Caixa Postal 331 - clcportugal.com

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Transcript of Caixa Postal 331 - clcportugal.com

Tradução Degmar Ribas Júnior

Rio de Janeiro 2012

11a Impressão

Charles F. Pfeiffer

Howard F. Vos

John Rea

Todos os direitos reservados. Copyright © 2006 para a língua portuguesa da Casa Publi-cadora das Assembléias de Deus. Aprovado pelo Conselho de Doutrina.

Título do original em inglês: Wycliffe Bible DictionaryHendrickson Publishers, Inc., Peabody, Massachusetts, EUATraduzida da 4a edição em inglês: 2000

Tradução: Degmar Ribas Júnior

Preparação dos originais e revisão: Miriam Anna Libório, Reginaldo de Souza e Anderson Grangeão da Costa

Capa e projeto gráfico: Eduardo SouzaEditoração: ArtSam-Soluções Gráficas

CDD: 220.3 – DicionáriosISBN: 85-263-0809-2

Para maiores informações sobre livros, revistas, periódicos e os últimos lançamentos da CPAD, visite nosso site: http://www.cpad.com.br

SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente: 0800-701-7373

Casa Publicadora das Assembléias de DeusCaixa Postal 33120001-970, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

11a Impressão/2012 - Tiragem: 4.000

POs dois volumes da Enciclopédia Bíblica Wycliffe são o produto dos esforços combinados de

mais de duzentos estudiosos nos vários campos dos estudos bíblicos. Embora a maioria delesseja composta por americanos, vários são cidadãos de outros países.

Este projeto teve início em 1959 quando a equipe da Moody Press reconheceu a necessida-de de substituir os antigos dicionários e enciclopédias bíblicas por um trabalho que estivesse àaltura das tendências mais modernas da teologia, das mais recentes descobertas da arqueolo-gia, e das pesquisas lingüísticas.

Este comitê estabeleceu várias diretrizes básicas para a EBW. Em primeiro lugar, os seusartigos de caráter doutrinário devem estar de acordo com a ortodoxia cristã, com os fundamentosda fé geralmente aceitos pelos crentes de uma linha evangélica conservadora. Nenhum artigopode contradizer a crença de que as Escrituras, como um todo, são inspiradas por Deus, e que nãoocorreram erros em sua transmissão oral e em seus manuscritos originais. Quanto à escatologia,considera-se que a volta do Senhor Jesus Cristo ocorrerá antes de seu reino milenar na terra.

Em segundo lugar, a enciclopédia deve ser considerada completa no sentido de que cadalocal e nome pessoal na Bíblia Sagrada são listados e discutidos, assim como todos os termosteológicos e as doutrinas importantes. Vários artigos sobre temas não bíblicos foram incluídos,com a finalidade de fornecer um contexto cultural ao ambiente em que se passaram os eventosregistrados na Bíblia Sagrada. Isto foi feito devido às freqüentes referências a estes assuntos,que constam nas cartas Amarna, nas Tábuas de Nuzu, no Código de Hamurabi, nos registrosSumérios, e na Pedra Moabita. Existem termos incompreensíveis para o leitor mediano da Bí-blia Sagrada, a menos que sejam explicados. Pelo fato de a enciclopédia limitar-se a uma discus-são de temas que contribuem diretamente para a compreensão da Bíblia e dos tempos bíblicos,pouca atenção foi dada à história da igreja.

Em terceiro lugar, os artigos devem ser suficientemente abrangentes para satisfazer aosleigos bem informados, sem deixar de ser suficientemente claros para que possam ser compre-endidos pelos leitores de nível médio. Por esta razão, os termos hebraicos, gregos e outros ter-mos estrangeiros foram transliterados.

Uma vez que a versão KJV (Almeida Revista e Corrigida para a versão brasileira) ainda éa versão mais lida nas igrejas evangélicas, sua grafia foi seguida na obra original para os nomespróprios nos títulos dos artigos individuais. Porém em cada artigo, as traduções mais precisasou as transliterações utilizadas nas versões mais recentes foram freqüentemente utilizadas.Certos nomes e palavras importantes ou, ainda, termos que ocorrem em versões mais recentessão discutidos visando a conveniência do leitor. A grafia dos nomes nas versões mais recentestambém foi incluída, e é seguida por uma referência cruzada com o nome que consta na ARC.Por exemplo, ao nome Quirinius foi acrescentada a observação: Veja Cirênio. O segundo nome éaquele que consta na versão ARC. Ao referir-se ao nome de Deus no Antigo Testamento, oseditores preferiram utilizar o Nome Yahweh ao invés de Jeová. O primeiro é, agora, aceito deforma mais geral pela maioria dos estudiosos do AT, por entenderem que ele é o que mais seaproxima da pronúncia correta na antiga nação de Israel.

Os autores que colaboraram com artigos são identificados por suas iniciais. Sua posição nacomunidade acadêmica é apresentada na Lista de Colaboradores. O leitor tem a seu dispor, deforma garantida, uma fonte de informação precisa, confiável e atualizada para o seu estudo daPalavra de Deus. Diferentes pontos de vista (dentro dos limites de uma posição evangélica) sãoexpressos, de forma que não foi imposta uma rigorosa uniformidade aos vários artigos.

As bibliografias anexadas aos artigos mais longos não são de modo algum exaustivas, massão indicadas como ajuda ao leitor, sugerindo consulta a livros e periódicos disponíveis na mai-oria das bibliotecas. Foi feito um esforço especial para acrescentar referências aos artigos maisimportantes da famosa obra de Kittel, traduzida por G. F. Bromiley, o Dicionário Teológico doAntigo Testamento.

Prefácio

Dicionário Bíblico Wycliffe

A utilidade da enciclopédia foi grandemente estendida, ao mesmo tempo em que as repeti-ções foram amplamente evitadas através de um sistema de referências cruzadas ao longo dotexto e no final da maioria dos artigos.

Uma outra questão é a utilização da expressão latina quod vide, “veja-se”, através de suaabreviatura q.v. entre parêntesis logo após a menção da palavra, ou pela própria instrução“veja...” antes do termo.

Em vários casos foi preferível discutir os tópicos ou as unidades individualmente relacio-nados sob um tópico geral, ao invés de fazê-lo em artigos separados. Por exemplo, todos osanimais, pássaros, peixes, insetos e répteis foram discutidos sob o verbete “Animais”. Outrosexemplos são os longos artigos sobre os Manuscritos Bíblicos, o vestuário, as festividades, osalimentos, os falsos deuses, as jóias, os minerais e metais, as ocupações, as plantas, as versõesantiga e medieval, além dos pesos, medidas e moedas. Este arranjo torna possível que o leitoradquira mais facilmente um conhecimento mais abrangente de um assunto em particular, seassim desejar.

A equipe original de editores foi liderada por Charles F. Pfeiffer e, associados a ele, estive-ram E. Leslie Carlson no Antigo Testamento, Walter M. Dunnet no Novo Testamento, R. AllanKillen em teologia e Howard F. Vos para ilustrações e arqueologia. John Rea foi posteriormenteconvidado a assumir a lacuna deixada pelo falecimento do Dr. Carlson. Mais tarde, o Dr. Rea foiconvidado a assumir a função de editor de manuscritos, com o objetivo de desempenhar a tarefaeditorial até o final da obra.

Ele teve a assistência especial do Dr. Vos que, como editor de livros-texto da Moody Press,e mais tarde, consultor em livros-texto, leu e avaliou todo o conteúdo da enciclopédia; e tambémde James Mathisen que, durante muitos anos, trabalhou como editor assistente da Moody Press.Outros ilustres eruditos que prestaram uma assistência de valor inestimável incluem Dwight P.Baker, Kenneth A. Domroese, Fred Dickason, Stanley N. Gundry, e Alan F. Johnson.

Nossos agradecimentos especiais à senhorita Nettie Cox, que depois de se aposentar doInstituto Bíblico Moody como editora de materiais promocionais, serviu com grande habilidadee de maneira incansável como editora-chefe de cópias. Sem sua habilidade na organização dagrande quantidade de manuscritos que se acumulou, sua memória para os detalhes, e seu olhoclínico para a localização de erros, este projeto teria naufragado. Nettie foi assistida por DorothyMartin durante os vários meses de leitura e provas. Este projeto também não teria alcançadopleno êxito sem a constante supervisão e o envolvimento prático de Howard Fischer, que ocupao cargo de gerente de produção da Moody Press.

Os autores e os editores reconhecem a dívida que têm para com muitos dicionários e enci-clopédias publicados durante o século XX. De especial utilidade em todos os aspectos têm sido asobras Unger’s Bible Dictionary e The New Bible Dictionary. Em questões de arqueologia, histó-ria antiga e costumes bíblicos destacamos as obras Pictorial Biblical Encyclopedia (de G. Cornfeld),Seventh-Day Adventist Bible Dictionary (de Siegfried H. Horn), The Interpreter’s Dictionary ofthe Bible, e a obra The Biblical World (de Charles F. Pfeiffer); e em questões doutrinárias desta-camos a obra Baker’s Dictionary of Theology. A obra The Interpreter’s Dictionary of the Bible nosserviu como padrão para a grafia e pronúncia da maior parte dos nomes de pessoas, locais, eeventos na história antiga do Oriente Próximo. A tabela de abreviaturas dos periódicos, obrasde referência, dicionários e versões da Bíblia Sagrada revelam de modo mais profundo a ampli-tude e o alcance do material consultado por aqueles que contribuíram através da elaboração dosartigos, bem como dos editores.

Várias pessoas e instituições bem dispostas forneceram ilustrações que contribuíram parao enriquecimento desta obra. O crédito é dado a cada uma delas junto com cada ilustração,porém, gostaríamos de expressar nosso especial reconhecimento àquelas que estão listadas abaixo,por terem fornecido um número de fotos expressivo demais para que sejam apenas citadas deforma abreviada junto às ilustrações. Suas abreviaturas aparecem entre parêntesis: BritishMuseum, Londres (BM); Israel Information Service, Nova York (IIS); Lehnert e Landrock, Cairo(LL); Museu do Louvre, Paris (LM); Moody Institute of Science (MIS); Metropolitan Museum ofArt, Nova York (MM); Matson Photo Service, Los Angeles (MPS); Oriental Institute of the Uni-versity of Chicago (ORINST); Dr. John Rea (JR); e o Dr. Howard F. Vos (HFV).

W. A. A. ALCORN, Wallace A., Ph.D., Profes-sor Associado da cadeira de Teologiado Novo Testamento, NorthwestBaptist Seminary, Tacoma Wash.

G. A. A. ANDERSON, George A., Th.M., Pro-fessor da cadeira de Bibliologia, KingCollege, Bristol, Tenn.

G. L. A. ARCHER, Gleason L., Jr., Professorda cadeira de Teologia do Antigo Tes-tamento, Trinity EvangelicalDivinity School, Deerfield, Ill.

D. P. B. BAKER, Dwight P.N. B. B. BAKER, Nelson B., Ph.D., Professor

Emérito de Bibliologia Inglesa,Eastern Baptist Theological Semina-ry, Filadélfia, Penn.

D. B. BALY, Denis, Kenyon College,Gambier, Ohio.

D. C. B. BARAMKI, D.C., Ph.D., Curador deMuseus, American University ofBeirut, Líbano.

L. B. BARBIERI, Louis, Th.D., Membro daFaculdade, Moody Bible Institute,Chicago, Ill.

G. W. Ba. BARKER, Glenn W., Th.D., Reitor &Professor de Origens Cristãs, FullerTheological Seminary, Pasadena,Calif.

K. L. B. BARKER, Kenneth L., Ph.D., Profes-sor Associado de Assuntos Semitas eTeologia do Antigo Testamento,Dallas Theological Seminary, Dallas,Tex.

D. M. B. BEEGLE, Dewey M., Ph.D., Profes-sor de Teologia do Antigo Testamen-to, Wesley Theological Seminary,Washington, D.C.

R. H. B. BELTON, Robert H., Th.M., MembroEmérito da Faculdade, Moody BibleInstitute, Chicago, Ill.

T. H. B. BENDER, Thorwald W., Th.D., Pro-fessor de Filosofia da Religião e Teo-logia, Eastern Baptist TheologicalSeminary, Filadélfia, Penn.

T. M. B. BENNETT, T. Miles, Th.D., Profes-sor de Teologia do Antigo Testamen-to, Southwestern Baptist TheologicalSeminary, Fort Worth, Tex.

S. H. B. BESS, S. Herbert, Ph.D., Professorde Teologia do Antigo Testamento eHebraico, Grace Theological Semina-ry, Winona Lake, Ind.

E. M. B. BOHNETT, Earl M., M. Div., M. A.,Reitor Educacional, Baptist BibleCollege, Denver, Col.

A. B. BOWLING, Andrew, Ph.D., Profes-sor Associado, Bibliologia e Filosofia,John Brown University, SiloamSprings, Ark.

J. L. B. BOYER, James L., Th.D., Professor

de Teologia do Novo Testamento eGrego, Grace Theological Seminary,Winona Lake, Ind.

G. W. Br. BROMILEY, Geoffrey W., Ph.D., Pro-fessor de História da Igreja e Teolo-gia Histórica, Fuller Theological Se-minary, Pasadena, Calif.

W. B. BROOMALL, Wick, M. A., Th.M.,Atlanta School of Biblical Studies,Atlanta, Ga.

W. G. B. BROWN, W. Gordon, D.D., ReitorEmérito, Central Baptist Seminary,Toronto, Ontário, Canadá.

S. G. B. BROWNE, S.G., Leprosy ResearchUnit, Uzuakoli, Nigéria Oriental.

F. F. B. BRUCE, F.F., M.A., D.D., Rylands –Professor de Crítica e Exegese Bíbli-ca, Universidade de Manchester, In-glaterra.

S. F. B. BRYAN, Sigurd F., Th.D., Professorde Religião, Samford University, Bir-mingham, Ala.

D. W. B. BURDICK, Donald W., Th.D., Profes-sor de Teologia do Novo Testamento,Conservative Baptist TheologicalSeminary, Denver, Col.

J. O. B. BUSWELL, J. Oliver, Jr., Ph.D., Rei-tor Emérito, Covenant TheologicalSeminary, St. Louis, Mo.

D. K. C. CAMPBELL, Donald K., Th.D., Rei-tor, Dallas Theological Seminary,Dallas, Tex.

E. L.C. CARLSON, E. Leslie, Th.D., Profes-sor Emérito, Southwestern BaptistTheological Seminary, Fort Worth,Tex.

F. G. C. CARVER, Frank G., Jr., Ph.D., Pro-fessor de Teologia Bíblica e Grego,Pasadena College, Pasadena, Calif.

G. H. C. CLARK, Gordon H., Ph.D., Professorde Filosofia, Butler University,Indianápolis, Ind.

E. W. C. CLEVENGER, Eugene W., Th.D.,Professor de Bibliologia, AbileneChristian College, Abilene, Tex.

J. W. C. COBB, John W., Th.D., ProfessorEmérito de Religião, University ofCorpus Christi, Corpus Christi, Tex.

W. B. C. COBLE, William B., Th.D., Profes-sor de Teologia do Novo Testamento,Hermenêutica e Grego, MidwesternBaptist Theological Seminary,Kansas City, Mo.

S. M. C. CODER, S. Maxwell, Th.D., ReitorEmérito de Educação, Moody BibleInstitute, Chicago, Ill.

S. C. COHEN, Simon, D.D., foi membro doHebrew Union College, Cincinatti,Ohio.

R. O. C. COLEMAN, Robert O., Th.D., Profes-

LLista de Colaboradores

VII

Dicionário Bíblico Wycliffe

sor Associado de Fundamentos Bíbli-cos e Arqueologia, SouthwesternBaptist Theological Seminary, FortWorth, Tex.

C. W. C. CROWN, C. W., M.D., Médico, Chi-cago, Ill.

T. B. C. CRUM, Terrele B., M.A., Professor deEstudos Bíblicos, Barrington Colle-ge, Barrington, Rhode Island.

W. C. CULBERTSON, William, D.D., Pre-sidente Emérito e Chanceler, MoodyBible Institute, Chicago, Ill.

R. D. C. CULVER, Robert D., Th.D., Profes-sor de Teologia Sistemática, TrinityEvangelical Divinity School,Deerfield, Ill.

J. J. D. DAVIS, John J., Ph.D., Professor deTeologia do Antigo Testamento eHebraico, Grace Theological Semina-ry, Winona Lake, Ind.

V. G. D. DAVISON, Vernon G., Ph.D., Profes-sor de Religião e Grego, SamfordUniversity, Birmingham, Ala.

W. T. D. DAYTON, Wilber T., Th.D., Presi-dente, Houghton College, Houghton,N. Y.

D. W. D. DEERE, D.W., Th.D., ProfessorEmérito de Teologia do Antigo Tes-tamento, Golden Gate TheologicalSeminary, Mill Valley, Calif.

R. D. B. DEMPSEY, Robert B.C. E. D. DE VRIES, Carl E., Ph.D., Pesqui-

sador Associado (Professor Associa-do), Instituto Oriental, Universida-de de Chicago, Chicago, Ill.

C. F. D. DICKASON, C. Fred, Th.D., Membroda Faculdade, Moody Bible Institu-te, Chicago, Ill.

R. L. D. DOBSON, Robert L., Th.D., Profes-sor de Bibliologia, Howard PayneCollege, Brownwood, Tex.

H. L. D. DRUMWRIGHT, Huber L., Jr.,Th.D., Reitor e Professor de Teologiado Novo Testamento, SouthwesternBaptist Theological Seminary, FortWorth, Tex.

W. M. D. DUNNETT, Walter M., Ph.D., Mem-bro da Faculdade, Moody Bible Ins-titute, Chicago, Ill.

D. G. E. EADIE, Douglas G., Th.D., Ph.D.,Professor de Religião, Universidadede Redlands, Redlands, Calif.

R. E. EARLE, Ralph, Th.D., Professor deTeologia do Novo Testamento,Nazarene Theological Seminary,Kansas City, Mo.

L. R. E. ELLIOTT, L. R.C. L. F. FEINBERG, Charles L., Ph.D., Rei-

tor, Talbot Theological Seminary, LaMirada, Calif.

P. D. F. FEINBERG, Paul D., Ph.D., Profes-sor Assistente de Filosofia da Reli-gião, Trinity Evangelical DivinitySchool, Deerfield, Ill.

E. F. FERGUSSON, Everett, Ph.D., Pro-fessor de Bibliologia, Abilene Chris-

tian College, Abilene, Tex.P. W. F. FERRIS, Paul W., Jr., M. Div.,

Graduate Student, Dropsie College,Filadélfia, Penn.

H. E. Fi. FINLEY, Harvey E., Ph.D., Profes-sor de Bibliologia do Antigo Testa-mento, Nazarene Theological Semi-nary, Kansas City, Mo.

F. L. F. FISHER, Fred L., Th.D., Professor deHermenêutica, Golden Gate BaptistTheological Seminary, Mill Valley,Calif.

H. D. F. FOOS, Harold D., Th.D., Membro daFaculdade, Moody Bible Institute,Chicago, Ill.

C. T. F. FRANCISCO, Clyde T., Th.D., Pro-fessor de Hermenêutica do AntigoTestamento, Southwestern BaptistTheological Seminary, Louisville, Ky.

H. E. Fr. FREEMAN, Hobart E., Th.D., Pales-trante e Escritor, Graceland, Ind.

L. Ga. GALLMAN, Lee, Th.D., Professor deReligião, Samford University, Bir-mingham, Ala.

J. F. G. GATES, John F., S.T.D., Professor deBibliologia e Filosofia, St. Paul Bi-ble College, Bible College, Minn.

N. L. G. GEISLER, Norman L., Ph.D., Profes-sor de Filosofia da Religião, TrinityEvangelical Divinity School,Deerfield, Ill.

J. M. G. GERSTNER, John M., Ph.D., Profes-sor de História da Igreja, PittsburghTheological Seminary, Pittsburgh,Penn.

G. A. G. GETZ, Gene A., Ph.D., Professor As-sociado de Educação Cristã, DallasTheological Seminary, Dallas, Tex.

R. G. GODDARD, Robert, Th.D., Membroda Faculdade, Moody Bible Institu-te, Chicago, Ill.

L. Go. GOLDBERG, Louis, Th.D., Membroda Faculdade, Moody Bible Institu-te, Chicago, Ill.

J. H. G. GREENLEE, J. Harold, Th.D., Mis-sionário, OMS International.

J. K. G. GRIDER, J. Kenneth, Ph.D., Profes-sor de Teologia, Nazarene Theologi-cal Seminary, Kansas City, Mo.

V. C. G. GROUNDS, Vernon C., Ph.D., Pre-sidente, Conservative Baptist Theo-logical Seminary, Denver, Col.

S. G. GUNDRY, Stanley, S.T.D., Membroda Faculdade, Moody Bible Institu-te, Chicago, Ill.

G. H. G. HADDOCK, Gerald H., Ph.D., Pro-fessor Associado de Geologia, Whea-ton College, Wheaton, Ill.

E. F. Hai. HAIGHT, Elmer F., Th.D., ProfessorEmérito de Religião, Louisiana Col-lege, Pineville, La.

P. S. H. HAIK, Paul S., Th.D., Membro daFaculdade, Moody Bible Institute,Chicago, Ill.

F. E. H. HAMILTON, Floyd E.

VIII

H. A. Han. HANKE, H. A., Th.D., Professor deReligião, Asbury College, Wilmore, Ky.

G. L. H. HARDING, G. Lankester, Daroun-Harissa, Líbano.

L. O. H. HARRIS, Lindell O., Th.D., Presiden-te, Divisão de Religião, Hardin-Simmons University, Abilene, Tex.

R. L. H. HARRIS, R. Laird, Ph.D., Professorde Teologia do Antigo Testamento,Covenant Theological Seminary, St.Louis, Mo.

E. F. Har. HARRISON, Everett F., Ph.D., Pro-fessor Sênior de Teologia do NovoTestamento, Fuller Theological Se-minary, Pasadena, Calif.

G. W. H. HARRISON, G. W., Th.D., Professorde Teologia do Antigo Testamento eHebraico, New Orleans Baptist The-ological Seminary, New Orleans, La.

C. K. H. HARROP, Clayton K., Th.D., Profes-sor de Hermenêutica, Golden GateBaptist Theological Seminary, MillValley, Calif.

R. E. H. HAYDEN, Roy E., Ph.D., Professorde Literatura Bíblica, Oral RobertsUniversity, Tulsa, Okla.

A. K. H. HELMBOLD, Andrew K., Ph.D., Pro-fessor de Ciências Humanas,Tidewater Community College,Portsmouth, Va.

E. W. H. HELSEL, E. Walter, Th.M., Profes-sor de Religião, Seattle Pacific Col-lege, Seattle, Wash.

C. F. H. H. HENRY, Carl F.H., Ph.D., ProfessorLivre Docente, Eastern Baptist The-ological Seminary, Filadélfia, Penn.

D. E. H. HIEBERT, D. Edmond, Th.D., Pro-fessor de Teologia do Novo Testamen-to, Menonite Brethren Biblical Semi-nary, Fresno, Calif.

H. W. H. HOEHNER, Harold, W., Ph.D., Pro-fessor Associado de Homilética,Dallas Theological Seminary, Dallas,Tex.

H. A. Hof. HOFFNER, Harry A., Jr., Ph.D., Pro-fessor Associado de Hititologia eAssiriologia, Yale University, NewHaven, Conn.

S. H. H. HORN, Siegfried H., Ph.D., Profes-sor de Arqueologia e História da An-tigüidade, Andrews University,Berrien Springs, Mich.

C. M. Ho. HORNE, Charles M., Th.D., Profes-sor Associado de Teologia, GraduateSchool of Theology, Wheaton Colle-ge, Wheaton, Ill.

S. M. H. HORTON, Stanley M., Th.D., Profes-sor de Bibliologia, Hebraico e Teolo-gia, Central Bible College, Springfi-eld, Mo.

H. E. H. HOSCH, Harold E.F. D. H. HOWARD, Fred D., Th.D., Professor

de Religião, Wayland Baptist Colle-ge, Plainview, Tex.

G. E. H. HOWARD, George E., M.A., Th.M.,

Professor Associado de Filosofia daReligião, University of Georgia,Athens, Ga.

F. R. H. HOWE, Frederic R., Th.D., Professorde Teologia, Dallas Theological Se-minary, Dallas, Tex.

H. A. Roy. HOYT, Herman A., Th.D., Presiden-te, Grace Theological Seminary,Winona Lake, Ind.

F. B. H. HUEY, F.B., Jr., Th.D., ProfessorAssociado de Teologia do Antigo Tes-tamento, Southwestern Baptist The-ological Seminary, Fort Worth, Tex.

K. H. HUJER, Karel, D.Sc., Professor deAstronomia e Física, University ofTennessee at Chattanooga, Tenn.

C. J. H. HURST, Clyde J., Th.D., Professor deBibliologia e Filosofia, Hardin-Simmons University, Abilene, Tex.

C. M. Hy. HYATT, Cecil M., Th.D., Professor deBibliologia e Religião, CaliforniaBaptist College, Riverside, Calif.

E. C. J. JAMES, Edgar C., Th.D., Membro daFaculdade, Moody Bible Institute,Chicago, Ill.

J. E. J. JENNINGS, James E., M. A., Profes-sor Assistente de Arqueologia, Whe-aton College, Wheaton, Ill.

P. K. J. JEWETT, Paul K., Ph.D., Professorde Teologia Sistemática, Fuller The-ological Seminary, Pasadena, Calif.

A. F. J. JOHNSON, Alan F., Th.D., Profes-sor Associado de Bibliologia eApologética, Wheaton College, Whe-aton, Ill.

P. C. J. JOHNSON, Philip C., Th.D.R. L. J. JOHNSON, Robert L., M.A., Profes-

sor Associado de Bibliologia, AbileneChristian College, Abilene, Tex.

E. S. K. KALLAND, Earl S., Th.D., Reitor,Conservative Baptist TheologicalSeminary, Denver, Col.

J. L. K. KELSO, James L., Th.D., ProfessorEmérito de História do Antigo Tes-tamento e Arqueologia Bíblica,Pittsburgh Theological Seminary,Pittsburgh, Penn.

H. A. K. KENT, Homer A., Jr., Th.D., Vice-Presidente e Reitor, Grace Theologi-cal Seminary, Winona Lake, Ind.

R. A. K. KILLEN, R. Allan, Th.D., Professorde Teologia Contemporânea e Refor-mada. Theological Seminary,Jackson, Miss.

W. H. K. KIMZEY, Willis H., Jr., Th.D., Pro-fessor de Religião, Union Universi-ty, Jackson, Tenn.

M. A. K. KING, Marchant A., D.D., ProfessorEmérito, Los Angeles Baptist Colle-ge, Newhall, Calif.

M. G. K. KLINE, Meredith G., Ph.D., Profes-sora de Teologia do Antigo Testamen-to, Gordon-Conwell Theological Se-minary, Wenham, Mass.

F. H. K. KLOOSTER, Fred H., Th.D., Profes-sor de Teologia Sistemática, Calvin

XI

Dicionário Bíblico Wycliffe

X

Theological Seminary, GrandRapids, Mich.

J. W. K. KLOTZ, John W., Ph.D., Professor deCiência Natural, Concordia SeniorCollege, Fort Wayne, Ind.

G. W. K. KNIGHT, George W., III, Th.D., Pro-fessor Associado de Bibliologia doNovo Testamento, Covenant Theolo-gical Seminary, St. Louis, Mo.

C. H. K. KRAELING, Carl H., Ph.D., DiretorEmérito do Institute of OrientalStudies, Universidade de Chicago,Chicago, Ill.

F. C. K. KUEHNER, Fred C., Th.D., Reitor,Professor de Idiomas Bíblicos, TheTheological Seminary of the Refor-med Episcopal Church, Filadélfia,Penn.

W. L. L. LANE, William L., Th.D., Professorde Teologia do Novo Testamento eEstudos Judaicos, Gordon-ConwellTheological Seminary, Wenham,Mass.

H. C. L. LEUPOLD, H. C., D.D., Professor deTeologia do Antigo Testamento,Evangelical Lutheran Seminar, Co-lumbus, Ohio.

J. P. L. LEWIS, Jack P., Ph.D., Professor deBibliologia, Harding Graduate Scho-ol of Religion, Memphis, Tenn.

N. R. L. LIGHTFOOT, Neil R., Ph.D., Profes-sor de Bibliologia, Abilene ChristianCollege, Abilene, Tex.

R. P. L. LIGHTNER, Robert P., Th.D., Pro-fessor Assistente de Teologia Siste-mática, Dallas Theological Semina-ry, Dallas, Tex.

F. D. L. LINDSEY, F. Duane, Th.D., Profes-sor Assistente de Teologia Sistemá-tica, Dallas Theological Seminary,Ft. Worth, Tex.

G. H. L. LIVINGSTON, G. Herbert, Ph.D.,Professor de Teologia do Antigo Tes-tamento, Asbury Theological Semi-nary, Wilmore, Ky.

G. C. L. LUCK, G. Coleman, Th.D., Membroda Faculdade, Moody Bible Institu-te, Chicago, Ill.

E. L. L. LUEKER, Erwin L.L. A. L. LUFBURROW, Lawrence A.J. C. M. MACAULAY, J.C., D.D., Reitor, New

York School of the Bible, New YorkCity.

W. R. L. Mc. MC LATCHIE, Wm. R.L.W. H. M. MARE, W. Harold, Ph.D., Professor

de Idiomas Bíblicos e Literatura doNovo Testamento, Covenant Theolo-gical Seminary, St. Louis, Mo.

J. Ma. MATHISEN, James, M.A., ProfessorAssistente de Sociologia, Aurora Co-llege, Aurora, Ill.

A. M. MERCER, Arthur, Th.D., PrivateBusiness, Dallas, Tex.

C. S. M. MEYER, Carl S., Ph.D., ProfessorGraduado de Teologia Histórica,Concordia Seminary, St. Louis, Mo.

J. R. M. MICHAELS, J. Ramsey, Ph.D., Profes-sor de Literatura Patriarcal e do NovoTestamento, Gordon-Conwell Theolo-gical Seminary, Wenham, Mass.

R. A. M. MITCHELL, Richard A., Institute forMediterranean Studies, Berkeley,Calif.

H. M. M. MORRIS, Henry M., Ph.D., Institu-te for Creation Research, San Diego,Calif.

L. M. MORRIS, Leon, Ph.D., Diretor,Ridley College, Melbourne, Austrá-lia.

R. M. MOUNCE, Robert, Ph.D., Professorde Estudos Religiosos, WesternKentucky University, BowlingGreen, Ky.

W. M. MUELLER, Walter, Th.M.J. K. M. MUNRO, John Ker, Th.M, Diretor de

Admissões, Columbia Bible College,Colúmbia, S.C.

J. M. MURRAY, John, Th.M, ProfessorEmérito de Teologia Sistemática,Westminster Theological Seminary,Filadélfia, Penn.

W. E. N. NIX, William E., Ph.D., Diretor Edu-cacional, Beverly Hills Hospital,Dallas, Tex.

H. W. N. NORTON, H. Wilbert, Th.D, Reitorda Graduate School of Theology,Wheaton College, Wheaton, Ill.

R. P. PACHE, Rene, J.D., Presidente daEmmaus Bible School, Lausanne,Suíça.

F. P. PACK, Frank, Professor deBibliologia, Abilene Christian Colle-ge, Abilene, Tex.

J. B. P. PAYNE, J. Barton, Th.D, Professor deLiteratura e Idiomas do Antigo Tes-tamento, Covenant Theological Semi-nary, St. Louis, Mo.

A. T. P. PEARSON, A.T.J. D. P. PENTECOST, J. Dwight, Th.D, Pro-

fessor de Homilética, Dallas Theolo-gical Seminary, Dallas, Tex.

G. W. P. PETERS, George W., Ph.D, Profes-sor de Missões Mundiais, Dallas The-ological Seminary, Dallas, Tex.

I. G. P. PETERSON, Irving G.C. F. P. PFEIFFER, Charles F., Ph.D, Profes-

sor de Idiomas Antigos, CentralMichigan University, Mt. Pleasant,Mich.

C. H. P. PINNOCK, Clark H., Ph.D, Profes-sor de Teologia Sistemática, RegentCollege, Vancouver, British Colum-bia.

R. E. Po. POWELL, Ralph E., Th.D, Professorde Teologia e Filosofia das Religiões,North American Baptist Seminary,Sioux Falls, S.D.

R. E. Pr. PRICE, Ross E., Ph.D, D.D., Supe-rintendente Distrital, RockyMountain District, Igreja do Nazare-no, Billings, Mont.

W. T. P. PURKISER, W.T., Ph.D, Professor

XI

Associado de Bibliologia Inglesa,Nazarene Theological Seminary,Kansas City, Mo.

A. F. R. RAINEY, Anson F., Institute for HolyLand Studies, Jerusalém, Israel.

R. G. R. RAYBURN, Robert G., Th.D, Presi-dente do Covenant Theological Semi-nary, St. Louis, Mo.

J. R. REA, John, Th.D, Palestrante e Editor Teo-lógico

A. M. R. RENWICK, Alexander M., D.D., Pro-fessor, Free Church College, Edin-burgh, Escócia.

R. L. R. REYMOND, Robert L., Ph.D, Profes-sor Associado de Teologia Sistemáti-ca, Covenant Theological Seminary,St. Louis, Mo.

J. A. R. REYNOLDS, J. A., Th.D, Professorde Religião, Mary Hardin-BaylorCollege, Belton, Tex.

R. C. R. RIDALL, R. Clyde, Th.D, ProfessorAssociado de Teologia e LiteraturaBíblica, Olivet Nazarene College,Kankakee, Ill.

R. V. R. RITTER, R. Vernon, Th.D, Professorde Estudos Religiosos, WestmontCollege, Santa Bárbara, Calif.

D. M. R. ROARK, Dallas M., Ph.D, Professorde Filosofia, Kansas State College ofEmporia, Emporia, Kan.

J. W. R. ROBERTS, J.W., Ph.D, Professor deBibliologia, Abilene Christian Colle-ge, Abilene, Tex.

I. R. ROBERTSON, Irvine, Th.M, Mem-bro da Faculdade, Moody Bible Ins-titute, Chicago, Ill.

E. B. R. ROBINSON, Earl B.D. R. R. ROSE, Delbert R., Ph.D, Professor de

Teologia Bíblica, Asbury TheologicalSeminary, Wilmore, Ky.

C. C. R. RYRIE, Charles C., Ph.D, Reitor deEstudos de Doutorado, Dallas Theo-logical Seminary, Dallas, Tex.

A. C. S. SCHULTZ, Arnold C., Ph.D, Pales-trante de História, Roosevelt Univer-sity, Chicago, Ill.

S. J. S. SCHULTZ, Samuel J., Ph.D, Profes-sor de Bibliologia e Teologia, Whea-ton College, Wheaton, Ill.

D. R. S. SIME, Donald R., Ph.D, Vice-Presi-dente, Assuntos da Universidade,Pepperdine University, Malibu, Calif.

J. H. S. SKILTON, John H., Ph.D, Professorde Teologia do Novo Testamento,Westmister Theological Seminary,Filadélfia, Penn.

E. B. S. SMICK, Elmer B., Ph.D, Professor deTeologia do Antigo Testamento,Gordon-Conwell Theological Semina-ry, Wenham, Mass.

R. L. S. SMITH, Ralph L., Th.D, Professor deTeologia do Antigo Testamento, Sou-thwestern Baptist Theological Semi-nary, Fort Worth, Tex.

W. M. S. SMITH, Wilbur M., D.D., ProfessorEmérito de Bibliologia Inglesa,

Trinity Evangelical Divinity School,Deerfield, Ill.

J. A. S. SPRINGER, J. Arthur, D.D., Mem-bro Emérito da Faculdade, MoodyBible Institute, Chicago, Ill.

B. C. S. STARK, Bruce C., Th.D, Professor deFilosofia, Ashland College, Ashland,Ohio

F. R. S. STEELE, Francis R., Home Director,North Africa Mission

D. S. STEPHENS, Douglas, Th.D, Membroda Faculdade, Moody Bible Institu-te, Chicago, Ill.

H G. S. STIGERS, Harold G.N. J. S. STONE, Nathan J., Th.M, Membro

Emérito da Faculdade, Moody BibleInstitute, Chicago, Ill.

R. S. STRICKLAND, Rowena, Th.D, Pro-fessor de Bibliologia, OklahomaBaptist University, Shawnee, Okla.

G. G. S. SWAIN, Gerald G.M. C. T. TENNEY, Merrill C., Ph.D., Profes-

sor de Bibliologia e Teologia,Graduate School of Theology, Whea-ton College, Wheaton, Ill.

J. D. T. THOMAS, J.D., Ph.D., Professor deBibliologia, Abilene Christian Colle-ge, Abilene, Tex.

J. A. T. THOMPSON, John A., Cairo, U.A.R.D. D. T. TIDWELL, D.D., Th.D., Professor de

Cristianismo, Houston Baptist Col-lege, Houston, Tex.

G. H. T. TODD, G. HallW. B. T. TOLAR, William B., Th.D., Professor

de Fundamentos Bíblicos, Southwes-tern Baptist Theological Seminary,Fort Worth, Tex.

S. D. T. TOUSSAINT, Stanley D., Th.D., Pro-fessor Assistente de Homilética,Dallas Theological Seminary, Dallas,Tex.

A. E. T. TRAVIS, Arthur E., Th.D., Professorde Cristianismo, Houston BaptistCollege, Houston, Tex.

J. L. T. TRAVIS, James L., Th.D., Faculda-de (Bíblica), Blue Mountain College,Blue Mountain, Miss.

J. W. T. TRESCH, John W., Jr., Belmont Co-llege, Nashville, Tenn.

G. A. T. TURNER, George A., Ph.D., Profes-sor de Literatura Bíblica, Asbury The-ological Seminary, Wilmore, Ky.

R. V. U. UNMACK, Robert V., Th.D., Profes-sor de Teologia do Novo Testamento,Central Baptist Theological Semina-ry, Kansas City, Kan.

C. V. VAN TIL, Cornelius, Ph.D., Profes-sor Emérito de Apologética, West-minster Theological Seminary, Fila-délfia, Penn.

E. J. V. VARDAMAN, E. Jerry, Th.D., Pro-fessor Associado de Arqueologia Bí-blica, Southern Baptist TheologicalSeminary, Louisville, Ky.

H. F. V. VOS, Howard F., Th.D., Ph.D., Pro-

Dicionário Bíblico Wycliffe

XII

fessor de História, The King’s Colle-ge, Briarcliff Manor, N.Y.

L. L. W. WALKER, Larry L., Ph.D., ProfessorAssociado de Teologia do Antigo Tes-tamento, Southwestern Baptist The-ological Seminary, Fort Worth, Tex.

W. B. W. WALLIS, Wilber B., Ph.D., Professorde Teologia do Novo Testamento,Covenant Theological Seminary, St.Louis, Mo.

J. F. W. WALVOORD, John F., Th.D., Presi-dente, Dallas Theological Seminary,Dallas, Tex.

B. M. W. WARREN, Bern M., Th.D., Professorde Bibliologia, Western EvangelicalSeminary, Portland, Ore.

J. W. W. WATTS, J. Wash, Th.D., ProfessorEmérito de Teologia do Antigo Tes-tamento e Hebraico, New OrleansBaptist Theological Seminary, NewOrleans, La.

J. D. W. W. WATTS, John D.W., Th.D., Professorde Teologia do Antigo Testamento,Serampore College, Índia.

C. J. W. WENZEL, Charles J., B.D., Membroda Faculdade, Columbia Bible Colle-ge, Columbia, S.C.

W. W. W. WESSEL, Walter W., Ph.D., Profes-sor de Teologia do Novo Testamento,Bethel College, St. Paul, Minn.

J. C. W. WHITCOMB, John C., Th.D., Dire-tor de Estudos de Pós-Graduação,Grace Theological Seminary, WinonaLake, Ind.

J. T. W. WILLIS, John T., Ph.D., ProfessorAssociado de Bibliologia, AbileneChristian College, Abilene, Tex.

D. L. W. WISE, Donald L., M.A., Membro daFaculdade, Moody Bible Institute,Chicago, Ill.

D. J. W. WISEMAN, Donald J., O.B.E., M.A.,Professor de Assiriologia, Universi-dade de Londres, Londres, Inglater-ra.

A. W. W. WONDER, Alice W., Th.D., Profes-sora de Religião, Texas WesleyanCollege, Fort Worth, Tex.

G. E. W. WORREL, George E., Diretor de E-vangelismo Juvenil, Convenção Ba-tista do Texas.

E. M. Y. YAMAUCHI, Edwin M., Ph.D., Pro-fessor Associado de História, MiamiUniversity, Oxford, Ohio.

K. M. Y. YATES, Kyle M., Jr., Th.D., Profes-sor Associado de Teologia do AntigoTestamento e Arqueologia, GoldenGate Baptist Theological Seminary,Mill Valley, Calif.

J. D. Y. YODER, James D., Th.D., Professorde Bibliologia Inglesa e Idiomas Bí-blicos, Evangelical CongregationalSchool of Theology, Myerstown, Pa.

E. J. Y. YOUNG, Edward J., Ph.D., Profes-sor de Teologia do Antigo Testamen-to, Westminster Theological Semina-ry, Filadélfia, Penn.

F. E. Y. YOUNG, Fred E., Ph.D., Reitor, Pro-fessor de Teologia do Antigo Testa-mento, Central Baptist Seminary,Kansas City, Kan.

R. F. Y. YOUNGBLOOD, Ronald F., Ph.D.,Professor de Teologia do Antigo Tes-tamento, Bethel Theological Semina-ry, St. Paul, Minn.

APÓCRIFA E PSEUDOEPÍGRAFABar (Baruque)Bel (Bel e o Dragão)Ecclus (Eclesiástico) ou Sir (Sabedoria de Jesus, filho de Siraque)I Ed (Esdras)II Ed1 Mac (1 Macabeus)2 MacTob (Tobias)Sab (Sabedoria de Salomão)

TRADUÇÕES DA BÍBLIA SAGRADA, OBRASDE REFERÊNCIA, PERIÓDICOS ETC.:AASOR Annual of the American Schools of

Oriental ResearchAB Amplified BibleAJA American Journal of ArchaeologyAJSL American Journal of Semitic Lan-

guages and LiteraturesALUOS Annual of Leeds University Oriental

Society

ANEP The Ancient Near East in Pictures,J. B. Pritchard

ANET Ancient Near Eastern Texts, J. B.Pritchard

ANT Apocryphal New Testament, M. R.James

AOTS Archaelogy and Old TestamentStudy, D. Winton Thomas

ARE Ancient Records of Egypt, J. H.Breasted

Arndt Arndt-Gingrich, Greek-EnglishLexicon

A-S Abbot-Smith, Manual Greek Lexiconof the New Testament

ASAE Annales du service des antiquités del’Egypte

ASOR American Schools of OrientalResearch

ASV American Standart Version (1901)AT Antigo TestamentoBA Biblical ArchaeologistBASOR Bulletin of Amercican Schools of Ori-

AAbreviaturas

XIII

ental ResearchBC The Beginnings of Christianity,

Foakes-Jackson and LakeBDB Brown, Driver, and Briggs, Hebrew-

English Lexicon of the Old TestamentBDT Baker’s Dictionary of TheologyBETS Bulletin of the Evangelical Theologi-

cal SocietyBJRL Bulletin of the John Rylands LibraryBS Bibliotheca SacraBW Biblical World, Charles F. PfeifferCAH Cambridge Ancient History (12 vols.)CBQ Catholic Biblical QuartelyCHT Christianity TodayCornPBE G. Cornfeld, Pictorial Biblical Ency-

clopediaD Fonte DeuteronomistaDeissBS Deissman, Bible StudiesDeissLAE Deissman, Light from the Ancient

EastDOTT Documents from Old Testament Ti-

mesDSS Rolos do Mar MortoE Fonte EloistaEA El-Amarna – cartas ou tábuasEBC Everyman’s Bible CommentaryEBi Encyclopaedia BiblicaEDNTW Expository Dictionary of New Testa-

ment Works, W. E. VineEGT The Expositor’s Greek Testament, W.

R. NicollEQ Evangelical QuartelyERV English Revised Version (1881-85)Euseb. Hist.: Eusebius, History of the Chris-

tian ChurchEV English Versions (versões em inglês)ExpB The Expositor’s BibleExpGT The Expositor’s Greek TestamentExpT The Expository TimesFLAP Jack Finegan, Light from the Anci-

ent PastGTT Geographical and Topographical

Texts of the Old Testament, J. SimonsHBD Harper’s Bible DictionaryHDAC Hastings’s Dictonary of the Apostolic

ChurchHDB Hastings’s Dictonary of the BibleHDGG Hastings’s Dictonary of Christ and

the GospelsHE The Ecclesiastical History of

EusebiusHERE Hastings’s Encyclopaedia of Religion

and EthicsHGHL Historical Geography of the Holy

Land, G. A. SmithHNTC Harper’s New Testament

CommentariesHR Hatch and Redpath, Concordance to

the SeptuagintHTR Harvard Theological ReviewHUCA Hebrew Union College AnnualIB Interpreter’s BibleICC International Critical CommentaryIDB Interpreter’s Dictionary of the BibleIEJ Israel Exploration JournalILN Illustrated London NewsInterp. Interpretação

IOT Introduction to the Old Testament, R.K. Harrison

IQM Rolo de guerra da caverna 1 deQumran

ISBE International Standard Bible En-cyclopaedia

J Fonte Jeová (Yahwista)JAOS Journal of the American Oriental

SocietyJASA Journal of the American Scientific

AffiliationJBL Journal of Biblical LiteratureJBR Journal of Bible and ReligionJCS Journal of Cuneiform StudiesJEA Journal of Egyptian ArchaeologyJerusB Bíblia de JerusalémJETS Journal of the Evangelical Theologi-

cal SocietyJewEnc Jewish EncyclopaediaJFB Jamieson, Fausset e Brown, A Com-

mentary on the Old and NewTestaments

JNES Journal of the Near Eastern StudiesJos Ant Josephus, Antiquities of the JewsJos Wars Josephus, The Jewish WarsJPS Jewish Publication Society, Version

of the Old TestamentJQR Jewish Quartely ReviewJSS Journal of Semitic StudiesJTS Journal of Theological StudiesKB Koehler e Baumgartner, Lexicon in

Veteris Testamenti LibrosKD C. F. Keil e Franz Delitzsch, Com-

mentary on the Old TestamentKittel Rudolf Kittel, Biblica HebraicaKJV King James Version (1611)LAE Veja DeissLAELB Living BibleLSJ Liddell, Scott, Jones, Greek-English

LexiconLXX Septuaginta – A tradução grega do

Antigo TestamentoMM Moulton e Milligan, The Vocabulary

of the Greek TestamentMNT Moffatt’s New Testament Co-

mmentaryMSt McClintock e Strong, Cyclopaedia of

Biblical, Theological and Ecclesias-tical Literature

NASB New American Standard BibleNBC New Bible Commentary, F. DavidsonNBD New Bible Dictionary, J. D. DouglasNEB New English BibleNestle Nestle (ed.), Novum Testamentum

GraeceNIC (NT) New International Commentary (so-

bre o Novo Testamento)NJPS, NJV New Jewish Version, da Jewish

Publication SocietyNPOT New Perspectives on the Old Testa-

mentNT Novo TestamentoNTS New Testament StudiesOnom. Onomasticon, Eusebius

P Fonte SacerdotalPEQ Palestine Exploration Quarterly

Dicionário Bíblico Wycliffe

c. cercaCA aparato críticoséc. séculocf. confira (ou compare)cap(s). capítulo(s)col. colunacom. comentáriod. falecido, ou data do falecimentoed. editado, edição, editore.g. por exemplo (exempli gratia)por ex. por exemploEgyp. Egípciog. Inglêset. al. e outross., ss. e seguinte(s) (para versículos, pági-

nas, etc).fem. femininofig. figurativamenteGr. GregoHeb. Hebraicoibid. ibidem (no mesmo local)id. idem (o mesmo)i.e. isto é (id est)ilus. ilustraçãointrod. introduçãoL., Lat. Latiml. linhalit. literalmenteloc. cit. loco citato (no local citado)marg. margem, leitura marginalmil. milênioMS(S) manuscrito(s)n.d. sem dataNº númeroop cit. opere citato (na obra citada)p., pp. página(s)par. parágrafopl. pluralpubl. publicação, publicadoq. fonteq.v. quod vide (veja)re: pertencente a, ligado a, referente aRom. Romanosec. seçãosing. singulars.v. sub verbo (sob a palavra)trad. traduzidoviz. videlicet (nominalmente)v., vv. versículo(s)

Philips J. B. Phillips, o Novo Testamento noInglês Moderno

PS Pentateuco SamaritanoPtol. Ptolomeu de Alexandria (Claudius

Ptolemaeus)PTR Princeton Theological RewiewRA Revue d’assyriologie et d’archéologie

orientaleRB Révue BibliqueRSV Revised Standart VersionRV Revised VersionSBK Strack e Billerbeck, Kommentar zum

Neuen Testament aus Talmud undMidrasch

SCM Student Christian MovementSDABD Seventh-day Adventist Bible Dictio-

narySHERK New Schaff-Herzog Encyclopedia of

Religious KnowledgeSOTI A Survey of Old Testament Introduc-

tion, Gleason L. ArcherSPCK Society for the Promoting of Christi-

an KnowledgeTac. Ann. Anais de TácitoTAOTS D. Winton Thomas, Archaeology and

Old Testament StudyTarg. TargumTBC Tyndale Bible CommentaiesTDNT Theological Dictionary of the New

Testament, KittelTM Texto MassoréticoTNTC Tyndale New Testament Commen-

tariesTR Textus Receptus (Texto Recebido)TWNT Theologisches Wörterbuch zum

Neuen Testament, KittelUBD Unger’s Bible DictionaryVBW Views of the Biblical World, Benj.

MazarVT Vetus Testamentum, Martin NothVulg. Vulgate Version (Vulgata)WBC Wycliffe Bible Commentary, Pfeiffer

e HarrisonWC Westminster CommentariesWH Westcott-Hort, Text of the Greek New

TestamentWHG Wycliffe Historical Geography of Bi-

ble Lands, Pfeiffer e VosW Int D Wesbster’s International DictionaryWTJ Westminster Theological JournalZAW Zeitschrift für die alttestamentliche

WissenschaftZPBD Zondervan Pictorial Bible Dictio-

naryZPBE Zondervan Pictorial Bible Encyclope-

dia

GERALa.C. antes de Cristod.C. depois de CristoAcad. AcádioArab. ÁrabeAram. Aramaicoart. artigoaprox. aproximadamente

XIV

I (1)II (2)III (3)IV (4)V (5)VI (6)VII (7)VIII (8)IX (9)X (10)XI (11)XII (12)XIII (13)XIV (14)

ALGUNS ALGARISMOS ROMANOS

XV (15)XVI (16)XVII (17)XVIII (18)XIX (19)XX (20)XXX (30)XL (40)L (50)LX (60)LXX (70)LXXX (80)XC (90)C (100)

1

O rio Abana (moderna Barada), que flui através docentro da cidade de Damasco. HFV

AAAARÁ Um filho de Benjamim (1 Cr 8.1). Arelação dos filhos de Benjamim em Gênesis46.21, não inclui o nome de Aará, mas Eípode ser a mesma pessoa. Em Números26.38, o terceiro filho de Benjamim tem onome de Airão.

AAREL Talvez um descendente de Calebe.É certo que era da tribo de Judá e filho deHarum (1 Cr 4.8).

AASBAI Um maacatita, pai de Elifelete, umdos homens poderosos de Davi, conhecidoscomo os “trinta” (2 Sm 23.34). Na passagemparalela (1 Cr 11.35b,36a), seu nome pareceser Ur.

AAVA Cidade da Babilônia, junto a um pe-queno rio ou canal de mesmo nome em cujasmargens Esdras reuniu os judeus que deve-riam retornar a Jerusalém com ele (Ed8.15,21,31).

ABA (“pai” em aramaico) Nome pelo qualas pessoas dirigiam-se especialmente aDeus em oração. No NT, ele ocorre três ve-zes, sendo acompanhado pelo grego equiva-lente (Mc 14.36; Rm 8.15; Gl 4.6). Mas essetermo aramaico é suplantado pelas nume-rosas referências a Deus como Pai, nasquais, somente o termo grego aparece noNT. Veja Adoção; Deus.

ABÃ Um dos filhos de Abisur com Abiail nagenealogia de Jerameel, um homem de Judá(1 Cr 2.29).

ABADOM Essa palavra ocorre seis vezes noAT (na versão RSV em inglês) como sendo onome de um lugar (Jó 26.6; Pv 15.11; 27.20;Jó 28.22; Sl 88.11; Jó 31.12). Nas primeirastrês, ela é um sinônimo de Seol. Nas seguin-tes, é usada para morte e túmulo. E, por úl-timo, ela pode ser entendida dentro de umsentido genérico de ruína. No NT, a palavraocorre uma vez (Ap 9.11) como nome do anjoque reina sobre o mundo dos mortos (no gre-go Apollyon) especialmente como punição.Veja Apoliom; Morte, A.

ABAGTA Nome de um dos sete eunucos deAssuero (Xerxes I) mencionados em Ester1.10 (um dos vários personagens persas dolivro). Abagta foi enviado pelo rei para acom-panhar a Rainha Vasti à festa real por serum guarda do harém do rei. Veja Eunuco.

ABANA O primeiro dos dois rios de Damas-co que Naamã (q.v.) preferiu ao Jordão (2 Rs

5.12); atualmente é chamado de Nar Barada.Tanto o nome Abana como Barada podem tersido usados uma vez. O primeiro nome foiparcialmente preservado para um dos aflu-entes do rio Barada, Nar Banias (HDB). Oúltimo foi tirado da montanha de onde se ori-ginava. Amana (Ct 4.8), Amana dos escrito-res assírios (Montgomery, Reis, ICC, p.377)atualmente chamada Zebedani.Originando-se na parte posterior do Líbano,ele flui por uma extensão de 37 quilômetrosa noroeste e dobra de volume pelo torrencial‘Ain Fijeh ao lançar-se em cascata, monta-nha abaixo. Atravessando a planície de Da-masco, o rio divide-se em diversos braçospara, finalmente, perder-se num lago lama-cento no lado oriental. A beleza e a fertilida-de de Damasco se devem principalmente àssuas águas claras e frescas que criam aquilo

que escritores árabes descrevem com ternu-ra como “o jardim de Alá”. Se aparência fos-se tudo, a parcialidade de Naamã dificilmen-te poderia ser evitada.

ABANADOR As formas substantivas sãousadas duas vezes tanto no AT como no NT(Is 30.24; Jr 15.7; Mt 3.12; Lc 3.17). O signifi-cado em todos os usos é simplesmente “pá”.O termo heb. mizreh é definido como uma páou forquilha para ventilar o trigo, provavel-mente com seis dentes, e o termo Gr. ptuon éaplicado para a pá de joeirar, usada para lan-çar os grãos ao vento. Veja Forquilha; Agri-cultura.As formas do verbo zara são encontradasquatro vezes traduzidas como “padejar” emvárias versões (Is 41.16; Jr 4.11; 15.7; 51.2),significando “joeirar”. O verbo é usado figu-rativamente como “dispersar” um inimigo.

2

ABARIM São os promontórios do lado oci-dental do vale de Moabe, que estão diantedo Vale do Jordão e do Mar Morto. Vistos apartir do lado ocidental do vale aos seus pés,eles parecem ser uma cadeia de montanhasque se eleva a uma altura de até 1.300metros acima do Mar Morto. Nesse local osisraelitas acamparam brevemente (Nm33.47,48). A partir do Monte Nebo (Pisga,q.v.), Moisés viu Canaã (Nm 27.12; Dt 32.49).Jeremias (22.20) faz a ligação de Abarim como Líbano e Basã por causa da natureza mon-tanhosa de seu terreno.

ABDA1. Pai de Adonirão, um oficial encarregadodos trabalhos forçados no reino de Salomão(1 Rs 4.6).2. Filho de Samua, um levita da família deJedutum que morou em Jerusalém após oExílio (Ne 11.17). Em 1 Crônicas 9.16, ele échamado de “Obadias, o filho de Semaías”.

ABDEEL Pai de Selemias (Jr 36.26) queserviu a Jeoaquim. Selemias recebeu ordemdo rei para ajudar a prender o profeta Jere-mias e seu escrivão Baruque.

ABDI1. Um levita, pai de Quisi e avô de Etã, can-tor de Davi (1 Cr 6.44).2. Um levita, pai de Quisi que serviu no iní-cio do reinado de Ezequias, e que foi consi-derado por alguns como o mesmo acima (2Cr 29.12).3. Um dos filhos de Elão da época de Esdras,que mandou embora sua esposa estrangeira(Ed 10.26).

ABDIEL Filho de Guni, pai de Ai, que eraum gadita que vivia em Gileade ou Basã (1Cr 5.15-17).

ABDOM1. Cidade levítica em Aser, designada paraos gersonitas (Js 21.30; 1 Cr 6.74). Prova-velmente, é a moderna Khirbet ‘Abdeh, nasmontanhas, vinte quilômetros a noroeste deAcre. Possivelmente “Abdom” também deveser lido onde a versão RSV diz “Ebrom” eonde a KJV diz “Hebrom” em Josué 19.28(Kittel, BH; BDB, p. 715).2. Um juiz de Israel durante oito anos (Jz12.13-15). Era filho de Hilel de Piratom, umamontanhosa cidade na terra de Efraim a 11quilômetros a sudoeste de Siquém, atual-mente chamada de Far‘atah. Uma nota es-pecial é feita aos símbolos da posição de suafamília – 70 asnos e potros montados porseus 70 filhos e netos.3. Um cortesão de Josias, rei de Judá, enviadopara descobrir o significado do livro da lei en-contrado no Templo (2 Cr 34.20). Ele tambémé chamado de Acbor (2 Rs 22.12,14; provavel-mente também em Jeremias 26.22; 36.12).

4. Um benjamita de Gibeão, primogênito deJeiel e Maaca e irmão do avô de Saul, Ner (1Cr 8.30; 9.35,36).5. Um dos vários benjamitas que moravamem Jerusalém (1 Cr 8.23,28).

ABE Nome babilônio para o quinto mês da re-ligião hebraica (julho-agosto) e décimo primeiromês do calendário civil. Veja Calendário.

ABEDE-NEGO Nome babilônico de Azarias,companheiro de Daniel no exílio (Dn 1.1-7),Esse nome, que significa “servo de Nebo” foi-lhe dado ao ser capturado. Como Nebo era oprincipal deus da Babilônia, acredita-se queos escribas mudaram seu nome para “nego”para não honrar uma divindade pagã.Abede-Nego estava entre os hebreus cativoslevados para a Babilônia por Nabucodonosorno ano 605 a.C. (Dn 1.1). Junto com seus com-patriotas, recusou-se a comer “alimento impu-ro”, enquanto aprendia a cultura dos caldeusna corte do rei. Dias depois, tornou-se um dosconselheiros ou um dos homens sábios do rei(Dn 1.20) e, mais tarde, foi promovido a umaposição administrativa (Dn 2.49). Sua famavem de sua recusa a negar seu Deus, mesmosob ameaça de morte (Dn 3.12-18). Depois desobreviver milagrosamente a uma fornalhaardente, recebeu mais uma promoção do tira-no castigador. Ele é citado em 1 Macabeus 2.59e apresentado em Hebreus 11.33,34.

ABEL1. Segundo filho de Adão. Era pastor. Ele ofe-recia a Deus “os primogênitos do rebanho”,uma oferta mais aceitável que a de Caim, com-posta de grãos e vegetais. Não está explícitose ele era o preferido porque sua oferta in-cluía a vida e, portanto, representava o sím-bolo da vida, ou porque era oferecida com umespírito mais sincero. Num ímpeto de ira,Caim matou-o e tentou eximir-se dessa res-ponsabilidade. Abel tornou-se o modelo de ummártir que sofre por sua fé (Mt 23.35). Foihonrado por Jesus e aparece na galeria dosheróis da fé (Hb 11.4). Embora sua oferendafosse superior à de Caim, era inferior à deJesus Cristo (Hb 12.24). Pode ser dito a res-peito dele que foi o primeiro pastor, o primei-ro a oferecer sacrifícios de animais, o primei-ro homem justo (Mt 23.35; 1 Jo 3.12) e, o pri-meiro mártir. Ele foi vítima da mesma espé-cie de ciúme insano que tirou a vida de Jesus.2. Abel (“prado”) é um termo que compõevários outros nomes de lugares, como, porexemplo, Abel-maim.3. Aparentemente idêntico a Abel-Bete-Maaca (q.v.) em 2 Samuel 20.14.

G.A.T.

ABEL-BETE-MAACA Também Abel (2Sm 20.14); Abel-Maim (2 Cr 16.4); Bete-Maaca (2 Sm 20.14,15). Consulte cada ver-bete isoladamente.

ABARIM ABEL-BETE-MAACA

3

Cidade fortificada da tribo de Naftali, loca-lizada a leste de Dã, cerca de 19 quilômetrosao norte do Lago Hule, ao norte de Israel.Ela comandava a interseção de uma impor-tante rota comercial que ligava o Mediter-râneo a Damasco e mais uma outra que vi-nha do norte, a partir de Hazor. É o lugaronde Seba, filho de Bicri, refugiou-se quan-do sua revolta contra Davi fracassou (2 Sm20.13-18). Estava entre as cidades israeli-

tas capturadas por Ben-Hadade de Damas-co (1 Rs 15.20) e mais tarde por Tiglate-Pileser (2 Rs 15.29). Ela corresponde à mo-derna Tel-Abil em Israel.

ABELHA Veja Animais: Abelha III.1.

ABEL-MAIM Uma forma alternativa paraAbel-Bete-Maaca (q.v.) em 2 Crônicas 16.4.

ABEL-MEOLÁ Provavelmente um lugar aleste do Jordão, embora o local não tenhasido localizado exatamente, para onde osmidianitas fugiram do vale do Jezreel quan-do perseguidos por Gideão (Jz 7.22). A cida-de é mais conhecida como o lar do profetaEliseu (1 Rs 19.16,19-21). Durante o reina-do de Salomão, fazia parte do distrito locali-zado nos dois lados do Jordão e seu centroficava em Bete-Seã (1 Rs 4.12).

ABEL-MIZRAIM Um outro nome paraAtade, que fica a leste do Jordão e ao nortedo Mar Morto, onde a procissão fúnebre deJacó parou para lamentar a morte do patri-arca antes de entrar em Canaã para o en-terro (Gn 50.11). Anteriormente chamada de“campo de debulha de Atade” agora ficouconhecida como “campo de lamentação doEgito” por causa dos poderosos homens doEgito que tomaram parte na cerimônia (Gê-nesis 50.7). Existe um jogo de palavras como nome ’abel, “prado” e ’ebel “lamentação”.Aparentemente, os novos habitantes do Ne-guebe tornaram a rota direta a Hebrom ex-tremamente perigosa.

ABEL-SITIM Um lugar anteriormente cha-

mado Sitim (q.v.) nas planícies de Moabeonde Israel acampou antes de atravessar oJordão para atacar Jericó. Durante esseacampamento (Nm 33.49) ocorreu o episó-dio de Balaão (Nm 22–24), a invasão doacampamento pela idolatria de Midiã (Nm25) e a guerra contra os midianitas (Nm 31).

ABENÇOAR, BÊNÇÃO O ato de uma pes-soa abençoar outra pode ser considerado sobdiversos aspectos:1. Deus abençoando o homem (Gn 1.28; 12.2;22.17; 32.29; Êx 20.24; 23.25; Dt 1.11; 15.10; 2Sm 6.11; Sl 28.9; 45.2; 107.38; Ef 1.3; Hb 6.14).A bênção de Deus, que vem de um Deus sábio,onipotente e onipresente, é sempre eficiente,tanto para suprir as necessidades humanasdessa vida, como da vida no mundo por vir (Mt6.33; Jo 10.27-30; Mt 25.34; Ap 22.14).2. O homem levando algo a Deus equiva-lente a uma bênção (Salmos 63.4; 103.1,2;104.1; 145.1-3) ao reconhecer e louvar aque-las grandes qualidades inerentes à PessoaDivina, expressando seu agradecimento e agratidão que sente em relação a Ele e aoSeu nome.3. Homens abençoando outros em oraçõesparticulares, tais como um pai abençoandoseus filhos um pouco antes de uma morte es-perada, acompanhadas por uma profecia,como quando Isaque abençoou Jacó e Esaú(Gn 27.26-40), quando Jacó abençoou seusfilhos (Gn 49.1-7), quando Moisés abençoouos filhos de Israel (Dt 33.1-29) e quandoSimeão abençoou a santa família (Lc 2.34).4. Sacerdotes do AT abençoando o povo doSenhor (Lv 9.22,23; Nm 6.24-26; 1 Sm 2.20)e líderes cristãos fazendo o mesmo no NT(Cl 1.9-14; Hb 13.20,21) em orações e açõesde graças.5. A bênção do alimento antes de ser ingeri-do, como, por exemplo, a bênção do cálice nasfestas judaicas, como foi feito por Cristo quan-do Ele instituiu a nova aliança em seu san-gue (Mt 26.26-28). A igreja deu continuidadea essa tradição na Ceia do Senhor, como estáindicado em 1 Coríntios 10.16: “Porventura,o cálice de bênção que abençoamos não é acomunhão do sangue de Cristo?”Muitas vezes, a descrição de um estado debem-aventurança, ou de felicidade, é intro-duzido através de palavras hebraicasdistintivas:’ashere (Sl 1.1; 2.12; 32.1,2 etc.) egregas makarios (Mt 5.3-11; 11.6 etc.) ambasdenotando quem é verdadeiramente felizperante o Senhor.

Bibliografia. Hermann W. Beyer, “Eulogeoetc.,” TDNT, II, 754-765.

R.A.K.

ABI Em 2 Reis 18.2, Abi é mencionada comosendo o nome da mãe de Ezequias, rei deJudá. Ela também é chamada de Abia (q.v.)como em 2 Crônicas 29.1.

Tel-Abil, o lugar de Abel-Bete-Maaca

ABEL-BETE-MAACA ABI

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ABIAIL1. Um levita, pai de Zuriel, que era chefe dafamília de Merari na época de Moisés (Nm3.35).2. A esposa de Abisur, um jeramelita da tri-bo de Judá (1 Cr 2.29).3. O filho de Huri, da tribo de Gade, chefe deuma família em Basã, na época de Jotão, reide Judá (1 Cr 5.14).4. Uma das esposas de Roboão, um dos des-cendentes de Eliabe, irmão mais velho deDavi (2 Cr 11.18).5. O pai de Ester e tio de Mardoqueu (Et2.15; 9.29).

ABI-ALBOM Um dos 30 homens poderosos(2 Sm 23.31) que estavam em volta de Davi,servindo-o como guarda-costas. Abi-Albom échamado de Abiel (q.v.) numa passagem se-melhante em 1 Crônicas 11.32.

ABIAS¹1. Neto de Salomão através de Roboão, paide Asa (1 Cr 3.10; Mt 1.7).2. Descendente de Arão, que era chefe da oi-tava divisão da ordem dos sacerdotes de Davi(1 Cr 24.10). Zacarias, pai de João Batista,pertencia a essa divisão (Lc 1.5).3. Segundo filho de Samuel que foi nomeadojuiz de Berseba e cuja conduta apressou aexigência de Israel de ter um rei como asoutras nações (1 Sm 8.2-5; 1 Cr 6.28).4. A esposa de Hezrom (1 Cr 2.24).5. Um dos filhos de Bequer e neto de Benja-mim (1 Cr 7.6,8).

ABIAS²1. Um dos filhos de Jeroboão I, rei de Israel.Quando o menino esteve gravemente doente,Jeroboão enviou sua esposa disfarçada parafazer um apelo ao profeta Aias. O profeta,avisado por Deus, disse à mulher que por cau-sa do pecado e da apostasia de Jeroboão, osjuízos de Deus viriam sobre os seus descen-dentes e os consumiria, e, quanto a Abias,assim que ela entrasse na cidade o meninomorreria” (1 Rs 14.12). O menino morreu con-forme havia sido profetizado, mas salvo daira que estava prestes a cair sobre Jeroboão,porque “se achou nele coisa boa para com oSenhor, Deus de Israel” (1 Rs 14.13).2. Filho de Roboão e seu sucessor no tronode Judá (2 Cr 12.16). Em algumas traduçõesem inglês também foi chamado de Abia (1Cr 3.10) e de Abijam (1 Rs 14.31; 15.1-8).Sua mãe era Maaca (1 Rs 15.2) ou Micaía (2Cr 13.2), neta de Absalão. O principal episó-dio desse breve reinado de três anos foi a ba-talha na qual ele decididamente derrotou Je-roboão de Israel. O acontecimento notáveldessa batalha foi um discurso de Abias aoexército inimigo no qual ele proclamou a pre-sença de Deus com Judá e criticou os israeli-tas pela sua apostasia (2 Cr 13). Entretan-to, ele seguiu os mesmos pecados de seus

pais, imitando sua degradante poligamiacom 14 esposas (1 Rs 15.3; 2 Cr 13.21).3. Um descendente de Arão que era sacerdo-te na época de Davi. Ele foi feito chefe daoitava, dentre as 24 turmas em que Davi di-vidiu todo o sacerdócio para os serviços (1Cr 24.10).4. A filha de Zacarias e esposa do rei Acaz (2Cr 29.1). Ela foi chamada de Abi em 2 Reis18.2. Foi a mãe do rei Ezequias.5. Um sacerdote, pai de Zicri (Ne 12.1-4,17)que retornou com Zorobabel para reconstruiro Templo depois do Exílio. Caso seja a mes-ma pessoa, numa idade avançada tambémselou o pacto de Neemias pelo qual o povocomprometia-se a voltar a se dedicar a Deus(Ne 10.7).

P. C. J.

ABIASAFE Provavelmente o mesmo queEbiasafe. Um levita que é o último descen-dente de Levi através de Cora, a ser menci-onado (Êx 6.24). Existe uma diferença deopiniões quanto a sua identidade em rela-ção a Ebiasafe, um antepassado do grandemúsico Hemã da época de Davi (1 Cr6.23,37; 9.19).

ABIATAR Um sacerdote da antiga linha-gem de Eli. Aparentemente, o nome de seupai era Aimeleque (1 Sm 22.20) e um de seusfilhos tinha o mesmo nome (2 Sm 8.17). VejaAimeleque. Quando Saul assassinou os sa-cerdotes do Senhor em Nobe, Abiatar esca-pou e fugiu para Davi, a quem serviu e car-regava a arca do Senhor quando necessá-rio. Freqüentemente (pelo menos oito ve-zes), Zadoque e Abiatar são mencionadosjuntos (Zadoque sempre em primeiro lugar)como sumo sacerdotes na época de Davi. Narebelião de Absalão, Abiatar permaneceufiel à causa de Davi. Entretanto, quandomais tarde Adonias tentou se apoderar dotrono, Abiatar somou-se ao seu grupo e foi,finalmente, deposto por Salomão, e recebeuordens para permanecer em sua cidade na-tal, Anatote. Salomão poupou sua vida porter fielmente compartilhado as aflições deDavi. Quando Abiatar foi deposto, cumpriu-se a condenação predita contra a casa deEli, como mencionado em 1 Reis 2.27. Seem 2 Samuel 8.17 Zadoque e Aimeleque sãoinesperadamente citados em conjunto, podeser que Abiatar tenha colocado Abimelequecomo seu assistente devido à sua idadeavançada.Quando Jesus diz, em Marcos 2.26, que Daviveio para requisitar o pão do ritual judaicoquando “Abiatar era sacerdote” enquanto apassagem em 1 Samuel 22.11ss. diz queAimeleque preencheu aquele cargo, aparen-temente o filho Abiatar pode ser considera-do como aquele que se projetou de maneiramais proeminente.

C.L.

ABIAIL ABIATAR

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ABIBE1. Espigas novas de cevada (do hebraico, Êx9.31; Lv 2.14) maduras, mas ainda macias,comidas raladas ou assadas (KB).2. Esse nome cananita foi dado ao mês (mar-ço-abril) em que a cevada amadurecia. Tam-bém era chamado de “princípio dos meses” (Êx12.2) e “mês primeiro” (Lv 23.5) da vida naci-onal de Israel. Ano após ano, Abibe simboli-zava a presença do Senhor nos eventos doÊxodo lembrados com os rituais da Festa dosPães Asmos (Êx 13.4; 23.25; 34.18) e da Pás-coa (Dt 16.1) e que ocorriam durante esse mês.Abibe equivale ao Nisan babilônico, nomepelo qual o mês era chamado depois do Cati-veiro (Ne 2.1; Et 3.7). Não está claro se adistinção feita por Josefo entre os anos ritu-ais e civis, começando respectivamente naprimavera (Nisan) e outono (Tisri), têm umaorigem anterior ou posterior (Jos. Ant. i.3.3).Veja Calendário.

ABIDÃ Filho de Gideoni (Nm 1.11). Comopríncipe da tribo de Benjamim, ele represen-tou essa tribo no censo realizado no deserto(Nm 2.22). E também esteve presente nadedicação do Tabernáculo (Nm 7.60,65).

ABIDA Filho de Midiã e neto de Abraão eQuetura (1 Cr 1.33), também mencionado emGênesis 25.4.

ABIEL1. Um benjamita, provavelmente pai de Ner,que era avô de Saul e Abner (1 Sm 9.1; 14.51).2. Um arbatita, um dos homens poderososde Davi (1 Cr 11.32) chamado, em 2 Samuel23.31 de Abi-Albom. O nome ocorre tambémem Acadiano e no antigo Arábico do sul, sig-nificando “Ele é o meu pai.”

ABIEZER, ABIEZRITAS1. Fundador de uma família à qual perten-cia o juiz Gideão, chamado Jezer ou Iezer emNúmeros 26.30. O termo abiezritas identifi-ca os descendentes de Abiezer (Jz 6.11,24;8.32).2. Uma família descendente de Manasseés,à qual foram dadas algumas terras emCanaã (Js 17.2; 1 Cr 7.18).3. Um membro dos 30 homens poderosos deDavi, um benjamita (2 Sm 23.27; 1 Cr 27.12).Tel-Abil, o lugar de Abel-Bete-Maaca.

ABIGAIL1. Esposa de Nabal de Maom, nas proximi-dades do Carmelo, no território da tribo deJudá. Era uma mulher formosa e de bomsenso. Quando Nabal tratou Davi grosseira-mente, este ficou muito irritado e queria vin-gar-se. Abigail, ouvindo a loucura de seu es-poso, preparou uma generosa dádiva de su-primentos e levou a Davi e seus homens. Comprudentes palavras de reconciliação, ela con-trolou sua ira e salvou a vida de Nabal. Mas,

cerca de dez dias depois, ele morreu, apa-rentemente de um derrame. Davi admitiuque a mulher havia evitado que ele come-tesse um ato extremamente grave ao procu-rar vingar-se de seu inimigo (1 Sm 25).Depois disso, sentiu-se livre para cortejá-latendo ficado profundamente impressionadopor sua prática discrição e bom senso. Quan-do se viu obrigado a fugir para Gate, levou-aconsigo (1 Sm 27.3). Abigail foi uma de suasseis esposas naqueles dias. Em Hebrom, elateve um filho de Davi, chamado Quileabe,seu segundo filho (2 Sm 3.3). Entretanto, em1 Crônicas 3.1 esse filho é chamado deDaniel.2. Nome de uma irmã de Davi que se tornoumãe de Amasa (1 Cr 2.16 s.).

H. C. L.

ABILENE Território localizado nas colinasorientais das Montanhas na parte posteriordo Líbano. Recebeu o mesmo nome da capitalAbila, que ficava cerca de 30 quilômetros anoroeste de Damasco, na margem sudoestedo rio Wadi Barada, o antigo Rio Abana (2 Rs5.12). Fazia parte da tetrarquia de Lisânias(Lc 3.1, a única referência bíblica). VejaLisânias. Isso foi confirmado através de umainscrição dessa época. No ano 37 d.C. esseterritório foi dado pelo imperador romano aHerodes Agripa I. Do ano 44 até 53 d.C., oterritório foi administrado por procuradores.No último ano, ele foi confirmado pelo impe-rador Cláudio a Herodes Agripa II. Ao se apro-ximar o final do século, tornou-se novamenteparte da província da Síria. Ele pode ser iden-tificado com a vila chamada es-Suk, ou SuqWadi Barada, numa região desértica e pano-râmica, repleta de cenários formados por pe-nhascos de calcário e desfiladeiros.

ABIMAEL Um dos filhos de Joctã, um des-cendente de Sem, suposto fundador da triboentre os árabes (Gn 10.28; 1 Cr 1.22). Taisnomes com um m no meio são encontradostanto no Arábico do sul (Abmi’- athtar) quan-to em Acadiano (Ili-ma-abi).

ABIMELEQUE1. O primeiro homem do AT a levar essenome foi o rei de Gerar, um dos primeirosfilisteus a residir na Palestina que se distin-guiu dos posteriores guerreiros filisteus queao final do segundo milênio emigraram desua terra natal em Caftor (provavelmenteCreta q.v.) e se estabeleceram ao longo dacosta sul. É bastante provável que esses “po-vos do mar” tenham chegado à Palestina emondas de migração no decorrer do segundomilênio. O clã de Abimeleque encontra-seentre os primeiros colonos. Acredita-se queGerar deva ter tido sua localização a algunsquilômetros a sudeste de Gaza.Abraão disse a Abimeleque uma meia ver-dade, isto é, que Sara era sua irmã (Gn 20.2-

ABIBE ABIMELEQUE

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Prováveis ruínas do templo de Baal Berite(Jz 9.46-49) em Siquém. HFV

18). Abimeleque, cuja esposa era estéril,acreditou que Sara fosse solteira e tomou-acomo sua esposa. Mais tarde ficou sabendode toda a verdade através de um sonho, peloqual também compreendeu que Abraão eraum profeta do Senhor que podia orar por ele.Depois de ter expressado uma pequena re-preensão a Abraão, o bom filisteu Abimele-que não só devolveu Sara intocada, comotambém deu os presentes de Abraão de ca-beças gado, servos e prata. A oração deAbraão por Abimeleque foi respondida, e asevidências foram os frutos produzidos pelasmulheres de toda a sua família. Mais tardeaconteceu um pequeno desentendimentoentre os dois abastados lares sobre a possede um poço (Gn 21.22-32). O juramento deum pacto trouxe novamente a paz, e oshebreus deram seu nome a um oásis emBerseba (“o poço do juramento”). Veja tam-bém Filisteus.2. Outro rei de Gerar na época de Isaque tam-bém foi chamado de Abimeleque (Gn 26.1,6-17). A experiência de Isaque foi muito seme-lhante à de seu pai Abraão. Ele também foia Gerar por causa da fome. Temendo por suavida por causa da beleza de sua esposa,Isaque disse que ela era sua irmã. Abimele-que soube de toda a verdade e repreendeuIsaac. O sucesso de Isaque na agricultura ena reabertura de poços cavados por seu paifez com que as pessoas ficassem invejosas,de forma que Abimeleque pediu a Isaque quepartisse. Mais tarde foi feito um pacto entreIsaque e Abimeleque, como havia sido feitoanteriormente entre Abraão e o primeiroAbimeleque (Gn 26.26-31).3. No título do Salmo 34, Aquis, o rei filisteude Gate na época de Davi (1 Sm 21.10) é cha-mado de Abimeleque. É possível que Aquis(q.v.) fosse o seu nome de nascimento e queele tenha ficado conhecido entre os morado-res de Canaã como Abimeleque (assim como

no caso do rei assírio Tiglate-Pileser III quetambém era chamado de Pul em certas par-tes de seu reino). Abimeleque também podeter sido um título popular para os reis entreos hebreus. É um fato bem conhecido que atitularidade dos reis egípcios consistia emcinco nomes para cada rei.4. O filho de Gideão (Jz 8.30-9.54) teve o tí-tulo de Abimeleque. Parente, através de suamãe, do povo de Siquém que adorava o deusBaal-berite, Abimeleque recebeu dinheiro dotesouro de Baal-berite e com ele procurouhomens maus para ajudá-lo a assassinar osseus 70 irmãos. O povo de Siquém rapida-mente proclamou-o rei. Entretanto, Jotão, ocaçula, escapou e viveu para proferir umaparábola contra o seu presunçoso irmão.Nessa parábola ele comparava Abimelequea um arbusto espinhoso que governava to-das as árvores e profetizou que os homensde Siquém e Abimeleque iriam se destruirmutuamente. Em três anos a profecia come-çou a se cumprir quando o povo de Siquémse virou contra Abimeleque.Outra complicação foi introduzida na nar-rativa com o aparecimento de Gaal, filho deEbede, que ganhou a confiança da maioriados homens de Siquém. Entretando, Zebul,um dos governantes de Siquém, informouAbimeleque da situação e este, por meio deuma emboscada, expulsou Gaal e seu povo.Mas Abimeleque ainda tinha que conquis-tar a cidade de Siquém e isso exigia algu-mas engenhosas táticas militares (Jz 9.43-45). Finalmente, a cidade foi conquistada ecoberta de sal, uma medida que tinha a fi-nalidade de estragar o solo durante muitosanos. Como era costume geral, muitos dossenhores de Siquém procuraram refúgio nacidadela do templo do deus Berite. O san-guinário Abimeleque ateou fogo na torre dotemplo e queimou-os vivos. No processo deconquista de Tebes, uma cidade próxima, opovo também se refugiou em sua forte torre,mas o propósito de Abimeleque de queimá-la foi frustrado por uma mulher que jogouum pedaço de pedra de moinho sobre a suacabeça, e assim lhe quebrou o crânio, dandofim à sua ímpia e criminosa carreira.

E. B. S.

ABINADABE1. Irmão mais velho de Davi (1 Sm 16.8;17.13).2. Um dos filhos de Saul que morreu com elena batalha de Gilboa (1 Sm 31.2; 1 Cr 8.33;9.39; 10.2). Também foi chamado de Isvi em1 Samuel 14.49.3. O personagem mais conhecido que levaesse nome era o homem de Quiriate-Jearimem cuja casa a arca de Deus permaneceudurante 20 anos e de cuja casa Davi, commuito trabalho, trouxe a arca para Jerusa-lém (1 Sm 7.1; 2 Sm 6.3,4; 1 Cr 13.7).4. O “filho de Abinadabe” (1 Rs 4.11) é apre-

ABARIM ABINADABE

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sentado como “Ben-Abinadabe” nas versõesASV e RSV em inglês.

ABINOÃO Um nativo de Quedes em Naftali,pai de Baraque (Jz 4.6,12; 5.1,12). Esse nometambém é encontrado em antigas inscriçõesdo S Arábico.

ABIQUEILA Um descendente de Judá cha-mado Abiqueila, o garmita (1 Cr 4.19).

ABIRÃO1. Um rubenita, filho de Eliabe que, com seuirmão Datã, juntou-se a Om e Coré (um levi-ta) para organizar uma ciumenta conspira-ção contra Moisés e Arão no deserto (Nm16.1,12,24-27; 26.9; Dt 11.6; Sl 106.27). Elemorreu tragicamente (com Coré e Datã) quan-do a terra milagrosamente se abriu e os en-goliu (em aproximadamente 1.430 a.C.).2. Filho primogênito de Hiel, o betelita (1 Rs16.34) que morreu quando seu pai, como umtolo, tentou reedificar as fundações de Jericó(em cerca de 870 a.C.). Sua morte trágica cum-priu a notável profecia de Josué (Js 6.26). (Tal-vez Hiel tenha revivido um antigo costumedos moradores de Canaã de oferecer seu pri-mogênito em sacrifício pelas fundações).

ABISAGUE De acordo com 1 Reis 1.4, erauma mulher solteira de extraordinária bele-za (em hebraico, na’ara betula) que cuidoudo rei Davi em sua velhice. Embora um deseus deveres, nas palavras dos servos do rei,era que estivesse “perante o rei”, e tivesse“cuidado dele”, e dormisse “no seu seio, paraque o rei, nosso senhor, aqueça” (1 Rs 1.2)não se pode inferir que ela tenha se tornadosua esposa (v. 4). Seu propósito era apenastornar o ancião confortável. Eles “cobriam-no de vestes, porém não aquecia”. Depois damorte de Davi, Adonias, um meio irmão maisvelho de Salomão, que era um rival compe-tindo pelo reinado, pediu a Salomão a mãode Abisague em casamento. Salomão inter-pretou esse ato como uma possível preten-são ao trono aos olhos do povo e imediata-mente mandou executar Adonias.

ABISAI Neto de Jessé, era filho da irmã deDavi, Zeruia, que teve três filhos: Abisai,Joabe e Asael (1 Cr 2.25-16). Abisai pareceter sido um impetuoso e competente soldado,completamente devotado a Davi porque era oindicado pelo Senhor. Em 1 Samuel 26.6-9,Abisai foi à noite, com Davi, ao campo do ador-mecido Saul, mas foi impedido de matá-lo coma sua própria espada. Ele juntou-se a seu ir-mão Joabe para perseguir o infeliz Abner quefoi forçado a matar seu irmão Asael duranteuma peleja resultante de uma disputa a res-peito de um cinto (2 Sm 2.18-24).Há numerosos exemplos da devoção deAbisai por Davi e de seu caráter como heróimilitar. Enfrentando os amonitas e os sírios,

pela frente e por detrás, Joabe dividiu seuexército e deu ao irmão Abisai os guerreirosmenos heróicos para enfrentar Amom en-quanto Joabe lutava contra os sírios; ambossaíram vitoriosos (2 Sm 10). Foram necessá-rios um exército e um vigoroso GeneralAbisai para matar 18.000 edomitas no valedo Sal e erguer guarnições em Edom (1 Cr18.12,13). Ele era um soldado completo aténo pensamento; a traição merecia a morte.Quando o benjamita Simei amaldiçoou o exi-lado Davi, Abisai queria matá-lo imediata-mente. “Por que amaldiçoaria este cão mor-to ao rei, meu senhor? Deixa-me passar, elhe tirarei a cabeça”. Mas Davi considerouseu infortúnio como vindo do Senhor (2 Sm16.7-14). Mais tarde, em 2 Samuel 19.21,quando Davi perdoou Simei, mais uma vezfoi Abisai que pediu a sua execução.Abisai comandou um dos três regimentos doexército em exílio de Davi que levou a rebe-lião de Absalão a uma rápida conclusão. Narebelião de Seba, Joabe e Abisai assumiramo comando de seu mal escolhido primoAmasa e foram em perseguição do rebeldeaté a colônia da fronteira de Abel-Bete-Maaca, onde a cabeça de Seba lhes foilançada por cima dos muros (2 Sm 20). Nosúltimos anos de Davi, Abisai salvou o rei dasmãos de um gigante filisteu e depois dissoDavi nunca mais foi às batalhas (2 Sm 21).De acordo com 2 Samuel 23.15-18, Abisai pa-rece ter sido o líder dos três homens podero-sos que arriscaram sua vida para levar aDavi a água retirada de um poço em Belém.Aqui ficamos sabendo que ele matou 300 coma sua lança.

ABISMO1 (Literalmente “sem fundo”). Essapalavra aparece apenas nove vezes no NT.Foi traduzida sete vezes como o “poço do abis-mo” (Ap 9.1,2,11; 11.7; 17.8; 20.1,3). Nasduas outras ocorrências, o termo é traduzidocomo “abismo” (Lc 8.31; Rm 10.7).Sua utilização no NT teve origem aparente-mente na Septuaginta (LXX). Nesta, ela ge-ralmente corresponde à tradução de te hom,começando em Gênesis 1.2. Em cada caso, aprincipal referência é apenas à profundidadedos oceanos (por exemplo, Salmos 77.16).Aqueles intérpretes que supõem que oshebreus adotaram a cosmologia pagã do an-tigo Oriente Próximo imaginam toda a sortede referências à mitologia do mundo (vejaBDB, pp. 1062-1063). Mas somente podemosdar como certo o seguinte: que sendo a lin-guagem e o aspecto do AT fenomenais, isto é,que empregam a linguagem comum da apa-rência, a profundeza do oceano é citada poe-ticamente como o oposto da abóbada celesteque está acima de nós. Paulo emprega umalinguagem semelhante e usa a palavra abis-mo em Romanos 10.6,7.Adotada, então, como um remoto oposto aocéu (a morada de Deus), essa palavra é em-

ABINADABE ABISMO

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Ruínas de um tanque de ablução, extremamentedecorado, próximo ao templo de Júpiter em Baalbek.Ele mede aproximadamente 20 por 8 metros. HFV

pregada para nomear a residência atual dosespíritos malignos. Esse é o melhor entendi-mento de Romanos 10.7 (Jesus não enviou de-mônios para morar em um lago, Lucas 8.31)e de todos os seus outros usos no NT, a nãoser em Romanos 10.6,7 onde a palavra sim-plesmente indica a mais longínqua posiçãopossível abaixo da terra.Estudos feitos com essa palavra na LXX, nosclássicos e no NT não fornecem qualquer in-formação sobre a geografia do mundo inferi-or. Veja Poço do Abismo; Mortos, os; Inferno.

R.D.C.

ABISMO2 Uma tradução do termo gr.chasma, em Lucas 16.26; uma fenda profun-da que separa dois lugares. O Senhor JesusCristo afirma com a sua autoridade que umvasto abismo foi fixado por decreto irrevo-gável entre o paraíso (“o seio de Abraão”, q.v.)e o hades, a fim de que as pessoas, na próxi-ma vida, não possam atravessá-lo (cf. Hb9.27). O gr. chasma pode ser encontrado emoutras descrições do juízo final em 1 Enoque18.11; Diógenes Laércio 8.31; e Platão naobra Republic X.614.

ABISUA1. Um benjamita, filho de Belá (1 Cr 8.4).2. Um descendente de Arão que era filho deFinéias, o sacerdote, antecessor de Esdras(1 Cr 6.4,50; Ed 7.5).

ABISUR Um homem de Judá, segundo fi-lho de Samai relacionado na genealogia deJerameel. Ele era marido de Abiail (1 Cr2.28,29).

ABITAL Uma das esposas de Davi (quin-ta), mãe de Sefatias, que nasceu em Hebrom(2 Sm 3.2,4).

ABITUBE Um benjamita que nasceu emMoabe, filho de Saaraim (1 Cr 8.8-11).

ABIÚ Segundo filho de Arão (Êx 6.23) quefoi consagrado ao sacerdócio com seus trêsirmãos Nadabe, Eleazar e Itamar (Êx 28.1;Nm 3.2; 1 Cr 24.1). Com seu irmão mais ve-lho, Nadabe, Abiú foi com os anciãos de Is-rael, Moisés e Arão ao cume do monte deDeus (Êx 24.1,9). Quando ele e seu irmãoNadabe ofereceram “fogo estranho” sobre oaltar, foram mortos instantaneamente (Lv10.1,2). A proibição contra o uso de substân-cias inebriantes que acompanham esse re-lato (v. 9) levou alguns comentaristas a acre-ditarem que os irmãos estavam embriaga-dos quando morreram. Eles não tiveram fi-lhos (Nm 3.4; 1 Cr 24.2).

ABIÚDE Nome grego de Abihud (q.v.) queera descendente de Zorobabel e pai deEliaquim. Foi mencionado no NT como umancestral do Senhor Jesus Cristo (Mt 1.13).

ABIÚDE Um benjamita, o terceiro filho deBela (1 Cr 8.3).

ABJETOS Nome plural encontrado no Sal-mo 35.15 do hebraico nekeh, provavelmentecom o significado de “caluniador” ou “injuri-ador”. A versão RSV em inglês traz o termo“aleijados”.

ABLUÇÃO Ato de lavar o corpo. Nas Escri-turas existem apenas algumas referências du-vidosas a esse ato com uma finalidade relaci-onada à higiene. Cada uma dessas referênci-as - o banho da filha do Faraó (Êx 2.5), de

Bate-Seba (2 Sm 11.2) e das prostitutas deSamaria (1 Rs 22.38) - podem ser explicadascomo abluções religiosas. Esses rituais reli-giosos de lavar o corpo eram universais noantigo Oriente Próximo. “Nas mentes dos an-tigos havia uma estreita conexão entre a no-ção de pureza ou limpeza e a noção de ser con-sagrado a Deus” (R. de Vaux, Ancient Israel,Its Life and Institutions, p. 460).A evolução desse conceito religioso explicacomo surgiu todo o sistema de “puro e impu-ro” do AT e os rituais religiosos como a idéiade santidade diferente dos tabus, e faz deletoda a base da religião hebraica. (“Impuro”,HDB; cf. de Vaux, op. Cit., pp. 463, 464 ondeos tabus eram considerados como “remanes-centes de antigos rituais supersticiosos”).Quaisquer que sejam as formas e idéias quepossam ter sido mantidas desde as eras an-teriores a Moisés, é certo que as abluções ti-nham sido designadas por Deus “tendo comoseu objeto o cultivo da santidade e da vidaespiritual… O grande obstáculo à santidadeé o pecado; Contudo a morte, novamente, porser a conseqüência do pecado, coloca um fimna vida do homem… e permeia o homemcomo um todo; não só meramente profanan-do a alma... mas também aviltando o corpo...tornando-o como o próprio pó da morte” (C.F. Keil, Biblical Archaeology. I, 378).A opinião de Keil vai além e diz que a água,como principal meio de limpeza da vida co-

ABISMO ABLUÇÃO

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mum, foi usada para simbolizar o perdão es-piritual dos pecados. Essa conexão entre pro-fanação e morte, explica como as purifica-ções levíticas colocam-se lado a lado com ossacrifícios e, em conjunto, formam as princi-pais características do culto no sistema mo-saico. Assim, a lei era capaz de cumprir, to-talmente, o propósito para o qual havia sidodesignada de levantar e manter viva no ho-mem a consciência do pecado e da necessi-dade de purificar sua natureza interior (vejaKeil, ibid., pp. 378-384).Havia quatro formas de abluções levíticas:(1) lavagem das mãos (Lv 15.11), (2) lava-gem das mãos e pés (Êx 30.19; 40.31), (3)lavagem do corpo todo (Nm 19.19. Lv 22.4-6) e (4) aspersão com água especial (“águada separação”, Nm 19.9).O batismo é uma forma do ritual da abluçãoque surgiu entre os judeus, aparentementeem conexão com a iniciação dos prosélitos.As autoridades estabeleceram que o estran-geiro que desejasse se tornar um prosélitodo pacto da virtude, isto é, no sentido amplode ser um israelita, tinha que ser circunci-dado e batizado e depois oferecer um sacrifí-cio. O batismo era uma imersão em uma pis-cina (veja HDB. I. 239; Edersheim, Life andTimes of Jesus the Messiah, II, xii; Schürer,History of the Jewish People, II, ii. Par. 31,p. 319). O Batismo e outras abluções ocupa-vam uma posição de proeminência entre osEssênios (Jos War ii. 8.5) como foi testemu-nhado pelos achados em Qumram (F. M.Cross, Jr., The Ancient Library of Qumram,pp. 49, 50, 70). É amplamente conhecido quetanto João quanto o Senhor Jesus pratica-ram o batismo.Com exceção dos rituais do batismo e da la-vagem dos pés (Jo 13) o ritual da abluçãoestá tão fora do cristianismo do NT quantoos sacrifícios da lei mosaica. Para o cristão,não existe uma profanação cerimonial (Mc7.6-23; Mt 15.3-20). Portanto, não existe anecessidade de um ritual de lavagem. O Se-nhor Jesus cumpriu esse aspecto da lei, e omesmo foi feito por aqueles que serviram aoSenhor. O batismo (em qualquer das suasformas), e a lavagem dos pés, consideradoscomo um ritual ou apenas como um aconte-cimento nos Evangelhos, não tem qualquerconexão com a impureza cerimonial, e assimnão possui nenhuma conexão com o ritualdo AT nem com a sua interpretação.Veja Batismo; Banho, Banhar; Lavagem dosPés; Mãos, Lavagem das; Impuro.

Bibliografia. A Oepke, “Louo etc.”, TDNT,IV, 295-307.

R.D.C.

ABNER Primo de Saul e comandante doexército de Israel (1 Sm 14.50-51; 17.55).Ocupava o lugar de honra nas festas e era oguarda-costas de Saul durante as campa-

nhas do deserto contra Davi (1 Sm 20.25;26.5-15). Depois da morte de Saul e Jônatas,Abner tornou-se líder de Israel e fez Isboseterei, como sucessor de seu pai Saul (2 Sm 2.8-10). Ao ser ofendido por Isbosete, Abner re-solveu apoiar Davi como rei de todo Israel (2Sm 3.8-10). Foi elogiado por Davi pela suafidelidade. Joabe, amargurado porque Abnerhavia assassinado seu irmão Asael (em de-fesa própria), matou-o à porta de Hebrom (2Sm 3.27). Sua morte foi lamentada por Davie por todo de Israel (2 Sm 3.31-34; Rs 2.32).

ABOBOREIRA Veja Plantas.

ABOBOREIRA SILVESTRE Veja Plan-tas: Abóbora.

ABOMINAÇÃO Existe um total de 12 pa-lavras hebraicas e gregas traduzidas como“abominação”. As línguas bíblicas, assimcomo a nossa, têm uma variedade de expres-sões. Algumas são sinônimos muito próxi-mos; outras não, para exprimir graus e vari-edades de aversão.A principal idéia representada pelos quatronomes hebraicos é a de repugnância perantegrandes ofensas em assuntos religiosos. Comoexiste apenas um Deus vivo e verdadeiro, umser espiritual invisível, sem partes humanas,todas as formas de idolatria e todas as ceri-mônias e objetos relacionados à idolatria sãoabomináveis para Deus. Essa atitude é com-partilhada pelo seu povo e especialmente pe-los seus profetas. Em hebraico, to‘eba é a prin-cipal palavra usada no AT com essa conexão.A mesma aversão está relacionada ao peca-do moral. Portanto, to‘eba também é usadacomo tal (Jr 7.7-10). O verbo ta‘ab, do qualse deriva to‘eba tem um significado menosespecial, embora tenha sido traduzido damesma maneira. Ele expressa toda a sortede descontentamento, desde a aversão a cer-tos alimentos (Sl 107.18) até a repugnânciaaos ídolos (Dt 7.26).A expressão hebraica sheqes parece ser umapalavra técnica para a execração do uso dacarne de animais impuros para alimento ousacrifício (Lv 7.21; 11.10-13,20,23,41,42). Apalavra a ela relacionada, shiqus, é princi-palmente um termo que designa o desprezoaos ídolos e à idolatria, especialmente dosprofetas (Is 66.3; Jr 4.1; 32.34; Ez 7.20). Overbo shaqas, traduzido como “abominação”,do qual essas duas palavras se originaram,expressa, da mesma forma, a aversão queum judeu deveria ter em relação àquilo queé moralmente ou religiosamente errado.A repugnância aos atos que alguns poderi-am considerar como “pequena desones-tidade” foi expressa uma vez como “abomi-nação” (Mq 6.10, “abominável”), embora apalavra hebraica usada aqui signifique, ge-ralmente, estar irado.As palavras traduzidas no NT como “abomi-

ABLUÇÃO ABOMINAÇÃO

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As planícies de Manre. HFV

nação”, “abominável” etc. (Mt 24.15; Lc16.15; Tt 1.16; 1 Pe 4.3; Ap 21.8) são sim-plesmente idéias hebraicas do AT, discuti-das à luz do idioma grego.Veja Sacrilégio.

R. D. C.

ABOMINAÇÃO DA DESOLAÇÃO Essaexpressão aparece em Mateus 24.15 e emMarcos 13.14. Mateus afirma que é aquela“de que falou o profeta Daniel”. A frase gre-ga de Daniel 9.27 é citada quase exatamen-te como na Septuaginta (assim como na tra-dução grega de Theodotion que substituiu aLXX nos primeiros séculos do cristianismo).Expressões semelhantes são encontradas emDaniel 8.13 (“transgressão assoladora”),Daniel 9.27 (“sobre a asa das abominaçõesvirá o assolador”), Daniel 11.31 (“estabele-cendo a abominação desoladora”) das quais,como dissemos, o trecho de Daniel 9.27 queconsta na LXX foi citada no NT.Ato pelo qual um ídolo pagão era introduzi-do nos limites do Templo sagrado de Jeru-salém, foi obviamente denunciado pelo Se-nhor Jesus. Intérpretes liberais do livro deDaniel afirmam que todas as suas três pas-sagens referem-se a um ato de Antíoco Epi-fânio, rei pagão da Síria, que profanou oTemplo em 165 a.C. Se esta interpretaçãoestiver correta, então Jesus estava equivo-cado (o que seria absolutamente impossí-vel), ou nunca disse realmente o que foi atri-buído a Ele em Mateus 24.15 e Marcos13.14. Certos estudiosos conservadoresacreditam que a profecia tenha sido cum-prida em acontecimentos do primeiro sécu-lo d.C., associados à destruição de Jerusa-lém. Outros afirmam que a expansão daprofecia por parte de Paulo em 2 Tessaloni-censes 2 (como muitos acreditam) exige quehaja alguma referência aqui a um anticristofinal, que faria a sua aparição no final dapresente era (G. R. Beasley-Murray na obraJesus and the Future, e também na obra ACommentary on Mark 13). Veja Abomina-ção; Anticristo; Besta (Simbólico).

R. D. C.

ABRAÃO

Autenticidade e Dados de seu PassadoEmbora a arqueologia não tenha fornecidoqualquer contacto direto com Abraão, abun-dantes evidências foram acumuladas, asquais, longe de contradizer a história bíbli-ca, levaram muitos estudiosos a aceitaremseu relato como um genuíno reflexo do perí-odo que ela se propõe a representar. Essasevidências estão sob a forma de fontes docu-mentadas que estabelecem as tradições cul-turais refletidas na história bíblica.Os textos Nuzu, que representam a lei comumdos hurianos (os horeus bíblicos, q.v.) que do-minaram partes da Mesopotâmia por voltade 1500 a.C., lançaram alguma luz sobre tais

tradições, como a adoção que Moisés fez doservo Eliézer como seu herdeiro (Gn 15.2-4).Segundo o Nuzu, a adoção de um escravo erauma prática comum por parte dos casais semfilhos. Para uma possível herança, o homemadulto adotado negociava seus cuidados pe-los pais adotivos em sua idade avançada, pro-porcionando a estes as cerimônias de enterroadequadas. Mas o Nuzu indica que um filhonatural como Isaque, mesmo tendo nascidodepois de tal adoção, sempre recebia os direi-tos de herança em primeiro lugar.Novamente, tanto os códigos legais de Nuzucomo os de Hamurabi, dizem como uma es-posa estéril era obrigada a fornecer umaserva para o marido, na expectativa de queum filho pudesse nascer. A relutância deAbraão de mandar Agar embora (Gn 21.11)reflete a proteção da lei huriana à serva,sob tais circunstâncias.Outra tradição cultural, que não se coadunacom a lei hebraica posterior (mosaica) e, por-tanto, deve vir de épocas anteriores, foi a com-pra feita por Abraão do campo de Macpela(Gn 23). Os textos da Capadócia refletem asleis feudais hititas que, aparentemente obri-garam Abraão pagar o preço total (23.9,NTLH) para obter o título legal e comprar todoo campo de Efrom, o heteu, porque a plenaposse vinha da obrigação feudal ou dos servi-ços devidos ao dono da terra, de acordo com alei hitita (BASOR, #129, pp. 15-18). Abraãoestava acostumado com tais transações co-merciais e era capaz de pesar e entregar aEfrom os 400 siclos de prata como moeda cor-rente entre os mercadores. Não se tratava demoedas, mas como diz o hebraico, “prata que

passa para o mercador”, significando barrasnão cunhadas ou anéis de prata.Embora Abraão não seja conhecido atravésde fontes fora da Bíblia, seu nome está citadosob a forma babilônica, Abamram (BASOR,#83, p.34), como também o nome de Naor (cf.a cidade de Naor, Gênesis 24.10), Tera eSerugue (Gn 11.22,24) que representam ascidades mencionadas nos textos Mari e emoutros documentos assírios (cf. John Bright,A History of Israel, p. 70).

ABOMINAÇÃO ABRAÃO

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A mesquita de Hebrom, que cobre uma caverna queé considerada a caverna de Macpela, lugar dosepultamento de Abraão e outros membros da

família patriarcal. HFV

Um dos capítulos mais interessantes da his-tória de Abraão está em Gênesis 14 e tratada batalha entre os quatro reis do Egito con-tra os monarcas locais. Os arqueólogos consi-deram esse capítulo como o mais repleto dedetalhes em sua autenticidade. (Veja Anrafel;Arioque; Quedorlaomer; Tidal). A precisão ge-ográfica de Gênesis 14 é indiscutível. Alémdisso, o raro termo técnico (hanikim) usadopelos criados de Abraão (Gn 14.14) aparecenos textos da Execração Egípcia e em umacarta de Taanaque datada da primeira me-tade do segundo milênio a.C. A ocorrência des-sa primitiva e rara palavra comprova a tre-menda autenticidade do texto.As viagens de Abraão na Mesopotâmia e suascaminhadas pela Palestina combinam bemcom o quadro geral que a arqueologia obte-ve dos primórdios do segundo milênio. Essaera a época em que a Palestina estava rece-bendo novos grupos nômades e a montanho-sa região central que Abraão escolheu paraviver era esparsamente habitada, enquantoo vale do Jordão, as regiões costeiras e ou-tros domínios agrícolas eram dominados pe-los cananeus e outros. É provável que Abraãotenha feito parte desse grande movimentode pessoas usualmente identificadas comoamorreus (Gn 15.16) o que pode explicar asalianças de Abraão com os amorreus Aner,Escol e Manre (Gn 14.13,24) e a justificativapara Ezequiel acusar a nação pecadora deter um fundador amorreu (Ez 16.3-5). Abraãopassou algum tempo no Neguebe e ao longoda rota comercial de Cades-Barnéia até Sur(na fronteira oriental do Egito). Durante sé-culos, antes ou depois do período da metadeda Idade do Bronze I (2.100 a 1.850 a.C.)havia colônias estabelecidas no Neguebe.Ruínas de estações desse caminho, que pu-deram ser datadas dessa época através doestudo das cerâmicas, estabelecem a rota dacaravana pelo interior através do norte dodeserto do Sinai.A data exata para Abraão não pode ser de-terminada através da arqueologia, emboraa maioria das autoridades tenha estabele-cido o início do segundo milênio. Usando ospersonagens bíblicos, e assumindo que nãohouve nenhuma interrupção, pode-se obtero ano 2.000 a.C. como uma data aproxima-da para o nascimento de Abraão. Essa dataestá bastante de acordo com as descobertasarqueológicas.No entanto, objeções foram levantadas emrelação à ocorrência do termo filisteus (q.v.)em Gênesis 21.32,34. Os guerreiros filisteusda época de Davi somente chegaram à cos-ta da Palestina por volta de 1.200 a.C. En-tretanto, C. H. Gordon observou que o povodo mar Indo-Europeu, como por exemplo osminoanos da ilha de Creta, haviam imigra-do para Canaã durante todo o segundo mi-lênio. O cananeu Abimeleque de Gerar pro-vavelmente fazia parte de uma onda ante-

rior de filisteus amantes da paz, embora onome filisteu em si mesmo possa ser umanacronismo oriundo dos povos hostis daépoca de Saul e de Davi. Veja Cronologia,AT; Idade Patriarcal.

História e Importância de Sua VidaAbraão iniciou sua vida em Ur dos Caldeus,na Mesopotâmia. Dali, Tera, seu pai, mudou-se com a família para Harã. Tanto Ur comoHarã eram centros de adoração da lua. Onome de seu pai, Tera, provavelmente signi-ficava “Ter é (o divino) irmão”. Acredita-se que“Ter” seja uma variação dialética para o deuslua e era especialmente popular no distritode Harã como foi confirmado pelos registrosassírios (J. Lewy, HUCA, 19. p. 425). MasAbraão foi convocado pela voz de Deus a dei-xar o seu cenário pagão, para ir a uma terradivinamente prometida à sua semente.Após sua chegada à Palestina, Abraão pas-sou muitos dias principalmente nas proxi-midades de três centros no sul, Betel,Hebrom (Manre) e Berseba. Aparentemen-te, ele havia entrado em Canaã pelo ladoleste, assim como Jacó em seu retorno dePadã-Arã, atravessando o Jordão nas pro-ximidades de Sucote, parando primeiro paraadorar a Deus fora de Siquém (Gn 12.5-7).Entretanto, nas proximidades de Betel,Abraão construiu o seu segundo altar (Gn12.8; 13.3) e invocou o nome do SenhorJeová. Depois de uma curta peregrinaçãono Egito por causa da fome, Abraão retornou

ao local do altar, nas proximidades de Betel,onde se separou de seu sobrinho Ló, quepreferiu residir nas verdes planícies doJordão onde as cidades cananitas deSodoma e Gomorra estavam situadas. En-tão, Abraão viajou para o Sul, para umaplanície nas montanhas, chamada Manre(Hebrom) ao sul da cadeia central de mon-tanhas. Nesse lugar ele construiu um outroaltar ao Senhor.

ABRAÃO ABRAÃO

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A jornada de Abraão

Após recuperar Ló e sua família das mãos dosmesopotâmios que os haviam aprisionado,Abraão pagou dízimos a Melquisedeque, reide Salém. Não se pode precisar se Melquise-deque estava em Jerusalém, mas o texto dizclaramente que ele era um rei sacerdote querepresentava El Elyon – um outro título doDeus de Abraão. O texto em Gênesis 20–22fala sobre a permanência de Abraão no Ne-guebe, especialmente nas proximidades deBerseba. O relato bíblico afirma que Abraãonão só cavou um poço, como deu ao lugar onome de Berseba (“poço do juramento”) porcausa do pacto que havia feito com Abimele-que, o chefe filisteu daquela área.Deus renovou sua promessa a Abraão em di-versas ocasiões (cf. Gn13.14-18; 15; 17;22.15-19). Ênfase deve ser atribuída à fé deAbraão na promessa feita por Deus em rela-ção tanto à terra como à sua semente, ape-sar da continua infertilidade e avançada ida-de de sua esposa. O nome de Abrão, que sig-nifica “pai exaltado” ou “meu pai é exaltado”foi mudado para Abraão que significa “paide uma multidão”. O pacto feito com Deusfoi selado pelo sinal da circuncisão e por fimIsaque, o filho da promessa (Gl 4.28) foi con-cedido àquele que seria sempre conhecidocomo o “pai de todos os que crêem” (Rm 4.11).Na verdade, Abraão creu na promessa deDeus de ter um filho na velhice e “isso lhefoi imputado como justiça” (Gn 15.4-6; Rm4.1-4; Tg 2.22,23; Gl 3.6; 5.6). Antes que o

filho Isaque lhe fosse dado através do ven-tre amortecido de Sara (Hb 11.11) sua servaegípcia Agar deu à luz Ismael, através dequem os árabes de nossos dias traçam suaorigem até Abraão.O nome de Isaque se origina da raiz hebrai-ca, sahaq, que significa “rir”. O riso de Abra-ão (Gn 17.17) parece ter sido uma expressãode alegria, ou até de admiração, enquanto oriso de Sara (Gn 18.11-15) era uma expres-são de incredulidade que ela, vergonhosa-mente, tentou desmentir. No devido tempo,Isaque tornou-se o núcleo principal de todasas esperanças de Abraão; isso explica a im-portância do episódio do oferecimento deIsaque em sacrifício. O dilema que Abraãoexperimentou era que a promessa de Deusnão poderia se cumprir se Isaque morres-se; no entanto Deus estava pedindo Isaquea Abraão. O texto em Hebreus 11.17-19mostra o comentário Divino sobre esse acon-tecimento, mostrando como a fé de Abraãotriunfou ao crer na fidelidade de Deus, pois“considerou que Deus era poderoso para atédos mortos” ressuscitar Isaque (v. 18), senecessário, para cumprir a sua promessa.Veja Promessa a Abraão.Outro episódio da vida de Abraão nos mos-tra seu retrato não como uma figura cobertade lendas (como certos críticos afirmaram),mas através de calorosos aspectos humanos.A maior parte dos relatos bíblicos trata desua pessoa a partir dos setenta e cinco anos

ABRAÃO ABRAÃO

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(Gn 12.4). O fato de Abraão ter 100 anos eSara 90 quando Isaque nasceu, longe de serum “Midrash” tardio, é um fato importanteda história original, isto é, que Abraão ado-rava ao Deus que realiza o impossível. É ver-dade que o relato bíblico faz referência a umsegmento relativamente pequeno de suavida, no entanto esses comparativamentepoucos capítulos (Gn 12–25) apresentam umquadro surpreendentemente bem delineadodesse patriarca. Ele era quase um nômade,mas muito diferente do beduíno médio denossos dias, pois Abraão tinha uma granderiqueza em gado, prata e servos. Ele era umhomem de paz, mas podia usar seus servos(Gn 14.14) em conflitos ocasionais.Abraão teve encontros face a face com o Todo-Poderoso, recebeu anjos (Gn 18.1-8), e rece-beu a palavra de Deus em sonhos (Gn 15.12-17). Mais importante ainda, ele foi chamadopor Deus de profeta em Gênesis 20.7, ondeAbimeleque, rei de Gerar, foi prevenido deque Abraão tinha o dom da intercessão. Eleusou esse dom com muito sucesso em benefí-cio de Abimeleque (Gn 20.17,18), mas nãoteve o mesmo sucesso em sua intercessão porSodoma (Gn 18.23-30), sem dúvida por quesua opinião sobre essa cidade estava erra-da. Veja Sodoma; Bab adh – dhraParece que por duas vezes Abraão protegeuseus próprios familiares quando usou umameia verdade de que Sara era sua irmã, es-condendo o fato de que ela era também suaesposa (Gn 12.11-13; 20.5). Isaque fez o mes-mo (Gn 26.6-11). Veja Abimeleque. Entretan-to, esses episódios, quando adequadamenteentendidos, mostram que Abraão e Isaque,embora temerosos, não estavam deliberada-mente caminhando nos limites da deprava-ção moral. Os patriarcas vieram de Harã,uma área controlada pelos hurianos. Portan-to, ambos estavam praticando um apreciadocostume huriano que E. A. Speiser (TheAnchor Bible, Gn, pp. 91-94) chama de rela-cionamento irmã-esposa. Tanto Sara quan-to Rebeca eram qualificadas para essa pri-vilegiada posição, de acordo com a práticahuriana legal. Os patriarcas esperavam usarcomo artifício diplomático essa posição es-pecial de suas esposas que gozavam de umstatus superior em sua sociedade. Entretan-to, nem o Faraó do Egito, nem o rei de Ge-rar, estavam familiarizados com esse costu-me hurriano e tinham que ser convencidosde que ele representava o legítimo exercíciodas prerrogativas e da proteção gozadas pe-las irmãs-esposas daqueles que pertenciamà alta sociedade huriana. No entanto, Deusinterveio a favor de Abraão nos dois casos,ensinando-lhe que o caminho da confiança eda obediência representava o novo curso queele deveria seguir (Gn 12.17; 20.3,17s).Abraão teve outra esposa. Quetura (Gn 25.1-4) através de quem se tornou pai dos midia-nitas e outros, mas como dizem as Escritu-

ras, “Abraão deu tudo o que tinha a Isaque”(Gn 25.5). Abraão morreu “em boa velhice” efoi enterrado na cova que havia compradodos heteus. A atitude de enterrar a sua fa-mília e deixar instruções quanto a seu pró-prio enterro na terra que lhe fôra prometi-da, ao invés da terra natal de seus ances-trais, foi uma forte demonstração de sua féna aliança que tinha com Deus.Em 2 Crônicas 20.7 e Tiago 2.23, Abraão échamado de amigo de Deus. A universalida-de desse título para o pai da nação hebraicaestá refletida no nome da mesquita construí-da em sua honra em Hebrom, isto é, Al-Khalil(“O Amigo”). Ninguém pode estar plenamen-te seguro de que esta mesquita esteja cons-truída exatamente sobre o local da cova fu-nerária no campo de Macpela, mas Gênesis23.19 afirma que esse local estava realmentesituado na área de Hebrom.

E. B. S.

Abraão no NTO nome de Abraão ocorre 74 vezes no NT,mais que o nome de qualquer outro santo doAT, exceto Moisés (79 vezes). Deus é o “Deusde Abraão” (Mt 22.32; At 7.32) e Abraão viveem uma consciente comunhão com Ele (Lc16.22; veja O Seio de Abraão). Abraão foi oantecessor do Messias (Mt 1.1) e pai dos is-raelitas segundo a carne (Mt 3.9; Jo 8.33; At13.26). Mas ele se tornou o pai espiritual detodos aqueles que compartilham a sua fé peloEspírito Santo (Rm 4.11-16; 9.7; Gl 3.16,29;4.22,31). A fé de Abraão levou ao seu per-dão, e tipifica o modelo de fé que devemosexercitar (Rm 4.3-11). As demonstrações desua fé, ao obedecer à ordem de Deus paraabandonar a Mesopotâmia, assim como o ofe-recimento de seu filho, Isaque, são mencio-nados como exemplos notáveis de sua fé emação (Hb 11.8-19; Tg 2.21).

J.R.

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ABRAÃO ABRAÃO

14

London. Westminster Chapel, 1959. C.Leonard Woolley, Abraham. Recent Discove-ries and Hebrew Origins. London. Faber &Faber, 1936. Geerhardus Vos, BiblicalTheology, Grand Rapids. Eerdmans, 1954,pp. 79-105.

ABRAÃO, O SEIO DE Essa frase figurati-va reproduz a bem-aventurança do crente noparaíso após a morte. Embora seja usada nojudaísmo rabínico, a única ocorrência escri-ta dessa expressão encontra-se na parábolaproferida por Cristo sobre o homem rico eLázaro (Lc 16.19ss.). Ao morrer, o mendigoLázaro é carregado pelos anjos até o seio deAbraão, enquanto o homem rico, depois deseu enterro, é atormentado no Hades.De acordo com o AT, ao morrer as pessoasvão ao encontro de seus pais (Gn 15.15;47.30; Dt 31.16; Jz 2.10). Como Abraão erao pai dos judeus (Lc 3.8; Jo 8.39s.), a formamais concreta dessa expressão era ir ao paiAbraão (IV Mac 13.17). Uma simples varia-ção disto era falar da vida após a morte emtermos de “seio de Abraão”.No judaísmo rabínico a frase tinha dois sen-tidos distintos, e os intérpretes estão dividi-dos quanto ao significado preciso da frasenessa parábola. Deitar-se ou sentar-se noseio de Abraão pode exprimir, figurativa-mente, a carinhosa comunhão que existeentre Abraão e seus descendentes crentes nocéu, em uma analogia à ternura paternal deum pai para com o seu filho (Jo 1.18). Ou-tros acreditam que a figura está enfocando,principalmente, o banquete celestial onde,de acordo com a maneira romana de feste-jar, também usada pelos judeus, Lázaro estáreclinado sobre uma mesa com a cabeça noseio de Abraão, seu anfitrião (Jo 13.23;21.20).Talvez ambos elementos possam ser aplica-dos à parábola. Como as Escrituras geral-mente representam a alegria do céu em ter-mos de um banquete (Mt 8.11; Lc 13.28,29;14.16ss.), seria natural que isto estivesseimplícito na figura do pobre mendigo queantes se alimentava das migalhas da mesado rico e que agora está gozando da abun-dância do banquete celestial. Mas a intimi-dade e a comunhão não estão ausentes des-se quadro. O mendigo, solitário e proscrito,está agora gozando das venturas do céu naíntima companhia do pai dos crentes. E comoLázaro está no seio de Abraão, também pa-rece que ele recebeu um lugar de honra nes-se banquete.Os intérpretes também diferem se o seio deAbraão representa um lugar que pode seruma divisão ou compartimento do Hades.Nos escritos judaicos, Seol-Hades é, muitasvezes, o lugar dos mortos em geral, incluin-do tanto os justos quanto os pecadores. Nocapítulo 22 da psd. de Enoque existem até

quatro divisões para Hades onde os mortosficam à espera do dia do julgamento. Masaqui o seio de Abraão e o Hades são lugaresdistintos. Jesus fala do homem rico somenteno Hades e lá ele vê Abraão “ao longe”, in-formado que existia um “grande abismo”entre eles de modo que qualquer transferên-cia seria impossível. Abraão e Lázaro estãoem uma posição abençoada, enquanto noHades o homem rico sofre tormentos e pedeágua para refrescar a sua língua. Essas ter-ríveis condições aparecem como as conseqü-ências inerentes de estar no Hades.Suas implicações escatológicas são claras,pois a fé de Lázaro o leva à alegria da vidaeterna (o seio de Abraão) enquanto a fortu-na do descrente homem rico não pôdeprotegê-lo dos tormentos do inferno (Hades).Esse contexto não oferece apoio à opinião dealguns católicos romanos segundo a qual oseio de Abraão está se referindo ao limbuspatrum, um lugar onde os crentes do AT go-zam de paz enquanto esperam pela perfeitaredenção de Cristo. No Egito, outros temaslevam a uma interpretação do seio de Abraãona qual estão enfatizados os elementos águafresca e refrigério.Para referências bibliográficas adicionais,veja SBK, II (1924), 226-227; SBK, IV (1928),1018-1019; TWNT, III (1938), 825-826.Veja Abraão; Morte; Paraíso; Seol.

F. H. K.

ABRÃO Nome original de Abraão (q.v.) emGênesis 11.27–17.5. Esse nome aparece emtextos egípcios e da Velha Babilônia do sé-culo XIX a.C, da Antiga Arábia do Sul e emuma inscrição ugarítica. Para esses pagãosesse nome provavelmente significava “meu(divino) pai é exaltado”.

ABRONA Também traduzido como Ebrona.Um campo de israelitas próximo a Eziom-Geber (Nm 33.34,35). É possível que estives-se em ‘Ain ed-Defiyeh, um poço raso em Ara-bá, cerca de doze quilômetros ao norte deEziom-Geber.

ABSALÃO Terceiro filho de Davi, nascidode Maaca, filha de Talmai, rei de Gesur, emHebrom (2 Sm 3.2,3. 1 Cr 3.1,2). O autor dolivro no qual ocorrem as narrativas deAbsalão (2 Sm 13-19) está primeiramentepreocupado com os atos justificados do Se-nhor nos anos em que foi formada a dinastiade Davi. Para o autor, Salomão (e não o pri-mogênito Amnom, nem o terceiro filho,Absalão, nem o quarto, Adonias etc.) foi oescolhido de Deus para ser o sucessor deDavi. Uma apreciação dessa ênfase ajuda aexplicar a escolha de dois eventos da vida deAbsalão (o assassinato de Amnom, 2 Samuel13.1-38; e a conspiração e rebelião deAbsalão, 2 Sm 13.39–19.8) que o levaram aser preterido em relação aos demais. A in-

ABRAÃO ABSALÃO

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Túmulo tradicional de Absalão no vale de Cedrom,Jerusalém. HFV

tenção do escritor é mostrar como o Senhorcastigou Davi pelo adultério e assassinato,mas conservou sua promessa de perpetuar adinastia de Davi (anunciada por Natã em 2Samuel 12.10-14; 7.12-16).Natã anunciou três maneiras pelas quaisDeus iria punir Davi:(1) O filho de Bate-Seba (2 Samuel 11.27, epossível herdeiro do trono) iria morrer (2 Sm12.14). Quem sucederia a Davi? TalvezAmnom? Incitado por Jonadabe (seu “ami-go”, 2 Samuel 13.3-7, um “confidente da cor-te”, cf. Husai, “amigo” de Davi, 2 Sm 15.37;16.16; 1 Cr 27.33) Amnom estuprou sua meiairmã (irmã de Absalão) Tamar; e (tendo Davifracassado em vingar esse ato) dois anosmais tarde Absalão provocou a morte deAmnom e em seguida fugiu para a casa deseu avô materno. Será, então, que o suces-sor de Davi poderia ser Absalão? Cinco anosse passaram até que Davi o reintegrasse to-talmente. Mas, ,Absalão movimentou-se ra-pidamente para conseguir o trono. Adotan-do costumes pagãos (que lhe foram ensina-dos por Talmai?) ele apareceu em público emuma carruagem escoltada por um cortejo decorredores. Ele assegurou a simpatia das deztribos do norte fazendo-se passar por seudefensor. Dentro de quatro anos (na LXX nãoconsta 40 anos - aparentemente devido auma interpretação errada de um copistahebreu que escreveu ’arba‘ im shanah ao in-vés de ’arba‘ shanim em 2 Samuel 15.7), sobo pretexto de cumprir um voto, Absalão foi aHebrom e reclamou o título de “rei” (2 Sm15.10); em seguida, apoderou-se de Jerusa-

lém para ser sua capital. Mas seu sucessoteve fim quando Joabe mandou matá-lo, (de-safiando uma ordem explícita de Davi) nafloresta de Efraim. Finalmente, será que osucessor de Davi poderia ser Adonias? Elehavia tentado se apoderar do trono na velhi-ce de Davi, mas foi abertamente denunciadopela nomeação aberta de Salomão (filho deBate-Seba!) por parte do idoso rei.(2) A espada não se apartaria da casa de Davi(2 Sm 12.10). Absalão trouxe a morte aAmnom por ter estuprado sua irmã; Joabemandou assassinar Absalão por conspiraçãoe rebelião e Benaia matou Adonias por terpedido a mão de Abisague (1 Rs 2.13-25).(3) Alguém da própria casa de Davi iriaconspirar contra ele e tomar publicamentesuas concubinas (2 Sm 12.11,12). Absalãoconquistou o coração dos homens de Israel(2 Sm 15.6), proclamou-se rei em Hebrom eapoderou-se de Jerusalém sem qualquer ba-talha. Seguindo o conselho de Aitofel, coa-bitou com as dez concubinas de Davi (o quese tornou público) e com isso fortaleceu suapretensão ao trono e confirmou seu comple-to domínio sobre o império de Davi (2 Sm16.20-23).Mas, apesar da magnitude dos pecados deDavi e do período de incertezas relacionadoà identidade de seu sucessor, Deus perma-neceu fiel à sua promessa de que a dinastiade Davi se estabeleceria para sempre em Is-rael. Salomão tornou-se rei em lugar de seupai (1 Rs 1).

Bibliografia. E. R. Dalglish, “Absalom,”IDB, 1,22-23. H. W. Hertzberg, I and II Sa-muel. A Commentary, Old TestamentLibrary, Philadelphia. Westminster, 1964.Eugene H. Maly, The World of David andSolomon (Backgrounds to the Bible Series),Englewood Cliffs, N.J.. Prentice-Hall, 1966.J. Weingreen, “The Rebellion of Absalom”,VT, XIX (1969), 263-266.

J. T. W.

ABSINTO Veja Plantas.

ABSTINÊNCIA Termo genérico aplicável aqualquer objeto ou ação do qual alguém seabstém por algum tempo e por algum moti-vo particular, especialmente no cultivo davida espiritual. Em geral, trata-se de umaautodisciplina voluntária e pode consistir emuma renúncia total ou numa leve participa-ção em algum prazer ou necessidade, comocomer, beber etc. Às vezes, ela se refere auma total abstinência de alguma coisa posi-tivamente perniciosa ou proibida, comofornicação, alimentos proibidos, intoxicaçãopor bebidas alcoólicas ou drogas debilitantes.Uma extrema abstinência pode tomar a for-ma de asceticismo. Ela pode ser distinguidada temperança, que é o uso moderado de ali-mentos ou bebidas etc. O jejum é uma forma

ABSALÃO ABSTINÊNCIA

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Ruínas do palácio de Acabe, Samaria. HFV

de abstinência específica, isto é, de alimen-to. Veja Jejum.No AT era proibida a ingestão de sangue (Gn9.4). Outros exemplos de abstinência obriga-tória foram registrados (Gn 32.32; Êx 22.31;Lv 3.17; 10.9; 11.4ss.; Nm 6.3; Dt 14.21) emrelação à regras alimentares dos israelitas emgeral e dos sacerdotes e nazireus em particu-lar. Essas restrições alimentares foram aban-donadas em grande parte no NT (At 15.19,20,28,29). Paulo deixa o assunto da abstinên-cia de alimentos a critério da consciência decada indivíduo e da orientação do Espírito, einsiste em uma afetuosa consideração entreas pessoas (Rm 14; 1 Co 8). Nos assuntos queenvolvem a moral, os deveres apostólicos deabstinência do pecado são obrigatórios (1 Ts4.3; 5.22; 1 Pe 2.11).Embora sua vida seja o supremo exemplo daabnegação, o nosso Senhor não ensinou nempraticou o asceticismo, embora seu ministé-rio público tenha sido precedido por 40 diasde jejum no deserto. Ele condenou a piedadeartificial e a ostentação (Mt 6.16-18).A abstinência, de acordo com a Bíblia, nuncaé boa ou valiosa em si mesma, mas somentequando promove uma vida útil e santa. Ela éum meio, e não um fim em si mesma.

R. E. P.

ABUTRE Veja Animais: III. 4,5,6,7.

ACÃ Um horeu (Gn 36.27). Veja Jaacã.Uma variação de Acar em 1 Crônicas 2.7;também em certos manuscritos da LXX esiríacos.Um homem de Judá que se apropriou secre-tamente de alguns dos despojos da guerra,quando Jericó foi derrotada (Js 7.1-26;22.20). O Senhor revelou a Josué que a der-rota de Israel em Ai fora causada pela pre-sença do pecado no acampamento dos israe-litas. Quando lançando sortes de forma sa-grada, descobriu-se quem era o transgres-sor, Acã confessou ter cobiçado, roubado eescondido em sua tenda vestuários finos,prata e ouro, objetos que estavam destina-dos a ser “consagrados ao Senhor para des-truição” ou “para o tesouro” (Js 6.17-19; cf.S. R. Driver sobre 1 Samuel 15.33). Acã etoda a sua família foram apedrejados até àmorte, e enterrados (juntamente com todasas suas posses) no vale de Acor (que signifi-ca “perturbação”), ao sul de Jericó.O roubo teria acarretado apenas o castigoda restituição em dobro (Êx 22.4,7), mesmoem situações de paz, mas Acã violou a santi-dade especial das “coisas consagradas” quehaviam sido eternamente separadas do usocomum. Ele ousou colocá-las “debaixo da suabagagem” (Js 7.11).O antigo conceito de solidariedade comuni-tária está subjacente à história em toda par-te. (1) o pacto divino da unidade de Israelcomo nação “consagrada” (isto é, santifica-

da) (cf. Êx 13.11-15; 4.23) deu-lhes a segu-rança da proteção do Senhor; (2) A ofensa deAcã estabeleceu sua associação com os ca-naneus que eram “consagrados ao Senhorpara a destruição” (isto é, amaldiçoados) e oseparou da proteção do pacto (Js 6.17,18;7.15); (3) a ofensa de Acã tornou-se a ofensade Israel até que eles se separassem das “coi-sas consagradas” cujo fim deveria ser a des-truição (Js 6.18; 7.11,12); (4) toda a famíliade Acã e todas as suas posses haviam sofri-do o estigma das “coisas consagradas” e com-partilharam sua responsabilidade e destrui-ção (Js 7.24,25).

ACABE1. Falso profeta, filho de Colaías. Foi depor-tado para a Babilônia e denunciado por Je-remias (Jr 29.21).2. Sétimo rei de Israel, filho e sucessor deOnri. No livro dos Reis ele aparece tantocomo um rei politicamente forte, como espi-ritualmente fraco. No aspecto secular, eracapaz de conquistar o respeito tanto de ami-gos como de inimigos. No aspecto religioso,suas práticas de sincretismo traduziram aperdição da casa de Onri. Seu reino foi re-gistrado como tendo durado 22 anos (1 Rs16.29) considerados por Thiele entre os anos874 e 853 a.C. (The Mysterious Numbers ofthe Hebrew Kings, p. 61).O casamento com Jezabel, com finalidadepolítica, resultou em uma mistura de bên-ção e maldição. A aliança concomitante comEtbaal, rei dos sidônios (1 Rs 16.31) e pai deJezabel, trouxe uma onda crescente de co-mércio, riqueza e da classe dos mercadoresde Israel. Entretanto, Jezabel trouxe consi-go uma forma de baalismo que entrou emchoque direto com a adoração ao Senhor.Com zelo fanático, ela forçava o culto associ-ado a Baal-Melcarte e Aserá, e gradualmen-te envolveu Acabe através de seu implacá-vel vigor. Mais tarde, Acabe introduziu essaforma de baalismo em Judá, concedendo a

ABSTINÊNCIA ACABE

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mão de sua filha Atalia em casamento aJeorão, filho de Josafá.Nem Acabe, nem Jezabel, foram capazes dese manter isentos de oposição. Elias, otisbita, aparecia repetidamente como umaconsciência acusadora. Ele parecia o cam-peão dentre os homens comuns ao se defron-tar com Acabe na vinha de Nabote. Foi tam-bém o campeão do culto a Deus na vitóriaalcançada no Monte Carmelo. Embora as histórias de Elias mostrem Aca-be como uma pessoa fraca e dominada porJezabel, outros aspectos de seu reinado re-velam seus pontos fortes. Suas atividades nosetor de construções foram extensas e notá-veis. Em Samaria, ele continuou a constru-ção iniciada por seu pai Onri. Escavaçõesfeitas nesse local mostram como eram fortesos muros que mais tarde iriam suportar trêsanos de cerco. Marfins lavrados de Samarianos dão exemplos da mobília que foi envia-da à sua “casa de marfim” em Jezreel. Foidurante o seu reinado, e possivelmente sobsuas ordens, que a cidade de Jericó foi re-construída por Hiel de Betel. Outras cida-des também foram reconstruídas e fortifica-das durante esse período.O reinado de Acabe foi uma época de cons-tantes conflitos internacionais. A Bíblia Sa-grada mostra Acabe lutando contra o reinoSírio de Damasco (1 Rs 20), lutando com elescontra os assírios na batalha de Qarqar (re-gistros de Salmanezer III) e, finalmente, ali-ado a Judá contra Ben-Hadade da Síria, emRamote-Gileade (1 Rs 22). Nessa batalha,para recuperar Ramote-Gileade dos sírios,Acabe foi atingido por uma flecha lançadaao acaso. O rei morreu e seu reino declinourapidamente depois de sua morte. Moabe eoutras áreas que lhe eram sujeitas se rebe-laram e passaram a ser independentes deIsrael (2 Rs 1.1).

K. M. Y.

ACÁCIA Veja Plantas.

ACADE Aparece escrita com o nome deAcade nas Bíblias Inglesas (KJV, ASV, RSV),e corresponde à ’akkad em hebraico (Gn10.10). A cidade que leva esse nome (na mo-derna literatura histórica ela é geralmenteescrita como Akkad) estava localizada nabaixa Mesopotâmia, não muito longe do sulda atual cidade de Bagdá, e um pouco aonorte da antiga Babilônia. Em certas inscri-ções mais antigas aparece com o nome deAgade, porém sua localização exata é desco-nhecida.A região inferior da Mesopotâmia (isto é, asudeste da garganta formada pela aproxima-ção dos rios Tigre e Eufrates) que no AT re-cebeu o nome de Babilônia no início da Ter-ceira Dinastia de Ur (cidade de Abraão), es-tava localizada no extremo sul do território,em uma área conhecida como Sumer e Acade

(ANET, p. 159 et al.; FLAP, p. 10), indicandoa proeminência de Acade na época. Duranteo antigo período acadiano (aproximadamen-te 2.360-2.180 a.C.), um certo Sargão fun-dou a dinastia de reis de língua semítica emAcade (Agade) que governaram toda essaregião da Mesopotâmia inferior. Sob o gover-no de Sargão I e de Naramsin, seu neto, oreino se estendeu até o ponto de levar o reide Agade a ser considerado “o poderoso, deusde Agade, rei dos Quatro Cantos”. Seu im-pério se estendia desde Elão até a Síria.A forte impressão deixada por esse reino deAgade sobre as gerações posteriores pode serobservada no fato de que mais de um milê-nio e meio mais tarde, Nabopolasar, Nabu-codonosor e Nabônido, reis do Novo ImpérioBabilônico eram às vezes chamados de “reisde Acade” (FLAP, pp. 220, 222, 227; DonaldJ. Wiseman, Chronicles of the ChaldeanKings, p. 67-69). Além disso, a principal lín-gua semítica da região, e também a escritacuneiforme, tornaram-se conhecidas comoacadianas (das quais o assírio e o babilônioeram dialetos) e referidas respeitosamentepor Assurbanipal, rei da Assíria (668-633a.C., o asn. de Ed 4.10) como a “obscura es-crita acadiana que é difícil de dominar”(FLAP, p. 216).

R. D. C.

AÇAFRÃO Veja Plantas.

ACAIA No NT, Acaia se refere à região sulda Grécia, sendo que a Macedônia se encon-tra na região norte (At 19.21; Rm 15.26; 2Co 1.1; 1 Ts 1.7,8). Sob a direção de Cláudio,no ano 44 d.C., ela foi governada por um pró-cônsul (por exemplo, Gálio em At 18.12), no-meado pelo senado romano; o imperador go-vernava suas províncias através de procu-radores. Suas cidades principais eram Ate-nas (q.v.) e Corinto (q.v.) a capital com seuporto marítimo Cencréia, embora Esparta(ao sul), Megara, Tebas e Delfos (ao norte)fossem cidades famosas na antiguidade.

ACAICO Companheiro de Estéfanas eFortunato que visitou Paulo em Éfeso, e quetalvez tenha trazido uma carta da Igreja queestava em Corinto (1 Co 7.1; 16.17).

ACAMPAMENTO Veja Campo.

AÇÃO DE GRAÇAS Expressão de agrade-cimento ou apreço a Deus. É conhecida pelohomem universalmente, mas somente conhe-cida a fundo pelo cristão que enxerga a Deuscomo o Criador de um mundo que era “bom”(Gn 1.4,31), o Provedor da salvação do homemimediatamente após o pecado e a queda, eaquele que dá todo dom bom e perfeito.A Bíblia está repleta de ações de graças, e osexemplos mais pronunciados são encontra-dos em uma oferta especial de ação de gra-

ACABE AÇÃO DE GRAÇAS

18

ças no AT (Lv 7.12-15; 22.29; 2 Cr 29.31; Am4.5) e nas várias festividades instituídaspara Israel (Êx 23.14ss.; 34.22,23; Lv 23; Nm29; Dt 16), nos Salmos de ações de graças(Sl 34.3; 50.14; 92.1-5; 100; 107; 136). No NTo cristão nunca deve orar sem dar graças (Fp4.6; Cl 4.2) pelas coisas que Deus tem feitopor ele (1 Co 15.57; 2 Co 2.14; 8.16; 9.15; 1Tm 4.3,4). A ministração dos dons que te-mos, em benefício de outras pessoas, deveser motivo de ação de graças por parte des-tas (gr. eucharistia) a Deus por sua graçaabundante (charis) e favor (2 Co 4.15;9.11,12). O céu estará repleto de vozes decriaturas angelicais e também daqueles queforam salvos dando graças a Deus (Ap 4.9;7.12; 11.17).A celebração nacional do dia de ação de gra-ças nos Estados Unidos da América é um ecode duas festas do AT. A Festa da Sega RA/RC (Êx 23.16), também chamada de Pente-costes e Festa das Semanas (Êx 34.22), poisera celebrada depois de sete semanas ou 50dias após a Páscoa judaica; e da Festa dosTabernáculos (Lv 23.34-43), também chama-da de Festa das Primícias (Êx 23.16; 34.22)no final do ano agrícola. O Pentecostes mar-cava o final da colheita de trigo em Israelque acontecia em Junho, enquanto nosso diade ação de graças marca o final de toda aestação da colheita que acontece no outono,como ocorria na Festa dos Tabernáculos apósas azeitonas, uvas, e outras frutas seremcolhidas (veja Festividades).Veja Louvor; Oração; Adoração.

R. A. K.

ACAR Essa é uma variante de Acã (q.v.) en-contrada em 1 Crônicas 2.7.

ACASO Para os hebreus, Yahweh é um Deusde lei e ordem, e por isso havia pouco espaçopara o “acaso” em sua teologia. Na maiorparte das ocorrências onde a idéia é usada,trata-se do pensamento de alguém que nãoé um hebreu. Na tradução grega do AntigoTestamento (Septuaginta ou LXX), a pala-vra tyche é encontrada duas vezes. Uma vezem Gênesis 30.11, onde Léia disse: “afortu-nada”; e, em Isaías 65.11 (lit.), “preparaisuma mesa para a Fortuna e que misturaisvinho para o Destino”. Aqui se trata do deuspagão do acaso, chamado de Fortuna pelosromanos. A idéia do acaso é encontrada naafirmação dos filisteus de que se o seu esfor-ço para determinar a causa das suas cala-midades tivesse um determinado resultado,eles iriam chamá-las de acaso, isto é, másorte (1 Sm 6.9). Há outros casos onde amesma palavra é usada: “algum acidente denoite” (Dt 23.10); “caiu-lhe em sorte umaparte do campo” (Rt 2.3); “aconteceu-lhe al-guma coisa” (1 Sm 20.26); “o mesmo lhessucede a todos” (Ec 2.14,15).Também existe a palavra hebraica qara’.

“Quando encontrares [por acaso] algum ninhode ave no caminho” (Dt 22.6); novamente, “seachou ali, por acaso, um homem” (2 Sm 20.1).Pega‘ é a palavra hebraica usada em Eclesias-tes 9.11 “o tempo e a sorte pertencem a todos”,e em 1 Reis 5.4 “adversário não há, nem al-gum mau encontro [ou infortúnio]”.

V. G. D.

ACAZ Em Mateus 1.9, a versão KJV em in-glês usa esse nome para Acabe (q.v.).

ACAZ O décimo segundo rei de Judá, filhode Jotão. Ele tinha vinte anos de idadequando assumiu o trono, e reinou durantedezesseis anos (732-716 a.C.; veja 2 Rs 16.2;2 Cr 28.1). Acaz adotou a idolatria, seguin-do os costumes do reino do norte. Ele foi tãolonge a ponto de sacrificar um filho aos deu-ses pagãos.Politicamente, Acaz discordava de Peca, reide Israel, e de Rezim, rei da Síria. Estes de-cidiram atacar Jerusalém e colocar um fan-toche, “o filho de Tabeal” (Is 7.6) no trono deJudá, mas fracassaram. No entanto, os edo-mitas se aproveitaram da situação de Judáe capturaram Elate no golfo de Ácaba (2 Rs16.5,6).Nessa época, o profeta Isaías vivia em Jeru-salém e tentou encorajar Acaz, transmitin-do-lhe a profecia do nascimento virginalcomo um sinal do poder de libertação de Deus(Is 7.3-17), mas Acaz recusou-se a aceitar odesafio de crer em Deus. Antes, enviou men-sageiros com alguns dos tesouros do Tem-plo, para atrair a ajuda de Tiglate-PileserIII, da Assíria, que prontamente destruiuDamasco (732 a.C.). Acaz foi a Damasco ondeTi-glate-Pileser lhe deu especificações paraum novo altar para o templo (2 Rs 16.7-10).O livro de Crônicas fornece um relato maisvivo da perversidade de Acaz e da devasta-ção de Judá pela Síria e por Israel. Diz-seque Peca matou 120 mil soldados e aprisio-nou 200 mil dos habitantes de Judá. No en-tanto, o profeta Obede advertiu Peca a sermisericordioso ou sofrer a punição divina.Em resposta a esta mensagem, os israelitasvestiram adequadamente os prisioneiros eos enviaram de volta a Judá (2 Cr 28.5-15).O livro diz que nesta época os filisteus tam-bém tinham tomado diversas cidades deAcaz, e depois que os assírios tinham ajuda-do Acaz, destruindo a Síria e Israel, foram aele exigir impostos. Acaz passou seus últi-mos dias como um fantoche abandonado nasmãos dos assírios (2 Cr 28.16-27).

G. H. L.

ACAZIAS1. Acazias sucedeu a seu pai, Acabe, no tro-no de Israel em 853 a.C., e reinou dois anos.Ele se uniu a Josafá, rei de Judá, para conse-guir uma frota mercante, mas isto desagra-dou a Deus e a frota foi destruída (1 Rs 22.40;

AÇÃO DE GRAÇAS ACAZIAS

19

Parte sul do vale de Hinom mostrando o campo doOleiro com furnas para sepultamentos. HFV

48.53; 2 Cr 20.35-37). Acazias acidentalmen-te caiu da janela de um quarto do segundoandar e ficou gravemente ferido. Ele envioumensageiros a Ecrom para perguntar a Baal-Zebube se ele se recuperaria, mas Elias, soba ordem de Deus, interceptou os mensagei-ros e os enviou de volta para dizer que Acaziasiria morrer. Irado, Acazias enviou duas vezescinqüenta soldados para trazer Elias até ele,mas o fogo vindo dos céus consumiu as duascompanhias. O capitão de uma terceira com-panhia de cinqüenta soldados implorou aElias por misericórdia; então, sob a ordem deDeus, Elias foi a Acazias e o avisou pessoal-mente de sua morte próxima. Dentro de pou-co tempo, Acazias morreu (2 Rs 1). Seu irmãoJorão tornou-se o próximo rei.2. Também houve em Judá um rei com onome de Acazias, que reinou por um curtoperíodo em 841 a.C. Este era um sobrinhodo Acazias do reino do norte de Israel, e umneto de Acabe, pois sua mãe era Atalia, fi-lha de Acabe. Seu pai foi Jeorão, filho deJosafá. Acazias tinha 22 anos quando subiuao trono e em seguida uniu-se a Jorão, reide Israel, em uma expedição contra a Síria.A batalha foi perdida, Jorão foi ferido e Jeú,um dos seus generais, se ergueu em revolta.Este matou Jorão e Jezabel e feriu Acazias,que mais tarde morreu em Megido, mas foienterrado em Jerusalém (2 Rs 8.28–9.37). Orelato em 2 Crônicas 22.7-9 enfatiza a culpade Acazias e condena sua aliança com Jorãoafirmando que foi devido à sua forte amiza-de que Jeú o matou. Acazias também é cha-mado de Jeoacaz (veja 2 Cr 21.17; 25.23).

G.H.L.

ACBOR1. Pai de Baal-Hanã, um dos reis de Edom(Gn 36.38,39; 1 Cr 1.49).2. Oficial no governo de Josias que foi desig-nado para examinar o livro da lei (2 Rs 22.12,14; Jr 26.22; 36.12). Ele é chamado deAbdom em 2 Crônicas 34.20.

ACEITAR, ACEITÁVEL Essas palavrastraduzem uma variedade de palavras hebrai-cas e gregas. No AT, “aceitar” (de rasa) sig-nifica “receber com prazer e agrado” (Dt33.11; Sl 119.108) tornando-se parte da ter-minologia dos sacrifícios que indica a acei-tação (rason) de uma oferta a Deus (Lv 22.20;23.11; Is 60.7).Ao contrário da crença pagã, o ensino bíblicodiz que o sacrifício e as orações somente sãoaceitáveis a Deus quando a pessoa do homemé, em primeiro lugar, aceitável a Ele (Os 8.13;Jr 6.20; Ml 1.9s.; observe a ordem em 2 Sm24.23-25). Somente a retidão moral (Pv 21.3;Jó 42.7-9), e os sacrifícios de um coração ar-rependido e sincero (Sl 19.14; 40.6-8; 51.15-17) são reconhecidos como verdadeiramenteaceitáveis a Deus. Aceitar a oferta de Abel(Gn 4.4s.) foi o testemunho do Senhor de que

a pessoa de Abel já havia sido aceita. Atravésde suas ofertas feitas com fé, ele “alcançoutestemunho de que era justo, dando Deus tes-temunho dos seus dons” (Hb 11.4), enquantoCaim foi advertido de que sua oferta seriaaceita se ele fizesse o bem (Gn 4.7).Um “tempo aceitável” (Sl 69.13; Is 49.8; 2 Co6.2) ou um “ano aceitável” (Is 61.2) é um perí-odo de favor ou graça (rason), daí a época acei-tável ou o momento oportuno quando Deusainda está ofertando a sua salvação.A palavra grega básica para “aceito”, “aceitá-

vel” (dektos) significa “bem recebido” ou “apre-ciado” como em Lucas 4.24. No NT o âmbitoda aceitação divina nunca é cerimonial, massempre espiritual (Rm 12.1; Fp 4.18; 1 Tm 2.3.1 Pe 2.5). Nosso Senhor não aceita a pessoa(não mostra qualquer parcialidade, literalmen-te, “não recebe a face”) de qualquer um (Lc20.21; Gl 2.6); antes, aquele que teme a Deuse pratica a justiça é aceitável a Ele (At 10.35),desde que demonstre um arrependimento ge-nuíno através das obras apropriadas (At26.20). Entretanto, ninguém pode alcançaruma perfeita aceitação através de suas pró-prias obras, pois todos nós fomos destituídosda glória de Deus (Rm 3.9-23). Somente JesusCristo pode ser inteiramente aceito pelo Pai(“Este é o meu Filho amado, em quem me com-prazo”, Mateus 3.17). “E nos predestinou parafilhos de adoção por Jesus Cristo, para si mes-mo, segundo o beneplácito de sua vontade, paralouvor e glória da sua graça, pela qual nos fezagradáveis a si no Amado” (Ef 1.5,6).

ACELDAMA Esse termo, que designa“Campo de Sangue”, só é encontrado em Atos1.19. O pedaço de terra, antigamente conhe-cido como campo do oleiro (cf. Jr 18.2; 19.1,2.Mt 27.7) foi comprado pelos sacerdotes como dinheiro da traição, que Judas lhes havia

ACAZIAS ACELDAMA

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Muro dos Cruzados, Aco. IIS

entregado (Mt 27.3-10). Sua intenção erausar o terreno como um cemitério para es-trangeiros. A tradição localiza essa área aosul de Jerusalém, ao sul do vale de Hinom,perto de sua junção com o Vale de Cedrom.Aparentemente, esse nome faz referência aodinheiro proveniente de sangue, usado paraa sua compra (Mt 27.6,7) e à horrível mortede Judas (At 1.18,19).

ACEPÇÃO DE PESSOAS Deus não fazacepção de pessoas em seu julgamento (Rm2.11; Hb 6.10; Cl 3.25; cf. 1 Pe 1.17), e nósnão devemos agir assim em nosso tratamen-to com os outros (Tg 2.1,9). No AT Deus orde-nou a seus juízes que não mostrassem ne-nhum favoritismo (Lv 19.15; Dt 1.17; 16.19;cf. Pv 24.23; 28.21).

ACESSO A DEUS“1. Ato de levar a.2. Acesso, abordagem... aquela amigável re-lação com Deus pela qual nos tornamos acei-táveis a Ele e temos a segurança de que Eleestá favoravelmente disposto em relação anós” (Thayer).O crente do AT aproximava-se de Deus atra-vés de um sacerdote, depois de ter oferecidosacrifícios pelos seus pecados; o crente do NTaproxima-se diretamente por causa de, e atra-vés de Jesus Cristo. O conceito de acesso sópode ser adequadamente entendido pela re-velação do AT de que Deus é Rei e, portanto,devemos nos aproximar dele por meio de umrepresentante digno e qualificado (Sl 47.7).Pela cruz, Cristo fez a reconciliação comDeus, tanto de judeus como de gentios, der-

rubou o muro da separação entre Israel eos gentios e eliminou a hostilidade que exis-tia entre Deus e o homem (Ef 2.16) tornan-do possível, assim, o acesso a Deus para am-bos (Ef 2.18).O acesso à graça de Deus através da fésalvadora – a capacidade de crer em Cristocomo o nosso Salvador – também resultoude Ele ter feito, primeiramente, a paz comDeus através do sangue que derramou nacruz (Rm 5.2; Cl 1.20).Por causa daquilo que Cristo fez, e porque Eleestá eternamente junto ao trono de Deus comonosso Advogado, mesmo quando pecamos (1Jo 2.1) somos encorajados a nos aproximardele com toda ousadia (Ef 3.12; Hb 4.16).

R. A. K.

ÁCIDO A tradução da palavra hebraicaboser, usada para as uvas maduras ou não(Is 18.5) que estão ácidas e amargas. A pes-soa que comesse tais uvas descobriria quea acidez das uvas verdes causava uma rea-ção descrita como “embotar os dentes”. Istose tornou uma figura para expressar umacrença que Jeremias e Ezequiel expunhamcomo uma verdade parcial. Isto é, o povoacreditava que os atos dos seus pais deter-minavam as suas reações. O provérbio diz:“Os pais comeram uvas verdes, mas foramos dentes dos filhos que se embotaram” (Jr31.29; Ez 18.2). Esta crença viciosa absol-via o povo da responsabilidade moral indi-vidual. Jeremias denunciou isso e declarou:“de todo homem que comer uvas verdes osdentes se embotarão” (Jr 31.30). Assim elemostrou que qualquer pessoa deverá sofreras conseqüências da sua própria iniqüida-de. Ezequiel proclamou: “Vivo eu, diz o Se-nhor Jeová, que nunca mais direis este pro-vérbio em Israel” (Ez 18.3).Ácido também é a tradução da palavra he-braica sur (Os 4.18). Ela descreve o rumotomado pela idolatria de Efraim, a amar-gura na qual ela se transformou.

H. E. Fi.

ACMETÁ Cidade cuja origem remonta àépoca de Ciro (cerca do ano 550 a.C.). Nes-se local foram encontrados decretos de Ciroque autorizavam os judeus a reconstruíremo Templo em Jerusalém (Ed 6.2). A cidadeestá localizada a uma altitude de cerca de2.000 metros, sendo, portanto, um excelen-te local de veraneio. Dario I pode ter usadoessa cidade em tempo parcial como umacapital da Pérsia.Muitas referências foram feitas a Acmetá naApócrifa, mas sob o nome de Ecbatana. Co-nhecida, atualmente, como Hamadã, essacidade do Irã tem uma população de cercade 50.000 habitantes e está situada na es-trada que liga Bagdá a Teerã.

ACO Cidade situada sobre um promontório

ACELDAMA ACO