Caderno de Laboratório

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Civil Industrial e Comercial Laboratório – Pré-moldados CADERNO DE LABORATÓRIO ENSAIOS DE AGREGADOS Este material é baseado em diversos manuais de ensaio de agregados e nas Normas brasileiras. 1

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Caderno de laboratório.

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Civil Industrial e ComercialLaboratrio Pr-moldados

CADERNO DE LABORATRIO ENSAIOS DE AGREGADOS

Este material baseado em diversos manuais de ensaio de agregados e nas Normas brasileiras.

Simes Filho2013SUMRIO

Amostragem3Composio Granulomtrica9Material Pulverulento13Massa Especfica, Massa Especfica Aparente e Absoro15Torres de Argila e Materiais Friveis - Agregados grados e midos20ndice de Forma de Agregado Grado pelo mtodo do Paqumetro22Granulometria Brita Graduada 25Ensaio de Abraso Los Angeles 26Impurezas Orgnicas em Agregados midos29Ensaio de Qualidade de Areia31Ensaio de Inchamento da Areia34Anexos38Determinao da massa especfica do agragado mido por meio do frasco Chapman.................................................................................................................39Determinao do teor de material pulverulento....................................................40Determinao da massa especfica e massa especfica aparente do agregado grado.....................................................................................................................41Determinao do teor de argila em torres e materiais friveis NBR 7218 ........42Determinao do ndice de forma pelo mtodo do paqumetro NBR 7809...........43Identificao da amostra.........................................................................................44

1. AmostragemNorma de Referncia: NBR NM 26:2001

1.1. ObjetivoEsta Norma estabelece os procedimentos para a amostragem de agregados, desde a sua extrao e reduo at o armazenamento e transporte das amostras representativas de agregados para concreto, destinadas a ensaios de laboratrio.

1.2. DefiniesAmostra de Campo: a poro representativa de um lote de agregados, coletada nas condies prescritas nesta Norma, seja na fonte de produo, armazenamento ou transporte. A amostra de campo formada reunindo-se vrias amostras parciais em nmero suficiente para os ensaios de laboratrio.Lote de Agregado: a quantidade definida de agregado produzido, armazenado ou transportado sob condies presumidamente uniformes. Sua dimenso no deve ultrapassar a 300 m3 de agregados de mesma origem ou, nos processos contnuos, a quantidade corresponde a 12 h ininterruptas de produo. 1) No caso especfico de pequenas obras, onde o volume de concreto no superar a 100 m3, ou no corresponder rea de construo de mais de 500 m2 e nem a tempo de execuo de mais de duas semanas, a dimenso do lote no deve ultrapassar a 80 m3 de agregados de mesma origem.

Amostra Parcial: a parcela de agregado obtida de uma s vez do lote de agregado, em um determinado tempo ou local, obedecendo a um plano de amostragem.

Amostra de Ensaio: a poro obtida por reduo da amostra de campo, conforme a NM 27, utilizada em ensaios de laboratrio.

1.3. Consideraes gerais sobre a amostragemA amostragem to importante quanto o ensaio, por isso deve ser tomado todas as precaues necessrias para que se obtenham amostras representativas quanto s suas natureza e caractersticas.

As amostras para os ensaios de investigao preliminar devem ser obtidas por parte do responsvel da explorao. As amostras de materiais para controle de produo na fonte ou controle de trabalho na obra devem ser obtidas pelo fabricante, empreiteiro ou pelas partes responsveis pela realizao do trabalho. As amostras que forem aceitas ou rejeitadas para ensaio por parte do comprador devem ser obtidas pelo comprador ou representante autorizado.

A investigao preliminar e a amostragem desempenham um papel muito importante na construo. Dependendo do tipo de construo, o agregado deve ser definido a fim de garantir a durabilidade da estrutura. Portanto, a investigao deve ser feita por uma nica pessoa, responsvel e especializada.

As amostras parciais, tomadas em diferentes pontos do lote, devem representar todas as possveis variaes do material, tanto quanto sua natureza, caractersticas, bem como as condies em que encontrado, podendo assim resultar na poro mais representativa do material.

Quando for necessrio realizar mais de uma amostragem de um mesmo lote, devem ser coletadas as mesmas quantidades de amostras parciais para cada amostragem, independentemente.

Quando o material apresentar distino visual quanto s suas caractersticas (tais como: tipo, tamanho e procedncia) ou quando se desejar determinar a variao granulomtrica ou caractersticas do material, os ensaios de laboratrio devem ser realizados sobre cada amostra parcial, convenientemente identificada.

Efetuar a amostragem quando o material estiver mido, caso essa condio no se verifique, umedecer levemente para evitar a segregao da parte pulverulenta.

A amostra de campo deve ser formada atravs da mistura das amostras parciais utilizando o processo de quarteamento, conforme a NM 27, at alcanar as quantidades mnimas exigidas no item 5.5.

Os agregados devem estar levemente midos para evitar a perda de finos. Os equipamentos necessrios so:

a. P cncava e reta.b. Colher de pedreiro.c. Vassoura ou escova.d. Lona plstica de aproximadamente 2,0 x 2,5 m.0O procedimento para quarteamento obedece aos seguintes passos:a. Revolver a amostra trs vezes sobre superfcie limpa e plana;b. Formar um tronco de cone com ajuda da p, de dimetro 4 a 8 vezes maior que sua altura, conforme a Figura 1;c. Dividir em quatro partes iguais, eliminando duas em sentido diagonal;d. Com o material restante, repetir o quarteamento at reduzir a amostra quantidade necessria para ensaio.

A amostragem de campo remetida ao laboratrio, ou amostra de ensaio, deve ser reduzida s fraes prescritas pelos respectivos mtodos de ensaio, de acordo com a NM 27.

1.4. Procedimentos de Amostragem1.4.1. Jazidas e depsitos naturaisConsulte a Norma se necessrio

1.4.2. Jazidas com uma face exposta (Afloramento)Consulte a Norma se necessrio

1.4.3. Jazidas encobertasConsulte a Norma se necessrio

1.4.4. Depsitos comerciais e obraConsulte a Norma se necessrio

1.4.5. Amostragem em pilhasNeste caso, muito difcil assegurar a obteno de amostras representativas devido a ocorrncia de segregao do material mais grosso que permanece na face exterior da pilha. Dessa forma deve ser evitada, sempre que possvel, a amostragem de agregado grado ou pores de agregado grado e mido de pilhas ou unidades de transporte, quando a amostragem destinada a ensaios para determinao de suas propriedades, as quais podem depender da classificao da amostra.

Quando for absolutamente necessrio realizar a coleta de amostras nesses locais, estabelecer um plano de amostragem para cada caso especfico, a fim de obter resultados de ensaio confiveis, permitindo assim um acordo entre as partes interessadas. O plano de amostragem deve definir o nmero de amostras necessrio para representar os lotes de tamanhos especficos. Os princpios bsicos de amostragem podem ser utilizados nas amostragens em caminhes, vages, barcaas ou outras unidades de transportes.

Para o agregado grado ou mistura de agregado mido e grado, necessrio um equipamento mecnico capaz de formar uma pilha de amostragem, pequena e separada, composta de materiais extrados de diversos nveis e locais da pilha principal, na qual podem ser coletadas diversas amostras parciais para formao da amostra de campo.

Se for necessrio indicar o grau de variao existente dentro da pilha principal, devem ser coletadas amostras separadas de diferentes zonas da pilha.

Quando no houver equipamento mecnico disponvel, as amostras de campo devem ser formadas por pelo menos trs amostras parciais, obtidas no topo, meio e base da pilha, tanto em sua superfcie como em seu interior. Uma tbua inserida verticalmente na pilha, sobre o ponto de amostragem, previne uma maior segregao.

Nas pilhas de amostragem de agregado mido, a camada exterior que estiver sujeita segregao deve ser removida (de aproximadamente 30 cm ou mais) e a amostra deve ser coletada abaixo dessa camada.

Podem ser introduzidos nas pilhas, tubos de amostragem de aproximadamente 30 mm de dimetro por 2.000 mm de comprimento, no mnimo, em lugares ao acaso, a fim de extrair cinco ou mais amostras parciais de material, para formar a amostra composta.

1.4.6. Amostragem em unidades de transporteConsulte a Norma se necessrio

1.4.7. Amostragem no fluxo de descarga de agregados (comportas de silos ou descargas de correias)Consulte a Norma se necessrio

1.4.8. Amostragem em correias transportadorasConsulte a Norma se necessrio

1.5. Nmero e dimenso das amostrasO nmero de amostras parciais definido em funo do volume de material e da maior ou menor variao de suas caractersticas. O nmero deve ser suficiente para abranger todas as possveis variaes e assegurar representatividade da amostra.

Com exceo das jazidas ou depsitos naturais, a amostra de campo necessria para constituir a amostra de ensaio deve ser formada pela reunio de amostras parciais, em nmero suficiente para atender aos valores indicados a seguir.

A TABELA 1 refere-se s amostras destinadas a ensaios fsicos ou qumicos.

Tamanho nominal doagregadoNmero mnimo deamostras parciaisQuantidade total da amostra de campo (mnimo)

Em massa(kg)Em volume(dm3)

9,5 mm34025

9,5 19,5 mm4025

19 37,5 mm7550

37,5 75 mm150100

75 125 mm225150

A TABELA 2 refere-se as amostras destinadas a estudos de dosagem de concreto, com comprovao de sua resistncia.

Tipo de agregadoEmpregoMassa total da amostra de campo, mnima (kg)

Agregado midoApenas um agregado200

Dois ou mais150 (por unidade)

Agregado gradoapenas um tipo/graduao300

duas ou mais graduaes200 (por unidade)

1.6. Remessa das amostrasAs amostras de ensaio devem ser remetidas em sacos, containers, caixas ou recipientes adequados, precavendo-se contra a perda de qualquer parte da amostra, ou danificao do recipiente durante o manuseio e transporte.

Os recipientes para a remessa devem estar limpos a fim de evitar qualquer contaminao da amostra, no podendo ter sido utilizados com outros materiais tais como acar, fertilizantes ou alguma substncia capaz de interferir nos ensaios com concreto.Cada recipiente utilizado deve conter as amostras destinadas aos ensaios e tambm a reservada para casos de discrepncia, que permanecer em posse do comprador.

1.7. Identificao da amostra de campo

Cada amostra deve ser convenientemente identificada individualmente, mediante uma etiqueta ou carto, fixada ou presa ao recipiente utilizado. Cada etiqueta deve conter os seguintes dados:

a) Designao do material;b) Nmero de identificao de origem;c) Tipo de procedncia;d) Massa da amostra;e) Quantidade do material que representa;f) Obra e especificaes a serem cumpridas;g) Parte da obra em que ser empregado;h) Local e data da amostragem;i) Responsvel pela coleta.

2. Composio Granulomtrica Norma de Referncia: NBR NM 248: 20012.1. Conceitos e objetivos

A granulometria um mtodo de anlise que visa classificar as partculas de uma amostra pelos respectivos tamanhos e medir as fraes correspondentes a cada tamanho. A composio granulomtrica a caracterstica de um agregado de maior aplicao na prtica, principalmente para:a. determinao do mdulo de finura e dimenso mxima caracterstica da curva granulomtrica.b. A curva granulomtrica permite planejar um melhor empacotamento dos gros de agregados, com isso reduzir vazios e melhorar a interface pasta agregado.c. controlar a homogeneidade dos lotes recebidos na obra;d. elaborar a dosagem do concreto.

A classificao de um agregado determinada comparando sua composio granulomtrica com as faixas granulomtricas especificadas em normas.

2.2. Equipamentos e Acessrios

a. Balana (resoluo de 0,1% da massa da amostra de ensaio).b. Estufa capaz de manter a temperatura no intervalo de (105 +- 5) C.c. Peneiras das sries normal e intermedirias, fundo e tampa.d. Agitador mecnico de peneiras (facultativo).e. Escovas ou pincis de cerdas de nilon e de cerdas de lato.f. Bandejas plsticas ou metlicas para a determinao de massa.2.3. Procedimento

a. Secar as amostras em estufa (100C a 110C), esfriar temperatura ambiente e determinar suas massas (m1 e m2). Tomar a amostra m1 e reservar a m2.b. Encaixar as peneiras limpas, formando um conjunto, com abertura de malha em ordem crescente da base para o topo, encaixando o fundo na base.c. Colocar a amostra ou partes dela na peneira superior, de modo a evitar a formao de uma camada espessa de material sobre qualquer uma das peneiras, para evitar a deformao da tela e prejuzos ao peneiramento. As quantidades mximas em cada peneira esto na Tabela 2.

Se o material apresenta quantidade significativa de materiais pulverulentos, ensaiar previamente conforme a NBR NM 46 e considerar o teor de finos no clculo da composio granulomtrica.e. Promover a agitao mecnica do conjunto por 10 a 15 minutos. Se no houver agitador mecnico, proceder conforme o item j.f. Destacar e agitar manualmente a peneira superior do conjunto, com tampa e fundo, at que aps 1 min. o material passante seja inferior a 1% do material retido na peneira.g. Colocar o material retido em bandeja identificada. Escovar a peneira dos dois lados, colocando o resduo interno na bandeja e o externo no fundo. Todo material do fundo deve ser acrescentado peneira seguinte.h. Proceder a partir do item f para as demais peneiras. Caso a amostra inicial tenha sido dividida, tomar nova poro e proceder como descrito a partir do item e.i. Determinar a massa total de material retido em cada uma da peneiras e no fundo do conjunto. A soma das massas no deve diferir mais de 0,3% da massa inicial.j. Caso no seja possvel a agitao mecnica do conjunto, classificar manualmente toda a amostra em uma peneira para depois passar seguinte. O movimento deve permitir que o material corra sobre a malha (Figura 1). Agitar cada peneira por pelo menos 2 min. E proceder a partir do item f.

k. Peneirar a segunda amostra conforme o procedimento descrito.l. Para cada uma das amostras, calcular a porcentagem retida em cada peneira, com aproximao de 0,1%.m. As duas amostras devem apresentar a mesma dimenso mxima caracterstica e as porcentagens retidas na mesma peneira no devem diferir em mais de 4%. Caso isto ocorra, repetir o peneiramento para outras amostras.n. Calcular as porcentagens mdias, retida e acumulada, em cada peneira, com aproximao de 1%.o. Determinar a dimenso mxima caracterstica (Dmx), em mm, como sendo a abertura da malha da peneira na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5%.p. Determinar o mdulo de finura (MF), com aproximao de 0,01, que a soma das porcentagens retidas acumuladas nas peneiras da srie normal, dividida por 100. O valor tanto maior quanto maior o tamanho do agregado.

2.4 Mdulo de Finura

Soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras srie normal, dividida por 100. O mdulo de finura uma grandeza adimensional e dever ser apresentado com aproximao de 0,01.

2.4.1 Clculos

- Calcular as porcentagens mdias, retida e acumulada, em cada peneira, com aproximao de 1%. - Determinar o mdulo de finura com aproximao de 0,01.

TABELA Limites Granulomtricos de Agregado Mido

NOTAS: - O mdulo de finura da zona tima varia de 2,20 a 2,90 - O mdulo de finura da zona utilizvel inferior varia de 1,55 a 2,20 - O mdulo de finura da zona utilizvel superior varia de 2,90 a 3,503. Material PulverulentoO mtodo permite determinar, por lavagem, a quantidade de material mais fino que a abertura da malha da peneira de 0,075 mm presente nos agregados grados ou midos. O excesso deste material prejudica a aderncia entre a pasta de cimento e a argamassa, aumenta o consumo de gua devido alta superfcie especfica, acarretando retrao e diminuio da resistncia de concretos e argamassa.

3.1 Equipamentos

a. Balana com resoluo de 0,1 g ou 0,1% da massa da amostra.b. Peneiras de 0,075 mm e 1,18 mm.c. Recipiente para agitao do material.d. Estufa capaz de manter a temperatura no intervalo de 100 a 110 C.e. Dois bqueres de vidro transparente.f. Haste para agitao.

3.2 Preparao da Amostra

Reduzir a amostra de acordo com os procedimentos da NBR NM 27, respeitando a massa mnima apresentada na Tabela 1.

3.3 Procedimento

a. Secar a amostra em estufa (100C a 110C) at massa constante (aproximadamente 24 horas) e registrar a massa (A), conforme Tabela 1.b. Colocar a amostra no recipiente e adicionar gua at cobri-la. Agitar a amostra vigorosamente at que o material pulverulento fique em suspenso.c. Imediatamente, escoar a gua de lavagem sobre as peneiras, colocadas em ordem de dimetro crescente, de baixo para cima.d. Adicionar uma segunda quantidade de gua ao recipiente, agitar e verter a gua sobre as peneiras.e. Repetir a operao at que a gua de lavagem fique clara, comparando-se visualmente a sua limpidez com uma gua limpa, usando os dois bqueres.f. Retornar todo o material retido nas peneiras sobre a amostra lavada. g. Secar o agregado lavado em estufa e determinar a massa restante (B).h. Calcular o teor de material pulverulento do agregado (m):

Nota: Quando o material possuir altssimo teor de finos aderente nas partculas maiores, deve ser usado agente umectante dissolvido em gua para dispensar o material fino.

3.4 Cuidados Especiais

a. Durante toda a operao, cuidar para no perder material, o que alterar completamente o resultado.b. Aps o retorno do material retido nas peneiras ao recipiente, s permitido retirar gua atravs da peneira 0,075 mm, para evitar perda de material. O excesso de gua deve ser evaporado pelo processo de secagem.

4 Massa Especfica RealNormas de referncia: NBR NM 30, NBR NM 45, NBR NM 534.1 Massa Especfica do Agregado Mido por meio do frasco de Chapman

Massa especfica a relao entre a massa do agregado seco e seu volume, sem considerar os poros permeveis gua.

Massa especfica aparente a relao entre a massa do agregado seco e seu volume, incluindo os poros permeveis gua. As determinaes de volume so feitas na balana hidrosttica, pela diferena de massa do material ao ar e submerso.

Todas as propriedades so importantes na dosagem de concreto. A massa especfica absoluta utilizada na transformao de massa para volume absoluta sem vazios. Na frmula de clculo do consumo de cimento em peso por metro cbico de concreto utilizamos a massa especfica absoluta.

A massa especfica tambm utilizada para classificao do agregado quanto densidade.

4.1.1 Equipamentos Utilizados- Balana com sensibilidade de 0,1 g; - Frasco Chapman; - Esptula; - Funil; - Pipeta; - P; - Estufa; - Cpsula de porcelana.

4.1.2 Procedimento- Secar a amostra em estufa a 110C, at constncia de peso; - Pesar 500 g de agregado mido; - Colocar gua no frasco Chapman, at a marca de 200 cm3; - Introduzir cuidadosamente as 500 g de agregado no frasco, com auxlio de um funil; - Agitar o frasco, cuidadosamente, com movimentos circulares, para a eliminao das bolhas de ar (as paredes do frasco no devem ter gros aderidos); - Fazer a leitura final do nvel da gua, que representa o volume de gua deslocado pelo agregado (L); - Repetir o procedimento.4.1.3 Clculos

a. Massa Especfica do Agregado Mido

- a massa especfica do agregado mido L a leitura do frasco (volume ocupado pelo conjunto gua-agregado mido)

4.2 Massa Especfica do Agregado Grado

- Eliminar todo o material passante pela peneira de 4,75 mm por via seca, exceto quando o agregado contm mais que 2% de material que passa na referida peneira ou quando o material passante apresentar evidentes sinais de alterao mineralgica. O material menor que 4,75 mm devem ser ensaiados segundo a NM 52. Pesar 500 g de agregado mido; - Lavar completamente o agregado grado para remover o p ou outro material da superfcie. Secar a amostra de ensaio at massa constante a uma temperatura de (105 5)C. Deixar esfriar temperatura ambiente durante 1h a 3h, para amostras de ensaio cujo agregado tenha dimenso mxima caracterstica de 37,5 mm, ou perodos de tempo maiores para agregados de dimenses superiores, de forma que possam ser manipulados (temperatura de aproximadamente 50C; - A massa mnima de amostra a ensaiar definida na tabela 1;

Tabela 1 Massa Mnima de amostra de ensaioDimenso mxima caracterstica(mm)Massa mnima da amostra de ensaioKg

12,52

19,03

25,04

37,55

508

6312

7518

9025

10040

11250

12575

150125

- Muitas vezes pode ser desejvel ensaiar um agregado grado em fraes separadas de dimenses diferentes. Da mesma forma, quando a amostra contm mais de 15% de material retido na peneira de 37,5 mm, deve ser ensaiado o material de dimenso superior a 37,5 mm em uma ou mais fraes, separadas das fraes de dimenso inferior. Nesses casos, a massa mnima de amostra de ensaio para cada frao, deve cumprir com o que estabelece a tabela 2.

Tabela 2 Massa Mnima por FraoPeneiraMassa Mnima por fraoKg

Material PassanteMaterial Retido

50383,0

64504,0

76646,0

1007622,0

12510035,0

15212550,0

- Quando a amostra for ensaiada em duas ou mais fraes, deve ser determinada sua granulometria, de acordo com a NM 248, incluindo as peneiras usadas para separar as fraes para as determinaes deste mtodo de ensaio. No clculo da porcentagem de material de cada frao, deve ser ignorada a quantidade de material mais fino que 4,75 mm.

4.2.1 Procedimento- Pesar a amostra conforme tabela 1. A seguir, submergir o agregado em gua temperatura ambiente por um perodo de (24 4) h.

Nota: Quando for necessrio ensaiar uma quantidade maior de amostra, pode ser conveniente, para a preciso do ensaio, subdividir a amostra em duas ou mais partes e tratar os valores obtidos de acordo com o estabelecido na seo 7.

- Quando os valores de massa especfica forem utilizados como base para a dosagem de concreto, com agregados usados normalmente midos, o requisito de secagem at massa constante pode ser eliminado.

- Retirar a amostra da gua e envolv-la em um pano absorvente at que toda a gua visvel seja eliminada, ainda que a superfcie das partculas se apresente mida. Os fragmentos grandes devem ser limpos individualmente. necessrio evitar a evaporao da gua dos poros do agregado durante a operao de enxugamento da amostra.

- Imediatamente aps ser enxugado, pesar a amostra com preciso de 1 g (ms, agregado saturado com superfcie seca).

- Colocar a amostra no recipiente (4.2), submergi-la em gua mantida a (23 2)C e pesar em gua com preciso de 1 g (ma, massa em gua).NOTAS:1) A balana deve ser previamente zerada com o recipiente vazio e imerso em gua.2) As temperaturas do ar da sala e da gua de ensaio podem ser mantidas no intervalo de (25 2)C ou (27 2)C em pases ou regies de clima quente, porm devem ser registradas no relatrio do ensaio.

- Secar a amostra a (105 5)C at massa constante, deixar esfriar at a temperatura ambiente durante 1h a 3 h ou at que o agregado esteja a uma temperatura que permita sua manipulao (aproximadamente 50C) e pesar com preciso de 1 g (m, agregado seco).

4.3 Clculos

a. Massa Especfica do agregado seco

d - a massa especfica do agregado seco, em gramas por centmetro cbico.m - a massa ao ar da amostra seca, em gramas.ms a massa ao ar da amostra na condio saturada superfcie seca, em gramasma a massa em gua da amostra, em gramas

NOTA: A diferena (ms ma) numericamente igual ao volume do agregado, excluindo-se os vazios permeveis

b. Massa Especfica do agregado na condio de saturado superfcie seca

ds - a massa especfica do agregado na condio de saturado superfcie seca, em gramas por centmetro cbicoms a massa ao ar da amostra na condio saturada superfcie seca, em gramasma a massa em gua da amostra, em gramas

c. Massa Unitria Aparente

da - a massa especfica aparente do agregado, em gramas por centmetro cbicom - a massa ao ar da amostra seca, em gramas.ma a massa em gua da amostra, em gramas

d. Absoro- A diferena (ms ma) numericamente igual ao volume do agregado, excluindo-se os vazios permeveis - A diferena M - Ma numericamente igual ao volume do agregado, incluindo os vazios permeveis. - Duas determinaes consecutivas, feitas com amostras do mesmo agregado, no devem diferir entre si de mais de 0,02 g/cm3, ou seja: - Os resultados devem ser expressos com duas casas decimais

A - a absoro de gua, em porcentagem.ms - a massa ao ar da amostra na condio saturada superfcie seca, em gramasm - a massa ao ar da amostra seca, em gramas.

5 Torres de Argila e Materiais Friveis -(Agregados Grados e Agregados Midos)

Este mtodo permite avaliar a qualidade de um agregado, com relao contaminao com gros pouco resistentes, que traro prejuzo resistncia do concreto e tambm sua aparncia. Os torres de argila so detectados no agregado por diferena de colorao, devido a sua baixa resistncia so facilmente esmagados pela presso dos dedos.Norma de referncia: NBR 7218

5.1 Preparao da AmostraA amostra deve ser coletada conforme NBR 7216; a quantidade mnima do material deve ser tal que, aps peneiramento nas peneiras, se consiga obter massas mnimas para cada frao indicada na Tabela abaixo.TABELA- Massas Mnimas

5.2 Equipamentos e acessrios

a. Balana (resoluo de 0,1% da massa da amostra de ensaio).b. Estufa capaz de manter a temperatura no intervalo de (105 +- 5) C.c. Peneiras das sries normal.d. Bandejas plsticas ou metlicas para a determinao de massa.e. Escovas ou pincis de cerdas de nilon e de cerdas de lato.

5.3 Procedimento

-Secar previamente o material em estufa-Determinar a composio granulomtrica conforme NBR NM 248-Agregado Mido Areia: passar o material na peneira 4,8mm, e 1.2mm, determinar uma massa de 200 gramas do material retido na peneira 1,2mm.-Agregado Grado Brita d 4,8mm: passar o material na peneira 9,5mm e 4,8mm, determinar uma massa de 1000 gramas do material retido na peneira 4,8mm.- Agregado Grado Brita d 9,5mm: passar o material na peneira 19mm, e 9,5mm, determinar uma massa de 2000 gramas do material retido na peneira 9,5mm.- Agregado Grado Brita d 19mm: passar o material na peneira 38mm, e 19mm, determinar uma massa de 3000 gramas do material retido na peneira 19mm.NOTA: Uma vez preparado as fraes conforme Tabela- Massas Mnimas , descartando aquelas que no representam pelo menos 5% da amostra inicial.NOTA: O agregado com dimetro acima de 38mm praticamente no ser realizado ensaio, uma vez que visvel os torres de argila e materiais friveis devido ao tamanho do gro. NOTA: Tomar cuidado, nessas operaes ao manusear os agregados de modo a no triturar os torres e gros friveis presentes.-Na sequncia, espalhar a massa de amostra de cada intervalo granulomtrico (mi) em bandejas apropriadas, de maneira a formar uma camada fina. Cobrir a amostra com gua destilada, deionizada ou da rede de abastecimento e deixar em repouso durante (244) h. -Transcorrendo esse tempo, identificar as partculas com aparncia de torres de argila ou materiais friveis e pressionar entre os dedos.NOTA: No usar as unhas, as paredes ou o fundo do recipiente para quebrar as partculas.-Em seguida, transferir a massa de amostra de cada intervalo granulomtrico das bandejas para as peneiras com abertura indicadas na tabela abaixo e proceder ao peneiramento por via mida para remoo das partculas de argila e materiais friveis, agitando com as mos cuidadosamente sem perder parte da amostra com a torneira aberta mantendo o fluxo de gua de lavagem.TABELA- Peneiras para remoo dos resduos 5.4 Clculos

a. Calcular a porcentagem de material destorroado de cada frao:

Mt = teor de argila em torres e materiais friveis, em porcentagem(%)- o resultado deve ser arredondado ao dcimo mais prximo;Mi = massa inicial do intervalo granulomtrico, em gramas (g):Mf =massa aps peneiramento via mida, em gramas (g).

b. Calcular o teor parcial de argila em torres e materiais friveis:

Teor Parcial = % material destorroado x % retida individual (%)

c. Calcular o teor global de argila em torres e gros friveis do material:

Teor Global = teores parciais

5.5 Resultados

A amostra deve apresentar os seguintes limites mximos de teor de argila ou materiais friveis em relao massa do material.

a. Agregado mido: 3,0 %

b. Agregado grado:-concreto aparente: 1,0 %-concreto submetido a desgaste superficial: 2,0 %-demais concretos: 3,0 %

6 ndice de Forma de Agregado Grado pelo mtodo do Paqumetro

o ndice que permite avaliar a quantidade de um agregado grado em relao forma dos gros. a mdia da relao entre o comprimento e a espessura dos gros do agregado, ponderada pela quantidade de gros de cada frao granulomtrica que o compe.Comprimento de um gro a maior dimenso possvel de ser medida em qualquer direo do gro.

Espessura de um gro a menor distancia possvel entre planos paralelos entre si em qualquer direo do gro. .6.1 Preparao da Amostra

Norma de referncia: NBR 7809A amostra deve ser coletada conforme NBR NM 26 e NBR NM 27. A quantidade de material em relao dimenso mxima a da tabela abaixo:TABELA Quantidade mnima de material para ensaio

6.2 Equipamentos e acessrios

a. Balana (resoluo de 0,1% da massa da amostra de ensaio).b. Estufa capaz de manter a temperatura no intervalo de (105 +- 5) C.c. Peneiras das sries normal e intermediria.d. Paqumetro com resoluo de 0,1 mm, aferido.

6.3 Procedimento

- Secar o material na estufa at a massa constante;- Determinar a composio granulomtrica do agregado de acordo com NBR NM 248;- Desprezar as fraes passantes na peneira com abertura de malha 9,5mm e aqueles cujas porcentagens, em massa, retidas individuais sejam iguais ou menores que 5%.

6.4 Clculo

Cada frao obtida deve ser quarteada como estabele a NBR NM 27 at a obteno do nmero de gros obtidos na frmula seguinte:Ni =

200 = o nmero de gros necessrios para a realizao do ensaio;Ni = o numero de gros a serem medidos na frao i;Fi = a porcentagem de massa retida individual da frao i;NOTA: Quando Ni for fracionrio, deve ser arredondado ao inteiro mais prximo.- Determinar, com aproximaao de 0,1 mm, as dimensores C e e de cada gro, sendo:C = comprimento de um gro;E = espessura de um gro .

- Calcular com aproximao de 0,1 o fator C/e para cada gro;- Calcular C/e de cada uma das fraes e calcular a mdia ponderada da amostra.

7 Granulometria Brita Graduada

7.1 DefinioBrita graduada a camada de base ou sub-base, composta por mistura em usina de produtos de britagem, apresentando granulometria contnua, cuja estabilizao obtida pela ao mecnica do equipamento de compactao.

7.1.1 Brita graduadaa. A composio granulomtrica da brita deve estar enquadrada em uma das seguintes faixas:

b. A percentagem de material que passa na peneira n 200 no deve ultrapassar a 2/3 da percentagem que passa na peneira n 40;c. A diferena entre as percentagens passantes nas peneiras n 4 e n 40 deve estar compreendida entre 20 e 30%;d. Durante a produo, a granulometria da mistura pode sofrer variaes em relao curva de projeto, desde que respeitadas as seguintes tolerncias e os limites da faixa granulomtrica adotada:8 Ensaio de abraso Los Angeles

8.1 Definio

A Resistncia abraso a resistncia ao desgaste superficial dos gros de agregado quando submetido ao atrito. Mede, portanto a capacidade do agregado no se alterar (quebrar) quando manuseado. medida na mquina Los Angeles composto por um tambor cilndrico que gira durante um tempo estabelecido com agregado mais bolas de ferro fundido no seu interior, o impacto das bolas com o agregado provoca o desgaste dos gros. A amostra entra no ensaio com uma granulometria definida e depois do atrito, peneira novamente para medir o desgaste. A especificao de agregado para o concreto NBR 7211:2009 estabelece que o ndice de desgaste por abraso no deve ser inferior a 50% em massa do material inicial.

8.2 Aparelhagem

a) Mquina Los Angeles completa conforme especificao composta por um tambor de ao cilndrico oco de aproximadamente 500 mm de comprimento e 700 mm de dimetro, eixo horizontal fixado em dispositivo externo que transmite um movimento de rotao ao redor dele prprio. A velocidade deve ser perifrica e uniforme;b) Carga abrasiva que consiste em esferas de ferro ou ao fundido, com aproximadamente 48 mm de dimetro e massa entre 390 g e 445 g;c) A mquina possui abertura com tampa para introduzir o agregado a ser ensaiado as bolas de ao, a tampa deve ter trava forte. Boa vedao para no permitir perda de p e de fcil abertura;d) Balana com resoluo de 0,5 g;e) Estufa capaz de manter a temperatura entre (107,5 2,5)C;f) Jogo de peneiras com as seguintes aberturas: 75 mm 63 mm 50 mm 37,5 25 mm 19 mm 9,5 mm 6,3 mm 4,75 mm 2,36 mm e 1,7 mm;g) Bandeja metlica de aproximadamente 70 x 50 x 50 cm;h) Colher retangular ou p de cabo curto;i) Escova de fibra para limpeza das esferas (carga abrasiva) depois do ensaio.

8.3 Preparao da amostra

a) A amostra para ensaio ser obtida separando, por peneiramento, as diferentes fraes dos agregados, conforme a tabela 2;b) Lavar e secar separadamente cada frao do agregado em estufa (107 2,5)C at massa constante;c) Verificar qual o tipo de granulometria do material definido na tabela II que mais se aproxima do agregado em estudo; pesar as quantidades correspondentes das fraes obtidas no item b, at completar a massa total da amostra, nas propores estabelecidas na tabela II e mistur-las muito bem entre si.

8.4 Procedimento do ensaio

a) Determinar a massa da amostra (M) com preciso de 1 g conforme obtido no item 3 C, secar em estufa e depois colocar a amostra dentro do tambor mais as esferas de ao (carga abrasiva );b) Ligar a mquina com a mostra mais a carga abrasiva, o tambor deve girar a uma velocidade entre 30 e 33 r.p.m, at completar 1000 rotaes para as graduaes E, F e G conforme dados da Tabela II;c) Retirar o material do tambor e peneir-lo na peneira de abertura de malha 1,7 mm;d) Lavar a amostra retida na peneira de malha 1,7 mm e secar em estufa a (107,5 2,5)C;e) Aps o perodo na estufa, pesar a amostra (M1) com preciso de 1 g.

NOTA: Antes de colocar a amostra na mquina, verificar a limpeza interna do tambor para evitar contaminao do agregado.

8.5 Clculos

Calcular a porcentagem de porcentagem de perda por abraso atravs da formula seguinte:

P= Perda por Abraso em porcentagem;M= Massa do material seco do material obtido; M1= Massa do material obtido em 4e.

9 Impurezas orgnicas em agregados midos

9.1 Definio A metodologia permite avaliar a qualidade de uma areia em relao contaminao com impurezas orgnicas, as quais, conforme sua natureza e teor podem inibir a hidratao do cimento, prejudicar a resistncia do concreto, principalmente nas primeiras idades e aparecer fissuras e pontos escuros no concreto depois de endurecido. 9.2 Equipamentosa) Balana com resoluo de 0,01 g e capacidade mnima de 1 kg;b) Bqueres de vidro de 1 litro;c) Provetas graduadas de 10 ml e 10 ml;d) Frascos Erlenmeyer com rolha esmerilhada, de 250 ml;e) Funil de haste longa;f) Papel filtro qualitativo;g) Dois tubos de ensaio de mesmo volume;h) gua destilada ou deionizada;i) Hidrxido de sdio com 90 a 95% de pureza;j) cido tnico;k) lcool a 95%.

9.3 Preparao da amostra

a) Reduzir a amostra de acordo com os procedimentos da NBR NM 27;b) Formar amostra com 200 g, se possvel com material mido para evitar perda de finos.

9.4 Cuidados especiais Preparar as solues com antecedncia e em quantidade suficiente para vrios ensaios. As solues, identificadas, devem ser estocadas em frascos de vidro escuro, em local protegido da luz.a) Preparar a soluo de hidrxido de sdio a 3%, misturando:- 30 g de hidrxido de sdio;- 970 ml de gua.b) Preparar a soluo de cido tnico a 2%:- 2 g de cido tnico;- 10 ml de lcool;-90 ml de gua.

9.5 Procedimentos

a) Colocar 200g do agregado seco ao ar em um frasco Erlenmeyer e acrescentar 100 ml da soluo de hidrxido de sdio. Agitar vigorosamente;b) Preparar uma soluo padro com 97 ml da soluo de hidrxido de sdio e 3 ml da soluo de cido tnico;c) Deixar ambos preparados em repouso por 24h, em ambiente sem raios de luz e sol;d) Filtrar, em papel filtro, a soluo que esteve em contato com o agregado e transferi-la para um tubo de ensaio;e) Transferir a soluo padro para outro tudo de ensaio e comprar as cores das duas solues;

9.6 Relatrio

a) Informar se a soluo obtida em d mais clara, de mesma colorao ou mais escura que a soluo padro;b) Caso a colorao seja mais escura que a da soluo padro, necessrio verificar a qualidade da areia, conforme a NBR 7221.

10 Ensaios de qualidade de areia

10.1 DefinioEste ensaio indicado para areia com teor de impurezas orgnicas maiores do que o especificado nas normas brasileiras (intensidade de cor maior que a soluo padro). Ele compara a resistncia compresso de duas argamassas preparadas com o agregado mido suspeito, nas condies de lavado e no estado original, para que se possa verificar se a impureza orgnica que o contamina ou no prejudicial resistncia.10.2 Equipamentos e Acessrios

a) Balana (resoluo 0,1 g), com capacidade mnima 1kg; b) Mesa de fluidez;c) Frma tronco-cnica;d) Paqumetro;e) Soquete normal para ensaio de cimento;f) Argamassadeira;g) Esptula com lmina de metal (10 mm x 150 mm);h) Molde cilndrico (50 mm x 100 mm);i) Rgua metlica no flexvel;j) Placas de vidro retangulares 70 mm x 100 mm x 5 mm de espessura.

10.3 Procedimentos e Clculos

a) Separar a amostra em duas pores, imergir uma das pores do agregado mido numa soluo de hidrxido de sdio a 3% por aproximadamente 24 horas e lavar com gua at que seu teor de matria orgnica esteja com colorao mais clara que a soluo padro;b) Lavar com gua para retirar completamente o hidrxido de sdio, o que se verifica pela determinao do PH da gua de lavagem, que deve ser, ento, o mesmo da gua limpa.NOTA: Evitar a perda de finos para que o mdulo de finura das areias lavada e no lavada no difiram mais que 0,1. c) Levar as pores de amostra condio de saturada com a superfcie seca, conforme o mtodo ASTM C 128 e prepara uma quantidade de material ligeiramente maior que a necessria;d) Utilizar gua e cimento em quantidades tais que resultem numa relao gua/cimento de 0,6 em massa. Sugere-se utilizar 620 g de cimento e 372 g de gua para cada mistura.e) Colocar a gua de mistura na cuba e adicionar o cimento. Ligar o misturador em baixa velocidade (140 10 r.p.m) por 30 segundos. Colocar o agregado nos 15 segundos seguintes, de modo que se alcance a consistncia desejada (220 a 230 mm) conforme o ensaio de fluidez especificado a seguir: Preenche a frma tronco-cnica com 3 camadas de alturas iguais dando 15 golpes na primeira camada, 10 golpes na segunda camada e 5 golpes na terceira camada, sendo que a mesa de fluidez deve cair 30 vezes em 30 segundos;f) Mudar para velocidade alta (285 10r.p.m.) e misturar por 30 segundos;g) Parar o misturador e deixar a argamassa descansar 1,5 minutos. Nos primeiros 15 segundos deste intervalo, raspar rapidamente para baixo as pores de argamassa aderida nas paredes internas da cuba e cobri-la com pano mido no restante do intervalo; h) Finalizar misturando por 1 minuto em velocidade alta; i) Se a argamassa estiver muito plstica, devolve-la a cuba, adicionar mais areia e misturar por mais 30 segundos. Anotar a nova quantidade de areia e determinar novamente a consistncia.j) Fazer vrias tentativas de determinao da fluidez e adicionar areia at encontrar o trao correspondente consistncia especificada. Caso a consistncia especificada seja encontrada em apenas 1 ou 2 tentativas, pode-se usar a mesma mistura na moldagem; caso contrrio, deve-se preparar nova mistura.Nota: Em qualquer caso que exigir intervalo na mistura, raspar rapidamente para baixo com uma esptula as pores de argamassas aderidas nas paredes internas da cuba antes do prosseguimento do ensaio.k) Uma vez encontrado o trao, preparar novas misturas de argamassa, com o mesmo procedimento, mas sem determinar a fluidez.l) Preparar, para cada idade, duas misturas de trs corpos-de-prova cada, com a areia lavada e no lavada.Nota: A idade comum de ensaio de 7 dias; pem outras podero ser especificadas.m) Moldar o corpo-de-prova em quatro camadas, golpeando cada camada 30 vezes com o soquete.n) Aps p adensamento da ltima camada, colocar um excesso de argamassa sobre os moldes lev-los cmara mida e, aps 3 a 4 horas, ras-los e cobri-los com placa de vidro.o) Desmoldar os corpos-de-prova aps 20 a 24 horas e imergi-los em gua a 23 2C, exceto os que devam ser ensaiados nessa idade.p) Capear os corpos-de-prova com mistura de enxofre e quartzo.q) No ensaio de compresso, a velocidade de carregamento deve estar entre 0,20 e 0,30 MPa/s.r) Calcular a resistncia compresso de cada corpo-de-prova, arredondando-o ao dcimo mais prximo:s) Calcular a mdia das resistncias individuais, em MPa, dos seis corpos de prova de cada srie ensaiados na mesma idade.Nota: Arredondar a resistncia mdia ao dcimo mais prximo.t) Calcular o desvio relativo mximo da srie de seis resultados, arredondando a porcentagem obtida ao dcimo mais prximo.

Nota: Desconsiderar a srie de seis corpos-de-prova (2 misturas de 3 cps) de uma idade sempre que o desvio relativo mximo dor superior a 8%; nesse caso, repetir integralmente o ensaio na mesma idade at obter o desvio relativo mximo menor ou igual a 8%.u) Calcular, para cada idade, a resistncia relativa da argamassa;

10.4 Cuidados especiais

Contar a idade do corpo-de-prova a partir do instante em que o cimento posto em contato com a gua de mistura.

10.5 Interpretao

A NBR 7211:2004 indica que a diferena mxima aceitvel entre os resultados de resistncia compresso de 10%.

11 Ensaio de inchamento da areia

11.1 DefinioOs agregados midos tm grande capacidade de reteno de gua, portanto, na preparao de concretos em que o agregado proporcionado em volume, importante considerar o inchamento devido absoro de gua do mido conforme a granulometria, podendo variar de 20 a 40%. O inchamento varia com a umidade e, conhecendo-se a curva de inchamento (inchamento em funo da umidade), basta que se determine a umidade para que se obtenha essa caracterstica. Em linhas gerais a tenso superficial de pelcula de gua aumenta a bolha, os gros de areia se separam. Depois de certa umidade a gua toma os esforos e os gros descem por adensamento.O inchamento se aplica na correo do agregado mido do concreto dosado em volume e na aquisio de agregado mido em volume.11.2 Amostra de material

a) A amostra deve ser coletada conforme a NBR NM 26 e NBR NM 27. A quantidade deve ser no mnimo, o dobro do volume do recipiente a ser utilizado.b) Secar a amostra por 24 horas ou at a massa constante, em estufa a temperatura de (105 5)C.

11.3 Equipamentos e acessrios

a) Balana (resoluo 100g) e capacidade mnima 50 kg;b) Balana (resoluo 0,01g) e capacidade mnima de 200 kg;c) Recipiente em forma de paraleleppedo conforme NBR 7251;d) Rgua metlica rgida;e) Estufa para 100 a 110 C;f) Concha ou p;g) Cpsulas com tampa com capacidade de 50 ml;h) Proveta graduada;i) Misturador mecnico;j) Encerado de lona com dimenses mnimas 2,0 m x 2,5 m.

11.4 Procedimentos

a) Secar o material na estufa at massa constante, aproximadamente 24 horas;b) Determinar o volume do recipiente (V);c) Determinar a tara que a massa do recipiente seco e vazio (T);d) Colocar o material seco sobre o encerado de lona ou piso limpo no aderente homogeneizar e determinar a massa unitria do material seco e solto, conforme NBR 7251;e) Determinar massa unitria do material solto e seco (s), enchendo o recipiente com a concha at transbordar, despejando o agregado de uma altura de aproximadamente 12 cm, evitando segregao dos gros. Com a rgua de ao rgida, retirar o excesso de agregado por razamento deixando no mesmo nvel das bordas superiores do recipiente e determinar a massa do recipiente mais agregados (Ma);f) Determinar uma massa (peso) do material seco que ultrapasse um pouco ao volume do mesmo recipiente utilizado no ensaio da massa unitria seca. Este material utilizado para realizar todas as massas unitrias midas (h);g) Sobre esta massa obtida de material seco, adicionar 0,5% de gua, homogeneizar cuidadosamente a amostra mida manualmente no encerado ou atravs do misturados mecnico evitando perdas de material;h) Determinar a massa unitria do material com 0,5% de umidade (h) enchendo o recipiente com a concha at transbordar, despejando o agregado de uma altura de aproximadamente 12 cm. Com a rgua de ao, rgida, retirar o excesso de material, por razamento, deixar no mesmo nvel das bordas superiores do recipiente e determinar a massa do recipiente mais agregados (Mh); i) Coletar o material mido e homogneo na cpsula e determinar a massa da cpsula com o material mido e colocar na estufa at a constncia de massa, aproximadamente 24 horas;j) Repetir sucessivamente (h) aplicando os mesmos procedimentos, com a mesma amostra obtida no item C, com todos os teores de umidades previstos na Tabela 1;Nota: No esquecer de retirar a cpsula com material mido de cada ensaio, pesar e colocar na estufa para determinao da umidade.

k) Calcular a massa unitria do material seco (s);

l) Calcular a massa unitria do material mido (h);

m) Determinar a umidade, com aproximao de 0,1%, pesando a cpsula com material coletado (Mh) e depois com o material seco em estufa a (1005)C por 24 horas ou at constncia de massa (Mf);

Onde:h= teor de umidade do agregado, em %;Mc= Massa da cpsula vazia, em g;n) Parada cada teor de umidade, calcular o coeficiente de inchamento:Sendo:Vh = volume do agregado com h% de umidade, em cm;Vs = volume do agregado seco em estufa, em cm; = coeficiente de inchamento do agregado;h = massa unitria do agregado com h% de umidade, em g/cm;

s = massa unitria do agregado seco em estufa, em g/cm;

o) Determinar a unidade critica na curva de inchamento (Fig. 1) pela seguinte construo grfica:

- Traar a curva de inchamento de modo a obter uma representao aproximada do fenmeno.- Traar a reta tangente curva paralela ao eixo das umidades (RETA A).- Traar do ponto A reta que une a origem ao ponto de tangncia da RETA A traada obtm a RETA B.- Traar nova tangente curva, paralela reta obtm RETA C.- A umidade crtica a abscissa correspondente ao ponto de interseo das duas tangentes.

p) Expressar o coeficiente de inchamento mdio (CIM) como a mdia aritmtica entre o coeficiente de inchamento Maximo (Ponto A) e aquele correspondente umidade crtica (Ponto B).

11.5 Resultados e relatrios

a) Apresentar o certificado a curva de inchamento traada em grfico, conforme a Fig. 1, o valor da umidade crtica e o valor do coeficiente de inchamento mdio.

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