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RRPP Revista semestral. Curso de Relações Públicas/Famecos/PUCRS Ano 16 n° 32 - Porto Alegre, RS, Brasil - dezembro 2010 Versão digital: www.rrpponline.com.br Atualidades FEZ-SE A LUZ • 23º SET UNIVERSITÁRIO Fotografe com o celular e entre direto no site Em debate, as incertezas que desafiam a comunicação ∆ Alice Urbim, Mauricio Mota, Mauro Dorfman e André Pase na abertura do evento na PUCRS BRUNO TODESCHINI/ FAMECOS

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RRPPRevista semestral. Curso de Relações Públicas/Famecos/PUCRS Ano 16 n° 32 - Porto Alegre, RS, Brasil - dezembro 2010

Versão digital: www.rrpponline.com.br

Atualidades

FEZ-SE A LUZ

•23ºSETUNIVERSITÁRIO

Fotografecom o celulare entre diretono site

Em debate, asincertezasque desafiama comunicação

∆∆ Alice∆Urbim,∆Mauricio∆Mota,∆Mauro∆Dorfman∆e∆André∆Pase∆na∆abertura∆do∆evento∆na∆PUCRS

BRUNO TODESCHINI/ FAMECOS

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2 RRPPAtualidades/dezembro 2010

Comunicação Corporativaadere à Era da Informação

A comunicação corpo-rativa é o departamento res-ponsável por zelar pela boa imagem da organização, mas para atingir este objetivo uma série de ações e decisões de-vem ser tomadas, as equipes devem estar preparadas e a par do mercado. Decisões como identidade visual, pes-quisas a respeito da percep-ção do público em relação à organização e acompanha-mento das iniciativas são ati-tudes fundamentais do pro-fissional que atue nesta área.

Em 2010, a comunicação tornou-se mais humanista, que ouve mais do que fala. A tecnologia avançada abriu novas plataformas de comu-nicação que permitem inte-ração entre pessoas e siste-mas, deixando de estar ligada apenas a produto (notícias e informações). Hoje elas conversam, criticam, acessam, produzem e trocam conteúdo na web de forma fácil e livre. Vivemos no mundo da comunicação de telefone celular, fax, vídeo conferências, acesso à Internet e muito mais. O surgimento do modem, após a evolução das tele-comunicações e computação, contribuiu para a integração e colocando em contato, linguagens e sistemas diferentes.

A combinação de tecnologia e comunicação trouxe imediatismo, integração, acesso e colabo-ração. Jornais existem da forma impressa e ex-perimentam padrões de conteúdo pago na web, entretanto as informações tornaram-se superfi-ciais, sem opiniões e análises. Os nichos de in-formação continuam aumentando e os públicos estão cada vez mais segmentados, a tecnologia propicia velocidade de conhecimento, mas de que forma assimilar tudo que é transmitido?

A comunicação é o grande negócio do sécu-lo XXI, isto porque a complexidade da comuni-cação organizacional aumentou com o advento da internet e a ausência de fronteiras se torna o diferencial competitivo ou motivo de entrave nos processos de comunicação organizacional. Segundo Gustavo Schor, gerente de comunica-ção do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice, jornalista e especialista em jornalismo

econômico, o avanço da tecnologia proporciona a criação de novos braços, de novos tentáculos de profusão e absorção de informação. E seu impacto não é sobre a tecnologia, mas sobre as estruturas de comunicação.

Comunicar é uma habilidade que não de-pende somente de um emissor que transmita a informação e um receptor que a compreenda, pois atualmente o ser humano necessita trocar informações, transmitir pensamentos e senti-mentos, enfim estabelecer uma interação entre as pessoas. Torna-se necessário mapear os pú-blicos de interesse, saber o que falam, onde es-tão e quais as suas preferências. Antes de decidir que ferramenta utilizar, é essencial reconhecer o que é relevante para os diferentes perfis.

Viveremos em 2020 a era da comunicação e da criatividade, onde se fará necessário traba-lhar as questões referentes à utilização adequa-da destes recursos e das inúmeras informações disponíveis com o avanço tecnológico. Será ne-cessário selecionar as informações utilizando os recursos de forma saudável e eficaz, conhecer a importância de saber o que fazer e qual o melhor processo para utilizar a informação que é dada, de modo que seja alcançada a credibilidade. No momento, em que a sociedade se coloca cada vez mais exigente em relação às organizações, aque-las que incorporarem os valores de inovação e relacionamento às suas práticas e à sua marca

vão sair na frente.A Comunicação Organizacional passa a tra-

fegar por ações e reações muito mais compor-tamentais e perceptivas. A grande tendência da Comunicação Corporativa, portanto, é criar presença em novos territórios de relacionamen-to com os públicos em redes sociais, dispositi-vos móveis, entre as muitas possibilidades. São estas tendências que exigem a criação de novas competências tanto para o setor organizacional, quanto e principalmente para os profissionais envolvidos no processo de comunicação digital e as instituições que os formam.

As empresas devem ficar atentas, aceitando a participação do público, cada vez mais presen-te e exigente, utilizando isso a seu favor. É indis-pensável também, planejar e desenvolver muito bem as ações, a credibilidade da informação é fundamental para o sucesso e a boa reputação da empresa. Afinal, o mercado muda, assim como o cenário econômico e as pessoas. A vantagem está em acompanhar rapidamente as mudanças. Na chamada “Era da Informação”, ou melhor, da criatividade um pequeno deslize pode arranhar sua imagem por um longo período, estamos pe-rante audiências cada vez maiores e mais parti-cipativas.

GABRIELE BOCCARDI , GABRIELI FRIZZO, LUÍSA GOBBO E MERCEDES VOIGT

Inovação e crIatIvIdade

TRANSFORMAÇÃO

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O diretor de Planejamento da Agên-cia Palco, Rodrigo Figueiredo, concedeu por e-mail entrevista ao site e revista RRPP Atualidades. Confira suas opini-ões sobre as funções das Relações Públi-cas diante das redes sociais:

Como você imagina a comuni-cação em 2020?

Acredito que está cada vez mais seg-mentada e focada nos interesses de cada indivíduo: redes de segmentação, rela-ções sociais mais distantes em termos presenciais.

Você faz parte das redes so-ciais?

Sim, de algumas como Orkut, face-book.

Quais os maiores desafios para a comunicação em 2020?

Difícil a pergunta. Acredito que atingir de forma criativa, legítima e ver-dadeira aos públicos de interesse.

E a internet em 2020?Principal fonte de conhecimento,

informação e pesquisa do mundo.O exercício da comunicação na

próxima década exigirá novas ca-pacitações e perfis profissionais. Já é possível projetar quem será esse novo profissional e qual será seu papel na comunicação dentro das empresas?

Complicada a previsão deste cená-rio. Não me arriscaria, falta muito tem-po ainda. Dez anos é uma larga distância para a comunicação. Arriscaria telepa-tia... Pode ser?

Em que medida as novas capa-citações exigidas dos profissionais da comunicação vão estar relacio-nadas a novas tecnologias e assi-milações de novos conhecimentos?

Provavelmente as nossas atuais se-jam tidas como tradicionais, sendo a base para as novas. Não há descobertas inovadoras a meu ver na comunicação atualmente. O que há são redesenhos e novas roupagens do que já existe.

Qual a relevância de estudar-mos/mapearmos o futuro?

Mitigar possíveis crises, propor ações inovadoras e vanguardistas etc.

GABRIELE BOCCARDI , GABRIELI FRIZZO, LUÍSA GOBBO E MERCEDES VOIGT

O cenárioem 2020

EntrEvista/ rodrigo FiguEirEdo

PUBLICAÇÃO informativa e de reflexão do curso de Relações Públicas da Faculda-de de Comunicação Social (Famecos), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, avenida Ipiranga 6681, Jardim Botânico, Porto Alegre, RS, Brasil.Versão Online: www.rrpponline.com.brE-mails: [email protected]: Ir. Dr. Joaquim ClotetVice-Reitor: Ir. Dr. Evilázio TeixeiraDiretora/ Famecos: Drª. Mágda CunhaCoordenadora/ Curso: Drª. Cláudia Mou-raEdição: alunos de Produção de Mídia Impressa e Digital em RRPP. Apoio: La-

boratório de Fotografia (Labfoto) da Fa-mecosProfessores responsáveis: Tibério Vargas Ramos e Silvana SandiniAlunos: Aline Dalcol Gallo, Aline dos Santos Barbosa, Carisa Oliveira Rubim, Carolina Passuello Lacerda, Débora Fer-nanda Robaert, Eliane da Costa Kunt, Frederico Fortini L. da Rocha, Gabriele Matte Boccardi, Gabrieli Frizzo Silva, Ga-brielle Chaves Terra, Guilherme Benaduce da Costa, Hadassa Pessoa Gomes, Juliana Germani, Lorena Castineiras Becerra, Luisa Kluwe Gobbo, Mercedes Voigt Car-valho e Michelly de Souza Schutz.

Quem somos

DÉBORASZCZESNY

CrôniCa

Poucos anos separam aquela meni-na que corria com os cabelos aos ventos e trazia nas pernas com marcas de uma infância vivida em cima de árvores e em campos de futebol. Além do amadure-cimento inevitável e das responsabili-dades que vieram com o tempo, o que mais mudou foi o contexto onde me en-contro.

Agora surgiu essa tal de “geração Y”, que foi o termo encontrado para de-finir tudo o que nós, nascidos na década de 90, sentimos. Essa necessidade de estar sempre conectado, atento a tudo, fazendo mil coisas ao mesmo tempo e subindo rapidamente na carreira é o que nos caracteriza. Além, claro, das tecnologias que nos circulam e nos fa-zem escravos ao mesmo tempo.

Quando me dei conta, minha bolsa era praticamente um estúdio ambulan-te: tem câmera fotográfica, gravador de voz, filmadora, milhões de cabos e car-regadores para cada um dos aparelhos, e o meu celular. Ah, o que seria da mi-nha vida sem meu celular? Não consigo

me imaginar sem meu e-mail e – Deus permita que isso não aconteça – se eu perder meu pen drive, metade da minha vida se perderá com ele.

A web tem seus pontos positivos e negativos. Acredito que o vasto merca-do de trabalho que ela oferece para os relações-públicas seja a melhor parte da internet. Podemos acompanhar o que acontece no mundo todo, divulgar ações, planejar sites, produzir vídeos, textos, imagens e o que mais a criati-vidade permitir, assistir e transmitir palestras, ler blogs, resolver conflitos, enfim, é uma porta enorme que se abre na nossa frente todos os dias. Por estar-mos tão acostumados a essa atmosfera, esquecemos da teoria.

Eu ainda tive a sorte de nascer no tempo que as pessoas liam livros e jor-nais e não apenas timelines do twitter e perfis no facebook. Se antes, ser adepto das redes sociais era diferencial, hoje a vantagem está em saber um pouquinho do por que fazer e com quais objetivos do que apenas saber fazer.

Profissionais Y multimídia

OPINIÃO

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Customização: uma novatendênciade mercado

A palavra customização é re-cente no vocabulário brasileiro e tem como objetivo definir algo es-pecial, feito sob medida, personali-zado. É de origem inglesa e desta-cou-se nos anos 70 com a cutelaria artesanal nos EUA.

Para a psicologia, o comporta-mento dos indivíduos vem sofren-do grande influên-cia da internet. Os sites de relaciona-mentos possibili-tam a ele estar co-municando-se com vários outros indi-víduos ao mesmo tempo, mas sem, necessariamente, estar ocupando o mesmo espaço físico, isso o aproxi-ma dos demais e ao mesmo tempo o torna mais sozinho.

A busca incessante por sua identidade e o posicionamento dentro de um grupo ou cultura são necessidades deste novo indivíduo. Com isso, o mercado também sofre grandes mudanças, com a web 2.0 a todo vapor, o poder das estra-tégias seguidas pelas empresas é transferido ao consumidor e para ele a cultura do ter passa a dar lu-gar para a cultura da experiência.

Segundo pesquisa realizada pela Ipsos, uma das maiores em-presas de pesquisa do Brasil, exis-tem sete perfis na nova tendência de consumo e um deles é o “My Way” que significa a personaliza-ção, o foco no indivíduo, a exclusi-vidade, pois o consumidor que se-

gue este perfil está diariamente se reinventando, mas sem sair do seu centro, para eles, a criatividade é a chave para fazer a diferença.

A customização vem suprir uma nova necessidade do mercado, pois é cada vez mais difícil identi-ficar os desejos do novo consumi-dor, dessa forma, os produtos ou

serviços são adap-tados conforme as expectativas e necessidades do cliente. Permite-se a ele exercer o poder de sua pró-pria criatividade de acordo com sua imaginação, ape-nas com o auxílio

de profissionais qualificados para a produção de seu produto ou para execução de seu serviço.

Atualmente destaca-se a cus-tomização no ramo da moda, o que torna possível reaproveitar peças de vestuário já fora de tendência e transformá-las em algo novo e atual, o que será economicamente mais viável do que adquirir uma nova peça para o seu look. Con-tudo, a customização torna-se co-mum para outros ramos, como por exemplo, para o alimentício, automobilístico e até oftalmológi-co, onde já é possível ter a pizza, o carro e lentes oftalmológicas adap-tadas a sua personalidade ou ne-cessidade.

GABRIELLE TERRAGUILHERME BENADUCE

• Individualidadeecriatividadedoclientenahorademontarecomprarumproduto

O empresário Julio César San-tini Canto, das Lentes Customer, concedeu entrevistas sobre uma lente comum e a personalizada.

Na visão de empresário, qual a vantagem da customi-zação para o cliente e para a empresa?

A customização proporciona ao cliente usar da sua própria cria-tividade para criar e/ou adaptar algo ao seu próprio estilo. Já para as empresas, a customização veio agregar valor à pesquisa, pois cada vez mais é difícil identificar o que realmente o cliente procura, com a customização você abre sua em-presa para o cliente definir o pro-duto que você deve vender, é algo fantástico.

No caso das lentes Custo-mer, quais são as vantagens?

No ramo óptico, a customiza-

ção tem um significado especial, nas lentes atuais o cliente precisa adaptar-se às lentes convencio-nais, quando me refiro a lentes convencionais quero dizer de gran-des marcas, as mais famosas e de maior tecnologia do mercado, mas as lentes Customer são realmente sensacionais, não feitas sob medida e assim se adaptam ao cliente. Não é apenas estilo ou tendência, mas também une necessidade.

Para quem busca algo per-sonalizado, deve preocupar-se com valores mais altos do que dos produtos comerciali-zados?

Não posso afirmar para outros segmentos, mas em nosso ramo o valor das lentes Customer é equi-valente ao custo de lentes conven-cionais, porém, de alta tecnologia e qualidade.

EntrEvista/ santini Canto

A visão do empresário

Torna possível rea-proveitar peças de vestuário já fora de

tendência e transfor-má-las em algo novo

e atual.

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Entre os dias 16 de julho e 1º de agosto, foi realizada em Teixei-rópolis, no estado de Rondônia, a Operação Mamoré. Com 5.189 ha-bitantes e uma área semelhante a Porto Alegre, pouco mais de 450 km², possui densidade demográfi-ca de 11,33 hab/km², um número pequeno se comparado com Porto Alegre que tem uma população de 1.436.123 habitantes e densidade demográfica de 2.890 hab/km².

A Pontifícia Universidade Ca-tólica do Rio Grande do Sul é uma participante histórica do Projeto Rondon, uma ação do governo fe-deral que leva universitários às regiões mais afastadas do Brasil, onde acontecem oficinas com ob-jetivo de capacitar multiplicadores.

Para esta operação foi feita uma seleção na PUCRS que contou com aproximadamente 300 alunos inscritos e ao final apenas 24 es-tudantes foram escolhidos e divi-didos em três equipes, junto com mais duas coordenadoras, e um dos grupos ficou responsável pela Operação Mamoré. A equipe con-tou com rondonistas, nome dado aos estudantes que participam do projeto, de diversas áreas. Eles foram preparados para a viagem através de encontros, entrevistas e treinamentos, que aconteceram ao longo do semestre.

No município de Teixeirópo-lis, o grupo realizou oficinas e mi-nicursos, atividades de recreação para todas as faixas etárias e revi-talização de uma praça da cidade. Os rondonistas ressaltaram que a comunidade foi bastante receptiva

e ficou muito agradecida com o tra-balho que eles realizaram. Dentre tudo que eles vivenciaram, a troca de experiência entre o próprio gru-po e a comunidade foi o que mais os marcou.

Para as coordenadoras Aline Adams e Rosane Souza, a Operação Mamoré se diferenciou das outras pelos desafios encontrados no cli-ma, cultura, sotaque e alimenta-ção. O município fica em uma re-gião totalmente diferente da nossa, ao contrário das outras duas opera-ções que elas já haviam participado no município gaúcho de Cacequi. “O cenário diferente encontrado tornou a Operação Mamoré mais interessante”, destacou Rosane.

A operação, que tinha como enfoque a questão ambiental e ge-ração de tecnologias, foi um suces-so. O grupo acredita que conseguiu sensibilizar a comunidade para dar continuidade aos trabalhos na bus-ca de tecnologias e novidades, tra-zendo retorno social e econômico para a cidade.

A próxima operação do Pro-jeto Rondon, realizada pelos estu-dantes da PUCRS, acontecerá nas regiões Norte e Nordeste do país, nas férias de verão, e as equipes já foram selecionadas. O proces-so de seleção das novas equipes encerrou-se em novembro. Os alu-nos foram submetidos a exaustivos testes semanais para demonstrar disposição ao trabalho voluntaria-do, qualificação e capacidade de improviso. Boa viagem!

CARISA RUBIM

Operação Mamoré do Projeto Rondon•UniversidadeparticipadetrabalhovoluntárionomunicípiodeTeixeirópolis,emRondônia

∆∆ Chegada∆dos∆Rondonistas∆em∆Porto∆Velho∆-∆RO

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• Experiênciaeconhecimentotécnicodospromotoressãorequisitosbásicosparaosucesso

Boa vontade não é o suficiente para organizar e elaborar um even-to, são necessário conhecimento e uma boa visão estratégica. Muitas pessoas acreditam que qualquer in-divíduo pode se encarregar de uma promoção. O que obviamente está errado. Somente um profissional de Relações Públicas é capaz de re-alizar e planejar um evento, com a qualificação adequada.

Eventos não são apenas uma “festinha” como muitos costumam defini-lo, é uma ação planejada, é um instrumento estratégico de comunicação dirigida que buscam obter resultados esperados para as organizações ou entidades. Hoje, muitas empresas apostam em eventos, só falta os RRPP serem va-lorizados. Estes profissionais tem capacidades para estreitar o rela-cionamento das organizações com seus públicos estratégicos, aumen-tar as oportunidades de exposição junto à mídia, criar oportunidades de promover novas marcas e refor-çar valores.

A recém formada em Relações Públicas na PUCRS, Mariana He-emann Betti, que hoje trabalha na própria faculdade, comenta sobre a importância dos eventos para uma organização. Para ela, as empresas estão cada vez mais vulneráveis à rápida propagação da informação

e de notícias, através da comuni-cação online e comunidades onde as postagens são feitas instanta-neamente por qualquer pessoa. “Preservar a imagem das organi-

zações é essencial para a reputação e a credibilidade de seus produtos e serviços, e esta atividade é uma das atribuições do profissional de RRPP. Os eventos são ferramentas de contato direto com os diferentes atores sociais, assim, são importan-tes para aproximar a empresa ou instituição de seus consumidores e stakeholders em geral”, observa Mariana Betti.

Os eventos vêm ganhando seu espaço na comunicação. Hoje são vistos como a maior mídia de apro-ximação. Mas é claro que por trás de um evento há uma vasta área de organização. O profissional deve ter o olhar estratégico para saber o que realmente aquela organização está precisando e qual o objetivo a ser seguido. É importante estabe-lecer o público alvo (pois eles são as maiores razões por este aconte-cimento), definir o tipo de evento,

fazer o projeto, contratar serviços terceirizados, planejar o cronogra-ma, pensar na mídia, na sua divul-gação, nos convites, no buffet, e por aí vai.

Um evento é repleto de deta-lhes e cada um deles tem impor-tância para seu desenvolvimento, nada pode sair despercebido. O que torna o evento uma atividade de RRPP é a sua capacidade de reu-nir o serviço do patrocinador com os consumidores (públicos) reais e potenciais num ambiente descon-traído e interativo. Esta ferramenta deveria ser cada vez mais utilizada, pois traz retornos rápidos para as organizações, mas você só terá su-cesso se contratar um profissional que possa planejá-lo e organizá-lo com tal competência para elevar, manter e até mesmo recuperar a imagem da organização junto ao seu público de interesse.

Mariana Betti ressalta nesta questão que, qualquer pessoa pode organizar um evento, graduado ou não, a diferença estará nos resulta-dos alcançados. “Um profissional formado fará um evento com maior planejamento para atingir o públi-co alvo almejado, usará os veículos de comunicação direcionados para aquele público específico e trará um retorno maior para a organização. O profissional não graduado, sim-plesmente contratará fornecedores e fará o evento sem planejamento e sem estratégias de comunicação, atingindo assim, qualquer público, sendo ele ou não o almejado pela instituição”, alerta.

Como todos estudante de Co-municação Social em RP, apos-tamos muito no crescimento de eventos. É uma ferramenta mara-vilhosa, e que cada vez mais even-tos sociais e empresarias terão seu espaço na sociedade e serão vistos com um olhar diferente por todos, um olhar de uma ação estratégica e muito competitiva, onde traz mui-tos retornos positivos.

MICHELLY SOUZA SCHUTZ

Relações-públicas, o profissional capacitado para organizar eventos

MERCADO

∆∆ Feira∆do∆Livro∆de∆Porto∆Alegre∆está∆em∆sua∆56ª∆edição

∆∆ Evento∆com∆enfoque∆na∆cultura∆musical

VÍVIAN LENGLER/ FAMECOS

MAURÍCIO KRAHN/ FAMECOS

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Palestras

inTEraTividadE Em alTa

Nos dias 21, 22 e 23 de setembro de 2010, com o tema

“A comunicação em tempos de certezas provisórias”, aconteceu na Famecos o 23º SET Universitário. O evento estimula a troca de experiências entre alunos, professores e profissionais da área da comunicação e enriquece a bagagem cul-tural dos alunos, dissemi-nando o conhecimento e a experiência profissional.

Realizado desde 1988, tornou-se uma referen-cia, atraindo estudantes, profissionais e professores da comunicação de todo o pais e até do exterior. Por meio de palestras e ofici-nas destinadas às áreas da comunicação, o SET tem o intuito de incentivar a pro-dução universitária e inte-grar o meio acadêmico ao mercado de trabalho. Uma das atividades propostas é a Mostra Competitiva que premia alunos e criadores

dos melhores trabalhos acadêmicos. E a realização de palestras, como a “Co-bertura de grandes eventos esportivos”, com o jornalis-ta Marcelo Barreto (Spor-TV), “ A grande reportagem na TV”, com o jornalista Marcelo Canellas (TV Glo-bo) e “Narrativa trasmídia: o poder da história da era da convergência”, com o publicitário e co-fundador da empresa Os Alquimis-tas, Maurício Mota.

O SET deste ano con-tou a interatividade do pú-blico de ações multimídias – criação de matérias, en-vio de fotos e a realização de videoreportagens – que promovem uma cobertura diferenciada ao 23º evento de sucesso promovido pela Faculdade de Comunicação Social da PUCRS.

GABRIELE BOCCARDIGABRIELI FRIZZO

LUISA GOBBOMERCEDES VOIGT

Academia e profissionaisdebatem AS INCERTEZAS• 23ªediçãodoeventomaistradicionalpromovidoporalunosdecomunicaçãonopaís

∆∆ A∆narrativa∆transmídia∆foi∆um∆dos∆temas∆em∆discussão

Palestra: “O real e a ficção na narrativa contemporânea”Por Daniel Galera, publicitárioFrase: “A verdade é a matéria prima da ficção.”

Palestra: “Cobertura de Grandes Eventos Esportivos”Convidado especial: Marcelo Barreto, do SportTVParticipantes do debate: José Alberto Andrade, da Rádio Gaúcha, e o professor Fábian Chelkanoff.Apresentação: vídeos e imagens dos bastidores da cobertura do SporTV durante a Copa na África do Sul.

LÍVIA STUMPF/FAMECOS

BRUNO TODESCHINI/ FAMECOS

FELIPE DALLA VALLE/ FAMECOS

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Oficinas

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Narrativatem lugar na transmídia

Tema: Fotografia – pensando e vendo com as objetivasPor Elson Sempé Pedroso, jornalista e professor da PUCO laboratório tratou de explicar como funcionam as len-tes e como se determina o tipo de objetiva a ser utilizado para diferentes fotografias.

LÍVIA STUMPF/ FAMECOS

O RBS Debates abriu 23° SET Universitário que trouxe para Famecos Mauricio Mota, chief storytelling officer da empresa Os Alquimistas, para falar sobre “Narrativa trans-mídia: o poder das histórias na era da convergência”. O evento teve como debatedores convi-dados André Pase, professor de jornalismo da Faculdade de Comunicação Social da PUCRS, Mauro Dorfman, publicitário e presidente da DEZ Propagan-da, e como mediadora Alice Ur-bim, da RBS.

A PUCRS, em parceria

com a RBS, integra o debate no SET Universitário desde 1988 com o objetivo de fomen-tar discussões sobre diversos temas ligados à comunicação, possibilitando a troca de ex-periências entre estudantes e profissionais do mercado. O palestrante falou sobre as no-vas maneiras de criar conteúdo no Brasil e no mundo, e a trans-midia storytelling como estra-tégia focada em marca como conteúdo.

“Vocês sabem qual foi o primeiro texto hiperlink do mundo?”, com este questio-

namento, o convidado trouxe à palestra o tema Sherazade, a princesa Árabe que escapou da morte ao envolver o sultão com sua habilidade de criar grandes histórias, explorando narrativas paralelas que enri-queciam o enredo central. Com exemplos simples e didáticos como este, Mauricio salientou o poder das histórias sobre as pessoas e o potencial destas narrativas no cenário atual em que dispomos de diversas pla-taformas de divulgação.

Cases de sucesso da em-presa Os Alquimistas, como a

construção de narrativas para divulgação dos seriados Hero-es, Smallville e Melrose Place, foram comentados e explicados pelo palestrante. “Nós traba-lhamos assim como Alice, que entra na toca do coelho e desco-bre várias histórias”, comparou Mota. Para ele, toda a história quer nos dizer alguma coisa. “O que importa é saber contá-la direito porque tudo começa com o conteúdo, as pessoas fa-lam tanto das plataformas, mas quem comanda a plataforma é a narrativa e não o contrário”, destacou Mota, neto do drama-

∆∆ Mauricio∆Mota,∆o∆neto∆de∆Nelson∆Rodrigues,∆defende∆o∆poder∆da∆história∆na∆era∆da∆convergência∆das∆mídias

Tema: Produção Audiovisual para a WebPor Silvana Sandini, relações-públicas, webmaster e profes-sora da FamecosMinistrou a oficina com os alunos do Nú-cleo Web do Espaço Experiência. Ensinou noções básicas de exibição ao vivo via internet.“A oficina procurou

provar que produzir e expor conteúdo de vídeo na rede não é privilégio exclusivo dos entendidos no assunto.”

BOLÍVAR ABASCAL OBERTO/ FAMECOS

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Palestras

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es/dezembro 2010

Tema: “A Imprensa e o combate ao racismo: caminhos possíveis para um noticiário plural”Objetivo: fazer os alunos refletirem sobre como o racismo é encarado na imprensa brasileira.Participantes da palestra e oficina sobre o tema: Isabel Clavelin e Vera Daisy Barcelos nas fotos. Isabel é membro do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher e Vera Daisy Barcelos coordena o Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros do Sindjors junto com Jeanice Ramos.

FOTOS MAURÍCIO KRAHA/ FAMECOS

turgo Nelson Rodrigues, um dos maiores narradores da literatura brasileira em todos os tempos.

Após a palestra de Mauricio, o RBS Debates recebeu Mauro Dorfman e André Pase, que, sob a mediação de Alice Urbin, debate-ram sobre a convergência das mí-dias e discutiram sobre o futuro do transmídia storytelling, como pro-dução de conteúdo para as marcas no Brasil e no mundo. Dorfman afirmou que “não basta termos histórias, temos de ter histórias relevantes”. O publicitário convoca os profissionais da comunicação a pensar a comunicação de forma dirigida.

Os debatedores destacaram a importância dos estudantes e das universidades neste processo. “O papel da Universidade é essencial. Hoje em dia não temos pessoas qualificadas para trabalhar nes-se meio e esses estudantes aqui hoje são os futuros profissionais”, fala com entusiasmo o storytelling Mota.

Algumas características neces-sárias para estes futuros comuni-cadores foram salientadas pelos convidados: saber interagir com as multiplataformas, curiosidade, criatividade e ter repertório. Solici-tado a dar dicas aos futuros profis-sionais, Mota conclamou: “Leiam muito, experimentem as diversas plataformas e respeitem o que as plataformas consolidadas têm de melhor. Ficar só nas novas mídias vai deixar vocês cegos, então te-nham repertório e arrisquem, não sejam acomodados.”

ELIANE KUNT, GABRIELE BOCCARDI,GABRIELI FRIZZO, LUÍSA GOBBO

E MERCEDES VOIGT

Gabriel Borges, mestre em Marketing Avançado pela Universidade de Lancaster, Inglaterra, foi um dos palestrantes do 23º SET Universitário, na manhã de 22 de setem-bro. A partir do tema “Fiat Mio, um case de inovação e sucesso”, ele falou sobre Inovação Aberta.

Segundo Borges, Inovação Aberta é a criação de um projeto aberto ao público e sem esconder da mídia. A Fiat idealizou criar este tipo de projeto, o que não é nada convencio-nal se tratando de lançamento de automóveis. A montadora pensou: “Por que só a monta-dora pensar no desenvolvimento do carro. Os consumidores devem pensar também.” Então surgiu a ideia do Fiat Mio, o carro conceito.

Foi criado um blog que recebeu cerca de 11 mil propostas vindas de 120 países. Após

a coleta, as sugestões foram organizadas em demandas específicas, com 21 tópicos para discussão. Leo Nishihata, jornalista e editor de conteúdo do portal Fiat Mio, pondera que “as pessoas não sabem o que é viável ou não”. Por isso as ideias foram compactadas. “Sem as redes sociais, este projeto seria impossí-vel”, admitiu Borges.

Apesar de ser um projeto aberto, nin-guém conhecerá o carro completamente an-tes do lançamento. “Deve haver um elemento surpresa”, disse Nishihata. O Fiat Mio será montado e colocado em exposição, mas a fá-brica italiana lembra que é um carro conceito, portanto, não é feito para produção, apenas um modelo para estudo.

ALINE BARBOSA

Fiat Mio

Consumidores criamcarro conceito na web

∆∆ Formado∆em∆Marketing∆na∆Inglaterra,∆Gabriel∆Borges∆foi∆um∆dos∆palestrantes

BRUNO TODESCHINI/ FAMECOS

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Oficinas

Coca-Cola no ambiente digital• Amaiorempresaderefrigerantesdomundoinvestepesadonasmídiasatuais

A segunda noite de pales-tras do 23º Set Universitário, que aconteceu entre os dias 21 e 23 de setembro de 2010, contou com a presença de Adriana Knackfuss, diretora de Marketing Digital da Co-ca-Cola Brasil. A conferência tinha como enfoque as ações de marketing da Coca-Cola no Ambiente Digital. Ela fugiu do padrão “formal” e discorreu de modo informativo e dinâmico. Em pouco menos de duas ho-ras, conseguiu cativar o públi-co e contar um pouco mais da história da Coca e do marke-ting digital que a faz um dos fenômenos e das marcas mais conhecidas no mundo.

Adriana é responsável pelo marketing digital da Coca-Cola Brasil desde 2007 quando a empresa separou a comunicação do setor de ne-gócios. “A partir dessa divi-são, houve um grande avanço no setor de comunicação da empresa”, ela ressaltou.

Na abertura, a palestrante apresentou a situação atual do mercado nacional em relação às novas tecnologias. Desta-cou que o Marketing Digital está em terceiro lugar entre os maiores meios de comunica-ção e apresentou os motivos: um a cada três habitantes têm acesso a internet, os brasileiros são a 2ª maior audiência do

YouTube e 52% dos usuários de redes sociais interagem com marcas nesses ambientes.

Quatro casesA diretora de Marketing

Digital apresentou quatro ca-ses de sucesso da marca no Bra-sil. O primeiro foi a campanha “Abra a Felicidade”. No site, o público era convidado a abrir

as garrafas de maneiras inusi-tadas. Além da interatividade, em que um robô fazia o servi-ço, foi utilizada uma estratégia de divulgação para blogueiros. O resultado da campanha: 3,5 milhões de garrafas virtuais abertas em 45 dias.

O segundo case foi a “Cam-panha de Verão”, em que uma música foi lançada, junto com

uma propaganda. As pessoas puderam “baixar” um karaokê e o sucesso foi absoluto, surgi-ram 17 comunidades no Orkut sobre a música lançada, todas com número superior a 20 mil membros. Centenas de comen-tários sobre os artistas, mais de cem mil acessos no youtube.

O terceiro case da empresa multinacional acompanhou a

∆∆ Adriana∆fala∆do∆marketing∆digital∆da∆Coca-Cola,∆ao∆lado∆a∆professora∆Silvana

BOLÍVAR ABASCAL OBERTO/ FAMECOS

BOLÍVAR ABASCAL OBERTO/ FAMECOS

Tema: Técnica de Cartoon e CaricaturaPor Alexandre Oliveira, ilustrador da Zero Hora e do Diário GaúchoConteúdo: Os inscritos aprenderam as noções básicas de desenho de imprensa e foram desa-fiados a produzir uma ilustração.

Tema: Um panorama dos No-vos Cinemas dos anos 60Por Leonardo Bomfim, jorna-lista, crítico de cinemaDestacou Godard, Truffaut, Resnais, Bazin e tantos ou-tros nomes da Nouvelle Vague francesa, japonesa, do Cinema Novo brasileiro e tcheco.

NICOLE PANDOLFO/ FAMECOS

Tema: Produção e Comuni-cação CulturalPor Luísa BarrosEnfoque: As experiências de Luísa no cenário cultural de Porto Alegre.Incentivou os alunos que se explorem os locais e as opor-tunidades que a cidade tem na área da cultura.

FELIPE DALLA VALLE/ FAMECOS

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“febre” da Copa do Mun-do FIFA 2010”, em que foi divulgado o “tour” da taça e promoções onde os ado-lescentes, menores de 16 anos, poderiam carregar a bandeira do Brasil nos jogos, ou ganharem uma bola do jogo do Brasil. Fo-ram utilizados formatos diferenciados de mídia online, novos aplicativos, games, acessos para celular etc. Para a Copa, foi cria-da uma música chamada “Wavin’ Flag”, na qual o Brasil foi o país que obteve o maior número de down-loads.

O quarto case foi o do “Estúdio Coca-Cola”, em que artistas de diferentes vertentes musicais se jun-tavam e faziam uma mú-sica diferente. Afinal, se-gundo a palestrante, duas “coisas” boas somadas eram melhores ainda. Uma semana antes do lança-mento do show, um Reality Show foi lançado, em que os fãs, por uma semana, ti-nham que trocar de lugar; ou seja, fãs de rock passa-vam a frequentar shows de axé e vice-versa.

Público alvo

A Coca-Cola transfor-mou-se em um ícone cul-tural e o público-alvo são os adolescentes. De todos os seus produtos, a Sprite é que possui a maior parte da verba digital, por ser um

produto destinado ao pú-blico jovem e urbano, por isso a campanha de “reali-dade aumentada” nas lati-nhas de Sprite.

A Coca-Cola é uma marca que vem construin-do sua liderança através dos tempos. “No Brasil, temos o maior Brand Love (amor de marca) do mun-do”, destacou Adriana, que cita como exemplo o nú-mero expressivo de 1.000 comunidades criadas de forma espontânea para a marca no Orkut.

Ao final do encontro, perguntas pertinentes re-sultaram em definições muito interessantes. A Co-ca-cola, apesar de ser uma marca global, faz a maior parte de suas campanhas publicitárias brasileiras aqui no país mesmo.

Quanto a questão das mídias sócias, é incrível o crescimento desse meio, porém é muito difícil de conseguir acessá-lo. A classe “C” é tida como a representação total, tanto da Coca-cola quanto para outras marcas, pois é con-siderada um fenômeno e as diferenças, se comparadas com o público adolescente da classe “A”, são muitas, existe muito mais integra-ção nesse público de menor nível de renda.

CARISA RUBIM DEBORA ROBAERT JULIANA GERMANI

Premiado repórter do Jornal Nacional e do Fantástico, da Rede Globo, Marcelo Canellas falou sobre a grande reporta-gem na TV, com mediação do professor Marco Villalobos.Lembrou que uma das en-trevistadas da matéria sobre a Fome, Maria Rita, morreu 15 dias depois da gravação.“O jornalista tem que ter hu-mildade intelectual para saber que o jornalismo não muda a sociedade. O jornalismo joga luz nos assuntos mais obscu-ros e abre os olhos das pesso-as que, aí sim, têm o poder de mudar as coisas”.

LÍVIA STUMPF/ FAMECOS

Pausa nos debates

A Banda dos Professores da Famecos, reunida eventualmente, apresentou-se pelo segundo ano consecutivo durante o SET Universitário, no saguão da faculda-de, para a avaliação e aplauso dos alunos. Nas guitarras estiveram os professores João Guilherme Barone e Ticiano Paludo (ambos de Cinema), mais o operador do estúdio de rádio, Zé Carlos de Andrade.

Nos teclados, dois virtuoses: o professor Sérgio Stosch (de Rádio) e Miguel Neves, ex-aluno da Famecos e integrante da Soul Addiction. Alberto Raguenet (Publicidade) tocou baixo e Elson Sempé (Fotografia), saxofone. No backing vocal, Vanessa Pur-per (Relações Públicas), mais o convidado especial, o mestre Rafael Becker na bateria. No repertório, a mistura de blues e rock .

Banda dos Professores agitao saguão com blues e rock

∆∆ Os∆professores∆Vanessa∆e∆Barone,∆duas∆gerações∆unidas∆pelo∆rock

BRUNO TODESCHINI/ FAMECOS

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VIVIAN LENGER/ FAMECOS

Tema: Pauta no Jornal PopularPor Claiton Magalhães e Rozanne Adamy, do Diário Gaúcho“Nós quebramos o ciclo da notícia, repercutindo o que passou no Jor-nal Nacional, por exemplo. O foco da notícia no jornal é o nosso leitor.”

Tema: Jornalismo de transformação: existe voz para quem mora nas ruas?Por Reinaldo Santos, do jornal dos sem-teto, Boca de RuaObjetivo: conscientizar os estudantes de gradu-ação em comunicação social e de outras áreas sobre a importância do trabalho voluntário.“É possível aprender o saber jornalístico e, ao mesmo tempo, doar-se socialmente.”

VIVIAN LENGER/ FAMECOS

Como de costume, ocorreu duran-te o 23º Set Universitário, oficinas que buscam integrar conhecimento de nomes renomados do mercado à prática. Ao se inscrever nelas você espera receber se-nhores de mais de meia idade e meio sem graça, quando na realidade se depara com um sujeito magrelo de uns vinte e poucos anos, talvez até trinta, e bem humorado. Rodrigo Figueiredo, proprietário da em-presa de consultoria Palco e graduado em Relações Públicas pela Famecos, foi quem ministrou a oficina RP na Comunicação Organizacional de forma descontraída e espontânea. Utilizando exemplos muitos claros, fez uma análise dos fatores chaves para sucesso de uma empresa.

Figueiredo destaca que existem dois tipos de comunicação: a feita para fora, a que todo mundo copia, a exemplo das cam-panhas publicitárias; e a feita de planos de carreira. Quanto ao quesito gestão, além de gerenciamento, comunicação, controle,

administração, conhecimento e or-ganização, para ele, o fundamental é pensar, um fato que muitos gesto-res estão deixando de lado. “Você se engana quando acha que qualidade, preço, ponto de venda, são as vari-áveis para o sucesso, elas são indis-pensáveis, mas é necessário ter ex-clusivamente, os produtos e serviços a serem oferecidos”, acrescenta ele.

Rodrigo também destaca que de nada adianta ter excelente SWOT (forças, franquezas, oportunidades e ameaças), se antes não houver análi-se do público-alvo, da concorrência, do mercado, da cultura organizacio-nal, dos materiais gráficos e das mídias utilizadas. Afinal, “quem quer vender con-têiner, às 9h da manhã de um domingo, antes de um programa rural, no SBT”?, é preciso estudar e analisar onde e como irá divulgar sua marca. No final do encontro, foi feita uma dinâmica onde os participan-

tes teriam que criar uma empresa e traçar um plano estratégico de comunicação, aplicando os conceitos de gestão, consul-toria e marketing, apresentados por Rodri-go Figueiredo.

GABRIELE BOCCARDI, GABRIELI FRIZZO, LUISA GOBBO E MERCEDES VOIGT

Consultoria e marketing na comunicação organizacional

Uma nova viSão

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Com um repertório envol-vente, o Trio Chico conquistou a platéia no show de encerra-mento da 23ª edição do SET Universitário. A banda porto-alegrense é composta pela vo-calista Andréa Carvalho, Ro-drigo Rheinheimer, no violão, e Pedro Gonzaga no saxofone e algumas participações no vocal. O trio foi acompanhado pelo convidado especial, o per-

cussionista Bruno Coelho.O saxofonista conta que a

banda prioriza as composições de Chico Buarque que foram idealizadas para vozes femi-ninas, por ter uma mulher no vocal. Os integrantes têm uma ligação especial com a PUCRS: a Hard Working Band, antigo grupo de Pedro e Andréa, teve suas origens na universidade.

ESPAÇO EXPERIÊNCIA

Samba no encerramentoJONATHAN HECKLER/ FAMECOS

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JÚLIA RAMOS/ FAMECOS

Tema: O Design Editorial e as publicações gratuitas de hoje – Um olhar sobre as re-vistas Noize e VoidPor Rafael Rocha, um dos fundadores e criadores da revista Noize, Rafael RochaFalou sobre a concorrência com a Void. As duas são mensais e gratuitas“A Noize tem seis anos, poucas regras, o desiner e o conteúdo apostam na contem-poraneidade e tiragem é de 30 mil.

NICOLE PANDOLFO/ FAMECOS

Tema: Marketing à flor da pele: oficina dos sentidosPor Rosane Palacci dos Santos, professora da Famecos de Publici-dade e Relações Públicas.Metodologia: foram organizadas cinco ‘ilhas’. Na primeira, quatro caixas contendo materiais varia-dos para os estudantes tocarem. Em outra, frascos com diferentes odores. Em computadores, ima-gens e sons distintos para os alunos identificá-los com vendas e fones de ouvido. Em uma mesa, bom-

bons e perguntas a respeito das sensações causadas pelo paladar. Os 20 inscritos se dividiram em grupos de quatro e passaram por todas as ilhas. O objetivo da oficina era sensibilizar os alunos para que percebam os estímulos recebidos e relacioná-los com as marcas que conhecem.Marketing sensorial: “Quis mostrar que nós somos feitos de tudo isso. Muita gente não se dá conta que associamos sons e chei-ros a algumas marcas”

A última palestra do 23º SET foi proferida pelo publici-tário e diretor executivo da Ta-lent, João Livi. “Afinal o que é uma boa ideia?”, foi a provoca-ção proposta. “Todas as ideias têm que ter publicidade, seja ela qual for. Ideia é produto. Mídia é distribuição”, senten-cia Livi. O trabalho da Talent consiste em vender bons pro-jetos para produtos. “As ideias podem existir com qualquer grana e serem vendidas”, ensi-nou para um auditório lotado.

Livi apresentou o case da empresa de material esporti-vo Topper, que optou por uma modalidade esportiva inova-dora. “O Rugby foi escolhido, justamente por não ter tradi-ção aqui. A marca se tornou uma espécie de ‘pai’ do esporte no Brasil e fez as pessoas sim-patizarem com ela”, observou.

ESPAÇO EXPERIÊNCIA

O importante é ter uma boa ideia• Publicitáriogarante:sacadacriativaémaisfundamentalqueaverbadestinadaàcampanha

∆∆ João∆Livi,∆diretor∆da∆agência∆Talent,∆lotou∆o∆auditório∆da∆Famecos∆no∆último∆dia∆do∆evento

MARIANA FONTOURA/ FAMECOS

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14 RRPPAtualidades/dezembro 2010 VIAGENS 1

O projeto TANDEM foi uma iniciativa do Programa de Educa-ção Tutorial (PET) da Faculdade de Letras (FALE) da Pontifícia Uni-versidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). A sua finalidade era a interação dos alunos brasilei-ros com os estrangeiros, para esses serem auxiliados na sua chegada à PUCRS. A supervisão da atividade está a cargo da professora doutora Silvana Souza Silveira, responsável pelo PET da FALE e também coor-denadora de Assuntos Internacio-nais da PUCRS.

Os programas PET constam de três partes: ensino, pesquisa e ex-tensão e, atualmente, contam com ele na PUCRS as faculdades de Quí-mica, Biologia, Informática, Psico-logia e Letras; mas o TANDEM foi criado e desenvolvido só pelo PET da FALE. Assim, o nome do proje-to alude às bicicletas em que duas

pessoas pedalam juntas, pois essa é a ideia, a relação e cooperação en-tre pessoas de diferentes culturas.

Para pôr em funcionamento o programa, cada uma das integran-tes do PET da Letras elegeu dois alunos estrangeiros que tinham escolhido a PUCRS para estudar nesse semestre. Estas seleções fo-ram baseadas no interesse que cada estudante brasileiro tiver pe-las culturas dos países de origem dos intercambistas. As alunas do PET leram as cartas de motivação dos estrangeiros para conhecerem o porquê de eles terem optado por Porto Alegre, como cidade, e pela PUCRS, como universidade, para realizarem o seu intercâmbio. Uma vez escolhidos os “afilhados”, cada madrinha devia redigir um correio eletrônico para proporcionar al-gumas informações acerca da PU-CRS, da cidade, da cultura gaúcha

e brasileira... O principal intuito era tranquilizar os alunos antes da sua vinda e fornecer-lhes umas dicas para que a chegada e estada em Porto Alegre fossem bem-suce-didas.

Na primeira experiência do PET com o programa TANDEM, as tarefas realizadas pelas madrinhas foram além das estabelecidas no princípio. Os estudantes brasileiros ajudaram os intercambistas na re-serva de hotéis para a chegada e na procura de alojamento para mora-rem durante o semestre.

O programa conta com o cor-reio eletrônico para o primeiro contato e os acompanhamentos são realizados quase sempre individu-almente. O mesmo esquema não pôde ser utilizado com um grupo de chineses. Como a delegação era muito numerosa e as dificuldades de comunicação maiores, devido a

enorme distância entre as línguas e as culturas chinesa e portuguesa, as obrigações das madrinhas fica-ram bem mais complicadas. Cada madrinha teve de encontrar al-guém capacitado para auxiliar nas aulas ministradas aos chineses.

A iniciativa trouxe reações positivas, tanto aos integrantes do PET como aos alunos estrangeiros. Ambas as partes aprovaram o pro-jeto. Para as “madrinhas” foi uma experiência única, já que consegui-ram até estabelecer fortes amizades com os seus “afilhados”, o que per-mitiu conhecerem outras culturas, formas de vida etc. Do outro lado, para os alunos estrangeiros, foi uma grande ajuda, tornando possí-vel que a sua adaptação a uma nova cultura e a uma nova cidade fosse rápida, agradável e exitosa.

LORENA CASTINEIRAS BECERRA

∆∆ Intercambistas∆da∆PUCRS,∆semestre∆2010/2,∆a∆recepção∆e∆o∆acompanhamento∆pelos∆projetos∆PET

PROJETO TANDEM

• ProjetodaPUCRSincentivaacooperaçãoentrediferenteculturasduranteosintercâmbiosacadêmicos,comosefossemduaspessoasquepedalamjuntasnumabicicletaTandem

NANASHARA FAGUNDES BEHLE

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15RRPPAtualidades/dezembro 2010

Gislaine Schramm Sch-mitt, Nanashara Fagundes Behle e Nina Bueno Mascolo são três integrantes do PET da Letras. Em entrevistas ao RRPP Atualidades, elas con-taram como foi essa primei-ra experiência do programa TANDEM.

Gislaine: A experiência é maravilhosa, podemos ter contato com várias pessoas de outras cultu-ras e com os nossos professores de uma maneira que não teríamos se estivéssemos fora do projeto.

Nana: A experiência com o projeto Tandem foi bem interes-sante, pois possibilitou conhecer pessoas bem legais que, em outra situação, eu não teria como.

Nina: Pessoalmente, eu gostei muito da experiência. Acho que os intercambistas, de um modo geral, foram bastante receptivos e nos procuraram conforme desejassem − e nosso objetivo era justamente ser um canal aberto de integração deles com a cidade, a universidade e a cultura, então, em meu ver, o

projeto foi bastante positivo.Que consequências boas

ou más teve para vocês? Tanto em termos pessoais como aca-dêmicos.

Gislaine: Em termos pesso-ais foi muito bom, justamente por aprender muitas coisas sobre as outras culturas, os outros idiomas, além desse conhecimento, ainda temos a oportunidade de nos co-nhecer melhor através do outro, do contato com o outro, da interação que ocorre. Em termos acadêmicos, há a parte boa e a parte ruim, a par-te boa é que podemos trazer para as aulas coisas que aprendemos com esse contato, as experiências, ao dar aula para os estrangeiros aprendemos muito e isso é dema-siado enriquecedor. A parte ruim é que ás vezes nos dedicamos muito ao projeto, em horários que não fazem parte dos horários do PET e acabamos deixando de lado com-promissos pessoais.

Nana: A melhor consequência que o projeto me trouxe foi a visi-bilidade que o PET Letras ganhou dentro da própria Faculdade de Le-

tras, devido a interação com os alu-nos e professores da unidade.

Nina: Acredito que as con-sequências do projeto foram in-teiramente boas, tanto em termos pessoais como acadêmicos, por acreditar que esses dois se comple-mentam. Receber pessoas novas à cidade e à vida universitária local é uma experiência renovadora, nos desperta para aspectos corriqueiros que às vezes acabam passando des-percebidos e nos dão mais ânimo para a rotina acadêmica.

O que foi o melhor dessa experiência para vocês?

Gislaine: Com certeza a ami-zade que acabamos firmando com alguns intercambistas e tudo o que aprendemos com eles, em todos os níveis, pessoais e acadêmicos.

Nina: O melhor dessa expe-riência provavelmente é o apren-dizado que vem da troca de expe-riências e do contato com outros valores culturais. Junte-se a isso, também, o vínculo especial forma-do entre vários de nós por força de afinidade − muitos dos inter-cambistas recebidos pelo Tandem

revelam-se bons amigos, e amiza-des são sempre uma ótima adição a qualquer experiência.

Acham que a PUCRS deve-ria seguir com esse projeto?

Gislaine: Sim, acho que to-dos tendem a crescer, embora eu pense que muitas coisas devam ser aprimoradas, tanto para os bolsis-tas quanto para os intercambistas. Além de buscar novos fontes ou fi-nanciamento.

Nana: O PET Letras pretende dar continuidade ao projeto no pró-ximo semestre, ampliando o “pro-grama de apadrinhamento” para outros alunos da Universidade. Acredito que esta ideia seja muito válida, pois ajuda não apenas os estudantes em mobilidade, como os alunos brasileiros a conhecer e interagir com novas culturas.

Nina: Com certeza; precisa-mos de mais feedback por parte dos intercambistas, mas de nossa parte e pelo que podemos observar, o projeto parece ter sido bastante proveitoso.

LORENA CASTINEIRAS BECERRA

NANASHARA FAGUNDES BEHLE

Uma experiência bem-sucedida que deve continuar

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16 RRPPAtualidades/JULHO 2010 VIAGENS 2

Você já parou para pensar como seria se você tivesse uma cama para dormir em qualquer lugar do mundo?! Desde cidades grandes, luxuosas e famosas até cidades minúsculas, perdidas no meio de florestas e solitárias. Pois é. Parece uma gran-de mentira, mas isso existe; e é mui-to simples de fazer acontecer. O melhor de tudo: você não precisa pagar nada por isso!!! Você pre-cisa apenas da cultura de seu povo, uma mente aberta ao novo. O nome disso é “CouchSurfing”.

Fazendo uma tradução bem ao pé da letra significa “surfando no sofá”. CouchSurfing é uma rede de relacionamentos mundial para conectar os viajantes e as comuni-

dades que eles visitam. No entan-to, é diferente dessas redes sociais que conhecemos. Ao invés de ami-gos, você procura por “sofás” para dormir. Claro, que depois que você “surfa” com alguém, você pode fi-car amigo daquela pessoa e manter

contato para nova-mente fazer uma vi-sita ou recebê-la na sua casa no futuro. Anders Engvall, da Suécia, conta que de 10 pessoas que ele conheceu, manteve

contato com 7. Para ele ,CouchSur-fing está beseado em conhecer pes-soas que você nunca imaginou que existissem, e curtir com elas, crian-do um relacionamento de amizade para a vida. “Uma amizade verda-deira”, completa Anders.

Mantendo sua rede de conta-

tos, você pode pedir dicas sobre os mais variados lugares, tendo infor-mações ‘quentes’ diretamente de quem conhece o assunto: de quem vive no lugar. Descobre promoções, os lugares mais legais e baratos para comer e as noites mais legais para festiar. E na cultura mochilei-ra, todos sabemos que não há nada como informações vindas direta-mente dos ‘nativos’ da região. An-dré Mello confirma: “Não consigo conceber outra maneira de chegar em uma cidade de 7 milhões de ha-bitantes em um pais de outro con-tinente, sem nenhum contato e ser bem recebido por pessoas muito pilhadas e… animadas!”.

O site também proporciona encontros (os famosos “meetings” semanais), onde todos os CouCh-Surfers da área, visitantes e mora-dores, podem se encontrar, trocar

ideias, dividir experiências, conhe-cer uns aos outros e se divertir jun-tos!

Marília Cabral, de Porto Segu-ro, diz que o CouchSurf a ajudou a fazer novos amigos e conhecer novas culturas em San Francisco. O que ela achou mais legal sobre essa comunidade é que parece que todo mundo está ligado numa mes-ma sintonia: “Só encontrei pessoas abertas, solidárias, com vontade de fazer um mundo mais harmonio-so”. Portanto, não exite pensar em ir viajar sozinho. Se você não tiver um amigo e não conhecer ninguém, não há problema algum porque com certeza alguém irá lhe “adotar” e fará você se sentir à vontade, mes-mo que não falem a mesma língua e nunca se tenham visto.

ALINE GALLO

COUCHSURFING

Jovens surfam em sofásespalhados pelo mundo

“Só encontrei pessoas abertas, solidárias,

com vontade de fazer um mundo mais

harmonioso”

REPRODUÇÃO

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17RRPPAtualidades/dezembro 2010

Todos os participantes têm uma mente aberta, uma grande vontade de conhecer diferentes pessoas, culturas e línguas. O CouchSurfing come-çou nos EUA, nas redondezas de San Francisco, em 1999. Atualmente existem 2.186.562 partici-pantes, 5.738.896 experiências bem-sucedidas, 237 paí-ses e 77.996 cidades representadas: é a maior rede de hospitalidade do mundo.

E quem achar que isso é uma experiência arriscada, está enganado. O CouchSurf tem um alto percentual de sucesso, que é incrivelmente 99,792% positivos. Ou seja, de mais de cinco milhões experi-ências, apenas 0,208% foram negativadas. Luciane Trentin, de Caxias do Sul, diz que to-das as experiências dela foram ótimas. Ela com certeza reco-mendaria a experiência para todos: ”É muito bacana saber que tem gente tão massa por aí disponibilzando o tempo pra gente que nem conhe-cem!”.

Na região dos Estados Unidos, Canadá, Europa e Ásia a comunidade do Cocuh-Surf é muito forte. As pesso-as viajam muito usando esta rede. Os viajantes ficam na média de três a quatro dias em cada “couch” e tem a chance de conhecer muitos lugares sem gastar muito. Algumas vezes, os hospedeiros agem como nossos amigos de in-fância. Nos dão ‘casa, comi-da e roupa lavada’. “Alguns CouchSurfers até confiam as chaves das casas”, diz Lucia-ne. Outros oferecem drinks de boas vindas, porque sabem da

necessidades dos mochileiros. Aqui no Brasil, a cultura

do CouchSurf infelizmente ainda não é muito conhecida e muitos desconfiam dela. A maioria das pessoas que sabe disso, é porque já foram para

fora do país e trou-xeram consigo esta ideia.

No entanto, pode-se notar que mesmo devagar, o

CouchSurf Brasil está crescen-do aos poucos. Em Porto Ale-gre, a comunidade é bem forte. Há encontros semanais, festas organizadas aleatoriamente e até mesmo grandes encontros de diferentes regiões. Para mais informações, inscrição ou visita à rede acesse o site www.couchsurfing.org

ALINE GALLO

∆∆ Intercâmbio∆de∆culturas∆em∆San∆Francisco.∆Encontro∆∆feito∆com∆o∆auxílio∆doCouchSurf:∆viajantes∆da∆Eslováquia∆e∆Egito∆celebram∆o∆Brasil∆comigo.∆Valeu!

Nos dão ‘casa, comida e rou-

pa lavada’.

∆∆ Os∆planos∆∆de∆Anders,∆no∆início,∆era∆de∆ficar∆apenas∆uma∆semana∆em∆Las∆Vegas,∆Estados∆Unidos,∆fazendo∆CouchSurf∆na∆casa∆de∆Robin∆Barker.∆Devido∆a∆grande∆diversão∆na∆cidade∆e∆a∆amizade∆que∆cresceu∆rapidamente∆entre∆os∆dois,∆∆ele∆acabou∆ficando∆um∆mês,∆totalmente∆de∆graça.∆Depois∆disso,∆juntamente∆com∆outros∆amigos∆que∆conheceram∆no∆CouchSurf,∆fizeram∆uma∆“road-trip”∆até∆Vancouver.∆Muito∆diverti-do.∆Eu∆estava∆lá.

A maior rede de hospitalidade do planeta•Maisde5milhõesdeexperiências

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

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18 RRPPAtualidades/dezembro 2010

•OrelatodealunadeRelaçõesPúblicasqueseencontrouemDublin

Foram muitos os motivos que me levaram a morar fora do Brasil. Entre eles, talvez o que tenha sido o principal é que desde criança eu me imaginava morando em algum lugar com língua, costumes e pes-soas diferentes.

Acabei optando pela Irlan-da por ser um país muito flexível quanto ao visto para estudar e tra-balhar. Bastava comprar 25 sema-nas de curso de inglês, pagar uma taxa e pronto, tinha os mesmos

direitos de qualquer cidadão irlan-dês. Além disso, ficava perto do res-tante da Europa e era muito mais em conta financeiramente do que a Inglaterra. Então, juntei minhas economias e fui!

Chegando lá, a primeira dificul-dade que enfrentei foi a do idioma. Muito embora meu nível de inglês fosse bom, o sotaque dos irlandeses é muito diferente do americano que estamos acostumados. Até quando eu me perdia, as pessoas tentavam

me ajudar e me ex-plicavam por onde eu devia ir, mas não havia jeito, eu caminhava duas quadras e pergun-tava para outra pessoa.

Aliás, um dos aspectos que mais me chamou aten-ção foi de como os irlandeses são amigáveis e presta-

tivos. Eles não têm muita paciência para explicar, então preferem te le-var ao lugar em que precisas ir (isso aconteceu inúmeras vezes, não somente comigo, mas com amigos também). Existe muita confiança, é normal dar carona a estranhos, deixar o dinheiro ou a cerveja em cima da mesa e ninguém mexer, se o funcionário estiver doente e não puder trabalhar os patrões não pe-dem atestado.

Apesar da amabilidade, eles estranham bastante a proximida-de e afetividade dos brasileiros. Não entendem, de início, porque tiramos fotos “agarrados”, ou por qual motivo nos abraçamos e bei-jamos quando nos encontramos. Uma vez, ao abraçar uma amiga, meu professor de inglês perguntou: “Mas vocês não se encontraram on-tem na escola? Até parece que faz meses que não se vêem”. Depois, eles até se acostumam e começam a agir como nós.

A questão de trabalho é muito

relativa. Existem inúmeras vagas para quem não se importa em tra-balhar com faxina (normalmente paga-se bem por esse tipo de tra-balho), lavar copos, baby-sitter, garçom, atendente de fast-food. Nesses trabalhos, a maioria tende a ser imigrante, pois grande parte dos irlandeses acaba tendo melho-res oportunidades. Isso não quer dizer que não existam brasileiros ou imigrantes trabalhando em boas posições, mas depende muito do nível de inglês, Q.I. e muita, mas muita sorte!

Os dois anos que morei em Dublin passaram muito rápido. Foi uma experiência maravilhosa, pos-so dizer que evoluí muito como ser humano. Nem sempre foi divertido, é óbvio que houve momentos ruins, mas eu prefiro pensar somente na parte boa. E, para sempre, guarda-rei Dublin e os irlandeses no meu coração.

JULIANA GERMANI

∆∆ Vista∆de∆Howth:∆o∆farol∆na∆enseada∆em∆vilarejo∆de∆pescadores∆ao∆norte∆de∆Dublin,∆a∆capital∆da∆Irlanda

∆∆ Trinity∆College:∆referência∆na∆Europa

FOTOS JULIANA GERMAN/ RRPP

Uma estudantebrasileirana Irlanda

VIAGENS 3

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19RRPPAtualidades/dezembro 2010

Nos últimos quatro anos, Monografias de final de curso de alunos de Relações Públicas da PUCRS conquistaram cinco vezes o primeiro lugar no Prêmio anual da Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP), secção de São Paulo, concurso nacional para estudantes de maior tradição e representatividade do País, que se realiza há 28 anos. São premiados Projetos Experimentais e Monografias, distribuídas em 15 temáticas. O Prêmio ABRP é considerado um dos eventos de maior credibilidade na área, com um júri formado por profissionais e docentes referências no mercado e na academia, sendo avaliado como um indicador de qualidade dos formandos, dos orientadores e das Instituições de Ensino Superior (IES).

2007 – 1º Lugar – Categoria Empresarial – Tema: “As Con-tribuições das Relações Públicas para a Comunicação Mercadológica Hoteleira: A Rede Plaza de Hotéis, Resorts e Spa Brasil” – Autora: Ana Isaia Barretto – Professora orientadora: doutora Cleusa Maria Andrade Scroferneker.

2008 – 1º Lugar – Categoria Sócio-Ambiental – Tema: “Rela-ções Públicas e responsabilidade social do composto da comunicação integrada: estudo de caso da Natura Cosméticos” – Autora: Elizan-gelem Mazzardo Marques Viana – Professora orientadora: doutora Cleusa Maria Andrade Scroferneker.

2009 – 1º Lugar – Categoria Comunicação Empresarial – Tema: “A auditoria virtual como (nova) modalidade comunicacional nos sites/portais das Universidades da Região Metropolitana de Por-to Alegre/RS” – Autor: Diego Wander Santos da Silva – Professora orientadora: doutora Cleusa Maria Andrade Scroferneker.

1º Lugar – Categoria Valorização Profissional em RRPP – Tema: “Aproximação, estímulo, cognição e mente: ingredientes da sinérgica interação das ações de Relações Públicas e Neuromarketing” Autora: Ana Paula Carneiro Costa – Professora orientadora: mestra Susana Gib Azevedo.

Alunos Relações Públicas da PUCRSsão 1º lugar em São Paulo há 4 anos

PREMIADOS

OS VENCEDORES

Pelo quarto ano consecutivo, é a quinta monografia de formandos da Famecos que ganha o prêmio da Associação Brasileira de Rela-ções Públicas (ABRP-SP). Letícia Castilhos, formada em RRPP em 2009/2, venceu o concurso com o tema “Possibili-dades de Comuni-cação na Web: os sites das pequenas empresas de cho-colates de Gramado”. Sua mono-grafia foi orientada pela professora e doutora Cleusa Scroferneker.

A ex-aluna conta que se sur-preendeu com o prêmio, não es-perava ser um dos três finalistas. Quando foi chamada para parti-cipar da Cerimônia de Premiação, não sabia ainda a sua colocação. Foi informada de que deveria fa-zer um vídeo explicando por que escolheu Relações Públicas e apre-sentar o tema escolhido para o seu trabalho de uma forma inovadora.

Chegando na premiação, teve a ótima surpresa de ser a primeira colocada, trazendo o título para a Universidade.

O evento que aconteceu no dia 9 de outubro de 2010, no Cen-

tro de Convenções da FAAP, em São Paulo, foi um re-c o n h e c i m e n t o não somente à pesquisa acadê-mica de Letícia,

como também à qualidade do cur-so de Relações Públicas da PUCRS.

Na noite de 22 de novembro, a vencedora esteve na aula de Pro-dução em Mídia Impressa e Digital em RRPP, concedendo uma entre-vista à revista e ao site RRPP Atu-alidades, produzidos na disciplina. Demonstrou, na ocasião, toda a sua alegria pela conquista.

ALINE BARBOSACAROLINA LACERDA

MICHELLY SCHUTZ

• PUCrecebeprêmio2010daABRPquedestacatalentosemRelaçõesPúblicas

Trabalho vencedor ana-lisou a eficiência de sites de pequenas indústrias

de chocolate

∆∆ Letícia∆foi∆orientada∆pela∆doutora∆Cleusa∆Scroferneker

∆∆ Letícia∆foi∆entrevistada∆pelas∆alunas∆de∆Mídia

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20 RRPPAtualidades/dezembro 2010

Este trabalho é voluntário•Redebancárianacionaldesenvolveoespíritodesolidariedadecomescolaseapoiosocial

No dia 7 de março de 2010 foi realizado na Escola Fundação Bra-desco de Gravataí a oitava edição do Dia Nacional de Ação Volun-tária. Além da escola da cidade, a ação se dá em outras unidades da mesma rede. Foram 218 pontos de atendimento, entre escolas e par-ceiros. Trabalharam 44.732 volun-tários e os atendimentos chegaram a 1.471.782.

Fundada em 1956 pelo ban-queiro Amador Aguiar, a Fundação Bradesco é uma escola sem fins lu-crativos que proporciona educação para a comunidade menos favore-cida. São oferecidos ensino básico e profissionalizante para jovens e adultos.

Apesar de ser um evento re-alizado por todas as 40 unidades espalhadas no Brasil, cada escola organiza individualmente a ação, conforme as necessidades da co-munidade. As decisões são toma-das por um comitê, formado por representantes de pais de alunos, funcionários, professores e direção. Contam também com a ajuda da Matriz, que fica na cidade de Osas-co, no estado de São Paulo. Esta orienta como fazer a organização do evento e a divulgação, que é pa-drão para todas.

Além do Dia Nacional de Ação Voluntária, o comitê organiza ou-tras ações durante o ano. A Cam-panha do Agasalho que arrecada peças de roupas para fazer doações a entidades carentes é um exemplo. Há também coleta de alimentos que eles doam também para insti-tuições necessitadas.

A maior parte dos voluntários é composta por professores, alu-nos e funcionários da Organização Bradesco, mas também participam profissionais da comunidade, como médicos, dentistas, advogados, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, cozinheiras e psicó-logos, entre outros. A divulgação é feita através de cartazes localizados em comércios, carros de som e rá-dio. Este trabalho de comunicação também é voluntário.

Cada professor fica responsá-vel por uma área de atendimento. Eles mesmos fazem a captação de voluntários, que acabam traba-lhando muitos anos no evento da escola. Segundo Naira Machado, orientadora pedagógica profissio-nal da unidade de Gravataí, o único setor onde é mais difícil captar vo-luntários, é na área médica.

São realizadas atividades gra-tuitas, favorecendo pessoas caren-tes que não têm acesso a uma série

de serviços básicos. “Além de aju-dar as pessoas menos favorecidas financeiramente, nosso propósito também é de criar nos alunos o es-pírito de solidariedade”, diz Naira.

O Banco Bradesco apenas co-labora com doações e com trabalho voluntário, mas não há patrocínio. O maior desafio da Fundação Bra-desco é contar com a participação

crescente de voluntários e órgãos públicos e privados, promovendo a união com outras escolas com um único objetivo: construir um país sem desigualdades. Para se tornar um voluntário, basta entrar em contato com o colégio e manifestar o desejo.

ALINE DOS SANTOS BARBOSA

O site da Fundação Bra-desco define os objetivos de sua ação social:

Promover o voluntaria-do de forma integrada à pro-posta pedagógica da Fundação Bradesco.

Conectar a escola à co-munidade circundante, redu-zindo a distância entre texto e contexto, saber e compromisso social.

Levar a escola a assumir o papel de formadora de indiví-duos socialmente participantes e mobilizadores, aproveitando seu espaço para o desenvolvi-mento de posturas cidadãs e valores humanitários.

METAS

FOTOS DIVULGAÇÃO FUNDAÇÃO BRADESCO

CIDADANIA

∆∆ Fundação∆Bradesco,∆fundada∆em∆1956,∆mantém∆40∆escolas∆no∆país

∆∆ Unidades∆de∆ensino∆promovem∆ações∆de∆solidariedade

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Realitchê show do Tradicionalismo

Do Rio GRanDe paRa o munDo

Estados Unidos, China, Canadá, Egito e Indonésia são alguns dos países que visita-ram o Acampamento Farrou-pilha e conferiram uma das festas mais tradicionais dos gaúchos. A internet vem sendo cada vez mais utilizada pelas pessoas como meio de comu-nicação e interação social, e até mesmo a histórica celebração da Revolução de 1835/1845, dez anos de guerra do estado do Rio Grande do Sul contra o Império do Brasil, aderiu a esta ferramenta para divulgar para o mundo o regionalismo e a cultura gaúchos.

Durante a comemoração que acontece no mês de setem-bro na Estância da Harmonia, um parque no centro de Porto Alegre, gaúchos de todas as partes do Rio Grande do Sul vêm para a reserva ambiental, onde são montados galpões co-nhecidos como piquetes. Nes-tas instalações são remontadas os galpões das estâncias, as es-truturas domésticas simples de moradias rurais e os armazéns de campanha no entrocamento de estradas vicinais.

A ideia de divulgar o Acam-pamento através da internet foi do policial Renato Souza, organizador do “Piquete Ro-drigo Cambará”, personagem principal da saga “O Tempo e o Vento”, de Erico Veríssimo. Fundado em 1993, o piquete participa da comemoração no parque da Harmonia desde 2005. Comissário da Polícia Civil, Renato resolveu instalar câmeras filmadoras no acam-pamento. São ao todo cinco filmadoras que registram tudo que acontece na Estância Har-monia e transmitem ao vivo no

site www.piqueterodrigocam-bara.com.br. O site recebeu em 2009, durante o mês de setem-bro, 13.096 visitas, foram ao todo 36 países acompanhando a comemoração nativista atra-vés da internet.

Desde sua criação em 2006, o site já recebeu mais de 35.000 visitas durante o perí-odo das comemorações farrou-pilhas. O sucesso da iniciativa foi tão grande que o piquete ganhou o troféu de Mérito Far-roupilha 2009 pelos serviços prestados ao tradicionalismo e ao Acampamento Farroupilha. Neste mesmo ano, o Piquete Rodrigo Cambará transmitiu ao vivo o tradicional desfile do dia 20 de setembro para os internautas de todo o mundo, fato inédito considerando que as redes de televisão transmi-tem este evento apenas para o Rio Grande do Sul.

Além da transmissão ao

vivo, o site conta ainda com o espaço Charla Pampeana, uma sala de bate-papo que permite que os visitantes interajam en-tre si, compartilhando curio-sidades e o amor pela cultura gaúcha.

Renato pretende ampliar a interatividade, utilizando as redes sociais. Sua caixa de e-mail recebe dezenas de men-sagens por dia de pessoas inte-ressadas em saber mais sobre o tradicionalismo e o dia a dia no acampamento, porém ele diz não ser muito “manso” (enten-dido) nestas tecnologias. “Para ampliar a rede de interação, precisamos de auxiliares que compartilhem da mesma pai-xão e dedicação ao tradiciona-lismo”, convoca o regionalista.

Para o público infantil, o site dispõe da revistinha Peão-zinho Cambará e Prendinha Anita que já está na 5ª edição, todas disponíveis no site. A

revista, produzida pelos filhos do organizador do piquete, tem como objetivo aproxi-mar as crianças das tradições gaúchas e já foi contemplada com o Troféu Destaque Cultu-ral – premiado pela Comissão Municipal de Porto Alegre da Semana Farroupilha 2006, composta por Prefeitura Muni-cipal de Porto Alegre e órgãos ligados ao movimento tradicio-nalista.

Renato Souza e sua família acreditam que a tecnologia e a internet são ferramentas ca-pazes de aproximar as pessoas de todas as idades e de todos os lugares do mundo. “Nosso amor pelo nativismo gaúcho uniu tradição e inovação com o objetivo de perpetuar e preser-var as manifestações artísticas e culturais do Rio Grande do Sul”, destaca o comissário.

ELIANE DA COSTA KUNT

∆∆ Comissário∆Renato∆Souza∆transmite∆o∆Acampamento∆Farroupilha∆em∆tempo∆real

• PolicialinstaloucâmerasedivulganainternetoacampamentoquecomemoraaepopeiaFarroupilha

ELIANE DA COSTA KUNT/ RRPP

“Nosso amor pelo nativismo gaúcho

uniu tradi-ção e ino-vação com o objetivo

de per-petuar e preservar as mani-festações artísticas

e culturais do Rio

Grande do Sul.”

NATIVISMO

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22 RRPPAtualidades/dezembro 2010

O galego, uma língua desconhecida no Brasil, desconhecida até na Europa, língua que alguns dizem ser uma variante do galego-português, outros o portunhol oficializado. Ela é

falada numa região situada no noroeste da Espanha, ao norte de Portugal, na Galícia.

Há séculos formava parte de uma das línguas mais prestigio-sas da época medieval, o galego-português, fato que explica as se-melhanças com a língua portuguesa atual. Contudo, o poder de Castela-Mancha, região do centro da Espanha, expandiu o caste-lhano, agora também conhecido como espanhol, que invade gran-de parte dos reinos que na época compunham a Península Ibérica. Mas houve uma parte que re-sistiu à conquista castelhana, o território que hoje é conhecido como Portugal. Naquela época, os li-mites não eram os de hoje, pois a Galícia e o norte de Portugal formavam um reino que, com a ex-pansão de Castela-Mancha, ficou dividido, a parte mais setentrional passou a pertencer ao reino da Espanha e a meridional ao de Portugal.

Os reis de Castela-Mancha impuseram a sua língua, o castelhano, em todo o território con-quistado, proibindo até as línguas autóctones, nativas da região, como o galego-português, o catalão, o astur-leonês... Essa proibi-ção afetou a escrita, mas na fala, alguns povos, como o galego ou o catalão, conservaram as suas línguas.

Na Galícia, o galego era falado na campanha, pelos fazendei-ros, e no litoral, pelos marinheiros, e esses foram os lugares onde a língua perdurou e sobreviveu até os nossos dias. Sua evolução viu-se trancada pela impossibilidade de se escrever, de ser língua de cultura, de educação, das classes altas, funções que ocupava o cas-

telhano. Esse fato impediu que as novas realidades que surgiam, os novos objetos e novidades tecnológicas, industriais... tivessem uma denominação em galego, pelo que, os próprios galego-falan-tes tinham de recorrer às palavras castelhanas para se expressa-rem. Essa situação fez que o galego-português que sobrevivia na Galícia só na oralidade e o galego-português de Portugal evoluí-ram de forma diferente e deram lugar ao galego, por um lado, e ao português, por outro.

Assim, enquanto em Portugal o galego-português se tornava uma língua de cultura, criando palavras para as novas realidades,

em Galícia, os galegos só podiam recorrer à língua dominante, de forma que o galego oral se tornou uma mistura entre português e castelhano.

Séculos depois, o galego conseguiu tornar-se oficial, representado na cultura, educação e na burocracia da Galícia, o mesmo status do caste-lhano, embora na realidade não seja assim, pois segue sofrendo uma situação de desprestigio “so-cial” em relação à língua de Cervantes.

Com essa nova situação, o galego teve, e ain-da tem, de procurar muitas palavras e expressões

novas para denominar realidades que só tinham nome em cas-telhano, assim como teve de adaptar o seu alfabeto, que antiga-mente era o português, mas agora é o castelhano. Num primeiro momento, os profissionais da língua decidiram recorrer ao caste-lhano para, a partir dele, formar novas palavras, combinadas com a fonética e a gramática galegas. Porém, na atualidade, dado que o galego não desfruta ainda de uma situação normalizada, as re-formas linguísticas que são realizadas tomam como base, cada vez mais, a língua portuguesa.

Galego, o que é isso?

ENSAIO

∆∆ As∆peregrinações∆místicas∆terminam∆na∆Catedral∆de∆Santiago∆de∆Compostela,∆capital∆da∆Galícia

O galego conseguiu tornar-se oficial, re-

presentado na cultura, educação e na burocra-

cia da Galícia.

REPRODUÇÕES

POR LORENA CASTIÑEIRAS BECERRA

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Para um galego que chega ao Brasil, por exemplo, o primei-ro contato com a língua é mais fácil do que para qualquer pessoa espanhola, pois a semelhança entre os vocábulos facilita a com-preensão e a comunicação. À medida que o tempo decorrer, no entanto, surgem inconvenientes, pois a proximidade das línguas dá lugar a muitos erros. Por exemplo, perto em português indica distância curta e preto uma cor, enquanto em galego perto não existe e é a palavra preto a que indica proximidade; o avô em português e o avo em galego e a avó é a avoa; unha em português é uña em galego, enquanto unha (com pronunciação nasal) em galego é uma em português e, por conseguinte, nunha é numa.

Por tudo isso, para um brasileiro, nem tanto para um portu-guês, já que proximidade geográfica faz que conheçam a existên-cia da língua galega, é quase engraçado escutar galego e, es- pecialmente, para uma pessoa do Rio Grande do Sul. Por quê? A proximidade geográfica e cultural dos gaúchos com paí- ses de fala espanho-la faz até que o pró- prio português que falam tenha influên- cias do espanhol, o que pode soar estra- nho, mas eles são capazes de compreender uma pessoa falando português “espanho-lizado” ou espanhol “aportuguesado”, sem saber da existência do galego e nem terem ouvido antes.

Além do anterior, Buenos Aires é considerada a quinta pro-víncia galega, devido à quantidade enorme de galegos exilados na capital argentina e em Montevidéu durante a guerra civil espa-nhola e em etapas posteriores. Alguns autores galegos publicaram na Argentina, pois no seu país era proibido, artigos e livros reivin-dicando o direito de utilizar a sua língua.

A normativa do galego é, a dia de hoje, um debate aberto, al-guns linguistas defendem que galego e português simplesmente são variedades de uma mesma língua, o galego-português, outros, que são dois idiomas diferentes com um passado e raiz comuns. Alguns autores até afirmam que é a futura língua da Península Ibérica, posto que é uma “mistura” entre espanhol e português.

A proximidade das línguas dá lugar a muitos

erros.

Em uma organização, muitos são os fatores importantes para o seu sucesso: uma boa administração financeira, um planejamento de marketing eficaz, boas pesquisas de mercado, qualidade em ser-viços oferecidos ou produtos fabricados. Mas existe algo que é tão importante se não mais que tudo isso: o atendimento emocional.

Não basta atender de forma educada, ter simpatia na recepção. Faz-se necessá-rio mais que isso para fidelizar o cliente; é necessário saber se colocar no lugar do outro e até mesmo pensar em nós mesmos que ora somos empresa, ora cliente. Como clientes de inúmeras organizações, como gostaríamos de ser tratados? O ser huma-no tem necessidade de atenção e de se sen-tir único, vamos aonde nos sentimos bem recebidos, aonde nossa ausência é sentida e somos chamados pelo nome.

Uma pesquisa feita pelo Sebrae mos-tra que nas organizações a falta de um bom atendimento representa 89% das per-das de clientes. Logo, ou nos moldamos a esta realidade ou nossas organizações não conseguirão sobreviver diante deste novo modelo de consumidor, que tem mais voz, e exige muito mais que qualidade em pro-dutos para continuar em nossa empresa.

O atendimento ao cliente deve ser per-cebido como a principal fonte de fideliza-ção e crescimento da empresa, e para nós relações-públicas, que buscamos legitimar as organizações nas quais trabalhamos ou até as quais gerenciamos, se abre este campo onde nenhum profissional da co-municação é tão bem preparado para atu-ar.

O atendimento emocional se trata de um serviço personalizado, cada cliente é uma pessoa diferente, não existe um mo-delo a ser seguido, é importante entendê-lo e para isso temos de ouvi-lo, mas ouvi-lo realmente. É necessário saber o que ele espera de nosso serviço, o que o trouxe até a empresa, e como podemos ajudá-lo.

CAROLINAPASSUELLOLACERDA

O atendimentoemocional

Artigo

∆∆ Os∆castelos∆medievais∆da∆Galícia

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