7Campo Grande-MS | Domingo/Segunda-feira, 9 e 10 de agosto de 2020

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Karine Alencar

A pandemia cau-sada pelo corona-vírus tem levado

empresários de vários segmentos à loucura, já que causou um grande impacto na economia por todo o mundo. No entanto, um mercado bom “pra ca-chorro”, os (pet shops), está escapando pelos por-tões de papais e mamães de pets, que têm recorrido aos serviços de delivey du-rante o isolamento social.

Exemplo disso é o Pet Shop Maranatha, que há quatro meses precisou reestruturar toda uma equipe, para dar conta de atender quem está en-xergando de pertinho a necessidade do seu me-lhor amigo em meio ao

distanciamento social, além de dar segurança aos seus clientes.

O representante de vendas Robson Matiussi,é apaixonado por animais de estimação, e encontrou no aquarismo uma forma de se conectar com a na-tureza. Morando no centro da cidade, com pouco es-paço para criar outros bichinhos, o jovem optou pelos peixes para lhe fazer companhia, e em meio ao distanciamento, passou a visar mais, as prioridades de quem tem por perto.

“Eu tinha dois em-pregos e pouco tempo, com o isolamento social, eu comecei a ficar mais em casa, e consequen-temente, fui ampliando e aperfeiçoando meu aquário. A parte que

Necessidade dos pet e o isolamentoPet shops escapam da crise e expandem delivery durante o período de pandemia

acho mais interessante do aquarismo é poder criar um pequeno ‘mundo’ com flora e fauna, poder ver os animais crescendo e reproduzindo, ver as plantas se desenvolvendo e fazendo fotossíntese, coisas que só tive mais tempo para observar, com meu tempo livre.”

O proprietário da rede de lojas distribuídas por 3 pontos da Capital, Regi-naldo Mazaro, conta que logo no início da pandemia, precisou adotar uma série de medidas para atender o público. “A gente já sabia que as pessoas ficariam com medo de sair de casa, então tomamos todos os cuidados e preparamos melhor nosso delivery, em-bora nãos esperássemos um resultado tão positivo.”

“Desde o início, nosso serviço apresentou um grande crescimento. Po-demos considerar uma margem de 50% a mais nas entregas. A demanda que antes tinha uma média de 80 solicitações diárias, passou para 150, alta muito considerável para

o setor”, conta.

NecessidadesAssim como todos os

empresários, seu Regi-naldo explica que ficou in-seguro, com “um pé atrás” diante dos impactos que chegaram junto com a doença. “Ficamos com medo de termos que de-mitir funcionários e fa-zermos acordos coletivos, mas graças a Deus não foi preciso, tomamos todos os

preceitos de segurança que pudesse salvar nossos colaboradores e preservar também, a vida dos nossos clientes”, revela.

“Nós fizemos exata-mente igual aos supermer-cados, porque precisamos alimentar os animais e atender a todas as ne-cessidades. Sendo assim, adotamos todas as regras para evitar a contami-nação e podermos voltar ao novo normal. Até con-

tratamos uma empresa que visita as nossas lojas e realiza uma limpeza a fim de fazer a desconta-minação.”

“Sabemos também que esse aumento se deu porque os clientes que vinham até a loja estão em suas casas, e além do mais reparam em coisas que antes não tinham como avaliar, por exemplo: um comedouro, um brinquedo, coisas que vão além da pró-pria alimentação”, destaca.

EscassezEm contrapartida, a

pandemia não deixou de causar impactos no seg-mento, como por exemplo a falta de matéria-prima nas fábricas. “Regis-tramos um bom desem-penho por esses dias, mas a COVID-19 tem afetado nosso trabalho. Muitos fri-goríficos fecharam e isso tem atingido diretamente as nossas vendas, que poderiam acompanhar a larga escala”, afirma.

Atualmente, o mer-cado pet do Brasil é considerado o segundo maior em todo o mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos da América (EUA). Hoje, o Brasil tem aproximada-mente 139,3 milhões de pets que fazem parte da família dos cidadãos.

Prevenção Estabelecimento disponibiliza álcool gel e orienta sobre uso obrigatório de máscaras

Desinfecção Pet adota medidas de limpeza para prevenção

Fotos: Acervo pessoal