Caderno - Produção e Negócios

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NEGÓCIOS PRODUCÃO & ANO 1 - NÚMERO 1 RIO BRANCO, DOMINGO, 15.01.2012 Prêmio Sebrae de Jornalismo prorroga inscrições até dia 31 Página 8 Cooperativa se prepara para ganhar mercado externo Ceasa movimenta mais de R$ 16 milhões por ano Páginas 4 e 5 Páginas 2 e 3 Agricultores tiram renda de feiras livres na capital Página 6

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Caderno - Produção e Negócios Edição 1 - Jornal Pagina 20

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NEGÓCIOSPRODUCÃO

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ANO 1 - NÚMERO 1RIO BRANCO, DOMINGO, 15.01.2012

Prêmio Sebrae de Jornalismo prorroga inscrições até dia 31

Página 8

Cooperativa se prepara para ganhar mercado externo

Ceasa movimenta mais de R$ 16 milhões por ano

Páginas 4 e 5

Páginas 2 e 3

Agricultores tiram renda de feiras livres na capital

Página 6

Rio Branco – AC, DOMINGO, 15.01.20122NEGÓCIOS

PRODUCÃO&

Promissor para o pequeno produ-tor rural e para quem beneficia.

E garantia de higiene e qua-lidade para os consumidores. Assim é o comércio de polpa de frutas congeladas no Acre, um negócio conduzido pela Cooperativa Central de Co-mercialização Extrativista do Estado (Cooperacre).

O empreendimento tem capacidade para produzir quatro toneladas por dia e funciona em um prédio cedi-do pela prefeitura da capital, localizado no Pólo Geraldo Mesquita, bairro Calafate.

No inverno, época de far-tura nos pomares, a matéria--prima é cem por cento acrea-na. No período de novembro a abril, quando as chuvas são frequentes, cerca de 80 pro-dutores rurais familiares de Rio Branco fornecem as fru-tas beneficiadas no local. A agroindústria absorve cem por cento da produção local.

Apenas no verão a Coope-racre precisa importar as fru-tas de outros estados. Para os

Cooperativa de Rio Branco obtém lucros com polpas de frutas congeladas

agricultores de Rio Branco, o período de estio é prejudicial à produção.

Os funcionários da Co-orperacre – quatorze só na unidade de processamento do Pólo Garaldo Mesquita, e quase 150 no total – são, em sua maioria, filhos de agricul-tores. “Nós priorizamos pes-soas que têm laços familiares com os que vivem da terra”, afirma a gerente de produção Márcia Condack Mendes, 32 anos.

Segundo ela, a jornada de trabalho é de 44 horas sema-nais, incluindo meio período aos sábados. O salário-base é de 660 reais, com exceção dos embaladores e operado-res da caldeira, que recebem 850 reais mensais.

O transporte das mer-cadorias recebe suporte da Prefeitura de Rio Branco, que doou, através da Secretaria Municipal de Agricultura e Floresta, dois caminhões à cooperativa. Um deles possui carroceria e outro é dotado de baú frigorífico. A energia consumida pela agroindús-

tria também é subvencionada pelo município.

Higiene e garantia de mercado

O engenheiro de alimen-tos Cesar Ocho Vargas afir-ma que os mais rígidos pa-drões de higiene garantem a qualidade dos produtos da Cooperacre.

“Nosso trabalho se enqua-dra nas normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultu-

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Engenheiro de alimentos Cesar Ocho Vargas

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ra, Pecuária e Abastecimen-to”, diz Ocho.

De acordo com ele, a agroindústria de Rio Bran-co adquiriu uma máquina de pasteurização que melhora a qualidade microbiológica das polpas. Para preservar as pro-priedades naturais do produ-to, ele é aquecido a 72° Cel-sius, e em seguida resfriado a 4°C.

No comércio local, os produtos da Cooperacre po-dem ser encontrados em em-balagens de 400 gramas e 1 kg. Para os atacadistas, a co-operativa fornece as polpas em tambores de 200 kg – que também atendem as necessi-dades de estoque.

Vislumbrando oportuni-dades inéditas com a criação da Zona de Processamen-to de Exportação (ZPE), a cooperativa tenta “elevar” seus produtos à condição de isentos de impostos. E a boa notícia é que a polpa de açaí produzida pela Agroindústria já ganhou adeptos no Rio de Janeiro e até no Peru. “Um empresário de Lima está in-teressado em comprar duas toneladas de nosso produto mais vendido”, comemora César. O do Rio, segundo ele, pretende encomendar dez to-neladas por mês.

Dificuldade de colheita

O problema dessa produ-ção em larga escala é a obten-ção da matéria-prima. Como os produtores não entregam o açaí no prédio da Agroin-dústria por não ter como

colher o fruto, o jeito é que a Cooperacre se encarregue desse trabalho.

“Estudamos a possibilida-de de fazer contratações para esse fim”, garante o enge-nheiro.

O açaí não é o único cam-peão de vendas. Além dele,

os consumidores costumam levar para casa as polpas de acerola, cupuaçu e maracujá, o vice- campeão na preferên-cia dos compradores.

Por causa de uma lei fe-deral que determina que pelo menos 30 por cento dos pro-dutos da merenda escolar se-

jam oriundos da agricultura familiar, a Agroindústria de Rio Branco também fornece para as escolas públicas.

É uma regra que garante parte da movimentação da agroindústria, renda aos pro-dutores e merenda de quali-dade para as crianças.

Agroindústria de Rio Branco gera 14 empregos diretos, beneficia 80 produtores rurais e produz quatro toneladas de polpa de frutas congeladas por dia

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Inaugurada em 2009, a Central de Abas-tecimento de Rio Branco (Ceasa) é

referência no país por con-tar com o que há de mais moderno. Ao custo de nove milhões de reais, o local está revolucionando o setor de produção na capital e vários outros pontos do Estado. São mil produtores cadastrados para trabalhar, 16 milhões de reais movimentados e 16 mil toneladas de alimentos por ano que passam por suas ins-talações.

Projeto prioritário da Prefeitura, que enxergou no empreendimento uma opor-tunidade única para mudar as condições de comercialização da produção da zona rural, a Ceasa também aumenta a renda e gera empregos para famílias necessitadas. Com o novo espaço, produtores, comerciantes, cafezeiras e carregadores que trabalha-vam de maneira informal no entorno do Mercado Elias

Ceasa revoluciona a comercialização de produtos

Dia do Peixe Na última sexta-feira e sábado de cada mês, ocorre o Dia

do Peixe. Produtores autorizados da capital e de outros muni-cípios podem vender diretamente o pescado ao consumidor. Na Semana Santa, a Ceasa realizou a Feira do Peixe e Agri-cultura Familiar. Foram vendidas 100 toneladas de peixes e 60 toneladas de produtos provenientes da agricultura familiar.

Atividades e serviços da Ceasa

Em números A Ceasa funciona em

uma área de 10.794 hecta-res, localizada na rotatória da Via Verde, cruzamen-to com a Transacreana, ao lado da Estrada da Sobral (perto da terceira ponte). Foi construída pela Prefei-tura de Rio Branco, sendo R$ 6,5 milhões em recursos do governo federal e R$ 2,5 milhões do Tesouro Muni-cipal. O governo do estado é parceiro na política de as-sistência técnica e operacio-nalização da unidade.

O local resolve grandes problemas do abastecimen-to à medida que organiza a comercialização reduzindo intermediários e, conse-qüentemente, os preços dos principais produtos.

A área construída é de 4.949,1 metros quadrados, dividida em 36 boxes de 28,8 metros quadrados cada e 130 pedras para a comer-cialização dos produtos da agricultura familiar. Possui espaços como restaurante, lanchonetes, loja de emba-lagens, de produtos agro-pecuários e farmacêuticos, agência do Banco do Brasil e estacionamento para car-ros e caminhões.

Fábrica de Gelo Em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura e

com a Colônia de Pescadores de Rio Branco, foi instalada na Ceasa uma fábrica de gelo em escama com capacidade de nove toneladas por dia. Atende pescadores e aquicultores. O quilo do gelo é vendido a 20 centavos.

Banco de Alimentos Funciona nas dependências da Ceasa. Alimentos doados

por comerciantes e produtores são aproveitados e encaminha-dos a instituições de caridade.

Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)A Ceasa é um dos pontos de distribuição do PAA, uma das

ações do Fome Zero. O objetivo do programa é dar acesso a alimentos em quantidade e regularidade necessárias às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. Permite também aos agricultores familiares que armazenem produtos para que sejam comercializados a preços mais justos. São 130 instituições beneficiadas na capital.

Até o fim do ano, está prevista para ocorrer a Feira da Me-lancia, Feira Orgânica e a Feira do Abacaxi.

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Ceasa revoluciona a comercialização de produtosMansour foram transferidos para a Ceasa e estão agora em situação legal de trabalho.

Um dos objetivos do lu-gar foi separar o varejo do atacado. Antes, no Mercado Elias Mansour, havia disputa por espaço, pois o local não comportava todos os produ-tores, o que causava violên-cia, condições impróprias de trabalho, falta de higiene e de ordem. Afora isso, a Ce-asa coleta e organiza infor-mações, faz estudos sobre a produção e comercialização, contribuindo para a concreti-zação de políticas públicas no setor produtivo do estado.

Após a construção da Central, o porto sujo e ve-lho perto do Mercado Elias Mansour foi desativado. A Secretaria Municipal de Agri-cultura e Floresta (Safra) ofe-rece transporte permanente aos produtores entre o novo porto da Cadeia Velha, Mer-cado Elias Mansour e Ceasa. Porém o governo do estado, em parceria com a Prefeitura,

já tem em mãos um projeto para construir um novo atra-cadouro no Rio Acre, orçado em 4 milhões de reais. O ter-minal fluvial ficará próximo à Ceasa e servirá para que os ribeirinhos transportem com segurança suas produções.

No mês passado, o espaço teve frequência aproximada de 80 produtores por dia. Às três da manhã eles começam a chegar. Nos sábados, dia de maior movimento, o número sobe para 115. Cada pessoa

que deseja vender no local precisa ser identificada e paga um valor simbólico, não pas-sando de três reais.

Vida melhor Azenilde, 43 anos, é uma

dos que ganharam lugar na Ceasa, uma pedra. Moradora na Estrada Apolônio Sales, invoca logo Deus quando indagada sobre as vendas e benefícios, para demonstrar gratidão. “Tá tudo bom de-mais, graças a Deus”.

A agricultora, que teve nove filhos, três deles são adolescentes, faz 30 anos que vende verduras e sempre “de-fendeu seu ganha-pão” com essa atividade. Ela não falta às quintas, sextas e sábados na Central, onde fatura men-salmente cerca de 600 reais.

“O lugar é maravilhoso. Antigamente, a gente vendia no meio da chuva, no meio da rua, sem proteção e hi-giene. Hoje, temos um lugar de verdade, bem apropria-do”, relatou ao lado da filha Andréia que faz questão de acompanhá-la todos os dias, gastando uma hora de carro, da estrada à cidade.

A Ceasa comporta ativida-des de distribuição, abasteci-mento e comercialização no atacado de verduras, frutas, ovos, cereais, carnes e outros produtos perecíveis oriundos de Rio Branco e de outros municípios. Marcos Antônio, por exemplo, sai todos os dias da sua propriedade de cinco hectares no pólo agroflores-

tal Benfica para expor a alface hidropônica e outras verdu-ras na pedra que recebeu. O empresário investiu 300 mil reais nesse empreendimento que conheceu na Espanha.

Satisfeito com os resul-tados, ele já planeja fazer o plantio de morango e tomates hidropônicos. A Safra contri-buiu com o empreendimento dele, fazendo o preparo do solo com o maquinário.

Dona Azenilde: “Tá tudo bom demais, graças a Deus”

Mil produtores são cadastrados para trabalhar na Ceasa

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Desde pequeno, Antônio Mo-reira apren-deu a cultivar

a terra nos seringais de Ta-rauacá e tirar dela o sustento. Hoje, ele tem 37 anos e man-tém a mulher e três crianças realizando a mesma atividade que aprendeu com os pais. Entretanto, em um novo tem-po, com muito mais incentivo e amparo do poder público.

Todas as terças-feiras, o agricultor gasta uma hora e meia em um caminhão da Pre-feitura, vindo de sua proprie-dade, no Seringal Catuaba, ao bairro Santa Inês, no Segundo

Distrito. Na Travessa Santa Rita, onde há uma feira livre, ele descarrega o que produz: banana, melancia, laranja, mandioca, maxixe, pepino, abóbora e até frangos.

Antônio e mais 19 famílias fazem parte da Associação de Produtores do Benfica e Ca-tuaba que estão às terças em uma feira montada pela Pre-feitura. Além das barracas, recebem crachá de identifica-ção, jaleco e uma touca. Tudo para que possa haver higiene e organização.

No total, são 11 feiras como essas distribuídas nos bairros da capital e monta-

das em um dia da semana, ou até mais. Diferentes comuni-dades rurais são escolhidas para comercializar verduras, frutas, frangos, ovos, etc. E é a Prefeitura quem fornece transporte gratuito para es-coar a produção. O sucesso é tão enorme, que o prefeito Raimundo Angelim já autori-zou a abertura de mais quatro feiras.

Cruz, como é conhecido pelos feirantes do pólo agro-florestal do Benfica, faz de 200 a 250 reais por semana e garante que raramente leva sobra para casa. Ele é casa-do, não tem filhos e há três

anos participa da feira do Santa Inês. “Aqui se vende de tudo”, exclama em voz alta enquanto dá entrevista e ao mesmo tempo atende três clientes. “Os produtos mais procurados na minha barraca são cheiro-verde e açaí”.

Outra feirante que esbanja sorriso pelos bons resultados é dona Raimunda Zuleide, que atrai todos na sua barraca por causa de suas deliciosas comidas. Mesmo com a vida sofrida na infância em um seringal de Manoel Urbano, ela é a alegria da feira, agita e grita.

Dona Raimunda mora no

Benfica faz 15 anos. Chega a arrecadar 200 reais por sema-na e vive com o marido só da venda de bolos, mingau, chur-rasquinhos, café, tapioca e pés-de-moleque. “Toda terça estou aqui. Antigamente, não existia caminhão para trans-portar nossos produtos, que chegavam a estragar. Hoje, pode telefonar qualquer hora, até no inverno”, comemo-ra ela, que também recebeu material para construir horta orgânica em estufa e tem em sua propriedade acompanha-mento de técnicos da Secreta-ria Municipal de Agricultura e Floresta (Safra).

Feiras livres movimentam os bairros e mudam a vida de muita gente

Desde a criação da Safra, em 2005, foram criadas e revitalizadas 14 feiras livres, contemplando cerca de 430 produtores, que recebem treinamentos por meio de pa-lestras, estrutura para acomodar seus produtos, transpor-te para escoamento da produção, fardamento padroniza-do e espaço estratégico na cidade para que possam obter lucro.

As 14 feiras de bairros são realizadas semanalmente e estão localizadas em áreas estratégicas de Rio Branco. Dessas, 11 ficam em espaços livres e três, em mercados municipais. A Feira do Produtor, instalada dentro do Mercado Elias Mansour, funciona de segunda a segunda. Já no Mercado da Estação, de quarta a sábado. As de bair-ros funcionam de terça a domingo, das 5h30 ao meio-dia, um dia algumas.

Oportunidade

Cerca de 430 produtores recebem treinamentos, estrutura para acomodar produtos, transporte e uniforme

Feiras de bairros são realizadas semanalmente e estão localizadas em áreas estratégicas de Rio Branco

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O “jilomate”, as-sim chamado o enxerto de jiló com to-

mate, promete trazer resultados grandiosos para a agricultura do Acre. Após três anos de tenta-tivas e erros, Francisco Veiga, proprietário da Colônia Safra, no Pólo Benfica, conseguiu atingir o objetivo de criar uma variação do tomate capaz de resistir à mur-cha bacteriana.

Com apenas 200 pés de jilo-mate, Veiga consegue renda bru-ta de R$ 1,2 mil mensais. Mas a boa notícia não para por aí. Com uma espécie mais resistente, o Acre poderá apostar na ideia e produzir tomate em larga escala. A iniciativa vai acabar com a de-pendência externa do fruto.

A Safra é a condutora da téc-nica desenvolvida por Francisco Veiga e o técnico Jessé Advínco-la. Eles explicam que o jiló, assim como o tomate, é um fruto da família solonácea. Por ser rústi-ca e altamente radicular, é uma planta resistente à murcha bac-teriana.

Segundo os autores da desco-berta, a proposta é tão inovadora e eficaz que virou tema de pes-quisa de graduação universitária. A ideia foi apresentada no Con-gresso Nacional de Agronomia, que ocorreu em São Luis (MA) no ano passado. O evento é re-alizado pela Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab) e pela Socieda-de de Agronomia do Rio Grande do Sul (Sargs).

Jiló com tomate: jilomate

Raízes e produtividade

Rendimento cada vez maior

A Secretaria de Floresta e Agricultura conduziu experimen-tos com tomate em várias outras propriedades, mas apenas a de Gouveia prosperou e obteve os melhores resultados. Atualmen-te, uma rede de supermercados da capital paga R$2,50 pelo quilo do jiló. Em Rio Branco pratica-mente todo o jiló consumido sai da Colônia Safra.

Utilizada essa técnica, o resul-tado foi o seguinte: uma estufa de 120 metros quadrados man-tém 200 pés de tomate, os quais proporcionam colheita semanal de 100 quilos (quatro caixas de 25 kg cada).

O sistema de enxertia do jilomate utiliza o méto-do de garfagem simples. A garfagem é um processo de enxerto que consiste em fi-xar um pedaço de ramo (ou “garfo”) no caule de outro vegetal, chamado “cavalo”, de forma que o ramo se de-senvolva. Após podar o ca-valo e alisar o corte, é feito com o canivete uma fenda perpendicular no sentido do diâmetro, com profundidade de aproximadamente dois centímetros. A fenda pode

ser cheia ou esvaziada. O garfo deve ter o mesmo di-âmetro do cavalo. Ele deve ser preparado em forma de cunha.

Enxertia é uma técnica que consiste basicamente em juntar os tecidos de uma planta aos de outra, que ge-ralmente é da mesma espé-cie, passando a formar uma planta com as duas partes. É muito utilizada na produção de mudas de laranja, limão, tangerina, manga, uva, toma-te e pêssego, entre outras. Duzentos pés de jilomate rendem R$ 1,2 mil mensais

Jilomate é resistente à murcha bacteriana e promete produção em larga escala

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E x p E d i E n t E :Textos publicados nesta página são de responsabilidade da Assessoria de Comunicação do Sebrae no Acre Jornalista Responsável: Lula Melo MTB 015/90 - e-mail: [email protected]. Colaboradores: Juracy Xangai, Vanessa França e Evandro Souza. Sugestões, comentários e-mail para [email protected]. Central de atendimento: 0800-5700800

Quem tem conhecimentovai pra frente!

Prêmio Sebrae de Jornalismo prorroga inscrições até dia 31

Além das mídias tradicionais, blogs

e redes sociais serão contemplados nesta edição

Regina Xeyla

As inscrições para o Prêmio Sebrae de Jornalismo foram prorro-

gadas até o dia 31 de janeiro e devem ser feitas pela internet. O prêmio reconhece trabalhos desenvolvidos para mídias tra-dicionais como revistas, jornais, sites e emissoras de rádio e TV de todo o país. Entre as novi-dades desta quarta edição está o reconhecimento da cobertura jornalística em blogs e mídias sociais. O prêmio conta com a participação promocional da Revista Imprensa.

“Prorrogamos o prazo de-vido à necessidade de ajustar o calendário nacional do prêmio

Os repórteres da TV Aldeia (AC) Celis Fabrícia e Ruizemar Leite

ganharam, também na 3ª edição, o prêmio de Telejornalismo, com a matéria Do Lixo ao Mercado: como transformar uma ideia em produto.

Novo teto estimula empreendedores individuaisFaturamento bruto, que passou de R$

36 mil para R$ 60 mil, já mostra resultados positivos

O novo teto da receita bruta anual do Empreendedor Indivi-dual (EI), que passou de R$ 36 mil para R$ 60 mil a partir de 1º de janeiro, já contribui para o crescimento do programa do governo federal. Apenas nos quatro primeiros dias úteis de 2012, 15.856 trabalhadores saí-ram da informalidade no Brasil. A formalização desse público é feita por meio do Portal do Em-preendedor.

De acordo com pesquisa do Sebrae, em todo o país 87% dos EI pretendem se tornar microem-presários. Eles querem crescer e se modernizar e o novo teto viabiliza-rá seu crescimento.

A Lei Complementar 139/11,

que alterou o teto do EI, também traz simplificações para o dia a dia do empreendedor. Entre elas, a possibilidade de alterar ou cancelar o cadastro pela internet. Para isso, o novo sistema está sendo desen-volvido pelo Comitê Gestor da

Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), vinculado ao Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Outra vantagem é a isenção da exigência de apresentar certifi-cação digital para o recolhimento do Fundo de Garantia do empre-gado. A medida foi regulamentada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional. Atualmente, a legisla-ção permite aos empreendedores individuais a contratação de um empregado.

Hoje, dois anos e meio após a criação do EI, o Brasil já tem mais de 1,9 milhão de empreen-dedores individuais. Varejistas de roupas e cabeleireiros são as ca-tegorias que apresentam o maior

com a etapa estadual, que acon-tece pela segunda vez, e a data de premiação em junho”, explica a gerente de Marketing e Comu-nicação do Sebrae, Cândida Bit-tencourt. O diretor responsável e editor da Revista Imprensa, Sin-val de Itacarambi Leão, comenta que “o Prêmio Sebrae de Jorna-lismo, devido à etapa estadual, ganhou uma extensão geográfica da maior importância, já que é o único que acontece de forma orgânica em todos os estados da federação. Só esse fato já classifi-ca o Prêmio Sebrae como verda-deiramente nacional”

Poderão ser inscritas maté-rias e reportagens publicadas no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2011. As pau-tas devem estar relacionadas a empreendedorismo, coopera-ção, competitividade, inovação, inclusão produtiva, sustentabi-lidade e políticas públicas. Nes-ta edição, trabalhos publicados nas mídias sociais receberão menção honrosa.

Os vencedores da catego-ria Radiojornalismo, na tercei-ra edição do prêmio, no ano passado, foram os jornalistas Everton Barbosa e Luciana Peña, da rádio CBN/Maringá, no Paraná. Everton conta que também participou das três edições anteriores. “Maringá é uma cidade empreendedora e com grande atuação das mi-cro e pequenas empresas. São características que nos fizeram optar por um jornalismo em-preendedor”, afirma.

O município foi o primei-ro a implantar a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, aprovada em 2006. O assunto rendeu a Everton destaque já na primeira edição do Prêmio Sebrae de Jornalismo.

Os repórteres da TV Aldeia (AC) Celis Fabrícia e Ruizemar Leite ganharam, também na 3ª edição, o prêmio de Tele-jornalismo, com a matéria Do Lixo ao Mercado: como trans-formar uma ideia em produto.

ção do júri receberá o título de Grande Prêmio Sebrae de Jornalismo. O ganhador será contemplado com o valor má-ximo desta edição: R$ 25 mil. As menções honrosas ganham destaque em 2011: a referente à melhor imagem e à melhor cobertura jornalística feita por blog ou rede social. Cada pre-miado com a menção honrosa receberá R$ 3 mil. No total, serão distribuídos R$ 96,5 mil em prêmios.

“Esse prêmio traz visibilidade a iniciativas bem-sucedidas de lugares distantes dos gran-des centros, como o caso que contamos. É a história do em-preendedor Francisco Nilo, conhecido localmente como Professor Pardal, que produz vassouras com garrafas PET. Parabéns ao Sebrae”, destaca Celis.

O prêmio conta com qua-tro categorias tradicionais: Jornalismo Impresso, Telejor-nalismo, Radiojornalismo e Webjornalismo. Os profissio-nais que tiveram matérias pu-blicadas com a temática Sus-tentabilidade nas MPE podem concorrer ainda ao Prêmio Es-pecial do Júri Sebrae. Tanto os vencedores das categorias tra-dicionais quanto o do prêmio especial receberão R$ 12,5 mil.

Grande Prêmio

De todas as categorias, a melhor matéria na avalia-

número de formalizações. Em 2012, os estados que lideram os registros são: São Paulo – 1.302; Rio Grande do Sul – 1.124; Minas Gerais – 1.007; Ceará – 691; e Rio de Janeiro – 562.

A partir de janeiro, mais sete atividades econômicas po-dem se formalizar como EI: be-neficiador de castanha, comer-ciante de produtos de higiene pessoal, técnico de sonorização e de iluminação, fabricante de castanha de caju e amendoim torrados e salgados, fabricante de polpas de frutas, fabricante de produtos de limpeza e fabri-cante de sucos concentrados de frutas, hortaliças e legumes. No total, 471 categorias se en-quadram no programa do EI.