CAPÍTULO 4 - Dimensionamento de Reactores Isotermicos.pdf

download CAPÍTULO 4 - Dimensionamento de Reactores Isotermicos.pdf

of 25

Transcript of CAPÍTULO 4 - Dimensionamento de Reactores Isotermicos.pdf

  • CAPTULO 4. DIMENSIONAMENTO DE REACTORES ISOTRMICOS

    4.1. ALGORITMO PARA O DIMENSIONAMENTO DE REACTORES ISOTRMICOS

    1. Definir converso (para cada reaco independente!)

    2. Construir tabela estequiomtrica Estabelecer a fase em que a reaco ocorre (fase lquida ou fase gasosa).

    Fase lquida: volume, V, constante, (quase) independente da presso, temperatura, e converso!

    ii

    NC

    V= , ( )A A0C C 1 X=

    Fase gasosa: volume, V, no constante, e dependente da presso, temperatura, e converso!

    i total totali i ii

    total

    y p pN p NC

    V R T R T N R T

    = = = =

    ( )( )A A01 X

    C C1 X

    =

    +

    3. Estabelecer o balano molar para cada componente no reactor:

    AA,0 A A

    V

    dNF F r dV

    dt + =

    Escolher o tipo de reactor e fazer simplificaes apropriadas equao de balano molar

    a. Batch: AAdN

    r Vdt

    = ou

    X

    A,0

    A0

    dXt N

    r V=

    b. CSTR: A,0 A AF F r V 0 + = ou A,0A

    F XV

    r

    =

    c. PFR: A,0 A AV

    F F r dV 0 + = ou A,0 AdX

    F rdV

    =

    ou X

    A,0

    A0

    dXV F

    r=

    d. PBR: 'A,0 A AW

    F F r dW 0 + = ou 'A ,0 AdX

    F rdW

    =

  • ou

    X

    A,0 '

    A0

    dXW F

    r=

    4. Determinar a velocidade da reaco: A velocidade da reaco tipicamente dada em termos de concentrao (ri=f(Cj,T)) ou para fase gasosa em termos de presso parcial (ri=f(pj,T)). As concentraes ou presses parciais podem ser determinadas apartir da tabela estequiomtrica (vide o ponto 1).

    5. Combinar e resolver

    4.2. PERDAS DE CARGA EM REACTORES TUBULARES (PBR/PFR) Na maioria das reaes de catlise hetorognea a massa reacional passa atravs de um leito de enchimento de partculas do catalisador slido.

    Neste processo, os fludos encontram resistncia, e assim perdem energia devido ao atrito com as gros do catalisador, o que origina diminuio da presso, i.e. perda de presso, ou simplesmente perda de carga.

    A equao mais usada para calcular perdas de presso em material poroso compacto a Equao de Ergun (A):

    Onde: P: Presso, lb/ft2

    volume livreporosidade

    volume total do leito = =

    volume do solido1

    volume total do leito =

    ( )m mc 2 2f f

    lb ft lb ftg 32.174 factor de conversao 4.17 108

    s lb h lb

    = =

    (Nota: no sistema mtrico gc = 1.0)

    ( )3

    gas c particula particula

    150 1dP G 11.75G

    dz g D D

    = + (A)

  • Dparticula: Dimetro da particula no leito, ft : Viscosidade do gs que atravessa o leito, lbm/ft.h z: Comprimento do leito, ft

    caudal volumetrico ftu velocidade superficial ,

    area da secao transversal do tubo h= =

    : densidade do gs, lb/ft3 G = u = velocidade mssica superficial, (g/cm2.s) ou (lbm/ft2.h)

    A densidade de um gs varia ao longo do reactor, uma vez que funo da temperatura, presso, etc. O fluxo mssico atravs do reactor permanece constante:

    0m m=& &

    O fluxo mssico dado pelo fluxo volumtrico e densidade do gs:

    0gas,0 0 gas gas gas,0

    vv v

    v = = && &

    &

    O caudal volumtrico dado pela equao de estado dos gases ideais:

    0 T0T

    T 0

    v FF T Pv P

    R T v F T P= =

    &&

    &

    Assim:

    0 T0gas gas,0

    0 T

    T FP

    P T F

    =

    Subsituindo na Equao de Ergun:

    ( ) 0 T3

    gas,0 c particula particula 0 T0

    150 1 P FdP G 1 T1.75G

    dz g D D P T F

    = +

    Tomando: ( )

    0 3

    gas,0 c particula particula

    150 1G 11.75G

    g D D

    = +

    Obtemos uma equao simplificada (B): (B)

    0 T0

    0 T0

    P FdP T

    dz P T F

    =

  • O cumprimento do leito z e a massa do catalisador W (varivel de interesse) esto relacionados:

    ( )bulk c catalisador cW A z 1 A z= =

    Derivando: ( )catalyst c1

    dz dW1 A

    =

    (C)

    Note que a densidade bulk bulk (massa de catalisador por volume do leito) o produto da densidade do catalisador catalisador pela fraco de slidos (1-)

    ( )bulk catalisador 1 =

    Substituindo (C) em (B):

    ( )0 0 T

    c catalisador 0 T0

    P FdP T

    dW A 1 P T F

    =

    Se tomarmos:

    ( )0

    c catalisador 0

    2

    A 1 P

    =

    Obteremos (D):

    0 T

    0 0 T0

    P FdP T

    dW 2 T P P F

    =

    (D)

    Para reaes simples em reactores de enchimento, conveniente exprimir a Equao de Ergun em termos de converso

    A0T T0 A0 T0

    T0

    FF F F X F 1 X

    F

    = + = +

    (E)

    Recorde que A0T A0T0 T0

    FF1 X, onde y

    F F= + = =

    (F)

    Substituindo (E) e (F) em (D) obtemos a Equao de Ergun para o clculo da queda de presso (P) em reactores de leito compacto:

    (G)

    Analisando a equao acima pode notar-se que: P( 0) P( 0) P( 0) < < = < >

    ( )00 0

    PdP T1 X

    dW 2 T P P

    = +

  • Se = 0, ou se (X) for negligencivel em relao a 1 (i.e., 1 >> X ) e se T = T0 (operao isotrmica), a equao (G) simplifica-se em:

    ( )0

    0

    PdP

    dW 2 P P

    =

    Rearranjando: ( )0

    0

    d P P2P

    P dW=

    Introduzindo o termo P/P0 na derivada: ( )20d P PdW

    =

    Integrando com P = P0 quando W = 0: 2

    0

    P1 W

    P

    =

    Tirando a raz quadrada em ambos os termos:

    ( )1 20

    P1 W

    P=

    (H)

    Onde ( )0

    c catalisador 0

    2

    A 1 P

    =

    Quando desejvel, a pressao P pode ser expressa em termos de uma distncia z ao longo do cumprimento do reactor.

    1 2

    0

    0 0

    2 zP1

    P P

    =

    (I)

    TPC: Derive a equao (I) partindo da Equao de Ergun (A)

    Exemplo (4-5 in Fogler): Clculo da perda de presso num reactor de enchimento

    Calcule a perda de presso numa srie de 40 tubos de 60 ft de cumprimento cada e 1 inch de dimetro preenchidos de gros de catalisador com inch de dimetro quando atravessados por um gs a um caudal mssico de 104.4 lb/h. A temperatura, 260C, constante ao longo do tubo. A porosidade 45% e as propriedades do gs so similares s do ar a esta temperatura. A presso entrada de 10 atm.

  • Resoluo No fim do reactor z = L e a equao das perdas de carga (I) torna-se:

    1 2

    0

    0 0

    2 LP1

    P P

    =

    ( ) ( )0 3

    c 0 p p

    G 1 150 11.75G

    g D D

    = +

    , onde: c

    mG

    A=

    &

    Para um arranjo de 40 tubos de 1 inch de dimetro, teremos Ac = 0.01414 ft2.

    Assim: m m2 2

    104.4 lb h lbG 7383.3

    0.01414 ft h ft= =

    Para o ar a 260C e 10 atm de presso,

    m0.0673lb ft h =

    3

    0 m0.413lb ft =

    A partir do enunciado do problema

    p

    1D inch 0.0208ft

    4= =

    8 mc 2

    f

    lb ftg 4.17 18

    lb h

    =

    Substituindo os valores acima na equao (*), obteremos: ( )

    ( )( )( )( )( )( ) ( )

    2

    m

    0 38 2 3

    m f m

    m m

    2

    7383.3lb ft h 1 0.45

    4.17 10 lb ft lb h 0.413lb ft 0.0208ft 0.45

    150 1 0.45 0.0673lb ft h lb1.75 7383.3

    0.0208ft ft h

    =

    +

    ( )f m f0 2 3m

    lb h lb lb0.01244 266.9 12,920.8 164.1

    ft lb ft h ft

    = + =

    2

    f0 2 2 2

    f

    lb 1ft 1atm164.1

    ft 144inch 14.7lb inch =

    0

    atm kPa0.0775 25.8

    ft m = =

  • Por fim.. 1 2 1 2

    0

    0 0

    2 LP 2 0.0775atm ft 60ft1 1

    P P 10atm

    = =

    0P 0.265 P 2.65 atm= =

    0P P P 10 2.65 7.35 atm = = =

    4.3. DIMENSIONAMENTO DE UMA PLANTA QUMICA ESPECIFICAES DO DIMENSIONAMENTO:

    Produzir 90000 toneladas mtricas de etileno glicol (EG) por ano apartir de etano

    REACES NECESSRIAS: Desidrogenao do etano: C2H6 C2H4 + H2 Oxidao do eteno: C2H4 + O2 C2H4O Hidrlise do xido de etileno (EO): C2H4O + H2O CH2OHCH2OH

    Flowsheet for the production of 90 000 tons EG p.a.

    1C2H6 PBR: C2H6C2H4 2

    3

    separator

    C2H6

    C2H4+1/2 O2 C2H4O6

    O2/N2/C2H4 /C2H4O

    separator

    Multi-tubular (1000 tubes) PBR

    absorber

    C2H4O

    H2O

    7

    4

    5

    air

    CSTR8

    9H2O+H2SO4

    10

    Flowsheet for the production of 90 000 tons EG p.a.

    1C2H6 PBR: C2H6C2H4 2

    3

    separator

    C2H6

    C2H4+1/2 O2 C2H4O6

    O2/N2/C2H4 /C2H4O

    separator

    Multi-tubular (1000 tubes) PBR

    absorber

    C2H4O

    H2O

    7

    4

    5

    air

    CSTR8

    9H2O+H2SO4

    10

  • Tabela abreviada de correntes:

    Corrente Espcie Caudal molar (mol/s) Corrente Espcie Caudal

    molar (mol/s) 1 C2H6 193 6 EO 82 2 C2H4 154 7 EO 68 3 C2H4 18 8 EO 58 4 C2H4 136 9 H2O 200 5 Air 324 10 EG 47

    4.3.1. DIMENSIONAMENTO DO DESIDROGENADOR DO ETANO O etano pode ser desidrogenado numa reaco elementar homognea na fase gasosa C2H6 C2H4 + H2

    2 6 2 6C H C Hr k C =

    k = 0.072 s-1 at 1000K, energia de activao: 82 kcal/mol (equao da velocidade da reaco dada na literatura)

    Foi decidido processar esta reaco a 12 atm e 1100K. Por forma a manterem-se a as condies isotrmicas no reactor, a reaco processada num banco de tubos. Cada tubo possui um dimetro de 5.1 cm (2 inch) e um comprimento de 12 metros. Quantos tubos so necessrios?

    1. Definir a converso: Apenas uma reaco tem lugar (desidrogenao do etano), assim uma nica converso ser definida. Define-se a converso do etano:

    e tan o,0 e tan o

    e tan o,0

    F FX

    F

    =

    2. Tabela estequiomtrica Alimentao: etano puro Reaco na fase gasosa (concentrao est relacionada com a presso parcial)

    Espcie Incio Reaco Final Fraco molar Etano FEtano,0 -FEtano,0 X FEtano,0 (1-X) (1-X)/(1+X) H2 0 FEtano,0 X FEtano,0 X X/(1+X) Etano 0 FEtano,0 X FEtano,0 X X/(1+X) FT,0=FEtano,0 FT=NEtano,0 (1+X)

  • A concentrao de cada componente pode ser agora calculada por: i total

    i

    y pC

    R T

    =

    Assim, e tan o total totale tan oy p p1 X

    CR T 1 X R T

    = =

    +

    Assume-se que a diminuio da presso no reactor pode ser negligenciada, uma vez que o reactor um tubo vazio!

    Deste modo, totaletan op1 X 1 X 12 101325 1 X

    C 132.961 X R T 1 X 8.314 1100 1 X

    = = =

    + + + mol/m3

    3. Balano molar para um Plug Flow Reactor (PFR) Uma vez que apenas uma reaco tem lugar neste sistema, apenas um balano molar suficiente para o dimensionamento do reactor:

    X

    e tan o,0

    e tan o0

    dXV F

    r=

    , com Fetano,0= 193 mol/s

    Converso final desejada

    e tan o,0 e tan o

    e tan o,0

    F F 193 39X 0.8

    F 193

    = = =

    4. Determinao da velocidade da reaco A velocidade da reaco dada como uma funo da concentrao do etano, que pode ser por uma funo da converso:

    2 6 2 6C H C H

    1 Xr k C k 132.96

    1 X

    = =

    +

    A constante da velocidade da reaco dada a 1000K. A reaco tem lugara a 1100K. As constantes de velocidade esto relacionadas via equao de Arrhenius:

    ( ) ( )E 1 1

    R 1000 1100

    1100K 1000Kk k e

    =

    ( )82000 1 1

    1.987 1000 1100

    1100Kk 0.072 e

    = , ( )1100Kk 3.07= s-1

    Assim, 2 6C H1 X

    r 4081 X

    =

    + mol/(m3 s)

  • 5. Combinar e resolver ( )

    ( )( )( )

    0.8 0.8

    0 0

    1 X 1 XV 193 dX 0.48 dX

    408 1 X 1 X

    + += =

    m3

    ( )( ) ( )( )

    0.8 X 0.8

    X 00

    1 XV 0.48 dX 0.48

    1 X2 ln 1 X X

    =

    =

    += =

    , V = 1.15 m3

    Cada tubo possui um volume de:

    ( )22 2tubo tuboV d l 5.1 10 12 0.0244 4

    pi pi= = =

    m3

    Isto significa que o nmero de tubos necessrio igual a:

    necessariotubos

    tubo

    V 1.15N 47

    V 0.024= = =

    4.3.2. DIMENSIONAMENTO DE UMA UNIDADE DE OXIDAO DO ETILENO

    O eteno pode ser oxidado em xido de etileno na presena de um catalisador de prata: C2H4 + O2 C2H4O

    2 4 2 4 2

    1 2' ' 3 3C H C H O

    r k p p = mol/(gcat hr)

    k = 0.0141 mol/(gcat.atm.hr) a 260oC (equao de velocidade da reaco dada na literatura)

    Foi decidido que a reaco deve see processada isotermicamente a 260oC num PBR com partculas de catalisador de prata com diametro de inch e densidade de 1.92 g/cm3. A porosidade do leito resultante ser de 0.45.

    Por forma a manter as condies isotrmicas, proposto o uso de 1000 tubos (dtubo = 1.5 inch = 3.81 cm). O eteno alimentado a 10 atm. O caudal molar total do eteno ao reactor igual a 136 mol/s. O ar alimentado ao reactor a 324 mol/s (o ar contm 21% de O2). A viscosidade do mistura reacional gasosa de aproximadamente 0.26 10-4 Pa s.

    Qual a quantidade de catalisador necessria em cada tubo?

  • 1. Definir converso Uma nica reaco tem lugar (oxidao do eteno), por isso apenas uma converso. Definir converso do eteno:

    eteno,0 eteno

    eteno,0

    F FX

    F

    =

    2. Tabela estequiomtrica Alimentao: mistura (Eteno, O2 e N2) Reaco na fase gasosa

    Eteno: 136 mol/s O2: 0.21 * 324 = 68 mol/s

    N2: 0.79* 324 = 256 mol/s Eteno: O2 = 2: 1

    A alimentao distribuda pelos 1000 tubos. Deste modo o caudal da alimentao para cada tubo :

    FEteno,0: 0.136 mol/s FO2,0: 0.068 mol/s FN2,0: 0.256 mol/s

    Espcie Incio Reaco Remanescente Fraco molar Eteno FEteno0 -FEteno0 X FEteno,0 (1-X) FEteno,0 (1-X)/FT O2 FO2,0 -FEteno0 X FO2,0-FEteno,0 X (FO2,0-FEteno,0 X)/FT N2 FN2,0 0 FN2,0 FN2,0/FT EO 0 FEteno,0 X FEteno,0 X FEteno,0 X /FT FT,0=FEteno0+FO2,0+FN2,0 FT=FEteno,0 (1-X)

    +FO2,0+FN2,0 1.0

    As presses parciais do eteno e do oxignio so agora dadas por: Usando fraces molares Estequiometria directa

    ( )eteno,0eteno eteno

    T,0 eteno,0

    F 1 Xp y p p

    1F F X

    2

    = =

    ( )( )

    eteno,0eteno,0

    eteno

    0

    C 1 XF pC

    v 1 X p

    = =

    +

    2

    2 2

    O eteno,0

    O O

    T,0 eteno,0

    1F F X

    2p y p p1

    F F X2

    = =

    ( )2

    2

    eteno,0 Oeteno,0

    O

    0

    1p X

    F p2C

    v 1 X p

    = =

    +

    alimentao estequiomtrica!

    O caudal molar total num tubo (FT,0) portanto 0.46 mol/s

    Lembrar para fase gasosa a T constante,

    ( ) 00 Pv v 1 XP

    = +

  • 3. Balano molar para um PBR Uma vez que apenas uma reaco tem lugar neste sistema, um nico balano molar suficiente para o dimensionamento do reactor:

    X

    eteno,0 '

    eteno0

    dXW F

    r=

    ou, na forma diferencial '

    eteno

    eteno,0

    rdX

    dW F

    =

    com Feteno,0 = 0.136 mol/s e condies limite:

    W = 0 X = 0

    W = Wdesejada eteno,0 eteno EO

    eteno,0 eteno,0

    F F F 82X 0.6

    F F 136

    = = = =

    4. Determinao da velocidade da reaco A velocidade da reaco dada como uma funo das presses parciais do

    eteno e do oxignio:

    2 4 2 4 2

    1 2' ' 3 3C H C H O

    r k p p = mol/(gcat.hr) ,

    k = 0.0141 mol/(gcat.atm.hr) a 260oC

    ou 8

    cat

    0.0141 molk' 3.865 10

    101325 3600 1000 kg Pa s

    = =

    ou, exprimindo-a em termos de concentraes,

    2 4 2 4 2

    1 2' 3 3C H C H Or k C C = Note que ( )k' k RT=

    5. Combinar e resolver So obtidas as seguintes equaes

    '

    eteno

    eteno,0

    rdX

    dW F

    = , onde

    2 4 2 4 2

    1 2' ' 3 3C H C H O

    r k p p =

    Substituindo a equao de velocidade na do dimensionamento,

    2 4 2

    1 2' 3 3

    C H O

    eteno,0

    k p pdX

    dW F

    =

  • Da tabela estequiomtrica obteve-se que

    ( ) ( )eteno,0eteno eteno

    T,0 eteno,0

    F 1 X 0.136 1 Xp y P P P

    1 0.46 0.068 XF F X

    2

    = = =

    , e

    2

    2 2

    O eteno,0

    O O

    T,0 eteno,0

    1F F X

    0.068 0.068 X2p y P P P1 0.46 0.068 X

    F F X2

    = = =

    Subsituindo na equao de dimensionamento, anterior

    ( ) 1 23 3'

    eteno,0

    0.136 1 X 0.068 0.068 Xk P P

    0.46 0.068 X 0.46 0.068 XdX

    dW F

    =

    Esta expresso contm duas variveis, X e P. A presso, P, tambm varia ao longo do leitodo catalisador, por isso deve dterminar-se a relao dP/dW

    O fluxo atravs do leito do enchimento origina uma perda de presso! Assim, embora a presso da alimentao seja 10 atm, esta no a presso ao longo do reactor! A perda de presso (carga) em reactores de enchimento dada pela equao de Ergun:

    ( )3

    gas c particula particula

    150 1dP G 11.75G

    dz g D D

    = +

    Fazendo as simplificaes pertinentes obtm-se

    ( )00

    PdP1 X

    dW 2 P P

    = +

    Onde

    ( )0

    c catalisador 0

    2

    A 1 P

    =

    e

    ( )0 3

    gas,0 c particula particula

    150 1G 11.75G

    g D D

    = +

    Determinao dos parmetros da equao de Ergun:

    Na entrada do leito do catalisador a velocidade mssica dada por:

    00 i,0 i i ,0m m M F 0.028 0.136 0.032 0.068 0.028 0.256= = = + + & &

    00m 0.0131 kg/s=&

  • Assim, ( )

    ( )2002

    c

    m 0.0131 kg/sG 11.5 kg/ s m

    A1.5 0.0254

    4

    = = =

    pi

    &

    0.45 =

    40.26 10 Pa s =

    particula

    1 1D inch 0.0254 m 0.00635 m

    4 4= = =

    3 3

    catalisador 1.92 g cm 1.92 kg m = =

    A densidade do gs na alimentao, gas,0:

    ( )a lim entacao

    0 i i ,a lim entacao

    p 10 101325M y

    R T 8.314 260 273

    0.136 0.068 0.256 0.028 0.032 0.028

    0.46 0.46 0.46

    = = +

    + +

    0 6.54 = kg/m3 Assim:

    ( ) 40 3

    150 1 0.45 0.26 1011.5 1 0.451.75 11.5

    1.92 1 0.00635 0.45 0.00635

    = +

    0

    Pa33037.78

    m =

    ( ) ( )2 02 33037

    0.00635 1.92 1 0.45 P4

    =

    pi

    ( ) ( )40 00

    P PdP1 X 6.16 10 0.46 0.068 X

    dW 2 P P P

    = + =

    ( )4 0PdP 6.16 10 0.46 0.068 XdW P

    =

    Finalmente: Ficam por resolver as seguintes equaes:

    ( ) 1 23 3'

    eteno,0

    0.136 1 X 0.068 0.068 Xk P P

    0.46 0.068 X 0.46 0.068 XdX

    dW F

    =

    W = 0 X = 0 W = Wdesejada X = 0.6

    e

    Condies limite

  • ( )4 0PdP 6.16 10 0.46 0.068 XdW P

    =

    W = 0 p = 1013250 Pa

    Estas equaes devem ser resolvidas simultaneamente! USE O POLYMATH!

    Para o uso do POLYMATH mais conveniente exprimir as equaes diferenciais em funo da converso, uma vez que os valores inicial e final so conhecidos.

    Resultado: Para 60% de converso, W = 16.3 kg e P = 9.83 atm

    0

    20

    40

    60

    80

    0 5 10 15 20

    Catalyst weight, kg

    X eth

    en

    e,%

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    0 5 10 15 20

    Catalyst weight, kg

    -r e

    the

    ne,

    mm

    ol/(s

    at

    m kg

    )

  • A massa de catalisador necessria em cada tubo 16.3 kg. Assim, uma massa total de 16.3 toneladas de catalisador necessria. A massa de 16.3 kg de catalisador corresponde a

    3

    catalisador

    catalisador

    W 16.3V 0.085 m

    1293= = =

    3catalisadorleitodecatalisaor

    VV 0.189 m= =

    Com uma area de seco transversal de 0.00114 m2, resultaria um comprimento de 165 metros por tubo. Isto no econmico. Por isso, aconselhvel aumentar significativamente o nmero de tubos!

    4.2.3. DIMENSIONAMENTO DE UM CSTR PARA A HIDRLISE DO XIDO DE ETILENO

    Pretende-se dimensionar um CSTR ou um cascada de CSTRs para produzir 90000 toneladas de etileno glicol por ano atravs da hidrlise do xido de etileno:

    9.6

    9.7

    9.8

    9.9

    10

    0 5 10 15 20

    Catalyst weight, kg

    p, at

    m

    CH2 CH2

    O H 2SO 4 CH2CH2

    OH

    OH+ H2 OCH2 CH2

    O H 2SO 4 CH2CH2

    OH

    OH+ H2 O

    EO + W EGcatalisador

  • A elevadas temperatures ocorre uma significativa formao de sub-produtos, enquanto abaixo de 40oC a reaco no ocorre a velocidades significantes. Assim, a temperatura de 55oC foi selecionada.

    O xido de etileno (58 mol/s) diludo em gua (200 mol/s). Antes da entrada no reactor esta corrente diluda com uma corrente de gua (200 mol/s) contendo H2SO4 (1mmol/mol) para catalisar a hidrlise.

    Determinao da velocidade da reaco A equao de velocidade foi determinada num reactor batch. 500ml de uma soluo 2M de xido de etileno (EO) em gua foi misturada com 500ml de gra contendo 0.9 wt.-% de cido sulfrico. A temperatura foi mantida constante a 55oC. A concentrao do etileno glycol (EG) em funo do tempo foi registada:

    Tempo, min 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 3.0 4.0 6.0 10.0

    CEG, mol/l 0.000 0.145 0.270 0.376 0.467 0.610 0.715 0.848 0.957

    1. Tabela estequiomtrica (reaco na fase lquida, V = constante)

    Espcie Incio Variao Remanescente Concentrao EO NEO,0 -NEO,0

    XEO NEO,0 -NEO,0 XEO (NEO,0 -NEO,0 XEO)/V

    W NW,0 -NEO,0 XEO

    NW,0 -NEO,0 XEO (NW,0 -NEO,0 XEO)/V

    EG 0 NEO,0 XEO NEO,0 XEO NEO,0 XEO/V NT,0=NEO,0 +

    NW,0 NT=NEO,0 + NW,0 -NEO,0

    XEO

    0

    0.2

    0.4

    0.6

    0.8

    1

    0 2 4 6 8 10Time, min

    CEG

    , m

    ol/l

  • Assim, a concentrao de xido de etileno (EO) ( )EO EO,0C C 1 X= gua (W) W W,0 EO,0C C C X= Etileno glicol (EG) EG EO,0C C X=

    com EO,0

    mol2 0.5 L

    molLC 1 0.5 L 0.5 L L

    = =

    +

    ( )W,0

    g1000 0.5 L 0.5 L

    molLC 55.5 g L

    18 mol

    += =

    Deste modo, grande excesso de gua est presente! A concentrao de gua permanece quase constante o volume permanece constante

    2. Balanos molares para o reactor batch

    Para o xido de etileno (EO): EOEOdN

    r Vdt

    =

    Para a gua (W): WWdN

    r Vdt

    =

    Para o etileno glicol (EG): EGEGdN

    r Vdt

    =

    De acordo com a estequiometria da reaco: EO W EGdN dN dN

    dt dt dt

    = =

    Deste modo, EG W EGr r r = =

    Assim, apenas uma equao sobra: EG

    EG

    dNr V

    dt =

    ( )EGEG

    d N / Vr

    dt=

    ( )EGEG

    d Cr

    dt=

    ( )EGEO

    d Cr

    dt =

    Mtodos de dterminao da velocidade da reaco A gua est em excesso e a sua concentrao pode ser considerada como sendo constante. Deste modo, no possvel com estas medies determinar o efeito da concentrao da gua na velocidade da reaco.

  • A reaco est longe do equilbrio. Desta forma, pode assumir-se que o produto, etileno glicol, no afecta a velocidade da reaco.

    Mtodo Diferencial: Assumir a power-law rate dependency for the rate of ethylene oxide (EO) consumption: nEO EOr k C =

    Apartir do balance molar, ( )EO

    EO

    d Cr

    dt=

    ou ( )EG

    EO

    d Cr

    dt =

    a tangente do

    traado concentrao vs. tempo igual velocidade do consume do xido de etileno (EO):

    Apartir da concentrao do etileno glycol (EG) medida a concentrao do xido de etileno pode ser determinada: EO EO,0 EGC C C=

    Traar ln(-rEO) vs. ln(CEO). n

    EO EOr k C =

    ( ) ( ) ( )EO EOln r ln k n ln C = + O declive desta linha ser a ordem da reaco com respeito ao xido de etileno e a ordenada na origem sera igual a ln(k).

    0

    0.1

    0.2

    0.3

    0.4

    0.5

    0 2 4 6 8 10Time, min

    C EG/

    t=-r E

    O,

    mo

    l/(l m

    in)

    ln(-rEO) = - 1.1382+1.0477ln(CEO)R2 = 0.9995

    -4

    -3

    -2

    -1

    0

    1

    -3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1

    ln(CEO/( mol/l)

    ln(

    C EG/

    t/(mo

    l/(l m

    in)))

  • Assim, 1.05EO EOr 0.32 C = mol/(l.min) A ordem da reaco quase igual a 1 com respeiro ao xido de etileno.

    Mtodo Integral: Na aplicao deste mtodo, uma certa ordem de reaco deve ser assumida.

    a. Assumindo dependncia de 1a ordem

    EO EOr k C = e ( )EO

    EO

    d Cr

    dt=

    Combinando ( )EO

    EO EO

    d Cr k C

    dt= =

    ( )EOEO,0

    Ct tEO

    EOt 0 C

    d Ck dt

    C

    =

    =

    =

    EO

    EO,0

    Ck t ln

    C

    =

    Traar ln(CEO/CEO,0) vs. tempo. Se a reaco fr de primeira ordem com respeito ao xido de etileno, o traado ser uma linha recta que passar pela origem dos eixos e ter um declive igual a k.

    Assim, EO EOr 0.3144 C = mol/(l.min)

    b. Assumindo dependncia de 2a ordem 2

    EO EOr k C = e ( )EO

    EO

    d Cr

    dt=

    ln(CEO/CEO,0) = -0.3144tR2 = 1

    -4

    -3

    -2

    -1

    0

    0 2 4 6 8 10

    Time, min

    ln(C

    EO/C

    EO,0)

  • Combinando ( )EO2EO EO d Cr k Cdt

    = =

    ( )EOEO,0

    Ct tEO

    2

    EOt 0 C

    d Ck dt

    C

    =

    =

    =

    EO EO,0

    1 1k t

    C C =

    Traa-se 1/CEO vs. tempo. Se a reaco fr considerada como sendo de 2a ordem com respeito ao xido de etileno, o traado resultar em uma linha recta que passa pela ordenada 1/CEO,0 e com um declive igual a k.

    Pode ver-se claramente que a reaco de 2a ordem resulta num pobre ajustamento dos pontos. Adicionalmente, esta expresso da velocidade da reaco deve ser rejeitada uma vez que a ordenada na origem no satisfaz a igualdade 1/CEO,0 = 1 l/mol.

    Assim, a velocidade da formao dp etileno glycol dada por:

    EO EOr 0.3144 C = mol/(l.min) ou

    EO EOr 0.00524 C =

    mol/(l.s)

    4.2.3.1. DIMENSIONAMENTO DE UM CSTR 1. Definir a converso Apenas uma reaco tem lugar (hidrlise do xido de etileno (EO)), por isso existir apenas uma converso. Defina a converso como converso do xido de etileno (EO):

    1/CEO = 2.0681t - 1.6647R2 = 0.852

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    0 2 4 6 8 10Time, min

    1/C E

    O

  • EO,0 EO

    EO,0

    F FX

    F

    =

    2. Tabela estequiomtrica Alimentao: mistura de xido de etileno, gua e H2SO4.

    xido de etileno: 58 mol/s gua: 200 + 200 mol/s H2SO4: 0.001*200 mol/s

    Reaco na fase gasosa o volume permanence constante

    Espcie Inicial Variao Remanescente Concentrao EO FEO,0 -FEG,0 X FEG,0 (1-X) NEG/V=CEG,0 (1-X) H2O FH2O,0 - FEG,0 X FH2O,0-FEG,0 X H2SO4 FH2SO4,0 0 FH2SO4,0 EG 0 FEG,0 X FEG,0 X FT,0=FEO,0+FH2O,0+FH2SO4,0 FT=FEG,0 (1-X) +

    FH2O,0 + FH2SO4,0

    A concentrao inicial do xido de etileno, CEG,0, aproximadamente dada por:

    22

    EO,0

    EG,0

    H OH O,0

    F 58C 8

    400 / 55.5F /= = =

    mol/l

    3. Balano molar para CSTR

    Para o xido de etileno (EO): EO,0 EO

    V X

    F r=

    com X = 0.81 e FEO,0 = 58mol/s

    4. Velocidade da reaco

    EO EOr 0.00524 C =

    mol/(l s) ou em termos de converso ( )EO EO,0r 0.00524 C 1 X = com CEO,0 = 8 mol/l

  • 5. Combinar e resolver

    EO,0 EO

    V X

    F r=

    ( )EO,0 EO,0V X

    F 0.00524 C 1 X=

    ( )V 0.81

    58 0.00524 8 1 0.81=

    , V = 5.8 m3.

    4.2.3.2. DIMENSIONAMENTO DE MAIS DE UM CSTR A reaco pode tambm ser processada em vrios CSTRs:

    I) CSTRs em paralelo: O volume total de CSTRs em paralelo igual ao volume total de um reactor nico CSTR (i.e. 5.8 m3).

    II) CSTRs em srie

    Para cada CSTR pode estabelecer-se um balano molar: EO,0 EO

    V X

    F r

    =

    economicamente mais vivel tomar CSTRs de igual volume.

    Para um nico reactor, podemos re-escrever a equao do balance molar com

    EO,0 EO,0F v C=

    EO,0 EO,0 EO

    EO EO

    X C C CV

    v r r

    = = =

    Para uma reaco de primeira ordem: EO EOr k C =

    ( )EO,0 EO

    EO

    C C X

    k C k 1 X

    = =

    ou k

    X1 k

    =

    + ,

    EO,0

    EO

    CC

    1 k=

    +

  • Para dois reactores em srie, a concentrao de EO sada do reactor 1 igual a

    EO,0

    EO,1

    1

    CC

    1 k=

    +

    A concentrao do EO que sai do reactor 2:

    ( ) ( )EO,1 EO,0

    EO,2

    2 2 1

    C CC

    1 k 1 k 1 k= =

    + + +

    Para reactores de igual volume:

    ( )EO,0

    EO,2 2

    CC

    1 k=

    +

    Para n-reactores de igual volume:

    ( )EO,0

    EOn n

    CC

    1 k=

    + ou ( )n n

    11 X

    1 k =

    +

    Para a desejada converso Xn de 81%:

    n , s V, m3 total, s Vtotal, m3

    1 813 5.8 813 5.8 2 247 1.8 494 3.6 3 141 1.0 423 3.0 4 99 0.7 394 2.8

    Exemplo de Clculo 4.1 A reaco elementar na fase gasosa 2A B C+ com equao de velocidade

    2

    A A Br kC C =

    levada a cabo a temperatura (500K) e presso (16.4 atm) constantes com kA=10 dm6/mol2.s. Determine o volume de um CSTR necessrio para alcanar 90% de converso em uma alimentao de 50% molar de A e 50% de B com um caudal volumtrico total inicial (v0) de 100 litros/s.

  • Exemplo de Clculo 4.2 Os dados seguintes foram obtidos em experincias realizadas num reactor batch e referem-se decomposio do xido de etileno em fase de vapor a 414C:

    ( ) ( ) ( )2 4 4C H O g CH g CO g + Tempo, min 0 9 13 18 50 100 Ptotal, mmHg 116.5 129.4 134.7 141.3 172.1 201.2

    (a) Calcule a ordem da reaco e a constante de velocidade desta reaco! (b) De que informao adicional necessitaria para determinar a energia de

    activao da reaco? (c) Determine o volume de um

    (i) CSTR e (ii) PFR necessrios para processar 200 mol/min de uma alimentao pura de xido de etileno temperatura de 414C e presso de 2 atm at uma converso de 80%.