Capítulo 27 – O processo de independência da América portuguesa 27.1 – As conjurações...

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Capítulo 27 – O processo de independência da América portuguesa 27.1 – As conjurações Mineira e Baiana HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO Capítulo 27 – O processo de independência da América portuguesa O processo de independência da América portuguesa Capítul o 27 Aulas 27.1 – As conjurações Mineira e Baiana 27.2 – A chegada da família real e o processo de independência do Brasil HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

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Capítulo 27 – O processo de independência da América portuguesa27.1 – As conjurações Mineira e Baiana

HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

Capítulo 27 – O processo de independência da América portuguesa

O processo de independência da América portuguesa

Capítulo

27

Aulas

27.1 – As conjurações Mineira e Baiana

27.2 – A chegada da família real e o processo de independência do Brasil

HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

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A Conjuração Mineira

A capitania de Minas Gerais vivia uma crise econômica no final do século XVIII → escasseava o ouro e o pagamento do quinto (100 arrobas anuais) estava em atraso → aumentavam as pressões da Coroa para a execução da derrama (cobrança dos quintos em atraso).

Membros da elite colonial estavam descontentes com a política da Coroa portuguesa → conheciam as ideias iluministas e a Declaração de Independência dos Estados Unidos → pretendiam tomar o poder na capitania e instituir uma república.

A questão escravista ficou indefinida, pois a maioria dos conjurados eram proprietários de escravos.

27.1 – As conjurações Mineira e Baiana

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A devassa Em fins de 1788, os conjurados aguardavam a derrama

para agir, mas ela não aconteceu.

Em seguida, o governador convocou membros do grupo para o pagamento dos impostos atrasados.

Joaquim Silvério dos Reis aceitou delatar os colegas em troca de perdão das dívidas → iniciou-se a devassa.

Em 1791, 34 pessoas foram julgadas pelo crime de lesa-majestade → 11 foram condenadas à morte → apenas Tiradentes foi executado.

Os outros condenados tiveram suas penas transformadas em degredo perpétuo.

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O mito Tiradentes Depois da proclamação da

república no Brasil, em 1889, Tiradentes foi elevado à condição de herói.

Os republicanos viram nele um personagem para representar a luta do Brasil contra a opressão colonial portuguesa.

Porém, a Conjuração Mineira significou, de fato, um conflito entre os interesses econômicos da colônia e do reino → não era, em si, um movimento nacional.

Tiradentes esquartejado, de Pedro Américo, pintura de 1893.

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A Conjuração Baiana A Conjuração Baiana (1798), diferentemente da Mineira,

envolveu pessoas das camadas populares e, por isso, tomou um caráter social → defendia o fim da escravidão e das diferenças baseadas na cor da pele.

Mulatos, escravos, ex-escravos, homens brancos pobres, alfaiates, pedreiros, soldados e bordadores formaram a base social desse movimento inspirado nos ideais da Revolução Francesa.

As ideias da Conjuração Baiana se espalharam a partir da associação maçônica Cavaleiros da Luz. Propunham, além do fim da escravidão:

• Proclamação de uma república na Bahia nos moldes jacobinos.• Mudanças no sistema tributário e aumento dos soldos militares.• Liberdade de comércio e representação popular.

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A repressão aos conjurados baianos A participação popular afastou os maçônicos do movimento,

que passou a ser conduzido por alfaiates, negros, mulatos e soldados.

Com base em denúncias, investigações realizadas pelas autoridades levaram aos elaboradores dos cartazes afixados nas ruas de Salvador → os participantes foram presos.

O processo culminou na condenação à morte de dois soldados e dois alfaiates → foram esquartejados e seus restos espalhados pela capitania.

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Hospício de Nossa Senhora da Piedade da Bahia, gravura de Johann Moritz Rugendas, 1835. O local onde alguns líderes da Conjuração Baiana foram enforcados.

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A repressão aos conjurados baianos

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Capítulo 27 – O processo de independência da América portuguesa27.2 – A chegada da família real e o processo de independência do Brasil

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A vinda da família real portuguesa A vinda da família real para o Brasil foi resultado das

guerras napoleônicas → Napoleão impôs o Bloqueio Continental à Inglaterra e invadiu Portugal como represália pelo descumprimento do decreto francês.

O príncipe regente d. João e uma grande comitiva deixaram Lisboa a caminho do Brasil com a proteção da marinha britânica → chegaram ao Brasil em janeiro de 1808.

27.2 – A chegada da família real e o processo de independência do Brasil

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A vinda da família real portuguesa

Assinatura dos tratados de 1810, que concederam

privilégios comerciais aos ingleses

Revogação do Alvará de 1785, que proibia a instalação de

manufaturas

A colônia foi transformada

com a presença da corte

Abertura dos portos às nações amigas (Inglaterra) – fim do

pacto colonial

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A vinda da família real portuguesa

Chegada da família real portuguesa, pintura de Geoff Hunt, 1999. Em 1808, a família real portuguesa chegou ao Brasil. Depois de uma curta passagem por Salvador, d. João chegou ao Rio de Janeiro, o que transformou significativamente a cidade, que passou a ser a sede do Império português.

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Mudanças no Brasil

Mudanças promovidas pela chegada da corte

Abertura dos portos

brasileiros às nações amigas(1808)

Fundação do Banco do Brasil e

surgimento da Gazeta do Rio de Janeiro, o

primeiro jornal a funcionar no Brasil (1808)

Invasão da Guiana

Francesa(1808)

A Biblioteca Real

portuguesa foi transferida para o Rio de

Janeiro

O Brasil é elevado à

categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves

(1815)

Ocupação da Banda

Oriental do Uruguai:

Província Cisplatina

(1816)

O padrão de consumo foi alterado: produtos de luxo

europeus passaram a fazer parte do cotidiano do Rio de Janeiro

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A Insurreição Pernambucana Movimento político liderado pela aristocracia rural de

Pernambuco e de outras capitanias do Nordeste, descontente com o governo português. As principais razões para a revolta foram:

• Os privilégios adquiridos pelos grupos portugueses em prejuízo da elite colonial.• A queda dos preços do algodão e do açúcar no mercado

internacional.• O controle dos comerciantes portugueses sobre as

importações e as exportações na região.• O aumento das taxações determinado pela Coroa

portuguesa.

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A Insurreição Pernambucana O movimento, de caráter separatista, proclamou a república

e instalou um Governo Provisório em Recife → adoção dos princípios liberais do iluminismo.

O movimento foi sufocado pelas forças do governo em maio de 1817.

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A Revolução do Porto Em 1815, o Brasil foi elevado à condição de Reino Unido

a Portugal e Algarves, o que tornava clara a intenção de d. João de permanecer no Brasil.

Em 1820, iniciou-se uma revolta na cidade do Porto → exigia-se a volta do rei e a formação de uma Assembleia Constituinte.

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A Revolução do Porto A formação das Cortes

para elaborar uma Constituição liberal para Portugal mostrou-se também uma tentativa de recolonizar o Brasil → o movimento impulsionou o processo de emancipação do país.

Sessão das Cortes de Lisboa, pintura de Oscar Pereira da Silva, 1922. Os representantes brasileiros perceberam, em determinado momento, que o objetivo dos deputados portugueses era recolonizar o Brasil.

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HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO

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Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes

Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk

Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves

Preparação de texto: Mitsue Morrisawa

Coordenação de produção: Maria José Tanbellini

Iconografia: Aline Reis Chiarelli, Leonardo de Sousa Klein e Daniela Baraúna  

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