Caderno 3 Língua Portuguesa.cdr

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Língua Portuguesa Anos Finais do Ensino Fundamental Reforço Escolar – Caderno 3 Ação de Fortalecimento da Aprendizagem

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Língua Portuguesa

Anos Finais do Ensino Fundamental

Reforço Escolar – Caderno 3

Ação de Fortalecimento da Aprendizagem

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GERENTE DE POLÍTICAS EDUCACIONAISDE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL

Shirley Malta

CHEFE DE UNIDADE DE ENSINOFUNDAMENTAL ANOS FINAIS

Rosinete Feitosa

ESPECIALISTAS EM LÍNGUA PORTUGUESA DA SEE/SEDE/GEIF/UEFAF

Jamesson Marcelino da SilvaMaria da Conceição Borba de AlbuquerqueMaria Luiza Araújo GuimarãesSalmo Sóstenes PontesWanda Maria Braga Cardoso

ESPECIALISTAS EM LÍNGUA PORTUGUESA DAS GREs

Ana Cláudia Soares – GRE Recife SulAntônio Sérgio Bezerra Rodrigues – GRE Metro SulCristiane Renata da Silva Cavalcanti – GRE Metro SulJamil Costa Ramos – GRE Metro SulJosenilde Lima – GRE PetrolinaMaria Rivaldízia do Nascimento – GRE PetrolinaMarta Maria Alencastro – GRE Recife SulSamuel Lira de Oliveira – GRE Metro Sul

ENDEREÇO:Avenida Afonso Olindense, 1513

Várzea | Recife-PE, CEP 50.810-000Fone: (81) 3183-8200 | Ouvidoria: 0800-2868668

www.educacao.pe.gov.br

Uma produção da Superintendência de Comunicação da Secretaria de Educação

GOVERNADOR DE PERNAMBUCO

Paulo Henrique Saraiva Câmara

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO

Frederico da Costa Amancio

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE

COORDENAÇÃO

Severino José de Andrade Júnior

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE

DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

Ana Coelho Vieira Selva

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE GESTÃO

Ednaldo Alves de Moura Júnior

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE

GESTÃO DA REDE

João Carlos de Cintra Charamba

CARO(A) PROFESSOR(A)

Os 22 colaboradores foram convocados, 17 Gerências Regionais de Educação - GREs (o que multiplicando por, ao menos dois, dá 34 jogadores – dizemos – professores) e 5 técnicos de Língua Portuguesa da Gerência de Políticas Educacionais de Educação Infantil e Ensino Fundamental - A GEIF. Ou seja, quase dois times completos. Com tantos craques assim, as vitórias teriam de ser de goleada. As instruções eram bem claras: produzir o terceiro caderno de fortalecimento para ser utilizado nas aulas de reforço de Língua Portuguesa, levando em conta os descritores previstos no placar da matriz do Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB.

É certo que nem todo mundo pôde atender à convocação. “Contusões”, missões outras, a peleja do saber ocorre em vários campos. Daí, nem todos podem jogar no mesmo espaço sempre. Contudo, cada um dos convocados encara as diferentes pelejas com o mesmo objetivo. Por isso, foi possível ressignificar aquela máxima famosa e dizer: dividir-se para conquistar. No futebol total que deve ser a educação, as ações devem partir de vários lados o tempo todo. O objetivo é comum; por sua vez, as iniciativas têm de ser várias, simultâneas e coordenadas.

Assim, a equipe dividiu funções, atacou em vá-

rios blocos e, com a confiança dos comandantes das gerências, marcou um golaço: o caderno que agora chega a suas mãos, caro colega professor! Daí, partiu para o abraço. Ou seja, podemos gritar somos tricampeões e este campeonato esta nas mãos. No entanto, a luta pela educação continua. Novas disputas se avizinham, ou melhor, nem cessam. Quem vestiu o uniforme da equipe do ensino, seja em que posição for, tem de entrar em campo todo dia, driblar as dificuldades, fintar o desânimo, trocar passes com experiência e precisão, mas também com jogo de cintura e uma necessária dose de improviso.

O objetivo é inovar constantemente, ensinar-jogar-aprender com alegria sempre. O grande gol surge em cada aluno nosso que avança, aprende, questiona, vibra e se faz gente no encontro com o saber. No digníssimo clássico da educação, é preciso colocar a bola para rolar sempre, envidar esforços, dividir responsa-bilidades e buscar a todo o tempo o gol, apesar da retranca das dificuldades. Jogando em equipe, isso é possível. Este caderno é a prova disso. Que na Copa diária do ensinar, bus-quemos o gol - a realização do imenso poten-cial de nossos alunos – o tempo inteiro. E que venham o tetra, o penta, o hexa e todos os al-mejados títulos no futebol da Educação.

Muito obrigado e até a próxima partida!

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GERENTE DE POLÍTICAS EDUCACIONAISDE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL

Shirley Malta

CHEFE DE UNIDADE DE ENSINOFUNDAMENTAL ANOS FINAIS

Rosinete Feitosa

ESPECIALISTAS EM LÍNGUA PORTUGUESA DA SEE/SEDE/GEIF/UEFAF

Jamesson Marcelino da SilvaMaria da Conceição Borba de AlbuquerqueMaria Luiza Araújo GuimarãesSalmo Sóstenes PontesWanda Maria Braga Cardoso

ESPECIALISTAS EM LÍNGUA PORTUGUESA DAS GREs

Ana Cláudia Soares – GRE Recife SulAntônio Sérgio Bezerra Rodrigues – GRE Metro SulCristiane Renata da Silva Cavalcanti – GRE Metro SulJamil Costa Ramos – GRE Metro SulJosenilde Lima – GRE PetrolinaMaria Rivaldízia do Nascimento – GRE PetrolinaMarta Maria Alencastro – GRE Recife SulSamuel Lira de Oliveira – GRE Metro Sul

ENDEREÇO:Avenida Afonso Olindense, 1513

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Paulo Henrique Saraiva Câmara

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SECRETÁRIA EXECUTIVA DE

DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

Ana Coelho Vieira Selva

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE GESTÃO

Ednaldo Alves de Moura Júnior

SECRETÁRIO EXECUTIVO DE

GESTÃO DA REDE

João Carlos de Cintra Charamba

CARO(A) PROFESSOR(A)

Os 22 colaboradores foram convocados, 17 Gerências Regionais de Educação - GREs (o que multiplicando por, ao menos dois, dá 34 jogadores – dizemos – professores) e 5 técnicos de Língua Portuguesa da Gerência de Políticas Educacionais de Educação Infantil e Ensino Fundamental - A GEIF. Ou seja, quase dois times completos. Com tantos craques assim, as vitórias teriam de ser de goleada. As instruções eram bem claras: produzir o terceiro caderno de fortalecimento para ser utilizado nas aulas de reforço de Língua Portuguesa, levando em conta os descritores previstos no placar da matriz do Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB.

É certo que nem todo mundo pôde atender à convocação. “Contusões”, missões outras, a peleja do saber ocorre em vários campos. Daí, nem todos podem jogar no mesmo espaço sempre. Contudo, cada um dos convocados encara as diferentes pelejas com o mesmo objetivo. Por isso, foi possível ressignificar aquela máxima famosa e dizer: dividir-se para conquistar. No futebol total que deve ser a educação, as ações devem partir de vários lados o tempo todo. O objetivo é comum; por sua vez, as iniciativas têm de ser várias, simultâneas e coordenadas.

Assim, a equipe dividiu funções, atacou em vá-

rios blocos e, com a confiança dos comandantes das gerências, marcou um golaço: o caderno que agora chega a suas mãos, caro colega professor! Daí, partiu para o abraço. Ou seja, podemos gritar somos tricampeões e este campeonato esta nas mãos. No entanto, a luta pela educação continua. Novas disputas se avizinham, ou melhor, nem cessam. Quem vestiu o uniforme da equipe do ensino, seja em que posição for, tem de entrar em campo todo dia, driblar as dificuldades, fintar o desânimo, trocar passes com experiência e precisão, mas também com jogo de cintura e uma necessária dose de improviso.

O objetivo é inovar constantemente, ensinar-jogar-aprender com alegria sempre. O grande gol surge em cada aluno nosso que avança, aprende, questiona, vibra e se faz gente no encontro com o saber. No digníssimo clássico da educação, é preciso colocar a bola para rolar sempre, envidar esforços, dividir responsa-bilidades e buscar a todo o tempo o gol, apesar da retranca das dificuldades. Jogando em equipe, isso é possível. Este caderno é a prova disso. Que na Copa diária do ensinar, bus-quemos o gol - a realização do imenso poten-cial de nossos alunos – o tempo inteiro. E que venham o tetra, o penta, o hexa e todos os al-mejados títulos no futebol da Educação.

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PROCEDIMENTOS DE LEITURADESCRITORES: D1, D3, D4, D6 E D14

Os textos nem sempre apresentam uma linguagem literal. Deve haver, então, a capaci-dade de reconhecer novos sentidos atribuídos às palavras dentro de uma produção textual. Além disso, para a compreensão do que é conotativo e simbólico é preciso identificar não apenas a ideia, mas também ler as entrelinhas, o que exige do leitor uma interação com o seu conhecimento de mundo. A tarefa do leitor competente é, portanto, apreender o sentido global do texto, utilizando recursos para a sua compreensão de forma autônoma.

É relevante ressaltar que, além de localizar informações explícitas, inferir informações implícitas e identificar o tema de um texto, nesse tópico deve-se, também, distinguir os fatos apresentados da opinião formulada acerca desses fatos nos diversos gêneros de texto. Reconhecer essa diferença é essencial para que o aluno possa tornar-se mais crítico, de modo a ser capaz de distinguir o que é um fato, um acontecimento, da interpretação que é dada a esse fato pelo autor do texto.

D1 – Localizar informações explícitas em um texto

A habilidade que pode ser avaliada por este descritor, relaciona-se à localização pelo aluno de uma informação solicitada, que pode estar expressa literalmente no texto ou pode vir manifesta por meio de uma paráfrase, isto é, dizer de outra maneira o que se leu.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto-base que dá suporte ao item, no qual o aluno é orientado a localizar as informações solicitadas seguindo as pistas fornecidas pelo próprio texto. Para chegar à resposta correta, o aluno deve ser capaz de retomar o texto, localizando, dentre outras informações, aquela que foi solicitada.

Por exemplo, os itens relacionados a esse des-critor perguntam diretamente a localização da

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informação, complementando o que é pedido no enunciado ou relacionando o que é solicitado no enunciado, com a informação no texto.

Leia o texto para responder a questão a seguir:

Para que ninguém a quisesse

Porque os homens olhavam demais para sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as joias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou seus longos cabelos.

Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interes-sava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair.

Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.

Uma fina saudade, porém, começou a alinha-var-se em seus dias. Não saudade da mulher, mas do desejo inflamado que tivera por ela.

Então lhe trouxe um batom. No outro dia, um corte de seda. À noite tirou do bolso rosa de cetim para enfeitar-lhe o que lhe restava dos cabelos.

Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido numa gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.

(COLASANTI, Marina. Para que ninguém a quisesse. In: Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro, Rocco, 1986. P.111-112.)

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PROCEDIMENTOS DE LEITURADESCRITORES: D1, D3, D4, D6 E D14

Os textos nem sempre apresentam uma linguagem literal. Deve haver, então, a capaci-dade de reconhecer novos sentidos atribuídos às palavras dentro de uma produção textual. Além disso, para a compreensão do que é conotativo e simbólico é preciso identificar não apenas a ideia, mas também ler as entrelinhas, o que exige do leitor uma interação com o seu conhecimento de mundo. A tarefa do leitor competente é, portanto, apreender o sentido global do texto, utilizando recursos para a sua compreensão de forma autônoma.

É relevante ressaltar que, além de localizar informações explícitas, inferir informações implícitas e identificar o tema de um texto, nesse tópico deve-se, também, distinguir os fatos apresentados da opinião formulada acerca desses fatos nos diversos gêneros de texto. Reconhecer essa diferença é essencial para que o aluno possa tornar-se mais crítico, de modo a ser capaz de distinguir o que é um fato, um acontecimento, da interpretação que é dada a esse fato pelo autor do texto.

D1 – Localizar informações explícitas em um texto

A habilidade que pode ser avaliada por este descritor, relaciona-se à localização pelo aluno de uma informação solicitada, que pode estar expressa literalmente no texto ou pode vir manifesta por meio de uma paráfrase, isto é, dizer de outra maneira o que se leu.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto-base que dá suporte ao item, no qual o aluno é orientado a localizar as informações solicitadas seguindo as pistas fornecidas pelo próprio texto. Para chegar à resposta correta, o aluno deve ser capaz de retomar o texto, localizando, dentre outras informações, aquela que foi solicitada.

Por exemplo, os itens relacionados a esse des-critor perguntam diretamente a localização da

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informação, complementando o que é pedido no enunciado ou relacionando o que é solicitado no enunciado, com a informação no texto.

Leia o texto para responder a questão a seguir:

Para que ninguém a quisesse

Porque os homens olhavam demais para sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as joias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou seus longos cabelos.

Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interes-sava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair.

Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.

Uma fina saudade, porém, começou a alinha-var-se em seus dias. Não saudade da mulher, mas do desejo inflamado que tivera por ela.

Então lhe trouxe um batom. No outro dia, um corte de seda. À noite tirou do bolso rosa de cetim para enfeitar-lhe o que lhe restava dos cabelos.

Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido numa gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.

(COLASANTI, Marina. Para que ninguém a quisesse. In: Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro, Rocco, 1986. P.111-112.)

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1. Ao ler o texto “Para que ninguém a quisesse” compreende-se que:

a) O homem amava sua mulher e dela cuidava.b) A mulher traía seu marido, causando-lhe

ciúmes.c) O homem sentia ciúme doentio de sua

esposa.d) O homem desejava proteger sua mulher de

olhares alheios.

Leia o texto para responder a questão a seguir:

Inventário da infância perdida

Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade madura. Depois dos quarenta a existência humana, a não ser para os asiáticos, que têm o segredo da vida longeva e produtiva, assinala realmente uma decadência inter-minável, até que ela se torna insuportável: toda a razão da vida se concentra em algumas coisas muito específicas, em seres, sobre-tudo, e daí o conflito que se trava no interior de cada ser humano quando aquilo que ele quis ser para duas, três ou quatro pessoas — pois é nisso que se concentra a nossa vida — deixou de ser o que realmente se quis ser ou parecer.

Mas uma grande parte de nossa vida é desenhada muito cedo, quando se inicia o que alguns românticos chamam de aventura humana e que aos poucos vai-se trans-formando numa incansável continuidade de diminutas frustrações e pequenos embates corporais com a realidade, frustrações que depois se transformam em fontes de amargura. (...)

O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o olhamos, depois de adultos: é a versão que se sobrepõe, poderosa, sobre a realidade, e essa versão, por mais suscetível de ser destruída pela análise fria, é a que prevalece e guia nossos passos, por anos intermináveis.

Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles diminutos pratos chineses que misturam gostos e odores. Assim, eu, por exemplo, me lembro, quando faço muita força, de trechos de minha infância: não consigo lembrá-la toda, ou largos períodos dela, talvez porque o que foi doloroso nela tenha sido mais abundante e mais avassalador do que o que foi doce.

ABRAMO, Cláudio. In: A regra do jogo. São Paulo.Cia das Letras, p. 41, 1989.

2. A alternativa que indica que a infância é uma invenção é:

a) “O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o olhamos, depois de adultos:...”

b) “Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles diminutos pratos chineses que misturam gostos e odores.”

c) “Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade madura.”

d) “Mas uma grande parte de nossa vida é dese-nhada muito cedo, quando se inicia o que alguns românticos chamam de aventura humana.”

Leia o texto para responder a questão a seguir:

Concordo plenamente com o artigo "Revolu-cione a sala de aula". É preciso que valo-rizemos o ser humano, seja ele estudante, seja professor. Acredito na importância de aprender a respeitar nossos limites e superá-los, quando possível, o que será mais fácil se pudermos desenvolver a capacidade de relacionamento em sala de aula. Como arqui-teta, concordo com a postura de valorização do indivíduo, em qualquer situação: se procu-rarmos uma relação de respeito e colaboração, seguramente estaremos criando a base sólida de uma vida melhor.

Tania Bertoluci de Souza. Porto Alegre, RS. Disponível em: <:http://www.kanitz.com.br/veja/cartas.htm>. Acesso em: 2 maio 2009 (com adaptações).

3. O texto registra que:

a) é fácil superar limites se a capacidade de relacionamento for desenvolvida.

b) o artigo "Revolucione a sala de aula" valoriza o ser humano.

c) a arquiteta está criando uma base sólida para uma vida melhor.

d) é necessário valorizar o ser humano, seja estudante, seja professor.

Leia o texto para responder a questão a seguir:

Como opera a máfia que transformou o Brasil num dos campeões da fraude de medica-mentos

É um dos piores crimes que se podem cometer. As vítimas são homens, mulheres e crianças doentes — presas fáceis, captu-radas na esperança de recuperar a saúde perdida. A máfia dos medicamentos falsos é mais cruel do que as quadrilhas de narcotra-ficantes. Quando alguém decide cheirar cocaína, tem absoluta consciên¬cia do que coloca no corpo adentro. Às vítimas dos que falsificam remédios não é dada oportunidade de escolha. Para o doente, o remédio é com-pulsório. Ou ele toma o que o médico lhe recei-tou ou passará a correr risco de piorar ou até morrer. Nunca como hoje os brasileiros entraram numa farmácia com tanta reserva.

PASTORE, Karina. O Paraíso dos Remédios Falsificados. Veja, nº 27. São Paulo: Abril, 8 jul. 1998, p. 40-41.

4. Segundo a autora, “um dos piores crimes que se podem cometer” é:

a) a venda de narcóticos.b) a falsificação dos remédios.c) a receita de remédios falsos.d) a venda abusiva de remédios.

Leia o texto para responder a questão abaixo:

História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma

fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como: redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato tota lmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm

5. Segundo o texto, as mulheres da fábrica reivindicavam:

a) melhores condições de moradia.b) melhores condições de estudo.c) melhores condições de trabalho.d) melhores condições de transporte.

Leia o texto abaixo e responda.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE:

Conservar em local fresco e seco, ao abrigo do calor.

O prazo de validade são 24 meses contados a partir da data de fabricação marcada na

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1. Ao ler o texto “Para que ninguém a quisesse” compreende-se que:

a) O homem amava sua mulher e dela cuidava.b) A mulher traía seu marido, causando-lhe

ciúmes.c) O homem sentia ciúme doentio de sua

esposa.d) O homem desejava proteger sua mulher de

olhares alheios.

Leia o texto para responder a questão a seguir:

Inventário da infância perdida

Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade madura. Depois dos quarenta a existência humana, a não ser para os asiáticos, que têm o segredo da vida longeva e produtiva, assinala realmente uma decadência inter-minável, até que ela se torna insuportável: toda a razão da vida se concentra em algumas coisas muito específicas, em seres, sobre-tudo, e daí o conflito que se trava no interior de cada ser humano quando aquilo que ele quis ser para duas, três ou quatro pessoas — pois é nisso que se concentra a nossa vida — deixou de ser o que realmente se quis ser ou parecer.

Mas uma grande parte de nossa vida é desenhada muito cedo, quando se inicia o que alguns românticos chamam de aventura humana e que aos poucos vai-se trans-formando numa incansável continuidade de diminutas frustrações e pequenos embates corporais com a realidade, frustrações que depois se transformam em fontes de amargura. (...)

O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o olhamos, depois de adultos: é a versão que se sobrepõe, poderosa, sobre a realidade, e essa versão, por mais suscetível de ser destruída pela análise fria, é a que prevalece e guia nossos passos, por anos intermináveis.

Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles diminutos pratos chineses que misturam gostos e odores. Assim, eu, por exemplo, me lembro, quando faço muita força, de trechos de minha infância: não consigo lembrá-la toda, ou largos períodos dela, talvez porque o que foi doloroso nela tenha sido mais abundante e mais avassalador do que o que foi doce.

ABRAMO, Cláudio. In: A regra do jogo. São Paulo.Cia das Letras, p. 41, 1989.

2. A alternativa que indica que a infância é uma invenção é:

a) “O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o olhamos, depois de adultos:...”

b) “Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles diminutos pratos chineses que misturam gostos e odores.”

c) “Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade madura.”

d) “Mas uma grande parte de nossa vida é dese-nhada muito cedo, quando se inicia o que alguns românticos chamam de aventura humana.”

Leia o texto para responder a questão a seguir:

Concordo plenamente com o artigo "Revolu-cione a sala de aula". É preciso que valo-rizemos o ser humano, seja ele estudante, seja professor. Acredito na importância de aprender a respeitar nossos limites e superá-los, quando possível, o que será mais fácil se pudermos desenvolver a capacidade de relacionamento em sala de aula. Como arqui-teta, concordo com a postura de valorização do indivíduo, em qualquer situação: se procu-rarmos uma relação de respeito e colaboração, seguramente estaremos criando a base sólida de uma vida melhor.

Tania Bertoluci de Souza. Porto Alegre, RS. Disponível em: <:http://www.kanitz.com.br/veja/cartas.htm>. Acesso em: 2 maio 2009 (com adaptações).

3. O texto registra que:

a) é fácil superar limites se a capacidade de relacionamento for desenvolvida.

b) o artigo "Revolucione a sala de aula" valoriza o ser humano.

c) a arquiteta está criando uma base sólida para uma vida melhor.

d) é necessário valorizar o ser humano, seja estudante, seja professor.

Leia o texto para responder a questão a seguir:

Como opera a máfia que transformou o Brasil num dos campeões da fraude de medica-mentos

É um dos piores crimes que se podem cometer. As vítimas são homens, mulheres e crianças doentes — presas fáceis, captu-radas na esperança de recuperar a saúde perdida. A máfia dos medicamentos falsos é mais cruel do que as quadrilhas de narcotra-ficantes. Quando alguém decide cheirar cocaína, tem absoluta consciên¬cia do que coloca no corpo adentro. Às vítimas dos que falsificam remédios não é dada oportunidade de escolha. Para o doente, o remédio é com-pulsório. Ou ele toma o que o médico lhe recei-tou ou passará a correr risco de piorar ou até morrer. Nunca como hoje os brasileiros entraram numa farmácia com tanta reserva.

PASTORE, Karina. O Paraíso dos Remédios Falsificados. Veja, nº 27. São Paulo: Abril, 8 jul. 1998, p. 40-41.

4. Segundo a autora, “um dos piores crimes que se podem cometer” é:

a) a venda de narcóticos.b) a falsificação dos remédios.c) a receita de remédios falsos.d) a venda abusiva de remédios.

Leia o texto para responder a questão abaixo:

História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma

fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como: redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato tota lmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm

5. Segundo o texto, as mulheres da fábrica reivindicavam:

a) melhores condições de moradia.b) melhores condições de estudo.c) melhores condições de trabalho.d) melhores condições de transporte.

Leia o texto abaixo e responda.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE:

Conservar em local fresco e seco, ao abrigo do calor.

O prazo de validade são 24 meses contados a partir da data de fabricação marcada na

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embalagem externa. Após esse período não mais deverá ser usado, sob risco de não produzir os efeitos desejáveis.

O produto é indicado para uso exclusivamente tópico, nos casos de reumatismos, nevralgias, torcicolos, contusões e dores musculares.

"TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS."

"NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECI-MENTO DE SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE."

MODO DE USAR:

Friccione a parte dolorida durante alguns minutos, com pequena quantidade do produto, envolvendo-a depois com um pano de flanela ou lã, 2 a 3 vezes ao dia.

"SIGA CORRETAMENTE O MODO DE USAR, NÃO DESAPARECENDO OS SINTOMAS, PROCURE ORIENTAÇÃO MÉDICA."

6. O medicamento acima é indicado para:

a) aliviar dores de origem muscular, de articu-lações ou devido a pancadas.

b) cicatrizar feridas rapidamente.c) tratar de alergias de pele que atrapalham o

movimento dos membros.d) cuidar de crianças extremamente nervosas.

(CPERB – ADAPTADA). Leia o texto abaixo.

Volta às aulas com o pé direitoPaula Dely

As aulas ainda nem começaram, e você já está de cabelo em pé só de pensar em ter de acordar cedo, nas provas que vêm pela frente e na marcação cerrada dos pais com relação a notas e horários?

Pois é, a volta às aulas pode ser motivo de felicidade, pois é hora de rever os amigos,

contar as novidades, etc., mas sempre resta aquele sentimento de tristeza porque as férias acabaram.

Nada mais de festas todo fim de semana, encontros diários com amigos e poder dormir e acordar a hora que quiser. Você fica divagando sobre as férias que estão passando e, quando se dá conta, as aulas já começaram. Pode acontecer até mesmo de você não ter sequer arrumado o material escolar, comprado os cadernos ou de o quarto estar tão bagunçado que é impossível você achar o que procura. Enfim, a confusão está formada. Depois de alguns meses de descanso, é natural que você demore um pouco para voltar ao ritmo normal de estudo e fique disperso, desatento, irritado, meio “devagar” e fugindo da realidade, que é entrar no ritmo novamente. Pois bem, quem sabe não é hora de mudar um pouquinho e tentar fazer dos últimos dias de descanso uma preparação para o ano que vem pela frente?

Organizar melhor o tempo de dever e estudo não é uma tarefa fácil e se torna ainda mais difícil quando regressamos de um período de relaxamento, em que até nosso corpo se adaptou a uma rotina diferente.

Trecho extraído de http://www.educacional.com.br/falecom/psicologa_bd.asp?codtexto=509(ultimo acesso em 05/01/2012

7. A autora esclarece de forma explicativa o retorno às aulas. Visando:

a) estabelecer o entendimento do aluno sobre a escola.

b) informar do retorno à escola.c) favorecer o rendimento do aluno logo no

início do período letivod) facilitar o acompanhamento de pais e alunos

na escola.

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(Projeto con(seguir)-DC).

Leia o texto abaixo.

DA TV PARA AS COMISSÕES DE FRENTE

Escolas apostam em atores

Em busca de formulas para entreter o público e os jurados ao abrir os desfiles das escolas de samba, algumas comissões de frente resolveram integrar ao elenco, normalmente formado por bailarinos, atores de TV. Com o enredo sobre as festas da Bahia, a Portela escolheu Milton Gonçalves para fazer parte da ala. Ele foi convidado pelo coreógrafo Márcio Mouro para representar um dos principais papéis do desfile. —Quando liguei para ele, a resposta foi “não se atreva a chamar outra pessoa”. Ele se sentiu honrado com o convite, o que me deixou muito feliz porque eu precisava que o personagem da comissão fosse ocupado por um negro experiente e de grade expressão.

Já a Grande Rio convidou atores do programa “Zorra Total”, da TV Globo. A aposta do coreógrafo Jorge Teixeira é que figuras tarimbadas da televisão ajudem os espectadores a assimilar com mais facilidade a proposta da comissão, que contará com o quarteto Katiuscia Canoro, Samantha Schmutz, Wagner Trindade e Marcos Veras, que atua no quadro das crianças do humorístico. — A Grande Rio já tem muitos artistas. Mas, quando soube que o enredo da escola seria sobre superação, pensei imediatamente em falar sobre a superação na infância – diz Teixeira, que já assinou comissões da Portela e da Mocidade.

(Alice Fernandes, Jornal O Globo, 19/02/2012)

8. Com base na notícia acima, pode-se afirmar que as escolas de samba apostam em atores para:

a) entreter o público e os jurados. b) representar um dos principais papéis do

desfile.

c) ajudar os espectadores a assimilar a comissão de frente.

d) falar sobre a superação na infância.

(Projeto con(seguir)-DC).

Leia o texto e responda.

(Enviado por Gabriel Sousa - http://oglobo.globo.com/rio/ ancelmo/)

9. Após analisar a charge, é possível imaginar que, no Natal, o que parece ser mais importante é:

a) visitar os amigos.b) ajudar o próximo.c) dar e receber presentes.d) fazer confraternização com os amigos.

(SAERJ). Leia o texto abaixo.

Entrevista com Marcos Bagno

Em geral, o preconceito linguístico é exercido pelas pessoas que ocupam as classes sociais dominantes, que tiveram acesso à educação formal, portanto, à norma-padrão de prestígio. Assim, acreditam que seu modo de falar é mais “certo” e mais “bonito” que o das pessoas com pouca ou nenhuma escolarização. O preconceito linguístico é somente um disfarce: não é a língua da pessoa que é discriminada, mas a própria pessoa em sua identidade individual e social.

VECCHI, Viviane. Entrevista com Marcos Bagno. Disponível em: http://www.facasper.com.br/jo/entrevistas.

- No Natal, sou o centro das atenções.Quem sou eu?

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embalagem externa. Após esse período não mais deverá ser usado, sob risco de não produzir os efeitos desejáveis.

O produto é indicado para uso exclusivamente tópico, nos casos de reumatismos, nevralgias, torcicolos, contusões e dores musculares.

"TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS."

"NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECI-MENTO DE SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE."

MODO DE USAR:

Friccione a parte dolorida durante alguns minutos, com pequena quantidade do produto, envolvendo-a depois com um pano de flanela ou lã, 2 a 3 vezes ao dia.

"SIGA CORRETAMENTE O MODO DE USAR, NÃO DESAPARECENDO OS SINTOMAS, PROCURE ORIENTAÇÃO MÉDICA."

6. O medicamento acima é indicado para:

a) aliviar dores de origem muscular, de articu-lações ou devido a pancadas.

b) cicatrizar feridas rapidamente.c) tratar de alergias de pele que atrapalham o

movimento dos membros.d) cuidar de crianças extremamente nervosas.

(CPERB – ADAPTADA). Leia o texto abaixo.

Volta às aulas com o pé direitoPaula Dely

As aulas ainda nem começaram, e você já está de cabelo em pé só de pensar em ter de acordar cedo, nas provas que vêm pela frente e na marcação cerrada dos pais com relação a notas e horários?

Pois é, a volta às aulas pode ser motivo de felicidade, pois é hora de rever os amigos,

contar as novidades, etc., mas sempre resta aquele sentimento de tristeza porque as férias acabaram.

Nada mais de festas todo fim de semana, encontros diários com amigos e poder dormir e acordar a hora que quiser. Você fica divagando sobre as férias que estão passando e, quando se dá conta, as aulas já começaram. Pode acontecer até mesmo de você não ter sequer arrumado o material escolar, comprado os cadernos ou de o quarto estar tão bagunçado que é impossível você achar o que procura. Enfim, a confusão está formada. Depois de alguns meses de descanso, é natural que você demore um pouco para voltar ao ritmo normal de estudo e fique disperso, desatento, irritado, meio “devagar” e fugindo da realidade, que é entrar no ritmo novamente. Pois bem, quem sabe não é hora de mudar um pouquinho e tentar fazer dos últimos dias de descanso uma preparação para o ano que vem pela frente?

Organizar melhor o tempo de dever e estudo não é uma tarefa fácil e se torna ainda mais difícil quando regressamos de um período de relaxamento, em que até nosso corpo se adaptou a uma rotina diferente.

Trecho extraído de http://www.educacional.com.br/falecom/psicologa_bd.asp?codtexto=509(ultimo acesso em 05/01/2012

7. A autora esclarece de forma explicativa o retorno às aulas. Visando:

a) estabelecer o entendimento do aluno sobre a escola.

b) informar do retorno à escola.c) favorecer o rendimento do aluno logo no

início do período letivod) facilitar o acompanhamento de pais e alunos

na escola.

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(Projeto con(seguir)-DC).

Leia o texto abaixo.

DA TV PARA AS COMISSÕES DE FRENTE

Escolas apostam em atores

Em busca de formulas para entreter o público e os jurados ao abrir os desfiles das escolas de samba, algumas comissões de frente resolveram integrar ao elenco, normalmente formado por bailarinos, atores de TV. Com o enredo sobre as festas da Bahia, a Portela escolheu Milton Gonçalves para fazer parte da ala. Ele foi convidado pelo coreógrafo Márcio Mouro para representar um dos principais papéis do desfile. —Quando liguei para ele, a resposta foi “não se atreva a chamar outra pessoa”. Ele se sentiu honrado com o convite, o que me deixou muito feliz porque eu precisava que o personagem da comissão fosse ocupado por um negro experiente e de grade expressão.

Já a Grande Rio convidou atores do programa “Zorra Total”, da TV Globo. A aposta do coreógrafo Jorge Teixeira é que figuras tarimbadas da televisão ajudem os espectadores a assimilar com mais facilidade a proposta da comissão, que contará com o quarteto Katiuscia Canoro, Samantha Schmutz, Wagner Trindade e Marcos Veras, que atua no quadro das crianças do humorístico. — A Grande Rio já tem muitos artistas. Mas, quando soube que o enredo da escola seria sobre superação, pensei imediatamente em falar sobre a superação na infância – diz Teixeira, que já assinou comissões da Portela e da Mocidade.

(Alice Fernandes, Jornal O Globo, 19/02/2012)

8. Com base na notícia acima, pode-se afirmar que as escolas de samba apostam em atores para:

a) entreter o público e os jurados. b) representar um dos principais papéis do

desfile.

c) ajudar os espectadores a assimilar a comissão de frente.

d) falar sobre a superação na infância.

(Projeto con(seguir)-DC).

Leia o texto e responda.

(Enviado por Gabriel Sousa - http://oglobo.globo.com/rio/ ancelmo/)

9. Após analisar a charge, é possível imaginar que, no Natal, o que parece ser mais importante é:

a) visitar os amigos.b) ajudar o próximo.c) dar e receber presentes.d) fazer confraternização com os amigos.

(SAERJ). Leia o texto abaixo.

Entrevista com Marcos Bagno

Em geral, o preconceito linguístico é exercido pelas pessoas que ocupam as classes sociais dominantes, que tiveram acesso à educação formal, portanto, à norma-padrão de prestígio. Assim, acreditam que seu modo de falar é mais “certo” e mais “bonito” que o das pessoas com pouca ou nenhuma escolarização. O preconceito linguístico é somente um disfarce: não é a língua da pessoa que é discriminada, mas a própria pessoa em sua identidade individual e social.

VECCHI, Viviane. Entrevista com Marcos Bagno. Disponível em: http://www.facasper.com.br/jo/entrevistas.

- No Natal, sou o centro das atenções.Quem sou eu?

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10. Nesse texto, o lingüista defende a ideia de que o preconceito linguístico:

a) contraria as regras gramaticais.b) depende da idade dos falantes.c) é apenas uma questão de disfarce.d) está em todas as camadas sociais.

D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a ha-bilidade de o aluno relacionar informações, inferindo quanto ao sentido de uma palavra ou expressão no texto, ou seja, dando a determi-nadas palavras seu sentido conotativo.

Inferir significa realizar um raciocínio com base em informações já conhecidas, a fim de se chegar a informações novas, que não estejam explicitamente marcadas no texto. Com este descritor, pretende-se verificar se o leitor é capaz de inferir um significado para uma pala-vra ou expressão que ele desconhece.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o aluno, ao inferir o sentido da palavra ou expressão, seleciona informações também presentes na superfície textual e estabelece relações entre essas informações e seus conhecimentos prévios. Por exemplo, dá-se uma expressão ou uma palavra do texto e pergunta-se que sentido ela adquire.

Times, equipes e seleções

Ao longo desta Copa do Mundo, temos ouvi-do muitas pessoas, incluindo comentaristas de futebol, se referirem às seleções como times. Em inglês, team (que é a origem do nosso “time”) quer dizer simplesmente “equipe” (não só esportiva, mas qualquer grupo de pessoas que atuem juntas, cooperativamente), portanto não há nada de errado em chamar uma seleção de “time”. Acontece, porém, que o uso transformou essa palavra em sinônimo de clube de futebol, que chamamos simplificadamente de “clube”.

Assim, a seleção tem esse nome porque sele-

ciona os melhores jogadores de cada clube de um país (ou, no caso brasileiro atual, de clubes estrangeiros) para formar uma equipe temporária.

O português não é a única língua a fazer distinção entre o time (com sentido esportivo) e a equipe (com sentido neutro e geral). Em primeiro lugar, o anglicismo team está em quase todas as línguas, resultado da influência do inglês como idioma dos inventores do futebol e também como língua hegemônica da atualidade. Curio-samente, o português é das poucas que adapta-ram a grafia do termo ao seu sistema ortográfico (em espanhol, francês, italiano, alemão, con-tinua-se a grafar team).

Paralelamente, são também empregadas palavras genéricas como o português “equi-pe” (ou “equipa”, na variedade lusitana), o espanhol equipo, o francês équipe, o italiano squadra, o alemão Mannschaft...

De todo modo, a palavra “time” (ou team) tem sempre uma conotação esportiva. Por isso, aplicada ao mundo corporativo (por exemplo, quando um novo executivo vem integrar o “time” da companhia), fica a impressão subliminar de que o mundo dos negócios é um jogo, no qual as empresas competem pela vitória e pretendem derrotar seus adversários (isto é, as concorrentes).

Enquanto isso, o inglês, criador da palavra, usa apenas team em todos os casos. É, pois – e ironicamente –, a única língua em que o vocá-bulo não tem uma aura marcadamente desportiva.

Enquanto falantes do português, espanhol, francês e inglês se referem à equipe de futebol que representa seus países no Mundial como “Seleção” (esp. Selección, fr. Sélection, ingl. Selection), o italiano e o alemão usam a perí-frase “Equipe Nacional”, ou mais simples-mente “Nacional”: it. (Squadra) Nazionale, al. National (mannschaft).

De todo modo, seja o time, a equipe ou a Sele-

ção, o que importa é a conquista da taça. Que venha o hexa!

(http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/times-equipes-e-selecoes 318104-1.asp)

11. O vocábulo hegemônico corresponde, no texto, a:

a) importanteb) relevantec) marcanted) predominante

Leia o texto a seguir:

O tomate virou o grande símbolo do descon-forto e da apreensão dos brasileiros com a volta da inflação. O governo, até agora, pisou no tomate, usou apenas paliativos para enfrentar o problema.

Os fiscais brasileiros de Foz do Iguaçu, na fronteira do Paraná com a Argentina e o Paraguai, tiveram trabalho extra dos últimos dias: Eles precisaram combater o contra-bando de tomate. O tráfego ganhou força porque, no Brasil o fruto chegou a custar o dobro do cobrado nos países vizinhos. O tomate liderou a alta de preços nos supermercados nos três primeiros meses do ano, com um reajuste médio de 60%, [...] seu preço virou piada nacional. Dezenas de charges correram pela internet comparando o tomate a joias valiosas e obras de arte. Pena que aquilo que simboliza – a volta da inflação – não tenha graça nenhuma.

Veja, ed. 2.317, ano 46, n. 16. “Sim, eu posso...”, . 50-53 (17 abr. 2013).

12. O verbo virar na frase: “O tomate virou grande símbolo de...” tem o sentido de:

a) transformar-se.b) girar. c) colocar-se em direção oposta a da anterior.d) sofrer alteração.

13. Relacione imagem e texto verbal e dê o significado de “pisou no tomate”:

a) Conseguiu acabar com a inflação. b) Incentivou o aparecimento da inflação.c) Perdeu o controle da inflação. d) Não resistiu à inflação.

14. Qual o significado de paliativos em “usou apenas paliativos para enfrentar o problema”?

a) Evitou o problema. b) Usou meios atenuantes para diminuir o

problema. c) Solucionou o problema.d) Resolveu parte do problema.

Leia o texto abaixo e responda.

As tecnologias de informação e comunicação (TIC) vieram aprimorar ou substituir meios tradicionais de comunicação e armaze-namento de informações, tais como o rádio e a TV analógicos, os livros, os telégrafos, o fax etc. As novas bases tecnológicas são mais poderosas e versáteis, introduziram fortemen-te a possibilidade de comunicação interativa e estão presentes em todos os meios produtivos da atualidade. As novas TIC vieram acompa-nhadas da chamada Digital Divide, Digital Gap

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10. Nesse texto, o lingüista defende a ideia de que o preconceito linguístico:

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D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a ha-bilidade de o aluno relacionar informações, inferindo quanto ao sentido de uma palavra ou expressão no texto, ou seja, dando a determi-nadas palavras seu sentido conotativo.

Inferir significa realizar um raciocínio com base em informações já conhecidas, a fim de se chegar a informações novas, que não estejam explicitamente marcadas no texto. Com este descritor, pretende-se verificar se o leitor é capaz de inferir um significado para uma pala-vra ou expressão que ele desconhece.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o aluno, ao inferir o sentido da palavra ou expressão, seleciona informações também presentes na superfície textual e estabelece relações entre essas informações e seus conhecimentos prévios. Por exemplo, dá-se uma expressão ou uma palavra do texto e pergunta-se que sentido ela adquire.

Times, equipes e seleções

Ao longo desta Copa do Mundo, temos ouvi-do muitas pessoas, incluindo comentaristas de futebol, se referirem às seleções como times. Em inglês, team (que é a origem do nosso “time”) quer dizer simplesmente “equipe” (não só esportiva, mas qualquer grupo de pessoas que atuem juntas, cooperativamente), portanto não há nada de errado em chamar uma seleção de “time”. Acontece, porém, que o uso transformou essa palavra em sinônimo de clube de futebol, que chamamos simplificadamente de “clube”.

Assim, a seleção tem esse nome porque sele-

ciona os melhores jogadores de cada clube de um país (ou, no caso brasileiro atual, de clubes estrangeiros) para formar uma equipe temporária.

O português não é a única língua a fazer distinção entre o time (com sentido esportivo) e a equipe (com sentido neutro e geral). Em primeiro lugar, o anglicismo team está em quase todas as línguas, resultado da influência do inglês como idioma dos inventores do futebol e também como língua hegemônica da atualidade. Curio-samente, o português é das poucas que adapta-ram a grafia do termo ao seu sistema ortográfico (em espanhol, francês, italiano, alemão, con-tinua-se a grafar team).

Paralelamente, são também empregadas palavras genéricas como o português “equi-pe” (ou “equipa”, na variedade lusitana), o espanhol equipo, o francês équipe, o italiano squadra, o alemão Mannschaft...

De todo modo, a palavra “time” (ou team) tem sempre uma conotação esportiva. Por isso, aplicada ao mundo corporativo (por exemplo, quando um novo executivo vem integrar o “time” da companhia), fica a impressão subliminar de que o mundo dos negócios é um jogo, no qual as empresas competem pela vitória e pretendem derrotar seus adversários (isto é, as concorrentes).

Enquanto isso, o inglês, criador da palavra, usa apenas team em todos os casos. É, pois – e ironicamente –, a única língua em que o vocá-bulo não tem uma aura marcadamente desportiva.

Enquanto falantes do português, espanhol, francês e inglês se referem à equipe de futebol que representa seus países no Mundial como “Seleção” (esp. Selección, fr. Sélection, ingl. Selection), o italiano e o alemão usam a perí-frase “Equipe Nacional”, ou mais simples-mente “Nacional”: it. (Squadra) Nazionale, al. National (mannschaft).

De todo modo, seja o time, a equipe ou a Sele-

ção, o que importa é a conquista da taça. Que venha o hexa!

(http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/times-equipes-e-selecoes 318104-1.asp)

11. O vocábulo hegemônico corresponde, no texto, a:

a) importanteb) relevantec) marcanted) predominante

Leia o texto a seguir:

O tomate virou o grande símbolo do descon-forto e da apreensão dos brasileiros com a volta da inflação. O governo, até agora, pisou no tomate, usou apenas paliativos para enfrentar o problema.

Os fiscais brasileiros de Foz do Iguaçu, na fronteira do Paraná com a Argentina e o Paraguai, tiveram trabalho extra dos últimos dias: Eles precisaram combater o contra-bando de tomate. O tráfego ganhou força porque, no Brasil o fruto chegou a custar o dobro do cobrado nos países vizinhos. O tomate liderou a alta de preços nos supermercados nos três primeiros meses do ano, com um reajuste médio de 60%, [...] seu preço virou piada nacional. Dezenas de charges correram pela internet comparando o tomate a joias valiosas e obras de arte. Pena que aquilo que simboliza – a volta da inflação – não tenha graça nenhuma.

Veja, ed. 2.317, ano 46, n. 16. “Sim, eu posso...”, . 50-53 (17 abr. 2013).

12. O verbo virar na frase: “O tomate virou grande símbolo de...” tem o sentido de:

a) transformar-se.b) girar. c) colocar-se em direção oposta a da anterior.d) sofrer alteração.

13. Relacione imagem e texto verbal e dê o significado de “pisou no tomate”:

a) Conseguiu acabar com a inflação. b) Incentivou o aparecimento da inflação.c) Perdeu o controle da inflação. d) Não resistiu à inflação.

14. Qual o significado de paliativos em “usou apenas paliativos para enfrentar o problema”?

a) Evitou o problema. b) Usou meios atenuantes para diminuir o

problema. c) Solucionou o problema.d) Resolveu parte do problema.

Leia o texto abaixo e responda.

As tecnologias de informação e comunicação (TIC) vieram aprimorar ou substituir meios tradicionais de comunicação e armaze-namento de informações, tais como o rádio e a TV analógicos, os livros, os telégrafos, o fax etc. As novas bases tecnológicas são mais poderosas e versáteis, introduziram fortemen-te a possibilidade de comunicação interativa e estão presentes em todos os meios produtivos da atualidade. As novas TIC vieram acompa-nhadas da chamada Digital Divide, Digital Gap

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ou Digital Exclusion, traduzidas para o português como Divisão Digital ou Exclusão Digital, sendo, às vezes, também usados os termos Brecha Digital ou Abismo Digital.

FONTE: ENEM 2009

15. De acordo com o texto, a expressão “aprimorar” denota:

a) versatilidadeb) melhoramentoc) produtividaded) simplificação

16. Observando a expressão “as novas tecnolo-gias são mais poderosas e versáteis”. O termo destacado poderia ser substituído por:

a) habilidosasb) inconsistentesc) pertinazesd) variáveis

Leia a tira a seguir:

17. No segundo quadrinho a menina diz: “Fica ligada, Kiki!” Qual é o sentido da expressão ficar ligada no contexto?

a) Estar em comunicação. b) Pôr em funcionamento.c) Ficar esperta.d) Ficar próxima.

Leia o poema:

Poesia por acaso

Sem inspiração estou agora.Tento atiçar a imaginaçãomas ela demora.Não consigo pensar em algoque faça rimas.É como querer acertar o alvocom a flecha apontada para cima.Não acho um bom assuntoque se organize bem em versos.

Mesmo sabendo que no mundohá mil assuntos diversos.Que coisa chata,não consigo imaginar.Isso quase me mata, porque é horrível não poder pensar.Mas espere um momento,mesmo não tendo um tema,se estas frases vou relendo,vejo que é um poema!

(Clarice Pacheco)

18. No verso: “Tento atiçar a imaginação”, a palavra destacada tem sentido de:

a) estimular.b) obter. c) adormecer. d) sentir.

Leia o poema:

Por que levantar o braço para colher o fruto?A máquina o fará por nós.Por que labutar no campo, na cidade?A máquina o fará por nós.Por que pensar, imaginar?A Máquina o fará por nós.Por que fazer um poema?A máquina o fará por nós? Por que subir a escada de Jacó? A máquina o fará por nós.Ó máquina, orai por nós.

(Cassiano Ricardo, 2ª Ladainha)

19. O termo “labutar” no 3º verso do poema pode ser substituído, sem sofrer alteração de sentido, pela palavra:

a) Imaginar b) Pensarc) Levantar d) Trabalhar

Japonesas perdem título de mais longevas do mundo

26 de julho de 2012 | 8h 37

Depois de 26 anos no topo da lista das mulheres de maior expectativa de vida do mundo, as japonesas perderam no ano passado a coroa, disse nesta quarta-feira o governo do Japão, que culpou o terremoto e o tsunami de 2011 pela queda.

O Ministério do Trabalho e Saúde informou que o desastre, que deixou aproximadamente 20 mil mortos ou desaparecidos, foi o principal fator por trás da queda na média da expectativa de vida, que caiu 0.4 anos, ficando em 85,9 anos. As japonesas ficaram atrás das mulheres de Hong Kong, cuja média é de 86,7 anos.

Segundo o ministério, o aumento nos casos de suicídio no ano passado também contribuiu para o declínio.

Para os homens, a média da expectativa de vida caiu 0,11 anos, ficando em 79,44 anos, em-patados com os italianos em sétimo lugar. Os suíços estão no topo da lista, com 80,2 anos.

Como resultado dos avanços na saúde e queda da taxa de natalidade, o Japão, décima nação mais populosa do mundo, é um das sociedades com mais idosos e um ritmo de envelhecimento mais rápido.

A tendência ficou especialmente evidente no nordeste do país, região onde mesmo antes do tsunami a escassez de empregos levava os jovens a migrarem. Boa parte das vítimas do desastre era de moradores idosos.

(Por Teppei Kasai) http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,japonesas-perdem-titulo-de-mais-longevas-do-mundo,905868,0.htm

20. Pela leitura do texto, pode-se concluir que longevas significa:

a) mulheres que deixaram de viver muito.b) mulheres que moram longe dos demais.c) mulheres que tentam o suicídio.d) mulheres que têm uma vida longa.

D4 – Inferir uma informação implícita em um texto

As informações implícitas no texto são aquelas que não estão presentes claramente na base textual, mas podem ser construídas pelo leitor por meio da realização de inferências que as marcas do texto permitem. Alem das informações explicitamente enunciadas, há outras que podem ser pressupostas e, consequentemente, inferidas pelo leitor.

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer uma idéia implícita no texto, seja por meio da identificação de sentimentos que dominam as ações externas dos personagens, em um nível básico, seja com base na identificação do gênero textual e na transposição do que seja real para o imaginário. É importante que o aluno apreenda o texto como um todo, para dele retirar as informações solicitadas.

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FONTE: ENEM 2009

15. De acordo com o texto, a expressão “aprimorar” denota:

a) versatilidadeb) melhoramentoc) produtividaded) simplificação

16. Observando a expressão “as novas tecnolo-gias são mais poderosas e versáteis”. O termo destacado poderia ser substituído por:

a) habilidosasb) inconsistentesc) pertinazesd) variáveis

Leia a tira a seguir:

17. No segundo quadrinho a menina diz: “Fica ligada, Kiki!” Qual é o sentido da expressão ficar ligada no contexto?

a) Estar em comunicação. b) Pôr em funcionamento.c) Ficar esperta.d) Ficar próxima.

Leia o poema:

Poesia por acaso

Sem inspiração estou agora.Tento atiçar a imaginaçãomas ela demora.Não consigo pensar em algoque faça rimas.É como querer acertar o alvocom a flecha apontada para cima.Não acho um bom assuntoque se organize bem em versos.

Mesmo sabendo que no mundohá mil assuntos diversos.Que coisa chata,não consigo imaginar.Isso quase me mata, porque é horrível não poder pensar.Mas espere um momento,mesmo não tendo um tema,se estas frases vou relendo,vejo que é um poema!

(Clarice Pacheco)

18. No verso: “Tento atiçar a imaginação”, a palavra destacada tem sentido de:

a) estimular.b) obter. c) adormecer. d) sentir.

Leia o poema:

Por que levantar o braço para colher o fruto?A máquina o fará por nós.Por que labutar no campo, na cidade?A máquina o fará por nós.Por que pensar, imaginar?A Máquina o fará por nós.Por que fazer um poema?A máquina o fará por nós? Por que subir a escada de Jacó? A máquina o fará por nós.Ó máquina, orai por nós.

(Cassiano Ricardo, 2ª Ladainha)

19. O termo “labutar” no 3º verso do poema pode ser substituído, sem sofrer alteração de sentido, pela palavra:

a) Imaginar b) Pensarc) Levantar d) Trabalhar

Japonesas perdem título de mais longevas do mundo

26 de julho de 2012 | 8h 37

Depois de 26 anos no topo da lista das mulheres de maior expectativa de vida do mundo, as japonesas perderam no ano passado a coroa, disse nesta quarta-feira o governo do Japão, que culpou o terremoto e o tsunami de 2011 pela queda.

O Ministério do Trabalho e Saúde informou que o desastre, que deixou aproximadamente 20 mil mortos ou desaparecidos, foi o principal fator por trás da queda na média da expectativa de vida, que caiu 0.4 anos, ficando em 85,9 anos. As japonesas ficaram atrás das mulheres de Hong Kong, cuja média é de 86,7 anos.

Segundo o ministério, o aumento nos casos de suicídio no ano passado também contribuiu para o declínio.

Para os homens, a média da expectativa de vida caiu 0,11 anos, ficando em 79,44 anos, em-patados com os italianos em sétimo lugar. Os suíços estão no topo da lista, com 80,2 anos.

Como resultado dos avanços na saúde e queda da taxa de natalidade, o Japão, décima nação mais populosa do mundo, é um das sociedades com mais idosos e um ritmo de envelhecimento mais rápido.

A tendência ficou especialmente evidente no nordeste do país, região onde mesmo antes do tsunami a escassez de empregos levava os jovens a migrarem. Boa parte das vítimas do desastre era de moradores idosos.

(Por Teppei Kasai) http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,japonesas-perdem-titulo-de-mais-longevas-do-mundo,905868,0.htm

20. Pela leitura do texto, pode-se concluir que longevas significa:

a) mulheres que deixaram de viver muito.b) mulheres que moram longe dos demais.c) mulheres que tentam o suicídio.d) mulheres que têm uma vida longa.

D4 – Inferir uma informação implícita em um texto

As informações implícitas no texto são aquelas que não estão presentes claramente na base textual, mas podem ser construídas pelo leitor por meio da realização de inferências que as marcas do texto permitem. Alem das informações explicitamente enunciadas, há outras que podem ser pressupostas e, consequentemente, inferidas pelo leitor.

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer uma idéia implícita no texto, seja por meio da identificação de sentimentos que dominam as ações externas dos personagens, em um nível básico, seja com base na identificação do gênero textual e na transposição do que seja real para o imaginário. É importante que o aluno apreenda o texto como um todo, para dele retirar as informações solicitadas.

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Essa habilidade é avaliada por meio de um texto, no qual o aluno deve buscar informações que vão além do que está explícito, mas que à medida que ele vá atribuindo sentido ao que está enunciado no texto, ele vá deduzindo o que lhe foi solicitado. Ao realizar esse movimento, são estabelecidas de relações entre o texto e o seu contexto pes-soal. Por exemplo, solicita-se que o aluno identifique o sentido da ação dos personagens ou o que determinado fato desperte nos perso-nagens, entre outras coisas.

Leia o texto abaixo e responda.Blogs

Cachorros adoram passar feriados fora de casa

Carol Castro 25 de junho de 2014

Quando se hospedam em canis ou hotéis para cachorros. Sério. Assim como nós, eles também acham divertido mudar um pouco de ambiente.

É o que garante uma pesquisa feita por cien-tistas britânicos. Eles avaliaram indicadores de estresse de 29 cães enquanto passavam um tempo em um canil e em casa. Nos dois ambientes, os pesquisadores mediram os níveis dos hormônios de estresse (corticosteroides) e epinefrina (adrenalina), o comportamento deles (agitação, inquietação, bocejos, etc), e a saúde física (pele, temperatura do corpo e nariz, alimentação).

Bem, segundo o estudo, os cães apresentam alguns sinais de excitação mais fortes fora de casa. Com isso os níveis de cortisol aumen-tam, é verdade, mas não quer dizer que estejam estressados. É uma consequência da empolgação e dos exercícios físicos (eles se movimentam mais nos canis). E só. Os outros dados (saúde e comportamento) não indicaram estresse maior longe de casa.

Pois é, não é só você que curte aproveitar o feriadão para fugir da rotina em um lugar diferente. Seu cachorro também gosta. E de

preferência num espaço aberto, cheio de outros cães.

21. O texto permite ao leitor a conclusão de que

a) os cães são animais sociáveis e que gostam de fugir à rotina.

b) cães se estressam mais longe de casa do que quando em casa.

c) os cães são animais cujos hormônios pouco alteram o ânimo deles.

d) cães reagem negativamente quando subme-tidos a exercícios físicos.

Leia o texto abaixo e responda.

A ilha de lixo

O mar está cada vez mais poluído. Mas um projeto quer transformar sujeira em moradia

Por Lorena Verli

No meio do oceano Pacífico, fica o maior lixão do mundo - são 4 milhões de toneladas de garrafas e embalagens, que foram empurradas para lá pelas correntes marítimas e formam um amontoado de 700 mil km2 (duas vezes o estado de São Paulo). Um desastre - mas que pode virar uma coisa boa. Uma empresa da Holanda quer coletar todo esse plástico e reciclá-lo para fazer uma ilha artificial, de aproximadamente 10 mil km2 (equivalente a uma cidade como Manaus) e capacidade para 500 mil habitantes. Ela teria casas, lojas, praias, áreas de lazer e plantações - tudo apoiado numa base de plástico flutuante. Seus criadores acreditam que a ilha possa se tornar autossuficiente, produzindo a própria comida e energia. "Queremos levar o mínimo de coisas para a ilha. A princípio, tudo será feito com o lixo que encontrarmos na área", diz o arquiteto Ramon Knoester. A cidade flutuante seria cortada por canais, para que as correntes oceânicas pudessem passar livremente (sem ameaçar a estabilidade da ilha).

O projeto já recebeu o apoio do governo holandês, mas não tem data para começar - ninguém sabe quanto a obra custaria, nem se é viável. "A ilha não é economicamente rentável. Nós a vemos apenas como uma maneira de limpar a poluição causada pelo ser humano", diz Knoester. Enquanto isso não acontece, toda a matéria-prima que seria usada nesse empreendimento continua boiando.

22. A leitura do texto permite inferir que

a) a dificuldade de manter a estabilidade é o principal obstáculo à construção da ilha.

b) a autossuficiência da ilha depende dos es-forços governamentais e empresariais.

c) a construção da ilha é pouca atraente porque ela não é economicamente rentável.

d) o uso de lixo para construir a ilha não tem rela-ção com o material encontrado no oceano.

Leia o texto abaixo e responda.

Medicina Bem-Estar

Consequências psicológicas para adolescen-tes e adultos viciados em Facebook

Por Epoch Times 09.08 às 12:52 Última atualização: 06.08 às 20:15

Um estudo da Universidade Estadual da Califórnia constatou que gastar muito tempo no Facebook pode levar as pessoas a sofrer psicologicamente. Entre os adolescentes usuários frequentes do Facebook, o narcisismo foi encontrado como ca-racterística mais comum. Em adultos jovens foca-dos no Facebook, comportamentos antissociais, mania e tendências agressivas manifestaram-se.

Dr. Larry Rosen, professor na universidade, apresentou os resultados em 6 de agosto de 2011 em uma sessão plenária intitulada “Cutu-que-me: como as redes sociais podem ajudar e prejudicar as nossas crianças.” Rosen obser-vou em seu departamento 300 adolescentes com acesso a sites de mídia social. Seu depar-

tamento também obteve dados de 1.000 pes-quisas dadas aos adolescentes urbanos.

Houve um aumento do número de faltas esco-lares para os adolescentes com “overdose” de tecnologia, incluindo Facebook, disse o estu-do. Os adolescentes também aumentaram suas chances de desenvolver dores de estô-mago, problemas de sono, ansiedade, bem como depressão. Além disso, o estudo desco-briu que os adolescentes exibiram pior reten-ção de leitura e suas notas foram mais baixas quando foi verificado que eles usaram o Face-book durante um período de 15 minutos.

“Embora ninguém possa negar que o Facebook alterou a paisagem da interação social, espe-cialmente entre os jovens, estamos apenas co-meçando a entender, pela pesquisa psicológica sólida, os positivos e os negativos”, afirmou Rosen. Ele disse que houve alguns aspectos positivos no uso do Facebook, incluindo o de-senvolvimento de habilidades sociais em crian-ças introvertidas.

Também os adultos jovens puderam mostrar uma “empatia virtual” pelos seus amigos online, segundo observou o estudo. “A rede social pode fornecer ferramentas para o ensino de formas atraentes que envolvem jovens estudantes”, acrescentou o professor.

(http://www.epochtimes.com.br/consequencias-psicologicas-para-adolescentes-e-adultos-viciados-em-facebook/)

23. O título da plenária citada no texto revela

a) uma visão neutra quanto ao Facebook.b) uma visão indiferente ao Facebook.c) uma visão imparcial quanto ao Facebook.d) uma visão negativa no tocante ao Facebook.

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Essa habilidade é avaliada por meio de um texto, no qual o aluno deve buscar informações que vão além do que está explícito, mas que à medida que ele vá atribuindo sentido ao que está enunciado no texto, ele vá deduzindo o que lhe foi solicitado. Ao realizar esse movimento, são estabelecidas de relações entre o texto e o seu contexto pes-soal. Por exemplo, solicita-se que o aluno identifique o sentido da ação dos personagens ou o que determinado fato desperte nos perso-nagens, entre outras coisas.

Leia o texto abaixo e responda.Blogs

Cachorros adoram passar feriados fora de casa

Carol Castro 25 de junho de 2014

Quando se hospedam em canis ou hotéis para cachorros. Sério. Assim como nós, eles também acham divertido mudar um pouco de ambiente.

É o que garante uma pesquisa feita por cien-tistas britânicos. Eles avaliaram indicadores de estresse de 29 cães enquanto passavam um tempo em um canil e em casa. Nos dois ambientes, os pesquisadores mediram os níveis dos hormônios de estresse (corticosteroides) e epinefrina (adrenalina), o comportamento deles (agitação, inquietação, bocejos, etc), e a saúde física (pele, temperatura do corpo e nariz, alimentação).

Bem, segundo o estudo, os cães apresentam alguns sinais de excitação mais fortes fora de casa. Com isso os níveis de cortisol aumen-tam, é verdade, mas não quer dizer que estejam estressados. É uma consequência da empolgação e dos exercícios físicos (eles se movimentam mais nos canis). E só. Os outros dados (saúde e comportamento) não indicaram estresse maior longe de casa.

Pois é, não é só você que curte aproveitar o feriadão para fugir da rotina em um lugar diferente. Seu cachorro também gosta. E de

preferência num espaço aberto, cheio de outros cães.

21. O texto permite ao leitor a conclusão de que

a) os cães são animais sociáveis e que gostam de fugir à rotina.

b) cães se estressam mais longe de casa do que quando em casa.

c) os cães são animais cujos hormônios pouco alteram o ânimo deles.

d) cães reagem negativamente quando subme-tidos a exercícios físicos.

Leia o texto abaixo e responda.

A ilha de lixo

O mar está cada vez mais poluído. Mas um projeto quer transformar sujeira em moradia

Por Lorena Verli

No meio do oceano Pacífico, fica o maior lixão do mundo - são 4 milhões de toneladas de garrafas e embalagens, que foram empurradas para lá pelas correntes marítimas e formam um amontoado de 700 mil km2 (duas vezes o estado de São Paulo). Um desastre - mas que pode virar uma coisa boa. Uma empresa da Holanda quer coletar todo esse plástico e reciclá-lo para fazer uma ilha artificial, de aproximadamente 10 mil km2 (equivalente a uma cidade como Manaus) e capacidade para 500 mil habitantes. Ela teria casas, lojas, praias, áreas de lazer e plantações - tudo apoiado numa base de plástico flutuante. Seus criadores acreditam que a ilha possa se tornar autossuficiente, produzindo a própria comida e energia. "Queremos levar o mínimo de coisas para a ilha. A princípio, tudo será feito com o lixo que encontrarmos na área", diz o arquiteto Ramon Knoester. A cidade flutuante seria cortada por canais, para que as correntes oceânicas pudessem passar livremente (sem ameaçar a estabilidade da ilha).

O projeto já recebeu o apoio do governo holandês, mas não tem data para começar - ninguém sabe quanto a obra custaria, nem se é viável. "A ilha não é economicamente rentável. Nós a vemos apenas como uma maneira de limpar a poluição causada pelo ser humano", diz Knoester. Enquanto isso não acontece, toda a matéria-prima que seria usada nesse empreendimento continua boiando.

22. A leitura do texto permite inferir que

a) a dificuldade de manter a estabilidade é o principal obstáculo à construção da ilha.

b) a autossuficiência da ilha depende dos es-forços governamentais e empresariais.

c) a construção da ilha é pouca atraente porque ela não é economicamente rentável.

d) o uso de lixo para construir a ilha não tem rela-ção com o material encontrado no oceano.

Leia o texto abaixo e responda.

Medicina Bem-Estar

Consequências psicológicas para adolescen-tes e adultos viciados em Facebook

Por Epoch Times 09.08 às 12:52 Última atualização: 06.08 às 20:15

Um estudo da Universidade Estadual da Califórnia constatou que gastar muito tempo no Facebook pode levar as pessoas a sofrer psicologicamente. Entre os adolescentes usuários frequentes do Facebook, o narcisismo foi encontrado como ca-racterística mais comum. Em adultos jovens foca-dos no Facebook, comportamentos antissociais, mania e tendências agressivas manifestaram-se.

Dr. Larry Rosen, professor na universidade, apresentou os resultados em 6 de agosto de 2011 em uma sessão plenária intitulada “Cutu-que-me: como as redes sociais podem ajudar e prejudicar as nossas crianças.” Rosen obser-vou em seu departamento 300 adolescentes com acesso a sites de mídia social. Seu depar-

tamento também obteve dados de 1.000 pes-quisas dadas aos adolescentes urbanos.

Houve um aumento do número de faltas esco-lares para os adolescentes com “overdose” de tecnologia, incluindo Facebook, disse o estu-do. Os adolescentes também aumentaram suas chances de desenvolver dores de estô-mago, problemas de sono, ansiedade, bem como depressão. Além disso, o estudo desco-briu que os adolescentes exibiram pior reten-ção de leitura e suas notas foram mais baixas quando foi verificado que eles usaram o Face-book durante um período de 15 minutos.

“Embora ninguém possa negar que o Facebook alterou a paisagem da interação social, espe-cialmente entre os jovens, estamos apenas co-meçando a entender, pela pesquisa psicológica sólida, os positivos e os negativos”, afirmou Rosen. Ele disse que houve alguns aspectos positivos no uso do Facebook, incluindo o de-senvolvimento de habilidades sociais em crian-ças introvertidas.

Também os adultos jovens puderam mostrar uma “empatia virtual” pelos seus amigos online, segundo observou o estudo. “A rede social pode fornecer ferramentas para o ensino de formas atraentes que envolvem jovens estudantes”, acrescentou o professor.

(http://www.epochtimes.com.br/consequencias-psicologicas-para-adolescentes-e-adultos-viciados-em-facebook/)

23. O título da plenária citada no texto revela

a) uma visão neutra quanto ao Facebook.b) uma visão indiferente ao Facebook.c) uma visão imparcial quanto ao Facebook.d) uma visão negativa no tocante ao Facebook.

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Ficar ou namorar: intimidade sexual e inti-midade emocional em conflito

A partir dos anos 80, o “ficar” tornou-se a forma de relacionamento amoroso mais pra-ticada pelos jovens brasileiros. Segundo o professor doutor Sandro Caramaschi, docen-te do departamento de Psicologia da Unesp-Bauru, o ficar não é um privilégio nem uma invenção das gerações atuais. “Antigamente, as pessoas também 'ficavam', embora atri-buíssem nomes diferentes para essa prática, que era também menos generalizada do que atualmente”, conta Caramaschi.

O “ficar” caracteriza-se pela ausência de com-promisso, de limites e regras claramente esta-belecidos: o que pode ou não pode é definido no momento em que o relacionamento aconte-ce, de acordo com a vontade dos próprios “ficantes”. A duração do “ficar” varia: o tempo de um único beijo, a noite toda, algumas sema-nas. Ligar no dia seguinte ou procurar o outro não é dever de nenhum dos “ficantes”.

Mesmo desprovido de legitimação social, por não ter fronteiras bem demarcadas, os resul-tados benéficos do “ficar” superam os as-pectos negativos, já que “ficar” possibilita que as pessoas avaliem maior número de parceiros do que se tivessem que namorá-los. “Há chan-ces de se avaliar um ou mais parceiros por dia, e investir num conhecimento mais profundo de parceiros considerados interessantes”, diz Caramaschi. Segundo ele, a maior reclamação de jovens quanto ao “ficar” é a superficialidade dos relacionamentos que caracterizam essa prática. “'Ficar' implica na maioria das vezes uma grande intimidade sexual, à qual não corresponde uma maior intimidade emocio-nal”, aponta Caramaschi. Embora as pessoas tenham necessidade de serem ouvidas e de construírem relacionamentos marcados pela afetividade, dificilmente há predisposição para ouvir e aceitar o outro, situação gerada pelo in-dividualismo e pela competitividade cotidia-

nos. Afinal, “ficar” não é uma mudança com-portamental isolada, e sim o reflexo de uma sociedade composta por pessoas mais cen-tradas em si mesmas, situação bem ilustrada pelo volume elevado das músicas nas pistas de dança atuais, nas quais cada um dança sozi-nho, e onde só se pode conversar aos berros.

O hábito de “ficar” preocupa os pais, que sentem seus filhos mais expostos a doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez pre-coce. “Há um descompasso entre o aumento da liberdade e da responsabilidade”, afirma Caramaschi. “Os jovens sabem o que devem fazer para se prevenir, mas não estão prepa-rados para conduzir essas medidas preven-tivas em situações sociais comuns na sua vida”.

Para entender melhor o assunto, a aluna de Psicologia Cristiane Oliveira Alves desen-volveu a pesquisa “'Ficar' x Namoro: o que marca a passagem de relacionamento a outro na concepção de universitários?” A pesquisa envolveu 100 universitários de ambos os sexos, com idade entre 18 e 24 anos, das faculdades de Ciência (FC), Engenharia (FE) e Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da Unesp-Bauru, e buscava descobrir se há dife-renças entre quando o “ficar” se transforma em namoro para garotas e garotos.

Cinquenta pessoas do sexo feminino e 50 do sexo masculino responderam a um questio-nário com quatorze questões sobre situações comuns a relacionamentos amorosos. Após a análise dos dados coletados, verificou-se que não há grandes diferenças entre quais com-portamentos homens e mulheres consideram típicos do “ficar”, da fase intermediária e do namoro. A pesquisa ressalta, porém, que as mulheres consideram o Companheirismo como característico da fase intermediária entre “ficar” e namoro, enquanto os homens consi-deram-no como peculiar ao namoro. Já a Visita Familiar e o Ciúme são característicos da fase intermediária para os homens, mas do namoro para as mulheres. Caramaschi ressalta que esses resultados se referem a um grupo espe-

cífico, o de universitários da Unesp-Bauru, e que os conceitos sobre o “ficar” e o namoro podem variar conforme a faixa etária dos entre-vistados, ou seu ambiente social. Para Cara-maschi, a grande surpresa foi descobrir que o sexo é considerado próprio da fase intermediária tanto para garotos quanto para garotas.

Fonte: Unesp

24. O texto permite que o leitor entenda o ato de ficar como

a) parte das transformações que atingem os relacionamentos.

b) consequência do individualismo e da com-petitividade.

c) uma surpresa porque praticado por todos os adolescentes.

d) uma prática que é vista diferentemente por homens e mulheres.

Leia o texto abaixo e responda.

Blog do Luiz Costa

Maio/2014

Carta ao leitor

Desejo criativo

Ser criativo deixou de ser um atributo indivi-dual. Passou a ser insumo de mercado. Cria-tividade, afinal, é uma qualidade valorizada em empresas, governos e escolas convenci-das de atuarem num cotidiano que passou a exigir mais do que meras soluções esquemá-ticas para problemas cada vez mais imprevi-síveis em realidades que se transformam.

A metamorfose ambulante era signo de rebel-dia há quarenta anos. Agora, é credencial para o lucro, uma ansiedade informativa, um vetor de consumo.

Somos criativos em textos quando criamos respostas novas e inusitadas para os proble-

mas de expressão com que estamos envol-vidos. E quando mudamos o eixo em que as coisas são apresentadas. O raciocínio comum, sequencial, funciona dentro de um quadro de referências aparente e familiar. O inventivo associa o domínio inicial de um problema a outro quadro de referências.

Em geral, criatividade se revelará a busca bem-sucedida de solução quando temos pela frente um grande volume de abordagens possíveis ou soluções parciais, que consi-deramos insatisfatórias. Um bom começo é o autor estar abastecido de informações das mais diversas fontes e dos mais variados tipos, e ter a disciplina de ver sempre que bicho dá o ato de conectá-las.

Por isso, quando pensarmos em escritas criativas, convém perguntar a que propósito, para trilhar que caminho: ser criativo para conectar-se ao outro; ser criativo para rein-ventar uma realidade. O primeiro pede um sinal de cumplicidade. O segundo, sem o pri-meiro, apenas um planejamento estratégico.

http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-lcosta/desejo-criativo-313089-1.asp

25. É possível inferir que a criatividade

a) está ligada à adaptação efetiva às circuns-tâncias inesperadas.

b) basicamente é uma questão de realizar um planejamento estratégico.

c) se relaciona à disciplina para lidar com fon-tes diferentes de informações.

d) consiste em operar diferenciadamente numa faixa de raciocínio comum.

Leia os textos abaixo e responda.

TEXTO I

O tomate virou o grande símbolo do descon-forto e da apreensão dos brasileiros com a volta da inflação. O governo, até agora, pisou no tomate, usou apenas paliativos para enfrentar o problema.

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Leia o texto abaixo e responda.

Ficar ou namorar: intimidade sexual e inti-midade emocional em conflito

A partir dos anos 80, o “ficar” tornou-se a forma de relacionamento amoroso mais pra-ticada pelos jovens brasileiros. Segundo o professor doutor Sandro Caramaschi, docen-te do departamento de Psicologia da Unesp-Bauru, o ficar não é um privilégio nem uma invenção das gerações atuais. “Antigamente, as pessoas também 'ficavam', embora atri-buíssem nomes diferentes para essa prática, que era também menos generalizada do que atualmente”, conta Caramaschi.

O “ficar” caracteriza-se pela ausência de com-promisso, de limites e regras claramente esta-belecidos: o que pode ou não pode é definido no momento em que o relacionamento aconte-ce, de acordo com a vontade dos próprios “ficantes”. A duração do “ficar” varia: o tempo de um único beijo, a noite toda, algumas sema-nas. Ligar no dia seguinte ou procurar o outro não é dever de nenhum dos “ficantes”.

Mesmo desprovido de legitimação social, por não ter fronteiras bem demarcadas, os resul-tados benéficos do “ficar” superam os as-pectos negativos, já que “ficar” possibilita que as pessoas avaliem maior número de parceiros do que se tivessem que namorá-los. “Há chan-ces de se avaliar um ou mais parceiros por dia, e investir num conhecimento mais profundo de parceiros considerados interessantes”, diz Caramaschi. Segundo ele, a maior reclamação de jovens quanto ao “ficar” é a superficialidade dos relacionamentos que caracterizam essa prática. “'Ficar' implica na maioria das vezes uma grande intimidade sexual, à qual não corresponde uma maior intimidade emocio-nal”, aponta Caramaschi. Embora as pessoas tenham necessidade de serem ouvidas e de construírem relacionamentos marcados pela afetividade, dificilmente há predisposição para ouvir e aceitar o outro, situação gerada pelo in-dividualismo e pela competitividade cotidia-

nos. Afinal, “ficar” não é uma mudança com-portamental isolada, e sim o reflexo de uma sociedade composta por pessoas mais cen-tradas em si mesmas, situação bem ilustrada pelo volume elevado das músicas nas pistas de dança atuais, nas quais cada um dança sozi-nho, e onde só se pode conversar aos berros.

O hábito de “ficar” preocupa os pais, que sentem seus filhos mais expostos a doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez pre-coce. “Há um descompasso entre o aumento da liberdade e da responsabilidade”, afirma Caramaschi. “Os jovens sabem o que devem fazer para se prevenir, mas não estão prepa-rados para conduzir essas medidas preven-tivas em situações sociais comuns na sua vida”.

Para entender melhor o assunto, a aluna de Psicologia Cristiane Oliveira Alves desen-volveu a pesquisa “'Ficar' x Namoro: o que marca a passagem de relacionamento a outro na concepção de universitários?” A pesquisa envolveu 100 universitários de ambos os sexos, com idade entre 18 e 24 anos, das faculdades de Ciência (FC), Engenharia (FE) e Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da Unesp-Bauru, e buscava descobrir se há dife-renças entre quando o “ficar” se transforma em namoro para garotas e garotos.

Cinquenta pessoas do sexo feminino e 50 do sexo masculino responderam a um questio-nário com quatorze questões sobre situações comuns a relacionamentos amorosos. Após a análise dos dados coletados, verificou-se que não há grandes diferenças entre quais com-portamentos homens e mulheres consideram típicos do “ficar”, da fase intermediária e do namoro. A pesquisa ressalta, porém, que as mulheres consideram o Companheirismo como característico da fase intermediária entre “ficar” e namoro, enquanto os homens consi-deram-no como peculiar ao namoro. Já a Visita Familiar e o Ciúme são característicos da fase intermediária para os homens, mas do namoro para as mulheres. Caramaschi ressalta que esses resultados se referem a um grupo espe-

cífico, o de universitários da Unesp-Bauru, e que os conceitos sobre o “ficar” e o namoro podem variar conforme a faixa etária dos entre-vistados, ou seu ambiente social. Para Cara-maschi, a grande surpresa foi descobrir que o sexo é considerado próprio da fase intermediária tanto para garotos quanto para garotas.

Fonte: Unesp

24. O texto permite que o leitor entenda o ato de ficar como

a) parte das transformações que atingem os relacionamentos.

b) consequência do individualismo e da com-petitividade.

c) uma surpresa porque praticado por todos os adolescentes.

d) uma prática que é vista diferentemente por homens e mulheres.

Leia o texto abaixo e responda.

Blog do Luiz Costa

Maio/2014

Carta ao leitor

Desejo criativo

Ser criativo deixou de ser um atributo indivi-dual. Passou a ser insumo de mercado. Cria-tividade, afinal, é uma qualidade valorizada em empresas, governos e escolas convenci-das de atuarem num cotidiano que passou a exigir mais do que meras soluções esquemá-ticas para problemas cada vez mais imprevi-síveis em realidades que se transformam.

A metamorfose ambulante era signo de rebel-dia há quarenta anos. Agora, é credencial para o lucro, uma ansiedade informativa, um vetor de consumo.

Somos criativos em textos quando criamos respostas novas e inusitadas para os proble-

mas de expressão com que estamos envol-vidos. E quando mudamos o eixo em que as coisas são apresentadas. O raciocínio comum, sequencial, funciona dentro de um quadro de referências aparente e familiar. O inventivo associa o domínio inicial de um problema a outro quadro de referências.

Em geral, criatividade se revelará a busca bem-sucedida de solução quando temos pela frente um grande volume de abordagens possíveis ou soluções parciais, que consi-deramos insatisfatórias. Um bom começo é o autor estar abastecido de informações das mais diversas fontes e dos mais variados tipos, e ter a disciplina de ver sempre que bicho dá o ato de conectá-las.

Por isso, quando pensarmos em escritas criativas, convém perguntar a que propósito, para trilhar que caminho: ser criativo para conectar-se ao outro; ser criativo para rein-ventar uma realidade. O primeiro pede um sinal de cumplicidade. O segundo, sem o pri-meiro, apenas um planejamento estratégico.

http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-lcosta/desejo-criativo-313089-1.asp

25. É possível inferir que a criatividade

a) está ligada à adaptação efetiva às circuns-tâncias inesperadas.

b) basicamente é uma questão de realizar um planejamento estratégico.

c) se relaciona à disciplina para lidar com fon-tes diferentes de informações.

d) consiste em operar diferenciadamente numa faixa de raciocínio comum.

Leia os textos abaixo e responda.

TEXTO I

O tomate virou o grande símbolo do descon-forto e da apreensão dos brasileiros com a volta da inflação. O governo, até agora, pisou no tomate, usou apenas paliativos para enfrentar o problema.

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Os fiscais brasileiros de Foz do Iguaçu, na fron-teira do Paraná com a Argentina e o Paraguai, tiveram trabalho extra dos últimos dias: Eles precisaram combater o contrabando de tomate. O tráfego ganhou força porque, no Brasil o fruto chegou a custar o dobro do cobrado nos países vizinhos. O tomate liderou a alta de preços nos supermercados nos três primeiros meses do ano, com um reajuste médio de 60%, [...] seu preço virou piada nacional. Dezenas de charges correram pela internet comparando o tomate a joias valiosas e obras de arte. Pena que aquilo que simboliza – a volta da inflação – não tenha graça nenhuma.

Veja, ed. 2.317, ano 46, n. 16. “Sim, eu posso...”, . 50-53 (17 abr. 2013).

TEXTO II

Várias imagens foram publicadas nas redes so-ciais sobre a alta do preço do tomate. Numa delas, tomates substituem o diamante num anel. A imagem descreve a joia como “Anel de ouro 18 tomates”. Já outra montagem simula a premiação de um título de capitalização. O primeiro prêmio é 1kg de tomate. O Segundo, um ovo de chocolate de marca específica. O terceiro 1 litro de gasolina comum. Os três prêmios fazem referência a produtos conhe-cidos como caros pelo consumidor brasileiro.

www.drd.com.br/news(adaptado)

26. É possível inferir nos textos I e II o compor-tamento característico do brasileiro de:

a) ficar muito irado com as coisas erradas. b) exigir providências imediatas. c) levar as coisas sérias com humor.d) esperar pacientemente pela solução do

problema.

Leia o texto abaixo e responda.

AMIGO

No rumo certo do vento,amigo é nau de se chegar

em lugar azul.Amigo é esquinaonde o tempo parae a Terra não gira,antes paira,em doçura contínua.Oceano tramando sal,mel inventando fruta,amigo é estrela sempreno rumo certo do vento,com todas as metáforas,luzes, imagensque sua condição de estrela contém.

Roseana Murray. poemas de Céu, ed. Paulinas, ilustrações de Mari Ines Piekas.

27. Os versos “Amigo é esquina/onde o tempo para/e a Terra não gira,” sugerem que a amizade:

a) pertence ao passado. b) é um sentimento duradouro.c) é um sentimento raro. d) é um sentimento passageiro.

Leia o texto abaixo e responda.

Canadá suspende parte de programa de tra-balhadores estrangeiros

Publicado em 25.04.2014, às 08h25

O governo canadense anunciou nessa quinta-feira (24) a suspensão do programa que permite a trabalhadores estrangeiros atuar temporariamente no país, devido à multipli-cação de denúncias de irregularidades. A suspensão ocorre depois de a televisão públi-ca CBC ter revelado casos em que a McDonald's e outras cadeias de alimentação despediram canadenses para contratar trabalhadores tem-porários estrangeiros com salários mais baixos.

Após meses de denúncias, o ministro do Em-prego do Canadá, Jason Kenney, anunciou uma “moratória imediata do acesso do setor de serviço alimentar ao Programa de Traba-lhadores Temporários Estrangeiros”.

O programa foi criado pelo governo para suprir a alegada falta de mão de obra em áreas do país de rápido crescimento, como Alberta, por exemplo, onde as reservas petrolíferas levaram a uma explosão da economia.

Em 2002, o Canadá aceitava 100 mil trabalha-dores temporários estrangeiros, a maioria con-tratada para o setor agrícola ou para lugares re-motos. Contudo, dez anos depois, o número triplicou para mais de 330 mil trabalhadores por ano.

Com o número, cresceram também as quei-xas de irregularidades cometidas por gran-des empresas, que despedem os canadenses para contratar estrangeiros, em uma clara violação às regras do programa.

Sindicatos e organizações civis têm denun-ciado que o verdadeiro objetivo do programa é proporcionar mão de obra barata e não cobrir a falta de trabalhadores.

Relatório divulgado hoje por uma organização independente – o Instituto C.D. Howe – diz que o programa apenas serviu para baixar, de forma artificial, os salários dos trabalhadores nacionais, tendo também contribuído para o aumento do desemprego em algumas regiões e alguns setores.

Fonte: Agência Brasil

28. É conclusão aceitável a partir da leitura do texto:

a) que o governo da Canadá agiu com rigor exagerado após as denúncias.

b) que governo não agiu imediatamente após o surgimento das denúncias.

c) que o governo sofreu manipulação por parte de uma rede pública de TV.

d) Que o governo achou as denúncias pouco grave daí a interrupção temporária do programa.

Leia o poema abaixo e responda.

VERSOS DE NATAL

Espelho, amigo verdadeiro, Tu refletes as minhas rugas, Os meus cabelos brancos, Os meus olhos míopes e cansados. Espelho, amigo verdadeiro, Mestre do realismo exato e minucioso, Obrigado, obrigado! Mas se fosses mágico, Penetrarias até o fundo desse homem triste, Descobririas o menino que sustenta esse homem, O menino que não quer morrer, Que não morrerá senão comigo, O menino que todos os anos na véspera do Natal Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta.

MANUEL BANDEIRA. In Lira dos cinquenta anos, 1940

29. É possível inferir do poema que:

a) o espelho não consegue investigar o que há no mundo interior do eu lírico.

b) o homem triste não deseja morrer por isso pede ajuda ao menino interior.

c) o menino que habita o eu lírico não é feliz o suficiente para mantê-lo firme.

d) o eu lírico é triste porque não tem o seu mun-do interior mostrado pelo espelho.

Leia o texto abaixo e responda.

Número de jovens no Japão cai a nível recorde; sobe número de idosos

Publicado em 04.05.2014, às 14h16

O número de jovens no Japão caiu a um nível recorde, enquanto continuava aumentando o de pessoas com mais de 65 anos, segundo cifras do governo divulgadas neste domingo (4).

O país registrava em 1º de abril 16,33 milhões

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Os fiscais brasileiros de Foz do Iguaçu, na fron-teira do Paraná com a Argentina e o Paraguai, tiveram trabalho extra dos últimos dias: Eles precisaram combater o contrabando de tomate. O tráfego ganhou força porque, no Brasil o fruto chegou a custar o dobro do cobrado nos países vizinhos. O tomate liderou a alta de preços nos supermercados nos três primeiros meses do ano, com um reajuste médio de 60%, [...] seu preço virou piada nacional. Dezenas de charges correram pela internet comparando o tomate a joias valiosas e obras de arte. Pena que aquilo que simboliza – a volta da inflação – não tenha graça nenhuma.

Veja, ed. 2.317, ano 46, n. 16. “Sim, eu posso...”, . 50-53 (17 abr. 2013).

TEXTO II

Várias imagens foram publicadas nas redes so-ciais sobre a alta do preço do tomate. Numa delas, tomates substituem o diamante num anel. A imagem descreve a joia como “Anel de ouro 18 tomates”. Já outra montagem simula a premiação de um título de capitalização. O primeiro prêmio é 1kg de tomate. O Segundo, um ovo de chocolate de marca específica. O terceiro 1 litro de gasolina comum. Os três prêmios fazem referência a produtos conhe-cidos como caros pelo consumidor brasileiro.

www.drd.com.br/news(adaptado)

26. É possível inferir nos textos I e II o compor-tamento característico do brasileiro de:

a) ficar muito irado com as coisas erradas. b) exigir providências imediatas. c) levar as coisas sérias com humor.d) esperar pacientemente pela solução do

problema.

Leia o texto abaixo e responda.

AMIGO

No rumo certo do vento,amigo é nau de se chegar

em lugar azul.Amigo é esquinaonde o tempo parae a Terra não gira,antes paira,em doçura contínua.Oceano tramando sal,mel inventando fruta,amigo é estrela sempreno rumo certo do vento,com todas as metáforas,luzes, imagensque sua condição de estrela contém.

Roseana Murray. poemas de Céu, ed. Paulinas, ilustrações de Mari Ines Piekas.

27. Os versos “Amigo é esquina/onde o tempo para/e a Terra não gira,” sugerem que a amizade:

a) pertence ao passado. b) é um sentimento duradouro.c) é um sentimento raro. d) é um sentimento passageiro.

Leia o texto abaixo e responda.

Canadá suspende parte de programa de tra-balhadores estrangeiros

Publicado em 25.04.2014, às 08h25

O governo canadense anunciou nessa quinta-feira (24) a suspensão do programa que permite a trabalhadores estrangeiros atuar temporariamente no país, devido à multipli-cação de denúncias de irregularidades. A suspensão ocorre depois de a televisão públi-ca CBC ter revelado casos em que a McDonald's e outras cadeias de alimentação despediram canadenses para contratar trabalhadores tem-porários estrangeiros com salários mais baixos.

Após meses de denúncias, o ministro do Em-prego do Canadá, Jason Kenney, anunciou uma “moratória imediata do acesso do setor de serviço alimentar ao Programa de Traba-lhadores Temporários Estrangeiros”.

O programa foi criado pelo governo para suprir a alegada falta de mão de obra em áreas do país de rápido crescimento, como Alberta, por exemplo, onde as reservas petrolíferas levaram a uma explosão da economia.

Em 2002, o Canadá aceitava 100 mil trabalha-dores temporários estrangeiros, a maioria con-tratada para o setor agrícola ou para lugares re-motos. Contudo, dez anos depois, o número triplicou para mais de 330 mil trabalhadores por ano.

Com o número, cresceram também as quei-xas de irregularidades cometidas por gran-des empresas, que despedem os canadenses para contratar estrangeiros, em uma clara violação às regras do programa.

Sindicatos e organizações civis têm denun-ciado que o verdadeiro objetivo do programa é proporcionar mão de obra barata e não cobrir a falta de trabalhadores.

Relatório divulgado hoje por uma organização independente – o Instituto C.D. Howe – diz que o programa apenas serviu para baixar, de forma artificial, os salários dos trabalhadores nacionais, tendo também contribuído para o aumento do desemprego em algumas regiões e alguns setores.

Fonte: Agência Brasil

28. É conclusão aceitável a partir da leitura do texto:

a) que o governo da Canadá agiu com rigor exagerado após as denúncias.

b) que governo não agiu imediatamente após o surgimento das denúncias.

c) que o governo sofreu manipulação por parte de uma rede pública de TV.

d) Que o governo achou as denúncias pouco grave daí a interrupção temporária do programa.

Leia o poema abaixo e responda.

VERSOS DE NATAL

Espelho, amigo verdadeiro, Tu refletes as minhas rugas, Os meus cabelos brancos, Os meus olhos míopes e cansados. Espelho, amigo verdadeiro, Mestre do realismo exato e minucioso, Obrigado, obrigado! Mas se fosses mágico, Penetrarias até o fundo desse homem triste, Descobririas o menino que sustenta esse homem, O menino que não quer morrer, Que não morrerá senão comigo, O menino que todos os anos na véspera do Natal Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta.

MANUEL BANDEIRA. In Lira dos cinquenta anos, 1940

29. É possível inferir do poema que:

a) o espelho não consegue investigar o que há no mundo interior do eu lírico.

b) o homem triste não deseja morrer por isso pede ajuda ao menino interior.

c) o menino que habita o eu lírico não é feliz o suficiente para mantê-lo firme.

d) o eu lírico é triste porque não tem o seu mun-do interior mostrado pelo espelho.

Leia o texto abaixo e responda.

Número de jovens no Japão cai a nível recorde; sobe número de idosos

Publicado em 04.05.2014, às 14h16

O número de jovens no Japão caiu a um nível recorde, enquanto continuava aumentando o de pessoas com mais de 65 anos, segundo cifras do governo divulgadas neste domingo (4).

O país registrava em 1º de abril 16,33 milhões

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no 3

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de jovens com menos de 15 anos, uma queda de 160 mil em relação a um ano atrás, segun-do o Ministério de Assuntos Internos. Este é o 33º retrocesso anual consecutivo desde o começo das estatísticas, em 1950.

Os jovens com menos de 15 anos represen-tam 12,8% da população. A porcentagem de pessoas com mais de 65 anos é de 25,6%, outro recorde, desta vez para cima.

Entre os principais países de pelo menos 40 milhões de habitantes, o Japão é o que tem a proporção mais baixa de crianças em relação a sua população, segundo a agência Jiji. Esta porcentagem é de 19,5% nos Estados Unidos e 16,4% na China. Em 2060, a proporção de habitantes com 65 anos ou mais será de 40% da população japonesa, segundo previsões do governo.

Fonte: AFP

30. Das informações contidas no texto pode-se inferir que

a) os demais países com mais de 40 milhões de habitantes podem ser considerados nações de jovens.

b) o crescimento do percentual de japoneses com mais de 65 deve ser considerado algo negativo.

c) a queda do número de jovens japoneses deverá ser interrompida por meio de medidas governamentais.

d) o percentual referente ao número de jovens japoneses tende a ficar ainda menor nos próximos 40 anos.

D6 – identificar o tema de um texto

O tema é o eixo sobre o qual o texto se estru-tura. A percepção do tema responde a uma questão essencial para a leitura: “O texto trata de quê?” Em muitos textos, o tema não vem explicitamente marcado, mas deve ser per-cebido pelo leitor quando identifica a função dos recursos utilizados, como o uso de figuras de linguagem, de exemplos, de uma determi-

nada organização argumentativa, entre outros.

A habilidade que pode ser avaliada por meio deste descritor refere-se ao reconhecimento pelo aluno do assunto principal do texto, ou seja, à identificação do que trata o texto. Para que o aluno identifique o tema, é necessário que relacione as diferentes informações para construir o sentido global do texto.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto para o qual é solicitado, de forma direta, que o aluno identifique o tema ou o assunto principal do texto.

Leia o texto abaixo e responda.

Times, equipes e seleções

Ao longo desta Copa do Mundo, temos ouvido muitas pessoas, incluindo comen-taristas de futebol, se referirem às seleções como times. Em inglês, team (que é a origem do nosso “time”) quer dizer simplesmente “equipe” (não só esportiva, mas qualquer gru-po de pessoas que atuem juntas, cooperati-vamente), portanto não há nada de errado em chamar uma seleção de “time”. Acontece, porém, que o uso transformou essa palavra em sinônimo de clube de futebol, que cha-mamos simplificadamente de “clube”.

Assim, a seleção tem esse nome porque sele-ciona os melhores jogadores de cada clube de um país (ou, no caso brasileiro atual, de clubes estrangeiros) para formar uma equipe temporária.

O português não é a única língua a fazer dis-tinção entre o time (com sentido esportivo) e a equipe (com sentido neutro e geral). Em pri-meiro lugar, o anglicismo team está em qua-se todas as línguas, resultado da influência do inglês como idioma dos inventores do futebol e também como língua hegemônica da atualidade. Curiosamente, o português é das poucas que adaptaram a grafia do termo ao seu sistema ortográfico (em espanhol, francês, italiano, alemão, continua-se a grafar team).

Paralelamente, são também empregadas pa-lavras genéricas como o português “equipe” (ou “equipa”, na variedade lusitana), o espanhol equipo, o francês équipe, o italiano squadra, o alemão Mannschaft...

De todo modo, a palavra “time” (ou team) tem sempre uma conotação esportiva. Por isso, aplicada ao mundo corporativo (por exemplo, quando um novo executivo vem integrar o “time” da companhia), fica a impressão subli-minar de que o mundo dos negócios é um jo-go, no qual as empresas competem pela vitória e pretendem derrotar seus adversários (isto é, as concorrentes).

Enquanto isso, o inglês, criador da palavra, usa apenas team em todos os casos. É, pois – e ironicamente –, a única língua em que o vocábulo não tem uma aura marcadamente desportiva.

Enquanto falantes do português, espanhol, francês e inglês se referem à equipe de futebol que representa seus países no Mundial como “Seleção” (esp. Selección, fr. Sélection, ingl. Selection), o italiano e o alemão usam a perí-frase “Equipe Nacional”, ou mais simples-mente “Nacional”: it. (Squadra) Nazionale, al. National (mannschaft).

De todo modo, seja o time, a equipe ou a Sele-ção, o que importa é a conquista da taça. Que venha o hexa!

(http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/times-equipes-e-selecoes 318104-1.asp)

31. O texto trata, principalmente

a) dos sentidos que a palavra team assumiu em várias línguas.

b) da adaptação pela qual o vocábulo team passou em português.

c) da diferença entre o que é um time e o que é uma seleção.

d) da torcida para que o Brasil ganhe o hexa-campeonato.

Leia o texto abaixo e responda.

Maringá, 24 de outubro de 2012.

Caro editor da revista "Meus filhos",

Ao ler o texto "Meu tênis é mais caro que o seu" de Rosely Sayão, acredito realmente que hoje estamos vivendo em um mundo com-pletamente consumista, onde o ter é mais importante do que o ser.

Após prestar bastante atenção em meu filho, tive que concordar com a autora em alguns pontos e venho dizer que realmente as crian-ças são julgadas pelo que usam e aquelas que não possuem o que está "na moda" são bem humilhadas. Tudo isso é culpa da mídia que lança um produto que é apresentado como o melhor e que se o adolescente não tem é jul-gado como ninguém.

Por isso, na minha opinião, com a finalidade desse fato parar de acontecer, o primeiro passo tem que ser nosso, os pais, ao ensinar aos filhos que o caráter é mais importante do aquilo que você veste.

Obrigado pela atenção.

Marcinéia Santos – Curitiba

32. O tema abordado no texto consiste em:

a) Os pais devem ensinar aos filhos o caráter e a ética em todas as áreas da vida.

b) Os conflitos advindos da desigualdade so-cial provocam discriminação na escola.

c) A opressão da mídia impondo moda e valo-res consumistas tem influenciado no com-portamento das crianças.

d) “O ter é mais importante que o ser”

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de jovens com menos de 15 anos, uma queda de 160 mil em relação a um ano atrás, segun-do o Ministério de Assuntos Internos. Este é o 33º retrocesso anual consecutivo desde o começo das estatísticas, em 1950.

Os jovens com menos de 15 anos represen-tam 12,8% da população. A porcentagem de pessoas com mais de 65 anos é de 25,6%, outro recorde, desta vez para cima.

Entre os principais países de pelo menos 40 milhões de habitantes, o Japão é o que tem a proporção mais baixa de crianças em relação a sua população, segundo a agência Jiji. Esta porcentagem é de 19,5% nos Estados Unidos e 16,4% na China. Em 2060, a proporção de habitantes com 65 anos ou mais será de 40% da população japonesa, segundo previsões do governo.

Fonte: AFP

30. Das informações contidas no texto pode-se inferir que

a) os demais países com mais de 40 milhões de habitantes podem ser considerados nações de jovens.

b) o crescimento do percentual de japoneses com mais de 65 deve ser considerado algo negativo.

c) a queda do número de jovens japoneses deverá ser interrompida por meio de medidas governamentais.

d) o percentual referente ao número de jovens japoneses tende a ficar ainda menor nos próximos 40 anos.

D6 – identificar o tema de um texto

O tema é o eixo sobre o qual o texto se estru-tura. A percepção do tema responde a uma questão essencial para a leitura: “O texto trata de quê?” Em muitos textos, o tema não vem explicitamente marcado, mas deve ser per-cebido pelo leitor quando identifica a função dos recursos utilizados, como o uso de figuras de linguagem, de exemplos, de uma determi-

nada organização argumentativa, entre outros.

A habilidade que pode ser avaliada por meio deste descritor refere-se ao reconhecimento pelo aluno do assunto principal do texto, ou seja, à identificação do que trata o texto. Para que o aluno identifique o tema, é necessário que relacione as diferentes informações para construir o sentido global do texto.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto para o qual é solicitado, de forma direta, que o aluno identifique o tema ou o assunto principal do texto.

Leia o texto abaixo e responda.

Times, equipes e seleções

Ao longo desta Copa do Mundo, temos ouvido muitas pessoas, incluindo comen-taristas de futebol, se referirem às seleções como times. Em inglês, team (que é a origem do nosso “time”) quer dizer simplesmente “equipe” (não só esportiva, mas qualquer gru-po de pessoas que atuem juntas, cooperati-vamente), portanto não há nada de errado em chamar uma seleção de “time”. Acontece, porém, que o uso transformou essa palavra em sinônimo de clube de futebol, que cha-mamos simplificadamente de “clube”.

Assim, a seleção tem esse nome porque sele-ciona os melhores jogadores de cada clube de um país (ou, no caso brasileiro atual, de clubes estrangeiros) para formar uma equipe temporária.

O português não é a única língua a fazer dis-tinção entre o time (com sentido esportivo) e a equipe (com sentido neutro e geral). Em pri-meiro lugar, o anglicismo team está em qua-se todas as línguas, resultado da influência do inglês como idioma dos inventores do futebol e também como língua hegemônica da atualidade. Curiosamente, o português é das poucas que adaptaram a grafia do termo ao seu sistema ortográfico (em espanhol, francês, italiano, alemão, continua-se a grafar team).

Paralelamente, são também empregadas pa-lavras genéricas como o português “equipe” (ou “equipa”, na variedade lusitana), o espanhol equipo, o francês équipe, o italiano squadra, o alemão Mannschaft...

De todo modo, a palavra “time” (ou team) tem sempre uma conotação esportiva. Por isso, aplicada ao mundo corporativo (por exemplo, quando um novo executivo vem integrar o “time” da companhia), fica a impressão subli-minar de que o mundo dos negócios é um jo-go, no qual as empresas competem pela vitória e pretendem derrotar seus adversários (isto é, as concorrentes).

Enquanto isso, o inglês, criador da palavra, usa apenas team em todos os casos. É, pois – e ironicamente –, a única língua em que o vocábulo não tem uma aura marcadamente desportiva.

Enquanto falantes do português, espanhol, francês e inglês se referem à equipe de futebol que representa seus países no Mundial como “Seleção” (esp. Selección, fr. Sélection, ingl. Selection), o italiano e o alemão usam a perí-frase “Equipe Nacional”, ou mais simples-mente “Nacional”: it. (Squadra) Nazionale, al. National (mannschaft).

De todo modo, seja o time, a equipe ou a Sele-ção, o que importa é a conquista da taça. Que venha o hexa!

(http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/times-equipes-e-selecoes 318104-1.asp)

31. O texto trata, principalmente

a) dos sentidos que a palavra team assumiu em várias línguas.

b) da adaptação pela qual o vocábulo team passou em português.

c) da diferença entre o que é um time e o que é uma seleção.

d) da torcida para que o Brasil ganhe o hexa-campeonato.

Leia o texto abaixo e responda.

Maringá, 24 de outubro de 2012.

Caro editor da revista "Meus filhos",

Ao ler o texto "Meu tênis é mais caro que o seu" de Rosely Sayão, acredito realmente que hoje estamos vivendo em um mundo com-pletamente consumista, onde o ter é mais importante do que o ser.

Após prestar bastante atenção em meu filho, tive que concordar com a autora em alguns pontos e venho dizer que realmente as crian-ças são julgadas pelo que usam e aquelas que não possuem o que está "na moda" são bem humilhadas. Tudo isso é culpa da mídia que lança um produto que é apresentado como o melhor e que se o adolescente não tem é jul-gado como ninguém.

Por isso, na minha opinião, com a finalidade desse fato parar de acontecer, o primeiro passo tem que ser nosso, os pais, ao ensinar aos filhos que o caráter é mais importante do aquilo que você veste.

Obrigado pela atenção.

Marcinéia Santos – Curitiba

32. O tema abordado no texto consiste em:

a) Os pais devem ensinar aos filhos o caráter e a ética em todas as áreas da vida.

b) Os conflitos advindos da desigualdade so-cial provocam discriminação na escola.

c) A opressão da mídia impondo moda e valo-res consumistas tem influenciado no com-portamento das crianças.

d) “O ter é mais importante que o ser”

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Leia o texto abaixo e responda.

"Desmatamento sem fim"

Carlos José Marques

O desmatamento florestal volta a disparar no Brasil, com dados que surpreendem e frustram a expectativa de controle do problema. No Pará, o número chegou a triplicar e dobrou no caso de Mato Grosso. Somada, a área devastada nesses dois Estados alcança a incrível marca de 214 quilômetros quadrados nos primeiros três meses deste ano, contra 77 quilômetros em igual período de 2007. O que esses resultados traduzem é a falta de uma política sustentável para frear o processo. A maior queixa das entidades envolvidas com a questão é a de que ações de repreensão na região são esporádicas, sem continuidade, e que logo após a retirada dos fiscais as motosserras retornam à rotina e a situação de exploração ilegal de madeira em larga escala tem andamento. Esse quadro vem agravando a imagem do Brasil lá fora justamente no momento em que a discussão dos créditos de carbono ganha força e que os próprios EUA começam a admitir uma negociação para reduzir as emissões de gás na atmosfera. O Brasil, cuja área verde ainda é tida como o pulmão do planeta, pode liderar o movimento global pela sustentabilidade e assim se projetar como país ecologicamente correto, modelo para os demais. Antes é fundamental dar o exemplo mostrando tolerância zero contra os abusos. Desde o início, o governo Lula levantou uma série de propostas para enfrentar o assunto: restringiu créditos a proprietários rurais flagrados desmatando ilegalmen te, aperfeiçoou sistemas de monitoramento e disparou várias ações da Polícia Federal, do Ibama e da Força Nacional para coibir a prática. Diante das estatísticas de desmatamento há de se concluir que as medidas foram insuficientes. Agravantes como o aumento do preço das commodities, que estimula produtores a procurar novas

áreas de plantio, só aceleram o processo. Vários alertas internacionais foram enviados a autoridades brasileiras para que providências mais firmes fossem adotadas. A destruição florestal, todos sabem, é uma chaga que leva décadas para ser apagada e as árvores centenárias do País são cada vez mais escassas. Metas de controle da ameaça poderiam ser estipuladas para cada Estado nos moldes da Lei de Responsabilidade Fiscal – como uma espécie de Lei de Responsabilidade Ambiental –, cuja pena mais uma vez estaria no volume de recursos distribuídos da União aos municípios. O engajamento no policiamento seria certa-mente mais eficaz, com resultados rápidos e concretos.

33. O tema do texto acima é:

a) A extinção de algumas espécies de animais.b) O desmatamento sem limites. c) A destruição de árvores centenárias. d) A substituição de alguns tipos de árvores por

outras.

Leia o texto abaixo.

Homem de meia-idade

(LENDA CHINESA)

Havia outrora um homem de meia-idade que tinha duas esposas. Um dia, indo visitar a mais jovem, esta lhe disse:

- Eu sou moça e você é velho; não gosto de morar com você. Vá habitar com sua esposa mais velha.

Para poder ficar, o homem arrancou da cabeça os cabelos brancos. Mas, quando foi visitar a esposa mais velha, esta lhe disse, por sua vez:

-Eu sou velha e tenho a cabeça branca; arran-que, pois, os cabelos pretos que tem.

Então o homem arrancou os cabelos pretos para ficar de cabeça branca. Como repetisse sem tréguas tal procedimento, a cabeça tor-nou-se lhe inteiramente calva. A essa altura, ambas as esposas acharam-no horrível e am-bas o abandonaram.

(Aurélio Buarque de Holanda Ferreira)

34. A ideia central do texto é:

a) o problema da calvície masculina.b) a impossibilidade de agradar a todos.c) a vaidade dos homens.d) a insegurança na meia-idade.

Leia o texto abaixo e responda.

Na linha de uma tradição antiga, o astrônomo grego Ptolomeu (100-170 d.C.) afirmou a tese do geocentrismo, segundo a qual a Terra seria o centro do universo, sendo que o Sol, a Lua e os planetas girariam em seu redor em órbitas circulares. A teoria de Ptolomeu resolvia de modo razoável os problemas astronômicos da sua época. Vários séculos mais tarde, o clérigo e astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), ao encon-trar inexatidões na teoria de Ptolomeu, formulou a teoria do heliocentrismo, segun-do a qual o Sol deveria ser considerado o cen-tro do universo, com a Terra, a Lua e os plane-tas girando circularmente em torno dele. Por fim, o astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler (1571- 1630), depois de estudar o planeta Marte por cerca de trinta anos, verificou que a sua órbita é elíptica. Esse resultado generalizou-se para os de-mais planetas.

http://preprova.com.br/enem/2009/questao/5. Acesso em 05/05/2014

35. A temática do texto é:

a) a descoberta de Ptolomeu de que a Terra é o centro do universo.

b) a descoberta de Copérnico de que o Sol é o centro do universo.

c) a descoberta de Kepler de que Marte é elíptico.

d) a descoberta de Copérnico de que a lua gira em torno do Sol.

Leia o texto abaixo e responda.

“Mais uma vez, nós, os povos indígenas, so-mos vítimas de um pensamento que separa e que tenta nos eliminar cultural, social e até fisicamente. A justificativa é a de que somos apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus. (...) É preciso congelar essas ideias colonizadoras, porque elas são irreais e hipócritas e também genocidas. (...) Nós, índios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes.”

Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas, Folha de S. Paulo, 31 de agosto de 1994.

36. É possível dizer que o texto tem como tema:

a) as 250 mil pessoas que residem no Brasil.b) a condição dos povos indígenas no Brasil.c) o genocídio contra os indígenas do Brasil.d) o ônus insuportável que os índios representam.

Leia o texto abaixo e responda.

Canadá suspende parte de programa de tra-balhadores estrangeiros

Publicado em 25.04.2014, às 08h25

O governo canadense anunciou nessa quinta-feira (24) a suspensão do programa que per-mite a trabalhadores estrangeiros atuar temporariamente no país, devido à multi-plicação de denúncias de irregularidades. A suspensão ocorre depois de a televisão pública CBC ter revelado casos em que a McDonald's e outras cadeias de alimentação despediram canadenses para contratar trabalhadores temporários estrangeiros com salários mais baixos.

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Leia o texto abaixo e responda.

"Desmatamento sem fim"

Carlos José Marques

O desmatamento florestal volta a disparar no Brasil, com dados que surpreendem e frustram a expectativa de controle do problema. No Pará, o número chegou a triplicar e dobrou no caso de Mato Grosso. Somada, a área devastada nesses dois Estados alcança a incrível marca de 214 quilômetros quadrados nos primeiros três meses deste ano, contra 77 quilômetros em igual período de 2007. O que esses resultados traduzem é a falta de uma política sustentável para frear o processo. A maior queixa das entidades envolvidas com a questão é a de que ações de repreensão na região são esporádicas, sem continuidade, e que logo após a retirada dos fiscais as motosserras retornam à rotina e a situação de exploração ilegal de madeira em larga escala tem andamento. Esse quadro vem agravando a imagem do Brasil lá fora justamente no momento em que a discussão dos créditos de carbono ganha força e que os próprios EUA começam a admitir uma negociação para reduzir as emissões de gás na atmosfera. O Brasil, cuja área verde ainda é tida como o pulmão do planeta, pode liderar o movimento global pela sustentabilidade e assim se projetar como país ecologicamente correto, modelo para os demais. Antes é fundamental dar o exemplo mostrando tolerância zero contra os abusos. Desde o início, o governo Lula levantou uma série de propostas para enfrentar o assunto: restringiu créditos a proprietários rurais flagrados desmatando ilegalmen te, aperfeiçoou sistemas de monitoramento e disparou várias ações da Polícia Federal, do Ibama e da Força Nacional para coibir a prática. Diante das estatísticas de desmatamento há de se concluir que as medidas foram insuficientes. Agravantes como o aumento do preço das commodities, que estimula produtores a procurar novas

áreas de plantio, só aceleram o processo. Vários alertas internacionais foram enviados a autoridades brasileiras para que providências mais firmes fossem adotadas. A destruição florestal, todos sabem, é uma chaga que leva décadas para ser apagada e as árvores centenárias do País são cada vez mais escassas. Metas de controle da ameaça poderiam ser estipuladas para cada Estado nos moldes da Lei de Responsabilidade Fiscal – como uma espécie de Lei de Responsabilidade Ambiental –, cuja pena mais uma vez estaria no volume de recursos distribuídos da União aos municípios. O engajamento no policiamento seria certa-mente mais eficaz, com resultados rápidos e concretos.

33. O tema do texto acima é:

a) A extinção de algumas espécies de animais.b) O desmatamento sem limites. c) A destruição de árvores centenárias. d) A substituição de alguns tipos de árvores por

outras.

Leia o texto abaixo.

Homem de meia-idade

(LENDA CHINESA)

Havia outrora um homem de meia-idade que tinha duas esposas. Um dia, indo visitar a mais jovem, esta lhe disse:

- Eu sou moça e você é velho; não gosto de morar com você. Vá habitar com sua esposa mais velha.

Para poder ficar, o homem arrancou da cabeça os cabelos brancos. Mas, quando foi visitar a esposa mais velha, esta lhe disse, por sua vez:

-Eu sou velha e tenho a cabeça branca; arran-que, pois, os cabelos pretos que tem.

Então o homem arrancou os cabelos pretos para ficar de cabeça branca. Como repetisse sem tréguas tal procedimento, a cabeça tor-nou-se lhe inteiramente calva. A essa altura, ambas as esposas acharam-no horrível e am-bas o abandonaram.

(Aurélio Buarque de Holanda Ferreira)

34. A ideia central do texto é:

a) o problema da calvície masculina.b) a impossibilidade de agradar a todos.c) a vaidade dos homens.d) a insegurança na meia-idade.

Leia o texto abaixo e responda.

Na linha de uma tradição antiga, o astrônomo grego Ptolomeu (100-170 d.C.) afirmou a tese do geocentrismo, segundo a qual a Terra seria o centro do universo, sendo que o Sol, a Lua e os planetas girariam em seu redor em órbitas circulares. A teoria de Ptolomeu resolvia de modo razoável os problemas astronômicos da sua época. Vários séculos mais tarde, o clérigo e astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), ao encon-trar inexatidões na teoria de Ptolomeu, formulou a teoria do heliocentrismo, segun-do a qual o Sol deveria ser considerado o cen-tro do universo, com a Terra, a Lua e os plane-tas girando circularmente em torno dele. Por fim, o astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler (1571- 1630), depois de estudar o planeta Marte por cerca de trinta anos, verificou que a sua órbita é elíptica. Esse resultado generalizou-se para os de-mais planetas.

http://preprova.com.br/enem/2009/questao/5. Acesso em 05/05/2014

35. A temática do texto é:

a) a descoberta de Ptolomeu de que a Terra é o centro do universo.

b) a descoberta de Copérnico de que o Sol é o centro do universo.

c) a descoberta de Kepler de que Marte é elíptico.

d) a descoberta de Copérnico de que a lua gira em torno do Sol.

Leia o texto abaixo e responda.

“Mais uma vez, nós, os povos indígenas, so-mos vítimas de um pensamento que separa e que tenta nos eliminar cultural, social e até fisicamente. A justificativa é a de que somos apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus. (...) É preciso congelar essas ideias colonizadoras, porque elas são irreais e hipócritas e também genocidas. (...) Nós, índios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes.”

Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas, Folha de S. Paulo, 31 de agosto de 1994.

36. É possível dizer que o texto tem como tema:

a) as 250 mil pessoas que residem no Brasil.b) a condição dos povos indígenas no Brasil.c) o genocídio contra os indígenas do Brasil.d) o ônus insuportável que os índios representam.

Leia o texto abaixo e responda.

Canadá suspende parte de programa de tra-balhadores estrangeiros

Publicado em 25.04.2014, às 08h25

O governo canadense anunciou nessa quinta-feira (24) a suspensão do programa que per-mite a trabalhadores estrangeiros atuar temporariamente no país, devido à multi-plicação de denúncias de irregularidades. A suspensão ocorre depois de a televisão pública CBC ter revelado casos em que a McDonald's e outras cadeias de alimentação despediram canadenses para contratar trabalhadores temporários estrangeiros com salários mais baixos.

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Após meses de denúncias, o ministro do Em-prego do Canadá, Jason Kenney, anunciou uma “moratória imediata do acesso do setor de serviço alimentar ao Programa de Traba-lhadores Temporários Estrangeiros”.

O programa foi criado pelo governo para su-prir a alegada falta de mão de obra em áreas do país de rápido crescimento, como Alberta, por exemplo, onde as reservas petrolíferas levaram a uma explosão da economia.

Em 2002, o Canadá aceitava 100 mil trabalha-dores temporários estrangeiros, a maioria contratada para o setor agrícola ou para luga-res remotos. Contudo, dez anos depois, o número triplicou para mais de 330 mil traba-lhadores por ano.

Com o número, cresceram também as queixas de irregularidades cometidas por grandes em-presas, que despedem os canadenses para contratar estrangeiros, em uma clara violação às regras do programa.

Sindicatos e organizações civis têm denun-ciado que o verdadeiro objetivo do programa é proporcionar mão de obra barata e não cobrir a falta de trabalhadores.

Relatório divulgado hoje por uma organiza-ção independente – o Instituto C.D. Howe – diz que o programa apenas serviu para bai-xar, de forma artificial, os salários dos traba-lhadores nacionais, tendo também contribuí-do para o aumento do desemprego em algu-mas regiões e alguns setores.

Fonte: Agência Brasil

37. O texto acima tem como tema principal

a) a interrupção por parte do Governo do Cana-dá do programa que permite a estrangeiros trabalharem temporariamente no país.

b) a revelação feita pela TV pública CBC de que McDonald's e outras cadeias de alimentação demitiram trabalhadores canadenses.

c) a multiplicação de denúncias de irregulari-

dades que fizeram o Governo do Canadá can-celar um programa para trabalhadores es-trangeiros.

d) a demissão de trabalhadores estrangeiros por parte da MacDonald's e outras cadeias de ali-mentação que atuam no país.

Leia o texto abaixo e responda.

Quer tomar bomba?

Quer tomar bomba? Pode aplicar Mas eu não garanto se vai inchar Efeito estufa, ação, reação Estria no corpo, aí, vai, vacilão Deca, winstrol, durateston, textex A fórmula mágica pra você ficar mais sexy Mulher, dinheiro, oportunidade Um ciclo de winstrol e você é celebridade Barriga estilo tanque, pura definição Duas horas de tensão, não vacila, vai pro chão Três, quatro, quanto mais repetição Vai perder muito mais rápido Então, vem, sente a pressão

MAG. Quer tomar bomba? Disponível em: <www.vagalume.com.br > Acesso em: 2 out. 2007. [adaptado]

38. A letra do rap “Quer tomar bomba?” chama atenção para:

a) a obrigatoriedade de o jovem ser sexual-mente atraente para ser feliz.

b) a busca do jovem por se tornar célebre e fugir do anonimato.

c) a necessidade de fazer repetidamente exer-cícios físicos para ganhar força.

d) os riscos que estão ligados ao consumo de substâncias anabolizantes.

(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

Vínculos: as Equações da Matemática da Vida

Quando você forma um vínculo com alguém, forma uma aliança. Não é à toa que o uso de alianças é um dos símbolos mais antigos e

universais do casamento. O círculo dá a no-ção de ligação, de fluxo, de continuidade. Quando se forma um vínculo, a energia flui. E o vínculo só se mantém vivo se essa energia continuar fluindo. Essa é a ideia de mutuali-dade, de troca. Nessa caminhada da vida, ora andamos de mãos dadas, em sintonia, dei-xando a energia fluir, ora nos distanciamos.

Desvios sempre existem. Podemos nos per-der em um deles e nos reencontrar logo adi-ante. A busca é permanente. O que não se pode é ficar constantemente fora de sintonia.

Antigamente, dizia-se que as pessoas procu-ravam se completar através do outro, bus-cando sua metade no mundo. A equação era: 1/2 + 1/2 = 1. "Para eu ser feliz para sempre na vida, tenho que ser a metade do outro." Naquela loteria do casamento, tirar a sorte grande era achar a sua cara-metade.

Com o passar do tempo, as pessoas foram desenvolvendo um sentido de individualiza-ção maior e a equação mudou. Ficou: 1 + 1 = 1. “Eu tenho que ser eu, uma pessoa inteira, com todas as minhas qualidades, meus defeitos, minhas limitações. Vou formar uma unidade com meu companheiro, que também é um ser inteiro. " Mas depois que esses dois seres inteiros se encontravam, era comum fun-direm-se, ficarem grudados num casamento fechado, tradicional. Anulavam-se mutuamente.

Com a revolução sexual e os movimentos de libertação feminina, o processo de indivi-duação que vinha acontecendo se radica-lizou. E a equação mudou de novo: 1 + 1 = 1 + 1.

Era o "cada um na sua". "Eu tenho que resolver os meus problemas, cuidar da minha própria vida. Você deve fazer o mesmo. Na minha independência total e autossuficiência abso-luta, caso com você, que também é assim." Em nome dessa independência, no entanto, faltou sintonia, cumplicidade e compromisso afetivo. É a segunda crise do casamento que acompanhamos nas décadas de 70 e 80.

Atualmente, após todas essas experiências, eu sinto as pessoas procurando outro tipo de equação: 1 + 1 = 3. Para a aritmética ela pode não ter lógica, mas faz sentido do ponto de vista emocional e existencial. Existem você, eu e a nossa relação. O vínculo entre nós é algo diferente de uma simples somatória de nós dois. Nessa proposta de casamento, o que é meu é meu, o que é seu é seu e o que é nosso é nosso. Talvez aí esteja a grande mágica que hoje buscamos, a de preservar a individualidade sem destruir o vínculo afeti-vo. Tenho que preservar o meu eu, meu pro-cesso de descoberta, realização e cresci-mento, sem destruir a relação. Por outro lado, tenho que preservar o vínculo sem des-truir a individualidade, sem me anular. Acho que assim talvez possamos chegar ao ano 2000 um pouco menos divididos entre a sede de expressão individual e a fome de amor e de partilhar a vida. Um pouco mais inteiros e felizes. Para isso, temos que com-partilhar com nossos companheiros de uma verdadeira intimidade. Ser íntimo é ser próxi-mo, é estar estreitamente ligado por laços de afeição e confiança.

MATARAZZO, Maria Helena. Amar É Preciso. 22. ed. São Paulo: Editora Gente, 1992, p. 19-21

39. O texto trata PRINCIPALMENTE,

a) da exatidão da matemática da vida. b) dos movimentos de libertação feminina. c) da loteria do sucesso no casamento. d) do casamento no passado e no presente

(Projeto con(seguir)-DC). Leia o texto abaixo.

“No Brasil, há uma campanha antipirataria cujo mote é: 'Você não roubaria um carro. Por que roubar um filme?'. Existe diferença entre esses dois atos?”

(Superinteressante – ed. 214, pág. 28).

40. O lema da campanha antipirataria sugere que:

a) a pirataria é um crime menor.b) a pirataria também é um crime.

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Após meses de denúncias, o ministro do Em-prego do Canadá, Jason Kenney, anunciou uma “moratória imediata do acesso do setor de serviço alimentar ao Programa de Traba-lhadores Temporários Estrangeiros”.

O programa foi criado pelo governo para su-prir a alegada falta de mão de obra em áreas do país de rápido crescimento, como Alberta, por exemplo, onde as reservas petrolíferas levaram a uma explosão da economia.

Em 2002, o Canadá aceitava 100 mil trabalha-dores temporários estrangeiros, a maioria contratada para o setor agrícola ou para luga-res remotos. Contudo, dez anos depois, o número triplicou para mais de 330 mil traba-lhadores por ano.

Com o número, cresceram também as queixas de irregularidades cometidas por grandes em-presas, que despedem os canadenses para contratar estrangeiros, em uma clara violação às regras do programa.

Sindicatos e organizações civis têm denun-ciado que o verdadeiro objetivo do programa é proporcionar mão de obra barata e não cobrir a falta de trabalhadores.

Relatório divulgado hoje por uma organiza-ção independente – o Instituto C.D. Howe – diz que o programa apenas serviu para bai-xar, de forma artificial, os salários dos traba-lhadores nacionais, tendo também contribuí-do para o aumento do desemprego em algu-mas regiões e alguns setores.

Fonte: Agência Brasil

37. O texto acima tem como tema principal

a) a interrupção por parte do Governo do Cana-dá do programa que permite a estrangeiros trabalharem temporariamente no país.

b) a revelação feita pela TV pública CBC de que McDonald's e outras cadeias de alimentação demitiram trabalhadores canadenses.

c) a multiplicação de denúncias de irregulari-

dades que fizeram o Governo do Canadá can-celar um programa para trabalhadores es-trangeiros.

d) a demissão de trabalhadores estrangeiros por parte da MacDonald's e outras cadeias de ali-mentação que atuam no país.

Leia o texto abaixo e responda.

Quer tomar bomba?

Quer tomar bomba? Pode aplicar Mas eu não garanto se vai inchar Efeito estufa, ação, reação Estria no corpo, aí, vai, vacilão Deca, winstrol, durateston, textex A fórmula mágica pra você ficar mais sexy Mulher, dinheiro, oportunidade Um ciclo de winstrol e você é celebridade Barriga estilo tanque, pura definição Duas horas de tensão, não vacila, vai pro chão Três, quatro, quanto mais repetição Vai perder muito mais rápido Então, vem, sente a pressão

MAG. Quer tomar bomba? Disponível em: <www.vagalume.com.br > Acesso em: 2 out. 2007. [adaptado]

38. A letra do rap “Quer tomar bomba?” chama atenção para:

a) a obrigatoriedade de o jovem ser sexual-mente atraente para ser feliz.

b) a busca do jovem por se tornar célebre e fugir do anonimato.

c) a necessidade de fazer repetidamente exer-cícios físicos para ganhar força.

d) os riscos que estão ligados ao consumo de substâncias anabolizantes.

(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

Vínculos: as Equações da Matemática da Vida

Quando você forma um vínculo com alguém, forma uma aliança. Não é à toa que o uso de alianças é um dos símbolos mais antigos e

universais do casamento. O círculo dá a no-ção de ligação, de fluxo, de continuidade. Quando se forma um vínculo, a energia flui. E o vínculo só se mantém vivo se essa energia continuar fluindo. Essa é a ideia de mutuali-dade, de troca. Nessa caminhada da vida, ora andamos de mãos dadas, em sintonia, dei-xando a energia fluir, ora nos distanciamos.

Desvios sempre existem. Podemos nos per-der em um deles e nos reencontrar logo adi-ante. A busca é permanente. O que não se pode é ficar constantemente fora de sintonia.

Antigamente, dizia-se que as pessoas procu-ravam se completar através do outro, bus-cando sua metade no mundo. A equação era: 1/2 + 1/2 = 1. "Para eu ser feliz para sempre na vida, tenho que ser a metade do outro." Naquela loteria do casamento, tirar a sorte grande era achar a sua cara-metade.

Com o passar do tempo, as pessoas foram desenvolvendo um sentido de individualiza-ção maior e a equação mudou. Ficou: 1 + 1 = 1. “Eu tenho que ser eu, uma pessoa inteira, com todas as minhas qualidades, meus defeitos, minhas limitações. Vou formar uma unidade com meu companheiro, que também é um ser inteiro. " Mas depois que esses dois seres inteiros se encontravam, era comum fun-direm-se, ficarem grudados num casamento fechado, tradicional. Anulavam-se mutuamente.

Com a revolução sexual e os movimentos de libertação feminina, o processo de indivi-duação que vinha acontecendo se radica-lizou. E a equação mudou de novo: 1 + 1 = 1 + 1.

Era o "cada um na sua". "Eu tenho que resolver os meus problemas, cuidar da minha própria vida. Você deve fazer o mesmo. Na minha independência total e autossuficiência abso-luta, caso com você, que também é assim." Em nome dessa independência, no entanto, faltou sintonia, cumplicidade e compromisso afetivo. É a segunda crise do casamento que acompanhamos nas décadas de 70 e 80.

Atualmente, após todas essas experiências, eu sinto as pessoas procurando outro tipo de equação: 1 + 1 = 3. Para a aritmética ela pode não ter lógica, mas faz sentido do ponto de vista emocional e existencial. Existem você, eu e a nossa relação. O vínculo entre nós é algo diferente de uma simples somatória de nós dois. Nessa proposta de casamento, o que é meu é meu, o que é seu é seu e o que é nosso é nosso. Talvez aí esteja a grande mágica que hoje buscamos, a de preservar a individualidade sem destruir o vínculo afeti-vo. Tenho que preservar o meu eu, meu pro-cesso de descoberta, realização e cresci-mento, sem destruir a relação. Por outro lado, tenho que preservar o vínculo sem des-truir a individualidade, sem me anular. Acho que assim talvez possamos chegar ao ano 2000 um pouco menos divididos entre a sede de expressão individual e a fome de amor e de partilhar a vida. Um pouco mais inteiros e felizes. Para isso, temos que com-partilhar com nossos companheiros de uma verdadeira intimidade. Ser íntimo é ser próxi-mo, é estar estreitamente ligado por laços de afeição e confiança.

MATARAZZO, Maria Helena. Amar É Preciso. 22. ed. São Paulo: Editora Gente, 1992, p. 19-21

39. O texto trata PRINCIPALMENTE,

a) da exatidão da matemática da vida. b) dos movimentos de libertação feminina. c) da loteria do sucesso no casamento. d) do casamento no passado e no presente

(Projeto con(seguir)-DC). Leia o texto abaixo.

“No Brasil, há uma campanha antipirataria cujo mote é: 'Você não roubaria um carro. Por que roubar um filme?'. Existe diferença entre esses dois atos?”

(Superinteressante – ed. 214, pág. 28).

40. O lema da campanha antipirataria sugere que:

a) a pirataria é um crime menor.b) a pirataria também é um crime.

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D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato

O leitor deve ser capaz de perceber a diferença entre o que é fato narrado ou discutido e o que é opinião sobre ele. Essa diferença pode ser ou bem marcada no texto ou exigir do leitor que ele perceba essa diferença integrando informa-ções de diversas partes do texto e/ou inferindo-as, o que tornaria a tarefa mais difícil.

Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade de o aluno identificar, no texto, um fato relatado e diferenciá-lo do comentário que o autor, ou o narrador, ou o personagem fazem sobre esse fato.

Essa habilidade é avaliada por meio de um tex-to, no qual o aluno é solicitado a distinguir partes do texto que são referentes a um fato e partes que se referem a uma opinião relacio-nada ao fato apresentado, expressa pelo autor, narrador ou por algum outro personagem. Há itens que solicitam, por exemplo, que o aluno identifique um trecho que expresse um fato ou uma opinião, ou então, dá-se a expressão e pede-se que ele reconheça se é um fato ou uma opinião.

Leia o texto abaixo.

A antiga Roma ressurge em cada detalhe

Dos 20.000 habitantes de Pompeia, só dois escaparam da fulminante erupção do vulcão Vesúvio em 24 de agosto de 79 d.C. Varrida do mapa em horas, a cidade só foi encontrada em 1748, debaixo de 6 metros de cinzas. Por ironia, a catástrofe salvou Pompeia dos con-quistadores e preservou-a para o futuro, como uma joia arqueológica. Para quem já esteve lá, a visita é inesquecível.

A profusão de dados sobre a cidade permitiu ao Laboratório de Realidade Virtual Avançada da Universidade Carnegie Mellon, nos Esta-

dos Unidos, criar imagens minuciosas, com apoio do instituto Americano de Arqueologia. Milhares de detalhes arquitetônicos torna-ram-se visíveis. As imagens mostram até que nas casas dos ricos se comia pão branco, de farinha de trigo, enquanto na dos pobres comia-se pão preto, de centeio.

Outro megaprojeto, para ser concluído em 2020, da Universidade da Califórnia, trata da restauração virtual da história de Roma, desde os primeiros habitantes, no século XV a.C., até a decadência, no século V. Guias turísticos virtuais conduzirão o visitante por paisagens animadas por figurantes. Edifícios, monumentos, ruas, aquedutos, termas e sepulturas desfilarão, interativamente. Será possível percorrer vinte séculos da história num dia. E ver com os próprios olhos tudo aquilo que a literatura esforçou-se para con-tar com palavras.

Revista Superinteressante, dezembro de 1998, p. 63.

41. No primeiro parágrafo do texto, manifesta-se uma opinião em:

a) “...só dois escaparam da fulminante erupção do vulcão Vesúvio...”

b) “...a cidade só foi encontrada em 1748, debaixo de 6 metros de cinzas.”

c) “...a catástrofe salvou Pompeia dos con-quistadores e preservou-a para o futuro”.

d) “Para quem já esteve lá, a visita é inesquecível.

Leia o texto abaixo.

Superpoliglotas: como funciona a cabeça das pessoas que aprendem dezenas de idiomas

Por Carol Castro

Saiba como funciona a cabeça dos hiperpoli-glotas, pessoas que podem mostrar o caminho dos limites do cérebro

Ler Dostoiévski em português é para os

fracos. Carlos Freire queria devorar Crime e Castigo e outros clássicos russos no original. Aos 20 anos, ele mergulhou nos livros e se mudou para a casa de uma família russa em Porto Alegre. Em poucos meses, dispensou os tradutores. E não era seu primeiro idioma estrangeiro. Logo cedo, a proximidade com o Uruguai o deixou afiado no espanhol. Depois, aprendeu francês, latim e inglês. O caminho da faculdade era claro: Letras. "Quanto mais idiomas você sabe, mais fácil aprender outros. Os 10 primeiros são os mais difíceis", diz. Sim, 10. Aos 80 anos, Freire já estudou 135 línguas - de japonês a esperanto. É mais do que o padre italiano Giuseppe Mezzofanti, que ficou notório no século 18 por ouvir confissões na língua nativa dos estrangeiros. Especula-se que ele falava entre 61 e 72 idiomas e lia em 114.

Os dois integram um seleto time de pessoas que conseguem aprender dezenas de idiomas. Não são só poliglotas. Quem é fluente em mais de 6 línguas tem um título maior: hiperpoliglota. O termo foi definido em 2003 pelo linguista britânico Richard Hudson. Ao estudar comunidades poliglotas, ele descobriu que o número máximo de idiomas falados em comum por todos os moradores é 6. Ainda não se sabe o motivo exato de serem 6 línguas. O que se sabe é que os hiperpoliglotas são diferentes de bilíngues ou meros falantes de 3 ou 4 línguas. E que os limites do cérebro deles podem ajudar a ciência a buscar os limites do nosso cérebro.

IDADE É TUDO

Mezzofanti entrou na escola aos 4 anos, onde aprendeu 3 idiomas. Aprender línguas na infância faz toda a diferença. Após a puberdade, os hormônios dificultam a reprodução de um sotaque mais autêntico. Se você aprende francês após os 14 anos, por mais que estude, provavelmente vai soar como um "brasileiro fluente em francês" - mas não como um francês. Vários estudos comprovaram essa tese. Um deles selecio-

nou 46 adultos chineses e coreanos que moraram nos Estados Unidos em diferentes fases da vida. Os que chegaram ao país até os 7 anos tiveram resultados semelhantes aos de nativos. Quem chegou aos EUA com mais de 15 anos teve desempenho pior.

Isso ocorre porque, com o tempo, o cérebro parece endurecer. Conforme crescemos, ele forma estruturas neurais confiáveis para orientar as ações que tomamos. É uma base de conhecimento que guia as experiências e responde às situações do dia a dia. À medida que mais estruturas neurais se formam, o cérebro perde flexibilidade. E ela é importante para aprender coisas complexas, como falar uma língua. Pesquisadores acreditam que os hiperpoliglotas conseguem prolongar essa plasticidade. "Eles são como um experimento natural sobre os limites humanos", diz Michael Erard, linguista e autor do livro recém-lançado Babel no More (inédito em português). Não é de se estranhar, portanto, que ainda hoje Freire mantenha o ritmo de aprender de dois a 3 idiomas por ano.

Falar pode parecer um ato simples, mas exige várias tarefas do cérebro: percepção auditiva, controle motor, memória semântica, sequen-ciamento de palavras. Para assimilar um novo idioma, o cérebro precisa entender as estruturas do som e das palavras. E, até che-gar a isso, o aprendizado percorre um longo caminho pelos hemisférios esquerdo e direi-to do cérebro.

42. No primeiro parágrafo, o trecho que indica uma opinião é:

a) “Ler Dostoiévski em português é para os fracos.”

b) “Em poucos meses, dispensou os tradutores.”

c) “...o padre italiano Giuseppe Mezzofanti, que ficou notório no século...”.

d) “Especula-se que ele falava entre 61 e 72 idiomas e lia em 114.”

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c) a pirataria é um crime violento.d) a pirataria não é crime.

D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato

O leitor deve ser capaz de perceber a diferença entre o que é fato narrado ou discutido e o que é opinião sobre ele. Essa diferença pode ser ou bem marcada no texto ou exigir do leitor que ele perceba essa diferença integrando informa-ções de diversas partes do texto e/ou inferindo-as, o que tornaria a tarefa mais difícil.

Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade de o aluno identificar, no texto, um fato relatado e diferenciá-lo do comentário que o autor, ou o narrador, ou o personagem fazem sobre esse fato.

Essa habilidade é avaliada por meio de um tex-to, no qual o aluno é solicitado a distinguir partes do texto que são referentes a um fato e partes que se referem a uma opinião relacio-nada ao fato apresentado, expressa pelo autor, narrador ou por algum outro personagem. Há itens que solicitam, por exemplo, que o aluno identifique um trecho que expresse um fato ou uma opinião, ou então, dá-se a expressão e pede-se que ele reconheça se é um fato ou uma opinião.

Leia o texto abaixo.

A antiga Roma ressurge em cada detalhe

Dos 20.000 habitantes de Pompeia, só dois escaparam da fulminante erupção do vulcão Vesúvio em 24 de agosto de 79 d.C. Varrida do mapa em horas, a cidade só foi encontrada em 1748, debaixo de 6 metros de cinzas. Por ironia, a catástrofe salvou Pompeia dos con-quistadores e preservou-a para o futuro, como uma joia arqueológica. Para quem já esteve lá, a visita é inesquecível.

A profusão de dados sobre a cidade permitiu ao Laboratório de Realidade Virtual Avançada da Universidade Carnegie Mellon, nos Esta-

dos Unidos, criar imagens minuciosas, com apoio do instituto Americano de Arqueologia. Milhares de detalhes arquitetônicos torna-ram-se visíveis. As imagens mostram até que nas casas dos ricos se comia pão branco, de farinha de trigo, enquanto na dos pobres comia-se pão preto, de centeio.

Outro megaprojeto, para ser concluído em 2020, da Universidade da Califórnia, trata da restauração virtual da história de Roma, desde os primeiros habitantes, no século XV a.C., até a decadência, no século V. Guias turísticos virtuais conduzirão o visitante por paisagens animadas por figurantes. Edifícios, monumentos, ruas, aquedutos, termas e sepulturas desfilarão, interativamente. Será possível percorrer vinte séculos da história num dia. E ver com os próprios olhos tudo aquilo que a literatura esforçou-se para con-tar com palavras.

Revista Superinteressante, dezembro de 1998, p. 63.

41. No primeiro parágrafo do texto, manifesta-se uma opinião em:

a) “...só dois escaparam da fulminante erupção do vulcão Vesúvio...”

b) “...a cidade só foi encontrada em 1748, debaixo de 6 metros de cinzas.”

c) “...a catástrofe salvou Pompeia dos con-quistadores e preservou-a para o futuro”.

d) “Para quem já esteve lá, a visita é inesquecível.

Leia o texto abaixo.

Superpoliglotas: como funciona a cabeça das pessoas que aprendem dezenas de idiomas

Por Carol Castro

Saiba como funciona a cabeça dos hiperpoli-glotas, pessoas que podem mostrar o caminho dos limites do cérebro

Ler Dostoiévski em português é para os

fracos. Carlos Freire queria devorar Crime e Castigo e outros clássicos russos no original. Aos 20 anos, ele mergulhou nos livros e se mudou para a casa de uma família russa em Porto Alegre. Em poucos meses, dispensou os tradutores. E não era seu primeiro idioma estrangeiro. Logo cedo, a proximidade com o Uruguai o deixou afiado no espanhol. Depois, aprendeu francês, latim e inglês. O caminho da faculdade era claro: Letras. "Quanto mais idiomas você sabe, mais fácil aprender outros. Os 10 primeiros são os mais difíceis", diz. Sim, 10. Aos 80 anos, Freire já estudou 135 línguas - de japonês a esperanto. É mais do que o padre italiano Giuseppe Mezzofanti, que ficou notório no século 18 por ouvir confissões na língua nativa dos estrangeiros. Especula-se que ele falava entre 61 e 72 idiomas e lia em 114.

Os dois integram um seleto time de pessoas que conseguem aprender dezenas de idiomas. Não são só poliglotas. Quem é fluente em mais de 6 línguas tem um título maior: hiperpoliglota. O termo foi definido em 2003 pelo linguista britânico Richard Hudson. Ao estudar comunidades poliglotas, ele descobriu que o número máximo de idiomas falados em comum por todos os moradores é 6. Ainda não se sabe o motivo exato de serem 6 línguas. O que se sabe é que os hiperpoliglotas são diferentes de bilíngues ou meros falantes de 3 ou 4 línguas. E que os limites do cérebro deles podem ajudar a ciência a buscar os limites do nosso cérebro.

IDADE É TUDO

Mezzofanti entrou na escola aos 4 anos, onde aprendeu 3 idiomas. Aprender línguas na infância faz toda a diferença. Após a puberdade, os hormônios dificultam a reprodução de um sotaque mais autêntico. Se você aprende francês após os 14 anos, por mais que estude, provavelmente vai soar como um "brasileiro fluente em francês" - mas não como um francês. Vários estudos comprovaram essa tese. Um deles selecio-

nou 46 adultos chineses e coreanos que moraram nos Estados Unidos em diferentes fases da vida. Os que chegaram ao país até os 7 anos tiveram resultados semelhantes aos de nativos. Quem chegou aos EUA com mais de 15 anos teve desempenho pior.

Isso ocorre porque, com o tempo, o cérebro parece endurecer. Conforme crescemos, ele forma estruturas neurais confiáveis para orientar as ações que tomamos. É uma base de conhecimento que guia as experiências e responde às situações do dia a dia. À medida que mais estruturas neurais se formam, o cérebro perde flexibilidade. E ela é importante para aprender coisas complexas, como falar uma língua. Pesquisadores acreditam que os hiperpoliglotas conseguem prolongar essa plasticidade. "Eles são como um experimento natural sobre os limites humanos", diz Michael Erard, linguista e autor do livro recém-lançado Babel no More (inédito em português). Não é de se estranhar, portanto, que ainda hoje Freire mantenha o ritmo de aprender de dois a 3 idiomas por ano.

Falar pode parecer um ato simples, mas exige várias tarefas do cérebro: percepção auditiva, controle motor, memória semântica, sequen-ciamento de palavras. Para assimilar um novo idioma, o cérebro precisa entender as estruturas do som e das palavras. E, até che-gar a isso, o aprendizado percorre um longo caminho pelos hemisférios esquerdo e direi-to do cérebro.

42. No primeiro parágrafo, o trecho que indica uma opinião é:

a) “Ler Dostoiévski em português é para os fracos.”

b) “Em poucos meses, dispensou os tradutores.”

c) “...o padre italiano Giuseppe Mezzofanti, que ficou notório no século...”.

d) “Especula-se que ele falava entre 61 e 72 idiomas e lia em 114.”

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Leia o texto abaixo.

Inventário da infância perdida

Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade madura. Depois dos quarenta a existência humana, a não ser para os asiáticos, que têm o segredo da vida longeva e produtiva, assinala realmente uma decadência interminável, até que ela se torna insuportável: toda a razão da vida se concentra em algumas coisas muito especí-ficas, em seres, sobretudo, e daí o conflito que se trava no interior de cada ser humano quan-do aquilo que ele quis ser para duas, três ou quatro pessoas — pois é nisso que se concen-tra a nossa vida — deixou de ser o que real-mente se quis ser ou parecer.

Mas uma grande parte de nossa vida é desenhada muito cedo, quando se inicia o que alguns românticos chamam de aventura humana e que aos poucos vai-se transforman-do numa incansável continuidade de diminutas frustrações e pequenos embates corporais com a realidade, frustrações que depois se trans-formam em fontes de amargura.(...)

O que é a infância, no fundo, senão um perío-do de nossa vida tal como nós o olhamos, depois de adultos: é a versão que se sobre-põe, poderosa, sobre a realidade, e essa versão, por mais suscetível de ser destruída pela análise fria, é a que prevalece e guia nossos passos, por anos intermináveis.

Todo mergulho na infância é ao mesmo tem-po doloroso e doce, como aqueles diminutos pratos chineses que misturam gostos e odores. Assim, eu, por exemplo, me lembro, quando faço muita força, de trechos de minha infância: não consigo lembrá-la toda, ou largos períodos dela, talvez porque o que foi doloroso nela tenha sido mais abundante e mais avassalador do que o que foi doce.

ABRAMO, Cláudio. In: A regra do jogo. São Paulo.Cia das Letras, p. 41, 1989.

43. Em relação ao texto acima, marque a alter-nativa que representa um fato, e não uma opinião.

a) “Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles diminutos pratos chineses que misturam gostos e odores.”

b) “Um homem é feito na infância, aperfeiçoa-do na adolescência e cristalizado na idade madura.”

c) “...o que alguns românticos chamam de aventura humana...”

d) “O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o olhamos, depois de adultos:..”

(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

As enchentes de minha infância

Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.

Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.

Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os

meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.

BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed.Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.

44. A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa casa”, é:

a) “Às vezes chegava alguém a cavalo...” b) “E às vezes o rio atravessava a rua...”c) “e se tomava café tarde da noite!”d) “Isso para nós era uma festa...”

(Equipe PIP). Leia o texto abaixo.

CAPA

A inspiradora reportagem sobre as crises de idade nos leva a muitas reflexões, mas acre-dito que a mais importante delas diz respeito à estrutura de personalidade que cada um desenvolve. É consenso, entre pessoas ma-duras e bem estruturadas emocionalmente, que vivemos a vida de acordo com nossa base psicológica. Por isso, é importante que, da infância até o início da vida adulta, saiba-mos estruturar o arcabouço daquilo que se-remos. Quem tem um bom alicerce, enfren-tará seguramente qualquer tipo de problema. Reinvente-se a cada idade. (José Elias)

Alex Neto, Foz do Iguaçu – PR

45. A palavra que marca a opinião do leitor em relação à reportagem é:

a) Consenso.b) Importante.

c) Inspiradora. d) Seguramente.

(SPAECE). Leia o texto abaixo e responda.

População mundial a caminho do empate

[...] Muito em breve – provavelmente ainda nos próximos anos –, a metade da huma-nidade terá apenas filhos suficientes para repor o seu tamanho. Isto é, grande parte dos casais terá entre dois e três filhos, no máximo, o que permitirá apenas a reposição e não o crescimento da população do mundo daquele momento. Traduzindo em linguagem demográfica, a taxa de fertilidade da metade do mundo será de 2,1 ou menos. [...]

Segundo a ONU, 2,9 bilhões de pessoas, qua-se a metade do total mundial de 6,5 bilhões, vivem em países com 2,1 ou menos de taxa de fertilidade. Para o início da década de 2010, a população mundial está estimada em 7 bilhões e a quantidade de pessoas com esta taxa de fertilidade será de 3,4 bilhões.

A queda da taxa de fertilidade, em nível de re-posição, significa uma das mais radicais mu-danças na história da humanidade. Isso tem implicações na estrutura e na vida familiar, mu-dando o cotidiano das pessoas, mas também em relação às políticas públicas em níveis global e local, a serem implementadas pelos diferentes países ou sugeridas por instituições como a ONU.

FRANCESCONE, Léa; SANTOS, Regina Célia Bega dos. Carta na escola. fevereiro de 2010. Fragmento.

46. A opinião dos autores desse texto se mani-festa em:

a) “... a metade da humanidade terá apenas filhos suficientes para repor o seu tamanho.”.

b) “... grande parte dos casais terá entre dois e três filhos, no máximo, o que permitirá apenas a reposição...”.

c) “... quase a metade do total mundial de 6,5

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Inventário da infância perdida

Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade madura. Depois dos quarenta a existência humana, a não ser para os asiáticos, que têm o segredo da vida longeva e produtiva, assinala realmente uma decadência interminável, até que ela se torna insuportável: toda a razão da vida se concentra em algumas coisas muito especí-ficas, em seres, sobretudo, e daí o conflito que se trava no interior de cada ser humano quan-do aquilo que ele quis ser para duas, três ou quatro pessoas — pois é nisso que se concen-tra a nossa vida — deixou de ser o que real-mente se quis ser ou parecer.

Mas uma grande parte de nossa vida é desenhada muito cedo, quando se inicia o que alguns românticos chamam de aventura humana e que aos poucos vai-se transforman-do numa incansável continuidade de diminutas frustrações e pequenos embates corporais com a realidade, frustrações que depois se trans-formam em fontes de amargura.(...)

O que é a infância, no fundo, senão um perío-do de nossa vida tal como nós o olhamos, depois de adultos: é a versão que se sobre-põe, poderosa, sobre a realidade, e essa versão, por mais suscetível de ser destruída pela análise fria, é a que prevalece e guia nossos passos, por anos intermináveis.

Todo mergulho na infância é ao mesmo tem-po doloroso e doce, como aqueles diminutos pratos chineses que misturam gostos e odores. Assim, eu, por exemplo, me lembro, quando faço muita força, de trechos de minha infância: não consigo lembrá-la toda, ou largos períodos dela, talvez porque o que foi doloroso nela tenha sido mais abundante e mais avassalador do que o que foi doce.

ABRAMO, Cláudio. In: A regra do jogo. São Paulo.Cia das Letras, p. 41, 1989.

43. Em relação ao texto acima, marque a alter-nativa que representa um fato, e não uma opinião.

a) “Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles diminutos pratos chineses que misturam gostos e odores.”

b) “Um homem é feito na infância, aperfeiçoa-do na adolescência e cristalizado na idade madura.”

c) “...o que alguns românticos chamam de aventura humana...”

d) “O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o olhamos, depois de adultos:..”

(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

As enchentes de minha infância

Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.

Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.

Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os

meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.

BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed.Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.

44. A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa casa”, é:

a) “Às vezes chegava alguém a cavalo...” b) “E às vezes o rio atravessava a rua...”c) “e se tomava café tarde da noite!”d) “Isso para nós era uma festa...”

(Equipe PIP). Leia o texto abaixo.

CAPA

A inspiradora reportagem sobre as crises de idade nos leva a muitas reflexões, mas acre-dito que a mais importante delas diz respeito à estrutura de personalidade que cada um desenvolve. É consenso, entre pessoas ma-duras e bem estruturadas emocionalmente, que vivemos a vida de acordo com nossa base psicológica. Por isso, é importante que, da infância até o início da vida adulta, saiba-mos estruturar o arcabouço daquilo que se-remos. Quem tem um bom alicerce, enfren-tará seguramente qualquer tipo de problema. Reinvente-se a cada idade. (José Elias)

Alex Neto, Foz do Iguaçu – PR

45. A palavra que marca a opinião do leitor em relação à reportagem é:

a) Consenso.b) Importante.

c) Inspiradora. d) Seguramente.

(SPAECE). Leia o texto abaixo e responda.

População mundial a caminho do empate

[...] Muito em breve – provavelmente ainda nos próximos anos –, a metade da huma-nidade terá apenas filhos suficientes para repor o seu tamanho. Isto é, grande parte dos casais terá entre dois e três filhos, no máximo, o que permitirá apenas a reposição e não o crescimento da população do mundo daquele momento. Traduzindo em linguagem demográfica, a taxa de fertilidade da metade do mundo será de 2,1 ou menos. [...]

Segundo a ONU, 2,9 bilhões de pessoas, qua-se a metade do total mundial de 6,5 bilhões, vivem em países com 2,1 ou menos de taxa de fertilidade. Para o início da década de 2010, a população mundial está estimada em 7 bilhões e a quantidade de pessoas com esta taxa de fertilidade será de 3,4 bilhões.

A queda da taxa de fertilidade, em nível de re-posição, significa uma das mais radicais mu-danças na história da humanidade. Isso tem implicações na estrutura e na vida familiar, mu-dando o cotidiano das pessoas, mas também em relação às políticas públicas em níveis global e local, a serem implementadas pelos diferentes países ou sugeridas por instituições como a ONU.

FRANCESCONE, Léa; SANTOS, Regina Célia Bega dos. Carta na escola. fevereiro de 2010. Fragmento.

46. A opinião dos autores desse texto se mani-festa em:

a) “... a metade da humanidade terá apenas filhos suficientes para repor o seu tamanho.”.

b) “... grande parte dos casais terá entre dois e três filhos, no máximo, o que permitirá apenas a reposição...”.

c) “... quase a metade do total mundial de 6,5

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bilhões, vivem em países com 2,1 ou menos de taxa de fertilidade.”.

d) “A queda da taxa de fertilidade, em nível de reposição, significa uma das mais radicais mudanças na história da humanidade.”.

Leia o texto abaixo e responda.

Educação de hoje adia o fim da adolescência

Há pouco tempo recebi uma mensagem que me provocou uma boa reflexão. O interessan-te é que não foi o conteúdo dela que fisgou minha atenção, e sim sua primeira linha, em que os remetentes se identificavam. Para ser clara, vou reproduzi-la: “Somos dois adoles-centes, com 21 e 23 anos...”.

Minha primeira reação foi sorrir: agora, os jo-vens acreditam que a adolescência se esten-de até, pelo menos, aos 23 anos?! Mas, em seguida, eu me dei conta do mais importante dessa história: que a criança pode ser criança quando é tratada como tal, e o mesmo acon-tece com o adolescente. Os dois jovens adul-tos se veem como adolescentes, porque, de alguma maneira, contribuímos para tanto.

A adolescência tinha época certa para come-çar até um tempo atrás, ou seja, com a puber-dade, época das grandes mudanças físicas. E terminar também: era quando o adolescente, finalmente, assumia total responsabilidade sobre sua vida e tornava-se adulto. Agora, as crianças já começam a se comportar e a se sentir como adolescentes muito tempo antes da puberdade se manifestar e, pelo jeito, continuam se comportando e vivendo assim por muito mais tempo. Qual é a parcela de responsabilidade dos adultos e educadores?

Fonte: Disponível em: http://www.santanna.g12.br /professores/ ana_paula_port/atividade_reforco_lp_9anos.pdf. Acesso em: 30 mai 2012. Adaptado.

47. A opinião da autora em relação ao fato de que a educação de hoje adia o fim da adoles-cência é que

a) os adultos contribuem para que isso aconteça.

b) a adolescência é uma fase que vai até 23 anos. c) os adolescentes têm muitas responsabili-

dades. d) os adultos devem ensinar a criança a se cal-

çar sozinha.

(SAERJ). Leia o texto abaixo.

Secretário de Turismo diz que eleição do Cristo irá impulsionar setor

O secretário especial de Turismo do Rio, Rubem Medina, afirmou neste sábado que a escolha do Cristo Redentor como uma das sete novas maravilhas do mundo irá trazer incen-tivos ao setor. Para ele, a conquista trará “um fluxo ainda maior de turistas” e representa a geração de “mais empregos no futuro”.

“O que orgulha é que é algo que envolveu o mundo inteiro, que teve uma divulgação mun-dial. Eu acho que essa é uma vitória do Rio e de todo o povo brasileiro.”

Medina soube do resultado da eleição quan-do participava do Live Earth, em Copacabana (zona sul do Rio). Ele minimizou as críticas que colocaram em dúvida a legitimidade da eleição das sete novas maravilhas.

“Eu não ligo. Questionaram isso aqui também [o Live Earth] e olha só o sucesso que está sen-do. Nenhum país do mundo tem isso aqui”.

www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u310224.shtml.

48. A frase que expressa uma opinião é

a) “...escolha do Cristo Redentor como uma das sete novas maravilhas do mundo...”.

b) “a conquista trará “um fluxo ainda maior de turistas...” .

c) “...soube do resultado da eleição quando participava do Live Earth...”.

d) “Ele minimizou as críticas que colocaram em dúvida a legitimidade da eleição...”.

Leia o texto abaixo.

“O Brasil é isso mesmo que está aí"

Roberto Pompeu de Toledo

Os distraídos talvez ainda não tenham perce-bido, mas o Brasil acabou. Sinais disso foram se acumulando, nos últimos meses: a falên-cia do Congresso e de outras instituições, a inoperância do governo, a crise aérea, o geral desarranjo da infra-estrutura. A esses fato-res, evidenciados por acontecimentos recen-tes, somam-se outros, crônicos, como a escola que não ensina, os hospitais que não curam, a polícia que não policia, a Justiça que não faz justiça, a violência, a corrupção, a miséria, as desigualdades. Se alguma dúvida restasse, ela se desfaz no parecer autorizado como poucos de um Fernando Henrique Car-doso, cujas credenciais somam oito anos de exercício da Presidência da República a mais de meio século de estudo do Brasil. "Que ninguém se engane: o Brasil é isso mesmo que está aí", declara ele, numa reportagem de João Moreira Salles na revista Piauí.

Ora, direis, como afirmar que o Brasil acabou? Certo perdeste o senso, pois, se estamos todos ainda morando, comendo, dormindo, pagando as contas, indo às compras, nos divertindo, sofrendo, amando e nos exasperando num lugar chamado Brasil, é porque ele ainda existe. Eu vos direi, no entanto, que, quando acaba a esperança, junto com ela acaba a coisa à qual a esperança se destinava. É à esperança no Brasil que o sociólogo-presidente se refere. Para ele, o Brasil jamais conhecerá um cres-cimento como o da China ou o da Índia. "Conti-nuaremos nessa falta de entusiasmo, nesse desânimo", diz. O prognóstico é tão mais terrível quanto coincide com – e reforça – o sentimento que ultimamente tomou conta mesmo de quem não é sociólogo nem nunca conheceu por experiência própria os mecanis-mos de governo e de poder.

O Brasil que "é isso mesmo" é o das adoles-

centes grávidas e dos adolescentes a serviço do tráfico, das mães que tocam lares sem marido, das religiões que tomam dinheiro dos fiéis, dos recordes mundiais de assas-sinatos e de mortos em acidentes automo-bilísticos, dos presos que comandam de suas células o crime organizado, dos trabalha-dores que gastam três horas para ir e três horas para voltar do trabalho, das cidades sujas, das ruas esburacadas. (...)

FHC não era tão descrente. No parágrafo final do livro A Arte da Política, em que rememora os anos de Presidência, escreveu: "Se houve no passado recente quem empunhasse a bandeira das reformas, da democracia e do progresso, não faltará quem possa olhar para a frente e levar adiante as transformações necessárias para restabelecer a confiança em nós mesmos e no futuro desse grande país". Na reportagem da revista Piauí, ele não poupa nem seu próprio governo: "No meu governo, universalizamos o acesso à escola, mas pra quê? O que se ensina ali é um desastre". Pálidos de espanto, como no soneto de Bilac, assistimos à desintegração da esperança na pátria, o que equivale a dizer que é a pátria mesma que se desintegra aos nossos olhos.

49. Em relação à falta de perspectiva para o país retratada no texto, há uma opinião em:

a) “Sinais disso foram se acumulando, nos últimos meses: a falência do Congresso e de outras instituições, a inoperância do gover-no, a crise aérea, o geral desarranjo da infra-estrutura.”

b) “Ora, direis, como afirmar que o Brasil aca-bou? Certo perdeste o senso, pois, se estamos todos ainda morando, comendo, dormindo, pagando as contas, indo às compras, nos diver-tindo, sofrendo, amando e nos exasperando num lugar chamado Brasil, é porque ele ainda existe.”

c) "Se houve no passado recente quem empu-nhasse a bandeira das reformas, da demo-cracia e do progresso, não faltará quem possa olhar para a frente e levar adiante as transfor-

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bilhões, vivem em países com 2,1 ou menos de taxa de fertilidade.”.

d) “A queda da taxa de fertilidade, em nível de reposição, significa uma das mais radicais mudanças na história da humanidade.”.

Leia o texto abaixo e responda.

Educação de hoje adia o fim da adolescência

Há pouco tempo recebi uma mensagem que me provocou uma boa reflexão. O interessan-te é que não foi o conteúdo dela que fisgou minha atenção, e sim sua primeira linha, em que os remetentes se identificavam. Para ser clara, vou reproduzi-la: “Somos dois adoles-centes, com 21 e 23 anos...”.

Minha primeira reação foi sorrir: agora, os jo-vens acreditam que a adolescência se esten-de até, pelo menos, aos 23 anos?! Mas, em seguida, eu me dei conta do mais importante dessa história: que a criança pode ser criança quando é tratada como tal, e o mesmo acon-tece com o adolescente. Os dois jovens adul-tos se veem como adolescentes, porque, de alguma maneira, contribuímos para tanto.

A adolescência tinha época certa para come-çar até um tempo atrás, ou seja, com a puber-dade, época das grandes mudanças físicas. E terminar também: era quando o adolescente, finalmente, assumia total responsabilidade sobre sua vida e tornava-se adulto. Agora, as crianças já começam a se comportar e a se sentir como adolescentes muito tempo antes da puberdade se manifestar e, pelo jeito, continuam se comportando e vivendo assim por muito mais tempo. Qual é a parcela de responsabilidade dos adultos e educadores?

Fonte: Disponível em: http://www.santanna.g12.br /professores/ ana_paula_port/atividade_reforco_lp_9anos.pdf. Acesso em: 30 mai 2012. Adaptado.

47. A opinião da autora em relação ao fato de que a educação de hoje adia o fim da adoles-cência é que

a) os adultos contribuem para que isso aconteça.

b) a adolescência é uma fase que vai até 23 anos. c) os adolescentes têm muitas responsabili-

dades. d) os adultos devem ensinar a criança a se cal-

çar sozinha.

(SAERJ). Leia o texto abaixo.

Secretário de Turismo diz que eleição do Cristo irá impulsionar setor

O secretário especial de Turismo do Rio, Rubem Medina, afirmou neste sábado que a escolha do Cristo Redentor como uma das sete novas maravilhas do mundo irá trazer incen-tivos ao setor. Para ele, a conquista trará “um fluxo ainda maior de turistas” e representa a geração de “mais empregos no futuro”.

“O que orgulha é que é algo que envolveu o mundo inteiro, que teve uma divulgação mun-dial. Eu acho que essa é uma vitória do Rio e de todo o povo brasileiro.”

Medina soube do resultado da eleição quan-do participava do Live Earth, em Copacabana (zona sul do Rio). Ele minimizou as críticas que colocaram em dúvida a legitimidade da eleição das sete novas maravilhas.

“Eu não ligo. Questionaram isso aqui também [o Live Earth] e olha só o sucesso que está sen-do. Nenhum país do mundo tem isso aqui”.

www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u310224.shtml.

48. A frase que expressa uma opinião é

a) “...escolha do Cristo Redentor como uma das sete novas maravilhas do mundo...”.

b) “a conquista trará “um fluxo ainda maior de turistas...” .

c) “...soube do resultado da eleição quando participava do Live Earth...”.

d) “Ele minimizou as críticas que colocaram em dúvida a legitimidade da eleição...”.

Leia o texto abaixo.

“O Brasil é isso mesmo que está aí"

Roberto Pompeu de Toledo

Os distraídos talvez ainda não tenham perce-bido, mas o Brasil acabou. Sinais disso foram se acumulando, nos últimos meses: a falên-cia do Congresso e de outras instituições, a inoperância do governo, a crise aérea, o geral desarranjo da infra-estrutura. A esses fato-res, evidenciados por acontecimentos recen-tes, somam-se outros, crônicos, como a escola que não ensina, os hospitais que não curam, a polícia que não policia, a Justiça que não faz justiça, a violência, a corrupção, a miséria, as desigualdades. Se alguma dúvida restasse, ela se desfaz no parecer autorizado como poucos de um Fernando Henrique Car-doso, cujas credenciais somam oito anos de exercício da Presidência da República a mais de meio século de estudo do Brasil. "Que ninguém se engane: o Brasil é isso mesmo que está aí", declara ele, numa reportagem de João Moreira Salles na revista Piauí.

Ora, direis, como afirmar que o Brasil acabou? Certo perdeste o senso, pois, se estamos todos ainda morando, comendo, dormindo, pagando as contas, indo às compras, nos divertindo, sofrendo, amando e nos exasperando num lugar chamado Brasil, é porque ele ainda existe. Eu vos direi, no entanto, que, quando acaba a esperança, junto com ela acaba a coisa à qual a esperança se destinava. É à esperança no Brasil que o sociólogo-presidente se refere. Para ele, o Brasil jamais conhecerá um cres-cimento como o da China ou o da Índia. "Conti-nuaremos nessa falta de entusiasmo, nesse desânimo", diz. O prognóstico é tão mais terrível quanto coincide com – e reforça – o sentimento que ultimamente tomou conta mesmo de quem não é sociólogo nem nunca conheceu por experiência própria os mecanis-mos de governo e de poder.

O Brasil que "é isso mesmo" é o das adoles-

centes grávidas e dos adolescentes a serviço do tráfico, das mães que tocam lares sem marido, das religiões que tomam dinheiro dos fiéis, dos recordes mundiais de assas-sinatos e de mortos em acidentes automo-bilísticos, dos presos que comandam de suas células o crime organizado, dos trabalha-dores que gastam três horas para ir e três horas para voltar do trabalho, das cidades sujas, das ruas esburacadas. (...)

FHC não era tão descrente. No parágrafo final do livro A Arte da Política, em que rememora os anos de Presidência, escreveu: "Se houve no passado recente quem empunhasse a bandeira das reformas, da democracia e do progresso, não faltará quem possa olhar para a frente e levar adiante as transformações necessárias para restabelecer a confiança em nós mesmos e no futuro desse grande país". Na reportagem da revista Piauí, ele não poupa nem seu próprio governo: "No meu governo, universalizamos o acesso à escola, mas pra quê? O que se ensina ali é um desastre". Pálidos de espanto, como no soneto de Bilac, assistimos à desintegração da esperança na pátria, o que equivale a dizer que é a pátria mesma que se desintegra aos nossos olhos.

49. Em relação à falta de perspectiva para o país retratada no texto, há uma opinião em:

a) “Sinais disso foram se acumulando, nos últimos meses: a falência do Congresso e de outras instituições, a inoperância do gover-no, a crise aérea, o geral desarranjo da infra-estrutura.”

b) “Ora, direis, como afirmar que o Brasil aca-bou? Certo perdeste o senso, pois, se estamos todos ainda morando, comendo, dormindo, pagando as contas, indo às compras, nos diver-tindo, sofrendo, amando e nos exasperando num lugar chamado Brasil, é porque ele ainda existe.”

c) "Se houve no passado recente quem empu-nhasse a bandeira das reformas, da demo-cracia e do progresso, não faltará quem possa olhar para a frente e levar adiante as transfor-

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mações necessárias para restabelecer a con-fiança em nós mesmos e no futuro desse gran-de país".

d) "Continuaremos nessa falta de entusiasmo, nesse desânimo".

Leia o texto para responder a questão abaixo:

Mulher é atropelada e põe a culpa no Google Maps

Nos Estados Unidos, quase tudo pode render uma ação judicial. O processo movido pela americana Lauren Rosenberg, vítima de um atropelamento em uma rodovia no Estado de Utah, seria mais um caso de reparação por danos, mas ela quer receber US$ 100 mil (cerca de R$ 183,5 mil) não só do motorista que a atingiu, Patrick Harwood, mas também da empresa Google.

Segundo o jornal inglês The Guardian, Lauren tentou atravessar uma estrada estadual sem passeio para pedestres, à noite, e foi atingida por um carro, em 19 de janeiro de 2009.

Ela alega ter seguido as indicações do site Google Maps.

O advogado Allen Young entrou com a ação judicial na semana passada. Ele argumenta que o site foi "descuidado e negligente" ao indicar a travessia de uma via expressa. "As pessoas confiam nas instruções (dadas pelo Google Maps). Ela acreditou que era seguro atravessar a pista."

Ao indicar uma rota, o serviço do Google dá um alerta: "Essa rota pode não ter calçadas ou passeio para pedestres". Procurada pelo Guardian, a empresa não quis comentar o caso, que ainda vai dar o que falar.

http://www.diariopopular.com.br

50. O trecho do texto que expressa uma opinião é

a) “Nos Estados Unidos, quase tudo pode ren-der uma ação judicial.”

b) "Essa rota pode não ter calçadas ou passeio para pedestres".

c) “Ele argumenta que o site foi "descuidado e negligente" [...]”

d) “Procurada pelo Guardian, a empresa não quis comentar o caso”

TÓPICO II

IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO

Este tópico requer dos alunos duas competên-cias básicas, a saber: a interpretação de textos que conjugam duas linguagens – a verbal e a não-verbal – e o reconhecimento da finalidade do texto por meio da identificação dos diferen-tes gêneros textuais.

Para o desenvolvimento dessas competências, tanto o texto escrito quanto as imagens que o acompanham são importantes, na medida em que propiciam ao leitor relacionar informações e se engajar em diferentes atividades de construção de significados.

D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.)

Por meio deste descritor pode-se avaliar a habi-lidade de o aluno reconhecer a utilização de elementos gráficos (não-verbais) como apoio na construção do sentido e de interpretar textos que utilizam linguagem verbal e não-verbal (textos multissemióticos).

Essa habilidade pode ser avaliada por meio de textos compostos por gráficos, desenhos, fotos, tirinhas, charges. Por exemplo, é dado um texto não-verbal e pede-se ao aluno que identifique os sentimentos dos personagens expressos pelo apoio da imagem, ou dá-se um texto ilustrado e solicita-se o reconhecimento da relação entre a ilustração e o texto.

Leia o texto abaixo

51. Pode-se afirmar coerentemente sobre o cartum acima:

a) que ele é uma tentativa de alertar os que sofrem de problemas de coração.

b) que ele adverte dos riscos para aqueles que praticam corrida sem a devida preparação.

c) que ele contrasta o ser, representado pelo coração, e o ter simbolizado pela mala.

d) que na pressa da personagem está o aspecto mais importante para a compreensão dele.

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mações necessárias para restabelecer a con-fiança em nós mesmos e no futuro desse gran-de país".

d) "Continuaremos nessa falta de entusiasmo, nesse desânimo".

Leia o texto para responder a questão abaixo:

Mulher é atropelada e põe a culpa no Google Maps

Nos Estados Unidos, quase tudo pode render uma ação judicial. O processo movido pela americana Lauren Rosenberg, vítima de um atropelamento em uma rodovia no Estado de Utah, seria mais um caso de reparação por danos, mas ela quer receber US$ 100 mil (cerca de R$ 183,5 mil) não só do motorista que a atingiu, Patrick Harwood, mas também da empresa Google.

Segundo o jornal inglês The Guardian, Lauren tentou atravessar uma estrada estadual sem passeio para pedestres, à noite, e foi atingida por um carro, em 19 de janeiro de 2009.

Ela alega ter seguido as indicações do site Google Maps.

O advogado Allen Young entrou com a ação judicial na semana passada. Ele argumenta que o site foi "descuidado e negligente" ao indicar a travessia de uma via expressa. "As pessoas confiam nas instruções (dadas pelo Google Maps). Ela acreditou que era seguro atravessar a pista."

Ao indicar uma rota, o serviço do Google dá um alerta: "Essa rota pode não ter calçadas ou passeio para pedestres". Procurada pelo Guardian, a empresa não quis comentar o caso, que ainda vai dar o que falar.

http://www.diariopopular.com.br

50. O trecho do texto que expressa uma opinião é

a) “Nos Estados Unidos, quase tudo pode ren-der uma ação judicial.”

b) "Essa rota pode não ter calçadas ou passeio para pedestres".

c) “Ele argumenta que o site foi "descuidado e negligente" [...]”

d) “Procurada pelo Guardian, a empresa não quis comentar o caso”

TÓPICO II

IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO

Este tópico requer dos alunos duas competên-cias básicas, a saber: a interpretação de textos que conjugam duas linguagens – a verbal e a não-verbal – e o reconhecimento da finalidade do texto por meio da identificação dos diferen-tes gêneros textuais.

Para o desenvolvimento dessas competências, tanto o texto escrito quanto as imagens que o acompanham são importantes, na medida em que propiciam ao leitor relacionar informações e se engajar em diferentes atividades de construção de significados.

D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.)

Por meio deste descritor pode-se avaliar a habi-lidade de o aluno reconhecer a utilização de elementos gráficos (não-verbais) como apoio na construção do sentido e de interpretar textos que utilizam linguagem verbal e não-verbal (textos multissemióticos).

Essa habilidade pode ser avaliada por meio de textos compostos por gráficos, desenhos, fotos, tirinhas, charges. Por exemplo, é dado um texto não-verbal e pede-se ao aluno que identifique os sentimentos dos personagens expressos pelo apoio da imagem, ou dá-se um texto ilustrado e solicita-se o reconhecimento da relação entre a ilustração e o texto.

Leia o texto abaixo

51. Pode-se afirmar coerentemente sobre o cartum acima:

a) que ele é uma tentativa de alertar os que sofrem de problemas de coração.

b) que ele adverte dos riscos para aqueles que praticam corrida sem a devida preparação.

c) que ele contrasta o ser, representado pelo coração, e o ter simbolizado pela mala.

d) que na pressa da personagem está o aspecto mais importante para a compreensão dele.

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Leia o texto:

52. Da última fala da tira, é possível constatar que

a) a esperança precisa ser alimentada.b) o quadro da política não é alterado.c) os babacas se transformarão em heróis. d) as coisas podem ficar ainda piores.

53. A leitura do texto permite dizer que

a) que a beleza física não é algo a que seja valorizado.

b) o coletivismo é mais forte do que o indivi-dualismo.

c) que e a emancipação não é importante para a mulher.

d) que a maternidade torna-se um obstáculo à emancipação.

Leia o texto:

54. A última frase da fala do parlamentar em relação às anteriores expõe uma

a) indignaçãob) contradiçãoc) insatisfaçãod) manifestação

Leia o texto abaixo:

Fonte: ww.blogangel.com.br/.../2009/10/climatempo.jpg

55. Ao observar o quadro da previsão do tempo para o final de semana, pode-se afirmar que no sábado haverá sol com:

a) muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com chuva a qualquer hora.

b) algumas nuvens ao longo do dia. À noite ocorrem pancadas de chuva.

c) muitas nuvens. À noite não chove.d) pancadas de chuva ao longo do dia. À noite,

tempo aberto sem nuvens.

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52. Da última fala da tira, é possível constatar que

a) a esperança precisa ser alimentada.b) o quadro da política não é alterado.c) os babacas se transformarão em heróis. d) as coisas podem ficar ainda piores.

53. A leitura do texto permite dizer que

a) que a beleza física não é algo a que seja valorizado.

b) o coletivismo é mais forte do que o indivi-dualismo.

c) que e a emancipação não é importante para a mulher.

d) que a maternidade torna-se um obstáculo à emancipação.

Leia o texto:

54. A última frase da fala do parlamentar em relação às anteriores expõe uma

a) indignaçãob) contradiçãoc) insatisfaçãod) manifestação

Leia o texto abaixo:

Fonte: ww.blogangel.com.br/.../2009/10/climatempo.jpg

55. Ao observar o quadro da previsão do tempo para o final de semana, pode-se afirmar que no sábado haverá sol com:

a) muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com chuva a qualquer hora.

b) algumas nuvens ao longo do dia. À noite ocorrem pancadas de chuva.

c) muitas nuvens. À noite não chove.d) pancadas de chuva ao longo do dia. À noite,

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Leia o texto abaixo

56. A fala do homem do carro revela principal-mente

a) que ele é hipócrita.b) que ele é indiferente.c) que ele é elitista.d) que ele é raivoso.

Leia o texto:

57. O que o autor está criticando nesse texto?

a) A vaidade exagerada da mulher. b) A preocupação demasiada com a reação da

mulher. c) O comportamento superficial das pessoas. d) A indiferença à catástrofe que irá acontecer.

Leia o texto: 58. A pergunta “Alguém aqui fala o idioma deles?” revela:

a) uma forte preocupação dos políticos em serem entendidos pelo povo.

b) a consciência de que há diferenças entre a língua do povo e a dos políticos.

c) um distanciamento entre a rotina dos políticos e o quadro do restante da população.

d) a diversidade linguística que marca os diferentes grupos sociais do país.

Leia o texto para responder a questão abaixo:

59. Na figura acima, a relação entre o slogan “Tem um gatinho solto nas ruas” e a imagem ocorre de forma:

a) irônica b) incoerente c) redundante d) afetiva

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Leia o texto abaixo

56. A fala do homem do carro revela principal-mente

a) que ele é hipócrita.b) que ele é indiferente.c) que ele é elitista.d) que ele é raivoso.

Leia o texto:

57. O que o autor está criticando nesse texto?

a) A vaidade exagerada da mulher. b) A preocupação demasiada com a reação da

mulher. c) O comportamento superficial das pessoas. d) A indiferença à catástrofe que irá acontecer.

Leia o texto: 58. A pergunta “Alguém aqui fala o idioma deles?” revela:

a) uma forte preocupação dos políticos em serem entendidos pelo povo.

b) a consciência de que há diferenças entre a língua do povo e a dos políticos.

c) um distanciamento entre a rotina dos políticos e o quadro do restante da população.

d) a diversidade linguística que marca os diferentes grupos sociais do país.

Leia o texto para responder a questão abaixo:

59. Na figura acima, a relação entre o slogan “Tem um gatinho solto nas ruas” e a imagem ocorre de forma:

a) irônica b) incoerente c) redundante d) afetiva

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(Projeto con(seguir)-DC). Leia o texto abaixo.

(Fonte:http://entretenimento.uol.com.br/album/cartumnacopa_ccbb2010_album.htm)

60. Após a observação da charge ao lado, é pos-sível afirmar que

a) há uma exaltação ao atual futebol brasileiro. b) existe uma crítica ao atual futebol brasileiro.c) o futebol brasileiro está em um bom momento. d) o futebol brasileiro é um celeiro de craques.

Leia o texto abaixo

61. Considerando o papel dos elementos gráfi-cos destacados nos balões, é correto dizer que

a) o sinal de interrogação aponta para um ques-tionamento que a personagem faz ao leitor.

b) o ponto na última parte do cartum indepen-de do desenho nela contido para fazer sen-tido

c) o sinal + e o gráfico ressaltam que o perso-nagem assumiu uma atitude de acumulação de bens.

d) A exclamação presente na segunda parte do cartum indica uma postura moderada do personagem.

D12 – Identificar a finalidade de textos de di-ferentes gêneros

A habilidade que pode ser avaliada por este des-critor refere-se ao reconhecimento, por parte do aluno, do gênero ao qual se refere o texto-base, identificando, dessa forma, qual o objeti-vo do texto: informar, convencer, advertir, instruir, explicar, comentar, divertir, solicitar, recomendar, etc.

Essa habilidade é avaliada por meio da leitura de textos integrais ou de fragmentos de textos de diferentes gêneros, como notícias, fábulas, avisos, anúncios, cartas, convites, instruções, propagandas, entre outros, solicitando ao alu-no a identificação explícita de sua finalidade.

Leia o texto abaixo.

Quarteto Maogani interpreta Ernesto Nazareth

Um dos grupos instrumentais mais concei-tuados no cenário musical da atualidade, o Quarteto Maogani está lançando seu quinto disco, “Pairando”, um tributo à obra do com-positor Ernesto Nazareth (Biscoito Fino).

Formado em 1995 no Rio de Janeiro, o quar-teto de violonistas é formado por músicos e arranjadores de formação erudita, com trân-sito livre na música popular, incluindo colabo-rações com Guinga, Leila Pinheiro, Zé Noguei-ra, Jane Duboc, Celia Vaz Hamilton de Holanda, Monica Salmaso, Renato Braz, Joyce, Wagner Tiso, Nailor Proveta e Olivia Hime.

O novo álbum traz à tona composições pouco conhecidas nos dias de hoje: “A música do Nazareth sempre foi uma das nossas grandes paixões. É incrível a capacidade que ele tinha de conjugar uma escrita extremamente sofis-ticada a uma verve arrebatadora”, comenta Paulo Aragão, um as do violão de 8 cordas. “Este encontro, que tanto confunde rótulos é, para nós, um verdadeiro leme e exprime tudo aquilo o que buscamos: uma sonoridade ao

mesmo tempo camerística e balançada, clás-sica e popular, moderna sem perder de vista a tradição”, completa Aragão.

Para chegar aos 12 temas gravados, o quar-teto mergulhou em verdadeiras obras-primas pouco gravadas e tocadas ao longo dos anos, já quase esquecidas. “Ajudar a trazer à tona este patrimônio da música brasileira foi uma das nossas motivações ao encarar o desafio de gravar, pela primeira vez em nossa traje-tória, um disco totalmente dedicado à obra de um único compositor”, pontua Paulo Aragão, que integra o Maogani ao lado de Carlos Cha-ves (violão requinto); Sergio Valdeos (violão de sete cordas) e Marcos Alves (violão de seis cordas).

Sobre navegar na fronteira entre o clássico e o erudito, Ernesto Nazareth, tal como o pró-prio Maogani, é um símbolo dessa aproxi-mação, segundo Aragão: “Sua música alia uma escrita pianística impecável, uma reali-zação instrumental extremamente criativa à complexidade rítmica da música popular. Nós fazemos uma música que poderia ser definida como "popular de câmera", uma mú-sica de câmara feita com vários elementos muito caros à tradição popular, especialmen-te no que diz respeito ao ritmo”, finaliza Paulo.

Assessoria de Imprensa Biscoito Fino – Coringa Comunicação 21 2259-6042Belinha Almendra – [email protected] Marcus Veras – [email protected]

62. O objetivo principal do texto é

a) discutir a sofisticação da obra do composi-tor Ernesto Nazareth

b) apresentar alguns músicos com os quais o Maogani já tocou.

c) explicar como foram escolhidas as doze mú-sicas que estão no CD.

d) divulgar o lançamento de um CD com músi-cas de Ernesto Nazareth.

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(Projeto con(seguir)-DC). Leia o texto abaixo.

(Fonte:http://entretenimento.uol.com.br/album/cartumnacopa_ccbb2010_album.htm)

60. Após a observação da charge ao lado, é pos-sível afirmar que

a) há uma exaltação ao atual futebol brasileiro. b) existe uma crítica ao atual futebol brasileiro.c) o futebol brasileiro está em um bom momento. d) o futebol brasileiro é um celeiro de craques.

Leia o texto abaixo

61. Considerando o papel dos elementos gráfi-cos destacados nos balões, é correto dizer que

a) o sinal de interrogação aponta para um ques-tionamento que a personagem faz ao leitor.

b) o ponto na última parte do cartum indepen-de do desenho nela contido para fazer sen-tido

c) o sinal + e o gráfico ressaltam que o perso-nagem assumiu uma atitude de acumulação de bens.

d) A exclamação presente na segunda parte do cartum indica uma postura moderada do personagem.

D12 – Identificar a finalidade de textos de di-ferentes gêneros

A habilidade que pode ser avaliada por este des-critor refere-se ao reconhecimento, por parte do aluno, do gênero ao qual se refere o texto-base, identificando, dessa forma, qual o objeti-vo do texto: informar, convencer, advertir, instruir, explicar, comentar, divertir, solicitar, recomendar, etc.

Essa habilidade é avaliada por meio da leitura de textos integrais ou de fragmentos de textos de diferentes gêneros, como notícias, fábulas, avisos, anúncios, cartas, convites, instruções, propagandas, entre outros, solicitando ao alu-no a identificação explícita de sua finalidade.

Leia o texto abaixo.

Quarteto Maogani interpreta Ernesto Nazareth

Um dos grupos instrumentais mais concei-tuados no cenário musical da atualidade, o Quarteto Maogani está lançando seu quinto disco, “Pairando”, um tributo à obra do com-positor Ernesto Nazareth (Biscoito Fino).

Formado em 1995 no Rio de Janeiro, o quar-teto de violonistas é formado por músicos e arranjadores de formação erudita, com trân-sito livre na música popular, incluindo colabo-rações com Guinga, Leila Pinheiro, Zé Noguei-ra, Jane Duboc, Celia Vaz Hamilton de Holanda, Monica Salmaso, Renato Braz, Joyce, Wagner Tiso, Nailor Proveta e Olivia Hime.

O novo álbum traz à tona composições pouco conhecidas nos dias de hoje: “A música do Nazareth sempre foi uma das nossas grandes paixões. É incrível a capacidade que ele tinha de conjugar uma escrita extremamente sofis-ticada a uma verve arrebatadora”, comenta Paulo Aragão, um as do violão de 8 cordas. “Este encontro, que tanto confunde rótulos é, para nós, um verdadeiro leme e exprime tudo aquilo o que buscamos: uma sonoridade ao

mesmo tempo camerística e balançada, clás-sica e popular, moderna sem perder de vista a tradição”, completa Aragão.

Para chegar aos 12 temas gravados, o quar-teto mergulhou em verdadeiras obras-primas pouco gravadas e tocadas ao longo dos anos, já quase esquecidas. “Ajudar a trazer à tona este patrimônio da música brasileira foi uma das nossas motivações ao encarar o desafio de gravar, pela primeira vez em nossa traje-tória, um disco totalmente dedicado à obra de um único compositor”, pontua Paulo Aragão, que integra o Maogani ao lado de Carlos Cha-ves (violão requinto); Sergio Valdeos (violão de sete cordas) e Marcos Alves (violão de seis cordas).

Sobre navegar na fronteira entre o clássico e o erudito, Ernesto Nazareth, tal como o pró-prio Maogani, é um símbolo dessa aproxi-mação, segundo Aragão: “Sua música alia uma escrita pianística impecável, uma reali-zação instrumental extremamente criativa à complexidade rítmica da música popular. Nós fazemos uma música que poderia ser definida como "popular de câmera", uma mú-sica de câmara feita com vários elementos muito caros à tradição popular, especialmen-te no que diz respeito ao ritmo”, finaliza Paulo.

Assessoria de Imprensa Biscoito Fino – Coringa Comunicação 21 2259-6042Belinha Almendra – [email protected] Marcus Veras – [email protected]

62. O objetivo principal do texto é

a) discutir a sofisticação da obra do composi-tor Ernesto Nazareth

b) apresentar alguns músicos com os quais o Maogani já tocou.

c) explicar como foram escolhidas as doze mú-sicas que estão no CD.

d) divulgar o lançamento de um CD com músi-cas de Ernesto Nazareth.

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Leia o texto abaixo.

A manifestação da vaidade na adolescência e juventude

Redação A12, 22 de Janeiro de 2014 às 04h29. Atualizada em 01 de Fevereiro de 2014 às 11h30.

A juventude e a adolescência são fases marca-das pela insegurança, que promovem dúvidas relacionadas à personalidade e aos valores. E é natural que muitos jovens cuidem de si em função da beleza e da identidade. Porém, um comportamento natural nem sempre é saudá-vel: a necessidade de se obter atenção através da valorização estética gera vaidade, que pode tanto impulsionar alguém, quanto ser prejudicial.

É bastante comum deixar que a vaidade tome conta do comportamento. Às vezes, perde-se muito tempo com a aparência, dando uma importância exagerada às roupas e às marcas. Outras, a saúde é prejudicada em virtude exces-so de cuidado com o corpo e com o peso. Essas situações interferem no humor e no bem-estar pessoal e espiritual – em certos casos, a vaidade conflita diretamente com a humildade e contribui para o desenvolvimento de uma per-sonalidade egoísta na busca incessante pelo destaque e pela perfeição estética.

O que é vaidade – De acordo com o dicionário Michaelis, vaidade é desejo imoderado e in-fundado de merecer a admiração dos outros. Ou seja, ser vaidoso é um ato de insegurança e uma forma de buscar afirmação pessoal e reconhecimento.

O psicólogo Marcos Urioste, 29, conta que para a psicologia, existe a necessidade da articulação de todos os aspectos da perso-nalidade. Paradoxalmente, a falta é inerente ao ser humano, o que leva à vaidade, ou seja, à busca exagerada para o preenchimento simbólico deste vazio.

Ele alega também que, culturalmente, as me-

ninas são mais estimuladas a cultivar a beleza que os meninos, mas que este quadro de preocupação estética vem mudando, sendo cada vez mais vivenciado pelo sexo mascu-lino. “As diferenças entre os sexos são vistas a partir de cada contexto, considerando que a busca pelo preenchimento do vazio é subje-tiva” diz.

Muitas vezes há o exagero na beleza, mas, mesmo quando se alcança esse ideal, não existe satisfação. Neste contexto, a vaidade prejudica o desenvolvimento humano e pode se tornar uma obsessão, gerando inclusive casos patológicos, como a dismorfofobia (visão distorcida sobre si mesmo, que causa preocupação excessiva com a aparência).

O psicólogo explica que existe muita natu-ralidade nos comportamentos pautados pela vaidade, mas que os jovens precisam ser observados e educados: “A adolescência e a juventude são consideradas um “entre lugar”, espaço de afirmações, grandes mu-danças, desenvolvimento, e experimen-tações. Existe uma necessidade natural de ser visto, de afirma-se nos grupos nesta fase, o que não pode ser confundido com o exces-so da vaidade. Contudo, a juventude necessi-ta de acompanhamento, referências e escuta, para então ampliar sua criticidade sobre a crescente ditadura da beleza, que oprime a liberdade e a alegria típicas do jovem”.

Questionado sobre quais atitudes devemos tomar para nos libertarmos do excesso de vaidade, Marcos responde que, para se obter a liberdade, é necessário refletir sobre si mes-mo, considerando as faltas, o vazio e a in-completude do ser humano. Já os casos extremos pedem intervenções profissionais, com psicólogos ou psiquiatras.

(http://www.a12.com/jovens-de-maria/noticias/detalhes/a-manifestacao-da-vaidade-na-adolescencia-e-juventude)

63. O objetivo principal do texto é

a) discutir qual seria o conceito apropriado pa-ra a vaidade.

b) mostrar as causas e as consequências da vaidade na juventude.

c) mostrar a vaidade como um traço de com-portamento natural.

d) confrontar as diferenças entre a vaidade de ambos os sexos.

Leia o texto abaixo.

POLÍTICA

DILMA SANCIONA PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO SEM VETOS

Detalhes Publicado em Quinta, 26 Junho 2014 17:36

Entre as metas estão 10% do PIB, mas só para daqui 10 anos

Por Yara AquinoAgência Brasil

A presidente Dilma Rousseff sancionou na quarta-feira (25), sem vetos, o Plano Nacio-nal de Educação (PNE). O plano tramitou por quase quatro anos no Congresso até a apro-vação e estabelece 20 metas para serem cumpridas ao longo dos próximos dez anos. As metas vão desde a educação infantil até o ensino superior, passam pela gestão e pelo financiamento do setor e pela formação dos profissionais. O texto sancionado pela presi-denta será publicado em edição extra do Diá-rio Oficial da União de hoje (26).

O PNE estabelece meta mínima de investi-mento em educação de 7% do Produto Inter-no Bruto (PIB) no quinto ano de vigência e de 10% no décimo ano. Atualmente, são inves-tidos 6,4% do PIB, segundo o Ministério da Educação.

O ministro da pasta, Henrique Paim, disse que está contando com os recursos dos ro-yalties do petróleo e do Fundo Social do pré-

sal para cumprir as metas estabelecidas, mas reconheceu que o governo terá que fazer um grande esforço. “Como temos dez anos, pre-cisamos fazer uma grande discussão, veri-ficar exatamente as fontes que nós temos e ver no que é preciso avançar. É óbvio que a União terá que fazer um grande esforço, mas sabemos também que os estados e municí-pios terão que fazer também um grande es-forço, um esforço conjunto tanto no cumpri-mento das metas como no financiamento", disse hoje (26) em entrevista coletiva sobre a sanção do PNE.

Um ponto que desagradou o governo durante as discussões no Congresso e que foi man-tido no texto foi a obrigatoriedade de a União complementar recursos de estados e municí-pios, se estes não investirem o suficiente para cumprir padrões de qualidade determi-nados no Custo Aluno Qualidade (CAQ). Sobre o CAQ, o ministro ponderou que pri-meiro será preciso fazer um grande debate com a participação de governo, estados, municípios e entidades da área de educação para definir como calcular o índice.

Entidades que atuam no setor educacional reivindicavam o veto de dois trechos do PNE. Em carta à presidenta Dilma Rousseff, pedi-ram que fosse excluída a bonificação às esco-las que melhorarem o Índice de Desenvolvi-mento da Educação Básica (Ideb) e a des-tinação de parte dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para programas desenvolvidos em parceria com instituições privadas.

Com a possibilidade de destinação dos recur-sos também para parcerias com instituições privadas, entram na conta programas como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade para Todos (ProUni). O texto originalmente aprovado pela Câmara previa que a parcela do PIB fosse destinada apenas para a educação pública.

O ministro defendeu esse ponto e disse que, se não houver parceria com instituições pri-

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Leia o texto abaixo.

A manifestação da vaidade na adolescência e juventude

Redação A12, 22 de Janeiro de 2014 às 04h29. Atualizada em 01 de Fevereiro de 2014 às 11h30.

A juventude e a adolescência são fases marca-das pela insegurança, que promovem dúvidas relacionadas à personalidade e aos valores. E é natural que muitos jovens cuidem de si em função da beleza e da identidade. Porém, um comportamento natural nem sempre é saudá-vel: a necessidade de se obter atenção através da valorização estética gera vaidade, que pode tanto impulsionar alguém, quanto ser prejudicial.

É bastante comum deixar que a vaidade tome conta do comportamento. Às vezes, perde-se muito tempo com a aparência, dando uma importância exagerada às roupas e às marcas. Outras, a saúde é prejudicada em virtude exces-so de cuidado com o corpo e com o peso. Essas situações interferem no humor e no bem-estar pessoal e espiritual – em certos casos, a vaidade conflita diretamente com a humildade e contribui para o desenvolvimento de uma per-sonalidade egoísta na busca incessante pelo destaque e pela perfeição estética.

O que é vaidade – De acordo com o dicionário Michaelis, vaidade é desejo imoderado e in-fundado de merecer a admiração dos outros. Ou seja, ser vaidoso é um ato de insegurança e uma forma de buscar afirmação pessoal e reconhecimento.

O psicólogo Marcos Urioste, 29, conta que para a psicologia, existe a necessidade da articulação de todos os aspectos da perso-nalidade. Paradoxalmente, a falta é inerente ao ser humano, o que leva à vaidade, ou seja, à busca exagerada para o preenchimento simbólico deste vazio.

Ele alega também que, culturalmente, as me-

ninas são mais estimuladas a cultivar a beleza que os meninos, mas que este quadro de preocupação estética vem mudando, sendo cada vez mais vivenciado pelo sexo mascu-lino. “As diferenças entre os sexos são vistas a partir de cada contexto, considerando que a busca pelo preenchimento do vazio é subje-tiva” diz.

Muitas vezes há o exagero na beleza, mas, mesmo quando se alcança esse ideal, não existe satisfação. Neste contexto, a vaidade prejudica o desenvolvimento humano e pode se tornar uma obsessão, gerando inclusive casos patológicos, como a dismorfofobia (visão distorcida sobre si mesmo, que causa preocupação excessiva com a aparência).

O psicólogo explica que existe muita natu-ralidade nos comportamentos pautados pela vaidade, mas que os jovens precisam ser observados e educados: “A adolescência e a juventude são consideradas um “entre lugar”, espaço de afirmações, grandes mu-danças, desenvolvimento, e experimen-tações. Existe uma necessidade natural de ser visto, de afirma-se nos grupos nesta fase, o que não pode ser confundido com o exces-so da vaidade. Contudo, a juventude necessi-ta de acompanhamento, referências e escuta, para então ampliar sua criticidade sobre a crescente ditadura da beleza, que oprime a liberdade e a alegria típicas do jovem”.

Questionado sobre quais atitudes devemos tomar para nos libertarmos do excesso de vaidade, Marcos responde que, para se obter a liberdade, é necessário refletir sobre si mes-mo, considerando as faltas, o vazio e a in-completude do ser humano. Já os casos extremos pedem intervenções profissionais, com psicólogos ou psiquiatras.

(http://www.a12.com/jovens-de-maria/noticias/detalhes/a-manifestacao-da-vaidade-na-adolescencia-e-juventude)

63. O objetivo principal do texto é

a) discutir qual seria o conceito apropriado pa-ra a vaidade.

b) mostrar as causas e as consequências da vaidade na juventude.

c) mostrar a vaidade como um traço de com-portamento natural.

d) confrontar as diferenças entre a vaidade de ambos os sexos.

Leia o texto abaixo.

POLÍTICA

DILMA SANCIONA PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO SEM VETOS

Detalhes Publicado em Quinta, 26 Junho 2014 17:36

Entre as metas estão 10% do PIB, mas só para daqui 10 anos

Por Yara AquinoAgência Brasil

A presidente Dilma Rousseff sancionou na quarta-feira (25), sem vetos, o Plano Nacio-nal de Educação (PNE). O plano tramitou por quase quatro anos no Congresso até a apro-vação e estabelece 20 metas para serem cumpridas ao longo dos próximos dez anos. As metas vão desde a educação infantil até o ensino superior, passam pela gestão e pelo financiamento do setor e pela formação dos profissionais. O texto sancionado pela presi-denta será publicado em edição extra do Diá-rio Oficial da União de hoje (26).

O PNE estabelece meta mínima de investi-mento em educação de 7% do Produto Inter-no Bruto (PIB) no quinto ano de vigência e de 10% no décimo ano. Atualmente, são inves-tidos 6,4% do PIB, segundo o Ministério da Educação.

O ministro da pasta, Henrique Paim, disse que está contando com os recursos dos ro-yalties do petróleo e do Fundo Social do pré-

sal para cumprir as metas estabelecidas, mas reconheceu que o governo terá que fazer um grande esforço. “Como temos dez anos, pre-cisamos fazer uma grande discussão, veri-ficar exatamente as fontes que nós temos e ver no que é preciso avançar. É óbvio que a União terá que fazer um grande esforço, mas sabemos também que os estados e municí-pios terão que fazer também um grande es-forço, um esforço conjunto tanto no cumpri-mento das metas como no financiamento", disse hoje (26) em entrevista coletiva sobre a sanção do PNE.

Um ponto que desagradou o governo durante as discussões no Congresso e que foi man-tido no texto foi a obrigatoriedade de a União complementar recursos de estados e municí-pios, se estes não investirem o suficiente para cumprir padrões de qualidade determi-nados no Custo Aluno Qualidade (CAQ). Sobre o CAQ, o ministro ponderou que pri-meiro será preciso fazer um grande debate com a participação de governo, estados, municípios e entidades da área de educação para definir como calcular o índice.

Entidades que atuam no setor educacional reivindicavam o veto de dois trechos do PNE. Em carta à presidenta Dilma Rousseff, pedi-ram que fosse excluída a bonificação às esco-las que melhorarem o Índice de Desenvolvi-mento da Educação Básica (Ideb) e a des-tinação de parte dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para programas desenvolvidos em parceria com instituições privadas.

Com a possibilidade de destinação dos recur-sos também para parcerias com instituições privadas, entram na conta programas como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade para Todos (ProUni). O texto originalmente aprovado pela Câmara previa que a parcela do PIB fosse destinada apenas para a educação pública.

O ministro defendeu esse ponto e disse que, se não houver parceria com instituições pri-

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vadas, será difícil avançar. Paim acrescentou que é também uma forma de garantir gratui-dade a todos. “São recursos públicos inves-tidos e devemos ter garantia de acesso a todos. Se forneço ProUni, Fies e Ciência sem Fronteiras - ações que tem subsídio ou gra-tuidade envolvidos - então, estamos gerando oportunidades educacionais”, disse.

Além do financiamento, o plano assegura a formação, remuneração e carreira dos pro-fessores, consideradas questões centrais para o cumprimento das demais metas. Pelo texto, até o sexto ano de vigência, os salários dos professores da educação básica deverá ser equiparado ao rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equi-valente. Além disso, em dez anos, 50% des-ses professores deverão ter pós-graduação. Todos deverão ter acesso à formação continuada.

O texto ainda institui avaliações a cada dois anos para acompanhamento da implemen-tação das metas dos PNE. O ministro Paim, disse que o MEC vai anunciar, em breve, um sistema para acompanhamento do plano e também de medidas para dar suporte aos es-tados e municípios na construção dos planos de educação.

64. O objetivo principal do texto é

a) informar que o Plano Nacional de Educação tramitou por quatro anos no Congresso.

b) mostrar que o Plano Nacional de Educação estabelece 20 metas a serem cumpridas.

c) comunicar que o texto sancionado pela pre-sidenta será publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

d) informar que o Plano Nacional de Educação foi sancionado pela presidenta do Brasil

Por que sentimos água na boca?

“Chiquinha, o almoço está pronto! Fiz a batata frita que você pediu!”

Só de ouvir essas palavras, sua boca se enche

d'água – de saliva –, antecipando-se à comida que já vai entrar na boca e precisar ser digerida. De fato, a digestão começa na boca, onde os alimentos são picados, triturados e esmagados, tudo isso antes de serem conduzidos ao estômago. E pasme: se a boca não se enchesse de saliva, não seria possível nem engolir o alimento, nem saber o que você tem sobre a língua!

Todo mundo p roduz uma pequena quantidade de saliva o tempo todo, mas a produção aumenta quase dez vezes quando uma pessoa vê, cheira ou pensa em comida. A saliva que enche a boca nessas horas é essencial por várias razões. Primeiro, somente quando dissolvidos na saliva é que pedaços microscópicos desprendidos dos alimentos chegam até as papilas gustativas, que sinalizam ao cérebro o tipo de comida que você tem na boca: água, sal, ácido, doce, proteína, ou algo amargo e, portanto, potencialmente nocivo, nada bom de ser engolido. Assim, além de reconhecer o alimento pelo gosto, o seu cérebro já vai preparando o corpo para a digestão. Segundo, a saliva contém enzimas que começam a partir em pedaços menores os carboidratos, grandes moléculas de açúcar como o amido do pão.

Além disso, é a saliva que umedece e dá liga aos alimentos triturados e permite que eles sejam transformados em um grande “bolo” compacto e lubrificado, que pode ser engolido sem risco de engasgos. Se você não acredita que comida seca não desce sem saliva, experimente o famoso Teste da Bolacha: comer três biscoitos em menos de um minuto, sem apelar para um copo d'água. É simplesmente impossível! A razão é que, mesmo trabalhando dez vezes mais rápido, as glândulas parótidas e salivares não conseguem produzir saliva com a rapidez necessária para que os pedaços de biscoito passem em menos de um minuto de paçoca a uma massa umedecida que possa deslizar até o seu estômago.

A boa notícia é que a produção de saliva é automática, comandada pelo sistema nervoso autônomo sempre que o cérebro detecta a presença de comida na boca. O interessante é que, por associação, também funciona pensar em comida, sentir o cheiro bom do almoço no fogo e até ouvir que ficou pronto aquele prato de que você gosta. O caso mais famoso de água na boca por associação, claro, é o já lendário cão do fisiologista russo Ivan Pavlov. De tanto ouvir um sino tocar antes de receber sua comida todos os dias, o animal passou a salivar em resposta ao tocar do sino, mesmo que o prato demorasse a chegar. E eu, de tanto escrever sobre comida, já fiquei com água na boca...

Suzana Herculano-Houzel Departamento de Anatomia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Revista CHC | Edição 199.

65. A finalidade do texto lido é:

a) Expor um saber científico à sociedade em geral.b) Narrar uma aventura sobre o corpo humano e

suas habilidades.c) Argumentar sobre temas polêmicos da

atualidade.d) Relatar fatos situados no tempo e no espaço.

Leia o texto abaixo.

Maringá, 24 de outubro de 2012.

Caro editor da revista "Meus filhos",

Ao ler o texto "Meu tênis é mais caro que o seu" de Rosely Sayão, acredito realmente que hoje estamos vivendo em um mundo completamente consumista, onde o ter é mais importante do que o ser.

Após prestar bastante atenção em meu filho, tive que concordar com a autora em alguns pontos e venho dizer que realmente as crianças são julgadas pelo que usam e aquelas que não possuem o que está "na moda" são bem humilhadas. Tudo isso é culpa da mídia que lança um produto que é apresentado como o melhor e que se o adolescente não tem é

julgado como ninguém.

Por isso, na minha opinião, com a finalidade desse fato parar de acontecer, o primeiro passo tem que ser nosso, os pais, ao ensinar aos filhos que o caráter é mais importante do aquilo que você veste.

Obrigado pela atenção.

Marcinéia Santos – Curitiba

66. A finalidade do texto acima é:

a) Narrar fatos do cotidiano, envolvendo per-sonagens, tempo, espaço e narrador.

b) Relatar fatos ocorridos no dia, com data e local determinados.

c) Explicar a opinião da autora com argumen-tos consistentes e verdadeiros.

d) Expor uma informação sobre determinado assunto.

Leia o texto abaixo.

Reduit é leite puro e saboroso.

Reduit é saudável, pois nele quase toda gor-dura é retirada, permanecendo todas as outras qualidades nutricionais. Reduit é bom para jovens, adultos e dietas de baixas calorias.

(Texto em uma embalagem de leite em pó)

67. A finalidade do texto é:

a) Explicar as características do produto leite Reduit.

b) Convencer o interlocutor a consumir o leite Reduit.

c) Informar o interlocutor das qualidades nu-tricionais do leite Reduit.

d) Criticar o consumo do leite Reduit.

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Além do financiamento, o plano assegura a formação, remuneração e carreira dos pro-fessores, consideradas questões centrais para o cumprimento das demais metas. Pelo texto, até o sexto ano de vigência, os salários dos professores da educação básica deverá ser equiparado ao rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equi-valente. Além disso, em dez anos, 50% des-ses professores deverão ter pós-graduação. Todos deverão ter acesso à formação continuada.

O texto ainda institui avaliações a cada dois anos para acompanhamento da implemen-tação das metas dos PNE. O ministro Paim, disse que o MEC vai anunciar, em breve, um sistema para acompanhamento do plano e também de medidas para dar suporte aos es-tados e municípios na construção dos planos de educação.

64. O objetivo principal do texto é

a) informar que o Plano Nacional de Educação tramitou por quatro anos no Congresso.

b) mostrar que o Plano Nacional de Educação estabelece 20 metas a serem cumpridas.

c) comunicar que o texto sancionado pela pre-sidenta será publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

d) informar que o Plano Nacional de Educação foi sancionado pela presidenta do Brasil

Por que sentimos água na boca?

“Chiquinha, o almoço está pronto! Fiz a batata frita que você pediu!”

Só de ouvir essas palavras, sua boca se enche

d'água – de saliva –, antecipando-se à comida que já vai entrar na boca e precisar ser digerida. De fato, a digestão começa na boca, onde os alimentos são picados, triturados e esmagados, tudo isso antes de serem conduzidos ao estômago. E pasme: se a boca não se enchesse de saliva, não seria possível nem engolir o alimento, nem saber o que você tem sobre a língua!

Todo mundo p roduz uma pequena quantidade de saliva o tempo todo, mas a produção aumenta quase dez vezes quando uma pessoa vê, cheira ou pensa em comida. A saliva que enche a boca nessas horas é essencial por várias razões. Primeiro, somente quando dissolvidos na saliva é que pedaços microscópicos desprendidos dos alimentos chegam até as papilas gustativas, que sinalizam ao cérebro o tipo de comida que você tem na boca: água, sal, ácido, doce, proteína, ou algo amargo e, portanto, potencialmente nocivo, nada bom de ser engolido. Assim, além de reconhecer o alimento pelo gosto, o seu cérebro já vai preparando o corpo para a digestão. Segundo, a saliva contém enzimas que começam a partir em pedaços menores os carboidratos, grandes moléculas de açúcar como o amido do pão.

Além disso, é a saliva que umedece e dá liga aos alimentos triturados e permite que eles sejam transformados em um grande “bolo” compacto e lubrificado, que pode ser engolido sem risco de engasgos. Se você não acredita que comida seca não desce sem saliva, experimente o famoso Teste da Bolacha: comer três biscoitos em menos de um minuto, sem apelar para um copo d'água. É simplesmente impossível! A razão é que, mesmo trabalhando dez vezes mais rápido, as glândulas parótidas e salivares não conseguem produzir saliva com a rapidez necessária para que os pedaços de biscoito passem em menos de um minuto de paçoca a uma massa umedecida que possa deslizar até o seu estômago.

A boa notícia é que a produção de saliva é automática, comandada pelo sistema nervoso autônomo sempre que o cérebro detecta a presença de comida na boca. O interessante é que, por associação, também funciona pensar em comida, sentir o cheiro bom do almoço no fogo e até ouvir que ficou pronto aquele prato de que você gosta. O caso mais famoso de água na boca por associação, claro, é o já lendário cão do fisiologista russo Ivan Pavlov. De tanto ouvir um sino tocar antes de receber sua comida todos os dias, o animal passou a salivar em resposta ao tocar do sino, mesmo que o prato demorasse a chegar. E eu, de tanto escrever sobre comida, já fiquei com água na boca...

Suzana Herculano-Houzel Departamento de Anatomia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Revista CHC | Edição 199.

65. A finalidade do texto lido é:

a) Expor um saber científico à sociedade em geral.b) Narrar uma aventura sobre o corpo humano e

suas habilidades.c) Argumentar sobre temas polêmicos da

atualidade.d) Relatar fatos situados no tempo e no espaço.

Leia o texto abaixo.

Maringá, 24 de outubro de 2012.

Caro editor da revista "Meus filhos",

Ao ler o texto "Meu tênis é mais caro que o seu" de Rosely Sayão, acredito realmente que hoje estamos vivendo em um mundo completamente consumista, onde o ter é mais importante do que o ser.

Após prestar bastante atenção em meu filho, tive que concordar com a autora em alguns pontos e venho dizer que realmente as crianças são julgadas pelo que usam e aquelas que não possuem o que está "na moda" são bem humilhadas. Tudo isso é culpa da mídia que lança um produto que é apresentado como o melhor e que se o adolescente não tem é

julgado como ninguém.

Por isso, na minha opinião, com a finalidade desse fato parar de acontecer, o primeiro passo tem que ser nosso, os pais, ao ensinar aos filhos que o caráter é mais importante do aquilo que você veste.

Obrigado pela atenção.

Marcinéia Santos – Curitiba

66. A finalidade do texto acima é:

a) Narrar fatos do cotidiano, envolvendo per-sonagens, tempo, espaço e narrador.

b) Relatar fatos ocorridos no dia, com data e local determinados.

c) Explicar a opinião da autora com argumen-tos consistentes e verdadeiros.

d) Expor uma informação sobre determinado assunto.

Leia o texto abaixo.

Reduit é leite puro e saboroso.

Reduit é saudável, pois nele quase toda gor-dura é retirada, permanecendo todas as outras qualidades nutricionais. Reduit é bom para jovens, adultos e dietas de baixas calorias.

(Texto em uma embalagem de leite em pó)

67. A finalidade do texto é:

a) Explicar as características do produto leite Reduit.

b) Convencer o interlocutor a consumir o leite Reduit.

c) Informar o interlocutor das qualidades nu-tricionais do leite Reduit.

d) Criticar o consumo do leite Reduit.

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Leia o texto para responder a questão a seguir:

Inventário da infância perdida

Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade ma-dura. Depois dos quarenta a existência huma-na, a não ser para os asiáticos, que têm o segredo da vida longeva e produtiva, assinala realmente uma decadência interminável, até que ela se torna insuportável: toda a razão da vida se concentra em algumas coisas muito específicas, em seres, sobretudo, e daí o con-flito que se trava no interior de cada ser hu-mano quando aquilo que ele quis ser para duas, três ou quatro pessoas — pois é nisso que se concentra a nossa vida — deixou de ser o que realmente se quis ser ou parecer.

Mas uma grande parte de nossa vida é dese-nhada muito cedo, quando se inicia o que alguns românticos chamam de aventura hu-mana e que aos poucos vai-se transformando numa incansável continuidade de diminutas frustrações e pequenos embates corporais com a realidade, frustrações que depois se transformam em fontes de amargura.(...)

O que é a infância, no fundo, senão um perío-do de nossa vida tal como nós o olhamos, depois de adultos: é a versão que se sobre-põe, poderosa, sobre a realidade, e essa ver-são, por mais suscetível de ser destruída pela análise fria, é a que prevalece e guia nossos passos, por anos intermináveis.

Todo mergulho na infância é ao mesmo tem-po doloroso e doce, como aqueles diminutos pratos chineses que misturam gostos e odores. Assim, eu, por exemplo, me lembro, quando faço muita força, de trechos de minha infância: não consigo lembrá-la toda, ou largos períodos dela, talvez porque o que foi doloroso nela tenha sido mais abundante e mais avassalador do que o que foi doce.

ABRAMO, Cláudio. In: A regra do jogo. São Paulo.Cia das Letras, p. 41, 1989.

68. O texto lido tem a finalidade de:

a) defender a ideia de que a infância é, sobre-tudo, uma invenção dos que a recordam.

b) comparar as condições da infância dos asiáticos com a dos demais povos.

c) ensinar como as pessoas devem relembrar a infância, de modo a evitar frustrações.

d) propor uma dieta equilibrada para os que re-cordam a infância, baseando-a nos sabores doces e amargos.

Leia o texto a seguir, encontrado na embalagem de uma determinada marca comercial de aveia.

Você sabia?

A aveia é um cereal puro, natural e pouco pro-cessado, ou seja, vai do campo até a sua casa passando por poucas etapas de processa-mento que garantem a qualidade e integrida-de do grão. Além disso, a aveia é considerada um dos grãos mais completos da natureza, pois é rica em fibras e proteínas, além de ser uma importante fonte de vitaminas e carboi-dratos. Seu consumo ajuda na redução do colesterol e no funcionamento intestinal. Comer aveia faz você se sentir bem e seu organismo funcionar melhor!

Fonte: PEPSICO DO BRASIL. Porto Alegre: Pepsico do Brasil, 2009

69. Após a leitura desse texto, pode-se cons-tatar que sua finalidade é

a) responder a uma pergunta feita pelos con-sumidores de aveia.

b) apresentar as características da produção comercial de aveia.

c) destacar a qualidade do produto e seus be-nefícios para a saúde.

d) informar sobre os riscos de consumir o pro-duto em excesso.

Leia o texto para responder a questão a seguir:

O rolé do rolezinho

O "rolé" se transformou em "rolezinho" em evo-lução tão rápida quanto o giro incontrolável das redes sociais

Por Josué Machado

Enquanto se discute se os participantes dos rolezinhos são rebeldes com ou sem causa, pode-se discutir o significado e a origem da palavra que nomeia o fenômeno. Só não há dúvida de que a internet, ao alcance de todas as classes sociais, é o instrumento para pro-mover os encontros. Parece também inevitá-vel que, num encontro temperado por corre-rias, haja um ou outro descontrole, coisa que independe do nível socioeconômico da moçada.

Enfim, o “rolezinho” é uma torrente repentina no curso até então sereno de algum lugar ocupado por outras classes sociais. É dimi-nutivo de “rolé”, assim, com acento agudo, como registram os dicionários. “Rolé” é parônima de “rolê”. Convém lembrar que palavras parônimas pouco diferem uma da outra na grafia ou na pronúncia.

Outra parônima de “rolé” e “rolê”, ambas oxí-tonas (acento tônico na última sílaba), é “role”, paroxítona (tônica na penúltima sílaba), forma do verbo “rolar” (“rodar”, “fazer girar”; e também “arrulhar”). “Rolar de rir” significa rir tanto a ponto de dobrar o corpo como um rolo.

“Rolé” significa pequeno passeio, volta. É substantivo usado só na locução “Dar um rolé”, isto é, dar um passeio, uma volta, um giro por aí. Pronuncia-se com [é] aberto. Antes de 1971, seria escrito “rolèzinho”, com o acento grave suprimido na reforma daquele ano. O acento nada importante eliminava raras dúvidas de pronúncia porque marcava a vogal subtônica dos vocábulos derivados em

que figura o sufixo “-mente” ou sufixos iniciados por [z]. Assim: “pàzinha”, “cafèzinho”, “sòmente”, etc.

A palavra original, oxítona, tem acento: pá, café, só. Isso agora pouco importa. O que in-teressa é que, no significado e na etimologia, “rolé” se aproxima de “rolê”.

Rolê é o “movimento que o capoeirista exe-cuta agachado, de costas para o adversário, com o apoio das mãos e dos pés, para des-locar-se pelo chão”, como define o Aulete Digital. E “rolê de mergulho” é o executado com o corpo rente ao chão, lembra o Aurélio. Há a segunda acepção de rolê, usada em “bife rolê”, isto é, enrolado. Outra é a “gola rolê”, da blusa ou camisa em que o tecido envolve o pescoço.

Rolê e rolé, portanto, são aparentados por-que representam coisas ou movimentos giratórios. Como “rolar”, aliás. De modo que “rolé” talvez tenha a mesma origem francesa de “rolê”, como indica o Houaiss: roulê é particípio passado de rouler, antes roueller, isto é, “enrolar”, de rouelle, depois ruele (rodela), do latim tardio rotella, diminutivo de rota, nossa roda universal. Inclusive a roda al-go descontrolada em que gira o desvairado rolezinho.

70. O texto acima tem por finalidade:

a) condenar as ações dos participantes dos rolezinhos.

b) analisar a origem e o significado do termo ro-lezinho.

c) promover encontros entre diferentes clas-ses pela internet.

d) explicar detalhadamente o que é uma pala-vra parônima.

Os textos abaixo referem-se à integração do índio à chamada civilização brasileira.

I - “Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento que

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Leia o texto para responder a questão a seguir:

Inventário da infância perdida

Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade ma-dura. Depois dos quarenta a existência huma-na, a não ser para os asiáticos, que têm o segredo da vida longeva e produtiva, assinala realmente uma decadência interminável, até que ela se torna insuportável: toda a razão da vida se concentra em algumas coisas muito específicas, em seres, sobretudo, e daí o con-flito que se trava no interior de cada ser hu-mano quando aquilo que ele quis ser para duas, três ou quatro pessoas — pois é nisso que se concentra a nossa vida — deixou de ser o que realmente se quis ser ou parecer.

Mas uma grande parte de nossa vida é dese-nhada muito cedo, quando se inicia o que alguns românticos chamam de aventura hu-mana e que aos poucos vai-se transformando numa incansável continuidade de diminutas frustrações e pequenos embates corporais com a realidade, frustrações que depois se transformam em fontes de amargura.(...)

O que é a infância, no fundo, senão um perío-do de nossa vida tal como nós o olhamos, depois de adultos: é a versão que se sobre-põe, poderosa, sobre a realidade, e essa ver-são, por mais suscetível de ser destruída pela análise fria, é a que prevalece e guia nossos passos, por anos intermináveis.

Todo mergulho na infância é ao mesmo tem-po doloroso e doce, como aqueles diminutos pratos chineses que misturam gostos e odores. Assim, eu, por exemplo, me lembro, quando faço muita força, de trechos de minha infância: não consigo lembrá-la toda, ou largos períodos dela, talvez porque o que foi doloroso nela tenha sido mais abundante e mais avassalador do que o que foi doce.

ABRAMO, Cláudio. In: A regra do jogo. São Paulo.Cia das Letras, p. 41, 1989.

68. O texto lido tem a finalidade de:

a) defender a ideia de que a infância é, sobre-tudo, uma invenção dos que a recordam.

b) comparar as condições da infância dos asiáticos com a dos demais povos.

c) ensinar como as pessoas devem relembrar a infância, de modo a evitar frustrações.

d) propor uma dieta equilibrada para os que re-cordam a infância, baseando-a nos sabores doces e amargos.

Leia o texto a seguir, encontrado na embalagem de uma determinada marca comercial de aveia.

Você sabia?

A aveia é um cereal puro, natural e pouco pro-cessado, ou seja, vai do campo até a sua casa passando por poucas etapas de processa-mento que garantem a qualidade e integrida-de do grão. Além disso, a aveia é considerada um dos grãos mais completos da natureza, pois é rica em fibras e proteínas, além de ser uma importante fonte de vitaminas e carboi-dratos. Seu consumo ajuda na redução do colesterol e no funcionamento intestinal. Comer aveia faz você se sentir bem e seu organismo funcionar melhor!

Fonte: PEPSICO DO BRASIL. Porto Alegre: Pepsico do Brasil, 2009

69. Após a leitura desse texto, pode-se cons-tatar que sua finalidade é

a) responder a uma pergunta feita pelos con-sumidores de aveia.

b) apresentar as características da produção comercial de aveia.

c) destacar a qualidade do produto e seus be-nefícios para a saúde.

d) informar sobre os riscos de consumir o pro-duto em excesso.

Leia o texto para responder a questão a seguir:

O rolé do rolezinho

O "rolé" se transformou em "rolezinho" em evo-lução tão rápida quanto o giro incontrolável das redes sociais

Por Josué Machado

Enquanto se discute se os participantes dos rolezinhos são rebeldes com ou sem causa, pode-se discutir o significado e a origem da palavra que nomeia o fenômeno. Só não há dúvida de que a internet, ao alcance de todas as classes sociais, é o instrumento para pro-mover os encontros. Parece também inevitá-vel que, num encontro temperado por corre-rias, haja um ou outro descontrole, coisa que independe do nível socioeconômico da moçada.

Enfim, o “rolezinho” é uma torrente repentina no curso até então sereno de algum lugar ocupado por outras classes sociais. É dimi-nutivo de “rolé”, assim, com acento agudo, como registram os dicionários. “Rolé” é parônima de “rolê”. Convém lembrar que palavras parônimas pouco diferem uma da outra na grafia ou na pronúncia.

Outra parônima de “rolé” e “rolê”, ambas oxí-tonas (acento tônico na última sílaba), é “role”, paroxítona (tônica na penúltima sílaba), forma do verbo “rolar” (“rodar”, “fazer girar”; e também “arrulhar”). “Rolar de rir” significa rir tanto a ponto de dobrar o corpo como um rolo.

“Rolé” significa pequeno passeio, volta. É substantivo usado só na locução “Dar um rolé”, isto é, dar um passeio, uma volta, um giro por aí. Pronuncia-se com [é] aberto. Antes de 1971, seria escrito “rolèzinho”, com o acento grave suprimido na reforma daquele ano. O acento nada importante eliminava raras dúvidas de pronúncia porque marcava a vogal subtônica dos vocábulos derivados em

que figura o sufixo “-mente” ou sufixos iniciados por [z]. Assim: “pàzinha”, “cafèzinho”, “sòmente”, etc.

A palavra original, oxítona, tem acento: pá, café, só. Isso agora pouco importa. O que in-teressa é que, no significado e na etimologia, “rolé” se aproxima de “rolê”.

Rolê é o “movimento que o capoeirista exe-cuta agachado, de costas para o adversário, com o apoio das mãos e dos pés, para des-locar-se pelo chão”, como define o Aulete Digital. E “rolê de mergulho” é o executado com o corpo rente ao chão, lembra o Aurélio. Há a segunda acepção de rolê, usada em “bife rolê”, isto é, enrolado. Outra é a “gola rolê”, da blusa ou camisa em que o tecido envolve o pescoço.

Rolê e rolé, portanto, são aparentados por-que representam coisas ou movimentos giratórios. Como “rolar”, aliás. De modo que “rolé” talvez tenha a mesma origem francesa de “rolê”, como indica o Houaiss: roulê é particípio passado de rouler, antes roueller, isto é, “enrolar”, de rouelle, depois ruele (rodela), do latim tardio rotella, diminutivo de rota, nossa roda universal. Inclusive a roda al-go descontrolada em que gira o desvairado rolezinho.

70. O texto acima tem por finalidade:

a) condenar as ações dos participantes dos rolezinhos.

b) analisar a origem e o significado do termo ro-lezinho.

c) promover encontros entre diferentes clas-ses pela internet.

d) explicar detalhadamente o que é uma pala-vra parônima.

Os textos abaixo referem-se à integração do índio à chamada civilização brasileira.

I - “Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento que

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separa e que tenta nos eliminar cultural, social e até fisicamente. A justificativa é a de que somos apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus. (...) É preciso congelar essas ideias colonizadoras, porque elas são irreais e hipócritas e também geno-cidas. (...) Nós, índios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes.”

Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas, Folha de S. Paulo, 31 de agosto de 1994.

II - “O Brasil não terá índios no final do século XXI (...) E por que isso? Pela razão muito simples que consiste no fato de o índio brasi-leiro não ser distinto das demais comunida-des primitivas que existiram no mundo. A his-tória não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório.”

Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994.

71. Os dois textos têm por finalidade respec-tivamente:

a) estimular o convívio saudável entre civiliza-ções e cobrar do Governo Federal posturas de preservação dos povos indígenas.

b) cobrar do Poder Público uma política de au-mento da taxa de natalidade entre os povos indígenas e enfatizar a inexorabilidade do desaparecimento dos povos indígenas no Brasil.

c) censurar o argumento de eliminação dos po-vos indígenas baseado na irrelevância da quantidade de índios ainda existentes no Brasil e constatar o desaparecimento dos po-vos indígenas ao fim do século XXI em virtu-de do inevitável processo civilizatório.

d) sugerir a obrigatoriedade do uso de línguas indígenas no contato com povos nativos e destacar a semelhança do índio brasileiro com as demais comunidades primitivas.

TÓPICO III

RELAÇÃO ENTRE TEXTOS

Este tópico requer que o aluno assuma uma atitude crítica e reflexiva ao reconhecer as dife-rentes ideias apresentadas sobre o mesmo tema em um único texto ou em textos diferen-tes. O tema se traduz em proposições que se cruzam no interior dos textos lidos ou naquelas encontradas em textos diferentes, mas que apresentam a mesma ideia, assim, o aluno po-de ter maior compreensão das intenções de quem escreve, sendo capaz de identificar posi-ções distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou tema.

As atividades que envolvem a relação entre textos são essenciais para que o aluno construa a habilidade de analisar o modo de tratamento do tema dado pelo autor e as condições de produção, recepção e circulação dos textos.

Essas atividades podem envolver a compa-ração de textos de diversos gêneros, como os produzidos pelos alunos, os textos extraídos da Internet, de jornais, revistas, livros e textos pu-blicitários, entre outros.

D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daque-las em que será recebido.

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em reconhecer as diferen-ças entre textos que tratam do mesmo assunto, em função do leitor-alvo, da ideologia, da época em que foi produzido e das suas intenções co-municativas. Por exemplo, historinhas infantis satirizadas em histórias em quadrinhos, ou poesias clássicas utilizadas como recurso para análises críticas de problemas do cotidiano.

Essa habilidade é avaliada por meio da leitura de dois ou mais textos, de mesmo gênero ou de gêneros diferentes, tendo em comum o mesmo tema, para os quais é solicitado o reconheci-mento das formas distintas de abordagem.

Leia os poemas abaixo para responder a ques-tão a seguir:

Canção do exílioGonçalves Dias

Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá;As aves que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,Nossas várzeas têm mais flores,Nossos bosques têm mais vida,Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,Que tais não encontro eu cá;Em cismar – sozinho, à noite – Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,Sem que eu volte para lá;Sem que desfrute os primoresQue não encontro por cá;Sem que ainda aviste as palmeiras,Onde canta o Sabiá.

Canção do exílioMurilo Mendes

Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista,

os sargentos do exército são monistas, cubistas, os filósofos são polacos vendendo a prestações.

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separa e que tenta nos eliminar cultural, social e até fisicamente. A justificativa é a de que somos apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus. (...) É preciso congelar essas ideias colonizadoras, porque elas são irreais e hipócritas e também geno-cidas. (...) Nós, índios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes.”

Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas, Folha de S. Paulo, 31 de agosto de 1994.

II - “O Brasil não terá índios no final do século XXI (...) E por que isso? Pela razão muito simples que consiste no fato de o índio brasi-leiro não ser distinto das demais comunida-des primitivas que existiram no mundo. A his-tória não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório.”

Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994.

71. Os dois textos têm por finalidade respec-tivamente:

a) estimular o convívio saudável entre civiliza-ções e cobrar do Governo Federal posturas de preservação dos povos indígenas.

b) cobrar do Poder Público uma política de au-mento da taxa de natalidade entre os povos indígenas e enfatizar a inexorabilidade do desaparecimento dos povos indígenas no Brasil.

c) censurar o argumento de eliminação dos po-vos indígenas baseado na irrelevância da quantidade de índios ainda existentes no Brasil e constatar o desaparecimento dos po-vos indígenas ao fim do século XXI em virtu-de do inevitável processo civilizatório.

d) sugerir a obrigatoriedade do uso de línguas indígenas no contato com povos nativos e destacar a semelhança do índio brasileiro com as demais comunidades primitivas.

TÓPICO III

RELAÇÃO ENTRE TEXTOS

Este tópico requer que o aluno assuma uma atitude crítica e reflexiva ao reconhecer as dife-rentes ideias apresentadas sobre o mesmo tema em um único texto ou em textos diferen-tes. O tema se traduz em proposições que se cruzam no interior dos textos lidos ou naquelas encontradas em textos diferentes, mas que apresentam a mesma ideia, assim, o aluno po-de ter maior compreensão das intenções de quem escreve, sendo capaz de identificar posi-ções distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou tema.

As atividades que envolvem a relação entre textos são essenciais para que o aluno construa a habilidade de analisar o modo de tratamento do tema dado pelo autor e as condições de produção, recepção e circulação dos textos.

Essas atividades podem envolver a compa-ração de textos de diversos gêneros, como os produzidos pelos alunos, os textos extraídos da Internet, de jornais, revistas, livros e textos pu-blicitários, entre outros.

D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daque-las em que será recebido.

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em reconhecer as diferen-ças entre textos que tratam do mesmo assunto, em função do leitor-alvo, da ideologia, da época em que foi produzido e das suas intenções co-municativas. Por exemplo, historinhas infantis satirizadas em histórias em quadrinhos, ou poesias clássicas utilizadas como recurso para análises críticas de problemas do cotidiano.

Essa habilidade é avaliada por meio da leitura de dois ou mais textos, de mesmo gênero ou de gêneros diferentes, tendo em comum o mesmo tema, para os quais é solicitado o reconheci-mento das formas distintas de abordagem.

Leia os poemas abaixo para responder a ques-tão a seguir:

Canção do exílioGonçalves Dias

Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá;As aves que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,Nossas várzeas têm mais flores,Nossos bosques têm mais vida,Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,Que tais não encontro eu cá;Em cismar – sozinho, à noite – Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,Sem que eu volte para lá;Sem que desfrute os primoresQue não encontro por cá;Sem que ainda aviste as palmeiras,Onde canta o Sabiá.

Canção do exílioMurilo Mendes

Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista,

os sargentos do exército são monistas, cubistas, os filósofos são polacos vendendo a prestações.

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A gente não pode dormir

com os oradores e os pernilongos. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda. Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia. Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade!

72. O texto II difere do texto I:

a) pela referência a elementos naturais.b) pelo sentimento de pertencer a um lugar.c) pela demonstração de uma atitude crítica.d) por elogiar alguns aspectos da natureza.

Leia os poemas abaixo para responder a questão a seguir:

“[...]Esta noite eu ousei mais atrevido,nas telhas que estalavam nos meus passos,ir espiar seu venturoso sono,vê-la mais bela de Morfeu nos braços!

Como dormia! que profundo sono!...Tinha na mão o ferro do engomado...Como roncava maviosa e pura!...Quase caí na rua desmaiado! [...]”

(É ela! É ela! É ela! É ela. Álvares de Azevedo)

“[...]Como virgem que desmaia,Dormia a onda na praia!Tua alma de sonhos cheiaEra tão pura, dormente,Como a vaga transparenteSobre seu leito de areia!

Era de noite - dormias,Do sonho nas melodias,

Ao fresco da viração;Embalada na falua,Ao frio clarão da lua,Aos ais do meu coração! [...]”

(No Mar. Álvares de Azevedo)

73. Os trechos acima, tirados de dois poemas de Álvares de Azevedo, registram uma situação semelhante: o momento em que o indivíduo apaixonado vê a mulher amada dormindo. No entanto

a) nos dois primeiros trechos, percebe-se que a mulher é representada de modo completa-mente idealizado.

b) nos dois últimos trechos, a mulher está pres-tes a acordar porque dorme fora de casa.

c) O amante do poema É ela! É ela! É ela! É ela é mais recatado do que o do poema No mar.

d) nos trechos do poema É ela! É ela! É ela! É ela, percebe-se que a mulher recebe um trata-mento mais próximo da realidade.

Texto I

Telenovelas empobrecem o país

Parece que não há vida inteligente na tele-novela brasileira. O que se assiste todos os dias às 6, 7 ou 8 horas da noite é algo muito pior do que os mais baratos filmes “B” americanos. Os diálogos são péssimos. As atuações, sofríveis. Três minutos em frente a qualquer novela são capazes de me deixar absolutamente ente-diado – nada pode ser mais previsível.

Antunes Filho. Veja, 11/mar/96.

Texto II

Novela é cultura

Veja – Novela de televisão aliena?

Maria Aparecida – Claro que não. Considerar a telenovela um produto cultural alienante é um tremendo preconceito da universidade. Quem acha que novela aliena está na verdade

chamando o povo de débil mental. Bobagem imaginar que alguém é induzido a pensar que a vida é um mar de rosas só por causa de um enredo açucarado. A telenovela brasileira é um produto cultural de alta qualidade técnica, e algumas delas são verdadeiras obras de arte.

Veja, 24/jan/96.

74. Com relação ao tema “telenovela”:

a) nos textos I e II, encontra-se a mesma opi-nião sobre a telenovela.

b) no texto I, compara-se a qualidade das no-velas aos melhores filmes americanos.

c) no texto II, algumas telenovelas brasileiras são consideradas obras de arte.

d) no texto II, a telenovela é considerada uma bobagem.

(SAEPE). Leia os textos abaixo e responda.

Este Inferno de AmarAlmeida Garrett

Este inferno de amar - como eu amo! - Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi? Esta chama que alenta e consome, Que é a vida - e que a vida destrói - Como é que se veio a atear, Quando - ai quando se há-de ela apagar? Eu não sei, não me lembra: o passado, A outra vida que dantes vivi Era um sonho talvez... - foi um sonho - Em que paz tão serena a dormi! Oh! que doce era aquele sonhar... Quem me veio, ai de mim! despertar?

Só me lembra que um dia formoso Eu passei... dava o sol tanta luz! E os meus olhos, que vagos giravam, Em seus olhos ardentes os pus. Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei; Mas nessa hora a viver comecei...

Adeus, Meus Sonhos!

Álvares de Azevedo

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro! Não levo da existência uma saudade! E tanta vida que meu peito enchia Morreu na minha triste mocidade! Misérrimo! Votei meus pobres dias À sina doida de um amor sem fruto, E minh´alma na treva agora dorme Como um olhar que a morte envolve em luto. Que me resta, meu Deus? Morra comigo A estrela de meus cândidos amores, Já não vejo no meu peito morto Um punhado sequer de murchas flores!

Álvares de Azevedo

75. Em ambos os textos, o sentimento que estimula os autores é

a) a fixação na natureza.b) o amor saudoso.c) o presente de paz.d) o retorno à infância.

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Texto 1

Por que o senhor é cético em relação às previsões sobre o aquecimento global?

Bjorn Lomborg – Discordo da forma como as discussões sobre esse tema são colocadas. Existe a tendência de considerar sempre o pior cenário – o que aconteceria nos próxi-mos 100 anos se o nível dos mares se elevar e ninguém fizer nada. Isso é irreal, porque é óbvio que as pessoas vão mudar, vão cons-truir defesas contra a elevação dos mares. No entanto, isso é só uma parte do que tenho dito. Sou cético em relação a algumas previsões, sim. Mas sou cético principal-mente em relação às políticas de combate ao aquecimento global. O problema principal não é a ciência. Precisamos dos cientistas. A questão é que tipo de política seguir. E isso é um aspecto econômico, porque implica uma decisão de gastar bilhões de dólares de fundos sociais. Em outras palavras, não sou

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72. O texto II difere do texto I:

a) pela referência a elementos naturais.b) pelo sentimento de pertencer a um lugar.c) pela demonstração de uma atitude crítica.d) por elogiar alguns aspectos da natureza.

Leia os poemas abaixo para responder a questão a seguir:

“[...]Esta noite eu ousei mais atrevido,nas telhas que estalavam nos meus passos,ir espiar seu venturoso sono,vê-la mais bela de Morfeu nos braços!

Como dormia! que profundo sono!...Tinha na mão o ferro do engomado...Como roncava maviosa e pura!...Quase caí na rua desmaiado! [...]”

(É ela! É ela! É ela! É ela. Álvares de Azevedo)

“[...]Como virgem que desmaia,Dormia a onda na praia!Tua alma de sonhos cheiaEra tão pura, dormente,Como a vaga transparenteSobre seu leito de areia!

Era de noite - dormias,Do sonho nas melodias,

Ao fresco da viração;Embalada na falua,Ao frio clarão da lua,Aos ais do meu coração! [...]”

(No Mar. Álvares de Azevedo)

73. Os trechos acima, tirados de dois poemas de Álvares de Azevedo, registram uma situação semelhante: o momento em que o indivíduo apaixonado vê a mulher amada dormindo. No entanto

a) nos dois primeiros trechos, percebe-se que a mulher é representada de modo completa-mente idealizado.

b) nos dois últimos trechos, a mulher está pres-tes a acordar porque dorme fora de casa.

c) O amante do poema É ela! É ela! É ela! É ela é mais recatado do que o do poema No mar.

d) nos trechos do poema É ela! É ela! É ela! É ela, percebe-se que a mulher recebe um trata-mento mais próximo da realidade.

Texto I

Telenovelas empobrecem o país

Parece que não há vida inteligente na tele-novela brasileira. O que se assiste todos os dias às 6, 7 ou 8 horas da noite é algo muito pior do que os mais baratos filmes “B” americanos. Os diálogos são péssimos. As atuações, sofríveis. Três minutos em frente a qualquer novela são capazes de me deixar absolutamente ente-diado – nada pode ser mais previsível.

Antunes Filho. Veja, 11/mar/96.

Texto II

Novela é cultura

Veja – Novela de televisão aliena?

Maria Aparecida – Claro que não. Considerar a telenovela um produto cultural alienante é um tremendo preconceito da universidade. Quem acha que novela aliena está na verdade

chamando o povo de débil mental. Bobagem imaginar que alguém é induzido a pensar que a vida é um mar de rosas só por causa de um enredo açucarado. A telenovela brasileira é um produto cultural de alta qualidade técnica, e algumas delas são verdadeiras obras de arte.

Veja, 24/jan/96.

74. Com relação ao tema “telenovela”:

a) nos textos I e II, encontra-se a mesma opi-nião sobre a telenovela.

b) no texto I, compara-se a qualidade das no-velas aos melhores filmes americanos.

c) no texto II, algumas telenovelas brasileiras são consideradas obras de arte.

d) no texto II, a telenovela é considerada uma bobagem.

(SAEPE). Leia os textos abaixo e responda.

Este Inferno de AmarAlmeida Garrett

Este inferno de amar - como eu amo! - Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi? Esta chama que alenta e consome, Que é a vida - e que a vida destrói - Como é que se veio a atear, Quando - ai quando se há-de ela apagar? Eu não sei, não me lembra: o passado, A outra vida que dantes vivi Era um sonho talvez... - foi um sonho - Em que paz tão serena a dormi! Oh! que doce era aquele sonhar... Quem me veio, ai de mim! despertar?

Só me lembra que um dia formoso Eu passei... dava o sol tanta luz! E os meus olhos, que vagos giravam, Em seus olhos ardentes os pus. Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei; Mas nessa hora a viver comecei...

Adeus, Meus Sonhos!

Álvares de Azevedo

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro! Não levo da existência uma saudade! E tanta vida que meu peito enchia Morreu na minha triste mocidade! Misérrimo! Votei meus pobres dias À sina doida de um amor sem fruto, E minh´alma na treva agora dorme Como um olhar que a morte envolve em luto. Que me resta, meu Deus? Morra comigo A estrela de meus cândidos amores, Já não vejo no meu peito morto Um punhado sequer de murchas flores!

Álvares de Azevedo

75. Em ambos os textos, o sentimento que estimula os autores é

a) a fixação na natureza.b) o amor saudoso.c) o presente de paz.d) o retorno à infância.

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Texto 1

Por que o senhor é cético em relação às previsões sobre o aquecimento global?

Bjorn Lomborg – Discordo da forma como as discussões sobre esse tema são colocadas. Existe a tendência de considerar sempre o pior cenário – o que aconteceria nos próxi-mos 100 anos se o nível dos mares se elevar e ninguém fizer nada. Isso é irreal, porque é óbvio que as pessoas vão mudar, vão cons-truir defesas contra a elevação dos mares. No entanto, isso é só uma parte do que tenho dito. Sou cético em relação a algumas previsões, sim. Mas sou cético principal-mente em relação às políticas de combate ao aquecimento global. O problema principal não é a ciência. Precisamos dos cientistas. A questão é que tipo de política seguir. E isso é um aspecto econômico, porque implica uma decisão de gastar bilhões de dólares de fundos sociais. Em outras palavras, não sou

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um cético da ciência do clima, mas um cético da política do clima. Basicamente, digo que não estamos adotando as melhores políticas porque não estamos pensando onde gastar o dinheiro para produzir os maiores benefícios.

Veja, 23 dez. 2009. Fragmento.

Texto 2

Esclarecedora a entrevista com Bjorn Lom-borg (Entrevista, 23 de dezembro). Cada um de nós precisa se inteirar da realidade e agir com tenacidade. Não vale a pena gastar tem-po com discussões vazias e fantasiosas de alguns que pregam a catástrofe futura, des-conectados do aqui e do agora. Melhorar as condições de vida das pessoas, provendo-as de fonte de renda, acesso à saúde, educação e lazer, diminuirá os problemas sociais e por consequência o aquecimento global.

Irineu Berezanski, São José, SC.

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/301209/leitor.shtml>. Acesso em: 5 abril 2011.

76. Em relação ao tema discutido no Texto 1, o autor do Texto 2 apresenta uma posição

a) contrária.b) favorável.c) irônica.d) questionadora.

Leia os textos abaixo, que se referem às questões 77 e 78:

Texto 1

Brasil de Todos os Santos

Brasil, meu Brasil de todos os SantosDescobrir a sua cara de espantoDescobrir o seu encanto em um segundoUm país que sonha ser o Novo MundoMatas, praias, céu, diamante e chapadasTransamazônicas estradas te percorremFeito rios de águas e florestasTransformando sua paisagem numa festa

Nas suas avenidas todas coloridasDesfilam homens e mulheres(...)

Laura Campanér e Luisa Gimene Fonte: http://www.lyricstime.com/ laura-campan-r-brasil-de-todos-os-santos-lyrics.html – Acesso em: 30/10/08.

Texto 2

Desmatamento

Desde a ocupação portuguesa, o Brasil en-frenta queima de vegetação original e desma-tamento com o intuito de aumentar as áreas de cultivo e pastagens, bem como facilitar a ocupação humana e, consequentemente, a especulação imobiliária.

Estes procedimentos, ao longo dos anos, levaram à extinção de várias espécies vegetais e animais, à erosão e à poluição do meio ambiente em geral.

Fonte: http//www.geocities.com/naturacia/desmatamento.html - Acesso em: 15/05/06.

77. Na comparação dos textos I e II, pode-se afirmar que:

a) Os dois textos tratam do mesmo assunto – meio ambiente.

b) As nossas riquezas estão sendo bem trata-das ao longo dos anos.

c) O Brasil é rico pela sua natureza, pelo seu povo.d) A vida do homem é mais importante que a

natureza.

78. Com relação aos textos Brasil de Todos os Santos e Desmatamento, é correta a alter-nativa:

a) Ambos enaltecem a paisagem natural do território brasileiro.

b) Os dois textos abordam o meio ambiente sob pontos de vista opostos.

c) Ambos apontam para a transformação cau-sada pela poluição.

d) Os dois textos responsabilizam a ocupação portuguesa pelo desmatamento.

Leia os textos abaixo:

Texto 1

Redução da violência contra adolescentes

A violência contra adolescentes nas comuni-dades e nas ruas é um fenômeno tipicamente urbano e fortemente determinado pelas desi-gualdades sociais e econômicas nesses espaços. Caracterizada, em sua maioria, pe-los assassinatos por armas de fogo, aciden-tes de trânsito e exploração sexual, a violên-cia em espaços urbanos tem aumentado no Brasil e no mundo.

As maiores vítimas da violência urbana são os adolescentes moradores de comunidades populares e de periferias que, muitas vezes, encontram-se vulneráveis diante das ações de grupos criminosos e da repressão das for-ças de segurança. Em situações de ausência de políticas públicas eficientes e transfor-madoras, de opções de educação, de oportu-nidades de emprego, abre-se uma porta para a ação de aliciadores que recrutam crianças e adolescentes para o tráfico de drogas e armas. Em 2005, 8 mil pessoas entre 10 e 19 anos foram vítimas de homicídios. Destes, 65% eram afro-descendentes.

Fonte: Adaptação: http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_ 10211.html – Acesso em: 30/10/08.

Texto 2

O artigo 5º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei Federal 8.069/90) que dispõe: “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.

Fonte: Adaptação: http://violenciaintrafamiliarfmp.blogspot.com /2007/10/violncia-contra-crianas-e-adolescentes. html – acesso em: 30/10/08.

79. Com relação aos textos 1 e 2, é correto afirmar que:

a) Nenhum dos textos trata do adolescente na sociedade.

b) O texto 1 expressa direitos presentes no texto 2.

c) Os direitos presentes no texto 2, não estão garantidos no texto 1.

d) O direito expresso no texto 2 está garantido no texto 1.

(SAEPE - ADAPTADA). Leia os textos abaixo e responda.

Texto 1

Entregue elevador da prefeitura

O prefeito de Nova Odessa e autoridades inauguraram hoje o elevador panorâmico para PNEs (Portadores de Necessidades Especiais), idosos, gestantes e pessoas com dificuldades de locomoção. Em seguida, cadeirantes usaram o elevador para conhecer o piso superior do prédio público. [...]

O novo elevador tem capacidade de carga de 215 quilos, ou duas pessoas. A cabine tem 1,30 por 0,90 metros, porta deslizante automática de quatro folhas (abertura cen-tral), com 90 centímetros de largura, além de piso revestido por borracha sintética e botões em braile.

“Estamos realizando uma inauguração sim-ples, mas que tem um grande significado, prin-cipalmente para os usuários do novo elevador. Acessibilidade é algo sério e nós, como servidores públicos, temos que estar atentos às obras necessárias. Com este elevador, poderemos cobrar que qualquer prédio, seja comercial ou residencial, com mais de um an-dar, tenha um elevador para garantir o acesso de todos.”, disse Samartin.

“Ter um elevador no Paço Municipal não é uma conquista apenas para os deficientes físicos, e

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Veja, 23 dez. 2009. Fragmento.

Texto 2

Esclarecedora a entrevista com Bjorn Lom-borg (Entrevista, 23 de dezembro). Cada um de nós precisa se inteirar da realidade e agir com tenacidade. Não vale a pena gastar tem-po com discussões vazias e fantasiosas de alguns que pregam a catástrofe futura, des-conectados do aqui e do agora. Melhorar as condições de vida das pessoas, provendo-as de fonte de renda, acesso à saúde, educação e lazer, diminuirá os problemas sociais e por consequência o aquecimento global.

Irineu Berezanski, São José, SC.

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/301209/leitor.shtml>. Acesso em: 5 abril 2011.

76. Em relação ao tema discutido no Texto 1, o autor do Texto 2 apresenta uma posição

a) contrária.b) favorável.c) irônica.d) questionadora.

Leia os textos abaixo, que se referem às questões 77 e 78:

Texto 1

Brasil de Todos os Santos

Brasil, meu Brasil de todos os SantosDescobrir a sua cara de espantoDescobrir o seu encanto em um segundoUm país que sonha ser o Novo MundoMatas, praias, céu, diamante e chapadasTransamazônicas estradas te percorremFeito rios de águas e florestasTransformando sua paisagem numa festa

Nas suas avenidas todas coloridasDesfilam homens e mulheres(...)

Laura Campanér e Luisa Gimene Fonte: http://www.lyricstime.com/ laura-campan-r-brasil-de-todos-os-santos-lyrics.html – Acesso em: 30/10/08.

Texto 2

Desmatamento

Desde a ocupação portuguesa, o Brasil en-frenta queima de vegetação original e desma-tamento com o intuito de aumentar as áreas de cultivo e pastagens, bem como facilitar a ocupação humana e, consequentemente, a especulação imobiliária.

Estes procedimentos, ao longo dos anos, levaram à extinção de várias espécies vegetais e animais, à erosão e à poluição do meio ambiente em geral.

Fonte: http//www.geocities.com/naturacia/desmatamento.html - Acesso em: 15/05/06.

77. Na comparação dos textos I e II, pode-se afirmar que:

a) Os dois textos tratam do mesmo assunto – meio ambiente.

b) As nossas riquezas estão sendo bem trata-das ao longo dos anos.

c) O Brasil é rico pela sua natureza, pelo seu povo.d) A vida do homem é mais importante que a

natureza.

78. Com relação aos textos Brasil de Todos os Santos e Desmatamento, é correta a alter-nativa:

a) Ambos enaltecem a paisagem natural do território brasileiro.

b) Os dois textos abordam o meio ambiente sob pontos de vista opostos.

c) Ambos apontam para a transformação cau-sada pela poluição.

d) Os dois textos responsabilizam a ocupação portuguesa pelo desmatamento.

Leia os textos abaixo:

Texto 1

Redução da violência contra adolescentes

A violência contra adolescentes nas comuni-dades e nas ruas é um fenômeno tipicamente urbano e fortemente determinado pelas desi-gualdades sociais e econômicas nesses espaços. Caracterizada, em sua maioria, pe-los assassinatos por armas de fogo, aciden-tes de trânsito e exploração sexual, a violên-cia em espaços urbanos tem aumentado no Brasil e no mundo.

As maiores vítimas da violência urbana são os adolescentes moradores de comunidades populares e de periferias que, muitas vezes, encontram-se vulneráveis diante das ações de grupos criminosos e da repressão das for-ças de segurança. Em situações de ausência de políticas públicas eficientes e transfor-madoras, de opções de educação, de oportu-nidades de emprego, abre-se uma porta para a ação de aliciadores que recrutam crianças e adolescentes para o tráfico de drogas e armas. Em 2005, 8 mil pessoas entre 10 e 19 anos foram vítimas de homicídios. Destes, 65% eram afro-descendentes.

Fonte: Adaptação: http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_ 10211.html – Acesso em: 30/10/08.

Texto 2

O artigo 5º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei Federal 8.069/90) que dispõe: “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.

Fonte: Adaptação: http://violenciaintrafamiliarfmp.blogspot.com /2007/10/violncia-contra-crianas-e-adolescentes. html – acesso em: 30/10/08.

79. Com relação aos textos 1 e 2, é correto afirmar que:

a) Nenhum dos textos trata do adolescente na sociedade.

b) O texto 1 expressa direitos presentes no texto 2.

c) Os direitos presentes no texto 2, não estão garantidos no texto 1.

d) O direito expresso no texto 2 está garantido no texto 1.

(SAEPE - ADAPTADA). Leia os textos abaixo e responda.

Texto 1

Entregue elevador da prefeitura

O prefeito de Nova Odessa e autoridades inauguraram hoje o elevador panorâmico para PNEs (Portadores de Necessidades Especiais), idosos, gestantes e pessoas com dificuldades de locomoção. Em seguida, cadeirantes usaram o elevador para conhecer o piso superior do prédio público. [...]

O novo elevador tem capacidade de carga de 215 quilos, ou duas pessoas. A cabine tem 1,30 por 0,90 metros, porta deslizante automática de quatro folhas (abertura cen-tral), com 90 centímetros de largura, além de piso revestido por borracha sintética e botões em braile.

“Estamos realizando uma inauguração sim-ples, mas que tem um grande significado, prin-cipalmente para os usuários do novo elevador. Acessibilidade é algo sério e nós, como servidores públicos, temos que estar atentos às obras necessárias. Com este elevador, poderemos cobrar que qualquer prédio, seja comercial ou residencial, com mais de um an-dar, tenha um elevador para garantir o acesso de todos.”, disse Samartin.

“Ter um elevador no Paço Municipal não é uma conquista apenas para os deficientes físicos, e

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sim para todos que têm dificuldades de lo-comoção. Só nós sabemos as dificuldades que encontramos. As pessoas que andam, veem um elevador e o acham algo normal, não sa-bem a dificuldade que as barreiras arquitetô-nicas nos impõem. Para nós, um degrau com alguns centímetros já é considerado uma barreira”, disse o presidente da APNEN (Asso-ciação dos Portadores de Necessidades Especiais de Nova Odessa). [...]

Disponível em: <http://www.walterbartels.com /print_noticia.asp? id=8239>. Acesso em: 16 mar. 2012. Fragmento.

Texto 2

Disponível em <http://www.cvi.org.br/cartum-porta-estreita.asp>. Acesso em: 16 mar. 2012.

80. A informação comum a esses dois textos é

a) a acessibilidade para pessoas com dificulda-des de locomoção.

b) a necessidade de elevadores especiais.c) as inaugurações de obras públicas adapta-

das para cadeirantes.d) as instalações de bebedouros para cadeirantes.

Leia os textos para responder a questão abaixo:

Texto I

O ESPELHOMarcello Migliaccio

Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a baixaria, desancar o onipresente eletrodomés-tico. E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é especialista no assunto. Se um dia fomos uma pátria de 100 milhões de técnicos de futebol, hoje, mais do que nunca, temos um considerável rebanho de briosos críticos televisivos. [...]

Mas, quando os "especialistas" criticam a TV, estão olhando para o próprio umbigo. Feita à nossa imagem e semelhança, ela é resultado do que somos enquanto rebanho globa-lizado. [...]

Aqui e ali, alguns vão argumentar que culti-vam pensamentos mais nobres e que não se sentem representados no vídeo.[...]

Folha de S. Paulo, 19/10/2003.

Texto II

A influência negativa da televisão para as criançasJussara de Barros

Bem diziam os Titãs, grupo de rock nacional, quando cantavam que “a televisão me deixou burro demais”. A verdade é que, ao pé da letra dessa música, a televisão coloca-nos dentro de jaulas, como animais. Assim, paralisa o desenvolvimento de pensamentos críticos e avaliativos que se desenvolvem em outras formas de diversão, além de influenciar crian-ças e adolescentes com cenas de violência, maldade, psicopatia e sexo explícito a todo o momento e sem qualquer responsabilidade.

Fonte: http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao

Vocabulário

“in” [inglês] – na modabrioso – orgulhoso, vaidosoonipresente – que está presente em todos os lugares.

81. Os textos divergem sobre o mesmo tema: a influência da televisão. A afirmação do texto 1 que contradiz o texto 2 é

a) “Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a baixaria, desancar o onipresente eletrodo-méstico.”

b) “Feita à nossa imagem e semelhança, ela [a TV] é resultado do que somos [...].”

c) “E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é especialista no assunto.”

d) “Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres [...].”

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Disponível em: <http://www.walterbartels.com /print_noticia.asp? id=8239>. Acesso em: 16 mar. 2012. Fragmento.

Texto 2

Disponível em <http://www.cvi.org.br/cartum-porta-estreita.asp>. Acesso em: 16 mar. 2012.

80. A informação comum a esses dois textos é

a) a acessibilidade para pessoas com dificulda-des de locomoção.

b) a necessidade de elevadores especiais.c) as inaugurações de obras públicas adapta-

das para cadeirantes.d) as instalações de bebedouros para cadeirantes.

Leia os textos para responder a questão abaixo:

Texto I

O ESPELHOMarcello Migliaccio

Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a baixaria, desancar o onipresente eletrodomés-tico. E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é especialista no assunto. Se um dia fomos uma pátria de 100 milhões de técnicos de futebol, hoje, mais do que nunca, temos um considerável rebanho de briosos críticos televisivos. [...]

Mas, quando os "especialistas" criticam a TV, estão olhando para o próprio umbigo. Feita à nossa imagem e semelhança, ela é resultado do que somos enquanto rebanho globa-lizado. [...]

Aqui e ali, alguns vão argumentar que culti-vam pensamentos mais nobres e que não se sentem representados no vídeo.[...]

Folha de S. Paulo, 19/10/2003.

Texto II

A influência negativa da televisão para as criançasJussara de Barros

Bem diziam os Titãs, grupo de rock nacional, quando cantavam que “a televisão me deixou burro demais”. A verdade é que, ao pé da letra dessa música, a televisão coloca-nos dentro de jaulas, como animais. Assim, paralisa o desenvolvimento de pensamentos críticos e avaliativos que se desenvolvem em outras formas de diversão, além de influenciar crian-ças e adolescentes com cenas de violência, maldade, psicopatia e sexo explícito a todo o momento e sem qualquer responsabilidade.

Fonte: http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao

Vocabulário

“in” [inglês] – na modabrioso – orgulhoso, vaidosoonipresente – que está presente em todos os lugares.

81. Os textos divergem sobre o mesmo tema: a influência da televisão. A afirmação do texto 1 que contradiz o texto 2 é

a) “Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a baixaria, desancar o onipresente eletrodo-méstico.”

b) “Feita à nossa imagem e semelhança, ela [a TV] é resultado do que somos [...].”

c) “E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é especialista no assunto.”

d) “Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres [...].”

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TÓPICO IV

COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO

O Tópico IV trata dos elementos que consti-tuem a textualidade, ou seja, aqueles elementos que constroem a articulação entre as diversas partes de um texto: a coerência e a coesão. Considerando que a coerência é a lógica entre as idéias expostas no texto, para que exista coerência é necessário que a idéia apresentada se relacione ao todo textual dentro de uma seqüência e progressão de idéias.

Para que as idéias estejam bem relacionadas, também é preciso que estejam bem interliga-das, bem “unidas” por meio de conectivos ade-quados, ou seja, com vocábulos que têm a finalidade de ligar palavras, locuções, orações e períodos. Dessa forma, as peças que interligam o texto, como pronomes, conjunções e prepo-sições, promovendo o sentido entre as idéias são chamadas coesão textual. Enfatizamos, nesta série, apenas os pronomes como ele-mentos coesivos. Assim, definiríamos coesão como a organização entre os elementos que articulam as idéias de um texto.

As habilidades a serem desenvolvidas pelos descritores que compõem este tópico exigem que o leitor compreenda o texto não como um simples agrupamento de frases justapostas, mas como um conjunto harmonioso em que há laços, interligações, relações entre suas partes.

A compreensão e a atribuição de sentidos relativos a um texto dependem da adequada in-terpretação de seus componentes. De acordo com o gênero textual, o leitor tem uma apreen-são geral do assunto do texto.

Em relação aos textos narrativos, o leitor ne-cessita identificar os elementos que compõem o texto – narrador, ponto de vista, persona-gens, enredo, tempo, espaço – e quais são as relações entre eles na construção da narrativa.

A compreensão e a atribuição de sentidos rela-tivos a um texto dependem da adequada inter-pretação de seus componentes, ou da coerência pela qual o texto é marcado. De acordo com o

gênero textual, o leitor tem uma apreensão geral do tema, do assunto do texto e da sua tese. Essa apreensão leva a uma percepção da hierarquia entre as ideias: qual é a ideia principal? Quais são as ideias secundárias? Quais são os argumentos que reforçam uma tese? Quais são os exemplos confirmatórios? Qual a conclusão? Em relação aos textos narrativos, pode ser requerido do alu-no que ele identifique os elementos componen-tes – narrador, ponto de vista, personagens, enredo, tempo, espaço – e quais são as relações entre eles na construção da narrativa.

D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substi-tuições que contribuem para a continuidade de um texto

As habilidades que podem ser avaliadas por es-te descritor relacionam-se ao reconhecimento da função dos elementos que dão coesão ao texto. Dessa forma, eles poderão identificar quais palavras estão sendo substituídas e/ou repetidas para facilitar a continuidade do texto e a compreensão do sentido. Trata-se, portanto, do reconhecimento, por parte do aluno, das relações estabelecidas entre as partes do texto.

Leia o texto abaixo

Mona Lisa de Da Vinci sem motivos para sorrir

Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das mais admiradas telas jamais pintadas, devido, em parte, ao sorriso enigmático da moça retratada, a “Mona Lisa” está se dete-riorando. O grito de alarme foi dado pelo Museu do Louvre, em Paris, que anunciou que o quadro passará por uma detalhada ava-liação técnica com o objetivo de determinar o porquê do estrago.

O fino suporte de madeira sobre o qual o re-trato foi pintado sofreu uma deformação desde que especialistas em conservação examinaram a pintura pela última vez, diz o Museu do Louvre numa declaração por escri-to. O museu não diz quando essa última avaliação ocorreu.

O estudo será feito pelo Centro de Pesquisa e Restauração dos Museus da França e vai deter-minar os materiais usados na tela e avaliar sua vulnerabilidade a mudanças climáticas.

O Museu do Louvre recebe cerca de seis mi-lhões de visitantes por ano, e todos, pratica-mente, veem a “Mona Lisa”, uma tela de 77 cen-tímetros de altura por 55 de largura, protegida por uma caixa de vidro, com temperatura con-trolada. A tela será mantida no mesmo local, ex-posta ao público, enquanto foi realizado o estudo.

82. A Mona lisa, obra de arte que é assunto da notícia, é mencionada no texto como:

a) obra-prima, uma das mais admiradas telas, sorriso enigmático.

b) uma das mais admiradas telas, quadro, fino suporte de madeira.

c) o quadro, a pintura, tela.d) moça retratada, quadro, fino suporte de madeira.

Leia o texto abaixo

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à saúde, à ali-mentação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comuni-tária, além de colocá-los a salvo de toda for-ma de negligência, discriminação, explora-ção, crueldade e opressão”.

Artigo 227, Constituição da República Federativa do Brasil.

83. O pronome “los” se refere a:

a) respeito e dignidade.b) convivência e respeito.c) alimentação e respeito.d) criança e adolescente.

Leia o trecho da letra de música abaixo:

“Ainda que eu falasse a língua dos homens.E falasse a língua dos anjos, sem amor eu na-da seria.É só o amor, é só o amor.Que conhece o que é verdade.O amor é bom, não quer o mal.Não sente inveja ou se envaidece.”

Fonte: http://vagalume.uol.com.br/legiao-urbana/monte-castelo. html - Acesso em: 21/05/2008.

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TÓPICO IV

COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO

O Tópico IV trata dos elementos que consti-tuem a textualidade, ou seja, aqueles elementos que constroem a articulação entre as diversas partes de um texto: a coerência e a coesão. Considerando que a coerência é a lógica entre as idéias expostas no texto, para que exista coerência é necessário que a idéia apresentada se relacione ao todo textual dentro de uma seqüência e progressão de idéias.

Para que as idéias estejam bem relacionadas, também é preciso que estejam bem interliga-das, bem “unidas” por meio de conectivos ade-quados, ou seja, com vocábulos que têm a finalidade de ligar palavras, locuções, orações e períodos. Dessa forma, as peças que interligam o texto, como pronomes, conjunções e prepo-sições, promovendo o sentido entre as idéias são chamadas coesão textual. Enfatizamos, nesta série, apenas os pronomes como ele-mentos coesivos. Assim, definiríamos coesão como a organização entre os elementos que articulam as idéias de um texto.

As habilidades a serem desenvolvidas pelos descritores que compõem este tópico exigem que o leitor compreenda o texto não como um simples agrupamento de frases justapostas, mas como um conjunto harmonioso em que há laços, interligações, relações entre suas partes.

A compreensão e a atribuição de sentidos relativos a um texto dependem da adequada in-terpretação de seus componentes. De acordo com o gênero textual, o leitor tem uma apreen-são geral do assunto do texto.

Em relação aos textos narrativos, o leitor ne-cessita identificar os elementos que compõem o texto – narrador, ponto de vista, persona-gens, enredo, tempo, espaço – e quais são as relações entre eles na construção da narrativa.

A compreensão e a atribuição de sentidos rela-tivos a um texto dependem da adequada inter-pretação de seus componentes, ou da coerência pela qual o texto é marcado. De acordo com o

gênero textual, o leitor tem uma apreensão geral do tema, do assunto do texto e da sua tese. Essa apreensão leva a uma percepção da hierarquia entre as ideias: qual é a ideia principal? Quais são as ideias secundárias? Quais são os argumentos que reforçam uma tese? Quais são os exemplos confirmatórios? Qual a conclusão? Em relação aos textos narrativos, pode ser requerido do alu-no que ele identifique os elementos componen-tes – narrador, ponto de vista, personagens, enredo, tempo, espaço – e quais são as relações entre eles na construção da narrativa.

D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substi-tuições que contribuem para a continuidade de um texto

As habilidades que podem ser avaliadas por es-te descritor relacionam-se ao reconhecimento da função dos elementos que dão coesão ao texto. Dessa forma, eles poderão identificar quais palavras estão sendo substituídas e/ou repetidas para facilitar a continuidade do texto e a compreensão do sentido. Trata-se, portanto, do reconhecimento, por parte do aluno, das relações estabelecidas entre as partes do texto.

Leia o texto abaixo

Mona Lisa de Da Vinci sem motivos para sorrir

Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das mais admiradas telas jamais pintadas, devido, em parte, ao sorriso enigmático da moça retratada, a “Mona Lisa” está se dete-riorando. O grito de alarme foi dado pelo Museu do Louvre, em Paris, que anunciou que o quadro passará por uma detalhada ava-liação técnica com o objetivo de determinar o porquê do estrago.

O fino suporte de madeira sobre o qual o re-trato foi pintado sofreu uma deformação desde que especialistas em conservação examinaram a pintura pela última vez, diz o Museu do Louvre numa declaração por escri-to. O museu não diz quando essa última avaliação ocorreu.

O estudo será feito pelo Centro de Pesquisa e Restauração dos Museus da França e vai deter-minar os materiais usados na tela e avaliar sua vulnerabilidade a mudanças climáticas.

O Museu do Louvre recebe cerca de seis mi-lhões de visitantes por ano, e todos, pratica-mente, veem a “Mona Lisa”, uma tela de 77 cen-tímetros de altura por 55 de largura, protegida por uma caixa de vidro, com temperatura con-trolada. A tela será mantida no mesmo local, ex-posta ao público, enquanto foi realizado o estudo.

82. A Mona lisa, obra de arte que é assunto da notícia, é mencionada no texto como:

a) obra-prima, uma das mais admiradas telas, sorriso enigmático.

b) uma das mais admiradas telas, quadro, fino suporte de madeira.

c) o quadro, a pintura, tela.d) moça retratada, quadro, fino suporte de madeira.

Leia o texto abaixo

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à saúde, à ali-mentação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comuni-tária, além de colocá-los a salvo de toda for-ma de negligência, discriminação, explora-ção, crueldade e opressão”.

Artigo 227, Constituição da República Federativa do Brasil.

83. O pronome “los” se refere a:

a) respeito e dignidade.b) convivência e respeito.c) alimentação e respeito.d) criança e adolescente.

Leia o trecho da letra de música abaixo:

“Ainda que eu falasse a língua dos homens.E falasse a língua dos anjos, sem amor eu na-da seria.É só o amor, é só o amor.Que conhece o que é verdade.O amor é bom, não quer o mal.Não sente inveja ou se envaidece.”

Fonte: http://vagalume.uol.com.br/legiao-urbana/monte-castelo. html - Acesso em: 21/05/2008.

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84. A expressão “se envaidece”, destacada no fragmento acima, refere-se:

a) Aos homens.b) Aos anjos.c) Ao amor.d) Ao mal.

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A decadência do Ocidente

O doutor ganhou uma galinha viva e chegou em casa com ela, para alegria de toda a família. O filho mais moço, inclusive, nunca tinha visto uma galinha viva de perto. Já tinha até um nome para ela – Margarete – e planos para adotá-la, quando ouviu do pai que a galinha seria, obviamente, comida.

– Comida?!

– Sim, senhor.

– Mas se come ela?

– Ué. Você está cansado de comer galinha.

– Mas a galinha que a gente come é igual a esta aqui?

– Claro.

Na verdade, o guri gostava muito de peito, de coxa e de asas, mas nunca tinha ligado as par-tes do animal. Ainda mais aquele animal vivo ali no meio do apartamento.

O doutor disse que queria comer uma galinha ao molho pardo. A empregada sabia como se preparava uma galinha ao molho pardo? A mulher foi consultar a empregada. Dali a pouco o doutor ouviu um grito de horror vin-do da cozinha. Depois veio a mulher dizer que ele esquecesse a galinha ao molho pardo.

– A empregada não sabe fazer?

– Não só não sabe fazer, como quase des-maiou quando eu disse que precisava cortar o pescoço da galinha. Nunca cortou um pes-coço de galinha.

Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse o pescoço da galinha.

– Eu?! Não mesmo!

O doutor lembrou-se de uma velha empre-gada de sua mãe. A Dona Noca.

– A Dona Noca já morreu – disse a mulher.

– O quê?!

– Há dez anos.

– Não é possível! A última galinha ao molho pardo que eu comi foi feita por ela.

– Então faz mais de 10 anos que você não come galinha ao molho pardo.

Alguém no edifício se disporia a degolar a galinha. Fizeram uma rápida enquete entre os vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pes-coço da galinha. Nem o Rogerinho do 701, que fazia coisas inomináveis com gatos.

– Somos uma civilização de frouxos! – sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifí-cio e repetiu:

– Frouxos! Perdemos o contato com o barro da vida!

E a Margarete só olhando.

VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.98.

85. A repetição da expressão “galinha ao molho pardo” revela a

a) vontade do médico de comer aquele tipo de receita de galinha.

b) curiosidade do menino que nunca tinha vis-to uma galinha viva.

c) impaciência da esposa por não conseguir resolver o problema.

d) ignorância da empregada que não sabia fa-zer a receita.

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Dia do professor de anacolutos

Levantei-me, corri a pegar o giz, aqui está, pro-fessor. Ele me olhou agradecido, o rosto can-sado. Já naquela época, o rosto cansado. Dava aulas em três escolas e ainda levava para casa uma maçaroca de provas para corrigir.

O aluno preparava-se para sentar, ele, o olhar fino:

– Aproveitando que o moço está de pé, me diga: sabe o que é um anacoluto?

É o que dá a gente querer ser legal.

Vai-se apanhar o giz do chão, e o professor vem e pergunta o que é anacoluto. Por que não pergunta àquela turma que ficou rindo do bolso traseiro rasgado das calças dele?

– Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto.

– Pode se sentar. Vou explicar o que é anaco-luto. Muito obrigado por ter apanhado o giz do chão. Estou ficando enferrujado.

Agora era ele, no bar, tomando café.

– Lembra de mim, professor?

Também estou de cabelos brancos. Menos que ele, claro.

Com o indicador da mão esquerda acerta o

gancho dos óculos no alto do nariz fino e cheio de pintas pretas e veiazinhas azuladas, me encara, deve estar folheando o livro de chama-da, verificando um a um o rosto da cambada da segunda fila da classe.

– Fui seu aluno, professor!

DIAFÉRIA, Lourenço. O imitador de gato. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2003. Fragmento.

86. A expressão destacada em “Estou ficando enferrujado” tem o mesmo sentido de

a) estar preguiçoso.b) ser descuidado.c) ser esquecido.d) ter limitações.

87. No trecho “Anacoluto... Anacoluto é... Ana-coluto.” (�. 15), a repetição da palavra “Ana-coluto” sugere

a) brincadeira.b) receio.c) desconhecimento.d) desrespeito.

(PROMOVER). Leia o texto abaixo.

Pássaro contra a vidraça

Engraçado, de repente eu comecei a ver a tia Zilah com outros olhos. Ela não era só do bem, a tia viúva e sozinha que tinha ficado cuidando de mim. Ela era legal, uma super-mais-velha!

Nossa, eu deixei ela quase louca! Em vez dos coroas, foi ela quem me contou toda a sua viagem pela Europa... Eu fazia uma ideia tão errada, diferente: ela contando, ficou tudo tão legal, um barato mesmo.

Só pra dar uma ideia, fiquei vidrado no museu de cera da Madame Tussaud, que era uma francesa que viveu na época da Revolução. Ela aprendeu a fazer imagens de cera, e se inspirava em personagens célebres que eram levados para a guilhotina em praça pública.

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84. A expressão “se envaidece”, destacada no fragmento acima, refere-se:

a) Aos homens.b) Aos anjos.c) Ao amor.d) Ao mal.

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A decadência do Ocidente

O doutor ganhou uma galinha viva e chegou em casa com ela, para alegria de toda a família. O filho mais moço, inclusive, nunca tinha visto uma galinha viva de perto. Já tinha até um nome para ela – Margarete – e planos para adotá-la, quando ouviu do pai que a galinha seria, obviamente, comida.

– Comida?!

– Sim, senhor.

– Mas se come ela?

– Ué. Você está cansado de comer galinha.

– Mas a galinha que a gente come é igual a esta aqui?

– Claro.

Na verdade, o guri gostava muito de peito, de coxa e de asas, mas nunca tinha ligado as par-tes do animal. Ainda mais aquele animal vivo ali no meio do apartamento.

O doutor disse que queria comer uma galinha ao molho pardo. A empregada sabia como se preparava uma galinha ao molho pardo? A mulher foi consultar a empregada. Dali a pouco o doutor ouviu um grito de horror vin-do da cozinha. Depois veio a mulher dizer que ele esquecesse a galinha ao molho pardo.

– A empregada não sabe fazer?

– Não só não sabe fazer, como quase des-maiou quando eu disse que precisava cortar o pescoço da galinha. Nunca cortou um pes-coço de galinha.

Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse o pescoço da galinha.

– Eu?! Não mesmo!

O doutor lembrou-se de uma velha empre-gada de sua mãe. A Dona Noca.

– A Dona Noca já morreu – disse a mulher.

– O quê?!

– Há dez anos.

– Não é possível! A última galinha ao molho pardo que eu comi foi feita por ela.

– Então faz mais de 10 anos que você não come galinha ao molho pardo.

Alguém no edifício se disporia a degolar a galinha. Fizeram uma rápida enquete entre os vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pes-coço da galinha. Nem o Rogerinho do 701, que fazia coisas inomináveis com gatos.

– Somos uma civilização de frouxos! – sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifí-cio e repetiu:

– Frouxos! Perdemos o contato com o barro da vida!

E a Margarete só olhando.

VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.98.

85. A repetição da expressão “galinha ao molho pardo” revela a

a) vontade do médico de comer aquele tipo de receita de galinha.

b) curiosidade do menino que nunca tinha vis-to uma galinha viva.

c) impaciência da esposa por não conseguir resolver o problema.

d) ignorância da empregada que não sabia fa-zer a receita.

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Dia do professor de anacolutos

Levantei-me, corri a pegar o giz, aqui está, pro-fessor. Ele me olhou agradecido, o rosto can-sado. Já naquela época, o rosto cansado. Dava aulas em três escolas e ainda levava para casa uma maçaroca de provas para corrigir.

O aluno preparava-se para sentar, ele, o olhar fino:

– Aproveitando que o moço está de pé, me diga: sabe o que é um anacoluto?

É o que dá a gente querer ser legal.

Vai-se apanhar o giz do chão, e o professor vem e pergunta o que é anacoluto. Por que não pergunta àquela turma que ficou rindo do bolso traseiro rasgado das calças dele?

– Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto.

– Pode se sentar. Vou explicar o que é anaco-luto. Muito obrigado por ter apanhado o giz do chão. Estou ficando enferrujado.

Agora era ele, no bar, tomando café.

– Lembra de mim, professor?

Também estou de cabelos brancos. Menos que ele, claro.

Com o indicador da mão esquerda acerta o

gancho dos óculos no alto do nariz fino e cheio de pintas pretas e veiazinhas azuladas, me encara, deve estar folheando o livro de chama-da, verificando um a um o rosto da cambada da segunda fila da classe.

– Fui seu aluno, professor!

DIAFÉRIA, Lourenço. O imitador de gato. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2003. Fragmento.

86. A expressão destacada em “Estou ficando enferrujado” tem o mesmo sentido de

a) estar preguiçoso.b) ser descuidado.c) ser esquecido.d) ter limitações.

87. No trecho “Anacoluto... Anacoluto é... Ana-coluto.” (�. 15), a repetição da palavra “Ana-coluto” sugere

a) brincadeira.b) receio.c) desconhecimento.d) desrespeito.

(PROMOVER). Leia o texto abaixo.

Pássaro contra a vidraça

Engraçado, de repente eu comecei a ver a tia Zilah com outros olhos. Ela não era só do bem, a tia viúva e sozinha que tinha ficado cuidando de mim. Ela era legal, uma super-mais-velha!

Nossa, eu deixei ela quase louca! Em vez dos coroas, foi ela quem me contou toda a sua viagem pela Europa... Eu fazia uma ideia tão errada, diferente: ela contando, ficou tudo tão legal, um barato mesmo.

Só pra dar uma ideia, fiquei vidrado no museu de cera da Madame Tussaud, que era uma francesa que viveu na época da Revolução. Ela aprendeu a fazer imagens de cera, e se inspirava em personagens célebres que eram levados para a guilhotina em praça pública.

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Depois ela mudou para a Inglaterra, e ficou fa-mosa por lá. E hoje existe em Londres um mu-seu de cera com o seu nome, que tem imagens de personagens famosos do mundo inteiro em tamanho natural.

Foi tão gozado quando a tia Zilah também con-tou que, quando ela ia saindo do museu, per-guntou pra uma mulher fardada onde era a saída. E todo mundo caiu na gargalhada, por-que tinha perguntado pra uma figura de cera que era sensacional de tão perfeita, parecia mesmo uma policial.

NICOLELIS, Laporta. Pássaro contra a vidraça. São Paulo: Moderna, 1992.

88. No trecho “E hoje existe em Londres um museu de cera com o seu nome,...”, a ex-pressão destacada refere-se ao termo

a) tia Zilah.b) Madame Tussaud.c) mulher fardada.d) policial.

D7 – Identificar a tese de um texto

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a ha-bilidade de o aluno reconhecer o ponto de vista ou a ideia central defendida pelo autor.

A tese é uma proposição teórica de intenção per-suasiva, apoiada em argumentos contundentes sobre o assunto abordado.

Leia o texto abaixo:

A partir da metade do século XX, ocorreu um conjunto de transformações econômicas e so-ciais cuja dimensão é difícil de ser mensura-da: a chamada explosão da informação. Em-bora essa expressão tenha surgido no con-texto da informação científica e tecnológica, seu significado, hoje, em um contexto mais geral, atinge proporções gigantescas.

Por estabelecerem novas formas de pensa-mento e mesmo de lógica, a informática e a Internet vêm gerando impactos sociais e cul-

turais importantes. A disseminação do mi-crocomputador e a expansão da Internet vêm acelerando o processo de globalização tanto no sentido do mercado quanto no sentido das trocas simbólicas possíveis entre sociedades e culturas diferentes, o que tem provocado e acelerado o fenômeno de hibridização ampla-mente caracterizado como próprio da pós-modernidade.

FERNANDES, M. F.; PARÁ, T. A contribuição das novas tecnologias da informação na geração de conhecimento. Disponível em: http:// www.coep.ufrj.br. Acesso em: 11 ago. 2009 (adaptado).

89. No texto, o autor defende a tese de que:

a) A internet acelera o processo de globalização.b) O fenômeno de hibridização é característico

da pós-modernidade.c) A explosão da informação atinge propor-

ções gigantescas.d) A informática estabelece novas formas de

pensamento e lógica.

Leia o texto abaixo:

A partir da metade de nosso século, ocorre um conjunto de transformações econômicas e so-ciais cuja dimensão é difícil de ser mensurada, a chamada explosão da informação.

Embora esta expressão tenha surgido no con-texto da informação científica e tecnológica, num contexto mais geral, seu significado, hoje, atinge proporções gigantescas.

Por estabelecerem novas formas de pensamen-to e mesmo de lógicas, a informática e a Internet vêm suscitando impactos sociais e culturais importantes. A disseminação do microcom-putador e a expansão da Internet vem aceleran-do o processo de globalização tanto no sentido do mercado quanto no sentido das trocas sim-bólicas possíveis entre sociedades e culturas diferentes, o que tem provocado e acelerado o fenômeno de hibridização amplamente caracte-rizado como próprio da pós-modernidade.

FERNANDES, Mercedes de F. e PARÁ, Telma. A contribuição das novas tecnologias da informação na geração de conhecimentos. Disponivel em: http: http: www.coep.ufrj.br

90. O trecho em que apresenta a tese do autor em relação ao texto é:

a) A chamada explosão de informações.b) Seu significado, hoje, em um contexto mais

geral, atinge proporções gigantescas.c) O que tem provocado e acelerado o fenôme-

no de hibridação amplamente caracterizado como próprio da pós-modernidade.

d) Ocorreu um conjunto de transformações econômicas e sociais.

Leia o texto abaixo

A sociedade atual testemunha a influência determinante das tecnologias digitais na vida do homem moderno, sobretudo daquelas re-lacionadas com o computador e a internet. Entretanto, parcelas significativas da popula-ção não têm acesso a tais tecnologias. Essa limitação tem pelo menos dois motivos: a im-possibilidade financeira de custear os apare-lhos e os provedores de acesso, e a impossi-bilidade de saber utilizar o equipamento e usufruir das novas tecnologias. A essa pro-blemática, dá-se o nome de exclusão digital.

91. Percebe-se que o texto defende a tese de que:

a) as tecnologias digitais são atualmente im-portantíssimas na vida do homem.

b) a internet e o computador não estão dispo-níveis a todos os segmentos da população.

c) há a existência de uma problemática de, pelo menos, duas causas: a exclusão digital.

d) a inexistência de recursos afastam da inter-net expressivos segmentos da população.

Leia o texto abaixo

Automóvel: sociedade anônima

Se você quiser, compre um carro; é um confor-to admirável. Mas não o faça sem conheci-mento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro passa a interessar aos outros, muito mais que a você

mesmo. É uma espécie de indústria às aves-sas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para distribuir seu dinheiro. Já na compra do carro, você contribui para uma infinidade de setores produtivos, que po-demos encolher, ao máximo, nos seguintes itens: a indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de automóveis; a siderur-gia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas de plásti-cos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamen-tos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de seus derivados; as refinarias; os distribui-dores de gasolina, as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. Ao comprar um carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para-lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas impruden-tes; com as crianças diabólicas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro está novi-nho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades diversas; com a juventude desviada; com pa-rentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, conforme sua subser-viência à necessidade deles; com ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico que o meu carro não está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é ainda mais chato. A não ser que você tenha chegado, com Pascal, à suprema desco-berta: a de que todos os males do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho no quarto.

Paulo Mendes Campos. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99-102 (com adaptações).

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Depois ela mudou para a Inglaterra, e ficou fa-mosa por lá. E hoje existe em Londres um mu-seu de cera com o seu nome, que tem imagens de personagens famosos do mundo inteiro em tamanho natural.

Foi tão gozado quando a tia Zilah também con-tou que, quando ela ia saindo do museu, per-guntou pra uma mulher fardada onde era a saída. E todo mundo caiu na gargalhada, por-que tinha perguntado pra uma figura de cera que era sensacional de tão perfeita, parecia mesmo uma policial.

NICOLELIS, Laporta. Pássaro contra a vidraça. São Paulo: Moderna, 1992.

88. No trecho “E hoje existe em Londres um museu de cera com o seu nome,...”, a ex-pressão destacada refere-se ao termo

a) tia Zilah.b) Madame Tussaud.c) mulher fardada.d) policial.

D7 – Identificar a tese de um texto

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a ha-bilidade de o aluno reconhecer o ponto de vista ou a ideia central defendida pelo autor.

A tese é uma proposição teórica de intenção per-suasiva, apoiada em argumentos contundentes sobre o assunto abordado.

Leia o texto abaixo:

A partir da metade do século XX, ocorreu um conjunto de transformações econômicas e so-ciais cuja dimensão é difícil de ser mensura-da: a chamada explosão da informação. Em-bora essa expressão tenha surgido no con-texto da informação científica e tecnológica, seu significado, hoje, em um contexto mais geral, atinge proporções gigantescas.

Por estabelecerem novas formas de pensa-mento e mesmo de lógica, a informática e a Internet vêm gerando impactos sociais e cul-

turais importantes. A disseminação do mi-crocomputador e a expansão da Internet vêm acelerando o processo de globalização tanto no sentido do mercado quanto no sentido das trocas simbólicas possíveis entre sociedades e culturas diferentes, o que tem provocado e acelerado o fenômeno de hibridização ampla-mente caracterizado como próprio da pós-modernidade.

FERNANDES, M. F.; PARÁ, T. A contribuição das novas tecnologias da informação na geração de conhecimento. Disponível em: http:// www.coep.ufrj.br. Acesso em: 11 ago. 2009 (adaptado).

89. No texto, o autor defende a tese de que:

a) A internet acelera o processo de globalização.b) O fenômeno de hibridização é característico

da pós-modernidade.c) A explosão da informação atinge propor-

ções gigantescas.d) A informática estabelece novas formas de

pensamento e lógica.

Leia o texto abaixo:

A partir da metade de nosso século, ocorre um conjunto de transformações econômicas e so-ciais cuja dimensão é difícil de ser mensurada, a chamada explosão da informação.

Embora esta expressão tenha surgido no con-texto da informação científica e tecnológica, num contexto mais geral, seu significado, hoje, atinge proporções gigantescas.

Por estabelecerem novas formas de pensamen-to e mesmo de lógicas, a informática e a Internet vêm suscitando impactos sociais e culturais importantes. A disseminação do microcom-putador e a expansão da Internet vem aceleran-do o processo de globalização tanto no sentido do mercado quanto no sentido das trocas sim-bólicas possíveis entre sociedades e culturas diferentes, o que tem provocado e acelerado o fenômeno de hibridização amplamente caracte-rizado como próprio da pós-modernidade.

FERNANDES, Mercedes de F. e PARÁ, Telma. A contribuição das novas tecnologias da informação na geração de conhecimentos. Disponivel em: http: http: www.coep.ufrj.br

90. O trecho em que apresenta a tese do autor em relação ao texto é:

a) A chamada explosão de informações.b) Seu significado, hoje, em um contexto mais

geral, atinge proporções gigantescas.c) O que tem provocado e acelerado o fenôme-

no de hibridação amplamente caracterizado como próprio da pós-modernidade.

d) Ocorreu um conjunto de transformações econômicas e sociais.

Leia o texto abaixo

A sociedade atual testemunha a influência determinante das tecnologias digitais na vida do homem moderno, sobretudo daquelas re-lacionadas com o computador e a internet. Entretanto, parcelas significativas da popula-ção não têm acesso a tais tecnologias. Essa limitação tem pelo menos dois motivos: a im-possibilidade financeira de custear os apare-lhos e os provedores de acesso, e a impossi-bilidade de saber utilizar o equipamento e usufruir das novas tecnologias. A essa pro-blemática, dá-se o nome de exclusão digital.

91. Percebe-se que o texto defende a tese de que:

a) as tecnologias digitais são atualmente im-portantíssimas na vida do homem.

b) a internet e o computador não estão dispo-níveis a todos os segmentos da população.

c) há a existência de uma problemática de, pelo menos, duas causas: a exclusão digital.

d) a inexistência de recursos afastam da inter-net expressivos segmentos da população.

Leia o texto abaixo

Automóvel: sociedade anônima

Se você quiser, compre um carro; é um confor-to admirável. Mas não o faça sem conheci-mento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro passa a interessar aos outros, muito mais que a você

mesmo. É uma espécie de indústria às aves-sas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para distribuir seu dinheiro. Já na compra do carro, você contribui para uma infinidade de setores produtivos, que po-demos encolher, ao máximo, nos seguintes itens: a indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de automóveis; a siderur-gia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas de plásti-cos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamen-tos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de seus derivados; as refinarias; os distribui-dores de gasolina, as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. Ao comprar um carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para-lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas impruden-tes; com as crianças diabólicas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro está novi-nho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades diversas; com a juventude desviada; com pa-rentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, conforme sua subser-viência à necessidade deles; com ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico que o meu carro não está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é ainda mais chato. A não ser que você tenha chegado, com Pascal, à suprema desco-berta: a de que todos os males do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho no quarto.

Paulo Mendes Campos. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99-102 (com adaptações).

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92. A tese principal da crônica é a de que

a) possuir um automóvel é uma experiência coletiva.

b) a posse do automóvel evita a chatice do pe-destre.

c) é necessário parar de escrever para ir ao mecânico.

d) ter um automóvel implica ser julgado pelos parentes.

“O Brasil não terá índios no final do século XXI (...) E por que isso? Pela razão muito simples que consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto das demais comunidades primitivas que existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório.”

Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994.

93. A tese do texto é a de que

a) o índio brasileiro não difere dos outros po-vos primitivos.

b) a história é um processo que leva os povos à civilização.

c) até o fim do século XXI não haverá mais ín-dios no Brasil.

d) chega-se à civilização por conta própria ou por difusão.

D8 – Estabelecer relação entre a tese e os ar-gumentos oferecidos para sustentá-la

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habi-lidade do aluno em estabelecer a relação entre o ponto de vista do autor sobre um determinado assunto e os argumentos que sustentam esse posicionamento.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitado ao aluno que identifique um argumento entre os diversos que sustentam a proposição apresentada pelo autor. Pode-se,

também, solicitar o contrário, que o aluno iden-tifique a tese com base em um argumento oferecido pelo texto.

Leia o texto abaixo

Blogs (Superinteressante)

Somos péssimos em detectar flertes

Ana Carolina Prado 3 de julho de 2014

Se você é ruim em perceber quando é alvo de um flerte, fique tranquilo: a maioria das pes-soas não sabe também. Somos bem melho-res em perceber quando os outros não estão interessados. Essas foram algumas das con-clusões que Jeffrey Hall, um professor de es-tudos da comunicação da Universidade do Kansas, obteve em seu estudo recente sobre a paquera.

Para isso, ele e seus colegas formaram 52 pa-res (um homem e uma mulher) de estudantes universitários solteiros e heterossexuais que não se conheciam previamente. Cada dupla foi para uma sala e teve entre dez e doze mi-nutos para conversar a sós, pensando estar participando de um estudo sobre primeiras impressões. Depois da conversa, cada um respondeu um questionário em que, entre outras coisas, tinha de dizer se havia paque-rado o seu par e se achava que havia sido paquerado por ele. O resultado? Mais de 80% dos voluntários estavam certos quando di-ziam achar que o outro não estava interessa-do, mas foram muito menos bem-sucedidos em detectar quando estavam de fato sendo desejados: só 36% dos homens julgaram corretamente, e entre as mulheres o índice foi ainda menor: 18%.

Por que é difícil perceber o flerte

A dificuldade em perceber um flerte persiste mesmo entre quem está de fora só obser-vando. O autor pediu a mais de 250 pessoas para que assistissem a seis vídeos de um

minuto com as interações dos pares do pri-meiro estudo, mostrando apenas uma pes-soa de cada vez. Os observadores não foram mais eficientes em perceber o que estava acontecendo do que aqueles que haviam par-ticipado da interação. Quando a paquera não havia acontecido, eles foram precisos em 66% dos casos. Quando rolava um clima, só 38% o identificaram.

A menor taxa de precisão foi encontrada em mulheres ao observar os homens: elas iden-tificaram corretamente o flerte em apenas 22% das vezes. E ambos os sexos tiveram mais facilidade em detectar quando a pa-quera vinha da parte feminina. Segundo o autor do estudo, isso não se deve a qualquer tipo de “intuição” que os homens tenham melhor que as mulheres, mas sim ao fato de que elas talvez sejam um pouco mais claras se estão interessadas ou não.

O fato é que “o flerte é um comportamento difícil de perceber”, diz Jeffrey. “Se você acha que alguém não está interessado em você, provavelmente está certo. Mas, se alguém estiver, é bem provável que você nem tenha percebido”. Para ele, um dos motivos dessa dificuldade é o fato de as pessoas não cos-tumarem mostrar seu interesse de formas óbvias porque não querem se sentir envergo-nhadas. Mas não é só isso: “A maioria das pessoas, na maioria dos dias, não dá em cima de todo mundo que encontra, embora alguns façam isso. Então você simplesmente não assume que todos estão te querendo”, diz ele, numa tradução livre da autora deste blog.

Esteja aberto

Jeffrey conta que, no primeiro estudo, houve casos em que tanto o homem quanto a mu-lher revelaram ter flertado um com o outro, mas nenhum dos dois percebeu. “Oportu-nidade perdida!”, comentou. É claro que precisamos levar em conta diferenças cul-turais e ambientais: ele foi feito nos Estados Unidos, com estudantes universitários que

pensavam estar participando de um estudo sobre primeiras impressões. Mas as conclu-sões são muito razoáveis – quem de nós nunca esteve lá?

Para evitar esse vacilo, pelo menos agora vo-cê já sabe: não seja tão sutil, já que seu alvo provavelmente nem está percebendo suas intenções. (É claro que não estamos falando de trogloditas que chegam pegando pelo braço etc. Se for o seu caso, pare e recomece do zero porque está tudo errado). Por outro lado, o conselho do professor é também estar aberto à possibilidade de outros estarem flertando com você, especialmente em locais onde a paquera é comum, como uma festa ou bar (mantendo o devido bom senso, é claro). O estudo foi publicado no periódico Commu-nication Research.

94. O segmento que corresponde a uma tese do texto é

a) “(...) um dos motivos dessa dificuldade é o fato de as pessoas não costumarem mostrar seu interesse de formas óbvias porque não querem se sentir envergonhadas.”

b) “(...) A maioria das pessoas, na maioria dos dias, não dá em cima de todo mundo que encontra, embora alguns façam isso. Então você simplesmente não assume que todos estão te querendo.”

c) “A menor taxa de precisão foi encontrada em mulheres ao observar os homens: elas identificaram corretamente o flerte em apenas 22% das vezes.”

d) “O fato é que “o flerte é um comportamento difícil de perceber” (...)”.

(SPAECE). Leia o texto abaixo.

[...] O celular destruiu um dos grandes pra-zeres do século passado: prosear ao telefone.

Hoje, por culpa deles somos obrigados a aten-der chamadas o dia todo. Viramos uma espécie de telefonistas de nós mesmos: desviamos chamadas, pegamos e anotamos recados...

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92. A tese principal da crônica é a de que

a) possuir um automóvel é uma experiência coletiva.

b) a posse do automóvel evita a chatice do pe-destre.

c) é necessário parar de escrever para ir ao mecânico.

d) ter um automóvel implica ser julgado pelos parentes.

“O Brasil não terá índios no final do século XXI (...) E por que isso? Pela razão muito simples que consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto das demais comunidades primitivas que existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório.”

Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994.

93. A tese do texto é a de que

a) o índio brasileiro não difere dos outros po-vos primitivos.

b) a história é um processo que leva os povos à civilização.

c) até o fim do século XXI não haverá mais ín-dios no Brasil.

d) chega-se à civilização por conta própria ou por difusão.

D8 – Estabelecer relação entre a tese e os ar-gumentos oferecidos para sustentá-la

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habi-lidade do aluno em estabelecer a relação entre o ponto de vista do autor sobre um determinado assunto e os argumentos que sustentam esse posicionamento.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitado ao aluno que identifique um argumento entre os diversos que sustentam a proposição apresentada pelo autor. Pode-se,

também, solicitar o contrário, que o aluno iden-tifique a tese com base em um argumento oferecido pelo texto.

Leia o texto abaixo

Blogs (Superinteressante)

Somos péssimos em detectar flertes

Ana Carolina Prado 3 de julho de 2014

Se você é ruim em perceber quando é alvo de um flerte, fique tranquilo: a maioria das pes-soas não sabe também. Somos bem melho-res em perceber quando os outros não estão interessados. Essas foram algumas das con-clusões que Jeffrey Hall, um professor de es-tudos da comunicação da Universidade do Kansas, obteve em seu estudo recente sobre a paquera.

Para isso, ele e seus colegas formaram 52 pa-res (um homem e uma mulher) de estudantes universitários solteiros e heterossexuais que não se conheciam previamente. Cada dupla foi para uma sala e teve entre dez e doze mi-nutos para conversar a sós, pensando estar participando de um estudo sobre primeiras impressões. Depois da conversa, cada um respondeu um questionário em que, entre outras coisas, tinha de dizer se havia paque-rado o seu par e se achava que havia sido paquerado por ele. O resultado? Mais de 80% dos voluntários estavam certos quando di-ziam achar que o outro não estava interessa-do, mas foram muito menos bem-sucedidos em detectar quando estavam de fato sendo desejados: só 36% dos homens julgaram corretamente, e entre as mulheres o índice foi ainda menor: 18%.

Por que é difícil perceber o flerte

A dificuldade em perceber um flerte persiste mesmo entre quem está de fora só obser-vando. O autor pediu a mais de 250 pessoas para que assistissem a seis vídeos de um

minuto com as interações dos pares do pri-meiro estudo, mostrando apenas uma pes-soa de cada vez. Os observadores não foram mais eficientes em perceber o que estava acontecendo do que aqueles que haviam par-ticipado da interação. Quando a paquera não havia acontecido, eles foram precisos em 66% dos casos. Quando rolava um clima, só 38% o identificaram.

A menor taxa de precisão foi encontrada em mulheres ao observar os homens: elas iden-tificaram corretamente o flerte em apenas 22% das vezes. E ambos os sexos tiveram mais facilidade em detectar quando a pa-quera vinha da parte feminina. Segundo o autor do estudo, isso não se deve a qualquer tipo de “intuição” que os homens tenham melhor que as mulheres, mas sim ao fato de que elas talvez sejam um pouco mais claras se estão interessadas ou não.

O fato é que “o flerte é um comportamento difícil de perceber”, diz Jeffrey. “Se você acha que alguém não está interessado em você, provavelmente está certo. Mas, se alguém estiver, é bem provável que você nem tenha percebido”. Para ele, um dos motivos dessa dificuldade é o fato de as pessoas não cos-tumarem mostrar seu interesse de formas óbvias porque não querem se sentir envergo-nhadas. Mas não é só isso: “A maioria das pessoas, na maioria dos dias, não dá em cima de todo mundo que encontra, embora alguns façam isso. Então você simplesmente não assume que todos estão te querendo”, diz ele, numa tradução livre da autora deste blog.

Esteja aberto

Jeffrey conta que, no primeiro estudo, houve casos em que tanto o homem quanto a mu-lher revelaram ter flertado um com o outro, mas nenhum dos dois percebeu. “Oportu-nidade perdida!”, comentou. É claro que precisamos levar em conta diferenças cul-turais e ambientais: ele foi feito nos Estados Unidos, com estudantes universitários que

pensavam estar participando de um estudo sobre primeiras impressões. Mas as conclu-sões são muito razoáveis – quem de nós nunca esteve lá?

Para evitar esse vacilo, pelo menos agora vo-cê já sabe: não seja tão sutil, já que seu alvo provavelmente nem está percebendo suas intenções. (É claro que não estamos falando de trogloditas que chegam pegando pelo braço etc. Se for o seu caso, pare e recomece do zero porque está tudo errado). Por outro lado, o conselho do professor é também estar aberto à possibilidade de outros estarem flertando com você, especialmente em locais onde a paquera é comum, como uma festa ou bar (mantendo o devido bom senso, é claro). O estudo foi publicado no periódico Commu-nication Research.

94. O segmento que corresponde a uma tese do texto é

a) “(...) um dos motivos dessa dificuldade é o fato de as pessoas não costumarem mostrar seu interesse de formas óbvias porque não querem se sentir envergonhadas.”

b) “(...) A maioria das pessoas, na maioria dos dias, não dá em cima de todo mundo que encontra, embora alguns façam isso. Então você simplesmente não assume que todos estão te querendo.”

c) “A menor taxa de precisão foi encontrada em mulheres ao observar os homens: elas identificaram corretamente o flerte em apenas 22% das vezes.”

d) “O fato é que “o flerte é um comportamento difícil de perceber” (...)”.

(SPAECE). Leia o texto abaixo.

[...] O celular destruiu um dos grandes pra-zeres do século passado: prosear ao telefone.

Hoje, por culpa deles somos obrigados a aten-der chamadas o dia todo. Viramos uma espécie de telefonistas de nós mesmos: desviamos chamadas, pegamos e anotamos recados...

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Depois de um dia inteiro bombardeado por ligações curtas, urgentes e na maioria das vezes irrelevantes, quem vai sentir prazer nu-ma simples conversa telefônica? O telefone, que era um momento de relax na vida da gen-te, virou um objeto de trabalho.

O equivalente urbano da velha enxada do tra-balhador rural. Carregamos o celular ao longo do dia como uma bola de ferro fixada no corpo, uma prova material do trabalho escravo.

O celular banalizou o ritual de conversa à dis-tância. No mundo pré-celular, havia na sala uma poltrona e uma mesinha exclusivas para a arte de telefonar. Hoje, tomamos como num transe, andamos pelas ruas, restaurantes, escri-tórios e até banheiros públicos berrando sem escrúpulos num pedaço de plástico colorido.

Misteriosamente, uma pessoa ao celular igno-ra a presença das outras. Conta segredos de alcova dentro do elevador lotado. É uma in-sanidade. Ainda não denunciada pelos jor-nalistas, nem, estudada com o devido cuida-do pelos médicos. Aliás, duas das classes mais afetadas pelo fenômeno.

A situação é delicada. [...]

O Estado de S. Paulo, 29/11/2004.

95. Qual é o argumento que sustenta a tese defendida pelo autor desse texto?

a ) O homem tornou-se escravo do celular.b) A sociedade destruiu velhos costumes.c) A vida moderna priorizou o telefone.d) O celular elitizou todos os profissionais.

(PROEB). Leia o texto abaixo.

Cultura e sociedade

(Fragmento)

A importância da água tem sido notória ao lon-go da história da humanidade, possibilitando desde a fixação do homem à terra, às mar-gens de rios e lagos, até o desenvolvimento de grandes civilizações, através do aproveita-mento do grande potencial deste bem da natureza. A sociedade moderna, no entanto, tem se destacado pelo uso irracional dos recursos hídricos, o desperdício desbaratado de água potável, a poluição dos reservatórios naturais e a radical intervenção nos ecossis-temas aquáticos, de forma a arriscar não só o equilíbrio biológico do planeta, mas a própria natureza humana.

CEREJA, William Roberto e MAGALHAES, Thereza Cochar. Português: Linguagens, 8ª série. 2. ed. São Paulo: Atual, 2002.

96. Um argumento que sustenta a tese de que “a sociedade moderna tem utilizado de forma irracional seus recursos hídricos” é que

a) a água acompanha a história através dos séculos.

b) a água possibilitou o surgimento de grandes civilizações.

c) a importância da água é reconhecida ao longo da história.

d) o equilíbrio biológico do planeta está em grande risco.

Leia o texto, abaixo e responda.

Preferência alimentar das crianças é alta-mente influenciada pelos desenhos nas em-balagens dos produtos

Estudo desenvolvido na Universidade da Pen-silvânia mostrou que o sabor dos alimentos nem sempre é fator decisório na hora de escolher a marca. Quem faz a melhor emba-lagem é quem vende mais.

Redação Época

Um estudo feito pela Universidade da Pen-silvânia, nos Estados Unidos, descobriu que as crianças são altamente influenciáveis pelos desenhos contidos nas embalagens de produtos alimentícios e tendem sempre a preferir aqueles que contenham represen-tações de seus personagens preferidos, não importando qual seja o sabor do alimento. Embalagens com desenhos famosos, como Shrek ou os pinguins do filme Happy Feet, fazem as crianças terem hábitos errados de alimentação.

“Personagens comerciais fazem com que seja mais fácil para as crianças lembrarem e identificarem os produtos. São uma identi-dade visual”, afirma Sarah Vaala, uma das autoras da pesquisa. O problema, diz ela, é que a indústria de alimentos usa isso de forma errada, colocando nas embalagens dos produtos menos saudáveis e nutritivos os desenhos mais populares entre as crianças.

“As crianças transferem sua preferência pelo personagem para o produto e querem com-prá-lo mais (que outro que até tenha um gosto melhor)”, disse Vaala. “O que quería-mos saber era se essa preferência se refletia também no sabor do produto; se colocando esses personagens as empresas estavam, na verdade, influenciando subconscientemente o julgamento das crianças”.

Para comprovar a tese, os pesquisadores con-vidaram 80 crianças entre quatro e seis anos para fazer um teste de sabor cego. Coloca-ram, em quatro embalagens, o mesmo cereal – um tipo saudável e que não costuma ser vendido em supermercados –, sendo que em duas dessas embalagens lia-se “flocos saudáveis” e, nas outras duas, “flocos do-ces”. Também em uma embalagem de cada suposto tipo de flocos foram desenhados personagens do filme Happy Feet.

O resultado mostrou que as crianças tendiam

a preferir o conteúdo das embalagens com os desenhos e, dentre essas duas, aquela que continha o aviso “flocos saudáveis”. Segun-do os pesquisadores, esse fato talvez seja explicado pelo fato de que, desde muito pe-quena, a criança é ensinada que comer pro-dutos com mais açúcar faz mal. [...]

Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0, ,EMI216938-15257,00-PREFERENCIA+ALIMENTAR +DAS + CRIANCAS+E+ALTAMENTE+INFLUENCIADA+PELOS+DESENHOS+ .htm Acesso em: 10 mar. 2011.

97. Qual é a frase que sintetiza o conteúdo desse texto?

a) A aparência dos alimentos é superior ao seu sabor para as crianças.

b) A alimentação infantil é ruim devido à má fé das indústrias de alimentos.

c) Os personagens comerciais são capazes de vender qualquer produto.

d) Os alimentos com rótulos de informação saudável são mais consumidos.

Leia o texto a seguir e responda.

A língua está vivaIvana Traversim

Na gramática, como muitos sabem e outros nem tanto, existe a exceção da exceção. Isso não quer dizer que vale tudo na hora de falar ou escrever. Há normas sobre as quais não podemos passar, mas existem também as preferências de determinado autor – regras que não são regras, apenas opções. De vez em quando aparece alguém querendo fazer dessas escolhas uma regra. Geralmente são os que não estão bem inteirados da língua e buscam soluções rápidas nos guias práticos de redação. Nada contra. O problema é julgar inquestionáveis as informações que esses manuais contêm, esquecendo-se de que eles estão, na maioria dos casos, sendo práticos – deixando para as gramáticas a explicação dos fundamentos da língua portuguesa. (...)

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Depois de um dia inteiro bombardeado por ligações curtas, urgentes e na maioria das vezes irrelevantes, quem vai sentir prazer nu-ma simples conversa telefônica? O telefone, que era um momento de relax na vida da gen-te, virou um objeto de trabalho.

O equivalente urbano da velha enxada do tra-balhador rural. Carregamos o celular ao longo do dia como uma bola de ferro fixada no corpo, uma prova material do trabalho escravo.

O celular banalizou o ritual de conversa à dis-tância. No mundo pré-celular, havia na sala uma poltrona e uma mesinha exclusivas para a arte de telefonar. Hoje, tomamos como num transe, andamos pelas ruas, restaurantes, escri-tórios e até banheiros públicos berrando sem escrúpulos num pedaço de plástico colorido.

Misteriosamente, uma pessoa ao celular igno-ra a presença das outras. Conta segredos de alcova dentro do elevador lotado. É uma in-sanidade. Ainda não denunciada pelos jor-nalistas, nem, estudada com o devido cuida-do pelos médicos. Aliás, duas das classes mais afetadas pelo fenômeno.

A situação é delicada. [...]

O Estado de S. Paulo, 29/11/2004.

95. Qual é o argumento que sustenta a tese defendida pelo autor desse texto?

a ) O homem tornou-se escravo do celular.b) A sociedade destruiu velhos costumes.c) A vida moderna priorizou o telefone.d) O celular elitizou todos os profissionais.

(PROEB). Leia o texto abaixo.

Cultura e sociedade

(Fragmento)

A importância da água tem sido notória ao lon-go da história da humanidade, possibilitando desde a fixação do homem à terra, às mar-gens de rios e lagos, até o desenvolvimento de grandes civilizações, através do aproveita-mento do grande potencial deste bem da natureza. A sociedade moderna, no entanto, tem se destacado pelo uso irracional dos recursos hídricos, o desperdício desbaratado de água potável, a poluição dos reservatórios naturais e a radical intervenção nos ecossis-temas aquáticos, de forma a arriscar não só o equilíbrio biológico do planeta, mas a própria natureza humana.

CEREJA, William Roberto e MAGALHAES, Thereza Cochar. Português: Linguagens, 8ª série. 2. ed. São Paulo: Atual, 2002.

96. Um argumento que sustenta a tese de que “a sociedade moderna tem utilizado de forma irracional seus recursos hídricos” é que

a) a água acompanha a história através dos séculos.

b) a água possibilitou o surgimento de grandes civilizações.

c) a importância da água é reconhecida ao longo da história.

d) o equilíbrio biológico do planeta está em grande risco.

Leia o texto, abaixo e responda.

Preferência alimentar das crianças é alta-mente influenciada pelos desenhos nas em-balagens dos produtos

Estudo desenvolvido na Universidade da Pen-silvânia mostrou que o sabor dos alimentos nem sempre é fator decisório na hora de escolher a marca. Quem faz a melhor emba-lagem é quem vende mais.

Redação Época

Um estudo feito pela Universidade da Pen-silvânia, nos Estados Unidos, descobriu que as crianças são altamente influenciáveis pelos desenhos contidos nas embalagens de produtos alimentícios e tendem sempre a preferir aqueles que contenham represen-tações de seus personagens preferidos, não importando qual seja o sabor do alimento. Embalagens com desenhos famosos, como Shrek ou os pinguins do filme Happy Feet, fazem as crianças terem hábitos errados de alimentação.

“Personagens comerciais fazem com que seja mais fácil para as crianças lembrarem e identificarem os produtos. São uma identi-dade visual”, afirma Sarah Vaala, uma das autoras da pesquisa. O problema, diz ela, é que a indústria de alimentos usa isso de forma errada, colocando nas embalagens dos produtos menos saudáveis e nutritivos os desenhos mais populares entre as crianças.

“As crianças transferem sua preferência pelo personagem para o produto e querem com-prá-lo mais (que outro que até tenha um gosto melhor)”, disse Vaala. “O que quería-mos saber era se essa preferência se refletia também no sabor do produto; se colocando esses personagens as empresas estavam, na verdade, influenciando subconscientemente o julgamento das crianças”.

Para comprovar a tese, os pesquisadores con-vidaram 80 crianças entre quatro e seis anos para fazer um teste de sabor cego. Coloca-ram, em quatro embalagens, o mesmo cereal – um tipo saudável e que não costuma ser vendido em supermercados –, sendo que em duas dessas embalagens lia-se “flocos saudáveis” e, nas outras duas, “flocos do-ces”. Também em uma embalagem de cada suposto tipo de flocos foram desenhados personagens do filme Happy Feet.

O resultado mostrou que as crianças tendiam

a preferir o conteúdo das embalagens com os desenhos e, dentre essas duas, aquela que continha o aviso “flocos saudáveis”. Segun-do os pesquisadores, esse fato talvez seja explicado pelo fato de que, desde muito pe-quena, a criança é ensinada que comer pro-dutos com mais açúcar faz mal. [...]

Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0, ,EMI216938-15257,00-PREFERENCIA+ALIMENTAR +DAS + CRIANCAS+E+ALTAMENTE+INFLUENCIADA+PELOS+DESENHOS+ .htm Acesso em: 10 mar. 2011.

97. Qual é a frase que sintetiza o conteúdo desse texto?

a) A aparência dos alimentos é superior ao seu sabor para as crianças.

b) A alimentação infantil é ruim devido à má fé das indústrias de alimentos.

c) Os personagens comerciais são capazes de vender qualquer produto.

d) Os alimentos com rótulos de informação saudável são mais consumidos.

Leia o texto a seguir e responda.

A língua está vivaIvana Traversim

Na gramática, como muitos sabem e outros nem tanto, existe a exceção da exceção. Isso não quer dizer que vale tudo na hora de falar ou escrever. Há normas sobre as quais não podemos passar, mas existem também as preferências de determinado autor – regras que não são regras, apenas opções. De vez em quando aparece alguém querendo fazer dessas escolhas uma regra. Geralmente são os que não estão bem inteirados da língua e buscam soluções rápidas nos guias práticos de redação. Nada contra. O problema é julgar inquestionáveis as informações que esses manuais contêm, esquecendo-se de que eles estão, na maioria dos casos, sendo práticos – deixando para as gramáticas a explicação dos fundamentos da língua portuguesa. (...)

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Com informação, vocabulário e o auxílio da gramática, você tem plenas condições de es-crever um bom texto. Mas, antes de se aven-turar, considere quem vai ler o que você es-creveu. A galera da faculdade, o pessoal da empresa ou a turma da balada? As lingua-gens são diferentes.

Afinal, a língua está viva, renovando-se sem parar, circulando em todos os lugares, em to-dos os momentos do seu dia. Estar antenado, ir no embalo, baixar um arquivo, clicar no ícone – mais que expressões – são maneiras de se inserir num grupo, de socializar-se.

(Você S/A, jun. 2003.)

98. A tese da dinamicidade da língua com-prova-se pelo fato de que:

a) as regras gramaticais podem transformar-se em exceção.

b) a gramática permite que as regras se tornem opções.

c) a língua se manifesta em variados contextos e situações.

d) os manuais de redação são práticos para criar ideias.

D9 – Diferenciar as partes principais das se-cundárias em um texto

Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer a estrutura e a organização do texto e localizar a informação principal e as informações secundárias que o compõem.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual pode ser solicitado ao aluno que ele identifique a parte principal ou outras partes se-cundárias na qual o texto se organiza.

Leia o texto a seguir e responda.

Quarteto Maogani interpreta Ernesto Nazareth

Um dos grupos instrumentais mais concei-tuados no cenário musical da atualidade, o

Quarteto Maogani está lançando seu quinto disco, “Pairando”, um tributo à obra do com-positor Ernesto Nazareth (Biscoito Fino).

Formado em 1995 no Rio de Janeiro, o quar-teto de violonistas é formado por músicos e arranjadores de formação erudita, com trân-sito livre na música popular, incluindo colabo-rações com Guinga, Leila Pinheiro, Zé Nogueira, Jane Duboc, Celia Vaz Hamilton de Holanda, Monica Salmaso, Renato Braz, Joyce, Wagner Tiso, Nailor Proveta e Olivia Hime.

O novo álbum traz à tona composições pouco conhecidas nos dias de hoje: “A música do Nazareth sempre foi uma das nossas grandes paixões. É incrível a capacidade que ele tinha de conjugar uma escrita extremamente so-fisticada a uma verve arrebatadora”, comenta Paulo Aragão, um as do violão de 8 cordas. “Este encontro, que tanto confunde rótulos é, para nós, um verdadeiro leme e exprime tudo aquilo o que buscamos: uma sonoridade ao mesmo tempo camerística e balançada, clássica e popular, moderna sem perder de vista a tradição”, completa Aragão.

Para chegar aos 12 temas gravados, o quar-teto mergulhou em verdadeiras obras-primas pouco gravadas e tocadas ao longo dos anos, já quase esquecidas. “Ajudar a trazer à tona este patrimônio da música brasileira foi uma das nossas motivações ao encarar o desafio de gravar, pela primeira vez em nossa tra-jetória, um disco totalmente dedicado à obra de um único compositor”, pontua Paulo Ara-gão, que integra o Maogani ao lado de Carlos Chaves (violão requinto); Sergio Valdeos (violão de sete cordas) e Marcos Alves (violão de seis cordas).

Sobre navegar na fronteira entre o clássico e o erudito, Ernesto Nazareth, tal como o próprio Maogani, é um símbolo dessa apro-ximação, segundo Aragão: “Sua música alia uma escrita pianística impecável, uma reali-zação instrumental extremamente criativa à complexidade rítmica da música popular.

Nós fazemos uma música que poderia ser de-finida como "popular de câmera", uma música de câmara feita com vários elementos muito caros à tradição popular, especialmente no que diz respeito ao ritmo”, finaliza Paulo.

Assessoria de Imprensa Biscoito Fino – Coringa Comunicação 21 2259-6042Belinha Almendra – [email protected] Marcus Veras – [email protected]

99. A ideia principal do texto é a de que

a) Quando o Maogani grava Nazareth, reforça-se a aproximação que ambos têm tanto com o popular quanto com o erudito.

b) A música do Maogani é elaborada com di-versos elementos muito caros à tradição po-pular, especialmente os rítmicos.

c) O quarteto de violonistas é formado por ins-trumentistas de formação erudita que tran-sitam pela música popular.

d) Os músicos do Quarteto Maogani pesquisa-ram obras-primas esquecidas para selecio-nar as doze composições do CD.

Leia o texto a seguir e responda.

Nossa tradição cultural, por diversas razões, criou um ideal de cidadania política sem vín-culos com a efetiva vida social dos brasilei-ros. Na teoria, aprendemos que devemos ser cidadãos; na prática, que não é possível, nem desejável, comportarmo-nos como cida-dãos. A face política do modelo de identidade nacional é permanentemente corroída pelo desrespeito aos nossos ideais de conduta.

Idealmente, ser brasileiro significa herdar a tradição democrática na qual somos todos iguais perante a lei e onde o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade é uma pro-priedade inalienável de cada um de nós; na realidade, ser brasileiro significa viver em um sistema socioeconômico injusto, onde a lei só existe para os pobres e para os inimigos e onde os direitos individuais são monopólio

dos poucos que têm muito.

Preso nesse impasse, o brasileiro vem sendo coagido a reagir de duas maneiras. Na pri-meira, com apatia e desesperança. É o caso dos que continuam acreditando nos valores ideais da cultura e não querem converter-se ao cinismo das classes dominantes e de seus seguidores. Essas pessoas experimentam uma notável diminuição da autoestima na identidade de cidadão, pois não aceitam conviver com o baixo padrão de moralidade vigente, mas tampouco sabem como agir honradamente sem se tornarem vítimas de abusos e humilhações de toda ordem. Dei-xam-se assim contagiar pela inércia ou sonham em renunciar à identidade nacional, abandonando o país. Na segunda maneira, a mais nociva, o indivíduo adere à ética da so-brevivência ou à lei do vale-tudo: pensa esca-par à delinquência, tornando-se delinquente.

(Jurandir Freire Costa. http://super.abril.com.br. Adaptado.)

100. A ideia principal do texto é a de que

a) existe uma contradição entre o discurso fa-vorável à cidadania e uma prática distancia-da do comportamento cidadão.

b) ser brasileiro é ser herdeiro de uma tradição de igualdade perante a lei, de direito á liber-dade e de busca da felicidade.

c) o indivíduo adere ao vale-tudo, tornando-se um delinquente, com o objetivo de escapar à delinquência.

d) há pessoas que se contaminam pela inércia ou sonham em renunciar à identidade nacio-nal, deixando o país.

Leia o texto a seguir e responda.

Competição no ensino a distância tende a crescer

Publicado em 08.06.2014, às 20h32

Além de possíveis alterações nas regras do Fies, deve ficar para o próximo governo a ta-refa de revisar algumas normas do ensino a

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Com informação, vocabulário e o auxílio da gramática, você tem plenas condições de es-crever um bom texto. Mas, antes de se aven-turar, considere quem vai ler o que você es-creveu. A galera da faculdade, o pessoal da empresa ou a turma da balada? As lingua-gens são diferentes.

Afinal, a língua está viva, renovando-se sem parar, circulando em todos os lugares, em to-dos os momentos do seu dia. Estar antenado, ir no embalo, baixar um arquivo, clicar no ícone – mais que expressões – são maneiras de se inserir num grupo, de socializar-se.

(Você S/A, jun. 2003.)

98. A tese da dinamicidade da língua com-prova-se pelo fato de que:

a) as regras gramaticais podem transformar-se em exceção.

b) a gramática permite que as regras se tornem opções.

c) a língua se manifesta em variados contextos e situações.

d) os manuais de redação são práticos para criar ideias.

D9 – Diferenciar as partes principais das se-cundárias em um texto

Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer a estrutura e a organização do texto e localizar a informação principal e as informações secundárias que o compõem.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual pode ser solicitado ao aluno que ele identifique a parte principal ou outras partes se-cundárias na qual o texto se organiza.

Leia o texto a seguir e responda.

Quarteto Maogani interpreta Ernesto Nazareth

Um dos grupos instrumentais mais concei-tuados no cenário musical da atualidade, o

Quarteto Maogani está lançando seu quinto disco, “Pairando”, um tributo à obra do com-positor Ernesto Nazareth (Biscoito Fino).

Formado em 1995 no Rio de Janeiro, o quar-teto de violonistas é formado por músicos e arranjadores de formação erudita, com trân-sito livre na música popular, incluindo colabo-rações com Guinga, Leila Pinheiro, Zé Nogueira, Jane Duboc, Celia Vaz Hamilton de Holanda, Monica Salmaso, Renato Braz, Joyce, Wagner Tiso, Nailor Proveta e Olivia Hime.

O novo álbum traz à tona composições pouco conhecidas nos dias de hoje: “A música do Nazareth sempre foi uma das nossas grandes paixões. É incrível a capacidade que ele tinha de conjugar uma escrita extremamente so-fisticada a uma verve arrebatadora”, comenta Paulo Aragão, um as do violão de 8 cordas. “Este encontro, que tanto confunde rótulos é, para nós, um verdadeiro leme e exprime tudo aquilo o que buscamos: uma sonoridade ao mesmo tempo camerística e balançada, clássica e popular, moderna sem perder de vista a tradição”, completa Aragão.

Para chegar aos 12 temas gravados, o quar-teto mergulhou em verdadeiras obras-primas pouco gravadas e tocadas ao longo dos anos, já quase esquecidas. “Ajudar a trazer à tona este patrimônio da música brasileira foi uma das nossas motivações ao encarar o desafio de gravar, pela primeira vez em nossa tra-jetória, um disco totalmente dedicado à obra de um único compositor”, pontua Paulo Ara-gão, que integra o Maogani ao lado de Carlos Chaves (violão requinto); Sergio Valdeos (violão de sete cordas) e Marcos Alves (violão de seis cordas).

Sobre navegar na fronteira entre o clássico e o erudito, Ernesto Nazareth, tal como o próprio Maogani, é um símbolo dessa apro-ximação, segundo Aragão: “Sua música alia uma escrita pianística impecável, uma reali-zação instrumental extremamente criativa à complexidade rítmica da música popular.

Nós fazemos uma música que poderia ser de-finida como "popular de câmera", uma música de câmara feita com vários elementos muito caros à tradição popular, especialmente no que diz respeito ao ritmo”, finaliza Paulo.

Assessoria de Imprensa Biscoito Fino – Coringa Comunicação 21 2259-6042Belinha Almendra – [email protected] Marcus Veras – [email protected]

99. A ideia principal do texto é a de que

a) Quando o Maogani grava Nazareth, reforça-se a aproximação que ambos têm tanto com o popular quanto com o erudito.

b) A música do Maogani é elaborada com di-versos elementos muito caros à tradição po-pular, especialmente os rítmicos.

c) O quarteto de violonistas é formado por ins-trumentistas de formação erudita que tran-sitam pela música popular.

d) Os músicos do Quarteto Maogani pesquisa-ram obras-primas esquecidas para selecio-nar as doze composições do CD.

Leia o texto a seguir e responda.

Nossa tradição cultural, por diversas razões, criou um ideal de cidadania política sem vín-culos com a efetiva vida social dos brasilei-ros. Na teoria, aprendemos que devemos ser cidadãos; na prática, que não é possível, nem desejável, comportarmo-nos como cida-dãos. A face política do modelo de identidade nacional é permanentemente corroída pelo desrespeito aos nossos ideais de conduta.

Idealmente, ser brasileiro significa herdar a tradição democrática na qual somos todos iguais perante a lei e onde o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade é uma pro-priedade inalienável de cada um de nós; na realidade, ser brasileiro significa viver em um sistema socioeconômico injusto, onde a lei só existe para os pobres e para os inimigos e onde os direitos individuais são monopólio

dos poucos que têm muito.

Preso nesse impasse, o brasileiro vem sendo coagido a reagir de duas maneiras. Na pri-meira, com apatia e desesperança. É o caso dos que continuam acreditando nos valores ideais da cultura e não querem converter-se ao cinismo das classes dominantes e de seus seguidores. Essas pessoas experimentam uma notável diminuição da autoestima na identidade de cidadão, pois não aceitam conviver com o baixo padrão de moralidade vigente, mas tampouco sabem como agir honradamente sem se tornarem vítimas de abusos e humilhações de toda ordem. Dei-xam-se assim contagiar pela inércia ou sonham em renunciar à identidade nacional, abandonando o país. Na segunda maneira, a mais nociva, o indivíduo adere à ética da so-brevivência ou à lei do vale-tudo: pensa esca-par à delinquência, tornando-se delinquente.

(Jurandir Freire Costa. http://super.abril.com.br. Adaptado.)

100. A ideia principal do texto é a de que

a) existe uma contradição entre o discurso fa-vorável à cidadania e uma prática distancia-da do comportamento cidadão.

b) ser brasileiro é ser herdeiro de uma tradição de igualdade perante a lei, de direito á liber-dade e de busca da felicidade.

c) o indivíduo adere ao vale-tudo, tornando-se um delinquente, com o objetivo de escapar à delinquência.

d) há pessoas que se contaminam pela inércia ou sonham em renunciar à identidade nacio-nal, deixando o país.

Leia o texto a seguir e responda.

Competição no ensino a distância tende a crescer

Publicado em 08.06.2014, às 20h32

Além de possíveis alterações nas regras do Fies, deve ficar para o próximo governo a ta-refa de revisar algumas normas do ensino a

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distância (EAD). Espera-se a flexibilização de regras que hoje atrasam a abertura de novos polos. O diretor da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), Calos Longo, afirma que há planos de apresentação no Ministério da Educação de um novo marco re-gulatório para a modalidade, mas a expectativa é que o tema só avance após as eleições. Entre as discussões, a possibilidade de utilização de bibliotecas virtuais e novas tecnologias.

As novas normas, diz Longo, poderiam ace-lerar a aprovação pelo ministério de novos polos de ensino a distância, que são espaços de apoio presencial frequentados pelos alu-nos para parte das aulas ou para realização de provas. Com bibliotecas virtuais, por exem-plo, cairia a necessidade de fiscais do Minis-tério da Educação visitarem cada polo para verificar o acervo das instituições antes da inauguração das unidades.

Por trás desse debate, está a constatação de que o ensino a distância é um mercado bas-tante menos pulverizado que a graduação pre-sencial. Durante o julgamento da fusão de Kroton e Anhanguera no Conselho Adminis-trativo de Defesa Econômica (Cade) este foi um dos principais temas abordados pela rela-tora do caso, a conselheira Ana Frazão.

"Esperamos que novas empresas continuem entrando nesse mercado a um ritmo grada-tivo, como tem sido o caso", comentaram em relatório os analistas do Santander Bruno Giardino e Daniel Gewehr. Eles calculam que desde 2012, 26 novas companhias conse-guiram o credenciamento, com 162 novos polos em operação, uma média de 6,2 polos por instituição de ensino superior (IES).

Empresas que já atuam no segmento e que solicitaram expansão não foram contempla-das ainda. "Hoje há uma abertura maior para inauguração de novos polos, mas para o se-tor estes ainda são passos de tartaruga", acredita Edman Altheman, diretor-geral das Faculdades Integradas Rio Branco.

O cenário começa a se tornar mais compe-titivo com a chegada de novas companhias. O grupo Ser Educacional e a Universidade Positivo iniciaram no primeiro trimestre de 2014 a oferta de cursos a distância enquanto o Anima Educação informou ter passado pela última fase de aprovação do seu EAD. A FMU, recém comprada pela americana Laureate, é outra que espera se expandir no segmento enquanto a Cruzeiro do Sul quer sair dos 80 polos atuais e abrir 264 novos. "Nós teremos num intervalo de um a dois anos o dobro da quantidade de operadores disputando alu-nos" comenta o consultor da Hoper Edu-cação, João Vianney.

Em resposta, as líderes Kroton e Anhanguera também têm planos para expansão enquanto chegam as etapas finais da fusão entre elas. O presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, já afirmou que considera possível que até o se-gundo semestre de 2015 estejam funcionando 225 novos polos da companhia. A Anhanguera também aguarda aprovação do Ministério da Educação para abrir 223 polos novos.

Fonte: Agência Estado

101. A ideia principal do texto é a de que

a) empresas atuantes na educação a distância solicitaram expansão, mas não foram con-templadas ainda.

b) o mercado para empresa que trabalham com educação a distância apresenta possi-bilidades de crescimento.

c) existem condições favoráveis para que ocorra a criação de polos de educação a dis-tância no Brasil.

d) o ensino a distância é um mercado bastante mais concentrado do que o da graduação presencial.

Leia o texto a seguir e responda.

Benefícios da educação de prática musical

A educação musical é pouco valorizada e di-fundida no Brasil, mas é de fundamental im-

portância no desenvolvimento do indivíduo. Os gregos sabiam muito bem e valorizavam este conhecimento como princípio formador do ethos de uma sociedade. Ethos significa valores, ética, hábitos e harmonia. São os traços característicos de um povo, seus cos-tumes social e cultural. Logo, a música faz parte da formação da identidade de um povo.

Para os gregos, a música era tão importante e universal quanto o próprio idioma. Ela era um componente responsável por “direcionar a conduta moral, social e política de cada in-divíduo” (NASSER, 1997).

A neurociência usa o termo “funções musi-cais” para designar “um conjunto de ativida-des cognitivas e motoras envolvidas no pro-cessamento da música.” (BALLONE, 2010). O estudo da música favorece conexões entre neurônios relacionados aos processos de memorização, atenção, raciocínio e matemá-tica. Poderíamos ainda citar o cultivo da disci-plina no estudo, uma virtude que deveria ser desenvolvida por todos nós, indivíduos inte-grantes de uma cultura social que não valoriza a contemplação, a paciência e a perseverança.

A música desenvolve o trabalho em equipe. Uma só pessoa não forma uma orquestra, banda ou um coro, mas cada um tocando e cantando em seu momento forma o conjunto onde o espectro sonoro se completa.

A música expressa sentimentos que podem não ser bem expressos em palavras, mas quando estes sentimentos são tocados ou entoados falam direto ao coração. A prática da música ensina e dá coragem para que os alunos ultrapassem medos e assumam ris-cos. Por muitas vezes em nossa vida lidamos com medos e ansiedades. Encará-los e supe-rá-los podem nos levar a ter uma vida mais saudável. Os benefícios são inúmeros tanto para a sociedade quanto para cada indivíduo, seja crianças, jovens, adultos ou idosos. Este é o convite: cantando ou tocando estude e pratique música!

Referências

BALLONE, GJ - A Música e o Cérebro - Disponível em: www.psiqweb.med.br, 2010.NASSER, NAJAT. O Ethos na Música Grega. Boletim do CPA, Campinas, nº 4, jul./dez. 1997.

102. A ideia principal do texto é a de que

a) é possível expressar musicalmente senti-mentos que não cabem nas palavras

b) a execução de uma música envolve a reali-zação de trabalho em equipe.

c) estudo da música produz benefícios para o sujeito e para a coletividade.

d) os gregos conheciam os benefícios da mú-sica e incentivavam o estudo dela.

Leia o texto a seguir e responda.

Três motivos científicos para você começar a namorar

Carol Castro

Semanas atrás, o CIÊNCIA MALUCA mostrou três bons motivos para você continuar sol-teiro. Mas a vida a dois também tem lados po-sitivos. E para fazer jus a eles, a gente sepa-rou outras três pesquisas que mostram como um amor pode fazer bem para você. Olha só.

DEIXA SEU CORAÇÃO MAIS FORTE

Pessoas apaixonadas se mostram mais oti-mistas quando enfrentam cirurgias. E aí aumen-tam as chances de sobreviver à operação. Foi o que aconteceu com 500 pacientes que esta-vam prestes a passar por uma cirurgia car-díaca. Segundo pesquisa americana, o índice de sobrevivência entre os casados era três vezes superior ao dos solteiros. É por essas e outras que…

SOLTEIRÕES MORREM MAIS CEDO

Por um motivo óbvio: os apaixonados têm um suporte social maior, ou seja, alguém com quem contar quando algo sai errado. De acordo com pesquisadores da Universidade

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distância (EAD). Espera-se a flexibilização de regras que hoje atrasam a abertura de novos polos. O diretor da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), Calos Longo, afirma que há planos de apresentação no Ministério da Educação de um novo marco re-gulatório para a modalidade, mas a expectativa é que o tema só avance após as eleições. Entre as discussões, a possibilidade de utilização de bibliotecas virtuais e novas tecnologias.

As novas normas, diz Longo, poderiam ace-lerar a aprovação pelo ministério de novos polos de ensino a distância, que são espaços de apoio presencial frequentados pelos alu-nos para parte das aulas ou para realização de provas. Com bibliotecas virtuais, por exem-plo, cairia a necessidade de fiscais do Minis-tério da Educação visitarem cada polo para verificar o acervo das instituições antes da inauguração das unidades.

Por trás desse debate, está a constatação de que o ensino a distância é um mercado bas-tante menos pulverizado que a graduação pre-sencial. Durante o julgamento da fusão de Kroton e Anhanguera no Conselho Adminis-trativo de Defesa Econômica (Cade) este foi um dos principais temas abordados pela rela-tora do caso, a conselheira Ana Frazão.

"Esperamos que novas empresas continuem entrando nesse mercado a um ritmo grada-tivo, como tem sido o caso", comentaram em relatório os analistas do Santander Bruno Giardino e Daniel Gewehr. Eles calculam que desde 2012, 26 novas companhias conse-guiram o credenciamento, com 162 novos polos em operação, uma média de 6,2 polos por instituição de ensino superior (IES).

Empresas que já atuam no segmento e que solicitaram expansão não foram contempla-das ainda. "Hoje há uma abertura maior para inauguração de novos polos, mas para o se-tor estes ainda são passos de tartaruga", acredita Edman Altheman, diretor-geral das Faculdades Integradas Rio Branco.

O cenário começa a se tornar mais compe-titivo com a chegada de novas companhias. O grupo Ser Educacional e a Universidade Positivo iniciaram no primeiro trimestre de 2014 a oferta de cursos a distância enquanto o Anima Educação informou ter passado pela última fase de aprovação do seu EAD. A FMU, recém comprada pela americana Laureate, é outra que espera se expandir no segmento enquanto a Cruzeiro do Sul quer sair dos 80 polos atuais e abrir 264 novos. "Nós teremos num intervalo de um a dois anos o dobro da quantidade de operadores disputando alu-nos" comenta o consultor da Hoper Edu-cação, João Vianney.

Em resposta, as líderes Kroton e Anhanguera também têm planos para expansão enquanto chegam as etapas finais da fusão entre elas. O presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, já afirmou que considera possível que até o se-gundo semestre de 2015 estejam funcionando 225 novos polos da companhia. A Anhanguera também aguarda aprovação do Ministério da Educação para abrir 223 polos novos.

Fonte: Agência Estado

101. A ideia principal do texto é a de que

a) empresas atuantes na educação a distância solicitaram expansão, mas não foram con-templadas ainda.

b) o mercado para empresa que trabalham com educação a distância apresenta possi-bilidades de crescimento.

c) existem condições favoráveis para que ocorra a criação de polos de educação a dis-tância no Brasil.

d) o ensino a distância é um mercado bastante mais concentrado do que o da graduação presencial.

Leia o texto a seguir e responda.

Benefícios da educação de prática musical

A educação musical é pouco valorizada e di-fundida no Brasil, mas é de fundamental im-

portância no desenvolvimento do indivíduo. Os gregos sabiam muito bem e valorizavam este conhecimento como princípio formador do ethos de uma sociedade. Ethos significa valores, ética, hábitos e harmonia. São os traços característicos de um povo, seus cos-tumes social e cultural. Logo, a música faz parte da formação da identidade de um povo.

Para os gregos, a música era tão importante e universal quanto o próprio idioma. Ela era um componente responsável por “direcionar a conduta moral, social e política de cada in-divíduo” (NASSER, 1997).

A neurociência usa o termo “funções musi-cais” para designar “um conjunto de ativida-des cognitivas e motoras envolvidas no pro-cessamento da música.” (BALLONE, 2010). O estudo da música favorece conexões entre neurônios relacionados aos processos de memorização, atenção, raciocínio e matemá-tica. Poderíamos ainda citar o cultivo da disci-plina no estudo, uma virtude que deveria ser desenvolvida por todos nós, indivíduos inte-grantes de uma cultura social que não valoriza a contemplação, a paciência e a perseverança.

A música desenvolve o trabalho em equipe. Uma só pessoa não forma uma orquestra, banda ou um coro, mas cada um tocando e cantando em seu momento forma o conjunto onde o espectro sonoro se completa.

A música expressa sentimentos que podem não ser bem expressos em palavras, mas quando estes sentimentos são tocados ou entoados falam direto ao coração. A prática da música ensina e dá coragem para que os alunos ultrapassem medos e assumam ris-cos. Por muitas vezes em nossa vida lidamos com medos e ansiedades. Encará-los e supe-rá-los podem nos levar a ter uma vida mais saudável. Os benefícios são inúmeros tanto para a sociedade quanto para cada indivíduo, seja crianças, jovens, adultos ou idosos. Este é o convite: cantando ou tocando estude e pratique música!

Referências

BALLONE, GJ - A Música e o Cérebro - Disponível em: www.psiqweb.med.br, 2010.NASSER, NAJAT. O Ethos na Música Grega. Boletim do CPA, Campinas, nº 4, jul./dez. 1997.

102. A ideia principal do texto é a de que

a) é possível expressar musicalmente senti-mentos que não cabem nas palavras

b) a execução de uma música envolve a reali-zação de trabalho em equipe.

c) estudo da música produz benefícios para o sujeito e para a coletividade.

d) os gregos conheciam os benefícios da mú-sica e incentivavam o estudo dela.

Leia o texto a seguir e responda.

Três motivos científicos para você começar a namorar

Carol Castro

Semanas atrás, o CIÊNCIA MALUCA mostrou três bons motivos para você continuar sol-teiro. Mas a vida a dois também tem lados po-sitivos. E para fazer jus a eles, a gente sepa-rou outras três pesquisas que mostram como um amor pode fazer bem para você. Olha só.

DEIXA SEU CORAÇÃO MAIS FORTE

Pessoas apaixonadas se mostram mais oti-mistas quando enfrentam cirurgias. E aí aumen-tam as chances de sobreviver à operação. Foi o que aconteceu com 500 pacientes que esta-vam prestes a passar por uma cirurgia car-díaca. Segundo pesquisa americana, o índice de sobrevivência entre os casados era três vezes superior ao dos solteiros. É por essas e outras que…

SOLTEIRÕES MORREM MAIS CEDO

Por um motivo óbvio: os apaixonados têm um suporte social maior, ou seja, alguém com quem contar quando algo sai errado. De acordo com pesquisadores da Universidade

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de Louisville, os homens solteiros têm um risco de morte 32% maior que os casados. E as mulheres também sofrem: as solteiras correm um risco 23% maior de morrer. No fim das contas, os solteirões vivem de 7 a 17 anos menos que os comprometidos.

AMOR DEIXA A COMIDA MAIS GOSTOSA

Ok, essa é gordice. Mas é legal. Kurt Gray, um psicólogo da Universidade de Maryland, con-vidou 87 pessoas para um teste. Todos eles ganharam uma caixa com doces. Enquanto metade das embalagens carregava uma mensagem carinhosa, do tipo “espero que vo-cê goste”, a outra parte vinha com um bilhete grosseiro (“tô nem aí se você não gostar”). E quem havia recebido a caixa fofa gostava mais da comida do que os outros. “O jeito que captamos as intenções dos outros muda nos-sa percepção física do mundo”, explica Gray. Vai ver é por isso, aliás, que os casais engor-dam depois de um tempo de namoro.

E aí, qual lista te convenceu mais?

103. A ideia principal do texto é a de que

a) o namoro é uma experiência que traz conse-quências positivas.

b) o namoro desenvolve o paladar das pessoas que se apaixonam.

c) o namoro previne os apaixonados dos ris-cos que ameaçam os solteiros.

d) o namoro é uma prática que fortalece o cora-ção dos apaixonados.

Leia o texto a seguir e responda.

Japonesas perdem título de mais longevas do mundo

26 de julho de 2012 | 8h 37

Depois de 26 anos no topo da lista das mulhe-res de maior expectativa de vida do mundo, as japonesas perderam no ano passado a coroa, disse nesta quarta-feira o governo do

Japão, que culpou o terremoto e o tsunami de 2011 pela queda.

O Ministério do Trabalho e Saúde informou que o desastre, que deixou aproximadamente 20 mil mortos ou desaparecidos, foi o princi-pal fator por trás da queda na média da expectativa de vida, que caiu 0.4 anos, fican-do em 85,9 anos. As japonesas ficaram atrás das mulheres de Hong Kong, cuja média é de 86,7 anos.

Segundo o ministério, o aumento nos casos de suicídio no ano passado também contri-buiu para o declínio.

Para os homens, a média da expectativa de vida caiu 0,11 anos, ficando em 79,44 anos, empatados com os italianos em sétimo lugar. Os suíços estão no topo da lista, com 80,2 anos.

Como resultado dos avanços na saúde e queda da taxa de natalidade, o Japão, décima nação mais populosa do mundo, é um das socieda-des com mais idosos e um ritmo de envelhe-cimento mais rápido.

A tendência ficou especialmente evidente no nordeste do país, região onde mesmo antes do tsunami a escassez de empregos levava os jovens a migrarem. Boa parte das vítimas do desastre era de moradores idosos.

(Por Teppei Kasai)

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,japonesas-perdem-titulo-de-mais-longevas-do-mundo,905868,0.htm

104. A informação principal da notícia é a de quê:

a) a escassez de empregos levava os jovens a migrarem.

b) a média da expectativa de vida dos homens caiu 0,11 anos.

c) as japonesas não são mais as mulheres mais longevas do mundo.

d) o Japão apresenta uma sociedade populosa e com muitos idosos.

D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a ha-bilidade do aluno em reconhecer os fatos que causam o conflito ou que motivam as ações dos personagens, originando o enredo do texto.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitado ao aluno que identifique os acontecimentos desencadeadores de fatos apresentados na narrativa, ou seja, o conflito gerador, ou o personagem principal, ou o nar-rador da história, ou o desfecho da narrativa.

Leia o texto abaixo

O MILAGRE

Naquela pequena cidade as romarias come-çaram quando correu o boato do milagre. É sempre assim. Começa com um simples boa-to, mas logo o povo – sofredor, coitadinho e pronto a acreditar em algo capaz de minorar sua perene chateação – passa a torcer para que o boato se transforme numa realidade, pa-ra poder fazer do milagre a sua esperança.

Dizia-se que ali vivera um vigário muito pie-doso, homem bom, tranquilo, amigo da gente simples, que fora em vida um misto de sacer-dote, conselheiro, médico, financiador dos necessitados e até advogado dos pobres, nas suas eternas questões com os poderosos. Fora, enfim, um sacerdote na expressão do termo: fizera de sua vida um apostolado.

Um dia o vigário morreu. Ficou a saudade mo-rando com a gente do lugar. E era em sinal de reconhecimento que conservavam o quarto onde ele vivera, tal e qual o deixara. Era um quartinho modesto, atrás da venda. Um catre (porque em histórias assim, a cama do per-sonagem chama-se catre), uma cadeira, um armário tosco, alguns livros. O quarto do vi-gário ficou sendo uma espécie de monu-mento à sua memória, já que a Prefeitura local não tinha verba para erguer sua estátua.

E foi quando um dia… ou melhor, uma noite, deu-se o milagre. No quarto dos fundos da venda, no quarto que fora do padre, na mes-ma hora em que o padre costumava acender uma vela para ler seu breviário, apareceu uma vela acesa.

– Milagre!!! – quiseram todos.

E milagre ficou sendo, porque uma senhora que tinha o filho doente, logo se ajoelhou do lado de fora do quarto, junto à janela, e pediu pela criança. Ao chegar em casa, depois do pedido – conta-se – a senhora encontrou o filho brincando, fagueiro.

– Milagre!!! – repetiram todos. E o grito de “Milagre!!!” reboou por sobre montes e rios, vales e florestas, indo soar no ouvido de outras gentes, de outros povoados. E logo começaram as romarias.

Vinha gente de longe pedir! Chegava povo de tudo quanto é canto e ficava ali plantado, junto à janela, aguardando a luz da vela. Outros padres, coronéis, até deputados, para oficializar o milagre. E quando eram mais ou menos seis da tarde, hora em que o bondoso sacerdote costumava acender sua vela… a vela se acendia e começavam as orações. Ricos e pobres, doentes e saudáveis, homens e mulheres caíam de joelhos, pedindo.

Com o passar do tempo a coisa arrefeceu. Muitos foram os casos de doenças curadas, de heranças conseguidas, de triunfos os mais diversos. Mas, como tudo passa, depois de alguns anos passaram também as romarias. Foi diminuindo a fama do milagre e ficou, apenas, mais folclore na lembrança do povo.

O lugarejo não mudou nada. Continua igualzi-nho como era, e ainda existe, atrás da venda, o quarto que fora do padre. Passamos outro dia por lá. Entramos e pedimos ao português, seu dono, que vive há muitos anos atrás do balcão, a roubar no peso, que nos servisse uma cerveja. O português, então, berrou para

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de Louisville, os homens solteiros têm um risco de morte 32% maior que os casados. E as mulheres também sofrem: as solteiras correm um risco 23% maior de morrer. No fim das contas, os solteirões vivem de 7 a 17 anos menos que os comprometidos.

AMOR DEIXA A COMIDA MAIS GOSTOSA

Ok, essa é gordice. Mas é legal. Kurt Gray, um psicólogo da Universidade de Maryland, con-vidou 87 pessoas para um teste. Todos eles ganharam uma caixa com doces. Enquanto metade das embalagens carregava uma mensagem carinhosa, do tipo “espero que vo-cê goste”, a outra parte vinha com um bilhete grosseiro (“tô nem aí se você não gostar”). E quem havia recebido a caixa fofa gostava mais da comida do que os outros. “O jeito que captamos as intenções dos outros muda nos-sa percepção física do mundo”, explica Gray. Vai ver é por isso, aliás, que os casais engor-dam depois de um tempo de namoro.

E aí, qual lista te convenceu mais?

103. A ideia principal do texto é a de que

a) o namoro é uma experiência que traz conse-quências positivas.

b) o namoro desenvolve o paladar das pessoas que se apaixonam.

c) o namoro previne os apaixonados dos ris-cos que ameaçam os solteiros.

d) o namoro é uma prática que fortalece o cora-ção dos apaixonados.

Leia o texto a seguir e responda.

Japonesas perdem título de mais longevas do mundo

26 de julho de 2012 | 8h 37

Depois de 26 anos no topo da lista das mulhe-res de maior expectativa de vida do mundo, as japonesas perderam no ano passado a coroa, disse nesta quarta-feira o governo do

Japão, que culpou o terremoto e o tsunami de 2011 pela queda.

O Ministério do Trabalho e Saúde informou que o desastre, que deixou aproximadamente 20 mil mortos ou desaparecidos, foi o princi-pal fator por trás da queda na média da expectativa de vida, que caiu 0.4 anos, fican-do em 85,9 anos. As japonesas ficaram atrás das mulheres de Hong Kong, cuja média é de 86,7 anos.

Segundo o ministério, o aumento nos casos de suicídio no ano passado também contri-buiu para o declínio.

Para os homens, a média da expectativa de vida caiu 0,11 anos, ficando em 79,44 anos, empatados com os italianos em sétimo lugar. Os suíços estão no topo da lista, com 80,2 anos.

Como resultado dos avanços na saúde e queda da taxa de natalidade, o Japão, décima nação mais populosa do mundo, é um das socieda-des com mais idosos e um ritmo de envelhe-cimento mais rápido.

A tendência ficou especialmente evidente no nordeste do país, região onde mesmo antes do tsunami a escassez de empregos levava os jovens a migrarem. Boa parte das vítimas do desastre era de moradores idosos.

(Por Teppei Kasai)

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,japonesas-perdem-titulo-de-mais-longevas-do-mundo,905868,0.htm

104. A informação principal da notícia é a de quê:

a) a escassez de empregos levava os jovens a migrarem.

b) a média da expectativa de vida dos homens caiu 0,11 anos.

c) as japonesas não são mais as mulheres mais longevas do mundo.

d) o Japão apresenta uma sociedade populosa e com muitos idosos.

D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a ha-bilidade do aluno em reconhecer os fatos que causam o conflito ou que motivam as ações dos personagens, originando o enredo do texto.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitado ao aluno que identifique os acontecimentos desencadeadores de fatos apresentados na narrativa, ou seja, o conflito gerador, ou o personagem principal, ou o nar-rador da história, ou o desfecho da narrativa.

Leia o texto abaixo

O MILAGRE

Naquela pequena cidade as romarias come-çaram quando correu o boato do milagre. É sempre assim. Começa com um simples boa-to, mas logo o povo – sofredor, coitadinho e pronto a acreditar em algo capaz de minorar sua perene chateação – passa a torcer para que o boato se transforme numa realidade, pa-ra poder fazer do milagre a sua esperança.

Dizia-se que ali vivera um vigário muito pie-doso, homem bom, tranquilo, amigo da gente simples, que fora em vida um misto de sacer-dote, conselheiro, médico, financiador dos necessitados e até advogado dos pobres, nas suas eternas questões com os poderosos. Fora, enfim, um sacerdote na expressão do termo: fizera de sua vida um apostolado.

Um dia o vigário morreu. Ficou a saudade mo-rando com a gente do lugar. E era em sinal de reconhecimento que conservavam o quarto onde ele vivera, tal e qual o deixara. Era um quartinho modesto, atrás da venda. Um catre (porque em histórias assim, a cama do per-sonagem chama-se catre), uma cadeira, um armário tosco, alguns livros. O quarto do vi-gário ficou sendo uma espécie de monu-mento à sua memória, já que a Prefeitura local não tinha verba para erguer sua estátua.

E foi quando um dia… ou melhor, uma noite, deu-se o milagre. No quarto dos fundos da venda, no quarto que fora do padre, na mes-ma hora em que o padre costumava acender uma vela para ler seu breviário, apareceu uma vela acesa.

– Milagre!!! – quiseram todos.

E milagre ficou sendo, porque uma senhora que tinha o filho doente, logo se ajoelhou do lado de fora do quarto, junto à janela, e pediu pela criança. Ao chegar em casa, depois do pedido – conta-se – a senhora encontrou o filho brincando, fagueiro.

– Milagre!!! – repetiram todos. E o grito de “Milagre!!!” reboou por sobre montes e rios, vales e florestas, indo soar no ouvido de outras gentes, de outros povoados. E logo começaram as romarias.

Vinha gente de longe pedir! Chegava povo de tudo quanto é canto e ficava ali plantado, junto à janela, aguardando a luz da vela. Outros padres, coronéis, até deputados, para oficializar o milagre. E quando eram mais ou menos seis da tarde, hora em que o bondoso sacerdote costumava acender sua vela… a vela se acendia e começavam as orações. Ricos e pobres, doentes e saudáveis, homens e mulheres caíam de joelhos, pedindo.

Com o passar do tempo a coisa arrefeceu. Muitos foram os casos de doenças curadas, de heranças conseguidas, de triunfos os mais diversos. Mas, como tudo passa, depois de alguns anos passaram também as romarias. Foi diminuindo a fama do milagre e ficou, apenas, mais folclore na lembrança do povo.

O lugarejo não mudou nada. Continua igualzi-nho como era, e ainda existe, atrás da venda, o quarto que fora do padre. Passamos outro dia por lá. Entramos e pedimos ao português, seu dono, que vive há muitos anos atrás do balcão, a roubar no peso, que nos servisse uma cerveja. O português, então, berrou para

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um pretinho, que arrumava latas de goiabada numa prateleira:

– Ó Milagre, sirva uma cerveja ao freguês!

Achamos o nome engraçado. Qual o padrinho que pusera o nome de Milagre naquele afilhado? E o português explicou que não, que o nome do pretinho era Sebastião. Mila-gre era apelido.

– E por quê? – perguntamos.

- Porque era ele quem acendia a vela, no quarto do padre.

(STANISLAW PONTE PRETA. O melhor de Stanislaw Ponte Preta. 3a. Edição, Rio de Janeiro, José Olympio, 1988)

105. O conflito que motiva o desenvolvimento da narrativa é

a) as romarias que começaram quando o boa-to passou a circular.

b) o fato de o garoto de acender a vela no quar-to do padre.

c) o fato de o vigário morrer, deixando sauda-des nos moradores da cidade.

d) o fato de uma senhora ter orado pelo seu filho, que estava doente.

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O torcedor

No jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo Atlético Mineiro, não porque fos-se atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a volta seria problema.

O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em busca de táxi ine-xistente, acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém, e havia duas

bandeiras rubro-negras para cada passa-geiro. E não eram bandeiras pequenas nem torcedores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitória.

Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés. A bola era ele, embora ninguém reparasse na-quela esfera humana que ansiava por tornar a ser gente a caminho de casa.

Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se lessem em seu íntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com alegria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o canto?

Eram braços e pernas falando além da boca? A emanação de entusiasmo o contagiava e trans-formava. Marcou com a cabeça o acompanha-mento da música. Abriu os lábios, simulando cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou. Loucura con-tinuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: “Eu volto, gente! Vou só trocar de roupa” e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem compromisso clubista.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://flamengo-eternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor-carlos-drummond-de-andrade. html>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento.

106. O clímax desse texto encontra-se no trecho:

a) “... acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém,...”.

b) “Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés.”.

c) “Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror.”

d) “Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.”.

Leia o texto, abaixo e responda.

A lenda do preguiçoso

Giba Pedroza

Diz que era uma vez um homem que era o mais preguiçoso que já se viu debaixo do céu e acima da terra. Ao nascer nem chorou, e se pudesse falar teria dito:

“Choro não. Depois eu choro”.

Também a culpa não era do pobre. Foi o pai que fez pouco caso quando a parteira ralhou com ele: “Não cruze as pernas, moço. Não presta! Atrasa o menino pra nascer e ele pode crescer na preguiça, manhoso”.

E a sina se cumpriu. Cresceu o menino na maior preguiça e fastio. Nada de roça, nada de lida, tanto que um dia o moço se viu sozinho no pequeno sítio da família onde já não se plantava nada. O mato foi crescendo em volta da casa e ele já não tinha o que comer. Vai então que ele chama o vizinho, que era também seu compadre, e pede pra ser enterrado ainda vivo. O outro, no começo, não queria atender ao estranho pedido, mas quando se lembrou de que negar favor e desejo de compadre dá sete anos de azar...

E lá se foi o cortejo. Ia carregado por alguns poucos, nos braços de Josefina, sua rede de estimação. Quando passou diante da casa do fazendeiro mais rico da cidade, este tirou o chapéu, em sinal de respeito, e perguntou:

Quem é que vai aí? Que Deus o tenha!”

“Deus não tem ainda, não, moço. Tá vivo.”

E quando o fazendeiro soube que era porque não tinha mais o que comer, ofereceu dez sacas de arroz. O preguiçoso levantou a aba do chapéu e ainda da rede cochichou no ouvido do homem:

“Moço, esse seu arroz tá escolhidinho, lim-pinho e fritinho?”

“Tá não.”

“Então toque o enterro, pessoal.”

E é por isso que se diz que é preciso prestar atenção nas crendices e superstições da ciência popular.

Disponível em: <http://singrandohorizontes.wordpress.com /2010/ 08/18/folclore-popular-lenda-do-preguicoso/>. Acesso em: 08 set. 2010.

107. Ao introduzir esse texto com “Diz que era uma vez...”, o narrador

a) antecipa a ideia de um texto de conteúdo de base irreal.

b) isenta-se da responsabilidade sobre o que será narrado.

c) manifesta-se subjetivamente em relação aos fatos.

d) reproduz uma introdução tradicional dos contos de fada.

(PROEB). Leia o texto abaixo e responda.

Os Viajantes e a Bolsa de Moedas

Dois homens viajavam juntos ao longo de uma estrada, quando um deles encontrou uma bolsa cheia de alguma coisa. E ele disse: “Veja que sorte a minha, encontrei uma bolsa, e a julgar pelo peso, deve estar cheia de moe-das de ouro.”

E lhe diz o companheiro: “Não diga encontrei uma bolsa; mas, nós encontramos uma bol-sa, e quanta sorte temos. Amigos de viagem devem compartilhar as tristezas e alegrias da estrada.”

O “sortudo”, claro, se nega a dividir o achado. Então escutam gritos de: “Pega ladrão!”, vin-do de um grupo de homens armados com porretes, que se dirigem, estrada abaixo, na direção deles. O viajante “sortudo”, logo en-tra em pânico, e diz. “Estamos perdidos se

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um pretinho, que arrumava latas de goiabada numa prateleira:

– Ó Milagre, sirva uma cerveja ao freguês!

Achamos o nome engraçado. Qual o padrinho que pusera o nome de Milagre naquele afilhado? E o português explicou que não, que o nome do pretinho era Sebastião. Mila-gre era apelido.

– E por quê? – perguntamos.

- Porque era ele quem acendia a vela, no quarto do padre.

(STANISLAW PONTE PRETA. O melhor de Stanislaw Ponte Preta. 3a. Edição, Rio de Janeiro, José Olympio, 1988)

105. O conflito que motiva o desenvolvimento da narrativa é

a) as romarias que começaram quando o boa-to passou a circular.

b) o fato de o garoto de acender a vela no quar-to do padre.

c) o fato de o vigário morrer, deixando sauda-des nos moradores da cidade.

d) o fato de uma senhora ter orado pelo seu filho, que estava doente.

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O torcedor

No jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo Atlético Mineiro, não porque fos-se atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a volta seria problema.

O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em busca de táxi ine-xistente, acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém, e havia duas

bandeiras rubro-negras para cada passa-geiro. E não eram bandeiras pequenas nem torcedores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitória.

Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés. A bola era ele, embora ninguém reparasse na-quela esfera humana que ansiava por tornar a ser gente a caminho de casa.

Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se lessem em seu íntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com alegria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o canto?

Eram braços e pernas falando além da boca? A emanação de entusiasmo o contagiava e trans-formava. Marcou com a cabeça o acompanha-mento da música. Abriu os lábios, simulando cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou. Loucura con-tinuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: “Eu volto, gente! Vou só trocar de roupa” e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem compromisso clubista.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://flamengo-eternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor-carlos-drummond-de-andrade. html>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento.

106. O clímax desse texto encontra-se no trecho:

a) “... acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém,...”.

b) “Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés.”.

c) “Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror.”

d) “Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.”.

Leia o texto, abaixo e responda.

A lenda do preguiçoso

Giba Pedroza

Diz que era uma vez um homem que era o mais preguiçoso que já se viu debaixo do céu e acima da terra. Ao nascer nem chorou, e se pudesse falar teria dito:

“Choro não. Depois eu choro”.

Também a culpa não era do pobre. Foi o pai que fez pouco caso quando a parteira ralhou com ele: “Não cruze as pernas, moço. Não presta! Atrasa o menino pra nascer e ele pode crescer na preguiça, manhoso”.

E a sina se cumpriu. Cresceu o menino na maior preguiça e fastio. Nada de roça, nada de lida, tanto que um dia o moço se viu sozinho no pequeno sítio da família onde já não se plantava nada. O mato foi crescendo em volta da casa e ele já não tinha o que comer. Vai então que ele chama o vizinho, que era também seu compadre, e pede pra ser enterrado ainda vivo. O outro, no começo, não queria atender ao estranho pedido, mas quando se lembrou de que negar favor e desejo de compadre dá sete anos de azar...

E lá se foi o cortejo. Ia carregado por alguns poucos, nos braços de Josefina, sua rede de estimação. Quando passou diante da casa do fazendeiro mais rico da cidade, este tirou o chapéu, em sinal de respeito, e perguntou:

Quem é que vai aí? Que Deus o tenha!”

“Deus não tem ainda, não, moço. Tá vivo.”

E quando o fazendeiro soube que era porque não tinha mais o que comer, ofereceu dez sacas de arroz. O preguiçoso levantou a aba do chapéu e ainda da rede cochichou no ouvido do homem:

“Moço, esse seu arroz tá escolhidinho, lim-pinho e fritinho?”

“Tá não.”

“Então toque o enterro, pessoal.”

E é por isso que se diz que é preciso prestar atenção nas crendices e superstições da ciência popular.

Disponível em: <http://singrandohorizontes.wordpress.com /2010/ 08/18/folclore-popular-lenda-do-preguicoso/>. Acesso em: 08 set. 2010.

107. Ao introduzir esse texto com “Diz que era uma vez...”, o narrador

a) antecipa a ideia de um texto de conteúdo de base irreal.

b) isenta-se da responsabilidade sobre o que será narrado.

c) manifesta-se subjetivamente em relação aos fatos.

d) reproduz uma introdução tradicional dos contos de fada.

(PROEB). Leia o texto abaixo e responda.

Os Viajantes e a Bolsa de Moedas

Dois homens viajavam juntos ao longo de uma estrada, quando um deles encontrou uma bolsa cheia de alguma coisa. E ele disse: “Veja que sorte a minha, encontrei uma bolsa, e a julgar pelo peso, deve estar cheia de moe-das de ouro.”

E lhe diz o companheiro: “Não diga encontrei uma bolsa; mas, nós encontramos uma bol-sa, e quanta sorte temos. Amigos de viagem devem compartilhar as tristezas e alegrias da estrada.”

O “sortudo”, claro, se nega a dividir o achado. Então escutam gritos de: “Pega ladrão!”, vin-do de um grupo de homens armados com porretes, que se dirigem, estrada abaixo, na direção deles. O viajante “sortudo”, logo en-tra em pânico, e diz. “Estamos perdidos se

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encontrarem essa bolsa conosco.”

Replica o outro: “Você não disse 'nós' antes. Assim, agora fique com o que é seu e diga, 'Eu estou perdido'.”

Moral da História:

Não devemos exigir que alguém compartilhe conosco as desventuras, quando não lhes compartilhamos também as nossas alegrias.

Esopo. Disponível em: <http://sitededicas.uol.com.br> Acesso em: 02 fev. 2010.

108. O fato que deu origem a essa história foi

a) o amigo ter abandonado o outro companheiro.b) o viajante ser perseguido por homens armados.c) os amigos ficarem perdidos em uma estrada.d) os viajantes encontrarem uma bolsa com

moedas.

D11 – Estabelecer relação causa/ consequên-cia entre partes e elementos do texto

Por meio deste descritor pode-se avaliar a habi-lidade do aluno em identificar o motivo pelo qual os fatos são apresentados no texto, ou se-ja, o reconhecimento de como as relações entre os elementos organizam-se de forma que um torna-se o resultado do outro.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o aluno estabelece relações entre as diversas partes que o compõem, averiguando as relações de causa e efeito, problema e solução, entre outros.

Leia o texto abaixo

Japonesas perdem título de mais longevas do mundo

26 de julho de 2012 | 8h 37

Depois de 26 anos no topo da lista das mu-lheres de maior expectativa de vida do mundo, as japonesas perderam no ano passado a coroa, disse nesta quarta-feira o

governo do Japão, que culpou o terremoto e o tsunami de 2011 pela queda.

O Ministério do Trabalho e Saúde informou que o desastre, que deixou aproximadamente 20 mil mortos ou desaparecidos, foi o principal fator por trás da queda na média da expectativa de vida, que caiu 0.4 anos, ficando em 85,9 anos. As japonesas ficaram atrás das mulheres de Hong Kong, cuja média é de 86,7 anos.

Segundo o ministério, o aumento nos casos de suicídio no ano passado também contribuiu para o declínio.

Para os homens, a média da expectativa de vida caiu 0,11 anos, ficando em 79,44 anos, empatados com os italianos em sétimo lugar. Os suíços estão no topo da lista, com 80,2 anos.

Como resultado dos avanços na saúde e queda da taxa de natalidade, o Japão, décima nação mais populosa do mundo, é um das sociedades com mais idosos e um ritmo de envelhecimento mais rápido.

A tendência ficou especialmente evidente no nordeste do país, região onde mesmo antes do tsunami a escassez de empregos levava os jovens a migrarem. Boa parte das vítimas do desastre era de moradores idosos.

(Por Teppei Kasai) http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,japonesas-perdem-titulo-de-mais-longevas-do-mundo,905868,0.htm

109. O governo japonês indica como causas da queda da expectativa de vida das japonesas:

a) os 26 anos em que elas passaram no topo da lista das mais longevas.

b) o fato de o Japão ser um país que está enve-lhecendo rapidamente.

c) terremoto, o tsunami de 2011 e o aumento nos casos de suicídio.

d) os avanços na saúde e queda da taxa de natalidade no país.

Leia o texto para responder a questão a seguir:

O NAMORO NA ADOLESCÊNCIA

Um namoro, para acontecer de forma positiva, precisa de vários ingredientes: a começar pela família, que não seja muito rígida e atrasada nos seus valores, seja conversável e, ao mesmo tem-po, tenha limites muito claros de comportamen-to. O adolescente precisa disto para se sentir seguro. O outro aspecto tem a ver com o próprio adolescente e suas condições internas que determinarão suas necessidades e a própria es-colha. São fatores inconscientes, que fazem que a Mariazinha se encante com o jeito tímido do João e não dê pelota para o herói da turma, o Mário. Aspectos situacionais, como a relação harmoniosa ou não entre os pais do adoles-cente, também influenciarão no seu namoro. Um relacionamento onde um dos parceiros vem de um lar em crise é, de saída, dose de leão para o outro, que passa a ser utilizado como anteparo de todas as dores e frustrações. Geralmente, esta carga é demais para o outro parceiro, que também enfrenta suas crises pelas próprias condições de adolescente. Entrar em contato com outra pessoa, senti-la, ouvi-la, depender dela afetivamente e, ao mesmo tempo, não massacrá-la de exigências, e não ter medo de se entregar, é tarefa difícil em qualquer idade. Mas é assim que começa este aprendizado de relacio-nar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.

(Marta Suplicy)

Vocabulário:anteparo – s.m. Objeto que serve para pro-teger, resguardar.

110. De acordo com o texto, a frase: “Mas é assim que começa este aprendizado de relacio-nar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.” refere-se à seguinte fase do aprendizado:

a) às fases do namoro: começo, meio e fim.b) à forma positiva de como o namoro deve acontecer.c) ao namoro que inicia na adolescência.d) aos ingredientes necessários ao namoro.

Leia o texto para responder a questão a seguir:

O Xá do Blá-blá-blá

Era uma vez, no país de Alefbey, uma triste ci-dade, a mais triste das cidades, uma cidade tão arrasadoramente triste que tinha esquecido até seu próprio nome. Ficava à margem de um mar sombrio, cheio de peixosos – peixes queixosos e pesarosos, tão horríveis de se comer que fa-ziam as pessoas arrotarem de pura melancolia, mesmo quando o céu estava azul.

Ao norte dessa cidade triste havia poderosas fá-bricas nas quais a tristeza (assim me disse-ram) era literalmente fabricada, e depois em-balada e enviada para o mundo inteiro, que pa-recia sempre querer mais. Das chaminés das fábricas de tristeza saía aos borbotões uma fumaça negra, que pairava sobre a cidade como uma má notícia.

RUSHDIE, Salman. Haroun e o Mar de Histórias. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

111. O trecho do texto que indica uma conse-quência é

a) “que faziam as pessoas arrotarem de pura melancolia”.

b) “Ficava à margem de um mar sombrio, cheio de peixosos “.

c) “uma triste cidade, a mais triste das cidades”.d) ”Ao norte dessa cidade triste havia pode-

rosas fábricas”.

(SAERS). Leia o texto abaixo.

Essas meninas

As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes com seus na-morados. As alegres meninas que estão sem-pre rindo, comentando o besouro que entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem importância.

O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia.

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encontrarem essa bolsa conosco.”

Replica o outro: “Você não disse 'nós' antes. Assim, agora fique com o que é seu e diga, 'Eu estou perdido'.”

Moral da História:

Não devemos exigir que alguém compartilhe conosco as desventuras, quando não lhes compartilhamos também as nossas alegrias.

Esopo. Disponível em: <http://sitededicas.uol.com.br> Acesso em: 02 fev. 2010.

108. O fato que deu origem a essa história foi

a) o amigo ter abandonado o outro companheiro.b) o viajante ser perseguido por homens armados.c) os amigos ficarem perdidos em uma estrada.d) os viajantes encontrarem uma bolsa com

moedas.

D11 – Estabelecer relação causa/ consequên-cia entre partes e elementos do texto

Por meio deste descritor pode-se avaliar a habi-lidade do aluno em identificar o motivo pelo qual os fatos são apresentados no texto, ou se-ja, o reconhecimento de como as relações entre os elementos organizam-se de forma que um torna-se o resultado do outro.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o aluno estabelece relações entre as diversas partes que o compõem, averiguando as relações de causa e efeito, problema e solução, entre outros.

Leia o texto abaixo

Japonesas perdem título de mais longevas do mundo

26 de julho de 2012 | 8h 37

Depois de 26 anos no topo da lista das mu-lheres de maior expectativa de vida do mundo, as japonesas perderam no ano passado a coroa, disse nesta quarta-feira o

governo do Japão, que culpou o terremoto e o tsunami de 2011 pela queda.

O Ministério do Trabalho e Saúde informou que o desastre, que deixou aproximadamente 20 mil mortos ou desaparecidos, foi o principal fator por trás da queda na média da expectativa de vida, que caiu 0.4 anos, ficando em 85,9 anos. As japonesas ficaram atrás das mulheres de Hong Kong, cuja média é de 86,7 anos.

Segundo o ministério, o aumento nos casos de suicídio no ano passado também contribuiu para o declínio.

Para os homens, a média da expectativa de vida caiu 0,11 anos, ficando em 79,44 anos, empatados com os italianos em sétimo lugar. Os suíços estão no topo da lista, com 80,2 anos.

Como resultado dos avanços na saúde e queda da taxa de natalidade, o Japão, décima nação mais populosa do mundo, é um das sociedades com mais idosos e um ritmo de envelhecimento mais rápido.

A tendência ficou especialmente evidente no nordeste do país, região onde mesmo antes do tsunami a escassez de empregos levava os jovens a migrarem. Boa parte das vítimas do desastre era de moradores idosos.

(Por Teppei Kasai) http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,japonesas-perdem-titulo-de-mais-longevas-do-mundo,905868,0.htm

109. O governo japonês indica como causas da queda da expectativa de vida das japonesas:

a) os 26 anos em que elas passaram no topo da lista das mais longevas.

b) o fato de o Japão ser um país que está enve-lhecendo rapidamente.

c) terremoto, o tsunami de 2011 e o aumento nos casos de suicídio.

d) os avanços na saúde e queda da taxa de natalidade no país.

Leia o texto para responder a questão a seguir:

O NAMORO NA ADOLESCÊNCIA

Um namoro, para acontecer de forma positiva, precisa de vários ingredientes: a começar pela família, que não seja muito rígida e atrasada nos seus valores, seja conversável e, ao mesmo tem-po, tenha limites muito claros de comportamen-to. O adolescente precisa disto para se sentir seguro. O outro aspecto tem a ver com o próprio adolescente e suas condições internas que determinarão suas necessidades e a própria es-colha. São fatores inconscientes, que fazem que a Mariazinha se encante com o jeito tímido do João e não dê pelota para o herói da turma, o Mário. Aspectos situacionais, como a relação harmoniosa ou não entre os pais do adoles-cente, também influenciarão no seu namoro. Um relacionamento onde um dos parceiros vem de um lar em crise é, de saída, dose de leão para o outro, que passa a ser utilizado como anteparo de todas as dores e frustrações. Geralmente, esta carga é demais para o outro parceiro, que também enfrenta suas crises pelas próprias condições de adolescente. Entrar em contato com outra pessoa, senti-la, ouvi-la, depender dela afetivamente e, ao mesmo tempo, não massacrá-la de exigências, e não ter medo de se entregar, é tarefa difícil em qualquer idade. Mas é assim que começa este aprendizado de relacio-nar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.

(Marta Suplicy)

Vocabulário:anteparo – s.m. Objeto que serve para pro-teger, resguardar.

110. De acordo com o texto, a frase: “Mas é assim que começa este aprendizado de relacio-nar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.” refere-se à seguinte fase do aprendizado:

a) às fases do namoro: começo, meio e fim.b) à forma positiva de como o namoro deve acontecer.c) ao namoro que inicia na adolescência.d) aos ingredientes necessários ao namoro.

Leia o texto para responder a questão a seguir:

O Xá do Blá-blá-blá

Era uma vez, no país de Alefbey, uma triste ci-dade, a mais triste das cidades, uma cidade tão arrasadoramente triste que tinha esquecido até seu próprio nome. Ficava à margem de um mar sombrio, cheio de peixosos – peixes queixosos e pesarosos, tão horríveis de se comer que fa-ziam as pessoas arrotarem de pura melancolia, mesmo quando o céu estava azul.

Ao norte dessa cidade triste havia poderosas fá-bricas nas quais a tristeza (assim me disse-ram) era literalmente fabricada, e depois em-balada e enviada para o mundo inteiro, que pa-recia sempre querer mais. Das chaminés das fábricas de tristeza saía aos borbotões uma fumaça negra, que pairava sobre a cidade como uma má notícia.

RUSHDIE, Salman. Haroun e o Mar de Histórias. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

111. O trecho do texto que indica uma conse-quência é

a) “que faziam as pessoas arrotarem de pura melancolia”.

b) “Ficava à margem de um mar sombrio, cheio de peixosos “.

c) “uma triste cidade, a mais triste das cidades”.d) ”Ao norte dessa cidade triste havia pode-

rosas fábricas”.

(SAERS). Leia o texto abaixo.

Essas meninas

As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes com seus na-morados. As alegres meninas que estão sem-pre rindo, comentando o besouro que entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem importância.

O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia.

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Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem.

Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem importância. Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina encon-trado naquelas condições, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa mais rir.

As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas mulheres.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1998, p. 72.

112. Qual é a relação de causa e conseqüência destacada nesse conto?

a) O tempo gera o envelhecimento das meninas.b) O uniforme gera a despersonalização das

meninas.c) O riso provoca a diferenciação das meninas.d) O crime provoca o amadurecimento das

meninas.

(SAEPE). Leia o texto abaixo.

Você sabia que a Floresta Amazônica não é responsável por grande parte do oxigênio que respiramos?

É bem provável que você tenha ouvido por aí: “A Amazônia é o pulmão do mundo.” Boba-gem! Embora as florestas tenham, sim, gran-de importância na produção do oxigênio, co-mo é o caso da Floresta Amazônica, o grande pulmão do mundo, para usar a mesma ex-pressão, está nas águas – ou melhor, nos seres que habitam rios e mares.

Um bom exemplo são os locais de encontro entre rios e mares, os chamados estuários, ambientes muito ricos em vida. Ali encon-tram-se as macrófitas aquáticas, plantas que se parecem com o capim terrestre; o fitoplânc-ton, que são algas microscópicas que vivem próximas às superfícies da água; as plantas

herbáceas, que são rasteiras, maleáveis e se parecem com ervas. Pois bem!

Essas espécies são algumas das grandes pro-dutoras do oxigênio que respiramos e não as enormes árvores das florestas. [...]

Quanto menores são os organismos, mais rápido é o seu metabolismo, as reações quí-micas que ocorrem dentro do corpo. No caso dessas espécies, essas reações estão direta-mente ligadas à fotossíntese, processo pelo qual, utilizando se da luz do Sol, os vegetais produzem o seu próprio alimento e liberam oxigênio.

QUESADO, Letícia Barbosa. Ciência hoje das crianças, janeiro/ fevereiro de 2010. Fragmento.

113. De acordo com esse texto, plantas de rios e mares produzem mais oxigênio porque são

a) encontradas próximas às superfícies da água.

b) menores e seu metabolismo é mais rápido.c) parecidas com o capim terrestre.d) rasteiras e parecidas com ervas.

D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.

As habilidades que podem ser avaliadas por este descritor, relacionam-se ao reconheci-mento das relações de coerência no texto em busca de uma concatenação perfeita entre as partes do texto, as quais são marcadas pelas conjunções, advérbios, etc., formando uma uni-dade de sentido.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitado ao aluno, a percepção de uma determinada relação lógico-discursiva, enfatizada, muitas vezes, pelas expressões de tempo, de lugar, de comparação, de oposição, de causalidade, de anterioridade, de posterida-de, entre outros e, quando necessário, a identi-ficação dos elementos que explicam essa relação.

Leia o texto abaixo.

Número de cirurgias plásticas em adoles-centes preocupa

Entre 2008 e 2012 o número de cirurgias em adolescentes aumentou 141%, segundo da-dos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plás-tica (SBCP)

O número de cirurgias plásticas em adoles-centes entre 14 e 18 anos mais do que dobrou em quatro anos - saltou de 37.740 procedi-mentos em 2008 para 91.100 em 2012 (141% a mais), segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). No mesmo período, o número total de plásticas em adultos subiu 38, 6% (saindo de 591.260 para 819.900 procedimentos) - o que significa que as cirurgias no público jovem cresceram em um ritmo 3,5 vezes maior. Além de estar num crescimento acelerado, a participação de jovens no total de cirurgias (911 mil procedimentos), também cresceu: saltou de 6% em 2008 para 10% em 2012.

O Brasil é o segundo País do mundo em nú-mero de cirurgias plásticas - fica atrás apenas dos Estados Unidos. A lipoaspiração é a ci-rurgia mais feita (foram 211 mil procedimen-tos só em 2011), seguida do implante de silicone nas mamas. A regra vale tanto para adultos quanto para adolescentes. Nos meninos, os procedimentos mais procura-dos são a ginecomastia (redução das mamas que crescem demais) e a cirurgia para corri-gir a orelha de abano.

Segundo dados da SBCP, nessa época do ano - inverno associado às férias escolares - a pro-cura pelas cirurgias aumenta em média 60%. “Isso acontece porque o frio torna o pós-operatório mais confortável, favorecendo a re-cuperação mais rápida. Além disso, é reco-mendado não tomar sol após a cirurgia para evitar manchas” diz o cirurgião Gustavo Tilmann.

De acordo com o cirurgião José Horácio Abou-dib, presidente da SBCP, não existe uma norma que defina qual a idade mínima para se submeter à cirurgia plástica. “Não há idade mínima, cada caso tem de ser avaliado separa-damente. A idade não é o mais importante. O mais importante é avaliar a evolução física do paciente”, diz.

Maturação.

Segundo Aboudib, há adolescentes com 14 anos que já possuem corpo biológico de adul-to. “O que temos de avaliar é o nível de cresci-mento e maturação de cada um. Na menina, em geral isso acontece dois a três anos depois da primeira menstruação. No menino é mais difícil definir o início da puberdade, por isso é preciso avaliar cada caso.”

Para Maurício de Souza Lima, médico hebia-tra (especializado no atendimento de adoles-centes) do Hospital Sírio-Libanês, a decisão de fazer plástica na adolescência é polêmica.

“Nessa idade, os jovens estão em fase de transformação, mas na maioria das vezes ainda não é hora de mudar. Tem jovens que preferem uma cirurgia em vez de uma festa de 15 anos. É um exagero”, avalia. “O ado-lescente é muito imediatista e isso inclui a ansiedade por mudanças no corpo”, diz.

Banalizada

O psicólogo Marco Antônio de Tommaso, especialista em transtornos da imagem, vê exagero em realizar cirurgias entre adoles-centes. Para ele, há uma banalização desse tipo de procedimento. “Hoje em dia existe até consórcio de cirurgia plástica.” De acordo com ele, os adolescentes vivem as pressões do padrão de beleza pelo corpo magro e perfeito. E eles têm uma visão distorcida de si mesmos e da sua imagem corporal.

“Eles vivem um sentimento de inferioridade e acham que resolverão seus problemas fazen-

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Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem importância. Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina encon-trado naquelas condições, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa mais rir.

As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas mulheres.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1998, p. 72.

112. Qual é a relação de causa e conseqüência destacada nesse conto?

a) O tempo gera o envelhecimento das meninas.b) O uniforme gera a despersonalização das

meninas.c) O riso provoca a diferenciação das meninas.d) O crime provoca o amadurecimento das

meninas.

(SAEPE). Leia o texto abaixo.

Você sabia que a Floresta Amazônica não é responsável por grande parte do oxigênio que respiramos?

É bem provável que você tenha ouvido por aí: “A Amazônia é o pulmão do mundo.” Boba-gem! Embora as florestas tenham, sim, gran-de importância na produção do oxigênio, co-mo é o caso da Floresta Amazônica, o grande pulmão do mundo, para usar a mesma ex-pressão, está nas águas – ou melhor, nos seres que habitam rios e mares.

Um bom exemplo são os locais de encontro entre rios e mares, os chamados estuários, ambientes muito ricos em vida. Ali encon-tram-se as macrófitas aquáticas, plantas que se parecem com o capim terrestre; o fitoplânc-ton, que são algas microscópicas que vivem próximas às superfícies da água; as plantas

herbáceas, que são rasteiras, maleáveis e se parecem com ervas. Pois bem!

Essas espécies são algumas das grandes pro-dutoras do oxigênio que respiramos e não as enormes árvores das florestas. [...]

Quanto menores são os organismos, mais rápido é o seu metabolismo, as reações quí-micas que ocorrem dentro do corpo. No caso dessas espécies, essas reações estão direta-mente ligadas à fotossíntese, processo pelo qual, utilizando se da luz do Sol, os vegetais produzem o seu próprio alimento e liberam oxigênio.

QUESADO, Letícia Barbosa. Ciência hoje das crianças, janeiro/ fevereiro de 2010. Fragmento.

113. De acordo com esse texto, plantas de rios e mares produzem mais oxigênio porque são

a) encontradas próximas às superfícies da água.

b) menores e seu metabolismo é mais rápido.c) parecidas com o capim terrestre.d) rasteiras e parecidas com ervas.

D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.

As habilidades que podem ser avaliadas por este descritor, relacionam-se ao reconheci-mento das relações de coerência no texto em busca de uma concatenação perfeita entre as partes do texto, as quais são marcadas pelas conjunções, advérbios, etc., formando uma uni-dade de sentido.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitado ao aluno, a percepção de uma determinada relação lógico-discursiva, enfatizada, muitas vezes, pelas expressões de tempo, de lugar, de comparação, de oposição, de causalidade, de anterioridade, de posterida-de, entre outros e, quando necessário, a identi-ficação dos elementos que explicam essa relação.

Leia o texto abaixo.

Número de cirurgias plásticas em adoles-centes preocupa

Entre 2008 e 2012 o número de cirurgias em adolescentes aumentou 141%, segundo da-dos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plás-tica (SBCP)

O número de cirurgias plásticas em adoles-centes entre 14 e 18 anos mais do que dobrou em quatro anos - saltou de 37.740 procedi-mentos em 2008 para 91.100 em 2012 (141% a mais), segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). No mesmo período, o número total de plásticas em adultos subiu 38, 6% (saindo de 591.260 para 819.900 procedimentos) - o que significa que as cirurgias no público jovem cresceram em um ritmo 3,5 vezes maior. Além de estar num crescimento acelerado, a participação de jovens no total de cirurgias (911 mil procedimentos), também cresceu: saltou de 6% em 2008 para 10% em 2012.

O Brasil é o segundo País do mundo em nú-mero de cirurgias plásticas - fica atrás apenas dos Estados Unidos. A lipoaspiração é a ci-rurgia mais feita (foram 211 mil procedimen-tos só em 2011), seguida do implante de silicone nas mamas. A regra vale tanto para adultos quanto para adolescentes. Nos meninos, os procedimentos mais procura-dos são a ginecomastia (redução das mamas que crescem demais) e a cirurgia para corri-gir a orelha de abano.

Segundo dados da SBCP, nessa época do ano - inverno associado às férias escolares - a pro-cura pelas cirurgias aumenta em média 60%. “Isso acontece porque o frio torna o pós-operatório mais confortável, favorecendo a re-cuperação mais rápida. Além disso, é reco-mendado não tomar sol após a cirurgia para evitar manchas” diz o cirurgião Gustavo Tilmann.

De acordo com o cirurgião José Horácio Abou-dib, presidente da SBCP, não existe uma norma que defina qual a idade mínima para se submeter à cirurgia plástica. “Não há idade mínima, cada caso tem de ser avaliado separa-damente. A idade não é o mais importante. O mais importante é avaliar a evolução física do paciente”, diz.

Maturação.

Segundo Aboudib, há adolescentes com 14 anos que já possuem corpo biológico de adul-to. “O que temos de avaliar é o nível de cresci-mento e maturação de cada um. Na menina, em geral isso acontece dois a três anos depois da primeira menstruação. No menino é mais difícil definir o início da puberdade, por isso é preciso avaliar cada caso.”

Para Maurício de Souza Lima, médico hebia-tra (especializado no atendimento de adoles-centes) do Hospital Sírio-Libanês, a decisão de fazer plástica na adolescência é polêmica.

“Nessa idade, os jovens estão em fase de transformação, mas na maioria das vezes ainda não é hora de mudar. Tem jovens que preferem uma cirurgia em vez de uma festa de 15 anos. É um exagero”, avalia. “O ado-lescente é muito imediatista e isso inclui a ansiedade por mudanças no corpo”, diz.

Banalizada

O psicólogo Marco Antônio de Tommaso, especialista em transtornos da imagem, vê exagero em realizar cirurgias entre adoles-centes. Para ele, há uma banalização desse tipo de procedimento. “Hoje em dia existe até consórcio de cirurgia plástica.” De acordo com ele, os adolescentes vivem as pressões do padrão de beleza pelo corpo magro e perfeito. E eles têm uma visão distorcida de si mesmos e da sua imagem corporal.

“Eles vivem um sentimento de inferioridade e acham que resolverão seus problemas fazen-

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do a cirurgia plástica. Não estamos falando de um caso de orelha de abano ou de um nariz quebrado num acidente. Estamos falando de cirurgias absolutamente estéticas”, avalia Tommaso, que tem uma paciente que queria fazer uma lipoaspiração nos joelhos por achar que havia excesso de gordura naquela região. “Ela não usa saia.”

Para o psicólogo, por conta do bombardea-mento de estímulos de beleza tanto na inter-net quanto na televisão, a tendência é cada vez mais os jovens procurarem a cirurgia plás-tica para atingirem esse padrão de beleza. “O risco é criar uma expectativa em relação à plástica que pode não ser atingida.”

http://www.academiamalhacao.com.br/site/html/noticia-detalhe.php?noticia=566

114. O trecho “por conta do bombardeamento de estímulos de beleza tanto na internet quanto na televisão” tem um valor:

a ) causalb) temporalc) condicionald) proporcional

Leia o texto abaixo.

Ficar ou namorar: intimidade sexual e inti-midade emocional em conflito

A partir dos anos 80, o “ficar” tornou-se a for-ma de relacionamento amoroso mais prati-cada pelos jovens brasileiros. Segundo o professor doutor Sandro Caramaschi, do-cente do departamento de Psicologia da Unesp-Bauru, o ficar não é um privilégio nem uma invenção das gerações atuais. “Antiga-mente, as pessoas também 'ficavam', embo-ra atribuíssem nomes diferentes para essa prática, que era também menos generalizada do que atualmente”, conta Caramaschi.

O “ficar” caracteriza-se pela ausência de com-promisso, de limites e regras claramente estabelecidos: o que pode ou não pode é defi-

nido no momento em que o relacionamento acontece, de acordo com a vontade dos próprios “ficantes”. A duração do “ficar” va-ria: o tempo de um único beijo, a noite toda, algumas semanas. Ligar no dia seguinte ou procurar o outro não é dever de nenhum dos “ficantes”.

Mesmo desprovido de legitimação social, por não ter fronteiras bem demarcadas, os resul-tados benéficos do “ficar” superam os aspec-tos negativos, já que “ficar” possibilita que as pessoas avaliem maior número de parceiros do que se tivessem que namorá-los. “Há chan-ces de se avaliar um ou mais parceiros por dia, e investir num conhecimento mais pro-fundo de parceiros considerados interes-santes”, diz Caramaschi. Segundo ele, a maior reclamação de jovens quanto ao “ficar” é a superficialidade dos relacionamentos que caracterizam essa prática. “'Ficar' implica na maioria das vezes uma grande intimidade sexual, à qual não corresponde uma maior intimidade emocional”, aponta Caramaschi. Embora as pessoas tenham necessidade de serem ouvidas e de construírem relaciona-mentos marcados pela afetividade, dificil-mente há predisposição para ouvir e aceitar o outro, situação gerada pelo individualismo e pela competitividade cotidianos. Afinal, “ficar” não é uma mudança comportamental isolada, e sim o reflexo de uma sociedade composta por pessoas mais centradas em si mesmas, situação bem ilustrada pelo volume elevado das músicas nas pistas de dança atuais, nas quais cada um dança sozinho, e onde só se pode conversar aos berros.

O hábito de “ficar” preocupa os pais, que sentem seus filhos mais expostos a doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez pre-coce. “Há um descompasso entre o aumento da liberdade e da responsabilidade”, afirma Caramaschi. “Os jovens sabem o que devem fazer para se prevenir, mas não estão prepa-rados para conduzir essas medidas preventi-vas em situações sociais comuns na sua vida”.

Para entender melhor o assunto, a aluna de Psicologia Cristiane Oliveira Alves desen-volveu a pesquisa “'Ficar' x Namoro: o que marca a passagem de relacionamento a outro na concepção de universitários?” A pesquisa envolveu 100 universitários de ambos os sexos, com idade entre 18 e 24 anos, das faculdades de Ciência (FC), Engenharia (FE) e Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da Unesp-Bauru, e buscava descobrir se há dife-renças entre quando o “ficar” se transforma em namoro para garotas e garotos.

Cinquenta pessoas do sexo feminino e 50 do sexo masculino responderam a um questio-nário com quatorze questões sobre situações comuns a relacionamentos amorosos. Após a análise dos dados coletados, verificou-se que não há grandes diferenças entre quais comportamentos homens e mulheres consi-deram típicos do “ficar”, da fase intermediá-ria e do namoro. A pesquisa ressalta, porém, que as mulheres consideram o Companheiris-mo como característico da fase intermediária entre “ficar” e namoro, enquanto os homens consideram-no como peculiar ao namoro. Já a Visita Familiar e o Ciúme são característicos da fase intermediária para os homens, mas do namoro para as mulheres. Caramaschi ressalta que esses resultados se referem a um grupo específico, o de universitários da Unesp-Bauru, e que os conceitos sobre o “ficar” e o namoro podem variar conforme a faixa etária dos entrevistados, ou seu ambi-ente social. Para Caramaschi, a grande sur-presa foi descobrir que o sexo é considerado próprio da fase intermediária tanto para garo-tos quanto para garotas.

Fonte: Unesp

115. O segmento “Mesmo desprovido de legitimação social” indica

a ) confirmaçãob) igualdadec) concessãod) inclusão

Leia o texto abaixo.

COMPETIÇÃO

O mar é belo. Muito mais belo é ver um barco no mar.

O pássaro é belo. Muito mais belo é hoje o homem voar.

A lua é bela. Muito mais bela é uma viagem lunar.

Belo é o abismo. Muito mais belo é o arco da ponte no ar.

A onda é bela. Muito mais bela é uma mulher nadar. [...]

Cassiano Ricardo

116. Identifica-se entre o primeiro verso de ca-da estrofe e os dois últimos uma relação se-mântica de:

a) consecutividadeb) finalidadec) proporcionalidaded) adversidade

Leia o texto abaixo.

Olhos de ressaca

Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viú-va, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns ins-tantes para o cadáver tão fixa, tão apaixona-damente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas.

As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as de-la; Capitu enxugou-as depressa, olhando a

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Para o psicólogo, por conta do bombardea-mento de estímulos de beleza tanto na inter-net quanto na televisão, a tendência é cada vez mais os jovens procurarem a cirurgia plás-tica para atingirem esse padrão de beleza. “O risco é criar uma expectativa em relação à plástica que pode não ser atingida.”

http://www.academiamalhacao.com.br/site/html/noticia-detalhe.php?noticia=566

114. O trecho “por conta do bombardeamento de estímulos de beleza tanto na internet quanto na televisão” tem um valor:

a ) causalb) temporalc) condicionald) proporcional

Leia o texto abaixo.

Ficar ou namorar: intimidade sexual e inti-midade emocional em conflito

A partir dos anos 80, o “ficar” tornou-se a for-ma de relacionamento amoroso mais prati-cada pelos jovens brasileiros. Segundo o professor doutor Sandro Caramaschi, do-cente do departamento de Psicologia da Unesp-Bauru, o ficar não é um privilégio nem uma invenção das gerações atuais. “Antiga-mente, as pessoas também 'ficavam', embo-ra atribuíssem nomes diferentes para essa prática, que era também menos generalizada do que atualmente”, conta Caramaschi.

O “ficar” caracteriza-se pela ausência de com-promisso, de limites e regras claramente estabelecidos: o que pode ou não pode é defi-

nido no momento em que o relacionamento acontece, de acordo com a vontade dos próprios “ficantes”. A duração do “ficar” va-ria: o tempo de um único beijo, a noite toda, algumas semanas. Ligar no dia seguinte ou procurar o outro não é dever de nenhum dos “ficantes”.

Mesmo desprovido de legitimação social, por não ter fronteiras bem demarcadas, os resul-tados benéficos do “ficar” superam os aspec-tos negativos, já que “ficar” possibilita que as pessoas avaliem maior número de parceiros do que se tivessem que namorá-los. “Há chan-ces de se avaliar um ou mais parceiros por dia, e investir num conhecimento mais pro-fundo de parceiros considerados interes-santes”, diz Caramaschi. Segundo ele, a maior reclamação de jovens quanto ao “ficar” é a superficialidade dos relacionamentos que caracterizam essa prática. “'Ficar' implica na maioria das vezes uma grande intimidade sexual, à qual não corresponde uma maior intimidade emocional”, aponta Caramaschi. Embora as pessoas tenham necessidade de serem ouvidas e de construírem relaciona-mentos marcados pela afetividade, dificil-mente há predisposição para ouvir e aceitar o outro, situação gerada pelo individualismo e pela competitividade cotidianos. Afinal, “ficar” não é uma mudança comportamental isolada, e sim o reflexo de uma sociedade composta por pessoas mais centradas em si mesmas, situação bem ilustrada pelo volume elevado das músicas nas pistas de dança atuais, nas quais cada um dança sozinho, e onde só se pode conversar aos berros.

O hábito de “ficar” preocupa os pais, que sentem seus filhos mais expostos a doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez pre-coce. “Há um descompasso entre o aumento da liberdade e da responsabilidade”, afirma Caramaschi. “Os jovens sabem o que devem fazer para se prevenir, mas não estão prepa-rados para conduzir essas medidas preventi-vas em situações sociais comuns na sua vida”.

Para entender melhor o assunto, a aluna de Psicologia Cristiane Oliveira Alves desen-volveu a pesquisa “'Ficar' x Namoro: o que marca a passagem de relacionamento a outro na concepção de universitários?” A pesquisa envolveu 100 universitários de ambos os sexos, com idade entre 18 e 24 anos, das faculdades de Ciência (FC), Engenharia (FE) e Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da Unesp-Bauru, e buscava descobrir se há dife-renças entre quando o “ficar” se transforma em namoro para garotas e garotos.

Cinquenta pessoas do sexo feminino e 50 do sexo masculino responderam a um questio-nário com quatorze questões sobre situações comuns a relacionamentos amorosos. Após a análise dos dados coletados, verificou-se que não há grandes diferenças entre quais comportamentos homens e mulheres consi-deram típicos do “ficar”, da fase intermediá-ria e do namoro. A pesquisa ressalta, porém, que as mulheres consideram o Companheiris-mo como característico da fase intermediária entre “ficar” e namoro, enquanto os homens consideram-no como peculiar ao namoro. Já a Visita Familiar e o Ciúme são característicos da fase intermediária para os homens, mas do namoro para as mulheres. Caramaschi ressalta que esses resultados se referem a um grupo específico, o de universitários da Unesp-Bauru, e que os conceitos sobre o “ficar” e o namoro podem variar conforme a faixa etária dos entrevistados, ou seu ambi-ente social. Para Caramaschi, a grande sur-presa foi descobrir que o sexo é considerado próprio da fase intermediária tanto para garo-tos quanto para garotas.

Fonte: Unesp

115. O segmento “Mesmo desprovido de legitimação social” indica

a ) confirmaçãob) igualdadec) concessãod) inclusão

Leia o texto abaixo.

COMPETIÇÃO

O mar é belo. Muito mais belo é ver um barco no mar.

O pássaro é belo. Muito mais belo é hoje o homem voar.

A lua é bela. Muito mais bela é uma viagem lunar.

Belo é o abismo. Muito mais belo é o arco da ponte no ar.

A onda é bela. Muito mais bela é uma mulher nadar. [...]

Cassiano Ricardo

116. Identifica-se entre o primeiro verso de ca-da estrofe e os dois últimos uma relação se-mântica de:

a) consecutividadeb) finalidadec) proporcionalidaded) adversidade

Leia o texto abaixo.

Olhos de ressaca

Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viú-va, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns ins-tantes para o cadáver tão fixa, tão apaixona-damente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas.

As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as de-la; Capitu enxugou-as depressa, olhando a

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furto para a gente que estava na sala. Redo-brou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fi-taram o defunto, quais os da viúva, sem o pran-to nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.

ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Capítulo 123. São Paulo: Martin Claret, 2004.

117. No trecho: “No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas.”, o vocábulo que destacado indica uma

a) consequênciab) causac) adversidaded) condição

118. O trecho “... como se quisesse tragar tam-bém o nadador da manhã.” Sinaliza uma:

a) certezab) uma dúvidac) uma sugestãod) uma contradição

Leia o texto abaixo

“Vocês que têm mais de 15 anos, se lembram quando a gente comprava leite em garrafa, na leiteria da esquina? (...)

Mas vocês não se lembram de nada, pô! Vai ver nem sabem o que é vaca. Nem o que é leite. Estou falando isso porque agora mesmo peguei um pacote de leite – leite em pacote, imagina, Tereza! – na porta dos fundos e

estava escrito que é pasterizado, ou pasteu-rizado, sei lá, tem vitamina, é garantido pela embromatologia, foi enriquecido e o escambau.

Será que isso é mesmo leite? No dicionário diz que leite é outra coisa: 'Líquido branco,

contendo água, proteína, açúcar e sais mine-rais'. Um alimento pra ninguém botar defeito. O ser humano o usa há mais de 5.000 anos. É o único alimento só alimento. A carne serve pro animal andar, a fruta serve pra fazer outra fruta, o ovo serve pra fazer outra galinha (...) O leite é só leite. Ou toma ou bota fora.

Esse aqui examinando bem, é só pra botar fo-ra. Tem chumbo, tem benzina, tem mais água do que leite, tem serragem, sou capaz de jurar que nem vaca tem por trás desse negócio.

Depois o pessoal ainda acha estranho que os meninos não gostem de leite.

Mas, como não gostam? Não gostam como? Nunca tomaram! Múúúúúúú!”

FERNANDES, Millôr. O Estado de S. Paulo, 22 de agosto de 1999

119. No segmento “ovo serve pra fazer outra galinha”, há uma relação de

a) tempob) causac) alternânciad) finalidade

Leia o texto abaixo

O rolé do rolezinho

O "rolé" se transformou em "rolezinho" em evolução tão rápida quanto o giro incontro-lável das redes sociais

Por Josué Machado

Enquanto se discute se os participantes dos rolezinhos são rebeldes com ou sem causa, pode-se discutir o significado e a origem da palavra que nomeia o fenômeno. Só não há dúvida de que a internet, ao alcance de todas as classes sociais, é o instrumento para promover os encontros. Parece também inevitável que, num encontro temperado por correrias, haja um ou outro descontrole, coisa que independe do nível socioeconômico da moçada.

Enfim, o “rolezinho” é uma torrente repentina no curso até então sereno de algum lugar ocu-pado por outras classes sociais. É diminutivo de “rolé”, assim, com acento agudo, como registram os dicionários. “Rolé” é parônima de “rolê”. Convém lembrar que palavras pa-rônimas pouco diferem uma da outra na grafia ou na pronúncia.

Outra parônima de “rolé” e “rolê”, ambas oxítonas (acento tônico na última sílaba), é “role”, paroxítona (tônica na penúltima sílaba), forma do verbo “rolar” (“rodar”, “fa-zer girar”; e também “arrulhar”). “Rolar de rir” significa rir tanto a ponto de dobrar o corpo como um rolo.

“Rolé” significa pequeno passeio, volta. É substantivo usado só na locução “Dar um ro-lé”, isto é, dar um passeio, uma volta, um giro por aí. Pronuncia-se com [é] aberto. Antes de 1971, seria escrito “rolèzinho”, com o acento grave suprimido na reforma daquele ano. O acento nada importante eliminava raras dúvidas de pronúncia porque marcava a vogal subtônica dos vocábulos derivados em que figura o sufixo “-mente” ou sufixos ini-ciados por [z]. Assim: “pàzinha”, “cafèzinho”, “sòmente”, etc.

A palavra original, oxítona, tem acento: pá, café, só. Isso agora pouco importa. O que in-teressa é que, no significado e na etimologia, “rolé” se aproxima de “rolê”.

Rolê é o “movimento que o capoeirista executa agachado, de costas para o adversário, com o apoio das mãos e dos pés, para deslocar-se pelo chão”, como define o Aulete Digital. E “rolê de mergulho” é o executado com o corpo rente ao chão, lembra o Aurélio. Há a segunda acepção de rolê, usada em “bife rolê”, isto é, enrolado. Outra é a “gola rolê”, da blusa ou camisa em que o tecido envolve o pescoço.

Rolê e rolé, portanto, são aparentados por-que representam coisas ou movimentos giratórios. Como “rolar”, aliás. De modo que

“rolé” talvez tenha a mesma origem francesa de “rolê”, como indica o Houaiss: roulê é particípio passado de rouler, antes roueller, isto é, “enrolar”, de rouelle, depois ruele (rodela), do latim tardio rotella, diminutivo de rota, nossa roda universal. Inclusive a roda algo descon-trolada em que gira o desvairado rolezinho.

120. A conjunção “enquanto” bem no início do texto aponta para:

a) uma relação de tempo.b) uma relação de sucessão.c) uma relação de proporção.d) uma relação de finalidade.

121. As conjunções portanto e porque no início do último parágrafo:

a) indicam consequência e condição.b) representam consequência e causa.c) sinalizam consequência e alternância.d) apontam conclusão e explicação.

Leia o texto abaixo

Automóvel: sociedade anônima

Se você quiser, compre um carro; é um con-forto admirável. Mas não o faça sem conhe-cimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às aves-sas, na qual você monta um engenho não pa-ra obter lucros, mas para distribuir seu di-nheiro. Já na compra do carro, você contribui para uma infinidade de setores produtivos, que podemos encolher, ao máximo, nos se-guintes itens: a indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de auto-móveis; a siderurgia; a petroquímica; as fá-bricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indús-trias de petróleo e muitos de seus derivados; as refinarias; os distribuidores de gasolina,

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furto para a gente que estava na sala. Redo-brou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fi-taram o defunto, quais os da viúva, sem o pran-to nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.

ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Capítulo 123. São Paulo: Martin Claret, 2004.

117. No trecho: “No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas.”, o vocábulo que destacado indica uma

a) consequênciab) causac) adversidaded) condição

118. O trecho “... como se quisesse tragar tam-bém o nadador da manhã.” Sinaliza uma:

a) certezab) uma dúvidac) uma sugestãod) uma contradição

Leia o texto abaixo

“Vocês que têm mais de 15 anos, se lembram quando a gente comprava leite em garrafa, na leiteria da esquina? (...)

Mas vocês não se lembram de nada, pô! Vai ver nem sabem o que é vaca. Nem o que é leite. Estou falando isso porque agora mesmo peguei um pacote de leite – leite em pacote, imagina, Tereza! – na porta dos fundos e

estava escrito que é pasterizado, ou pasteu-rizado, sei lá, tem vitamina, é garantido pela embromatologia, foi enriquecido e o escambau.

Será que isso é mesmo leite? No dicionário diz que leite é outra coisa: 'Líquido branco,

contendo água, proteína, açúcar e sais mine-rais'. Um alimento pra ninguém botar defeito. O ser humano o usa há mais de 5.000 anos. É o único alimento só alimento. A carne serve pro animal andar, a fruta serve pra fazer outra fruta, o ovo serve pra fazer outra galinha (...) O leite é só leite. Ou toma ou bota fora.

Esse aqui examinando bem, é só pra botar fo-ra. Tem chumbo, tem benzina, tem mais água do que leite, tem serragem, sou capaz de jurar que nem vaca tem por trás desse negócio.

Depois o pessoal ainda acha estranho que os meninos não gostem de leite.

Mas, como não gostam? Não gostam como? Nunca tomaram! Múúúúúúú!”

FERNANDES, Millôr. O Estado de S. Paulo, 22 de agosto de 1999

119. No segmento “ovo serve pra fazer outra galinha”, há uma relação de

a) tempob) causac) alternânciad) finalidade

Leia o texto abaixo

O rolé do rolezinho

O "rolé" se transformou em "rolezinho" em evolução tão rápida quanto o giro incontro-lável das redes sociais

Por Josué Machado

Enquanto se discute se os participantes dos rolezinhos são rebeldes com ou sem causa, pode-se discutir o significado e a origem da palavra que nomeia o fenômeno. Só não há dúvida de que a internet, ao alcance de todas as classes sociais, é o instrumento para promover os encontros. Parece também inevitável que, num encontro temperado por correrias, haja um ou outro descontrole, coisa que independe do nível socioeconômico da moçada.

Enfim, o “rolezinho” é uma torrente repentina no curso até então sereno de algum lugar ocu-pado por outras classes sociais. É diminutivo de “rolé”, assim, com acento agudo, como registram os dicionários. “Rolé” é parônima de “rolê”. Convém lembrar que palavras pa-rônimas pouco diferem uma da outra na grafia ou na pronúncia.

Outra parônima de “rolé” e “rolê”, ambas oxítonas (acento tônico na última sílaba), é “role”, paroxítona (tônica na penúltima sílaba), forma do verbo “rolar” (“rodar”, “fa-zer girar”; e também “arrulhar”). “Rolar de rir” significa rir tanto a ponto de dobrar o corpo como um rolo.

“Rolé” significa pequeno passeio, volta. É substantivo usado só na locução “Dar um ro-lé”, isto é, dar um passeio, uma volta, um giro por aí. Pronuncia-se com [é] aberto. Antes de 1971, seria escrito “rolèzinho”, com o acento grave suprimido na reforma daquele ano. O acento nada importante eliminava raras dúvidas de pronúncia porque marcava a vogal subtônica dos vocábulos derivados em que figura o sufixo “-mente” ou sufixos ini-ciados por [z]. Assim: “pàzinha”, “cafèzinho”, “sòmente”, etc.

A palavra original, oxítona, tem acento: pá, café, só. Isso agora pouco importa. O que in-teressa é que, no significado e na etimologia, “rolé” se aproxima de “rolê”.

Rolê é o “movimento que o capoeirista executa agachado, de costas para o adversário, com o apoio das mãos e dos pés, para deslocar-se pelo chão”, como define o Aulete Digital. E “rolê de mergulho” é o executado com o corpo rente ao chão, lembra o Aurélio. Há a segunda acepção de rolê, usada em “bife rolê”, isto é, enrolado. Outra é a “gola rolê”, da blusa ou camisa em que o tecido envolve o pescoço.

Rolê e rolé, portanto, são aparentados por-que representam coisas ou movimentos giratórios. Como “rolar”, aliás. De modo que

“rolé” talvez tenha a mesma origem francesa de “rolê”, como indica o Houaiss: roulê é particípio passado de rouler, antes roueller, isto é, “enrolar”, de rouelle, depois ruele (rodela), do latim tardio rotella, diminutivo de rota, nossa roda universal. Inclusive a roda algo descon-trolada em que gira o desvairado rolezinho.

120. A conjunção “enquanto” bem no início do texto aponta para:

a) uma relação de tempo.b) uma relação de sucessão.c) uma relação de proporção.d) uma relação de finalidade.

121. As conjunções portanto e porque no início do último parágrafo:

a) indicam consequência e condição.b) representam consequência e causa.c) sinalizam consequência e alternância.d) apontam conclusão e explicação.

Leia o texto abaixo

Automóvel: sociedade anônima

Se você quiser, compre um carro; é um con-forto admirável. Mas não o faça sem conhe-cimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às aves-sas, na qual você monta um engenho não pa-ra obter lucros, mas para distribuir seu di-nheiro. Já na compra do carro, você contribui para uma infinidade de setores produtivos, que podemos encolher, ao máximo, nos se-guintes itens: a indústria automobilística propriamente dita; os vendedores de auto-móveis; a siderurgia; a petroquímica; as fá-bricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indús-trias de petróleo e muitos de seus derivados; as refinarias; os distribuidores de gasolina,

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as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. Ao comprar um carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para-lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas impru-dentes; com as crianças diabólicas que ris-cam sua pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades diversas; com a juventude des-viada; com parentes e amigos, que o conside-ram um sujeito excelente ou ordinário, con-forme sua subserviência à necessidade deles; com ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico que o meu carro não está pronto. De qualquer for-ma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é ainda mais chato. A não ser que você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho no quarto.

Paulo Mendes Campos. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99-102 (com adaptações).

122. O segmento “Desde que” apresenta uma ideia de

a) finalidadeb) tempoc) alternânciad) condição

Leia o texto abaixo

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com ab-soluta prioridade, o direito à saúde, à alimen-tação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à li-berdade e à convivência familiar e comu-

nitária, além de colocá-los a salvo de toda for-ma de negligência, discriminação, explora-ção, crueldade e opressão”.

Artigo 227, Constituição da República Federativa do Brasil.

123. A expressão “além de” indica uma ideia de

a) superação.b) transposiçãoc) acréscimo.d) condição.

Leia o texto abaixo

O Último Poema

Assim eu quereria meu último poema Que fosse terno dizendo as coisas mais sim-ples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço sem lá-grimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Manuel Bandeira

124. O conectivo como no terceiro verso des-taca uma ideia de

a) comparaçãob) explicaçãoc) causad) conformidade

TÓPICO V

RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO

O uso de recursos expressivos possibilita uma leitura para além dos elementos superficiais do texto e auxilia o leitor na construção de novos significados. Nesse sentido, o conhecimento de diferentes gêneros textuais proporciona ao leitor o desenvolvimento de estratégias de antecipação de informações que o levam à construção de significados.

Em diferentes gêneros textuais, tais como a propaganda, por exemplo, os recursos expres-sivos são largamente utilizados, como caixa alta, negrito, itálico, etc. Os poemas também se valem desses recursos, exigindo atenção redo-brada e sensibilidade do leitor para perceber os efeitos de sentido subjacentes ao texto.

Vale destacarmos que os sinais de pontuação, como reticências, exclamação, interrogação, etc., e outros mecanismos de notação, como o itálico, o negrito, a caixa alta e o tamanho da fonte podem expressar sentidos variados. O ponto de exclamação, por exemplo, nem sempre expressa surpresa. Faz-se necessário, portanto, que o lei-tor, ao explorar o texto, perceba como esses ele-mentos constroem a significação, na situação comunicativa em que se apresentam.

D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados

Por meio deste descritor pode-se avaliar a habi-lidade do aluno em reconhecer os efeitos de iro-nia ou humor causados por expressões dife-renciadas, utilizadas no texto pelo autor, ou, ainda, pela utilização de pontuação e notações.

Essa habilidade é avaliada por meio de textos verbais e não-verbais, sendo muito valorizado nesse descritor atividades com textos de gêne-ros variados sobre temas atuais, com espaço para várias possibilidades de leitura, como os textos publicitários, as charges, os textos de hu-mor ou as letras de músicas, levando o aluno a perceber o sentido irônico ou humorístico do tex-to, que pode estar representado tanto por uma expressão verbal inusitada, quanto por uma expressão facial da personagem. Nos itens do Saeb, geralmente é solicitado ao aluno que ele identifique onde se encontram traços de humor no texto, ou informe por que é provocado o efeito de humor em determinada expressão.

Leia o texto:

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as oficinas mecânicas. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. Ao comprar um carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para-lama a dar uma marcha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas impru-dentes; com as crianças diabólicas que ris-cam sua pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujeitos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades diversas; com a juventude des-viada; com parentes e amigos, que o conside-ram um sujeito excelente ou ordinário, con-forme sua subserviência à necessidade deles; com ladrões etc. Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico que o meu carro não está pronto. De qualquer for-ma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro, pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é ainda mais chato. A não ser que você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do homem se devem ao fato de ele não ficar quietinho no quarto.

Paulo Mendes Campos. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99-102 (com adaptações).

122. O segmento “Desde que” apresenta uma ideia de

a) finalidadeb) tempoc) alternânciad) condição

Leia o texto abaixo

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com ab-soluta prioridade, o direito à saúde, à alimen-tação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à li-berdade e à convivência familiar e comu-

nitária, além de colocá-los a salvo de toda for-ma de negligência, discriminação, explora-ção, crueldade e opressão”.

Artigo 227, Constituição da República Federativa do Brasil.

123. A expressão “além de” indica uma ideia de

a) superação.b) transposiçãoc) acréscimo.d) condição.

Leia o texto abaixo

O Último Poema

Assim eu quereria meu último poema Que fosse terno dizendo as coisas mais sim-ples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço sem lá-grimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Manuel Bandeira

124. O conectivo como no terceiro verso des-taca uma ideia de

a) comparaçãob) explicaçãoc) causad) conformidade

TÓPICO V

RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO

O uso de recursos expressivos possibilita uma leitura para além dos elementos superficiais do texto e auxilia o leitor na construção de novos significados. Nesse sentido, o conhecimento de diferentes gêneros textuais proporciona ao leitor o desenvolvimento de estratégias de antecipação de informações que o levam à construção de significados.

Em diferentes gêneros textuais, tais como a propaganda, por exemplo, os recursos expres-sivos são largamente utilizados, como caixa alta, negrito, itálico, etc. Os poemas também se valem desses recursos, exigindo atenção redo-brada e sensibilidade do leitor para perceber os efeitos de sentido subjacentes ao texto.

Vale destacarmos que os sinais de pontuação, como reticências, exclamação, interrogação, etc., e outros mecanismos de notação, como o itálico, o negrito, a caixa alta e o tamanho da fonte podem expressar sentidos variados. O ponto de exclamação, por exemplo, nem sempre expressa surpresa. Faz-se necessário, portanto, que o lei-tor, ao explorar o texto, perceba como esses ele-mentos constroem a significação, na situação comunicativa em que se apresentam.

D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados

Por meio deste descritor pode-se avaliar a habi-lidade do aluno em reconhecer os efeitos de iro-nia ou humor causados por expressões dife-renciadas, utilizadas no texto pelo autor, ou, ainda, pela utilização de pontuação e notações.

Essa habilidade é avaliada por meio de textos verbais e não-verbais, sendo muito valorizado nesse descritor atividades com textos de gêne-ros variados sobre temas atuais, com espaço para várias possibilidades de leitura, como os textos publicitários, as charges, os textos de hu-mor ou as letras de músicas, levando o aluno a perceber o sentido irônico ou humorístico do tex-to, que pode estar representado tanto por uma expressão verbal inusitada, quanto por uma expressão facial da personagem. Nos itens do Saeb, geralmente é solicitado ao aluno que ele identifique onde se encontram traços de humor no texto, ou informe por que é provocado o efeito de humor em determinada expressão.

Leia o texto:

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125. Qual é o estatuto que Silvestre critica no último quadrinho?

a) Estatuto do Idoso. b) Estatuto da Juventude. c) Estatuto do Desarmamento. d) Estatuto da Criança e do Adolescente.

Leia o texto:

126. O humor da tira acima está no fato:

a) do homem não obedecer à sinalização.b) do homem parar o carro para ler a placa.c) do homem correr muito.d) do homem descobrir que Reduza é uma cidade.

Leia o texto abaixo:

127. O humor do texto reside no fato de:

a) A personagem Mônica revelar interesse pela lei do país com relação a menores infratores.b) Franjinha conhecer as leis do país.c) O crime cometido ser o roubo do coelhinho, o responsável pelo crime ser o Cebolinha e o

advogado de defesa ser a mãe desse.d) O medo que o Cebolinha tem de Mônica.

Leia o texto abaixo

128. Na imagem, o humor é gerado

a) pelo tratamento carinhoso que a mulher dá ao marido desonesto.b) pela leitura do jornal num momento que deveria ser de descontração.c) pelas roupas que são pouco apropriadas ao conteúdo da notícia que é lida.d) pelo desencontro entre a informação do jornal e a condição do “suposto” preso.

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125. Qual é o estatuto que Silvestre critica no último quadrinho?

a) Estatuto do Idoso. b) Estatuto da Juventude. c) Estatuto do Desarmamento. d) Estatuto da Criança e do Adolescente.

Leia o texto:

126. O humor da tira acima está no fato:

a) do homem não obedecer à sinalização.b) do homem parar o carro para ler a placa.c) do homem correr muito.d) do homem descobrir que Reduza é uma cidade.

Leia o texto abaixo:

127. O humor do texto reside no fato de:

a) A personagem Mônica revelar interesse pela lei do país com relação a menores infratores.b) Franjinha conhecer as leis do país.c) O crime cometido ser o roubo do coelhinho, o responsável pelo crime ser o Cebolinha e o

advogado de defesa ser a mãe desse.d) O medo que o Cebolinha tem de Mônica.

Leia o texto abaixo

128. Na imagem, o humor é gerado

a) pelo tratamento carinhoso que a mulher dá ao marido desonesto.b) pela leitura do jornal num momento que deveria ser de descontração.c) pelas roupas que são pouco apropriadas ao conteúdo da notícia que é lida.d) pelo desencontro entre a informação do jornal e a condição do “suposto” preso.

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Leia o texto abaixo

129. O humor do texto vem do fato que

a) o pai do garoto pratica rotineiramente exer-cícios físicos, mas sem resultado.

b) o garoto vê na bicicleta uma tradução da fal-ta de realizações na vida do pai.

c) o pai do garoto faz exercícios, mas não sai de casa para mostrar os resultados.

d) o garoto não entende que as metáforas são interpretadas figuradamente.

D17 – Identificar o efeito de sentido decorren-te do uso da pontuação e de outras notações

A habilidade que pode ser avaliada por este des-critor refere-se à identificação, pelo aluno, dos efeitos provocados pelo emprego de recursos da pontuação ou de outras formas de notação, em contribuição à compreensão textual, não se li-mitando ao seu aspecto puramente gramatical.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é requerido do aluno que ele identifique o sentido provocado por meio da pontuação (tra-vessão, aspas, reticências, interrogação, excla-mação, etc.) e/ou notações como, tamanho de letra, parênteses, caixa alta, itálico, negrito, entre outros. Os enunciados dos itens solicitam que os alunos reconheçam o porquê do uso do itálico, por exemplo, em uma determinada palavra no texto, ou indique o sentido de uma exclamação em determinada frase, ou identifique por que usar os parênteses, entre outros.

Leia o texto abaixo

Tudo acaba... Tudo passa...Tudo quebra... Tudo cansa...Mas mesmo em uma desgraçaHá sempre um fio de esperança.

(Inocêncio T. Souto)

130. O emprego das reticências na quadra aci-ma sinaliza principalmente

a) o destaque que quer se dar à palavra que vem depois dela escrita com maiúscula.

b) a interrupção do pensamento diante do fim e do cansaço que cercam o ser humano.

c) o caráter dinâmico e passageiro das coisas, que não se mantêm apesar da esperança.

d) a tentativa de pelas pausas traduzir a sen-sação de quebra e cansaço citados no texto.

Leia o texto abaixo

Ficar ou namorar: intimidade sexual e inti-midade emocional em conflito

A partir dos anos 80, o “ficar” tornou-se a for-ma de relacionamento amoroso mais prati-cada pelos jovens brasileiros. Segundo o professor doutor Sandro Caramaschi, docen-te do departamento de Psicologia da Unesp-

Bauru, o ficar não é um privilégio nem uma invenção das gerações atuais. “Antigamente, as pessoas também 'ficavam', embora atri-buíssem nomes diferentes para essa prática, que era também menos generalizada do que atualmente”, conta Caramaschi.

O “ficar” caracteriza-se pela ausência de com-promisso, de limites e regras claramente esta-belecidos: o que pode ou não pode é definido no momento em que o relacionamento acon-tece, de acordo com a vontade dos próprios “ficantes”. A duração do “ficar” varia: o tempo de um único beijo, a noite toda, algumas semanas. Ligar no dia seguinte ou procurar o outro não é dever de nenhum dos “ficantes”.

Mesmo desprovido de legitimação social, por não ter fronteiras bem demarcadas, os resul-tados benéficos do “ficar” superam os aspectos negativos, já que “ficar” possibilita que as pessoas avaliem maior número de parceiros do que se tivessem que namorá-los. “Há chances de se avaliar um ou mais parcei-ros por dia, e investir num conhecimento mais profundo de parceiros considerados interes-santes”, diz Caramaschi. Segundo ele, a maior reclamação de jovens quanto ao “ficar” é a superficialidade dos relacionamentos que caracterizam essa prática. “'Ficar' implica na maioria das vezes uma grande intimidade sexual, à qual não corresponde uma maior intimidade emocional”, aponta Caramaschi. Embora as pessoas tenham necessidade de serem ouvidas e de construírem relaciona-mentos marcados pela afetividade, dificilmente há predisposição para ouvir e aceitar o outro, situação gerada pelo individualismo e pela competitividade cotidianos. Afinal, “ficar” não é uma mudança comportamental isolada, e sim o reflexo de uma sociedade composta por pessoas mais centradas em si mesmas, situação bem ilustrada pelo volume elevado das músicas nas pistas de dança atuais, nas quais cada um dança sozinho, e onde só se pode conversar aos berros.

O hábito de “ficar” preocupa os pais, que

sentem seus filhos mais expostos a doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez pre-coce. “Há um descompasso entre o aumento da liberdade e da responsabilidade”, afirma Caramaschi. “Os jovens sabem o que devem fa-zer para se prevenir, mas não estão preparados para conduzir essas medidas preventivas em situações sociais comuns na sua vida”.

Para entender melhor o assunto, a aluna de Psicologia Cristiane Oliveira Alves desen-volveu a pesquisa “'Ficar' x Namoro: o que marca a passagem de relacionamento a outro na concepção de universitários?” A pesquisa envolveu 100 universitários de ambos os sexos, com idade entre 18 e 24 anos, das faculdades de Ciência (FC), Engenharia (FE) e Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da Unesp-Bauru, e buscava descobrir se há dife-renças entre quando o “ficar” se transforma em namoro para garotas e garotos.

Cinquenta pessoas do sexo feminino e 50 do sexo masculino responderam a um questio-nário com quatorze questões sobre situações comuns a relacionamentos amorosos. Após a análise dos dados coletados, verificou-se que não há grandes diferenças entre quais comportamentos homens e mulheres consi-deram típicos do “ficar”, da fase interme-diária e do namoro. A pesquisa ressalta, porém, que as mulheres consideram o Com-panheirismo como característico da fase intermediária entre “ficar” e namoro, enquan-to os homens consideram-no como peculiar ao namoro. Já a Visita Familiar e o Ciúme são característicos da fase intermediária para os homens, mas do namoro para as mulheres. Caramaschi ressalta que esses resultados se referem a um grupo específico, o de univer-sitários da Unesp-Bauru, e que os conceitos sobre o “ficar” e o namoro podem variar conforme a faixa etária dos entrevistados, ou seu ambiente social. Para Caramaschi, a grande surpresa foi descobrir que o sexo é considerado próprio da fase intermediária tanto para garotos quanto para garotas.

Fonte: Unesp

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Leia o texto abaixo

129. O humor do texto vem do fato que

a) o pai do garoto pratica rotineiramente exer-cícios físicos, mas sem resultado.

b) o garoto vê na bicicleta uma tradução da fal-ta de realizações na vida do pai.

c) o pai do garoto faz exercícios, mas não sai de casa para mostrar os resultados.

d) o garoto não entende que as metáforas são interpretadas figuradamente.

D17 – Identificar o efeito de sentido decorren-te do uso da pontuação e de outras notações

A habilidade que pode ser avaliada por este des-critor refere-se à identificação, pelo aluno, dos efeitos provocados pelo emprego de recursos da pontuação ou de outras formas de notação, em contribuição à compreensão textual, não se li-mitando ao seu aspecto puramente gramatical.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é requerido do aluno que ele identifique o sentido provocado por meio da pontuação (tra-vessão, aspas, reticências, interrogação, excla-mação, etc.) e/ou notações como, tamanho de letra, parênteses, caixa alta, itálico, negrito, entre outros. Os enunciados dos itens solicitam que os alunos reconheçam o porquê do uso do itálico, por exemplo, em uma determinada palavra no texto, ou indique o sentido de uma exclamação em determinada frase, ou identifique por que usar os parênteses, entre outros.

Leia o texto abaixo

Tudo acaba... Tudo passa...Tudo quebra... Tudo cansa...Mas mesmo em uma desgraçaHá sempre um fio de esperança.

(Inocêncio T. Souto)

130. O emprego das reticências na quadra aci-ma sinaliza principalmente

a) o destaque que quer se dar à palavra que vem depois dela escrita com maiúscula.

b) a interrupção do pensamento diante do fim e do cansaço que cercam o ser humano.

c) o caráter dinâmico e passageiro das coisas, que não se mantêm apesar da esperança.

d) a tentativa de pelas pausas traduzir a sen-sação de quebra e cansaço citados no texto.

Leia o texto abaixo

Ficar ou namorar: intimidade sexual e inti-midade emocional em conflito

A partir dos anos 80, o “ficar” tornou-se a for-ma de relacionamento amoroso mais prati-cada pelos jovens brasileiros. Segundo o professor doutor Sandro Caramaschi, docen-te do departamento de Psicologia da Unesp-

Bauru, o ficar não é um privilégio nem uma invenção das gerações atuais. “Antigamente, as pessoas também 'ficavam', embora atri-buíssem nomes diferentes para essa prática, que era também menos generalizada do que atualmente”, conta Caramaschi.

O “ficar” caracteriza-se pela ausência de com-promisso, de limites e regras claramente esta-belecidos: o que pode ou não pode é definido no momento em que o relacionamento acon-tece, de acordo com a vontade dos próprios “ficantes”. A duração do “ficar” varia: o tempo de um único beijo, a noite toda, algumas semanas. Ligar no dia seguinte ou procurar o outro não é dever de nenhum dos “ficantes”.

Mesmo desprovido de legitimação social, por não ter fronteiras bem demarcadas, os resul-tados benéficos do “ficar” superam os aspectos negativos, já que “ficar” possibilita que as pessoas avaliem maior número de parceiros do que se tivessem que namorá-los. “Há chances de se avaliar um ou mais parcei-ros por dia, e investir num conhecimento mais profundo de parceiros considerados interes-santes”, diz Caramaschi. Segundo ele, a maior reclamação de jovens quanto ao “ficar” é a superficialidade dos relacionamentos que caracterizam essa prática. “'Ficar' implica na maioria das vezes uma grande intimidade sexual, à qual não corresponde uma maior intimidade emocional”, aponta Caramaschi. Embora as pessoas tenham necessidade de serem ouvidas e de construírem relaciona-mentos marcados pela afetividade, dificilmente há predisposição para ouvir e aceitar o outro, situação gerada pelo individualismo e pela competitividade cotidianos. Afinal, “ficar” não é uma mudança comportamental isolada, e sim o reflexo de uma sociedade composta por pessoas mais centradas em si mesmas, situação bem ilustrada pelo volume elevado das músicas nas pistas de dança atuais, nas quais cada um dança sozinho, e onde só se pode conversar aos berros.

O hábito de “ficar” preocupa os pais, que

sentem seus filhos mais expostos a doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez pre-coce. “Há um descompasso entre o aumento da liberdade e da responsabilidade”, afirma Caramaschi. “Os jovens sabem o que devem fa-zer para se prevenir, mas não estão preparados para conduzir essas medidas preventivas em situações sociais comuns na sua vida”.

Para entender melhor o assunto, a aluna de Psicologia Cristiane Oliveira Alves desen-volveu a pesquisa “'Ficar' x Namoro: o que marca a passagem de relacionamento a outro na concepção de universitários?” A pesquisa envolveu 100 universitários de ambos os sexos, com idade entre 18 e 24 anos, das faculdades de Ciência (FC), Engenharia (FE) e Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da Unesp-Bauru, e buscava descobrir se há dife-renças entre quando o “ficar” se transforma em namoro para garotas e garotos.

Cinquenta pessoas do sexo feminino e 50 do sexo masculino responderam a um questio-nário com quatorze questões sobre situações comuns a relacionamentos amorosos. Após a análise dos dados coletados, verificou-se que não há grandes diferenças entre quais comportamentos homens e mulheres consi-deram típicos do “ficar”, da fase interme-diária e do namoro. A pesquisa ressalta, porém, que as mulheres consideram o Com-panheirismo como característico da fase intermediária entre “ficar” e namoro, enquan-to os homens consideram-no como peculiar ao namoro. Já a Visita Familiar e o Ciúme são característicos da fase intermediária para os homens, mas do namoro para as mulheres. Caramaschi ressalta que esses resultados se referem a um grupo específico, o de univer-sitários da Unesp-Bauru, e que os conceitos sobre o “ficar” e o namoro podem variar conforme a faixa etária dos entrevistados, ou seu ambiente social. Para Caramaschi, a grande surpresa foi descobrir que o sexo é considerado próprio da fase intermediária tanto para garotos quanto para garotas.

Fonte: Unesp

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tal

131. As aspas em torno da palavra “ficar” sinalizam

a) que essa palavra é uma transcrição da fala de outra pessoa.

b) um emprego irônico do verbo com finalida-des humorísticas.

c) um uso do vocábulo com um sentido dife-rente do original.

d) um destaque dado a um neologismo de natureza morfológica.

Leia o texto abaixo

Respeitem meus cabelos, brancosChico César

Respeitem meus cabelos, brancosChegou a hora de falarVamos ser francosPois quando um preto falaO branco cala ou deixa a salaCom veludo nos tamancosCabelo veio da áfricaJunto com meus santosBenguelas, zulus, gêgesRebolos, bundos, bantosBatuques, toques, mandingasDanças, tranças, cantosRespeitem meus cabelos, brancosSe eu quero pixaim, deixaSe eu quero enrolar, deixaSe eu quero colorir, deixaSe eu quero assanhar, deixaDeixa, deixa a madeixa balançar

132. Na letra da música, o emprego da vírgula após o vocábulo “cabelos” cria

a) a ideia de oposição racial entre quem fala e a quem a letra se dirige.

b) uma concepção isolacionista no tocante ao papel social do negro.

c) uma noção discriminatória quanto aos que têm pele de cor branca.

d) um afastamento de quem fala em relação ao seu contexto de origem.

Leia o texto abaixo

“, estando tão ocupada, viera das compras de casa que a empregada fizera às pressas porque cada vez mais matava serviço, embo-ra só viesse para deixar almoço e jantar prontos, dera vários telefonemas tomando providências, inclusive um dificílimo para chamar o bombeiro de encanamentos de água, fora à cozinha para arrumar as compras e dispor na fruteira as maças que eram a sua melhor comida, embora não soubesse enfei-tar uma fruteira, mas Ulisses acenara-lhe com a possibilidade futura de por exemplo embelezar uma fruteira, ...”

Clarice Lispector: Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres – A ori-gem da Primavera ou A Morte Necessária em Pleno Dia

133. A vírgula iniciando a narrativa sugere

a) que há uma separação entre o que veio antes e o que será narrado.

b) que não faz sentido saber o que veio antes do início da narrativa.

c) que há uma descontinuidade entre o anterior e o posterior à vírgula.

d) que a história em questão começa anterior-mente à narração dela.

Leia o texto para responder a questão abaixo:

Revista o Globo, 10/01/2010

134. O formato dos parênteses, na primeira imagem, após a pergunta, reforça a ideia de que

a) a reeducação alimentar inclui muitos sacri-fícios.

b) o uso do pão anunciado contribui para o bom funcionamento do intestino.

c) o funcionamento do intestino regulariza a vi-da do indivíduo.

d) a alimentação equilibrada é fundamental pa-ra a saúde.

(SAERJ). Leia o texto abaixo.

Pico da Neblina, Monte Pascoal, Dedo de Deus, Pico das Agulhas Negras... São muitos os nomes das montanhas. Estas que citamos são apenas uma amostra das mais famosas que estão espalhadas pelo Brasil.

Os nomes dados aos elementos da paisagem tinham função semelhante à de um mapa: ser-viam para indicar rotas de caça, de água, de tipos de alimentos ou mesmo de abrigos refe-rentes aos lugares por onde precisariam tornar a passar.

FARIA, Antonio Paulo. Ciência Hoje. 2 ed, n. 180, p. 07, jul. 2007. Fragmento.

135. Na primeira linha, as reticências (...) foram usadas para

a) citar uma montanha que é a mais famosa de todas.

b) destacar algumas montanhas que o autor prefere.

c) indicar que há outras montanhas além daquelas citadas.

d) iniciar uma explicação ao leitor sobre as montanhas.

(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

O gelo na Antártica está aumentando ou diminuindo?

[...] o gelo da Antártica está aumentando e di-minuindo ao mesmo tempo. Explica-se: a ca-

mada que está mais perto do ponto de fusão (o gelo mais quente) e fica mais ao norte do con-tinente está derretendo de maneira relativa-mente rápida. “No entanto, isso representa me-nos de 2% do volume de gelo do continente. Enquanto isso, o gelo do manto, muito frio, algu-mas vezes abaixo de – 40 oC, está aumentando.

Conforme a atmosfera e o oceano estão aque-cendo, mais água evapora e chega como neve ao interior do continente. Ou seja, um aqueci-mento global levará ao aumento de gelo na maior parte da Antártica. O ativista, Guarany Osório, coordenador da Campanha de Clima do Greenpeace, não é tão otimista assim. Ele cita o caso da plataforma de gelo Wilkins, de cerca de 14 mil km2, que está prestes a se depreender da Península Antártica.

Atualmente, o bloco – “do tamanho da Jamai-ca”, compara Osório – é mantido por uma faixa de gelo de apenas 40 km de largura.

Galileu. abr. 2009 n. 213, p. 33.

136. No trecho “Explica-se: a camada que está mais perto do ponto de fusão (o gelo mais quente) e fica mais ao norte do continente está derretendo de maneira relativamente rápida.”, os dois pontos foram empregados para

a) introduzir um esclarecimento.b) definir um conceito.c) acrescentar um argumento.d) questionar um dado.

D18 – Reconhecer o efeito de sentido decor-rente da escolha de uma determinada palavra ou expressão

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habi-lidade do aluno em reconhecer a alteração de significado decorrente da escolha de uma deter-minada palavra ou expressão, dependendo da intenção do autor, a qual pode assumir sentidos diferentes do seu sentido literal.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o aluno é solicitado a perceber os efei-

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131. As aspas em torno da palavra “ficar” sinalizam

a) que essa palavra é uma transcrição da fala de outra pessoa.

b) um emprego irônico do verbo com finalida-des humorísticas.

c) um uso do vocábulo com um sentido dife-rente do original.

d) um destaque dado a um neologismo de natureza morfológica.

Leia o texto abaixo

Respeitem meus cabelos, brancosChico César

Respeitem meus cabelos, brancosChegou a hora de falarVamos ser francosPois quando um preto falaO branco cala ou deixa a salaCom veludo nos tamancosCabelo veio da áfricaJunto com meus santosBenguelas, zulus, gêgesRebolos, bundos, bantosBatuques, toques, mandingasDanças, tranças, cantosRespeitem meus cabelos, brancosSe eu quero pixaim, deixaSe eu quero enrolar, deixaSe eu quero colorir, deixaSe eu quero assanhar, deixaDeixa, deixa a madeixa balançar

132. Na letra da música, o emprego da vírgula após o vocábulo “cabelos” cria

a) a ideia de oposição racial entre quem fala e a quem a letra se dirige.

b) uma concepção isolacionista no tocante ao papel social do negro.

c) uma noção discriminatória quanto aos que têm pele de cor branca.

d) um afastamento de quem fala em relação ao seu contexto de origem.

Leia o texto abaixo

“, estando tão ocupada, viera das compras de casa que a empregada fizera às pressas porque cada vez mais matava serviço, embo-ra só viesse para deixar almoço e jantar prontos, dera vários telefonemas tomando providências, inclusive um dificílimo para chamar o bombeiro de encanamentos de água, fora à cozinha para arrumar as compras e dispor na fruteira as maças que eram a sua melhor comida, embora não soubesse enfei-tar uma fruteira, mas Ulisses acenara-lhe com a possibilidade futura de por exemplo embelezar uma fruteira, ...”

Clarice Lispector: Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres – A ori-gem da Primavera ou A Morte Necessária em Pleno Dia

133. A vírgula iniciando a narrativa sugere

a) que há uma separação entre o que veio antes e o que será narrado.

b) que não faz sentido saber o que veio antes do início da narrativa.

c) que há uma descontinuidade entre o anterior e o posterior à vírgula.

d) que a história em questão começa anterior-mente à narração dela.

Leia o texto para responder a questão abaixo:

Revista o Globo, 10/01/2010

134. O formato dos parênteses, na primeira imagem, após a pergunta, reforça a ideia de que

a) a reeducação alimentar inclui muitos sacri-fícios.

b) o uso do pão anunciado contribui para o bom funcionamento do intestino.

c) o funcionamento do intestino regulariza a vi-da do indivíduo.

d) a alimentação equilibrada é fundamental pa-ra a saúde.

(SAERJ). Leia o texto abaixo.

Pico da Neblina, Monte Pascoal, Dedo de Deus, Pico das Agulhas Negras... São muitos os nomes das montanhas. Estas que citamos são apenas uma amostra das mais famosas que estão espalhadas pelo Brasil.

Os nomes dados aos elementos da paisagem tinham função semelhante à de um mapa: ser-viam para indicar rotas de caça, de água, de tipos de alimentos ou mesmo de abrigos refe-rentes aos lugares por onde precisariam tornar a passar.

FARIA, Antonio Paulo. Ciência Hoje. 2 ed, n. 180, p. 07, jul. 2007. Fragmento.

135. Na primeira linha, as reticências (...) foram usadas para

a) citar uma montanha que é a mais famosa de todas.

b) destacar algumas montanhas que o autor prefere.

c) indicar que há outras montanhas além daquelas citadas.

d) iniciar uma explicação ao leitor sobre as montanhas.

(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

O gelo na Antártica está aumentando ou diminuindo?

[...] o gelo da Antártica está aumentando e di-minuindo ao mesmo tempo. Explica-se: a ca-

mada que está mais perto do ponto de fusão (o gelo mais quente) e fica mais ao norte do con-tinente está derretendo de maneira relativa-mente rápida. “No entanto, isso representa me-nos de 2% do volume de gelo do continente. Enquanto isso, o gelo do manto, muito frio, algu-mas vezes abaixo de – 40 oC, está aumentando.

Conforme a atmosfera e o oceano estão aque-cendo, mais água evapora e chega como neve ao interior do continente. Ou seja, um aqueci-mento global levará ao aumento de gelo na maior parte da Antártica. O ativista, Guarany Osório, coordenador da Campanha de Clima do Greenpeace, não é tão otimista assim. Ele cita o caso da plataforma de gelo Wilkins, de cerca de 14 mil km2, que está prestes a se depreender da Península Antártica.

Atualmente, o bloco – “do tamanho da Jamai-ca”, compara Osório – é mantido por uma faixa de gelo de apenas 40 km de largura.

Galileu. abr. 2009 n. 213, p. 33.

136. No trecho “Explica-se: a camada que está mais perto do ponto de fusão (o gelo mais quente) e fica mais ao norte do continente está derretendo de maneira relativamente rápida.”, os dois pontos foram empregados para

a) introduzir um esclarecimento.b) definir um conceito.c) acrescentar um argumento.d) questionar um dado.

D18 – Reconhecer o efeito de sentido decor-rente da escolha de uma determinada palavra ou expressão

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habi-lidade do aluno em reconhecer a alteração de significado decorrente da escolha de uma deter-minada palavra ou expressão, dependendo da intenção do autor, a qual pode assumir sentidos diferentes do seu sentido literal.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o aluno é solicitado a perceber os efei-

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tos de sentido que o autor quis imprimir ao tex-to a partir da escolha de uma linguagem figura-da ou da ordem das palavras, do vocabulário, entre outros.

Leia o texto abaixo e responda.

Cartas de Meu AvôManuel Bandeira

A tarde cai, por demaisErma, úmida e silente…Lendo, sossegado e só,As cartas que meu avôEscrevia a minha avó.Enternecido sorrioDo fervor desses carinhos:É que os conheci velhinhos,Quando o fogo era já frio.Cartas de antes do noivado…Cartas de amor que começa,Inquieto, maravilhado,E sem saber o que peça.Temendo a cada momentoOfendê-la, desgostá-la,Quer ler em seu pensamento / E balbucia, não fala…A mão pálida tremiaContando o seu grande bem.Mas, como o dele, batiaDela o coração também.

137. O par de versos que aponta para a personi-ficação de um elemento inanimado é:

a) “Mas, como o dele, batia / Dela o coração também.”

b) “A chuva, em gotas glaciais, / Chora mono-tonamente.”

c) “Enternecido sorrio / Do fervor desses carinhos:”

d) Inquieto, maravilhado, / E sem saber o que peça.

Leia o texto abaixo e responda.

Maria vai com as outras em ação

Os mesmos que hoje adotam Dunga como queridinho, em redes sociais e no twitter,[...] serão os que voltar-se-ão contra o técnico da Seleção em caso de fracasso.

E o farão sem dó nem piedade. É uma legião de Maria vai com as outras, cujo cérebro não resiste à manutenção de uma opinião própria.

Seus conceitos e preconceitos migram de forma proporcional à capacidade neuronal de raciocínio: quase nula. Podem cobrar depois.

http://wp.clicrbs.com.br/castiel/2010/06/24/maria-vai-com-as-outras eletronicos/ ?topo =77,2,18

138. Segundo o texto, a expressão “Maria vai com as outras” significa pessoas que:

a) têm pouca capacidade de raciocínio. b) adoram o técnico da seleção . c) falam mal do Dunga. d) seguem a opinião dos outros.

(3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://multirinhas.blogspot.com/2009/06/hagar

139. O destaque dado à palavra “formal”, asso-ciado à expressão facial de Helga, sugere

a) histeria.b) julgamento.c) reprovação.d) resignação.

D19 – Reconhecer o efeito de sentido decor-rente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos

A habilidade que pode ser avaliada por meio deste descritor, refere-se à identificação pelo aluno do sentido que um recurso ortográfico, co-mo, por exemplo, diminutivo ou, aumentativo de uma palavra, entre outros, e/ou os recursos mor-fossintáticos (forma que as palavras se apre-sentam), provocam no leitor, conforme o que o autor deseja expressar no texto.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual se requer que o aluno identifique as mu-danças de sentido decorrentes das variações nos padrões gramaticais da língua (ortografia, concordância, estrutura de frase, entre outros) no texto.

Leia o texto abaixo

Poema Brasileiro

No Piauí de cada 100 crianças que nascem 78 morrem antes de completar 8 anos de idade No Piauí de cada 100 crianças que nascem 78 morrem antes de completar 8 anos de idade No Piauí de cada 100 crianças que nascem 78 morrem antes de completar 8 anos de idade antes de completar 8 anos de idade antes de completar 8 anos de idade antes de completar 8 anos de idade antes de completar 8 anos de idade

Ferreira Gullar

140. A repetição do verso “antes de completar 8 anos de idade” indica principalmente:

a) a busca da precisão por parte da voz que fala no poema.

b) a impossibilidade de dizer algo novo sobre a morte das crianças.

c) o espanto que a morte de tantas crianças causa à voz poética.

d) a necessidade de não esquecer em que ida-de morrem tantas crianças

Leia o texto abaixo

ESSAS MENINAS

As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes com os seus namorados. As alegres meninas que estão sem-pre rindo, comentando o besouro que entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem importância.

O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia. Riem alto, riem musi-cal, riem desafinado, riem sem motivo; riem.

Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem importância. Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina encontra-do naquelas condições, em lugar ermo. A sel-vageria de um tempo que não deixa mais rir.

As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas mulheres.

(Carlos Drummond de Andrade)

141. No trecho “Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem”. A expres-são sublinhada repete-se 5 vezes no texto com a finalidade de:

a) enfatizar o riso das meninas, enfim sua ale-gria despreocupada e inocente.

b) distinguir os vários tipos de riso, para iden-tificar o que estavam sentindo.

c) indicar a utilização de rimas no texto.

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tos de sentido que o autor quis imprimir ao tex-to a partir da escolha de uma linguagem figura-da ou da ordem das palavras, do vocabulário, entre outros.

Leia o texto abaixo e responda.

Cartas de Meu AvôManuel Bandeira

A tarde cai, por demaisErma, úmida e silente…Lendo, sossegado e só,As cartas que meu avôEscrevia a minha avó.Enternecido sorrioDo fervor desses carinhos:É que os conheci velhinhos,Quando o fogo era já frio.Cartas de antes do noivado…Cartas de amor que começa,Inquieto, maravilhado,E sem saber o que peça.Temendo a cada momentoOfendê-la, desgostá-la,Quer ler em seu pensamento / E balbucia, não fala…A mão pálida tremiaContando o seu grande bem.Mas, como o dele, batiaDela o coração também.

137. O par de versos que aponta para a personi-ficação de um elemento inanimado é:

a) “Mas, como o dele, batia / Dela o coração também.”

b) “A chuva, em gotas glaciais, / Chora mono-tonamente.”

c) “Enternecido sorrio / Do fervor desses carinhos:”

d) Inquieto, maravilhado, / E sem saber o que peça.

Leia o texto abaixo e responda.

Maria vai com as outras em ação

Os mesmos que hoje adotam Dunga como queridinho, em redes sociais e no twitter,[...] serão os que voltar-se-ão contra o técnico da Seleção em caso de fracasso.

E o farão sem dó nem piedade. É uma legião de Maria vai com as outras, cujo cérebro não resiste à manutenção de uma opinião própria.

Seus conceitos e preconceitos migram de forma proporcional à capacidade neuronal de raciocínio: quase nula. Podem cobrar depois.

http://wp.clicrbs.com.br/castiel/2010/06/24/maria-vai-com-as-outras eletronicos/ ?topo =77,2,18

138. Segundo o texto, a expressão “Maria vai com as outras” significa pessoas que:

a) têm pouca capacidade de raciocínio. b) adoram o técnico da seleção . c) falam mal do Dunga. d) seguem a opinião dos outros.

(3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e responda.

Disponível em: <http://multirinhas.blogspot.com/2009/06/hagar

139. O destaque dado à palavra “formal”, asso-ciado à expressão facial de Helga, sugere

a) histeria.b) julgamento.c) reprovação.d) resignação.

D19 – Reconhecer o efeito de sentido decor-rente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos

A habilidade que pode ser avaliada por meio deste descritor, refere-se à identificação pelo aluno do sentido que um recurso ortográfico, co-mo, por exemplo, diminutivo ou, aumentativo de uma palavra, entre outros, e/ou os recursos mor-fossintáticos (forma que as palavras se apre-sentam), provocam no leitor, conforme o que o autor deseja expressar no texto.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual se requer que o aluno identifique as mu-danças de sentido decorrentes das variações nos padrões gramaticais da língua (ortografia, concordância, estrutura de frase, entre outros) no texto.

Leia o texto abaixo

Poema Brasileiro

No Piauí de cada 100 crianças que nascem 78 morrem antes de completar 8 anos de idade No Piauí de cada 100 crianças que nascem 78 morrem antes de completar 8 anos de idade No Piauí de cada 100 crianças que nascem 78 morrem antes de completar 8 anos de idade antes de completar 8 anos de idade antes de completar 8 anos de idade antes de completar 8 anos de idade antes de completar 8 anos de idade

Ferreira Gullar

140. A repetição do verso “antes de completar 8 anos de idade” indica principalmente:

a) a busca da precisão por parte da voz que fala no poema.

b) a impossibilidade de dizer algo novo sobre a morte das crianças.

c) o espanto que a morte de tantas crianças causa à voz poética.

d) a necessidade de não esquecer em que ida-de morrem tantas crianças

Leia o texto abaixo

ESSAS MENINAS

As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes com os seus namorados. As alegres meninas que estão sem-pre rindo, comentando o besouro que entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem importância.

O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia. Riem alto, riem musi-cal, riem desafinado, riem sem motivo; riem.

Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem importância. Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina encontra-do naquelas condições, em lugar ermo. A sel-vageria de um tempo que não deixa mais rir.

As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas mulheres.

(Carlos Drummond de Andrade)

141. No trecho “Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem”. A expres-são sublinhada repete-se 5 vezes no texto com a finalidade de:

a) enfatizar o riso das meninas, enfim sua ale-gria despreocupada e inocente.

b) distinguir os vários tipos de riso, para iden-tificar o que estavam sentindo.

c) indicar a utilização de rimas no texto.

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d) expressar o que as meninas sentiam.

Leia o texto abaixo

Os Estados Unidos cancelaram uma doação de US$ 48 milhões para os programas bra-sileiros de combate à Aids porque nosso governo se recusou a excluir as prostitutas dos programas de prevenção e tratamento co-mo queriam os americanos, que, na era Bush, fazem uma espécie de "seleção moral" para a sua "generosidade". Para eles, quem vive de alugar seu corpo, sua companhia e seus ser-viços sexuais não merece ajuda para sobre-viver à doença mortal.

142. O emprego das aspas circundando a palavra generosidade:

a) relaciona-se à doação realizada pelos Esta-dos Unidos.

b) ironiza a postura americana de cancelar a doação que faria.

c) sinaliza uma defesa do programa brasileiro de combate à Aids.

d) serve fundamentalmente para colocar o termo em destaque.

(PROMOVER). Leia o texto abaixo.

Menina apaixonada ofereceum coração cheio de ventoonde quem quiser pode soprartrês sementes de sonho.O coração da meninailumina as noites escurascomo se fosse um farol.É um coração como todos os outros:às vezes diz simàs vezes diz nãoàs vezes diz simàs vezes diz nãoe tem sempre uma enormefome de sol.

MURRAY, Roseana. Classificados poéticos. Miguilim.

143. A repetição dos versos “às vezes diz sim / às vezes diz não” pretende provocar no leitor a sensação de

a) desarmonia em relação à estrutura dos versos.b) humor em relação a algo sugerido a respeito

da menina.c) oposição em relação aos versos anteriores.d) movimento e ritmo em relação às batidas do

coração da menina.

Leia o texto abaixo

A GAIOLA

E era a gaiola e era a vida era a gaiola e era o muro a cerca e o preconceito e era o filho a família e a aliança e era a grade a filha e era o conceito e era o relógio o horário o apontamento e era o estatuto a lei e o mandamento e a tabuleta dizendo é proibido.

E era a vida era o mundo e era a gaiola e era a casa o nome a vestimenta e era o imposto o aluguel a ferramenta e era o orgulho e o coração fechado e o sentimento trancado a cadeado. E era o amor e o desamor e o medo de magoar e eram os laços e o sinal de não passar. E era a vida era a vida o mundo e a gaiola e era a vida e a vida era a gaiola.

(Apud Alda Beraldo. Trabalhando com poesia. São Paulo: Ática, 1990. v. 2, p. 17.)

144. A repetição da sequência “e era” tem no poema o efeito de:

a) sugerir que uma vida foi marcada por aspec-tos de natureza emocional.

b) apontar para um conjunto de dados mate-riais que estavam no cotidiano.

c) indicar a acumulação de aspectos que com-punham a vida de uma pessoa.

d) refletir o caráter duradouro dos elementos que fazem parte do cotidiano.

TÓPICO VI

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

Este tópico refere-se às inúmeras manifesta-ções e possibilidades da fala. No domínio do lar, as pessoas exercem papéis sociais de pai, mãe, filho, avó, tio. Quando observamos um diá-logo entre mãe e filho, por exemplo, verifi-camos características linguísticas que marcam ambos os papéis. As diferenças mais marcan-tes são intergeracionais (geração mais velha/ geração mais nova).

O estudo da variação linguística é, também, essencial para a conscientização linguística do aluno, permitindo que ele construa uma postu-ra não-preconceituosa em relação a usos lin-güísticos distintos dos seus.

É muito importante mostrarmos ao aluno as razões dos diferentes usos, quando é utilizada a linguagem formal, a informal, a técnica ou as lin-guagens relacionadas aos falantes, como por exemplo, a linguagem dos adolescentes, das pessoas mais velhas.

É necessário transmitirmos ao aluno a noção do valor social que é atribuído a essas varia-

ções, sem, no entanto, permitir que ele desva-lorize sua realidade ou a de outrem. Essa dis-cussão é fundamental nesse contexto.

D13 – Identificar as marcas linguísticas que evi-denciam o locutor e o interlocutor de um texto

Por meio deste descritor pode-se avaliar a habi-lidade do aluno em identificar quem fala no texto e a quem ele se destina, essencialmente, por meio da presença de marcas linguísticas (o tipo de vocabulário, o assunto, etc.), evidenci-ando, também, a importância do domínio das variações linguísticas que estão presentes na nossa sociedade.

Essa habilidade é avaliada em textos nos quais o aluno é solicitado a identificar, o locutor e o interlocutor do texto nos diversos domínios so-ciais, como também são exploradas as possíveis variações da fala: linguagem rural, urbana, formal, informal, incluindo também as linguagens relacionadas a determinados do-mínio sociais, como, por exemplo, cerimônias religiosas, escola, clube, etc.

Leia o texto abaixo

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d) expressar o que as meninas sentiam.

Leia o texto abaixo

Os Estados Unidos cancelaram uma doação de US$ 48 milhões para os programas bra-sileiros de combate à Aids porque nosso governo se recusou a excluir as prostitutas dos programas de prevenção e tratamento co-mo queriam os americanos, que, na era Bush, fazem uma espécie de "seleção moral" para a sua "generosidade". Para eles, quem vive de alugar seu corpo, sua companhia e seus ser-viços sexuais não merece ajuda para sobre-viver à doença mortal.

142. O emprego das aspas circundando a palavra generosidade:

a) relaciona-se à doação realizada pelos Esta-dos Unidos.

b) ironiza a postura americana de cancelar a doação que faria.

c) sinaliza uma defesa do programa brasileiro de combate à Aids.

d) serve fundamentalmente para colocar o termo em destaque.

(PROMOVER). Leia o texto abaixo.

Menina apaixonada ofereceum coração cheio de ventoonde quem quiser pode soprartrês sementes de sonho.O coração da meninailumina as noites escurascomo se fosse um farol.É um coração como todos os outros:às vezes diz simàs vezes diz nãoàs vezes diz simàs vezes diz nãoe tem sempre uma enormefome de sol.

MURRAY, Roseana. Classificados poéticos. Miguilim.

143. A repetição dos versos “às vezes diz sim / às vezes diz não” pretende provocar no leitor a sensação de

a) desarmonia em relação à estrutura dos versos.b) humor em relação a algo sugerido a respeito

da menina.c) oposição em relação aos versos anteriores.d) movimento e ritmo em relação às batidas do

coração da menina.

Leia o texto abaixo

A GAIOLA

E era a gaiola e era a vida era a gaiola e era o muro a cerca e o preconceito e era o filho a família e a aliança e era a grade a filha e era o conceito e era o relógio o horário o apontamento e era o estatuto a lei e o mandamento e a tabuleta dizendo é proibido.

E era a vida era o mundo e era a gaiola e era a casa o nome a vestimenta e era o imposto o aluguel a ferramenta e era o orgulho e o coração fechado e o sentimento trancado a cadeado. E era o amor e o desamor e o medo de magoar e eram os laços e o sinal de não passar. E era a vida era a vida o mundo e a gaiola e era a vida e a vida era a gaiola.

(Apud Alda Beraldo. Trabalhando com poesia. São Paulo: Ática, 1990. v. 2, p. 17.)

144. A repetição da sequência “e era” tem no poema o efeito de:

a) sugerir que uma vida foi marcada por aspec-tos de natureza emocional.

b) apontar para um conjunto de dados mate-riais que estavam no cotidiano.

c) indicar a acumulação de aspectos que com-punham a vida de uma pessoa.

d) refletir o caráter duradouro dos elementos que fazem parte do cotidiano.

TÓPICO VI

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

Este tópico refere-se às inúmeras manifesta-ções e possibilidades da fala. No domínio do lar, as pessoas exercem papéis sociais de pai, mãe, filho, avó, tio. Quando observamos um diá-logo entre mãe e filho, por exemplo, verifi-camos características linguísticas que marcam ambos os papéis. As diferenças mais marcan-tes são intergeracionais (geração mais velha/ geração mais nova).

O estudo da variação linguística é, também, essencial para a conscientização linguística do aluno, permitindo que ele construa uma postu-ra não-preconceituosa em relação a usos lin-güísticos distintos dos seus.

É muito importante mostrarmos ao aluno as razões dos diferentes usos, quando é utilizada a linguagem formal, a informal, a técnica ou as lin-guagens relacionadas aos falantes, como por exemplo, a linguagem dos adolescentes, das pessoas mais velhas.

É necessário transmitirmos ao aluno a noção do valor social que é atribuído a essas varia-

ções, sem, no entanto, permitir que ele desva-lorize sua realidade ou a de outrem. Essa dis-cussão é fundamental nesse contexto.

D13 – Identificar as marcas linguísticas que evi-denciam o locutor e o interlocutor de um texto

Por meio deste descritor pode-se avaliar a habi-lidade do aluno em identificar quem fala no texto e a quem ele se destina, essencialmente, por meio da presença de marcas linguísticas (o tipo de vocabulário, o assunto, etc.), evidenci-ando, também, a importância do domínio das variações linguísticas que estão presentes na nossa sociedade.

Essa habilidade é avaliada em textos nos quais o aluno é solicitado a identificar, o locutor e o interlocutor do texto nos diversos domínios so-ciais, como também são exploradas as possíveis variações da fala: linguagem rural, urbana, formal, informal, incluindo também as linguagens relacionadas a determinados do-mínio sociais, como, por exemplo, cerimônias religiosas, escola, clube, etc.

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145. Em relação às marcas linguísticas pre-sentes na charge:

a) a variação linguística da fala do aluno é ade-quada à conversa com uma professora em sala de aula.

b) a variante linguística usada pelo aluno revela a discordância dele em relação às regras do português.

c) a variação linguística da fala do aluno é ca-racterística da idade dele, mas inadequada à situação.

d) o aluno emprega uma variante que corres-ponde ao que ele deve ter aprendido na aula de língua.

Leia o texto abaixo

A unidade Ortográfica

Velhíssima questão a da unidade ortográfica do português usado no Brasil e em Portugal. Que a prosódia seja diferente, é natural. Num país imenso como o nosso, há diversas formas de pronunciar as palavras, e o próprio vocabulário admite expressões regionais – o mesmo acontecendo em todas as línguas do mundo.

O diabo é a grafia, sobre a qual os portugue-ses não abrem mão de escrever “director”, por exemplo. Não é o mesmo caso de “facto” e “fato”, que têm significações diferentes e, com boa vontade, podemos compreender a insistência dos portugueses em se referir à roupa e ao acontecimento.

Arnaldo Niskier, quando presidente da Academia Brasileira de Letras, conseguiu acordo com a Academia de Ciências de Lis-boa, assinaram-se tratados com a aprovação dos governos do Brasil e Portugal. O acordo previa o consenso de todos os países lusó-fonos. Na época, somente os dois principais interessados estavam em condições de obter um projeto comum – mais tarde, Cabo Verde também toparia.

Numa das últimas sessões da ABL, Sérgio Paulo Rouanet, Alberto da Costa e Silva e Evanildo Bechara trouxeram o problema ao plenário – um dos temas recorrentes da insti-tuição é a feitura definitiva do vocabulário a ser adotado por todos os países de expressão portuguesa. [...]

Cristão - novo nesta questão, acredito que não será para os meus dias a solução para a nossa unidade ortográfica.

CONY, Carlos Heitor. Folha de S. Paulo, São Paulo, 10 ago. 2004.

146. Uma expressão do texto se desvia do padrão culto utilizado nele:

a) factob) fatoc) recorrentesd) toparia

Leia o texto abaixo

Quer tomar bomba?

Quer tomar bomba? Pode aplicar Mas eu não garanto se vai inchar Efeito estufa, ação, reação Estria no corpo, aí, vai, vacilão Deca, winstrol, durateston, textex A fórmula mágica pra você ficar mais sexy Mulher, dinheiro, oportunidade Um ciclo de winstrol e você é celebridade Barriga estilo tanque, pura definição Duas horas de tensão, não vacila, vai pro chão Três, quatro, quanto mais repetição Vai perder muito mais rápido Então, vem, sente a pressão

MAG. Quer tomar bomba? Disponível em: <www.vagalume.com.br> Acesso em: 2 out. 2007. [adaptado]

147. Exemplifica, no texto, a variação linguísti-ca popular o vocábulo:

a) efeitob) corpoc) vacilãod) repetição

(Saresp 2005). Leia o texto abaixo e responda.

Via-LácteaOlavo Bilac

XIII"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto...E conversamos toda a noite, enquanto A via-láctea, como um pálio aberto,Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!Que conversas com elas? Que sentidoTem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvidoCapaz de ouvir e de entender estrelas".

148. O poeta conversa diretamente com o leitor no seguinte verso:

a) “Ora (direis) ouvir estrelas!” b) “E abro as janelas, pálido de espantoc) “E conversamos toda a noite,” d) “Inda as procuro pelo céu deserto.”

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Onde trabalhar

O perito tem quatro possibilidades de emprego:• ser contratado por uma empresa de con-

sultoria, que é chamada quando pinta um problema em outra empresa;

• ser perito da Polícia Federal ou Estadual, que mantém seu próprio corpo de especialistas;

• ser autônomo e ser convocado pelo juiz de um tribunal ou por alguma pessoa ou em-presa para trabalhar num caso específico;

• trabalhar em uma empresa para fazer segu-rança virtual preventiva. Ou seja, proteger os sistemas antes de serem atacados por hackers.

Mundo Estranho, São Paulo: Abril, ed.48, fev. 2006, p. 22.

149. No Texto, há uma palavra representativa de linguagem coloquial em:

a) “ser contratado por uma empresa de con-sultoria,”.

b) “que é chamado quando pinta um proble-ma...”.

c) “ser perito da Polícia Federal ou Estadual,”.d) “ser autônomo e ser convocado pelo juíz de

um tribunal...”.

Leia o texto para responder a questão abaixo:

Bom conselhoComposição: Chico Buarque

Ouça um bom conselhoQue eu lhe dou de graçaInútil dormir que a dor não passaEspere sentadoOu você se cansaEstá provado, quem espera nunca alcançaVenha, meu amigoDeixe esse regaçoBrinque com meu fogoVenha se queimarFaça como eu digoFaça como eu façoAja duas vezes antes de pensarCorro atrás do tempoVim de não sei ondeDevagar é que não se vai longeEu semeio o ventoNa minha cidadeVou pra rua e bebo a tempestade

http://letras.terra.com.br

150. O verso que pode ilustrar que o eu poético se dirige a alguém que tem intimidade é

a) “Venha, meu amigo”b) “Corro atrás do tempo”c) “Vim de não sei onde”d) “Eu semeio o vento”

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145. Em relação às marcas linguísticas pre-sentes na charge:

a) a variação linguística da fala do aluno é ade-quada à conversa com uma professora em sala de aula.

b) a variante linguística usada pelo aluno revela a discordância dele em relação às regras do português.

c) a variação linguística da fala do aluno é ca-racterística da idade dele, mas inadequada à situação.

d) o aluno emprega uma variante que corres-ponde ao que ele deve ter aprendido na aula de língua.

Leia o texto abaixo

A unidade Ortográfica

Velhíssima questão a da unidade ortográfica do português usado no Brasil e em Portugal. Que a prosódia seja diferente, é natural. Num país imenso como o nosso, há diversas formas de pronunciar as palavras, e o próprio vocabulário admite expressões regionais – o mesmo acontecendo em todas as línguas do mundo.

O diabo é a grafia, sobre a qual os portugue-ses não abrem mão de escrever “director”, por exemplo. Não é o mesmo caso de “facto” e “fato”, que têm significações diferentes e, com boa vontade, podemos compreender a insistência dos portugueses em se referir à roupa e ao acontecimento.

Arnaldo Niskier, quando presidente da Academia Brasileira de Letras, conseguiu acordo com a Academia de Ciências de Lis-boa, assinaram-se tratados com a aprovação dos governos do Brasil e Portugal. O acordo previa o consenso de todos os países lusó-fonos. Na época, somente os dois principais interessados estavam em condições de obter um projeto comum – mais tarde, Cabo Verde também toparia.

Numa das últimas sessões da ABL, Sérgio Paulo Rouanet, Alberto da Costa e Silva e Evanildo Bechara trouxeram o problema ao plenário – um dos temas recorrentes da insti-tuição é a feitura definitiva do vocabulário a ser adotado por todos os países de expressão portuguesa. [...]

Cristão - novo nesta questão, acredito que não será para os meus dias a solução para a nossa unidade ortográfica.

CONY, Carlos Heitor. Folha de S. Paulo, São Paulo, 10 ago. 2004.

146. Uma expressão do texto se desvia do padrão culto utilizado nele:

a) factob) fatoc) recorrentesd) toparia

Leia o texto abaixo

Quer tomar bomba?

Quer tomar bomba? Pode aplicar Mas eu não garanto se vai inchar Efeito estufa, ação, reação Estria no corpo, aí, vai, vacilão Deca, winstrol, durateston, textex A fórmula mágica pra você ficar mais sexy Mulher, dinheiro, oportunidade Um ciclo de winstrol e você é celebridade Barriga estilo tanque, pura definição Duas horas de tensão, não vacila, vai pro chão Três, quatro, quanto mais repetição Vai perder muito mais rápido Então, vem, sente a pressão

MAG. Quer tomar bomba? Disponível em: <www.vagalume.com.br> Acesso em: 2 out. 2007. [adaptado]

147. Exemplifica, no texto, a variação linguísti-ca popular o vocábulo:

a) efeitob) corpoc) vacilãod) repetição

(Saresp 2005). Leia o texto abaixo e responda.

Via-LácteaOlavo Bilac

XIII"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto...E conversamos toda a noite, enquanto A via-láctea, como um pálio aberto,Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!Que conversas com elas? Que sentidoTem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvidoCapaz de ouvir e de entender estrelas".

148. O poeta conversa diretamente com o leitor no seguinte verso:

a) “Ora (direis) ouvir estrelas!” b) “E abro as janelas, pálido de espantoc) “E conversamos toda a noite,” d) “Inda as procuro pelo céu deserto.”

(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Onde trabalhar

O perito tem quatro possibilidades de emprego:• ser contratado por uma empresa de con-

sultoria, que é chamada quando pinta um problema em outra empresa;

• ser perito da Polícia Federal ou Estadual, que mantém seu próprio corpo de especialistas;

• ser autônomo e ser convocado pelo juiz de um tribunal ou por alguma pessoa ou em-presa para trabalhar num caso específico;

• trabalhar em uma empresa para fazer segu-rança virtual preventiva. Ou seja, proteger os sistemas antes de serem atacados por hackers.

Mundo Estranho, São Paulo: Abril, ed.48, fev. 2006, p. 22.

149. No Texto, há uma palavra representativa de linguagem coloquial em:

a) “ser contratado por uma empresa de con-sultoria,”.

b) “que é chamado quando pinta um proble-ma...”.

c) “ser perito da Polícia Federal ou Estadual,”.d) “ser autônomo e ser convocado pelo juíz de

um tribunal...”.

Leia o texto para responder a questão abaixo:

Bom conselhoComposição: Chico Buarque

Ouça um bom conselhoQue eu lhe dou de graçaInútil dormir que a dor não passaEspere sentadoOu você se cansaEstá provado, quem espera nunca alcançaVenha, meu amigoDeixe esse regaçoBrinque com meu fogoVenha se queimarFaça como eu digoFaça como eu façoAja duas vezes antes de pensarCorro atrás do tempoVim de não sei ondeDevagar é que não se vai longeEu semeio o ventoNa minha cidadeVou pra rua e bebo a tempestade

http://letras.terra.com.br

150. O verso que pode ilustrar que o eu poético se dirige a alguém que tem intimidade é

a) “Venha, meu amigo”b) “Corro atrás do tempo”c) “Vim de não sei onde”d) “Eu semeio o vento”

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BIBLIOGRAFIA ANEXO

BRASIL. Inep/DAEB/CGIM/SEE-AL. Roteiro para elaboração de itens de Língua Portuguesa. Foco Leitura. Brasília: 2008.

BRASIL. MEC/Inep. Guia de Elaboração de Itens do SAEB. Brasília: 2003.

BRASIL. MEC/Inep. Matrizes de Língua Portuguesa do 9° ano do Ensino Fundamental.

CAEd/UFJF. Guia de Elaboração de itens. Juiz de Fora: 2008.

CAEd/UFJF. Manual de Elaboração de Itens – Língua Portuguesa. Juiz de Fora: 2003.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. PDE - Plano de Desenvolvimento da Educação: Prova Brasil: ensino fundamental: matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília: MEC, SEB; Inep, 2008.

PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa. Curitiba: 2009.

PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Caderno de Expectativas de Aprendizagem: Versão preliminar. Curitiba: 2011.

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO. Revista pedagógica Língua Portuguesa: 9º ano do Ensino Fundamental. V. 3 (jan/dez. 2011), Juiz de Fora, 2011.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. III CADERNO DE APOIO PEDAGÓGICO. Rio de Janeiro: 2010.

QUADRO DE EQUIVALÊNCIA ENTRE OS DESCRITORES DO SAEB E SAEPE

LÍNGUA PORTUGUESA

D1

D3

D4

D6

D14

D6

D8

D7

D9

D10

Iguais

Alteração na redação dos descritores

Alteração na redação dos descritores

Alteração na redação dos descritores

Alteração na redação dos descritores

Alteração na redação dos descritores

Alteração na redação dos descritores

Não tem correlação

SAEB

PROCEDIMENTOS DE LEITURA

SAEPE

PRÁTICAS DE LEITURA

OBSERVAÇÃO

SAEB

IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU ENUNCIADOR NA

COMPREENSÃO DO TEXTO

SAEB

IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU ENUNCIADOR NA

COMPREENSÃO DO TEXTO

SAEPE

IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU ENUNCIADOR NA

COMPREENSÃO DO TEXTO

SAEPE

PRÁTICAS DE LEITURA

OBSERVAÇÃO

OBSERVAÇÃO

D5

D12

D11

D13

D12(EXCLUSIVO)

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BIBLIOGRAFIA ANEXO

BRASIL. Inep/DAEB/CGIM/SEE-AL. Roteiro para elaboração de itens de Língua Portuguesa. Foco Leitura. Brasília: 2008.

BRASIL. MEC/Inep. Guia de Elaboração de Itens do SAEB. Brasília: 2003.

BRASIL. MEC/Inep. Matrizes de Língua Portuguesa do 9° ano do Ensino Fundamental.

CAEd/UFJF. Guia de Elaboração de itens. Juiz de Fora: 2008.

CAEd/UFJF. Manual de Elaboração de Itens – Língua Portuguesa. Juiz de Fora: 2003.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. PDE - Plano de Desenvolvimento da Educação: Prova Brasil: ensino fundamental: matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília: MEC, SEB; Inep, 2008.

PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa. Curitiba: 2009.

PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Caderno de Expectativas de Aprendizagem: Versão preliminar. Curitiba: 2011.

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO. Revista pedagógica Língua Portuguesa: 9º ano do Ensino Fundamental. V. 3 (jan/dez. 2011), Juiz de Fora, 2011.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. III CADERNO DE APOIO PEDAGÓGICO. Rio de Janeiro: 2010.

QUADRO DE EQUIVALÊNCIA ENTRE OS DESCRITORES DO SAEB E SAEPE

LÍNGUA PORTUGUESA

D1

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Iguais

Alteração na redação dos descritores

Alteração na redação dos descritores

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Alteração na redação dos descritores

Alteração na redação dos descritores

Não tem correlação

SAEB

PROCEDIMENTOS DE LEITURA

SAEPE

PRÁTICAS DE LEITURA

OBSERVAÇÃO

SAEB

IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU ENUNCIADOR NA

COMPREENSÃO DO TEXTO

SAEB

IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU ENUNCIADOR NA

COMPREENSÃO DO TEXTO

SAEPE

IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU ENUNCIADOR NA

COMPREENSÃO DO TEXTO

SAEPE

PRÁTICAS DE LEITURA

OBSERVAÇÃO

OBSERVAÇÃO

D5

D12

D11

D13

D12(EXCLUSIVO)

Açã

o de

For

tale

cim

ento

da

Apr

endi

zage

m

96 97

Ref

orço

Esc

olar

| LÍ

NG

UA

PO

RTU

GU

ESA

| C

ader

no 3

Ano

s Fi

nais

do

Ensi

no F

unda

men

tal

D12(EXCLUSIVO)

D7

Não tem correlação

Alteração na redação dos descritores

SAEB

COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO

DO TEXTO

SAEPE

COESÃO E COERÊNCIA OBSERVAÇÃO

D2 D18

D19 Iguais

D8(EXCLUSIVO)

Não tem correlação

D9 D27 Iguais

Alteração na redação dos descritores

SAEB

RELAÇÃO ENTRE TEXTOS

SAEPE

RELAÇÃO ENTRE TEXTOS OBSERVAÇÃO

D20 D14

Alteração na redação dos descritores

SAEB

RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS

E EFEITOS DE SENTIDO

SAEPE

RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS

E EFEITOS DE SENTIDO

OBSERVAÇÃO

D16 D22

Alteração na redação dos descritores

D19 D24

D9 D27 Iguais

D17

D18

D23

D25

Iguais

Iguais

D13 D26 Iguais

SAEB

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

SAEPE

VARIAÇÃO LINGUÍSTICAOBSERVAÇÃO

Alteração na redação dos descritores

Alteração na redação dos descritores

D10

D11

D21

D16

Açã

o de

For

tale

cim

ento

da

Apr

endi

zage

m

96 97

Ref

orço

Esc

olar

| LÍ

NG

UA

PO

RTU

GU

ESA

| C

ader

no 3

Ano

s Fi

nais

do

Ensi

no F

unda

men

tal

D12(EXCLUSIVO)

D7

Não tem correlação

Alteração na redação dos descritores

SAEB

COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO

DO TEXTO

SAEPE

COESÃO E COERÊNCIA OBSERVAÇÃO

D2 D18

D19 Iguais

D8(EXCLUSIVO)

Não tem correlação

D9 D27 Iguais

Alteração na redação dos descritores

SAEB

RELAÇÃO ENTRE TEXTOS

SAEPE

RELAÇÃO ENTRE TEXTOS OBSERVAÇÃO

D20 D14

Alteração na redação dos descritores

SAEB

RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS

E EFEITOS DE SENTIDO

SAEPE

RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS

E EFEITOS DE SENTIDO

OBSERVAÇÃO

D16 D22

Alteração na redação dos descritores

D19 D24

D9 D27 Iguais

D17

D18

D23

D25

Iguais

Iguais

D13 D26 Iguais

SAEB

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

SAEPE

VARIAÇÃO LINGUÍSTICAOBSERVAÇÃO

Alteração na redação dos descritores

Alteração na redação dos descritores

D10

D11

D21

D16

Açã

o de

For

tale

cim

ento

da

Apr

endi

zage

m

98

GABARITO

01 - C

21 - A

02 - A

22 - C

03 - D

23 - C

04 - B

24 - B

05 - C

25 - A

06 - A

26 - C

07 - C

27 - B

08 - A

28 - B

09 - C

29 - D

10 - C

30 - D

51 - C

52 - D

53 - D

54 - B

55 - B

56 - A

57 - C

58 - B

59 - A

60 - B

121 - D

122 - B

123 - C

124 - A

125 - D

126 - D

127 - C

128 - D

129 - B

130 - C

131 - C

132 - A

133 - D

134 - B

135 - C

96 - D

97 - A

98 - C

99 - A

100 - A

61 - C

62 - D

63 - B

64 - B

65 - A

141 - A

142 - B

143 - D

144 - C

145 - C

146 - D

147 - C

148 - A

149 - B

150 - A

136 - A

137 - B

138 - D

139 - C

140 - C

66 - C

67 - B

68 - A

69 - C

70 - B

11 - D

12 - A

13 - D

14 - B

15 - B

16 - D

17 - C

18 - A

19 - D

20 - D

31 - A

32 - C

33 - B

34 - B

35 - A

36 - B

37 - A

38 - D

39 - D

40 - B

41 - D

42 - A

43 - C

44 - D

45 - C

46 - D

47 - A

48 - B

49 - D

50 - A

71 - C

72 - C

73 - D

74 - C

75 - B

76 - B

77 - A

78 - B

79 - C

80 - A

81 - B

82 - C

83 - D

84 - C

85 - A

86 - D

87 - C

88 - B

89 - C

90 - C

91 - A

92 - A

93 - C

94 - D

95 - A

111 - A

112 - D

113 - B

114 - A

115 - C

116 - D

117 - A

118 - B

119 - D

120 - A

101 - B

102 - C

103 - A

104 - C

105 - B

106 - D

107 - B

108 - D

109 - C

110 - C

Açã

o de

For

tale

cim

ento

da

Apr

endi

zage

m

98

GABARITO

01 - C

21 - A

02 - A

22 - C

03 - D

23 - C

04 - B

24 - B

05 - C

25 - A

06 - A

26 - C

07 - C

27 - B

08 - A

28 - B

09 - C

29 - D

10 - C

30 - D

51 - C

52 - D

53 - D

54 - B

55 - B

56 - A

57 - C

58 - B

59 - A

60 - B

121 - D

122 - B

123 - C

124 - A

125 - D

126 - D

127 - C

128 - D

129 - B

130 - C

131 - C

132 - A

133 - D

134 - B

135 - C

96 - D

97 - A

98 - C

99 - A

100 - A

61 - C

62 - D

63 - B

64 - B

65 - A

141 - A

142 - B

143 - D

144 - C

145 - C

146 - D

147 - C

148 - A

149 - B

150 - A

136 - A

137 - B

138 - D

139 - C

140 - C

66 - C

67 - B

68 - A

69 - C

70 - B

11 - D

12 - A

13 - D

14 - B

15 - B

16 - D

17 - C

18 - A

19 - D

20 - D

31 - A

32 - C

33 - B

34 - B

35 - A

36 - B

37 - A

38 - D

39 - D

40 - B

41 - D

42 - A

43 - C

44 - D

45 - C

46 - D

47 - A

48 - B

49 - D

50 - A

71 - C

72 - C

73 - D

74 - C

75 - B

76 - B

77 - A

78 - B

79 - C

80 - A

81 - B

82 - C

83 - D

84 - C

85 - A

86 - D

87 - C

88 - B

89 - C

90 - C

91 - A

92 - A

93 - C

94 - D

95 - A

111 - A

112 - D

113 - B

114 - A

115 - C

116 - D

117 - A

118 - B

119 - D

120 - A

101 - B

102 - C

103 - A

104 - C

105 - B

106 - D

107 - B

108 - D

109 - C

110 - C