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Capinha Socia . Boletim Informativo em Formato Digital . Distribuição Gratuíta | Ano I - nº 2 . Jul / Ago / Set 2012 Boletim Informativo do Centro Social Paroquial da Vila Nova de Caparica capinha s cial Entrevista ao Diácono Fernando Garcia Santos Populares - Peddy Paper e Almoço Convívio Projecto Solidaried-Arte Festa de Encerramento das Atividades Letivas

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Boletim Informativo do Centro Social Paroquial da Vila Nova de CaparicaBoletim Informativo do Centro Social Paroquial da Vila Nova de CaparicaBoletim Informativo do Centro Social Paroquial da Vila Nova de CaparicaBoletim Informativo do Centro Social Paroquial da Vila Nova de Caparica

capinha s cial

Entrevista ao Diácono Fernando Garcia

Santos Populares - Peddy Paper e Almoço Convívio

Projecto Solidaried-Arte

Festa de Encerramento das Atividades Letivas

04 Entrevista Diácono Fernando Garcia

10 Santos Populares Peddy Paper Almoço Convívio

2 | Capinha Social nº 2 | Julho 2012

Sumário Ficha Técnica

03 Mensagem do nosso Pároco

07 Voluntariado Venha ajudar com a sua experiência e disponibilidade Protocolo Cooperação com a Santa Casa da Misericórdia de Almada

08 Festa de encerramento das atividades letivas Dia Internacional do Amigo

09 Projecto Solidaried-Arte Uma iniciativa do Clube Peões da Caparica com o apoio da Câmara Municipal de Almada

12 Capinha Creche Promover a Literacia Os afetos na Creche Expressão Plástica A interação entre pares no mundo dos mais pequenos Rotinas diárias

19 Agenda Jul / Set

20 Divulgação O CSPVNC na Internet

Campanha - A Creche precisa de Catres

CAPinhA SoCiAl

nº 2 | 3º Trimestre de 2012Julho > Setembro

Propriedade e EdiçãoCentro Social Paroquial daVila Nova de Caparica

CoordenaçãoRicardo Baía Pinto

RedaçãoAntónio Dias

Colaboradores Elisabete Sabido,Carla Coelho, Cláudia Sargento, Cláudia Silva, Cláudia Simões, Inês Martins

FotografiasAntónio Dias, Carla Coelho,Cláudia Sargento, Cláudia Silva, Cláudia Simões, Inês Martins,José Borges, Ricardo Baía Pinto e Gianni FotoReporter

Design Gráfico e PaginaçãoAna Gomes e José Borges

RevisãoZulmira Claro

ContACtoS

www.cspvnc.orgwww.facebook.com/[email protected] tel. 212 951 502 |fax. 212 951 599

Rua João da Silva Marques, nº 7Vila Nova de Caparica2825-049 Caparica

Os textos e fotogarfias apresentados nesta edição são propriedade do CSPVNC, pelo que não poderão ser reproduzidos sem a autorização expressa do mesmo.

Editorial

Mensagem do Nosso Pároco

Centro Social Paroquial Vila Nova de Caparica | 3

O “Capinha Social” é fruto do entusiasmo de vários jovens de Vila Nova de Caparica, cheios de ideias modernas, imagina-ção fecunda, talento artístico e com um coração generoso, pronto a servir. Começou com notícias mais ligadas à Creche do Centro Social Paroquial da Sagrada Família, mas os mais atentos logo descobriram o interesse de abrir os braços a toda a Comunidade de Vila Nova. Por isso, vieram ter comigo, pároco, para escrever algumas palavras de introdução.

A primeira, é claro, vai ser dirigida a eles. Muito obrigado pela atenção dedicada e muitos parabéns pela iniciativa; ide para a frente, aproveitai todo esse manancial de talento que Deus vos deu, não desanimeis nunca e continuai com força, decisão e perseverança. Dos velhos aos novos, todos vos ficaremos agradecidos.

A segunda servirá para recordar algumas declarações da Igreja. Já em 1964, o Concílio Vaticano II afirmava reconhecer que os Meios de Comunicação Social, retamente utilizados, pres-tam ajuda valiosa a todo o género humano. João Paulo II, em 1990, chegou a chamar ao Mundo das Comunicações o primeiro areópago dos tempos modernos que está a transformar a humanidade numa “aldeia global”. No ano passado, o Papa Bento XVI dizia que existe um estilo cristão de presença no mundo digital: traduz-se numa forma de comunicação honesta e aberta, responsável e respeitadora do outro… Ela deve ser coerente com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele. Há questão de um mês os Bispos espanhóis e portugueses, reunidos em Fátima, no meio de algumas conclusões, partilharam:

”… toda a ação pastoral da Igreja tem de ser mais comunicativa… animamos os pais e educadores a continuarem a formar os mais jovens no uso adequado e responsável dos meios de comunicação…”

A terceira e última palavra será para desejar a todos umas Férias saudáveis e felizes. E a responsabilidade de cada um é grande, pois muitos não as podem ter! Portanto, aproveitai-as bem para descansar, não no sentido de preguiçar, mas de terem ocupações ou preocupações diferentes daquelas que encheram o vosso ano letivo ou profissional.Por exemplo, exercícios físicos programados, ginástica, desportos ao ar livre. Passeios a pé todas as manhãs. Banhos de mar para poderem nadar o mais possível. Conhecer novas terras, aumentar a cultura em visitas… Boas leituras: romances e não só. Todos os dias dar alguns minutos à Bíblia. Rezar a palavra. Meditar, contemplar… Tempos para ficar sozinho, isolar-se, pensar na vida, olhar para o Céu… Fazer projetos para o ano que vem. Escrevê-los num papel e guardá-los. Se tenho possibilidades, fazer um retiro de fim-de-semana… Se acabei o meu curso e me sinto vocacionado, oferecer-me como voluntário para um ou dois anos nas Missões…

Alternativas não faltam! Que o Senhor desça sobre todos e cada um de nós e nos dê a sua bênção!

Um abraço do Pe. José Afonso

Entrevista

Diácono Fernando Garcia, em entrevista ao Capinha Social

Capinha Social (CS): Como e quando surgiu o Centro Social Pa-roquial de Vila nova de Caparica?Diácono Fernando Garcia (DFG): O Sr. Padre Sequeira (1922-2002), pároco na altura da grande paróquia da Charneca de Caparica, foi uma pessoa com uma grande visão do que seria o futuro e por isso, embora a Sobreda, Vale Figueira e Vila Nova de Caparica fossem da Paróquia da Charneca de Caparica, criou para cada uma destas localidades a Fábri-ca da Igreja e, também, os estatutos para os Centros Sociais. Assim, em 1992 passaram a existir os estatutos do Centro Social Paroquial de Vila Nova de Caparica aprovados pelo senhor Bispo da diocese de Setúbal e esta entidade foi registada nas Finanças e na Segurança Social. A Câmara Municipal de Almada (CMA), em 1997 cedeu-nos duas loji-nhas, na Rua João Gonçalves Zarco, que eram o nosso local de reunião, suporte para o Apoio Fraterno, e até

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O Diácono Fernando Garcia, Vice-Presidente do Centro Social Paroquial de Vila Nova de Caparica, deu uma entrevista ao Capinha

Social que permite fazer o raio-X da Instituição.

Nesta entrevista ficamos a conhecer a história desta IPSS, mas também a sua relevância para uma larga

Comunidade, que se estende até à Costa de

Caparica e à Fonte da Telha.

para a catequese e um terreno de 4450 metros quadrados para a futura Igreja e Centro Social. Depois do Apoio Fraterno a primeira Resposta Social que sentimos ser necessária em Vila Nova de Caparica foi o Servi-ço de Apoio Domiciliário (SAD). Nes-sa altura, em 2003, entrou em funcio-namento a nova Escola Primária e por isso pedimos à Presidente da CMA D. Maria Emília Neto de Sousa que nos cedesse para esse serviço o pavilhão pré-construído da velha escola. Mas, a Presidente não o cedeu, indicando que o espaço não tinha condições mas prometeu arranjar um espaço digno para o efeito. Posteriormente ofereceu-nos com esse propósito ou-tras instalações, onde também tinha funcionado a Escola, na Rua João Fernandes Lavrador. Todavia, como a Creche Popular do Monte foi para obras, essas instalações foram ainda usadas, temporariamente, pelas crianças dessa creche. Foi depois foi necessário fazer obras de adaptação,

Centro Social Paroquial da Vila Nova de Caparica | 5

Entrevista

que decorreram já sobre uma pro-posta técnica do Arq. Rui Calmeiro. Ainda sem instalações próprias, o Centro Social Paroquial de Vila Nova de Caparica (CSPVNC) arranca em janeiro de 2004, com uma técnica de serviço social a meio tempo, quatro funcionárias e duas carrinhas que ad-quirimos na ocasião. Foi estabelecido acordo com o Lar da Charneca (Lar Padre Roberto Sequeira do CSP da Imaculada Conceição), enquanto não houvesse condições aqui as nossas funcionárias dariam apoio no Lar. O Lar fornecia as refeições e cuidava das roupas dos nossos utentes. De-pois das obras, em 2004, o CSPVNC finalmente ficou com condições para ser autónomo em todos os aspetos do SAD.

CS: Qual é atualmente o número de utentes de cada uma das va-lências do Centro Social?DFG: O SAD tem 31 utentes, sendo que temos apenas acordo com a Segurança Social para 27. Como o nosso SAD dá resposta 7 dias por semana a Segurança Social fez solicitação específica à nossa IPSS para acompanhamento de utentes

da Costa da Caparica, o que provoca um elevado desgaste, e por isso nas atuais circunstâncias não existem condições para aceitar mais utentes, a menos que seja alargado signifi-cativamente o acordo existente com a Segurança Social, por forma a ser aumentada a equipa.A Creche tem cerca de 64 crianças, havendo acordo com a Segurança Social para 66 utentes. No serviço de Creche existe uma grande procura sobretudo para berçário.

CS: Quais são as principais ida-des dos utentes da instituição?DFG: A Creche tem utentes entre os 4 meses e os 3 anos, inclusive. No SAD temos maior incidência de utentes do sexo feminino, com idade igual ou superior a 80 anos. No en-tanto, neste serviço existem também utentes mais novos com limitações físicas, por motivo de doença ou deficiência.

CS: Quais são as principais necessidades dos utentes que procuram a instituição?FG: As pessoas da comunida-de procuram-nos por vastíssimas

razões: informações SAD e Creche, RSI, Ação Social, encaminhamentos para outros serviços, desconheci-mento de recursos na zona, carência económica, má gestão de dinheiros e património, para pedidos de apoios financeiros e de dádivas de géneros alimentares, desemprego, dívidas e outros.

CS: os utentes da instituição são principalmente de que locali-dades?DFG: A creche aceita utentes cujos pais residam ou trabalhem na área de abrangência correspondente às loca-lidades de Areeiro, Pilotos, Lazarim, Vila Nova de Caparica, Funchalinho e Capuchos, freguesias da Sobreda e da Charneca de Caparica, podendo estes limites ser ajustados em casos excecionais.Os utentes do SAD são residentes na área geográfica das localidades de Vila Nova de Caparica, Funchali-nho, Capuchos, parte do Areeiro de Caparica e parte do Lazarim, e por solicitação da Segurança Social da área geográfica das localidades de Santo António da Caparica, Costa da Caparica, Terras da Costa e Fonte da

Entrevista

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Telha.

CS: A instituição possui trans-porte especificamente adaptado para as crianças e idosos?DFG: Temos transporte adequado para pessoas com mobilidade reduzi-da, mas para crianças não.

CS: Quantos funcionários exis-tem na instituição? É um número suficiente para as necessidades da instituição? DFG: Atualmente, a equipa do Centro Social é de 29 funcionários. Caso tivéssemos condições para alargar a equipa poderíamos dar maior respos-ta sobretudo nas diversas solicita-ções de SAD.

CS: Quais são as principais inicia-tivas realizadas com os idosos? E com as crianças?DFG: Os idosos têm um encontro à Quarta-feira. Eles estão sempre dese-josos que cheguem as quartas-feiras. Fazem o lanche, rezam o terço, convivem. Já pensamos alargar esta atividade para mais dias na semana.

Mas na realidade isso tem custos e é necessário mobilizar pessoas para os irem buscar e levar a casa. As crianças têm atividades próprias que as educadoras programam. As crianças da Creche não têm idades para atividades no exterior.

CS: Existem iniciativas e proje-tos em parcerias com as outras iPSS’s do Concelho?DFG: Existe intercâmbios em algu-mas atividades em termos de forma-ção dos quadros técnicos e funcioná-rios, com outras Instituições e com o CLASA. Por vezes, os nossos idosos são por nós transportados para par-ticiparem em atividades organizadas por outras Instituições desta zona, como por exemplo festas e bailes. Estamos neste momento a estabe-lecer um protocolo de cooperação com a Santa Casa da Misericórdia de Almada (SCMA) no âmbito do ensino pré-escolar. No âmbito desta cooperação as crianças quando terminam a creche no CSPVNC terão prioridade no acesso a equipamen-tos, próximos, do ensino pré-escolar

do SCMA.

CS: Quais são as principais ne-cessidades/problemas da institu-ição?DFG: A construção da Creche da Sagrada Família, terminada em 2011, para além de todos os apoios financeiros oficiais e privados exi-giu, para ser levada a bom termo, a contratação de um empréstimo bancário que é atualmente de 550 mil euros. Os encargos com esta dívida são exigentes e pesam fortemente na gestão desta IPSS. Assim, o principal problema desta Instituição é a procu-ra do equilíbrio financeiro. Em 2011, esse equilíbrio só foi atingido, como pode ser visto pelas Contas afixadas na Instituição, graças à generosida-de da Comunidade. Continuamos a fazer o nosso melhor, para oferecer um serviço de qualidade a todos os nossos utentes e para continuar a merecer a melhor atenção de todos os membros da Comunidade. •

Centro Social Paroquial da Vila Nova de Caparica | 7

Notícias

Protocolo entre o CSPVNC e a Santa Casa da Misericórdia de Almada

O CSPVNC celebrou recentemente um protocolo de cooperação com a Santa Casa da Misericórdia de Almada (SCMA) na área da infância, que assenta numa parceria entre as duas instituições no âmbito do ensino pré-escolar.

As crianças que frequentam o último ano da creche do CSPVNC são enca-minhadas para os equipamentos da SCMA, nomeadamente, Centro Social da Trafaria, Complexo a Casinha e Centro Comunitário PIA I.

A SCMA dá prioridade na integração das crianças encaminhadas pelo CS-PVNC nos equipamentos de pré-es-colar, de acordo com o regulamento interno daquela resposta social. •

O CSPVNC tem projetos para desenvolver com os jovens em idade escolar e com os idosos.

Para partilhar a execução desses projetos, procuramos voluntários com disponibilidade regular, garra e muita vontade em participar num projeto social no contexto paroquial.

As inscrições de voluntários estão abertas no CSPVNC ou através do e-mail [email protected].

Voluntariado no CSPVNCVenha ajudar com a sua experiência e disponibilidade

Notícias

Festa de encerramento das atividades letivas

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A Equipa Pedagógica da Creche marcou a Festa de encerramento das atividades letivas para a data em que se celebra o Dia internacional do Amigo – 20 de julho, para lhe dar um sentido especial. As atividades desenvolvidas ao longo do ano em cada sala da Creche, além de muitos outros aspetos, foram também motivo para a criação e desenvolvi-mento de muitos laços de amizade e confiança entre os nossos meninos, como podemos observar.

A Festa durou o dia todo para os nos-sos pequenos. Os nossos finalistas, durante a manhã, foram de excursão visitar o Diácono Fernando Garcia à Igreja da Sagrada Família. As crian-ças tiveram um dia recheado de boa disposição, com atividades variadas e “ateliers”, que terminaram com um

lanche partilhado com os familiares.

As famílias estiveram presentes em grande número e tornaram esta festa muito agradável; um convívio encan-tador com trocas de experiências mútuas, entre si e com os membros da equipa da Creche.

A festa foi também o momento do adeus dos amiguinhos, quer porque vão entrar em férias ou porque se encontram a terminar esta etapa das suas vidas e prontos para partirem para outras viagens … o pré-escolar!

A todos desejamos que levem as melhores recordações deste ano de partilha e que as mesmas perdurem.

Boas Férias!! •

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Notícias

Projecto Solidaried-Arteuma iniciativa do Clube Peões da Caparica com o apoio da Câmara Municipal de Almada

O jovem artista Ivan Nascimento, nascido e criado em Vila Nova de Caparica e atual Vice-Presidente do Clube Peões da Caparica (CPC), promoveu, no âmbito da Quinzena da Juventude de Almada em março de 2012, o Projecto Solidaried-Arte.

Neste projeto um conjunto de jovens pintores e fotógrafos da Grande Lisboa, que haviam concorrido a Concursos promovidos pela Secção de Aventura e Cultura do CPC ofere-ceram parcialmente ou totalmente as suas obras para um leilão, em favor do Centro Social Paroquial Vila Nova de Caparica (CSPVNC).

As obras a leilão estiveram expostas, com o apoio da Câmara Municipal de Almada (CMA), na Oficina da Cultura entre 17 e 31 de Março. Na inaugura-

ção desta exposição solidária esteve presente o Vereador António Matos e diversos diretores e membros da Divisão de Educação e Juventude da CMA, e muitos dos autores das obras expostas e amigos.

Infelizmente, considerando o momen-to de crise, apenas 15 das 73 peças expostas foram licitadas.

Esta esforçada iniciativa solidária trouxe de resultados em favor do CSPVNC o valor de trezentos e três euros e vinte cinco cêntimos, que vão ser utilizados para aquisição de algum mobiliário para o refeitório da Creche da Sagrada Família.

Bem-haja a toda a Organização deste evento e aos Artistas pelo seu altruísmo. •

Notícias

A equipa da Creche da Sagrada Fa-mília preparou uma atividade de final de ano, o Peddy Paper dos Santos Populares, que com grande engenho permitiu a criação de grande diverti-mento para todos os participantes, e até para as pessoas da Comunidade que se viram surpreendidas pela iniciativa nas ruas de Vila Nova de Caparica.

Nesta iniciativa, que aconteceu no dia 23 junho, pretendeu-se promover momentos de confraternização entre pais e filhos, através de um conjunto

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de jogos apelativos, especialmente aos mais jovens, sobre os Santos Populares: salto à fogueira de Sto. António; procura das chaves de S. Pedro; marchas de S. João; pesca da sardinha; quadras populares e pintura de um manjerico. O Peddy Paper consistiu num circuito de sete estações, em pontos emblemáticos da localidade: Creche, Igreja, jardim junto à Escola, outras instalações do Centro Social, Ringue Polidesportivo e novamente Creche.

Dirigido às crianças da nossa Creche e familiares/amigos, e também aberto a toda a Comunidade, a iniciativa acabou por ter cerca de 30 partici-pantes, apoiados por 15 colabora-dores – toda a equipa da Creche e a Diretora de Serviços.

A atividade que iniciou pelas 10h15 teve o seu encerramento cerca das 12h30. Para todos aqueles que o pretenderam, o ambiente de camara-dagem criado durante esta divertida manhã, continuou depois no almoço dos Santos Populares. •

Peddy Paper dos Santos Populares

Almoço dos Santos Populares

Centro Social Paroquial da Vila Nova de Caparica | 11

Notícias

Decorreu no dia 23 de junho, na Creche da Sagrada Família, o almoço dos Santos Populares, mais uma iniciativa de angariação de fundos destinados a suportar os encargos financeiros com o empréstimo bancá-rio da construção do edifício.

A sala de almoço, improvisada no parque exterior do edifício da Creche a que se adicionou uma aprazível sombra, estava cheia de convidados que, desta maneira quiseram contri-buir com a sua presença para o bom êxito desta iniciativa. Desde manhã, enquanto decorria o Peddy Paper, que se começou a juntar um grupo

alargado de convivas, e foi sendo criado um clima de camaradagem e de comunidade entre todos.

A Direção do Centro Social Paroquial de Vila Nova de Caparica, muito reconhecida pelo apoio prestado por todos, agradece publicamente a todos os amigos que, mais uma vez estiveram disponíveis, numa grande manifestação de solidariedade, con-fiança e expressa a sua alegria por poder contar com eles em todas as circunstâncias em que o seu apoio se venha a tornar necessário.

A Direção do Centro Social agradece também, muito penhoradamente, a todos aqueles que, com o seu gene-roso patrocínio, ajudaram a viabilizar este almoço de solidariedade – no-meadamente ao Restaurante Simão (vinho e sardinhas).

E, muito em especial, a Direção do Centro Social agradece ainda a disponibilidade da equipa da Creche que, com a sua boa vontade, empe-nho e profissionalismo contribuíram para que este almoço fosse um êxito.

A todos, bem hajam! •

Promover a Literacia na CrecheCláudia Silva | Educadora de Infância (Sala D)

Creche da Sagrada Família

Os livros e a leitura desempenham um papel de relevo no desenvol-vimento do ser humano. Os livros ajudam-nos a pensar, a refletir, a imaginar, a sonhar, transportando--nos para mundos fantásticos onde a magia acontece. Com eles fazemos inúmeras aprendizagens, conhece-mos povos, culturas e descobrimos mais acerca de nós próprios.

Pode-se afirmar que os livros são essenciais na vida das crianças e que é fulcral que desde cedo tenham oportunidades de contato com estes amigos que as ajudarão no seu desenvolvimento e lhes proporcio-narão inúmeras aprendizagens. A leitura ensina a comunicação básica, introduz números, letras, cores e for-mas, ajuda a construir vocabulário, a desenvolver o pensamento, a estimu-lar a compreensão, a comunicação, a memória e a ouvir. Por outro lado, o contato precoce com livros desper-tará na criança o gosto pela escrita e pela leitura que tão importantes são na nossa vida.

Por conseguinte, é extremamente relevante que as crianças tenham ao seu dispor, para manuseamento, diversos livros adequados à sua faixa etária e é também essencial que os adultos de referência as ajudem a manusear, explorar e estimar os livros e lhes contem e leiam histórias. De acordo com as Orientações Curricula-res para o Pré-escolar “(…) é através dos livros que as crianças descobrem o prazer da leitura e desenvolvem a sensibilidade estética (…) as estórias lidas ou contadas pelo educador, re-contadas e inventadas pelas crianças (…) suscitam o desejo de aprender a ler (…)” (Ministério da Educação: 70)Podemos então considerar como fun-damental que na creche se promova o contato das crianças com os livros pois “Quanto mais cedo se iniciar a caminhada, mais consistentes serão os alicerces, o mesmo é dizer, mais seguros serão os leitores que vere-mos crescer em casa e em contextos educativos (…)” (Sousa, 2007: 66).

É importante que a criança saiba que

Os livros ajudam-nos a pensar, a refletir,

a imaginar, a sonhar, transportando-nos para

mundos fantásticos onde a magia acontece.

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o livro à semelhança dos jogos, brin-quedos, lápis, pinceis, tintas…com os quais lida e explora diariamente na creche, também é um amigo que está presente, com o qual pode divertir-se e aprender. Ainda, no que concerne à impor-tância dos livros e das histórias na creche, é relevante realçar que deve existir consonância entre pais e edu-cadores na criação e promoção do gosto pelos livros e pela leitura nas crianças, pois como refere Sousa: “Fazer da leitura um hábito, encará-la como parte integrante do quotidiano é uma atitude que exige um esforço conjugado de todos os intervenientes na Educação da criança, assumindo a família um papel de eixo estrutura-dor que será solidificado e ampliado pelo educador (…) ” (2007: 66).

Tendo tudo isto em consideração, na sala D tem havido sempre o cuidado de se promover o contato das crian-ças com livros. O grupo revela muito interesse em ouvir histórias contadas

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Creche da Sagrada Família

pelos adultos da sala e em explorar os livros (embora a sua capacida-de de concentração ainda não seja muito elevada, dada a faixa etária em que se encontram). Alguns dos livros estão colocados ao alcance das crianças para que estas possam escolher livremente e sem dificuldades os livros que querem ver e explorar. Muitas vezes estas interpe-lam o adulto para que este lhes leia as histórias que querem ouvir.

Com o intuito de se trabalhar com mais afinco ainda a promoção da literacia, pareceu-nos pertinente desenvolver na Sala D um mini-projeto intitulado “Ler em Família” desenvolvido em estreita colaboração com as famílias das crianças.

Este projeto consiste em cada criança trazer para a creche um livro que é transportado numa sacola de pano (que foi decorada por todas as famílias) e que circula pelas casas das crianças onde é lido às crianças pelas famílias. O livro é acompanha-do por um dossier onde é disponi-bilizada alguma informação sobre a importância dos livros e da leitura para os bebés e crianças pequenas e que contém também fichas de leitura (de formato simples) que são preen-chidas pelo familiar que leu o livro à criança e que ficam arquivadas.

Os objetivos principais deste mini-projeco são promover a leitura em família (tendo-se em consideração tudo o que foi referido anteriormente), visando-se promover ainda valores como a partilha (entre as várias famí-lias), bem como reforçar e fortalecer a relação família/creche.•

“A Natureza colocou na criança a sede que a faz progredir. Como que uma força empreendedora, de saber fazer as coisas e a alegria da ação e do sucesso” (Wallon e Wilde)

As crianças dos 0 aos 3 anos encon-tram-se num período de amplas con-quistas a um ritmo avassalador que ganham maior dimensão quando a criança se sente segura afetivamente o que vai muito para além da afeição ou mimo. A afetividade resulta dos “prazeres sensoriais, musculares, de criatividade e de vitória, de amar e ser amado, prazeres de grupo e de equipas vitoriosas” (Portugal, 1998:23)

A vida cognitiva e a vida social ou afectiva estão interligadas e a liga-ção com o outro é determinante no desenvolvimento sensório motor, representação simbólica, linguagem e pensamento.

Por volta dos dois meses acontece o despertar social da criança. A alte-ração do seu tempo de vigília (mais diurno do que noturno) reflete-se no seu comportamento, explorando o meio e estabelecendo interações através do contato ocular, sorriso social exógeno e as vocalizações sociais.

Por volta dos sete e os nove meses a criança focaliza essa sociabilidade, intencionalizando as suas ações e antecipando-as. Nesta altura já se senta e começa a gatinhar aumentan-do de forma drástica o seu campo de acção.

Aos doze meses inicia a marcha, e aprecia a sua independência motora. Agora o pensamento simbólico de-senvolve-se e a criança imita compor-tamentos novos explorando o mundo de forma empenhada e determinada. Já utiliza as expressões afetivas de forma intencional e o adulto tende a exercer alguma disciplina iniciando--se o processo de socialização das emoções.

Entre os dezoito e os vinte e um me-ses a criança inicia um processo de autonomia que se traduz no binómio proximidade/afastamento da figura materna, oscilando emocionalmente entre as lágrimas e o riso, intenciona-lizando a sua vontade através da birra e do “não”.

Os afetos na CrecheCláudia Sargento | Educadora de Infância (Sala E)

A negação é a forma que a criança encontra de reivindicar a sua vontade e autonomia aspirando ao equilíbrio entre a sua autonomia e a certeza do amor dos pais.

O afeto surge nos abraços, carinhos e beijos mas também falamos de afeto quando a criança, nas primeiras semanas ou meses de vida, tenta compreender e controlar o mundo que a rodeia e os seus esforços são encorajados; quando a criança se focaliza e concentra numa determina-da atividade e o adulto possibilita a ação; quando a criança inicia o pro-cesso de socialização das emoções e o adulto define algumas regras e rotinas; quando a criança conclui pela primeira vez que o mundo tem uma organização e é previsível e aprende que quem a rodeia é dispo-nível e confiável!

Quando a criança conquista a cada dia a sua autonomia e todos aplaudi-mos e nos regozijamos com as suas vitórias encorajando-a a continuar! •

Creche da Sagrada Família

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Claudia Coelho Educadora de Infância (sala C)

Experimentar, explorar, manipular e transformar diferentes materiais constitui um alargamento e uma diversidade de situações e experiências de aprendizagem e desenvolvimento.

Expressão Plástica

A Expressão Plástica é um meio de comunicação capaz de levar a crian-ça a reproduzir, num suporte material, as ideias que esta idealiza.

Por esta ser uma atividade de fácil acesso e claramente ligada ao de-senho, esta vertente é muitas vezes banalizada e sugerida apenas para ocupar o tempo. Depende do edu-cador estimulá-la e torná-la numa atividade educativa.

O resultado final deverá corresponder às capacidades e possibilidades da criança em passo com a sua evolu-ção. •

Centro Social Paroquial da Vila Nova de Caparica | 15

Creche da Sagrada Família

“Apesar da família ser o centro da vida social do

bebé, os bebés e (…) as crianças pequenasrevelam interesse por

pessoas fora da família, sobretudo da mesma

idade que elas.” (1)

A interação entre pares no mundo dos mais pequenosinês Martins | Educadora de Infância (Sala F)

A interação que as crianças desen-volvem com os seus pares, no con-texto de creche, mais especificamen-te na sala dos 12 aos 24 meses ainda são através de ações muito discretas que quase escapam ao olhar atento dos adultos. Esta ideia é apoiada por Coutinho (2010) quando este diz que “as crianças bem pequenas intervêm na ação dos pares ainda que muitas vezes o façam recorrendo a formas de comunicação quase invisíveis aos olhos adultos (p.181)”.

Uma dessas formas de comunicação é através do olhar. Uma vez que as crianças ainda não dominam comple-tamente a fala, recorrem muitas vezes ao olhar para responder a questões colocadas pelos adultos, como por exemplo “De quem é este chapéu?” ou para iniciar uma interação com um dos seus pares, como demonstra a seguinte nota de campo:No refeitório, enquanto esperam que a papa arrefeça no momento do lanche, a Liliana que se encontra sen-tada ao lado do Gabriel olha para ele e ri-se, o Gabriel corresponde ao seu olhar sorrindo também. O Fernando que se encontra sentado em frente à Liliana, começa a abanar a cabeça para os lados fazendo o gesto do não; a Liliana ri-se e imita-o, tal como o Gabriel, o Alfredo e a Camila que estão na mesma mesa. (2)

Situações como a descrita anterior-mente mostram que a questão do olhar, na relação entre as crianças é “um elemento relevante de per-cepção do outro e de comunicação com esse outro, o olhar é um canal de estabelecimento de um complexo diálogo” (Coutinho, 2010, p.182) e que levam as crianças a interagirem umas com as outras, percebendo-se sem necessitarem de falar.

A presente situação revela-nos ainda que as crianças pequenas imitam as brincadeiras do outro realizando jogos de imitação como “seguir o líder”. Este crescente envolvimento das crianças em jogos sociais são bastante importantes pois “ajudam a criança pequena a relacionar-se com outras crianças e preparam o terreno para jogos mais complexos durante o período pré-escolar.” (3)

Embora as crianças se relacionem e intervenham positivamente na acção umas das outras, por vezes e porque “à medida que as crianças peque-nas vão ganhando um sentido de si e começam a reclamar as coisas como sendo “Minhas”! também se envolvem em conflitos sociais” (Post & Hohmann, 2007, p.89). Um exem-plo mais frequente de um conflito é a disputa pela posse de objetos que outras crianças desejam, como na

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Creche da Sagrada Família

situação seguinte:

O Alberto passeia pela sala com um livro, o Mário aproxima-se e tenta tirar-lhe o livro puxando-o. Como resposta o Alberto agarra o livro com força e diz “Não” mostrando a sua desaprovação. O Mário, que consegue tirar-lhe o livro, corre pela sala com ele. O Alberto, continuando a dizer “Não” mas agora com mais convicção, corre atrás do Mário e quando este pára tenta recuperar o livro, puxando-o para sí.

São bastante comuns estes momen-tos e por vezes estes levam a que as crianças mordam, puxem os cabelos ou batam num dos seus pares com o objetivo de defender o que é seu ou o que desejam. Contudo, “o conflito, também pode ter um propósito: aju-dar a criança a aprender a negociar e resolver disputas.” (4) pois estas vão existir ao longo da sua vida. O adulto nestes momentos deve assumir um papel de mediador, ajudando as crianças a perceber qual a melhor forma de resolver os conflitos e a lidar com as suas frustrações. •

(Nomes fictícios)

(1), (3) e (4) Papalia, Olds & Feldman, 2001, p.266

(2) nota de campo, Maio de 2012

Centro Social Paroquial da Vila Nova de Caparica | 17

Creche da Sagrada Família

Rotinas diáriasCláudia Simões Educadora de Infância (Berçário)

Creche da Sagrada Família

Uma rotina é mais do que saber a que horas o bebé come, dorme, toma banho e se vai deitar. É também saber como as coisas são feitas… as experiências do dia a dia das crianças são as matérias primas do seu crescimento.”(Post, J., Hohmann, M., 2007: 193)

18 | Capinha Social nº 2 | Julho 2012

As situações de rotina constituem momentos privilegiados de intera-ção adulto/criança, durante as quais se estabelece uma relação afetiva. Destes momentos, nascem trocas intensas e aprendizagens significati-vas que promovem a autonomia da criança.

O acolhimento, a higiene, as refei-ções e a hora do repouso fazem parte dessa mesma rotina que deve ser sempre mantida. No entanto, é necessário ter consciência que esta rotina deve ser flexível, tendo em atenção as necessidades e o ritmo de cada criança.

Estas rotinas proporcionam segu-rança, às crianças e orientam a sua acção, pois elas vão progressivamen-te adquirindo uma noção de tempo e espaço e percebendo a sequência dos vários acontecimentos do seu dia. •

Agenda

Centro Social Paroquial da Vila Nova de Caparica | 19

20/07/2012 DiA intERnACionAl DA AMiZADEFesta de Despedida dos Amiguinhos

29/07/2012 AlMoço-ConVíVioAniversário da Inauguração da Igreja da Sagrada Familia de Vila Nova de Caparica

01 a 17/08/2012 EnCERRAMEnto DA CREChE DA SAGRADA FAMiliA para férias e manutenção

03/09/2012 iniCío Do Ano lEtiVo 12/ 13Boas-vindas aos novos amiguinhos e papás!

Agenda do CSPVNCJul/Set 2012

O CSPVNC na Internet

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Visite também a página oficial do CSPVNC na internet e a página da Creche da Sagrada Família no Facebook.

Lá poderá encontrar muita informação adicional, estes e outros artigos interessantes, muitas fotografias dos eventos por nós organizados, etc, toda a informação relevante actualizada regularmente.

Poderá ainda deixar os seus comentários construtivos, bem como as suas sugestões!

20 | Capinha Social nº 2 | Julho 2012

www.cspvnc.orgwww.facebook.com/csf.vnc

A Creche precisa de Catres

Centro Social Paroquial da Vila Nova de Caparica | 21

Nas edições do Capinha, iremos ter um espaço dedicado a campanhas de angariação de fundos para o nosso Centro Social.

Nesta edição, iremos promover a campanha para aquisição de“CATRES na CRECHE”.

A Creche aumentou a sua capacidade para acolher mais oito crianças. Para fazer face a este aumento, são necessárias CATRES para a sesta vespertina dos mais pequenos.

O valor estimado de cada uma são cerca de 40 Eur.

Contribua e ajude. Faça a diferença ajudando os que nos estão mais próximos!

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Campanha