Brief transparência » revista semanal 130
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Revista de Imprensa05-05-2014
1. Página 1, 29-04-2014, Público alemão desconhece "corrupção maciça" na venda desubmarinos
1
2. Diário de Notícias, 29-04-2014, Inspeção mandou 14 processos de crimesfinanceiros para tribunal
2
3. Público, 30-04-2014, Obras em instalações do PSP, do SEF, da ANPC e da GNR sobinvestigação
3
4. Público, 30-04-2014, Três condenados a prisão por tráfico de pessoas 5
5. Jornal de Notícias, 30-04-2014, Fundos europeus no topo das fraudes financeiras 6
6. Jornal de Notícias, 30-04-2014, Suspeitas de corrupção em obras das polícias 7
7. Jornal de Negócios, 30-04-2014, Ex-director-geral do MAI detido por suspeitas decorrupção
9
8. i, 30-04-2014, Mais de cem empresas usaram programa fraudulento para eliminarfacturas
10
9. i, 30-04-2014, Ex-director-geral do MAI detido por suspeitas de corrupção 13
10. Diário Económico, 30-04-2014, Mega-operação da PJ por suspeitas de corrupçãono MAI
14
11. Diário de Notícias, 30-04-2014, Ex-diretor-geral suspeito de ganhar com obraspúblicas
15
12. Diário de Notícias, 30-04-2014, Fraudes com faturas no valor de 3,1 milhões 18
13. Correio do Minho, 30-04-2014, Alegado cabecilha de rede de tráfico de pessoascondenado a 12 anos de prisão
19
14. Correio da Manhã, 30-04-2014, Obras do MAI dão 20 milhões a amigos 20
15. Visão, 01-05-2014, Documentário alemão denuncia caso português 23
16. Público, 01-05-2014, Ex-director-geral do MAI suspeito de corrupção fica emprisão preventiva
24
17. Jornal de Notícias, 01-05-2014, Responsáveis da Gebalis com penas de prisão 27
18. i, 01-05-2014, Ex-director do MAI em prisão preventiva 29
19. Diário de Notícias, 01-05-2014, Investigados ajustes diretos acima do limite legalem obras do MAI
30
20. Correio da Manhã, 01-05-2014, Diretor oferece 20 obras do MAI a irmão maçon 31
21. Sol, 02-05-2014, Ex-director do MAI preso 34
22. Sol, 02-05-2014, Fraude nos programas de facturação 35
23. Jornal de Notícias, 02-05-2014, Estado deu 12 milhões por ajuste direto aempresas investigadas
36
24. i, 02-05-2014, Submarinos Procuradoria alemã diz que acórdão não é público 39
25. Diário de Notícias, 02-05-2014, Defesa de ex-diretor do MAI garante que tutelaautorizou tudo
40
26. Diário de Notícias, 02-05-2014, Dois condenados por fraude no Brasil-Portugal de2008
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A1 Tiragem: 0
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 6
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Área: 20,24 x 26,97 cm²
Corte: 1 de 1ID: 53657824 29-04-2014
Público alemãodesconhece"corrupção maciça"na venda desubmarinosJornalista António Cascais, autor de umareportagem transmitida pela televisãopública alemã, considera que até ojulgamento do caso na Alemanha foi feito àmedida.
Por Sandra Afonso
As autoridades alemãs ocultam do público as suspeitasde corrupção na indústria dos submarinos, afirma ojornalista António Cascais, autor de uma reportagemtransmitida esta segunda-feira pela televisão públicaalemã.Os casos e as investigações vão-se acumulando forada Alemanha, país que detém 60% do comérciomundial da venda de submarinos, negóciosmilionários envolvidos em "corrupção maciça",denuncia António Cascais.A história não é estranha ao público português, ondeestá em investigação a compra de dois submarinos aum consórcio alemão, mas por terras de Angela Merkeltudo tem sido abafado, revela António Cascais.“Para o público alemão tudo é novo, ninguém sabecom que métodos os submarinos alemães sãovendidos em todo o mundo. É uma grande história deêxito para os alemães, mas os alemães não sabem quepor trás desse êxito estão ocorrências de corrupçãomaciças. Toda a documentação era secreta.”O jornalista português diz ainda que até o julgamentofeito na Alemanha foi feito à medida. “A Alemanhaesteve interessada em fazer uma espécie de julgamentorápido às empresas que praticaram a corrupção, porqueas pessoas que foram condenadas na Alemanha nãopoderão ser condenadas em Portugal, porque já foramcondenadas na Alemanha. Eu diria que foi cozinhadauma espécie de sentença relativamente branda, osmanagers da Ferrostal que foram condenados naAlemanha não foram para a prisão, receberam umapena suspensa, e a empresa pagou uma multa emdimensões relativamente fáceis de pagar”, afirmaAntónio Cascais. Os detalhes da sentença foram ocultados da imprensa,com a conivência das autoridades, “para proteger osmalfeitores”, sublinha o autor do documentário.António Cascais acrescenta que esta é apenas a pontado icebergue, “há imensos casos do género”. Ossubmarinos não foram vendidos só pela sua altaqualidade, “mas sim porque houve sempre corrupçãomaciça por trás desses negócios”.O jornalista dá o exemplo de contratos de venda de
submarinos para a África do Sul, Grécia, Egipto, Turquiae Portugal.
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A2 Tiragem: 30990
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 13
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Corte: 1 de 1ID: 53654197 29-04-2014
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A3 Tiragem: 34258
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 8
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Área: 26,85 x 31,17 cm²
Corte: 1 de 2ID: 53672843 30-04-2014
Obras em instalações do PSP, do SEF, da ANPC e da GNR sob investigação
MIGUEL MADEIRA
Esquadras de PSP estão entre os ajustes directos que estão a ser investigados pelo Ministério Público
A Polícia Judiciária (PJ) deteve on-
tem o ex-director-geral de Infra-es-
truturas e Equipamentos do Ministé-
rio da Administração Interna (MAI),
João Alberto Correia, no âmbito de
uma investigação de corrupção que
levou à realização de buscas duran-
te toda a manhã de ontem naquela
direcção-geral afecta ao MAI.
As buscas alargaram-se a vários
locais do país, nomeadamente em
empresas de construção civil, numa
operação que envolveu algumas de-
zenas de inspectores da PJ.
A investigação está a passar a pen-
te fi no os contratos assinados pelo
dirigente que cessou funções há me-
nos de três meses. Uma busca na ba-
se de dados da contratação pública
permite concluir que João Alberto
Correia recorria em abundância ao
ajuste directo, o que aconteceu 224
vezes nos três anos que esteve em
funções. Nesse período, o dirigente
só realizou um concurso público,
tendo feito 19 ajustes directos de
obras em instalações do MAI com
valor entre os 140 mil e os 150 mil
euros, o limite máximo para os ajus-
tes directos previsto nas regras da
contratação pública.
São exemplos disso a ampliação
da sede da Autoridade Nacional de
Protecção Civil (ANPC), em Carna-
xide, a remodelação da 2.ª Esqua-
dra do Comando Metropolitano
de Lisboa da PSP, várias obras de
adaptação dos antigos governos ci-
vis a instalações do Serviço de Es-
trangeiros e Fronteiras (SEF) ou da
GNR. O dirigente também é suspeito
de criar empresas de arquitectura
a quem adjudicaria a realização de
projectos, cometendo assim o cri-
me de participação económica em
negócio.
A Procuradoria-Geral da Repúbli-
ca (PGR) confi rmou ontem à tarde
a detenção do antigo dirigente da
Administração Pública e adiantou
que o suspeito será ouvido hoje no
Tribunal Central de Instrução Crimi-
nal, pelo juiz Carlos Alexandre.
O arquitecto João Alberto Correia,
48 anos, esteve em funções até ao
início de Fevereiro, tendo sido exo-
nerado a seu pedido, segundo o
despacho do secretário de Estado
adjunto do Ministro da Adminis-
dia o limite passou a ser de 100 mil
euros.
João Alberto Correia é doutorado
em arquitectura pela Universidade
de Salford, Reino Unido, tendo sido
entre 2009 e 2010 consultor para a
área da construção do então secre-
tário de Estado Adjunto das Obras
Públicas, Paulo Campos. Em 2009
foi igualmente adjunto do secretá-
rio de Estado adjunto e da Justiça,
Conde Rodrigues.
Numa nota divulgada a meio da
tarde, a Procuradoria-Geral da Re-
pública (PGR) confi rma a detenção
de João Alberto Correia e completa-
va que o inquérito, que corre no De-
partamento Central de Investigação
e Acção Penal, “tem como objecto
eventuais ilegalidades relacionadas
com obras efectuadas em estruturas
da responsabilidade do Ministério
da Administração Interna”. Em cau-
sa, acrescenta o comunicado, estão
suspeitas da prática de crimes de
corrupção e participação econó-
mica em negócio.
A PGR confirma igualmente a
realização das buscas na Direcção-
Geral de Infra-estruturas e Equipa-
mentos, em Lisboa, em colaboração
com a Unidade Nacional de Com-
bate à Corrupção e que estiveram a
ser acompanhadas pelo juiz Carlos
Alexandre. A investigação decorre
há largos meses, segundo fontes
contactadas pelo PÚBLICO.
O MAI já reagiu a esta operação,
informando que “no âmbito de uma
auditoria e processo de inquérito à
Direcção-Geral de Infra-estruturas
e Equipamentos — realizado pela
Inspecção-Geral da Administração
Interna — foi determinado, pelo mi-
nistro da Administração Interna, a
remessa ao Ministério Público dos
factos já apurados com eventual re-
levância criminal”.
Procuradoria-Geral da República confi rma detenção do ex-director geral de Equipamentos do MAI e adianta que o suspeito será ouvido hoje no Tribunal Central de Instrução Criminal
JustiçaMariana Oliveira
tração Interna, Fernando Alexan-
dre, publicado a 18 de Fevereiro em
Diário da República. O dirigente da
Administração Pública transitara já
do anterior Governo, liderado por
José Sócrates, tendo sido nomeado
por um despacho de 4 de Março de
2011 assinado pelo próprio primeiro-
ministro e pelo então ministro da
Administração Interna, Rui Pereira.
Isto duas semanas e meia antes de
José Sócrates ter anunciado o seu
pedido de demissão.
Dias antes da saída de João Alber-
to Correia, o secretário de Estado
Fernando Alexandre assinava um
despacho que reduzia de forma
signifi cativa as competências dele-
gadas naquele responsável. Se até
31 de Janeiro deste ano, o dirigente
estava autorizado a realizar despe-
sas com empreitadas de obras pú-
blicas, aquisição e locação de bens
e serviços até 500 mil euros, nesse
João Alberto Correia recorria em abundância ao ajuste directo, o que aconteceu 224 vezes nos três anos que esteve em funções. Nesse período, o dirigente só realizou um concurso público
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Tiragem: 34258
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Cores: Preto e Branco
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Corte: 2 de 2ID: 53672843 30-04-2014
Ex-director geral do MAI recorria em abundância ao ajuste directo p8
Obras na PSP, SEF, GNR e Protecção Civil sob investigação
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A5 Tiragem: 34258
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 11
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Corte: 1 de 1ID: 53672870 30-04-2014
Justiça
Três condenados a prisão por tráfico de pessoasO Tribunal de Famalicão condenou ontem três pessoas a penas de prisão entre os seis e os 12 anos depois de ter considerado provados 12 crimes de tráfico de pessoas e branqueamento de capitais. A condenação foi o desfecho de uma investigação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) que, em 2009, culminou na detenção de 15 arguidos. O grupo recrutava mulheres de origem sul-americana para serem exploradas sexualmente em estabelecimentos de diversão.
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A6 Tiragem: 84969
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 28
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A7 Tiragem: 84969
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Âmbito: Informação Geral
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A9 Tiragem: 12336
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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A10 Tiragem: 27259
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 27259
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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A13 Tiragem: 27259
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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A14 Tiragem: 17280
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Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
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Corte: 1 de 1ID: 53673185 30-04-2014
Mega-operação daPJ por suspeitas decorrupção no MAI
Inês David Bastos
Há meses que a Polícia Judiciária(PJ) andava a investigar os con-tratos celebrados pelo ex-direc-tor-geral das infraestruturas eEquipamentos do MAI durante oseu mandato e ontem, por sus-peitas de corrupção, lançouuma mega-operação de buscasque culminou com a detençãodaquele responsável. José Al-berto Correia, de 48 anos, e di-rector-geral no MAI entre 2011 eFevereiro passado, vai ser hojeouvido pelo juiz Carlos Alexan-dre (que ontem acompanhou asbuscas) para lhe ser aplicadauma medida de coacção.
O Diário Económico sabe quea operação foi montada no má-ximo sigilo e que envolveu qua-se cem agentes da PJ que efec-tuaram buscas em vários locaisdo país. O epicentro foi a Direc-ção-Geral das Infraestruturas eEquipamentos, organismo doMinistério da Administração In-terna. É esta estrutura que tem aresponsabilidade de gerir todo opatrimónio imobiliário e comu-nicações do Ministério, bemcomo o planeamento e a adjudi-cação de obras. É neste pontoque surgem as suspeitas.
Numa nota divulgada ontem,a Procuradoria Geral da Repú-blica (PGR) revela que em causaestão “suspeitas da prática decrimes de corrupção e partici-pação económica em negócio”,com eventuais ilegalidades emobras efectuadas em estruturasdo MAI, nomeadamente esqua-dras da PSP.
Fonte ligada ao processo disseao Diário Económico que sobreo ex-director-geral - que tinhatransitado do Governo de Só-crates - recaem suspeitas de vi-ciação na contratação de obras,nomeadamente de “ajustes di-rectos ilegais ou favorecimentode alguns empreiteiros”. JoãoAlberto Correia era, enquantodirector-geral daquele departa-mento, o responsável máximopela contratação das obras pú-blicas no património do MAI.
Arquitecto de formação, JoãoAlberto Correia abandonou o
Ministério liderado por MiguelMacedo em Fevereiro deste anodepois de a Inspecção Geral daAdministração Interna (IGAI) terinstaurado uma auditoria inter-na precisamente por suspeitasde ilegalidades e crimes econó-micos na contratação de obras.Na ocasião, o então responsávelalegou “razões pessoais” para ademissão, mas nos bastidoresera dado como certo que a suasaída estava relacionada com assuspeitas e a auditoria.
Este inquérito interno daIGAI está ainda a decorrer e emsegredo de Justiça, mas ontem oministro Miguel Macedo, emcomunicado, fez saber que já ti-nha remetido para o MinistérioPúblico os dados que foram sen-do apurados “com relevânciacriminal”. Sem clarificar, fica aideia de que terá sido o próprioministro a lançar a denúncia aoMinistério Público. O DiárioEconómico perguntou ao MAI eà PGR se estavam previstas ou-tras diligências no âmbito destaoperação e que empresas esta-rão envolvidas, mas não rece-beu resposta até ao final destaedição. No entanto, fonte ligadaao processo garantiu que esta éuma “mega-operação que nãotermina aqui”, tanto que se es-tendeu a todo o país, “nomea-damente aos locais da adjudica-ção de obras suspeitas”. O Mi-nistério de Macedo também nãorevelou o montante do eventualprejuízo para o Estado.
João Alberto Correia entroupara a Direcção-Geral das In-fraestruturas e Equipamentos doMAI em Março de 2011, tendotransitado para o novo Governo.Antes, entre 2009 e 2010, tinhasido consultor para a área daconstrução do então secretáriode Estado adjunto das Obras Pú-blicas Paulo Campos, passandodepois a adjunto de Conde Ro-drigues na Justiça.■ com A.P.
Justiça Em causa estaráfavorecimento em contratose adjudicações. Operaçãoespalhou-se a todo o país.
MAI tinha abertoauditoria emFevereiro a eventuaisilegalidades doex-director-geral.João Correia é hojeouvido pelo juiz.
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A15 Tiragem: 30990
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Âmbito: Informação Geral
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A18 Tiragem: 30990
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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A19 Tiragem: 8000
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Regional
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Cores: Preto e Branco
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Corte: 1 de 1ID: 53676166 30-04-2014
Famalicão Alegado cabecilha de rede de tráfico de pessoascondenado a 12 anos de prisãoO Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão condenou a penas de 12, 8 e 6 anos de prisão trêsarguidos num processo de tráfico de pessoas e de branqueamento de capitais, informou ontem oServiço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). A decisão, proferida na segunda-feira, foi o desfecho deuma investigação levada a cabo pelo SEF, na sequência da qual foram constituídos 15 arguidos.O tribunal considerou como provados 12 crimes de tráfico de pessoas e um de branqueamento decapitais. Segundo o SEF, em causa esteve o recrutamento e tráfico de mulheres de origem sul--americana, posteriormente exploradas pelos arguidos na prática de prostituição e de alterne emestabelecimentos de diversão nocturna de Santo Tirso e de Famalicão. Os condenados a penas deprisão efectiva foram o cabecilha do grupo, o seu gestor e uma angariadora de origem sul-ameri-cana. Dos restantes 12 arguidos, 3 foram absolvidos, tendo os outros sido condenados em penasentre os 5 e os 14 meses de prisão, suspensas na execução. Entre estes, o SEF destaca a condena-ção de um funcionário de instituição bancária por colaboração no branqueamento de capitais de-corrente da prática criminosa.
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A20 Tiragem: 151804
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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A23 Tiragem: 87040
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Interesse Geral
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A24 Tiragem: 34258
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
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Corte: 1 de 3ID: 53692695 01-05-2014
PEDRO CUNHA
Ex-director-geral do MAI suspeito de corrupção fi ca em prisão preventiva
PJ fez anteontem buscas na sede da DGIE, que era dirigida pelo arquitecto João Alberto Correia
Prisão preventiva. Foi essa a medida
de coacção aplicada ontem pelo juiz
Carlos Alexandre ao ex-director-geral
de Infra-estruturas e Equipamentos
do Ministério da Administração In-
terna João Alberto Correia, depois de
um interrogatório que durou várias
horas e decorreu no Tribunal Central
de Instrução Criminal.
A mais gravosa medida de coacção
tinha sido pedida pela procuradora
Inês Bonina, que defendeu que, em
liberdade, o antigo dirigente, suspei-
to de crimes de corrupção e partici-
pação económica em negócio, podia
perturbar as investigações. Segundo
fonte judicial, o arguido deverá man-
ter-se no estabelecimento prisional
anexo à PJ de Lisboa, onde passou a
noite de terça para quarta-feira.
O ministro da Administração Inter-
na assumiu ontem, no Parlamento,
que a detenção do ex-director-geral
daquele ministério e as buscas reali-
zadas pela PJ naquela direcção-geral
resultaram de uma denúncia sua.
À saída de uma audição parlamen-
tar, Miguel Macedo reconheceu que o
processo foi espoletado “por uma au-
ditoria” que solicitou à Inspecção-Ge-
ral da Administração Interna (IGAI)
de que depois resultou uma “parti-
cipação” sua ao Ministério Público.
“A inspecção-geral fez aquilo que
devia fazer”, disse o ministro, depois
de ter frisado a sua política de “re-
forçar os meios e recursos” afectos
à IGAI. “Nós temos mecanismos de
auditoria e esses mecanismos foram
mesmo alargados”, afi rmou Mace-
do, escusando-se ainda a tecer mais
comentários sobre o processo, em
particular por se encontrarem em
curso “actos judiciais”.
O ex-director-geral, que pediu a
demissão no início de Fevereiro,
tinha entrado em funções em Mar-
ço de 2011 por nomeação do então
primeiro-ministro José Sócrates e do
respectivo ministro da Administra-
ção Interna, Rui Pereira.
A origem da investigação tem a ver
com o recurso sistemático às adjudi-
cações por ajuste directo, em detri-
mento dos concursos públicos, para
a realização de obras em instalações
dependentes do MAI, nomeadamen-
te da PSP, GNR, Serviço de Estrangei-
ros e Fronteiras e Autoridade Nacio-
nal de Protecção Civil.
A investigação está a passar a pente
fi no os contratos assinados pelo diri-
gente, que cessou funções há menos
de três meses. Uma busca na base de
dados da contratação pública permi-
te concluir que João Alberto Correia
recorria em abundância ao ajuste di-
recto, o que aconteceu 224 vezes nos
três anos que esteve em funções. Nes-
se período, o dirigente realizou um
único concurso público, tendo assi-
nado 19 ajustes directos de obras em
instalações públicas com valor entre
os 140 mil e os 150 mil euros, o limi-
te máximo para os ajustes directos.
Já no início dos anos 2000, o Ga-
binete de Estudos e Planeamento de
Instalações do MAI (GEPI), organis-
mo que mais tarde foi transformado
na actual DGIE, tinha estado no cen-
tro das atenções da IGAI, então diri-
gida pelo procurador-geral adjunto
Rodrigues Maximiano. Uma audito-
ria concluída em 2002 apontou para
a existência no GEPI de numerosas
“irregularidades/ilegalidades” na
contratação de obras e de serviços
diversos.
As conclusões dos auditores da
IGAI levaram o então inspector-geral,
António Morais, a pedir a sua exone-
ração, tal como João Alberto Correia
fez em Fevereiro. Morais — que em
2007 se tornou conhecido por ter
sido o professor de três das cinco
disciplinas com que Sócrates con-
cluiu a sua polémica licenciatura na
Universidade Independente — tinha
sido nomeado director do GEPI por
Armando Vara, em 1996. Ao longo
dos anos em que esteve em funções,
a empresa que, de longe, mais con-
cursos ganhou e adjudicações obteve
no GEPI foi a Conegil, uma sociedade
entretanto falida e liderado por um
amigo de Sócrates.
Contrariamente ao que agora su-
cedeu, as ilegalidades detectadas pe-
la IGAI em 2002 não conduziram a
qualquer investigação judicial.
João Alberto Correia foi ouvido ontem durante várias horas pelo juiz Carlos Alexandre. Ministro Miguel Macedo assume denúncia ao Ministério Público após ordenar auditoria à direcção-geral
Justiça Mariana Oliveira, Nuno Sá Lourenço e José António Cerejo
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Tiragem: 34258
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
Pág: 13
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João Alberto Correia é arquitecto,
maçon, professor e infl uente nos
corredores da política governativa.
O seu pai também era. Também
ele se chamava João. João Rosado
Correia, o pai, que morreu em
2002, foi ministro do Equipamento
Social do bloco central sob a
liderança de Mário Soares. E
também viu o seu nome envolvido
num escândalo. A 15 de Agosto de
1987, dois anos após a sua saída
do Governo, a sua foto aparecia
na primeira página do Expresso:
“Ex-ministro trouxe dinheiros de
Macau para o PS”. Rosado Correia,
revelava o Expresso, estava no
aeroporto de Hong Kong quando foi
interceptado por António Vitorino,
à época governante em Macau, que
o intimou a devolver três milhões
de patacas (300 mil euros) que
tinha em seu poder. A partir daqui
as versões divergem. Fonte próxima
de Vitorino, citada pelo Expresso,
garantia que o dinheiro provinha de
uma “extorsão” sobre empresários
macaenses.
Rosado Correia dizia que o dinheiro
era fruto de uma “colecta de
fundos” de que fora encarregado
pelo PS. E acusava Vitorino,
indirectamente, por ter impedido
o dinheiro de chegar ao partido,
na altura presidido por Vítor
Constâncio. Duas versões opostas
e nunca esclarecidas. Até porque
o caso nunca foi alvo de nenhuma
acusação. E João, pai, escapou a
uma acusação. Mas não voltaria à
ribalta política.
João Alberto Correia, o fi lho,
também frequentou o Terreiro
do Paço, mas apenas como
director-geral de Infra-Estruturas
e Equipamentos do Ministério da
Administração Interna. Também ele
acabou por sair, entre suspeitas.
Mas não se fi cam por aqui
as coincidências. Nos nomes,
nos episódios, na formação em
arquitectura, no berço alentejano,
na militância socialista. E em algo
mais misterioso.
João, pai, foi grão-mestre do
Grande Oriente Lusitano, o maior
ramo maçónico português. O
fi lho é membro de uma loja com
peso histórico, a 25 de Abril. A sua
nomeação para o Ministério da
Administração Interna deve-se a
outro maçon, também do GOL, Rui
Pereira, na altura ministro, que se
orgulhava, numa entrevista à SIC,
de nunca ter sido “proposto ou
nomeado para nenhum cargo por
um maçom”.
A maçonaria é um ponto central
na vida de João, fi lho. Integrou
o Conselho Editorial da Revista
de Segurança e Defesa, tal como
consta do seu currículo, com
um restrito grupo de maçons
infl uentes, como Ângelo Correia e o
próprio António Vitorino, que há 18
anos acusara o seu pai.
Mas o ex-libris da família é a
Fundação Convento da Orada,
fundada em 1988 — pouco depois
do escândalo de Macau — por
João, pai, e presidida entre 2006 e
2008 por João, fi lho. Com sede em
Monsaraz, a fundação detém uma
universidade, a Escola Superior
Gallaecia, que funciona em Vila
Nova de Cerveira, e onde João, e
vários familiares, integram o corpo
docente.
João Alberto Correia tem 49 anos,
e é o mais velho de seis irmãos. É
doutorado em arquitectura pela
Universidade de Salford, Reino
Unido. Ao contrário do pai, não
assina com o título Professor
Doutor Arquitecto. Mas tem
interesses muito variados, que não
se resumem à arquitectura.
Foi adjunto de Conde Rodrigues,
quando este ocupou a secretaria
de Estado da Justiça. Integrou a
Associação dos Profi ssionais e
Empresas de Mediação Imobiliária.
Ganhou um concurso — também
ele polémico — a que mais ninguém
concorreu, quando João Soares era
presidente da Câmara de Lisboa.
Graças a ele fi cou com a concessão
do conhecido restaurante Eleven,
no Parque Eduardo VII, que
projectou e vendeu a José Miguel
Júdice e alguns amigos. O seu
currículo encheu uma página
do Diário da República. Mas as
suspeitas que sobre si recaem
prometem encher muitas mais,
noutros periódicos. com J.A.C.
PerfilPaulo Pena
O pai, o filho, a maçonaria e as suspeitas
Página 25
Tiragem: 34258
País: Portugal
Period.: Diária
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O perfil e história de João Alberto Correia cruza-se com a do seu pai. Mesma profissão, mesmo partido, mesma loja maçónica p12/13
Ex-director-geral do MAI suspeito de corrupção fica preso
Página 26
A27 Tiragem: 84969
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Página 40