Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

33
CONCURSO DE ALTERNATIVAS REALIZAÇÃO: GRUPO DIREITOS URBANOS | FORTALEZA

description

Um manifesto por uma cidade mais humanizada e por mobilidade de qualidade em Fortaleza.

Transcript of Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

Page 1: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

CONCURSO DEALTERNATIVAS

REALIZAÇÃO: GRUPO DIREITOS URBANOS | FORTALEZA

Page 2: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

O QUE ÉO GRUPODIREITOS URBANOS | FORTALEZA?

Page 3: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

O Grupo Direitos Urbanos | Fortaleza surge a partir da iniciativa de várias pessoas interessadas em discutir as políticas públicas e o espaço urbano em busca de uma cidade mais justa e democrática. Foi inspirado nos vários fóruns de mesmo nome já existentes pelo Brasil, em especial o de Recife, que é bastante ativo e possui 11 mil participantes em sua página online. O fórum é composto por vários grupos e coletivos, além de pessoas interessadas na discussão sobre a cidade. O objetivo é promover a livre colocação de idéias e ações diretas na pro-moção do Direito à Cidade em todos seus âmbitos.

Desde seu surgimento, em junho de 2013, o grupo pro-moveu debates, assembléias, oficinas e aulas abertas. A principal pauta discutida tem sido a mobilidade urbana da cidade e a integração de espaços livres, com a promoção de um Concurso de idéias alternativa a um viaduto proposto pela prefeitura e uma carta manifesto pedindo a execução do Plano de Mobilidade para Fortaleza.

cartaz de divulgação de uma das assembleias

O Concurso de Alternativas ao Viaduto do cruzamen-to Av. Antônio Sales com Av. Eng. Santana Junior vem como espaço para propor outras soluções ur-banas, que privilegiem as pessoas e o espaço públi-co. O objetivo não é escolher um vencedor ou resolver o problema da mobilidade urbana, mas compilar uma apresentação de todas as propostas, mostrando que é possível imaginar uma cidade dif-erente e abrir o debate a todos que queiram pensar outra Fortaleza. É também um convite ao Governo Municipal para abrir a sua gestão à participação de seus cidadãos.

SOBRE A NOSSA INTENÇÃO COM O CONCURSO:

Page 4: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

? QUEREMOSOUTRAS

POR QUÊALTERNATIVAS?

Page 5: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

Nos anos 60 e 70 várias cidades brasileiras impor-taram o exemplo norte americano de construir via-dutos e vias expressas, verdadeiras “rodovias” dentro dos centros urbanos, acreditando assim re-solver o problema de congestionamento do trânsi-to.

Hoje se sabe que tais inciativas, não só não re-solvem, mas agravam a situação à medida que atraem mais carros para ocuparem o espaço adi-cional. São notórios os efeitos perversos causados pelas “rodovias urbanas”, que se constituem em verdadeiros enclaves no tecido urbano: de-gradação de áreas centrais e bairros, ameaça a locais de valor histórico, concentração da poluição atmosférica nas áreas mais densamente ocupadas e ameaças à saúde das pessoas.

Simplesmente, as vias expressas são soluções viárias inadequadas para as cidades. Por definição, elas dependem da limitação do acesso às mesmas para poderem minimi-zaras interrupções e maximizar o fluxo. Mas as cidades são caracterizadas por redes viárias robustas e interconecta-das. Quando as vias expressas de acesso limitado são força-das sobre o traçado urbano, elas criam barreiras que acabam reduzindo uma característica essencial das ci-dades, a sua vitalidade.

Quem sofre são os residentes, o comércio, os proprietários e os bairros adjacentes à rodovia urbana, como também sofre muito a operação da malha urbana como um todo.

ANTES DEPOIS

ANTES DEPOIS

Madri, que tinha sido pioneira entre as cidades do sul da Europa na construção de autoestradas elevadas, derrubou no ano 2005 os viadutos da Praça Cerdà, construídos em 1968, que permitiu enterrar todo o percurso (mais de três quilômetros) do seu primeiro anel viário expresso.

De todas as operações conhecidas de demolição de viadutos, a mais importante, pela sua grandiosidade e pelos efeitos na revalorização da área, tem sido a demolição no ano de 2003 do Viaduto de Cheonggye-cheon de Seul, construído em 1971. As obras consistiram na derrubada de uma autoestrada elevada de 5,8 quilômetros de comprimento, que passava pelo centro de Seul e ocupava quase todo o leito do rio de mesmo nome.

Referências:

implantação de soluções de transporte e mobilidade mundialmente).

Page 6: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

CARTA ABERTA À CIDADE DE FORTALEZA, AO PREFEITO ROBERTO CLÁUDIO E AO GOVERNADOR CID GOMES SOBRE MOBILIDADE URBANA.

17 de Julho de 2013.

Nós, enquanto sociedade civil organizada, vimos por meio desta manifestar-nos contra a forma como tem sido conduzida a política pública de mobilidade urbana pela Prefeitu-ra de Fortaleza e pelo Governo Estadual do Ceará. Com a justificativa de solucionar problemas relacionados a este tema, os governos mu-nicipal e estadual estão propondo a construção de viadutos, túneis, ponte estaiada e alargamento de vias para a cidade. Tais propostas, com o uso dinheiro público, valorizam prioritariamente veículos automotores privados, desconsiderando outros tipos de modais: transporte público coletivo, ciclistas e pedestres.

As soluções de mobilidade urbana que tem sido propostas pelo Estado baseiam-se em um modelo rodoviário estadunidense da primeira metade do séc. XX, onde se verifica hoje a sua total obsolescência, tendo sido, em muitas cidades, desmantelado e substi-tuído por espaços públicos e modais coletivos públicos. Seattle, São Francisco, Portland, Nova Iorque, Boston, Toronto, Paris, Berlim, Seul, Bogotá, Rio de Janeiro, São Paulo: todas são cidades que estão removendo ou já removeram inúmeros viadutos e vias expressas de suas malhas viárias, por compreenderem que sua presença provocava aumento da criminalidade, de engarrafamentos a longo prazo, poluição visual, sonora e ambiental; sem, contudo, resolver os problemas de mobilidade e acessibilidade urbanos.

O conhecido jargão “tentar solucionar problemas de mobilidade urbana alargando vias é como tentar solucionar a obesidade afrouxando o cinto" faz-se adequado aqui, uma vez que, ao construir viadutos, vias expressas e criar novos túneis, induz-se o uso de carros por motoristas que não o fariam diariamente, superlotando as novas vias rapida-mente. Em Fortaleza, segundo pesquisa do Observatório das Metrópoles, entre 2001 e 2011, o número de carros aumentou em 80%. Isso faz com que uma obra que foi planeja-da em um determinado período se torne obsoleta em curto prazo de tempo.

Estas questões são agravadas tanto mais pela falta de dados atualizados sobre as necessidades reais de deslocamento da cidade. A mais recente pesquisa origem-desti-no, estudo que indica as linhas de desejo de deslocamento das pessoas, de onde saem e para onde vão os usuários de transporte público e privado, padrões de uso e ocupação do remonta ao início dos anos 90. Se nos últimos dez anos, nossa frota de carros quase duplicou e os padrão da cidade se alteraram enormemente, como podemos saber qual obra de mobilidade é prioritária? Não há bases atualizadas, para saber qual a melhor solução. Mas há conhecimento e experiências urbanísticas para comprovar que um viaduto de três níveis ou uma ponte estaiada sobre um parque ecológico não a são.

A falta de participação popular e embasamento técnico nas gestões municipal e estadu-al está resultando numa aplicação de recursos públicos em obras que são inadequadas do ponto de vista ético, social ambiental e paisagístico. Sem solucionar o problema orig-inal, cria-se inúmeros outros. Obras viárias voltadas para o transporte individual tendem a ser mais onerosas aos cofres públicos e ineficientes em tratar dos reais prob-lemas de mobilidade e acessibilidade enfrentados por nossa cidade. Fortaleza perman-ece sem um Plano de Mobilidade Urbana, apesar da exigência legal regulamentada pelo Ministério das Cidades desde 2007. Em 2010, foi aprovada a Lei 9.701, que trata do Siste-ma Cicloviário, que até hoje não foi posta em prática.

Em pesquisa realizada pelo CNI/IBOPE de 2011, comprovou-se que 58% da população de cidades com mais de 100 mil habitantes (Fortaleza possui 2.315.116 pelo Censo 2010 - IBGE) utilizam o ônibus como transporte prioritário, seguido de 24% de pedestres; no entanto, nossas obras viárias têm prior-izado o automóvel privado de modo desproporcional à realidade dos usuários, agravando a segre-gação social e prejudicando o desenvolvimento econômico de Fortaleza. Não atendem também ao que determina a lei que deve reger o planejamento e desenvolvimento da cidade, o Plano Diretor Participa-tivo de 2009, o qual afirma em seu Capítulo VI:

"Da Política de Mobilidade, Seção I Das Diretrizes:

Art. 35 - Constituem diretrizes da política de mobilidade urbana: I - reconhecimento da mobilidade urbana como indutora e instrumento da política de planejamento e expansão urbana; II - universalização do acesso ao transporte público; III - promoção da eficiência e da qualidade do sistema de transporte público de passageiros, garantin-do a segurança e o bem-estar dos usuários; IV - priorização no espaço viário à circulação de pedestres, em especial às pessoas com deficiência e às pessoas com mobilidade reduzida, aos ciclistas e ao transporte público de passageiros;VII - garantia do sistema de transporte público de passageiros economicamente viável e sustentável; XI - estímulo à participação da sociedade nas políticas públicas de mobilidade urbana; XIV - disponibi-lização de informações, quando solicitadas, à sociedade civil, sobre os estudos, planos, projetos, normas e ações governamentais relacionadas à mobilidade urbana; XV - divulgação das ações, estudos, planejamentos, projetos, operação, fiscalização, administração, e as demais ações governamentais referentes à mobilidade urbana; XVI - garantir a diversidade de modos de transporte público de passageiros.”

Tampouco seguem o que determina a Lei 12.587, que institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana, quando diz que:

"Art. 6 - A Política Nacional de Mobilidade Urbana é orientada pelas seguintes diretrizes: II - priori-dade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado; IV - mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade; Art. 7 - A Política Nacional de Mobilidade Urbana possui os seguintes objetivos: I - reduzir as desigualdades e promover a inclusão social; III - proporcionar melhoria nas condições urbanas da população no que se refere à acessibilidade e à mobilidade; IV - promover o desenvolvimento sustentável com a mitigação dos custos ambientais e socioeconômi-cos dos deslocamentos de pessoas e cargas nas cidades."

Amparados pelo Plano Diretor, pelo Plano Nacional de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades e pelos que abaixo-assinam, solicitamos portanto a imediata interrupção das obras de construção de viadutos, em especial o da Av. Antônio Sales com Engenheiro Santana Jr., que invade ilegalmente o Parque do Cocó, protegido por lei federal 9.985, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Con-servação; a imediata suspensão da proposta de construção da Ponte Estaiada sobre o Rio Cocó, sendo suas verbas utilizadas para obras indicadas pelo Plano de Mobilidade Urbana de Fortaleza. Reivin-dicamos que a verba direcionada à mobilidade urbana na cidade seja aplicada prioritariamente na qualificação do sistema de transporte público; na realização de uma nova pesquisa de origem-destino e de um Plano de Mobilidade Urbana para a cidade, em parceria com a Universidade e com a socie-dade civil organizada; na padronização, arborização e acessibilidade das calçadas; implantação de ciclovias/ciclofaixas nas ruas e avenidas da cidade de acordo com o determinado por um novo plano cicloviário em integração com outros modais; e a criação de fórum de discussão de grandes obras de mobilidade urbana junto à sociedade civil.

Page 7: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

ABNER SOUZAJAIRO DINIZVITOR XAVIERVICTOR MENEZES

Page 8: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

A proposta se baseia numa abordagem sistêmica do problema de mobilidade de fortaleza, por

compreender que não existem soluções pontuais para o problema de deslocamentos dentro de uma

sobre a mobilidade geral

A idéia é aproveitar os planos já existentes das linhas do metrofor e dispensar completamente

os planos do transfor. Respectivamente a linha que passa na Ant. sales-Rogaciano Leite propondo a

alteração do tipo de trem, de Metro (Heavy Rail) para VLT (Light Rail) e Monotrilho (Mono-Rail) a partir

de um desmembramento da antiga linha única em 2 linhas para ligar com o terminal do papicu,

fazendo trechos subterrâneos apenas onde as vias são muito estreitas, e trechos térreos em VLT e ou

suspensos em monotrilho nas avenidas largas. No caso do cruzamento em questão, e do trecho que

segue pela Eng. Santana Jr. - Rogaciano Leite, foi escolhido o MONOTRILHO, para interligar com a

linha subterrânea que virá pela Antônio Sales no futuro.

ele permite que a superfície continue sendo usada por pedestres, ciclistas, ônibus e carros, tanto

durante a obra quanto depois e por evitar o alto custo do trecho subterrâneo que passaria por

obra do metrofor, economizando e resolvendo o ponto em questão.

DESCRIÇÃO DO PROJETO

B e z e r r a d e m e n e z e s /M r . h u l l / D o m i n g o s O l í m p i o ( V L T )

A v . A n t . s a l e s( V L T S U B T E R R A N E O )

Cidade dos Funcionários

A v . S a n t o s D u m o n t( M E T R O C O M U M )

E n g . S a n t a n a J r .R o g a c i a n o L e i t e . ( M O N O T R I L H O ) *

* T r e c h o a s e r c o n s t r u i d o d o t e r m i n a l d o p a p i c u a t é a c a s a j o s é d e a l e n c a r

A v . W a s h i n t o n S o a r e s ( V L T )

L i n h aL e s t e

L i n h aA n t ô n i o S a l e s

L i n h a

TRECHO MODIFICADO

CASA JOSE DEALENCAR

IGREJA DA GLORIA

CAMARA DE VEREADORES

CIDADE DOS FUNCIONARIOS 2

CAMBEBA

IGUATEMI

CRUZAMENTO

TERMINAL DO PAPICU

PE. ANT. TOMAS

CIDADE DOS FUNCIONARIOS 1

GUARARAPES

DESMEMBRAMENTO

c o n c u r s o d e a l t e r n a t i v a sa n t ô n i o s a l e s e n g e n h e i r o s a n t a n a j r .

A b n e r A u g u s t o V i t o r X a v i e r V i c t o r M e n e z e s J a i r o D i n i z 0 1 / 0 3A g o s t o / 2 0 1 3

Page 9: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

Eng.S.Jr.

A.S

ales

2

34

1

LEGENDA

1- Monotrilho (h=4,5m)

2-Estação/comércio

3-Praça de Integração

5-Ciclofaixa

4-Via exclusiva para ônibus

Ampliação do cruzamento

5

l inha proposta de Monotrilho apoiada no canteiro central da av. engenheiro santana jr. Nossa intenção é criar um complexo urbano

e Antônio Sales, desemembramentos da linha do metrofor sendo a ultima subterrânea e a ser construida posteriorment conforme nossa

alteração do plano do metrofor e salas de serviços, comércio, bares e restaurantes voltados para a praça. Essa obra pode ser construida

por uma PPP, por interessar diretamente o setor privado de imóveis comerciais, assim como as outras estações deverão ser nomesmo

molde, dentro das quadras. Mostramos que é possivel interligar os sistemas sem que mude o desenho viário do cruzamento

Uma Linha acabada de Monotrilho, custa em

média de 40 a 70 milhões por Km. O trecho Termi-

nal do papicu-igreja da gloria trecho da linha

cidade dos funcionários proposto como alternati-

va à construção ao viaduto, tem 9,4Km, dando um

custo médio de 517 milhões, custo esse muito

menor que o trecho de metrô construido em via

subterrânea, que ultrapassaria 1,5 bilhão de reais

CUSTOSN

c o n c u r s o d e a l t e r n a t i v a sa n t ô n i o s a l e s e n g e n h e i r o s a n t a n a j r .

A b n e r A u g u s t o V i t o r X a v i e r V i c t o r M e n e z e s J a i r o D i n i z 0 2 / 0 3A g o s t o / 2 0 1 3

Page 10: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

PERSPECTIVAS DO CRUZAMENTO

c o n c u r s o d e a l t e r n a t i v a sa n t ô n i o s a l e s e n g e n h e i r o s a n t a n a j r .

A b n e r A u g u s t o V i t o r X a v i e r V i c t o r M e n e z e s J a i r o D i n i z 0 3 / 0 3A g o s t o / 2 0 1 3

Page 11: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

EMILIANO CAVALCANTE

Page 12: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

AV. ANT. SALES

RUA PROF. FRANCISCO GONÇALVES

RUA

DR. E

DMIL

SON

BARR

OS D

E OL

IVEI

RAR. BENI CARVALHO

AV. A

LM. H

ENRI

QUE SAB

ÓIA

AV. E

NG.

SAN

TAN

A JR

.

SENTIDO BRT/BRS

LEGENDA

SENTIDO VIATRECHO SOB TÚNELSENTIDO VIATRECHO SOB TÚNEL

TRECHO SOB TÚNELSENTIDO VIA

PEDESTRE ENTRADA COCÓ

PEDESTRE

CONCURSO ALTERNATIVA AO VIADUTO | EMILIANO CAVALCANTE | ARQUITETURA E URBANISMO UNIFOR

Um novo sentido para uma

via, novos acessos e túneis

em apenas um nível

A proposta visa não só resolver o uso de vários modais, como também criar um eixo monumental para a entrada do parque, com as visuais desimpedidas, demonstrando sua importância para o lazer, o turismo, o ecossistema, a cidade.O conceito apresentado consiste em diminuir os conŇŝƚos no cruzamento mantendo o senƟĚŽ�Ɖƌedominante na Avenida Antônio Sales até sua chegada na Avenida Engenheiro Santana Júnior, eliminando o trecho em senƟĚŽ�Đontrário com desƟŶŽ�ă�ZƵĂ��ĞŶŝ��Ăƌvalho e

DETALHE

Túnel na rua prof. F.co gonçalvescom eng. Sant. Jr.

distribuindo o trafego diretamente na Av. Eng. Sant. Jr. com desƟŶŽ�Ă�tashington Soares ou através das Ruas Edmilson Barros de Oliveira e Prof. Francisco Gonçalves que prosseguem através de um túnel sob a Eng. Sant. Jr. em direção a Santos Dumont.K�ŇƵdžo oriundo da Av. Eng. Santana Jr. com desƟŶŽ�ĂŽ��ĞŶtro que antes fazia uso da Av. Ant. Sales seria direcionado diretamente a Rua Beni Carvalho através de um túnel. A conƟŶƵŝĚĂĚĞ�ĚĂ�ZƵĂ�ƐĞƌŝĂ�Đonquistada com mais uma passagĞŵ�ƐŽď�Ă�ƐƵƉĞƌİĐŝĞ�e pontuais desapropriaçƁĞƐ�Ă�Įŵ�ĚĞ�vencer os obstáculos seguintes: a Av. Almirante Henrique Sabóia e a via férrea.

Túneis de apenas um nível também seriam responsávĞŝƐ�ƉĞůĂ�ŇƵŝĚĞz do trânsito na Av. Eng. Santana Jr. em seus dois senƟĚŽƐ͘�Estas ligações subterrâneas, desƟŶĂĚĂƐ�Ă�ƵŵĂ�ĮŶĂůŝĚĂĚĞ�ŶŽďƌe, suportariam o terreno acima possibilitando sobre elas a passagem livre para pedestres com obras de arte, mobiliário urbano e vegetação. A travessia do BRT ou BRS estaria sujeita a passagens cautelosas e paradas obrigatórias, encontrando a existência de outros modais integrados diretamente ao Parque do Cocó em uma praça com espécies vegetais naƟǀas, conĮŐƵƌando-se como um de seus portais de entrada.

Page 13: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

GEORGE LINS

Page 14: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

01/04

o concurso...

A ideia principal do concurso é apresentar soluções alternativas para o entroncamento das avenidas

Ant. Sales e Santana Júnior. Não podemos, entretanto, solucionar um único ponto da cidade sem ter uma

análise global da mesma e de seus respectivos ÁX[RV�e canais de circulação. O projeto apresentado pela

prefeitura de Fortaleza não irá resolver os problemas de engarrafamento na cidade e ainda contribuirá para a

degradação do local. Não H[LVWH�mobilidade urbana se concentramos todos os nossos esforços em um único

modal, no caso o rodoviário. Temos que H[SDQGLU, diversificar, variar, mudar, enfim, tirar partido de todas as

oportunidades de circulação que temos, e fazer isso priorizando sempre, o transporte coletivo.

Fortaleza precisa de planejamento. Precisamos do IPLAN. Precisamos de um plano municipal de

mobilidade urbana. Precisamos pensar a cidade com um horizonte além de quatro anos. Precisamos debater

os problemas e soluções com a sociedade. Enfim, precisamos usar os nossos recursos de forma inteligente.

A proposta aqui apresentada tem como objetivo principal, não apenas solucionar o entroncamento das

avenidas Ant. Sales e Santana Júnior, mas principalmente debater outras opções de modais para a cidade.

Não tem a pretensão de resolver o problema da mobilidade urbana de Fortaleza e sim dialogar, junto com a

sociedade, alternativas que não sejam as ligadas ao modal rodoviário e ao transporte individual. Busca sim

convidar o poder público e a sociedade a um grande diálogo sobre mobilidade urbana em prol de uma cidade

mais justa e mais coletiva.

Para que isso seja conquistado, temos que mudar e diversificar a forma de nos locomover. Temos vários

modais de transporte, entretanto gastamos a maioria dos nossos recursos em transporte rodoviário. Carros

são necessários, entretanto não devem ser priorizados. Por que temos pouquíssimas ciclovias? Por que uma

rede de metrô, VLT e trem metropolitano não são prioridade? Por que não podemos perder uma IDL[D�na rua

para os ônibus? Por que não temos uma rede de calçadas adequadas ao caminhar?

No meio dessa abordagem, podemos nos perguntar, e por que não aproveitamos os nossos rios e

mares para nos locomover? O transporte ÁXYLDO�e marítimo é um dos mais baratos do mundo e ao contrário do

que muitos pensam, transportam não apenas cargas, mas também pessoas. A cidade de Veneza, com a sua

peculiaridade geográfica característica, encontrou resposta para a mobilidade urbana na sua rede de

waterbus. O Vaporetto, como é conhecido, é uma rede de ônibus aquáticos que corta a cidade e pára em

estações pré-determinadas, transportando milhares de pessoas por dia em um sistema muito parecido com o

do metrô. A cidade de Bangcok também possui um sistema muito eficiente de ônibus aquáticos. Cidades da

Amazônia se utilizam de seus rios para locomoção de pessoas e de cargas entre as cidades e dentro delas.

Recentemente foi incluído no PAC da mobilidade um projeto de uma rede de transporte ÁXYLDO�através do rio

Capibaribe, na cidade do Recife, com investimentos de DSUR[LPDGDPHQWH�trezentos milhões de reais.

Dentre tantos H[HPSORV��por que não se pensar em um transporte ÁXYLDO�na cidade de Fortaleza? O rio

Cocó apresenta H[FHOHQWH�navegabilidade durante todo o ano no trecho que vai da BR-116 até a Praia do

Futuro. Por que não incluímos o rio como via de locomoção na cidade?

Além do rio, temos o mar, e ao contrário do ambiente revolto da Praia do Futuro, a costa norte da

cidade, da enseada do Mucuripe até a Barra do Ceará, é bastante calma e propícia para a navegabilidade.

Façamos dele, portanto, um novo HL[R�de locomoção para a cidade. Façamos do rio uma nova artéria da

cidade, com mais verde e menos concreto e asfalto. Vamos usufruir dos nossos rios e mares, vamos inseri-los

na nossa cidade e nas nossas vidas. Façamos deles protagonistas da nossa cidade.

a proposta...

- transporte marítimo

A ideia de criar um HL[R�de ligação marítima no sentido Leste-Oeste, na costa norte da cidade de

Fortaleza, vem da observação de algumas características. Após os impactos causados pela construção do porto

do Mucuripe, a costa de Fortaleza foi ́ atolada´de espigões de pedra que tentam minimizar o avanço do mar

em determinados pontos da costa. Esses espigões contribuíram para que o nosso mar perdesse a sua força

características propiciando a sua boa navegabilidade. Esses mesmos espigões acabam funcionando como

atracadouros naturais, minimizando ainda mais o custo de implementação dessa obra.

Uma vez que a infraestrutura já está praticamente pronta (mar calmo + atracadouros), foram definidas

estações ao longo da costa da enseada do Mucuripe até a Barra do Ceará. Ao todo seriam nove estações de

embarque e desembarque de passageiros e cargas que serviriam de alternativa ao sistema rodoviário

H[LVWHQWH�entre as avenidas Abolição e Leste-Oeste. Além de desafogar o trânsito nessa área os usuários

teriam a oportunidade de se locomover com muito mais qualidade, usufruindo de uma das mais belas

paisagens da cidade.

Essa proposta vai de encontro com os projetos de mobilidade da prefeitura que preveem a construção

de pelo menos dois viadutos na Avenida Abolição.

- transporte ÁXYLDO No mesmo conceito do transporte marítimo, o transporte de passageiros e cargas através do rio Cocó

vem para desafogar o trânsito rodoviário na região. O rio Cocó é um rio urbano quase que totalmente

integrado à cidade e por isso fácil de implantar uma rede de transporte ÁXYLDO�� O nosso principal rio vem sofrendo vários abusos ao longo da sua história. Não bastando receber

esgotos clandestinos desde Pacatuba (nascente) até a sua foz (praia do Futuro) ainda foi o local escolhido para

se despejar todo o OL[R�de Fortaleza durante décadas. Mesmo desativado, o OL[mR�do Jangurussu, na margem

do rio Cocó, ainda o poluirá durante muitos anos se algo não for feito.

Usando o rio, iremos contribuir para a sua inserção na cidade. Iremos colocá-lo em primeiro plano,

levantar questões para a sua preservação, interagir com a natureza H[XEHUDQWH�das suas margens, e além de

tudo proporcionar uma nova forma de se locomover coletivamente pela cidade.

Ao todo seriam seis estações ligando a Praia do Futuro até a BR-116, tendo a possibilidade de se

interligar com vários outros modais, entre eles o VLT Parangaba Mucuripe e a linha leste do metrô. As estações

têm em média 2 km de distância e as embarcações se movimentam a uma velocidade média de 18km/h,

muito parecido com a velocidade média do tráfego de veículos nas nossas cidades.

Este seria outro belo H[HPSOR�de se locomover com qualidade, usufruindo de uma H[FHOHQWH�paisagem.

- entroncamento avenidas Ant. Sales e Santana Júnior

Chegamos enfim ao entroncamento das avenidas Antônio Sales e Santana Júnior no qual a prefeitura

quer H[HFXWDU�a obra dos viadutos. Além de suprimir o parque, ainda o esconde através dos viadutos.

A proposta para esse entroncamento é intervir o mínimo possível no sistema viário H[LVWHQWH�(avenidas)

e qualificar o trajeto dos transeuntes que farão a integração entre o modal ÁXYLDO�(rio Cocó) e o VLT Parangaba

- Mucuripe (Estação Ant. Sales). São 700 metros de distância entre as duas estações que precisam ser vencidos

de forma agradável pelo pedestre. Para isso precisaríamos de mais área verde e sombreada. Proponho aqui

um ´contra-ataque´ do parque do Cocó em relação à cidade. Com a desapropriação de apenas três

estabelecimentos não verticalizados e a incorporação de duas praças já H[LVWHQWHV�e subutilizadas, o parque

avançaria para a cidade e recuperava um dos seus espaços perdidos, representando aqui um ato de

resistência do parque e contribuindo para um caminhar sombreado e agradável.

Intervenções no trânsito seriam mínimas. Apenas uma rotatória, com o uso de semáforos durante a

hora do rush, e a possibilidade de o trânsito ficar desimpedido nas outras horas. A rotatória é importante para

dar várias possibilidades aos motoristas, evitando um conjunto de intervenções desnecessárias. A entrada à

esquerda na Rua Israel Bezerra continuaria H[LVWLQGR�� com solução de semáforo, por se tratar de ÁX[R�considerável.

Além disso, é importante substituir a pavimentação em asfalto H[LVWHQWH�por uma pavimentação

semipermeável (paralelepípedo) para avisar as pessoas da chegada do parque, mostrando a importância dele

para a cidade e forçando a diminuição da velocidade, além é claro, de permitir uma maior absorção do solo.

BRTs nas avenidas Antônio Sales e Santana Júnior iriam aguardar a sua vez nesse entroncamento

também. Não tem sentido enfrentarem inúmeros semáforos ao longo do seu percurso e querer ´passar

GLUHWR��DSHQDV�QHVVH��6H�TXDOTXHU�FRLVD�IRU�IHLWD�QHVVH�HQWURQFDPHQWR�SDUD�OLEHUDU�R�ÁX[R�R�JDUJDOR�LUi�VH�transferir para a SUy[LPD�barreira. Esse não é o caminho.

É proposta uma valorização do acesso ao parque, bem no HL[R�da avenida Antônio Sales, mais

confortável e convidativo com um grande calçadão sombreado pelas árvores e o ÁX[R�de pessoas através de

passarelas bastante suaves.

A intenção de tudo isso é convidar as pessoas a diminuírem o ritmo e perceberem que é mais benéfico

viver em outra velocidade.

CONCURSO DE ALTERNATIVAS AOS VIADUTOS ANT. SALES / ENG. SANTANA JR . . . . . . . . . . . por vários modais

Arq. George Lins Memorial descritivo

Page 15: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

02/04

ESTAÇÃO 09 - Mucuripe

(Integração c/ VLT Parangaba /

Mucuripe e linhas de ônibus)

Cruzamento av. Ant. Sales /

av. Santana Jr.

LEGENDA

VLT - Parangaba / Mucuripe

Via rodoviária

Metrô linha oeste

Metrô linha leste

Transporte Marítimo

Metrô linha sul

TUDQVSRUWH�ÁXYLDO���ULR�&RFy

2km

1km

1,1km1km

2,5km1,2km

1,8km

2,1km

ESTAÇÃO 08 - Beira-mar

(Integração c/linhas de ônibus)

ESTAÇÃO 06 - Praia de Iracema

(Integração c/linhas de ônibus)

ESTAÇÃO 05 - Centro

(Integração c/linhas de ônibus)

ESTAÇÃO 01 - Barra do Ceará

(Integração c/linhas de ônibus)

ESTAÇÃO 02 - Cristo Redentor

(Integração c/linhas de ônibus)

ESTAÇÃO 03 - Pirambu

(Integração c/linhas de ônibus)

ESTAÇÃO 07 - Aterro

(Integração c/linhas de ônibus)

ESTAÇÃO 04 - Leste-oeste

(Integração c/linhas de ônibus)

CONCURSO DE ALTERNATIVAS AOS VIADUTOS ANT. SALES / ENG. SANTANA JR . . . . . . . . . . . por vários modais

Arq. George Lins Transporte marítimo

Page 16: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

1km

1,3

km

2,2km

2km

4,8km

03/04

TUDQVSRUWH�ÁXYLDO���ULR�&RFy�

ESTAÇÃO 06 - PRAIA DO FUTURO

(Integração c/ linhas de ônibus)

ESTAÇÃO 05 - CENTRO DE FEIRAS

(Integração c/ metrô linha leste e linhas

de ônibus)

ESTAÇÃO 04 - SANTANA JR.

(Integração c/ VLT Parangaba-Mucuripe

e linhas de ônibus)

ESTAÇÃO 03 - LAGAMAR

(Integração c/ linhas de ônibus)

ESTAÇÃO 01 - BR-116

(Integração c/ linhas de ônibus)

ESTAÇÃO 02 - AEROLÂNDIA

(Integração c/ linhas de ônibus)

LEGENDA

VLT - Parangaba /

Mucuripe

Via rodoviária

Ciclovia

Metrô linha leste

Transporte Fluvial -

BR-116 / Praia do Futuro

Cruzamento av. Ant. Sales /

av. Santana Jr.

Ciclovia perimetral

ao parque

CONCURSO DE ALTERNATIVAS AOS VIADUTOS ANT. SALES / ENG. SANTANA JR . . . . . . . . . . . por vários modais

Arq. George Lins TUDQVSRUWH�ÁXYLDO���ULR�&RFy

Page 17: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

RIO C

OCÓ

AV. ANT. SALES

AV. EN

G. SA

NTA

NA

JR.

ESTAÇÃO ANTÔNIO SALES

VLT PARANGABA-MUCURIPE (Integração c/ terminais de ônibus, linha sul

/Piso semipermeável (paralelepípedo)

leste do metrô e transporte marítimo)

Passarelas p/ pedestres

PUDoDV�H[LVWHQWHV�Integração com o parque

Piso em asfalto

Terrenos desapropriados p/ integração

com o parque

Piso semipermeável (paralelepípedo)

ESTAÇÃO 04 - SANTANA JR.

(Integração c/ VLT Parangaba-Mucuripe

e linhas de ônibus)

Calçadão

04/04Arq. George Lins

CONCURSO DE ALTERNATIVAS AOS VIADUTOS ANT. SALES / ENG. SANTANA JR . . . . . . . . . . . por vários modais

Entroncamento Ant. Sales / Santana Jr.

LEGENDA

VLT - Parangaba / Mucuripe

9LD�([SUHVVD

Ciclovia

BRT

Transporte Fluvial - BR-116 /

Praia do Futuro

Acesso ao Parque do Cocó

Rotatória (c/ semáforo)

Ciclovia perimetral

ao parque

Page 18: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

IGOR FRACALOSSI

Page 19: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)
Page 20: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)
Page 21: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

NAIANA SANTOSLUCIANA HINKELMANNGABRIELA VILLAESCUAFELIPE VITORIANO

Page 22: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

Contra-proposta para os Viadutos do CocóCruzamento das Avs. Antônio Sales com Eng. Santana Jr.

Autores:Felipe Vitoriano - UFC / University of SalfordGabriela Villaescusa - USP / University of Salford

Nossa contra proposta para os viadutos do cruza-mento das Avenidas Antônio Sales e Eng. Santana Jr. sugere uma solução que, diferente da proposta feita pela Prefeitura de Fortaleza considera não só a melhoria do fluxo de carros no determinado cruza-mento, mas também o trânsito de transportes cole-tivos, ciclistas e pedestres sem a necessidade de desmatar a área de proteção permanente, o Parque Ecológico do Rio Cocó.

A proposta de construir um viaduto como solução viária para o cruzamento em questão uma solução retrograda e obsoleta, que era presa a um esquema de mobilidade urbana baseado no rodoviarismo e no carro particular. Tal prática se provou ineficaz para a solução de congestionamentos nas vias de espaços urbanos, pois a abertura de vias é somente mais um atrativo para a passagem de mais carros, que são os verdadeiros culpados pelos grandes con-gestionamentos.

Com isso, propomos uma intervenção viária que consiste em dois túneis - um ligando a Av. Eng. Santana Jr. com a Av. Ântonio Sales e outro na Av. Eng. Santana Jr. no sentido Papicu / Iguatemi. Juntamente, propomos a criação de faixas exclusi-vas de ônibus - chamado de BRS - nas duas aveni-das, reduzindo as faixas de carro, partindo do fato que a solução mais sustentável e harmoniosa para a mobilidade urbana são os transportes públicos . A criação de ciclofaixas e passeios de pedestres segu-ros também é de total importância para ajudar a desobstruir o intenso trânsito da região.

A equipe concorda que não é só uma intervenção pontual que solucionará o problema de mobilidade urbana de Fortaleza, é necessário uma reestrutura-ção viária juntamente com um planejamento urbano que visa o ser humano e distâncias de curto deslocamento, para que tenhamos uma cidade mais igualitária e sustentável

Luciana Hinkelmann - UFC / University of SalfordNaiana Santos - Unifor / University of Salford

Ciclofaixa

Calçada

Sugestão de passarelapara pedestres

Faixa de ônibus - BRS

Canteiros

Faixas de rolamento

Croqui de proposta para o cruzamentoEscada 1/500

Av. Eng. Santa Jr.

Túnel 1entrada

Túnel 1saída

Av. Eng. Santa Jr.

Túne

l 2en

trad

a

Túne

l 2sa

ída

Av.

Ant

. Sal

es

Page 23: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

RODRIGO YUDI HONDA

Page 24: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

CONCURSO DE ALTERNATIVAS AO VIADUTO

Fig. 01 Área de estudos. Destaque ao terreno do equipamento proposto

Fig. 03

Equipamento de transporte público intermodal (Ver Fig. 03):

Terminal de ônibus (com aproveitamento de estrutura já existente no terreno)

Estação metroviária / ferroviária, correspondente à futura linha Parangaba – Mucuripe (Ver Fig. 05)

Estacionamento público para veículos particulares

Estruturas complementares: Bicicletários, quiosques de alimentação, banheiros públicos, espaços administrativos (com aproveitamento de estrutura já existente no terreno)

Passarela de pedestres e ciclistas sobre Avenida Alm. Henrique Sabóia. Esta passarela ligará a ciclovia da Av. Alm. Henrique Sabóia (e a ciclorrota proposta) ao equipamento projetado (Ver Fig. 06)

A

B

C

D

E

Buscou-se, na medida do possível, aproveitar estruturas já existentes e

terrenos não-construídos, constituindo uma intervenção menos onerosa

Estruturas existentes a serem aproveitadas

Áreas a serem demolidas

Trecho de rua a ser fechado

Esta proposta busca exaltar a importância de conexões entre

os diferentes meios de transporte como maneira de otimizar os deslocamentos da população

Fig. 05 Futura linha metroviária Parangaba – Mucuripe (trajeto previsto)

Fig. 06 Ligação entre as ciclovias da Avenida

Alm. Henrique Sabóia e Avenida Rogaciano

Leite, através de nova ciclovia e ciclorrota

Fig. 04

Ciclovias existentes

Ciclovia proposta

Ciclorrota proposta

Fonte dos mapas: Google Maps © Agosto 2013

ARQ. RODRIGO YUDI HONDASão Bernardo do Campo – SP

Sob a percepção de que os frequentes congestionamentos no referido cruzamento está englobado numa problemática mais ampla (e não meramente no leiaute do cruzamento em si), propõe-se aqui algumas intervenções locais que buscam viabilizar outras alternativas de deslocamento, através do transporte coletivo e cicloviário.

AV. ANTÔNIO SALESAV. ENG. SANTANA JR.

Fig. 02 Área do equipamento proposto

Área de equipamento proposto

Page 25: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

YURI NOBRE

Page 26: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)
Page 27: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

VITOR LESSA

Page 28: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

Contraproposta ao modelo atual de “não-mobilidade” em FortalezaRevistinha Epaminondas, o urbanista esperto pra cachorro!

Na verdade, essa não é exatamente uma proposta para o viaduto, mas sim um registro do meu pensamento de como a questão do transporte na cidade deveria ser repensada pelos nossos governantes.

É complicado explicar que uma única obra não irá resolver todos os nossos problemas com o trânsito. Assim como é difícil expor que o problema maior não é, propriamente, a construção do viaduto, mas sim a falta de um plano de mobilidade e de um planejamento constante. Não adianta uma gestão investir muito em transporte público e a próxima deixar tudo parado. Pra complicar tudo, ao longo dessas explicações, surgem vários termos técnicos e elementos que não são familiares para a maioria das pessoas. Em um aniversário familiar, !quei surpreso ao perceber que a maioria das pessoas não sabia o que eram coisas como BRT ou VLT, mesmo já tendo usado várias vezes esses tipos de transporte em viagens.

Por esses motivos, ao invés de focar apenas na criação de um projeto, resolvi pensar em uma forma didática e amigável de explicar um pouco sobre a maneira na qual acredito que a cidade deva ser repensada e, ao mesmo tempo, introduzir uma explicação de alguns termos técnicos que só arquitetos costumam conhecer. Também senti a necessidade de embasar o projeto no tempo e de falar um pouco sobre o que aconteceu antes da ocupação e da desastrosa retirada dos manifestantes do Parque do Cocó. A!nal, a polícia já vem reprimindo, de maneira violenta, manifestações populares há muito tempo, não tendo sido esta a primeira vez e, provavelmente, nem a última.

Com todos esses objetivos, criar uma revista em quadrinhos me pareceu o ideal para informar da maneira mais fácil, rápida e democrática. Além de ser prático, também torna possível que outras pessoas se juntem ao projeto para que outras edições sejam lançadas para abordar assuntos ainda não explicados. O importante é continuar contando essa história de luta que não acaba aqui!

por Vitor LessaEstudante de Arquitetura e Urbanismo

Para baixar gratuitamente acesse:http://issuu.com/vitorlessa5/docs/epaminondas_-_o_urbanista_esperto_p

Page 29: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

FABRÍCIO PORTO

Page 30: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)
Page 31: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

JOSÉ OTÁVIO SANTOS

Page 32: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)
Page 33: Caderno | Concurso de Alternativas ao Viaduto (Antônio Sales | Engenheiro Santana Júnior)

A NOSSA RETÓRICA É NO TRAÇODIREITOS URBANOSFORTALEZA