Caracteristicas fundamentais-dos-textos-dos-media8

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7 Características fundamentais dos textos dos Media NOTÍCIA 1. Conceitos básicos Atualidade – Uma notícia deve ser novidade e apresentar a informação mais recente sobre um facto ou acontecimento; (História ferido / morte) Generalidade ou universalidade – deve interessar a um número considerável de pessoas ; a universalidade ainda pela importância das pessoas envolvidas nos acontecimentos; Objetividade e verdade – o jornalista deve apresentar os factos de forma rigorosa e imparcial, respeitando sempre a verdade; O jornalista, quando não tem a certeza de algum dado em seu poder, não publica. 2. Estrutura da notícia Título (Antetítulo e subtítulo ) Lead ou parágrafo-guia Deve responder às seguintes questões: Quem? O quê? Onde? Quando?. Poderão ainda aparecer respostas ao como e porquê, mas de forma muito simples. Um lead não deve ter mais de dois períodos; Cada período não deve ter mais de vinte palavras; Corpo da notícia Deve respeitar a estrutura da pirâmide invertida – em que os aspetos de um acontecimento são abordados por ordem decrescente de importância . Os factos devem vir distribuídos pelos parágrafos de forma correta e equilibrada; O texto deve ser expositivo e manter o leitor interessado; Os períodos devem ser curtos e a linguagem simples e sucinta; Deve-se utilizar sobretudo substantivos e os verbos devem apresentar-se no Pretérito Perfeito do Indicativo ou no Presente;

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Características fundamentais dos textos dos Media

NOTÍCIA

1. Conceitos básicos Atualidade – Uma notícia deve ser novidade e apresentar a informação mais recente sobre um facto ou acontecimento; (História ferido / morte) Generalidade ou universalidade – deve interessar a um número considerável de pessoas ; a universalidade ainda pela importância das pessoas envolvidas nos acontecimentos; Objetividade e verdade – o jornalista deve apresentar os factos de forma rigorosa e imparcial, respeitando sempre a verdade; O jornalista, quando não tem a certeza de algum dado em seu poder, não publica.

2. Estrutura da notícia

Título (Antetítulo e subtítulo)

Lead ou parágrafo-guia

Deve responder às seguintes questões: Quem? O quê? Onde? Quando?. Poderão ainda aparecer respostas ao como e porquê, mas de forma muito simples. Um lead não deve ter mais de dois períodos; Cada período não deve ter mais de vinte palavras;

Corpo da notícia

Deve respeitar a estrutura da pirâmide invertida – em que os aspetos de um acontecimento são abordados por ordem decrescente de importância. Os factos devem vir distribuídos pelos parágrafos de forma correta e equilibrada; O texto deve ser expositivo e manter o leitor interessado; Os períodos devem ser curtos e a linguagem simples e sucinta; Deve-se utilizar sobretudo substantivos e os verbos devem apresentar-se no Pretérito Perfeito do Indicativo ou no Presente; A notícia pode ser documentada com a apresentação de curtas citações das afirmações efetuadas pelos intervenientes ou pelas testemunhas.

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REPORTAGEM

Reportagem é uma notícia vista à lupa, implicando um trabalho de pesquisa e de análise, dependendo assim mais do estilo pessoal do jornalista, mas que deve ser concisa, simples, colorida e vibrante. Um repórter é um jornalista enviado a um local para ver, ouvir, sentir, anotar e, finalmente, relatar uma realidade ou um acontecimento.

Metodologia de trabalho:

Investigação: entrevistas a testemunhas dos acontecimentos; pesquisa no próprio local; consulta de fontes impressas ou internet; consulta de outros meios de comunicação social; Escolha do ângulo ou tema. Definição com o repórter fotográfico o objectivo da reportagem e o ângulo ou perspectiva a abordar; Organização e seleção de todo o material recolhido; Redação ; Destaque gráfico de algumas ideias chave ou afirmações ao longo da reportagem.

Estrutura

1. Título (regras da notícia)2. Abertura ou ataque deve conquistar o leitor , deve através de um grande plano dar o ângulo ou a perspetiva da reportagem, apresentando aquilo que diferencia esta história de qualquer outra. No ataque pode utilizar-se uma citação, mas deverá ser curta e incisiva.

No ataque deve-se evitar o seguinte: as considerações gerais, uma lista de evidências, uma apresentação exagerada dos protagonistas; ou uma descrição demasiado longa.

No corpo da reportagem devem ser respeitadas as leis da alternância: Alternância de planos (grandes planos/ planos gerais) Ações / reflexões; Descrições dos protagonistas / Citações; Imagens / História; Discurso Indireto / Discurso direto; Frases curtas / frases longas; Acão principal / episódios coloridos, insólitos e de interesse humano ; Assunto / notas da cor local

Ao longo do corpo da reportagem pode ser necessário fazer o background (a contextualização) e o flashback, consoante a opção da estruturação da reportagem. Normalmente, surge ao longo do texto o destaque gráfico de algumas ideias-chave ou afirmações (os subtítulos), de modo a permitir uma leitura mais dinâmica. Uma boa divisão dos parágrafos permite uma melhor compreensão do fio condutor da reportagem;

3. Parágrafo final é importantíssimo, porque nos deixa impressão final da reportagem, devendo, por isso, terminar com um grande plano.

Linguagem e características do discurso da reportagem:

O Presente do Indicativo é o tempo da reportagem; O flashback pode surgir no Pretérito Perfeito do Indicativo;

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Predomina o uso da terceira pessoa; Uso do registo de língua corrente; A adjetivação pode ser expressiva; Predomina a função informativa; Presença da narração, da descrição e do diálogo.

http://www.ventura.org.br/noticias/2011/05/29/sacolas-plasticas-na-mira/reportagem-revista-veja-junho-2011/

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ENTREVISTA

A entrevista pressupõe três atos: o preparar a entrevista, o de entrevistar e o da transcrição sob a forma de perguntas e respostas. A entrevista deve ser orientada pelo entrevistador e levar o entrevistado a dizer algo de novo ou numa perspetiva diferente.

Estrutura:

Título (subtítulo e antetítulo)

Abertura - introdução

Questionário – perguntas e respostas

Conclusão – opinião do entrevistador

Metodologia de trabalho

Preparação

Seleção da pessoa a entrevistar; Escolha de um ângulo, que pode ser alterado no decurso da entrevista; Documente-se sobre o assunto; Elabore um guião da entrevista; A entrevista deve ser marcada com antecedência; O local onde decorre a entrevista deve ser pensado; O tempo da entrevista é relativo; As perguntas devem estar mais ou menos memorizadas; Prepare do material de gravação

Entrevista

Há que ter em conta as regras da etiqueta; Deve fazer com que o entrevistado se sinta à vontade, abordando os assuntos que ele domina; Além do material de gravação, pode-se usar o bloco de notas; Deixar direito ao entrevistado de falar off the record; Refazer as questões sempre que as respostas não tenham sido claras ou coerentes; Fazer perguntas pertinentes que não estavam previstas, mas que são suscitadas pelas respostas do entrevistado;

Redação

Selecção e reconstrução das respostas; Elimina-se as respostas repetidas; Deve condensar-se as respostas, retirando tudo o que for redundante; As respostas não devem começar pela repetição dos termos da pergunta; Expressões como na sua opinião são desnecessárias na pergunta; As marcas de oralidade, o calão e a gíria devem ser cortados e substituídos; Pode-se transcrever em forma de diálogo ou em estilo narrativo; As entrevistas em estilo narrativo permitem traçar o retrato do entrevistado; A abertura deve apresentar o entrevistado de forma eloquente; As perguntas e respostas devem surgir de forma coerente e encadeada, permitindo ao leitor identificar o fio condutor da entrevista.

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CRÓNICA

Crónica jornalística – tipo de discurso em que o emissor observa, de modo subjetivo, os acontecimentos do quotidiano, tecendo, sobre estes, considerações pessoais.

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Tipos de crónica: política, desportiva, literária, humorística, social, económica e outras.

Características da crónica:

Redigida por jornalistas ou por personalidades convidadas, logo um texto assinado; Texto subjetivo e predominantemente opinativo, surgindo com maior ou menor evidência a crítica; Textos apresentados com regularidade e com continuidade no mesmo espaço da publicação, normalmente com uma designação específica (um nome); Texto breve e suscetível de múltiplas interpretações; O interesse imediato leva a que muitas crónicas tenham um carácter efémero.

Estrutura

1. Designação do espaço da crónica 2. Título específico tendo em conta o assunto da crónica3. A sequência dos acontecimentos é apresentada por ordem variável, de acordo com a intencionalidade

do emissor, respeitando no entanto a estrutura básica de um texto: introdução, desenvolvimento e conclusão.

Linguagem e características do discurso da crónica:

Discurso na primeira pessoa Utilização de pronomes pessoais na primeira pessoa; Registo de língua padrão, cuidado ou literário; Vocabulário rico e variado, de acordo com a intenção do emissor; Uso da conotação; Pontuação valorativa; Recursos estilísticos: adjetivação expressiva, figuras de estilo (metáforas, hipérboles, ironias… Estilo direto, espontâneo, vivo e jornalístico; Predomina a função apelativa da linguagem.

Texto crítico

Tipos: crítica de cinema; crítica de livros; crítica de teatro; crítica de pintura ou escultura; crítica de música

Características da crítica:

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Antes de tudo, ela deve ser informativa, apresentando uma imagem ou síntese global da obra; Respeitar os critérios previamente estabelecidos de apreciação, como por exemplo ao nível estético ou ao nível do conteúdo; Crítica deverá ser equilibrada e imparcial, apresentando aspetos negativos e positivos. As opiniões devem ser devidamente documentadas com exemplos.

Estrutura:

Título, introdução, desenvolvimento e conclusão.

Linguagem

Denotativa/nalgumas circunstâncias conotativa; Discurso na primeira pessoa ou na terceira Registo de língua padrão, cuidado ou literário; Linguagem técnica de acordo com a obra que é objeto de crítica; Função informativa, função apelativa e função emotiva da linguagem.