Breve estudo sobre o cangaço (século xix xx)

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BREVE ESTUDO SOBRE O CANGAÇO (SÉCULO XIX - XX) Professor Rodolfo Alves Pereira

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BREVE ESTUDO SOBRE O CANGAÇO (SÉCULO XIX - XX)

Professor Rodolfo Alves Pereira

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Origem do cangaço

No final do século XIX, a região Nordeste perdera sua importância econômica para a região Sudeste, a maior produtora e exportadora de café.

Sertão: região semi-árida, que vivia sob total abandono do governo. Além de conviver com muita pobreza e desigualdade social.

No Nordeste foi marcante a atuação dos coronéis, proprietários de terras, que eram chefes políticos locais. Quando necessário, eles recorriam a bando de homens armados para resolver seus problemas.

Homens e mulheres desesperados, sem emprego e perspectivas de futuro, buscavam refúgio junto aos cangaceiros. Passando a viver uma vida nômade e à margem da lei. Percorriam todo o Sertão cometendo vários delitos e fugindo da polícia.

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Como agiam os cangaceiros? Práticas comuns do cangaço existem desde o

século XIX, mas se tornaram mais significativas a partir de 1920.

Havia vários bandos que atacavam pequenas cidades no interior do Nordeste.

Saqueavam armazéns, matavam as pessoas e impunham sua vontade nos locais por onde passavam.

A ousadia dos bandos deixavam os governos preocupados, com forças criminosas agindo livremente dentro do território nacional.

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Lampião e parte de seu bando

Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e Maria Bonita. Foto publicada em 1938.

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Cangaceiros em ação

Bando de cangaceiros armados.

Eles percorriam o sertão e usavam a caatinga como esconderijo.

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Modernidade x Cangaço

Em 1930, Getúlio Vargas assumiu a presidência do Brasil. Sua política pautava-se na industrialização nacional e na

criação de uma legislação que beneficiasse os trabalhadores, sobretudo os urbanos.

As polícias dos estados nordestinos passaram a intensificar medidas para colocar um fim no banditismo. Convocavam soldados temporários (volantes) para caçar os bandidos.

Lampião e seu bando foram cercados, no Sergipe, em 1938. O líder do cangaço e muitos de seus companheiros foram mortos naquele ano.

Apesar da morte de Lampião, o cangaço ainda teve uma sobrevida. Durou até cerca de 1940. A partir daí, o avanço da urbanização e da industrialização esvaziou o Sertão, atraindo levas de migrantes para outras regiões do Brasil, principalmente a Sudeste.

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PROCURADO

Para tentar coibir os cangaceiros, os governos ofereciam até recompensas para quem capturasse o líder do cangaço.

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Fim do cangaço

As cabeças de Lampião, Maria Bonita e dos principais integrantes do bando foram arrancadas e levadas por diversas cidades, onde eram expostas como prêmio e forma de intimidação. 

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Na mídia

Na capa do jornal O Globo o destaque para a morte de “Lampeão”.

Jornal de Agosto de 1938.

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Memória do Cangaço

Museu Casa de Maria Bonita, local aberto à visitação pública, feito de reboco e conservado pela mão de obra local, onde pode ser encontrado o acervo do cangaço.

Paulo Afonso (BA).