Caderno de produção e negócios

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NEGÓCIOS PRODUCÃO & ANO 1 - NÚMERO 33 RIO BRANCO, DOMINGO, 02.09.2012 Um negócio que atende a todos os gostos e bolsos e ainda faz bem para o meio ambiente Brechó

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NEGÓCIOSPRODUCÃO

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ANO 1 - NÚMERO 33RIO BRANCO, DOMINGO, 02.09.2012

Um negócio que atende a todos os gostos e bolsos e ainda faz bem para o meio ambiente

Brechó

Rio Branco – AC, DOMINGO, 02.09.2012Rio Branco – AC, DOMINGO, 02.09.2012 32NEGÓCIOS

PRODUCÃO&NEGÓCIOS

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Engana-se re-d o n d a m e n t e que os brechós são lugares fre-

qüentados por gente pobre que tem pouco dinheiro para consumir, prova disso é o Tem de Tudo localizado na rua Francisco Mangabeira, ao lado do pronto atendi-mento da Unimed, no Bairro do Bosque, freqüentado por todo tipo de gente, especial-mente esposas de vereadores, deputados, médicos e outros personagens da alta roda, o que faz dele o brechó mais chique da cidade.

A “chiqueza” dos bre-chós não é exclusividade de Rio Branco, tanto que mui-tos deles funcionam na área da avenida Paulista, em São Paulo, coração financeiro do Brasil, portanto freqüentado por quem tem mesmo muito dinheiro e que não deixam de dar uma “beliscadinha” nas ofertas de segunda mão.

Neste caso tudo começou quando a loja que “Mauri-célia” mantinha na Galeria Meta entrou em dificuldades e teve de ser fechada. “Ela pegou a ponta de estoque e iniciou um brechó aqui no bosque para vender as mer-cadorias que haviam sobrado, mas de repente muita gente começou a perguntar se ela não queria comprar roupas, calçados e acessórios usados para revender, ela foi toman-do gosto pelo negócio e nis-so já vão mais de três anos!” Explica a sócia Mari Almeida que foi convidada por Mauri para entrar no ramo.

Com as mercadorias da

Maria Au-ricélia de S o u z a O l i v e i -

ra trabalhava num res-taurante e cansada de ser empregada decidiu que iria começar seu próprio negócio, pediu as contas do emprego e iniciou seu brechó fazendo um ver-dadeiro “rapa” no próprio guarda-roupas juntando peças dela e do marido para começar as vendas.

“Assim que comecei a vender, também come-çaram chegar as pessoas trazendo roupas, calçados, acessórios e até utensílios de cozinha para me ofe-recer. Assim montei meu estoque num giro perma-nente de compra e venda que acontecem o tempo inteiro. Então o negócio vem dando certo e se sou-besse disso, mais antes eu tinha abandonado meu emprego!” Confirma.

Com seu brechó estra-tegicamente instalado na avenida Getúlio Vargas, quase em frente à Malharia Ponto Sem Nó, ela encon-tra fornecedores nos mora-dores mais afortunados da vila Ivonete, Solar-Procon e vizinhanças da rua An-tônio Viana que costumam comprar e trocar mais roupas e acessórios que são descartados a preços mais em conta no brechó. “O pessoal mais rico tro-ca bastante de roupa, mas mesmo quando vem dei-xar, acabam encontrando modelitos que compram para seu uso ou dos seus fi-lhos. Já moradores de bair-ros próximos como Placas, Raimundo Melo e, prin-cipalmente, trabalhadores gostam de comprar calças jeans para usar no dia a dia. A verdade mesmo é que todo tipo de gente vem aqui, porque vendemos de roupas até louças, copos, materiais de decoração, então as pessoas que vem uma vez sempre retornam em buscam de novidades, é quase um vício!”

E no meio desse públi-co há clientes com gosto muito específico, confor-

De tudo um poucoBrechó começou pela falência de uma loja e hoje é sucesso entre as madames de Rio Branco

comprar a fim de ter certeza de que vamos pegar roupas, calçados e acessórios que te-nham saída em Rio Branco”, esclarece Mari.

Ela também explicou que o mais comum são as pes-soas oferecerem roupas para venda porque engordaram, se cansaram do modelo ou mudaram o jeito de vestir de acordo com o tipo de am-biente que passaram a fre-qüentar. “Há roupas e aces-sórios muito bonitos, por isso muitas mulheres de deputa-dos, vereadores, médicos e empresários vem buscar seus modelitos aqui. Isso acontece porque muito do que ven-demos não são encontrados nas lojas. Os jovens também gostam de procurar modelos retrós para festas caracteriza-das tipo anos 80 ou para sair com estilo próprio na noite, porque isso dá um ar de ex-clusividade que muitos inve-jam mesmo!”

O carro chefe de venda tem sido as calças, blusas e acessórios, mas Mari desta-ca que nestes últimos tem-pos são os sapatos antigos vem ganhando cada vez mais adeptos, principalmente en-tre os jovens que buscam criar um ar de distinção.

“Sinceramente, este é um ramo de comércio que me surpreendeu bastante porque vende bem o ano inteiro, mas que como as demais lojas, tem seus piques de venda no final de ano e em datas espe-ciais como o Dia das Criança quando também reforçamos o estoque de brinquedos usa-dos”, conclui Mari.

antiga loja esgotadas e uma oferta local que dificilmente atenderia toda a clientela que se formou, Mauricélia e Mari têm feito viagens ao Rio de Janeiro e São Paulo onde há

grandes fornecedores para garantir o abastecimento constante do brechó.

“A gente nunca faz enco-mendas, então viajamos para escolher as peças fazer as

Brechó chique é sucesso entre as madames e jovens em busca de um estilo mais distinto

Cília guerreiraCansada da vida de “empreguete”, ela raspou seu próprio guarda-roupas e começou seu negócio, virando “patroete”

me e explica “Cília”: “Tem gente que vem ao brechó só para comprar roupas de mo-delos antigos, o interessan-te é que a maioria deles são jovens, as calças de cintura alta, por exemplo, chegam e são vendidas quase na mes-ma hora. Querem camisas e

outros acessórios que já não se encontra nas lojas. Na verdade o brechó é muito interessante, porque quem vem aqui sabe o que quer, se encanta com as novidades que se não estiverem rasga-das ou algum defeito, vende tudo mesmo!”

Decisão transformou empregada em patroa de seu destino

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Juracy Xangai

Depois de tra-balhar por mais de 20 anos numa

empresa, Francisca Santos da Silva, mais popularmen-te conhecida como “Sílvia” decidiu que iria mudar seu modo de viver e trabalhar por conta própria. “Ainda estava recebendo o seguro desemprego quando pen-sei e pensei buscando um caminho pra não ter de tra-balhar pros outros. Só pen-sava – Não quero mais ser

empregada, agora vou ser patroa! - e assim veio a idéia de montar um brechó”.

Sem maiores explica-ções Silvia chegou em casa e: “Fiz um limpa no meu guarda roupas e vim vender num arraial que estava acon-tecendo aqui no Tancredo Neves. Vendi tudo e quando os amigos, irmãos, primos, sobrinhos e outros parentes descobriram que eu tinha montado o brechó começa-ram a me trazer roupas usa-das, assim o negócio cresceu bem rapidinho. Hoje as pes-soas me ligam e dizem que

tem roupas pra negociar. Eu vou ver como estão e confe-rir se elas não são roubadas, então faço recibo de compra com nome, endereço e do-cumentos pra confirmar que estou comprando de boa fé, assim nunca tive problemas!”

Mas mesmo com todos os cuidados para não com-prar coisas roubadas, Silvia que tem sua loja localizada há poucos metros do posto Po-licial do Bairro Tancredo Ne-ves teve as portas do estabe-lecimento arrombado com os ladrões levando praticamente todas as suas mercadorias.

“Hoje ninguém mais tem segurança, os ladrões estão por toda parte mesmo e não tem quem dê conta. Apesar de perder quase tudo que es-tava no brechó eu não desani-mei, repus o estoque e, graças a Deus, continuo trabalhan-do e ganhando meu dinheiri-nho”, diz conformada.

O negócio improvisado, assim, de repente, causou uma verdadeira transformação na vida de Silvia. “Antigamente tinha um medo horrível de ficar desempregada, quan-do fiquei é que tive a gran-de idéia da minha vida e isso

mostrou que eu sou capaz de começar e tocar um negócio pra frente. Meu principal in-centivo são os clientes, as pessoas gostam de comprar, as roupas e acessórios são bons, muitos são novos que compro ponta de estoque das lojas. O interessante mesmo é que as pessoas se acostu-mam a vir aqui, tem gente que todo fim de mês corre para comprar algumas coisi-nhas e o interessante que às vezes já trazem alguma coisa para vender também. É assim comprando e vendendo que todo mundo fica feliz!”

Tudo começou em 1987 com uma placa a n u n c i a n d o

compro e vendo materiais de construção usados as-sim nascia O Lixão. Aque-le negócio evoluiu pra se transformar num depósito de madeiras até quando a Ministra Zélia seqüestrou o dinheiro das contas e ca-dernetas de poupança dos brasileiros obedecendo às ordens do então presi-dente Fernando Collor de Melo.

“Da noite pro dia todo o meu dinheiro e do depósi-to de madeiras que eu tinha montado desapareceu, o pior é que as pessoas tam-bém ficaram sem dinhei-ro pra comprar e tanto eu quanto outros comerciantes simplesmente falimos!” Re-corda.

Daí juntou o estoque de madeira que tinha sobrado no depósito e novamente pendurou a placa de com-pra e venda de materiais de construção usados, já com o novo nome de O Demoli-dor que assim funciona des-de então. “Por incrível que

pareça este é um ramo sem concorrentes em Rio Bran-co, mas na verdade eu nun-ca montei uma equipe de demolição, então quem está derrubando ou reformando a casa junta o material e traz pra cá que eu compro e ven-do, alguns materiais como telhas de barro eu prefiro apenas intermediar as ven-das para evitar perdas no transporte que é muito de-licado!”

São portas, grades, ja-nelas, pias, vasos, lavabos, colunas, uma infinidade de produtos e objetos de cons-trução ou decoração que vão chegando ao depósito e passados adiante quase que imediatamente.

O pessoal que mais com-pra são trabalhadores que estão melhorando suas mo-radias, mas os que compram as coisas mais caras, são mesmo empresários e fun-cionários públicos que que-rem dar um toque diferente em suas chácaras e casas de veraneio, então, simples-mente todo tipo de gente vem aqui procurar alguma coisa diferente do que está sendo oferecido nas lojas

O Demolidore pela metade do preço, ou menos!” Garante.

E o segredo do sucesso nesse tipo de negócio, não está no volume das compras e vendas, mas no movimento constante de entrada e saída de mercadorias estrategica-mente espalhadas pelo terreno localizado no meio da ladeira do Bairro das Placas, ainda no bairro Raimundo Melo.

“Aqui você encontra peças que já não se fazem mais e as novidades estão sempre chegando e saindo, é um negócio que não pára. Nesses anos de Demolidor, nós também estruturamos uma serralheria para con-sertar peças que chegavam com problemas e fizemos parceria com marceneiros para atender quem quisesse

reformar peças de madei-ra. Agora também estamos investindo na construção de casas populares devida-mente documentadas para quem pode pegar os finan-ciamentos da casa própria que estão sendo estimula-dos pelo governo. Neste ramo é preciso estar atento às oportunidades do mo-mento!”

Pioneiro na compra e venda de materiais de construção usados, a loja está em constante transformação

Materiais de construção usados pela metade do preço ou menos

Brechó da FamíliaNo ramo da compra e venda dos brechós todo cuidado é pouco para evitar adquirir produtos e mercadorias roubadas

Sílvia apostou tudo o que tinha no seu negócio, foi roubada, mas não desanimou

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“Mo r e -n o ” traba-l h o u

mais de 40 anos extraindo bor-racha nos seringais do Amazo-nas e foi durante a crise finan-ceira causada pelo seqüestro do dinheiro dos brasileiros pelo presidente Collor de Mello que ele se viu sem condições de continuar vivendo no seringal e daí mudou-se para Rio Bran-co onde fez diversos tipos de trabalho para evitar que sua família passasse fome, até que conseguiu se aposentar.

Hoje, aos 78 anos, ele ain-da encontra disposição para empurrar o carrinho carregado de roupas até o calçadão do terminal urbano onde passa o dia vendendo as roupas usadas que manda vir dos fornecedo-res de São Paulo.

“Há 15 anos eu estou nesta lida, o ganho não é muito, mas é um trabalho honesto que eu faço com gosto mesmo. Tra-balhando a gente se sente mais

útil, ganha um dinheiro pra ajudar nas despesas da casa e ainda consegue ajudar muita gente que precisa e às vezes não tem nem como comprar uma roupa usada. Há pessoas da cidade e muitos do interior que chegam aqui com dinhei-ro que só dá pra comprar uma calça, então percebo e dou uma camisa de presente, gosto de ajudar as pessoas”, afirma Moreno.

Daí vai também uma cons-ciência ecológica do ex-serin-gueiro que afirma: “Aqui no Acre o pessoal fala muito em ecologia, mas pouco ou nada fazem, eu aqui estou fazendo minha parte, vendendo roupas que poderiam ir para o lixo po-luindo o meio ambiente, que assim são reaproveitadas pelas pessoas que precisam e não podem ou não querem com-prar uma nova. Digo isto por-que não é só gente pobre que compra usada, tem muito dou-tor e doutora que são meus fre-gueses e compram todo mês!”

Adriano Ferreira dos Santos passa-va o dia fazendo salgados para ven-

der à noite no calçadão do ter-minal urbano até que conseguiu um ponto no camelódromo do mesmo terminal para montar seu próprio negócio, mas sim-plesmente não sabia o que fazer.

“O ponto é bom, mas não servia para vender salgados, en-tão pedi a Deus que me desse uma orientação do que fazer na minha vida. Foi quando parei para conversar com um amigo que consertava e reformava pa-nelas, prestei atenção e disse pra mim mesmo que eu era capaz de fazer aquele serviço, então perguntei se ele me ajudava, ele disse que sim, comprei as fer-ramentas e montei o Panela & Companhia”, recorda Adriano.

Mas sem muita prática e ne-nhum cliente, Adriano usou uma artimanha para atrair os fregueses: “Trouxe umas panelas lá de casa e nos primeiros dias, passava o tempo montando e desmontando as panelas, então as pessoas perguntavam – O se-nhor conserta qualquer tipo de panela?- eu respondia que sim e assim foram aparecendo cada vez mais encomendas e quando o problema era mais complicado eu pedia orientação do meu ami-

go que tem muito mais tempo nesse ramo, hoje eu faço pratica-mente tudo no conserto e trans-formação das panelas para Rio Branco, interior e até de Porto Velho me mandam serviço!”

Na maioria dos casos as pes-soas levam para o conserto pa-nelas que estão deixando vazar a pressão, cujo cabo quebrou, para trocar válvulas de seguran-ça e outras peças. “Mas a maior parte das pessoas vem trazer panelas de pressão para cortar e transformá-las em caldeirões, frigideiras e panelas para co-zinhar arroz. Fica muito bom, principalmente quando trazem aquelas panelas antigas que eram feitas com alumínio bom. Então dá gosto de ver. Quem precisar do serviço é só ligar pra 9203-3502 que a gente atende!”

Tradição de família“Quando uma panela de pres-

são estragava, minha avó punha no chão, ajoelhava com ela entre as pernas e ia serrando devagar-zinho até tirar a parte de cima e fazer uma panela nova, tudo ela consertava. Por isso, tudo que estraga ou não uso, mando con-sertar e passo pra frente. Hoje trouxe uma penal de pressão pra fazer uma panela de arroz e fica muito bom”, garante Maria Cle-nilse Pontes Sampaio moradora do bairro Ilson Pinheiro.

Ribamar de lima montou sua ofi-cina de assistên-cia técnica para

fogões e eletrodomésticos na avenida Getúlio Vargas pró-ximo à Malharia Ponto Sem Nó, na Vila Ivonete, há cerca de quatro anos e desde então agregou ao negócio a compra e revenda de móveis e equi-pamentos e eletrodomésticos usados.

Logo à entrada da loja um grande forno industrial de assar pizzas, em seguida dois balcões frigoríficos e mais adiante uma masseira de pa-daria. Do outro lado da loja geladeiras ao lado de esteiras e bicicleta ergométrica, além

de duas camas de madeira, em fim, uma miscelânia de máquinas e objetos domésti-cos e industriais sendo vendi-dos em seu brechó.

“Aqui eu compro coisas e outras pego em consignação para vender e vende tudo. Tem muita coisa praticamen-te nova, principalmente por conta das pessoas que estão vindo aventurar a vida em Rio Branco, passam seis me-ses ou um ano, nesse tempo mobíliam a casa, as coisas não dão muito certo, resolvem ir embora e não tem como le-var a mobília. Este é um bom negócio pra elas, pra gente e pra quem compra!” Garante Ribamar.

Brechó ambulanteAposentado encontrou na venda de roupas usadas um jeito de complementar a renda da família

Moreno complementa aposentadoria fazendo bem às pessoas e com consciência ecológica

Assistência técnica e brechó

Ribamar presta assistência técnica, compra e vende usados

Panela & CiaEx-vendedor de salgados encontrou no conserto de panelas um novo meio de vida

Adriano encontrou no conserto de panelas uma nova opção de vida

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Mais que uma fábrica de móveis, a Move lacre

ou Fábrica de Móveis Para-ná, apostou na diversidade para encontrar o ponto de equilíbrio do negócio e assim mantêm desde 1997 tam-bém as lojas Usadão Móveis especializada na compra e venda de móveis usados que funciona na avenida Getúlio Vargas ao lado do Pronto So-corro e a Feira de Móveis na rua Rio Grande do Sul, em frente à escola Heloísa Mou-rão Marques onde mistura novos, usados e o serviço de reforma.

Rosa Noeli da Costa é quem cuida das lojas junta-

mente com a filha Cássia Yara Klaus que explica: “Eu cuido do Feirão de Móveis e minha mãe do Usadão Móveis, nas duas nós compramos, vende-mos e reformamos móveis, mas aqui o foco principal é a venda de móveis novos e planejados que produzimos na fábrica. Os interessados em vender vêm oferecer, nós vamos ver a peça, fazemos uma avaliação e se aceitarem o preço nós retiramos e pa-gamos em 24 horas”.

Cássia esclarece que: “A maioria das pessoas que vem nos oferecer seus móveis são pessoas que estão indo em-bora do Acre, outros estão redecorando a casa trocando os móveis de madeira maci-

ça por móveis planejados em MDF. Os dois tipos têm o mesmo preço de fabricação a R$ 600 o metro quadrado, mas principalmente os casais jovens preferem MDF por-que dá um ar de modernida-de!”

Quem puxa as vendas são as camas, cômodas, jogos de quarto e jogos de cozi-nha, segundo Cássia. “Aqui vem gente que quer móveis com um visual mais ousado e moderno, assim com cara de exclusividade, já outros dão preferência aos modelos mais antigos bem ao estilo retro. Já os clientes também variam da pessoa mais humil-de aos mais ricos que querem redecorar a casa!”

Móveis para todos os gostos, bolsos e estilos

Fabricando móveis planejados em MDF e madeira maciça, prestando serviços de reforma e vendendo móveis usados

Já a fábrica, tem como principal cliente o governo do Estado que vem com-prando mobiliário para es-colas e outras repartições pública, preferencialmente das marcenarias locais. “Essa política de dar preferência à compra de móveis produzi-

dos no Acre é o que ainda está salvando as marcenarias acreanas que não têm como enfrentar a concorrência das grandes lojas que trazem móveis de outros estados com os quais nós não conse-guimos concorrer!”

Movelacre apostou na diversificação da ativiudade que vai da fabricação de móveis à reforma e venda de usados