Caderno do 2º ano

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REVISÃO GERAL PORTUGUÊS Profª: Andréa Calazans 2º ano 1.Julgue os itens abaixo como verdadeiros ou falsos quanto à classificação e o gênero dos substantivos: 0 0 Deus, alma, sereia e extraterrestre são substantivos imaginários, portanto são considerados abstratos. 1 1 Ídolo, vítima, guia e testemunha são substantivos sobrecomuns. 2 2 “A cascavel macho é de corpo mais grosso que a fêmea” (Renato Inácio da Silva). O substantivo grifado é epiceno. 3 3 O substantivo médium, motorista, intérprete e fã são comuns de dois gêneros. 4 4 O substantivo “trovoada” é comum, simples, derivado e concreto. 2.Quanto à flexão de número, julgue os itens a seguir como verdadeiros ou falsos: 0 0 O plural de fuzil é fuzíveis. 1 1 O plural dos substantivos terminados em n pode-se fazer acrescentando es ou s (especímenes ou espécimens plural de espécimen). 2 2 O plural de réptil é reptis. 3 3 No Shopping Jardins há uma propaganda do MC Donald que registra o plural de hambúrguer (hambúrguers) – o correto é hamburgueres . 4 4 Minha mãe teve dois filhos. As duas gravidezes foram difíceis. A palavra gravidez é invariável quanto à sua pluralização, assim como giz e arroz. 3. Julgue os itens como verdadeiros ou falsos: 0 0 “A testemunha do crime, um homem de 80 anos , negou-se a depor”. O termo destacado tem como finalidade explicitar a quem se refere a testemunha, já que testemunha é um substantivo sobrecomum. 1 1 O substantivo guaraná é masculino então é errado falar: – A guaraná está gelada? 2 2 O plural de cidadão é cidadões. 3 3 Alguns substantivos têm mais de uma forma para o plural, como hífen (hífenes ou hifens) ancião (anciãos, anciões ou anciães). 4 4 Os substantivos terminados em “il” fazem o plural trocando o “l” por “s” (quando oxítonos) ou trocando o “il” por “eis” (quando paroxítonos). 4. Em relação ao texto abaixo julgue os itens (V) verdadeiro ou (F) falso: Correnteza 1 a A correnteza do rio vai levando aquela flor o meu bem já está dormindo zombando do meu amor 2 a na barranceira do rio o ingá se debruçou e a fruta que era madura a correnteza levou 3 a e choveu uma semana e eu não vi o meu amor o barro ficou marcado aonde a boiada passou 4 a depois da chuva passada céu azul se apresentou lá na beira da estrada vem vindo o meu amor 5 a a correnteza do rio vai levando aquela flor e eu adormeci sorrindo 1

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REVISÃO GERAL PORTUGUÊS

Profª: Andréa Calazans 2º ano

1. Julgue os itens abaixo como verdadeiros ou falsos quanto à classificação e o gênero dos substantivos:

0 0 Deus, alma, sereia e extraterrestre são substantivos imaginários, portanto são considerados abstratos.

1 1 Ídolo, vítima, guia e testemunha são substantivos sobrecomuns.

2 2 “A cascavel macho é de corpo mais grosso que a fêmea” (Renato Inácio da Silva). O substantivo grifado é epiceno.

3 3 O substantivo médium, motorista, intérprete e fã são comuns de dois gêneros.

4 4 O substantivo “trovoada” é comum, simples, derivado e concreto.

2. Quanto à flexão de número, julgue os itens a seguir como verdadeiros ou falsos:

0 0 O plural de fuzil é fuzíveis.1 1 O plural dos substantivos terminados em n pode-se

fazer acrescentando es ou s (especímenes ou espécimens plural de espécimen).

2 2 O plural de réptil é reptis.3 3 No Shopping Jardins há uma propaganda do MC

Donald que registra o plural de hambúrguer (hambúrguers) – o correto é hamburgueres.

4 4 Minha mãe teve dois filhos. As duas gravidezes foram difíceis. A palavra gravidez é invariável quanto à sua pluralização, assim como giz e arroz.

3. Julgue os itens como verdadeiros ou falsos:

0 0 “A testemunha do crime, um homem de 80 anos, negou-se a depor”. O termo destacado tem como finalidade explicitar a quem se refere a testemunha, já que testemunha é um substantivo sobrecomum.

1 1 O substantivo guaraná é masculino então é errado falar: – A guaraná está gelada?

2 2 O plural de cidadão é cidadões.3 3 Alguns substantivos têm mais de uma forma para o

plural, como hífen (hífenes ou hifens) ancião (anciãos, anciões ou anciães).

4 4 Os substantivos terminados em “il” fazem o plural trocando o “l” por “s” (quando oxítonos) ou trocando o “il” por “eis” (quando paroxítonos).

4. Em relação ao texto abaixo julgue os itens (V) verdadeiro ou (F) falso:

Correnteza

1a A correnteza do riovai levando aquela floro meu bem já está dormindozombando do meu amor

2a

na barranceira do rioo ingá se debruçoue a fruta que era maduraa correnteza levou

3a e choveu uma semanae eu não vi o meu amoro barro ficou marcadoaonde a boiada passou

4a depois da chuva passadacéu azul se apresentoulá na beira da estradavem vindo o meu amor

5a a correnteza do riovai levando aquela flore eu adormeci sorrindosonhando com nosso amorô dandá, ô dandá

Tom Jobim / Luiz Bonfá

0 0 Os substantivos destacados no texto são todos concretos de existência real.

1 1 Existe um substantivo coletivo no texto.2 2 O substantivo concreto flor é masculino.3 3 O substantivo céu é abstrato porque não pegamos

no céu.4 4 O texto é marcado por substantivos concretos.

5. Julgue os itens como verdadeiros ou falsos, em relação ao plural das palavras dadas:

0 0 O substantivo sol não tem plural porque só existe um único sol.

1 1 O plural de troféu é troféis.2 2 Os substantivos terminados em “r” acrescenta-se

es, porém qualquer faz plural quaisquer.3 3 O plural de projetil é projéteis.4 4 Os substantivos terminados em x ficam

invariáveis ao passarmos para o plural.

6. Julgue os itens abaixo como verdadeiros ou falsos quanto à classificação e o gênero dos substantivos:

0 0 Debaixo dos bambuzais havia um arvoreado baixo e esparso. Os substantivos sublinhados são derivados.

1 1 Todos do elenco conheciam o repertório do autor. Os substantivos sublinhados são coletivos.

2 2 Nos versos “Que se amor não se perde em vida ausente, / Menos se perderá por morte escura: / porque, enfim, a alma, vive eternamente, / E amor é efeito de alma, e sempre dura.” (Luiz de Camões). As palavras sublinhadas são substantivos.

3 3 “Homem culto, de incrível curiosidade intelectual, Fernando Pessoa desdobrou-se em vários heterônimos dos quais os mais significativos são Álvaro de Campos...”. O substantivo grifado é abstrato.

4 4 Alguns substantivos mudam de sentido na mudança de gênero, tais como o cliente, o estepe, o champanha, o guia.

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* Texto para as questões de 7 a 10.

Ha! Ha! Benfeitores(Luiz Caldas)

A descaração é o espelhoDa sociedade. A fome meu irmãoJá não é mais novidadeA declaração, é o flagelo da humanidadePague meu irmão, depois fique na saudadeSão pautas sem clave, enclave da NaçãoAmenidades dispersas na multidãoMatar a maldade e a fomeMas não tem pão, só restaO gostinho salgado da solidãoA reclamação pode ser um pulo pra felicidadeQualquer arrumaçãoÉ como prova de vaidadeSer patriota ou nãoÉ conviver com essa verdadeRuir a construção, da corrupçãoOu de qualquer maldadeBarracos na chuvaParecem papelãoSão sofredores incertos da evoluçãoMinistros sinistrosDão gritos na escuridãoFazem promessas incríveis pra multidãoHa! Aglomeração de benfeitoresNessa cidade, luz, água e conduçãoEstá longe da realidade,Se ajoelha pra cruzÉ o que resta pra todas idadesDistante dos azuisA gente sonha com qualquer beldade

7. Julgue os itens:

0 0 O texto apresenta alguns defeitos que nossa sociedade apresenta.

1 1 O autor caracteriza a “descaração” como o espelho da sociedade e a “declaração”, como flagelo da humanidade.

2 2 A postura do autor em relação aos defeitos da nossa sociedade é de revolta contra tudo aquilo que entrava o progresso da nação.

3 3 ironicamente, o autor refere-se, como benfeitores, aqueles que fazem falsas promessas.

4 4 O autor coloca em evidência o problema da alimentação nos versos 8, 9 e 10.

8. Julgue os itens:

0 0 O autor coloca em evidência o problema da moradia nos versos 25 e 26.

1 1 Em “Nessa cidade, luz, água e condução está longe da realidade”, o verbo, sublinhado revela uma perfeita concordância verbal, demonstrando uma linguagem culta.

2 2 Enclave (por analogia com clave), está usado em lugar de entrave (= obstáculo).

3 3 Em “A declaração pague meu irmão, depois fique na saudade”, o autor se refere a perder tudo; deixar que fique tudo por si mesmo, no esquecimento.

4 4 Em “Ruir a construção, da corrupção / ou de qualquer maldade”, “Dão gritos na escuridão / Fazem promessas incríveis pra multidão”, o autor denuncia a desonestidade e as falsas promessas.

9. Julgue os itens:

0 0 “Ou de qualquer maldade” (linha 17). Temos respectivamente, conjunção, preposição, pronome indefinido e substantivo.

1 1 “A declaração é o flagelo da humanidade”: O termo grifado é uma locução adjetiva.

2 2 “Pague meu irmão, depois fique na saudade” (linha 5): Os verbos estão no modo subjuntivo.

3 3 “corrupção”, “multidão” e “evolução” expressam idéia de aumentativo.

4 4 “Matar a maldade e a fome” (linha 8). Os substantivos destacados são abstratos.

10. Julgue os itens:

0 0 Ao passarmos a frase “Os dois funcionários devem rever o processo”, obtém-se esta forma verbal: Devem rever.

1 1 “Eles __________ a casa do necessário”. A lacuna deve ser completada com o verbo provêm.

2 2 Nas frases abaixo.I – Não a vi ontem.II – Iremos a Santos.III – O presidente assistirá ao desfile.IV– Tratava-se de assuntos financeiros.

Podemos observar que apenas três delas não podem passar para a voz passiva.

3 3 “Não te laves”. Passando para o imperativo afirmativo teremos: Lava-te tu.

4 4 Em “Distante dos azuis”, a palavra grifada é adjetivo.

* Texto para as questões de 11 a 13.

A primeira vez em que fui a um zoológico (zoológico modesto, de cidade pequena), menino ainda, cada um dos bichos era uma novidade espantosa. O fascínio que me provocavam o quati arisco, a siriema de olho hostil, a gorda capivara junto a um tanque diminuto foi sendo substituído, porém, por uma sensação mais vaga, difícil de definir. Chamá-la de tristeza seria exagero, naquela tarde alegre; a palavra perturbação estará mais próxima da verdade. Mas por que e de onde vinha aquela perturbação?

Vinha (só hoje é que posso explicar) do contraste entre a excitação de quem ia conhecendo tantos bichos e a resignação com que cada um deles se movia no espaço cercado. Era como se cada um deles estivesse ali sem estar inteiramente ali. Naqueles cubículos, os bichos eram menos bichos, reduzidos a atração para público. Quanto sobra realmente, de um

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quati, de uma siriema, de uma capivara, quando o homem lhe rouba a natureza, e os confina, e os exibe? Essa é a perturbação que me acompanha até hoje, quando visto os bichos encarcerados. A palavra tristeza continua sendo excessiva para traduzir minha própria sensação, mas é insuficiente para expressar o estado de ânimo em que fizemos mergulhar os inocentes prisioneiros.

(Celso de Oliveira, inédito)

11. Considere as seguintes afirmações:

0 0 As palavras excitação e tristeza estados de espírito semelhantes, experimentados pelo autor quando menino.

1 1 O estado de perturbação do menino que visitou pela primeira vez um zoológico deveu-se ao fascínio de conhecer vários bichos.

2 2 O texto nos mostra como uma mesma palavra ora vai além, ora fica aquém do que queremos expressar.

3 3 Em “Essa é uma perturbação que me acompanha até hoje”, essa e hoje pertencem a mesma classe gramatical.

4 4 A tristeza do menino deveu-se, também, a condição de miserabilidade do zoológico.

12. Julgue os itens:

0 0 A resignação é uma característica natural dos bichos, que se desenvolve plenamente quando ficam confinados.

1 1 Há sensações que precisam de longo tempo para serem reconhecidas e explicadas em termos precisos.

2 2 Quando em cativeiro, os bichos perdem grande parte do que é próprio à sua natureza.

3 3 Já adulto, o autor continua a sentir a mesma perturbação de quando visitou um zoológico pela primeira vez.

4 4 O autor deixa entender que é possível conhecer um bicho em sua plenitude quando está confinado.

13. Julgue os itens:

0 0 “A primeira vez em que fui a um zoológico...” (1º período) Os termos grifados pertencem à mesma classe gramatical.

1 1 “Chamá-la” (linha 8) Ocorre ênclise por que não existe palavra atrativa e não podemos iniciar uma frase com pronome oblíquo.

2 2 “quando o homem lhe rouba a natureza” (linhas 19 e 20) Contraindo-se os termos grifados teremos: “quando o homem lha rouba”.

3 3 “Essa é a perturbação que me acompanha até hoje”. (linha 21) O pronome empregado deveria ser esta, pois refere-se a algo que será mencionado.

4 4 Os verbos: provocaram e estará (retirados do texto) estão na forma arrizotônica.

14. Julgue os itens:

0 0 Confia-se em você! O verbo está na voz passiva sintética.

1 1 “Alugam-se roupas finas” A voz é passiva sintética.

2 2 “Ele mantera o acordo”. O verbo está flexionado no pretérito mais-que-perfeito.

3 3 Passando a frase “Os alunos analisarão a questão” para a voz passiva sintética, obtém-se a forma verbal: analisar-se-á.

4 4 Na campanha política de Almeida Lima, divulga-se “Diga-me com quem andas e te direi quem és”. Não há correlação entre pessoa e verbo.

* Texto para as questões 15 e 16

OLHOS DE RESSACA

Enfim chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...

As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.

Machado de Assis – Dom Casmurro

15. Julgue os itens:

0 0 Contamos, no total, três substantivos no primeiro período.

1 1 “Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos.” (2º período) As palavras destacadas pertencem à mesma classe gramatical.

2 2 “... Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...” (1º parágrafo) As palavras destacadas são pronomes.

3 3 “saltassem” (1º parágrafo) e “quisesse” (2º parágrafo) Os verbos encontram-se flexionados no pretérito imperfeito do subjuntivo.

4 4 “... os olhos de Capitu fitavam o defunto” (2º parágrafo); “... mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora,...” (2º parágrafo) As palavras destacadas são substantivos.

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16. Julgue os itens:

0 0 “O carteiro não havia entregue a carta”. O particípio do verbo entregar foi empregado incorretamente.

1 1 O plural dos substantivos guarda-sol, guarda-mor e guarda-noturno é, respectivamente: guardas-sóis, guardas-mores e guardas-noturnos.

2 2 Passando para o plural a frase “Fala a verdade sobre o acordo luso-brasileiro” teremos “Falas a verdade sobre os acordos luso-brasileiros.”

3 3 Dirijo-me a Vossa Senhoria, a fim de solicitar o vosso apoio. O pronome destacado foi mal empregado.

4 4 Esse documento que tens à mão é especial, Pedrinho. O pronome foi empregado incorretamente. Deveria ser empregado “Este”.

* Texto para a questão 17.

Ia a entrar na sala de visitas, quando ouvi proferir o meu nome e escondi-me atrás da porta. A casa era a da Rua de Matacavalos, o mês novembro, o ano é que é um tanto remoto, mas eu não hei de trocar as datas à minha vida só para agradar às pessoas que não amam histórias velhas; o ano era de 1857.

- D. Glória, a senhora persiste na idéia de meter o nosso Bentinho no seminário? É mais que tempo, e já agora pode haver uma dificuldade.

- Que dificuldade?- Uma grande dificuldade.Minha mãe quis saber o que era. José Dias,

depois de alguns instantes de concentração, veio ver se havia alguém no corredor; não deu por mim, voltou e, abafando a voz, disse que a dificuldade estava na casa ao pé, a gente do Pádua.

- A gente do Pádua?- Há algum tempo estou para lhe dizer isto,

mas não me atrevia. Não me parece bonito que o nosso Bentinho ande metido nos cantos com a filha do Tartaruga, e esta é a dificuldade, porque se eles pegam de namoro, a senhora terá muito que lutar para separá-los.

- Não acho. Metidos nos cantos?- É um modo de falar. Em segredinhos, sempre

juntos. Bentinho quase que não sai de lá. A pequena é uma desmiolada; o pai faz que não vê; tomara ele que as cousas corressem de maneira, que... Compreendo o seu gesto; a senhora não crê em tais cálculos, parece-lhe que todos têm a alma cândida...

- Mas, Sr. José Dias, tenho visto os pequenos brincando, e nunca vi nada que faça desconfiar. Basta a idade; Bentinho mal tem quinze anos. Capitu fez quatorze à semana passada; são dois criançolas. Não se esqueça que foram criados juntos, desde aquela grande enchente, há dez anos, em que a família Pádua perdeu tanta cousa; daí vieram as nossas relações. Pois eu hei de crer?... Mano Cosme, você que acha?

Tio Cosme respondeu com um ‘Ora!’ que, traduzido em vulgar, queria dizer: “São imaginações do José Dias; os pequenos divertem-se, eu divirto-me; onde está o gamão?”

- Sim, creio que o senhor está enganado.- Pode ser, minha senhora. Oxalá tenham

razão; mas creia que não falei senão depois de muito examinar...

- Em todo caso, vai sendo tempo, interrompeu minha mãe; vou tratar de metê-lo no seminário quanto antes.

17. Julgue os itens:

0 0 “atrever” e “dizer” são verbos irregulares.1 1 Contamos, no total, quatro substantivos no

primeiro período.2 2 “A pequena é uma desmiolada”. (9º parágrafo)

As palavras destacadas pertencem à mesma classe gramatical.

3 3 “... os pequenos divertem-se...” a palavra destacada exerce a função morfológica de adjetivo.

4 4 A frase “Não procures a felicidade nem deixes que ela se instale em teu coração.” está no imperativo negativo. No imperativo afirmativo, mantendo-se a mesma pessoa gramatical, seria: Procura a felicidade e deixai que ela se instale em teu coração.

18. Julgue os itens abaixo:

0 0 “Saia do aluguel – vem que o apartamento é seu”. (Propaganda em out-door divulgada em Aracaju) não existe correlação entre pessoa gramatical e verbo.

1 1 A frase “Apiedei-me; tomei-a na palma da mão e fui depô-la no peitoral da janela.” apresenta verbos no pretérito perfeito. Reescrita com os verbos no presente do indicativo fica assim: Apiedo-me, tomo-a na palma da mão e vou depô-la no peitoral da janela.

2 2 “É conveniente que nós atenuemos as críticas que temos feito a ele.”O verbo sublinhado é forma adequada do presente do subjuntivo.

3 3 “Às terças-feiras, saem jornaizinhos que orientam os cidadões sobre o assunto”. Os plurais empregados estão gramaticalmente corretos.

4 4 Na frase “Compareci àquelas solenidades cívico-religiosas, onde predominam tons azul-marinho”, a pluralização dos adjetivos compostos está correta.

* Texto para as questões 19 e 20.

“Navegar é preciso, viver não é preciso”. Esta frase de antigos navegadores portugueses, retomada por Fernando Pessoa, por Caetano Veloso sabe-se lá por quantos mais outros ou reinventores, ganha sua última versão no âmbito da informática, em que o termo navegar adquire outro e preciso sentido.

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Na nova acepção, em tempos de internet, o lema parece mais afirmativo do que nunca. Os olhos que hoje vagueiam pela tela iluminada do monitor já não precisam nem de velas, nem de versos, nem de fados: da vida, só querem o cantinho de um quarto, de onde fazem o mundo flutuar em mares de virtualidade nunca dantes navegados.

19. Julgue os itens:

0 0 Pode-se afirmar que a significação das palavras constitui um processo dinâmico e supõe o reconhecimento histórico de seu emprego.

1 1 As expressões “velas”, “fados” e “nunca dantes navegados” ligam-se ao contexto primitivo do velho lema.

2 2 Desligando-se de suas raízes, as palavras apresentam-se esvaziadas de qualquer sentido.

3 3 A construção “Os olhos (...) já não precisam” é exemplo de metonímia.

4 4 A construção “nem de velas, nem de versos, nem de fados”, apóia-se em antíteses.

20. Julgue os itens como verdadeiros ou falsos, em relação à classificação morfológica das palavras destacadas no texto.

0 0 “não” (. 1) e “mais” (. 4) advérbios.1 1 “ou” (. 4) conjunção.2 2 “no” e “da” contrações de preposição com

artigo.3 3 “que” (. 9) e “onde” (. 12) pertencem à

classes gramaticais diferentes.4 4 “Na nova acepção” (. 7) temos,

respectivamente, um substantivo e um adjetivo.

21. Em relação ao estudo dos homônimos e parônimos, julgue os itens abaixo como verdadeiros (escritos corretamente em relação ao sentido) ou falsos (para os que não estão empregados corretamente)

0 0 O prefeito discorda com a cessão do terreno àquela instituição.

1 1 O expectador comoveu-se ante a cena que presenciava.

2 2 Havia ali uma cultura de feijão incipiente, ainda insuficiente para alimentar aquela família.

3 3 O diretor queria prorrogar seu mandato.4 4 Foi suspenso por infligir o regulamento.

* Texto para as questões 22 e 23.

“Vivemos mais uma grave crise, repetitiva dentro do ciclo de graves crises que ocupa a energia desta nação. A frustração cresce e a desesperança não cede. Empresários empurrados à condição de liderança oficial se reúnem, em eventos como este, para lamentar o estado das coisas. O que dizer sem resvalar para o pessimismo, a crítica pungente ou a auto-absolvição?

É a história do mundo que as elites nunca introduziram mudanças que favorecessem a sociedade como um todo. Estaríamos nos enganando se achássemos que estas lideranças empresariais aqui reunidas teriam a motivação para fazer a distribuição de poderes e rendas que uma nação equilibrada precisa ter. aliás, é ingenuidade imaginar que a vontade de distribuir renda passe pelo empobrecimento da elite. É também ocioso pensar que nós, da tal elite, temos riqueza suficiente para distribuir. Faço sempre, para meu desanimo, a soma do faturamento das nossas mil maiores e melhores empresas japonesas. Digamos, a Mitsubishi e mais um pouquinho. Sejamos francos. Em termos mundiais somos irrelevantes como potência econômica, mas ao mesmo tempo extremamente representativos como população”.

(“Discurso de Semler aos empresários”, Folha de S. Paulo)

22. Segundo se depreende do texto, é possível afirmar que:

0 0 No Brasil, só não há melhor distribuição de renda porque não é do interesse das elites, nem têm elas possibilidade de favorecer essa distribuição.

1 1 Nenhum povo é capaz de alterar suas estruturas sem o apoio das elites.

2 2 As elites empresariais, produzindo riquezas, aceleram as mudanças sociais.

3 3 Em qualquer tempo, as elites sempre se dispõem a participar do processo de distribuição de renda.

4 4 Não é próprio das elites lançar projetos que estimulem mudanças na sociedade como um todo.

23. O texto permite afirmar que:

0 0 O ciclo de crises vivido pelo Brasil constitui outra forma de desgaste e de consumo de nossas energias.

1 1 Economicamente, o Brasil não tem relevo como potência de primeira ordem.

2 2 As dificuldades do Brasil são conjunturais e se devem especialmente às pressões internacionais.

3 3 As indústrias de ponta no Brasil estão entre as que têm mais alto faturamento universal.

4 4 Só o idealismo do empresariado brasileiro pode reerguer nosso potencial econômico.

24. Julgue os itens acerca de VERBO:

0 0 “Prepara-te para os tempos que virão”. O pronome te é da 2ª pessoa do singular. Isto significa que o falante está tratando o ouvinte de VOCÊ.

1 1 Na frase “Senta-te, pega tua prova, lê-a e restringe-te a responder o que te foi proposto”, há uniformidade de tratamento.

2 2 “Todos perceberam que João Fanhoso dera rebate falso”. A forma verbal sublinhada está no pretérito imperfeito do indicativo.

3 3 A frase “Procura a felicidade e deixa que ele se

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instale em teu coração”, está no imperativo afirmativo. No imperativo negativo (mantida a mesma pessoa gramatical), ela ficaria: “Não procures a felicidade nem deixes que ela se instale em teu coração.”

4 4 As formas verbais: penteie, freiem, presenteemos e passeei estão corretas.

25. Sobre ADJETIVO E ARTIGO, julgue os itens:

0 0 Em “relações euro-africanas” e “reuniões latino-americanas”, a flexão do adjetivo composto está correta.

1 1 No último período do texto, há um exemplo de superlativo absoluto analítico: “extremamente representativos”.

2 2 “uniformes laranjas” e “tons rosas” pluralizam corretamente “uniforme laranja” e “tom rosa”.

3 3 “As pessoas cujos os nomes constam da lista serão atendidas”. O uso do artigo entre o pronome “cujos” e o substantivo seguinte é incorreto.

4 4 “Eu não concordo com sua opinião”. “Eu não concordo com a sua opinião”. As duas orações estão corretas.

* Texto para as questões de 26 a 28.

ANTÍTESE

CINTILA a festa nas salas!Das serpentinas de prataJorram luzes em cascataSobre sedas e rubins,Soa a orquestra... Como silfosNa valsa os pares perpassam,Sobre as flores, que se enlaçamDos tapetes nos coxins.

Entanto a névoa da noiteNo átrio, na vasta rua,Como um sudário flutuaNos ombros da solidão.E as ventanias errantes,Pelos ermos perpassando,Vão se ocultar soluçandoNos antros da escuridão.

Tudo é deserto... somenteÀ praça em meio se agitaDúbia forma que palpita,Se estorce em rouco estertor.- Espécie de cão sem donoDesprezado na agonia,Larva da noite sombria,Mescla de trevas e horror.

É ele o escravo maldito,

O velho desamparado,Bem como o cedro lascado,Bem como o cedro no chão.Tem por leito de agoniasAs lájeas do pavimento,E como único lamentoPassa rugindo o tufão.

Chorai, orvalhos da noite,Soluçai, ventos errantes.Astros da noite brilhantesSede os círios do infeliz!Que o cadáver insepulto,Nas praças abandonado,É um verbo de luz, um bradoQue a liberdade prediz.

Castro Alves (Obras completas)

26. Julgue os itens:

0 0 Em “Chorai orvalhos da noite / Soluçai ventos errantes”, se empregou a prosopopéia ou personificação.

1 1 No poema “Antítese”, a começar pelo título, o poeta aponta duas situações distintas: a alegria dos pares na valsa e a solidão do escuro desamparado.

2 2 Nos versos 27 e 28, o poeta utiliza um elemento comparativo como recurso expressivo, estabelecendo uma relação entre utilidade e desgaste.

3 3 A causa defendida por Castro Alves ia ao encontro de interesses escravocratas.

4 4 “Bem como o cedro lascado, / Bem como o cedro no chão”. Nestes versos o poeta fez uso da metáfora.

27. O cadáver insepulto é, para o poeta, “um verbo de luz, um brado que a liberdade prediz”, porque:

0 0 traduz o lamento do escravo maldito.1 1 representa o desprezo dos senhores escravocratas.2 2 simboliza um grito de dor do velho desamparo.3 3 anuncia a liberdade conquistada através da morte.4 4 concretiza o ideal abolicionista atingido pelo

escravo morto.

28. Julgue os itens

0 0 O “escravo” e “velho” (4ª estrofe) pertencem a mesma classe gramatical.

1 1 “vasta”, “errantes” e “ermos” (2ª estrofe) são adjetivos.

2 2 “Sede os círios do infeliz” (4º verso – 5ª estrofe) – A palavra destacada é um substantivo derivado.

3 3 “Das serpentinas de prata” (1ª estrofe); “névoa da noite” (2ª estrofe). Os termos destacados são locuções adjetivas.

4 4 “Tudo é deserto” (3ª estrofe); “Desprezado na agonia” (3ª estrofe) – os termos destacados pertencem à mesma classe gramatical.

29. Julgue os itens a cerca de ADJETIVO

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0 0 “simples exercício” e “exercício simples” não têm o mesmo significado.

1 1 O plural de “vestido verde-cana” é “vestidos verdes-cana”.

2 2 As expressões amabilíssimo, acérrimo, humílimo são característicos elevados ao mais alto grau de intensidade.

3 3 Novo Milka Morango – o sonho de toda mulher: bonito, gostoso e com recheio. “com recheio” é locução adjetiva.

4 4 “blusas laranja” é forma incorreta de pluralizar “blusa-laranja”.

* Texto para a questão 30.

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Aquela situação, eu e ela dentro do restaurante, me aborrecia. Depois ia ser bom. Mas conversar com Ângela não significa mais nada para mim, naquele momento interlocutório.

O que é que você faz?Controlo a distribuição de tóxicos na zona sul,

eu disse.Você pode ser um industrial.

Escolhe a sua hipótese. Eu escolhi a minha, eu disse.

Industrial.Errou. Traficante. E não estou gostando desse

facho de luz sobre a minha cabeça. Me lembra as vezes em que fui preso.

Não acredito numa só palavra do que você diz.Foi a minha vez de fazer uma pausa.Você tem razão. É tudo mentira. Olha bem para

o meu rosto. Vê se você consegue descobrir alguma coisa, eu disse.

Ângela tocou de leve no meu queixo, puxando o meu rosto para o raio de luz que descia do teto e me olhou intensamente.

Não vejo nada. Teu rosto parece o retrato de alguém fazendo pose, um retrato antigo de um desconhecido, disse Ângela.

Ela também parecia o retrato antigo de um desconhecido.

Olhei o relógio.Vamos embora?, eu disse.Entramos no carro.Às vezes a gente pensa que uma coisa vai dar

certo e dá errado, disse Ângela.O azar de um é a sorte de outros, eu disse.A lua punha na lagoa uma esteira prateada que

acompanhava o carro. Quando eu era menino e viajava de noite a lua sempre me acompanhava, varando as nuvens, por mais que o carro corresse.

Vou deixar você um pouco antes da sua casa, eu disse.

Por quê?Sou casado. O irmão da minha mulher mora no

teu edifício.Não é aquele que fica na curva? Não gostaria

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que ele me visse. Ele conhece o meu carro. Não há outro igual no Rio.

A gente não vai se ver mais?, Ângela perguntou.Acho difícil.Todos os homens se apaixonam por mim.Acredito.E você não é lá essas coisas. O teu carro é

melhor do que você, disse Ângela.Um completa o outro, eu disse.Ela saltou. Foi andando pela calçada,

lentamente, fácil demais, e ainda por cima mulher, mas eu tinha que ir logo para casa, já estava ficando tarde.

Apaguei as luzes e acelerei o carro. Tinha que bater e passar por cima.

Não podia correr o risco de deixa-la viva. Ela sabia muita coisa a meu respeito, era a única pessoa que havia visto o meu rosto, entre todas as outras. E conhecia também o meu carro. Mas qual era o problema? Ninguém havia escapado.

Bati em Ângela com o lado esquerdo do pára-lama, jogando o seu corpo um pouco adiante, e passei, primeiro com a roda da frente – e senti o som surdo da frágil estrutura do corpo se esmigalhando – e logo atropelei com a roda traseira, um golpe de misericórdia, pois ela já estava liquidada, apenas talvez ainda sentisse um distante resto de dor e perplexidade.

Quando cheguei em casa minha mulher estava vendo, um filme colorido, dublado.

Hoje você demorou mais. Estava muito nervoso?, ela disse.

Estava. Mas já passou. Agora vou dormir. Amanhã vou ter um dia terrível na companhia.

(Rubem Fonseca. Passeio Noturno (parte 2)

In: Feliz Ano Novo).

30. Julgue os itens abaixo como verdadeiros ou falsos:

0 0 “aborrecia” (. 2) está no pretérito imperfeito do indicativo.

1 1 “Ela também parecia o retrato antigo de um desconhecido.” – o vocábulo destacado trata-se de um adjetivo.

2 2 “mora” (. 41) e “conhece” (. 44) estão flexionados no mesmo tempo e modo.

3 3 “Bati em Ângela com o lado esquerdo do pára-lama” (. 64-65) – o termo destacado é um substantivo composto cujo plural é pára-lamas.

4 4 “Não gostaria que ele me visse” (. 43-44) – Os verbos destacados estão no futuro do presente e no pretérito imperfeito do subjuntivo.

31. Julgue os itens abaixo como verdadeiros ou falsos:

0 0 Os substantivos cânon, cútis e obus fazem plural cânones, cutises e obuses.

1 1 Os substantivos omoplata, elipse e aluvião são masculinos.

2 2 Heterônimos ou desconexos são os substantivos

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que apresentam o mesmo radical para designar os sexos, como nos substantivos garoto e garota.

3 3 Há substantivos cujo sentido varia conforme a flexão masculino ou feminina. É o que acontece com os substantivos o lente e a lente.

4 4 Podem ser considerados masculinos ou femininos os substantivos: personagem e usucapião.

32. Em relação à flexão dos substantivos, julgue os itens como verdadeiros (sem erro) ou falsos (com erro).

0 0 Os substantivos choro, ovo e reforço possuem plural metafônico.

1 1 O plural dos substantivos papelzinho e animalzinho é, respectivamente, papeizinhos e animaizinhos.

2 2 Nos últimos tempos, nosso léxico tem incorporado muitos substantivos de origem estrangeira. Alguns mantêm sua forma original, como, por exemplo, outdoor, shopping center; outros já se aportuguesaram e se flexionam em número coo os demais substantivos de nossa língua: pôster – pôsteres, frízer – frízeres, chibúrguer – chisbúrgueres.

3 3 Os substantivos réptil e projétil têm dois plurais possíveis: répteis – reptis, projéteis – projetis.

4 4 O plural de arroz é os arroz.

33. Assinale a alternativa correta quanto à flexão dos substantivos:

a) os longas-metragens, os cola-tudo, os bem-te-visb) os matas-ratos, os puro-sangue, os pés-de-ventosc) os sem-vergonhas, os levas-e-traz, os altos-falantesd) os exemplares-cortesia, os vices-prefeitos, os

novos-ricos

* Texto para as questões de 34 a 36.

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Não possuímos a história dos escravos, nem a dos servos, nem a dos trabalhadores vencidos – não só suas ações não são registradas pelo historiador, mas os dominantes também não permitem que restem vestígios (documentos, monumentos) dessa história. Por isso os dominados aparecem nos textos dos historiadores sempre a partir do modo como eram vistos e compreendidos pelos próprios vencedores.

O vencedor ou poderoso é transformado em único sujeito da história, não só porque impediu que houvesse a história dos vencidos (ao serem derrotados, os vencidos perderam o “direito” à história), mas simplesmente porque sua ação histórica consiste em eliminar fisicamente os vencidos ou, então, se precisa do trabalho deles, elimina sua memória, fazendo com que se lembrem apenas dos feitos dos vencedores. Não é assim, por exemplo, que os estudantes negros ficam sabendo que a Abolição foi um feito da Princesa Isabel? As lutas dos escravos estão sem registro e tudo que delas sabemos está registrado pelos senhores brancos. Não há direito à memória para o negro. Nem para o índio. Nem para os camponeses. Nem para os operários.

História dos “grandes homens”, dos “grandes

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feitos”, das “grandes descobertas”, dos “grandes progressos”, a ideologia nunca nos diz o que são esses “grandes”. Grandes em quê? Grandes por quê? Grandes em relação a quê? No entanto, o saber histórico nos dirá que esses “grandes”, agentes da história e do progresso, dominantes, cuja “grandeza” depende sempre da exploração e dominação dos “pequenos”. Aliás, a própria idéia de que os outros são os “pequenos” já é um pacto que fazemos com a ideologia dominante.

Graças a esse tipo de história, a ideologia burguesa pode manter sua hegemonia mesmo sobre os vencidos, pois estes interiorizam a suposição de que não são sujeitos da história, mas apenas seus pacientes.

34. Julgue os itens:

0 0 No primeiro período contamos onze substantivos.1 1 O substantivo “historiadores” (. 7) termina em r,

fazendo o plural acrescentado-se es.2 2 “Poderoso” (. 10) é um adjetivo.3 3 “Homens” (. 26) e “feitos” (. 27) pertencem à

mesma classe gramatical. 4 4 O substantivo “abolição” (. 20) faz plural

“aboliçães”.

35. Julgue os itens:

0 0 Alguns substantivos têm mais de uma forma para o plural, como ermitãos, ermitões e ermitães.

1 1 O plural de álcool e paul é feito, retirando o “l” e acrescentando “is”.

2 2 O plural de réptil é reptis.3 3 O substantivo espécimen tem dois plurais

possíveis: especímenes ou especimens.4 4 Os substantivos terminados em “s” monossílabos

tônicos ou oxítonos ficam invariáveis.

36. Julgue os itens:

0 0 “o vencedor ou poderoso” (. 10) – Ocorre derivação imprópria, isto é, vencedor e poderoso são substantivos.

1 1 O verbo “houvesse” (. 12) está no pretérito imperfeito do subjuntivo.

2 2 História dos “grandes homens”, dos “grandes feitos”... “a ideologia nunca nos diz o que são esses grandes” (3o parágrafo) – Os termos destacados são adjetivos uniformes.

3 3 No 3o parágrafo existe um verbo no futuro do presente do indicativo.

4 4 Contamos, ao total, nove substantivos no 1o

período.

37. Em relação à flexão dos nomes compostos, julgue os itens como verdadeiros (sem erro) ou falsos (com erro):

0 0 Azulejos verde-limões.1 1 Livros médico-cirúrgicos.2 2 Os lero-leros das donas-de-casa.3 3 Os caminhos recéns-abertos.4 4 Os decretos-leis estavam escritos no quadros-

negros.

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38. Julgue os itens abaixo como verdadeiros (sem erro) ou falso (com erro), em relação ao estudo do adjetivo:

0 0 Um acordo entre o Brasil e a Itália é um acordo brasilo-italiano.

1 1 João é mais pequeno que o irmão – A forma mais pequeno é incorreta, devemos usar o superlativo sintético menor.

2 2 Seu comportamento foi mais mau que bom. A forma mais mau é correta comparando qualidade com qualidade.

3 3 Um tratado entre China e Vietnã é um tratado sino-vietnamita.

4 4 Os adjetivos terminados em io, não precedidos de e, fazem o superlativo sintético em iíssimo (seriíssimo).

* Texto para as questões de 39 a 41.

Havia à rua do Hospício, próximo ao campo, uma casa que desapareceu com as últimas reconstruções.

Tinha três janelas de peitoral na frente; duas pertencentes à sala de visitas; a outra a um gabinete contíguo.

O aspecto da casa revela, bem como seu interior, a pobreza de habitação.

A mobília da sala consistia em sofá, seis cadeiras e dois consolos de jacarandá, que já não conservavam o menor vestígio de verniz. O papel da parede de branco passara a amarelo e percebia-se que em alguns pontos já havia sofrido hábeis remendos.

O gabinete oferecia a mesma aparência. O papel que fora primitivamente azul tomara a cor de folha seca.

Havia no aposento uma cômoda de cedro que também servia de toucador, um armário de vinhático, uma mesa de escrever, e finalmente a marquesa, de ferro, como lavatório, e vestida de mosquiteiro verde.

Tudo isso, se tinha o mesmo ar de velhice dos móveis da sala, era como aquele cuidadosamente limpo e espanejado, respirando o mais escrúpulo asseio. Não se via uma teia de aranha na parede, nem sinal de poeira nos trastes. O soalho mostrava aqui e ali fendas na madeira; mas uma nódoa sequer não manchava as tábuas areadas.

Outra singularidade apresentava essa parte da habitação, era o frisante contraste que faziam com a pobreza carrança dos dois aposentos certos objetos, aí colocados, e de uso do morador.

Assim no recosto de uma das velhas cadeiras de jacarandá, via-se neste momento uma casaca preta, que pela fazenda superior, mas sobretudo pelo corte elegante e esmero do trabalho, conhecia-se ter o chique da casa de Raunier, que já era naquela tempo, o alfaiate da moda.

Ao lado da casa estava o resto de um trajo de baile, que todo ele saíra daquela mesma tesoura em voga; finíssimo chapéu claque do melhor fabricante de

Paris; luvas de Jouvin cor de palha; e um par de botinas como o Campas só fazia para os seus fregueses prediletos.

Sobre um dos aparadores tinham posto uma caixa de charutos de Havana, da marca mais estimada que então havia no mercado. Eram regalias como talvez só saboreavam nesse tempo os dez mais puros fumistas do império.

No velho sofá de palha escura, havia uma almofada de cetim azul bordada a froco e ouro. A mais suntuosa das salas do Rio de Janeiro não se arreava por certo com uma obra de tapeçaria, nem mais delicada, nem mais mimosa do que essa, trabalhada por mãos aristocráticas.

39. Considerando-se o texto, é correto afirmar que:

0 0 O texto é fundamentalmente uma narração.1 1 Ao apresentar o interior da casa, o autor visou,

essencialmente, a preparar o cenário no qual se desenrolaria a ação do romance.

2 2 Com base no que diz o autor, poder-se-ia deduzir que o morador estava em desacordo com o ambiente em que vivia.

3 3 É possível inferir-se alguns dados sobre os demais moradores da casa. Esses personagens seriam, em princípio, todos do sexo masculino.

4 4 O morador e as demais pessoas que com ele habitavam só se preocupavam com a aparência física.

40. Julgue os as afirmativas a seguir:

0 0 A apresentação pormenorizada e objetivas do cenário que caracteriza o trecho transcrito é uma marca basilar do romantismo.

1 1 O morador poderia ter sido escolhido como um dos dez homens mais elegantes do Rio de Janeiro, à época em que se desenrolaria a ação – era um dândi.

2 2 Poder-se-ia, desde logo, perceber que o morador era um homem que tinha ambições de riqueza.

3 3 Para poder vestir-se tão elegantemente, o morador tinha que abrir mão de certos conforto, comodidades domésticos.

4 4 Na noite anterior, o morador havia ido visitar um amigo recentemente chegado de Havana.

41. Julgue os itens a seguir:

0 0 No 1o parágrafo contamos, no total, cinco substantivos.

1 1 “... faziam com a pobreza carranca” (8o

parágrafo). O substantivo destacado é abstrato.2 2 O plural de chapéu (10o parágrafo) é chapéis.3 3 “No velho sofá” (último parágrafo); A palavra

destacada é um substantivo.4 4 No primeiro parágrafo do texto temos quatro

substantivos.

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42. Em relação à flexão do substantivo, julgue os itens como verdadeiros (sem erro) e falsos (com erro):

0 0 As bombas-relógio explodiram perto dos quebras-mares e espantavam os vira-latas.

1 1 Nos altares-mores havia rosas, sempre-vivas, copos-de-leite, miosótis e muitas outras flores.

2 2 Os salários-hora dos guarda-marinhas eram compensadores.

3 3 Os guardas-pós dos mestres-escolas estavam nas salas de aula.

4 4 Vimos os sacristães, os escrivãos e os tecelães ajudando os guarda-civis.

* Texto para as questões 43 a 45.

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Por vezes, a violência das desigualdades sociais mostra a cara – a cara violenta, ameaçadora, indisfarçável. Ganha, então, espaço nos jornais e na televisão. Chacina no presídio, “arrastão” na praia ou na praça, levante de menores internos: caras escancaradas da violência, lembrando-nos que há no Brasil a rotina da barbárie, que não é sempre notícia exatamente por ser rotina.

Por ser rotina, a mortalidade infantil – altíssima – não é notícia, o analfabetismo não é notícia; a fome não é notícia. O horário nobre da televisão é muito seletivo: é preciso que os cadáveres sejam muitos, que os assaltos sejam dezenas, que haja o incêndio total de um prédio público, que as epidemias exagerem nos números. Aí saberemos que o Brasil é um país de violências que por vezes nos olham nos olhos, sacodem nosso corpo, não sabemos até que ponto ameaçadores ou suplicantes. Os mais de cem mortos do presídio paulista, enfileirados no chão, nus e numerados como peças de gado, já não ameaçava ninguém, eram a súplica inútil.

A população maltratada do Brasil – a maioria dos brasileiros – reage ciclicamente aos maus tratos, erguendo o punho e matando, e matando-se. Fora dos caminhos da política institucional, ela escreve com violência a História de seu próprio violentamento. Não estranhemos essa violência, nós que lemos, que comemos, que moramos, que nos vestimos. Não é estranho que sejam violentos os que não lêem, os que comem pouco, os que não têm endereço e se cobrem com as sobras. Estranho é este país de terras férteis, litoral generoso e grandes fortunas acumuladas, que nunca soube oferecer à maioria de seus filhos a oportunidade de não precisarem da violência para provar que estão vivos, e que morrem.

43. Julgue os itens:

0 0 A violência é uma realidade insistente e diária, que se mostra todos os dias nos jornais, na TV, no cinema e rádios.

1 1 A violência das desigualdades sociais é rotineira e só é notícia quando se mostra ameaçadora e trágica.

2 2 A “rotina da barbárie” é somente exemplificada pela chacina do presídio em São Paulo – grande centro do Brasil.

3 3 A violência nunca chega a ser notícia, uma vez que os meios de comunicação censuram os fatos.

4 4 A expressão cara de violência é genérica e abstrata, já que não aponta exemplos concretos de sua manifestação.

44. Julgue os itens:

0 0 De acordo com o texto, a sociedade em seu todo, é extremamente sensível aos problemas sociais, já que os encara firmemente e propõe soluções.

1 1 Segundo o texto, a mortalidade infantil, a fome e o analfabetismo não são notícias porque já são passivamente aceitos como parte da realidade nacional.

2 2 Em “indisfarçável” temos uma derivação prefixal e sufixal.

3 3 Em “ciclicamente” temos uma derivação parassintética.

4 4 As aspas em “arrastão” indicam que a palavra está sendo usada em seu sentido próprio.

45. Julgue os itens:

0 0 “muito” (l. 12) e “muitos” (l. 13) são advérbios de intensidade.

1 1 “no chão” (l. 19-20) e “do Brasil” (l. 22) são equivalentes morfologicamente.

2 2 “brasileiros” (l. 23), “institucional” (l. 25) e “violentos” (l. 29) são adjetivos.

3 3 Os quês destacados no texto são pronomes relativos.

4 4 “à maioria de” (l. 33-34) e “nos olhos” (l. 16-17) são locuções conjuntivas.

46. Acerca dos aspectos gramaticais estudados, julgue os itens a seguir:

0 0 “Maria estudou muito e foi aprovada” e “Maria estudou muito e foi reprovada”. A conjunção e tem valores semânticos distintos.

1 1 “Um só aluno não nos prestou nenhuma colaboração”.“Compramos três cachorros-quentes e comemos apenas um”.“Um homem entrou em minha casa durante o dia”.Os termos destacados são numerais.

2 2 “Uns com tantoOutros tantos com algumMas a maioriaSem nenhum”.Examinando a estrofe Zé Kety, o tipo de pronome predominante é o indefinido.

3 3 Muita gente ainda morre de fome no Brasil. Há quem evite falar disso, a preposição de possui, respectivamente, valor de causa e assunto.

4 4 “A maior parte dos trabalhadores brasileiros não recebe um salário digno, mas enfrenta problemas de sobrevivência”.Houve emprego equivocado da conjunção prejudicando a compreensão e estruturação do período.

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* Texto para as questões 47 e 48.

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“Navegar é preciso, viver não é preciso”. Esta frase de antigos navegadores portugueses, retomada por Fernando Pessoa, por Caetano Veloso sabe-se lá por quantas mais outros ou reinventores, ganha sua última versão no âmbito da informática, em que o termo navegar adquire outro e preciso sentido.

Na nova acepção, em tempos de internet, o lema parece mais afirmativo do que nunca. Os olhos que hoje vagueiam pela tela iluminada do monitor já não precisam nem de velas, nem de versos, nem de fados: da vida, só querem o cantinho de um quarto, de onde fazem o mundo flutuar em mares de virtualidade nunca dantes navegados.

47. Julgue os itens:

0 0 Pode-se afirmar que a significação das palavras constitui um processo dinâmico e supõe o reconhecimento histórico de seu emprego.

1 1 As expressões “velas”, “fados” e “nunca dantes navegados” ligam-se ao contexto primitivo do velho tema.

2 2 Desligando-se de suas raízes, as palavras apresentam-se esvaziadas de qualquer sentido.

3 3 A construção “Os olhos (...) já não precisam” é exemplo de metonímia.

4 4 A construção “nem de velas, nem de versos, nem de fados”, apóia-se em antítese.

48. Julgue os itens como verdadeiros ou falsos, em relação à classificação morfológica das palavras destacadas no texto.

0 0 “não” (l. 1) e “mais” (l. 4) – advérbios.1 1 “ou” (l. 4) – conjunção.2 2 “no” e “da” (l. 5) – contrações de preposição com

artigo.3 3 “que” (l. 9) e “onde” (l. 12) – pertencem à classes

gramaticais diferentes.4 4 “Na nova acepção” (l. 7) – temos, respectivamente,

um substantivo e um adjetivo.

49. Em relação ao estudo dos homônimos e parônimos, julgue os itens abaixo como verdadeiros (escritos corretamente em relação ao sentido) ou falsos (para os que não estão empregados corretamente).

0 0 O prefeito discorda com a cessão do terreno àquela instituição.

1 1 O expectador comoveu-se ante a cena que presenciava.

2 2 Havia ali uma cultura de feijão incipiente, ainda insuficiente para alimentar aquela família.

3 3 O diretor queria prorrogar seu mandato.4 4 Foi suspenso por infligir o regulamento.

* Texto para as questões 50 e 51.

Quando Pádua, vindo pelo interior, entrou na sala de visitas. Capitu, em pé, de costas para mim, inclinada sobre a costura, como a recolhê-la, perguntava em voz alta.

- Mas, Bentinho, que protonotário apostólico?- Ora, vivam! Exclamou o pai.- Que susto, meu Deus!Agora é que o lance é o mesmo; mas se conto aqui,

tais quais, os dois lances de há quarenta anos, é para mostrar que Capitu não se dominava só em presença da mãe, o pai não lhe meteu mais medo. No meio de uma situação que me atava a língua, usava da palavra com a maior ingenuidade deste mundo. A minha persuasão é que o coração não lhe batia mais nem menos. Alegou susto, e deu à cara um ar meio enfiado; mas eu, que sabia tudo, vi que era mentira e fiquei com inveja. Foi logo falar ao pai, que apertou a minha mão, e quis saber porque a filha falava em protonotário apostólico. Capitu repetiu-lhe o que ouvira de mim, e opinou logo que o pai devia ri cumprimenta o padre em casa dele; ela iria à minha. E coligindo os petrechos da costura, enfiou pelo corredor, bradado infantilmente:

- Mamãe, jantar, papai chegou!MACHADO DE ASSIS, Dom Casmurro

50. A leitura do fragmento e de todo o romance permite afirmar:

0 0 Bentinho simboliza o indivíduo resistente às influências advindas das pessoas e das circunstâncias que o rodeiam.

1 1 As ações de Capitu retratam-na como uma personalidade que se impõe e que faz dela própria a autora do seu destino.

2 2 O recurso freqüente à fala direta das personagens dá-se em função de o autor imprimir naturalidade na divulgação do ideário religioso que pretende difundir.

3 3 Os flagrantes em que os dois protagonistas são surpreendidos põem em realce a dissimulação de Capitu, um dado importante em favor da idéia de traição alimentada por Bentinho.

4 4 O relato de experiências frustrantes constitui estratégia do eu-narrador para justificar o conflito existencial que o marca.

51. Considerando as afirmações sobre o texto acima, pode-se afirmar que:

0 0 A possibilidade de ascensão na carreira sacerdotal, sinônimo de projeção social e de vantagem econômica, faz crescer na mãe de Bentinho a vontade de enviá-lo ao seminário.

1 1 A ambiguidade da personagem feminina funciona como motivo para que conflitos e desajustes se instalem no espaço que deveria ser de harmonia e de realização pessoal.

2 2 A expressão “Alegou susto, e deu à cara um ar meio enfiado” retrata como todo o romance a esperteza de Capitu.

3 3 O uso dos dois pontos no primeiro parágrafo é para introduzir o discurso direto.

4 4 O episódio retratado nesse trecho mostra o comportamento dissimulado de Bentinho e a autenticidade de Capitu.

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52. Observe as afirmações abaixo e julgue os itens:

0 0 Em “O desagradável da questão era vê-lo de mau humor depois da troca de turno”, temos um exemplo de substantivação.

1 1 Nas orações “Este livro é melhor do que aquele” e “Este livro é mais lindo que aquele”, há os graus comparativos: de superioridade, respectivamente analítico e sintético.

2 2 O plural de tratado luso-brasileiro é tratados lusos-brasileiros.

3 3 A frase negativa que corresponde a “Arrepende-te dos teus atos” é: “Não te arrependas dos teus atos”.

4 4 “Sou do tempo em que se usava camisas brancas, calças azul-marinho e sapatos pretos como uniforme nos colégios estaduais”.O período acima está correto no tocante à flexão dos adjetivos.

53. Julgue os itens:

0 0 Quando confrontamos uma qualidade entre dois seres temos o grau comparativo; quando se enuncia a qualidade em grau elevado, sem compararmos dois seres, temos o grau superlativo.

1 1 As formas irregulares do superlativo absoluto sintético dos adjetivos bom, mau, grande, alto são respectivamente, ótimo, péssimo, máximo e muitíssimo alto.

2 2 Pezão é aumentativo de pé e belíssimo é superlativo relativo sintético de belo.

3 3 Em “Meu paletó ficou tremendamente ridículo”, temos um adjetivo no grau comparativo de superioridade.

4 4 As formas para o comparativo de superioridade de bom, mau, pequeno e grande são: melhor, pior, menor e maior.

* Texto para as questões 54 a 57.

Havia à rua do Hospício, próximo ao campo, uma casa que desapareceu com as últimas reconstruções.

Tinha três janelas de peitoril na frente; duas pertencentes à sala de visitas; a outra a um gabinete contíguo.

O aspecto da casa revelava, bem como seu interior, a pobreza de habitação.

A mobília da sala consistiu em sofá, seis cadeiras e dois consolos de jacarandá, que já não conservavam o menor vestígio de verniz. O papel da parede de branco passara a amarelo e percebia-se que em alguns pontos já havia sofrido hábeis remendos.

O gabinete oferecia a mesma aparência. O papel que fora primitivamente azul tomara a cor de folha seca.

Havia no aposento uma cômoda de cedro que também servia de toucador, um armário de vinhático, uma mesa de escrever, e finalmente a marquesa, de ferro, como o lavatório, e vestida de mosquiteiro verde.

Tudo isso, se tinha o mesmo ar de velhice dos móveis da sala, era como aquele cuidadosamente limpo e espanejado, respirando o mais escrupuloso asseio.

Não se via uma teia de aranha na parede, nem sinal de poeira nos trastes. O soalho mostrava aqui e ali fendas na madeira; mas uma nódoa sequer não manchava as tábuas areadas.

Outra singularidade apresentava essa parte da habitação; era o frisante contraste que faziam com a pobreza carrança dos dois aposentos certos objetos, aí colocados, e de uso do morador.

Assim no recosto de uma das velhas cadeiras de jacarandá, via-se neste momento uma casaca preta, que pela fazenda superior, mas sobretudo pelo corte elegante e esmero do trabalho, conhecia-se ter o chique da casa de Raunier, que já era naquele tempo, o alfaiate da moda.

Ao lado da casa estava o resto de um trajo de baile, que todo ele saíra daquela mesma tesoura em voga; finíssimo chapéu claque do melhor fabricante de Paris; luvas de Jouvin cor de palha; e um par de botinas como o Campas só fazia para os seus fregueses prediletos.

Sobre um dos aparadores tinham posto uma caixa de charutos de Havana, da marca mais estimada que então havia no mercado. Eram regalias como talvez só saboreavam nesse tempo os dez mais puros fumistas do império.

No velho sofá de palha escura, havia uma almofada de cetim azul bordada a froco e ouro. A mais suntuosa das salas do Rio de Janeiro não se arreava por certo com uma obra de tapeçaria, nem mais delicada, nem mais mimosa do que essa, trabalhada por mãos aristocráticas.

(Senhora – José de Alencar)

54. Considerando-se o texto, é correto afirmar que:

0 0 O texto é fundamentalmente uma narração.1 1 Ao apresentar o interior da casa, o autor visou,

essencialmente, a preparar o cenário no qual se desenrolaria a ação do romance.

2 2 Com base no que diz o autor, poder-se-ia deduzir que o morador estava em desacordo com o ambiente em que vivia.

3 3 É possível inferir-se alguns dados sobre os demais moradores da casa. Esses personagens seriam, em princípio, todos do sexo masculino.

4 4 O morador e as demais pessoas que com ele habitavam se preocupavam não só com a aparência física, como também com a higiene e a limpeza.

55. Julgue as afirmativas a seguir:

0 0 A apresentação pormenorizada e objetiva do cenário que caracteriza o trecho transcrito é uma marca basilar do romantismo.

1 1 O morador poderia ter sido escolhido como um dos dez homens mais elegantes do Rio de Janeiro, à época em que se desenvolvia a ação – era um dândi.

2 2 Poder-se-ia, desde logo, perceber que o morador era um homem que tinha ambições de riqueza.

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3 3 Para poder vestir-se tão elegantemente, o morador tinha que abrir mão de certos conforto comodidades domésticos.

4 4 Na noite anterior, o morador havia ido visitar um amigo recentemente chegado de Havana.

56. Julgue as afirmativas:

0 0 Os verbos do 1º parágrafo são, respectivamente, irregular e regular.

1 1 “revelava” (3º parágrafo) e “consistia” (4º parágrafo) – temos verbos de diferentes conjugações, mas que estão flexionados no mesmo tempo e modo.

2 2 “O papel que fora primitivamente azul...”. O verbo destacado tem o mesmo sentido que a do verbo destacado em: “Ele fora à Bahia passear”.

3 3 Existe no 8º parágrafo um verbo anômalo.4 4 “via-se neste momento uma casaca preta” (9º

parágrafo). O verbo em destaque encontra-se na voz passiva sintética.

57. Julgue as afirmativas:

0 0 “O aspecto da casa revelava, bem como seu interior, a pobreza de habitação” – O verbo está na voz ativa. Passando para a voz passiva, obtemos a seguinte forma verbal: foi revelada.

1 1 Contamos, no total, três verbos no 10º parágrafo.2 2 O gabinete oferecia a mesma aparência. O papel

que fora primitivamente azul tomara a cor de folha seca. Os verbos sublinhados encontram-se, respectivamente, no pretérito imperfeito e pretérito mais-que-perfeito.

3 3 “via-se neste momento uma casaca preta,...” (9º parágrafo). Passando para a voz passiva analítica teremos: “uma casaca preta era vista”.

4 4 “Sobre um dos aparadores tinham posto uma caixa de charutos de Havana”. Passando para a voz passiva, obtemos a seguinte forma verbal: tinha sido posta.

* Texto para as questões 58 e 59.

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Para o empregador moderno – assinala um sociólogo norte-americano – o empregado transforma-se em um simples número: a relação humana desapareceu. A produção em larga escala, a organização de grandes massas de trabalho e complicados mecanismos para colossais rendimentos, acentuou, aparentemente, e exacerbou, a separação das classes produtoras, tornando inevitável um sentimento de irresponsabilidade, da parte dos que dirigem, pelas vidas dos trabalhadores manuais. Compare-se o sistema de produção, tal como existia quando o mestre e seu aprendiz ou empregado trabalhavam na mesma sala e utilizavam os mesmos instrumentos, com o que ocorre na organização habitual da corporação moderna. No primeiro, as relações de empregador e empregado eram pessoais e diretas, não havia autoridades

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intermediárias. Na última, entre o trabalhador manual e o derradeiro proprietário – o acionista – existia toda uma hierarquia de funcionários e diretor geral, o presidente da corporação, a junta executiva do conselho de diretoria e o próprio conselho de diretoria. Como é fácil que a responsabilidade por acidentes do trabalho, salários inadequados ou condições anti-higiênicas se perca de um extremo ao outro dessa série.

Sérgio Buarque de Holanda

58. Julgue os itens:

0 0 O autor contrapõe o moderno sistema industrial a antigas corporações artesanais.

1 1 A segregação entre empregados e empregadores no processo de produção estimulou os antagonismos de classe.

2 2 O termo “exacerbou” tem, no texto, o sentido de exaltou.

3 3 Poder-se-ia estabelecer a seguinte analogia: “responsabilidade” está para convivência, assim como “irresponsabilidade” está para não-convivência.

4 4 Em “a relação humana desapareceu”, temos uma oração na voz passiva.

59. Julgue os itens:

0 0 Predomina no texto a função referencial da linguagem.

1 1 A ocorrência do pretérito perfeito do indicativo em “desapareceu” remete ao caráter irreversível do que se descreve.

2 2 Os termos “o sistema de produção” (L. 11) e “o” (L. 14) são elementos de uma comparação.

3 3 Em “o empregado transforma-se em um simples número: a relação humana desapareceu” (L. 2-4), a ocorrência dos dois pontos marca o desdobramento de uma idéia; isto é uma explicação.

4 4 No terceiro período temos somente 05 artigos.

60. Julgue verdadeiro (os itens corretos em relação ao emprego do artigo) e como falsos ( os incorretos).

0 0 No acidente, Carlinhos queimou todo o rosto.1 1 Todo o homem é racional.2 2 Esta é aluna cuja a nota será retificada.3 3 O pai chamou todos os filhos e saiu com todos os

quatro.4 4 Ela começou à falar muito alto.

61. No tocante ao substantivo, julgue os itens:

0 0 Os capelãos exortavam os ouvintes a permanecerem fiéis aos cânons da igreja.

1 1 Botou o chapéu na cabeça, acendeu um charutinho e saiu. (diminutivo sintético)

2 2 Cidadãs alemães emigravam para o sul do país.3 3 Aquela cesta, sem dúvida, custava dinheirão.

(aumentativo analítico)4 4 Os troféis da seca envergonhavam o governo.

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* Texto para as questões 62 e 63.

Letra para uma valsa romântica

A tarde agonizaAo santo acalantoDa noturna brisa.E eu, que também morro.Morro sem consolo.Se não vens, Elisa!

Ai nem te humanizaO pranto que tantoNas faces deslizaDo amante que pedeSuplicanteTeu amor, Elisa!

Ri, desdenha, pisa!Meu canto, no entanto.Mais de diviniza,Mulher diferente,Tão indiferenteDesumana Elisa!

(Manuel Bandeira)

62. Segundo o poema:

0 0 Elisa não se humaniza porque é divinizada pelo eu-lírico.

1 1 Há apenas dois adjetivos referentes a Elisa.2 2 Elisa, ante a súplica do eu-lírico, reage com

menosprezo.3 3 O poema é narrado em primeira pessoa (narrador-

personagem), predominando uma visão objetiva do sentimento amoroso.

4 4 A aceitação da superioridade da mulher, bem como a postura de submissão do eu-lírico ante a mulher amada justifica o adjetivo “romântica” do título.

63. Quanto ao poema, pode-se afirmar que:

0 0 A ordem direta dos versos 8, 9 e 10 seria: Nas faces do amante o pranto que tanto desliza.

1 1 Na última estrofe temos exemplos de verbos no imperativo afirmativo. Colocando-os no imperativo negativo, com a mesma pessoa gramatical, temos: “Não ria, não desdenhe, não pise”.

2 2 Apresenta a função emotiva de linguagem, porque exprime sentimentos e emoções individuais através de emprego da primeira pessoa do singular (eu, morro, meu).

3 3 No quarto verso da primeira estrofe (“E eu, que também morro”) o vocábulo “também” retoma a afirmação do primeiro verso.

4 4 Na Segunda estrofe, temos apenas três pronomes.

* Texto para as questões 64 e 65.

1 Quando Seixas convenceu-se que não podia casar com Aurélia, revoltou-se contra si próprio. Não se perdoava a imprudência de apaixonar-se por uma moça pobre e quase órfã, imprudência a que

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pusera remate o pedido do casamento. O rompimento deste enlace irrefletido era para ele uma coisa irremediável, fatal; mas o seu procedimento o indignava.

Aurélia percebeu imediatamente a mudança que se havia operado em seu noivo, e inquiriu do motivo. Fernando disfarçou; a moça não insistiu; e até pareceu esquecer a sua observação.

Uma noite porém, em que Seixas se mostrara mais preocupado, na despedida ela disse-lhe:

– A sua promessa de casamento o está afligindo, Fernando; eu lha restituo. A mim basta-me o seu amor, já que lho disse uma vez; desde que mo deu, não lhe pedi mais nada.

(ALENCAR, José de. Senhora: perfil de mulher,

São Paulo FTD, 1992. P. 104-6)

64. De acordo com o texto, pode-se afirmar que:

0 0 “se” (L. 3) é um pronome reflexivo e “próprio” (L. 2) é um pronome demonstrativo.

1 1 Em “não se perdoava a imprudência...”, o pronome poderia ficar depois do verbo (perdoava-se) e não haveria transgressão à norma culta.

2 2 “a” (L. 4) e “a” (L. 9), sublinhados no texto, pertencem a mesma classe gramatical.

3 3 Em “... o indignava”, o pronome sublinhado refere-se a procedimento.

4 4 “seu” (L. 10) e “sua” (L. 12) são pronomes adjetivos possessivos.

65. Julgue os itens:

0 0 “Aurélia percebeu imediatamente a mudança...”. Passando a frase acima para voz passiva analítica, obteremos a seguinte forma verbal: “... era percebida...”.

1 1 “lhe” (L. 14) é um pronome oblíquo que desempenha a função de complemento verbal indireto.

2 2 “lha” (L. 16) refere-se “a promessa” e a “Seixas”.3 3 “lho” e “mo” (linha 17) têm o mesmo referente.4 4 “e até pareceu esquecer a sua observação”. A

palavra sublinhada poderá ser substituída por um pronome oblíquo: “... pareceu esquecer-lhe”.

* Texto para as questões 66 a 68.

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(...) As curiosidades de Capitu dão para um capítulo. Eram de várias espécies, explicáveis e inexplicáveis, assim úteis como inúteis, umas graves outras frívolas; gostava de saber tudo. No colégio, onde, desde os sete anos, aprendera a ler, escrever e contar, francês, doutrina e obras de agulha, não aprendeu, por exemplo, a fazer renda; por isso mesmo, quis que prima Justina lho ensinasse. Se não estudou latim com o padre Cabral foi porque o padre, depois de lho propor gracejando, acabou dizendo que latim não era língua de meninas. Capitu confessou-me um dia

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que esta razão acendeu nela o desejo de o saber. Em compensação, quis aprender inglês com um velho professor amigo do pai e parceiro deste ao solo, mas não foi adiante. Tio Cosme ensinou-lhe gamão.

(...)Capitu não era menos terna para ele e para

mim. Dávamos as mãos um ao outro, e, quando não olhávamos para o nosso filho, conversávamos de nós, do nosso passado e do nosso futuro. As horas de maior encanto e mistério eram as de amamentação. Quando eu via o meu filho chupando o leite da mãe, e toda aquela união da natureza para a nutrição e vida de um ser que não fora nada, mas que o nosso destino afirmou que seria, e a nossa constância e o nosso amor fizeram que chegasse a ser, ficava que não sei dizer nem digo; positivamente não me lembra, e receio que o que dissesse me saísse escuro.

(...)Leitor, houve aqui um gesto que eu não

descrevo por havê-lo inteiramente esquecido, mas crê que foi belo e trágico. Efetivamente, a figura do pequeno fez-me recuar até dar de costas na estante. Ezequiel abraçou-me os joelhos, esticou-se na ponta dos pés, como querendo subir e dar-me o beijo do costume; e repetia, puxando-me:

- Papai! Papai!(...)Ezequiel abriu a boca. Cheguei-lhe a xícara,

tão trêmulo que quase a entornei, mas disposto a fazê-la cair pela geola abaixo, caso o sabor lhe repugnasse, ou a temperatura, porque o café estava frio... Mas não sei que senti que me fez recuar. Pus a xícara em cima da mesa, e dei por mim a beijar doidamente a cabeça do menino.

- Papai! Papai! exclamava Ezequiel.- Não, não, eu não sou teu pai!

(ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. SP: Moderna,

1983. p. 66; 204; 247; 248.)

66. Considerando o fragmento e a obra de onde foi extraído, pode-se afirmar que:

0 0 Capitu, personagem principal de Dom Casmurro, exerce a função de antagonista e, tendo profundidade interior e consciência do seu eu, constitui-se uma personagem dinâmica.

1 1 Em relação ao trecho entre as linhas 18 e 30, é correto afirmar que as personagens vivenciam um momento de harmonia e união.

2 2 O trecho entre as linhas 39 e 47 apresenta a força de conflito que envolve o personagem-narrador.

3 3 O trecho entre as linhas 39 e 47 marca o clímax do enredo do romance Dom Casmurro; isto é, o auge da tensão dramática.

4 4 Em “Capitu não era menos terna para ele e para mim”. (linhas 18-19), deduz-se que Capitu era igualmente terna com o filho e com o personagem-narador.

67. As constantes apelações do narrador ao leitor ao longo da obra Dom Casmurro revelam:

0 0 Crítica da própria linguagem.1 1 Tentativa de persuadir o leitor.2 2 Ênfase às reivindicações sociais.3 3 Exaltação nacionalista.4 4 Busca de verosimilhança.

68. Observando as afirmações abaixo, pode-se afirmar que:

0 0 O tempo presente do verbo dar em “As curiosidades de Capitu dão para um capítulo. Eram de várias espécies (...)” (linhas1 e 2), justifica-se por abordar um fato que ocorreu no passado, ainda que o verbo esteja no presente.

1 1 “Capitu confessou-se um dia que esta razão acendeu nela o desejo de o saber.” (linhas 12 e 13). O termo grifado refere-se a francês.

2 2 Em “Pus a xícara em cima da mesa, e dei por mim a beijar doidamente a cabeça do menino”, temos dois artigos, duas locuções adjetivas e um adjetivo.

3 3 O plural de “borboleta azul-clara” é o mesmo que “borboleta cor-de-laranja”.

4 4 No tocante à flexão do adjetivo, está correto a seguinte frase: A pobreza latino-americana parece não sensibilizar a comunidade ítalo-franco-germânica.

69. Julgue os itens:

0 0 Em “Discutiu-se muito a respeito de político-sociais na última assembléia dos professores.”; temos apenas um adjetivo composto, o qual está flexionado de forma incorreta.

1 1 Em “Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do álcool.”, a palavra destacada é um substantivo.

2 2 “Naquele instante era só um pobre cego”. A palavra “pobre” está como substantivo e “cego”, como adjetivo.

3 3 Em “Suponho que nunca teria visto um homem e não sabia, portanto, o que era o homem”. A palavra homem aparece duas vezes na frase com significados equivalentes.

4 4 No tocante ao emprego do artigo, está correta a frase: “Em certos momentos, as pessoas mais corajosas se acovardam”.

* Texto para as questões 70 e 71.

A pressão exercida sobre o homem da sociedade contemporânea é tal, que extinguiu quase totalmente os contactos pessoais íntimos. Até os temas de nossa conversação foram alterados: evitam-se os problemas pessoais, comentam-se – em regra, aceitando-se sem maiores reflexões – os temas que nos foram apresentados ou sugeridos pelo comunicador social.

Tais temas evidenciam a influência que os meios de comunicação exercem sobre as massas. Tal

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influência determina um ajuste do indivíduo às condições e características da estrutura social vigente. Isto se realiza pela apresentação de modelos de comportamento.

Esses modelos de comportamento são enfatizados e reiterados pelos meios de comunicação social. Levam implícitos certos valores das elites e são apresentados de tal forma que o público acaba por convencer-se de que a reação a esses modelos não lhes trará aprovação nem êxito.

70. Julgue os itens:

0 0 “... de que a reação a esses modelos não lhe trará aprovação nem êxito”. As palavras destacadas são artigos. (3º parágrafo)

1 1 “... de que a reação a esses modelos não lhes trará aprovação nem êxito”. Contraindo-se os termos grifados teremos: “... os modelos não lhas trará aprovação nem êxito”.

2 2 “Tais temas evidenciam a influência que os meios de comunicação exercem sobre as massas”. Os termos grifados não pertencem à mesma classe gramatical. (2º parágrafo)

3 3 “certos valores” (3º parágrafo): A palavra grifada muda de classe gramatical se aparecer após o substantivo (valores).

4 4 “totalmente” (1º parágrafo) é um advérbio.

71. Julgue os itens:

0 0 “evitam-se os problemas sociais”: Passando para a voz passiva analítica obtém-se a forma verbal (são evitados).

1 1 “os temas que nos foram apresentados (1º parágrafo). Ocorre próclise porque o pronome relativo que atraiu o pronome oblíquo.

2 2 “Levam implícitos certos valores das elites e são apresentados de tal forma que o público...” (3º parágrafo): Os verbos grifados estão flexionados em tempos e modos diferentes.

3 3 “Os temas que nos foram apresentados” (1º parágrafo). Ocorre voz passiva analítica, passando para a voz passiva sintética teremos “Apresentou-nos os temas”.

4 4 Passando para a voz ativa a frase “Os temas que nos foram apresentados”, teremos: “Apresentaram-nos os temas”.

* Texto para as questões 72 e 73.

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A casa de pensão de Mme. Brizard sofreu muito com as variolóides de Amâncio. Desmanavam-se hóspedes que era uma coisa por demais.

O gentleman, o Piloto e a pérola do nº 9, “o estimável Melinho”, desde a fatal noite das cataporas, não davam notícias suas; Fontes e a mulher sumiram-se logo no dia imediato, e, por conseguinte, não metendo o tal médico do nº 11, que já não aprecia há bastante tempo, apenas seis hóspedes restavam dos quatorze primitivos.

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E ainda mesmo destes seis nem todos eram aproveitáveis; porque o Paula Mendes e mais a mulher levantariam o vôo, assim que lhes chegasse uma aragenzinha de dinheiro, e o estafermo do nº 7 também estava a se despedir por um daqueles dias, não da casa, mas do mundo.

Certos, só Amâncio, o guarda-livros, e o esquisitão do Campelo que, fugindo ao pigarro do tísico, mudara-se para o andar de baixo, mal pilhara um cômodo desocupado.

Mme. Brizard estava, pois, inconsolável. – Era sua vida de hospedeira jamais tivera um mês tão ruim!

E azoinada por essas contrariedades e já de natureza um tanto supersticiosa, agora em tudo descobria sinais de agouro e motivo para desconfiança. – Pois se até o ilustre Sr. Lambertosa, “o respeitável gentleman, a flor dos homens finos, uma criatura tão cheia de circunspecção”, quem o diria? ... aproveitar ao ensejo das bexigas para lhe passar a perna!

E o Melinho? “o estimável Melino! a pérola do nº 9, o homem das frutas cristalizadas!” também não deixara as suas contas em aberto?...

Só o Piloto, o estúrdio, aquele de quem menos se esperava, aparecia três dia depois da fuga, perguntando, ainda muito escabreado, de quanto era a sua dívida.

– É mesmo caiporismo! gemia a francesa.O marido, porém, soprava-lhe a coragem: –

Ela que não desanimasse por tão pouco! Nem tudo se perdera! Enquanto tivessem o Amâncio não se podiam queixar da sorte; este valia por todos os outros!

Mas o precioso Amâncio não estava também muito satisfeito com a casa, talvez desconfiado que a esta coubesse em parte a responsabilidade daquele maldito reumatismo que, ora parecia extinto e ora o obrigava a guardar a cama, tolhido de dores.

Aluísio Azevedo – Casa de Pensão

72. Julgue os itens:

0 0 A hospedeira atribuía a sua falta de sorte a doença de Amâncio, como também aos supostos agouros.

1 1 Amâncio era um hóspede muito rico e farto, logo não podiam dispensá-lo, mesmo sendo o responsável pela Casa de Pensão.

2 2 No texto, o autor coloca-nos diante de um personagem que não percebe que é explorado.

3 3 No último parágrafo do texto, temos um pronome relativo com função de sujeito.

4 4 As formas verbais “coubesse”, “aparecera”, “desmanavam-se” estão, respectivamente, no pretérito imperfeito do subjuntivo, mais que perfeito do indicativo e pretérito imperfeito do indicativo.

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73. Julgue os itens:

0 0 O substantivo “guarda-livros” (L. 18) tem seu plural da mesma forma que guarda-florestal.

1 1 “de pensão” (L. 1) e “das frutas” (L. 34) são locuções adjetivas.

2 2 “Paulo Mendes e mais a mulher levantariam o vôo...”. Passando a oração para a passiva analítica, teremos: O vôo seria levantado por Paulo Mendes e mais a mulher.

3 3 Só o Piloto aparecera três dias depois da fuga. O verbo destacado está no pretérito imperfeito.

4 4 Em “... ela que não desanimasse por tão pouco”. Passando a frase para o imperativo negativo, temos: – Não desanime por tão pouco.

* Texto para as questões 74 a 76.

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Enfim chegou a hora da encomendação e da partida Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a viúva, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...

As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.

74. Julgue os itens:

0 0 “... Capitu enxugou-as depressa...” (as – é um pronome oblíquo que está como objeto direto e refere-se a lágrimas).

1 1 “Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. (si – pronome reflexivo / mesma – pronome demonstrativo).

2 2 “Redobrou as carícias para a amiga, e quis levá-la...” (la – está empregado incorretamente, porque o verbo exige um objeto direto, logo seria o pronome lhe).

3 3 “... Capitu olhou alguns instantes para o cadáver...” (alguns – pronome demonstrativo / instantes – substantivo).

4 4 “... os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva...” (quais os da viúva – tem valor comparativo).

75. Julgue os itens:

0 0 “Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma”. A passagem acima equivale, em sentido, a separa uma grande dor.

1 1 “No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa...”

A passagem acima confirma os adjetivos atribuídos a Capitu: “olhos de cigana e dissimulada”.

2 2 “minhas” (L. 11) é pronome adjetivo possessivo.3 3 “minhas” (L. 11), “as” (L. 11) e “as” (L. 12)

destacados, referem-se ao mesmo substantivo.4 4 “todos” (L. 3) e “mesma” (L. 6) são pronomes

indefinidos.

76. Olhar defuntos com olhos “grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora”, com referência a Capitu, expressa:

0 0 Toda a revolta da moça com o acontecido.1 1 A dimensão insondável de seus sentimentos.2 2 O contraste entre seus sentimentos e os de Sancha.3 3 Sua capacidade de dissimulação.4 4 Sua incapacidade de chorar verdadeiramente.

* Texto para a questão 77.

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João Coqueiro presenciara tudo aquilo, grudado a um canto da janela, mordendo os nós da mão, os olhos injetados, o sangue a saltar-lhe nas veias.

– Oh! Era demais, pensava ele desesperado. – Era demais tanta injúria! – Se Amâncio estivesse ali, naquela ocasião, por Deus que o estrangulava!

Abriu a janela. O dia repontava já, mas enevoado e triste. Não havia azul; céu e horizonte de neblinas formavam uma só pasta cor pérola, onde vultos cinzentos se esfumavam.

O homem da venda abria também as suas portas. Coqueiro cumprimentou-o, ele respondeu com um risinho insolente, acompanhado de pigarro.

Uma caleça rodejava lentamente ao largo da rua, o cocheiro vergado sobre as rédeas, o seu casquete sumido na gola do capotão. Coqueiro fez-lhe sinal que esperasse, embrulhou-se no sobretudo, enterrou o chapéu na cabeça, meteu o revólver no bolso e saiu.

– Hotel Paris! Disse ao da boléia, atirando-se no fundo da carruagem. O cocheiro endireitou-se sobre a almofada, espichou o pescoço, sacudiu as rédeas e os animais dispararam, assoprando grossamente contra o ar frio da manhã.

(Casa de Pensão – Aluísio Azevedo)

77. Em relação ao estudo de Verbo e Pronome, julgue os itens:

0 0 “presenciara” (L. 1) e “esperasse” (L. 19) encontram-se na forma arrizotônica.

1 1 “tanta” (2º parágrafo) é pronome indefinido.2 2 “lhe” (1º parágrafo) é pronome oblíquo com

função de objeto indireto.3 3 “o” (L. 7), “o” (L. 13) e “o” (L. 17) destacados

no texto desempenham a mesma função morfológica.

4 4 “seu” (L. 17) é um pronome possessivo substantivo.

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* Texto para a questão 78.

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Aquela situação, eu e ela dentro do restaurante, me aborrecia. Depois ia ser bom. Mas conversar com Ângela não significa mais nada para mim, naquele momento interlocutório.

O que é que você faz?Controlo a distribuição de tóxicos na zona sul,

eu disse.Você pode ser um industrial.Escolhe a sua hipótese. Eu escolhi a minha, eu

disse.Industrial.Errou. Traficante. E não estou gostando desse

facho de luz sobre a minha cabeça. Me lembras as vezes em que fui preso.

Não acredito numa só palavra do que você diz.Foi a minha vez de fazer uma pausa.Você tem razão. É tudo mentira. Olha bem para

o meu rosto. Vê se você consegue descobrir alguma coisa, eu disse.

Ângela tocou de leve no meu queixo, puxando o meu rosto para o raio de luz que descia do teto e me olhou intensamente.

Não vejo nada. Teu rosto parece o retrato de alguém fazendo pose, um retrato antigo de um desconhecido, disse Ângela.

Ela também parecia o retrato antigo de um desconhecido.

Olhei o relógio.Vamos embora?, eu disse.Entramos no carro.Às vezes a gente pensa que uma coisa vai dar

certo e dá errado, disse Ângela.O azar de um é a sorte de outros, eu disse.A lua punha na lagoa uma esteira prateada que

acompanhava o carro. Quando eu era menino e viajava de noite a lua sempre me acompanhava, varando as nuvens, por mais que o carro corresse.

Vou deixar você um pouco antes da sua casa, eu disse.

Por quê?Sou casado. O irmão da minha mulher mora no

teu edifício.Não é aquele que fica na curva? Não gostaria

que ele me visse. Ele conhece o meu carro. Não há outro igual no Rio.

A gente não vai se ver mais?, Ângela perguntou.Acho difícil.Todos os homens se apaixonam por mim.Acredito.E você não é lá essas coisas. O teu carro é

melhor do que você, disse Ângela.Um completa o outro, eu disse.Ela saltou. Foi andando pela calçada,

lentamente, fácil demais, e ainda por cima mulher, mas eu tinha que ir logo para casa, já estava ficando tarde.

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Apaguei as luzes e acelerei o carro. Tinha que bater e passar por cima.

Não podia correr o risco de deixa-la viva. Ela sabia muita coisa a meu respeito, era a única pessoa que havia visto o meu rosto, entre todas as outras. E conhecia também o meu carro. Mas qual era o problema? Ninguém havia escapado.

Bati em Ângela com o lado esquerdo do pára-lama, jogando o seu corpo um pouco adiante, e passei, primeiro com a roda da frente – e senti o som surdo da frágil estrutura do corpo se esmigalhando – e logo atropelei com a roda traseira, um golpe de misericórdia, pois ela já estava liquidada, apenas talvez ainda sentisse um distante resto de dor e perplexidade.

Quando cheguei em casa minha mulher estava vendo, um filme colorido, dublado.

Hoje você demorou mais. Estava muito nervoso?, ela disse.

Estava. Mas já passou. Agora vou dormir. Amanhã vou ter um dia terrível na companhia.

(Rubem Fonseca. Passeio Noturno (parte 2)

In: Feliz Ano Novo)

78. Julgue os itens abaixo como verdadeiros ou falsos.

0 0 “aborrecia” (L. 2) – está no pretérito imperfeito do indicativo.

1 1 “Ela também parecia o retrato antigo de um desconhecido” – o vocábulo destacado trata-se de um adjetivo.

2 2 “mora” (L. 41) e “conhece” (L. 44) – estão flexionados no mesmo tempo e modo.

3 3 “Bati em Ângela com o lado esquerdo do pára-lama” (L. 64-65) – o termo destacado é um substantivo composto cujo plural é pára-lamas.

4 4 “Não gostaria que ele me visse” (L. 43-44) – os verbos destacados estão no futuro do presente e no pretérito imperfeito do subjuntivo.

79. Julgue os itens abaixo como verdadeiros ou falsos:

0 0 Os substantivos cânon, cútis e obus fazem plural cânones, cutises e obuses.

1 1 Os substantivos omoplata, elipse e aluvião são masculinos.

2 2 Heterônimos ou desconexos são os substantivos que apresentam o mesmo radical para designar os sexos, como nos substantivos garoto e garota.

3 3 Há substantivos cujo sentido varia conforme a flexão masculino e feminino. É o que acontece com os substantivos o lente e a lente.

4 4 Podem ser considerados masculinos ou femininos os substantivos: personagem e usucapião.

80. Em relação à flexão dos substantivos, julgue os itens como verdadeiros (sem erro) ou falsos (com erro):

0 0 Os substantivos choro, ovo e reforço possuem plural metafônico.

1 1 O plural dos substantivos papelzinho e animalzinho é, respectivamente, papeizinhos e animaizinhos.

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2 2 Nos últimos tempos, nosso léxico tem incorporado muitos substantivos de origem estrangeira. Alguns mantêm sua forma original, como, por exemplo, outdoor, shopping center; outros já se aportuguesaram e se flexionam em número como os demais substantivos de nossa língua: pôster – pôsteres, frizer – frizeres, chibúrguer – chisbúrgueres.

3 3 Os substantivos reptil e projetil têm dois plurais possíveis: répteis – reptis, projéteis – projetis.

4 4 O plural de arroz é os arroz.

81. Assinale a alternativa correta quanto à flexão dos substantivos:

a) os longas-metragens, os colas-tudo, os bem-te-visb) os matas-ratos, os puro-sangue, os pés-de-ventosc) os sem-vergonhas, os levas-e-traz, os altos-falantesd) os exemplares-cortesia, os vices-prefeitos, os

novos-ricose) n.d.a.

* Texto para as questões 82 e 83.

Doenças emergentes

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Epidemias como a do vírus Ébola, que matou 245 pessoas no Zaire (atual República Democrática do Congo) em 1995, podem virar rotina nos próximos anos se não for montada uma rede global para monitorar o surgimento dos novos microrganismos que atacam o homem.

O alerta sombrio vem da OMS (Organização Mundial da Saúde) e de infectologistas do CDC (Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos), considerado o mais moderno no estudo de doenças emergentes.

Além do Ébola, fazem parte do rol de doenças emergentes causadas por vírus recém-descobertos a Aids, a “síndrome da vaca louca” e a hepatite C. A mutação de microrganismos provoca outro fenômeno que incomoda as autoridades sanitárias: a volta de doenças que já estavam sob controle e que eram de fácil combate, como a diarréia e a salmonela, e que voltam a ser letais.

Os motivos apontados por especialistas para o aparecimento das doenças emergentes são as alterações climáticas e ambientais por que o planeta vem passando e o uso indiscriminado de antibióticos, que criam microrganismos cada vez mais resistentes.

Só no Brasil, desde 1975, foram catalogados pelo Instituto Evandro Chagas, do Pará, mais de 80 tipos de vírus até então desconhecidos – 30 deles podem afetar o homem.

No mesmo período, nos Estados Unidos, foram registrados o surgimento ou mutação de mais de 30 tipos e subtipos de vírus e bactérias que causaram reações adversas no homem – as chamadas doenças emergentes.

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Se novos vírus continuarem a ser descobertos com a mesma rapidez dos últimos 20 anos, o mundo vai viver o que os norte-americanos chamam de “era pós-antibiótico”. Ou seja: todas as conquistas recentes da medicina seriam inúteis diante dos novos desafios impostos pelas doenças que aparecerão.

Na América Latina, por exemplo, 20% das bactérias que causam a pneumonia já resistem aos efeitos da penicilina, hoje a droga mais eficaz no combate à doença.

“Um vírus desconhecido que apareça em uma região isolada da África poderá fazer milhares de vítimas em menos de uma semana. Basta que um infectado pegue um avião, cruze o oceano e desembarque em uma cidade populosa”, alerta David Satcher, diretor do CDC de Atlanta. (FSP)

Daniela Falcão

82. Julgue verdadeiro ou falso a análise morfológica dos termos retirados do texto:

0 0 “que” (L. 6) e “que” (L. 16) são pronomes relativos.

1 1 “o” (destacado no texto – 7º parágrafo) e “o” (destacado – 2º parágrafo) são artigos.

2 2 “recém-descobertos” (L. 13) não é palavra composta e sim derivada.

3 3 “norte-americanos” (L. 36) e “pós-antibiótico” (L. 37) são substantivos compostos.

4 4 “a” (destacado no texto – 1º parágrafo) é pronome oblíquo e está relacionado ao substantivo epidemia.

83. Acerca de pronome, julgue verdadeiro o item de acordo com a norma culta e falso para o que não está de acordo com a norma culta:

0 0 Você deve zelar pelo que é teu.1 1 Meu argumento é esse: o crescimento econômico

só faz sentido quando produz bem estar social. 2 2 Esta camisa que estou usando é nova.3 3 Crianças e idosos enfrentam problemas

semelhantes na sociedade brasileira. Estes são desprezados por um sistema previdenciário ineficiente e corrupto; aquelas são massacradas por uma distribuição de renda que impede os pais de criá-las dignamente.

4 4 Ele é muito egoísta: só pensa em si.

84. Em relação às passagens abaixo, julgue as afirmativas:

I. Precisamos mudar nossa realidade social: é necessário que o façamos logo.

II. A única verdade é essa: ele foi o responsável pelo acidente.

III. Diga-me com quem andas e te direi quem és.IV. “Se você não se cuidar, a AIDS vai te pegar”.

0 0 O (I) e o (II) são artigos definidos.1 1 Em II, o pronome essa foi mal empregado, o

correto é esta.

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2 2 Em III o verbo diga está em 3ª pessoa, deveria estar em 2ª pessoa. (Dize-me)

3 3 Em IV, existe correlação entre pessoa e verbo.4 4 “realidade” (I) e “verdade” (II) são substantivos. * Texto para as questões 85 e 86.

Na imprensa brasileira, por ocasião das eleições de 1994, a UNICEF e a Fundação Odebrecht, sob o título “Você acha normal que uma criança carente fracasse na escola? Nós não.”, advertem os eleitores a respeito do cuidado com a escolha dos seus candidatos. O trecho abaixo foi retirado dessa publicação:

Os altos índices de repetência escolar só não são mais perversos que o conformismo de nossa sociedade com esse absurdo que está presente, de modo significativo, entre as classes sociais mais ricas e, de modo esmagador, entre as classes mais pobres.

A verdade é que o fracasso na escola passou a ser encarado de forma tão natural que agora já faz parte da nossa cultura, de foram tão natural quanto a chuva, o sol, o calor e o frio. (...) O pior é que a responsabilidade da cultura da repetência é atribuída, via-de-regra, quase sempre às duas grandes vítimas desse monstrengo caótico que virou o ensino brasileiro: a criança e o professor. (...)

A vontade política e a criatividade do povo comprovam, em algumas experiências, que é possível o Brasil mudar esse quadro. Estamos às vésperas de uma eleição e o nosso voto pode contribuir decisivamente para que a escola volte a ser a grande solução do Brasil e deixe de ser apenas mais um problema.

85. Julgue os itens abaixo, de acordo com o texto.

0 0 Para o autor do texto, o problema da repetência será resolvido com vontade política e criatividade por parte do povo brasileiro.

1 1 A seqüência “o fracasso na escola passou a ser encarado de forma tão natural que agora já faz parte de nossa cultura” pode ser substituída, sem prejuízo do sentido global, por “como o fracasso na escola passou a ser encarado de forma muito natural, agora já faz parte de nossa cultura”.

2 2 A expressão “duas grandes vítimas desse monstrengo caótico” remete a termos anteriores a ela.

3 3 As expressões “volte a ser” e “deixe de ser” levam, respectivamente, à dedução de que a escola já foi a grande solução do Brasil e de que há necessidade de que não seja mais um problema.

4 4 O conformismo de nossa sociedade é menos perverso do que os altos índices de repetência escolar.

86. Julgue os itens abaixo, de acordo com o texto:

0 0 A tese do autor é a naturalidade de fenômenos naturais.

1 1 Há uma analogia entre a naturalidade do fenômeno da repetência com os fenômenos naturais.

2 2 O terceiro parágrafo corresponde a uma solução para o problema do conformismo.

3 3 O conformismo está presente tanto nas classes mais ricas quanto nas mais pobres.

4 4 Os pobres reprovam mais do que os ricos.

* Texto para as questões 87 e 88.

“Aceitar que cada um dos cinco bilhões e meio de seres humanos do planeta possa ter suas próprias crenças e predileções, e que, sem renegá-las, possa admitir que as do outro são igualmente respeitáveis; cultivar incessantemente essa ‘virtude incômoda’ (...) é começar, de fato, a trabalhar pela paz.”

87. De acordo com o texto, julgue os itens:

0 0 “cada um dos cinco bilhões... crenças e predileções” e “essa virtude incômoda” desempenham a mesma função sintática.

1 1 “são igualmente respeitáveis” é um predicado verbo-nominal.

2 2 “respeitáveis” e “incômoda” funcionam como predicativo.

3 3 “trabalhar” é um verbo que dispensa complemento.4 4 “las” é complemento verbal indireto.

88. Julgue verdadeira a alternativa em que a relação entre o termo destacado e sua classe gramatical foi feita corretamente:

0 0 “cada um” – locução pronominal.1 1 “meio” – numeral.2 2 “própria” – pronome.3 3 “as” – artigo definido.4 4 “igualmente” –advérbio de modo.

* Texto para a questão 89.

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“Nosso século foi o dá comunicação instantânea. Hernán Cortés pôde destruir uma civilização e, antes que a notícia se espalhasse, teve tempo para encontrar justificativas a seus empreendimentos. Hoje os massacres da Praça da Paz Celestial, em Pequim, tornam-se atualidade no momento mesmo em que se desenrolam e provocam a reação de todo o mundo civilizado. Mas informações simultâneas em excesso, proveniente de todos os pontos do globo, produzem um hábito. O século da comunicação transformou a informação em espetáculo. Arriscamo-nos a confundir a todo instante a atualidade e o divertimento.Nosso século presenciou o triunfo da ação à distância. Hoje, aperta-se um botão e entra-se em comunicação com Pequim. Engrena-se uma alavanca e explode um mundo inteiro. Dá-se um sinal e um foguete é lançado a Marte. A ação à distância salva numerosas vidas, mas irresponsabiliza o crime.Nosso século é o da aceleração tecnológica e científica, que se operou e continua a se operar em ritmos antes inconcebíveis. Foram necessários

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milhares de anos para passar do barco a remo à caravela ou da energia eólica ao motor de explosão; e em algumas décadas se passou do dirigível ao avião, da hélice ao turborreator e daí ao foguete interplanetário. Em algumas dezenas de anos, assistiu-se ao triunfo das teorias revolucionárias de Einstein e a seu questionamento. O custo dessa aceleração é a hiperespecialização. É bom que tudo se tenha resolvido no espaço de trinta anos, mas pagamos o preço dessa rapidez (...)”.

(Umberto Eco)

89. Julgue as afirmativas abaixo:

0 0 O primeiro período do texto é composto.1 1 “Mas informações simultâneas em excesso...”

(linhas 8 e 9) o trecho encerra uma oposição.2 2 Existe, na linha 14, uma coordenada aditiva.3 3 “É bom que tudo se tenha resolvido”. (linhas 31 e

32). A oração grifada é subordinada substantiva objetiva direta.

4 4 O último período do texto é subordinado e coordenado.

* Texto para as questões 90 a 92.

O MENINO É PAI DO HOMEM

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Cresci; e nisso é que a família não interveio; cresci naturalmente, como crescem as magnólias e os gatos. Talvez os gatos são menos matreiros, e, como certeza, as magnólias são menos inquietas do que eu era na minha infância. Um poeta dizia que o menino é pai do homem. Se isto é verdade, vejamos alguns lineamentos do menino.

Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino diabo” e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce “por pirraça”; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia, - algumas vezes gemendo, - mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito um – “ai nhonhô!” – ao que eu retorquia: - “Cala a boca, besta!” – Esconder os chapéus das visitas, puxar pelo rabicho das cabeleiras, dar beliscões nos braços das matronas, e muitas outras façanhas deste jaez, eram mostras de um gênio indócil, mas devo crer que eram também manifestações de um espírito robusto, porque meu pai tinha-me em grande admiração; e se às vezes me repreendia, à vista de gente, fazia-o por simples formalidade: em particular dava-me beijos.

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Não se conclua daqui que eu levasse todo o resto da minha vida a quebrar a cabeça dos outros nem a esconder-lhes os chapéus; mas opiniático, egoísta e algo contemptor dos homens, isso fui; se não passei o tempo a esconder-lhes os chapéus, alguma vez lhes puxei pelo rabicho das cabeleiras.(Assis, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas)

90. De acordo com a interpretação, julgue os itens.

0 0 Na passagem “um dia quebrei a cabeça de uma escrava” revela a personalidade do narrador “Fui dos mais malignos do meu tempo”.

1 1 Ao comparar-se aos gatos o narrador, diz-se menos esperto que os ditos felinos.

2 2 A leitura global do texto leva à conclusão de que, em adulto o narrador não alterou essencialmente seu comportamento de menino.

3 3 O autor atribui a expressão “O menino é pai do homem a um certo poeta.

91. Julgue as afirmativas:

0 0 “interveio” (1º período) é um verbo transitivo indireto.

1 1 “cresci naturalmente” (1º período) é um predicado verbo-nominal.

2 2 “inquietas” (L. 4) é um adjetivo exercendo a função de predicativo.

3 3 O objeto direto do verbo “dizia” (L. 5) é uma oração.

4 4 “negara” (L. 13) é um verbo bitransitivo.

92. Julgue as afirmativas:

0 0 “e se às vezes me repreendia, à vista de gente...”, passando para a voz passiva obtemos a forma verbal: “fui repreendido”.

1 1 “isso era feito por simples formalidade” é a forma passiva da oração destacada no 2º parágrafo.

2 2 “um dia quebrei a cabeça de uma escrava” (2º parágrafo) – o termo destacado é um complemento nominal.

3 3 “- Cala a boca besta” – o verbo encontra-se flexionado no imperativo e na 2ª pessoa do singular.

4 4 “Não se conclua daqui que eu levasse todo o resto da minha vida (...) os chapéus” – o pronome destacado é apassivador.

93. Julgue os itens:

0 0 “ambas as mãos” – o artigo depois do numeral atual ambos é sempre obrigatório.

1 1 “Bendito e louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo” – o verbo destacado está no imperativo.

2 2 “Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade”. Na passagem dada existe um substantivo sobrecomum.

3 3 “No lugar em que estivera deitado o capim ficou matizado” – o verbo sublinhado encontra-se no pretérito mais que perfeito.

4 4 “ela chamou-a com instância” – os pronomes destacados classificam-se respectivamente em: reto e oblíquo.

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94. Julgue os itens:

0 0 Eu entreguei o livro ao meu professor – contraindo-se termos destacados teremos: Eu lho entreguei.

1 1 Uma propaganda da Caixa Econômica que atualmente está sendo divulgada diz: “Saia do aluguel, vem que o apartamento é seu” – não há correlação entre pessoa e verbo. (vem – 2ª pessoa, saia e seu – 3ª pessoa).

2 2 A forma verbal “estudará” é arrizotônica.3 3 O carteiro não havia entregue a carta – o particípio

que deve ser empregado com o auxiliar haver é o particípio regular. Então o correto é “o carteiro não havia entregado a carta”.

4 4 Os verbos abrir e cobrir têm duplo particípio.

95. Em relação ao estudo do pronome, julgue verdadeiros os itens que estão de acordo com a norma culta e falso os que não estão:

0 0 Não há nada entre aquela funcionária e eu.1 1 Hesitava entre eu ficar ou ir comprar o livro.2 2 Entre a administração e mim não deve haver

ressentimentos.3 3 Vossa Excelência fazes isso diante de mim só

para mim ficar zangado.4 4 Você sabia que eu te enviei a carta.

96. Julgue verdadeiros os itens que estão de acordo com o padrão culto da língua, e falsos os que não estão:

0 0 A empresa é mais grande que eficiente.1 1 O lucro é mais grande do que pensei.2 2 Tua casa é mais pequena que a nossa.3 3 Tua casa é menor que a nossa.4 4 A tua sugestão é mais boa que a minha.

97. Acerca da analise gramatical dos termos grifados, julgue os itens:

0 0 Isso é tudo o que sei. (artigo)1 1 Não o aconselho a ficar aqui (respectivamente,

pronome oblíquo e preposição).2 2 Corro até a janela e abro-a. (pronomes oblíquos)3 3 Amparei os que precisam de amparo. (artigo)4 4 Gostei do passeio a Aracaju. (artigo)

98. Em relação a frase: “Me devolve pra grelha” julgue os itens:

0 0 Próclise indevida, de acordo com a norma padrão, mas consagrada pelo uso no Brasil.

1 1 Ênclise indevida, de acordo com a norma padrão, mas consagrada pelo uso no Brasil.

2 2 Próclise obrigatória.3 3 Mesóclise.4 4 Ocorreria a próclise se antes do pronome viesse

um advérbio.

99. Quem deixou o relatório para ............ datilografar não pensou que .............. difícil, para ............., executar essa tarefa sem treinamento.

a) eu – torna-se – mimb) mim – se torna – eu

c) eu – se torna – mimd) mim –torna-se – mime) eu – se torna – eu

100. “De todas as garotas da classe, Paula foi a que mais me impressionou. Gostaria de ter ido a sua festa com ela. Eu a convidei, mas ela não aceitou”.As palavras em destaque são, respectivamente:

a) pronome oblíquo – artigo – preposiçãob) pronome demonstrativo – preposição – pronome

oblíquoc) pronome oblíquo – preposição – pronome oblíquod) pronome demonstrativo – preposição – artigoe) preposição – artigo – pronome demonstrativo

101. Julgue verdadeiro o item em que a palavra QUE não funciona como pronome relativo:

0 0 “Choveu tanto que as ruas ficaram inundadas”.1 1 “... começou a ler o cartão que a mulher lhe

estendia.”2 2 “Talvez um amigo que você não vê há muito

tempo.”3 3 “Você não teve um colega que era muito rico?”4 4 Encontrei-a logo que cheguei ao salão.

102. Julgue verdadeiro o item em que a palavra o é artigo.

0 0 Meu avô chamava-se e eu o atendia prontamente.1 1 Dar-te-ei o que me pedes.2 2 Pajé, eu te agradeço o agasalho que me deste.3 3 Jamais o faria!4 4 Converso com o suposto interlocutor.

103. Julgue verdadeiro o item sem erro em relação ao emprego dos pronomes:

0 0 Comprou uma casa maravilhosa cuja casa lhe custou uma fortuna.

1 1 Castelo Branco e Rodrigues Alves foram presidentes do Brasil; aquele está entre o mais recentes, este entre os mais antigos.

2 2 Cuidado mergulhador, esses animais são venenosos: a arraia miúda, o peixe-escorpião, a medusa e o mangangá.

3 3 Para medir nosso nível mental, eles fizeram uma experiência com nós que estudávamos psicologia.

4 4 É muito difícil para eu acreditar em tua história.

104. Julgue verdadeiro o item em que foi feita a correta classificação dos pronomes destacados:

0 0 Isto aqui não é vitória nem é Glória do Goitá; (indefinido)

1 1 O mar de nossa conversa precisa ser combatido. (possessivo)

2 2 Seu José, mestre carpina, que lhe pergunte permita. (pessoal)

3 3 Primeiro é preciso achar um trabalho de que viva. (conjunção)

4 4 Mas este setor de cá é como a estação dos trens. (demonstrativo)

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105. Observe o uso do artigo nas seguintes frases:

I. “... perdia a sua musculatura estudando em Belém.”

II. “... até invejou o fumar do vaqueiro.”III. “... dela a escola era um lombo de búfalo.”IV. “De repente foi ouvido que andava pelo Por

Enquanto uma pequena...”

Em quais delas foi usado o recurso da substantivação?

a) em I e IIb) em I e IIIc) em II e IIId) em II e IVe) em III e IV

106. Julgue verdadeira a palavra ou expressão grifada que não tem valor adjetivo:

0 0 “Vontade de mudar as cores do vestido tão feias”.1 1 “De minha pátria, de minha pátria sem sapatos”.2 2 “Vi minha humilde morte cara a cara”.3 3 “Fiquei simples, sem fontes”.4 4 “Em longas lágrimas amargas”.

107. A expressão sublinhada em “Há um quer que seja de satânico na pupila da onça” funciona como:

a) substantivo;b) adjetivo;c) advérbio;d) pronome;e) verbo.

108. Em algumas gramáticas, o adjetivo vem definido como sendo “a palavra que modifica o substantivo”. Assinale a alternativa em que o adjetivo sublinhado CONTRARIA a definição:

a) encontrei a linda moça;b) ali só vi gente feliz;c) quarto limpo é outra coisa;d) tomar sorvete é gostoso;e) ele é um homem cruel.

109. Em “Os brasileiros marinheiros têm ocasião de conhecer o mundo todo”, a classe da palavra grifada é:

a) adjetivo;b) locução adjetiva;c) pronome adjetivo;d) substantivo;e) adjetivo pátrio.

110. Julgue verdadeira a opção em que a locução destacada tem valor adjetivo:

0 0 comprou papel de seda;1 1 cortou-o com amor;2 2 mudava de cor;3 3 gritava com maldade;4 4 salteou-o com atiradeiras.

111. Julgue verdadeira a dupla de adjetivos uniformes:

0 0 comum – incolor;1 1 impostor – inferior;2 2 são – cortês;3 3 hebreu – palerma;4 4 feliz – simples.

112. Julgue verdadeira a opção em que ambos os termos não admitem flexão de gênero:

0 0 jornalista competente;1 1 jovem forte;2 2 alguns mestres;3 3 semelhante criatura;4 4 moça ideal.

113. Assinale o substantivo sobrecomum:

a) mártir; d) garoto;b) cliente; e) cônjuge.c) lápis;

114. Substantivo que admite dois plurais:

a) verão; d) demão;b) cristão; e) irmão.c) desvão;

115. Julgue verdadeiro o item em que ocorre o emprego adequado do artigo antes dos substantivos:

0 0 o sósia, o elipse, a omoplata;1 1 a champanha, o telefonema, a motocicleta;2 2 o anátema, o diabete, o saca-rolha;3 3 a cal, o formicida, a libido;4 4 o lança-perfume, a cataplasma, o dó.

116. Julgue verdadeiro o item cujo par de vocábulos pertencem ao gênero masculino:

0 0 telefonema, champanha;1 1 aguardente, elipse;2 2 testemunha, clã;3 3 sósia, dinamite;4 4 guaraná, tracoma.

117. Indique o grupo de vocábulos que só admitem “o”:

a) cal, dó, sentinela;b) contralto, eczema, aluvião;c) hosana, apêndice, apendicite;d) telefonema, eclipse, afã;e) trama, elipse, omoplata.

118. Julgue verdadeiro o item cujo par de vocábulos que formam o plural como bênção e povo, respectivamente. (no segundo vocábulo, considere também a ocorrência ou não de mudança de timbre da vogal tônica):

0 0 irmão / osso;1 1 alemão / ovo;2 2 balão / fogo;3 3 órgão / piloto;4 4 botão / cachorro.

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119. Julgue verdadeiro o item cujo par de vocábulos que formam o plural como balão e caneta-tinteiro, respectivamente:

0 0 vulcão / abaixo-assinado;1 1 questão / manga-rosa;2 2 razão / guarda-roupa;3 3 botão / salário-família;4 4 figurão / papel-moeda.

120. Julgue verdadeiro o item em que as formas do plural de todos os substantivos se apresentam de maneira CORRETA:

0 0 animalzinhos, vaivéns, salvos-condutos, vai-voltas;1 1 afazeres, frutas-pão, pés-de-moleque, peixes-boi;2 2 bens-amados, cidadãos, barris, cachorro-quentes;3 3 alto-falantes, coraçõezinhos, espadas, víveres;4 4 vai-volta, pasteizinhos, salvo-condutos, beija-

flores.

121. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase:Os _____ anunciaram que os JOGOS DE OUTUBRO foram _____ bem sucedidos, evidenciando, também, a presença de _____ atletas nas competições.

a) alto-falantes – muito – bastantes;b) alto-falantes – muito – bastante;c) altos-falantes – muitos – bastantes;d) altos-falante – muito – bastante;e) alto-falante – muito – bastante.

122. Marque a alternativa formada de vocábulos compostos cujo último elemento é o único a flexionar-se:

a) saca-rolha, surdo-mudo, azul-escuro;b) guarda-florestal, pára-raio, abaixo-assinado;c) beija-flor, segunda-feira, todo-poderoso;d) guarda-civil, pró-reitor, agro-pastoril;e) guarda-roupa, anglo-americano, verde-claro.

123. Assinale a opção que caracteriza corretamente o plural de copo-d’água, obra-prima e Decreto-Lei.

a) copos-d’água, obra-primas, decreto-leis;b) copos-d’água, obras-prima, decretos-lei;c) copo-d’águas, obras-primas, decretos-leis;d) copos-d’água, obras-primas, decretos-lei;e) copos-d’águas, obras-primas, decretos-leis.

124. Julgue verdadeiro o item cujo plural está correto:

0 0 anão – anões;1 1 júnior – júniors;2 2 açúcar – açúcares;3 3 espécimen – especímenes;4 4 cidadão – cidadãos.

125. Julgue os itens abaixo acerca do grau dos substantivos:

0 0 O plural de caminhãozinho é caminhoezinhos, como o de anelzinho é aneizinhos;

1 1 Além de expressar o “tamanho diminuído” do ser, pode a forma diminutiva expressar emoções ou sentimentos de diversas naturezas: carinho

(mãezinha), ironia (santinho), depreciação (padreco), etc.

2 2 Em certos adjetivos, sufixos característicos do diminutivo podem expressar verdadeiro superlativo (certinho).

3 3 Encontramos, em português, diversos sufixos caracterizadores do diminutivo. Entre eles, a forma ote (frangote, saiote, rapazote, etc).

4 4 Têm sentido pejorativo os diminutivos corpúsculo, livreco.

126. Julgue verdadeiro o item em que as expressões sublinhadas correspondem a um advérbio:

0 0 Aparecia aqui vez por outra.1 1 Durante o discurso, manteve-se em silêncio.2 2 Não disse com certeza se virá.3 3 Afirmo-lhe que não o vi frente a frente.4 4 As ações do homem são imprevisíveis.

127. Empregue mal ou mau:

1) Ele não é um sujeito tão ________ assim.2) Acontece, porém, que ela se acostumou ________.3) Ele é um ________ elemento.4) Ela vai se dar _________.5) O aluno foi _________nos exames.

A alternativa que preenche adequadamente as lacunas é:

a) mau, mau, mal, mal, mau;b) mal, mau, mau, mal, mal;c) mal, mal, mau, mal, mal;d) mau, mal, mau, mal, mal;e) mau, mau, mau, mal, mal.

128. O adjetivo da expressão “mau destino” está corretamente empregado, EXCETO em:

a) falar no mau, preparar o pau;b) desde cedo revelou-se um mau elemento;c) durante a festa, ele teve um mau proceder;d) não desejes mau a quem é teu amigo;e) escorregou e caiu de mau jeito.

129. No trecho – “e usei deles como me pareceram quadrar melhor com o que eu pretendia exprimir”, os vocábulos sublinhados se classificam respectivamente como:

a) conjunção / advérbio;b) conjunção / adjetivo;c) advérbio / adjetivo;d) preposição / advérbio;e) preposição / adjetivo.

130. Julgue verdadeiro o item cujas palavras que vêm sublinhadas estão corretamente classificadas:

0 0 Os que protestaram, serão presos. (pronome demonstrativo)

1 1 Muitos choravam de alegria. (pronome indefinido)

2 2 Provavelmente irei a tua casa. (advérbio)3 3 Não sabemos se haverá exames. (conjunção)4 4 Ainda que se desculpe, não lhe perdoarei.

(conjunção concessiva)

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131. Julgue verdadeiro o item correto ao se substituir a expressão sublinhada pelo pronome pessoal oblíquo:

0 0 “e faziam coisas incríveis” = e faziam-nas;1 1 “onde as pessoas deveriam guardar seu dinheiro”

= onde as pessoas deveriam guardá-lo;2 2 “teci cobertor com canto de canarinho” = teci-o

com canto de canarinho;3 3 “dei poderes aos sapateiros” = dei-lhes poderes;4 4 “visitou cada menino” = visitou-lhe.

132. Preencha as lacunas das frases abaixo com os respectivos pronomes, assinalando a opção correta:

1) De presente, deu-lhe um livro para ____ ler.2) De presente, deu um livro para ____.3) Nada mais há entre ____ e você.4) Sempre houve entendimento entre ____ e ti.5) José, espere, vou _____.

a) ele, mim, eu, eu, comigo;b) ela, eu, mim, mim, eu, consigo;c) ela, mim, mim, mim, com você;d) ela, mim, eu, eu, com você;e) ela, mim, eu, mim, consigo.

133. Julgue verdadeiro o item que obedece ao padrão culto da língua:

0 0 Espero que você leve consigo o passaporte.1 1 Já houve discussões graves entre ti e mim.2 2 Cada um faça por si mesmo a redação.3 3 Sem ti e mim poucas coisas se fariam nesta casa.4 4 Carlos, desejo falar consigo um instante.

134. Assinale a alternativa que completa corretamente as frases abaixo, respectivamente:

1) Os gritos chegaram até _____.2) Entre você e _____ há grande diferença de idade.3) Entregou as fotografias para _____ selecionar as

melhores.4) É muito difícil para _____ ler durante a noite.5) Minha irmã deixou a louça para _____ lavar.

a) mim, mim, eu, mim, eu;b) eu, eu, mim, mim, eu;c) mim, mim, eu, mim, eu;d) eu, mim, eu, eu, eu;e) mim, eu, mim, eu, mim.

135. Julgue verdadeiro o item que mantém o padrão culto da língua:

0 0 Feriu-se, quando brincava com o revólver e o virou para si.

1 1 Ela só cuida de si.2 2 Quando V. Sª. vier, traga consigo a informação.3 3 Ele se arroga o direito de vetar tais artigos.4 4 Espere um momento, pois tenho de falar contigo.

136. Assinale o item que indica as palavras que completam as lacunas:

Se você _____ o gato, meu filho, ____ mais cauteloso.

a) rever – sê;b) rever – seja;

c) revir – sê;d) revir – seja;e) revir – sejai.

137. Julgue verdadeiro o item cujo pronome sublinhado está corretamente classificado:

0 0 “estava todos dormindo / estavam todos deitados / dormindo profundamente”: demonstrativo.

1 1 “ela, a vida, a respondeu / com sua presença viva”: possessivo.

2 2 “ – Severino retirante, / deixe agora que lhe diga”: pessoal reto.

3 3 “há uma água clara que cai sobre pedras escuras /e que, pelo som, deixa ver como é fria”: relativo.

4 4 “onde, estava o teu perfume? Ninguém soube”: indefinido.

138. Julgue verdadeiro o item cuja classe da palavra grifada encontra correspondência com a palavra grifada em: “Vários milhões de crianças”.

0 0 Isto é demonstração de força.1 1 Não diga semelhante coisa.2 2 Minhas amigas sabem das coisas.3 3 Tantas sugestões dadas.4 4 Quanto problema!

139. Em “Tenho uma amiga que certa vez...” a palavra sublinhada é:

a) advérbio de tempo;b) pronome adjetivo indefinido;c) pronome adjetivo relativo;d) pronome substantivo indefinido;e) pronome adjetivo demonstrativo.

140. Assinale a opção em que a palavra só NÃO se classifica como em “... só os pretos faziam compras para o jantar ou andavam no ganho.”

a) o preto só queria passear pela cidade;b) desejávamos só que os pretos ficassem

concentrados;c) os pretos viviam só para jantar ou para dormir;d) só havia pretos na cidade de São Luís do

Maranhão;e) o preto iria só, apesar do calor.

141. Em “... a folha permanece meio escrita...” meio é:

a) advérbio; d) pronome indefinido;b) numeral; e) adjetivo.c) substantivo;

142. Na oração “certos amigos não chegam a ser jamais amigos certos”, o termo grifado é sucessivamente:

a) adjetivo e pronome;b) pronome pessoal e pronome relativo;c) pronome indefinido e adjetivo;

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d) pronome adjetivo e pronome indefinido;e) adjetivo anteposto e adjetivo posposto.143. Assinale a opção que preenche corretamente os espaços no enunciado: “Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz e Carlos Drummond de Andrade são expoentes máximos em vossas letras, porém ____ dedicaram-se ao romance e _____ à poesia”.

a) aquelas – esse;b) aquelas – este;c) aqueles – este;d) aqueles – esse;e) esses – este.

144. Julgue verdadeiro o item cujo exemplo mostra construção errada no emprego de “este / esta / isto”; “esse / essa / isso” e “aquele / aquela / aquilo”:

0 0 Passe-me esse livro que está perto de você.1 1 Já lhe darei este livro que estou folheando.2 2 São esses dias que estamos atravessando.3 3 Aos cinco anos entrei para a escola; desde esse

tempo vivo estudando sem parar.4 4 Naquele tempo contava apenas uns quinze anos.

145. Julgue verdadeiro o item que mantém o padrão culto:

0 0 Ouvi-o atentamente. E, nesse instante, compreendi-me melhor.

1 1 Inda palpita aqui, nesse peito, o coração, naquele meigo abraço.

2 2 A serpente extravasara a peçonha. E contra esse comum inimigo se ajudaram mutuamente o homem e o cão.

3 3 Se conhecêsseis melhor esse caminho, não teríeis errado tanto.

4 4 Tira-me esse livro daí onde estás.

146. “Este é o teatro ______ inauguração assisti e _____ me referia na nossa conversa de ontem”. A alternativa que preenche corretamente as lacunas é:

a) a cuja, ao qual;b) cuja, ao qual;c) de cuja, à qual;d) à qual, sobre que;e) cuja a, na qual.

147. Assinale a única opção cuja lacuna se preenche com as preposições entre parênteses:

a) trouxe os livros ______ que precisamos (de);b) trouxe os livros _____ que precisamos ler (de);c) trouxe os livros _____ que eu me revoltei (de);d) trouxe os livros _____ que nós discutimos bastante

(sobre);e) trouxe os livros _____ que não se deve prescindir

(a).

148. Julgue verdadeiro o item sem erro gramatical:

0 0 Estas são as regiões onde vivíamos.1 1 Quais são os lugares a que vamos?2 2 Eis o lugar onde vou.

3 3 Onde pensa que estamos?4 4 Eis o lugar donde saí.149. Assinale a opção que completa corretamente a lacuna da frase:

“Agora publico as poesias ______ dei o nome de PRIMEIROS CANTOS”.

a) às quais; d) à que;b) que; e) a que.c) as que;

150. Julgue verdadeiro o item cujo exemplo não pode ser completado com cujo, cuja ou cujos:

0 0 A dama em ________ casa estivemos é poetisa.1 1 O funcionário por ________ intermédio obtive

isso é meu parente.2 2 O ídolo ante ________ altares nos prostamos é de

mármore.3 3 Vamos falar com a pessoa ________ filhos são

nosso colegas.4 4 Eis os recibos de _________lhes falei ontem.

151. Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas:

“O pai, apegado ______ moral familiar, condenou as argumentações ______ se valeu o filho, porque ______ desagradavam profundamente”.

a) com a – a que – o;b) a – com que – lhe;c) à – de que – lhe;d) a – de que – o;e) na – a que – lhe.

152. Assinale a forma verbal inaceitável em relação à norma culta da língua:

a) países que revêem o conhecimento tecnológico;b) países que preveram o conhecimento tecnológico;c) países que impuseram o conhecimento

tecnológico;d) países que obtém o conhecimento tecnológico;e) países que detiveram o conhecimento tecnológico.

153. Assinale a frase que não se completa adequadamente com a forma colocada entre parênteses:

a) trata-se de condições especiais, _____ convém a sociologia da ciência estudar (que);

b) trata-se de condições especiais, _____ estudo será feito pela sociologia da ciência (cujo);

c) trata-se de condições especiais, _____ deve cuidar a sociologia da ciência (de que);

d) trata-se de condições especiais, _____ devem ser investigadas pela sociologia da ciência (que);

e) trata-se de condições especiais, _____ a sociologia da ciência decerto fará referência (que).

154. Das transformações a que se submeteu a frase – “dá-lhes o brilho necessário” – assinale o único caso em que não houve processo de passivação:

a) deu-se-lhes o brilho necessário;b) o brilho necessário lhes será dado;c) tem-lhes dado o brilho necessário;

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d) seja-lhes dado o brilho necessário;e) o brilho necessário lhes teria sido dado.155. Julgue verdadeiro o item onde há emprego da voz passiva:

0 0 Vende-se uma casa.1 1 Foi batizado na igreja de São Pedro, pelo

capelão.2 2 A resposta foi dada por João, prontamente.3 3 Ele teve sua residência visitada por ladrões.4 4 Os amigos abraçaram-se cordialmente em seu

reencontro.

156. Na frase “Deram-lhe receita para fazer o canário cantar...”, passando o verbo sublinhado para a mesma pessoa do pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo, teremos:

a) têm dado;b) teriam dado;c) tiveram dado;d) tivessem dado;e) tinham dado.

157. Em “Tanto que tenho falado...”, a forma verbal sublinhada está no:

a) pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo;b) presente composto do indicativo;c) pretérito imperfeito composto do indicativo;d) pretérito perfeito composto do indicativo;e) particípio passado.

158. Assinale a flexão verbal incorreta:

a) se vir o tal colega, falar-lhe-ei;b) se eu pôr o verbo no plural, erro de novo;c) se eu vier cedo, aguardo-o;d) se a duplicata estiver certa, paguem-na;e) se eu for tarde, esperem-me.

159. Marque o item que completa corretamente a frase:

“Aqueles que _______ do interior _______ a cidade grande como um mundo que lhes ___________”.

a) vêem – vêm – convêm;b) vêm – vêem – convém;c) vem – vêm – convem;d) vêem – vêem – convêm;e) vêm – vem – convem.

160. Textos: “Traze-me um pouco de tua lembrança, aroma perdido, saudade da flor! – Vê que nem te digo – esperança!

Substituindo-se a 2ª pessoa do singular pela 2ª pessoa do plural, teremos:

a) trazeis, vossa / vedes, vos;b) trazei, vossa / vede, vos;c) traga, tua / vejas, te;d) tragas, tua / vejais, te;

e) tragas, vossa / vejais, vos.

161. As formas verbais sublinhadas estão corretas, EXCETO em:

a) cri no que me disseste;b) valho apenas pela minha aparência?c) Antônio reouve o relógio perdido;d) se teu irmão te contradizer, escuta-o;e) as pessoas presentes intervieram para evitar brigas.

162. Texto: “Seja bendito, ó céu, aquele que ama. Maldito seja, ó inferno, quem odeia!”Pelo verbo sublinhado flexionam-se os relacionados abaixo, EXCETO:

a) incendiar;b) variar;c) remediar;d) ansiar;e) intermediar.

163. Assinale a opção que preencha corretamente as lacunas:

O técnico _______ junto aos jogadores que se _______ tranqüilos.

a) interveio – mantessem;b) interveio – mantivessem;c) interveio – mantesse;d) interviu – mantessem;e) interviu – mantivessem.

164. Assinale a opção que preencha corretamente as lacunas:

“As autoridades _____ as diligências para que se ____, primeiro certas exigência processuais.”

a) susteram – satisfizessem;b) sustaram – satisfizessem;c) sustiveram – satisfizesse;d) susteram – satisfizesse;e) sustaram – satisfaça.

165. Assinale a opção que preencha corretamente as lacunas:

“Não ______ os olhos à contrário ______ lucidamente e _______ teu mundo interior luz de sua verdade”.

a) vendes – aprende-a – recompõe;b) vende – aprende-a – recomponha;c) venda – aprenda-a – recomponha;d) venda – aprenda-a – recompõe;e) vendas – aprenda-a – recompõe.

166. Julgue verdadeiro o item que apresenta o par contendo forma rizotônica / forma arizotônica:

0 0 quero / vendido;1 1 canto / canta;2 2 vendem / fazem;3 3 queremos / fizemos;4 4 direi / faria.

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167. Julgue verdadeiro o item cuja forma verbal não tem valor imperativo:

0 0 “Lança teu grito ao vento da procela”.1 1 “Bandeira – talvez rasgue-se a metralha”.2 2 “Ergue-te, ô luz! – estrela para o povo”.3 3 “Traze a bênção de Deus ao cativeiro”.4 4 “Levanta a Deus do cativeiro o grito!”.

168. Assinale a opção que não completa corretamente as lacunas da frase abaixo:

Se um dia _______ o Capitão Antônio Silvino ______ um homem feliz.

a) conseguir ver / vai ser;b) tivesse visto / teria sido;c) viesse a ver / iria ser;d) puder ver / tinha sido;e) chegasse a ver / ia ser.

169. “Acesas” é particípio adjetivo de “acender”, verbo chamado “abundante”, porque possui dupla forma no particípio (“acendido” e “aceso”). Essa redundância, que é geralmente no particípio, em alguns verbos ocorre em outras formas. Assim, por exemplo, é o caso de:

a) coser; d) vir;b) olhar; e) dançar.c) haver;

170. Dos verbos arrolados abaixo, assinale o único que, em relação à norma culta, não apresenta duplo particípio:

a) abrir; d) enxugar;b) morrer; e) eleger.c) imprimir;

171. Complete corretamente o texto:

“Enquanto uns trabalhavam, outros ______ televisão”.

a) se entretiam na;b) entretiam na;c) entretinham na;d) entretinham com a;e) entretinham-se com a.

172. Em “Se quiséssemos rever, _______; porém se eles quisessem intervir ________” as formas verbais que completam corretamente a frase são:

a) reveríamos – interviriam;b) reveremos – interviessem;c) reveria – interviessem;d) revíamos – interviam;e) revia – intervinham.

173. Julgue verdadeiro o item cuja frase contém o correto emprego do imperativo:

0 0 Não imponhais vossa opinião sem ouvirdes primeiro a dos outros.

1 1 Envie hoje mesmo o que lhe peço, através deste menino.

2 2 Viva eu sempre contente e nada de mal me aconteça.

3 3 Fala primeiro com o teu chefe.4 4 Não aceita essa incumbência, Joana, pois tirará a

tua liberdade.

174. Julgue verdadeiro ou falso a correspondência abaixo:

0 0 fez (pretérito perfeito – modo indicativo);1 1 quis (pretérito imperfeito – modo indicativo);2 2 veio (pretérito perfeito – modo indicativo);3 3 sou (pretérito imperfeito – modo indicativo);4 4 fui (pretérito imperfeito – modo indicativo). 175. A frase negativa que corresponderia a “Põe nelas, todo o incêndio das auroras”, é:

a) não põem nela todo o incêndio das auroras;b) não ponhas nela todo o incêndio das auroras;c) não põe nela todo o incêndio das auroras;d) não ponha nela todo o incêndio das auroras;e) não pondes nela todo o incêndio das auroras.

176. Em que frase apareceu um verbo anômalo?

a) várias pessoas irão ao jogo pela primeira vez;b) anseio por um pouco de paz;c) impugnou-se a partida;d) aconteceram coisas incríveis;e) perco os anéis, mas não os dedos.

177. Assinale a alternativa que possa preencher corretamente as lacunas abaixo:

Certamente ________ (haver) muitas mulheres na reunião que tentarão, de todas as formas possíveis, ________ (pressionar) os que se _________ (opor) ao projeto da creche comunitária.

a) haverão / pressionar / opuserem;b) haverá / pressionar / opuserem;c) haverão / pressionar / oporem;d) haverá / pressionarem / oporem;e) haverá / pressionarem / opuserem.

178. Indique a oração que não está na voz ativa:

a) comeram toda a salada;b) comeu-se toda a salada;c) comeram tudo;d) comeu tudo;e) comeu-se tudo.

179. Em “Pra cantar uma catinga / Que faça você dormir”, as formas verbais são respectivamente de:

a) infinitivo / presente do subjuntivo / infinitivo;b) infinitivo / imperativo / futuro do subjuntivo;c) futuro do subjuntivo / imperativo / futuro do

subjuntivo;d) futuro do subjuntivo / presente do subjuntivo /

infinitivo;e) infinitivo / imperativo / infinitivo.

180. Forma verbal correta:

a) interviu; d) entretesse;

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b) reavenha; e) manteram.c) precavesse;

GABARITO1. F V V V V 2. F V F V F 3. V V F V V

4. V V F F V 5. F F V F V 6. V V F V F

7. V V V V V 8. F F V V V 9. F V F F V

10. F F V V F 11. F F V F F 12. F V V V F

13. F V V F V 14. F V F V V 15. V F F V V

16. V F F V F 17. F V F F F 18. V V V F V

19. V V F V F 20. V V V F F 21. V F V V F

22. V F F F V 23. V V F F F 24. F V F V V

25. V V F V V 26. V V V F F 27. F F F V F

28. V F V V F 29. V F V V V 30. V F V V F

31. F F F V V 32. F V V V F 33. A

34. V V F V F 35. V V F F F 36. V V F V V

37. F V V F V 38. V F V V V 39. F F V F V

40. F V V V F 41. V V F F F 42. F V F F F

43. V V F F F 44. F V F F F 45. F F F V F

46. V F V V V 47. V V F V F 48. V V V F F

49. V F V V F 50. F V F V V 51. F V V V F

52. V F F V V 53. V F F F V 54. F F V F V

55. F V V V F 56. V V F V V 57. F V V V V

58. V V V V F 59. V V V V F 60. V F F F F

61. V V V F F 62. F F V F V 63. F F V V F

64. V F F F V 65. F V V F F 66. V V V V V

67. V V F F V 68. V F F F V 69. F V F F V

70. F V F V V 71. V V F V V 72. V V V V V

73. F V V F V 74. V V F F V 75. V F F V F

76. F V F F F 77. V V F F F 78. V F V V F

79. F F F V V 80. F V V V F 81. E

82. V F V F V 83. F F V V V 84. F V V F V

85. V V F V F 86. F V V F V 87. V F F F F

88. V V V F V 89. F V V F V 90. V F V V

91. V F V V V 92. F V F V V 93. F V V V V

94. V V V V F 95. F V V F F 96. V F VV F

97. V V F F F 98. V F F F V 99. C

100. B 101. V F F F V 102. F F V F V

103. F V F V F 104. F V V F V 105. D

106. F F V F F 107. A 108. D

109. D 110. V F F F F 111. V F F F V

112. V V F V F 113. E 114. A

115. F F V V V 116. V F F F V 117. D

118. V F F F F 119. F V F V V 120. F V F V V

121. A 122. E 123. D

124. V F V V V 125. V V V V F 126. V V V V F

127. D 128. D 129. A

130. V V V V V 131. V V V V F 132. C

133. V V V V F 134. C 135. V V V V F

136. D 137. F V F V V 138. F F F V V

139. B 140. E 141. A

142. C 143. C 144. F F V F V

145. V F V V V 146. A 147. A

148. V V F V V 149. A 150. F F F F V

151. C 152. B 153. E

154. C 155. V V V V F 156. E

157. D 158. B 159. B

160. B 161. D 162. B

163. B 164. B 165. E

166. V F F F F 167. F V F F F 168. D

169. C 170. A 171. E

172. A 173. V V V V F 174. V F V F F

175. B 176. A 177. B

178. B 179. A 180. C

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