cadernos de monitoramento ESQUISTO -...
Transcript of cadernos de monitoramento ESQUISTO -...
© 2013. Secretaria Estadual de Saúde. Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde.Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é de responsabilidade da área técnica.
Série A. Normas e Manuais TécnicosTiragem: 1.ª edição – 2013 – 3.000 exemplares
Elaboração, distribuição e informações:Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde.Rua Dona Maria Augusta Nogueira, 519,Bongi - Recife-PECEP: 50751-530Telefone: (81) 3184-0183/0184E-mail: [email protected] page: www.saude.pe.gov.br
ElaboraçãoLouisiana QuininoMariana Izabel Sena Barreto de MeloAna Coelho de AlbuquerqueSílvia Natália Serafim Cabral
RevisãoLuciana Caroline AlbuquerqueJuliana Martins CostaEronildo Felisberto
Capa e DiagramaçãoRafael Azevedo de Oliveira
Ficha Catalográfica
Pernambuco. Secretaria Estadual de Saúde. Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde.Cadernos de Monitoramento - Programa Sanar – Volume 1:Esquistossomose / Secretaria Estadual de Saúde. Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde.- 1. ed. - Recife: Secretaria Estadual de Saúde, 2013.23p. - (Série A. Normas e Manuais Técnicos)1. Doenças Negligenciadas. 2. Esquistossomose. 3.Vigilância em Saúde. I. Título. II. Série.
Governador de PernambucoEduardo Henrique Accioly Campos
Vice- governadorJoão Soares Lyra Neto
Secretário Estadual de SaúdeAntônio Carlos dos Santos Figueira
Chefe de GabineteJoanna FreireSecretária Executiva de Coordenação GeralAna Paula Menezes SoterSecretário Executivo de Vigilância em SaúdeEronildo FelisbertoSecretária Executiva de Atenção à SaúdeTereza de Jesus Campos NetaSecretária Executiva de Regulação em SaúdeAdelaide Caldas CabralSecretária Executiva de Gestão de Pessoas e Educação em SaúdeCinthia Kalyne de Almeida AlvesSecretário Executivo de Administração e FinançasJorge Antônio Dias Correia de AraújoSuperintendência de ComunicaçãoThiago Nunes
Secretário Executivo de Vigilância em SaúdeEronildo FelisbertoAssessoria de Gabinete SEVSAna Cláudia Simões CardosoAna Coelho de AlbuquerqueAssessoria de Planejamento SEVSAlessandro CerqueiraCoordenador do Programa SANARJosé Alexandre Menezes da SilvaDiretora Geral de Controle de Doenças e AgravosRoselene Hans SantosAssessoria da Diretora Geral de Controle de Doenças e AgravosSílvia CabralGerência de Doenças Transmitidas por MicobactériasAna Lucia SouzaCoordenação do Programa de Controle da Tuberculose Nadianara AraújoCoordenação do Programa de Controle da HanseníaseRaissa AlencarGerência de Prevenção e Controle das Zoonoses, Endemias e Riscos AmbientaisBárbara MorganaCoordenação de Vigilância de Chagas, Tracoma e MaláriaGênova AzevedoDiretora Geral de Informações e Ações Estratégicas da Vigilância EpidemiológicaPatrícia Ismael de CarvalhoDiretora Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Vigilância em SaúdeLuciana Caroline AlbuquerqueGerência de Monitoramento e Avaliação em SaúdeJuliana Martins CostaCoordenação de Monitoramento e Avaliação da Vigilância em SaúdeMonik Duarte
Coordenação de Análise e Disseminação da Informação em SaúdePaula JacomeDiretor Geral do Laboratório Central de Saúde Pública - LACENOvídio AraripeDiretor da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária - APEVISAJaime Brito
Equipe SANARDafne Borba Mendes Ana Beatriz Rigueira José Lancart LimaFlávia Silvestre Outtes Marcela Vieira Vânia Cavalcanti Ana Virginia Matos Cândida RibeiroAnna Samonne Amaral Lopes Denise de Barros Bezerra Juliana Maria Oliveira Cavalcanti Marinho Eline MendonçaMaria de Lourdes Ribeiro Marjory Dowell de Brito Cavalcanti Ludmila Vieira Nogueira da Paixão Polyana Karla Francisca da SilvaCintia Michelle Godim de Brito LimaGina Cristina FreitasAymeé MedeirosPietra Lemos CostaAnabella Bezerra FerreiraSérgio Murilo Coelho de AndradeRômulo granja de SouzaMaria do Livramento F. de FreitasKátia Sampaio CoutinhoAlessandra Tadéia Tenório NoeTânia Gomes de CarvalhoRafael Ferreira de França
Apoio AdministrativoCamila MouraJosé Everaldo Bezerra JúniorMarta XimenesRicardo Alex de LimaSóstenes Marcelino da Silva JuniorWanessa Cristina de SouzaMaria Roseni Paulino da P. Silva
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
1 Monitoramento e avaliação: ferramentas essenciais para os
serviços de saúde
1.1 Desenho do Modelo Lógico
1.2 Matriz de Monitoramento
2 Esquistossomose: monitoramento das ações de controle
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
2.1 Resultados do Monitoramento das Ações de Controle da
Esquistossomose do SANAR
07
09
09
10
12
12
17
19
20
APRESENTAÇÃO
O termo Doenças Negligenciadas tem sido utilizado para se referir a um conjunto de doenças causadas por agentes infecciosos e parasitários (vírus, bactérias, protozoários e helmintos) que, embora sejam diversificadas do ponto de vista médico, possuem em comum o fato de estarem fortemente associadas à pobreza e resistirem de forma mais intensa em ecossistemas tropicais, onde tendem a coexistir. Estas não só prevalecem em condições de pobreza, mas também contribuem para a manutenção do quadro de desigualdade, já que representam forte entrave ao desenvolvimento dos países. Além disso, ao longo de muitos anos, essas doenças não têm recebido investimentos adequados para prevenção e controle, quer pela ausência de pesquisas ou produção de fármacos e vacinas, quer pelos reduzidos investimentos por parte dos órgãos públicos de governo. Desta forma, todos esses fatores convergem para que estas doenças afetem mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo e representem mais de 12% da carga global de doenças.
Buscando alcançar as metas do milênio no que diz respeito ao desenvolvimento global e à redução das desigualdades continentais, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu alguns temas fundamentais para a redução do peso das doenças transmissíveis, elegendo algumas enfermidades consideradas negligenciadas. No Brasil, estratégias para prevenção, controle e eliminação vêm sendo desenvolvidas priorizando intervenções direcionadas às populações em condições socioeconômicas menos favoráveis e ampliando o acesso aos serviços e ações de saúde em consonância com o que prevê a OMS, no Plano Mundial de Luta contra as Doenças Tropicais Negligenciadas (OMS/2008-2015). Porém, apesar desses investimentos, o país apresenta desigualdades intraurbanas importantes, com diferentes determinantes que sustentam a permanência de alguns desses problemas de saúde.
Embora o Brasil tenha alcançado êxito no controle de doenças transmissíveis, por meio dos seus programas específicos nos últimos anos, algumas destas ainda persistem em muitas populações do país, como é o caso de Pernambuco. Assim, com o propósito de desenvolver ações direcionadas para a redução da carga e/ou eliminação dessas doenças, o Governo do Estado lançou o Programa de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas – SANAR, elegendo 7 (sete) doenças a serem enfrentadas de forma mais incisiva, no período de 2011 a 2014.
Para tanto, foram consideradas as doenças negligenciadas que apresentavam as seguintes características: estarem incluídas na agenda internacional (Resolução OPAS/OMS CD 49.R19), possuírem carga que justificam a intensificação das ações de controle, possuírem intervenções tecnicamente viáveis e rentáveis, não possuírem financiamento específico (exceto tuberculose), causarem incapacidade, serem preveníveis ou eliminadas com quimioterápicos e possuírem disponibilidade de diagnóstico e tratamento na rede de saúde, a saber: esquistossomose, geo-helmintíses, tuberculose, hanseníase, doença de Chagas, filariose e tracoma.
Pernambuco, portanto, inova no sentido de ser o primeiro estado brasileiro a desenvolver uma política direcionada ao enfrentamento integrado dessas doenças, em 108 municípios definidos como prioritários. Além das ações de rotina executadas pelos programas específicos, o Programa Sanar desenvolve atividades de fortalecimento da vigilância e da atenção básica voltadas para a identificação e manejo clínico adequados de pacientes, bem como prevê a ampliação do
PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose
07
diagnóstico laboratorial, a melhoria do acesso ao tratamento e medicamentos e a realização de ações educativas e de mobilização social.
Em que pese a importância da formulação adequada das ações para o enfrentamento dessas doenças – este passo já foi dado - é sabido que outras estratégias precisam ser adotadas para conferir sustentabilidade e durabilidade às mesmas, o que só é possível mediante o envolvimento ativo dos profissionais da vigilância em saúde e da assistência, principalmente os da atenção básica, não só na compreensão do problema e na execução das ações de controle, mas, principalmente, no monitoramento das ações, pois somente assim é que um pensamento crítico pode ser formado a respeito dos caminhos adotados.
Foi pensando nos aspectos descritos acima que a Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde identificou a necessidade da construção da publicação Cadernos de Monitoramento - Programa Sanar, tendo como premissa que o monitoramento é uma atividade meio fundamental para o processo de gestão do SUS, uma vez que possibilita a mudança ou manutenção das estratégias adotadas, com foco no alcance dos resultados esperados.
Esta publicação se propõe a detalhar os caminhos conceituais e operacionais tomados pela Secretaria de Saúde do estado de Pernambuco no tocante ao controle das doenças negligenciadas, por meio da participação ativa de todos os envolvidos no acompanhamento dos indicadores selecionados para que assim se pudesse aprimorar o programa em busca do objetivo primordial de sua implantação, que é a transformação na realidade de saúde das populações sob risco.
PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose
08
INTRODUÇÃO
1 Monitoramento e avaliação: ferramentas essenciais para os serviços de saúde
O campo da avaliação em saúde é impregnado por uma diversidade de termos, conceitos e métodos que é coerente com a multiplicidade de questões consideradas pertinentes na área da saúde e com a heterogeneidade e complexidade das intervenções, sejam elas ações, serviços, programas ou políticas públicas. Embora haja esta diversidade conceitual e terminológica, os objetivos oficiais avaliação em saúde são bem claros: (a) ajudar no planejamento e na elaboração de uma intervenção, (b) fornecer informações para melhorar uma intervenção no seu decorrer, (c) determinar os efeitos de uma intervenção ao seu final para decidir se ela deve ser mantida, transformada de forma importante ou interrompida, (d) utilizar os processos de avaliação como um incentivo para transformar uma situação injusta ou problemática, visando o bem estar coletivo e (e) contribuir para o progresso dos conhecimentos para a elaboração teórica (CONTANDRIOPOULOS, 1997).
Dentro do processo avaliativo, identifica-se o monitoramento como uma atividade meio, que pode ser descrita como o “acompanhamento continuado de compromissos (objetivos, metas e ações), explicitados em planos, programações ou projetos, de modo a verificar se estes estão sendo executados conforme preconizado” (BRASIL, 2010). É, portanto, uma importante ferramenta de gestão, já que permite que se tire conclusões a respeito do andamento de uma ação antes que esta chegue ao fim.
Dessa forma, o monitoramento tem uma carga avaliativa, no momento em que também faz uma análise comparativa com determinado referencial, produzindo informações sistemáticas importantes para o planejamento das ações e para a realização de uma avaliação. Considera-se o monitoramento parte essencial do planejamento das ações, devendo abranger desde aspectos relacionados ao modo de execução do trabalho previsto para alcançar os objetivos da intervenção (processo) até aqueles relacionados com os resultados que se pretendem alcançar. A avaliação, por sua vez, responde a questões avaliativas a partir de hipóteses geradas no monitoramento sobre as diferenças observadas entre o que é de fato realizado e as normas preconizadas para a sua execução.
É importante demarcar que um Programa de Saúde representa um sistema organizado de ação que visa, dentro de um determinado contexto e período de tempo, modificar o curso provável de um fenômeno, a fim de atuar sobre uma situação problemática, sendo por isso, categorizado como intervenção na área de saúde e que, por isso, é passível de ser monitorado e avaliado (CHAMPAGNE et al, 2011).
Neste sentido, torna-se imprescindível a disseminação do entendimento sobre a avaliação/monitoramento em saúde, por meio do desenvolvimento da capacidade técnica dos envolvidos no programa, uma vez que somente se apropriando de seus conceitos, práticas, meios e objetivos, pode-se fazer uso do seu desígnio principal de modificar em tempo oportuno as práticas profissionais no sentido de decidir sobre a conveniência de mantê-las, interrompê-las ou modificá-las em busca dos resultados almejados. O efetivo envolvimento e participação (compreensão → consciência crítica → atitudes) de todos no processo de monitoramento contribui com a superação da concepção de que o processo de monitoramento se encerra no simples registro dos dados nos sistemas de informação e seu envio periódico e acrítico às instâncias superiores.
PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose
09
Para se proceder ao monitoramento e avaliação de programas de saúde se faz necessário conhecer bem seus objetivos, metas e público-alvo, assim como seus componentes, atividades a serem realizadas, e os produtos e resultados que se espera obter com a realização das atividades propostas pelo programa. A elucidação dessas questões básicas referentes ao programa que se pretende monitorar/avaliar dispostas num diagrama de funcionamento do programa, numa cadeia de eventos lógicos desde os componentes até os resultados esperados, constitui o desenho do Modelo Lógico, que será descrito adiante.
Antes de partir para a compreensão do conceito de Modelo Lógico, faz-se necessário conhecer as significações individuais de cada termo. Define-se modelo como aquilo que serve de objeto de imitação, e lógica como a organização coerente e estruturada do pensamento (ordenação do raciocínio). Portanto, o Modelo Lógico pode ser definido como um “esquema visual que expõe o funcionamento do programa e fornece uma base objetiva a respeito da relação causal entre seus elementos - estrutura, processos e resultados” (MCLAUGHIN e JORDAN, 1999; ROWAN, 2000).
O Modelo Lógico é, portanto, uma ferramenta que permite a visualização clara, concisa e direta de tudo aquilo que é preciso existir em termos de estrutura (recursos materiais, equipe de trabalho – o que é mais estático) e atividades/processos (o que o trabalhador deve realizar – o que é dinâmico) e como eles se combinam para conseguir os objetivos pretendidos que são os resultados a serem alcançados.
Em termos de utilidade, permite que todos os envolvidos tenham uma visão homogênea e completa de como deve funcionar um programa de controle evitando equívocos e, conseqüentemente, reduzindo a perda de tempo dos envolvidos em torno do objetivo pretendido. Entender o Modelo Lógico de um programa é compreendê-lo como um todo.
O desenho de um Modelo Lógico conta com os seguintes elementos:
- Componentes: são palavras-chaves que podem ser apreendidas dos objetivos específicos do programa e que podem também ser definidos após o elenco das atividades do programa e posterior agregação das atividades afins. O número de componentes vai depender da extensão e complexidade do programa e de quão claro eles ficarão dispostos no Modelo Lógico.
- Atividades: são os meios utilizados para alcançar os resultados esperados. Todas as ações que são e devem ser realizadas pelo programa.
- Recursos: volume e estruturação dos diferentes recursos mobilizados – financeiros, humanos, técnicos e informacionais
- Produtos: estão diretamente relacionados com as atividades, ou seja, cada atividade tem sua consequência imediata;
- Resultados: são as mudanças que o programa pretende proporcionar.
O Modelo Lógico resumido do Sanar está explicitado na Figura 1. Nele é possível verificar os componentes do programa transversais às sete doenças; as atividades a serem realizadas de forma geral; os resultados esperados e o impacto, considerando a plausibilidade entre cada um desses elementos.
1.1 Desenho do Modelo Lógico
PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose
10
RE
SU
LT
AD
OS
Vig
ilân
cia
Ep
idem
ioló
gic
a
Co
ntr
ole
Veto
rial
Am
pliação
do
acesso
à
red
e d
e a
úd
e s
eg
un
do
o
gra
u d
e c
om
ple
xid
ad
e e
n
ec
essd
iad
e d
o p
acie
nte
Assis
tên
cia
ao
sP
acie
nte
s
Ed
ucação
e
Co
mu
nic
ação
em
Saú
de
Art
icu
laç
ão
co
m Á
reas T
écn
icas, G
ER
ES
e
Mu
ncip
ios p
rio
ritá
rio
s p
ara
im
ple
men
taç
ão
das
açõ
es d
o P
rog
ram
a S
AN
AR
no
esta
do
A
po
rte e
ap
lic
ação
do
s r
ecu
rso
s f
inan
ceir
os
des
tin
ad
os à
im
ple
men
tação
do
pro
gra
ma
Melh
ori
a d
a c
ap
ac
idad
e
gere
ncia
l e t
écn
ica
na
imp
lem
en
tação
do
co
ntr
ole
d
as
do
en
ças
Imp
lem
en
tação
do
M&
A n
o n
ivel cen
tral
e
reg
ion
al d
e g
es
tao
do
SA
NA
R
M
on
ito
ram
en
to e
A
valiação
Fin
an
cia
men
to d
o
SA
NA
R
Gestã
o d
o S
AN
AR
Reduzir e/ou eliminar doenças transmissíveis negligenciadas em Pernambuco,
nos municípiosprioritários para cada agravo, no período de 2011-2014
Geo
-
Helm
intí
ases
eE
sq
uis
tos
-so
mo
se
Tu
berc
ulo
se
D.C
hag
as
Filari
ose
Tra
co
ma
SE
S -
SE
VS
C
oo
rden
ação
d
o S
AN
AR
A
qu
isiç
ão
/dis
po
nib
iliz
ação
de in
su
mo
s a
os
mu
nic
ípio
s p
rio
ritá
rio
s
Ela
bo
ração
de b
ole
tim
ep
idem
ioló
gic
o
sem
estr
al
Ap
oio
às G
ere
s e
SM
S n
a c
ap
acit
aç
ão
de
pro
fissio
nais
no
s c
om
po
nen
tes d
o p
rog
ram
a
Ap
oio
às S
MS
para
:-o
rien
tação
de p
roto
co
los n
a a
ssis
tên
cia
-o
rgan
ização
da r
ed
e d
e s
erv
iço
s d
e s
aú
de
-estr
até
gia
s p
ara
en
fren
tam
en
to d
as
do
en
ca
s
Inte
gra
ção
da a
ten
çã
o b
ás
ica
e
vig
ilân
cia
ep
idem
ioló
gic
a n
os m
un
icíp
ios
Pro
du
ção
e a
po
io n
a r
ealiza
çã
o d
e c
am
pan
has
ed
ucati
vas m
un
icip
ais
e e
sta
du
ais
Art
icu
laç
ão
de p
arc
eri
as p
ara
part
icip
ação
no
p
rog
ram
a e
dis
sem
inaç
ão
de in
form
açõ
es
Realiza
ção
de d
iag
nó
sti
co
sit
uacio
nal d
a r
ed
e
básic
a n
os m
un
icíp
ios p
rio
ritá
rio
s
Han
sen
íase
A
po
io L
ab
ora
tori
al
Insti
tucio
naliza
ção
do
m
on
ito
ram
en
tod
as
açõ
es
d
o S
AN
AR
, re
dir
ecio
nan
do
ou
ad
eq
uan
do
as e
str
até
gia
s
qu
an
do
pert
inen
te
Art
icu
laç
ão
co
m c
oo
rde
na
çõ
es
re
gio
na
is e
m
un
icip
ais
do
s p
rog
ram
as
de
co
ntr
ole
, a
ten
çã
o b
ás
ica
, a
ss
istê
nc
ia f
arm
ac
êu
tic
a,
LA
CE
N p
ara
dis
cu
ss
ão
do
s i
nd
ica
do
res
e
pid
em
ioló
gic
os
e p
ac
tua
çã
o d
as
e
str
até
gia
s d
e a
çã
o p
ara
im
ple
me
nta
çã
o d
o
pro
gra
ma
Qu
ali
fic
aç
ão
da
s a
çõ
es
de
v
igil
ân
cia
ep
ide
mio
lóg
ica
e
as
sis
tên
cia
ao
s p
ac
ien
tes
n
os
mu
nic
ípio
s p
rio
ritá
rio
s
Au
me
nto
no
dia
gn
ós
tic
o
pre
co
ce
, tr
ata
me
nto
e c
ura
d
os
ca
so
s d
as
do
en
ça
s
PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose
11
Fig
ura
1 -
Mo
de
lo L
óg
ico
do
Pro
gra
ma
Sa
na
r, 2
01
1-2
014
PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose
12
Depois de construído o Modelo Lógico é possível e necessário fazer uma seleção de perguntas sobre pontos específicos que se desejam esclarecer, o que serve para direcionar o processo avaliativo e para delimitar o que será avaliado e, portanto, só tem efeito se for realizado de forma compartilhada. Geralmente, estas perguntas são selecionadas por todos os participantes do processo.
Passada esta fase, parte-se para a resposta a estas perguntas, o que é feito mediante a definição de critérios e indicadores, em comparação com metas ou padrões pré-estabelecidos (As atividades propostas pelo programa estão acontecendo da maneira correta? Existe estrutura que dê suporte à execução das ações preteridas pelo programa? Os resultados estão sendo alcançados?). Por meio desta comparação é que se pode julgar se o programa está “funcionando” como planejado e se as mudanças na situação problemática, que se esperam como resultados da intervenção, estão acontecendo. Estes critérios e indicadores necessitam ser organizados de maneira sistemática para que sejam compreendidos por todos os envolvidos, o que é possível com a elaboração de uma Matriz de Monitoramento.
A Matriz de Monitoramento é uma ferramenta essencial no processo de apreensão e acompanhamento da realidade dinâmica da execução de um programa. Nela estão os critérios e indicadores, extraídos da estrutura, atividades e resultados do modelo lógico; os padrões/metas que são um valor de referência para mensuração de um fenômeno ou objeto considerado como ideal; o julgamento que será realizado e os resultados obtidos no monitoramento.
Se um indicador de estrutura (por exemplo: falta de profissionais habilitados em realização de tratamento supervisionado para tuberculose) apresenta-se problemático, isto provavelmente vai influenciar nos indicadores de resultado (por exemplo: maior abandono de tratamento). A compreensão da matriz é, portanto, imprescindível ao processo de monitoramento, e deve fazer parte do dia-a-dia dos técnicos que trabalham com o controle das doenças negligenciadas.
No caso do Programa Sanar, para cada uma das doenças negligenciadas foi elaborado um Modelo Lógico com sua respectiva matriz de monitoramento, já que existe um grupo específico de ações programáticas previstas para o controle de cada doença em questão. No entanto, todos os modelos e matrizes têm uma mesma raiz, que é o Modelo Lógico do Programa e, por isso, todos eles possuirão os cinco componentes-base desse Modelo.
A esquistossomose é uma doença parasitária, causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni. No ciclo desse verme as coleções hídricas são essenciais (rios, lagos, córregos e poças), nas quais as formas larvais se desenvolvem em caramujos aquáticos do gênero Biomphalaria. A esquistossomose pode apresentar diferentes formas clínicas, inicialmente assintomática, até formas graves e óbito (REY, 2008).
Pernambuco é considerado a unidade federada do Brasil com maior grau de endemicidade para a esquistossomose, com sua taxa de mortalidade pela
1.2 Matriz de Monitoramento
2 Esquistossomose: monitoramento das ações de controle
doença apresentando-se cerca de 5 vezes maior que a do país ao longo dos anos. Considerando esse quadro epidemiológico, o Programa Sanar elegeu 40 municípios localizados em áreas endêmicas de Pernambuco, nos quais foram intensificadas as ações de controle da esquistossomose e também das geo-helmintíases. Esses municípios foram selecionados por apresentarem, em uma ou mais de suas localidades, uma média anual de positividade (doentes/examinados x 100) maior que 10%, entre os anos de 2006 e 2010.
Os dados necessários para cálculo da positividade foram extraídos do Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE). A figura 2 demonstra espacialmente a localização desses municípios no estado.
Figura 2 - Distribuição dos municípios prioritários para esquistossomose
No entanto, dentre os 40 municípios selecionados como prioritários para o controle da esquistossomose, 10 (dez) deles não apresentaram, no período de 2010-2011 (período de lançamento do Programa Sanar), localidade(s) com média de positividade maior que 10%, embora tenham apresentado antes deste período. Desta forma, foram propostas duas linhas de ação, conforme o percentual de positividade observado:
1) Tratamento Coletivo (TC) (sem diagnóstico prévio), nas 123 localidades que apresentaram mais de 10% de positividade, distribuídas em 30 municípios.
2) Tratamento Seletivo (TS) (mediante diagnóstico prévio) nas demais localidades dos 40 municípios.
Selecionados os municípios e as linhas de ação, o Programa Sanar propôs estratégias específicas dentro dos 5 (cinco) componentes do Modelo Lógico, elaborado visando o controle da esquistossomose (Figura 3). Com base no modelo lógico, foi construída a Matriz de Monitoramento dessas ações, com os resultados obtidos até o ano de 2013 (Quadro 1).
PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose
13
PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose
14
•TC
impl
anta
do e
ava
liado
nas
lo
calid
ades
com
mai
s de
10%
de
posi
tivid
ade
VIG
ILÂ
NC
IA
EP
IDE
MIO
LÓ
GIC
A
Co
mp
on
ente
sA
tivi
dad
esIm
pac
toR
ecu
rso
s R
esu
ltad
os
Imed
iato
s
Red
ução
da
tran
smis
são
da
esqu
isto
ssom
ose
e ge
o-
helm
intía
ses
nas
loca
lidad
es
com
mai
s de
10%
de
posi
tivid
ade
Mel
horia
na
qua
lidad
e da
s
info
rmaç
ões
do S
ISP
CE
Pac
ient
es d
e
esqu
isto
ssom
ose
rece
bend
o
trat
amen
to o
port
uno
e
adeq
uado
na
rede
de
saúd
e
dos
mun
icíp
ios
prio
ritár
ios
Mel
horia
na
qual
idad
e do
diag
nóst
ico
labo
rato
rial d
a
esqu
isto
ssom
ose
e ge
o-
helm
intía
ses
Ref
erên
cia
e co
ntra
-
refe
rênc
ia d
os p
acie
ntes
para
red
e de
saú
de e
stad
ual
secu
ndár
ia e
terc
iária
impl
emen
tada
Mel
horia
do
conh
ecim
ento
e
das
prát
icas
de
prev
ençã
o
da d
oenç
a pe
la
popu
laçã
o
•Con
heci
men
to e
apo
io d
os
gest
ores
e c
oord
enad
ores
do
prog
ram
a na
s G
ER
ES
e S
MS
par
a op
erac
iona
lizaç
ão•P
rofis
sion
ais
capa
cita
dos
real
izan
do a
s aç
ões
do T
C
•Con
heci
men
to a
tual
izad
o da
s aç
ões
a se
rem
impl
emen
tada
s•C
onhe
cim
ento
atu
aliz
ado
dos
prof
issi
onai
s em
dia
gnós
tico
labo
rato
rial e
m E
squi
stos
som
ose
e ge
o-h
elm
intía
ses
•Equ
aliz
ação
dos
mun
icíp
ios
no
que
diz
resp
eito
à a
limen
taçã
o si
stem
átic
a do
SIS
PC
E n
o qu
e di
z
resp
eito
às
geo
-hel
min
tíase
s.•P
rofis
sion
ais
capa
cita
dos
para
as
açõe
s do
trat
amen
to s
elet
ivo
para
es
quis
toss
omos
e e
geo
-he
lmin
tíase
s
GE
ST
ÃO
•
Rea
lizaç
ão d
e re
uniõ
es e
ntre
ges
tore
s m
unic
ipai
s e
Coo
rden
ação
do
SA
NA
R p
ara
a ap
rese
ntaç
ão d
o
Pro
gram
a e
pac
tuaç
ão d
as a
ções
de
enfr
enta
men
to à
es
quis
toss
omos
e•
Cap
acita
ção
dos
prof
issi
onai
s da
Vig
ilânc
ia
Epi
dem
ioló
gica
e A
tenç
ão B
ásic
a na
rea
lizaç
ão d
o Tr
atam
ento
Col
etiv
o•
Cap
acita
ção
dos
prof
issi
onai
s da
ES
F n
a re
aliz
ação
do
Trat
amen
to S
elet
ivo
•Cap
acita
ção
no m
anej
o cl
ínic
o, tr
atam
ento
e
vigi
lânc
ia p
ara
os p
rofis
sion
ais
da E
SF
•Cap
acita
ção
dos
prof
issi
onai
s da
Vig
ilânc
ia A
mbi
enta
l no
dia
gnós
tico
labo
rato
rial p
ara
Esq
uist
osso
mos
e e
geo-
helm
intía
ses
•Atu
aliz
ação
dos
pro
fissi
onai
s da
Vig
ilânc
ia A
mbi
enta
l
no p
reen
chim
ento
do
SIS
PC
E
Rec
urs
os
Hu
man
os:
C
oord
enad
ores
Est
adua
is
(Cen
tral
e R
egio
nal)
de
Epi
dem
iolo
gia,
End
emia
s,
Ate
nção
Bás
ica
e do
P
rogr
ama
SA
NA
R e
do
Labo
rató
rio d
e S
aúde
P
úblic
a/E
ndem
ias.
Ass
esso
res
Téc
nico
s do
Pro
gram
a S
AN
AR
Téc
nico
s do
PC
E
Doc
ente
sA
rte
educ
ador
Ass
esso
ria té
cnic
a de
A
valia
ção
e M
onito
ram
ento
Rec
urs
os
Mat
eria
is:
Loca
l par
a ca
paci
taçõ
esE
quip
amen
tos
de a
udio
-
visu
al,
Mat
eria
l im
pres
so d
e
educ
ação
em
saú
deF
icha
de
cada
stro
M
edic
amen
tos,
Kit
de tr
abal
ho (
cam
isa,
bo
né, b
olsa
, sq
ueez
e,
bala
nça
de p
é, B
loco
s de
an
otaç
ões)
Pot
es c
olet
ores
V
eícu
lo
Diá
rias
Co
mb
ust
ível
Alim
enta
ção
(al
mo
ço,
coff
ee-b
reak
)P
agam
ento
de
ho
ra-a
ula
Tran
spo
rte
•Rea
lizaç
ão d
e T
C n
as lo
calid
ades
com
mai
s de
10%
de p
ositi
vida
de
•Rea
lizaç
ão d
e in
quér
ito a
mos
tral
par
a av
alia
ção
do
TC
apó
s 4
mes
es
•Aco
mpa
nham
ento
das
açõ
es d
o T
C n
as lo
calid
ades
trab
alha
das
•Ela
bora
ção
e en
vio
de n
ota
técn
ica
aos
mun
icíp
ios,
após
ava
liaçã
o do
TC
•Ela
bora
ção
de b
olet
im in
form
ativ
o
•Con
heci
men
to a
tual
izad
o da
s co
ndiç
ões
para
rea
lizaç
ão d
as
açõe
s de
dia
gnós
tico
labo
rato
rial
AP
OIO
L
AB
OR
AT
OR
IAL
•Ava
liaçã
o da
est
rutu
ra e
pro
cess
o do
s la
bora
tório
s m
unic
ipai
s pa
ra o
dia
gnós
tico
para
sito
lógi
co
AS
SIS
TÊ
NC
IA
AO
S P
AC
IEN
TE
S
ED
UC
AÇ
ÃO
E
CO
MU
NIC
AÇ
ÃO
E
M S
AÚ
DE
•Im
plan
taçã
o do
dia
gnós
tico
e tr
atam
ento
da
esqu
isto
ssom
ose
e
geo
-hel
min
tíase
s na
s e
quip
e do
P
SF
nos
mun
icíp
ios
prio
ritár
ios
•Red
e de
ref
erên
cia
estr
utur
ada
para
cas
os g
rave
s de
es
quis
toss
omos
e
SM
Sre
aliz
ando
açõe
sed
ucat
ivas
emsa
úde
dirig
idas
aopú
blic
o-a
lvo
dopr
ogra
ma
•Aco
mpa
nham
ento
das
açõ
es d
o tr
atam
ento
sel
etiv
o•D
efin
ição
e p
actu
ação
da
rede
de
refe
rênc
ia p
ara
caso
s gr
aves
de
esqu
isto
ssom
ose
com
mun
icíp
ios
e re
gion
ais
•Apo
io à
s S
MS
par
a re
aliz
ação
de
ativ
idad
es
educ
ativ
as v
olta
das
à po
pula
ção
mai
s vu
lner
ável
•Ela
bora
ção
de m
ater
ial e
duca
tivo
para
doe
nça
(fol
ders
, car
taze
s)
•Tra
tam
ento
de
pelo
men
os80
% d
apo
pula
ção
eleg
ível
das
loca
lidad
esco
m m
ais
de 1
0% d
e po
sitiv
idad
e•D
isse
min
ação
sobr
ea
situ
ação
do
doen
ças
e o
anda
men
to/c
ondu
ção
do e
nfre
ntam
ento
à m
esm
a
Redução da prevalência da esquistossomose e das geo-helmintíases nos 40 municípios prioritários até 2014
Res
ult
ado
s In
term
ediá
rio
s
Fig
ura
3 -
Mo
de
lo ló
gic
o d
as
aç
õe
s d
e c
on
tro
le d
a e
squ
isto
sso
mo
se d
o p
rog
ram
a S
an
ar,
20
13
PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose
15
INDICADOR PADRÃO JULGAMENTOENCONTRADO
dos recursos materiais
% de municípios que receberam
todos os materiais necessários para
as ações de controle da
esquistossomose
100% dos municípios com:· material impresso de
educação em saúde,·
balança de chão
·
Medicamento (Praziquantel e Albendazol)
·
potes coletores,
·
ficha de cadastro para o TC
·
ficha 101 do PCE
·
ficha 108 do PCE
VERDE: 100% - 80% dos municípios com recursos materiais previstos.
AMARELO:
79% -
50% dos municípios com recursos materiais previstos.
VERMELHO:
< 50% dos municípios com recursos materiais previstos.
100%
PR
OC
ES
SO
Capacitação em Tratamento Coletivo (TC)*
% de municípios onde há
localidades com mais de 10% de
positividade capacitados para
o desenvolvimento do Tratamento
Coletivo.
100% dos município onde há localidades com mais de 10% de positividade capacitados para o desenvolvimento do Tratamento Coletivo.
VERDE:
100% -
80% dos municípios capacitados no TC
AMARELO:
79% -
50% dos municípios capacitados no TC
VERMELHO: < 50% dos municípios capacitados no TC
100%
Capacitação em Tratamento Seletivo (TS)
% dos municípios capacitados para
o desenvolvimento do Tratamento
Seletivo.
100% dos municípios capacitados para o desenvolvimento do Tratamento Seletivo.
VERDE:
100% -
80% dos municípios capacitados no TS
AMARELO:
79% -
50% dos municípios capacitados no TS VERMELHO: < 50% dos municípios capacitados no TS
87,5%
Capacitaçãono
Diagnóstico
(DP)
% dos municípios capacitados em
Diagnóstico Parasitológico
de esquistossomose
e geo-helmintíases.
100% dos municípios capacitados no Diagnóstico Parasitológico
de esquistossomose e geo-helmintíases.
VERDE:
100% -
80% dos municípios capacitados no DP
AMARELO:
79% -
50% dos municípios capacitados no DP
VERMELHO: < 50% dos municípios capacitados no DP.
30%
Capacitação no SISPCE
% dos municípios capacitados no
SISPCE
100% dos municípios capacitados no SISPCE
VERDE:
100% -
80% dos municípios houve capacitados no SISPCE.
AMARELO:
79% -
50% dos municípios capacitados no SISPCE.VERMELHO: < 50% dos municípios houve capacitados no SISPCE.
92,5%
Definição e pactuação da rede de
Existência de uma rede de referência estadual definida
Rede de referência definida e pactuada no estado
VERDE: simAMARELO: em andamento
SIM
Disponibilidade
Parasitológico
CRITÉRIODIMENSÃORESULTADO
ES
TRU
TUR
AG
ES
TÃO
Quadro 1: Matriz de monitoramento do modelo lógico das ações de controle daesquistossomose do Programa Sanar, 2013
PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose
16
INDICADOR PADRÃO JULGAMENTOENCONTRADO
80%
PRO
CES
SO
100%
38,4%
100%
100%
CRITÉRIODIMENSÃORESULTADO
VIG
ILÂ
NC
IA E
PID
EM
IOLÓ
GIC
A
Quadro 1 : Matriz de monitoramento do modelo lógico das ações de controle da esquistossomose do Programa Sanar, 2013
(Continuação)
ED
UC
AÇ
ÃO
E
CO
MU
NIC
AÇ
ÃO
EM
SA
ÚD
E
RE
SU
LTA
DO
87,5%
VERDE: 100% - 80% dos municípios com TC concluídoAMARELO: 79% - 50% dos municípios com TC concluídoVERMELHO: < 50% dos municípios com TC concluído
VERDE: 100% - 80% das localidades com TC supervisionadoAMARELO: 79% - 50% das localidades com TC supervisionadoVERMELHO: < 50% das localidades com TC supervisionado
VERDE: 100% - 80% dos municípios. AMARELO: 79% - 50% dos municípiosVERMELHO: < 50% dos municípios
VERDE: 100% - 80% das localidades com o Inquérito Amostral supervisionadoAMARELO: 79% - 50% das localidades com Inquérito Amostral supervisionadoVERMELHO: < 50% das localidades com Inquérito Amostral supervisionado
VERDE: 100% - 80% dos municípios realizando atividades educativasAMARELO: 79% - 50% dos municípios realizando atividades educativas. VERMELHO: < 50% dos municípios realizando atividades educativas
VERDE: 100% - 80% dos municípios com material educativoAMARELO: 79% - 50% dos municípios com material educativoVERMELHO: < 50% dos municípios com material educativo
VERDE: 100% - 80% das localidades com prevalência abaixo de 10%AMARELO: 79% - 50% das localidades com prevalência abaixo de 10%VERMELHO: < 50% das localidades com prevalência abaixo de 10%
100% dos municípios que possuem localidades com 10% de positividade, com TC concluído
100% das localidades com o TC concluído, supervisionado pela equipe do Sanar
100% dos municípios com o inquérito amostral realizado 4 meses após a conclusão do TC, em pelo menos 1 localidade
100% das localidades com o Inquérito Amostral concluído, supervisionado pela equipe do Sanar
100% dos municípios realizando atividades educativas com a comunidade
100% dos municípios com material educativo (folder, lâmina educativa) distribuídos pelo nível central
100% das localidades, onde o inquérito amostral foi concluído, com prevalência abaixo de 10%
% dos municípios que possuem localidades com 10% de positividade, com TC concluído
% das localidades com o TC concluído, supervisionado pela equipe do Sanar
% dos municípios com o inquérito amostral realizado 4 meses após a conclusão do TC, em pelo menos 1 localidade
% das localidades com o Inquérito Amostral concluído, supervisionado pela equipe do Sanar
% dos municípios realizando atividades educativas
% dos municípios com material educativo (folder, lâmina educativa) distribuídos pelo nível central
% das localidades onde o inquérito amostral foi concluído, com prevalência
Conclusão do Tratamento Coletivo
Supervisão in loco do TC
Inquérito Amostral realizado
Supervisãoin loco do Inquérito Amostral
Atividades educativaspara a Esquistossomose
Distribuiçãode material educativo para as ações de controle da Esquistossomose
Prevalência da esquistossomose nas localidades prioritárias
87,5%
2.1 Resultados do Monitoramento das Ações de Controle da Esquistossomose do SANAR
Dos 13 (treze) indicadores de estrutura, processo e resultado analisados no monitoramento das ações de controle da esquistossomose pelo Programa Sanar, 11 (onze) obtiveram desempenho satisfatório e 2 (dois) ainda permanecem com desempenho regular (Quadro 1). Vale ressaltar que essas ações ainda estão em andamento em alguns dos municípios prioritários, podendo-se concluir que este cenário ainda pode ser modificado.
Destacam-se os indicadores “Realização de capacitação em SISPCE” que aconteceu em 37 dos 40 municípios prioritários, “Distribuição de material educativo para as ações de controle da Esquistossomose”, o qual demonstrou que 100,0% dos municípios prioritários receberam material educativo sobre esquistossomose e, por fim, “Realização de capacitação em Tratamento Coletivo” e “Surpevisão in loco do Tratamento Coletivo”, que foram realizados em 100,0% dos municípios programados (Quadro 1).
Com base no bom desempenho atingido nas dimensões estrutura e processo, pode-se observar o alcance do padrão estabelecido para o indicador de resultado “Proporção de localidades com prevalência abaixo de 10%”, o qual obteve o resultado de 87,5%, conforme detalhado no Quadro 2. É possível perceber que em 100,0% das localidades a prevalência de esquistossomose diminuiu, com ênfase para os municípios de Jaboatão dos Guararapes, Belém de Maria e Cortês, que tiveram localidades cuja prevalência atingiu 0,0%.
PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose
17
PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose
18
Município/LocalidadePrevalência em
2010/2011Prevalência
pós SANAR
Jaboatão dos Guararapes
Barra de Jangada
10,3% 1,95%
Lagoa das Garças
4,2%
0%
Novo Horizonte
19,6%
4,0%
São Lourenço da Mata
Nova Tiúma
10,0%
1,7%
Vitória de Santo Antão
Arandu de Baixo
16,0%
2,7%
Correntes
Pau Amarelo
11,6%
2,3%
Belém de Maria
Barro Branco
14,0%
2,0%
Fortaleza e Limeira
34,0%
5,0%
Sítio do Meio
14,4%
1,1%
Sombra da Barra e Passagem de Areia 13,5% 1,1%
Sueira 11,5% 0%
Cortês
Umari
11,8%
0%
Diogo
12,5%
2%
Velho
12,3%
3,6%
Tamandaré
Canoa Grande
15,7%
1,3%
Itambé
Caricé
18,1%
7,8%
São Benedito do Sul
Igarapeba
19,8%
3,4%
Sítio Cobras
70,6%
36,8%
Boa Vista
26,7%
8,0%
Chã do Cajá 28,8% 10,4%
Água PretaEngenho Santa
Tereza 11,9% 10,8%
Quadro 2 – Comparativo das prevalências dos municípios com Inquérito Amostral concluído, antes e depois da intervenção do Programa Sanar, 2013.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Programa Sanar, em seus quase três anos de existência, beneficiou por meio das suas estratégias de controle da esquistossomose, direta ou indiretamente, 1.944.717 pessoas. Esta publicação, que apresenta os resultados parciais do monitoramento das ações de controle da esquistossomose em 40 municípios prioritários, demonstra que muitos avanços já foram obtidos, mas também aponta para importantes desafios.
Diminuir a carga das doenças negligenciadas, com a redução de indicadores inaceitáveis e, consequentemente, melhorar a situação de saúde e a qualidade de vida da população do estado de Pernambuco são objetivos finalísticos do Programa Sanar. Os resultados parciais apresentados neste volume da publicação Cadernos de Monitoramento – Esquistossomose indicam que as iniciativas adotadas para atender estes objetivos, muito embora ainda se tenha um longo caminho a percorrer, estão obtendo sucessos relevantes.
Desta forma, entendendo que o monitoramento é uma atividade fundamental ao processo de gestão do SUS, uma vez que possibilita a mudança ou manutenção das estratégias adotadas, com foco no alcance dos resultados esperados, o Programa Sanar tem se beneficiado deste processo e corrigido os rumos das ações, de modo a garantir o alcance do resultado final. Para tanto, é de fundamental importância que o desenho do sistema de monitoramento dos Programas seja parte integrante do planejamento das suas ações, devendo contemplar os aspectos nucleares da execução do trabalho previstos para alcançar os objetivos da intervenção.
PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose
19
PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose
20
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
Brasil. Ministério da Saúde. Sistema de Planejamento do SUS: uma construção coletiva - Monitoramento e avaliação: processo de formulação, conteúdo e uso dos instrumentos do PlanejaSUS . Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
Champagne F; Brousselle, A; Hartz, ZMA; Contandiopoulos, AP. Modelizar as intervenções. In: Brousselle, A et al. Avaliação: conceitos e métodos. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2011.
Contandriopoulos, A. et al. A avaliação na área da saúde: conceitos e métodos. In: HARTZ, Z.M. Avaliação em Saúde: dos modelos conceituais à prática na análise de implantação de programas. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 1997. cap. 2, p. 29-48
McLaughlin JA, Jordan GB. Logic models: A tool for telling your program's performance story. Evaluation and Program Planning. v. 22, n.1, 1999.
OPAS. OMS. Resolução CD49.R19 (Port.) de 2 de outubro de 2009. Eliminação de doenças negligenciadas e outras infecções relacionadas à pobreza. 49º Reunião do Conselho Diretor – 61ª Sessão do Comitê Regional, Washington, D.C., EUA, 28 de setembro a 2 de outubro de 2009.
Pernambuco. Secretaria Estadual de Saúde. Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde. Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose – SISPCE. Versão 4.1. Recife, 2011.
Rey L. Parasitologia. 4 edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
Rowan MS. Logic models in primary care reform: Navigating the evaluation. Canadian Journal of Program Evaluation, 15(2), 2000.