Caminhando na presença de deus vivendo como ele exige

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Caminhando na presença de Deus Vivendo como Ele exige A.Rupereta

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Presença de Deus quanta confusão existe sobre este assunto nos dias de hoje. Este pequeno livreto é fruto de uma palavra compartilhada no GOD (Grupo de Oração e Discipulado) do Ministério Palavra de Vida a nossa intenção e de alguma forma esclarecer alguns pontos e edificar sua vida.

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Caminhando na presença de

Deus

Vivendo como Ele exige

A.Rupereta

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Introdução A expressão - vamos entrar na presença do Senhor - é muito

comum entre nós cristãos, ela é muito usada no inicio de nossas

reuniões, quando nos reunimos como Igreja. Mas ela contém uma ideia

escondida que produz em nós uma falsa sensação de que podemos

habitar fora da presença de Deus. Isto por diversas vezes contribui de

uma forma negativa para o tipo de comportamento que temos em

determinados lugares fazendo com que algumas pessoas tenham dois

tipos de comportamento: “um na presença de Deus e outro fora de sua

presença”.

Eu já participei de igrejas legalistas que comunicam este tipo de

conceito – do lugar santo, das vestimentas santas e das proibições

injustificadas todavia, com o passar do tempo e com uma melhor

compreensão das escrituras descobri o que de fato é estar na presença

de Deus.

Meu propósito é de alguma forma cooperar para que você tenha

uma melhor compreensão do que é a presença de Deus, como se dá

nosso acesso a ela e como devemos permanecer diante dele.

Se realmente desejamos ser considerados como parte do rol dos filhos de Deus, o Espírito Santo nos ensina que devemos provar o que de fato somos através de uma vida santa e íntegra.

João Calvino

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A presença de Deus.

Sua Imensidão.

As escrituras nos revelam a imensidão de Deus “Mas, de fato,

habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não

te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei” (1 Rs

8.27)1; assim como nos revela sua onipresença, “Para onde me

ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo

aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo

abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me

detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a

tua mão, e a tua destra me susterá. (Sl 139.7-10)2

O teólogo reformado Louis Berkhof nos explica este ponto:

Em certo sentido, os termos “imensidade” e “onipresença”, como são

aplicados a Deus, denotam a mesma coisa e, portanto, podem ser considerados

sinônimos. Todavia, há um ponto de diferença que deve ser observado

cuidadosamente. “Imensidade” aponta para o fato de que Deus transcende todo

o espaço e não está sujeito às suas limitações, ao passo que “onipresença”

denota que, não obstante, Ele preenche todas as partes do espaço com todo o

Seu Ser. O primeiro salienta a Transcendência, e o último, a imanência de Deus.

Deus é imanente3 em todas as Suas criaturas, na Sua criação inteira, mas de

modo nenhum é limitado a esta4. (Berkhof)

1 Imensidão - 1 Rs 8.27; Is 66.1; At 7.48, 49.

2 Onipresença - Sl 139.7-10; Jr 23.23, 24; At 17.27, 28

3 Na verdade a teologia cristã ortodoxa tradicionalmente infere que o Criador é imanente na criação e

simultaneamente transcendente sobre a criação. Não devemos conceber Deus como sendo contido pelo universo físico, pelo contrário, Deus contém o universo. A primeira abordagem resulta fatalmente em panteísmo, embora paradoxalmente seja a interpretação mais usual e corrente nos círculos evangélicos. Muitos idealizam Deus como uma entidade onipresente no cosmo, mas rejeitam veementemente a proposição de que o universo estaria contido em Deus. Infelizmente a única alternativa é imaginar a onipresença de Deus como a tese de que Ele seria contido pelo universo material, implicando nitidamente em panteísmo. Mas sendo o universo um fragmento intrínseco a Deus, tudo que existe no universo seria uma centelha divina que descreve parcialmente a essência do Criador. http://filosofiaeapologtica.blogspot.com.br/2013/10/sobre-imanencia-e-transcendencia-de-deus.html 4 Teologia Sistemática de Louis Berkhof; Editora Cultura Cristã.

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A presença de Deu no Antigo Testamento.

Durante o período do Antigo Testamento, Deus designou

lugares como [o Tabernáculo e o Templo] para manifestar a sua

presença e nestes lugares ele habitaria entre seu povo.

Estes lugares eram simbólicos, figuras daquilo que Deus

realmente pretendia revelar no futuro.

Por meio do Tabernáculo e do Templo, Deus habitava no meio

de seu povo e ali seu povo desfrutava de sua presença.

A história bíblica mostra que Deus escolheu um povo para si.

E este povo desfrutaria de sua presença para sempre.

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A presença de Deus no Novo Testamento.

A profecia de Isaias (Is 7.14) é uma profecia extraordinária, ela

anuncia o nascimento do Messias, aquele que era o escolhido de

Deus, aquele que haveria de nascer de uma virgem. No evangelho

de Mateus (Mt 1.23) temos o registro e o testemunho de um dos

apóstolos a respeito deste evento histórico, o dia em que Deus veio

habitar entre os homens na forma humana. Totalmente Deus e

totalmente homem. Toda aquela ideia registrada no Antigo

Testamento chega ao seu ápice - à plenitude do tempo havia

chegado. Deus agora não só habitaria entre os homens, ele comia

entre os homens, ele bebia entre os homens, ele andava entre os

homens, ele tocava nas pessoas, ele dormia entre os homens, ele

chorava entre os homens, ele orava entre os homens, ele sofria

diante dos homens, ele morreria por causa dos homens, ele

ressuscitaria diante dos homens para a glória de Deus. Sim, Deus

habitou entre homens!

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Nosso acesso a sua presença.

Jesus nos garantiu este acesso.

“Tendo, pois, irmãos, intrepidez [ousadia, coragem] para

entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e

vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu isto é, pela sua carne

e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos,

com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração

purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura.

Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois

quem fez a promessa é fiel”. (Hb 10.19-23 ARA)

Diante de uma perseguição implacável como por exemplo,

esta que está acontecendo no Iraque onde uma Igreja Anglicana

que tinha cerca de 6.500 membros passou a ter 1.000 e o bispo

daquela congregação contabilizou 1.276 membros mortos e

muitos a deriva no deserto sem ter para onde ir o escritor aos

Hebreus exorta aos cristãos daquela comunidade judaica cristã a

não voltarem às costas para a verdade do evangelho, o escritor vai

argumentando de forma poderosa que Jesus, o Cristo – era

superior a qualquer rito cerimonial registrado no Antigo

Testamento mostrando que, sua obra que havia sido consumada

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no calvário era superior a qualquer tipo de ritual religioso, ele

afirma que a obra consumada por Jesus tem efeitos eternos, e por

meio dela Jesus nos garantiu o livre acesso a presença de Deus, o

pai.

O Espírito Santo nos garante permanência na presença de Deus.

A certeza de nossa salvação é garantida por Deus e não por

nós. Ela é garantida por Deus, pois, somente ele é fiel nós por

muitos vezes nos encontramos na condição de pessoas infiéis. E é

aqui, neste ponto [a certeza de salvação], que muitos cristãos

desabam, e não são poucos, mas muitos que abandonam sua fé em

Jesus, pois ponderam não existir mais possibilidade de perdão

para sua situação.

Alguns cristãos imaginam que Deus faz aquele tipo de

brincadeira amorosa conosco - bem me quer, mal me quer -

crendo que em Deus existe algum tipo de variação [alteração,

mudança, mutação; transformação].

Não! Em Deus não existe mudança.

Deus nos ama mesmo quando pecamos, porém isto não

significa que ele aprove nossos pecados, mas ele mantém o seu

amor por nós. Tudo isto é motivado por seu amor e pelo sacrifício

de seu Filho Jesus nosso Senhor.

Deus, o pai, por meio do Espírito Santo nos convence de

nossos pecados, nos conduzindo ao arrependimento, para manter

esta relação de amor existente entre ele e você.

O Espírito Santo nos mantém na presença do Pai, Ele é a única

garantia que temos. Por meio dele podemos permanecer na

presença de Deus.

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J.I.Packer nos mostra de uma forma magnífica este processo

de perdão e arrependimento:

Deus promete perdoar e restaurar todo aquele que se arrepende do seu

pecado. Uma vez que o pecado, tanto de omissão como de perpetração, no

motivo, alvo, pensamento, desejo, vontade e fantasia, mesmo que não seja em

ações exteriores, é um evento diário na vida dos cristãos (você sabe que isto lhe

diz respeito, não sabe?), o arrependimento contínuo é uma necessidade

imperativa. O arrependimento deve ser completo, vindo do coração assim como

procedeu o pecado. O arrependimento, pelo qual o pecado é confessado e

perdoado na convicção de que – como o Livro Anglicano de Oração vem dizendo

desde que Cranmer o esboçou – Deus “perdoa e absolve todos aqueles que

verdadeiramente se arrependem e sinceramente crêem no seu santo

Evangelho”, expressa de forma direta o desejo do coração regenerado de voltar-

se para Deus, e amá-lo e agradar-lhe constantemente. É este desejo que gera o

propósito de abandonar o pecado e voltar para o Senhor com contrição5

“... fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual

é o penhor [garantia, segurança] da nossa herança, até ao resgate

da sua propriedade, em louvor da sua glória”. (Ef 1.14 ARA)

5 Packer, J.I; A redescoberta da Santidade; 2002; Editora Cultura Cristã.

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Como se comportar na presença de Deus.

Um Deus santo exige uma vida santa.

Andar na presença de Deus exige responsabilidade, “Quando

atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o

SENHOR e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha

presença e sê perfeito6” (ARA); “... Viva uma vida de comunhão

comigo e seja obediente a mim em tudo.” (NTLH); “... ande

segundo a minha vontade e seja íntegro.” (NVI); “... Seja

obediente a mim, e viva como Eu mandar” (VIVA) (Gn 17.1).

Não temos como andar com Deus de qualquer forma, sua

santidade não nos permite. Ele exige nossa santidade, ele exige um

andar integro e correto diante Dele.

Lutando contra minha natureza pecaminosa.

Para andarmos na presença de Deus, de uma forma integra,

devemos lutar de uma forma implacável com todas as nossas

forças contra aquilo que somos.

6 De acordo com Koch (THAT 2.1048), o adj./subs. Tâmim, inteiro, perfeito ou irrepreensível é usado

quase sempre em relação a regras cultuais referentes a levar as ofertas. Expressões sacerdotais estereotipadas (cf. Lv 22.21) especificam que todo sacrifício “deve ser sem defeito para ser aceitável” (ao Senhor). Assim tâmim é uma designação para as condições perfeitas de um animal a ser oferecido: deve ser saudável, sem defeito e livre de mácula (Lv 9.2; cf. Ex 12.5; Nm 6.14; 28.19). O termo é usado ainda para indicar a serenidade do relacionamento tranquilo entre Deus e os justos (Gn 6.9; 17.1; Dt 18.13; Js 24.14), bem como a confiança dentro de um relacionamento sincero e leal entre os homens (Jz 9.16; Am 5.10; cf. Ez 28.15). Seus sinônimos (vãsãr, justo; saddiq, reto) também indicam que o termo resume o etos correto no meio daqueles que são retos e sábios, p. ex., “Porque os retos habitarão na terra, e os íntegros permanecerão nela” (Pv 2.21). Ser tâmim também significa ser piedoso e reto diante do Senhor, p. ex., “Também fui íntegro para com ele e me guardei da iniquidade” (SI 18.23 [24]; cf. 101.2). Por fim, tâmim descreve o caminho de Javé como sendo perfeito (2Sm 22.31 = SI 18.31; cf. Dt 32.4), como também o é seu conhecimento (Jó 37.16) e sua lei (SI 19.8). A oração de Saul (1Sm 14.41) contém um uso um tanto singular da palavra, ou seja, verdade, ou seja, clareza completa (Stoebe, KAT, VII/1,266-70). Novo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento volume 4; 2011; Editora Cultura Cristã.

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Por existir em nós uma natureza pecaminosa que ainda não

foi removida devemos lutar contra ela. Paulo nos adverte sobre o

que cada cristão deve fazer. Observe atentamente as palavras

escrita por ele.

“da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas

vivos para Deus em Cristo Jesus. Portanto, não permitam que o

pecado continue dominando os seus corpos mortais, fazendo que

vocês obedeçam aos seus desejos... pois o pecado não os

dominará” (Rm 6.11, 12, 14).

Considerai-vos... É um dever e não é opcional deve ser

executado por cada um de nós, ao identificarmos um desejo

pecaminoso devemos conduzi-lo ao tribunal de justiça de Deus

(nossa consciência) e condena-lo a morte.

Não existe outra opção – ou matamos o pecado ou ele nos

matará.

Mesmo assim sabedores de tudo isto, haverão momentos em

que podemos fraquejar [cair; ceder; sucumbir].

“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não

habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não,

porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal

que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não

sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao

querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.

Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de

Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando

contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado

que está nos meus membros. Desventurado homem que sou!

Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus

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Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a

mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei

do pecado”. (Rm 7.18-25).

Mas nestes momentos em que falharmos, não podemos parar

e ficar olhando para a nossa situação, devemos olhar para aquilo

que já temos em Jesus nosso Senhor.

É Jesus quem nos garante perdão e vitoria sobre o pecado, não

devemos ficar prostrados devemos confessar nossos erros e

continuar a nossa caminhada olhando para o autor e consumador

de nossa fé [e de nossa salvação].

“Porque, se viverdes segundo a carne [segundo sua natureza

pecaminosa], caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito,

mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis. Pois todos

os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus...

Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de

Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também

com ele seremos glorificados. Também o Espírito,

semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não

sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por

nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. (Rm 8.13-14, 17,

26)

Parecidos com Ele, uma vida santa.

O ápice da vida cristã é sermos semelhantes a Jesus.

“... aquele que afirma que permanece nele [em Jesus] deve

andar como ele andou”. (1 João 2.6)

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“Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes

fiz”. (Jo 13.15)

“Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo

sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que

sigam os seus passos”. (1Pe. 2.21)

Deus não mente e a bíblia é clara podemos ser semelhantes a

Jesus. Não seremos e nem podemos ser iguais a Ele quando se

trata de seus atributos incomunicáveis onipresença, onipotência,

onisciência7.

Mas podemos ser semelhante a Jesus em seus atributos

comunicáveis [atributos morais] – amor, perdão, justiça, bondade,

etc.

Paulo e os discípulos nos mostram que é possível sermos

semelhantes a Jesus, não existe desculpa! Devemos ser bons

imitadores, imitadores de Jesus.

“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os

predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim

de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que

predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses

também justificou; e aos que justificou, a esses também

glorificou”. (Rm 8.29-30)

Este é o eterno propósito de Deus. Tudo na vida cristã é regido

por esta verdade.

7 Aqui sigo Wayne Grudem quando escreve em sua Teologia Sistemática sobre os atributos

incomunicáveis e comunicáveis de Deus nos mostrando que nos atributos morais podemos ser semelhantes a Ele. Grudem, Wayne; Teologia Sistemática; 2007; Edición em español publicada por Editorial Vida. Miami, Florida.

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Por amarmos a Deus e entendermos de fato o que éramos

desejaremos em todos os instantes de nossa vida – sermos

semelhantes a Jesus.

Concluo com as palavras do Bispo J.C.Ryle –

Quando falo de crescimento na graça, apenas refiro-me ao crescimento em

nível, tamanho, força, vigor e poder das graças que o Espírito Santo planta no

coração de um cristão. Creio que cada uma dessas graças admite crescimento,

avanço e aumento. Sustento que o arrependimento, fé, esperança, amor,

humildade, zelo, coragem e virtudes semelhantes a estas podem ser pequenas

ou grandes, fortes ou fracas, vigorosas ou frágeis, e podem variar muito na

mesma pessoa em diferentes fases de sua vida. Quando falo de uma pessoa

crescendo em graça, apenas quero dizer o seguinte: sua esperança, mais

iluminada; seu amor, mais abrangente e sua espiritualidade, mais definida. Ela

sente mais o poder de Deus em seu coração e o manifesta em sua vida. Ela está

indo de força em força, fé em fé e graça em graça (...) 8

Soli Deo Gloria – A.R

8 Packer, J.I; A redescoberta da Santidade; 2002; Editora Cultura Cristã.