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C C Â Â NCER OCUPACIONAL NCER OCUPACIONAL

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CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONAL

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CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONALHistHistóóricorico

�� 1775: Percival1775: Percival PottPott relatou altarelatou alta frequfrequêênciancia de cde cââncer de bolsa ncer de bolsa escrotal em limpadores de chaminescrotal em limpadores de chaminéé em Londresem Londres

�� 1965: Cria1965: Criaçãção da IARC/OMS (o da IARC/OMS (International AgencyInternational Agency forfor Research on Research on CancerCancer))

�� 1975:1975: StellmanStellman ee DaumDaum descrevem que cerca de 3000 novas descrevem que cerca de 3000 novas substsubstââncias sncias sãão introduzidas a cada ano na indo introduzidas a cada ano na indúústria, sem stria, sem conhecimento dos trabalhadoresconhecimento dos trabalhadores

�� 1988:1988: RumelRumel relata que o relata que o óóbito por cbito por cââncer de pulmncer de pulmãão entre o entre trabalhadores bratrabalhadores braççais ais éé maior que entre metalmaior que entre metalúúrgicos, rgicos, comercicomerciáários, artistas e cientistasrios, artistas e cientistas

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CÂNCER OCUPACIONALIARC

�� ClassificaClassificaçãçãoo

11 o agente ou mistura o agente ou mistura éé cancercanceríígeno para humanosgeno para humanos2a2a provavelmente cancerprovavelmente canceríígeno para humanosgeno para humanos2b2b possivelmente cancerpossivelmente canceríígeno para humanosgeno para humanos33 nnãão o éé classificado como cancerclassificado como canceríígeno para humanosgeno para humanos44 nnãão o éé cancercanceríígeno para humanosgeno para humanos

�� Existem outras classificaExistem outras classificaçõções : EPA ACGIH NTP GHSes : EPA ACGIH NTP GHS

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�� DefiniDefiniçãçãoo: C: Cââncer que surgiu comoncer que surgiu como consequconsequêênciancia da exposida exposiçãção a o a agentes carcinogagentes carcinogêênicos presentes no ambiente de trabalho, mesmo nicos presentes no ambiente de trabalho, mesmo apapóós a cessas a cessaçãção da exposio da exposiçãçãoo

�� ProblemasProblemas:: multicausalidademulticausalidade;; mutagenicidademutagenicidade; rela; relaçãção doseo dose--efeito efeito (longo per(longo perííodo); exposiodo); exposiçãção ambiental/ocupacionalo ambiental/ocupacional

�� Quais as diferenQuais as diferençças em relaas em relaçãção aos demais casos de co aos demais casos de cââncerncer::–– A exposiA exposiçãção no nãão depende da vontade dos trabalhadoreso depende da vontade dos trabalhadores

–– Possui maior potencial de prevenPossui maior potencial de prevençãçãoo

�� NNãão ho háá distindistinçãção quanto ao aspecto clo quanto ao aspecto clíínico e histnico e históória natural ria natural do cdo cââncer nncer nãão ocupacionalo ocupacional

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CCÂÂNCERNCER

�� Causas atribuCausas atribuííveis para cveis para cââncer:ncer:→→ Dieta (35%)Dieta (35%)→→ Tabagismo (30%)Tabagismo (30%)→→ Comportamento sexual (7%)Comportamento sexual (7%)→→ ÁÁlcool (3%)lcool (3%)→→ RadiaRadiaçãção eletromagno eletromagnéética (3%)tica (3%)→→ PoluiPoluiçãção ambiental (2%)o ambiental (2%)→→ OcupaOcupaçãçãoo (2 a 4%)(2 a 4%)→→ Produtos farmacProdutos farmacêêuticos (1%)uticos (1%)

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• Potencial carcinogênico ocupacional:

Substância, combinação ou mistura de substâncias, que

causam aumento da incidência de neoplasias benignas ou

malignas, ou substancial diminuição do período de latência

entre a exposição e o aparecimento da doença

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�� O cO cââncer provocado por exposincer provocado por exposiçõções ocupacionais geralmente es ocupacionais geralmente

atinge atinge regiregiõões do corpo que estes do corpo que estãão em contato direto com o em contato direto com

as substas substââncias cancerncias canceríígenasgenas, seja durante a fase de , seja durante a fase de

absorabsorçãção (pele, aparelho respirato (pele, aparelho respiratóóriorio) ou de ) ou de excreexcreçãção o

(aparelho urin(aparelho urinááriorio), o que explica a maior), o que explica a maior frequfrequêênciancia de de

ccââncer de pulmncer de pulmãão, de pele e de bexiga nesse tipo de exposio, de pele e de bexiga nesse tipo de exposiçãçãoo

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•• **44--aminodifenilaminodifenil (p(p--xenilaminaxenilamina))•• 22--naftilaminanaftilamina

Compostos Órgão Indústria

Amina aromática* Bexiga Corante

Asbesto Pleura/Pulmão Isolamento

Benzeno Medula óssea Petróleo

Benzidina Bexiga/Pâncreas Fotográfica/Textil

Cloreto de vinila Fígado Plástico

Cromo Mucosa nasal Cromação

Sílica Pulmão Mineração

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CCÂÂNCER NCER Magnitude do problemaMagnitude do problema

�� CCââncer ncer éé a segunda causa de morte no Brasila segunda causa de morte no Brasil

�� Mortalidade por cMortalidade por cââncer vem aumentando, inclusive em menores ncer vem aumentando, inclusive em menores de 50 anosde 50 anos

�� Cerca de 30% das mortes poderiam ser evitadas por meio de Cerca de 30% das mortes poderiam ser evitadas por meio de aaçõções de deteces de detecçãção precoce articuladas o precoce articuladas àà ampliaampliaçãção do acesso ao o do acesso ao tratamento adequado dos casostratamento adequado dos casos

�� Cerca de 30% dos casos poderiam ser evitados por meio de aCerca de 30% dos casos poderiam ser evitados por meio de açõções es de prevende prevençãção primo primáária ria

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CCÂÂNCER NCER Magnitude do problemaMagnitude do problema

�� INCA INCA ––MS : estimativas para o biMS : estimativas para o biêênio 2016 nio 2016 --2017.2017.

–– 600.000 casos novos de c600.000 casos novos de cââncer, incluindo os casos de pele nncer, incluindo os casos de pele nããoomelanomamelanoma

–– excluindo os casos de cexcluindo os casos de cââncer de pele nncer de pele nããoo melanomamelanoma, estima, estima--se um se um total de 420 mil casos novostotal de 420 mil casos novos

�� Os tipos mais incidentes serOs tipos mais incidentes serãão os co os câânceres de pele nnceres de pele nããoo melanomamelanoma;;�� A seguir:A seguir:-- Homens: prHomens: próóstata (28,6%), pulmstata (28,6%), pulmãão (8,1%), intestino (7,8%) o (8,1%), intestino (7,8%)

estestôômago (6%) e cavidade oral (5,2%);mago (6%) e cavidade oral (5,2%);-- Mulheres: mama (28,1%), intestino (8,6%), colo de Mulheres: mama (28,1%), intestino (8,6%), colo de úútero (7,9%), tero (7,9%),

pulmpulmãão (5,3%) e esto (5,3%) e estôômago (3,7%). mago (3,7%).

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CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONALMagnitude do problemaMagnitude do problema

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CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONALMagnitude do problemaMagnitude do problema

�� USA (2012) : estimaUSA (2012) : estima--se que entre 45.872 and 91.745 novos se que entre 45.872 and 91.745 novos casos de ccasos de cââncer foram causados por exposincer foram causados por exposiçõções passadas no es passadas no ambiente de trabalho. ambiente de trabalho.

�� EUROGRIP (2010) EUROGRIP (2010) –– aumento do naumento do núúmero de casos de cmero de casos de cââncer ncer ocupacional em todos os paocupacional em todos os paííses entre 2006 e 2008ses entre 2006 e 2008–– FranFrançça 10,44 casos por 100 mil trabalhadores seguradosa 10,44 casos por 100 mil trabalhadores segurados–– BBéélgica 9,86 casoslgica 9,86 casos–– Alemanha 6,57 casosAlemanha 6,57 casos–– FinlFinlâândia 6,53 casosndia 6,53 casos–– Brasil 1,53 casosBrasil 1,53 casos

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CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONALMagnitude do problemaMagnitude do problema

�� NotificaNotificaçãção do co do cââncer ocupacional no Brasilncer ocupacional no Brasil–– Ficha do SINAN (MinistFicha do SINAN (Ministéério da Sario da Saúúde)de)–– PerPerííodo de 2007 a 2012odo de 2007 a 2012

�� 245 casos245 casos�� 70% sexo masculino70% sexo masculino�� Tipos: fTipos: fíígado 7%; mama 5% pele ngado 7%; mama 5% pele nããoo melanomamelanoma 4%; 4%; linfoma nlinfoma nããoo HodgkinHodgkin 3,2%; pr3,2%; próóstata 3,1%;stata 3,1%; mesoteliomamesotelioma3%; enc3%; encééfalo 2,79%; leucemia e bexiga 2% brfalo 2,79%; leucemia e bexiga 2% brôônquio e nquio e pulmpulmãão 1,4%o 1,4%

�� ExposiExposiçãção: sol 50%; asbesto 10%; benzeno 10%; outros o: sol 50%; asbesto 10%; benzeno 10%; outros 14%; hidrocarbonetos 8%; radia14%; hidrocarbonetos 8%; radiaçãçãoo ionizanteionizante 3%; s3%; síílica 2%lica 2%

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CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONALMagnitude do problemaMagnitude do problema

�� AvaliaAvaliaçãção pericial (INSS) o pericial (INSS) –– 20112011–– 75995 casos75995 casos

–– 1,7% de origem ocupacional (1292 casos)1,7% de origem ocupacional (1292 casos)

–– 10% dos10% dos mesoteliomasmesoteliomas ssãão reconhecidos como de origem o reconhecidos como de origem ocupacional !!!ocupacional !!!

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CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONALDiagnDiagnóósticostico

11-- histhistóória ocupacionalria ocupacional

22-- levantamentos ambientais realizadoslevantamentos ambientais realizados

33-- existexistêência de outros trabalhadores/pacientes que tiveram ou ncia de outros trabalhadores/pacientes que tiveram ou ttêêm cm cââncerncer

44-- tempo de lattempo de latêência, geralmente longo (*)ncia, geralmente longo (*)

55-- outros fatores associados como tabagismooutros fatores associados como tabagismo

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CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONALDiagnDiagnóósticostico

�� * Tempo de lat* Tempo de latêênciancia–– AgenteAgente–– Tempo de exposiTempo de exposiçãçãoo–– TrabalhadorTrabalhador

�� Tumores sTumores sóólidos lidos –– 20 a 50 anos20 a 50 anos�� Neoplasias hematolNeoplasias hematolóógicas gicas –– 4 a 5 anos4 a 5 anos

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CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONALLegislaLegislaçãçãoo

�� NNãão existem limites seguros para substo existem limites seguros para substââncias cancerncias canceríígenas genas COM POTENCIAL MUTAGCOM POTENCIAL MUTAGÊÊNICONICO

�� NR 15 determina limites de exposiNR 15 determina limites de exposiçãção para substo para substââncias como ncias como ssíílica, asbesto, radialica, asbesto, radiaçãçãoo ionizanteionizante, benzeno (todas IARC 1), , benzeno (todas IARC 1), entre outras, num total de 14!entre outras, num total de 14!

�� HHáá substsubstââncias e processos, onde nncias e processos, onde nãão o éé permitida nenhuma permitida nenhuma exposiexposiçãção ou contato:o ou contato:–– 44--aminodifenilaminodifenil (p(p--xenilaminaxenilamina) ) = ind= indúústria tstria têêxtil /fotogrxtil /fotográáficafica–– 44--nitrodifenilnitrodifenil = ind= indúústria de borrachastria de borracha–– 22--naftilaminanaftilamina = ind= indúústria corantesstria corantes–– produproduçãção deo de benzidinabenzidina * (* (luminolluminol))

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CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONALLegislaLegislaçãçãoo

�� A legislaA legislaçãção brasileira, particularmente a Portaria do MS/GM o brasileira, particularmente a Portaria do MS/GM nnºº 1.339, de 1999, reconhece 11 tipos de c1.339, de 1999, reconhece 11 tipos de cââncer como ncer como decorrentes da exposidecorrentes da exposiçãção ocupacional (Ministo ocupacional (Ministéério da Sario da Saúúde, de, 1999).1999).

�� O antigo MinistO antigo Ministéério da Previdrio da Previdêência e Assistncia e Assistêência Social ncia Social (MPAS), por meio do Decreto n(MPAS), por meio do Decreto nºº 3.048, de 6 de maio de 1999, 3.048, de 6 de maio de 1999, adotou a mesma relaadotou a mesma relaçãção de doeno de doençças elaboradas pelo as elaboradas pelo MinistMinistéério da Sario da Saúúde. de.

�� Dessa forma, Dessa forma, esses tipos de cesses tipos de cââncer passaram a ser ncer passaram a ser reconhecidos no reconhecidos no ââmbito do SUS e da Permbito do SUS e da Períícia Mcia Méédica do dica do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

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LISTA DE NEOPLASIAS (TUMORES) RELACIONADAS AO TRABALHO, DE ACORDO COM A PORTARIA/MS N.º1.339/1999

•Neoplasia maligna do estômago (C16.-)• Angiossarcoma do fígado (C22.3)• Neoplasia maligna do pâncreas (C25.-)• Neoplasia maligna da cavidade nasal e dos seios paranasais (C30- e C31.-)• Neoplasia maligna da laringe (C32.-)• Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão (C34.-)• Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens articulares dos membros (inclui Sarcoma Ósseo) (C40.-)•Outras neoplasias malignas da pele (C44.-)• Mesoteliomas (C45.-): da pleura (C45.0), do peritônio (C45.1) e do pericárdio (C45.2)• Neoplasia maligna da bexiga (C67.-)• Leucemias (C91- e C95.-)

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NEOPLASIA MALIGNA DO ESTÔMAGO

• Exposição ocupacional ao asbesto ou amianto: incidência 30 a 100% mais elevada que em grupos ocupacionais semelhantes, porém sem exposição ocupacional ao asbesto.

• Em trabalhadores em minas de carvão, refinarias de petróleo e na indústria da borracha: observações epidemiológicas ainda não-conclusivas de maior incidência de câncer de estômago, sem que se conheça o fator etiológico envolvido.

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ANGIOSSARCOMA DO FÍGADO

• Arsênico, esteróides anabólicos, dióxido de tório (Thorotrast) e ao monômero cloreto de vinila.

NEOPLASIA MALIGNA DOS OSSOS E CARTILAGENS ARTICULARES DOS MEMBROS (Inclui Sarcoma Ósseo)

• radiação ionizante;

(trabalhadoras de fábricas e oficinas de relógios e instrumentos similares, com algarismos, sinais, ponteiros e mostradores luminosos ou luminescentes tinta: radium sobre sulfeto de zinco; as trabalhadoras molhavam e ajustavam os pequenos pincéis na boca radionecrose da mandíbula, anemia aplástica e osteossarcoma.)

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NEOPLASIA MALIGNA DA CAVIDADE NASAL E DOS SEIOS PARANASAIS

• Álcool; tabagismo; deficiente higiene oral

• radiações ionizantes;• cromo e seus compostos (provavelmente sais de cromo

hexavalente);• processo de refino do níquel;• produção de álcool isopropílico;• poeiras de madeira e outras poeiras orgânicas da indústria do

mobiliário (produção de adeno-carcinomas);• poeiras da indústria do couro;• poeiras orgânicas (na indústria têxtil e em padarias).

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NEOPLASIA MALIGNA DO PÂNCREAS

• Fatores de risco: tabagismo (50%); etilismo; pancreatite; regimes alimentares contendo altos teores de gordura animal (carnes); café e hipovitaminose A.

• Cerca de 24 produtos ou substâncias químicas, utilizados ou produzidos em ambientes de trabalho; 14 ramos de atividades ou profissões.

• Trabalhadores da indústria química, expostos ao DDT (dicloro-difenil-tricloroetano) (RR = 5);

• Trabalhadores da indústria mecânico-metalúrgica e indústriaautomobilística, expostos a óleos minerais (óleos solúveis);• Radiações ionizantes: radiologistas.

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NEOPLASIA MALIGNA DOS BR ÔNQUIOS E DO PULM ÃO

• Tabagismo: 80 a 90% dos casos; fumantes: RR = 10 vezes; grandes fumantes: RR = 15 a 25 vezes.

(carcinógenos produzidos na combustão do tabaco: nitrosamina tabaco-específica e os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos).

• Poluição industrial, residência em áreas densamente urbanizadas e exposição não-ocupacional a radiaçõesionizantes.

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NEOPLASIA MALIGNA DOS BR ÔNQUIOS E DO PULM ÃO

• arsênio e seus compostos arsenicais; asbesto ou amianto

• berílio; cádmio ou seus compostos; cromo e seus compostos tóxicos; cloreto de vinila; clorometil éteres; sílica livre;

• alcatrão, breu, betume, hulha mineral, parafina e produtos de resíduos dessas substâncias;

• radiações ionizantes;• emissões de fornos de coque (hidrocarbonetos policíclicos

aromáticos);• níquel e seus compostos; acrilonitrila; formaldeído.

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OUTRAS NEOPLASIAS MALIGNAS DA PELE

• arsênio e seus compostos arsenicais;• alcatrão, breu, betume, hulha mineral, parafina, creosoto,

piche, xisto betuminoso e produtos de resíduos dessas substâncias;

• radiações ionizantes;• radiações ultravioleta;• óleos minerais lubrificantes e de corte naftêmicos ou

parafínicos

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NEOPLASIA MALIGNA DA BEXIGA

• TABAGISMO

• aminas aromáticas e seus derivados (beta-naftilamina, 2-cloroanilina, benzidina, o-toluidina, 4-cloro orto-toluidina);

• alcatrão, breu, betume, hulha mineral, parafina, creosoto, piche, xisto betuminoso e produtos de resíduos dessas substâncias;

• emissões de fornos de coque;• óleos minerais lubrificantes e de corte naftêmicos ou

parafínicos

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LEUCEMIAS

• BENZENO: leucemia mieloblástica aguda (LMA); leucemia mieloblástica

crônica (LMC); leucemia linfoblástica crônica (LLC); leucemia linfoblástica aguda (LLA).

• radiações ionizantes; • óxido de etileno; • agentes antineoplásicos;• campos eletromagnéticos (?)• agrotóxicos clorados (clordane e heptachlor)

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CCÂÂNCER OCUPACIONALNCER OCUPACIONALModelo de prevenModelo de prevençãçãoo

�� Proposto porProposto por LeavellLeavell e Clark em 1976e Clark em 1976

–– 3 n3 nííveis: primveis: primááriariasecundsecundááriariaterciterciááriaria

Primaria: promoPrimaria: promoçãção de sao de saúúde / protede / proteçãção especificao especifica

SecundSecundáária: diagnria: diagnóóstico precoce e tratamento imediatostico precoce e tratamento imediato

TerciTerciáária: reabilitaria: reabilitaçãção / controle de danoso / controle de danos

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ReferReferêênciasncias

�� SeminSemináário de Vigilrio de Vigilâância do Cncia do Cââncer Ocupacional e Ambiental ncer Ocupacional e Ambiental –– GulnarGulnarAzevedo de MendonAzevedo de Mendonçça, 2005a, 2005

�� SeminSemináário Internacional de Vigilrio Internacional de Vigilâância de Cncia de Cââncer Ambiental e Ocupacional ncer Ambiental e Ocupacional –– GEPEC/UERJ, FGEPEC/UERJ, Fáátima Ribeiro, 2013tima Ribeiro, 2013

�� SiteSite do INCA (MS): do INCA (MS): www.inca.www.inca.govgov..brbr ::�� INCA (MS): IncidINCA (MS): Incidêência de cncia de cââncer no Brasil ncer no Brasil

httphttp://www.inca.://www.inca.govgov..brbr/estimativa/2016//estimativa/2016/estimativaestimativa--20162016--v11.v11.pdf pdf �� httphttp://://bvsmsbvsms..saudesaude..govgov..brbr//bvsbvs//publicacoespublicacoes/inca/diretrizes_/inca/diretrizes_vigilanciavigilancia__cancan

cercer_trabalho._trabalho.pdfpdf. Acessado em 22.jul.2015. Acessado em 22.jul.2015�� httphttp://www.://www.anamtanamt..orgorg..brbr//sitesite//uploadupload_arquivos/revista_brasileira_de_med_arquivos/revista_brasileira_de_med

icina_do_trabalho_volume_12_n%C2%BA_1_2532014153029533424.icina_do_trabalho_volume_12_n%C2%BA_1_2532014153029533424.pdfpdf. Acessado em 22.out.2015. Acessado em 22.out.2015

�� httphttp://www.://www.fundacentrofundacentro..govgov..brbr/biblioteca/biblioteca/biblioteca/biblioteca--digital/digital/publicacaopublicacao/detalhe/2013/2/efeitos/detalhe/2013/2/efeitos--dada--exposicaoexposicao--aoao--benzenobenzeno--parapara--aa--saudesaude--serieserie--benzenobenzeno--fasciculofasciculo--11. Acessado em 22.out.2015. Acessado em 22.out.2015