Caderno de Produção e negócios

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NEGÓCIOS PRODUCÃO & ANO 1 - NÚMERO 42 RIO BRANCO, DOMINGO, 11.11.2012 Restaurantes populares oferecem opção da comida boa e barata, gerando negócios que melhoram a vida das famílias Pensão

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NEGÓCIOSPRODUCÃO

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ANO 1 - NÚMERO 42RIO BRANCO, DOMINGO, 11.11.2012

Restaurantes populares oferecem

opção da comida boa e barata,

gerando negócios que melhoram a vida das famílias

Pensão

Rio Branco – AC, DOMINGO, 11.11.2012Rio Branco – AC, DOMINGO, 11.11.2012 32NEGÓCIOS

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Janete da Silva Alves per-deu a mãe muito cedo e aos dez anos começou a cuidar das crianças de

outras famílias para ajudar o pai nas despesas da casa, já

aos 12 anos trabalhava como empregada doméstica.

Hoje trabalha meio expe-diente noturno na portaria da Fundação Hospitalar e durante o dia faz o que mais

gosta, cozinhar pratos regio-nais na Pensão da Janete, uma das mais freqüentadas do Mercado Velho, no centro de Rio Branco.

“Minha vida é trabalhar,

faço porque gosto, é um pra-zer ver as pessoas comen-do satisfeitas, embora não dê para satisfazer a todos os gostos. Apesar dos meus pro-blemas de saúde, insisto em

Quando sua filha passou no ves-tibular para o curso de assis-

tente social, Albemira Darub se viu obrigada a tomar uma decisão radical em sua vida para poder garantir o paga-mento das mensalidades da faculdade, pediu afastamen-to do emprego no governo do Estado onde já trabalhava há mais de 20 anos, pegou o fogão e outros utensílios de sua própria cozinha e mon-tou uma pensão.

“Isso aconteceu há seis anos, mas se eu soubesse que trabalhar por conta era tão bom eu tinha deixado o emprego muito antes. Hoje minha filha está formada, passou em primeiro lugar no concurso público e está em-pregada, já eu continuo aqui na pensão e nem penso em voltar a trabalhar no gover-

no, pelo contrário, estou me programando para montar um novo restaurante com serviço self service!” Garan-te “Mira”.

Como em toda pensão, o arroz com feijão, salada e farofa são indispensáveis ao cardápio popular ao qual se somam os bifes, almôndegas, guisados de porco, galinha caipira, peixes, estrogonofes, pimentões recheados, biste-cas, elem dos lanches e sal-gados que vende no balcão.

A pensão localizada na avenida Getúlio Vargas, ao lado da Casa da Motosser-ra, fica lotada nas horas de almoço. “Muita gente vem comer aqui, temos uma boa freguesia mesmo porque a comida é boa e a preços mais populares. Mas o forte mes-mo são as marmitas que en-tregamos para as empresas, por isso, mesmo quando a

gente montar o restaurante self service eu vou continu-ar aqui na pensão atendendo as empresas e as pessoas que gostam da comida mais tra-dicional!”

Fazendo uma reavaliação de sua vida pessoal, Mira é taxativa: “Durante muitos anos eu fiquei acomodada no salário do governo, quan-do decidi começar a pensão, no começo o negócio não foi fácil, mas aprendi rápido, minha vida melhorou muito e hoje até carro eu tenho, quando era empregada não podia nem pensar numa coi-sa dessas!”

Pedidos e encomendas pelo telefone 3224-7385.

Pensão da JaneteNuma dupla jornada entre o trabalho diário na portaria da Fundhacre e a pensão que além da renda lhe dá alegria

continuar tocando a pensão porque gosto mesmo de tra-balhar aqui!” Garante Janete.

Ela recorda que até os 29 anos de idade quando já tinha quatro filhos e uma enteada ela trabalhou como empre-gada doméstica e decidiu montar seu próprio negócio. “Isso foi há 28 anos quando resolvi começar uma pensão ali na antiga praça da Ban-deira, desde aquele tempo eu nunca mais parei de trabalhar por conta e foi o melhor ne-gócio que fiz porque minha vida melhorou muito mesmo, agora os filhos já estão todos casados, só falta a enteada”.

No cardápio do dia o tra-dicional arroz com feijão, macarrão, farofa e salada vão sendo combinados com bifes, bistecas, sarapatéis, galinhas picantes, paneladas, frangos fritos ou ao molho, carnes de panela, estrogonofes, fígados ou porcos guisados.

Janete lembra que quando montou sua pensão o Acre ainda era um Estado isola-do do Brasil e isso criava um sem número de dificuldades. “Naquele tempo faltava tudo, a gente tinha de ir pra fila do gás, todo dia eu tinha de carre-gar 12 latas d’água para usar na pensão, para conseguir verdu-ras contava com um amigo que comprava bem cedo pra mim porque naquele tempo Rio Branco nem supermercado ti-nha. Só melhorou em 92 quan-do o Edmundo Pinto comple-tou o asfalto ligando o Acre a Porto Velho, hoje tudo é muito mais fácil e você pode escolher o que comprar e onde”.Janete faz da cozinha um dos grandes prazeres de sua vida

Miras LancheEx-funcionária pública montou uma pensão para ajudar nos estudos da filha e nunca mais voltou ao emprego

Mira deixou emprego público

para tocar a pensão e não tem do que se

arrependerSempre atenta aos

pedidos dos clientes

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Juracy Xangai

Tudo começou, há cerca de cinco anos, com uma pensão servindo

comidas, lanches e marmitas naturais à margem do Parque da Maternidade, hoje é um amplo restaurante instala-do na rua Guiomard Santos 209, próximo à igreja Batista do Bosque.

Agregado ao restaurante funciona a lojinha de pro-dutos naturais onde além de pães e biscoitos naturais, ain-da se vendem complementos alimentares e chás naturais. Em outra sala a clínica de tratamentos e alimentos na-turais orientados por exames de iridologia, ciência que analisa o sistema orgânico e psicológico das pessoas a partir da análise da Iris dos olhos dos pacientes.

A loja funciona das sete da manhã às oito da noite,

já o restaurante com pra-tos à base de frutas, verdu-ras, grãos, ovos e proteína de soja oferece o que há de melhor na comida natural, como explica o gerente e proprietário do restauran-te Teralternat Ezilton Waks Sabino. “Quando iniciamos o restaurante a maioria das pessoas não conheciam estes alimentos, então alguns en-travam, olhavam os pratos e iam embora, mas quem pro-vava voltava sempre e con-vidava outros, assim fomos construindo uma freguesia que hoje é muito boa. Aqui servimos o almoço e à tar-de os lanches que vão até às oito horas da noite, sempre de segunda às sextas feiras!”

A busca de uma vida mais saudável é, segundo Ezil-ton, um dos principais mo-tivos do sucesso alcançado pelo restaurante e da clínica de tratamentos alternativos que acaba de se transfor-

Comida saudável para o corpo e a alma

Teralternat serve alimentos exclusivamente vegetarianos, além de oferecer dietas e tratamentos alternativos

mar na primeira franquia de comidas naturais do Brasil. “Através desta franquia de consumo consciente nossos

clientes ganham descontos especiais no consumo dos nossos produtos e nos ser-viços da clínica alternativa

de saúde. Também ganham bônus especiais pela indica-ção de novos clientes. A vida saudável só é possível a par-tir de uma prática diária que envolve desde a alimentação até mudanças no comporta-mento sem vícios!”

Comida saudável

No cardápio do restau-rante ganham destaque as saladas de verduras combi-nadas com grão debico, ervi-lhas e outros legumes, o bife de soja (glúten), as fibras de soja, além de nossa tradicio-nal castanha, gergelim e li-nhaça. “Nossos pratos estão baseados na dieta vegetariana e ovolacta, ou seja vegetais, ovos e leite, então não ser-vimos nenhum tipo de carne branca ou vermelha, apenas soja e outras proteínas vege-tais que são mais saudáveis para o organismo!”

Mais que um restauranteO restaurante Teralter-

nat funciona aliado à fábrica de alimentos de onde saem manteiga de soja temperada com alho, ricota, queijo tofu e carne de soja, além do tofu temperado com sal de ervas. Nela ganham destaque os variados pães naturais e os biscoitos de aveia, gergelim e

castanha fornecidos a super-mercados e outros estabele-cimentos da capital.

Daí também saem com-plementos alimentares Te-ralternat como o fibra-mix light recomendado para pes-soas com diabetes, proble-mas cardíacos e digestivos. Já para os que estão em die-ta alimentar há o fribra-mix

com chá verde e colágeno. Quem quer melhorar o pi-que no dia-a-dia pode optar pelo energético fribra-mix que tem como base o tradi-cional guaraná amazônica, açúcar mascavo e cacau.

Tanto os complementos alimentares quanto os chás, biscoitos e tônicos naturais estão à venda na lojinha do

restaurante. “Hoje temos 28 produtos e complementos alimentares todos autoriza-dos pela Anvisa e mais de 60 outros em fase de aprovação de acordo com as leis brasi-leiras que exigem a compro-vação científica dos efeitos de cada produto sobre o organismo das pessoas!” Es-clarece Ezilton.

Dentre os serviços alter-nativos oferecidos pela cli-nica e pelo restaurante estão as dietas especiais para quem quer emagrecer ou tratar de problemas específicos na saúde. Há ainda dietas de limpeza e descontaminação orgânica, além de fornecer marmitex.

A empresa familiar

gera hoje com dez em-pregos no restaurante e outros 16 na fábrica de alimentos e produtos al-ternativos para saúde. Mais informações sobre os produtos alternati-vos da Teralternat entre-nó site www.teralternat.com.br ou pelos telefones 3223-2744 2 3026-4642.

Garçonete serve marmita para dieta de clientes

Quem prova alimentos naturais volta sempre

Lojinha oferece produtos alternativos para a vida saudável

Produtos Teralternat, indústria acreana com aprovação da Anvisa

Grãos, verduras e proteína de soja são base dos pratos

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Antônia Soares de Oliveira começou a trabalhar ainda criança quando os

país construíram um peque-no lanche na frente da casa localizada no bairro seis de agosto e a colocaram para tomar conta do pequeno ne-gócio.

“Lá na seis a gente vendia lanches e doces, faço todo tipo de salgados, mas os do-ces são meu forte mesmo. Por causa disso fiz vários cur-sos no Senac e o que achei melhor foi a produção de chocolates, gosto de fazer e na Páscoa eu preparo muito mesmo!”

Antônia recorda que a pen-são Quê Delícias que funciona em frente à agência da Caixa do Bosque começou com uma banquinha posta sobre a calçada onde ela vendia café, bolos e pão com manteiga, há poucos metros de onde hoje está sua pensão. “Quando

surgiu a oportunidade de alu-gar este ponto eu fiquei muito contente, tinha medo das des-pesas, mas com trabalho e fé em Deus a gente vence tudo. Ainda hoje meu forte é o café da manhã com tapioca, pão de milho, bolos e mingaus, come-cei a fazer almoço porque os clientes que trabalham nesta área começaram a pedir, gos-tei porque é mais um ganho que ajuda a cobrir as despesas com o aluguel!”

Sempre às voltas com formas e panelas ela declara: “Desde que me conheço por gente minha vida sempre foi fazer comida, gosto do que faço e as pessoas ficam con-tentes. Com o dinheiro da comida estou terminando de criar dois filhos que de vez em quando vem me ajudar. Emprego eu nunca tive, nem quero, Deus me livre, a escra-vidão já acabou, agora a gente depende só de Deus, mas não dos homens!”

Em 1972 Sebas-tiana Fernandes da Silva come-çou a trabalhar

na lanchonete “Minhocão” que funcionava ao lado do antigo cine Rio Branco, hoje o Formigão, fazendo lanches e almoços; ali per-maneceu trabalhando du-rante 27 anos até a morte de seu proprietário o com-positor Osmeth Duck, há 13 anos.

“Logo depois que o Os-meth morreu eu consegui esta pensão no Cameló-dromo pela prefeitura, mas no começo foi muito difícil porque quando a gente fica muito tempo trabalhando como empregada se acos-tuma a ser mandada, já

Quê Delícias!Tudo começou com uma banquinha vendendo café sobre a calçada, hoje é uma pensão que planeja crescer

Antônia cozinha desde criança e tem nos doces sua maior paixão

Pensão da TianaUma vida na cozinha fez com que ela só descobrisse tardiamente as vantagens de ter seu próprio negócio

tocando por conta precisa to-mar as decisões sozinha, mas graças ao apoio dos a,igos e antigos clientes do minhocão

eu consegui. Hoje digo que valeu a pena e tocar o negó-cio por conta própria é muito melhor do que trabalhar de empregada”, declara Tiana.

Habituada a ter a pensão cheia de clientes para o almo-ço, ela serve a tradicional gali-nha caipira, peixe frito e cozi-do, panelada, porco, cozidão e outros pratos tradicionais, Tiana esclarece que: “Passei minha vida inteira na cozi-nha, me aposentei em 2010 e continuo trabalhando porque gosto mesmo de atender as pessoas, mas estou pensando em parar daqui há uns dois ou três anos. Mas não vou parar de vez, quero descansar e me divertir um pouco, nos fins de tarde posso vender ta-cacá!”

Depois de 27 anos trabalhando como empregada, Tiana

descobriu a vantagem de ter seu pró´rio negócio Comer de pensão já é tradição de família

Ponto de encontro de amigos e clientes

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Pensão da Lourdes

Depois de trabalhar durante seis anos como garçonete de uma das lanchonetes restaurante do Termi-nal Urbano de Rio branco, Maria

de Lourdes viu a oportunidade de iniciar seu próprio negócio tocando uma das pensões que funcionam no Camelódromo.

“Quando meu marido me disse que tinha a possibilidade de me conseguir uma das pen-sões aqui do camelódromo eu fiquei muito feliz mesmo. Assim que recebemos autorização da prefeitura comecei a trabalhar e nunca mais pa-

rei porque é isso que eu gosto de fazer, comida para servir às pessoas!” Afirma Lourdes.

Antes de se empregar na lanchonete do ter-minal, Lourdes já havia trabalhado nove anos no restaurante Nosso Galeto. “A verdade é que eu trabalho em lanchonetes e restaurantes des-de os 15 anos de idade, é isso que aprendi e gosto de fazer, então cozinho com a maior sa-tisfação e meu prazer é ver que as pessoas gos-tam da comida que eu faço!”

Mas para quem está pensando em mon-tar seu próprio negócio, Lourdes explica que:

“Todo dia eu chego aqui no mercado às cinco horas da manhã para preparar os pães de milho, tapiocas e bodós pro café da manhã do pes-soal que chega pra trabalhar. O que eles mais comem de manhã é o pão com manteiga e a baixaria!”

A cozineira esclarece que: “Mal termino de servir o café e já hora de começar a preparar o feijão, bifes, bistecas, frangos, peixes e carnes de sol para o almoço. As pessoas comem de tudo, especialmente bife e bisteca, mas gostam mesmo é das frituras!”

Ex-garçonete decidiu montar seu próprio restaurante e se diz feliz com a mudança de vida

Lourdes atende clientes na pensão do Camelódromo