Características da Poesia Hebraica

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Características da Poesia Hebraica O povo hebreu foi marcado por um forte senso poético. Isso transparece em largas porções das Escrituras do Velho Testamento, que foram escritas na forma de poesia. Os livros poéticos compreendem principalmente os Salmos, o livro de Jó, o livro de Cantares (ou Cântico dos Cânticos), o livro das Lamentações de Jeremias e extensas porções do livro de Isaías, além de outros textos espalhados pelos profetas e pelos livros históricos. A característica mais marcante da poesia hebraica é o seu paralelismo. Sua ênfase não era a rima de palavras, como na poesia ocidental, mas a rima de idéias. Os estudiosos classificam alguns tipos diferentes de paralelismo: Paralelismo Sinônimo: Idêntico, Sl 24:1 Semelhante, Sl 19:2 Paralelismo Antitético: Sl 1:6 Paralelismo Sintético ou Construtivo: Comparativo, Pv 15:17 Raciocínio, Pv 26:4 Paralelismo Climático: Sl 29:1 (Neste tipo, a primeira linha sozinha está incompleta, e a segunda linha repete algumas das suas palavras para completar o pensamento.) Paralelismo Emblemático: Pv 25:25; 11:22

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Características da Poesia HebraicaO povo hebreu foi marcado por um forte senso poético. Isso transparece em largas porções das Escrituras do Velho Testamento, que foram escritas na forma de poesia.Os livros poéticos compreendem principalmente os Salmos, o livro de Jó, o livro de Cantares (ou Cântico dos Cânticos), o livro das Lamentações de Jeremias e extensas porções do livro de Isaías, além de outros textos espalhados pelos profetas e pelos livros históricos. A característica mais marcante da poesia hebraica é o seu paralelismo. Sua ênfase não era a rima de palavras, como na poesia ocidental, mas a rima de idéias. Os estudiosos classificam alguns tipos diferentes de paralelismo:

Paralelismo Sinônimo:Idêntico, Sl 24:1Semelhante, Sl 19:2Paralelismo Antitético:Sl 1:6Paralelismo Sintético ou Construtivo:Comparativo, Pv 15:17Raciocínio, Pv 26:4Paralelismo Climático:Sl 29:1(Neste tipo, a primeira linha sozinha está incompleta, e a segunda linha repetealgumas das suas palavras para completar o pensamento.)Paralelismo Emblemático:Pv 25:25; 11:22(No paralelismo emblemático, a segunda linha fornece uma ilustraçãofigurativa, mas sem quaisquer palavras de contraste, simplesmente colocandoas duas idéias em justaposição. Em tal caso, a primeira linha serve comoemblema para ilustrar a segunda.)

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O Livro de Salmos1. DivisõesSeu título na Bíblia hebraica é “tehillim” ou “cânticos de louvor”. O título Salmos deriva dapalavra grega πσαλμοι- “Psalmoi”, que significa “cânticos a serem acompanhados porinstrumentos de cordas”.Desde tempos antigos, os Salmos têm sido agrupados em cinco livros, com a finalidadede corresponder aos cinco livros da Torá. As divisões são as seguintes:Livro I - Salmos 1 a 41Livro 2 - Salmos 42 a 72Livro 3 - Salmos 73 a 89Livro 4 - Salmos 90 a 106Livro 5 - Salmos 107 a 1502. Autoria e DataCom exceção do Sl 72:20, nenhum Salmo menciona o nome de seu autor no própriotexto. Na maioria dos Salmos, essa informação é dada no seu título. Reunindo-se osSalmos que mencionam seus autores, podemos traçar o seguinte quadro de autoriadesses textos:• Um Salmo de Moisés (Sl 90), durante o século XV a. C.• Setenta e três Salmos escritos por Davi (a maioria nos livros 1 e 2), em tornode 1020 e 975 a.C.• Doze Salmos de Asafe (Sl 50; 73-83), aproximadamente na mesma épocados Salmos davídicos.• Dez Salmos dos filhos (descendentes) de Coré (Sl 42; 44-49; 87-88)• Um ou dois de Salomão (Sl 72?; 127), em torno de 950 a.C.• Um Salmo de Hemã, o ezraíta (Sl 88).

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• Um Salmo de Etã, o ezraíta (Sl 89).É difícil atribuir data aos Salmos escritos pelos filhos de Coré e pelos ezraítas; supõe-seque sejam anteriores ao Exílio babilônico. O Salmo 137, que não tem título no hebraico, éinconfundivelmente um Salmo exílico, enquanto o Salmo 126 foi escrito por volta de 500a.C., logo no início do retorno do Exílio.

O Livro de JóEste livro, cuja autoria é controvertida, sendo que Moisés foi reputado durante muitotempo como seu possível autor, é único nas Escrituras por se tratar praticamente de umdrama poético. Escrito em poesia, à exceção do seu prólogo e do seu epílogo, constituisebasicamente de discursos em torno de um mesmo assunto: por que Deus permite osofrimento na vida de pessoas justas?Em geral, os amigos de Jó defendiam o ponto de vista segundo o qual o sofrimento ésempre decorrência do pecado; por outro lado, Jó parte de um constante testemunho desua própria justiça para a verificação de que sua justiça significava pouco diante damajestade do Senhor (Jó 42:1-6).I. Prólogo: O Teste de Jó, 1:1 - 2:13II. Falso Conforto dos Três Amigos, 3:1 - 31:40A. Primeiro Ciclo de Discursos, 3:1 - 14:221. Lamentações de Jó, 3:1-262. Resposta de Elifaz, 4:1 - 5:27; réplica de Jó, 6:1 - 7:213. Resposta de Bildade, 8:1-22; réplica de Jó, 9:1 - 10:224. Resposta de Zofar, 11:1-20; réplica de Jó, 12:1 - 14:22.B. Segundo Ciclo de Discursos, 15:1 - 21:341. Resposta de Elifaz, 15:1-35; réplica de Jó, 16:1 - 17:162. Resposta de Bildade, 18:1-21; réplica de Jó, 19:1-29

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3. Resposta de Zofar, 20:1-29; réplica de Jó, 21:1-34.C. Terceiro Ciclo de Discursos, 22:1 - 31:401. Resposta de Elifaz, 22:1-30; réplica de Jó, 23:1 - 24:252. Resposta de Bildade, 25:1-6; réplica de Jó, 26:1 - 31:40.III. Os Discursos de Eliú, 32:1 - 37:24A. Discurso 1: Deus instrui o homem através da aflição, 32:1 - 33:33B. Discurso 2: Vindicadas a justiça e a prudência de Deus, 34:1-37C. Discurso 3: As Vantagens da Piedade, 35:1-16D. Discurso 4: A Grandeza de Deus e a Ignorância de Jó, 36:1- 37:24IV. Os Discursos de Deus, 38:1 - 42:6A. Discurso 1: A Onipotência de Deus na Criação, 38:1 - 40:5B. Discurso 2: O Poder de Deus e a Fraqueza do Homem, 40:6 - 42:6V. Epílogo: Deus repreende os amigos de Jó e restaura a este, 42:7-17.

Cantares de SalomãoO título hebraico deste livro é “Shir hash-shirim”, que significa “O cântico dos cânticos” ou“o melhor dos cânticos”. Por causa de sua temática, este livro, que tem sido atribuídoinequivocamente a Salomão pelos estudiosos mais habilitados, quase esteve excluído docânon. Questionava-se entre os rabinos, após o Exílio, se esse livro teria algum valor“religioso”. Durante muitos séculos, mesmo na igreja, ele foi aceito apenas porqueprevaleceu a forma alegórica de se interpretá-lo, vendo nele um símbolo para orelacionamento entre Jesus e a igreja.Precisamos salientar que essa esquizofrenia é alheia ao entendimento das Escrituras. Olivro possui um sentido alegórico, mas esse sentido existe em função da realidade que eledemonstra: a beleza e a firmeza do verdadeiro amor conjugal. Da

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mesma forma, Paulofala de Cristo e da igreja em conexão com o seu ensino sobre o casamento correto (vejaEf 5:24-32), e o entendimento quanto à realidade do relacionamento entre Jesus e aigreja só é possível se o relacionamento entre marido e esposa for corretamentevalorizado. Na simbologia, uma realidade depende da outra.Tradicionalmente, os Cantares têm sido compreendidos como a história de amor entreSalomão e sua noiva camponesa, a Sulamita. No entanto, Ct 8:7 é o texto-chave desselivro, e abre-nos a perspectiva de uma outra interpretação: a noiva é arrebatada de seuamado por Salomão, que tenta de todas as maneiras fazê-la sua. O coração dela, noentanto, pertence exclusivamente ao seu camponês, o qual igualmente não a esquece. Aresistência da noiva faz com que Salomão desista e a devolva ao seu amado - o queensina ao rei uma importante lição: “ainda que alguém desse todos os bens da sua casapelo amor, seria de todo desprezado”.Ao mesmo tempo em que fornece-nos um paralelo simbólico lindo para o relacionamentodo Senhor Jesus com sua igreja, este livro coloca o amor conjugal num belíssimopatamar. É significativo, principalmente para nossa consideração nestes dias em queDeus tem restaurado famílias e relacionamentos conjugais, que no centro das Escriturashaja um livro que trata exclusivamente de amor, romantismo e fidelidade - valores carosao coração do Senhor, que se menciona inúmeras vezes no VelhoTestamento comoesposo de seu povo.

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ProvérbiosO título hebraico deste livro é Misheley Shelõmõh – “Os Provérbios de Salomão”. Otermo hebraico traduzido como “provérbio” é mãshãl, que vem de uma raiz que significa“paralelo” ou “semelhante”, e significa “uma descrição comparativa”.O propósito do livro fica claro nos versículos iniciais (Pv 1:1-7):• aprender a sabedoria, v. 2. Isto se consegue através do temor do Senhor, v. 7• obter o ensino do bom proceder, v.3-6. Vemos que a ênfase está na prática correta, noviver correto, sendo esta exatamente a mesma ênfase que o Novo Testamento colocana sã doutrina (veja Tt 2:1-10,12,14)O temor do Senhor nos leva, necessariamente, a um viver correto, que evita o contatocom o pecado. Ao mesmo tempo, o livro de Provérbios apresenta uma série de conselhoseminentemente práticos, mostrando que a verdadeira revelação não diz respeitounicamente a assuntos “espirituais” (as Escrituras rejeitam enfaticamente toda dicotomiaentre natural e espiritual), mas transborda também para os assuntos cotidianos.Autoria e DataAs seguintes seções de Provérbios parecem ser atribuídas a Salomão, filho de Davi:a) 1:1-9:18, segundo 1:1b) 10:1-22:16, segundo 10:1c) 25:1-29:27, segundo 25:1, embora fossem selecionados e publicados por um comitênomeado pelo rei Ezequias (726-698 a.C.) Devemos lembrar que, segundo 1 Rs 4:32a coletânea original dos provérbios de Salomão tinha nada menos do que três mil

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provérbios. Sendo que o livro canônico dos provérbios contém apenas 800 versículos,é óbvio que os escritos originais de Salomão continham bastante matéria para serselecionada.Duas seções são atribuídas aos “sábios”, que não são especificados detalhadamente,mas que sem dúvida pertenciam à mesma classe referida em 1 Rs 4:31. Há muitosmotivos para se crer que pertenciam a uma data anterior ao próprio Salomão, e que estefoi responsável por colecionar essa antologia sob sua própria redação.Os ditados de Agur, filho de Jaque, são de origem incerta, sendo que não possuímosquaisquer informações quanto à situação histórica, geográfica ou até étnica de Jaque.Os ditados do rei Lemuel são certamente de origem não-israelita, mas é razoável suporque ele fosse um príncipe do norte da Arábia, possivelmente vivendo numa área nãolonge de Uz, que ainda conservava a fé no único Deus verdadeiro. Quanto a Pv 31:10-31,há dúvida se esta bela descrição duma esposa perfeita é atribuída ao rei Lemuel, ou aqualquer outro. O fato, porém, de ser composta como poesia acróstica ou alfabética devinte e duas linhas demonstra que é uma composição separada, e seu estilo tem poucasemelhança aos primeiros nove versículos do capítulo 31.1. Título e propósito, 1:1-62. Quinze lições de sabedoria, 1:7-9:18a) 1:7-19 b) 1:20-33 c) 2:1-22 d) 3:1-18e) 3:19-26 f) 3:27-35 g) 4:1-5:6 h) 5:7-23i) 6:1-5 j) 6:6-11 l) 6:12-19 m) 6:20-35n) 7:1-27 o) 8:1-36 p) 9:1-18

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A maioria destes provérbios foi escrita na forma de cânticos mãshãl ou paralelos. Não háuma coerência interna de todas essas canções, mas de certa forma, possuem umaunidade interna, com uma multiformidade bem arranjada.3. Provérbios adicionais de Salomão, 10:1-22:16Uma série de aproximadamente 375 máximas curtas. Não são agrupadas conforme umplano compreensivo, excetuando-se seções que são vinculadas por característicascomuns.4. Primeira série de ditados dos sábios, 22:17-24:22Os sábios referidos podem ser, em parte, os mencionados em 1 Rs 4:315. Segunda série de ditados dos sábios, 24:23-346. Provérbios de Salomão, registrados pelos homens de Ezequias, 25:1-29:27Esta seção não segue qualquer plano perceptível, mas contém algumas séries deprovérbios relacionados (por exemplo, 26:1-12, 13-16, 20-22).7. Ditados de Agur, filho de Jaque, 30:1-33Este capítulo contém um número excepcional do tipo middah (que significa “medida” ou“número previsto”), tais como os versículos 15 a 17: “Há três coisas que nunca se fartam,sim, quatro que não dizem: Basta...”8. Ditados de Lemuel, 31:1-9Advertência aos soberanos contra o uso de bebidas alcoólicas e uma exortação àintegridade no juízo.9. A esposa perfeita, 31:10-31Os padrões de virtude e talentos pelos quais uma esposa piedosa pode aquilatar suavida.

Eclesiastes

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O título hebraico deste livro é Qõhelet, que significa, segundo parece, “o ofício dopregador”, que depois se tornou o título do próprio pregador. É derivado da raiz qãhal,que significa “convocar uma assembléia”, ou então “dirigir a palavra a uma assembléia”. Oautor dessa obra refere-se assim a si mesmo em numerosas passagens, e portanto, onome é aplicável à obra. O termo ecclesiastes, seu título na Septuaginta, é uma boatradução deste termo, e se deriva do termo grego ekklesia, que significa “assembléia”.O propósito e o tema de EclesiastesO propósito de Eclesiastes era convencer os homens da inutilidade de qualquer ponto devista acerca do mundo (ou cosmovisão) que não se levante acima do horizonte do própriohomem. Pronuncia o veredicto de “vaidade de vaidades” sobre qualquer filosofia de vidaque considera o mundo criado, ou o prazer humano, como sendo uma finalidade em simesmo. Considerar a felicidade pessoal como sendo o sumo bem da vida é pura estultícialevando-se em conta o valor preeminente de Deus em contraste com Seu universo criado.Não se pode nunca obter a felicidade colocando-a como um alvo a atingir, e tal atividadeenvolve somente uma autodeificação ridícula. Tendo demonstrado a vaidade que há emviver-se somente em prol de alvos mundanos, o autor prepara o caminho para umacosmovisão que reconhece Deus como sendo o valor supremo, que só atenta para osignificado real numa vida, se esta é dedicada ao Seu serviço. Só como veículo para aexpressão da sabedoria, bondade e verdade de Deus é que o

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próprio mundo temqualquer significado real. Somente a obra de Deus é que perdura, e só Ele pode concedervalor eterno à vida e às atividades do homem. “Sei que tudo que Deus faz duraráeternamente, nada se lhe pode acrescentar, e nada lhe tirar” (Ec 3:14).Autoria e Data de EclesiastesO autor desta obra se identifica como filho de Davi, rei em Jerusalém. Embora nãoespecifique que seu nome é Salomão, é razoável supor que a referência seja feita maisao sucessor direto de Davi do que a qualquer descendente posterior. Esta suposição éconfirmada por numerosas referências internas, tais como as referências à suaincomparável sabedoria (1:16), suas riquezas sem igual (2:8), seu séquito de inúmerosservos (2:7), suas oportunidades para o prazer carnal (2:3), e suas atividades extensivasde construções (2:4-6). Nenhum outro descendente de Davi se enquadra nestasespecificações senão o próprio Salomão. O ponto de vista tradicional, tanto de eruditosjudeus como cristãos, tem sido, portanto, que Salomão, filho de Davi, escreveu o livrointeiro. A tradição judaica em Baba Bathra 15a declara que “Ezequias e sua companhiaescreveram Eclesiastes”, o que provavelmente significa que Ezequias e seu gruposimplesmente editaram e publicaram o texto. Em outros trechos, a tradição judaica é bemexplícita no sentido de que Salomão fosse o autor (por exemplo, em Megilla 7a eShabbath 30). Muito provavelmente Salomão escreveu este livro já no final da vida (haja

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vista a maneira como ele se dirige aos jovens em diversos trechos, o que pressupõe queele já tivesse certa idade) e, se foi assim, provavelmente ele o escreveu após haverexperimentado o arrependimento e restauração.1. Primeiro discurso: a vaidade da sabedoria humana, 1:1-2:26a) tema básico: a vaidade do esforço e da experiência meramente humana, 1:1-3b) demonstração do tema, 1:4-2:261. o ciclo da vida e da história humana, sem sentido, 1:4-112. a inutilidade final da sabedoria e da filosofia humanas, 1:12-183. a vaidade do gozo, do prazer e da riqueza, 2:1-114. a morte final até mesmo dos sábios, 2:12-175. a futilidade de deixar fruto de trabalhos árduos a herdeiros indignos, 2:18-236. a necessidade de ficar contente com a providência de Deus, 2:24-262. Segundo discurso: colocando-se em contato com as Leis que governam a vida,3:1-5:20a) atitude prudente, tendo em vista os fatos da vida e da morte, 3:1-221. é necessário reconhecer o tempo apropriado de cada atitude e experiência,3:1-92. só Deus garante valores eternos, 3:10-153. Deus punirá os injustos, a morte virá para todos, 3:16-184. o homem precisa participar da morte física dos animais, 3:19,205. sem certeza da vida além, o homem precisa tirar o melhor proveito da vidapresente, 3:21,22b) as decepções da vida na terra, 4:1-161. a crueldade e a miséria, 4:1-32. revelam-se as desvantagens do sucesso, da preguiça, da cobiça insaciável,4:4-8

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3. as provações da vida são melhor enfrentadas por dois do que um sozinho,4:9-124. o sucesso político é instável, 4:13-16c) a futilidade duma vida em procurar seu próprio bem, 5:1-201. presentear a Deus com sacrifícios falsos, palavras vãs, promessas nãocumpridas, é coisa vã, 5:1-72. a retribuição atinge os opressores, e a decepção chega aos cobiçosos, 5:8-173. desfrutar das dádivas de Deus com gratidão traz contentamento, 5:18-203. Terceiro discurso: não há satisfação nos bens e tesouros da terra, 6:1-8:17a) a insuficiência das realizações estimadas pelo mundo, 6:1-121. nem as riquezas nem uma família grande podem oferecer satisfação final, 6:1-62. nem os sábios nem os tolos atingem a satisfação da alma, 6:7-93. sem Deus, o homem não pode discernir a verdadeira razão do viver, 6:10-12b) conselhos de prudência neste mundo corrompido pelo pecado, 7:1-291. os verdadeiros valores se aquilatam melhor da perspectiva da tristeza e damorte, 7:1-42. a alegria sem base, o ganho desonesto, e a falta de controle são apenasobstáculos, 7:5-93. a sabedoria é mais vantajosa do que a riqueza, ao se enfrentar a vida, 7:10-124. Deus é o autor tanto de boa como de má sorte, 7:13,145. tanto o farisaísmo como a imoralidade levam à desgraça, 7:15-186. a sabedoria tem poder supremo, mas o pecado é universal, 7:19-207. não se deve fazer conta da malícia feita contra si próprio, 7:21,228. a busca humana pela sabedoria não pode atingir a verdade

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espiritual profunda,7:23-259. uma mulher maligna é o pior dos males, 7:2610.mas toda a raça humana desviou-se da bondade original, 7:27-29c) sabendo enfrentar um mundo imperfeito, 8:1-171. o sábio reverencia a autoridade do governo, 8:1-52. a lei divina opera em nossa vida apesar de angústias, injustiças e a morteinevitável, 8:6-93. apesar de estimados, e não punidos, os maus serão julgados por Deus, no final,8:10-134. a injustiça nesta vida encoraja um hedonismo inconseqüente, 8:14,155. mas os caminhos de Deus são inescrutáveis à sabedoria humana, 8:16,174. Quarto discurso: Deus vai tratar das injustiças desta vida, 9:1-12:8a) a morte é inevitável a todos; faça bom uso desta vida, 9:1-181. a morte é inevitável para os bons e os maus; a insanidade moral prende atodos, 9:1-32. a escolha moral e o conhecimento desta vida terminam com a morte, 9:4-63. os fiéis devem fazer pleno uso das oportunidades e bênçãos da vida, 9:7-104. até para pessoas dignas, o sucesso é incerto e o tempo de vida imprevisível,9:11,125. a sabedoria, por menos apreciada que seja, traz mais sucesso do que a força,9:13-18b) as incertezas da vida, e os prejudiciais efeitos da tolice, 10:1-201. mesmo um pouco de tolice pode arruinar a vida de um homem; seja prudente

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na presença de príncipes, 10:1-42. a vida oferece revezes nas fortunas e golpes em retribuição, 10:5-113. um tolo é marcado por sua conversa vã e pelos seus esforços mal dirigidos,10:12-154. o bem estar das nações e dos homens depende de aceitar a responsabilidade,10:16-195. o desprezo da autoridade traz a retribuição certa, 10:20c) como investir melhor uma vida, 11:1-12:81. a bondade volta com bênçãos ao benfeitor, 11:1,22. a sabedoria do homem não pode mudar ou sondar as leis divinas da natureza,11:3-53. a maneira mais sábia de viver, é ser sempre diligente, aplicado e de bomhumor, 11:6-84. a juventude desperdiçada nos prazeres recebe a paga adequada, 11:9,105. comece a viver para Deus enquanto é jovem, antes da chegada das aflições eda velhice, 12:1-85. Conclusão: a vida à luz da eternidade, 12:9-14a) o propósito de Salomão era dar sábias instruções ao povo acerca da vida, 12:9,10b) estas admoestações agudas têm mais valor prático do que qualquer literatura,12:11,12c) ponha a vontade de Deus em primeiro lugar, pois Seu julgamento é final, 12:13,14

EDRISSE PINHO: Teologo e Conferencista.