
missão, realizaram-se 30 sessões ordinárias e uma sessão extraord L
naria, alem das duas sessões preparatórias ja mencionadas anterio_r
mente.
Estudos Realizados
Anuidades Escolares
Pareceu conveniente a Comissão qua fossa adotado, pelo MEC5
um critério uniforme de cobrança de anuidades escolares r>ara matrí
cuia nos estabelecimentos oficiais federais de ensino superior. SIÍ
geriu., então, ao Sr Ministro, após apreciação do assunto na reunião
preparatória de 10 de janeiro, as medidas nue lhe pareceram mais in
dicadas a disciplinaçao do assunto (Anexo n9 1), e que visaram a M
pedir que o assunto continuasse a ser explorado como foco de agita.
çao durante todo o ano escolar.
Restaurante Central dos Estudantes
Um outro problema estudado foi o relativo ao Restaurante Cen
trai dos Estudantes, mais conhecido como Restaurante do Calabouço.
Com o objetivo de encontrar uma solução para o caso, a Comissão, Io
go após sua instalação, tomou as seguintes providências;
Procurou entendimentos com as autoridades envolvidas no e.s_
sunto, com o fim de obter uma coleta de dados básicos para
o desenvolvimento do trabalho, mantendo contatos, com o Sr
Governador da Guanabara, cem o Secretario de Obras r.o mesmo
Estaco e com o Presidente da COBAL, recebendo, deste ultimo,
relatório circunstanciado a respeito da situação do aludido
restaurante e de outras atividades que lá vinham sendo de.
senvolvidas.
2
Solicitou, posteriormente, a Secretaria de Obras do Esta
ão da Guanabara, um levantamento das obras necessárias ã
recuperação das instalações do restaurante, tendo o refe
rido orgao orçado as despesas respectivas em cerca de oi_
tenta mil cruzeiros novos.
Procedeu, por intermédio de un de seus membros,a vistoria
das instalações do Restaurante, da qual foi feito relato
rio, onde se destacou a precariedade daquelas instalações
eytambém, a circunstância de parte do prédio a ele desti
nado, estar ocupada pela Administração dos Estudantes do
V
Calabouço (AEC), pelo Instituto Cooperativo de Ensino(IÇE)
_e por lojas diversas, alugadas a terceiros, pelos usuários
âo restaurante citado.
Elaborou minuta de termo de cessão, em comodato, para ser
celebrado pelo Governo de Estado da Guanabara, de um lado,
e o Ministério da Educação e Cultura e a Companhia Brasi,
leira de Alimentos (COEAL) de outro.
Propôs, em 14 de fevereiro, ac Sr Ministro da Educação e
Cultura, duas alternativas de soluçar para o caso do Res_
taurante Central dos Estudantes (Anexo n9 2), uma visando
/o fechamento • dele I e outra sugerindo a sua recuperação
e a normalização de seu funcionamento.
Vestibulandos Excedentes
Adiantando-se ao crônico problema dos excedentes, a Comis
são procurou fazer um levantamento, em âmbito nacional, do numero
de vestibulandos que se considera classificado fora das vagas exis
tentes e, embora com dados reduzidos, pôde formular tentativas de
soluções para o ano em curso e os vindouros.
Para elaboração de um planejamento decenal com previsão &
numero de vagas proporcional, pelo menos, ao crescimento vagetati
vo da população, pareceu a Comissão sar aconselhável a organiza_
çao de cursos em vários turnos, com base em horas-aulas e perío
dos de férias mais reduzidos, garantindo-se sempre o atendimento cb
dispositivo da L.D.B., que exige seja o ano letivo de 180 dias de ,_ « ~
trabalho escolar efetivo.
Objetivando una solução riais imediata para a matéria, apre_
sentou a Comissão, ao Sr Ministro, em 21 de fevereiro,duas linhas
de ação para a questão dos Excedentes (Anexo n9 3).
A fira de impedir que continue a haver confusão e frustra
çao entre os chamados Excedentes, a Comissão dirigiu-se ao Sr Mi
nistro, em 22 de março, sugerindo a conveniência de o Sr Ccnsul
tor Jurídico do MEC oferecer parecer sobre a validade do direito
de matricula dos Excedentes de 1967, no corrente ano (Anexo n9 4).
Cumprimento de dispositivos da L.D.Bo no superior interesse de en
sino
Procedendo a um estudo da Lei de Diretrizes e Bases da E
ducaçao Nacional, a Comissão achou oportuno sugerir ao Sr Minis
tro, que as Universidades e Institutos isolados fossem lembrados
sobre o disposto nos artigos 18, 72 o. 73 da Lei n9 4024, de ....
20.12.61, assim como no Decreto n9 60.841, de 9.6.67, que expres
sam um sentido altamente preservador da eficiência do ensino (Ane
xo n9 5).
Observando no setor universitário um clima de falência de
autoridade, que, no entender da Comissão, pode ter sua origem no
próprio sistema estabelecido pala L.D.B., foi encaminhada,pela Co
missão, ao Sr Ministro, en 8 de abril, uma exposição de motivos
destinada a recondução das escolas superiores ao regime da ordem
administrativa e disciplinar (Anexo n9 6).
Recebendo do Sr Ministro a incumbência de examinar as gra
ves irregularidades de ordem disciplinar ocorridas na Faculdade de
Ciências Econômicas e na Universidade Federal de Minas Gerais, es_
ta Comissão opinou pelo encaminhamento do assunto ac Conselho Fe
deral de Educação, em exposição de motivos submetida, em 18 de mar
ço, a apreciação da referida autoridade ministerial (Anexo n9 7)„
4
En face da exposição que lhe foi encaminhada pela Associa
ção de Professores Licenciados de Minas Gerais (APLIMIG) a respei
to da falta de cumprimento de dispositivo da L.D.B.,no que respejL
ta à nomeação de professores, por parte do Governo do Estado de ML
nas Gerais, a Comissão examinou o assunto e encaminhou-o, em 26
de março, com seu parecer e sugestões a Diretoria de Ensino Secun
dário (Anexo n9 8).
1.5 Apreciação de Assuntos Diversos
1.5.1 A Comissão apreciou os estudos técnicos realizados pelo
IPEA a respeito das medidas atínentes à duplicação do número de
matrículas em Faculdades de Medicina, sen alteração substancial
das respectivas estruturas. A base dessas estudos a Comissão levan
tou dados reais referentes a capacidade ociosa, que muito lhe sejr
viram na proposição e sugestão de medidas contidas neste Relatório.
1.5.2 Estudando o processamento de concessão de autorização pa_
ra funcionamento de Universidades e Escolas isoladas, concluiu a
Comissão pela necessidade de serem revisados os criterio.3 que ori
entara o funcionamento das unidades escolares de ensino superior,
uma vez que vem sendo dada permissão para instalação de Faculda^
des em localidades onde já existem instituições destinadas ao mes
no fim e que, pelo numero de seus professores e capacidade de suas
instalações,comportariam maior numero de alunos, com substancial
economia para o erário público.
1.5.3 Com relação ao ensino superior que, no Brasil, vem sendo
ministrado gratuitamente, ao contrario do que sucede em outros pai
ses mais adiantados, onde so o ensino primário e o ensitío médio o
são, pareceu aconselhável, a Comissão, que medidas viessem a ser
implantadas no tocante a cobrança de taxas daqueles que estão em
condições de arcar com a responsabilidade do custeio de seus cuj_
5
<2U,
sos superiores, tudo de conformidade com os preceitos constitucio
nais.
1.5.4 Examinando a questão relativa a remuneração c.o magistério,
foram debatidos os aspectos concernentes a necessidade de serem,
os professores, mais bem remunerados a fim de que se sintam esti
mulados a dedicar-se exclusivamente ao ensino, e a se aperfeiçoa_
rem.
1.5.5 Observou, ainda, a Comissão, que existem, no MEC, vários
órgãos encarregados de editar, publicar, comprar e distribuir li
vros, dando a impressão de haver um certo desperdício financeiro
e falta de articulação na escolha dos assuntos atinentes aos ái
verses ramos da Educação e da Cultura, parecendo-lhe oportuno se_
ja o assunto examinado quando da elaboração dos trabalhos relati
vos a reforma administrativa deste Ministério, conforme sugere no
item 2.2 deste Relatório.
1.5.6 Apreciou, também, a Comissão, o Programa Estratégico para
o Desenvolvimento, do Ministério do Planejamento e Coordenação G_e
ral, enfatizando a sua imediata aplicação.
1•6 Orientação de Movimentos Estudantis
1.6.1 0 Presidente da Comissão manteve diversos contatos, em
mais de uma unidade da Federação, com entidades estudantis e rece
beu, na sede da Comissão, a visita de representantes de várias ou
trás, que demonstraram seu interesse era cooperar com ela no
sentido de serem compreendidas e atendidas as reais aspirações da
mocidade estudantil. Igualmente recebeu ofícios e cartas de inúrne
ras organizações estudantis oferecendo sua colaboração e suas
observações sobre problemas da classe.
6
\h®Q
1.7 Gestões do Presidente da Comissão
1.7.1 Por intermédio do seu Presidente, a Conissao manteve con
tato com o Sr Ministro da Fazenda, a fim de que fossem liberadas
as verbas referentes acs convênios firmados com as Universidades,
em 1967, e destinadas a matricula de estudantes excedentes. Igua L
mente obteve do Sr Ministro da Fazenda a promessa de que seria a£
sinado, imediatamente, o aval necessário ao recebimento de dois
milhões de dólares oferecidos por um grupo de bancos norte-aneri
canos, por iniciativa do Dr Nelson Rockfeller, para conclusão das
obras c\o Hospital das Clínicas da Cidade Universitária (Ilha do
Fundão).
1.7.2 Ainda junto ao Sr Ministro da Fazenda, foram feitas as ges
toes necessárias a efetivação do processo de compra e a pronta ocu
pação do imóvel da Avenida Chile, adquirido pela U.F.R.J.,para lá
instalar a Faculdade de Letras.
1.8 Visitas da_ Comissão
1.8.1 A Comissão visitou a Cidade Universitária na Ilha do Fun
dão. Recebida pelo Reitor, Dr Raymundc Moniz de Aragao, e memtros
daquela cúpula universitária, pôde aquilatar das atividades e o_
bras em andamento no local, verificando, desde logo,que todo o es_
forço deve ser exercido no sentido da rápida conclusão dos Cen
tros de Tecnologia e Ciências Bio-Medicas, cujo funcionamento vi
ra aliviar as duas áreas de ensino mais congestionadas neste Esta
do. Terminadas as obras da cidade universitária um total de trin
ta mil jovens poderá nela estudar.
1.9 Entrevistas do Presidente e dos Membros da Comissão
1.9.1 0 Presidente da Comissão entrevistou-se com os Srs Govejr
nadores dos Estados de Sao Paulc, da Guanabara e da Bahia e foi
7
recebido, em audiência, pelo Sr Ministro da Educação e Cultura di_
versas vezes, tratando de vários assuntos relacionados com os in
terêsses da política estudantil. Per ocasião dos acontecimentos
ocorridos no Restaurante Central des Estudantes, na noite de 28
de março, o Sr Presidente, acompanhado de outros membros da Comis
são, compareceu, juntamente com o Sr Governador da Guanabara e o
representante da COBAL, à reunião presidida pelo Sr Ministre da
Justiça. Posteriormente, para exame da situação do referido r es
taurante e no sentido de ser ele fechado e instituídas, em Deere
to, Bolsas de Alimentação a estudantes carentes de recursos,entre
vistou-se o Sr Presidente com o Sr Ministro da Educação e Cultura.
Muitas outras autoridades relacionadas com o ensino, espe_
cialmante os Reiteres de Universidades Federais e particulares ti
veram audiência com o Sr Presidente da Comissão.
1.9.2 Os Srs Membros da Comissão também foram solicitados a co
laborar com autoridades e pessoas que os procuraram pessoalmente,
para pedir-lhes orientação ou oferecer-lhes sugestões e participa
ram de reuniões havidas com o Sr Ministro da Educação e Cultura,o
Sr Ministro da Justiça e o Sr Governador da Guanabara.
1.9.3 Representando a Comissão, um de seus membros,o Prof Jorge
Boaventura de Souza e Silva, foi a Brasília, em 27 de março, para
entender-se com o Sr Ministro da Educação e Cultura e solicitar-
-lhe, diante do agravamento da crise, uma decisão para o caso do
Restaurante Central dos Estudantes, face às duas linhas de ação já
apresentadas ao referido Ministro de Estado, em 14 de fevereiro.
1.10 Assuntos Encaminhados à Apreciação do Sr Ministro da Educação e
Cultura
A Comissão submeteu à decisão do Sr Ministro da Educação
e Cultura os assuntos constantes dos Anexos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
8
e relativos:
- a Anuidades Escolares (em audiência com o Sr Ministro);
- às linhas de ação para resolver o caso âo Restaurante Cen
trai dos Estudantes (Oficie n9 13, de 14 de fevereiro);
- a solução, igualmente era duas linhas de ação,para a quejs
tao dos Vestibulandos Excedentes (Ofício n9 14, de 21 de
fevereiro)•
- à Interpretação Jurídica sobre o conceito de 'Excedente'1
(Ofício n9 24, de 22 de março);
- à necessidade de ser obedecido o disposto nos artigos 18,
72 e 73 da L.D.B. (Ofício n9 19, de 12 de março);
- às medidas relativas ao Fortalecimento do Princípio de
Autoridade nas Universidades e Escolas isoladas federais
(Ofício n9 27, de 8 de abril);
- à situação disciplinar na Universidade Federal de Minas
Gerais e na Faculdade de Ciências Econômicas (Ofício n9
22, de 18 de março).
9
VLmmXÀJbJLJL
JONSOS OHÍSZOOS SO 8ZSSSMA 2SU0A0I0NAL QU3
xvmvranu mmn oç mm$Amn OOM AS ASfZftAÇOSS ZJ5ZÍZMAS BA JUV1NSEDS 1SSTOA1Í5ZZ»
<3tt!/2+s
PONTOS_ CRÍTICOS DO SISTEMA EDUCACIONAL que interferem direta ou
indiretamente cem as aspirações legítimas da juventude estudnn
til.
Considerações Gerais
0 Programa Estratégico de Desenvolvimento, para a área
da Educação, editado recentemente pelo Ministério do Planejamen_
to e Coordenação Geral, destaca de maneira bastante clara,na sua
Ia. Parte, os "Grandes Objetivos da Educação11, assim como cobre,
nas suas Diretrizes e Metas, em extensão e profundidade, as raedi^
das previstas visando a satisfação das necessidades indispens£
veis a vitalização de tao importante área.
0 fundamento maior da dinâmica dos "Grandes Objetivos"
contidos no Programa Estratégico é a projeção da Educação como o
instrumento de maior alcance para a consecução dos objetivos ec£
nóoicos e sociais da Política de Desenvolvimento.
Assume, assim, destaque especial, a função instrumental
da Educação, bastante enfatizada no Programa Estratégico,num evl
dente esforço de inculcar-lhe,em todos os níveis e ramos especia
lizados, o sentido da objetividade pratica.Desdobra-se, esse con
ceito pragmático, em varias conotações instrumentais - instru
mento de aceleração do Desenvolvimento, instrumento de progresso
social e instrumento de expansão de oportunidades - tudo cenvej:
gindo para a finalidade de vincular a Educação aos imperativos
do progresso técnico, econômico e social do naís.
Do ponto de vista desta Comissão Especial faltou,apenas,
ao Programa Estratégico, dar naior ênfase a Educação como instru
mento de formação de uma lúcida e esclarecida mentalidade demo_
craticat vis anda a projetar na Educação a fé nos valores espiritu
ais e morais da nacionalidade.
10
" ^ . . , - , 1 , «"*
4e*~
Ao avaliarmos a extensão e a profundidade da dinâmica con
tida no Programa Estratégico, ficamos em duvida se ele alcançará
o8 seus objetivos, nos prazos previstes, se nac forem vencidos,
prioritariamente, os :!pontos críticos' que imobilizam os propósi^
tos de dinamizar a política educacional e sao responsáveis pela
descrença que pesa sobre as autoridades do governo, quando se com
prometem a oferecer soluções aos problemas.
Esses "'pontes críticos'1, a nosso ver, atuam, a um só tem
po, como fator psicológico de descrença e fator de obstrução mec£
nica ao desencadeamento de uma política educacional realista e djL
namica, voltada para a consecução dos "' Grandes Objetivos" ào Pro
grama Estratégico. Cumpre eliminá-los, renovando a fé da imensa
população estudantil nas intenções e propósitos do governo e rom
pendo óbices que emperram o funcionamento da máquina educacional
brasileira. Cumpre eliminá-los preliminarmente, sara que os "Graji
des Objetivos" do Programa Estratégico se transformem em realida
de. Vamos discriminar esses pontos críticos e, em seguida,diagnos_
tica-los um a um, propondo soluções para superá-los:
o - inadequabilidade estrutural do MEC:
7 crise de auteridade no sistema educacional;
- insuficiência de remuneração atribuída aos professores
gerando deturpações no exercício da profissão, particular
mente no tocante ao professorado das escolas superiores
federais;
- conceito equívoco e injustificável do que seja liberdade
de cátedra;
A-
ausência de uma diretriz visando ao atendimento de maior
demanda anual de vagas em todos os níveis do ensino;
- implantação lenta e desordenada da reforma universitária,
sem uma visão objetiva da necessidade de reduzir currícu
los e duração de formação profissional de algumas especi
alidades•
11
1
inexistência de uma liderança estudantil democrática au
têntica e combativa consciente de suas r esponsabilida_
des Dará com o pais; l
«1 insatisfações da área estudantil en face da legislação
sobre as atividades gremiais e também pelos abusos come
tidos em virtude das deficiências do sistema de prote_
çao e assistência ao estudante;
- ausência de fiscalização da aplicação das verbas públi
cas no setor educacional e de esforços no sentido de se_
rem encontradas novas fontes de financiamento da educa
çao.
2.2 Inadequabilidade estrutural do MEC
E condição fundamental para o bom funcionamento de qual
quer empresa a existência de uma estrutura adequada a sua
finalidade. A estrutura empresarial deve oferecer uma organici
dade lógica, criando escalões sucessivos de direção técnica e
de administração, tudo no sentido de assegurar a fluiçao natural
das ordens e diretrizes, a sua apreciação por setores especiali
zados, a intercomunicação entre esses setores, a coordenação ad_
tninistrativa e técnica e o fácil trânsito vertical de cima para
baixo e de baixo para cima.
Somente uma estrutura racional e equilibrada,sem estran
gulamentos nem evasões, pode assegurar a dinâmica do fluxo admi
nistrativo nos sentidos horizontal e vertical, justificando as
mais modernas teorias de técnica organizacional defendidas peles
Professores de Administração, Richard Johnson, Fremont Kast e
James Rosenweig, da Universidade de Washington. Por outro lado,
um dos princípios básicos da boa administração, que deve estar
esquematizado na organização das empresas, sejam de serviço pu
blico sejam privadas, é o requisito de que !!a estrutura do sis
tema deve conter o menor número possível de níveis de chefia,
12
11
e forme a cadeia de comando mais curta possível (The Pratice
of Management, de Peter D. Drucker).
0 Ministério da Educação e Cultura e emperrado por uma
estrutura que não resiste à menor lógica.Os setores de ensino
(superior, médio, primário, técnico, industrial,comercial,etc.)
não são coordenados por nenhum orgao de direção técnica que in
tegre a política educacional do governo: essa coordenação e in
tegração são feitas pelo próprio Ministro de Estado,sem nenhum
escalão intermediário próprio, o que as tornam impraticáveis
pois, nenhum Ministro pode ser coordenador técnico de setor.Ou
tro setor, o de Cultura, igualmente, padece do mesmo vício: e
composto de quase duas dezenas de orgaos(observatórios,serviço
de teatro, bibliotecas, etc),todos sem una subordinação intej:
mediaria técnico-administrativa. 0 mesno acontece no setor dos
órgãos auxiliares ou de apoio (estações de radio, merenda esco
lar, campanhas de livros técnicos e de material escolar, etc.)
organizações essas, também, ligadas, na estrutura existente,djL
retamente ao Ministério ou seu gabinete.
Com tal organização,na qual o Ministro de Estado e li
gado diretamente a várias dezenas de órgãos, muitos de pequena
importância no sistema, sem contar com órgãos de coordenação de
setores especializados ou administrativos, é impossível a flui
ção de uma administração ágil e eficiente.
Não é propósito desta Comissão estender-se em detalhes
de organização, mesmo porque isto caberia a Comissão ja exis
tente encarregada da reforma administrativa na base das exigen
cias do Decreto-Lei n° 200,de 25 de fevereiro de 1967. Mas, co_
no mesmo o Programa Estratégico do governo,já referido, quando
trata das "Medidas Necessárias â sua Implantação" - Reforma
Administrativa do Ministério da Educação1 nao aprecia esse as
13
.pecto d.a necessidade de uma reestruturação no esquema global
do Ministério, julga a Comissão Especial, de toda a conveniên
cia, que seja encarado com maior urgência, em termos efetivos
e executivos, o problema desta reforma, oferecendo como base
geral de solução, em anexo,un esboço de reestruturação.
Com a estrutura proposta, o Ministro de Estado,assessc_
rado por seu Gabinete e colocando a Secretaria-Geral na sua
função de coordenação administrativa e de planejamento previa,
ta no artigo 23 do Decreto-Lei da Reforma Administraiiva,coman
dará, na linha administrativa, apenas cinco grandes órgãos téc
nicos - Os Departamentos Gerais e a Inspetoria Geral de FjL
nanças. Na linha tecnico-especializada o Ministro exerceria a
sua ação administrativa fazendo cumprir as decisões dos Conse_
lhos Federais, de Educação e de Cultura.
No momento de se executar a reforma administrativa,nao
basta reagrupar os órgãos existentes dentro de uma estrutura
mais racional. £ preciso ter a coragem de rever e extinguir jL
números órgãos inoperantes e excrescentes, muitos dos quais do_
brando e desdobrando atividades que poderiam ser centralizadas
e integradas, resultando num desperdício de verbas e numa fon
te injustificável de enpreguismo. Carrega o MEC com um número
variado de divisões, setores, campanhas, serviços, fundações,
etc, sem nenhuma eficiência ou justificativa aceitável. Ê por
aí que se esvai parte importante das verbas destinadas â Educa_
ção.
Como um simples exemplo enumeraremos, no setor do li
vro, a quantidade de orgaos existentes no MEC - Comissão do
Livro Técnico e do Livro Didático, Comissão Nacional do Livro
Didático, Grupo Executivo da Indústria do Livro, Instituto Na
14
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
CONSELHO FEDERAL DE
CULTURA'
M I N I S T R O
DIVISÃO DE SEGURAN. INFOffl.
GA3INETE
CONSILTORIA' JURÍDICA
S E C R E T A R I A
G E R A L
DEPARTAMENTO GERAL DE „
PESSOAL
JCONSEUÜ FEDERAL DE
EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO ,
GERAL DE ' SERVIÇOS AUXILIARES
DIR DIR DIR DIR ENS ENS ENS ENS
SUP TO P m TEC
INSPETORIA GERAL DE FINANÇAS
(Anexo r e f e r en t e ao item 2.2)
>
C*A.
cional do Livro, Campanha Nacional do Material de Ensino
quando um só órgão de direção poderia coordenar todas essas a_
tividades centralizando e integrando as atividades dentro da
política ministerial e zelando pela aplicação judiciosa das vej_
bas. Em síntese, é mister, cem bravura e decisão, enfrentar-se
o problema de reestruturação do MEC, dando-lhe racionalidade
organizacional, organicidade e funcionalidade.
Crise de autoridade no sistema educacional
A aplicação no correr desses últimos seis anos dos pre_
aceitos da Lei n? 4024, de dezembro de 1961, no que dizem rejs
peito a autonomia administrativa e disciplinar das Universida.
des e escolas isoladas, assim como dos que atribuíram uma subs
tancial soma de poderes ao Conselho Federal de Educação,tem re
velado a inadequação daqueles preceitos à realidade brasileira,
gerando incontestável crise de autoridade em todo o sistema de
educação.
0 governo, realmente, tem dificuldade en fazer cumprir
' qualquer política educacional, visto que, esse cumprimento es
barra em várias atribuições que são da competência exclusiva
do Conselho Federal de Educação, por delegação da Lei de Dire_
trizes e Bases.
Ao Ministro da Educação e Cultura, a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional relegou o papel de simples exeçu
tor das decisões do Conselho Federal de Educação.
A soma de poderes concedida ao Conselho Federal de Edu
cação, pela Lei de Diretrizes e Bases, é de tal ordem que não
so o Ministro, como o próprio Presidente da República,em assun
tos ou questões de natureza pedagógica e educativa, devem soli
15
citar o parecer daquele Conselho, o que representa una invej_
são da ordem hierárquica no âmbito do Executivo.
É verdade que algumas das atribuições conferidas ao
Conselho Federal de Educação, pelo art 99 da Lei de Diretri
zes e Bases, dependem de homologação do Ministro da Educação
e Cultura, nas essa homologação é puramente teórica, de vez
que o art 79 da mesma lei obriga mais do que o Ministre, nas
,0 próprio Ministério da Educação e Cultura, a cumprir as deei
soes âo órgão colegiado.
É de tal orden a gana de podêres de que se acha inves_
tido o Conselho Federal de Educação, que so a ele cabe__j3rj2iic
ver sindicâncias em quaisquer estabelecimentos de ensino, se
e quando julgar conveniente, para exigir o fiel cumprimento
da Lei de Diretrizes e Bases (art 99, letra %). Isto signifi
ca que o Presidente da República ou o Ministro da Educação e
Cultura, à base da referida Lei, não têm autoridade para exi_
gir das unidades autônomas do ensino federal,em qualquer grau,
,0 fiel cumprimento das leis de ensino, inclusive em matéria
Daí decorre que, - ante a inércia do Conselho Fede_
ral de Educação, do qual participam Reitores de Universidades
e Professores e Diretores de Escolas - abusos de toda ordem
podem ser cometidos, quer pelo corpo discente, como pelo ào_
cente.
A tudo isso deve-se acrescentar que o Conselho Feceral
de Educação, por sua própria constituição heterogênea,não tem
condições para cuidar dos problemas educacionais como orgao
centralizador, no que pese a sua organização administrativa.A
simples circunstância do Conselho, com todos esses poderes,
16
só se reunir periodicamente, está a demonstrar um ponto de es_
trangulamento de qualquer esforço sério do Governo para resol
ver os problemas educacionais.
Outro ponto crítico no sistema educacional brasileiro,
com reflexo na crise de autoridade que já se tornou pública e
notória, é resultante dos princípios genéricos de ampla auto
nomia administrativa e disciplinar conferida às Universidades
pela Lei de Diretrizes e Bases.
Com efeito, pelo sistema da atual legislação,Reitores
e Diretores de Escolas dividem os seus deveres e responsabili
dades, respectivamente, com os Conselhos Universitários e as
Congregações, órgãos que, inegavelmente, podem exercer pres_
são sobre ditos Reitores e Diretores, os quais só podem ser
nomeados após incluídos na lista tríplice elaborada pelos me_s
•'.CIOS colegiados.
Parece evidente que dependendo do voto dos Diretores
de Escolas ou dos professores seus colegas de congregação, o
Reitor e o Diretor, respectivamente, hão de assumir compromis_
sos que os impedem de exercer com inteira isenção as suas al -
tas funções. Por outro lado, várias de suas decisões adrainis
trativas e disciplinares, dependem das aprovações dos respeç_
tivos Conselhos ou Congregações.
1 A Comissão Especial, durante os seus trabalhos, sug£
i riu a alteração do atual sistema de nomeação de Reitores das
| Universidades e Diretores de estabelecimentos de ensino supe_
rior, atribuindo ao Presidente da República o poder de preeri
cher tais cargos, independentemente da indicação das respecti
va6 Universidades ou Congregações e o fez pelas razoes que acrm
17
panharam a exposição de notivos (Anexo n9 6), as quais ficam
fazendo parte integrante deste relatório.
Inspirada nas mesmas razoes (Anexo n9 6), a Comissão
Especial propôs a modificação do conceito de autonomia disci
plinar nas Universidades Federais, sugestão essa que reafir_
ma nesta oportunidade, pois é absolutamente necessário que
os Reitores e Diretores sejam pessoalmente responsáveis rela
disciplina dos órgãos que dirigem, sem que essa responsabili
dade seja diluída através da necessidade de referendo dos Con
selhos Universitários ou Congregações.
As duas medidas sugeridas por esta Comissão nao che
gam a infringir o principie de autonomia das Universidades,
mas, ao contrário,dão a esse conceito a dimensão que deve
ter, visando sempre ao superior interesse do ensino.
Entende a Comissão Especial que a Lei de Diretrizes
e Bases para a Educação deve ser reformulada para se adaptar
à realidade brasileira no que diz respeito às atribuições do
Conselho Federal de Educação e â autonomia administrativa,djL
dática, financeira e disciplinar das Universidades, cabendo,
no entanto, ao Sr Presidente da Republica, enquanto isto nao.
suceder, avocar para si a solução e a decisão dos assuntos
mais graves, para o que esta devidamente autorizado pelo art.
170 do Decreto-Lel n<? 200, de 1967.
Insuficiência da remuneração atribuída aos professores qeran
do deturpações de toda ordem no exercício da profissão, par
ticularmente no tocante ao nrofessorado das escolas sunerio
res federais.
A insuficiente remuneração do corno docente retribui
18
da pelos cofres públicos federais constitui, inegavelmente, um dos
pontos críticos do nosso sistema educacional que esta a exigir do Go
verno solução urgente e corajosa visando a modificar, fundanentalmeri
te, o critério de remuneração dos professores e pesquisadores em te
dos cs níveis de ensino e, especialmente, no universitário.
Alias,o fato de'co professores pagos pelos cofres públicos
federais serem insuficientemente remunerados, é expressamente reco
nhecido pela própria Constituição do Brasil de 1967, cujo art 97 á re
exceção a norma geral que proibe a acumulação remunerada por parte
dos servidores públicos, para permitir que sejam acumuladas as se
guintes atividades:
I - a de Juiz e um cargo de professor;
II - a de dois cargos de professor;
III - a de um cargo de professor com outro técnico ou científico.
Esse preceito excepcional da Constituição do Brasil,que ja
estava inscrito na de 1946, acarreta inequívoca deficiência na quali
dade do ensino ministrado e tem proporcionado abusos de toda ordem
nc que diz respeito à compatibilicade de horários, llá casos conheci
dos em que servidores exercem função publica em um Estado da Federa
çao e acumulam essa função com o magistério em outro Estado, como se
fosse possível conciliar as duas atividades sem o sacrificio de uma
delas ou de ambas.
0 sistema de acumulação também e causa eficiente da exis
tencia de tempo ocioso nos colégios e faculdades, posto ma.os profes
sores que acumulam atividades remuneradas nao estão disponíveis para
lecionar no horário em que, por obrigação legal, devem estar exercen
do a outra atividade pública estranha ao magistério.
Nao obstante os reparos desta Comissão Especial,no que diz
diz respeito a esse problema de acumulação remunerada, e de se reco_
19
nhecer que a solução que se impunha de se proibir a acumulação e im
possível de ser adotada a curto prazo pelo Governe, pois importaria
era reforma constitucional, julgada inconveniente nc momento.
0 regime de tempo integral e dedicação exclusiva,principie
adotado pela atual filosofia politico-administrativa do Governo, nao
oferece solução ao problema da remuneração de professores e pesquisa_
dores, pois, o acréscimo da remuneração para os que trabalham nesse
regime, que nao alcança a 100%, pode ser considerado como infimc em
razão de nao poderem exercer qualquer outra atividade, ainda que par
ticular, os que optarem por este sistema de trabalho.
Por isso mesmo, o que se observa com relação aos professo_
res, é que a grande maioria não se tem interessado por optar pelo re
gime de tempo integral e dedicação exclusiva, preferindo continuar
acumulando, porquanto, nessa hipótese, ainda podem se dedicar as suas
atividades privadas. Com referencia a pesquisadores, os quais estão
obrigados por lei ao regime de tempo integral, a situação é mais
alarmante, porque os bons profissionais estac abandonando o servi
ço público ou dele se desinteressando, para dedicarem-se às ativida
des privadas onde a procura de tais profissionais e acentuada.
0 quadro a seguir transcrito dá" bem uma idéia do absurdo
que constitui o sistema atual de remuneração do magistério público.
ATIVIDADE VENCIMENTO BÁSICO MENSAL
Professor Catedratico
Frofessor adjunto ou professor de ensino superior
Assistente de ensino superior
Instrutor de ensino superior
Professor de ensino secundário >
Professor de ensino industrial técnico Professor de ensine industrial básico
Professor de ensino agricola técnico
Professor de ensine comercial
Professor de cursos isolados
NCr$657,00
NCr$613,80
NCr$504,00
NCr$460,80
NCr$460,30
NCr$460,80 NCr$460,80
NCr$460,80
NCr$460,80
NCr$460,80
20
/ Ú%
Esse absurdo, constatado pela frieza dos números acima re
lacionados, revela, sem contestação, o equívoco de estar o magistério
público sujeito ao regime jurídico do funcionalismo público civil,em
matéria de vencimentos, quando o ideal e o necessário será desvincu
lar esse tipo de servidores daquele regime.
2.4.4 A Comissão Especial propõe como medida a curto prazo para
minorar os efeitos perniciosos da calamitosa situação atual, no que
diz respeito a vencimentos do magistério publico, o de se retribuir,
cora um acréscimo percentual, as horas de trabalho que excederem aque
le mínimo de dezoito horas semanais estabelecido pelo Estatuto do Ma
gistério.
Essa solução, que por certo nac seria a definitiva, deve
ser conjugada com a concomitante alteração de dispositivo legal em
vigor, que obriga o professor a dispender pelo menos dezoito horas
semanais de trabalho, alteração essa que teria por objetivo definir
o que seriam faltas justificadas ao trabalho e estabelecer que no com
puto das dezoito horas semanais pelo menos seis horas sejam dedica
das a aulas teóricas ou praticas.
Com essa providencia, julga a Comissão Especial que c pro_
fessor, permanecendo mais tempo na Unidade Escolar, em razão do seu
trabalho ser condignamente retribuído, contribuiria para minorar a
frustração natural dos estudantes que, em verdade, se encontram to
talmente desassistidos por aqueles que tem nor mister transmitir-lhes
conhecimentos.
2.4.5 A solução definitiva, porém, no entender da Comissão, uma
vez mantida a estrutura da carreira do magistério público, é a de des
vincular os atuais membros do aludido magistério, en matéria de ven
cimentes, de regime jurídico do funcionalismo público civil, crian
do-se por lei um sistema especial de retribuição inspirado rrecipua
mente na nrodutividade d" professor.
21