Cada macaco no seu galho 2

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LOGIA mais fontes de notícias, uco diálogo entre os polos BRUNO MARON| cartum Nossos debates se complicam não só porque não chegamos a um acordo, mas porque, para começar, não conseguimos nos entender sobre o que merece ser discutido DOMINGO, 24 DE SETEMBRO DE 2017 ilustríssima 7 ab taformas legitimam o discurso on- line, precisamos ter em mente a ideia de que compartilhar conteúdo é uma forma de participação cívica. Nossa formação cívica passa pe- la prática de criar e disseminar for- mas de mídia projetadas para re- forçar os elos dentro de um grupo e para torná-lo distinto de outros. Veja o caso dos criadores de memes que estavam disputando o prêmio de US$ 20 mil oferecido pelo site Infowars [em julho des- te ano, a página fez um concurso para eleger a melhor imagem so- bre o presidente Donald Trump atacando e derrotando a rede de televisão CNN]. Muitos dos parti- cipantes não acreditam que a CNN seja mesmo o Estado Islâmico, co- mo dito em um dos memes. Como afirma a pesquisadora Judith Donath, “notícias não são compartilhadas apenas para infor- mar ou para convencer. Também são usadas como um marcador de identidade, uma maneira de pro- clamar a afinidade daqueles que as divulgam com uma determina- da comunidade”. O raciocínio de Donath explica por que a verificação factual de re- portagens (“factchecking”), o blo- queio de notícias falsas ou o estí- mulo a que pessoas apoiem conte- údo jornalístico mais diversificado e baseado em fatos concretos pro- vavelmente falharão em impedir o avanço de notícias partidarizadas. Não só elas são mais agradáveis (para mim, é um bálsamo assistir a Trevor Noah, do “Daily Show”, ou a Samantha Bee, do “Full Fron- tal”, e imagino que meus amigos de direita sintam a mesma coisa em relação aos comentaristas da Fox News) como sua difusão ofe- rece recompensas sociais e cria um senso de eficácia compartilhada —o sentimento (real ou imagina- do) de que você está promovendo mudança social ao configurar o ambiente de informação. TRUMP E BREITBART A pes- quisa que Benkler e nossa equipe Media Cloud conduziram demons- tra a rapidez com que esses ecos- sistemas partidários surgem. Examinando 1,25 milhão de re- portagens e 25 mil fontes de mídia diferentes, atribuímos a cada fonte uma nota partidária baseada no quanto pessoas que compartilha- ram tuítes de candidatos democra- tas ou republicanos também divul- garam conteúdo desses veículos. Com frequência, reportagens do jornal “The New York Times” eram mais compartilhadas por pessoas que reproduziram um tuíte de Hil- lary Clinton [democrata] do que por aquelas que reproduziram tuí- tes de Trump [republicano], mas o efeito era muito mais pronunciado no caso do Breitbart. As notícias do site de direita eram reproduzi- das quase que exclusivamente por partidários de Trump. Nossa pesquisa delineou um conjunto de sites estreitamente ligados e seguidos apenas pela di- reita nacionalista. A vasta maioria é muito nova, tendo sido funda- da durante o governo de [Barack] Obama [2009-17). Essa comuni- dade de interesses tem baixa so- breposição com fontes conserva- doras tradicionais, como o “Wall Street Journal” e a revista “Nati- onal Review”. Nosso estudo mostrou que pu- blicações como essas últimas têm baixa influência na internet e que seu conteúdo é compartilhado tanto por usuários de direitista quanto por usuários de esquerda, enquanto o aglomerado de veí- culos capitaneado pelo Breitbart funciona como câmara de eco. O surgimento de câmaras de eco como a que fica em torno do Breitbart complica ainda mais a verificação factual. A professora e pesquisadora Danah Boyd ex- plica que, ao ensinar a alunos que não confiem na Wikipédia, nós os encorajamos a triangular seu ca- minho rumo à verdade com base em resultados de busca no Google. No caso de temas que são osten- sivamente cobertos pelo Breitbart e por sites assemelhados (mas não pela mídia mais ampla), isso gera um efeito perverso. [No começo do caso,] buscar informações sobre o Pizzagate provavelmente resulta- ria em links para outros sites de extrema direita que estavam tra- tando da história [em 2016, circu- lou o boato de que uma pizzaria servia de fachada para esconder uma rede de prostituição infantil liderada por Hillary Clinton]. Quando veículos como o “New York Times” enfim começaram a cobrir o assunto e a mostrar que as informações eram falsas, muitas pessoas interessadas no escânda- lo estavam convencidas de que ele era verdadeiro, graças à repetição da versão por um conjunto de sites relacionados entre si. A situação chegou a tal pon- to que um sujeito instável deci- diu sair armado para “investigar sozinho” a controvérsia [em de- zembro, foram disparados tiros de fuzil AR-15 contra a pizzaria]. DIÁLOGO IMPOSSÍVEL As esferas definidas por Daniel Hal- lin (a do consenso, a do desvio e a da controvérsia legítima) su- gerem que questionemos se nos sentimos estimulados a discutir gama suficientemente ampla de assuntos no campo da controvér- sia legítima. Nosso problema atu- al é que o diálogo é difícil, se não impossível, porque aquilo que um lado vê como esfera de consenso representa para o outro a esfera do desvio, e vice-versa. Nossos debates se complicam não só porque não conseguimos chegar a acordo sobre um conjun- to de fatos compartilhados, mas porque, para começar, não conse- guimos nos entender sobre o que merece ser discutido. Não tenho panaceias a oferecer para a polarização e para as câ- maras de eco. Ainda assim, vale a pena identificar tais fenômenos —e reconhecer a profundidade de suas raízes— enquanto buscamos soluções para esses problemas. Vale notar que a pesquisa que a equipe dirigida por Benkler e eu conduziu sugere um fenômeno de polarização assimétrica —em nos- sa análise, as pessoas de extrema direita estão mais isoladas, em ter- mos de ponto de vista, do que as pessoas de extrema esquerda. Nada no estudo sugere que a direita seja inerentemente mais propensa a isolamento ideológico. Ao compreender de que maneira a polarização extrema se desenvol- veu recentemente, pode ser possí- vel impedir que a esquerda desen- volva câmara de eco semelhante. A pesquisa também sugere que a centro-direita tem um papel pro- dutivo a desempenhar na criação de alternativas de mídia que ape- lem à direita rebelde e alienada, o que manteria esses importantes pontos de vista em comunicação com as comunidades existentes da esquerda, centro e direita. Acredito que a polarização do diálogo na mídia resulte de novas tecnologias, da maneira pela qual o civismo é praticado hoje e das mudanças profundas nos indica- dores de confiança em instituições [muitas pesquisas demonstraram, nas últimas décadas, um decrés- cimo constante da confiança em todo tipo de instituição —governo, Congresso, religião, mídia, ban- cos, escolas públicas e assim por diante, um fenômeno que afeta não só os EUA mas diversos paí- ses ocidentais, incluindo o Brasil]. A breitbartosfera é possível não só porque se tornou mais fácil do que nunca criar um veículo de mídia e compartilhar pontos de vista com pessoas que pensam parecido, mas porque a confiança baixa no governo leva as pessoas a buscar novas modalidades de engajamento efetivo —e, mais es- pecificamente, a baixa confiança na mídia as leva a buscar fontes diferentes de informação. Criar e disseminar veículos e conteúdo de mídia parece ser uma das maneiras mais efetivas de en- gajamento cívico em um mundo em que a confiança desapareceu, e as eleições de 2016 sugerem que essa mídia cívica é uma força po- derosa que estamos apenas come- çando a compreender. recido com o que encontram hoje. A mídia de interesse geral, co- mo as redes de televisão aberta e os jornais de alcance nacional, tradicionalmente se vê como res- ponsável por oferecer equilíbrio ideológico, perspectiva mundial e diversidade de cobertura. (Se tem sucesso nesses esforços é outra questão —já ouvi muitas pessoas não brancas dizerem que se sentiam invisíveis nos “bons e velhos dias” e que a mídia contem- porânea, mais fragmentada, lhes confere visibilidade maior.) À medida que o modelo de negó- cio da mídia de interesse geral se torna menos viável, pois os leitores gravitam em torno de material com que se identificam ideologicamen- te, vale perguntar se plataformas como o Facebook terão apetite para realizar esse tipo de trabalho. Até o momento, a resposta pare- ce ser negativa. O Facebook tem se esquivado de ser classificado como provedor de conteúdo, tentando a um só tempo evitar responsabili- dade legal pelo conteúdo que seus usuários veiculam (sob cláusulas de proteção que fazem parte da lei de internet dos Estados Unidos) e driblar críticas pelo exercício de mau julgamento editorial. Os problemas enfrentados pelo Facebook são graves. Os pedidos para que bloqueie notícias falsas representam um desafio, já que a maioria do conteúdo rotulado des- se forma não é incontestavelmente fraudulento. Se o Facebook come- çar a bloquear sites como o Breit- bart, será acusado de censurar conteúdo político —e com razão. Uma saída seria eliminar a cura- doria de seu feed de notícias por al- goritmos e recuar a um mundo se- melhante ao do Twitter, no qual a mídia social é um jato de informa- ções provenientes de qualquer um a quem o usuário dedique atenção. Outra possibilidade seria adotar uma solução como a que propo- mos no Gobo, que entrega ao usu- ário o controle dos filtros. Não se sabe, porém, se o Facebook esco- lherá um caminho que daria mais controle às pessoas. IDENTIDADE DE GRUPO Ao considerar de que maneira as pla- no seu galho

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TECNOLOG IA

Na internet, hácadavezmais fontesdenotícias,masnuncahouve tãopoucodiálogoentreospolos

brunOmarOn| cartum

Nossos debates secomplicam não sóporque não chegamosa um acordo, masporque, para começar,não conseguimos nosentender sobre o quemerece ser discutido

Domingo, 24 DE SEtEmbro DE 2017 ★ ★ ★ ilustríssima 7ab

taformas legitimamodiscursoon-line, precisamos ter em mente aideiadequecompartilharconteúdoéumaformadeparticipaçãocívica.Nossaformaçãocívicapassape-

lapráticadecriaredisseminar for-mas de mídia projetadas para re-forçar os elos dentro de umgrupoe para torná-lo distinto de outros.Veja o caso dos criadores de

memes que estavam disputandoo prêmio de US$ 20 mil oferecidopelo site Infowars [em julho des-te ano, a página fez um concursopara eleger a melhor imagem so-bre o presidente Donald Trumpatacando e derrotando a rede detelevisão CNN]. Muitos dos parti-cipantesnãoacreditamqueaCNNsejamesmooEstado Islâmico, co-mo dito em um dosmemes.

Como afirma a pesquisadoraJudith Donath, “notícias não sãocompartilhadasapenaspara infor-mar ou para convencer. Tambémsãousadas comoummarcadordeidentidade, uma maneira de pro-clamar a afinidade daqueles queas divulgamcomumadetermina-da comunidade”.O raciocínio de Donath explica

por queaverificação factual de re-portagens (“factchecking”), o blo-queio de notícias falsas ou o estí-muloaquepessoasapoiemconte-údo jornalísticomaisdiversificadoe baseado em fatos concretos pro-vavelmente falharão em impedir oavançodenotíciaspartidarizadas.Nãosóelas sãomaisagradáveis

(paramim, é um bálsamo assistira Trevor Noah, do “Daily Show”,

ouaSamanthaBee,do“FullFron-tal”, e imagino que meus amigosde direita sintam a mesma coisaem relação aos comentaristas daFox News) como sua difusão ofe-recerecompensassociaisecriaumsenso de eficácia compartilhada—o sentimento (real ou imagina-do) de que você está promovendomudança social ao configurar oambiente de informação.

TrumP e BreITBArT A pes-quisa que Benkler e nossa equipeMediaCloudconduziramdemons-tra a rapidez com que esses ecos-sistemas partidários surgem.Examinando 1,25 milhão de re-

portagense 25mil fontesdemídiadiferentes,atribuímosacadafonteuma nota partidária baseada noquanto pessoas que compartilha-ramtuítesdecandidatosdemocra-tasourepublicanostambémdivul-garam conteúdo desses veículos.Comfrequência, reportagensdo

jornal“TheNewYorkTimes”erammais compartilhadas por pessoasque reproduziramumtuítedeHil-lary Clinton [democrata] do queporaquelasque reproduziramtuí-tesdeTrump[republicano],masoefeitoeramuitomaispronunciadono caso do Breitbart. As notíciasdo site de direita eram reproduzi-dasquasequeexclusivamenteporpartidários de Trump.Nossa pesquisa delineou um

conjunto de sites estreitamenteligadose seguidosapenaspeladi-reitanacionalista.Avastamaioriaé muito nova, tendo sido funda-da durante o governo de [Barack]Obama [2009-17). Essa comuni-dade de interesses tem baixa so-breposição com fontes conserva-doras tradicionais, como o “WallStreet Journal” e a revista “Nati-onal Review”.Nosso estudomostrou que pu-

blicações comoessasúltimas têmbaixa influênciana internet e queseu conteúdo é compartilhadotanto por usuários de direitistaquantoporusuáriosde esquerda,enquanto o aglomerado de veí-culos capitaneado pelo Breitbartfunciona como câmara de eco.O surgimento de câmaras de

eco como a que fica em torno doBreitbart complica ainda mais a

verificação factual. A professorae pesquisadora Danah Boyd ex-plicaque, aoensinaraalunosquenãoconfiemnaWikipédia, nósosencorajamos a triangular seu ca-minho rumo à verdade com baseemresultadosdebuscanoGoogle.Nocasode temasquesãoosten-

sivamente cobertospeloBreitbarteporsitesassemelhados (masnãopelamídiamais ampla), isso geraumefeitoperverso. [Nocomeçodocaso,] buscar informações sobreoPizzagate provavelmente resulta-ria em links para outros sites deextrema direita que estavam tra-tando da história [em 2016, circu-lou o boato de que uma pizzariaservia de fachada para esconderuma rede de prostituição infantilliderada por Hillary Clinton].Quando veículos como o “New

York Times” enfim começaram acobriroassuntoeamostrarqueasinformações eram falsas, muitaspessoas interessadasnoescânda-loestavamconvencidasdequeeleeraverdadeiro, graçasà repetiçãodaversãoporumconjuntodesitesrelacionados entre si.A situação chegou a tal pon-

to que um sujeito instável deci-diu sair armado para “investigarsozinho” a controvérsia [em de-zembro, foram disparados tirosde fuzil AR-15 contra a pizzaria].

DIÁLo�Go� ImPo�ssÍVeL Asesferas definidas por Daniel Hal-lin (a do consenso, a do desvioe a da controvérsia legítima) su-gerem que questionemos se nossentimos estimulados a discutirgama suficientemente ampla deassuntos no campoda controvér-sia legítima.Nossoproblemaatu-al é que o diálogo é difícil, se nãoimpossível, porqueaquiloqueumlado vê como esfera de consensorepresenta para o outro a esferado desvio, e vice-versa.Nossos debates se complicam

não só porque não conseguimoschegar aacordo sobreumconjun-to de fatos compartilhados, masporque,para começar, nãoconse-guimos nos entender sobre o quemerece ser discutido.Não tenhopanaceias aoferecer

para a polarização e para as câ-maras de eco. Ainda assim, valea pena identificar tais fenômenos—e reconhecer aprofundidadede

suas raízes—enquantobuscamossoluções para esses problemas.Vale notar que a pesquisa que

a equipedirigidaporBenkler e euconduziu sugereumfenômenodepolarizaçãoassimétrica—emnos-sa análise, as pessoas de extremadireitaestãomais isoladas,emter-mos de ponto de vista, do que aspessoas de extrema esquerda.Nada no estudo sugere que a

direita seja inerentemente maispropensaa isolamento ideológico.Aocompreenderdequemaneiraapolarização extrema se desenvol-veu recentemente,podeserpossí-vel impedirqueaesquerdadesen-volva câmara de eco semelhante.A pesquisa tambémsugere que

acentro-direita temumpapelpro-dutivo a desempenhar na criaçãode alternativas de mídia que ape-lem à direita rebelde e alienada,o quemanteria esses importantespontos de vista em comunicaçãocomascomunidadesexistentesdaesquerda, centro e direita.Acredito que a polarização do

diálogonamídia resulte denovastecnologias,damaneirapelaqualo civismo é praticado hoje e dasmudanças profundas nos indica-doresdeconfiançaeminstituições[muitaspesquisasdemonstraram,nas últimas décadas, um decrés-cimo constante da confiança emtodo tipode instituição—governo,Congresso, religião, mídia, ban-cos, escolas públicas e assim pordiante, um fenômeno que afetanão só os EUA mas diversos paí-sesocidentais, incluindooBrasil].Abreitbartosfera épossívelnão

só porque se tornoumais fácil doque nunca criar um veículo demídia e compartilhar pontos devista com pessoas que pensamparecido,masporqueaconfiançabaixa no governo leva as pessoasa buscar novas modalidades deengajamento efetivo—e,mais es-pecificamente, a baixa confiançana mídia as leva a buscar fontesdiferentes de informação.Criar e disseminar veículos e

conteúdodemídiapareceserumadasmaneirasmais efetivas de en-gajamento cívico em um mundoem que a confiança desapareceu,e as eleições de 2016 sugeremqueessa mídia cívica é uma força po-derosaqueestamosapenascome-çando a compreender.

recidocomoqueencontramhoje.A mídia de interesse geral, co-

mo as redes de televisão abertae os jornais de alcance nacional,tradicionalmente se vê como res-ponsável por oferecer equilíbrioideológico, perspectiva mundiale diversidade de cobertura.(Se tem sucesso nesses esforços

é outra questão —já ouvi muitaspessoas não brancas dizerem quese sentiam invisíveis nos “bons evelhosdias”equeamídiacontem-porânea, mais fragmentada, lhesconfere visibilidademaior.)Àmedidaqueomodelodenegó-

cio da mídia de interesse geral setornamenosviável,poisos leitoresgravitamemtornodematerialcomquese identificamideologicamen-te, vale perguntar se plataformascomooFacebookterãoapetitepararealizar esse tipo de trabalho.Atéomomento,arespostapare-

ce sernegativa.OFacebook temseesquivadodeserclassificadocomoprovedordeconteúdo, tentandoaum só tempo evitar responsabili-dade legalpeloconteúdoqueseususuários veiculam (sob cláusulasdeproteçãoque fazemparteda leide internet dos Estados Unidos) edriblar críticas pelo exercício demau julgamento editorial.Osproblemasenfrentadospelo

Facebook são graves. Os pedidospara que bloqueie notícias falsasrepresentam um desafio, já que amaioriadoconteúdorotuladodes-se formanãoé incontestavelmentefraudulento. SeoFacebookcome-çar a bloquear sites como o Breit-bart, será acusado de censurarconteúdo político —e com razão.Umasaídaseriaeliminaracura-

doriadeseufeeddenotíciasporal-goritmose recuaraummundose-melhante ao do Twitter, no qual amídia social éum jatode informa-çõesprovenientesdequalquerumaquemousuáriodediqueatenção.Outrapossibilidadeseriaadotar

uma solução como a que propo-mosnoGobo,queentregaaousu-ário o controle dos filtros. Não sesabe, porém, se o Facebook esco-lheráumcaminhoquedariamaiscontrole às pessoas.

IDeNTIDADeDeGruPo�Aoconsiderar de quemaneira as pla-

4 Cadamacaconoseugalho