Brenda 3° b sem título 1

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  • 1. Literatura Brasileira Jorge de Lima Carlos Drummond Murilo Mendes

2. Jorge de Lima Jorge Matheos de Lima nasceu em Alagoas, em 1893. Fez os primeiros estudos em sua cidade, Unio, e depois em Macei, no Colgio dos Irmos Maristas. Estudou Medicina em Salvador, transferindo-se para o Rio de Janeiro, onde defendeu tese sobre os servios de higiene na capital federal. Ainda estudante de Medicina, publicou seu primeiro livro, XIV Alexandrinos (1914) 3. Em 1930, transfere-se, definitivamente, para o Rio de Janeiro, onde clinica e leciona Literatura Brasileira, nas Universidades do Brasil e do Distrito Federal. Assinalou a polimrfica trajetria com muitos e sucessivos rtulos estticos: modernista, regionalista, nativista, cantor da poesia negra e do folclore, neo-simbolista, mstico-realista, poeta cristo. Sua obra mais conhecida, "Essa negra Ful", foi publicada em seu livro "Novos Poemas".Faleceu, no Rio de Janeiro, em 1953. 4. Anjo daltnico Tempo da infncia, cinza de borralho, tempo esfumado sobre vila e rio e tumba e cal e coisas que eu no valho, cobre isso tudo em que me denuncio. H tambm essa face que sumiu e o espelho triste e o rei desse baralho. Ponho as cartas na mesa. Jogo frio. Veste esse rei um manto de espantalho. Era daltnico o anjo que o coseu, e se era anjo, senhores, no se sabe, que muita coisa a um anjo se assemelha. Esses trapos azuis, olhai, sou eu. Se vs no os vedes, culpa no me cabe de andar vestido em tnica vermelha. Jorge de Lima 5.

  • Essa pavana Essa pavana para uma defunta infanta, bem-amada, ungida e santa, e que foi encerrada num profundo sepulcro recoberto pelos ramos de salgueiros silvestres para nunca ser retirada desse leito estranho em que repousa ouvindo essa pavana recomeada sempre sem descanso, sem consolo, atravs dos desenganos, dos reveses e obstculos da vida, das ventanias que se insurgem contra a chama inapagada, a eterna chama que anima esta defunta infanta ungida e bem-amada e para sempre santa.

6. Carlos Drummond de Andrade

  • Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma famlia de fazendeiros em decadncia, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesutas no Colgio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinao mental". De novo em Belo Horizonte, comeou a carreira de escritor como colaborador do Dirio de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

7. Alvo de admirao irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias aps a morte de sua filha nica, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade. Vrias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, ingls, francs, italiano, alemo, sueco, tcheco e outras lnguas. Drummond foi seguramente, por muitas dcadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo tambm publicado diversos livros em prosa. 8. As sem razes do amor Eu te amo porque te amo. No precisas ser amante, e nem sempre sabes s-lo. Eu te amo porque te amo. Amor estado de graa e com amor no se paga. Amor dado de graa, semeado no vento, na cachoeira, no elipse. Amor foge a dicionrios e a regulamentos vrios. Eu te amo porque no amo bastante ou demais a mim. Porque amor no se troca, no se conjuga nem se ama. Porque amor amor a nada, feliz e forte em si mesmo. Amor primo da morte, e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam) a cada instante de amor. Carlos DrummondAndrade 9. Murilo Monteiro Mendes era filho de Onofre Mendes e Eliza M. de Barros Mendes. Fez seus primeiros estudos em Juiz de Fora e depois, no Colgio Salesiano de Niteri. Dois acontecimentos marcaram a juventude de Murilo Mendes, a passagem do cometa Halley, em 1910, e sua fuga do colgio interno em Niteri para ver, no Rio de Janeiro, as apresentaes do danarino russo Nijinski, em 1917. Ambos, cometa e bailarino, foram considerados por ele, verdadeiras revelaes poticas. Entre os anos de 1924-29, apareceram seus primeiros poemas nas revistas modernistas, "Antropofagia" e "Verde". O poeta faz parte da chamada Segunda Gerao Modernista. Seu primeiro livro, "Poemas", foi publicado em 1930, com o qual ganhou o prmio Graa Aranha. No mesmo ano j saiu "Bumba-meu-Poeta" e, em 1933, "Histria do Brasil". Murilo Mendes 10. POEMA DA TARDE A tarde move-se entre os galhos das minhas mos. Uma estrela aparece no fim do meu sangue, Minha nuca recebeu o hlito fino de uma rosa branca. Todas as formas servem-se mutuamente, Umas em p, outras se ajoelhando, outras sentadas, Regando o corao e a cabea do homem: E dentre os primeiros vus surge Maria da Saudade Que, sem querer, canta. Murilo Mendes 11. Componentes: Andressa Miranda Brenda Karoline Snia CristinaLetcia RodriguesLeiciane RodriguesCntia Marques