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Revista Laboratório da Disciplina de Jornalismo de Revista do curso de Comunicação Social - Habilitação Jornalismo.

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Vista da cidade - Beira-Mar (cortesia Felipe Marinho)

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pág. 9Bem vindos ao

Progresso da Ciência Imaginando a Arte e a Ciência

Raio-X do Quartel Criativo

Políticas Públicas para

Jovens

Afinal, quem somos?

São Luís à Cell Aberto

Abandono EscolarMuito além das Agências de

Turismo

Descobrindo o Maranhão

A SBPC no MARÁ

EditorialSuperando todos os obstáculos como a greve dos professores das universidades federais a Canal.com consegue publicar seu sétimo número totalmente dedicado a SBPC Jovem, uma escolha dos alunos do 5º e 6º períodos do curso de Jornalismo do Departamento de Comunicação Social.

Assim a revista mostra uma prévia do que foi a preparação de um evento voltado para os jovens, com algumas oficinas realizadas no Colun (Colégio Universitário), intervenções em praças e logradouros públicos, onde cada um dos participantes foi valorizado e pôde usar da sua criatividade. Há também um pouco da memória da SBPC e da SBPC Jovem que hoje caminham para a 64ª edição da Reunião Anual, entrevistas com organizadores e estudantes, enfim toda a azáfama do que representa a mobilização de um grande contingente da juventude local.Para se ter uma idéia de como funcionam as políticas públicas destinadas aos jovens maranhenses levantamos alguns dados que trazem informações sobre esta temática.

Ainda para quem quiser conhecer um pouco da cidade, alguns bares, praias e a cultura local, a Canal mostra algumas opções de quem visita pela primeira vez São Luis. Há também a possibilidade para os interessados em esticar a estadia que e conhecer de perto o interior do estado, principalmente a região dos Lençóis Maranhenses, famosa por suas dunas e lagoas naturais.

No mais, a publicação da Canal.com representa o resultado do esforço de alguns alunos dedicados e mais outros abnegados de outros períodos que contribuíram com a edição final. Isso sem falar do trabalho do designer Hermano Torres, que fez todo o projeto gráfico com limitadíssimos recursos de tempo e material. Agradecemos a ele e sua equipe TUDØS, que abriram as suas portas para que o projeto (Revista canal.com #07) fosse realizado.

EXPEDIENTE REVISTA CANAL.COM no. 7/ 2012.1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA

Reitor

Natalino Salgado Filho

Vice-reitor

Antonio Oliveira

Coordenador do curso de Comunicação Social

Sílvio Rogério

Chefe do Departamento de Comunicação Social

Joanita Mota Atayde

Coordenadora da REVISTA CANAL.COM eResponsável pela Disciplina Jornalismo de RevistaVera Salles

Edição final e Revisão

Vera Salles, Pablo Habibe e Hermano Torres

Redatores (alunos do 5º e 6º períodos do curso de Jornalismo)

Amanda ArraesCamila CarneiroDeolindo DeolinoEmerson MachadoGustavo Arruda SantosGutemberg de Souza Feitosa

Heloísa VasconcelosMarcela Caldas SilvaPatrick Erick SilvaTeresa Dias

Colaboradores

Pablo Habibe (aluno 7º período curso de Jornalismo)

Imagens

Blog SBPC JOVEM, Hermano Torres, Felipe Marinho, Diniz Costa

Projeto Gráfico

Hermano Torres(Tudos Design) tudosdesign.com

Revista laboratório da Disciplina Jornalismo de Revista do Curso de Jornalismo da UFMA

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Um pequeno grupo, com um grande objetivo: defender o avanço científico e tecnológico em todo o Brasil. Foi assim que surgiu a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – a SBPC. Reunidos na sede da Associação Paulista de Medicina, no dia 8 de julho de 1948, alguns poucos cientistas e amigos da ciência fundaram a sociedade, que se expandiu por todo o país. Mais de quatro décadas depois (em 1993) surge a SBPC Jovem – um evento que tem por desafio aproximar ciência, escola e universidade, envolvendo também a juventude na pesquisa científica.

O que é a SBPC

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência é o espaço que reúne técnicos, profissionais, amigos da ciência, estudantes e pessoas com diferentes interesses, mas que valorizam o conhecimento científico. A sociedade segue os moldes daquelas que funcionam

em outros países como Argentina, Inglaterra e França e não exige qualificação técnica para admissão de novos sócios, mas apenas o desejo de contribuir para o Progresso da Ciência no país.

O cenário do evento

A 64ª SBPC acontece na cidade de São Luís, que completa 400 anos em 2012. A cidade é conhecida pelo seu patrimônio histórico e pela cultura. A

festa do quarto centenário da capital maranhense também é celebrada durante a SBPC Cultural.

De onde vem, para onde vai

A 63ª SBPC foi realizada na Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia (GO), com o tema “Cerrado: água, alimento e energia”. Este ano, o tema do evento que

SBPC em números

Bem-vindos ao Progresso da

CiênciaPor Gutemberg Feitosa e Heloísa Vasconcelos

Margareth Cutrim Vieira (coordenora da comissão executiva local do evento)

Ghustavo José de Oliveira Távora (facilatador da SBPC Jovem e da Rede Imaginautas)

“A SBPC Jovem tem a missão de colocar em contato e estimular a convivência de crianças, adolescentes e jovens com os cientistas e com o fazer ciência.”

“A SBPC Jovem é um momento do qual a rede jovem se apropria. Estamos chamando os jovens dentro das escolas e das universidades para construirmos esses momentos juntos”

acontece na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís (MA) é “Ciência, Cultura e Saberes Tradicionais para Enfrentar a Pobreza”. A 65ª edição da reunião anual já está prevista para julho de 2013, na cidade de Recife (PE).

SBPC Jovem

É uma resposta à necessidade de aproximar ciência e escola, atraindo e envolvendo a sociedade com a pesquisa científica. É uma troca de conhecimentos que proporciona aos jovens espaços de expressão e apreensão do saber fazer ciência, por meio de oficinas, palestras, atividades interativas, encontros com cientistas, exposições, vídeos e filmes.

Mais de 6 mil sócios ativos

96 sociedades científicas associadas

51 cientistas homenageados ao longo das 63 edições já realizadas

Em São Luís:

Mais de 10 mil inscritos

500 monitores treinados e selecionados para o evento

19 comissões setoriais compondo a comissão executiva local do evento

Mais de 100 pessoas envolvidas no trabalho de organização da SBPC São Luís

canal.com # 07 2012.16 7ESPECIAL SBPC JOVEM

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Acontecendo! Retrospectiva

Na SBPC

Simpósios, mesas-redondas, conferências, minicursos, encontros, assembléias, sessões especiais e comunicações científicas, sessões de painéis.

Na SBPC Jovem

Apresentação de produtos educativos e artísticos, produção e coordenação das intervenções de ocupação da UFMA, coordenação das tendas e da rede participativa da SBPC Jovem 2012.

Rede Imaginautas, SBPC Jovem e UFMA prestam assistência às escolas visitantes e participantes, como também registram, postam e divulgam online as ações do evento diariamente, inclusive por meio de Live Streaming, Rádio Comunitária e TV interativa.

Na SBPC Cultural

Apresentação de corais, MPB, teatro, dança, cinema, exposições de pintura, fotografias e caricaturas, performances e lançamento de livros

Fundação da SBPC e organização das primeiras

Criação do CNPq, Capes e Fapesp

Início do sistema de pós-graduação no país, fortalecimento das reuniões

Introdução das ciências sociais e humanas na SBPC.

SBPC como espaço de discussão das políticas públicas para o país

São Luís sedia a 47ª Reunião da SBPC, em julho de 1995

Expansão do diálogo com a sociedade acerca das diferentes visões

A UFMA sedia a 64ª Reunião Anual da SBPC

SBPC JOVEM NO MARÁ

Por Camila Carneiro e Gustavo Arruda

A SBPC Jovem é uma oportunidade para troca de conhecimentos de ex-pressão e apreensão do saber fazer ciência.

Desde meados de agosto de 2011 a comissão organizadora do SBPC Jovem na Universidade Federal do Maranhão já se preparava para rece-ber os jovens. A Profª Maria Cristina Bunn, coordenadora da SBPC Jovem, espera que, além dos jovens que vão participar, a reunião da SBPC receba muitos visitantes da sociedade em geral.

Na entrevista que concedeu para Ca-nal.com a professora fala um pouco das expectativas com relação ao evento.

Para a edição de 2012, o que os jo-vens maranhenses e também os visi-tantes, podem esperar?

A SBPC Jovem 2012 organizou um grande número de atividades, de naturezas absolutamente diversas, com o propósito de integração de diferentes públicos, visando princi-palmente à juventude, os estudantes do ensino médio, técnico e profis-sionalizante e a rede de educação das escolas públicas brasileiras.A edição de 2012 visa proporcionar aos jovens a possibilidade de re-flexão com os diferentes saberes, de caminhos para fazer essa aproxi-mação com a produção científica, mas também com os saberes tradi-cionais. É pensar possibilidades e potencialidades para o enfrenta-mento da pobreza num estado e num

país que apresenta dados e quadros de desigualdade e de exclusão tão alarmantes.

Tudo isso utilizando recursos de co-municação, linguagens multimidiáti-cas, audiovisuais, cinema, vídeo, animação, muitos recursos da con-temporaneidade que se comunicam com a juventude, atividades intera-tivas, mostrando também valores de compartilhamento, de solidarie-dade, de paz.

Este ano a cidade de São Luís com-pleta 400 anos. De que forma a SBPC Jovem vai trabalhar com essa temáti-ca?

De forma inovadora e dinâmica foram criadas estratégias de ocupação de espaços, com projetos que utilizam expressões da cultura universal e, em particular a maranhense, des-pertando no público da SBPC Jovem

o interesse pela história econômica, social e cultural da cidade de São Luis- “Patrimônio da Humanidade” em celebração aos seus 400 anos.Essa integração, num momento tão importante da cidade, já começa a partir mesmo da marca de identi-dade simbólica da SBPC Jovem. Nós adotamos como símbolo, o Cazum-bá, expressão da cultura popular do Maranhão, que é um personagem do Auto do Boi, a ópera popular mara-nhense.

Além disso, nós temos ações como o São Luís PHANtástica. Este projeto “Cidades PHANtásticas” foi desen-volvido e é orientado por Ghustavo Távora e faz parte da metodologia “Imaginautas” de desenvolvimento da linguagem visual e informacional e da produção artística colaborativa - artes urbanas.

E em relação à interação jovem-academia, jovem-ciência, como a SBPC Jovem trabalha para fazer essa aproximação?

O projeto da SBPC Jovem no Ma-ranhão tem essa preocupação em primeiro plano de integração da produção acadêmica científica com a aproximação da juventude, com a educação das práticas de ensino e aprendizagem nas escolas.

As cirandas de ações da SBPC Jovem giram em torno de oito eixos temáticos: Cultura, Comunicação, Direitos Humanos, Meio Ambiente, Saúde, Tecnologia e Produção, Trabalho e Educação, que funcionam

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2000

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Para atrair ainda mais os jovens pesquisadores e visitantes do Brasil e do mundo presentes na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a SBPC Jovem buscou parcerias. Uma delas foi com a Rede Imaginautas, idealizada por Ghustavo Távora,o Ghuga, um projeto que surgiu em 2007, no estado de Pernambuco, e hoje já está presente em nove cidades, levando aprendizado e expressões artísticas. O Imaginautas, cujo nome significa “viajantes da imagem”, lida com conhecimentos e projetos de arte e comunicação .

Com larga experiência na área de ensino-aprendizagem e educação, Ghuga explicou que o início da

no projeto de forma multidisciplinar, para que todas as ações possam considerar esses diferentes campos do conhecimento.

Com as cirandas de ações, nossa in-tenção é de que não fossem esque-cidas essas relações de produção científica e acadêmica nesse mo-mento de trabalhar a relação com o ensino e aprendizagem nas escolas. O objetivo é a aproximação dos es-tudantes dos ensinos médio, técnico e profissionalizante e a busca desse diálogo com os saberes tradicionais.

Nós queremos juntar professores e pesquisadores que desenvolvem seus projetos de pesquisa e de ex-

proposta procurou trabalhar com a questão da linguagem e da comunicação entre educador e educandos. “Nosso primeiro projeto foi voltado para a questão das inovações pedagógicas: mídias de imagens, informática e redes para que professores se apropriassem da linguagem e das interações que os jovens do século 21 já lidam. Depois disso, a empolgação já ia além da questão do ensino-aprendizagem, passando para vivência e expressões artísticas”.

Atualmente, o projeto atua utilizando a comunicação visual e a linguagem estética, além da produção artística, com criação de oficinas de criatividade, design fotográfico,

IMAGINANDO A

Por Gustavo Arruda

tensão tentando estimular essa percepção mostrando que os seus públicos-alvo não estão distantes. Muitas vezes os professores buscam o seu objeto de pesquisa em outros lugares e esquecem que eles podem estar ali mesmo, dentro da universi-dade (!)

O palco da SBPC Jovem é o Colégio Universitário, que é uma instituição que funciona dentro do Campus da UFMA, mas que, muitas vezes, está afastada das ações dos professores e pesquisadores da própria universidade. Sabemos que uma das formas mais eficazes de se chamar a atenção dos

jovens é partir para o lado lúdico. Quais são as atividades que vão mexer com a criatividade dos jovens na SBPC Jovem?

São atividades esportivas como Gincanas, Maratonas, Jogos e Desafios organizados pelos Projetos de Extensão da UFMA. Estas atividades aproveitaram os novos espaços criados no Campus, como a via que contorna a Universidade e a estrutura do Núcleo de Esportes. Campanhas de participação cidadã em que a juventude estará envolvida diretamente: como “Doação de Sangue”; “Reciclando”, “Caneca Verde” entre outras.

audiovisual, intervenções e comunicação social.

Sobre a sua participação na SBPC, Ghuga informa que foi convidado pela professora Cristina Bunn, coordenadora do evento , para trabalhar a questão das artes visuais, educação e comunicação, dando uma força mais vibrante a SBPC Jovem. Os destaques do projeto que conta com 100 estudantes, além de colaboradores, são as oficinas de blogs, vídeos e fotografia. “Tudo o que foi aprendido nessas oficinas servirá para convergir com a SBPC Jovem, já que os jovens daqui terão quatro papéis: cientista, artista, comunicador e anfitrião do evento, para interagir com a comunidade que vier”, declara Ghuga.

ARTE E A CIÊNCIA

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Fotografia, técnicas de animação, patchwork, projeções, grafite, ofici-na de estêncil e origami. A SBPC Jo-vem levou arte e muita criatividade para o Colégio Universitário (Colun) – denominado quartel criativo - na semana de 18 a 23 de junho.

A oficina de animação fez o maior sucesso. Uma turma de 38 alunos para o ensino de técnicas como o

Pixelation se formou. Os estudantes se dividiram em dois grupos, que apresentaram “SBPC Jovem em nos-sas mãos” e “Duro estar na moda”, animações feitas pelos alunos com auxílios dos professores. “Qualquer pessoa pode mexer com animação, não só quem sabe desenhar. O cin-ema é uma arte acessível”, disse um dos instrutores, Benedito Soares.

O estudante do terceiro ano Josh-uan Dominici, 17, foi um dos partici-pantes. “É muito legal fazer parte disso. Nunca tinha visto nada pare-cido aqui em nossa escola”, disse. O grupo de Joshuan fez uma animação com origamis, usando fotos em se-quencia.

A jornalista e produtora Giselle Bros-sard, responsável pela oficina, afir-ma que, entre 40 jovens que com-parecem a esse tipo de atividade, em média, dois estudantes continuam com a proposta. “Só a possibilidade de ter sensibilizado os outros 38 já faz valer a pena o aprendizado,além de possibilitar o desenvolvimento do senso estético”.

Outra atividade que contou com a participação dos estudantes do Colun foi a mobilização criativa que aconteceu no dia 21 e teve como ob-jetivo transformar o espaço do colé-gio em um ambiente lúdico. A aluna Jeyce Leles, 16, garante: “Foi muito maneiro. A gente ornamentou a es-cola”. A estudante afirma ainda que não tinha consciência do seu poten-cial: “A gente é cultura, é criativi-dade, e como aprendiz, leva o saber para casa e o expande”.

A professora Maria Cristina Bunn, membro da comissão organizado-ra da SBPC Jovem, destaca a fuga da rotina e afirma que o objetivo desse evento é fortalecer a ciência nas escolas através da troca de ex-periências, de saberes e diferentes expressões de linguagem. “Saímos das políticas tradicionais de ensino para uma coisa diferente. Os jovens se animam com isso. Mostramos a riqueza do cotidiano com outros re-cursos”, assegura.Para José Alberto Pestana, professor de química, que está à frente da or-

ganização das atividades no Colun, “isso tudo é muito importante para a divulgação científica. Os alunos terão contato com várias experiên-cias relacionadas ao maior evento de ciência da América Latina”.

O Colégio Universitário

Criado em 1968 pelo Conselho Dire-tor da Fundação da Universidade do Maranhão, o Colégio de Aplicação da UFMA – denominado Colégio Univer-sitário (Colun) - funciona como uma Instituição de Ensino Básico que oferece também cursos técnicos.

Jandira de Andrade, diretora e pro-fessora do Colun há 18 anos, asse-gura que as dificuldades presentes na instituição são as mesmas de qualquer outra: políticas públicas fracas que não garantem melhorias nas condições de trabalho, deficiên-cia na aplicação de verbas e baixa remuneração do professor, que pre-cisa trabalhar em mais de um expe-diente.

O colégio é reconhecido pela quali-dade do trabalho desenvolvido e pelo compromisso com uma edu-cação voltada para a formação da cidadania. No entanto, a diretora define grande parte dos alunos de sua instituição como “portadores de livros”. A denominação se deve a falta de interesse crônica por parte do corpo discente, que apresenta dificuldades de leitura e falta de conhecimento prévio. “A prova de sociologia, por exemplo, eles detes-tam porque tem muita leitura”, diz Jandira.

A diretora garante que os 82 profes-sores que compõem o corpo docente não são suficientes e critica a for-mação inicial que resulta em currícu-los superficiais. Em relação à taxa de reprovação, que configura o princi-pal problema da instituição, Jandira explica: “Todo ano, no ensino mé-dio, perdemos uma turma inteira re-provada. Começamos o 1º ano com cinco turmas, o 2º já entra só com quatro, e o 3º fecha com três”.

Raio-X do Quartel Criativo

Ela afirma ainda que a situação costumava ser pior: “Em 2007, a re-provação era de 50%”, sendo as dis-ciplinas de exatas as que apresenta-vam as maiores taxas. O problema reflete uma deficiência presente no ensino público fundamental e médio em geral, entretanto, os dados de matrículas iniciais e finais apontam que a taxa de evasão é quase zero”.

“A gente é cultura, é criatividade, e como

aprendiz, leva o saber para casa e o expande”

Por Amanda Arraes e Tereza Dias

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Falar de políticas públicas é pensar em desenvolvimento de projetos que visam a realização de ações concretas em diferentes áreas de interesse público. Esta foi a declaração dada por um estudante de Análise de Sistemas: “Não podemos falar de políticas públicas sem pensar em projetos que visam o desenvolvimento em saúde, educação, segurança, trabalho, cultura e lazer para jovens” diz João Vitor, 26 anos.

Para Gustavo Barbosa Santos, Secretário Adjunto Extraordinário Estadual da Juventude, ex-coordenador geral do Diretório

Falta planejamento do poder público para a melhoria das condições socioeconômicas e culturais da juventude.

Estudos revelam que o abandono escolar realimenta o ciclo de pobreza e de exclusão social

As informações divulgadas no Observatório Social do Movimento Nossa São Luís explicam que o abandono escolar é uma violação do direito da criança e do adolescente à educação e realimenta o ciclo de pobreza e de exclusão social. Precisa ser enfrentado pela escola com ações pedagógicas, diálogo com a família e encaminhamento aos serviços de assistência social. Em casos de insucesso dessas ações, deve-se comunicar ao Conselho Tutelar. Suas causas, na maioria das vezes, estão ligadas a fatores culturais, sociais e econômicos. Em determinadas situações, pode estar associado a outras violações de direitos, como trabalho infantil e envolvimento com tóxicos.

Os últimos dados divulgados pelo Censo Escolar/INEP/MEC indicam que São Luís ficou com a classificação média entre as capitais com maior número de alunos na rede pública que abandonaram o ensino médio. A cidade está na 16ª posição com quase 7.000 abandonos em 2010, representando 14,10% do total. São Paulo obteve a melhor classificação com apenas 5,40% e Belém com mais de 22%,foi considerada a pior entre as capitais.

Essa mesma fonte informa que o alto índice de reprovação pode ser atribuído a outros fatores como saúde, alimentação, oportunidade de ambiente de estudo fora da escola, além de relações familiares e comunitárias que deveriam dar apoio ao estudante.

Analfabetismo

Os dados preliminares do Censo 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que no Maranhão ainda existem cerca de um milhão de analfabetos. Destes, 78.609 são jovens. Apesar do alto número, entretanto, houve uma melhoria nas taxas: em uma década, a de analfabetismo passou de 26,6% para 19,31%.

Entre as cidades com o maior número de pessoas que não sabem ler nem escrever no estado estão Belágua (36,64%), Marajá do Sena (36,58%), São João do Soter (36,04%) e Aldeias Altas (35,1%). Um estudo feito pelo movimento “Todos pela Educação” apontou que, no Estado, 149.539 crianças e adolescentes com idade entre 4 a 17 anos nem sequer estão matriculadas na escola.

Central dos Estudantes – DCE/UFMA, a realidade é outra: “A Secretaria da Juventude é extraordinária, por isso não tem orçamento próprio. Ela é mantida pela casa civil do estado em parceria com outras secretarias na execução de projetos como o Programa Nacional de Inclusão Social – Pró-Jovem” (programa do governo federal que promove a reintegração do jovem ao processo educacional e sua qualificação profissional com vistas à inserção no mundo do trabalho).

O secretário adjunto frisou que no arraial deste ano eles trabalharam em parceria com a Secretaria Estadual

Políticas públicas para

jovens

Abandono escolar, uma violação dos direitos.

da Saúde na luta contra a DST/AIDS. Ele ainda lembrou que está sendo programada a organização do Fórum Estadual de Gestores Municipais da Juventude, com a finalidade de discutir os programas federais a fim de se criar um plano estratégico.

Dados divulgados pela RAIS/CAGED/TEM, indicam que São Luís é uma das cidades que têm o menor número de jovens com emprego formal. São 22,57% em 2010, comparado com 68,41% em Vitória no Espírito Santo que é a cidade que tem o maior número de jovens com emprego formal no Brasil e 15,42 % em Macapá, com o pior índice.

Páginas 14 e 15 por Deolindo Deolino

canal.com # 07 2012.114 15ESPECIAL SBPC JOVEM

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Veio para curtir a SBPC, mas também está em busca de diversão noturna? Abaixo estão 3 dos lugares mais alternativos que a ilha têm.Localizados no centro histórico, bairro vizinho do campus da UFMA.

Odeon Sabor & Arte

Um bar boêmio em um casarão antigo localizado na Rua da Palma no Centro Histórico, com uma decoração rústica, mas ao mesmo tempo aconchegante. Serve de palco para festas temáticas de variados gêneros musicais como rock, pop, reggae e MPB além de música ao vivo ou ambiente.

odeonsaborearte.wordpress.comRua da Palma, nº 217, Centro

Tapuias Bar

Conhecido também como Cachaçaria Tapuias é um local voltado para eventos underground e muito frequentado pelos adeptos do gênero rock. Todas as sextas acontecem shows ao vivo com bandas da cena heavy metal e punk rock local.Rua Afonso Pena, Próximo à Praça João Lisboa, Centro

Chez Moi, a casa da Música

Funciona atualmente na Rua da Estrela e adota o estilo underground que abrange diversos gêneros musicais, tanto da capital quanto de outras regiões do país, como Rock, Pop/Rock, Música Eletrônica, Black Music, Reggae, Samba e até Pé-de-serra. O principal dia de funcionamento é na sexta-feira. No site você acompanha a programação completa e o valor das entradas.

www.barchezmoi.comRua da Estrela, n° 143, Centro.

Muito mais do que uma cidade histórica com artesanato e folclore, São Luís é um contraste entre o passado e o futuro, uma realidade dinâmica. A cidade tem um conjunto arquitetônico bem famoso, seu Cen-tro Histórico com cerca de cinco mil imóveis dos séculos XVIII e XIX ex-pressam o passado de riqueza onde barões e comerciantes acumulavam fortunas.

Única capital fundada por franceses e invadida por holandeses foi tom-bada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade justamente pelo seu acervo colonial, que hoje abriga bares, restaurantes, hotéis, museus, teatros, cinemas e lojas. É quase im-possível não tropeçar neste discurso já ensaiado à exaustão pelas autori-dades interessadas em fomentar o turismo na capital do Maranhão. Ele não está errado, apenas muito in-completo.

Os casarões são, de fato, um cenário inescapável. O Centro Histórico da cidade se mostrou tão impermeável às mudanças desde o fim do século XIX que, na prática, empurrou todas as “modernidades” subseqüentes para o outro lado das pontes que se lançam sobre o Rio Anil. É lá, do outro lado, que estão os prédios al-tos, as antenas, a motivação e toda a criatividade represada no século XX que, em São Luís, praticamente não deu as caras. É de lá, que o presente, de mãos dadas com o futuro, voltou para conquistar o passado e trans-formar a cidade numa experiência verdadeiramente interessante.

O desafio que se apresenta para os visitantes é justamente o de não se contentar com as coreografias ensai-adas por brincantes cada vez menos autênticos, é o de se perder pelas ruas da cidade e saborear a maneira inusitada com que o imenso fóssil oi-

tocentista interage com a realidade dinâmica da era da informação, com cyber cafés funcionando dentro de casarões bicentenários ao mesmo tempo em que o trânsito da maior frota de carros novos do país entope as suas artérias de paralelepípedo.

Centro Histórico

Muito mais do que um museu a céu aberto, como é alardeado pelo discurso oficial, o Centro Histórico da cidade é um exemplo de renascimento aonde convivem a criatividade e o abandono. A insuficiência nas iniciativas voltadas para a reforma e manutenção do casario de arquitetura colonial oferece a possibilidade de o visitante encontrar os casarões nos mais diversos estados de conservação. Enquanto alguns funcionam como residências, empresas ou repartições públicas, outros parecem estar de pé graças apenas à vegetação que lhes envolve as paredes. A maioria, é preciso reconhecer o mérito da arquitetura do século XIX, resiste sem receber qualquer cuidado.

Fica a critério do turista, se ele fica com as manifestações culturais mais populares ou escolhe alguma porta para adentrar contextos de vida artística contemporânea e ativa mantidos por vários coletivos inde-pendentes que atuam na região.

Casa das Tulhas

Para quem faz questão de dar um mergulho no passado, o que resta do antigo cotidiano comercial da Praia Grande (como é conhecida grande parte do centro histórico pelos na-

tivos), é a Casa das Tulhas. Trata-se de um mercado que ocupa todo um quarteirão e retém o que sobreviveu do centro de antes da desocupação forçada pelo Projeto Reviver, que removeu pessoas, postes e carros, numa grande intervenção focada em fortalecer o apelo histórico da área – privilegiando as fachadas ao invés do seu conteúdo arquitetônico e hu-mano.

Em meio a várias armadilhas especialmente preparadas para os turistas, ainda se pode encontrar grande parte dos gêneros do antigo comércio de secos e molhados que chegavam pelo antigo porto da cidade e se espalhavam pelo trapiche. Lá também se encontra um dos raríssimos banheiros públicos da cidade.

Clima, praias e maré

É uma cidade com clima estável, com a temperatura oscilando entre o mínimo de 23 e o máximo de 30 graus ao longo do ano. O vento é permanente e pode enganar os mais desavisados que esquecerem de usar protetor solar.

Uma opção barata de lazer pode ser uma passagem pelas praias da orla. Da Ponta D’areia ao Olho D’água, existe uma série de bares e restaurantes prontos para oferecer um cardápio variado o suficiente para quem viajou com seu cartão de crédito intacto.

Outra característica marcante da Ilha são as enormes marés que chegam a ter uma variação de sete metros – uma das maiores do mundo –. Convém tomar muito cuidado com a forte correnteza, um aviso que deve ser reforçado para quem não está habituado ao contato com o mar.

Não custa lembrar que a cidade é grande e provavelmente tem aquelas mesmas paradas características que todas as outras têm. Alguns lugares para quem é mais aventureiro. Por-tanto, saia por aí e divirta-se!

Por Pablo Habibe e Patrick Erick

Muito além das agências de turismo

canal.com # 07 2012.116 ESPECIAL SBPC JOVEM

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Venha se encantar com as piscinas naturais de Morros

O município chama atenção por suas notáveis belezas naturais e o rio Una é uma das principais atrações turísticas. O passeio pode ser feito por meio de barco ou pequenas canoas que levam seus visitantes a conhecer outros balneários como, Una do Mato Grosso, Balneário Una dos Paulinos, Balneário do Bom Gosto, Una Grande, Una das pedras, Una das Mulheres, Una dos Escoteiros, Una dos Moraes e a cachoeira do Arruda, que é considerada o mais bonito de todos balneários.

Lençóis Maranhenses

Quem visitou o estado provavelmente já passou por Barreirinhas para conhecer seus encantos.

Atualmente esse é um dos roteiros mais procurados do Brasil. A chamada Rota das Emoções envolve os municípios de Humberto de Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro e Barreirinhas.

O principal atrativo é o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, também conhecido como deserto brasileiro. A área total compreende 155 mil hectares repleta de dunas com até 40 metros de altura e milhares de lagoas cristalinas de água doce que variam entre os tons verde e azul, formando verdadeiros oásis. A Lagoa Bonita se destaca entre as demais, para conhecê-la é necessário atravessar o rio Preguiças de balsa e seguir de jipe por uma trilha de areia durante duas horas. Chegando lá é preciso subir uma duna de 40 metros de altura para chegar à lagoa.

Os outros atrativos de destaque são: Lagoa Azul; Lagoa Azul-Bonita; Lagoa da Esperança; Lagoa da Gaivota; Queimada dos Britos/Baixa Grande, que tem acesso apenas por caminhada; Atins; Foz do Rio Negro.

De avião: O aeroporto de São Luís dispõe de voos fretados, o que leva em torno de 50 minutos de viagem.

Descobrindo o Maranhão

Por Marcela Caldas

Pela rodovia: Partindo de carro ou ônibus pela BR 135 e MA 402, a viagem dura aproximadamente 4 horas. A rodoviária de São Luís dispõe de linhas para Barreirinhas diariamente.

O Parque Nacional dos Lençóis é um lugar de puro contato com a natureza. Por isso, nem pensar em levar roupas pesadas. Apenas shorts, camisetas, sandália tipo havaiana, capa de chuva, chapéu e trajes de banho. Roupas mais aconchegantes são aconselhadas apenas para a noite. Repelentes, óculos escuros e protetor solar são itens obrigatórios.

Alcântara

A riqueza arquitetônica e os costumes das pessoas que vivem em Alcântara são os atrativos mais comentados daquela região. A cidade é próxima a São Luís e a viagem de barco dura em média, uma hora. Essa proximidade faz com que as pessoas geralmente aproveitem para ir e vir no mesmo dia: chegam de manhã, visitam o Centro Histórico e voltam à tarde.

Alcântara também oferece atrações ecoturísticas como a Trilha de Lama, ou Sirigueijo que é uma aventura na qual o turista faz caminhada nas raízes dos mangues buscando equilíbrio.

Os principais pontos turísticos podem ser visitados a pé durante

tranquilos passeios. No Museu Histórico e Artístico de Alcântara o visitante encontrará informações sobre a história da cidade quando era habitada por barões franceses e portugueses. A praça da matriz, onde estão as ruínas da igreja São Matias, cercada por casarões e árvores centenárias abriga o pelourinho que é o local onde eram exibidos e castigados os escravos. Hoje está enfeitado com armas do império e é um dos locais mais visitados. Nas imediações, o turista poderá conhecer a casa do Divino, onde acontece parte da tradicional festa do Divino Espírito Santo.

Via Barco: Da capital, demora-se aproximadamente uma hora para chegar de São Luís para Alcântara. A passagem custa 14 reais e o barco sai do Portinho localizado na Praia Grande. O mar é revolto e quem não está acostumado pode sofrer enjoos.

O clima na cidade de Alcântara é tropical quente e úmido, com temperatura média anual de 29°C, por isso, nada de roupas muito pesadas. O protetor solar não pode ficar de fora do seu passeio.

Pela Rodovia: Quem sai de carro de São Luis deve seguir pela BR 135 até o Km 47, no município de Bacabeira, pegando a MA 110, que vai a Barreirinhas, passando pela cidade de Rosário e Axixá e, logo ali, bem perto, está Morros. Pode-se chegar também de ônibus, vans, motos e carros de passeios. São 100Km desde a capital.

Durante o dia a temperatura gira em torno de 36°C. Evite roupas jeans ou roupas de manga longa. Durante a noite a temperatura é agradável. Não esqueça de seu protetor solar e seu repelente, se for ficar durante a noite.

Cultura, lazer e belezas naturais em São José de Ribamar

O município de São José de Ribamar fica a 32 quilômetros de São Luís e tem diversos atrativos como praias, comidas deliciosas a base de frutos do mar e histórias. Os festejos em homenagem o santo padroeiro costumam reunir, no mês de setembro, milhares de fiéis de todos os lugares do Brasil. A festa é dividida em duas partes, sendo a primeira de caráter religioso, com missa e procissão, e a segunda, cultural, com manifestações folclóricas do estado.A praça principal, com a igreja matriz, se situa na parte central da cidade é o local onde acontecem as

comemorações do santo padroeiro. Os visitantes encontram imagens gigantes de São José de Ribamar, Nossa Senhora e do menino Jesus. As praias são Caúra, Panaquatira e Boa Viagem, famosas por possuírem belas paisagens naturais e também por serem próprias para banho e a prática de esporte.

Via rodovia: A maneira mais fácil de chegar a São José de Ribamar é pela MA-201, totalmente pavimentada e com acostamento. São 32 Km desde São Luís e o passeio pode ser com carro próprio, van ou ônibus. A linha para o município circula diariamente pela capital.

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ASBPC Jovem é uma forma de instigar o caráter empreendedor e científico dos alunos que participam das várias oficinas, projetos e trabalhos desenvolvidos ao longo da programação do evento.

Muito do empenho desses alunos pode ser visto ao longo das atividades, na mobilização do evento e nas palestras de conscientização, incluindo as oficinas de cunho social/empreendedor.

Alguns desses alunos esbarram em obstáculos que vão além da falta de interesse dos professores em auxiliar um simples trabalho, como é o caso da aluna Dadilze Leitão, do curso de Hotelaria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Segundo a estudante, o que dificulta cada vez mais o fomento à área científica no estado é o pouco incentivo não apenas da instituição, como também das empresas ligadas ao campo de estudo: “Às vezes chegamos nas empresas afim de mostrarmos um projeto já desenvolvido, de qualidade mas alguns diretores sequer nos ouvem direito, outros nem se dão ao trabalho de nos receber, isso é frustrante, nós nos sentimos incapazes,” reclama.

Dadilze é estudante do 4º período e vai ministrar uma oficina na SBPC Jovem intitulada Canto, dança e bumba Maranhão: 400 anos de cultura.

Afinal, quem somos?Por Emerson Machado

Com a palavra, a UFMA

Para o coordenador da SBPC Jovem - o Pró-Reitor de Extensão da UFMA Antônio Luiz Amaral Pereira -, o evento é uma oportunidade desses jovens cientistas apresentarem suas atividades e assim ampliarem seu leque de conhecimento, uma vez que, durante toda a programação a vasta cartela de oficinas oferece a todos a possibilidade de conhecer diferentes trabalhos, e, com isso, adquirirem ainda mais bagagem científica.

Foi erguida uma estrutura especial: “Todo o evento acontece no Colun (Colégio Universitário) nas salas, no auditório. Além disso, duas tendas foram colocadas ao lado do Colégio”.

Foram mobilizadas 100 escolas, do Estado e do Município, fora a rede de universidades privadas. A estudante Talena Warna, do curso de Turismo da UFMA também irá participar com a oficina Como Praticar a Hospitalidade e a Gentileza Nas Escolas. “Desenvolvemos a oficina de uma maneira leve, de fácil

compreensão já que o público que frequenta a SBPC Jovem é formado, em sua maioria, por alunos secundaristas”, afirma a estudante.

Na SBPC Jovem não há premiações, quem apresenta trabalho em cada uma das modalidades recebe apenas certificado de participação. O evento representa uma oportunidade para os jovens tomarem conhecimento do que é uma pesquisa, de como ela pode ser realizada, além de despertar o interesse dos alunos pela sua prática.

A estudante quer mostrar a cultura local de uma forma dinâmica, simples e tentar assim, chamar a atenção para as manifestações que mais têm destaque no folclore do estado.

“A oficina tem 4 horas de duração. Vou mostrar um pouco do que é o bumba-meu-boi, a matraca, o cacuriá, o tambor de crioula e também o reggae, que são aspectos legítimos de nossa cultura, tentar levar para esses jovens uma conscientização maior do que é feito em nossa cidade, e que deve ser preservada. Mas, vamos fazer isso de uma forma mais amigável, sem pressão, até porque o público é mais solto, jovem”, declara Dadilze.

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São Luís à Cell AbertoA Rede Imaginautas, juntamente com estudantes colaboradores, organizou o coletivo criativo “São Luís a Cell Aberto” que faz parte do projeto São Luís Cidades PHANTásticas. A ideia é que toda a produção imagética advenha de câmeras de aparelhos celulares, compondo uma coleção de fotos a ser postada na GALERIA SBPC Jovem 2012. Do olhar criativo sobre os elementos urbanos, cria-se mais uma proposta de ação interativa com a cidade.

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