C o ANO 7 - NÚMERO 35 - JULHO 2005 - TIRAGEM:1500 ... · Nossa turma da Quadrilha também deu...

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Caros amigos As férias estão quase no final e esperamos que todos tenham curtido o verão e recar- regado as baterias para enfrentar mais um semestre. Ainda guardamos na memória as imagens da nossa Festa Junina, realizada neste ano no salão da Escola Burggarten, em Bottmingen. Foi uma experiência nova para nós e muito gratificante. A sala estava cheia, nossos aju- dantes capricharam na decoração, nossos patrocinadores e doadores garantiram a músi- ca ao vivo e nos estandes foram servidas diversas especialidades brasileiras. A alegria e animação durante as apresen- tações de salsa, capoeira, do Sindicato do Samba, da Sambrasiléia e da nossa tradicional Quadrilha nos fazem acreditar que o público aprovou o programa. Os comentários que chegaram até nós, pessoalmente ou por E- mail, foram super positivos e nos animam a repetir a dose. Fazemos questão de lembrar que só é pos- sível realizar uma festa assim porque podemos contar com a colaboração de muitos voluntários, que já no sábado organizaram e decoraram o salão, que durante a festa ficaram correndo de um lado para o outro para que tudo funcionasse bem e que, mesmo cansados, ainda tiveram energia para arrumar tudo novamente e deixar o salão em ordem para o dia seguinte. Se nem tudo foi perfeito, isso mostra apenas que, como diz a Lia Luft «somos incompletos, podemos nos renovar». E a cada evento vamos aprendendo com nos- sos erros e tentando melhorar. Nosso muito obrigado de coração a todos que nos ajudaram e aos que se ofereceram para auxiliar. Agradecemos também aos diversos grupos que se apresentaram, pois sem a participação deles, a festa não teria o mesmo colorido. Nossa turma da Quadrilha também deu novamente um show e já fica aqui o convite para quem quiser se juntar ao grupo no ano que vem. C I G A - B r a s i l C e n t r o d e I n t e g r a ç ã o e A p o i o ANO 7 - NÚMERO 35 - JULHO 2005 - TIRAGEM:1500 EXEMPLARES Binningerstrasse 19 4103 Bottmingen Tel. +41 061 423 03 47 Fax +41 061 423 03 46 [email protected] www.cigabrasil.ch «Porque somos incompletos, podemos nos renovar. Porque não somos perfeitos, podemos ter alegria. A perfeição seria o tédio, e desse, sim, eu poderia morrer.» (Lya Luft) Continua página 3 Foto: Adrian Rapold-Santos

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Caros amigos

As férias estão quase no final e esperamosque todos tenham curtido o verão e recar-regado as baterias para enfrentar mais umsemestre.

Ainda guardamos na memória as imagensda nossa Festa Junina, realizada neste ano nosalão da Escola Burggarten, em Bottmingen.Foi uma experiência nova para nós e muitogratificante. A sala estava cheia, nossos aju-dantes capricharam na decoração, nossospatrocinadores e doadores garantiram a músi-ca ao vivo e nos estandes foram servidasdiversas especialidades brasileiras.

A alegria e animação durante as apresen-tações de salsa, capoeira, do Sindicato doSamba, da Sambrasiléia e da nossa tradicionalQuadrilha nos fazem acreditar que o públicoaprovou o programa. Os comentários quechegaram até nós, pessoalmente ou por E-mail, foram super positivos e nos animam arepetir a dose.

Fazemos questão de lembrar que só é pos-sível realizar uma festa assim porquepodemos contar com a colaboração de muitosvoluntários, que já no sábado organizaram edecoraram o salão, que durante a festaficaram correndo de um lado para o outropara que tudo funcionasse bem e que, mesmocansados, ainda tiveram energia para arrumartudo novamente e deixar o salão em ordempara o dia seguinte. Se nem tudo foi perfeito,isso mostra apenas que, como diz a Lia Luft«somos incompletos, podemos nos renovar».E a cada evento vamos aprendendo com nos-sos erros e tentando melhorar.

Nosso muito obrigado de coração a todosque nos ajudaram e aos que se oferecerampara auxiliar. Agradecemos também aosdiversos grupos que se apresentaram, poissem a participação deles, a festa não teria omesmo colorido. Nossa turma da Quadrilhatambém deu novamente um show e já ficaaqui o convite para quem quiser se juntar aogrupo no ano que vem.

CIGA-Brasil

Centro

de Integração e

Apo

io ANO 7 - NÚMERO 35 - JULHO 2005 - TIRAGEM: 1500 EXEMPLARES

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«Porque somos incompletos, podemos nos renovar. Porque não somos perfeitos, podemos teralegria. A perfeição seria o tédio, e desse, sim, eu poderia morrer.» (Lya Luft)

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Novos pares sãosempre bem-vindos.

Passada a Festa Junina, olhamos para osegundo semestre e começamos a pensar naspróximas atividades. Para começar com muitaenergia e aproveitar o final do verão quere-mos realizar nossa tradicional Caminhada comPiquenique (veja detalhes na Agenda). Paraquem nunca participou, trata-se de um pro-grama familiar, no qual cada um leva seupiquenique e nós passamos algumas horasjuntos, caminhando, conversando, conhecen-do alguma paisagem interessante da regiãode Basel.

Em setembro vamos realizar de novo umaNoite de Cinema, em novo local (detalhes naAgenda) e, mais para o final do ano já esta-mos programando nosso Bazar de Natal. Àmedida em que tudo estiver definido,avisamos vocês.

Na última edição falamos sobre o paga-mento da anuidade para os que quiseremcolaborar com nosso trabalho e acabamosesquecendo de enviar os Boletos Bancários.Desta vez eles estão em anexo e nós agrade-

cemos desde já a quem quiser e puder con-tribuir.

Nesta edição trazemos uma matéria espe-cial sobre o Help! For Families, um serviço deapoio e acompanhamento a famílias e tam-bém uma entrevista com o pessoal doCEBRAC, que se preocupa em divulgar a cul-tura brasileira na Suíça e mantém um grandeacervo de livros, Cds e DVDs à disposição dosassociados em sua biblioteca. Além disso,numa série de pequenos textos trazemosalgumas curiosidades e temas atuais do Brasile da Suíça, que tem a ver com a vida da comu-nidade brasileira por aqui.

Façam uma boa leitura e sintam-se à von-tade para mandar sua opinião, sugestões oucontribuições para o CIGA-Informando. Nossoboletim quer ser também um pouco de cadaum de vocês.

Um grande abraço e até o nosso passeio.Ficaremos contentes de encontrá-los por lá!

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➙ Continuação da página 1

As coisas andam devagar no Parlamentobrasileiro, é preciso paciência. Isso aprendi,depois de dez anos de luta para recuperar anacionalidade perdida dos filhos dos brasileirosno Exterior. Mas neste ano uma nova esperançasurgiu, desta vez assinada pelo senadorCristovam Buarque - a de se colocarem noParlamento, em Brasília, deputados federaisrepresentantes da comunidade brasileira noExterior (uma nota sobre isso foi publicada naúltima edição do CIGA-Informando).

O senador, que tem se destacado no setorda Educação e que tem demonstrado coragembastante para criticar os desvios do governofederal, sem sair do PT, tinha me prometido pro-por essa emenda, na sua passagem porGenebra.

Alguns países europeus, jamais abando-naram suas comunidades espalhadas pelo mun-do - como Portugal e Itália. Cristovam quer queo Brasil se inspire nas legislações desses países.

Sua proposta é uma PEC ou proposta deemenda constitucional, que se cola com outra,já rolando no Parlamento, numa comissão espe-cial, restituindo a condição de brasileiros natosaos filhos dos milhões de brasileiros que emi-graram e vivem hoje nas Américas, Europa eÁsia.

Por que uma proposta se cola com a outra?Porque não basta se restituir a nacionalidadeaos brasileirinhos nascidos no Exterior.

É preciso se garantir que nossa cultura nãose perca e que nossa comunidade estrangeiratenha como agir e se representar junto aoGoverno Federal. Para não se sentir abandona-da em países que não respeitam os códigosinternacionais do trabalho, ou que não tenhamacordos em termos de impostos, de seguro-saúde e aposentadoria com o Brasil.

Até agora, nós brasileiros do Exterior sótemos um ponto de contato com nosso país - osconsulados e embaixadas, que, compreende-se,se restringem às suas atividades administrativase burocráticas.

Alguns representantes da diáspora emBrasília poderão suprir rapidamente o vazioexistente atualmente em relação aos emi-grantes brasileiros. E rapidamente virão medi-das de integração cultural com a primeira esegunda gerações da diáspora, muitos comdupla-nacionalidade, que, de retorno ao Brasil,poderão enriquecer nosso comércio, indústria emundo artístico.

Como serão escolhidos esses represen-tantes? Ainda é muito cedo para isso, mas serãoeleitos democraticamente e, naturalmente,serão escolhidos pelos partidos segundo suaparticipação efetiva em favor da comunidade.Não faltará gente dedicada, combativa que jáluta pela comunidade, muitos de maneirabenévola.

Vamos ficar atentos porque essa PEC dosenador Cristovam Buarque, se aprovada, cons-tituirá um marco importante na história da emigração brasileira.

Rui Martins, jornalista, correspondente na Suíça (E-mail: [email protected])

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O espaço do Brasil inaugurado em mea-dos de junho está bem demarcado: um prédioverde à beira do Reno, perto do marco dasfronteiras com Alemanha e França. De fato, acidade do noroeste da Suíça fica na confluên-cia dos três países.

Doação de um industrial milionárioO edifício abrigava, tempos atrás, uma

fábrica, mas foi totalmente reformado. Ofotógrafo Onorio Mansutti, idealizador doprojeto, revela investimentos de 1,5 milhãode francos suíços. «Mantivemos a estruturade fábrica, mas fizemos um projeto simplescom boa luminosidade e com ambientesamplos», diz.

Como esse local foi conseguido? Umindustrial suíço da área têxtil imigrou para oBrasil em 1939 e deixou em testamento umde seus desejos: a criação de um centro paraabrigar sua coleção de obras de arte e estrei-tar os laços entre os dois países. De acordocom Mansutti, cerca de dois anos antes desua morte eles se encontraram no Rio deJaneiro e o industrial teria pedido a ele queprocurasse um local adequado.

Zona industrialO prédio tem quatro andares e 60 metros

de frente. O primeiro e o segundo sãograndes salões, mas no térreo há um bar.«Além de exposições, vamos fazer festas eeventos para muitas empresas», diz Mansutti.

De acordo com ele, essa será umamaneira de buscar recursos para o centro. Oterceiro andar abriga a coleção de arte dodoador do prédio – são algumas peças anti-gas e muitas telas do pintor Franz JosefWidmar. No último andar fica a parte admi-nistrativa.

O fato de estar numa área industrialfacilita a organização de eventos: perto docentro não há residências. Na inauguração,por exemplo, a casa recebeu dois gruposmusicais. Um deles, de Basiléia, tocou bossa-nova e samba, com seis integrantes, coman-dados pelo Fofão do Cavaco. E o Cor doBrasil, de Zurique, animou a festa até mais

tarde. Mesmo sem vizinhos suíços, Mansuttinão quer criar problemas e não usará a parteexterna do prédio: as festas dançantes serãona parte de dentro e com as janelas fechadas.«Não quero incomodar os franceses queficam do outro lado do rio», diz Mansutti.

Xilogravuras de J.BorgesA primeira exposição do centro foi a do

fotógrafo Evandro Teixeira, que mostrou umpouco da história do Brasil aos visitantes:Canudos, confrontos com a ditadura militar,cenas do carnaval carioca e até mesmo obom-humor brasileiro com uma foto de ChicoBuarque, Tom Jobim e Vinícius de Moraisdeitados numa mesa de bar.

Mansutti já pensa em outras mostraspara o centro. «Quero exibir fotos do Brasilfeitas por fotógrafos suíços, ensaios sobre oPantanal, exposição de cerâmica e tudo oque for interessante da cultura brasileira»,diz.

A partir de 7 de setembro, o centro apre-sentará exposição do pernambucano JoséFrancisco Borges. Considerado o maior xilo-gravador popular do Nordeste, J.Borges járecebeu o prêmio de Honra ao MéritoCultural em 1999 e escreveu e ilustrou cercade 200 cordéis.

Quem não for à Alemanha para assistiraos jogos da Copa 2006, poderá torcer emboa companhia: Mansutti vai colocar umtelão e reunir os torcedores – com vista parao Reno. (Swissinfo, por Lourdes Sola)

Espaço cultural divulga o Brasil

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Antiga fàbrica abriga Centro Cultural

Marco importante na história da emigração brasileira

O CIGA-Brasil é uma associação sem finslucrativos, sem vinculação política ou reli-giosa, que visa dar apoio aos brasileiros.

Formas de Atuação:Serviço de Informação e AconselhamentoContato: Dra. Lúcia da Cunha MessinaAtendimento por telefone e com hora marcada: (061) 273 83 05.Sempre às quintas e sextas-feiras,das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas.Ponto de Encontro: Atividades mensais.Cantinho das Crianças: Atividades para crianças de 2 a 5 anos, todas as terças e quintas-feiras, das 14 às 17h.

Para contribuir com o CIGA-Brasil envie-nos seu endereço e deposite a

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Ano 7 - N° 35 - Julho 2005 CIGA-Informando

EXPEDIENTE

CIGA-Informando é uma publicação bimensal do CIGA-Brasil.

Tiragem: 1500 exemplares

Redação e edição: Irene Zwetsch

Fotos: Rubens Zischler

Layout & Realização:Wilber’s Grafik& Druck Services, [email protected]

Colaboradores desta edição: Bárbara Cheffer, Deborah Biermann, Grupo Ação, Lourdes Sola, Marcelo Madeira, Roberto Zwetsch, Rui Martins,site www.brasilalemanha.com.br.

Contato com a redação:CIGA-BrasilBinningerstrasse 194103 BottmingenTel/Fax: (061) 423 03 47/46E-mail: [email protected]

O fechamento redacional da próximaedição será no dia 2 de setembro. Até esta data todos os textos e anúnciosdevem chegar às nossas mãos

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A G E N D A

Roteiro: Vamos nos encontrar no esta-cionamento Spitzwald e daí seguimos cami-nhando pelo Hundesport e Reitsport até oBiotop de Oberwil e, por fim, até um localpara grill em Oberwil. O caminho segue emlinha reta, pelo meio da floresta e a caminha-da deve durar no máximo 1 hora. Chegandoao local do grill podemos fazer nossopiquenique e as crianças terão bastanteespaço para correr e brincar.

Cada um leva junto a sua comida e bebidafavoritas para o piquenique. As crianças

Caminhada com piquenique Data: Domingo, dia 28.08.2005Horário: 11 horasPonto de Encontro: Estacionamento Spitzwald, Herrenweg, em Allschwil

poderão brincar à vontade ao ar livre. Noponto final, como já foi dito, há também pos-sibilidade de grelhar. Vamos providenciar ocarvão.

Para quem for de Tram, pegue o N. 8 edesça no ponto Neuweilerstrasse. Daí siga emfrente pela Herrenweg, até o estacionamento.De carro, confira no Mapa de Allschwil comochegar: http://map.search.ch.

Mais informações sobre o passeio comSueli (076) 589 12 22 ou Irene (061) 423 03 47.

O evento só será realizado se não estiverchovendo. Reúna sua família e amigos e vamoscurtir juntos a natureza.

Essa comédia romântica conta ahistória de Lisbela (Débora Falabella),uma moça que adora ir ao cinema evive sonhando com os galãs deHollywood dos filmes que assiste.Leléu (Selton Mello) é um malandroconquistador, que em meio a uma desuas muitas aventuras chega à cidadede Lisbela. Após se conhecerem eleslogo se apaixonam, mas há um proble-ma: Lisbela está noiva. Em meio àsdúvidas e aos problemas familiaresque a nova paixão desperta, há ainda apresença de um matador (MarcoNanini) que está atrás de Leléu, por eleter se envolvido com sua esposa(Virginia Cavendish).O filme, dirigido por Guell Arraes, ga-nhou 2 prêmios no Grande PrêmioCinema Brasil, nas categorias: MelhorAtor (Selton Mello) e Melhor TrilhaSonora. Foi o 7º filme mais visto em

2003 no Brasil. Elenco: Selton Mello,Débora Falabella, Virginia Cavendish,Bruno Garcia, Tadeu Mello, AndréMattos, Lívia Falcão, Marco Nanini,Paula Lavigne, Aramis Trindade.

Data: Sexta-feira, dia 16.09.2005 Hora: 19h30 (início do filme às 20h)

ATENÇÃ0 NOVO LOCAL:Gemeindestube, Therwilerstrasse16/18 em Bottmingen (próximo à estação de Bottmingen)

Como chegar: com o ônibus 34 ou oTram 10 até Bottmingen. Atravessar arua no sinaleiro para pedestres eseguir pelo caminho ao lado da linhado bonde até o estacionamento (àesquerda). Atravessar o estacionamen-to e o prédio fica logo à direita.

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Reforma pela baseO Brasil alcançou nos últimos anos uma

das maiores conquistas de sua história na áreada educação: democratizou o acesso ao ensi-no fundamental. Hoje, 97,2% das criançascom idade entre sete e 14 anos estão na esco-la. Mas é preciso fazer mais. As notas dos estu-dantes brasileiros nos exames de avaliação doMinistério da Educação estão muito abaixo doideal, principalmente nas escolas públicas. Nasdisciplinas de língua portuguesa e matemáti-ca, nem 10% atingem o desempenho adequa-do para seu nível de ensino.

Se a escola brasileira ainda não atingiu essepadrão de qualidade é porque, entre outrasrazões, a formação de seu magistério é defi-ciente. Boa parte não tem a qualificação míni-ma exigida para o nível de ensino em que atua.

Foi para enfrentar esse problema que ogoverno federal declarou 2005 o Ano daQualidade da Educação Básica. O Plano deQualidade para a Educação Brasileira, lançadopelo ministro da Educação, Tarso Genro, incluia criação do Sistema Nacional de Formação deProfessores. Sua base são dois projetos demédio prazo, com dois anos de duração, quetêm início previsto para agosto de 2005.

O primeiro é o Pró-Licenciatura, que daráa professores de escolas públicas de ensinomédio e das séries finais do ensino funda-mental acesso a cursos superiores em suasáreas de atuação. Até meados de 2007, o Mecdeverá matricular, pagar as mensalidades eoferecer ajuda de custo a 150 mil professoresem universidades de todas as regiões do País,50 mil só neste ano. O investimento chegará,em dois anos, a R$ 270 milhões.

O segundo programa é o Pró-Letramento.Trata-se de um amplo projeto de atualizaçãode conteúdos em língua portuguesa ematemática para professores das séries iniciaisdo ensino fundamental, justamente as duasáreas em que os estudantes avaliados peloSistema de Avaliação da Educação Básica(Saeb) mostraram imensas dificuldades.

Com a formação continuada dosdocentes, o Mec espera melhorar o desem-penho geral dos sistemas de ensino. De agos-

to de 2005 a meados de 2007, haverá quatromódulos de atualização, com material didáti-co produzido por centros de pesquisa de uni-versidades conveniadas ao ministério. Emcada módulo serão formados 100 mil profis-sionais, chegando a 400 mil ao final do pro-grama. O investimento nesses dois anos seráde R$ 120 milhões.

O sistema incluirá também outras açõesque já vinham sendo desenvolvidas pelo Mec:os programas ProInfantil, ProFormação e Pro-Ifem, de formação inicial e continuada dedocentes respectivamente da educação infan-til, das séries iniciais do ensino fundamental edo ensino médio, a Rede Nacional deFormação Continuada; o programa Universi-dade Século 21; a oferta de bolsas para pro-fessores de escolas públicas no ProgramaUniversidade para Todos (ProUni); a reestru-turação dos cursos de licenciatura; e o apoio àcriação de novos cursos com ênfase na diversi-dade cultural do País.

O Mec já dispõe em 2005, de R$ 470 mi-lhões em seu orçamento para dar início àsações do plano no âmbito do ensino médio. Aaplicação desses recursos está sendo decididaem conjunto com o Fórum Nacional dosConselhos Estaduais de Educação (Consed). Ositens prioritários deverão ser o ensino médiointegrado ao ensino técnico; a valorização e aremuneração dos professores; o estímulo aprogramas de formação de docentes já emandamento nos Estados; e obras de infra-estrutura e compra de equipamentos para asescolas, nas quais o Fundo Nacional deDesenvolvimento da Educação (FNDE) inves-tirá ainda outros R$ 75 milhões em 2005.

As ações de apoio ao ensino médio fazemparte de uma transição na forma de financia-mento da educação brasileira. A proposta deemenda constitucional que trata da transiçãojá foi encaminhada à Casa Civil e prevê oaumento progressivo da vinculação dos recur-sos de tributos federais à educação dos atuais18% para 22,5%. (Folhablu – 19.03.2005, www.folhablu.com.br.Repassado por www.brasilalemanha.com.br)

Os filmes brasileiros têm se aperfeiçoadonos últimos anos. Produções de alto nível divi-dem hoje espaço com produções arrasa-quar-teirões, vindos de países habituados na artede fazer cinema.

Desde a década de 90, dois filmesnacionais, «Central do Brasil», de WalterSalles e «Cidade de Deus», de FernandoMeirelles, já tiveram importantes indicaçõesao Oscar, inclusive como melhor filme edireção. O próprio «Central do Brasil», em1998, ganhou o renomado prêmio Urso deOuro em Berlim, na Alemanha. Em 2000, era avez de «Amores possíveis» de Sandra Werneckvencer o prêmio de melhor filme latino-ame-ricano no Festival de Sundance, nos EstadosUnidos.

Filmes como «Abril despedaçado», deWalter Salles; «O Homem que copiava», deJorge Furtado; «As domésticas» e o frenético«Cidade de Deus», ambos de FernandoMeirelles e outros, seguiram modestas car-reiras em salas de cinemas na Suíça.

Outro feito que confere a melhoria daprodução nacional é o número de pessoas quelotam as salas de cinema. O recente «Lisbela eo Prisioneiro», de Guel Arraes, passou da casade meio milhão de espectadores.

«Carandiru» também seguiu uma carreirabrilhante, levando Hector Babenco a receberdois prêmios respeitáveis no Grande PrêmioCinema Brasil nas categorias de melhor dire-

tor e melhor roteiro adaptado. O longametragem é inspirado no livro «EstaçãoCarandiru» de Dráuzio Varella e proporcio-nou ainda a indicação de melhor ator paraRodrigo Santoro. O filme, no Brasil, foi oquarto mais visto em 2003, tendo levado maisde quatro milhões de pessoas às salas deexibição.

Uma fita premiadíssima, que não podepassar em branco é «Bicho de Sete Cabeças»,de Laís Bodansky. O filme estrelado porRodrigo Santoro ganhou, nada mais nadamenos, que sete prêmios no Grande PrêmioCinema BR, mais sete prêmios no festival deBrasília e ainda nove prêmios no festival deRecife, entre eles o de melhor filme, melhordiretor, melhor roteiro, melhor ator, melhoratriz e por aí vai. Um verdadeiro fenômeno.

O CEBRAC, Centro Brasileiro de AçãoCultural (veja contato na página 11), sempre àfrente e decidido a mostrar a nossa história,proporciona agora em grande estilo uma va-riedade de novos DVDs.

Os filmes citados acima encontram-sedisponíveis na biblioteca da organização paratodos os visitantes que se cadastrarem. Porisso, meu amigo, prepare a pipoca, aquelaalmofada, convide uma companhia bemagradável e se deleite ao ver em sua TVgrandes produções sobre as peripécias danossa brava gente brasileira.

(Marcelo Candido Madeira)

C i n e m a e m c a s a

Está circulando pela internet a notícia queo Instituto CEMA tem sobra de aparelhos audi-tivos para distribuição a pacientes de baixarenda, podendo até mesmo ter comprometidaa cota a que tem direito junto ao SUS por faltade pacientes. Esta notícia (publicada tambémno CIGA-Informando N. 30 – Set. 2004), éinverídica e tem causado sérios transtornos àInstituição e à população de modo geral. Poristo, o Instituto CEMA esclarece que:

1.O Instituto CEMA participa do Programa deAcompanhamento e Avaliação de Pacientes comDeficiência Auditiva com ou sem aparelho, con-forme estabelecido na Portaria 432 do Ministérioda Saúde. Entretanto, por falta de aparelhos

auditivos, a lista de espera atual para o pacientecolocar a prótese é de 2 anos e oito meses.

2. As pessoas que tiverem problemas deaudição devem se dirigir aos prestadores deserviço mais próximos de sua residência.Informações podem ser obtidas através do disksaúde: 0800611997 e do site:www.datasus.gov.br/cnes.

O atendimento pelo Instituto CEMA, sópode ser feito mediante a presença dopaciente ou de seu representante no endereçodo Instituto CEMA: Rua Paschoal Moreira, 450, Mooca, São Paulo.(Bárbara Cheffer - Ecco Press Comunicação:[email protected])

Instituto CEMA esclarece nota falsa

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COMO SURGIU O CEBRAC? O CEBRAC (Centro Brasileiro de Ação

Cultural) foi fundado em 16 de março de1996, por iniciativa de um grupo debrasileiros que sentiam a necessidade de pro-mover a cultura brasileira na Suíça. Em 1998,tivemos a oportunidade de inaugurar anossa primeira sede em Altstetten, Zürich.Na época, dispúnhamos de pouco mais de600 livros em nossa biblioteca brasileira, quefuncionava diariamente.

Mesmo sem apoio financeiro, contandosomente com a taxa anual dos associados ecom o rendimento dos eventos quefazíamos, o CEBRAC foi divulgando seu tra-balho, ganhando espaço na comunidadelocal e, com isso, crescendo e ampliando suaárea de atuação.

O profissionalismo e o engajamento dosvoluntários permitiu que o número de asso-ciados fosse aumentando significativamente,fato que nos motivou a dar seqüência à lutapela continuidade do CEBRAC.

Hoje, a associação dispõe de três salasconjugadas na Quellenstrasse 25, 8005Zürich, cerca de 450 associados e mais de 4mil exemplares em seu acervo.

O QUE É O CEBRAC? QUAIS SÃO OS OBJE-TIVOS?

O CEBRAC é uma associação sem finslucrativos, ao abrigo do artigo 60 do CódigoCivil Suíço, cujos objetivos são promover, va-lorizar e divulgar a língua e a culturabrasileira na Suíça. A associação mantém-secom a contribuição anual dos seus associa-dos, fundos arrecadados em atividades cul-turais, doações e trabalho voluntário.Esporadicamente recebemos também apoio

financeiro de organizações e de autoridadessuíças para a execução de projetos específi-cos como, por exemplo, o CENCA ou os cur-sos de alemão.

Como forma de atingir seus objetivos, oCEBRAC dispõe de uma biblioteca (incluindovídeos, dvds e cds), organiza diferentes even-tos culturais para a promoção da culturabrasileira, participa de atividades nas quais oBrasil está representado na Suíça e ofereceserviços de informação e triagem (CENCA –Centro de encaminhamento em língua por-tuguesa na região de Zurique), apoiando,desta forma, a integração da comunidadebrasileira na Suíça.

Até 2002, o CEBRAC oferecia os cursos deHSK (Língua e Cultura), conseguindo para osmesmos o reconhecimento das autoridadessuíças. Em função do grande encargo admi-nistrativo, os cursos passaram a ser oferecidospela Organização ABEC, criada pelas antigasprofessoras do CEBRAC.

Cultura e informação andam de mãos dadas no CEBRAC

COMO FUNCIONA O CEBRAC?O CEBRAC é coordenado por uma direto-

ria, que é eleita em assembléia geral e man-tido com trabalho voluntário. O ProjetoChance e um Intercâmbio Internacional dejovens (ICYE) fornecem, periodicamente,pessoal qualificado para o trabalho na nossaAssociação. A participação dos associados namanutenção e desenvolvimento da mesma éde extrema importância.

HORÁRIO E LOCAL DE FUNCIONAMENTOO CEBRAC está aberto regularmente às

terças e quartas de 13:00 às 16:00 horas e aossábados de 12:00 às 18:00 horas. Visitas foradestes horários podem ser combinadas comantecedência. Os associados também podemsolicitar o empréstimo de nosso material pore-mail ou telefone e recebê-lo pelo correio.Também dispomos de uma Homepage.

CEBRAC: Quellenstrasse 25, 8005 ZürichTelefone/Fax: 01 271 43 05Homepage: www.cebrac.orgEmail: [email protected]

COMO SE TORNAR SÓCIO?Para se tornar sócio, basta pagar a taxa

anual de:CHF 35,00 (para sócio individual);CHF 50,00 (para sócios família);CHF 100,00 (para sócios beneméritos) eCHF 100,00 (para sócio coletivo), depositando o valor diretamente na

nossa conta: CEBRAC, Quellenstrasse 25,

8005 - Zürich, PC-Konto: 20-494201-5, com-pletando e assinando o Termo de Compro-misso e enviando-nos o mesmo pelo correio.

A associação também pode ser realizadadiretamente na nossa sede.

O ano de filiação vai de 1° de agosto a 31de julho.

VANTAGENS DE SER SÓCIO DO CEBRAC• empréstimo de livros, vídeos, dvds etc;• recebimento regular do boletim infor-

mativo, assim como convites para osdiversos eventos que realizamos;

• descontos nos cursos, workshops, even-tos etc realizados pelo CEBRAC

Exemplos de eventos realizados:• café literário (autores brasileiros

residentes no Brasil ou na Suíça)• exposição de quadros• palestra, sarau, workshop

MOMENTOS DO CEBRACNestes 9 anos de funcionamento o

CEBRAC já nos proporcionou muitas ale-grias. Em diferentes ocasiões, divulgandonossa cultura, fazendo caipirinha mesmoembaixo de chuva, conhecendo gente novae observando o quanto a associação é paracada uma dessas pessoas especial e impor-tante, trocando idéias, oferecendo infor-mação. Essas pequenas e grandes coisas nosincentivaram a continuar. Momentos difíceistambém nos acompanharam. Manter umaorganização funcionando bem, sem finan-ciamento garantido e com trabalho volun-tário é um grande desafio, que algumasvezes nos pareceu quase impossível de trans-por.

O alto nível qualitativo de nossas ativi-dades é, para nós, um fator muito impor-tante. Quantitativamente, dependemos dadisponibilidade dos voluntários (que são, emsua maioria, pessoas profissionalmente ati-vas, além do engajamento no CEBRAC) paraa organização de eventos, para cobrir ohorário de abertura da sede e para realizar otrabalho administrativo.

Mas, seguimos em frente e estamos aber-tos para novas idéias, novos colaboradores enovas perspectivas!

Algumas voluntárias e uma parte da diretoria,durante a visita do Cônsul Sr Adolpho de Sá Correia e Benevides, em dezembro de 2004

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Café Literário da Mariana Brasil, com música deMarcelo Madeira

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Há quase dez anos a região de Zurique conta com uma biblioteca brasileira e um grupo inte-ressado em promover a cultura do Brasil em terras suíças. Formado e mantido por voluntários,o CEBRAC atinge hoje brasileiros em todo o país, oferecendo material literário e audiovisual,além da promoção de eventos e do apoio à integração, por meio do CENCA. Em nome doCEBRAC, Mônica Epperlein Stoll respondeu às perguntas do CIGA-Informando, contando umpouco desta história.

HELP!HELP!Ano 7 - N° 35 - Julho 2005 CIGA-Informando

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CIGA-Informando Ano 7 - N° 35 - Julho 2005

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Numa sociedade cada vez mais globaliza-da e informatizada, às vezes perde-se adimensão do indivíduo. As pessoas desempe-nham tantos papéis diferentes na vida diária,que acabam tendo problemas no convíviodoméstico. Quando uma solução «caseira»para organizar o meio de campo na famíliafica difícil, o jeito é procurar «HELP! ForFamilies», um serviço de aconselhamento eapoio para famílias.

A psicóloga brasileira Hélia Santos, quetrabalha há seis anos no HELP!, conta que aidéia veio dos Estados Unidos, onde o projetoé controlado pelo Estado e presta ajuda sociala famílias com problemas. Nos anos 80 a pro-posta foi trazida para a Europa, iniciando pelaAlemanha, através de um grupo da IgrejaCatólica. Na Suíça o serviço existe há 12 anose o HELP! For Families realiza seu trabalhoatuando em conjunto com outras entidades.

O acompanhamento às famílias é feitopor profissionais das áreas de psicologia, pe-dagogia social e assistência social e acontecepor meio de visitas às casas. Não há consultasou informações no escritório ou por telefone,mas diretamente no local de convívio das pes-soas a serem apoiadas. A proposta é que osprofissionais visitem regularmente as famílias,conheçam a estrutura familiar e auxiliem osmembros da família a compreender e assumiro seu papel. «Nós não chegamos com fórmu-las prontas, mas trabalhamos em conjuntocom as famílias», enfatiza Hélia. Ela reco-nhece que essa postura às vezes causa espantonas pessoas, que esperavam alguém quefizesse tudo por elas.

Como chegar ao HELP!Os caminhos pelos quais as famílias

chegam ao HELP! são variados. Elas podem serindicadas por pediatras, pelo Serviço deOrientação das escolas, pelo Juizado deMenores, pelo Hospital Infantil, pelos serviçosde aconselhamentos de pais existentes emvárias cidades, por professores, pela Policlínicade Psiquiatria ou pelo Serviço de PedagogiaEspecial de Basel (HPD). Em todos esses locaisé possível identificar se a criança ou jovemapresenta algum problema, seja físico oucomportamental. Por vezes na escola o pro-

fessor observa que o aluno tem dificuldadesna aprendizagem ou no convívio com seuscolegas. No contato com a família percebe-seque existem problemas maiores e pode-sesugerir o acompanhamento do HELP!.

«As atitudes da criança são o pico do ice-berg», ressalta Hélia. «As crianças apresentamos sintomas e nós tentamos identificar nas vi-sitas às famílias as causas doproblema», explica. O acom-panhamento não tem dis-tinção de nacionalidade.São atendidas famíliassuíças, binacionais e es-trangeiras, que seassemelham bas-tante no que dizrespeito ao tipode problema.

Hélia destacaos casos maiscomuns:

• Problemasfinanceiros:famílias debaixa renda ouatingidas pelo de-semprego.

• Isolamento: pouco contato social, o queacaba criando uma barreira para o desen-volvimento da criança, que não tem ondedescarregar sua energia e adquirir umavisão de mundo mais ampla.

• Problemas de saúde: tanto no campo físi-co, como psicológico ou psicossomático.Há poucos casos de crianças que tenhamproblemas físicos ou necessidades especi-ais. O que mais aparece são crianças comproblemas comportamentais, como aSíndrome da Hiperatividade, por exem-plo.

• Separação: é o caso de muitos casais bina-cionais. Somam-se aqui problemas deadaptação e integração ao país, com-preensão da estrutura da sociedade local,aprendizado da língua. Todos essesfatores levam a uma crise emocional e aspessoas necessitam tratamento. Passada acrise, entra em ação o HELP!, a fim de aju-

For Families é o anjo da guarda das famílias

dar a família a se integrar melhor no dia-a-dia.

• Doenças crônicas: casos de depressão emvários níveis, traumas de guerra e outros.Nesses casos o acompanhamento em casaé constante e faz-se a ponte para outrosserviços, como o atendimento psicológicoou psiquiátrico, se necessário.

• Desemprego: pode gerar problemasfinanceiros, isolamento, depressão e osurgimento de dores crônicas especial-mente nas costas, fenômeno que é maiscomum nos homens migrantes. Daí entraem ação também a medicina psicos-somática. Esse problema pode ser mais ou

menos grave dependendo da fase demigração em que a pessoa se encontrae do nível de esperança que tem de

voltar ao seu país deorigem.• Problemas de dro-gas: não tanto nosjovens, mas nos adul-tos. Muitas vezes umou os dois membrosadultos da família jáestão no programapara sair do vício eos profissionais doHELP! os motivampara fazer algo emcasa ou procurar

emprego, ao mesmotempo em que tentam controlar o con-sumo de drogas.

• Violência doméstica e maltrato às cri-anças: também é um tema freqüente. «Sea criança passou pelo hospital ou pediatrae percebe-se que algo está errado, vamosobservar a família até as marcas desapare-cerem», diz Hélia. A psicóloga explica queesses probelmas são gerados, em parte,pelo stress, pela pressão de ter mais umfilho ou pelo fato de as crianças nãoterem sido desejadas. Mas não são só ospais que batem nas crianças e jovens, hátambém casos de crianças e jovens que espancam os pais. Os profissionaistentam então fazer com que todas aspartes sentem e conversem sobre a briga,tentando achar uma outra forma deresolver o problemas.

• Álcool: esse tema ainda é um tabu para asfamílias. Quando um membro da famíliabebe, é normal que os outros se sintam

«vítimas», diz Hélia. «Nós tentamos daruma outra dinâmica e mostrar que todostêm participação», explica. Há também oscasos de famílias em que as mulheresbebem, mas não se consideram alcoóla-tras. Para todas essas famílias o trabalhodo HELP! é desenvolvido em conjuntocom a Assistência Social da cidade.

• Prostituição: muitas vezes existem casosde mães que se prostituem para aumentara renda familiar. Nesses, quando não setem certeza, não dá para conversar arespeito, diz a psicóloga.

• Abuso sexual: nessa área, quando se temprovas do fato, o HELP! trabalha em con-junto com o Triangle, um serviço de apoioe proteção à infância e juventude. Se nãoexistem provas, entram em cena outrasinstituições que trabalham com o tema. Seexiste apenas a suspeita e a família disserque não quer ajuda, não se pode fazernada.

• AIDS: ajuda famílias com um membroaidético ou pessoas que são HIV positivo.

• Frustração: quando a expectativa emrelação aos filhos na escola é muitogrande, pode ocorrer a frustração se onível esperado não é atingido e isso podedesencadear uma série de problemas norelacionamento doméstico.

• Crianças que praticam pequenos roubos:tenta-se chegar à causa e trabalhar com ascrianças alguns conceitos da vida emsociedade, dos direitos e deveres de cadaum. A experiência de Hélia mostrou que épossível conseguir uma mudança de com-portamento.

Trabalho conjuntoUma vez identificado o problema, consul-

ta-se a família para ver se eles aceitam oapoio do HELP! Caso positivo, o serviço recebeum dossiê sobre o caso e faz-se uma reuniãocom a família e um representante do órgãoque fez a indicação. Os profissionais do HELP!explicam o seu trabalho e perguntam sobre asexpectativas da família. Em conjunto decide-se sobre a freqüência das visitas e o melhordia. A assistente social decide por quantotempo o acompanhamento deve ser feito.

«Vamos na família e, dependendo dotema, tentamos elaborar uma outra estrutu-ra, um outro cotidiano, a partir de questõespráticas», explica Hélia. Faz-se um plano parao dia-a-dia, com horários

HELP!

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Foto: Arquivo wilber’s

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para tudo, a fim detentar fazer a estrutura familiar funcionarmelhor. Ás vezes a pessoa precisa de um des-pertador, exemplifica a psicóloga, noutrasprecisa ter alguém para conversar sobre osproblemas e assim por diante. Hélia fazquestão de dizer que os profissionais nãofazem nada pela pessoa, mas «só estrutu-ramos o que a pessoa precisa para resolver seudia-a-dia, ajudamos a fazer um check-up detudo, resumindo, damos um empurrão».

A psicóloga reconhece que em famíliascom crianças pequenas é muito mais difícil,pois a criança exige muita atenção e as forçasàs vezes são poucas. Os agentes HELP! procu-ram dar tarefas para os membros da família ecobram o cumprimento, na tentativa de moti-var as pessoas a assumirem seus compromis-sos. Se a pessoa não consegue fazer o que foiprevisto, tentam ver o porquê e começar denovo.

O conceito do trabalho baseia-se na tera-pia sistêmica e em alguns casos utiliza-setambém o Triple P, um método educacionalcriado há 15 anos na Austrália e que mesclapsicologia antiga e moderna: com regrasclaras e análise das conseqüências. «Vemos afamília como um sistema, analisamos o rela-cionamento social e o nível de integração eprocuramos ver o problema como um todo»,resume a psicóloga.

Cada visita às famílias é de uma hora emeia a duas horas e meia e a duração doacompanhamento varia de um a dois anos. Acada três meses faz-se uma avaliação do tra-balho, reunindo todos os serviços envolvidos ea família tem a liberdade de dizer se querinterromper a ajuda.

A receptividade das famílias, segundoHélia, é muito boa. Há interesse, curiosidade euma grande expectativa em relação ao traba-lho, diz ela. «Eles têm a fantasia de que vamosFAZER alguma coisa por eles e na hora seespantam com o TRABALHO CONJUNTO e aausência de fórmulas prontas», observa.Mesmo assim, sempre há famílias que resis-tem e não abrem a porta na primeira visita. OServiço Social é avisado e, se o caso se repetirpor duas vezes, na terceira a assistente socialvai junto.

Os profissionais procuram comunicar-secom as famílias no nível em que elas possamentender. O atendimento é feito em alemão,português, francês, italiano, espanhol, turco,serbo-croata e inglês. Todo o trabalho do

HELP! está sob sigilo profissional. «Nós temosque ter a acesso a todas as informações sobrea família, a família não tem mais privacidadeconosco e somos obrigados a informar aosserviços competentes tudo o que esteja colo-cando em risco as crianças. Outras infor-mações, porém, não são repassadas. O que dizrespeito à vida pessoal não sai dali», asseguraHélia. Desta forma, cria-se uma relação deconfiança. Acabado o período de acompan-hamento, porém, os profissionais não podemmais retomar o contato social com essasfamílias, para preservar a relação profissionalque originou o contato.

Os custos do serviço prestado pelo HELP!são subsidiados parcialmente pelo Estado etambém por outros patrocinadores. Se afamília procura o serviço por conta própria, éela que assume os custos. Se for uma indi-cação do médico, da escola ou de outroórgão, a família não tem gastos.

Internamente, o HELP! está organizadocom nove pedagogos sociais, uma psicóloga,uma assistente social e pedagoga social e doiscoordenadores. Semanalmente realizam-sereuniões para a troca de informações e dis-cussão de temas ligados à problemática dasfamílias. Todos os profissionais fazem ano-tações sobre a receptividade das famílias, asfacilidades ou dificuldades no trabalho e essasquestões são debatidas em conjunto. Os coor-denadores acompanham de perto o trabalhoe dão o suporte necessário. Duas vezes pormês há uma supervisão externa do trabalhorealizado. O balanço desses anos de trabalhoé, segundo Hélia, muito positivo.

(Irene Zwetsch)

➙ Continuação da página 13

Contato: HELP! For FamiliesBeratungsstelle SLW, Spitalstrasse 40, BaselTel: 061 386 92 68E-mail: [email protected]: www.help-for-families.ch

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Coreógrafa paulistana faz vibrarteatro suíço A coréografa paulistana Sonia de Mello,que começou sua carreira na dança,como bailarina no Teatro Municipal deSão Paulo e do Rio, antes de fazer parteda troupe do Teatro de Genebra, comOscar Arrais (coréografo argentino quedeu grande destaque ao balé emGenebra) e do Teatro de Berna, venceuo desafio que se impusera ao ver opúblico do Teatro de Berna lotadoaplaudir entusiasmado, durante quasedez minutos, a apresentação do seu baléQuebra Nozes de Tchaikovsky. Seu desafio era o de montar o balé comseus alunos, num espetáculo de quali-dade de profissionais, para um públicoexigente, e assim retornar onze anosdepois ao teatro onde era bailarina,desta vez como coreógrafa. Mas abrasileira, estimada e reconhecida peloscríticos suíços pela sua dedicação eenergia na escola de dança que dirigecom seu marido, também bailarino,Alfonso, tem se destacado também portransformar a escola num viveiro debailarinos com vocação profissional. Élá que diretores do Conservatório deBalé da Ópera de Paris e do Royal Balletde Londres escolhem os alunos destina-dos à sua troupe e é de lá que saem tam-bém bailarinos para o grupo de MauriceBéjart, instalado em Lausanne. A paixão de Sonia de Mello pelo balécomeçou, em São Paulo, nas aulas deGil Sabóia, Yelle Bittencourt e CarlaPerrotti, no grupo de VeronicaCoutinho, com Dalao Ashcar, no Rio. Noseu início de carreira, no TeatroMunicipal de São Paulo recebeu oprêmio de bailarina revelação daAssociação dos Críticos de Arte. Veja mais informações no site -www.ballett.ch.

(Colaboração de Rui Martins)

Apoio a crianças doentesNo Rio Grande do Sul, um grupo de vo-luntários está engajado para alegrar avida de pacientes menores de 18 anos,que sofrem de doenças que exigemtratamento contínuo. O objetivo dessaONG é resgatar a força e a coragem que

toda criança tem dentro de si através de«Um Pequeno Desejo» concedido com aajuda de voluntários. Eles querem lem-brá-las que ainda são crianças e que,apesar de sua doença ser séria, elas nãodevem parar de sorrir ou brincar. Paraver detalhes sobre essa iniciativa e comoparticipar, acesse o site: www.pequenodesejo.org.

(Colaboração de Roberto Zwetsch)

Classes bilíngües em Berna Um brasileiro está fazendo história emBerna, ao liderar a luta pela implan-tação de classes bilíngües de liceunaquela cidade. A cruzada do jornalistaRui Martins vai além da questão pura-mente lingüística. Ele vê as classesbilíngües como uma oportunidade deintegração para um grande público mul-ticultural, que hoje freqüenta a EscolaCantonal de Língua Francesa (ECLF). Aproposta, que criou corpo no ano pas-sado, visa possibilitar que os jovens con-tinuem seus estudos na capital federal,sem ter de deslocar-se para a suíçafrancesa, distanciando-se dos fami-liares. Martins defende que a comu-nidade francófona de Berna mudou bas-tante nos últimos anos e conta hoje comum grande número de estrangeiros, quenão tem qualquer ligação com a Suíçafrancesa e que querem seguir suas vidasem Berna. Leia mais sobre o assunto nosite www.francophones-de-berne.ch oucontacte diretamente o jornalista RuiMartins para obter informações:[email protected].

Língua alemã no currículobrasileiroNo interior do Rio Grande do Sul umaescola está implantando o ensino doalemão como segunda línguaestrangeira, depois do inglês. A prática,que já existe em escolas maiores naRegião Sul do Brasil, representa uma«volta ao passado», pois o idiomaalemão já era ensinado nas escolasantes da Segunda Guerra. Aí veio a cam-panha nacionalista, não apenasproibindo as línguas estrangeiras poralguns anos, mas destruindo os sinaisexternos dessas culturas nas comu-

nidades e inibindo as novas gerações doresgate dessa identidade roubada. Naminha escola primária, onde o profes-sor também era de ascendência ger-mânica, falar alemão era proibido, equem o fizesse teria que ficar na sala deaula durante o recreio, enchendo osdois lados da lousa com a frase, repeti-da tantas vezes quantas coubesse napedra: "Eu não devo falar alemão naescola”. Claro que o objetivo era forçaro aprendizado do português. Mas quemfalava essa língua do colono era grosso,ignorante, "alemão batata”, sofrendouma opressão moral e psicológica tãodescabida quão terrível. Isso deve teracontecido, também, com descendentesde italianos e outras etnias... E agora, jáaparece a quase moribunda língua doberço adotada como «segunda línguaestrangeira» em comunidades onde ospais e avós a conhecem, mas os alunosse obrigam a reaprendê-la, porquepouca coisa sabem dela. (Guido ErnaniKuhn, jornalista em Santa Cruz do Sul –RS e editoria). (Colaboração de Deborah Biermann.)

Escritora brasileira premiada naEspanha A autora brasileira Nélida Piñón foiescolhida pelo júri reunido na cidadeespanhola de Oviedo para receber oprêmio espanhol Príncipe de Asturiasdas Letras 2005. O júri destacou acapacidade da escritora em transpor aum âmbito universal a complexa reali-dade da «Iberoamérica», com umaprosa rica em registros. «Em sua escrita confluem diversastradições literárias que configuram umasingular teoria de mestiçagem», disse opresidente do júri, Victor García de laConcha. Os prêmios Príncipe de Asturias sãodados por trabalhos científicos, técni-cos, culturais, sociais e humanos rea-lizados por pessoas, equipes de trabalhoou instituições. A entrega dos prêmios,no valor de 50 mil euros cada e acom-panhados por uma escultura de JoanMiró, acontece no outono no TeatroCampoamor de Oviedo.

(Colaboração do Grupo Ação)

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A galerista Rita Ficher-Rohr tem o prazer de convidar para um Aperitivo especial emsua recém-inaugurada galeria, em Basel.

As obras do renomado artista pop brasileiroRomero Britto, que ficam na galeria aténovembro, são um chamado à fantasia, aosonho e deixam no observador uma sensação debem-estar e alegria. Vale a pena conferir!

Data: Sexta-feira, 12 de agosto de 2005Horário: 19 horasLocal: Galeria Ficher-Roch

Schertlingasse 4, BaselVejam detalhes sobre a galeria e o artistano site: www.ficherrohr.ch

Por favor, confirme sua presença pelo telefone 061 271 89 07, ou por E-mail:[email protected] até o dia 7 de agosto.

Arte pop BrAsilEira em BaselC O N V I T E

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