Capital Intelesctual

download Capital Intelesctual

If you can't read please download the document

description

Capital Intelesctual

Transcript of Capital Intelesctual

138-I J JtGesto de pessoas138-I J JtGesto de pessoasJ competitivo das organizaes no reside mais apenas no gerenciamento de seus ativos tangveis, masj principalmente, no gerenciamento dos ativos intangveis, como o Conhecimento.Torna-se necessrio, portanto abandonar velhos paradigmas, e levaras organizaes busca pe : gesto do conhecimento e a tentativa de evidenciar o capital intelectual gerado em suas interre- diaes.J O termo gestoo termo gesto, se pesquisado no dicionrio da lngua portuguesa, expressa o ato de gerir, gernc: administrao. Como a prpria palavra evidencia, a gesto quando de sua prtica, proporcionar uri direo a ser seguida pela entidade. J dizia o diplomata americano Henry Kissinger: "Se voc no saza para onde vai, todos os caminhos o levam para lugar nenhum".Para que as organizaes possam gerir de forma eficaz todas as suas operaes, uma boa admin s- trao imprescindvel. Desenvolver uma boa gesto implica na atuao sistmica das diferentes rar - ficaes da empresa em questo, sejam elas: Gesto Financeira, Gesto de Recursos Humanos, Gesta: de Marketing, Gesto Contbil, inclusive a chamada Gesto do Conhecimento, a qual ser discorrida ce uma forma detalhada no material. Chiavenato (2000) define como habilidades primordiais de um bo- gestor (administrador) as funes de: planejar, organizar, dirigir e controlar a entidade que est sob sl responsabilidade. Para um melhor entendimento destas atribuies, pode-se dizer que:j O planejamento indica a necessidade da percepo do gestor, saber e compreender a realidace que impacta a sua empresa, analisar os ambientes externos e internos, traando os objetivos desejados e as metas que devero ser percorridas em direo a estes anseios._t A organizao compreende a forma que ser determinada s aes que devero ocorrer dentre das entidades, atribuir as responsabilidades de cada pessoa envolvida no processo de gesto, combinar de forma excelente todos os recursos disponveis em direo ao mesmo objetivo. Segunde Montana (2003, p. 170), "organizar o processo de reunir recursos fsicos e humanos essencial consecuo dos objetivos de uma empresa".j O ato de dirigir implica na caracterstica de lder que o gestor deve assumir, saber conduzir as operaes, saber se impor quando necessrio, motivar toda sua equipe na busca constante pelo sucesso da entidade.j Por fim, caber ainda ao profissional responsvel o controle de todas as aes propostas, acompanhar se todos os envolvidos nas entidades esto executando as estratgias desenvolvidas na sua gesto. Oliveira (2005, p. 427) explica que controlar " comparar o resultado das aes com padres previamente estabelecidos, com a finalidade de corrigi-las se necessrios".Atendido a estes princpios bsicos da gesto, as organizaes podero superar algumas dificuldades rotineiras e o resultado proporcionar uma melhor distribuio de todos os recursos monetrios e no monetrios disponveis, que em muitas vezes so escassos e limitados.J A gesto do conhecimentoCom o advento da globalizao, as empresas comeam a sentir a necessidade de desenvolverem novos modelos de administrao e tcnicas de gerenciamento, que possam agregar resultados e principalmente, valorizar aquele que seria o seu principal diferencial: o conhecimento.Chiavenato (2004, p. 447) afirma que "o conhecimento ficou na dianteira de todos os demais recursos organizacionais, pois todos eles passaram a depender do conhecimento. O conhecimento conduz a novas formas de trabalho e de comunicao, a novas estruturas tecnolgicas e a novas formas de interao humana".JJNeste sentido, uma das vantagens competitivas das organizaes que as fazem se manter em destaque frente aos seus concorrentes diretos e indiretos, o desenvolvimento e aperfeioamento da chamada Gesto do Conhecimento. Pode-se definir esta gesto como sendo um processo sistemtico, articulado e intencional, apoiado na gerao, codificao, disseminao e apropriao de conhecimentos, com o propsito de atingir a excelncia organizacional (CHOO, 2003).#Jt J -4Gesto de pessoasDesenvolvimento e capacitaoa j j#Desenvolvimento e capacitaoJ J J#As empresas dependem do gerenciamento de todo o conhecimento, bem como das habilidades e aeides de seus colaboradores, como grandes armas de sustentao de suas vantagens e meios que proporcionem a valorao de seu patrimnio. O fato de administar o conhecimento, tornou-se uma importante e desafiadora tarefa para os gestores de empresas, onde comeam a emergir as mudanas dos modelos tradicionais em gesto de recursos humanos, implementando novas polticas e estratgias, com annalidade principal de atrair e reter os profissionais com maior grau de conhecimentos.A gesto do conhecimento e a sociedade da informaoA sociedade globalizada emerge para um novo contexto, passa a ser discutida e analisada a sociedade za nformao, onde o conhecimento considerado como um dos fatores mais importantes da nova era. A Era Industrial, at ento predominante no incio do sculo XX, perde foras em razo da valorizao do intelectual humano nas organizaes.No Quadro 1, algumas caractersticas podem ser destacadas quanto as principais diferenas da so- cedade influenciada pelo conhecimento e pela informao, comparada com o perodo industrial:Dentre todas as caractersticas da sociedade da informao, um dos pontos mais importantes a alorizao dos bens Intangveis, ou seja, aqueles que embora no possuam matria (corpo), representam considervel valor no patrimnio das organizaes.A partir de 28/12/2007, foi promulgada a Lei n. 11.638/2007 a qual, entre outras vantagens, impe cara contabilidade a obrigatoriamente da elaborao de um subgrupo no Balano Patrimonial das empresas para abrangncia e valorizao de todos os bens intangveis da entidade, trata-se do intangvel. Dos vrios componentes deste grupo, sendo eles: Marcas e Patentes, Fundo de Comrcio, Carteira de Clientes, Software etc., o que mais tem sido buscado pelas empresas o denominado Capital Intelectual.j Conceituando capital intelectualSegundo Schimidt e Santos (2002), ao longo do sculo XX, economistas e contadores realizaram muitos trabalhos que envolviam o tema capital intelectual e tratavam a contabilizao dos recursos humanos como sendo um ativo intangvel da entidade, porm, perceberam que havia sempre muita resistncia na contabilidade tradicional de ser visto como tal, em funo da entidade: j No possuir sua posse e propriedade._i No possuir seu controle. j A complexidade de atribuio de valor.O reconhecimento desse recurso humano, presente em todos os tipos de organizao, como ativos capazes de produzir benefcios futuros para a mesma, torna-se vital para identificar a parcela de contribuio que eles tm no resultado presente e futuro das entidades.Diante disso, capital intelectual pode ser conceituado segundo Brooking(1996, p. 12-13) como "uma combinao de ativos intangveis, frutos das mudanas nas reas da tecnologia da informao, mdia e comunicao, que trazem benefcios intangveis para as entidades e que capacitam o funcionamento das mesmas", dividida em quatro categorias:Quadro 1 Comparativo entre a sociedade industrial e a sociedadeda informaoSociedade industrialSociedade da informao (conhecimento)Prioridade nos msculos (fora fsica)Prioridade no crebro (capacidade mental)Foco voltado para a produoBusca pelos melhores resultadosAs pessoas vistas como mo-de-obraAs pessoas so vistas como parceiras da organizaoValorizao dos bens tangveisValorizao dos bens intangveis_t j Ativo de mercado potencial da entidade com seus intangveis relacionados com o mercado, tais como marca, lealdade dos clientes, negcios em andamento, canais de distribuio, franquias etc.j Ativos humanos benefcios que o indivduo pode proporcionar a organizao, tais como ex- pertise, criatividade, conhecimento, habilidade para resolver problemas, vistos de forma coletiva e dinmica.: Ativos de propriedade intelectual so aqueles que necessitam de proteo legal para proporcionar benefcios futuros para a organizao, como know-how, segredos industriais, Copyright, patentes, design etc.j Ativos de infra-estrutura incluem tecnologias, metodologias e processos empregados tais como cultura, sistema de informao, mtodos gerenciais, aceitao de riscos, banco de dados de clientes etc.J Edvinsson e Malone (1998) utilizam a linguagem metafrica, comparando a entidade figura de uma rvore, considerando a parte visvel (tronco, folhas e galhos) ao que est registrado nos organogramas, nas demonstraes financeiras; e a parte invisvel abaixo da superfcie (sistemas de razes) ao capital intelectual, que so fatores dinmicos ocultos que embasam a entidade visvel formada por edifcios e produtos.Os referidos autores dividem em duas categorias os fatores ocultos:j Capital humano relacionado ao conhecimento, expertise, poder de inovao e habilidade dos empregados, alm dos valores, cultura e a filosofia da entidade, j Capital estrutural inclu equipamentos de informtica, softwares, banco de dados, patentes, marcas registradas e tudo o mais que apia a produtividade dos empregados.J Segundo Stewart (1998), o capital intelectual pode ser encontrado em trs lugares: j Nas pessoas; j Nas estruturas; j Nos clientes.Para Saint-Onge o capital humano (pessoas) " a capacidade necessria para que os indivduos ofeream solues aos clientes" (apud STEWART, 1998, p. 68); a fonte da inovao e renovao. Entendese como sendo todo o conhecimento presente nas pessoas e que so utilizados como vantagem competitiva nas organizaes.No entanto, para compartilhar, transmitir e alavancar o conhecimento dos indivduos so necessrios ativos estruturais, tais como: laboratrios, sistemas de informaes, conhecimento dos canais de mercado e foco gerencial, que transformaram o know-how individual em propriedade que a entidade possui de suprir as necessidades do mercado.J o capital de clientes segundo o autor, o valor dos relacionamentos de uma entidade com as pessoas com as quais realiza operaes.Finalizando, para Stewart (1998), o capital intelectual no criado a partir de partes distintas de capital humano (pessoas), estrutural e de clientes, mas do intercmbio entre eles.Diante da observao dos autores e uma anlise criteriosa do termo, pode-se compreender o capital intelectual como o Conhecimento gerado e difundido pelos 'parceiros' de uma entidade, que unidos aos benefcios proporcionados por seus ativos tangveis e intangveis (sejam internos ou externos) permitam no somente a empresa maximizar seus resultados, como principalmente valoriz-los enquanto profissionais da nova era.O grande desafio das entidades poder considerar este capital intelectual como um dos seus ativos (parte positiva do patrimnio das organizaes corresponde soma dos bens e direitos pertencentes a esta empresa). Porm, isso s poder acontecer quando este bem contemplar todas as caractersticas necessrias para ser considerado ativo, sendo elas:j Representar um BEM ou DIREITO da organizao, j Classificar-se em TANGVEL ou INTANGVEL.J j Proporcionar Benefcios FUTUROS ou PRESENTES, j Ser de PROPRIEDADE da organizao. j Ser passveis de MENSURAO.De todas as peculiaridades necessrias para poder o capital intelectual ser considerado um ativo da empresa, a mensurao tem sido o grande obstculo. No se pode ainda atribuir o valor exato ao conhecimento das pessoas, no h uma forma que consiga mensurar corretamente o capital intelectual presente nas organizaes, embora alguns autores apresentam "modelos" na tentativa desta mensurao.J Mensurao do capital intelectualQuando se fala em mensurao sob o ponto de vista contbil, pode-se raciocinar no processo de atribuio de valores monetrios a objetos ou a atividades associados a uma empresa.Ao se abordar a mensurao em relao aos valores monetrios, no se pode esquecer dos dados no- monetrios, como capacidade de produo em toneladas ou nmero de operrios, pois essas informaes podem ser de grande relevncia na tomada de deciso, conforme Hendriksen e Van Breda (1999).O capital intelectual um componente do Patrimnio das organizaes, e para sua mensurao alguns modelos so apresentados, embora, no haja um padro na utilizao dos mesmos, o que os torna modelos subjetivos e com finalidade gerencial.Modelos de mensurao do capital intelectualO capital intelectual classificado como ativo intangvel das empresas, mas isso no significa que no pode ser medido. Tal fato confirmado pelos mercados quando avaliam as aes de algumas empresas baseadas no conhecimento com valor bem acima do registrado nos livros contbeis.Todavia, a mensurao do capital intelectual uma rea sobre a qual ainda no se estabeleceu um consenso, a Federao Internacional de Contadores (FAC) ainda no se pronunciou oficialmente sobre uma medida para o capital intelectual.Alguns modelos de mensurao j foram apresentados at o momento, os mais conhecidos so:j Razo entre o valor de mercado e o valor contbil (Market-to-book).j Navegador do capital intelectual ou Modelo de Stewart.j Modelo Skandia de Mensurao do capital intelectual.j Monitor de Ativos Intangveis (Intellectual Assets Monitor) ou Modelo de Sveiby.j Balanced Scorecard.Os conceitos que deram base aos modelos so elementos chaves para a compreenso do funcionamento do papel do capital intelectual nas organizaes. Buscando alternativas para avaliao do capital intelectual, os modelos citados sero comentados acerca de suas principais caractersticas.Razo entre o valor de mercado e o valor contbil (market-to-book)O valor do Market-to-book resultante da diviso do valor de mercado das empresas pelo valor de seus ativos lquidos, extrado de seus balanos patrimoniais. Expresso pela razo:Capital Intelectual = Valor de mercado Valor contbilAssim, o aumento no valor dessa relao significa a existncia de ativos intangveis, ou seja, capital intelectual.Para Stewart (1998), esse quociente tem como premissa que o excesso no valor de mercado depois da contabilizao dos ativos fixos corresponde aos ativos intangveis. Segundo o autor: "Se o valor de uma empresa maior do que o valor que os acionistas possuem, faz sentido atribuir a diferena ao capital intelectual" (STEWART, 1998, p. 201).De modo geral, ainda segundo Stewart (1998), este quociente apresenta dois problemas na consi- l derao de suas variveis: a) mercado bastante voltil, e muitas vezes respondem de maneira enftica IDesenvolvimento e capacitaoJ J J#Desenvolvimento e capacitaoJ J J##J J JGesto de pessoasJ a fatores fora do controle das empresas; b) h indcios que tanto o valor de mercado quanto c -j contbil esto subestimados.IO valor de mercado representa unicamente a percepo que os investidores do mercado aciona-: --- em relao ao valor da empresa na atualidade, em funo de critrios adotados por estes. Tais c~=- J podem ou no estar corretos, interferindo de forma substancial na avaliao da entidade.Em relao ao valor contbil, existe uma simplificao em virtude da maioria dos ativos ta^c ; estarem representados no balano patrimonial pelos seus custos histricos e no pelos custos de e:: sl o. Se o clculo fosse efetuado com base no custo de reposio de ativos, provavelmente o quoc e~S( seria bem menor.Navegador do capital intelectual modelo de StewartStewart (1998) entende que o capital intelectual deve analisar o desempenho da empresa sob . : - =r perspectivas, como por exemplo: razo do valor de mercado/valor contbil, medidas de capital hurrs-n medidas de capital estrutural e medidas de capital do cliente.IPara avaliar o desempenho da empresa sob essas perspectivas, Stewart (1998) sugere adote- grfico circular cortado por vrias linhas, em forma de uma tela de radar (ver Grfico 1). Esse gra*:: navegador do capital intelectual tem como diferencial a fcil visualizao da evoluo do desempe'-: da empresa; pois permite agrupar vrias medidas diferentes (razo, porcentagem, valores absolutos: n_ mesmo quadro, possibilitando a anlise de vrios elementos concomitantemente.O modelo foi proposto com o objetivo de identificar, mensurar e gerir o capital intelectual, de ac: :: com o planejamento estratgico de cada organizao. Dessa forma, deve-se ter cuidado especial na es:: ~~ dos ndices de desempenho, para que sejam adequados estratgia empresarial adotada.VALOR DE MERCADO /MEDIDAS DE CAPITALVALOR CONTBILRotatividade de trabalhadores do conhecimentosGrfico 1 Navegador do capital intelectual-J Fonte: Stewart, 2002, p. 31 um modelo de fcil visualizao, acompanha o desempenho de vrios indicadores ao mesmo tempo mas existe dificuldade na determinao dos indicadores de desempenho.Modelo Skandia de mensurao do capital intelectualO Skandia, grupo sueco que atua no mercado de seguros e servios financeiros, foi um dos pioneiros na avaliao do capital intelectual. o quarto maior grupo financeiro do mundo atuando na rea de prestao de servios financeiros e de seguros, e o maior da Escandinvia. Opera em 23 pases, organizado em trs reas estratgicas: LongTerm Savings, Asset Management e Prorperty & Casualty Insurance. Tem como principal objetivo criar valor para seus acionistas por meio do foco em seus clientes, pela oferta de servios inovadores, pelo aumento da produtividade e eficincia (ANTUNES, 2000).Conforme Antunes (2000), nos ltimos anos, o grupo Skandia despertou o interesse dos meios acadmicos, empresariais e da mdia porter sido o primeiro grupo a divulgar em 1995, um relatrio contendo dados sobre a avaliao do capital intelectual de suas empresas referente s demonstraes financeiras de 1994.O ex-diretor corporativo do Skandia, Leif Edvinsson, iniciou o desenvolvimento de um modelo de mensurao do capital intelectual quando percebeu que o poder competitivo da empresa residia cada vez menos nos ativos contbeis tradicionais e cada vez mais em fatores subjetivos at ento no mensurados. Assim, Edvinsson e Malone desenvolveram uma matriz, a Skandia Navegator, apresentada num livro que se tornou referncia no assunto.A matriz mostra como o capital humano combinado com o capital do cliente, os processos internos e a capacidade da empresa, criam valor financeiro para a mesma.Para avaliar o capital intelectual do grupo Skandia, Edvinsson e Malone (1998) definiram indicadores que possuam valor, mas no eram revelados pela contabilidade. Dado o elevado nmero de indicadores, estes foram agrupados em dois grandes grupos: capital humano e capital estrutural, cujas definies j foram abordadas.Seguindo este raciocnio, os indicadores foram agrupados em cinco focos distintos: foco financeiro, foco clientes, foco processo, foco renovao e desenvolvimento e foco humano. Para cada um desses focos foram estabelecidos ndices que permitem medir seu desempenho. Desta forma, o objetivo da matriz Skandia somar as cinco reas de foco do capital intelectual e mostrar como elas interagem dentro da empresa. A fim de estabelecer uma equao que traduzisse em um nmero o capital intelectual, Edvinsson e Malone (1998) chegaram frmula:Capital Intelectual = iCOnde: i = Coeficiente de eficincia (percentual)C = Valor Monetrio do Capital IntelectualAntunes (2000) registra que o valor monetrio do capital intelectual (C) obtido a partir de uma 'elao que contm os indicadores mais representativos de cada rea de foco, avaliados monetariamente, excludos os que pertencem mais propriamente ao balano patrimonial. Como exemplo, temos os investimentos em desenvolvimento em diversas reas, os programas de treinamento dos empregados, os investimentos em marcas, patentes, direitos autorais etc.Relativamente ao coeficiente de eficincia (i), Antunes (2000) menciona que este obtido por meio dos indicadores mais representativos de cada rea de foco expressos em porcentagens, quocientes e rdices. Exemplos: participao no mercado (%), ndice de satisfao dos clientes (%), ndice de horas de reinamento (%) etc. Por fim, o coeficiente de eficincia formado pela mdia aritmtica dos ndices.Na frmula apresentada pelos autores Edvinsson e Malone (1998), capital intelectual organizaciona = C. verifica-se que a mensurao do capital intelectual no o valor total dos investimentos, mas apenas o coeficiente que ser revertido para a empresa pela satisfao do cliente, por exemplo.O princpio subjacente ao movimento iniciado pelos altos executivos do Grupo Skandia a percepo ria existncia de determinado nmero de pilares que se acrescentam aos valores no financeiros de uma corporao, criando a notria lacuna entre o Valor Contbil e o Valor de Mercado. Tais pi ares Tc-'# j j j Gesto de pessoasDesenvolvimento e capacitaoJ J J##Gesto de pessoasJ nologia, Valores e capital intelectual , incorporados estratgia empresarial alteram, sobremaneira, a j forma de avaliar uma empresa.Conclui-se que dada natureza subjetiva do capital intelectual, este no pode ser interpretado com um nmero (total de investimentos), para ajust-lo devem ser considerados os ndices subjetivos.Modelo de Sveiby ou monitor de ativos intangveisEste modelo de avaliao proposto por Karl Erik Sveiby ressalta a importncia da evidenciao pela contabilidade dos ativos intangveis existentes nas empresas. Preocupa-se em demonstrar de forma eficaz as verdadeiras avaliaes de bens pertencentes empresa, porm no apresentados em suas demonstraes.Sveiby (1998) prope medidas para os ativos intangveis, classificando-os em trs grupos:Competncia das pessoas.Estrutura interna.Estrutura externa.Competncia das pessoas entende-se como a capacidade dos empregados em agregar valor para a empresa, criando ativos tangveis e intangveis. A estrutura interna representada por todo conhecimento de posse da organizao. A interao entre a competncia das pessoas e a estrutura interna resulta a forma pela qual a organizao agir.Define-se estrutura externa como o conhecimento gerado pelas relaes entre a empresa e os agentes externos, tais como relao com clientes, fornecedores, governo etc.Sveiby (1998) considera que embora possam parecer invisveis, os ativos intangveis podem ser discernidos com bastante facilidade, argumenta que os mesmos podem ser classificados dentro de cada um dos grupos descritos. Para tanto, utiliza o monitor de ativos intangveis conforme exposto no Quadro 2.O monitor um formato de apresentao que exibe de maneira simples uma srie de indicadores relevantes, cuja escolha depende da estratgia adotada pela empresa.Quadro 2 Monitor de ativos intangveisESTRUTURA EXTERNAESTRUTURA INTERNACOMPETNCIA DAS PESSOASCrescimento/renovaoCrescimento orgnico do volume de vendas. Aumento da participao de mercado, ndice de clientes satisfeitos ou ndices de qualidade.Crescimento/renovaoInvestimento em tecnologia da informao. Parcela de tempo dedicado s atividades internas de P&D. ndice da atitude do pessoal em relao aos gerentes, cultura e aos clientes.Crescimento/renovaoParcela de vendas geradas por clientes que aumentam a competncia. Aumento da experincia mdia profissional (nmero de anos). Rotatividade de competnciaEficinciaLucro por cliente. Vendas por profissional.EficinciaProporo de pessoal de suporte. Vendas por funcionrios de suporte.EficinciaMudana no valor agregado por profissional. Mudana na proporo de profissionais.EstabilidadeFreqncia da repetio de pedidos. Estrutura etria.EstabilidadeIdade da organizao. Taxa de novatos.EstabilidadeTaxa de rotatividade dos profissionais.Fonte: SVEIBY, 1998, p. 234.i Na concepo do seu monitor, Sveiby (1998) afirma que os indicadores para cada um dos trs ativos j intangveis (competncia das pessoas, estrutura interna e estrutura externa) devem ser agrupados segundo as medidas de crescimento/renovao, eficincia ou estabilidade.A finalidade deste monitor cobrir todos os intangveis, de modo que a empresa possa selecionar alguns dos indicadores de avaliao sugeridos para cada intangvel. Esta forma de mensurao visa avaliar o crescimento da capital intelectual sem efetuar uma avaliao de cunho financeiro do conhecimento.O Monitor de Ativos Intangveis simples e de fcil visualizao, mas a escolha dos indicadores complexa.Balanced ScorecardOs estudos sobre o Balanced Scorecard (BSC) tiveram seu incio em 1990, com os estudiosos Ka- plan e Norton (1997). Estes estudos so decorrentes da estrutura contbil tradicional a qual no inclui os ativos considerados intangveis e intelectuais, resultando na aplicao de indicadores empresariais insuficientes.Em 1996, o trabalho de Kaplan e Norton culminou com o livro denominado The Balanced Scorecard que expunha um mtodo pautado num conjunto de quatro indicadores de acompanhamento de estratqia elaborados dentro das premissas do balanced scorecard (PACHECO, 2005, p. 79).O Balanced Scorecard um sistema de avaliao de desempenho empresarial cujo principal diferencial reconhecer que os tradicionais indicadores financeiros, por si mesmos, no so suficientes para isso, uma vez que s mostram resultados dos investimentos e das atividades, no contemplando os impulsionadores de rentabilidade em longo prazo (KAPLAN; NORTON, 1997). Sua premissa bsica a de que a contabilidade tradicional muito limitada e focada exclusivamente no desempenho financeiro.O Balanced Scorecardsegundo Berton (2003, p. 116), " uma ferramenta que busca traduzir a viso estratgica da empresa num conjunto coerente de medidas de desempenho". Considera tambm que muitas empresas que possuem declaraes de misso inspiradoras e que fornecem energia e motivao aos funcionrios fazem isso mesmo sem este mtodo.De acordo com este autor, a adoo do Balanced Scorecard por qualquer empresa significa que esta deve adotar determinadas premissas de conduta em seu processo de gesto e que deve estar convicta de que se no possuir um sistema de gesto de suas competncias ou de gesto do conhecimento, poder ver seu resultado financeiro despencar em determinados perodos.A necessidade de mudana de mentalidade e de viso talvez seja o maior obstculo ao mtodo, pois isto exige muita habilidade dos administradores e demanda tempo, o que nem sempre permite conseguir resultados satisfatrios (PACHECO, 2005, p. 82).O Balanced Scorecard contribui para que as empresas acompanhem o desempenho financeiro, monitorando, ao mesmo tempo, o progresso na construo de capacidades e na aquisio dos ativos intangveis necessrios para o crescimento futuro, permitindo descrever a estratgia de forma muito clara, formando uma relao de causa e efeito.Vantagens da Mensurao do Capital IntelectualBrooking (1996, p. 83) enfatiza que o conhecimento do capital intelectual uma fonte rica de informaes sobre a organizao em sua totalidade e, em particular um instrumento valioso para os seguintes aspectos:_j Confirmar a habilidade da organizao para atingir os objetivos.j Fornecer um foco para programas de educao organizacional e treinamento.j Analisar o valor da empresa.j Ampliar a memria organizacional.De fato, os aspectos apontados por Brooking (1996) ressaltam as vantagens de se identificar o capita' intelectual de uma organizao. Dando continuidade a esse processo, e baseando no que j visto, pode-se somar como vantagens do investimento realizado para a mensurao do capital intelectual, do ponto de vista interno da organizao, ou seja, gerencialmente, abordadas a seguir:j O conhecimento do capital intelectual identifica os recursos necessrios em ativos intangveis cujo desconhecimento, por vezes, impede a consecuo de um planejamento estabelecido, issosignifica que o Planejamento Estratgico pode ser prejudicado por depender de alguns elementos intangveis e a organizao no ter certeza de que dispe ou no de tais recursos, e, em caso positivo, a quantidade e possibilidade de gerao futura. j Digno de nota so os programas de demisso voluntria que muitas empresas, principalmente do setor pblico, vieram promovendo nos ltimos anos, no entanto, quando da mensurao do capital intelectual dos parceiros da organizao o know-how, valioso para as organizaes e presentes nos colaboradores, ser mantido. No sero apresentados estes programas para aqueles que contribuem sobremaneira nas entidades.j O conhecimento do Capital Humano tambm contribui para a deciso de investimentos em treinamento. Ultimamente, a grande divulgao, ou modismo, do investimento no recurso humano tem levado as organizaes a despenderem grandes quantias em treinamentos constantes. Entretanto, isso no garantia de obteno de bons resultados em aumento de produtividade. Por outro lado, se a empresa possui um relatrio de Capital Humano, pode melhor optar pelo treinamento mais adequado, levando em considerao as necessidades identificadas em seus ativos humanos, bem como proceder a uma avaliao posterior, a fim de mensurar os benefcios a si trazidos, j O conhecimento do Capital Estrutural (foco no processo) contribui para a deciso de investimento em tecnologia de informao. Igualmente ao item anterior, a propagao e massificao da tecnologia da informao tm levado empresas a investirem grandes quantidades de dinheiro em novos sistemas de informao e/ou compras de softwares desenvolvidos especialmente para cada caso. Decerto, a rapidez dos acontecimentos com que o mundo se depara atualmente requer empresas geis e da Informao disponvel contribui para identificar as necessidades de novos investimentos, bem como para avaliar a utilizao dos sistemas implantados e o retorno que esto dando para a empresa.j O conhecimento detalhado que o modelo de avaliao dispe sobre os clientes fornece uma viso bem mais abrangente das condies atuais e futuras da empresa relacionadas a esse Foco (ANTUNES, 2000).Por ltimo, deve-se ressaltar que, em funo do constante gerenciamento dos indicadores do capital intelectual, pode-se ter a viso necessria para proceder-se s modificaes impostas pelas mudanas na sociedade, cuja adaptao vital para as organizaes. Isso para a organizao ter condies de estar sempre em alerta.Do ponto de vista externo da organizao, ou seja, para os usurios externos, Antunes (2000, p. 122-123, grifo do autor) identifica as seguintes vantagens:j Os relatrios contendo os indicadores do Capital Intelectual do subsdios valiosos para os analistas e financiadores, pela projeo da futura capacidade de a empresa gerar caixa. j Para os acionistas ou analistas, por sua vez, esses relatrios so de fundamental importncia, porque, fazendo uso das palavras de Edvinsson, "eles mostram o valor oculto das organizaes", o qual no est aparente nas Demonstraes Contbeis. (Ressalte-se o aspecto complementar s Demonstraes Contbeis). Os acionistas podem ter, igualmente, a posio do momento e a viso de futuro, ou seja, as tendncias apresentadas pela empresa, j Sua divulgao pode explicar a diferena entre o valor contbil e o de mercado de uma entidade, mesmo no sendo de forma objetiva.Em suma, pode-se concluir que as informaes contidas em um relatrio de capital intelectual so relevantes tanto para os usurios internos quanto para os usurios externos da Contabilidade. Isso se deve ao fato de o capital intelectual identificar, de forma dinmica, o potencial da organizao, no presente, e sua capacidade de gerar benefcios no curto e longo prazos (ANTUNES, 2000).Limitaes mensurao do capital intelectualSegundo Antunes (2000) at o momento no se identificaram desvantagens, mas apenas algumas limitaes, que podem ser consideradas temporrias, e algumas ponderaes a serem feitas. Deve-se levar em conta, naturalmente, a incipincia do assunto:j No existe um modelo padro para a divulgao dessas informaes, embora seja do conhecimento que rgos internacionais como o IASC International Accounting Standarts Board e a SEC Securities Exchange Comission tenham patrocinado reunies para debater tal assunto. Por outro lado, a prpria Skandia colocou que a divulgao desse relatrio objetivava levantar dilogo e sugestes para um futuro consenso do modelo universal. nesse sentido que a Federao Internacional de Contadores IFAC vem trabalhando, a fim de divulgar o conceito de capital intelectual e sua importncia na sociedade atual. Entretanto, considera-se que a idia de um modelo universal seja remota, o possvel talvez seja um modelo por setor, tendo em vista as particularidades inerentes a cada um dos setores da economia, j Os modelos apresentam um grande nmero de indicadores, tornando necessria a existncia de um sistema de informaes eficiente, para identificar os dados especficos. No se pode discordar da relevncia dos indicadores elaborados, mas, tambm se deve considerar que muitos so difceis de serem obtidos, a no ser por expressivo investimento em Sistema de Informao, j Investimento em Sistema de Informao tambm pode ser considerado uma limitao._i Por se tratar de um modelo desenvolvido para identificar e mensurar componentes, no apresenta uma unidade padro de mensurao.J ConclusoCom as mudanas econmicas, tecnolgicas, polticas e sociais, houve uma profunda alterao da estrutura e dos valores da sociedade. Nessa nova era o conhecimento passou a ter uma importncia fundamental em todas as atividades econmicas, como seu principal ingrediente.A gesto do conhecimento torna-se uma forma diferenciada da empresa agregar valor ao mesmo tempo em que ir valorizar o intelectual humano. A grande questo saber como identificar e disseminar o conhecimento gerado dentro da empresa e que garanta uma trajetria de seu crescimento e desenvolvimento.Deve-se existir a conscincia da necessidade de continuar com estudos e definies, a fim de tornar o capital intelectual uma ferramenta gerencial cada vez mais eficiente. Todavia, no se pode deixar de reconhecer a necessidade urgente de mudanas e alguns ajustes nos sistemas e prticas de gesto para que essa nova realidade seja devidamente reconhecida e refletida no histrico da empresa.Portanto, este material tem o intuito de apresentar alguns modelos para mensurao do capital intelectual, atravs de diversos autores, cada um com suas caractersticas, vantagens e limitaes. Os mtodos apresentados serviram de base para a ratificao da possibilidade e importncia em evidenciar nas organizaes o valor referente aos seus bens intangveis.Fica a certeza de que so necessrios cada vez mais estudos e anlises a respeito do assunto capital intelectual, sendo de responsabilidade de todos os profissionais envolvidos, a busca contnua pelo aprendizado e a incessante tarefa de evidenciar e propagar o conhecimento adquirido nas empresas que so parceiros.1) Defina o que voc entende por gesto do conhecimento, e quais as suas contribuies para a organizao.21 Como conceituar o termo capital intelectual nas organizaes?3) Dos modelos apresentados para mensurao do capital intelectual, discorra sobre as principais caractersticas daquele que voc acredita mais se aproximar da realidade, justifique ainda, o motivo da escolha.41 Apresente duas vantagens acerca da mensurao do capital intelectual.51 Explique com suas palavras, quais as limitaes impostas na mensurao do capital intelectual e o seu impacto nas organizaes.Desenvolvimento e capacitaoj j j137Desenvolvimento e capacitaoj j j137ao e perda do investimento humano. Talvez seja muito mais questo de bom senso e no nas de prticas especficas a serem descritas para a resoluo de tais problemticas. Por essa o, deixei o ltimo tpico deste artigo para a discusso sobre a tica nas relaes humanas.Amplie seus conhecimentos sobre o tema gesto do conhecimento e capital intelectual no xto de Luiz Fernando Soares da SILVA (2007, p. 2-12), a seguir.A gesto do conhecimento e o capital intelectualTalvez no tenhamos conseguido fazer o melhor, mas lutamos para que o melhor fosse feito. No somos o que deveriamos ser, no somos o que iremos ser. Mas Graas a Deus, no somos o que ramos.Martin Luther KingEste material didtico ir abordar de uma forma objetiva, a importncia de administrar de forma efi- nte todas as informaes e conhecimentos gerados presentes nas organizaes, enfatizando ainda, os Jcios obtidos com a chamada Gesto do Conhecimento e seu impacto na sociedade contempornea. Lm ser alvo deste material, apresentar alguns modelos utilizados na tentativa da mensurao do al intelectual, bem como as contribuies pertinentes a cada modelo.IntroduoO Conhecimento tem sido uma das grandes ferramentas para as organizaes evidenciarem sua van- competitiva. Num ambiente globalizado e voltil no qual esto inseridas, o uso do conhecimento as tecnologias disponveis, iro proporcionar benefcios intangveis e necessrios para a obteno sucesso. A informao, o conhecimento e a inteligncia sempre foram quesitos importantes para a Lrteno e o desenvolvimento de qualquer empresa.fato que na Era industrial, os gestores estavam voltados e preocupados com a estrutura fsica tangveis) da organizao. A procura incessante da diminuio dos custos com matria-prima e -obra direta, a reduo dos gastos administrativos, os investimentos em estrutura fsica adequadaa produo ou execuo dos servios so alguns exemplos dos alvos de preocupao dos adminis- res. O produto ou servio prestado reflete quase que exclusivamente a tangibilidade do processofabricao.Antunes (2000) afirma que os ativos intangveis, como o capital intelectual, s so avaliados precisaste quando a empresa vendida. Entretanto, na Sociedade da Informao, os gestores buscam gerir forma eficiente todas as informaes e conhecimentos presentes na estrutura organizacional, de forma a sua mensurao contribua para que os interessados tenham uma viso mais prxima da realidade, necessidade de considerar determinados ativos intangveis, como o capital intelectual, na mensurao ca empresa de suma importncia e senso comum para os principais tericos do assunto, dada a tncia que tais ativos representam na composio patrimonial das organizaes.O sucesso das organizaes est cada vez mais baseado na agregao da inteligncia aos seus pro- ", produtos e servios, mostram que saber gerenciar o conhecimento dentro das organizaes se " j um requisito essencial ao sucesso dos negcios. Em um ambiente globalizado, o principal diferencial