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    CABALAASPECTOS DO OCULTO

    MUNDOS ALM DA MENTE

    entre os vrios sistemas de estudo e consecues mgico-msticas, aquele que,provavelmente, nos oferece as melhores lies, adaptando-se s caractersticas doOcidente , sem dvida, a Cabala.

    Mas o que a Cabala? Esta a primeira questo que se ergue, quandoouvimos referncias sobre este Ramo do Esoterismo.

    O assunto torna-se ainda mais intrigante ao sabermos que grande parte das OrdensIniciticas, principalmente as ditas manicas (1), se desenvolveram baseadas na Cabala,que aparece como a chave de todos os rituais destas ordens, inclusive os da Igreja Romana,como torna-se obvio a qualquer estudante no minado pelo fanatismo religioso.

    A Cabala, a grosso modo, pode ser definida como sendo a Doutrina EsotricaJudaica (2).

    A palavra Cabala (3), soletrada em hebraico QBLH, derivando-se da raiz QBL, Qibel,significando receber. Isto refere-se ao fato ( assim dito ) de que o ConhecimentoCabalstico sempre transmitido oralmente.

    Quanto s origens da Cabala, por mais que nos aprofundemos em pesquisas, jamaisteremos respostas concretas a respeito. Mas, entre vrias hipteses, dito que a tradiofoi criada e desenvolvida durante seis mil anos de civilizao nas terras de KHEM (Egito) (3).Naqueles gloriosos tempos, quando os deuses andavam pela Terra, a tradio eraconhecida como PAUT NETERU (Nove Divindades). Em seguida, ao perceberem o incio da

    decadncia do Grande Imprio Camita, os iniciados resolveram transmiti-la aos Caanitas.

    Deixemos, entretanto, estas lendas de lado por enquanto. O que mais nosinteressa no momento que, no Sistema Ocidental de Iniciao, a Cabala tem sido usadacom sucesso por muitos sculos e que contm o mais conveniente e seguro corpo decorrespondncias jamais concentrado em um s e simples grifo. As divises e subdivisesrepresentadas pelas Dez SEPHIROTH e os VINTE E DOIS CAMINHOS compreendem o inteiroUniverso.

    Existem vrios meios de exegese cabalista. Os principais seguem regras concisas.Algumas destas regras so de grande importncia.

    O princpio formal estabelece que, uma vez o profundo significado de uma palavra ou fraseseja estabelecido, ela passa a ter o mesmo significado atravs de toda uma escritura. Istoaplica-se tambm aos nmeros, letras, abreviaes e leis. Por exemplo: de acordo com estaregra, a expresso SERPENTE DO PARAISO pode ser entendida como sendo asBIOENERGIAS QUE ASCENDEM PELA COLUNA DORSAL EM ESPIRAIS DURANTE CERTASPRTICAS OCULTAS. Seguindo o princpio acima, todas as serpentes citadas na Bblia sometforas para estas energias flamejantes do corpo humano (4).

    Em Gnesis, 49:10, Jacob dirige-se seu filho dizendo: venha SHILOH... (IABOSHILOH). Shiloh primeiramente mencionado por Jeshuah, que construiu um povoado

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    anfictinico no stio ao redor do TABERNCULO. O quanto sabemos a respeito destepovoado no nos oferece qualquer significado metafrico do termo Shiloh. Os cabalistasencontraram a resposta do seguinte modo: a frase Venha Shiloh tem como soma total358. Existem duas outras palavras com idntica numerao: SERPENTE e MESSIAS (NChShe MESSIAH ), que nos ajuda a explicar o significado alegrico de Shiloh.

    O termo Serpente foi antes explicado como uma palavra cdigo para as bioenergiasque em seu movimento de subida lembram os populares desenhos espiralados do DNA, emelhor ainda, a Serpente do Basto de Hermes (Mercrio-Thot), mensageiro dos DeusesGregos, e nos lembra tambm a SERPENTE DE BRONZE erguida por Moiss no deserto (Nmeros, 21:6-9).

    Durante a subida atravs do corpo, estas energias serpentinas entram no corao(Chakra Coronrio), onde despertam um Poder chamado MESSIAH. NO sagrado Livro doZohar est escrito que o Messiah tem que primeiro erguer-se no corao do homem.

    Vejamos outro exemplo: A palavra ADONAI (AD-ON-AI) que os irmos do QuartoGrau da maonaria Osiriana conhecem, mas no sabem o que significa, escreve-se emhebraico ADNI, valor numrico 65, 6+5 = 11, o nmero da Magia e o total das Sephiroth

    (Contando com DAATH) na rvore da Vida; a unio do Hexagrama com o Pentagrama; isto, o Macro e o Micro reunidos, fazendo UM S. Em uma mais profunda interpretao, temosque os iniciados Gnsticos transliteraram a palavra para implicar suas prprias frmulassecretas. ON o Arcano dos Arcanos, seu significado ensinado gradualmente aosAspirantes da REAL ARCA DE ENOCH. Tambm AD a frmula paternal, HADIT; ON seusuplemento, NUIT; o YOD final etimolgicamente significa MEU, e essencialmente significaa semente mercurial ( transmitida), virginal e hermafrodita O EREMITA do Tarot . O nome, pois, usado para invocar o ARCANO PESSOAL mais ntimo, considerado como resultadoda conjuno de NUIT ( O Infinito Grande) e HADIT (O Infinito Pequeno). Se o segundo Aest includo, sua importncia consiste em afirmar a operao do ESPRITO SANTO e aformulao do BEB NO OVO que precede a apario do Eremita.

    Diz-nos Crowley: A Cabala, isto , a Tradio dos Judeus, concernente

    interpretao inicitica das escrituras deles, , em sua maior parte, ou ininteligvel ou tolice.Mas ela contm como seu esqueleto a mais preciosa jia do pensamento humano; aquelearranjo geomtrico de nomes e nmeros que chamado de RVORE DA VIDA Eu o chamode precioso porque tenho verificado que o mtodo mais conveniente, at agoradescoberto, de classificarmos os fenmenos do Universo e de registrarmos as relaesentre eles.(5)

    A Arvore da Vida contm Dez SEPHIROTH e Vinte e Dois Caminhos, perfazendo asTRINTA E DUAS PORTAS DA SABEDORIA. Entretanto, a existe um Vu. No so somenteDez Sephiroth, mas ONZE DAATH, que quase nunca mencionada nos compndios(porque no interessa a muitos) a respeito da Cabala, a invisvel Porta que d acesso sTRS SEPHIROTH SUPERNAS (KETHER, CHOKMAH E BINAH). Assim, temos a somaTRINTA E TRS (11+22) que nos fornece as chave dos Trinta e Trs Graus da Maonaria e,

    como todos devem ter notado, a idade de IHShVH, isto , o Magus do AEON de OSIRIS.

    A rvore da Vida , por assim dizer, uma chave cabalstica no senso mstico emgico. Numerosos livros t6em sido escritos a respeito da Dez Sephiroth e dos Vinte e DoisCaminhos, desdobrados pela conscincia humana, em sua tentativa de compreender ospoderes macrocsmicos em termos de valores microcsmicos.

    O ocultismo no Ocidente, entretanto, vem sendo dominado porinterpretaes que somente tomam em considerao o aspecto positivo deste grandesmbolo. O outro lado, o negativo (6), ou avesso da rvore, tem sido mantido velado e

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    maliciosamente ignorado. Mas no existe dia sem noite, e o SER, Ele mesmo, no existesem referncia ao NO-SER, do qual a inevitvel manifestao.

    Qualquer aluso a este aspecto da rvore da Vida e seus Ramos tem sidoclassificada sob oprobiosos cabealhos ou relacionados ao infernal domnio dos Qliphoth,o mundo das cascas ou sombras, que no outro seno nosso mundo, tal como o

    conhecemos, sem a Luz transformadora da Conscincia Mgica.

    Assim sendo, a total Iniciao no ser possvel sem o entendimento dos CaminhosQliphothicos, que so, na prtica, to reais quanto a sombra de qualquer objeto iluminadopelo sol. Em outras palavras, os Caminhos Luminosos de Horus, os Caminhos que ohomem tem projetado para conectar as Zonas-de-Poder Csmico (Sephiroth) com suaprpria conscincia, possui suas contrapartes nos Tneis de Seth, uma obscura teia, ounoturna rede de Caminhos, cuja existncia ignorada por esses que so incapazes deperceber a total complexidade da rvore, mas percebida mesmo queles que atingiram seusmais baixos Ramos. falso e ftil imaginar uma moeda com somente uma face. Pessoasque assim tentam imaginar, jamais podero descobrir os segredos do Universo que, narealidade, so os seus mesmos segredos. Somente depois de dominar o mundo dassombras dentro de si mesmo, na forma de arqui-demnios, luxuria, dio e orgulho, que o

    homem poder realmente clamar-se o Senhor dos Discos Luminosos, a Sephiroth.

    As Sephiroth eram descritas pelos antigos Cabalistas, e por alguns dos atuais, comosendo divinas emanaes do Absoluto. A Palavra Sephiroth o plural de Sephira,significando nmero ou emanao. As Dez Sephiroth representam a emergncia de AIN(O Nada que est alm da Unidade) via a escala numrica de Um a Nove, e seu retorno aoNada via Malkuth onde a Unidade (1) torna-se Nada (0) outra vez.

    Como os leitores devem ter percebido, existem certos fatos relacionados com aCabala que necessitam ser ventilados antes que possamos obter uma melhor compreensodeste Sistema, como tambm para evitar andar em crculos e becos sem sada, causadospor distores e deturpaes que, num passado no muito remoto, impediram o avana daevoluo humana, neste particular assunto nos ltimos dois mil anos.

    Contudo necessrio alertar que estes erros no ocorreram de acidentes fortuitos,mas sim provocados deliberadamente, fazendo parte de maquiavlico plano no qual ohomem viu-se envolvido inconscientemente. Grupos, os mais diablicos, deturpando algunsArcanos, pretenderam, e ainda pretendem, usurpar no s o poder religioso, mas tambm omgico, e, atravs destes, manipular o destino do Planeta. Muitos questionaro o porquedisso, ou melhor, qual o intuito desses que elaboraram o plano. Existem pistas espalhadaspor toda nossa Histria, as quais os mais perceptivos, ou os de fato Iniciados, podero Teridia do porque.

    Entretanto, como deveria se tornar obvio a esses grupos, o plano jamais teria xitopor muito tempo, e est se desmoronando no presente AEON, malgrado os desesperadosesforos deles em mante-lo de p.

    A ardilosa maquinao elaborada pela, assim chamada, A GRANDE FEITIARIA,falha em um detalhe: sendo a Lei da Evoluo Universal perfeitamente dinmica e elstica,ela contm vrias subdivises de desordem, de imperfeies; mas tambm desalvaguardas, agindo automaticamente quando a Vontade Maior atingida pela vontademenor, interferindo alm dos limites estabelecidos.

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    Tambm esse assunto, sendo de suma importncia para uma melhor compreensodo Grande Quadro e, obviamente, das causas de nossos males, deve ser estudado eanalisado demoradamente.

    Quando isso for feito, veremos que aquela falha no plano e esses males so, elesmesmos, perfeitos exemplos do funcionamento das salvaguardas: a falha produz sofrimento

    e, sofrendo, o homem busca respostas e, nessa busca, encontrar, mais cedo ou mais tarde,a chave do GRANDE ARCANO, anulando a ao nefasta daquela organizao diablica.

    Depois da Yoga, a cabala o mais propalado Sistema de Iluminao no Ocidente,porm um dos menos compreendidos.

    Na maior parte das vezes, as pessoas interessadas nesta Cincia perdem-se noamaranhado de supersties derivadas da.

    Todo o segredo, o prprio corao do Edifcio Cabalstico, est contido na rvore daVida; e mediante o certo e adequado uso desse glifo que conseguimos atinar comrealidades subjacentes a toda complicao que a Cabala pode parecer aos menosesclarecidos. A rvore da Vida simboliza o inteiro Universo (Macro e Micro), uma

    proposio to vasta em suas implicaes que muitos chegam a duvidar da existncia deum tal simbolismo.

    A rvore um diagrama composto por dez esferas chamadas Sephiroth, e vinte eduas linhas conectando estas esferas, e que se chamam Caminhos. Normalmente a rvore mostrada em duas dimenses, mas tambm existem representaes em que ela aparece emtrs dimenses.

    Existem dois mtodos bsicos de consecuo espiritual baseados no uso direto darvore da Vida: MEDITAO e RITUALISMO. Seguindo esses dois processos, o homemlograr atingir o Corao da rvore, o Centro Crstico Nele Mesmo TIPHARETH onde tera Viso e Conversao do Sagrado Anjo Guardio (ADONAI, no linguajar cabalstico) sendodas mais transcendentais experincia que o homem pode ter.

    Os dois mtodos acima referidos meditao e ritualsmo na realidade so um, efundamenta-se na mais rigorosa disciplina interna e externa (disciplina mgica), cujafinalidade obter o completo controle do princpio pensante, o RUACH. Com essa faculdadesob controle, o Aspirante exalta gradualmente seu ser por vrias tcnicas ritualsticas:invocaes, evocaes, vibrao dos nomes divinos, identificao com as imagenstelesmticas ou msticas, adorao, entrega, etc. No final ele percebe que todas as tcnicasperfazem UMA S.

    Assim trabalhando, ele transcende o que ele no atual, ou melhor, o que ele pensaser, ascendendo pelas SEPHIROTH at atingir (teoricamente) KETHER. Esta subida realiza-se pela COLUNA DO MEIO, ou o CAMINHO DO MEIO, isto , a Coluna Central da rvore,formada por MALKUTH, YESOD, TIPHARETH, DAATH e KETHER. No Sistema Oriental isto

    equivale ao Canal Shushuma, por onde eleva-se KUNDALINI. Na Tradio Greco-Romana, oCaduceu de Hermes (Mercrio-Toth) o smbolo do segredo, tanto quanto a Serpente debronze erguida por Moiss no deserto.

    Evidentemente, pode-se usar os outros Caminhos laterais, as duas Colunas laterais,que na maonaria recebem os nomes de BOOZ e JACHIN (7).Antes de usar os mtodosprescrito pela Cabala prtica, o Aspirante dever lograr perfeito conhecimento dos diversosNomes Divinos, posies relativas das Sephiroth e, ispso facto, no seu prprio veculopsicossomtico, atribuies simblicas, ligaes (Caminhos), relaes com outros

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    sistemas, cores atribudas a cada Sephira e a cada Caminho nos Quatro Mundos, etc. Comodito por Eliphas Levi: um brinquedo de criana e um trabalho de gigante.

    Aps estas consideraes, o Aspirante proceder meditao que, diferentementedaquela do Yoga, essencialmente dinmica, consistindo naquilo que vulgarmente sedenomina Viagem Astral, usando como referncias para a viagem aqueles smbolos,

    nomes, cores, imagens, etc.

    A ritualstica requer, por parte do Estudante, preparaes externas e internas,principalmente um profundo desejo em realiza-la. A construo do Crculo Mgico torna-seimprescindvel nesta fase inicial, e nenhum magista de bom senso o descartar, sob riscode se tornar presa de foras desequilibradas. Dentro do Crculo, o magista traar figurasgeomtricas correspondentes Sephira com a qual deseja trabalhar, e outros smbolosadequados como cores, nomes divinos, perfumes, etc. Exemplo: digamos que ele decidatrabalhar com GEBURAH. Esta Sephira, a Quinta, tem estreita relao com Marte, Horus,Thor, etc. (8). Sua cor o vermelho, e a estrela de cinco pontas seu smbolo mximo. OMagista ento, traar um pentagrama no interior do crculo e, na circunferncia usar osnomes divinos apropriados. O pentagrama ter a cor vermelha e o crculo ser verde (corcomplementar), etc. Colocando-se no centro do crculo, o Magista proceder s invocaes

    ou evocaes, e usar seu corpo astral para tal fim.

    Assim descrito, o processo, parece fcil. Mas ele requer um perfeito entendimentodo que se est fazendo, perfeito controle sobre seus aspectos mais inferiores, perfeitaconcentrao, tempo, dedicao, exaltao de todo o ser do magista, etc.

    Outro mtodo para se obter os mesmo resultados chamado de Identificao. omtodo do mstico. O livro Exerccios Espirituais de Incio de Loyola, um dos textosmais perfeitos que trata do assunto e deve ser estudado com seriedade.

    Para melhor viso do que agora vai ser dito, devo lembrar que as Trs SephirothSupernas (Kether, Chokmah e Binah) encontram-se separadas das demais por uma espciede vazio chamado ABISMO, UMA VERSO DO VU DE PAROKETH num plano mais

    elevado.

    A rvore da Vida, sendo normalmente figurada com as Dez Sephiroth conhecidas, narealidade, como j dito, possui ONZE, embora a dcima primeira Daath seja citada pelosCabalistas como uma falsa Sephira, porque ela no possui, por assim dizer, lugar noesquema da rvore. Na realidade ela est fora da rvore se olharmos o problema sobcertos aspecto.

    Um dos significados dados a Daath CONHECIMENTO. Em um aspecto, estaSephira o fruto de Chokmah e Binah; em outro, a Oitava Cabea do Drago, elevadaquando a rvore da Vida foi arruinada e o Macroposopus (Grande Face) colocou aEspada Flamejante contra o Microposopus (A Pequena Face). Por permutao, DOTH(Daath) equivale a OthD, outra palavra hebraica para CARNEIRO ou BODE; tambm o

    nmero da palavra DUO (Dois). O DUPLO ou DUBLE a imagem, boneco, ou SOMBRA,velado pelos antigos egpcios pelo TAT que equivale a Doth. Daath tambm o Palcio deCHORONZON, o Guardio do Portal do Abismo. Unindo estes vrios significados, vemosque o Conhecimento de Daath, ou Morte (Death, em Ingles), de natureza do Segredo daDUALIDADE, representada pela Sombra ou Duble Mgico, atravs do qual o homemsobrepuja a morte, penetra pelo Portal de Daath e explora o Palcio de Choronzon, oDeserto de Seth.

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    Daath, como fruto de Chokmah e Binah (10), est atribuda a URANUS, que indica anatureza altamente explosiva deste Conhecimento. Netuno, assim como Chokmah, umaforma de Hadit; e Saturno, da mesma forma que Binah, uma forma de Nuit. EsteConhecimento, portanto, o Conhecimento da Vida e tambm o da Morte e, como tal,sugere a natureza sexual da frmula.

    No Sistema Oriental dos Chakras, Daath est atribuda ao Centro Larngeo (O Centroda Palavra) VISHUDA. Este centro representa a fala, mas a PALAVRA, no seu senso ocultoda Verdadeira VOZ (MAKHERU), somente pode ser pronunciada por um MAGUS, cujanatural Casa a Segunda Sephira, Chokmah. O II (dois) e o 11 (onze) encontram-se, assim,em Daath, a Esfera de Conhecimento, pois Conhecimento somente possvel onde adualidade (dois, duo, II, 11) prevalece.

    Daath uma Porta. Ns sabemos que a letra DALETH, o nmero 4, significa Portae est atribuda a Vnus, a Deusa do Amor Sexual, como a Porta de toda vida manifestada; ea Porta Venusiana est simbolizada por uma VESICA (KTEIS).

    Para alcanarmos Kether, a Suprema Coroa, urge ultrapassarmos o Dualismo, isto ,Conhecimento, e isto torna-se difcil enquanto possumos um ego. Esta passagem, este

    transcender, conhecido como A ATRAVESSIA DO ABISMO, quer dizer ultrapassar adualidade, o ego. L, do outro lado, se que podemos usar tal expresso, no existem ospares de opostos, tais como preto e branco, alto e baixo, luz e trevas, frio e quente, etc. L a morada de NEMO (Nenhum Homem). L, TUDO UMA S E NICA COISA, O UMINDIFERENCIADO.

    No transe da passagem do Abismo, situa-se o maior e mais terrvel medo do egohumano. Pois, para transcender o Abismo e atingir as Supernas, ele ter que ser destrudo>Se no te tornares outra vez uma criana e voltares ao tero de tua me, no vers o Reinodos Cus. Isto pode, a grosso modo, ser colocado em termos da Segunda morte dateologia romana.

    Apresenta-se tambm como um dos paradoxos do Caminho Inicitico; o ego, aps

    incrveis dificuldades para se aperfeioar, tem que ser destrudo. Torna-se, portanto,compreensvel que aquela parte do homem em mudana tema deseperadamente e se rebelecontra o fato, e procure algo que explique o paradoxo em termos racionais. No podendoencontrar explicaes, atribui logicamente que sua penas sejam provocadas por algumafora maligna, destrutiva e oposta divindade. Porm, o Universo no pode ser explicadoem termos da razo, ou do intelecto, pois, tanto a razo quanto o intelecto, trabalham sob opoder da dualidade, que uma mentira no Drama Universal. A loucura de Deus maissbia que a sabedoria dos homens.

    Usando um pouco de poesia, poderamos afirmar que a beleza de uma rvore, aharmonia nela existente, est na manifestao total de seu conjunto, isto , seus ramos,flores, frutos, tronco e suas RAZES, muito embora sejam estas ltimas invisveis ao olhardo observador superficial e desatento. Entretanto, sem a razes, a rvore no se manteria

    completa e de p. As razes esto profundamente mergulhadas na terra negra, no seio daMe, do mesmo modo que todo edifcio possui seus alicerces fortemente estabelecidos sobo solo; e quanto mais profundo for este alicerce, esta base, mais alta e mais firme estar aestrutura edificada. Pensem nisto...

    pattico que qualquer referncia ao aspecto avesso ou negativo da rvore da Vidatenha sido identificado com o reino do Diabo. Somente broncos ou maliciosos possuemessa religiosidade to primitiva.

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    Sob o ponto de vista inicitico, que o nico que nos interessa no momento, ohomem no se encontra em Malkuth, mas sim nos Qliphoth. Sob esse mesmo ponto devista, no haver total e completa Consecuo Espiritual sem o direto contato e domniodos, assim chamado, Reis do Edon (Qliphoth). Necessitamos compreender que os Qliphothso partes integrantes e inseparveis do conjunto da rvore da Vida, da mesma forma quenosso anus e nosso pnis (ou vagina) fazem parte de nosso corpo e que estaremos mal desade se estas partes no executarem suas funes biolgicas livremente. Os Qliphoth soa outra face das Sephiroth, e estas duas faces constituem, usando um velho clich, uma smoeda.

    Qualquer estudante (seja mao, tesofo, etc.) que escolhe (na verdade o mao notem escolha) o Sistema Cabalstico, ou qualquer outro sistema para seu trabalho oculto,forosamente encontrar-se- com os Qliphoth, pois no existe qualquer maneira de evit-lo.Na prpria fbula romana, Jesus teve que descer aos Infernos...

    O acima dito no quer significar em absoluto existirem duas rvores da Vida, umasuperior, sob o comando de deus, e outra inferior sob o comando do diabo. A filosofiamaniqueista copiada pela Igreja Romana foi uma dessas superficiais tentativas deinterpretar os fenmenos do Universo. No existe Bem e Mal absolutos em constante luta

    pela posse do Cosmo. Uma lado negro da fora, combatendo um lado branco, assunto onde toda a superstio e deturpao da teologia ocidental manipulada parareforar o plano da Grande Feitiaria. Isis, Seth, Osiris, Typhon e Horus so manifestaespersonalizadas de uma s e nica Energia. Somente aps pleno conhecimento e domniodessas foras amorais (nem morais e nem imorais) existentes dentro de ns mesmos soba forma de deuses, demnios, anjos, etc. que o ser humano transcender as condiesdo mundo onde tem sua atual existncia, tornando-se, ele Mesmo, Um com a Divindade, umMestre dos Mistrios.

    Lidar com os Qliphoth constitui perigo na medida que no haja clara perspectiva doassunto. Independente disso, devemos entender que tudo projeo de nossas mentes,que o Universo espelha esta mente com seus sonhos, temores, alegrias, medos, tristezas,ambies, etc. Luta e perigo existem em todas as partes. Existe perigo at no atravessar deuma rua, mas nem por isso deixamos de atravessa-la.

    Se o Universo no se apresentasse sob esse dinamismo, sem esses desafios, semesta excitao, sem os incentivos naturais, no haveria evoluo. O Universo um FLUIRETERNO. No existe tal lugar como o cu catlico romano ou protestante, esttico, onde sedescansa indefinidamente cercado de anjos tocando harpas, e mil virgens cantando. Quecoisa sem cor...

    Iniciar-se viajar internamente nos mais profundos estratos da Alma, entrando emcontato com tudo que existe, dentro e fora de ns. Isso chama-se Bodas Qumicas. Todoocultista que evita essa salutar viagem, esse salutar casamento, essa unio com asEnergias Csmicas, est, obviamente construindo castelos de areia.

    Os Qliphoth, tais como as Sephiroth, so partes e artes de ns mesmos. Portanto,alm de tolice, impossvel fugir do encontro com as regies as quais, na realidade,estamos constantemente em contato.

    A partir do momento em que o homem opta pelo Caminho da Iniciao,automaticamente tem comeo o processo do despertar dessas energias, bem como elasiniciam o trabalho para o qual foram destinadas. Ao darmos exagerado valor ao perigonesses Caminhos, despertamos o medo, e o medo constitui, por si s, a maior barreira noCaminho da Iluminao. estupidez o temor morte, loucura, ou perda da Alma. A lendaque diz ser possvel vender a Alma ao diabo pura tolice, invencionice de mentes

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    desequilibradas. Mesmo admitindo-se a existncia de um tal ser, o homem no poderia, emhiptese alguma, vender sua Alma, pois ela UNA COM A DIVINDADE que se manifesta soba mscara da personalidade destinada a desaparecer pelo processo inicitico. A Alma, partedivina do homem, jamais pode ser destruda.

    No decorrer de suas vidas, a maioria das pessoas jamais se deu conta de que, muito

    alm do Universo dos processos mentais considerados normais, existem outros tantosUniversos completamente desconhecidos por nossa parte consciente, contendo em simesmos mundos to vastos e to amplos, que tona-se difcil falarmos deles, oudescrevermos suas dimenses, sem recorrermos a um extico linguajar simblico. A chavedeste linguajar vamos encontrar na CABALA.

    Lograr o inefvel prazer de abordar aquelas paragens