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0,50€ PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS 264 Hélder Fernandes Publicação Mensal | 20 dezembro de 2018 CONCURSO PARA A EXPLORAÇÃO DO BAR A Direção da ARCPA informa todos os interessados, que se encontra aberto o concurso para adjudicação do BAR. As propostas deverão ser entregues até às 18 horas do dia 04 de Janeiro de 2019, junto da Direção da A.R.C.P.A., em carta fechada devidamente identificada com o nome e o NIF. As propostas serão abertas na Assembleia Geral de dia 06 de Janeiro, adjudicando- se a exploração do Bar à proposta mais elevada. (O regulamento do concurso encontra-se disponível junto da Direção da ARCPA.) Base de licitação: 90 € Calendário Eleitoral Biénio 2019/2020 17 de Dezembro a 4 de Janeiro de 2019 (Até às 18 horas) - Apresentação de listas 5 e 6 de Janeiro de 2019 - Verificação da regularidade das candidaturas - Publicação das Listas - Sorteio das Listas - Nomeação da Comissão Eleitoral 20 de Janeiro de 2019 Eleições 27 de Janeiro de 2019 -Tomada de posse da nova Direção

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0,50€

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

264 Hélder FernandesPublicação Mensal | 20 dezembro de 2018

CONCURSO PARA A EXPLORAÇÃO DO BAR

A Direção da ARCPA informa todos os interessados, que se encontra aberto o

concurso para adjudicação do BAR.

As propostas deverão ser entregues até às 18 horas do dia 04 de Janeiro de 2019,

junto da Direção da A.R.C.P.A., em carta fechada devidamente identificada com o

nome e o NIF.

As propostas serão abertas na Assembleia Geral de dia 06 de Janeiro, adjudicando-

se a exploração do Bar à proposta mais elevada.

(O regulamento do concurso encontra-se disponível junto da Direção da ARCPA.)

Base de licitação: 90 €

Calendário EleitoralBiénio 2019/2020

17 de Dezembro a 4 de Janeiro de 2019 (Até às 18 horas) - Apresentação de listas

5 e 6 de Janeiro de 2019 - Verificação da regularidade das candidaturas

- Publicação das Listas- Sorteio das Listas

- Nomeação da Comissão Eleitoral

20 de Janeiro de 2019 Eleições

27 de Janeiro de 2019 -Tomada de posse da nova Direção

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2 dezembro 2018

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Infoprint - Informática e Publicidade (Cª de Ansiães)

(Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores)

Eduardo Pinto; Hélder Fernandes; Carlos Fernandes;Flora Teixeira; Manuel Barreiras Pinto; Adriana Teixeira;

Susana Bento; Matilde Teixeira; Hermínia Almeida;Fernando Figueiredo; António Cunha; Paulo Afonso;

Nuno Magalhães; José Alberto Gonçalves e Pedro Carvalho.

3

Sede da ARCPA

Hélder Fernandes; Pedro Carvalho

fi

Fernando Figueiredo; Fernanda Natália; Hélder FernandesEduardo Pinto; André Santos

www.arcpa.pt

Hélder Fernandes

“Pombal de Ansiães - Terra mundos e fundos…”

Eis-nos então no fim de um ano “horribilis”! Mas 2017, 2016, 2015 e 2014, ao para trás até ao

princípio da II República também já o tinham sido!No entanto, com as eleições autárquicas havidas em

2013 haviam de abrir-se novos horizontes à nossa

freguesia de Pombal de Ansiães, tendo em linha de

conta as promessas então feitas pelos vencedores que

até aqui nos têm conduzido! P E R D O E M - M E P O R F A V O R , M A S

NUNCA ESQUECEREI! É enorme a interrogação que mais uma vez

aqui quero deixar, com um silêncio que pode ser,

como sói dizer-se, ensurdecedor (?)!Por se tratar de NATAL, que devia ser todos os dias,

mas que efetivamente não é, deixo também a essência

do meu pensamento sobre o que em Pombal de

Ansiães nos envolve, como que de uma herança

coletiva se trate! Muitos podem abanar-se, remover-se perante

todos, sacudindo o pó das suas supostas sabedorias e

infalibilidades, mas era bem melhor que sacudissem

a vaidade do que querem parecer perante uma

pequena soc iedade que desde sempre fo i

estrangulada e enganada! Uma sociedade que só precisou de meia dúzia

de fazedores de opinião local que descarregaram

sobre nós o seu ódio de estimação que principalmente

consistiu em saberem ser apenas necessitados de

amostragem na praça! Afinal, quando tocava a ser aquilo que pensavam

poder ser, reparam na rendição, na submissão a que

tão baixo desceram para servirem terceiros que só nos

destruíram!A terra do “meu cemitério” não me comeria se eu,

enquanto possa, não vá dizendo o que tantos

Pombalenses que já nos deixaram, verdadeiramente

sentiam e tantas vezes haviam de expressar!Os de hoje que sintam o que queiram, ou o que lhes

convenha! Por mim, DISSE, DIGO E DIREI, por

enquanto!QUE DEUS TENHA DADO UM FELIZ NATAL A

TODOS E TAMBÉM ÀQUELES QUE MAIS

PRECISAM!

Carlos M. Fernandes

dezembro 2018

Sub-DiretorCarlos M. Fernandes

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4 dezembro 2018

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Salão

Salão

Loiças

Loiças

Cozinha

Cozinha

Salão / Loiças / Cozinha

Salão / Loiças / Cozinha

dezembro 2018

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Continuamos a referir-nos aos nossos

vizinhos da outra margem do rio Tua com algum

distanciamento que, há muito, não tem sentido,

principalmente desde que se construíram as pontes

junto a Brunheda: a primeira, na estrada que liga os

concelhos de Carrazeda e Alijó; e a segunda, no IC5,

que os atravessa. Também o enchimento da albufeira da

Barragem de Foz-Tua e a possibilidade de navegar

no espaço entre o paredão daquela e Brunheda,

coloca os contactos entre as comunidades ribeirinhas

noutros termos. De facto, existe agora o barco para

viagens turísticas e, junto ao ancoradouro de S.

Lourenço, pode ver-se uma pequena embarcação

cuja utilização estará prevista para percursos mais

curtos, mas que torna facilmente acessíveis ambas as

margens. Vou concretizar um pouco a diferença entre a

actualidade e o passado, tendo sobretudo em atenção

informar os mais novos, que só já conheceram o que

observam agora e de que podem usufruir. Presentemente, quer utilizando a ponte mais

antiga quer a mais recente, é possível não só aceder

directa e rapidamente a tudo o que se situe em ambas

as margens do rio, como encurtar distâncias para

todos os locais que vão além delas. Todavia, no

passado, mais ou menos remoto, havia alguns

constrangimentos que gostaria de assinalar, até para

falar de diferentes patrimónios materiais e culturais,

de ontem e de hoje. Com efeito, entre Foz-Tua e Brunheda, mesmo

depois de construída a ponte rodoviária junto daquela

localidade, em 1940, chegou a haver barcas no termo

das freguesias de S. Mamede de Riba Tua,

Castanheiro, Amieiro, Pombal (S. Lourenço) e

Brunheda. A sua utilização era mais ou menos regular

em S. Luzia/Amieiro e Brunheda, sendo mais

esporádica nos outros locais. A utilização deste meio de travessia estava

sempre muito condicionada ao estado do tempo e

sobretudo às condições do leito do rio que, nesta parte

última do seu curso, antes de desaguar no Douro, era

pedregoso, irregular, rápido e traiçoeiro. Era

designado como “selvagem”, em grande medida por

isso mesmo. Ora, com o aumento de volume da água,

tudo se tornava mais perigoso ainda. Muitas vezes,

por vários motivos, a persistência ou a incúria

humana, querendo contrariar a Natureza, pagou com

vidas tal procedimento. Na obra que publiquei

recentemente, sobre a Freguesia de Pombal, apresentei

elementos acerca de um longo passado em que tal

aconteceu. Por esse motivo, não vou referi-los aqui. No que respeita à travessia do rio Tua, em

frente à estação ferroviária de S. Lourenço, de que

ainda me lembro muito bem, ela era feita por uma

pequena barca de madeira, de fundo direito, com uma

capacidade muito limitada. Penso que de cerca de

meia dúzia de pessoas, apenas. Era conduzida com a

ajuda de uma vara comprida e grossa. Servia

sobretudo as pessoas do Franzilhal, quando vinham à

feira de Carrazeda, a festas nas povoações da margem

esquerda ou para as termas de S. Lourenço. Era

também um meio utilizado para visitar ou encontrar

familiares e amigos da margem oposta, sendo ainda

com este último propósito que os nossos conterrâneos

o usavam.

6 dezembro 2018

Fernando Figueiredo

Nós e os de além do rio (Tua)

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Referi também no livro acima mencionado

que, tendo a Irmandade de S. Lourenço, membros de

Além Tua, os mesmos aproveitavam a Festa de S.

Lourenço para pagar a sua contribuição e assistir aos

festejos. Na verdade, tratava-se de um grande atalho,

se tivermos em atenção a volta que, por caminhos

antigos e depois estrada, e incluindo a passagem

também de barco, em Foz-Tua, Brunheda e Amieiro,

teria que fazer-se, normalmente a pé. O barqueiro era normalmente o carregador

da estação ferroviária de S. Lourenço, o qual

aproveitava para satisfazer as solicitações nos

intervalos dos comboios e, naturalmente, quando

estava de folga. É provável que não tivesse nenhuma

avença, dada a irregularidade da procura. Também

era normal que, por razões óbvias, não se

encontrasse junto à margem, esperando eventuais

passageiros. Por isso, os clientes tinham que o

contactar na estação ou chamá-lo aos berros do outro

lado, conforme o caso, para que ele descesse ao rio e

garantisse a travessia em segurança. À s v e z e s , p o r i m p e d i m e n t o d o

carregador/barqueiro ou por qualquer razão e

arrojo, a barca era conduzida por alguém menos

preparado, inconsciente ou aventureiro. Nem

sempre a ousadia acabava bem, pois, além do

domínio da técnica de condução da barca, era

necessário conhecer o rio, para contrariar a dinâmica

da deslocação da corrente. Durante muito tempo, penso que por

algumas décadas e até ao final da de 1950 ou início da

seguinte, o carregador/barqueiro de S. Lourenço foi

o Sr. Júlio, natural de Franzilhal, que vivia com a

mulher e os filhos nas exíguas instalações, adstritas

ao cais, no complexo da estação ferroviária. Ouvia

contar ao meu falecido pai que, mesmo ele, com

experiência e bom senso, teve alguns problemas no

exercício de barqueiro, provocados talvez por

surpresas do próprio rio ou por pressões de quem

julgava que este não apresentava perigo e o levava a

arriscar um pouco. De todas conseguiu sair-se bem e

colocar os passageiros a salvo, o que não foi coisa

pouca. Aos berros do lado de lá, “Ó Júlio, deita cá a

barca”, quer tratando-se de uma chamada a sério, ou

de uma brincadeira, muitas vezes teve que responder

que não podia ser ou que fossem gozar com outro, mas

sempre com compostura e serenidade, própria de um

homem sensato e responsável. Aqui lhe quero deixar este reconhecimento e

uma singela homenagem, que desejo tornar extensiva

a todos quantos, com mais ou menos duração e

frequência, prestaram tal serviço social, que tinha

fraca retribuição e muita responsabilidade. Agora, chamar o barqueiro, não sei como será.

Espero para ver. Há, no entanto e entretanto, uma expressão de

outrora, da qual me lembro às vezes. E isto ainda a

propósito dos nossos aparentemente distantes

concidadãos de além do rio. Quando era menino (eu e os outros da minha

idade, mas gosto da expressão!) e chovia muito,

impedindo as pessoas de irem para o campo, ficando

por casa sem nada para fazer ou vendo a evolução do

tempo, ouvíamos dizer aos adultos, uns para os

outros, de forma resignada, que só restava fazer como,

perante a chuva, procediam os de além do rio. Havia

um ou outro e, a maior parte das vezes, os mais novos,

ainda não familiarizados com a expressão ou por

curiosidade, que perguntavam: - E como é que fazem os de além do rio? - Deixam-na cair! - respondia uma voz

autorizada. Esta identificação e aproximação já existiam,

continuaram e continuarão, pois a chuva cai de cima e

não há ponte ou barca que lhe mude o rumo e influa

directamente no seu percurso e nas relações das

pessoas nas margens dos rios. Nesta e noutras vivências, que valem o que

valem, vou encontrando razões para celebrar as

minhas sete décadas de existência, das quais os leitores

não têm culpa, mas que também já ninguém me tira.

Vejam-nas como prova de vida, se quiserem.

7 dezembro 2018

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8 dezembro 2018

Vamos, levanta-te homem! Já são seis e meia.

E, aí vai o homem para a casa de banho fazer a

higiene matinal. Depois, tomar o pequeno almoço,

um naco de centeio e um prato se sopa, ou o

vulgarmente conhecido caldo. Bom, não esquecer a

saca do almoço, levar mais um casaco que o nevoeiro

ataca e, preparar a viagem aquecendo o motor á

carrinha. 7 h da manhã e aí vamos nós na ronda para

apanhar o pessoal. Hoje são cinco, valha-nos isso,

pois têm andado só quatro. Pela estrada fora, aí vamos nós e ás vezes na

companhia do nevoeiro cerrado, mas que se há de

fazer? É tempo dele, frio, chuva e nevoeiro que são

constantes nestes dias de Inverno. Já chegamos ao olival. Rapaziada são 7:30h e

vamos á função, mete gasolina á máquina -

varejadora – o tolde estendido e pronto a receber os

vagos da oliveira. A varejadora a funcionar, a vara a

acompanhar e vai daqui, mais dali em breve está a

oliveira despida. Agora junta-se e apanha-se em

baldes para os sacos, que depois de juntos em

elevado número vão ser conduzidos ao lagar. Aqui

começam os mil tormentos da azeitona que é

triturada, esmagada e finalmente transformada em

azeite. É o ouro da terra. Porém, esteja o leitor sentado no Restaurante

ou em casa, alguma vez pensou no trabalho que o

lavrador teve para levar o azeite á sua mesa? Foram

muitos dias, a despertar ás 6 horas da manhã. Foi um

trabalho duro, para quem já não tem idade, para

andar nestas lides. Tarefa feita por malta aposentada. Então, tu tens a tua Reforma e trocas o conforto do

sofá, por essa luta na vida agrícola? O teu patrão, o

Estado já não paga a importância que te descontou

durante muitos anos? Para que possas gozar em paz

os dias que o Criador te concedeu?! Sim, porque se

partires mais cedo, ninguém agradece.

E, voltando ao assunto, o azeite é teu, das tuas

azeitonas. Agora o que queres fazer com este ouro?

Vais consumir em casa e oferecer á família. O

excedente podia-se vender. Muito bem!.... Vender?

Até para amortizar um pouco a despesa feita com os

jeireiros, quer na limpa, nos tratamentos, na colheita

e ainda no lagar. Bom, assim deitando contas quanto

vai valer o litro de azeite?!... Quanto vale?!. … Um

dia dizia o meu vizinho, sobre este assunto. Olhe

meu amigo. eu tenho vendido sempre o meu azeite,

também tenho pouco, mas vai todo. Ah! Assim vale a

pena e diga-me por quanto tem vendido? O homem

simples, e honesto olha-me nos olhos e respondeu

assim: -Isso, ás vezes… olhe é conforme a cara do

cliente. Porém tenho alguns clientes já muito antigos.

Com esta explicação, respondi: - Pois é amigo,

mesmo os clientes antigos deviam ter vergonha de

pagar tão pouco. Eu sei, nós sabemos o trabalho que

dá tratar do olival. Mas, é assim a vida do lavrador, sempre

assim foi, lá vem nos livros. A vida do lavrador é

empobrecer alegremente. Porém, á custa do lavrador

vivem: - As casas comerciais, vendendo os produtos

para a agricultura, aparecem como cogumelos e cá

ficam á espera que chegue o tempo da sementeira.

Há herbicidas cada vez menos eficazes, e outros

produtos para tratar as doenças que o tempo traz. E

ainda os intermediários, que na colheita é vê-los

levar a maçã, o vinho e o azeite, compram, compram,

ao preço da uva mijona. Não acreditam que os

agricultores, desistam de trabalhar os prédios, façam

greves ou os abandonem, deixando crescer o mato e a

erva. Há o leitor está a sorrir? Conhece este filme e

esta história que tem lugar no Inverno no mês de

Dezembro. Dezembro, mês da reunião da família,

dos amigos e de esperança na vinda do Salvador.

Feliz Natal e Próspero Ano Novo.

Manuel Barreiras Pinto

O quotidiano na vida rural

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9 dezembro 2018

A o n i o m a n i a , t a m b é m d e s i g n a d a p o r

Perturbação Compulsiva por Compras, é considerada

uma doença psiquiátrica caraterizada por um desejo

recorrente e descontrolado de realizar compras. Estima-se

que atinja 6 por cento da população geral, e a maioria dos

estudos indica que cerca de 90 por cento são mulheres. O s p r i n c i p a i s s i n t o m a s c o n s i s t e m e m

comportamentos repetitivos, pensamentos intrusivos e

preocupações relacionadas com compras e impulsos para

comprar, os quais são vivenciados como irresistíveis e de

difícil controlo. Os doentes descrevem uma sensação de

tensão e de ansiedade crescente, que só alivia quando a

compra é real izada. Poster iormente geram-se

habitualmente sentimentos de culpa, angústia e

preocupação. É frequente serem adquiridos objetos

supérfluos e de elevado valor, conduzindo a problemas

financeiros graves. A oniomania tem início no final da adolescência

ou na segunda década de vida, o que poderá estar

relacionado com a emancipação do núcleo familiar, acesso

a contas bancárias e uso compulsivo do computador,

particularmente a utilização de sites onde é possível fazer

compras online. Estes comportamentos provocam sofrimento no

indivíduo, são consumidores de tempo e podem originar

problemas ao nível pessoal, familiar, legal e financeiro.

Sintomas de depressão, ansiedade, distúrbios alimentares

e/ou uso de substâncias são comuns nos doentes que

sofrem desta doença. É importante distinguir estes comportamentos

daqueles que decorrem dentro dos padrões considerados

normais. Os gastos excessivos episódicos que ocorrem em

ocasiões especiais (festas, aniversários, férias, etc.) não

configuram necessariamente este diagnóstico,

principalmente se não estiverem associados à

preocupação ou angústia, e se não implicarem

consequências adversas. Ainda não estão esclarecidas as causas desta

perturbação, mas sabe-se que estão envolvidos fatores

neurobiológicos, psicológicos e sociais. Traços obsessivos

e impulsividade são características da personalidade que

estão frequentemente associadas à doença. Alguns fatores

socioculturais são reforçadores deste t ipo de

comportamentos, particularmente a crença de que a

aquisição de bens representa ascensão social, poder,

prestígio e autonomia financeira. Para além disso, o estímulo para o consumo e a

disponibilidade de uma ampla gama de produtos podem

contribuir para o desenvolvimento da doença. As

estratégias de marketing relacionados com promoções

atrativas, como a época da “Black Friday”, podem

conduzir a um aumento do risco para as compulsões por

compras, agravando assim os sintomas. O curso da doença é normalmente crónico e

intermitente. O tratamento envolve acompanhamento

psiquiátrico regular, psicoterapia e intervenção

farmacológica. As intervenções em grupo são benéficas,

dado que proporcionam um ambiente de apoio e

encorajamento mútuos. A terapia de casal também pode

ser necessária, caso se verifique problemática no

relacionamento conjugal precipitada pela doença. Para prevenir a compulsão por compras, os

doentes são orientados no sentido de alterarem os seus

comportamentos e hábitos de vida. Por exemplo, sugere-

se para estes doentes: evitar épocas de promoções, evitar

frequentar regularmente centros comerciais ou fazê-lo em

companhia, não levar cartão de crédito ou usar crédito

limitado, fazer listas previamente para adquirir apenas o

que é necessário, e evitar a utilização sites de compras

online.

Sobre a UPPC A Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra tem

por missão contribuir para o bem-estar da população

através da oferta de cuidados de saúde, de atividades de

formação e de investigação, na área da Psiquiatria e saúde

mental , de acordo com padrões de referência

internacionais. Para mais informações consulte:

http://uppc.pt/

Artigo de Opinião de Luísa Lagarto, Psiquiatra da UPPC

A Black Friday não traz “desconto” nos sintomas de Oniomania

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10 dezembro 2018

Há alguns dias, estava no campus da

universidade sem nada para fazer, pois tinha-me

esquecido dos cadernos em casa e, sem ter ninguém

para me fazer companhia, decidi ler os títulos das

revistas da biblioteca, a ver se algo me despertava o

interesse. Algumas das revistas encontravam-se

ligadas às ciências naturais e, embora ache este tema

interessante, como não tenho muito conhecimento

nessa área, optei por focar a minha seleção nas

revisas informativas. Eventualmente, deparei-me

com um artigo que falava sobre a perceção de grande

tolerância do povo português face à diferença,

parecendo ser um país europeu bastante imune ao

populismo que alastra pela Europa e um pouco por

todo o mundo. Ao longo do artigo, eram citados

vários profissionais como historiadores e politólogos

acerca deste assunto e um deles partilhou uma ideia

que exprime bastante a minha opinião. Embora não

me recorde ao certo da forma como era dito, era algo

como “passou-se da intolerância religiosa para a

intolerância anti-religiosa”. E a minha aquiescência

face a esta afirmação deve-se ao facto de ter

constatado que quem admite, em público, que é

cristão enfrenta algumas afirmações e olhares

trocistas por parte dos presentes, essencialmente

devido ao facto de acreditarem em algo que não

veem, mesmo que seja algo que apenas promove o

bem, ainda que tantas vezes seja deturpado para

apoiar fins menos honestos. Desta forma, ser crente é

muitas vezes visto como sinónimo de se ser menos

inteligente, apesar de algumas personalidades

bastante relevantes no mundo da c iência

defenderem a inexistência de um conflito entre ser-se

crente e acreditar nas infinitas possibilidades da

ciência. Por exemplo, Isaac Newton era físico e

cristão; Ibn al-Haytham era matemático, astrónomo

e físico era muçulmano; Sigmund Freud era

neurocientista e judeu. E todos eles eram

indubitavelmente inteligentes. E o que é bastante problemático é também

verificar que muita gente demonstra maior aceitação

face a muçulmanos e judeus, não por isto ser o

correto a fazer, mas porque nos tempos que correm é

politicamente correto e fica muito bem apoiar estas

religiões, numa ótica de relações públicas. Assim, a minha visão face à forma como

devemos encarar as crenças do outro é que as pessoas

respeitem as crenças de cada um – ou a ausência

delas – sejam elas cristãs, muçulmanas, judias ou

sigam outra doutrina qualquer. A religião é algo

complexo, que mexe com as crenças mais profundas

do indivíduo e a menos que degenere em

fundamentalismo religioso, deve ser sempre

respeitado porque a essência de qualquer religião é a

prática do bem, independente das diversas

deturpações a que qualquer uma se encontra

exposta.

Rita Monteiro

A intolerância anti-religiosa

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11 dezembro 2018

CARTÓRIO NOTARIAL

NOTÁRIA - CECÍLIA VAZ RIBEIRO

RUA DE SANTO ANTÓNIO - MIRANDELA

Certifico para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação e Doação, lavrada neste

Cartório Notarial, no dia sete de dezembro de dois mil e dezoito, com início a folhas Setenta e cinco

do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Noventa e um-A, ALBERTO PEREIRA (N.I.F 144

854 295) e mulher MARIA LUÍSA DA SILVA (N.I.F. 156 345 420), casados sob o regime da comunhão

geral, ambos naturais da freguesia de Castanheiro, concelho de Carrazeda de Ansiães, onde residem

na Rua do Soalheiro, nº11, declararam:--------------------------------------------------------------

-----Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto

por terra de cereal com oliveiras, figueiras, horta e videiras, com a área de dois mil e quinhentos

metros quadrados, sito no lugar de Covais de Cima, da União de Freguesias de Castanheiro do Norte

e Ribalonga, concelho de Carrazeda de Ansiães, a confrontar de Norte com José da Costa, de Sul

com Amândio Raul Pereira, de Nascente com Herdeiros de Maria de Castro e de Poente com Júlio

César Pereira, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães, inscrito na

matriz predial respectiva sob o artigo 1470 (que proveio do artigo 700 da extinta freguesia de

Ribalonga), com o valor patrimonial de 44,74€, a que atribuem o valor de OITOCENTOS E OITENTA E

CINCO EUROS.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

---- Que o identificado prédio veio à posse e domínio dos justificantes, já no estado de casados, por

óbito dos pais do justificante marido, Amândio Raúl Pereira e Júlia Laura Pereira, residentes que

foram na freguesia de Castanheiro do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães, tendo-lhes sido

adjudicado em partilha amigável, não reduzida a escritura pública e que ocorreu entre os

interessados no ano de mil novecentos e oitenta e sete.-----------------------------------------------------------

---- Que desde essa data e até hoje, seja, há mais de vinte anos, são os justificantes que, sem

oposição de quem quer que seja, possuem o mencionado prédio, o utilizam, cultivando-o, limpando-

o, colhendo os respetivos frutos, usando e fruindo de todas as utilidades proporcionadas pelo

mesmo, considerando-se e sendo considerados como seus únicos donos, na convicção de que não

lesam quaisquer direitos de outrem, tendo a sua atuação e posse sido de boa fé, sem violência, sem

interrupção e à vista da generalidade das pessoas que vivem na freguesia onde se situam o prédio.--

-----Que essa posse em nome próprio, pacífica, contínua e pública, desde há mais de vinte anos,

conduziu à aquisição do mencionado prédio por usucapião, que expressamente invocam,

justificando o seu direito de propriedade para efeitos de registo predial, dado o modo de aquisição

não poder ser provado pelos meios extrajudiciais normais.--------------------------------------------------------

A Colaboradora, Otília Maria Jaime Arcas, devidamente autorizada para a prática do presente acto,

pela titular do Cartório Cecília Maria Vaz Ribeiro, conforme publicitação no sítio da Ordem dos

Notários em 02/02/2015, com o número 376/10.

Conta registada sob o nº 1670

Jornal “O Pombal” nº264 - 20 de dezembro de 2018

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12 dezembro 2018

CARTÓRIO NOTARIAL ALAMEDA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

NÚMERO 8

MACEDO DE CAVALEIROS

Notária Lic. Ana Maria Gomes dos Santos Reis

---- Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada neste Cartório Notarial no dia vinte e sete de novembro

de dois mil e dezoito, no livro de notas trezentos e cinquenta e um traço A com início a folhas cinquenta e nove MARIA DA

CONCEIÇÃO PEREIRA (N.I.F.207 168 903) viúva, natural da freguesia de Beira Grande, concelho de Carrazeda de Ansiães,

onde reside na Rua da Costa, nº158, declarou na qualidade de cabeça de casal da herança aberta por óbito de António

Manuel Lopes, com o (N.I.F. 744 957 532) foi dito que a referida herança, é dona e legítima possuidora do seguinte:----------

-----Prédio rústico composto de terra de centeio, sito no lugar de “Pisco”, freguesia de Seixo de Ansiães, concelho de

Carrazeda de Ansiães, inscrito na matriz sob o artigo 1.627, com o valor patrimonial de 6,58 €, a que atribui igual valor,

descrito na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães sob o número mil duzentos e quarenta e nove,

freguesia de Seixo de Ansiães.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----Que apesar do citado prédio estar ali inscrito a favor de António Augusto da Costa e mulher Palmira da Luz Gonçalves,

residentes na Avenida Curubino, nº3781, Saúde, São Paulo, Brasil, pela apresentação três, de vinte e sete de fevereiro de

mil novecentos e noventa e oito, o mesmo é pertença da referida herança, porquanto.-------------------------------------------------

-----Em dia e mês que não pode precisar, mas que foi há mais de vinte anos, a justificante Maria da Conceição Pereira e seu

marido António Manuel Lopes, ele, já falecido, adquiriram o referido prédio, por compra verbal a António Augusto da

Costa e mulher, titulares do registo, já falecidos, que foram residentes em Beira Grande, Carrazeda de Ansiães, aquisição

que ocorreu por volta do ano de mil novecentos e noventa e cinco, que nunca reduziram a escritura pública.--------------------

-----Que como consta do procedimento simplificado de habilitação de herdeiros e registos número cento e quarenta e um

barra dois mil e dezoito, lavrado na Conservatória do Registo Civil de Carrazeda de Ansiães, no dia doze de março de dois

mil e dezoito, na freguesia e concelho de Mirandela, faleceu ANTÓNIO MANUEL LOPES (N.I.F. 108 162 435), no estado de

casado em primeira núpcias de ambos, com Maria da Conceição Pereira, no regime da comunhão geral, natural da

freguesia de Ribalonga, concelho de Carrazeda de Ansiães, com a última residência habitual em Rua da Costa, nº12, Beira

Grande, freguesia de Lavandeira, Beira Grande e Selores, concelho de Carrazeda de Ansiães.-----------------------------------------

-----Que o falecido não deixou testamento nem qualquer disposição de última vontade, tendo-lhe sucedido como únicos

herdeiros, a esposa:--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----MARIA DA CONCEIÇÃO PEREIRA, que deles se mantém no estado de viúva, atrás identificada, e duas filhas:----------------

-----Um) ÂNGELA MARIA LOPES, (N.I.F. 201 063 840) casada com Carlos Jorge Constante sob o regime da comunhão de

adquiridos, natural da freguesia de Ribalonga, concelho de Carrazeda de Ansiães, residente na Travessa Professora

Georgina Nunes Neves Duarte, nº28, Valbom, Gondomar;-

-----Dois) ANA PAULA PEREIRA LOPES, (N.I.F. 206 695 608) solteira, maior, natural da freguesia de Beira Grande, concelho

de Carrazeda de Ansiães, residente em 2, Rue Anatole France, 01100, Yonnax, em França.---------------------------------------------

---- Que deste modo, desde a data da aquisição, a justificante e o marido e posteriormente os herdeiros que sucederam na

posse, passaram a possuir o citado prédio, no gozo pleno das utilidades por ele proporcionadas, cultivando-o e colhendo o

cereal, considerando-se e sendo considerados como seus únicos donos, na convicção que não lesavam quaisquer direitos

de outrem, tendo a sua atuação e posse, sido de boa-fé, sem violência e sem posição, ostensivamente e com

conhecimento da generalidade das pessoas que vivem na freguesia onde se situa o referido prédio e tudo isto por lapso de

tempo superior a vinte anos.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----Que esta posse em nome próprio, pacífica, contínua e pública, desde há mais de vinte anos, conduziu à aquisição

daquele prédio por usucapião que expressamente invocam, justificando o seu direito de propriedade para efeito do registo

dado que esta forma de aquisição não pode ser provada por qualquer outro título formal extrajudicial.---------------------------

---- Está conforme o original. Macedo de Cavaleiros vinte e sete de novembro de dois mil e dezoito. A Notária Ana Maria

Gomes dos Santos Reis

Conta registada sob o número 2244/I

Jornal “O Pombal” nº264 - 20 de dezembro de 2018

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13 dezembro 2018

--------------Certifico para efeitos de publicação que por escritura de justificação, outorgada hoje neste Cartório Notarial,

lavrada de folhas vinte e oito a folhas trinta, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “Quarenta e quatro-D",

Rosa Maria Machado da Siva, casada, residente em Travessa do 7º Centenário, número 1, Vila Flor, que intervém nesta

escritura na qualidade de procuradora, em representação de NOÉMIA DA CONCEIÇÃO MACHADO DA SILVA MEZEI, NIF

195202279, natural da freguesia de Samões, concelho de Vila Flor, casada com Gellert Mezei sob o regime da comunhão

de adquiridos, residente em Rua Moreira da Pinta, número 18, Samões, Vila Flor, devidamente autorizada a praticar este

acto pela seu referido cônjuge, Gellert Mezei, natural de Turulung, Satu Mare, Roménia, e com ela residente; conforme

conta da procuração contendo a respetiva autorização conjugal, que apresentou, e na invocada qualidade de procuradora,

declarou:

Que, com exclusão de outrem e como seu bem próprio, a sua representada é dona e legítima possuidora de um prédio

urbano, sito em Rua de São Vasco, freguesia de Samões, concelho de Vila Flor, composto de edificio de rés-do-chão para

arrecadações e arrumos e logradouro, com a área total de trezentos e vinte e cinco virgula sessenta e três metros

quadrados desta correspondendo cinquenta e um virgula vinte e três metros quadrados a área coberta, a confrontar de

Norte com Rua da Barreira, de sul com Herculano Cruz, de nascente com Manuel dos Santos e de poente com Rua de São

Vasco, ainda não descrito na Conservatória do Registo Predial de Vila Flor, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 637 da

freguesia de Samões, com o valor patrimonial tributário e atribuído de três mil novecentos e trinta euros.------------------------

---------------Que o prédio não esteve inscrito sob qualquer outro artigo da matriz predial além do mencionado artigo 637.---

---------------Que a sua representada entrou na posse do identificado prédio, ainda no estado de solteira, maior, por acordo

de compra meramente verbal, feito em dia e mês que não pode precisar do ano de mil novecentos e noventa e sete, com

Teresa de Jesus Pinto, já falecida, à data viúva e residente em Barcelos, acordo de compra que nunca foi formalizado por

escritura pública ou por qualquer outro título válido.----------------------------------------------------------------------------------------------

----------------Que à data do mencionado acordo de compra o identificado prédio já se encontrava autonomizado e não

resultou de qualquer desanexação ou operação de loteamento.-------------------------------------------------------------------------------

----------------Que, deste modo, a sua representada não dispõe de qualquer título formal que lhe permita registar a aquisição

do identificado prédio a seu favor, porém, desde o ano de mil novecentos e noventa e sete possui, em nome e interesse

próprios, o prédio em causa, tendo sempre sobre ele praticado todos os atos materiais de conservação, uso e

aproveitamento, nomeadamente nele guardando produtos hortícolas e os seus utensílios e alfaias agrícolas, cuidando do

edifício e fazendo as necessárias obras de conservação e reparação e utilizando o logradouro como quintal onde cultiva

produtos hortícolas para consumo próprio, aproveitando, assim, do prédio todas as suas correspondentes utilidades e

pagando todos os impostos por ele devidos, agindo sempre como sua proprietária, quer na sua fruição quer no suporte dos

seus encargos, tudo isto realizado à vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma continuada, ostensiva e

ininterrupta desde o seu início, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento

de o fazer em coisa própria, tendo, assim, mantido e exercido sobre o identificado prédio, durante mais de vinte anos e

com o conhecimento da generalidade das pessoas vizinhas, uma posse pública, pacífica e contínua, pelo que adquiriu o

citado prédio por usucapião, que expressamente invoca para justificar o seu direito de propriedade para fins de primeira

inscrição no registo predial ao não dispor, dado o modo de aquisição, de título que pelos meios normais lhe permita fazer a

prova do seu direito de propriedade perfeita.----------------------------------------------------

-----------------Está conforme ao original.--------------------------------------------------------------------------------

-----------------Conservatória dos Registos Civil, Predial, Comercial e Cartório Notarial de Vila Flor, aos vinte e oito de

novembro de dois mil e dezoito.----------------------------------------------------------------------

A 2ª Ajudante,

(Maria Virgínia Pinto dos Santos Frederico)

Conta:

Artº 20º nº4.5..................€23,00

Soma: €23,00

São Vinte e três euros.

Conta registada sob o nº180.

Jornal “O Pombal” nº264 - 20 de dezembro de 2018

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14 dezembro 2018

CARTÓRIO NOTARIAL ALAMEDA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

NÚMERO 8

MACEDO DE CAVALEIROS

Notária Lic. Ana Maria Gomes dos Santos Reis

---- Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada neste Cartório Notarial no dia

dezanove de dezembro de dois mil e dezoito, no livro de notas trezentos e cinquenta e dois traço A

com início a folhas sessenta e sete ANTÓNIO MANUEL CRUZ (N.I.F. 155 094 181) divorciado, natural

da freguesia de Pombal, concelho de Carrazeda de Ansiães, residente no lugar de Paradela, freguesia

de Pombal, concelho de Carrazeda de Ansiães, declarou que com exclusão de outrem, é dono e

legítimo possuidor do seguinte:-------------------------------------------------------------------------------

-----Prédio urbano composto de casa para arrecadações e arrumos com dois andares, com a

superfície coberta de trinta metros quadrados, sito na “Rua dos Olivais ou Travessa D.Ernestina”, no

lugar de Paradela, na freguesia de Pombal, concelho de Carrazeda de Ansiães, inscrito na matriz sob

o artigo 239, com o valor patrimonial total de 2030.00 €, a que atribui igual valor, a confrontar de

norte com João Jerónimo, de sul com Maria Almeida, de nascente e poente com Rua, omisso na

Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães.--------------------------------------------------------

---- O referido prédio veio à posse e domínio do justificante, no estado de divorciado, por compra

verbal a António Atualpio, casado, residente que foi na freguesia de Amieiro, concelho de Alijó,

aquisição esta que ocorreu por volta do ano de mil novecentos e noventa e sete, não tendo sido

formalizada por documento autêntico a referida aquisição.-------------------------------------------------------

---- Que deste então, portanto há mais de vinte anos, tem possuído o referido prédio, em nome

próprio, retirando as utilidades pelo mesmo proporcionada, guardando haveres e fazendo obras,

com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecido como seu dono por toda a gente,

fazendo-o de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, contínua e

publicamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém.--

---- Que dadas as características de tal posse, o justificante adquiriu o referido prédio , por

usucapião, título esse que pela sua natureza, não é suscetível de ser comprovado pelos meios

extrajudiciais normais.-------------------------------------------------------------------------------------------------------

---- Está conforme o original. Macedo de Cavaleiros dezanove de dezembro de dois mil e dezoito. A

Notária Ana Maria Gomes dos Santos Reis

Conta registada sob o número 2303/I

Jornal “O Pombal” nº264 - 20 de dezembro de 2018

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15 dezembro 2018

Conservatória dos Registos Civil, Predial e Comercial e Cartório Notarial

de Carrazeda de Ansiães

CERTIDÃO ________ Certifico, para fins de publicação, nos termos do artº. 100.º do código do notariado, que por escritura de justificação notarial, outorgada neste cartório notarial, em 16/11/2018, lavrada a partir de folhas 2 do respetivo livro de notas número noventa e um C, João Manuel Pinheiro Carvalho, NIF 247 723 975, casado sob o regime da comunhão de adquiridos com Filomena Batista Pinto, natural de Angola, residente na Rua Nova, n.º 66, Luzelos, freguesia de Marzagão, concelho de Carrazeda de Ansiães, declarou: -------------- Que, com exclusão de outrem, é dono e legítimo possuidor de um prédio rústico composto de terra de vinha e mato atravessado pela estrada, com a área de seis mil e setenta e cinco metros quadrados, sito na Meda ou Rinchão, freguesia de Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 2892, com o valor patrimonial de €1120,90, igual ao que lhe atribui, a confrontar a norte com Manuel António Pinheiro, a sul com caminho, a nascente com herdeiros de Adelino Gonçalves Mesquita, e a poente com Pedro Sequeira, ainda não descrito na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães. -------------- Que, entrou na posse do referido prédio, por doação verbal, ainda no estado de solteiro, feita por José Joaquim Carvalho, que foi casado com Lucília da Conceição Pinheiro e residente na dita Brunheda, já falecido, doação essa feita em dia e mês que não pode precisar, do ano de mil novecentos e noventa e quatro, e que nunca foi reduzida a escritura pública. -------------- Que, deste modo não possui título formal que lhe permita registar na aludida Conservatória do Registo Predial o identificado imóvel, todavia, desde a citada data em que se operou a tradição material do mesmo, ele justificante, já possui, em nome e interesse próprios, o prédio em causa, tendo sempre sobre ele praticado todos os atos materiais de uso e aproveitamento agrícola, tais como, amanhando-o, semeando-o, cultivando-o, colhendo os produtos semeados, aproveitando, assim, dele todas as suas correspondentes utilidades, agindo sempre como seu proprietário, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus encargos, tudo isso realizado à vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma continuada, ostensiva e ininterrupta desde o seu início, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento de o fazer em coisa própria, tendo, assim, mantido e exercido sobre o identificado prédio, durante mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade das pessoas vizinhas, uma posse pública, pacífica, contínua e em nome próprio, pelo que adquiriu o citado prédio rústico por usucapião, que expressamente invoca para justificar o seu direito de propriedade para fins de primeira inscrição no registo predial, direito esse que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. ------------------ -------- Extraí a presente certidão de teor parcial que vai conforme o seu original, e na parte omitida nada há em contrário que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte transcrita. 16.11.2018. A Conservadora, (Ana Paula Pinto Filipe da Costa) Conta registada sob o n .º Jornal “O Pombal” nº264 - 20 de dezembro de 2018

CERTIDÃO

________ Certifico, para fins de publicação, nos termos do artº. 100.º do código do notariado, que por escritura de justificação notarial, outorgada neste cartório notarial, em 20/1\/2018, lavrada a partir de folhas 12 do respetivo livro de notas número noventa e um C, Luís Manuel Sampaio, NIF 157 693 848, e mulher Helena de Fátima Baptista Sampaio, NIF 157 693 872, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Zedes, concelho de Carrazeda de Ansiães e ela de Angola, residentes na Praça da Portela, n.º 43, Zedes, freguesia de Amedo e Zedes, concelho de Carrazeda de Ansiães declararam: -------------- Que, com exclusão de outrem, são legítimos possuidores de metade indivisa de um prédio rústico composto de terra de centeio, sito na Fonte do Bulheiro, freguesia de Amedo e Zedes, concelho de Carrazeda de Ansiães, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1368 (anteriormente inscrito sob o artigo 388 da extinta freguesia de Zedes), com o valor patrimonial para efeitos de IMT correspondente à fração de € 88,42, igual ao que lhe atribuem, descrito na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães sob o número duzentos e vinte da freguesia de Zedes, onde se mostra registada a aquisição de metade indivisa a favor de João Augusto Bragança, conforme inscrição apresentação dois de vinte e três de julho de mil novecentos e noventa e sete. -------------- Que, entraram na posse do indicado prédio, já no estado de casados, por doação verbal feita por Cassiano António Sampaio e mulher Ernestina da Conceição Rodrigues, que foram casados sob o regime da comunhão geral e residentes no dito Zedes, já falecidos, doação essa feita em dia e mês que não sabem precisar no ano de mil novecentos e oitenta e sete, e que nunca foi reduzida a escritura pública. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------------- Que, deste modo não ficaram a dispor de título formal que lhes permita registar na aludida Conservatória do Registo Predial a aquisição da propriedade do identificado prédio, porém, desde o citado ano, data em que se operou a tradição material do mesmo, já possuem, em composse com o comproprietário, em nome e interesse próprios, o prédio em causa, tendo sempre sobre ele praticado todos os atos materiais de uso e aproveitamento agrícola, tais como, amanhando-o, semeando-o, cultivando-o, colhendo os produtos semeados, aproveitando, assim, dele todas as suas correspondentes utilidades, agindo sempre como seus proprietários, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus encargos, tudo isso realizado à vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma continuada, ostensiva e ininterrupta desde o seu início, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento de o fazerem em coisa própria, tendo, assim, mantido e exercido sobre o identificado prédio, durante mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade das pessoas vizinhas, uma posse pública, pacífica, contínua e em nome próprio, pelo que adquiriram o citado prédio rústico por usucapião, que expressamente invocam para justificar o seu direito de propriedade para fins de primeira inscrição no registo predial, direito esse que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------- Extraí a presente certidão de teor parcial que vai conforme o seu original, e na parte omitida nada há em contrário que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte transcrita. 20.11.2018. A Conservadora, (Ana Paula Pinto Filipe da Costa) Conta registada sob o n .º Jornal “O Pombal” nº264 - 20 de dezembro de 2018

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O plano de atividades e respetivo

orçamento para 2019 da Câmara de Carrazeda

de Ansiães foi aprovado por maioria na sessão

desta segunda-feira da Assembleia Municipal.

Seis deputados eleitos diretamente para aquele

órgão pelo movimento Unidos por Carrazeda

votaram contra. O orçamento de cerca de 14 milhões de

euros é “o maior deste século”, segundo o

presidente da Câmara Municipal, João

Gonçalves, e foi feito a pensar no “médio e longo

prazo”. A ampliação do parque empresarial, a

continuação dos estudos para a criação de um

plano de regadio e abastecimento de água a

domicílio no concelho, e a criação de uma nova

urbanização junto às piscinas cobertas são as

principais apostas do executivo do PSD. A s r e q u a l i f i c a ç õ e s d a s p i s c i n a s

descobertas, do jardim municipal D. Lopo Vaz

de Sampaio e do espaço público de Foz-Tua,

bem como os 500 mil euros de investimentos

reservados para as freguesias são outros

projetos relevantes das apostas da Câmara de

Carrazeda para 2019. Graça Martins, líder da bancada dos

Unidos por Carrazeda, realça o voto contra

porque, “apesar de ser um orçamento de grande

valor, não traz nada de novo, nada de

revolucionário em termos de inovação e

enriquecimento para o território”. A porta-voz

daquele movimento sublinha que estão

previstas “muitas obras”, mas “continua a não

haver medidas de captação e fixação de pessoas”

para o concelho.

A porta-voz da bancada do PSD, Natália

Pereira, salienta que o plano e orçamento estão

“muito bem organizados”, foram elaborados

com “muita ponderação” e criam nos eleitos

laranja “a certeza de que o concelho está no

caminho do desenvolvimento”. O presidente do Município de Carrazeda,

João Gonçalves, não ficou admirado com o voto

contra dos eleitos pelo Unidos por Carrazeda,

por reconhecer que “a oposição tenha alguma

dificuldade em mudar o seu sentido de voto”.

Isto apenar de achar que este orçamento tinha os

“condimentos suficientes para merecer outra

posição”, nomeadamente a abstenção. Apesar disso, o autarca releva o facto de

apenas se terem registado os votos contra dos

deputados diretamente e le i tos para a

Assembleia Municipal, bem como o facto de os

presidentes de junta eleitos pelo movimento não

se terem oposto à viabilização dos documentos.

Para tal terá pesado o facto de o executivo do

PSD ter recolhido “contributos” junto dos

presidentes das freguesias “para que o

orçamento pudesse ser um espelho das

preocupações em todo o território de uma forma

integrada”. João Gonçalves lamenta também que os

eleitos pelo Unidos por Carrazeda continuem a

insistir no argumento de que não há não há

políticas que contribuam para a fixação de

pessoas no concelho, quando o plano e o

orçamento para 2019 “procuram, precisamente,

o contrário”, ou seja, “projetos que possam atrair

mais investimento”, o que significa “mais

empresas e mais empregos”.

16

Eduardo Pinto

Câmara de Carrazeda com plano e orçamento de 14 milhões para 2019

dezembro 2018

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A Câmara de Carrazeda de Ansiães

lidera a tabela nacional dos municípios que mais

previnem a corrupção. Em segundo lugar

aparece a Câmara de Vila Nova de Foz Côa e em

terceiro a alentejana de Mora. A dimensão da prevenção da corrupção é

uma das cinco que constam de um estudo

académico divulgado recentemente e que

conclui que os municípios que apresentam

valores mais elevados na prevenção da

corrupção são também os que têm maior eficácia

na governação local e na qualidade dos serviços

municipais. O presidente da Câmara de Carrazeda de

Ansiães, João Gonçalves, diz que ficou

“satisfeito” por ver uma referência ao concelho

que “é sempre importante de qualquer modo,

mas ainda mais atendendo à dimensão que foi

avaliada”. Também registou o facto de o

Município estar, no ranking geral, “entre os

melhores do país”. João Gonçalves salienta ainda que a

autarquia que lidera procura “sempre melhorar

o seu desempenho”, sem, contudo, “andar

desenfreadamente à procura deste ou daquele

lugar num ranking nacional”. Mesmo assim, o

objetivo é que, através do serviço público

prestado, “esteja entre os melhores e ganhe

credibilidade junto dos munícipes, dos

fornecedores e que quem avalia o trabalho”.O estudo no qual constam estes dados chama-se

“Qualidade da governação local em Portugal” e

foi coordenado por Luís de Sousa, do Instituto

de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, e

por António Tavares, da Universidade do

Minho. Para fazerem uma análise global à

qualidade da governação dos municípios

portugueses, os autores criaram um índice de

qualidade da governação local, com as cinco

dimensões “Voz dos Cidadãos e Prestação de

Contas”, “Estabilidade Política”, “Acesso e

Regulação do Mercado”, “Estado de Direito e

Prevenção da Corrupção” e “Governação

Local”. Os investigadores concluíram ainda que

a maioria dos municípios portugueses demora

menos de um mês a pagar aos fornecedores –

metade deles fazem-no em menos de três

semanas. Porém, há 22 municípios que

demoram 195 dias (seis meses e meio) e três

câmaras tardam 1.095 dias (três anos).

17

Eduardo Pinto

Câmara de Carrazeda no topo da prevenção da corrupção

dezembro 2018

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Uvas para produzir vinhos com Denominação de

Origem Controlada Douro são vendidas a metade do

preço que custa produzi-las. Menor produção e mais

qualidade pode ser a solução para resolver a crise a que

se junta o despovoamento e a falta de mão-de-obra.

A vindima de 2018 na Região Demarcada do

Douro não foi das piores. Como houve menos produção

de uvas – dependendo das zonas, as quebras situaram-se

entre os 20% e os 50% – os preços subiram e ajudaram a

mascarar um problema que afeta os produtores quase

todos os anos: o preço de venda das uvas é, normalmente,

metade do que custa produzi-las. E isto ocorre na região

que no passado dia 14 de dezembro completou 17 anos

como Património Mundial, mas onde os agricultores que

moldam a paisagem classificada pela UNESCO

continuam a empobrecer. O flagelo de transacionar por 30 ou 40 cêntimos

aquilo que custou 80 ou 90 cêntimos a gerar afeta mais os

viticultores cujo grosso da produção se destina a vinhos

do Douro com Denominação de Origem Controlada, os

chamados Douro DOC. Quem também produz para vinho

do Porto vê as uvas mais bem pagas (entre 1 e 1,5 euros por

quilo), o que acaba por compensar o prejuízo com as

restantes. Porém, só quem sabe o que custa fazer

vitivinicultura na Região Demarcada do Douro consegue

perceber que isto assim não é vida, pois o setor só terá

futuro se todas forem pagas de forma justa. Nesta última campanha houve uvas para Douro

DOC a serem transacionadas a preços “entre 80 cêntimos e

um euro por quilo”, salienta Francisco Rodrigues,

proprietário da Quinta do Monte Bravo, em São João da

Pesqueira. “Isto significa que se, este ano, houve empresas

a pagar estes valores é porque têm mercado para poderem

repercutir este custo no preço final. Se nos outros anos só

pagam a 30 ou 40 cêntimos é porque se estão a aproveitar

do lavrador”, critica. Francisco Rodrigues salienta que a região em que

vive parte também em desvantagem quando concorre

com outras regiões vinhateiras do país. Por exemplo,

“produzir um hectare de vinha no Douro pode custar à

volta de 3000 euros por ano. No Alentejo esse custo pode

rondar 2000 ou 2500 euros, mas como produz o dobro da

quantidade, a relação custo/benefício é mais favorável”.O também agrónomo salienta que “quem só produzir

uvas para Douro DOC e tiver de adquirir mão-de-obra,

prestação de serviços de equipamentos e todos os

produtos para tratamentos, não lhe compensa a

atividade”. António Lencastre, presidente da nova Casa do

Douro, considera que um dos problemas reside no facto

de haver muitos viticultores na região que “têm pequenas

produções e com castas de uvas que não são as mais

indicadas”. Por isso, o mais certo é que continuem a

“sofrer com preços baixos”. Por seu lado, António Saraiva, presidente da

Associação de Empresas de Vinho do Porto, olha para o

cenário do Douro com preocupação, embora nada esteja

perdido. Na sua opinião, a produção de vinho Douro DOC

“é muito recente e ainda não tem notoriedade

internacional”. Ao contrário do que se pensa, a maior

parte dos consumidores estrangeiros, “apenas relacionam

o Douro com o vinho do Porto”. Daí que defenda “tempo e

investimento” para que os vinhos de mesa com DOC

também sejam mais conhecidos. João Rebelo, coordenador científico do estudo

“Rumo Estratégico Para o Setor dos Vinhos do Porto e

Douro”, advoga que a solução passa por conseguir “uma

valorização significativa e preços superiores” para os

vinhos Douro DOC, bem como por “criar mecanismos que

levem a uma redistribuição do valor criado pelos

pequenos viticultores”. Como é que se consegue? “Dificilmente de forma

administrativa através da fixação de preços. A lei da

concorrência não o permite, nem permite intervenções

diretas no mercado”, sublinha o também professor da

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro que

coordenou aquele estudo da academia transmontana para

o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto. Como tal, terá

de ser feito “um controlo mais apertado da denominação

da origem, valorizá-la e, em última análise, produzir

menos, mas com mais qualidade”. Para se perceber melhor o que está em causa, o

investigador revela que “o preço médio que se paga por

um litro de vinho com denominação de origem controlada

na União Europeia é de sete euros”. Em Portugal o preço

médio “não chega aos quatro euros e cerca de 60% é

vendido abaixo de 3,20 euros. É claro que assim não se

pagam os custos de produção”. O pagamento de entre 1400 e 1500 euros por pipa

(550 litros) de vinho do Porto e entre 500 e 600 euros para

os vinhos Douro DOC são preços que os viticultores

entendem serem os mais justos para conseguirem viver na

região com dignidade.

18

Eduardo Pinto

Milhares de viticultores do Douro podem deixar atividade

dezembro 2018

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Nos últimos seis anos, o número de

dormidas nos alojamentos turísticos dos 19

concelhos da Comunidade Intermunicipal do

Douro mais que duplicou, enquanto o número

de estrangeiros aumentou mais de quatro vezes. A secretária de Estado do Turismo, Ana

Mendes Godinho, salientou, na passada sexta-

feira, em Santa Marta de Penaguião, que “em

2012 houve 189 mil dormidas, das quais 38 mil

de turistas estrangeiros, e em 2017 já se

registaram 393 mil dormidas, sendo 164 mil de

estrangeiros”. Ana Mendes Godinho participou nas

comemorações dos 17 anos de Património

Mundial do Alto Douro Vinhateiro e salientou

que “o Douro é um exemplo da capacidade de

abrir o mapa turístico de Portugal com base

naquilo que tem de único”. De acordo com a secretária de Estado, nos

últimos dois anos foram investidos “40 milhões

de euros” em “28 novos projetos de enoturismo

no Douro”, o que “mostra bem a dinâmica do

território”. Bons números lançados no dia em que o

presidente da Câmara de Santa Marta, Luís

Machado, e o presidente da Liga dos Amigos do

Douro Património Mundial, António Filipe,

lembraram as dificuldades sentidas tanto pelos

pequenos viticultores, cujas uvas para vinhos

Douro DOC são pagas a metade do que custa

produzi-las, como pelas pessoas que trabalham

na vinha. “Não desistiremos de reivindicar uma

compensação para todos os que trabalham a

nossa paisagem evolutiva e viva”, notou Luís

Machado. O autarca defendeu que “é justo que

quem usufrui da paisagem que eles constroem e

preservam partilhe com eles o valor que o

turismo fluvial gera”. É que “se um dia

abandonarem a paisagem também deixará de

haver turismo”.

19

Eduardo Pinto

Douro duplicou dormidas turísticas em seis anos

dezembro 2018

Casa do Douro pode voltar a ter

estatuto público

A C o m i s s ã o A d m i n i s t r a t i v a d o

património da antiga Casa do Douro tem de

apresentar até 28 de fevereiro de 2019 as contas

da sua gestão e indicar o que sobrou para

entregar a uma nova entidade que será

designada pelo Governo.Atualmente há uma “nova” Casa do Douro – a

Federação Renovação Douro, que ganhou o

concurso público para ocupar o lugar vazio

deixado pela extinção, em 31 de dezembro de

2014, do estatuto público da instituição. Porém,

há já propostas à esquerda do Parlamento para

lhe devolver o carater público e a inscrição

o b r i g a t ó r i a . H á d i a s , a C o m u n i d a d e

Intermunicipal do Douro (CIM-Douro), que

representa 19 municípios, enviou à Assembleia

da República uma proposta com o mesmo

objetivo.O presidente da “nova” Casa do Douro, António

Lencastre, comenta que “ser pública ou privada

não é um problema”. O que o preocupa é que

haja “interferências injustas que realmente

doem”. Refere-se ao “poder político, seja

municipal ou central, que menoriza as

capacidades de associativismo da região”.

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O Cantinho do Idoso

Olá queridos leitores, chegou o mês mais

festivo do ano, Dezembro… e como manda a

tradição há que fazer a coroa do advento e claro toda

a decoração alusiva ao Natal… A nossa coroa do advento este ano ficou

muito original em tons de verde e dourado ficou

muito bem no hall de entrada… e claro colocamos o

nosso lindo presépio… No salão de convívio temos uma linda árvore

de natal toda iluminada, e até tivemos direito a uma

lareira à antiga, temos uma sala aconchegante para o

frio que ai vem… No dia 14 tivemos a nossa Festa de Natal, com

direito a eucaristia, presidida pelo Senhor Padre

Bruno, no período da manhã, um bom almoço e uma

tarde recreativa, com uma peça de teatro encenada

pelas colaboradoras com uma mensagem de Natal

muito importante… A união da Família… Também

os nossos queridos utentes nos presentearam com

uma música “ Amar como Jesus Amou” e também a

nossa querida Flora Teixeira nos leu uns poemas

inspirados no tema, foi tudo muito bonito com um

cheirinho a Natal… No final da festa tivemos direito a um

presente oferecido pela Instituição, que nos vai dar

muito jeito para as nossas saídas ao exterior… No dia 17, tivemos uma palestra acerca do

tema “ Chás e seus benefícios”, para oficializar o dia

Internacional do Chá… e tivemos a oportunidade de

degustar um chá que não conhecíamos…Agora com o tempo a passar… os Reis vamos

preparar…

Para terminar aqui vão os nossos provérbios

do mês… “ Ande o frio onde andar, no Natal cá vem

parar…”“ Quem colhe azeitona antes do Natal, deixa

metade no olival…”.

Saudações e até ao próximo Jornal…

dezembro 2018